LAM portugais79 en A4 - Por um Mundo sem Miséria

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LAM portugais79 en A4 - Por um Mundo sem Miséria
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Fó ru m p o r u m M u n d o
M o v i m e n t o i n t e r n a c i o n a l AT D Q u a r t o M u n d o
12, rue Pasteur - 95480 Pierrelaye - France
iséria
MARÇO de 2012 – N° 79
“Aprender a construir espaços de encontro”
A miséria é o resultado da falta de encontros entre aspessoas
vivendo numa grande pobreza e aquelas que nunca estiveram
nessa situação. É preciso pois aprender a construir espaços
de encontro permanentes, já que ignorar e não aproveitar
a experiência e a inteligência das pessoas que vivem na
miséria é um desperdício que não podemos aceitar. E é
também uma violência para com a humanidade que a
impede de realizar os seus ideais de vida comum em paz
e de justiça.
desfeitas, desalojadas, deportadas, forçadas ao exílio, ou
que então, na maior indigência, são consideradas como
estrangeiras dentro do seu próprio país. Perante tantas
famílias que desaparecem da superfície da terra sem que
a sua inteligência, o seu sofrimento e os seus esforços, a
sua perturbação e as suas esperanças, deixem o mínimo
rasto, devemos lutar para que os nossos projetos sejam
projetos de reatamento familiar e de transmissão de
geração a geração, para que os filhos possam resistir à
violência, graças ao conhecimento e aprendizagem dos
esforços quotidianos dos pais.
Para respeitar a elaboração do pensamento de cada
indivíduo, é preciso tempo e espaços onde não haja sempre
alguém a terminar as frases daqueles que têm dificuldade
em fazê-lo; espaços onde nunca se interrompa a reflexão
de alguém; espaços onde ninguém pretenda reformular uma
ideia que possa parecer confusa; espaços onde não se roube
uma ideia a ninguém; espaços onde ninguém tenha medo
dos silêncios necessários à reflexão e à compreensão.
Descobrir que somos todos capazes de nos entendermos é
uma fonte de profunda alegria e de confiança para todos
aqueles e aquelas que se investem no cruzamento de
saberes.
Como num celeiro onde guardamos cuidadosamente as
sementes em previsão de dias de escassez, devemos
preservar todas as histórias de resistência à violência da
miséria, todas as histórias de coragem para instaurar a paz.
Redobremos de esforços, juntamente com as pessoas e
grupos humanos menos escutados, para que as gerações
futuras possam ir buscar nas gerações precedentes a força
e a inspiração necessárias para criar alianças e para terem
paz nos períodos mais duros das suas existências.
Eugen Brand, Delegado Geral
do Movimento Internacional ATD Quarto Mundo
Perante tantas famílias que são, hoje como ontem,
O recado da equipe do Fórum por um Mundo
sem Miséria
acompanhar os povos que vivem esquecidos nas margens
do rio Amazonas, no Brasil; o empenho do jovem
paquistanês Syed Mehmood para que certas crianças possam
instruir-se; o trabalho apaixonado de Toussaint Banacéma
S. para dar apoio a crianças e estudantes; e a dedicação de
Alvine de Vos van Stenjwick a quem o Padre Joseph
Wresinski pedira para ser a Embaixadora do povo do Quarto
Mundo.
Neste nosso mundo tão confuso, e que parece virar as costas
à dignidade humana, há pessoas que resistem, que se
mobilizam e que agem conforme o espírito da mobilização
lançada num 17 de Outubro por Joseph Wresinski, fundador
do Dia Mundial para a Erradicação da Miséria.
Trata-se de uma mobilização que respeite a dignidade
humana, que não seja movida por uma corrida ao lucro
mas pela justa partilha das riquezas do planeta e que aposte
na riqueza da diversidade.
É indispensável ampliar e dar visibilidade à união dos
defensores dos Direitos Humanos, que são também atores
de paz. É preciso fazer com que cada pessoa se interrogue
sobre a sua responsabilidade. Cada um precisa de
trabalhar para que seja reconhecida e tomada em
consideração a contribuição dos que vivem na grande
pobreza para a construção da paz, dessa paz que o
mundo ainda não conhece.
