Untitled - Guiaoffshore

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Untitled - Guiaoffshore
GUIAOFFSHORE MAGAZINE
Mercado financeiro aposta
suas fichas na área petrolífera
O ascendente mercado de Private Equity, que a grosso modo significa fundos que compram
participação em empresas, enfim descobriu o setor de petróleo e gás. Este é o tema
central desta nova edição da revista Guiaoffshore Magazine. Esse novo método de
investimento é incentivado pelo BNDES, que até criou um departamento para cuidar
especificamente da cadeia supridora de P&G, como relata a repórter Regina Teixeira.
A intenção do banco é dar todo o suporte financeiro e técnico para que empresas da
cadeia petrolífera ganhem musculatura e possam ser tornar competitivas e atenderem as
demandas de vultosos investimentos do setor, com a prospecção do pré-sal. Um bom
exemplo foi o aporte de R$ 20 milhões no fundo gerido pelo Banco Modal por meio da
sua holding, Bndespar. O negócio envolveu aplicação de recursos na Enesa, montadora
industrial, com sede no Rio de Janeiro, que pretende aumentar sua participação no setor
de petróleo e gás, que responde atualmente por 15% do faturamento da empresa.
O banco Modal já está tratando de repetir a dose. John Streithorst, sócio responsável
por Private Equity do Modal, informa que a instituição usará parte dos R$ 410 milhões
que tem em caixa para reestruturar uma empresa do setor de tecnologia, que atenderá ao
mercado de óleo e gás. A parceria societária está ainda em processo de conclusão e será
revelada ao mercado no início do segundo semestre, disse o executivo. Sem mencionar o
nome, ele apenas adiantou que a empresa em questão registra faturamento anual em
torno de R$ 70 milhões.
A nova onda de investimentos na área petrolífera ganhará ainda mais força. O aumento
da participação do conteúdo nacional na produção de equipamentos da indústria
petrolífera, que subiu de 57% para 75% desde 2003, fez com que a Financiadora de
Estudos e Projetos (Finep), vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia, desse nova
ênfase a este segmento. “Esse setor está sendo visto como estratégico dentro da Finep”,
frisou em entrevista exclusiva a Secretária Técnica do Fundo Setorial do Petróleo e Gás
Natural da Finep, Simone Paiva.
A instituição de fomento dispõe este ano de um orçamento global de R$ 6 bilhões, que
é R$ 1,4 bilhão maior que o valor de 2010. Como ainda não possui uma área específica
para Petróleo e Gás, a Finep não tem ainda discriminado qual a participação do setor
dentro do seu orçamento total.
Outro foco editorial desta edição é o segmento de escritórios de advocacia, que a cada dia
amplia seus quadros de colaboradores com a contratação de advogados especializados
na área de petróleo e gás. Os serviços prestados são os mais diferentes possíveis. Inicia
com a mera ajuda a empresas nacionais e sobretudo a estrangeiras a abrirem seus escritórios
no país, entenderem o intricado e complexo sistema tributário/contábil brasileiro,
resolverem situações críticas na área ambiental, e até compreenderem o novo marco
regulatório do pré-sal e a “novela política” da definição sobre a distribuição dos royalties entre estados produtores e não-produtores. A matéria ficou a cargo da jornalista e
bacharel em Direito Maria Augusta Carvalho, que passou mais de duas semanas ouvindo
os principais escritórios de advocacia do país.
BNDES incentiva criação de
fundos de P
rivate Equity para
Private
fortalecer empresas da área
de petróleo e gás
2
Modal realizará segundo
investimento em fundo de
private equity
5
Finep vai ampliar foco no
setor de petróleo e gás
8
Barra Energia se prepara para
novos saltos
12
Fundos de P
Private
rivate Equity sob
14
as luzes dos holofotes
Escritórios de advocacia se
ajustam para atender as novas
demandas
do
mercado
16
petrolífero
Mercado
de
proteção
individual está seguro em
manter crescimento
21
Principais Empresas
Mercado de EPI
do
24
Tuper investirá cerca de R$
200 milhões para atender
indústria petrolífera
30
O pré-sal e a demanda por
profissionais
32
Redação
Redação: Marco Antonio Monteiro (Editor),
Regina Teixeira, Maria Augusta Carvalho,
Rafael Freitas, Augusto Silva (Repórteres),
Marina Lazzarotto (Pesquisa)
Arte e Diagramação
Diagramação:
Lourenço Maciel
O mercado de EPI (Equipamento de Proteção Individual) também mereceu destaque
especial nesta edição. Afinal, este segmento, que movimentou R$ 1,5 bilhão no ano
passado, deve repetir em 2011 um crescimento em torno de 10%, mesmo percentual
verificado nos últimos anos. O desempenho do setor está lastreado na previsão do
aumento acelerados dos investimentos a serem feitos em nível nacional, com o pré-sal,
sem contar os vultosos recursos a serem gastos em infraestrutura no país, por conta da
Copa do Mundo e Olimpíadas.
Publicidade / Comercial
Comercial: Luiz Eduardo
Jannuzzi
([email protected])
Enfim, conteúdo variado não falta para o seu deleite nesta edição. Esperamos que seja de
seu agrado.
A revista Gui@offshore Magazine é uma
publicação da editora MCM Comunicação
Ltda, proprietária do portal Gui@offshore
(www.guiaoffshore.com.br).
Boa leitura!
Marco Antonio Monteiro
Editor
Telefone da Redação (21) 2240-5077 –
Email: [email protected]
Endereço (sede própria): Rua Evaristo da
Veiga, 35 sala 1512 – Centro
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A versão digital desta revista pode ser lida
no seguinte endereço eletrônico: http://
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GUIAOFFSHORE MAGAZINE
INVESTIMENTOS
BNDES incentiva criação de fundos de
Private Equity para fortalecer empresas da
área de petróleo e gás
Por Regina Teixeira
Objetivo é gerar maior competitividade e
ampliar rede de fornecedores do setor no país
BNDESPAR, Petros, Funcef, Fundação
CEEE, Fachesf, Femco, Fundação Banrisul,
Sarahprev e o próprio Modal. O prazo de
retorno do investimento de um fundo é
calculado em até sete anos.
Os bancos e fundos de private equity (PE)
vêm desempenhando papel importante no
desenvolvimento do setor de petróleo e
gás. A intenção é dar todo o suporte
financeiro e técnico para que empresas
ganhem musculatura e possam ser tornar
competitivas. O Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social
(BNDES), maior banco de fomento do país,
também vem participando desse negócio
visando ampliar e capacitar os fornecedores
do setor. Para isso, criou um departamento
que cuida especificamente da cadeia
supridora de petróleo e gás.
Marcio Spata, gerente do Departamento de
Fundos de Investimentos do BNDES, diz
Marcio Spata, gerente do Departamento de
Fundos de Investimentos do BNDES
2
que os fundos de private equity de petróleo
e gás têm a função de alavancar companhias
que apresentam potencial de crescimento e
competitividade, mas que só alcançarão
maior grau de amadurecimento se receberem
investimentos e orientação de expertises.
A experiência anterior ao FIP Modal
O objetivo dos investidores quando se junta
a essas companhias é de capitalizá-las e
depois transformá-las em empresas
rentáveis, competitivas e de capital aberto.
Os investidores têm participações
minoritárias nos fundos, mas participam
das reuniões e das decisões.
milhões. São investidores o BNDESPAR
A experiência mais recente do BNDES
nesse segmento ocorreu em 2010. O banco
fez um aporte de R$ 20 milhões no fundo
gerido pelo Banco Modal por meio da sua
holding, Bndespar. O negócio envolveu
aplicação de recursos na Enesa, montadora
industrial, com sede no Rio de Janeiro.
envolvendo o BNDES na área de petróleo e
gás foi com o Fundo Brascan de Petróleo,
Gás e Energia, constituído em 2002. O
fundo é gerido pelo Banco Brascan e tem
patrimônio comprometido de R$ 100
(R$ 20 milhões); Petros; Fundação
Atlântico; Banco Brascan; Brascan Brasil;
GP Investimentos; Fapes e Fibra.
O BNDES
é um dos pioneiros na
modalidade de fundo de private Equity.
Entre 2005 a 2008 a instituição aprovou 10
fundos (entre esses o Nordeste II, fundo da
Rio Bravo; e o Empreendedor Brasil, fundo
da BRZ). “Fechamos uma médias de três a
quatro contratos por ano”, conta Spata.
O surgimento dos fundos no setor de
petróleo e gás é resultado da perspectiva,
A Enesa pretende aumentar sua
participação no setor de petróleo e gás, que
responde atualmente por 15% do
faturamento da empresa. Mas o potencial
em função da demanda da Petrobras indica
que a área compreenderá a maior parte dos
negócios da montadora industrial, acredita
Spata. “Quando olhamos essa empresa
vislumbramos o potencial que ela tinha para
atender o setor”, diz.
em médio prazo, de aumento da demanda.
Participaram da consolidação do fundo os
investidores do FIP Modal O&G:
Em termos financeiros as encomendas são
Hoje, o país contabiliza em torno de 1 milhão
de empresas fornecedoras de equipamentos,
peças e serviços. Todas de olho na
participação no grande volume de
encomendas que o setor demandará. Os
analistas calculam que somente a exploração
e produção de petróleo na camada do PréSal exigirá a construção de 97 plataformas
de produção, 510 barcos de apoio e 49 navios.
estimadas em US$ 150 bilhões.
GUIAOFFSHORE MAGAZINE
Apoio ao desenvolvimento tecnológico
Para apoiar a inovação no setor, o BNDES
destina 10% de seu lucro em fundos não
reembolsáveis. Um desses fundos é o Funtec,
fundo tecnológico. É destinado à inovação
na área de pesquisa e desenvolvimento.
Segundo Helena Tenório Veiga de Almeida,
chefe do Departamento de Planejamento do
BNDES, os recursos desse fundo são voltados
às instituições tecnológicas por meio de
fundações de apoio. E o projeto precisa ser
desenvolvido em parceria com empresa, que
tenha intuito tecnológico. A carteira do
Funtec é de R$ 400 milhões. Em dezembro
do ano passado, o fundo registrava R$ 576
milhões em recursos.
De 2008 a 2010, o volume de projetos
financiados pelo Funtec chegou a 76. São
projetos oriundos de várias regiões do país,
porém com maior concentração no Sudeste.
Os recursos são anuais. O banco recebe os
projetos o ano todo. Entretanto, a
participação em determinada rodada está
condicionada ao protocolo do projeto até sua
data limite. Os projetos recebidos após essa
data são arquivados para uma próxima rodada
prevista.
As operações não têm caráter de edital ou
chamada. São realizadas na forma de apoio
direto, na modalidade não reembolsável e
limitada a 90% do valor total do projeto.
Segundo Helena Tenório, a seleção dos 76
projetos acolhidos exigiu a avaliação de um
total de 210 propostas. “A escolha envolve
a avaliação do projeto e uma sondagem
setorial”, explica. Sobre as propostas que não
foram selecionadas, ela diz que podem ser
reformuladas e apresentadas novamente ao
comitê de avaliação do banco. O BNDES faz
parcerias com especialistas para auxiliar na
escolha dos projetos e conta com uma ampla
rede de experts entre os quais o Conselho
Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico (CNPQ), a Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) entre outras instituições de
referência. Em 2011, a atenção do Funtec
Helena Tenório Veiga de Almeida, chefe do
Departamento de Planejamento do BNDES
está voltada para o setor de petróleo e gás e
a toda cadeia de fornecedores. “Tem muita
inovação na área de soldagem e software”,
exemplifica a chefe do Departamento de
Planejamento do BNDES. O Funtec não
estabelece valor mínimo ou máximo para os
projetos apresentados e uma mesma
instituição pode apresentar mais de um
projeto.
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GUIAOFFSHORE MAGAZINE
BNDES supports the creation of
funds to strengthen companies in the
oil & gas industry
The purpose is generating competitiveness and expanding
the network of suppliers of the industry in the country
By Regina Teixeira
Banks and private equity (PE) funds are playing an important
role in the development of the oil & gas industry. The intention
is providing the whole financial and technical support to give
‘muscles’ to the companies, aiming at making them competitive.
BNDES (National Bank for Economic and Social Development),
the largest fostering bank in the country, has been also
participating in this business with the purpose of expanding and
qualifying the suppliers in the industry. By aiming at such target,
it created a department specifically in charge of the oil & gas
supply chain.
Marcio Spata, Manager of the Department of Investment Funds
at BNDES, says that the oil & gas private equity funds have the
purpose of leveraging companies that present potential of growth
and competitiveness, but that will only achieve higher maturing
grade when receiving investments and guidance from experts.
The interest of the investors on these companies is providing
working capital to them and then making them profitable,
competitive and publicly-traded companies. Investors have minor
quota holding in the funds, but attend meetings and participate in
the decision-making process.
The most recent experience of BNDES in this segment occurred
in 2010. The bank invested R$ 20 million in the fund managed
by Banco Modal by its holding company, Bndespar. The business
involved application of funds in Enesa, an industrial assembling
company, headquartered in Rio de Janeiro.
Enesa intends to increase its market share in the oil & gas
industry, which currently accounts for 15% of the company sales.
But the potential in function of the demands from Petrobras
indicates that the area should encompass most of the businesses
of the industrial assembling company, Spata believes. “When
looking to this company, we foresee the potential that it has to
service to industry,” he states.
The following FIP Modal O&G investors participated in the
consolidation of the fund: BNDESPAR, Petros, Funcef, Fundação
CEEE, Fachesf, Femco, Fundação Banrisul, Sarahprev and Banco
Modal. The return of the investment in a fund is estimated within
seven years.
The previous experience before FIP Modal and involving BNDES
in the oil & gas industry was Fundo Brascan de Petróleo, Gás e
Energia, constituted in 2002. This fund is managed by Banco
Brascan and has compromised equity of R$ 100 million. The
investors are BNDESPAR (R$ 20 million); Petros; Fundação
Atlântico; Banco Brascan; Brascan Brasil; GP Investimentos;
Fapes e Fibra. The fund is now in the divestment process.
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BNDES is one of the pioneer entities in the private Equity fund
mode. From 2005 to 2008, the institution approved 10 funds
(including Nordeste II, fund of Rio Bravo; and Empreendedor
Brasil, fund of BRZ, among others). “We sign in average three or
four agreements by year,” Spata comments.
The raise of funds in the oil & gas industry results from the
perspective, in the medium term, of demand increase. Today, the
country has around 1 million companies that supply pieces of
equipment, parts and services. All of them are looking for
participating in the huge volume of orders to be demanded by the
industry. Analysts estimate that only the oil exploration and
production in the Pre-Salt layer should demand the construction
of 97 production rigs, 510 supporting vessels and 49 ships. In
financial terms, the orders are estimated in US$ 150 billion.
Support to technological development
BNDES invests 10% of its profits in non-reimbursable funds to
support innovations in the industry. One of these funds is Funtec,
the technology fund. It is aimed at innovation in the research
and development area. According to Helena Tenório Veiga de
Almeida, Head of the Planning Department at BNDES, the
resources of this fund are aimed at technological institutions via
supporting foundations. And the project must be developed in
partnership with the company that must have technological
vocation. Funtec portfolio amounts to R$ 400 million. In
December last year, the fund reported R$ 576 million in financial
resources.
From 2008 to 2010, Funtec financed 76 projects. These are
projects proceeding from many regions of the country, but with
higher concentration in the Southeast region. Funding is made in
an annual basis. The bank receives the projects throughout the
year. However, the participation in a given round is subject to
the project protocol until its limit date. The projects received
after this date are archived for a next expected round.
