Novas tecnologias de animação na Web

Transcrição

Novas tecnologias de animação na Web
Novas Tecnologias de Animação na Web
Sistemas Multimédia 2010
Filipe Carvalho
João Mota Almeida
Sistemas Multimédia
ISMT
Coimbra
[email protected]
Sistemas Multimédia
ISMT
Coimbra
[email protected]
Abstract — Este documento visa explorar as tecnologias
utilizadas para criar animações para a Web. (Abstract)
Keywords-web; animação; flash; shockwave; 3D; realidade
virtual.
I.
As desvantagens são ter que manter a animação muito
simples, apenas permite utilizar 256 cores, não permite
adicionar som, para permitir criar uma animação com uma
duração substancial, tem que se “saltar” entre as frames,
tornando a animação pouco fluida.
INTRODUÇÃO
Animação numa página web é qualquer forma de
movimento por parte de objectos e/ou imagens. Essa
animação poderá ser um simples GIF Animado, um
componente Flash/Shockwave, um plugin dHTML, um
vídeo, etc.
A utilização de animações em páginas web pode ser
resumida a três razões:
• Atrair a atenção do utilizador para uma secção
específica da página
• Enriquecer um texto demonstrativo com uma
animação
correspondente
(por
exemplo,
demonstrar o funcionamento de um motor tendo
uma animação Flash interactiva que permita ao
utilizador acompanhar o que é descrito)
• Simplesmente entreter o utilizador (mini-jogos,
vídeos, etc.)
Os Web designers dispõem então de um leque de
software que lhes permite criar as mais variadas animações
para a Web. Iremos explorar as aplicações mais comuns para
o efeito.
II.
GIF’S ANIMADOS
Um GIF Animado é um ficheiro GIF – Graphics
Interchange Format – que contém um conjunto de imagens
que são apresentadas segundo uma determinada ordem. Este
tipo de animação foi das primeiras a ser considerada um
padrão em páginas Web.
As principais vantagens dos GIF’s Animados são o
tamanho reduzido do ficheiro, a facilidade com que se pode
trabalhar com este formato e o facto de ser automaticamente
reconhecido pelos browsers.
Figura 1. Frames individuais num GIF Animado.[1]
III.
HTML DINÂMICO
As páginas Web começaram por ser maioritariamente
ficheiros estáticos, ou seja, uma vez carregados
permaneciam praticamente na mesma. Isto porque o HTML,
linguagem principal de programação de páginas web,
apenas diz ao browser onde colocar os elementos
constituintes da página.
Com o evoluir da Internet, este comportamento estático
das páginas Web tornou-se limitativo e obsoleto. Era
necessário acrescentar dinamismo aos sites, criar e adicionar
conteúdo que pudesse mudar mesmo após o carregamento
da página Web. Surge assim o HTML Dinâmico, ou
dHTML[2].
O dHTML não é uma linguagem de programação ou um
standard web; em termos gerais simboliza a junção de
HTML, CSS, JavaScript e DOM. O World Wide Web
Consortium[3] – W3C – tem a seguinte definição de dHTML
: "Dynamic HTML is a term used by some vendors to
describe the combination of HTML, style sheets and scripts
that allows documents to be animated.".
A implementação do dHTML veio permitir o
aparecimento de livrarias JavaScript open-source,
facilitando a criação de animações em páginas Web mesmo
a utilizadores que não tenham conhecimentos de
programação. Para tal, basta fazer o download da livraria
pretendida, incluí-la no código da página e fazer a chamada
da classe pretendida.
•
•
Acrescentá-la à página que se está a criar
<head>
<script type="text/javascript" src="jquery.js"></script>
</head>
Fazer a chamada da função que se pretende utilizar
<html>
<head>
<script type="text/javascript" src="jquery.js"></script>
<script type="text/javascript">
$(document).ready(function(){
$("#start").click(function(){
$("#box").animate({height:300},"slow");
$("#box").animate({width:300},"slow");
$("#box").animate({height:100},"slow");
$("#box").animate({width:100},"slow");
});
});
</script>
</head>
<body>
<p><a href="#" id="start">Animar</a></p>
<div id="box"
style="background:#98bf21;height:100px;width:100px;positi
on:relative">
</div>
</body>
</html>
Neste exemplo está a ser utilizada a função animate()
para animar um quadrado. Ao carregar no link “Animar”, o
cubo irá aumentar o valor da altura, seguidamente aumentar
o valor da largura e depois retorna aos valores originais. A
animação será então o cubo a esticar em altura e em largura
e seguidamente a encolher para o tamanho inicial.