Nesta Carta aos Amigos do Mundo, descobrirão o trabalho
de James S. que se investe inteiramente na Índia para que
certas crianças possam voltar para as suas casas e preparar
um futuro profissional; os esforços de Luísa F. para
1
A minha história – Aos 15 anos e meio fui atraído pelo
voluntariado. No dia 8 de Outubro de 2005, um enorme
tremor de terra, de magnitude 7,6, destruiu a nossa cidade
e outras cidades paquistanesas. Nunca esquecerei esse
momento. A minha casa ficou completamente arrasada,
os meus pais e irmãos ficaram feridos e soterrados nos
escombros. Vim a correr, chorando, da escola para casa.
Pelo caminho só via sangue, cadáveres e feridos.
No dia seguinte vi o Crescente Vermelho nacional e
internacional e outras organizações que tinham vindo
ajudar-nos. Algumas pessoas afastaram as ruínas da nossa
casa para tirar de lá a minha família. Quem eram elas?
Eram seres humanos que tinham vindo ajudar outros seres
humanos sem pensarem em lucro. A sua única motivação
era “salvar, proteger e socorrer”.
• Dar hoje para as gerações de amanhã
Syed Mehmood K. tem 19 anos e é há quatro anos
voluntário na Associação do Crescente Vermelho do
Paquistão (PRSC). Membro da equipe local de intervenções
urgentes, ele é também um dos jovens “Agentes de Mudança
de Comportamentos” na mesma associação.
Estamos a trabalhar num projeto educativo. Uma parte
desse projeto tem-se vindo a realizar com sucesso.
Andamos no interior, vamos às aldeias e às escolas. Temos
visto crianças a trabalhar e criancinhas brincando na rua.
Perguntamos-lhes porquê e ouvimos respostas variadas,
como a pobreza ou falta de salário em casa.
Nós, os voluntários, queríamos absolutamente ajudá-las
e, SIM, acho que o fizemos. Reunimos um grupo de
crianças mais vulneráveis e fizemos um contrato com elas:
se elas fossem à escola, nós arranjávamos lápis, cadernos
e uniformes. O nosso projeto chamava-se “Educação para
todos”. Conseguimos fornecer material escolar a cerca de
40 crianças e estamos muito felizes. A educação é muito
importante e é um direito que todos têm neste mundo. As
pessoas instruídas terão um modo de pensar construtivo e
desejarão fazer grandes esforços para mudar a sociedade
num sentido positivo. A segunda fase do nosso projeto
continuará com mais pessoas vulneráveis.
Impressionaram-me tanto que me juntei a elas para tirar
outras pessoas soterradas. E desde então sou também um
voluntário. Tenho seguido um certo número de formações
que me tornam mais eficaz para ajudar os outros. Tudo
isso me marcou profundamente e por isso trabalho como
voluntário sempre que o posso fazer. E também por isso
me sinto contente comigo próprio.
“Os voluntários não são pagos. Não por não terem valor,
mas porque são inestimáveis.”
SYED MEHMOOD K., CRESCENTE VERMELHO DO PAQUISTÃO
• Falando de futuro com crianças
Quando jovem, James S. conheceu de perto a vida na
rua na Índia. Ao criar a associação Nanban – que
significa ‘amigo’ em língua tamul – ele pretende dar
às crianças e jovens confrontados com a miséria e com
a vida na rua uma nova oportunidade. Ele quer sobretudo agir a montante, junto das crianças ditas “em
risco” e de seus pais. Leiam o artigo publicado no
Deccan Chronicle por Nizar Ahamed:
Desorientadas, sem defesa e muito pobres, as crianças que
perderam os pais não podem certamente falar de futuro.
Não se trata só de órfãos. As crianças que fugiram, por
variadas razões, encontram-se também perante um futuro
terrível e incerto.