The operations do not have notice to bid or summons. They are
carried out as direct support, in a non-reimbursable mode, limited
to 90% of the total project value.
According to Helena Tenório, the choice of the 76 projects
already supported required the evaluation of 210 proposals. “The
choice involves the evaluation of the project and a survey in the
sector,” she explains. In regard to the proposals not selected, she
says they may be reformulated and presented again to the
evaluation committee of the bank. BNDES holds partnerships
with expert advisors to assist the choice of projects, and counts
on a wide network of expert entities, including CNPQ (National
Council for Scientific and Technological Development), Capes
(Coordination for Academic Personnel Enhancement), among
other reference institutions. In 2011, Funtec attention is focused
on the oil & gas industry and its whole supply chain. “There are
a lot of innovations in the welding and software areas,”
exemplifies the head of the planning department at BNDES.
Funtec does not establish any minimum or maximum value for
the projects presented and the same institution may present
more than one project.
GUIAOFFSHORE MAGAZINE
INVESTIMENTOS
Modal realizará segundo
investimento em fundo de
private equity
Por Regina Teixeira
O Banco Modal segue com sua política de
expansão da carteira de Private Equity,
modalidade de fundo adotada no ano
passado pelo banco e que tem como foco
investir em empresas que apresentam
potencial de crescimento, como
fornecedores para o mercado de óleo e gás.
A indústria de petróleo e gás prevê nos
próximos três anos investimentos
superiores a US$ 260 bilhões. Só a
Petrobras deverá aplicar mais de US$ 220
bilhões no setor. É este o cenário que vem
abrindo caminho para várias formas de
investimento, inclusive de fundos, visando
o aprimoramento da cadeia de fornecedores
de óleo e gás.
John Streithorst, sócio responsável por
Private Equity do Modal, informa que a
instituição usará parte dos R$ 410 milhões
Banco fez a
primeira aplicação
na Enesa
Participações, no
valor de R$ 90
milhões
que tem em caixa para reestruturar uma
empresa do setor de tecnologia que
atenderá ao mercado de óleo e gás. A
parceria societária está ainda em processo
de conclusão e será revelada ao mercado
no início do segundo semestre, disse o
executivo. Ele informou que a empresa em
questão registra faturamento anual em
torno de R$ 70 milhões.
Ele não revelou o montante do
investimento por parte do Modal e o nome
da empresa. Mas o limite máximo em cada
aporte do fundo do Banco não pode
ultrapassar R$ 100 milhões.
Denominado de Óleo e Gás FIP, o fundo
foi lançado em maio de 2010 com uma
carteira de R$ 500 milhões e investimentos
previstos até 2013. Esse tipo de fundo
tem como objetivo dar estofo de capital
para a companhia escolhida aumentar a sua
competitividade e prepará-la a participar
do mercado de capitais. Uma vez alcançada
a capacitação almejada pelos acionistas,
essas empresas são negociadas por um
preço superior ao investido. Normalmente
isso não costuma acontecer antes de cinco
anos a seis anos após os ajustes.
O novo negócio de PE do Modal ocorre
exatamente um ano após a entrada do banco
no capital acionário como sócio minoritário
da Enesa Participações, empresa de
construção e montagem, que recebeu da
instituição aporte de R$ 90 milhões,
aplicados no aumento do capital, aquisição
de equipamentos e outras melhorias.
Segundo Streithorst, em um ano a empresa
apresentou crescimento de 114%.
“Participamos de reuniões mensais para
discutir estratégia de mercado”, conta o
executivo.
Após a reestruturação, a Enesa voltou a
disputar licitações de obras de vulto.
Passou a ser convidada a participar de
licitações de obras de clientes como Vale e
Petrobras. Até o ano 2000, a empresa era
fornecedora da Petrobras. Depois disso, a
companhia focou sua atuação no setor
privado. No mercado há 34 anos, entre os
projetos mais recentes e de abrangência
estão dois contratos com a Vale no valor
de R$ 300 milhões, firmados em 2010.
John Streithorst, sócio responsável por Private Equity do Banco Modal
A receita líquida consolidada saltou de R$
197,5 milhões em 2005 para R$ 672,6
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milhões no ano passado. O crescimento
expressivo teve por base a prestação de
serviços sobretudo a empresas privadas de
primeira linha, atuantes em diversos setores
da economia, tais como Vale, Usiminas,
Alumar, EBX, Alcoa, Rio Tinto Alcan, Siemens e Suez.
A nova estrutura de capital da Enesa reúne
como acionistas o fundo FIP Brasil de
Governança Corporativa (gerido pela BR
Educacional, do economista Paulo Guedes);
o fundo Óleo e Gás (gerido pela Modal
Administradora de Recursos) e o Banco
Santander (Brasil) S.A. E dentre os cotistas
dos dois fundos acima tem como
investidores institucionais o BNDES,
Funcef, Previ, Petros e Valia.
Fase inicial
Ainda pouco conhecido no País, o Private
Equity é um tipo de atividade financeira
realizada por instituições que investem em
empresas que não são listadas em bolsa de
valores, com o intuito de alavancar o seu
desenvolvimento e aumentar o seu capital.
Normalmente são transações feitas em
empresas emergentes que apresentam
potencial de crescimento.
Os ganhos que se pode colher de um fundo
de PE requerem longo prazo. O mercado
fixa um período de maturação que vai de
cinco a oito anos. Esse é o prazo presumido
para os investidores obterem retorno
financeiro. Streithorst ressalta que a meta
do FIP é financiar empresas da cadeia de
fornecedores da indústria de óleo e gás, de
capital nacional.
Perspectivas de ganhos
Com as excelentes perspectivas de ganhos
para toda a cadeia de fornecedores de óleo e
gás no Brasil, há um nível de exigência
igualmente alto nesse mercado por parte
dos investidores. No caso do Modal, a
escolha da primeira empresa da carteira de
Modal to perform second investment
in private equity fund
Na opinião dele, é crucial que o mercado
tenha uma carteira de fornecedores que
possa atender a demanda daqui para frente,
pois dos existentes só permanecerão os que
tiverem condições técnicas para atender o
que o setor exigirá. De um universo
calculado em 5.500 fornecedores, em torno
de 60% apresentam receita anual de R$ 25
milhões. Desse total, em torno de 1.500
atendem a Petrobras. “A tendência é de a
Petrobras passar a ser ainda mais exigente.
Por isso, somente as empresas mais
preparadas deverão permanecer no
mercado”, conclui Streithorst.
of the second semester, said the executive. He informed
that the company in question records a yearly income
The bank has made the first investment in Enesa
around R$ 70 millions.
Participações, in the amount of R$ 90 millions
He did not reveal the amount of the investment by Modal
By Regina Teixeira
and the name of the company. But the maximum limit in
Banco Modal continues with its policy to expand its Private Equity portfolio, a fund modality adopted last year
each contribution of the Bank’s fund may not exceed R$
100 millions.
by the bank and which focus is to invest in companies that
Called Oil and Gas FIP, the fund was launched in March
have growth potential as suppliers for the oil and gas mar-
2010 with a portfolio of R$ 500 millions and invest-
ket. The oil and gas industry foresees, for the next three
ments foreseen until 2013. This kind of fund aims at
years, investments over US$ 260 billions. Petrobras only
providing capital support to the company chosen in or-
will invest more than US$ 200 billions in the industry.
der to increase its competitivity and prepare it to par-
This is the scenario that is opening the way for several
ticipate of the capitals market. Once the capacity aimed
investment modalities, including funds, aiming at improv-
by the shareholders is reached, these companies are traded
ing the oil and gas suppliers’ chain.
by a higher price than the value invested. Usually this
John Streithorst, partner responsible for Private Equity at
6
PE exigiu um crivo que envolveu a avaliação
de 700 companhias, das quais foram
visitadas 114 e escolhida uma e podendo
ter uma segunda agora. As empresas que
não apresentaram todos os requisitos no
primeiro momento poderão fazer ajustes e
ser objeto ainda de uma terceira rodada de
avaliação, explicou o executivo do Banco.
does not take place before five to six years after the
Modal, informs that the institution will use part of the R$
adjustments.
410 millions it has in its cash to restructure a company of
The new PE business of Modal takes place exactly one
the technology sector which will serve the oil and gas mar-
year after the bank’s entrance in the share capital as mi-
ket. The shareholding partnership is still in the conclusion
nority partner of Enesa Participações, a construction and
process and will be revealed to the market in the beginning
assembly company which received from the institution a
GUIAOFFSHORE MAGAZINE
contribution of R$ 90 millions, invested in the capital
gas industry suppliers’ chain, of national capital.
increase, equipment acquisition and other improvements.
With the excellent gain perspectives for the whole oil and
According to Streithorst, in one year the company pre-
gas suppliers chain in Brazil, there is an equally high re-
sented a growth of 114%. “We participate of monthly
quirement level in this market by the investors. In the case
meetings to discuss the market strategy”, says the execu-
of Modal the choice of the first company of PE portfolio
tive.
required a selection that involved the evaluation of 700 com-
After the restructuring, Enesa went back to competing in
panies, of which 114 were visited and one chosen, with the
bids for large works. It started to be invited to participate
possibility of a second one now. The companies which did
in bids for works of clients such as Vale and Petrobras.
not present all the requirements in the first moment can
Until 2000, the company was a Petrobras supplier. After
make adjustments and be the object of a third round of
that, the company focused its actuation in the private sec-
evaluation, explained the Bank’s executive.
tor. In the market for 34 years, among its most recent
projects are two agreements with Vale in the amount of R$
300 millions, celebrated in 2010.
In his opinion, it is essential that the market has a suppliers
portfolio that can meet the demand from now on, because
of those currently existing, only the ones that have techni-
The consolidated net income went from R$ 197.5 millions
cal conditions to serve the sector will remain. From a uni-
in 2005 to R$ 672.6 millions last year. The expressive
verse calculated in 5,500 suppliers, around 60% present a
growth was based on the provisioning of services mostly
to first line private companies, acting in different sectors
of the economy, such as Vale, Usiminas, Alumar, EBX,
Alcoa, Rio Tinto Alcan, Siemens and Suez.
yearly income of R$ 25 millions. Out of this total, around
1,500 serve Petrobras. “The trend is that Petrobras starts
to be more demanding. Only the most prepared companies
will remain in the market”, concludes Streithorst.
The new Enesa capital structure gathers shareholders such
as the FIP Brasil Fund for Corporate Governance (managed by BR Educacional, belonging to the economist Paulo
Guedes); the Oil and Gas Fund (managed by Modal
Administradora de Recursos) and Banco Santander (Brasil)
S.A. And among the quota holders of the two funds above,
the institutional investors are BNDES, Funcef, Previ,
Petros and Valia.
Gain Perspectives
Still little known in the country, the Private Equity is a
kind of financial activity performed by institutions that
invest in companies that are not listed in the stock exchange, with the purpose of leveraging their development
and increasing the capital. Usually these are transactions
carried out in emergent companies which present growth
potential.
The gains that can be accomplished with a PE fund require
long term. The market sets a maturity period which ranges
from five to eight years. This timeframe is assumed for the
investors to obtain financial return. Streithorst stresses
that the FIP goal is to finance companies from the oil and
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GUIAOFFSHORE MAGAZINE
FINANCIAMENTOS
Finep vai ampliar foco
no setor de petróleo e gás
Os recursos do CT-Petro são aplicados
em universidades e centros de pesquisa.
O fundo não tem fins lucrativos. Todas as
avaliações deste fundo são realizadas por
um comitê gestor que discute as relações
de relevância do setor tendo como norte a
enorme demanda que o pré-sal exigirá em
Por Regina Teixeira
todos os níveis da indústria nos próximos
anos. Simone Paiva ressalta que uma das
Parte dos recursos da financiadora,
vinculada ao Ministério da Ciência e
Tecnologia, é direcionada às universidades
e centros de pesquisa do País
prioridades nas reuniões do comitê é
avançar sobre o tema qualificação e
formação de recursos humanos e como
aumentar o nível desses trabalhadores no
setor de petróleo e gás.
“O CT-Petro concede
Com a valorização do uso do conteúdo
nacional no setor de petróleo e gás natural,
talvez o maior desafio seja reduzir a enorme
dependência que o país ainda tem no
mercado externo para aquisição de
equipamentos, peças e contratação de
expertises. Para a cadeia de fornecedores,
que atenderá a demanda do mercado
interno, é importante mais investimento em
como estratégico dentro da Finep”, ressalta.
recursos às
universidades com intuito de estimular o
desenvolvimento de projetos que irão
A instituição de fomento dispõe este ano
interessar as empresas”, assinala a Secretária
de um orçamento global de R$ 6 bilhões,
do Fundo Setorial.
que é R$ 1,4 bilhão maior que o valor de
2010. Como ainda não possui uma área
específica para Petróleo e Gás, a Finep não
P&G teve as primeiras chamadas
públicas
tem ainda discriminado qual a participação
Para atender especificamente ao setor de
do setor dentro do seu orçamento total.
petróleo e gás, a Finep realizou no segundo
semestre de 2010 duas chamadas públicas
pesquisa e desenvolvimento, além de linhas
Das linhas de financiamentos não
de financiamento para empresas que atuam
reembolsáveis, a Secretária Técnica do
na área de Petróleo e Gás (P&G). Segundo
Fundo Setorial do Petróleo e Gás diz que
dados do Ministério do Desenvolvimento,
um dos projetos de abrangência é o CT-
Indústria e Comércio Exterior, a
Petro. Criado em 1999, o fundo tem como
participação do conteúdo nacional
desafio alavancar a inovação na cadeia
aumentou de 57% para 75% desde 2003.
produtiva do setor de petróleo e gás natu-
A primeira chamada pública destinará R$
A Financiadora de Estudos e Projetos
ral, promover a formação e qualificação de
25 milhões em recursos não reembolsáveis
(Finep), do Ministério da Ciência e
recursos humanos e o desenvolvimento de
a projetos de pesquisa, inovação e
Tecnologia, um dos mais atuantes canais
projetos em parceria entre empresas e
desenvolvimento ligados ao setor do
de financiamento para universidades,
universidades, instituições de ensino supe-
petróleo e gás natural. São 21 instituições
centros de pesquisa e empresas, prevê dar
rior ou centros de pesquisa do país. Os
selecionadas em duas diferentes linhas de
mais ênfase ao setor de petróleo e gás. Quem
recursos são viabilizados tendo como fonte
ação. A primeira conta com R$ 15 milhões.
confirma é a Secretária Técnica do Fundo
de financiamento 25% da parcela do valor
É voltada a projetos inovadores de pesquisa
Setorial do Petróleo e Gás Natural da Finep,
dos royalties que exceder a 5% da produção
nas redes CT-Petro já existentes,
Simone Paiva. “Esse setor está sendo visto
de petróleo e gás natural.
localizados nas regiões Norte e Nordeste.
8
voltadas para a área do pré-sal. A primeira
já cumpriu todo o ritual de seleção das
empresas e a outra está em vias de ser
anunciado pela instituição, explica Simone
Paiva.
GUIAOFFSHORE MAGAZINE
Dentre os temas, estão Recuperação de
de R$ 100 milhões e tem como foco o
deve ocorrer agora no segundo semestre.
Área Contaminada e Risco Exploratório.
desenvolvimento de projetos a partir de um
A perspectiva com o resultado dessa seleção
Projetos voltados para a expansão das redes
sistema de cooperação entre empresas da
criteriosa é atender toda a cadeia produtiva
para instituições de outras regiões também
cadeia do setor de Petróleo e Gás e
do setor de P&G, mas priorizando seis
serão contemplados. São 12 instituições
instituições de pesquisa científica e
segmentos: Válvulas, Conexões/Flanges,
selecionadas nesta linha.
tecnológica. Segundo Simone Paiva, a meta
Umbilicais Submarinos, Caldeiraria,
é reunir soluções para enfrentar os desafios
Construção Naval e Instrumentação/
tecnológicos gerados ou ampliados a partir
Automação.