A título de curiosidade, apresentamos uma comparação
de velocidade de execução de cinco livrarias JavaScript
mais utilizadas.
Existem várias livrarias JavaScript, como por exemplo
DOJO[4], MooTools[5], Prototype[6], YUI[7], ExtJS,
SmartClient, jQuery[8], etc. . Todas elas diferem em termos
de rapidez de execução, fiabilidade de resultados e
plataforma preferida. A título de exemplo iremos abordar a
livraria jQuery.
jQuery é uma livraria JavaScript leve e compatível com
vários browsers, que dá primazia à interacção entre o
JavaScript e o HTML. Foi criada por John Resig e tornada
disponível em 2006. É um software gratuito e open-source,
ao abrigo de duas licenças - MIT License[9] e GNU General
Public License, Version 2[10].
A sintaxe do jQuery está pensado para tornar mais
simples a navegação num documento, seleccionar elementos
DOM, criar animações, gerir eventos e desenvolver
aplicações AJAX. Tal como a maioria das livrarias
JavaScipt, o jQuery permite a criação de plugins por parte
dos seus utilizadores, que podem ser integrados em qualquer
página que utilize esta livraria.
A utilização da livraria jQuery é bastante simples:
• Fazer o download da livraria através do site da
mesma (http://www.jquery.com)
Figura 2. Resultados por browser.[11]
As principais diferenças entre estas duas plataformas
são:
•
Os ficheiros Flash carregam mais rapidamente do
que os ficheiros Shockwave.
•
O Shockwave permite a utilização de mais tipos de
ficheiros do que o Flash. Por exemplo, é possível
importer um ficheiro Flash para um Shockwave,
mas o contrário já não é aplicável.
•
O Flash apresenta uma maior difusão entre os
utilizadores. Mais de 90% dos utilizadores Web
têm instalado o plugin de Flash, ao passo que um
pouco menos do que 60% têm o plugin shockwave.
•
O software de criação do Flash – Flash Profissional
CS4 – é mais barato do que o software de criação
Shockwave – Director 11.
Figura 3. Resultados por livraria.[11]
IV.
FLASH E SHOCKWAVE
O Flash da Adobe[12] é uma plataforma multimédia que
se tornou popular por permitir a criação de animações,
inserção de objectos interactivos nas páginas Web, bem
como a integração de vídeos e o desenvolvimento de rich
internet applications. Suporta gráficos vectoriais e bitmap,
bem como o streaming bidireccional de áudio e vídeo.
O controlo das animações em Flash é feito
maioritariamente com recurso à sua linguagem de
programação – Actionscript. Esta linguagem é baseada na
linguagem ECMAScript, a mesma base que o JavaScript.
O Director da Adobe é também uma plataforma
multimédia, mas ao contrário do Flash que surgiu como uma
ferramenta vocacionada para a Web, o Director é uma
ferramenta vocacionada para a criação de CD-ROMs
interactivos. Os utilizadores podem criar aplicações com
base numa metáfora de filme, ou seja, o utilizador é o
“Director” do filme.
O Director utiliza uma poderosa linguagem de
programação chamada Lingo. Esta linguagem permite
interagir com ficheiros externos e certas interfaces de
aplicações do Windows (API). Esta interacção permite a
mimetização de Interfaces Gráficas e a criação de protótipos
de aplicações, bem como a criação de CD’s e DVD’s
interactivos. Outra funcionalidade para o Director é a
criação de jogos.
Um dos aspectos mais fundamentais do Director é a sua
extensibilidade, conseguida através de plugins chamados
Xtras. Existem, por exemplo, Xtras para a manipulação de
objectos do Sistema Operativo – Criação de pastas,
ficheiros, eliminar pastas, etc.
Para além destas duas plataformas, surgiu recentemente o
Silverlight[13] da Microsoft. Esta plataforma serve
basicamente os mesmos propósitos que o Flash, não estando
ainda obviamente tão difundida.
V.
ANIMAÇÕES 3D
Gráficos 3D são gráficos conseguidos através de uma
representação tridimensional de dados geométricos. O
processo de criação de gráficos 3D engloba três fases
distintas:
•
•
•
Modelação - A modelação é o passo onde se gera a
forma do objecto. Existem várias maneiras de
modelar um objecto, sendo as duas mais usuais a
modelação poligonal – pontos interligados no
espaço tridimensional para criar uma rede
poligonal (mesh) – e a modelação por primitivas –
são utilizadas formas primitivas (esferas, cones,
cilindros, cubos) para construir o modelo do
objecto pretendido.