Uma organização como a Fundação Nanban ajuda e
reintegra essas crianças, afirma S. Tamil Selvam, coordenador
dos programas da Fundação. “As crianças que perderam os
pais ou que fugiram de casa porque estes as maltratavam
ou porque não conseguem aguentar a pressão da escola,
podem ser encontradas nas ruas de Madurai – algumas vêm
até de outras cidades. Muitas delas trabalham nos hotéis
para lá se poderem alimentar e abrigar; outras estão na
estação ferroviária ou rodoviária. Nós reunimos as crianças
e falamos com elas, tentando resolver os seus problemas e
levá-las para os pais. Quando as crianças não têm ninguém
que as possa apoiar, confiamo-las à Comissão do Bem-Estar
das Crianças, que pertence ao governo e que trata delas e
de sua educação”.
fazer. Vi umas pessoas que esculpiam objetos à beira da
estrada, aproximei-me e perguntei-lhes se podia ficar com
elas – elas também eram do Rajastão. E elas deram-me um
lugar para ficar e de comer.
Khali Hassain (14 anos) é originário de Hyderabad. “Não
tenho pais. Vivia no cais quando uma pessoa me pediu que
trabalhasse para ela vendendo “panipuri”. Eu aceitei e
viemos para Madurai. Vendo “panipuri” em frente das
escolas. Quando vejo os alunos não me sinto bem e às vezes
fico triste. Só posso amaldiçoar o destino que me obriga a
trabalhar, na minha idade, para ganhar a vida”.
Rishab (16 anos), do Rajastão, fugira para não ser maltratado.
“Fugi de casa quando tinha 13 anos. O meu pai batia-me
sempre que bebia. Fugi e vim para aqui sem saber o que ia
JAMES S., NANBAN, ÌNDIA
2
• Encontros ao “ritmo da piroga”
• Lutar contra a pobreza é para mim apaixonante.
O Padre Christophe Six foi amigo do ATD Quarto Mundo
durante longos anos. Ele tinha partido para a Amazónia
em 2005, para se juntar à Equipe Itinerante na região de
Manaus, e infelizmente faleceu no ano passado. Mas há
outras pessoas que continuam a sua obra. Entre elas, Luísa
F. que passou a escrever-nos e que testemunha:
Toussaint Banacéma S. teve uma infância muito difícil e
sentiu a necessidade de lutar contra o mesmo tipo de
problemas. Convencido de que a erradicação da pobreza
passa pela educação escolar, ele passou a animar a
associação Missão dos Voluntários contra a Pobreza, que
trabalha com crianças desfavorecidas e vulneráveis e
também com camponeses.
“O que é a Equipe Itinerante? É uma equipe de religiosos e
leigos que percorrem a região amazônica. Compartilhamos
a vida dos povos ribeirinhos do Amazonas: trabalhadores
rurais indígenas e população urbana marginalizada. Esta
itinerância dura há doze anos, tecendo novas redes de
amigos, participando noutros projetos locais. Trabalhamos
a partir de três centros na região de Manaus; em Tabatinga,
na fronteira da Colômbia, do Peru e do Brasil; e em Roraima,
na fronteira da Venezuela, da Guiana e do Brasil.
Muitos ficam indiferentes quando ouvem os apelos
angustiados que nós lançamos para obter, pelo menos, um
apoio moral. Mas isso não me tira a coragem. Apesar dos
parcos recursos de que dispomos cada ano, acabamos por
conseguir dar alguma esperança a algumas crianças,
fornecendo-lhes os meios para voltarem à escola. Este ano,
foram 90 crianças em Lomé, 50 em Nostè e 55 em Kara,
que tiveram material escolar, uniforme e propinas pagas.
Este ano também contactámos algumas igrejas em Lomé
para angariar fundos mas ficámos muito decepcionados.
O método das equipes baseia-se no “ritmo da piroga”:
remamos, navegamos e caminhamos com o povo ribeirinho,
com sua esperança e seus limites. Com eles, avançamos,
paramos, por vezes recuamos, mas estamos sempre a
caminho. Com eles: nem à frente, nem atrás, mas lado a
lado. Numa atitude de companheirismo, de solidariedade
e de escuta, motivados por sua resistência e por sua
audácia...
Lutar contra a pobreza empenhando-me junto de crianças
e estudantes é para mim apaixonante. É também uma
vocação e estou convencido que é esta a missão que Deus
me confiou. E isso dá-me força e coragem para continuar.
É difícil ficar indiferente quando sabemos quais são as
consequências que as crianças podem vir a sofrer se não
receberem uma educação que faça delas pessoas capazes
de decidirem as suas vidas e de se realizarem.