A segunda linha, que dispõe de R$ 10
milhões e tem nove instituições
contempladas, visa apoiar a criação de novas
redes
CT-Petro,
dotadas
das descobertas de reservas na camada do
Outro mecanismo de financiamento não
pré-sal.
reembolsável é o Programa Subvenção
de
Ela conta que na primeira fase participaram
Econômica, criado em 2006 e que pode ser
302 empresas. Todas encaminharam
aplicado diretamente nas empresas. Em
propostas
outras
setembro, a Finep vai anunciar o resultado
particularidades até que ponto a sua
final dos projetos que serão escolhidos este
contribuição poderia representar no
ano para receber a ajuda econômica. No
aumento do conteúdo nacional. Dessas, 254
total, foram entregues 993 propostas no
empresas foram pré-avaliadas e 158 estão
edital de 2010, totalizando uma demanda
Com um orçamento mais amplo, a outra
selecionadas para concorrer a segunda e
de R$ 1,92 bilhão. O edital prevê orçamento
chamada pública contempla investimentos
última etapa. O anúncio desse resultado
de R$ 500 milhões.
infraestrutura desenvolvida e aprimorada
em solo brasileiro – desde dispositivos
eletrônicos
até
revestimentos
de
superfícies. Serão apoiados projetos de interesse de empresas nacionais que já
fornecem bens e serviços para o setor.
contendo
entre
9
GUIAOFFSHORE MAGAZINE
Inova Brasil
investimentos estratégicos em inovação de
financiadora. As taxas de juros variam de 4%
No âmbito das linhas de financiamento
reembolsável, a Finep tem o Inova Brasil
para atender empresas médias, médiasgrandes e grandes. É um programa de
crédito que visa dar apoio aos planos de
empresas brasileiras. Simone Paiva explica
a 8% ao ano.O acesso à linha de crédito exige
que é uma linha de crédito que pode ser
que o projeto custe no mínimo R$ 1 milhão
acionada o ano todo. Para ter acesso aos
e tenha valor máximo de R$ 100 milhões . A
recursos, as empresas interessadas devem
Finep custeia 90% do projeto e o restante
fazer solicitação de financiamento junto à
fica a cargo da empresa interessada.
Finep to give more emphasis to the oil and gas sector
Part of the resources of the financer, associated to the Science and Technology Ministry, is directed to the universities and research centers of the country
By Regina Teixeira
With the valuation of the use of national content in the oil and natural gas
sector, maybe the greatest challenge is to reduce the huge dependence that the
country still has on external market for acquisition of equipment, parts and
hiring of experts. For the suppliers’ chain that will serve the demand in the
internal market, it is important to have more investment in research and development, in addition to credit lines for companies that act in the Oil and Gas
(O&G) area. According to data from the Development, Industry and Foreign
Business Ministry, the participation of national content increased from 57% to
75% since 2003.
The Studies and Projects Financer (Finep), from the Science and Technology
Ministry, one of the most active financing channels for universities, research
centers and companies, foresees more emphasis to the oil and gas sector. This is
confirmed by the Technical Secretary of the Finep Oil and Natural Gas Sector
Fund, Simone Paiva. “This sector is being seen as strategic within Finep”, she
stresses.
The fomentation institution has this year a global investment of R$ 6 billions,
which is R$ 1.4 billion higher than the 2010 amount. As it still does not have
a specific area for Oil and Gas, Finep still did not determine which will be the
sector’s participation within its total budget.
Out of the non-reimbursable financing lines, the Technical Secretariat of the
Finep Oil and Natural Gas Sector Fund says that one of the scope projects is the
CT-Petro. Created in 1999, the fund has the challenge of leveraging the innovation in the production chain of the oil and natural gas sector, promote the
education and qualification of human resources and the development of projects
in partnership between companies and universities, higher education institutions or research center in the country. The resources are allowed having as
financing source 25% of the royalties installment which exceeds 5% of the oil
and natural gas production.
The resources of the CT-Petro are applied in universities and research centers.
The fund is non-profit. All the evaluations of this fund are performed by a managing committee which discusses the relevant relations of the sector as guide
to the large demand that the pre-salt will require in all levels of the industry
over the following years. Simone Paiva highlights that one of the priorities of
the committee meetings is to discuss the education and qualification of human
resources and how to increase the level of these workers in the oil and gas
sector.
“CT-Petro grants resources to universities with the purpose of stimulating the
development of projects that will interest the companies”, says the Sector Fund
Secretary.
O&G had the first public calls
To serve specifically the oil and gas sector, Finep performed in the second
semester of 2010, two public calls aimed at the pre-salt area. The first has already fulfilled the whole companies selection ritual and the other is about to be
announced by the institution, explains the Technical Secretariat of the Finep
Oil and Natural Gas Sector Fund, Simone Paiva.
The first public call will designate R$ 25 millions in non-reimbursable resources to research, innovation and development projects associated to the oil
10
and natural gas sector. There are 21 institutions selected in two different lines
of action. The first counts with R$ 15 millions. It is aimed at innovative research projects in the CT-Petro chains already existing, located at the North
and Northeast Regions. Among the themes are Recovery of Contaminated area
and Exploratory Risk. Projects aimed at the expansion of the chains for institutions from other regions will also be contemplated. There are 12 institutions
selected in this area.
The second line, which has R$ 10 millions and nine institutions contemplated,
aims at supporting the creation of new CT-Petro chains, provided with infrastructure developed and improved in Brazilian ground – since electronic devices until surface coatings. Projects will be supported which have interest by
national companies which already provide goods and services for the sector.
With a wider budget, the other public call contemplates investments of R$ 100
millions and focuses in the development of projects from a cooperation system
between companies of the Oil and Gas sector chain and scientific and technological research institutions. According to Simone Paiva, the goal is to gather
solutions to face the technological challenges generated or enlarged from the
discovery of the pre-salt layer reserves.
She says that 302 companies participated of the first phase. They all submitted
proposals containing among other particularities how their contribution could
represent an increase in the national content. Out of these, 254 companies were
pre-evaluated and 158 are selected to compete towards the second and last
stage. The announcement of this result will take place in the second semester.
The perspective with the result of this strict selection is to meet the whole
production chain of the O&G sector, but prioritizing six segments: Valves,
Connections/Flanges, Umbilical Submarines, Boiler Rooms, Naval Construction and Instrumentation/Automation.
Another non-reimbursable financing mechanism is the Economic Subvention
Program, created in 2006 and which can be applied directly to the companies.
In September, Finep will announce the final result of the projects which will
be chosen this year to receive economical support. A total of 993 proposals
were delivered in the 2010 call for bid, totaling a R$ 1.92 billion demand. The
call for bid foresees a budget of R$ 500 millions.
Inova Brasil
Within the reimbursable financing lines, Finep has Inova Brasil to serve medium, medium-large and large companies. It is a credit program that aims at
providing support to the strategic investment plans in the Brazilian companies innovation. Simone Paiva explains that this is a credit line that may be
used the whole year. To have access to the resources, the interested companies
must make a financing request to the financing institution. The interest rates
range from 4% to 8% a year. The access to the credit line requires that the
projects costs at least R$ 1 million and has a maximum value of 100 millions.
Finep funds 90% of the project and the remaining 10% are borne by the interested company.
GUIAOFFSHORE MAGAZINE
Fundos de Private Equity sob
as luzes dos holofotes
fortemente
alavancadas.
Com
a
desaceleração da economia, a prioridade
dos investidores passou a ser o
desempenho operacional das empresas
neste novo contexto. No Brasil, dada a
A cada dia ganha mais evidência no Brasil
pública inicial) e follow-ons nos últimos
o mercado de Private Equity, que seria
cinco anos -, novos modelos de
algo como fundos que compram
financiamento e de alternativas de
participação em empresas. Só no primeiro
desinvestimento para os fundos de pri-
semestre deste ano, os investimentos
vate
destes fundos representaram mais de 40%
impulsionadores de negócios.
setores.
das transações de fusões e aquisições.
equity
são
alguns
dos
característica dos investimentos sem
alavancagem financeira, o foco sempre
esteve no aspecto operacional, apoiandose também fortemente no crescimento e
nas oportunidades de consolidação de
Mas não é somente em economias em
O contexto atual demonstra que as
Em 2010, foram realizadas 80 transações
expansão que os fundos de private equity
empresas que receberam investimentos
neste mercado por cerca de 50 gestoras
têm assumido uma posição de relevância.
profissionalizaram-se
diferentes. O valor total investido foi de
Em países desenvolvidos, eles têm
desempenho superior ao esperado. Além
US$ 6 bilhões. Em artigo recente de
desempenhado um papel importante na
disto, têm hoje estratégia muito clara da
Leonardo Ribeiro, sócio da Ocroma Al-
recuperação dos desdobramentos da crise
necessidade de crescimento e de
ternative Investments, no jornal Valor
financeira global, iniciada em 2008.
perpetuidade de suas operações.
Embora existam significativas diferenças
A expansão dos negócios é o principal
sociais, econômicas e de perspectivas de
objetivo dos investidores e das empresas
mercado, a atuação destacada dos
investidas (portfolio companies), que
investidores de private equity é uma
voltam a considerar aquisições e
característica comum. Os resultados de
consolidações. O período de permanência
A expectativa, nos próximos anos, é de
uma pesquisa sobre investimentos de pri-
nos investimentos (holding periods) está
que estes fundos serão mais capitalizados,
vate equity publicada recentemente na
maior.
ganhando força para injetar perto de US$
imprensa pela empresa PWC-BRASIL
15 bilhões na economia nacional.
evidenciam a importância desses fundos
Econômico, afirma que é a primeira vez
desde 2004 que o volume investido em
Private Equity supera o valor levantado
nas bolsas de valores por ofertas públicas
iniciais (IPO em inglês).
O curioso é que os investidores desse
nas duas realidades.
e
tiveram
A capacidade de atrair e reter talentos é
outro importante diferencial numa época
em que há uma generalizada escassez de
tipo de fundo aportam mais do que
Veja alguns exemplos. Antes da crise
pessoal qualificado em todos os setores
dinheiro. Eles também trazem para as
internacional de 2008/2009, a indústria de
(e economias), assim como absorver a ex-
empresasa conhecimento de negócios,
private equity, nos países desenvolvidos,
pertise financeira do investidor que chega
práticas mais saudáveis de governança,
era caracterizada por transações
com os recursos de private equity.
profissionalização e a cultura de
planejamento de médio e longo prazos.
No Brasil, o mercado de private equity
tem sido estimulado por uma combinação
de fatores. A sofisticação e a liquidez do
nosso mercado de capitais - que registrou
181 IPOs (sigla em inglês para oferta
11
GUIAOFFSHORE MAGAZINE
NEGÓCIOS
Barra Energia se prepara
para novos saltos
Por Rafael Freitas
divulgou estimativas sobre o volume
de óleo existente, mas informou que
análises preliminares indicam que a
densidade do petróleo está entre 25 e
28
ºAPI,
comparável
a
outras
descobertas do pré-sal da Bacia de
Santos.
Novata da indústria brasileira de petróleo
tem US$ 1 bilhão em caixa para ampliar
investimentos no pré-sal
“Estamos entrando em uma das áreas
de maior atratividade mundial da
indústria de petróleo, onde certamente
muitas companhias maiores que a Barra
Energia gostariam de esta. Mas
Formada em maio de 2010 por ex-
A portuguesa Galp completa a
continuamos
executivos de gigantes como Petrobras
composição, mantendo sua fatia de 14%.
possibilidades de negócios, que
Recentemente, a Petrobras confirmou
esperamos
a
nos
próximo”, afirma Cesar Cainelli, vice-
reservatórios do bloco BM-S-8, em
presidente de Exploração e Produção
poço localizado a cerca de 250
da Barra Energia, empresa sediada no
quilômetros da costa do estado de São
Rio de Janeiro e que tem como diretor
Paulo, em águas onde a profundidade
Presidente João Carlos de Luca, também
é de 2.139 metros. A estatal não
presidente do IBP desde 2001.
e Repsol YPF, com o propósito de
investir nas oportunidades que a
atividade de exploração e produção de
petróleo oferece no País, a Barra Energia
esperou pacientemente por pouco mais
de um ano até dar o passo estratégico
na aquisição de seu primeiro ativo. Sua
existência
de
petróleo
analisando
anunciar
em
movimentação inicial no tabuleiro foi
logo na cobiçada região do pré-sal.
Com US$ 1 bilhão na carteira para
investimentos, cacife levantado junto
aos fundos First Reserve Corporation
e Riverstone Holdings, LLC (US$ 500
milhões cada), a Barra Energia
apresentou
suas
credenciais
ao
mercado ao injetar, em julho, US$ 175
milhões para adquirir da Shell Brasil
participação de 10% no bloco BM-S-8,
da Bacia de Santos, na área conhecida
como Bem-te-vi. No mesmo movimento,
a Queiroz Galvão Exploração e
Produção (QGEP) adquiriu os outros
10% da Shell no bloco, investindo
também US$ 175 milhões. O bloco é
operado pela Petrobras, dona de 66%.
12
Cesar Cainelli, vice-presidente de Exploração e Produção da Barra Energia
outras
futuro
GUIAOFFSHORE MAGAZINE
Além do bônus de aquisição da
ativos que sempre iremos
participação no BM-S-8, a
analisar com muito cuidado e
Barra Energia prevê investir
critério. Mas a Barra Energia
pelo menos outros US$ 40
também tem aspiração de
milhões na exploração do bloco
participar da décima primeira
da Bacia de Santos. “Caso
rodada do leilão da ANP”.
tenhamos
sucesso
na
Em função do perfil de longo
exploração inicial do bloco, os
investimentos
futuros
prazo para maturação da
no
atividade
desenvolvimento da produção
de
extração
e
produção petrolífera, a Barra
ultrapassarão em muito esse
Energia não tem perspectiva
valor”, estima o executivo.
de
faturamento
para
os
Sobre o potencial do bloco, Cainelli
Mas, dependendo das perspectivas
próximos anos. “Os potenciais ativos
ressalta que a decisão de entrar no pré-
dos projetos, não descarta outras
da Barra Energia têm longa maturação
sal da Bacia de Santos foi baseada em
fontes, incluindo o BNDES. “No
e o primeiro óleo ocorre normalmente
uma série de estudos e na experiência
momento não temos necessidade de
de seis a oito anos após a descoberta
do quadro técnico da empresa.
novos aportes, mas certamente o
de óleo ou gás”, explica. Mas a
“Julgamos que o bloco apresenta um
BNDES,
tradicional
empresa revela otimismo em função do
potencial muito grande, evidentemente
financiador da indústria do petróleo,
primeiro ativo adquirido e das
com os riscos inerentes à atividade de
não deve ser descartado”.
perspectivas
exploração. Esse potencial precisa ser
Apesar
em
negócios. Para o futuro, vislumbra até
confirmado
poços
desenvolver e produzir hidrocarbonetos
a possibilidade de abertura de capital.
exploratórios”, comenta, ao lembrar que
em províncias petrolíferas comprovadas
“No planejamento de longo prazo da
um dos poços exploratórios já está em
nas três mais importantes bacias
companhia, é uma hipótese a ser
perfuração, no prospecto conhecido
marítimas brasileiras – Campos, Santos
considerada”.
como Biguá. “Certamente contar com
e Espírito Santo –, a Barra Energia não
um operador do quilate da Petrobras
descarta a possibilidade de entrada em
O quadro da Barra Energia é composto
muito nos ajuda e nos dá tranquilidade
projetos de exploração com outros
atualmente por 20 profissionais, com
de que se aplicarão as melhores
perfis. “Essas são as bacias focos, o
perspectivas de expansão à medida em
práticas,
que não impede que um ou outro
que a quantidade de ativos em carteira
segurança”.
negócio seja feito fora dessas áreas”,
também crescer. Além de João Carlos
Como parte de sua estratégia de
comenta, confirmando também que a
de Luca, ex-presidente da Repsol YPF
empresa analisa a entrada em novos
no Brasil por 11 anos, a Barra Energia
projetos do pré-sal.
tem entre os principais membros os ex-
financeiros dos fundos First Reserve
Sobre o modelo de entrada em novos
Petrobras Renato Bertani (diretor
e Riverstone Holdings para se
projetos, a empresa cogita diferentes
executivo), que também foi presidente
posicionar como uma bem capitalizada
possibilidades. Além do farm-in, que
executivo da Thompson & Knight
companhia brasileira de petróleo. Até
possibilitou a estreia no pré-sal da
Global Energy Services, LLC; Antônio
o momento, foram investidos cerca de
Bacia de Santos, a Barra Energia avalia
Cláudio Pereira da Silva (chief financial
US$ 200 milhões, incluindo os US$ 175
também possibilidades de aquisições,
officer), e O vice-presidente de
milhões pela aquisição do bloco BM-
parcerias estratégicas e as rodadas de
Desenvolvimento de Negócios, Brian
S-8. Em função do fôlego em carteira
licitações promovidas pela ANP. “A
Byrne, atuou como Diretor da
para investimentos, a empresa não
compra
Citigroup Global Energy na área de
cogita novos aportes no momento.
modalidade de ingresso em novos
através
sempre
dos
pautadas
pela
negócio, a empresa pretende aproveitar
o compromisso de aporte de recursos
como
do
de
foco
um
prioritário
participação
é
uma
quanto
a
novos
Investment Banking.