Layout and animation - Neste passo, os objectos
criados anteriormente são posicionados numa cena
(scene), definindo a relação espacial e temporal
entre cada objecto – localização, tamanho, como se
movem, etc.
Rendering - Este é o passo final, onde o modelo é
convertido na representação final, com recurso a
simulações de luzes, sombras, texturas reais, etc.
Este passo é geralmente acompanhado por uma
representação bidimensional da representação final
tridimensional.
A utilização de animações 3D na Web começou graças
ao VRML - Virtual Reality Modelling Language – tendo
evoluído
para
o
standard
X3D[14].
O X3D é um standard ISO baseado em XML para a
representação de gráficos 3D. Fornece a tecnologia
necessária para permitir aos utilizadores a visualização,
edição e reutilização de visualizações 3D entre várias
aplicações na Web, bem como a utilização em telemóveis
e super computadores.
VI.
•
•
REFERÊNCIAS
REALIDADE VIRTUAL
Realidade Virtual pode ser definida como conteúdo
tridimensional interactivo. Podemos distinguir três
patamares de realidade virtual na Web:
•
excessivamente grandes para poderem ser visualizados
decentemente na Web, a não ser que o utilizador disponha
de uma generosa largura de banda no seu acesso à internet,
bem como uma máquina com um desempenho
relativamente elevado.
Em primeira instância, e sendo esta a mais
simplista, podemos ter uma visualização 3D de
um objecto em que o utilizador pode rodá-lo e
vê-lo de vários ângulos.
No patamar intermédio, temos os mundos
virtuais em que o utilizador pode ter alguma
forma de interacção, como seja mover-se no
mundo, interagir com objectos e/ou pessoas, etc.
No patamar superior, temos a Realidade Virtual
como a conhecemos em filmes, por exemplo, em
que o utilizador necessita de equipamento
especial – luvas, óculos – para poder ter a
sensação de uma realidade imersiva.
Tendo em conta o que já foi visto anteriormente em
relação ao X3D, pode-se facilmente ver que este standard
poderá ser uma solução mais viável para a criação de
mundos virtuais propícios para a utilização em páginas
Web.
CONCLUSÃO
Rapidamente chegamos à conclusão que os GIF’s
Animados são uma espécie em vias de extinção. As
limitações deste formato aliadas à disseminação global de
ferramentas como o Flash, tornam o GIF Animado um
formato obsoleto. Em termos de animações para a Web,
podemos considerar o Flash e o dHTML como as
ferramentas predominantes nos Web designers actuais.
Outra conclusão a tirar, é que as animações 3D e a
realidade virtual são o futuro das animações para a Web.
Mas se assim é, porque não estão estes formatos tão
estandardizados como por exemplo o Flash? A resposta
prende-se com questões técnicas que sempre assolaram a
Web. A largura de banda e a própria configuração de
hardware dos computadores pessoais foram as principais
responsáveis pela evolução dos conteúdos das páginas
Web.
O caso do 3D e da Realidade Virtual são exemplos
crassos do impedimento tecnológico/físico presente na
Web. Para estes formatos serem apelativos para o
utilizador, deverão utilizar texturas realistas, luz e sombras
e áudio. Estes elementos tornam os ficheiros finais
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How Stuff Works, 1 de Abril de 2010,
<http://www.howstuffworks.com>
W3Schools, 30 de Março de 2010, <http://www.w3schools.com>
World Wide Web Consortium, 30 de Março de 2010,
<http://www.w3c.org>
DOJO, 31 de Março de 2010, <http://www.dojotoolkit.org>
MooTools, 31 de Março de 2010, <http://www.mootools.net>
Prototype, 31 de Março de 2010, <http://www.prototypejs.org>
YUI, 31 de Março de 2010, < http://developer.yahoo.com/yui>
jQuery, 31 de Março de 2010, <http://www.jquey.com>
MIT License, 1 de Abril de 2010, <http://www.
opensource.org/licenses/mit-license.php >
GNU License, 1 de Abril de 2010,
<http://www.gnu.org/licenses/licenses.html>
MooTools vs jQuery vs Prototype vs YUI vs DOJO Comparison
Revised, 1 de Abril de 2010,
<http://blog.creonfx.com/javascript/mootools-vs-jquery-vsprototype-vs-yui-vs-dojo-comparison-revised>
Adobe, 1 de Abril de 2010, <http://www.adobe.com
Silverlight, 1 de Abril de 2010, <http://www.silverlight.net>
Web 3D Consortium, 31 de Março de 2010,
<http://www.web3d.org>

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