É muito interessante vê-las a brincar, mas é triste quando
pensamos nas dificuldades que elas terão que enfrentar ao
longo de suas vidas se se mantiverem sempre inconscientes
e despreocupadas. Penso sobretudo no caso das que
perderam ambos os pais e de quem nos encarregámos.
Procuramos a proximidade dos mais marginalizados,
particularmente a população urbana desfavorecida da
Amazônia. Mas consagramo-nos também à visita das
aldeias, compartilhamos a vida de seus habitantes, apoiamos
os movimentos femininos, formamos dirigentes e assumimos
o desafio da valorização da cultura autóctone. Além disso,
implicamo-nos nas pesquisas feitas pelas tribos do rio que
querem provar suas origens. O engajamento do Padre
Christophe já tinha alargado o horizonte desse povo,
permitindo seu reconhecimento como etnia.
As dificuldades são enormes, mas quando nos dedicamos
inteiramente a uma missão e temos a certeza de que estamos
no bom caminho, é impossível abandonar o combate.
Ajudar alguém a sair da miséria é a obsessão e a finalidade
da minha vida.
As equipes escrevem sempre um “registo
- memória” que perpetua os acontecimentos quotidianos; seus
membros registam igualmente
sua própria percepção
dos fatos e suas experiências. Pretendemos
escrever uma História
não oficial, contada pelo
povo, com seus sentimentos próprios e que
revele sua força de
resistência.”
TOUSSAINT BANACEMA S.,
MVCP, TOGO
LUÍSA F.,
AMAZÔNIA, BRASIL
3
Correio
Alwine de Vos van Steenwijk deixou-nos no dia
24 de Janeiro com 90 anos, tendo investido todas as
suas forças na construção do Movimento ATD Quarto
Mundo.
dos
Leitores
Caros amigos do ATD Quarto Mundo
Nunca é tarde demais para lembrar uma pessoa tão querida e
tão próxima dos mais pobres do mundo inteiro. Quero falar
de Alwine de Vos van Steenwijk.
Não podemos deixar de pensar com carinho naquela que foi
como uma mãe para nós e para a nossa associação
“Companheiros de Ação para o Desenvolvimento Familiar”
(CADF). Foi graças aos múltiplos encorajamentos e conselhos
de Alwine, através da nossa correspondência desde 1994, que
conseguimos integrar e aplicar as bases da luta contra a miséria
no seio de nossa organização. Sempre nos sentiremos em
dívida para com ela. O falecimento de Alwine é uma grande perda a nível mundial.
Mas o seu exemplo, a importância que sempre deu aos valores
humanos e o seu combate encarniçado em prol da dignidade
de todos os esquecidos e desprezados deste mundo,
permanecerão sempre como uma grande lição e um símbolo
inesquecível.
Que a alma de Alwine de Vos van Steenwijk repouse em paz.
No fim da década de 50,
sendo então diplomata em
Paris, enviada pelo seu país,
a Holanda, ela ouviu falar
do Padre Joseph Wresinski e
do combate que ele travava
juntamente com as famílias
do campo-favela de Noisyle-Grand.
Muito impressionada e interpelada pela originalidade
dessa luta, resolveu um dia
entrar pelo caminho de terra e poeira que levava ao campo.
Como não lhe podia dar logo atenção, o Padre Joseph pediulhe para tratar dos sacos de roupa que tinham sido mandados
para as famílias que lá moravam. Mas que podia ela fazer,
tendo deparado com roupas rasgadas ou nem sequer lavadas?
E foi uma Alwine lavada em lágrimas que o Padre Joseph descobriu à noite quando foi conversar com ela. “Porque está a
chorar?” “Porque descobri a que ponto o meu próprio meio
pode humilhar os pobres. Acha que lhes pode ser útil mandando-lhes sapatos desirmanados…” “Se quiser ser-lhes útil,
ajude-me a criar um instituto de pesquisa”.
Dieudy M. K., RDG
l
No nosso porta
Ela organizou então um “Departamento de Pesquisas Sociais”
para fazer entrar a experiência e as ideias das famílias muito
pobres no mundo intelectual, o que deu uma nova credibilidade ao combate do Movimento. O Centro Internacional
Joseph Wresinski (www.joseph-wresinski.org) continua o
trabalho então iniciado.