13
GUIAOFFSHORE MAGAZINE
Barra Energia has got US$ 1 billion
to invest in the O&G market
By Rafael Freitas
Created in May 2010 by former executives from giants like
Petrobras and Repsol YPF, for the purpose of investing in
opportunities that exploration activity and oil production in the
country offers, Barra Energia waited patiently for a little over a
year to give strategic step in the acquisition of its first asset. Its
first movement in the game was toward the coveted pre-salt
region.
As part of its business strategy, the company plans to leverage
the commitment of financial input of the First Reserve Funds
and Riverstone Holdings to position itself as a well-capitalized
Brazilian oil company. So far, invested about US$ 200 million,
including US$ 175 million for the acquisition of the block BM-S8. Depending on the wind in its portfolio investment, the company
is considering new investments at this time. But, depending on
the perspectives of the projects, does not rule out other sources,
including BNDES. "At the moment we have no need for new
investments, but certainly the BNDES, as a traditional lender of
the oil industry, should not be ruled out."
With US$ 1 billion in portfolio investment, funds raised from
clout First Reserve Corporation and Riverstone Holdings, LLC
(US$ 500 million each), Barra Energia presented his credentials
to inject the market in July, US$ 175 million to Shell Brazil
acquire 10% interest in block BM-S-8, in the Santos Basin, the
area known as Bem-te-vi. In the same movement, Queiroz Galvao
Exploration and Production (QGEP) owns the other 10% of
Shell's block, also investing US$ 175 million. The block is operated
by Petrobras, which owns 66%. Portugal's Galp completes the
composition, while maintaining its share of 14%.
Although the primary focus in developing and producing oil in
Recently, Petrobras has confirmed the existence of oil reservoirs
in Block BM-S-8, well located about 250 miles off the coast of
São Paulo, where the water depth is 2,139 meters. Petrobras has
not released estimates of the volume of oil in place, but reported
that preliminary analysis indicates that the density of oil is
between 25 and 28 º API, comparable to other findings of the
pre-salt Santos Basin.
considering different possibilities. In addition to farm-in, which
"We are entering one of the most attractive areas of the world
oil industry, where indeed many larger companies would like to
be as Barra Energia," said Cesar Cainelli, vice-presidente of E&P.
"We continue looking at other business opportunities, to be
announced in the near future."
the ANP. "
Besides the acquisition of the bonus in the BM-S-8, Barra Energia
plans to invest at least another US$ 40 million in exploration
block in the Santos Basin. "If we succeed in the initial exploration
of the block, future investments in the development of production
will far excee this value," estimated the executive, who is also
president of the Brazilian Institute of Oil, Gas and Biofuels (IBP)
since 2001.
after the discovery of oil or gas," he explains. But the company
The executive points out that the decision to enter the pre-salt
Santos Basin was based on a series of studies and experience of
the technical staff of the company. "We believe that the block
presents a great potential, evidently with the risks inherent in
exploration activity. This potential needs to be confirmed by
the exploratory wells, "he says, recalling that one of the
exploratory wells is already drilling in the prospectus known as
Biguá. "Certainly having an operator Petrobras carat helps us a
lot and gives us peace of mind that will apply best practice,
always guided by security."
14
proven oil provinces in the three most important Brazilian
offshore basins - Campos, Santos and Espirito Santo - Barra
Energia does not rule out the possibility of entry into exploration
projects with other profiles. "These basins are the focus, which
does not prevent one or other business is done outside these
areas," he says, confirming that the company looks to enter new
pre-salt projects.
On the entry level model in new projects, the company is
enabled the opening of the pre-salt Santos Basin, Barra Energia
also evaluates potential acquisitions, strategic partnerships and
bidding rounds promoted by ANP. "The purchase of participation
is a form for entering new assets that we will always examine
with great care and discretion. But Barra Energia also has
aspirations to participate in the eleventh round of the auction of
Depending on the profile of long-term maturation of the activity
of oil extraction and production, Barra Energia has no prospect
of revenues for the next year. "Potential Barra Energia's assets
have long maturation and first oil is usually six to eight years
reveals optimism in the first function of assets acquired and the
prospects for new business. For the future, to envision the
possibility of going public. "In the long-term planning of the
company, is a hypothesis to be considered."
The staff of Barra Energia is currently composed of 20
professionals, with prospects of expanding as the amount of
portfolio assets also grow. In addition to Joao Carlos de Luca, the
company’s president and who was president of Repsol YPF in
Brazil for 11 years, Barra Energia has in its board former
executives from Petrobras like Renato Bertani (CEO), who was
also CEO of Thompson & Knight Global Energy Services , LLC;
Cláudio Antônio Pereira da Silva (Chief Financial Officer), and
Cesar Cainelli (Vice-President of Exploration and Production).
Vice President of Business Development, Brian Byrne, he served
as Director of the Citigroup Global Energy Investment Banking.
GUIAOFFSHORE MAGAZINE
15
GUIAOFFSHORE MAGAZINE
LEGISLAÇÃO
Escritórios de advocacia
se ajustam para atender
as novas demandas
do mercado petrolífero
Por Maria Augusta Carvalho
A forma como se dará a exploração do présal e as conseqüências para o meio
ambiente, de uma maneira geral, são as
maiores preocupações dos advogados
especialistas, que auxiliam seus clientes na
área de petróleo e gás (P&G). Aliás, a
preocupação para os escritórios começa na
formação profissional do próprio advogado,
que nem sempre é encontrado pronto no
mercado. Até o final dos anos 90, somente
advogados da Petrobras militavam nesse
setor; e a partir da abertura de mercado,
muitas empresas foram obrigadas a trazer
advogados do exterior, que tivessem
conhecimentos das especificidades dos
contratos a serem fechados. Mas, hoje,
várias escolas de direito acordaram para esta
preocupação e estão oferecendo
especialização
aos
advogados,
principalmente aos recém formados.
Para o advogado carioca, especialista na
indústria de petróleo e gás e no setor de
infra-estrutura, Heller Redo Barroso, sócio
gerente do escritório Heller Redo Barroso
& Associates Inc., o meio ambiente é a área
que requer maiores cuidados jurídicos, sob
o risco de sofrer com litígios – tanto
administrativos, como jurídicos. Segundo
ele, o planejamento estratégico da Petrobras
para os próximos anos, que envolve muitos
investimentos em bases operacionais
16
(upstream), logística (midstream) e refino
e petroquímica (downstream), mexerá
diretamente com o solo, o ar e a terra. Como
o pré sal está no foco das atenções, a
Petrobras será o carro chefe destas
questões.
“No upstream antevejo grandes
dificuldades no licenciamento de portos,
áreas costeiras de tancagem, bases
operacionais na costa ou em ilhas, mesmo
as artificiais. Já na área de midstream, a
construção de dutos submarinos, instalação
de manifolds, wellheads (sistemas subsea)
e a construção onshore de óleo e gasodutos;
plantas de processamento de óleo e gás;
terminais de regaseificação de GNL; a
eventual construção de uma planta de
liquefação (que não está no atual
planejamento quadrienal da Petrobras, mas
é ambição antiga do Governo), entre outros,
são atividades com grande potencial para
processos de licenciamento ambiental
complexos”, frisou Redo Barroso.
Ele ressalta que a expansão da malha de
dutos terrestres, atravessando áreas
consideradas de preservação ambiental,
estará sujeita à manifestação de
ambientalistas que, “por dever do métier,
vão sempre querer que o legislador e o
Executivo decretem como áreas de proteção
ambiental”. “Qualquer intervenção humana
vai ser sempre vista com ojeriza, não
importa a tecnologia e o denodo no cuidado
com a fauna e a flora”, critica.
No downstream, Redo Barroso antevê os
maiores desafios, do ponto de vista do
licenciamento ambiental. “A construção de
refinarias; plantas de calcinação de coque;
plantas de lubrificantes; metanol; usinas de
etanol; plantas de polímeros para indústrias
têxtil, e de plásticos; uma eventual planta
de ácido acrílico, são todas atividade
intensivas de construção, instalação de
equipamentos que, se não cercados de filtros
e outros mecanismos de contenção de
efluentes, podem tornar-se grande
poluentes da bacia aérea e do solo”, adianta
o advogado. Quando se fala de efluentes
líquidos, resíduo da atividade de refino e
petroquímica, vem logo à mente a poluição
de lençóis freáticos, embora na região de
maior aglomeração desses projetos a água
coletada para fins de abastecimento venha
de conjuntos hídricos de superfície.
A criação de leis e normas jurídicas, como o
marco regulatório do pré-sal, instituindo um
novo modelo de partilha da exploração e
das atividades a serem desenvolvidas, estão
no centro das atenções dos escritórios. O
advogado Fernando Villela, do escritório
Siqueira Castro Advogados, lembra que as
empresas não mais atuarão como até então,
sob o regime de concessão, nas rodadas,
promovidas pela ANP. “Desta vez, para
fazer parte das atividades exploratórias do
pré-sal, os interessados terão que se reunir,
em consórcios tripartites; formado pela
Petrobras, por um Comitê Operacional e,
finalmente pelas próprias empresas
interessadas”, lembra o advogado, que é
formado pela Universidade de Nova Iorque,
em regulação do comércio. O comitê
operacional, por sua vez, será formado
pela nova estatal, a ser criada para
assumir os trabalhos com o pré-sal, a
Petrobras e as interessadas. “Só que a
Petrobras terá o poder de veto e de minerva
nesta fase”, frisa Villela.
GUIAOFFSHORE MAGAZINE
Este novo formato, e não mais o de concessão, ainda precisa ser
bastante estudado, para não acarretar problemas jurídicos para
seus clientes. “Toda alteração na norma está sujeita a mal entendidos,
dúvidas e brechas na legislação, por isso achamos que este pode ser
motivo de um futuro entrave”, lembra o sócio do Siqueira Castro,
Márcio Monteiro Reis. O novo modelo de contrato de partilha
estipulado pelo Governo Federal prevê quatro regras básicas: a
União poderá contratar diretamente a Petrobras para produzir no
pré-sal; poderá licitar empresas para participar dos contratos de
partilha – o vencedor será quem atribuir maior percentual à União.
Uma terceira norma aborda a participação da ANP, que deverá
realizar licitação de acordo com as regras do Ministério, aprovadas
pelo CNPE e regula os contratos. Mas, o mais significativo é a
participação da Petrobras, que será a operadora e terá uma
participação mínima, de 30%, em todos os blocos.
A Dra. Camila Mendes Vianna Cardoso, do Law Offices Carl
Kincaid/Mendes Vianna Advogados Associados, concorda e
acrescenta que a área jurídica de contratos também sofrerá, uma
vez que o mercado tem “o desafio de atender ao conteúdo local dos
contratos de concessão e o respectivo percentual de participação
das empresas brasileiras fornecedoras de bens; sistemas e serviços
nas atividades econômicas relacionadas às atividades de P&G”. Na
parte tributária a falta de clareza e equidade na interpretação das
regras tributárias gera incertezas jurídicas, complementou.
O sócio de Veirano Advogados, Luis Fernando Ayres de Mello
Pacheco, responsável pelos setores de P&G; Entretenimento;
Societário, Tributário e Aduaneiro, acrescenta que, além do tributário
e regulatório, problemas eminentes na área contratual, voltada para
petróleo e gás, também merecem atenção das partes contratantes e
contratados. Ele relatou um caso interessante, em que o escritório
defendeu as duas partes do acordo ao mesmo tempo. “Há cinco
anos, o escritório representou tanto o vendedor quanto o comprador
dos direitos em uma concessão de um campo de exploração e
produção de petróleo no Brasil. Na época, o campo era denominado
Chinook e pertencia a Encana, que vendeu para a Norsk-Hydro,
atualmente Statoil. As duas empresas, clientes do escritório, não
abriram mão da escolha do escritório para representá-las e, foi
estabelecido uma Chinese Wall (separação entre advogados internos
do escritório, sem que um advogado pudesse se comunicar com o
outro colega seu do escritório sobre os assuntos discutidos com os
seus respectivos clientes). A venda foi concluída com perfeição e o
campo em questão é hoje o Peregrino”, relatou.
Hoje, sua área dispõe de 20 advogados, sendo seis voltados
exclusivamente para P&G. “Outra área do Direito, que precisa ser
melhor analisada é a trabalhista”, lembra Luis Pacheco. Segundo
ele, deveria haver uma lei específica para trabalhadores em
plataforma. É um local de trabalho sujeito a interpretações díspares
pelo poder Judiciário, interferindo na contratação.
APERFEIÇOAMENTO
Com todas essas demandas em curso, os escritórios estão, agora e
no futuro, se municiando dos melhores profissionais que o mercado
pode dispor. “A expectativa do crescimento da área de Petróleo e
Gás no escritório é imensurável: tanto quanto for o crescimento da
própria indústria. Estamos fazendo movimentos e gestões para
robustecer a estrutura; o número de advogados qualificados, o
treinamento, o reforço das atitudes em línguas estrangeiras - porque
a internacionalização das empresas brasileiras, a começar pela área
de etanol e petroquímica, é irreversível, e não apenas irreversível
como aceleradíssima”, frisa o sócio Heller Barroso.
Márcio Monteiro Reis - “Toda alteração na norma está
sujeita a mal entendidos, dúvidas e brechas na
legislação, por isso achamos que este pode ser motivo
de um futuro entrave”.
Ele lembra ainda que os escritórios só não crescerão se não
investirem no capital humano, na profissionalização dos advogados,
“o que é especialmente problemático no Rio de Janeiro”. “Conheço
todos os meus concorrentes, e sei que todos têm isso em mente e
não estão dormindo no ponto. Só não vai crescer quem não for
capaz de equacionar esse "gargalo" ainda enfrentado por alguns
excelentes profissionais”, lembrou. É pensando neste mercado que
as escolas de direito têm voltado suas baterias.
A advogada e professora do IBMEC Carla Marshall entende bem
disto e reconhece que os escritórios ainda estão deficitários de mão
17
GUIAOFFSHORE MAGAZINE
de obra qualificada no tema. “A procura é
grande por este segmento e os escritórios
do Rio de Janeiro estão demandando
estagiários e advogados com esta
especialização o que, infelizmente, ainda é
raro”, frisou. Dra. Carla é coordenadora do
curso de graduação do Direito, no segmento
petróleo, com ênfase em pré-sal. “Temos
um Núcleo de Estudos em Direito
Empresarial que, desde o início do ano
passado, se concentra em estudar o
segmento petróleo e gás. Em um primeiro
momento focamos nossas leituras nos
aspectos constitucionais e, em seguida,
abordamos a questão voltada para o meio
ambiente”, ressaltou. “Do mesmo modo,
temos uma disciplina eletiva que é ofertada
uma vez por ano e aborda os diversos
aspectos do Direito do Petróleo. Na última
vez que ofertamos, tivemos cerca de 35
alunos inscritos, tanto dos cursos de Direito,
como de Administração, Economia e uma
grande parcela de Relações Internacionais”.
Congresso sejam votados, mais empresas
internacionais aportarão no Brasil, fazendo
com que os escritórios precisem contratar
em massa, para atender à demanda.
Atualmente, Valois se orgulha de dizer que
seu escritório, apesar de pequeno na
quantidade de profissionais do Direito,
possui o maior time de advogados voltado
para este segmento, com quatro sócios e 17
advogados, de um total de 30 profissionais.
A Fundação Getúlio Vargas, a mais recente
escola a oferecer o curso de Direito no Rio
de Janeiro, possui um curso de curta
duração, em petróleo e gás, oferecido uma
vez ao ano, e que é freqüentado por
estudantes e profissionais do ramo do
Direito, mas também é comum atrair
profissionais de formação diversa, que
também estão envolvidos nas atividades da
indústria do petróleo; como por exemplo,
engenheiros, economistas, contadores e
aqueles que têm a análise de questões do
Petróleo e Gás como ferramenta relevante
na condução dos projetos a que se dedicam.
O Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP),
também, oferece cursos voltados para o
Direito e os Negócios do Petróleo,
coordenado pela professora Marilda
Rosado, dentro do Instituto de Pósgraduação do Petróleo.
Já, o tradicional escritório Tauil & Chequer
Advogados, que assessorou, entre outras
multinacionais, a Vale, associou-se há
quase dois anos ao escritório mundial
Mayer Brown. Hoje, o Tauil possui,
aproximadamente, 90 advogados em
escritórios de São Paulo, Rio de Janeiro e
Vitória, sendo que 10% desse total se
dedicam integralmente à área de P&G. “Este
setor representa entre 35 a 40% do
faturamento em relação ao total do
escritório, no Rio de Janeiro”, revela o sócio
Alexandre Chequer. “Crescemos tanto, que
hoje em dia, estamos recepcionando
advogados ingleses, de nosso sócio
internacional, que estão vindo ao Brasil
aprender como é o nosso Direito em P&G
e, como operamos com nossos clientes”,
ressalta.
As contratações ainda não estão em ritmo
frenético porque ainda faltam definições de
questões jurídicas relevantes sobre a
exploração do pré sal. Mas, para o sócio
Paulo Valois Pires, do escritório Schmidt,
Valois, Miranda, Ferreira & Agel
Advogados, tão logo esses detalhes, como
a questão dos royalties, em discussão no
18
Ele não sabe dizer quantos ainda pretende
contratar, uma vez que depende de que tipo
de normas o Poder Legislativo estabelecerá.
“Mas, nos últimos doze anos, houve um
boom de contratação. Hoje, agora, estamos
em um momento estável. Mas, novos
negócios estão a caminho, como por
exemplo, a regulamentação da lei do Gás
Natural, a questão das térmicas, e todos os
assuntos ligados à infra-estrutura, como
energia elétricas – construção de linhas de
transmissão -, portos – navios sonda – etc”,
lembrou ele.
Ele anuncia, com felicidade estampada no
rosto, a mudança para uma nova sede.
Atualmente, o escritório atende em dois
andares na Rua do Carmo e, até o final do
ano estará ocupado um prédio inteiro na
Rua Augusto Severo, na Glória. “Só então,
poderemos ir às compras”, relata,
anunciando futuras aquisições de
concorrentes. Em suas previsões, o
escritório dobrará de tamanho nos próximos
anos e, somente a área de P&G deverá
crescer em 50%.
Entretanto, a sócia Marilda Rosado, do
Doria, Jacobina, Rosado e Gondinho
Advogados Associados, não pretende
crescer tão rápido quanto o Tauil. “A idéia
é crescermos, mas, de forma sustentada nos
próximos anos”, frisa. A Dra. Marilda foi
chefe da assessoria jurídica da extinta
Braspetro, empresa da Petrobrás, onde
entrou ainda nos anos 70. Portanto, seus
conhecimentos de legislação do petróleo no
Brasil remontam há mais de 30 anos.
“Reconheço que meu nome virou uma
grife”, sorri. Desde 1997, é professora e
coordenadora dos cursos Direito do
Petróleo e Gás, no Instituto Brasileiro do
Petróleo e na UERJ. É coordenadora do
Centro de estudos e pesquisas avançadas
em Direito do Petróleo (CEDPETRO),
também na UERJ.
Marilda Rosado, sócia do Doria,
Jacobina, Rosado e Gondinho
Advogados Associados
Por conhecer tão bem o direito do petróleo
há tantos anos, seu escritório é muito
procurado para assessoramento à
contratação nacional e internacional em
todos os segmentos da indústria de P&G.
Mas,
sua
especialidade
é
o
acompanhamento de casos de contencioso
e arbitragem, bem como de discussões de
questões regulatórias e institucionais da
implantação e evolução do modelo
institucional de petróleo e gás.
GUIAOFFSHORE MAGAZINE
Law firms adjust to meet the new
demands of the oil market
by Maria Augusta Carvalho
The way the pre-salt will be exploited and the consequences to the
environment in general, are the greatest concerns of the expert attorneys,
who assist their clients in the oil and gas (O&G) area. As a matter of fact,
the concern to the offices starts with the qualification of the professional,
who is not always found ready in the market. Until the end of the 90’s, only
attorneys from Petrobras acted in these sector; and from the opening of the
market, many companies were obligated to bring attorneys from abroad,
who had knowledge about the specificities of the agreements to be celebrated.
But, today, many law schools have became aware of this concern and are
offering specialization to the attorneys, mainly those recently graduated.
The creation of laws and legal rules, such as the regulatory mark for the presalt, instituting a new model to share the exploitation and the activities to
be developed, is in the center of attention of the offices. The attorney
Fernando Villela, of the law firm Siqueira Castro Advogados, reminds that
the companies will no longer act as they did until now, under the concession
regimen, in the rounds promoted by ANP. “This time, to be part of the presalt exploratory activities, the interested parties will have to gather in
tripartite consortiums; comprised by Petrobras, an Operational Committee
and, finally, by the interested companies themselves”, reminds the attorney,
who graduated from the University of New York, in trade regulation. The
operational committee, in its turn, will be comprised by the new state
company, to be created in order to undertake the works with the pre-salt,
Petrobras and the interested companies. “Petrobras will have the veto
power and the casting vote”, stresses Villela.
To the Rio de Janeiro attorney, expert in the oil and gas industry and in the
infrastructure sector, Heller Redo Barroso, managing partner of the law firm
Heller Redo Barroso & Associates Inc. the environment is the area that
requires greater legal care, due to the risk of suffering with litigations –
both administrative and juridical. According to him, the strategic planning
of Petrobras for the next years, which involves many investments in
operational bases (upstream), logistics (midstream) and refinery and
petrochemical (downstream), will affect directly the soil, air and land.
“In the upstream I foresee large difficulties in the licensing of ports, costal
tanking areas, and operational bases on shore or in islands, even the
artificial ones. On the midstream area, the construction of submarine ducts,
installation of manifolds, wellheads and the onshore construction of oil and
gas ducts; oil and gas processing plants; NLG regassing terminals; the
occasional construction of a liquefying plant (which is not in the current
quadrennial planning of Petrobras, but is an old Government ambition),
among others, are activities with great potential for complex environmental
licensing processes”, stressed Redo Barroso.
He highlights that the expansion of the terrestrial ducts mesh expansion,
crossing areas deemed as environmental preservation areas, will be subject
to the manifestation from environmentalists who, “by duty of the métier,
Fernando Villela, attorney of the law firm
Siqueira Castro Advogados
will always require that the legislator and the executive rule as environmental
protection areas”. “Any human intervention will always be seen with
aversion, no matter the technology and worthiness in the care with the
fauna and flora”, he criticizes.
This new format, and no longer the concession, still needs to be well
studied, so it will not cause legal problems to its clients. “Every change
on the rule is subject to misunderstandings, doubts and breaches in
In the downstream, Redo Barroso foresees the greatest challenges, from
the environmental licensing point of view. “The construction of refineries;
coke calcination plants; lubricant plants; methanol; ethanol mills; polymer
mills for textile and plastic industries; an occasional acrylic acid plant,
are all intensive construction activities, installation of equipment which,
if not surrounded by filters and other effluents containment mechanisms,
may become large pollutants of the air and soil basin”, advances the
attorney. When talking about liquid effluents, residues from the refinery
and petrochemical activities, the first thing that comes to mind is the
pollution of the ground water, although in the region with higher
agglomeration of these projects the water collected for supply purposes
legislation, that is why we think this could be the reason for a future
comes from surface water sets .
will have a minimum, 30% participation, in all the blocks.
dispute”, reminds the partner of Siqueira Castro, Márcio Monteiro Reis.
The new apportionment agreement model set forth by the Federal
Government foresees four basic rules: the Union can hire Petrobras directly
to produce in the pre-salt; it can conduct a bid among companies to
participate of the apportionment agreements – the winner will be the one
to assign the highest percentage to the Union. A third rule concerns the
participation of ANP, which shall carry out a bid according to the Ministry
rules, approved by CNPE and regulates the agreements. But, the most
significant is the participation of Petrobras, which will be the operator and
19
GUIAOFFSHORE MAGAZINE
Dr. Camila Mendes Vianna Cardoso, from Law Offices Carl Kincaid/Mendes
Vianna Advogados Associados, agrees that the legal area of the agreements
will also suffer, once the market “has the challenge to serve the local
content of the concession agreement and the respective participation
percentage of the Brazilian companies for the supply of goods; systems and
services in the economic activities related to the O&G activities”. In the tax
by Professor Marilda Rosado, within the Oil Post-Graduation Institute.
The hiring still is not in a frenetic rhythm because there are still a few
definitions missing about legal matters about the pre-salt exploitation. But
for the partner Paulo Valois Pires, of the firm Schmidt, Valois, Miranda,
Ferreira & Agel Advogados, as soon as these details, such as the matter of
royalties, under discussion at the Congress are voted, more international
area, the lack of clarity and equity in the interpretation of the tax rules
companies will come to Brazil, causing the offices to perform a mass hiring
generates legal uncertainties, she added.
to meet the demand. Currently, Valois is proud to say that his office,
although small in the quantity of Law professionals, has the largest team of
attorneys focused in this segment, with four partners and 17 attorneys, out
IMPROVEMENT
of a total of 30 professionals.
With all these demands in progress, the offices are, now and in the future,
He doesn’t know how many they still intend to hire, once this depends on
obtaining the best professionals the market can offer. “The growth
what kind of rules the Legislative Power will establish. “But over the last
expectation of the Oil and Gas area in the office is immensurable: as much
twelve years there was a hiring boom. Now we are at a stable moment. But
as the growth of the industry itself. We are carrying out movements and
new businesses are on the way, such as the regulation of the Natural Gas
managements to strengthen the structure; the number of qualified lawyers,
Law, the issue of the thermal plants and all the matters associated to
the training, the reinforcement of foreign language skills – because the
infrastructure, such as electric power – construction of transmission lines -
internationalization of the Brazilian companies, starting by the ethanol and
, ports – drill ships – etc”, he reminded.
petrochemical area is irreversible; not only irreversible, by extremely
accelerated”, stresses the partner Heller Barroso.
As for the traditional firm Tauil & Chequer Advogados, which assisted
Vale, among other multinationals, associated itself to the global firm Mayer
He also reminds that the offices will not grow only if they do not invest in
Brown. Today, Tauil has approximately 90 attorneys in offices in São
human capital, in qualification of lawyers, “what is especially problematic
Paulo, Rio de Janeiro and Vitória, and 10% of this staff are fully dedicated
in Rio de Janeiro”. “I know all my competitors, and I know they all have
to the O&G area. “This sector represents between 35 and 40% of the
this in mind and are not asleep at the switch. Growth will not happen only
income regarding the total income of the office, in Rio de Janeiro”, reveals
to those who are not able to equate this “bottleneck” still faced by a few
the partner Alexandre Chequer. “We grew so much, that today we are
excellent professionals”, he mentioned. It is thinking about this market
receiving English attorneys, from our international partner, who are coming
that the law schools are focusing their efforts.
to Brazil to learn about our Law practice in O&G and how we operate with
our clients”, he says.
The attorney and professor at IBMEC Carla Marshall understands this well
and recognizes that the offices are still lacking qualified labor in this area.
He announces, with happiness in his eyes, the change to a new headquarter.
“The search for this segment is large and the offices in Rio de Janeiro are
Currently, the office operates on two floors at Rua do Carmo and, by the end
demanding interns and attorneys with this specialization what, unfortunately
of the year it will occupy a whole building at Rua Augusto Severo, Glória.
is still rare”, she stressed. Dr. Carla is the coordinator of the Law graduation
“Only then will we be able to go shopping”, he reports, announcing future
course, in the segment of oil, with focus in the pre-salt. “We have a
acquisitions of competitors. In his forecasts, the office will double its size in
Corporate Law Studies Center which, since the beginning of last year,
the next years and, the O&G area only will probably grow 50%.
concentrates in studying the oil and gas segment. In a first moment, we
However, the partner Marilda Rosado, from Doria, Jacobina, Rosado e
focus our readings in the constitutional aspects and then, we approach the
Gondinho Advogados Associados, does not intend to grow as fast as Tauil.
environment issues”, she highlighted. “In the same way, we have an
“The idea is to grow, but in a sustainable fashion, over the next years”, she
optional discipline which is offered once a year and discusses several
says. Dr. Marilda was the legal assistance head at the extinct Braspetro, a
aspects of the Oil Law. The last time we offered, we had around 35 students
Petrobrás company, where she acted during the 70’s. Therefore, her knowledge
enrolled, from the Law courses as well as Management, Economics and
about the oil legislation in Brazil goes back more than 30 years. “I recognize
International Relations.
that my name has become a brand”, she smiles. Since 1997, she is a
Fundação Getúlio Vargas, the most recent school to offer the Law course in
Rio de Janeiro, has a short term course in oil and gas, offered once a year,
which is attended by Law students and professionals, but usually attracts
professor and coordinator of the Oil and Gas Law Courses at Instituto
Brasileiro do Petróleo and at UERJ. She is the coordinator of the Oil Law
studies and advanced research center (CEDPETRO), also at UERJ.
professionals from different areas, who are also involved in the activities of
For knowing so well oil law, for so many years, her office is highly sought
the oil industry; such as engineers, economists, accountants and those who
for assistance in national and international hiring in all segments of the
have the analysis of Oil and Gas issues as a relevant tool in the realization
O&G industry. But her expertise is the follow up of disputes and arbitration,
of the projects to which they dedicate. Instituto Brasileiro do Petróleo
as well as discussions of regulatory and institutional matters of the
(IBP), also offers courses focused in Oil Law and Businesses, coordinated
implementation and evolution of the institutional oil and gas model.