“Apesar de todos os preconceitos presentes no imaginário
coletivo sobre as crianças em situação de rua, elas precisam
de um apoio que só poderá vir de uma sociedade que as veja
de modo diferente, pois a situação dessas crianças não depende
de suas próprias vontades.” Komivi Essinam K., Togo
O Padre Joseph pediu-lhe para passar a ser uma embaixadora
do povo do Quarto Mundo para que ele pudesse subir os
degraus das Nações Unidas e assim ser introduzido como um
novo parceiro na vida pública internacional. Ela estabeleceu
contatos no mundo inteiro, participou na fundação do Fórum
Permanente sobre a Extrema Pobreza no Mundo, hoje chamado
Fórum por um Mundo sem Miséria, e redigiu os editoriais da
Carta aos Amigos do Mundo durante 14 anos.
“O problema é que nós valorizamos a acumulação de riquezas
e essa corrida desenfreada deixa de lado uma grande parte da
humanidade e destrói o planeta. É assim que esta acumulação
de recursos acabará por tornar a Terra inabitável para todos,
ricos ou pobres.” Theus, Alemanha
“A falta de um mínimo vital e de perspetivas de futuro que
caracterizam a miséria enfraquecem aqueles que dela são
vítimas. A marginalização e os preconceitos que ela muitas
vezes acarreta em relação às pessoas assim diminuídas, faz
com que essas pessoas sejam acusadas de violências contra
as quais a sociedade precisa de se proteger. Para erradicar a
miséria e, por consequência, a violência que ela representa e
que ela provoca, a comunidade internacional adotou uma
abordagem fundamentada nos direitos humanos.” Gaston N.,
Camarões
Depois do falecimento do Padre Joseph, ela usou toda a sua
energia para que a ação e as ideias de Wresinski fossem reconhecidas e se tornassem uma fonte de inspiração, tanto nas
esferas políticas, científicas e culturais, como na própria Igreja
a que ele pertencia.
As peças de teatro que ela montou nestes últimos anos na
Holanda com profissionais da arte cénica e com famílias
confrontadas com a injusta exclusão da miséria, tocaram e
mobilizaram o coração e a inteligência de milhares de
espectadores de todos os horizontes.
Escreva também as suas observações e experiências no portal:
www.mundosemmiseria.org ou mande-as por correio eletrônico
para [email protected]
A lembrança de Alwine continuará sempre a viver em todos
nós.
O «Fórum por um Mundo sem Miséria» é uma rede de pessoas empenhadas no desenvolvimento de uma amizade e de um conhecimento
mútuos, a partir do que vivem e nos ensinam as populações pobres e muito pobres: aquelas que acumulam várias precariedades ao nível da
educação, do alojamento, do trabalho, da saúde e da cultura; aquelas que são as mais rejeitadas e as mais criticadas. O Fórum é um convite
à adesão de todos os que aspiram a uma forte participação numa corrente de pensamento e de acção que tem como prioridade a erradicação
da miséria no mundo, declarando-a intolerável e provocando a construção de comunidades onde os mais pobres, munidos dos direitos
fundamentais, possam assumir as suas responsabilidades em pé de igualdade e em parceria com os outros. Esta corrente exprime-se através da
Carta aos Amigos do Mundo que publica as mensagens dos nossos correspondentes três vezes por ano em francês, inglês, espanhol e português,
graças ao trabalho de tradutores profissionais que oferecem os seus serviços gratuitamente. O Fórum Permanente é fomentado pelo Movimento
ATD Quarto Mundo, com sede em Pierrelaye, França e permite a todos os que nele participam guardarem a sua identidade, não passando, por
isso, a ser considerados membros de ATD Quarto Mundo.
O nosso endereço E-mail: [email protected] Internet : www.mundosemmiseria.org Assinatura anual: $8 / €8
Assinatura de apoio: $10 / €10. © Movimento internacional ATD Quarto Mundo – tipografia ATD – Méry-sur-Oise – N°79 - Março de 2012.
4
OS DESENHOS SÃO DE
HÉLÈNE PERDEREAU
QUE, HÁ MUITO,
OS OFERECE GRATUITAMENTE
MOVIMENTO ATD
QUARTO MUNDO.
AO
PAGINAÇÃO :
L. ROUFFET

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