20
GUIAOFFSHORE MAGAZINE
MERCADO DE EPI
Mercado de proteção individual está
seguro em manter crescimento
Por Augusto Silva
O mercado de proteção individual deve
registrar em 2011 um crescimento em torno
de 10%, mesmo percentual verificado nos
últimos anos. Dados da Associação
Nacional da Indústria de Material de
Segurança e Proteção ao Trabalho
(Animaseg) dão conta de que este mercado
movimentou em torno de R$ 1,5 bilhão em
2010. A constante procura por
equipamentos de proteção individual (EPIs)
é creditada em parte pela conscientização
dos empregadores em relação à segurança
de seus funcionários, impulsionada pela
cobrança por meio de normas técnicas.
Paralelamente,o aumento de trabalhadores
de carteira assinada também contribui para
o aquecimento do mercado, sempre atrelado
ao nível de formalidade das empresas.
A discussão da nacionalidade dos produtos
e da tecnologia utilizada em sua fabricação,
aliada ao descontentamento de parte do
mercado com a atuação do governo em
relação à leis que regem o setor, joga foco
sobre o mercado de EPIs, que têm grande
21
21
GUIAOFFSHORE MAGAZINE
atuação no setor petrolífero e deve ganhar
ainda mais impulso nos próximos anos. É
prevista a aceleração dos investimentos a
serem feitos em nível nacional, com o présal, sem contar os vultosos investimentos
em infra-estrutura no país, por conta da
Copa do Mundo e Olimpíadas.
No mercado, os EPIs são divididos em nove
grupos, a saber: calçados de segurança,
equipamentos contra quedas, proteção
auditiva, capacetes de segurança, cremes
protetores, luvas de segurança, proteção
respiratória, vestimentas de segurança e
proteção de face e olhos.
“Existe falta de conscientização na questão
de segurança entre as empresas, mas sempre
que os empresários se informam mais, a
demanda por EPIs também cresce”, explica
o diretor executivo da Animaseg, Raul
Casanova. “Todo trabalhador precisa de
EPI, é um direito dele. O empregado formal
está mais próximo da informação. Já no caso
do trabalhador informal, falta conhecimento
dele, e também do empregador. O trabalho
da associação é no sentido de conscientizar
o trabalhador formal que não tem
conhecimento do que a legislação exige”,
completa.
segurança do trabalho, entre outros gastos.
Segundo a Animaseg, por insuficiência de
investimentos, os custos desses sinistros,
por falta de prevenção, chegam a mais de
R$ 90 bilhões. Dados da Previdência Social
demonstram que no ano de 2009 ocorreram
registros de 723,5 mil acidentes de trabalho
no território brasileiro. De todos esses
acidentes, 2,5 mil tiveram um resultado
morte, o que alcança um contingente de 7
mortes por dia. Tais estatísticas, reveladas
em maio último, ainda não possuem dados
a respeito de funcionários públicos ou
trabalhadores informais.
Desde 2009, o Ministério do Trabalho e
Emprego está mudando o conceito de
emissão de Certificado de Aprovação
(CA) por Termo de Responsabilidade
para portarias. Estas exigem a adequação
e cumprimento de normativas
internacionalmente aceitas e reconhecidas
com o objetivo de impulsionar a qualidade
nos EPIs comercializados no Brasil.
Casanova pondera que, ao contrário da
construção civil, o setor de óleo e gás é
essencialmente constituído de grandes e
bem formalizadas empresas, de modo que
praticamente não existe informalidade na
área. “Eu sempre digo que existem dois
‘Brasis’. Um é o que cumpre todas as
normas e que busca se aprimorar cada vez
mais no atendimento à legislação. O outro é
o informal, que nem sabe que as normas
existem”, compara.
“Estas novas portarias, começando pela
121, têm papel fundamental na melhoria
da segurança do trabalhador e facilitam
muito o processo de compra de EPI’s pelas
empresas. Ajustes neste processo de
mudança estão sendo realizados com a
publicação de novas portarias, sendo que a
mais recente foi a 209, mas um grande passo
já está sendo dado”, acredita a gerente de
Marketing do Departamento de Proteção
Pessoal da Dupont para a América Latina,
Guadalupe Franzosi, cuja empresa produz
tecidos, roupas e acessórios de EPIs,
envolvendo desde proteção contra
materiais perigosos a produtos de limpeza
profissional.
O Brasil investe por ano em prevenção de
acidentes e doenças do trabalho cerca de
R$ 15 bilhões, incluindo os EPIs, as CIPAs
– Comissões Internas de Prevenção de
Acidentes, profissionais de prevenção como
médicos ocupacionais e técnicos de
Para Franzosi, o investimento feito em
proteção individual é muito menor quando
comparado aos problemas e gastos gerados
por acidentes e litígios trabalhistas. “A
melhoria na segurança, saúde e meio
ambiente de trabalho, além de aumentar a
22
produtividade, reduz o custo do produto
final, uma vez que as interrupções dos
processos da empresa por acidentes ou
doenças ocupacionais são reduzidas”, diz.
A executiva credita como um dos mais
importantes motivos para o crescimento
dos EPIs a expansão de atividades que
empregam um número elevado de mão de
obra como, por exemplo, o setor de
petróleo, gás e mineração, de construção
civil e industrial. Dentre as linhas em que a
Dupont atua, Franzosi ressalta que a
empresa já tem grande participação na linha
química e agora o foco está em desenvolver
o mercado Térmico. “Crescemos muito em
relação a 2010 e a nossa expectativa é
fechar 2011 com uma atuação ainda mais
forte no mercado”, diz a gerente.
Guadalupe Franzosi - Gerente de
Marketing do Departamento de
Proteção Pessoal da Dupont para a
América Latina
Apesar do discurso em torno da
conscientização, há quem acredite que o
governo não está fazendo a sua parte. Para
Émerson Vida da Silva, gerente do
Departamento Técnico da Engesel, o
motivo pelo qual os EPIs são conhecidos e
GUIAOFFSHORE MAGAZINE
usados é porque o setor privado e as
pessoas em geral entendem e aprovam seus
benefícios. “Infelizmente o governo não
ajuda em nada, apenas impõe normas e
procedimentos com prazos irreais, com
normas que contrariam nossos costumes
ou as características próprias da nossa
nação, Além disso, o governo imputa às
empresas usuárias e fabricantes de EPIs o
ônus da incompetência em treinar, divulgar
e conscientizar da importância do uso dos
EPIs.”, dispara.
Segundo ele, até mesmo produtos “de
péssima tecnologia ou de fabricantes
inidôneas” tem sido aceitos pelo
mercado. “Creio que em um futuro
próximo,conseguiremos apresentar ao
mercado requisitos mínimos para se
adquirir um EPI”. O executivo pleiteia que
é necessário reduzir a carga tributária para
os fabricantes e diminuir os encargos
trabalhistas ou tributários para as empresas
com alto percentual de utilização de EPI
ou menor número de acidentes. “Poderia
ainda se adotar critérios técnicos para
determinar se um produto é EPI ou não.
Ainda precisamos, aqui no Brasil, de
programas de divulgação, conscientização,
treinamento e fiscalização do uso. Basta
observar o exemplo na área naval e offshore,
em que não são considerados EPIs os trajes
de hidrojateamento, que protegem contra
jatos de água com pressões altíssimas, que
cortam até aço. Eles estão à margem do
controle legal e também do uso”, acredita.
Outro debate que movimenta o setor é a
nacionalidade da tecnologia dos produtos.
Nesse sentido, a Dupont busca se
apresentar como uma empresa de ciência e
inovação, responsabilizando-se pela criação
de materiais que considera referências no
mercado. Todos os EPIs comercializados
pela DuPont são compostos a partir de
tecnologias desenvolvidas nos Estados
Unidos, Europa, Ásia e América Latina. O
Brasil é responsável por grande parte desta
tecnologia, principalmente nos segmentos
de proteção térmica, química e mecânica.
“A vantagem disso é que a DuPont tem
todas as tecnologias para desenvolver o
produto adequado às necessidades dos
países onde atuamos”, defende Franzosi.
Já a Arteflex desenvolveu seu processo
produtivo por mais de 20 anos exportando
calçados de segurança para o mercado
europeu. “Hoje somos licenciados
exclusivos da Goretex (Estados Unidos)
para produção de calçados na América
Latina, o que nos confere um grande
diferencial em relação aos concorrentes por
termos a tecnologia Gore aplicada aos
nossos produtos”, acredita o diretor geral
No grupo dos defensores da tecnologia
brasileira, Ricardo Queiroz, gerente
comercial da fabricante de coletes náuticos
Ativa, acredita na capacidade do país em
desenvolver novas tecnologias. “Hoje temos
grandes fornecedores que são capazes de
desenvolver exatamente o que precisamos
para atender o mercado. Imagine se
precisássemos desenvolver algo fora do
país. Talvez não teríamos tanta agilidade
no atendimento a nosso cliente”, diz.
O caso da Ativa é mais específico do ponto
de vista da legislação, já que hoje o país tem
uma legislação própria para coletes salva
vidas de trabalho. “Assim ainda o impacto
internacional é pequeno. Mas sabemos que
é um mercado onde todos estão atentos”,
garante.
da Arteflex, Rafael E. Müssnich.
O executivo admite que o segmento de
calçados de segurança no Brasil é
basicamente dominado por empresas
nacionais. “No entanto, quando falamos de
produtos de maior valor agregado, e com
aplicação de tecnologias diferenciadas, é
mais comum encontrarmos empresas
americanas e européias competindo na
América Latina. Para a Arteflex, esta
concorrência é saudável, porque valoriza o
bom produto e nos coloca em posição de
competir em bases iguais”, diz.
Émerson Silva, da Engesel, ressalta que toda
tecnologia utilizada nos produtos da
empresa é nacional e desenvolvida pela
Engesel e seus parceiros. “Infelizmente por
conta da alta carga tributária e falta de um
mercado consumidor amplo, alguns
materiais nacionais não tem preço
suficiente competitivo, então recorremos a
importação. A globalização é uma
realidade e tivemos que nos adaptar.
Muitas vezes temos que enfrentar
produtos do exterior em condições
comerciais desfavoráveis à nós”, diz.
Executivo de outra empresa do setor, a
JGB, o gerente de Engenharia & Produto da
empresa, Hercio Spellmeier, revela que
todos os produtos comercializados pela
JGB são produzidos com marca própria.
“Por isso detemos a tecnologia através da
produção em nosso quadro fabril ou pelo
estabelecimento de parcerias com
fornecedores internacionais de matérias
primas ou produtos acabados, mas sempre
com marca JGB. As tecnologias utilizadas
podem advir das mais diversas
nacionalidades e a vantagem competitiva é
justamente estar sempre na linha de frente
em termos de inovação” acredita.
Para além da disputa entre nacionais e
importados, o setor segue crescendo. O
discurso de todas as empresas é positivo,
mesmo que a maioria não possa revelar
valores absolutos de faturamento. Até a
Arteflex, marca nova no mercado brasileiro,
acompanha o movimento do mercado. “Não
sentimos muito as flutuações de mercado
nestes dois anos de atuação. Mas não há
dúvidas de que o mercado como um todo
tem crescido e as perspectivas são
positivas”, conclui Rafael Müssnich.
23
23
GUIAOFFSHORE MAGAZINE
Principais Empresas do Mercado de EPI
ALLPROT MA
TERIAIS DE SEGURANÇA L
TDA
MATERIAIS
LTDA
Rua Redenção, 176- Belém
São Paulo- SP- CEP: 03060-010
Telefone/Fax: 11-2692-4735
Email: [email protected]
Home Page: www.allprot.com.br
ALL
TEC DO BRASIL L
TDA
ALLTEC
LTDA
Rua Rodolfo Miranda, 233 - Bom Retiro
São Paulo - SP CEP:01121-010
Telefone/Fax: 11-3312-5000
Email: [email protected]
Home Page: www.alltecbrasil.com.br
AL
TISEG EQUIP
AMENT
OS DE SEG. TRABALHO L
TDA
ALTISEG
EQUIPAMENT
AMENTOS
LTDA
Rua Anne Frank, 2621
Curitiba – PR- CEP -81650-020
Telefone/Fax: 41 3072-9000
E-mail: [email protected]
Home Page: www.altiseg.com.br
AR
TECOLA INDÚSTRIAS QUÍMICAS L
TDA
ARTECOLA
LTDA
Rua Bolívia, 136
Novo Hamburgo – RS -CEP 93542-110
Telefone /Fax: 51 -3778-2500 / 51 -3524-3340
E-mail: [email protected]
Home Page: www.artecola.com.br
AVLIS HA
WS DO BRASIL L
TDA
HAWS
LTDA
Av. Senador Teotonio Vilela, 505- Jd. Aeroporto
Itu - São Paulo - CEP: 13304-550
Telefone/Fax: 11-4813-9977 / 11-4813-9978
E-mail: [email protected]
Home Page: www.avlisvalvulas.com.br
AZ BRASIL INDÚSTRIA COMÉRCIO E SER
VIÇOS L
TDA
SERVIÇOS
LTDA
Rua Padre Mariano Garzo, 732 -Centro
Andradas / MG - CEP: 37795-000
Tel. Fax: (35) 3731-8578 / 3731-8579
E-mail: [email protected]
Home Page: www.azbrasilepi.com.br
BDS CONFECÇÕES L
TDA
LTDA
Estrada da Ponte Negra, 2960
Manaus - AM -CEP 69030-680
Telefone / Fax: 92 -3671-7521 / 92-3671-3941
E-mail: [email protected]
Home Page: www.bds.com.br
BIGCOMPRA L
TDA
LTDA
Rua Paranavaí, 1048
Pinhais - PR -CEP 83324-390
Telefone / Fax: 41 - 2111-8888
E-mail: [email protected]
Home Page: www.bigcompra.com.br
BOI DA TERRA EMPREENDIMENTOS E
PAR
TICIP
AÇÕES L
TDA
TICIPAÇÕES
LTDA
ARTICIP
Av. José Anatólio Barbosa, 520
Ipatinga – MG- CEP 35162-450
Telefone / Fax: 31 -3829-7299/ Fax: 204
E-mail: [email protected]
BOMBONA
TT
O IND. COM. CALÇADOS
TTO
BOMBONATT
R. Luiz Segundo Rossoni, 539
Toledo - PR - CEP 85901-170
Telefone / Fax: 45 – 3379-7878/45- 3379-7851
E-mail: [email protected]
Home Page: www.bompel.com.br
24
BRASIL EDIÇÕES L
TDA
LTDA
Rua Clélia, nº 2145 5º andar Conj. 52
São Paulo - SP - CEP -05042-001
Telefone/Fax: 11 3868-4837
E-mail: [email protected]
Home Page: www.guiadoepi.com.br
BS BRASIL SAFETY IND E COM A
TACADIST
A DE
AT
ACADISTA
ROUP
AS PROFISSIONAIS L
TDA.
ROUPAS
LTDA.
Rua Cajuru, 557/567
Belenzinho - São Paulo - SP
CEP. 03057-000
Telefone/Fax: 11 2337-4430
E-mail: [email protected]
Home Page: www.brasilsafety.com.br
BSB- PRODUT
ORA DE EQUIP
AMENT
OS DE PROTEÇÃO
PRODUTORA
EQUIPAMENT
AMENTOS
INDIVIDUAL L
TDA
LTDA
Av. São Paulo, 1805- Jardim Guanabara
Lins- SP CEP: 16403- 266
Telefone/ Fax: 14- 3533-2211/ 14-3533-2202
Email: [email protected]
Home Page: www.bsb.com
CALBRÁS EQUIP
AMENT
OS DE PROTEÇÃO L
TDA
EQUIPAMENT
AMENTOS
LTDA
Rua 11 de Junho, 874
Novo Hamburgo/RS - CEP 93315-130
Tel/Fax: 51 3581-1644 / 3581-1714
Email: [email protected]
Home Page: www.calbras.net.br
CALÇADOS CARTOM LTDA
Rua João Strapassoni, 751
Imbituva - PR - CEP 84430-000
Telefone/Fax: 42 3436-1728 / 42 3436/1702
Email: [email protected]
Home Page: www.calcadoscartom.com.br
CAPIT
AL SAFETY GROUP BRASIL P
AR
AÇÕES
CAPITAL
PAR
ARTICIP
TICIPAÇÕES
TICIP
LT D A
Alameda Santos, 211- conj. 1222- Cerqueira Cesar
São Paulo- SP CEP: 01419-000
Telefone/ Fax: 11- 2362-6632
E-mail: [email protected]
Home Page: www.capitalsafety.com
CARBOGRAFITE INDUSTRIAL DE SOLDAS L
TDA
LTDA
Estrada União e Indústria, Km 15.500 – GALPÃO 3 e 5
Petrópolis - RJ - CEP 25750-226
Telefone / Fax: 24 -2222-9900 / 24- 2222-3707
E-mail: [email protected]
Home Page: www.carbografite.com.br
CIP
A FM PUBLICAÇÕES E EVENT
OS L
TDA
CIPA
EVENTOS
LTDA
Rua Correia de Lemos, 158
São Paulo - SP - CEP 04140-000
Telefone / Fax: 11 -5585-4355 / 11- 5585-4359
E-mail: [email protected]
Home Page: www.cipanet.com.br
COMMAR COMÉRCIO INTERNACIONAL L
TDA
LTDA
R. Rosa Vermelha, 733- Novo México
Vila Velha- ES- CEP 29104-030
Tel.: 27 3211-2800
Email: [email protected]
Home Page: www.commar.com.br
GUIAOFFSHORE MAGAZINE
CONECT COMÉRCIO IMP
TDA
IMP.. EXP
EXP.. L
LTDA
Rua Capitão Felix, 347 -Galpão
Rio de Janeiro – RJ- CEP 20920-310
Telefone / Fax: 21- 2105-7200/ 21- 2105-7201
E-mail: [email protected]
Home Page: www.conectonline.com.br
DU PONT DO BRASIL S.A.
Al. Itapecuru, 506
Barueri - SP - CEP 06454-080
Telefone / Fax: 11- 4166-8150/ 11-4166-8257
E-mail: [email protected]
Home Page: www.dupont.com.br
CONFECÇÃO CALMAR L
TDA
LTDA
Rua Tupinambás, 524
Diadema - SP - CEP 09991090
Telefone / Fax: 11-4044-9171
E-mail: [email protected]
Home Page: www.fiancor.com.br
DULL
Y INDÚSTRIA EQUIP
AMENT
OS SEGURANÇA
DULLY
EQUIPAMENT
AMENTOS
LT D A - E P P
Rua Daniel Defoe, 267
São Paulo - SP - CEP 04445-080
Telefone / Fax: 11- 5611-1021 / 11-5615-5654
E-mail: [email protected]
Home Page: www.dully.com.br
CONFECÇÕES ANT
A L
TDA
ANTA
LTDA
Rua Espanha, 264 Vila Santa Luzia
São Bernardo do Campo - SP - CEP 09671-050
Telefone / Fax: 11-4173-1099 / 4173-1965
E-mail: [email protected]
Home Page: www.anta.com.br
COA
TS CORRENTE L
TDA
COATS
LTDA
Rua do Manifesto, 705 - Ipiranga
São Paulo - SP - CEP: 04209-000
Telefone/Fax: 4932-8058 / 4932-8249
E-mail: [email protected]
Home Page: www.coatscorrente.com.br
TDA
CONNEX IND E COM DE EQUIP DE SEG L
LTDA
Avenida Ruggiero Filho, 1800
13562-420 - São Carlos - SP
Telefone / Fax: 16 3501-4988 / 16 3501-4805
E-mail: [email protected]
Home Page: www.connex.ind.br
CONTRA
T OS EPI'S L
TDA
CONTRAT
LTDA
Av. Ortizio Borges, 1858
Uberlândia - MG - CEP 38408-164
Telefone / Fax: 34 - 4141-0835
E-mail: [email protected]
DAISAN PRODUT
OS INDÚSTRIAIS L
TDA
PRODUTOS
LTDA
R. Dr. Paulo Leite Oliveira, 265
São Paulo - SP - CEP 05551-020
Telefone / Fax: 11-2105-9300
E-mail: [email protected]
Home Page: www.rexon.com.br
DANNY COM.IMP
.EXP
TDA
COM.IMP.EXP
.EXP.. L
LTDA
Rua São Domingos do Prata, 200
Guarulhos - SP - CEP: 07193-160
Telefone / Fax: 11-3133-5766 / 11-3133-5767
E-mail: [email protected]
Home Page: www.danny.com.br
DRÄGER SAFETY BRASIL EQUIP
TDA
EQUIP.. SEG. L
LTDA
Al. Pucuruí, 61 – 1° andar
Barueri - SP -CEP 06460-100
Telefone / Fax: 11- 4689-4903 / 11 -4191-3508
E-mail: [email protected]
Home Page: www.draeger.com.
DSD – DISPOSITIVOS SEMICONDUTORES DISCRETOS
LT D A
Rua Wanderley Carsalade, 105
Betim – MG - CEP 32680-490
Telefone / Fax: 31 -3597-0556 / 31 -3596-0455
E-mail: [email protected]
Home Page: www.dsd.com.br
DURÁ
VEIS EQUIP
DURÁVEIS
EQUIP.. DE SEGURANÇA
Via Anchieta, 463/474
São Paulo - SP -CEP 04247-000
Telefone / Fax: 11 -2066-6700 / 11 -2066-6701
E-mail: [email protected]
Home Page: www.duraveis.com.br
DYSTRA
Y INDÚSTRIA E COMÉRCIO L
TDA
DYSTRAY
LTDA
Av. Jacobus Baldi, 493 – Jd. Fim De Semana
São Paulo – SP - CEP: 05847-000
Telefone / Fax: 11 5510-5050 / 5510-5055
E-mail: [email protected]
Home Page: www.dystray.com.br
EMPREFOUR INDÚSTRIA E COMÉRCIO L
TDA
LTDA
Rua Sacadura Cabral, 148
Rio de Janeiro- RJ CEP: 20081-262
Telefone/ Fax: 21- 2253-5353/ 21-2253-5043
Email: [email protected]
Home Page: www.emprefour.com.br
ENGESEL EQUIP
AMENT
OS DE SEGURANÇA L
TDA
EQUIPAMENT
AMENTOS
LTDA
R. Manoel Fernandes Dias, 126
Campinas - SP- CEP 13060-110
Telefone / Fax: 19 -3227-9844 / 19- 3227-9845
E-mail: [email protected]
Home Page: www.engesel.com.br
EQUIP
AMENT
OS GULIN L
TDA
EQUIPAMENT
AMENTOS
LTDA
Alameda Glete, 788
São Paulo - SP - CEP 01215-001
Telefone / Fax: 11 - 3335-5050
E-mail: [email protected]
Home Page: www.gulin.com.br
ESAB S/A INDÚSTRIA E COMÉRCIO
Rua Zezé Camargos 117 -Cidade Industrial
Contagem - MG - CEP 32210-080
Telefone / Fax: 31- 2191-4333 / 31- 2191-4440
E-mail: [email protected]
Home Page: www.esab.com.br
ESTIV
AL IMPOR
TAÇÃO EXPOR
TAÇÃO L
TDA
ESTIVAL
IMPORT
EXPORT
LTDA
Av. Dr. Severino Tostes Meirelles, 2760 - Distrito Industrial
Franca - SP - CEP 14406-004
Telefone / Fax: 16 - 3713-7300 / 16- 3713-7301
E-mail: [email protected]
Home Page: www.estivalshoes.com
FABRICA AR
TEF
AT OS LÁ
TEX SÃO ROQUE
ARTEF
TEFA
LÁTEX
Av. 3 de Maio, 307
São Roque – SP- CEP 18134-000
Telefone / Fax: 11- 4713 5000 / 11- 4712-5274
E-mail: [email protected]
Home Page: www.latexsr.com.br
25
25
GUIAOFFSHORE MAGAZINE
FÁBRICA DE PEÇAS ELÉTRICAS DELMAR L
TDA
LTDA
Rodovia Tatuí-Tietê, km 113
Tatuí/SP - CEP: 18277-620
Tel. Fax: (15) 3322-5800/ 3251-5271
E-mail: [email protected]
Home Page: www.delmar.com.br
INDÚSTRIA E COMÉRCIO LEAL L
TDA
LTDA
Rua Agostinho Cantú, 190
Butantã - SP - CEP 05501-010
Telefone / Fax: 11-2189-5300 / 11- 2189-5305
E-mail: [email protected]
Home Page: www.leal.com.br
FACINT
OS IND. EQUIP
AMENT
OS DE SEGURANÇA L
TDA
ACINTOS
EQUIPAMENT
AMENTOS
LTDA
Rua Sólon, 448
São Paulo – SP- CEP 11027-010
Telefone / Fax: 11 -3221-8908
E-mail: [email protected]
Home Page: www.facintos.com.br
INTERFIL
TROS COM. DE AR
TEF
ATOS DE TECIDOS L
TDA
INTERFILTROS
ARTEF
TEFA
LTDA
Rua do Túnel, 25 sl. 02/03
São Bernardo do Campo - SP - CEP 09606-040
Telefone / Fax: 11-4368-0057 / 11- 4365-1413
E-mail: [email protected]
Home Page: www.interfiltros.com.br
FERNANDO GARCIA VECCHI
Rua 1128 Nº 437
Goiânia - GO - CEP- 74175-050
Telefone/Fax: 62 -3241-1429
E-mail: [email protected]
FESP FERRAMENT
AS E EQUIP
FERRAMENTAS
EQUIP.. PROT
PROT..
Rua José Lopes, 125
Guarulhos - SP - CEP 07197-160
Telefone / Fax: 11 -2464-3377
E-mail: [email protected]
Home Page: www.fesp.com.br
TDA - EPP
FX INDÚSTRIA E COMÉRCIO L
LTDA
Rua Belgica, 255 - Jardim Universitário
Sete Lagoas - MG-CEP: 35702-149
Telefone/Fax: 31-3775-2533/ 31-3775-2684
E-mail: [email protected]
HENLAU QUIMICA LTDA EPP
Av. Labieno da Costa Machado, 3375
Garça - SP - CEP 17400-000
Telefone / Fax: 14 3407-2020/ 3407-2024
E-mail: [email protected]
Home Page: www.henlau.com.br
HERCULES EQUIP
AMENT
OS DE PROTEÇÃO L
TDA
EQUIPAMENT
AMENTOS
LTDA
Av. Robert Kennedy, 675
São Bernardo do Campo - SP - CEP 09895-003
Telefone / Fax: 11 -4391-6640
E-mail: [email protected]
Home Page: www.hercules.com.br
HUZIMET AÇOS ESPECIAIS L
TDA
LTDA
Rua Álvaro Gomes, 127/139 –
São Paulo - SP- CEP 02421-010
Telefone / Fax: 11-4021-4219 / 11-2231-5762
E-mail: [email protected]
Home Page: www.grupohuzi.com.br
IDEAL WORK UNIFORMES E EPIs L
TDA
LTDA
Avenida João de Góes, 2335
Jandira - SP - CEP 06612-000
Telefone / Fax: 11-4789-5055 / 11- 4707-0522
E-mail: [email protected]
Home Page: www.idealwork.com.br
INDÚSTRIA COMÉRCIO COUROS E CALÇADOS
PRIMA
VERA L
TDA
PRIMAVERA
LTDA
R. 30 de maio, nº 1485
Palestina - SP - CEP: 15470-000
Telefone/Fax: 17-3293-1278
E-mail: [email protected]
26
IRIS SAFETY ÓCULOS DE SEGURANÇA L
TDA
LTDA
Rua Mogi Mirim, 284
São Paulo - SP - CEP 03187-040
Telefone / Fax: 11-2606-6221 / 11 -2606-7747
E-mail: [email protected]
Home Page: www.irissafety.com.br
ITURRI COIMP
AR INDÚSTRIA
COIMPAR
Al. Lucas Nogueira Garcez, 7733
Atibaia /SP - CEP:12947-000
Tel. Fax: (11)2119-1050 / 2119-1099
E-mail: [email protected]
Home Page: www.coimpar.com.br
JEFEX COMÉRCIO DE EQUIP
AMENT
OS DE
EQUIPAMENT
AMENTOS
SEGURANÇA L
TDA.
LTDA.
Rua Presidente Lucena, 3145- Bairro União
Estância Velha - RS - CEP 93600-000
Telefone/ Fax: 51 - 3590 4217
E-mail: [email protected]
Home Page: www.jefex.com.br
JGB EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA SA.
Rua JGB, 113 – Km 23
São Jerônimo - RS - CEP 96700-000
Telefone / Fax: 51- 3651-8888/ 51 -3651-8844
E-mail: [email protected]
Home Page: www.jgb.com.br
JOBE LUV INDÚSTRIA E COMÉRCIO L
TDA.
LTDA.
Rua Avenida 80-A, 599 - Distrito Industrial
Rio Claro – SP- CEP 13506-095
Telefone/ Fax: 19- 2112-2250/ 19- 2112-2254
E-mail: [email protected]
Home Page: www.jobeluv.com.br
KIMBERL
Y- CLARK BRASIL IND. E COM. DE PROD. DE
KIMBERLY
HIG. L
TDA.
LTDA.
Rua das Olimpíadas, 205- 6°, 7° e 13° andar- Vila Olímpia
São Paulo- SP- CEP: 04551-000
Telefone/ Fax: 11-4503-4500/ 11-4503-4698
Email: [email protected]
Home Page: www.kpsindustrial.com.br
KPS INDUSTRIAL L
TDA
LTDA
Av. Contorno Sul S/Nº
Apucarana - PR - CEP: 86810-465
Telefone/Fax: 43-3420-5600
Email: [email protected]
Home Page: www.kpsindustrial.com.br
GUIAOFFSHORE MAGAZINE
LAGROTT
A AZZURRA IND E COM DE CONF L
TDA
LAGROTTA
LTDA
Rua Francisco Assis Garrido, 75 - Jd São Luiz
São Paulo - SP - CEP 05844-080
Telefone/Fax: 11 5853-3333 / 11 5853-3332
Email: [email protected]
Home Page: www.lagrotta.com.br
LA
TIMLA
TEX INDÚSTRIA DE AR
TEF
AT OS DE LÁ
TEX
LÁTEX
LATIMLA
TIMLATEX
ARTEF
TEFA
Av. Ponta Grossa, 2025 – Pq. Industrial
Califórnia – PR – CEP 86820-000
Telefone: 43- 3429-1996
E-mail: [email protected]
Home Page: www.latimlatex.com.br
MARLUV
AS CALÇADOS SEG. L
TDA
MARLUVAS
LTDA
Rod. Dores de Campos-Barroso, S/N° Km 02
Dores de Campos - MG - CEP 36213-000
Telefone / Fax: 32 -3693-4000 / 32 -3693-4015
E-mail: [email protected]
Home Page: www.marluvas.com.br
MAR
TINS E SA L
TDA
MARTINS
LTDA
Rua José A. Barbosa, 2095
Ipatinga - MG - CEP 35162-450
Telefone / Fax: 31 3826-2732
E-mail: [email protected]
LEDAN ELETROMECÂNICA L
TDA.
LTDA.
Av. Industrial, 1035
Itaquaquecetuba - SP - CEP 08586-150
Telefone/ Fax: 11 4648-6484 / 11- 4648-6104
E-mail: [email protected]
Home Page: www.ledan.com.br
MASTER EQUIP
AMENT
OS DE PROTEÇÃO INDIEQUIPAMENT
AMENTOS
VIDUAL L
TDA
LTDA
Rua Arciprestes Andrade, 755
São Paulo - SP - CEP 04268-020
Telefone / Fax: 11- 2069-7099 / 11- 2274-0706
E-mail: [email protected]
Home Page: www.epimaster.com.br
LINABRA COMERCIAL L
TDA
LTDA
Rua Francisco Moraes Junior, 41
Campinas – SP- CEP: 13041-090
Telefone / Fax: 19 - 3232-4801
E-mail: [email protected]
Home Page: www.linabra.com.br
MAZOLA IMPOR
TAÇÃO E EXPOR
TAÇÃO L
TDA
IMPORT
EXPORT
LTDA
Dr. Alberto Vieira, 131
Barbacena / MG - CEP 36200-410
Tel/Fax: 32 3333 8123 / 3333 1575
E-mail: [email protected]
Home Page: www.mazolaepi.com.br
LUBEKA INDÚSTRIA E COMÉRCIO L
TDA
LTDA
Rua Ettore Soliani, 426
Indaiatuba - SP - CEP 13347-394
Telefone / Fax: 19-3936-9911/ 19-3936-9919
E-mail: [email protected]
Home Page: www.lubeka.com.br
MCR SAFETY DO BRASIL DISTRIBUIÇÃO DE EQUIP
EQUIP..
DE PROT
TDA
PROT.. IND. L
LTDA
Av. Ultramarino, 460
São Paulo - SP - CEP 02441-000
Telefone / Fax: 47 9937-5368
E-mail: [email protected]
Home Page: www.mcrsafety.com
LUIZ FRANCISCO A. DE MIRANDA PIRACICABA-ME
Rua São Judas Tadeu, 198
Piracicaba - SP - CEP 13424-200
Telefone / Fax: 19 -3432-6292 / 19 -3422-2862
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São Paulo-SP – CEP 03551-030
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29
29
GUIAOFFSHORE MAGAZINE
NEGÓCIOS
Tuper investirá cerca de R$ 200 milhões
para atender indústria petrolífera
Por Regina Teixeira
Entusiasmada com a perspectiva de
potencial de encomendas dos projetos
do pré-sal, a Tuper, fabricante de tubos
de aço e sistemas de escapamentos
sediada em São Bento do Sul (SC),
prepara sua entrada efetiva na cadeia
de fornecedores do setor em 2012.
Tradicional fornecedora de mercados
diversificados como automotivo,
construção civil, sucroenergético,
máquinas e implementos rodoviários e
agrícolas, a empresa planeja intensificar
seu foco na cadeia de óleo e gás, após
fornecimentos pontuais de tubos
estruturais a clientes que atuam no setor.
A aposta será na produção de tubos de
diâmetro e espessura maiores para
transporte de óleo e gás e revestimento
de poços petrolíferos, a partir da
inauguração de uma nova unidade no
próximo ano.
A Tuper acaba de revisar para cima seu
plano de investimentos até o fim de 2012,
que saltou de R$ 230 milhões para R$
290 milhões, entre recursos próprios e
aporte do BNDES. Cerca de 70% do
montante - R$ 198 milhões – será
destinado especificamente a projetos
ligados ao mercado petrolífero. A maior
parte dos recursos será aplicada na
construção da nova fábrica, de 34.500
m2, que contemplará a unidade de
negócio de óleo e gás da empresa.
“Os produtos para o setor de petróleo e
gás começam a ser fabricados no
primeiro semestre de 2012. Porém, novos
investimentos, posteriormente, já estão
nos planos da empresa”, afirma Frank
Bollmann, presidente e CEO da Tuper.
“Dentro do leque de produtos já
fabricados, a empresa atende algumas
empresas do setor petrolífero. Mas o
início da produção na nova unidade, em
30
Nova unidade, a ser inaugurada em 2012,
produzirá tubos de grande diâmetro para
transporte de óleo e gás e revestimento de poços
2012, será a grande entrada da Tuper
neste segmento”, completa. A empresa
não revela a estimativa de faturamento
para o próximo ano e a participação das
encomendas de óleo e gás na receita.
Com 40 anos de atuação no mercado, a
Tuper atende a clientes de 22
segmentos. A estrutura da empresa é
formada por sete unidades de negócios,
distribuídas em mais de 80 mil metros
quadrados de área construída. Com sede
em São Bento do Sul e unidades
industriais também em Xanxerê e
Curitiba, a empresa possui presença
física em 25 pontos de distribuição,
localizados em cidades estratégicas do
país.
Novo negócio - O aumento da dimensão
dos tubos produzidos – viabilizado a
partir da entrada em operação da nova
fábrica - é o ponto-chave para a Tuper
almejar novos negócios em projetos
ligados ao pré-sal. Atualmente, a
tubulação de maior dimensão da Tuper
é a de 127 milímetros de diâmetro, com
6,3 mm de espessura. Com a entrada em
operação da nova unidade, a empresa
começará a fabricar tubos de 140 mm até
340 mm de diâmetro e 16 mm de
espessura. “A nova unidade será uma
das mais modernas do mundo no que
diz respeito à fabricação de tubos de
grande diâmetro, oferecendo produtos
de alta qualidade e atendendo a
elevados requisitos técnicos. A Tuper
entende que tem plenas condições de
atender a importantes projetos para o
desenvolvimento do país, como o présal”, destaca Bollmann.
Ele conta que o parque fabril será
equipado com máquinas que
possibilitarão um processo de solda por
resistência elétrica por indução de
corrente de alta freqüência, conhecido
como ERW-HFI. Os equipamentos
permitirão ainda processos como
usinagem das bordas por fresamento,
solda com proteção gasosa, inspeção
por ultrassom de última geração
(phased array), ultrassom para o corpo
do tubo e testes hidrostáticos
individuais. A unidade contará também
com uma completa automação do fluxo
do processo produtivo, com um
laboratório para ensaios mecânicos de
tração, impacto, dureza, micrografias e
macrografias, além de um laboratório
para análise química por espectrômetro
de absorção atômica. A empresa revela
que a nova unidade conciliará a
aplicação de tecnologia própria para a
formação de tubos com a aquisição
de
equipamentos
importados,
principalmente da Europa.
“Esses produtos fabricados pela Tuper
atenderão aos mais exigentes requisitos
técnicos, tanto à especificação mundial
API (American Petroleum Institute)
quanto às normas específicas que são
exigidas por algumas empresas, como,
por exemplo, a Petrobras, Shell, Aramco.
São produtos que exigem um grau
GUIAOFFSHORE MAGAZINE
Frank Bollmann, presidente e CEO da Tuper
extremamente alto de qualidade, com
zero defeito de fabricação”, garante o
executivo.
Capacitação - Além da construção da
fábrica, a Tuper investe também na
formação de pessoal para atuar na nova
área. Parte da equipe será formada por
especialistas em inspeção de qualidade,
aprovados no exame de qualificação
aplicado pela Associação Brasileira de
Ensaios Não Destrutíveis (Abendi),
assim como pela ASNT (American
Society of Non Destructive Tests).
A empresa também tem injetado recursos
na formação de novos especialistas,
preparando-os para esses exames de
qualificação. A Academia do
Conhecimento Tuper é uma das
iniciativas da empresa para aprimorar
tecnicamente os conhecimentos de seus
profissionais. Para Bollmann, o quadro
de funcionários está preparado para os
desafios do novo segmento. “Temas
relevantes para o negócio fazem parte
das matérias ministradas por
professores externos das mais
conceituadas instituições de ensino e
também por profissionais da empresa de
alto nível nas suas especialidades. A
Tuper investe, em média, 8,55 hora/mês
por funcionário em sala de aula para
treinamento e formação”.
Mercado externo - A empresa não
descarta o mercado externo, apesar da
participação dos contratos de outros
países no faturamento ainda ser pouco
expressiva. O mercado interno
sustentou o crescimento de 33% da
Tuper em 2010, quando a empresa
alcançou faturamento de R$ 895 milhões.
“Apenas 2% do total das vendas da
empresa foram direcionados ao mercado
externo no ano passado, em especial
para a América do Sul”, comenta
Bollmann. Para este ano, quando a
empresa projeta faturar R$ 1 bilhão, o
quadro não deve se alterar muito: a
expectativa é de que a fatia de contratos
externos chegue a 3%, com a inclusão
de clientes dos Estados Unidos, do
Chile e da Bolívia. Ainda assim, o
presidente da empresa considera, no
longo prazo, as perspectivas externas
“excelentes, apesar das dificuldades
relacionadas à política cambial do
Brasil”. Além dos já tradicionais clientes
do Mercosul, a Tuper pretende atender
a outros países das Américas e ao oeste
da África.
O câmbio valorizado pode ser uma
ameaça às ambições da Tuper para o
segmento. A empresa admite a existência
de concorrentes estrangeiras que
comercializam produtos similares no
mercado nacional. Por outro lado, as
exigências de conteúdo local nas
compras de bens e serviços no setor
podem pesar favoravelmente para a
Tuper. Bollmann afirma que sua empresa
será a única de capital 100% nacional a
disponibilizar tubos com dimensões e
bitolas inovadoras no mercado nacional
para o segmento de óleo e gás.
31
GUIAOFFSHORE MAGAZINE
ARTIGO
O pré-sal e a demanda
por profissionais
Por Marcelo Gonçalves*
Em 2006, a Petrobras descobriu, a poucos
quilômetros de nosso litoral, gigantescas
reservas de petróleo e gás natural de alta
qualidade que podem fazer do Brasil um dos
maiores produtores dessas commodities no
mundo. Apesar dos desafios representados pela
localização dos campos do pré-sal - como é
conhecida esta área localizada em alto mar,
entre 250 km e 300 km da costa, em uma
faixa que vai do Espírito Santo a Santa
Catarina, e cujas jazidas estão, em alguns casos,
a mais de 7 mil metros abaixo do nível do mar
-, especialistas consideram que a exploração
comercial dessa riqueza é plenamente viável,
o que deve mexer com a economia nacional.
As reservas brasileiras de petróleo e gás
anteriores à descoberta do pré-sal somavam
aproximadamente 14 bilhões de barris
equivalentes. Somente com as reservas
estimadas de áreas já descobertas, como Tupi
(agora conhecida como campo Lula), Iracema
(agora nomeada campo Cenambi), Iara, Guará,
Libra, Franco e outras, a disponibilidade total
pode chegar a cerca de 40 bilhões de barris. No
entanto, há estimativas de que a região do
pré-sal (com aproximadamente 800 km de
comprimento entre o Espírito Santo e Santa
Catarina e largura média de 200 km) possa
conter de 50 a 100 bilhões de barris.
A maior empresa petrolífera brasileira, a estatal
Petrobras, já se prepara para a exploração
dessa riqueza, com a perspectiva de que sua
exploração comercial se firme a partir de 2014
e consolide-se por volta de 2030, quando se
acredita que o Brasil possa ser um dos cinco
maiores produtores do mundo. A companhia
está se capitalizando para ter recursos
necessários aos vultosos investimentos
exigidos pela empreitada. Por exemplo, ela
realizou em setembro uma oferta pública de
ações e aumentou seu capital social em cerca
de R$ 120 bilhões, o que equivale à maior
operação deste tipo na história em todo o
mundo. Grande parte deste investimento foi
32
pelo próprio governo, que aumentou sua
participação na estatal adquirindo ações. No
entanto, sócios minoritários e investidores
privados também participaram da empreitada.
A Petrobras é reconhecida em todo o mundo
como uma das empresas de ponta na exploração
de petróleo em águas ultraprofundas (a partir
de 1.000 metros). A lâmina d’água onde as
perfurações de poços do pré-sal ocorrerão tem
entre 2.000 metros e 3.000 metros. O
problema é que, além desta enorme faixa de
água, atingir os depósitos de petróleo e gás do
pré-sal demanda perfurações de até 5.000
metros de solo. A tecnologia já existente
permite a exploração comercial de poços
nessas condições, mas é preciso investir no
desenvolvimento de novas soluções para que
os custos de extração sejam reduzidos e, por
conseguinte, a capitalização dos poços venha
a ser potencializada.
Este é um dos grandes desafios que o país tem
à frente: desenvolver tecnologias que garantam
retorno adequado na relação entre a produção
e a comercialização do petróleo e gás do présal. Para que isso ocorra, é preciso, acima de
tudo, dispor de capital humano qualificado nos
mais variados segmentos para dar sustentação
a todo o processo, que foi iniciado com a
descoberta das reservas e que exigirá, a partir
de agora, pesquisadores, técnicos e gestores
capacitados em quantidade suficiente para
desenvolver as soluções exigidas; construir e
ampliar infraestruturas; operar equipamentos;
e gerenciar os processos de extração,
armazenamento, distribuição e comercialização.
Além da exploração específica da região do
pré-sal (que demandará investimentos
estimados em mais de US$ 200 bilhões ao
longo dos próximos anos, segundo
especialistas) e do segmento produtivo de
petróleo e gás (que inclui prospecção,
refinarias, distribuição, indústria petroquímica,
etc.), inúmeros setores serão estimulados,
como a indústria naval, a metalúrgica, a de
construção civil, a prestação de serviços e todas
as áreas que orbitam e terão contato direto ou
indireto com esse fenômeno. Exemplo notável
desse envolvimento multissetorial é o mercado
imobiliário, que já vem sendo aquecido nas
cidades litorâneas próximas às regiões da área
de exploração do pré-sal.
Para se ter uma idéia da demanda enorme que
haverá por profissionais qualificados, somente
a Petrobras deve contratar mais de 200 mil
pessoas até 2013 para atender às necessidades
do projeto do pré-sal.
Os reflexos dessa demanda serão percebidos
também no setor de Educação. Algumas
instituições de ensino superior já estão a criar
novos cursos nas áreas de Engenharia e
Química para atender mais especificamente o
segmento petrolífero. Mas vale lembrar que o
mercado exigirá ainda profissionais de nível
técnico, administradores e gestores para dar
suporte ao crescimento geral esperado.
Às empresas que direta ou indiretamente se
beneficiarão da exploração do pré-sal cabe
planejar seu crescimento e investir desde já na
organização ou na contratação de estruturas
destinadas a oferecer capacitação a seus
colaboradores, para que todos estejam
preparados no momento em que a demanda
de fato se concretizar. As entidades de ensino
também precisam avaliar a procura atual e
futura de formação para as atividades
específicas do setor de petróleo e gás e para as
atividades assessórias, se preparando para
atender à crescente demanda. Aos profissionais
e estudantes que pretendem “surfar a onda”
do pré-sal, capacitação, qualificação e
especialização são as palavras-chave para o
breve futuro, quando se espera um mercado
ávido por um volume enorme de profissionais.
No entanto, se iludem aqueles que pensam
poder entrar neste mercado sem ter as
credenciais exigidas pelas empresas. Em um
mundo globalizado como o nosso, a importação
de mão de obra, em especial aquela altamente
especializada, é um dos fatores que será, sem
dúvida, ponderado pelos contratantes na hora
de formar suas equipes.
*Marcelo Gonçalves é sócio-diretor da BDO,
responsável pela área de training no Brasil.

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