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Manual de Orientações Metodológicas para o Professor G eografia – E nsino M édio – C aderno 10 África Abordagem do Assunto O estudo da História e da Geografia do continente africano é primordial para a formação dos alunos devido à ligação étnica e cultural do Brasil com a África. Nos últimos anos, o intercâmbio geopolítico e econômico entre a África e o Brasil cresceu substancialmente com destaque para os países africanos de língua portuguesa. Os aspectos ambientais, sociais, políticos e econômicos da África também são importantes para os vestibulares e para o Enem. Entre os aspectos físicos e ambientais da África, os pontos fundamentais a serem desenvolvidos em aula são: ● Relevo: prevalência de planaltos; cadeias montanhosas, como os Montes Atlas; presença de grandes depressões, como o Vale de Rift; poucas planícies, a exemplo da planície fluvial do rio Nilo; ● Geologia: falhas geológicas, como as do leste africano, responsáveis por aspectos marcantes do relevo (áreas vulcânicas e depressões) e da hidrografia (lagos tectônicos como Vitória e Tanganica); ● Hidrografia: principais bacias hidrográficas e uso socioeconômico dos recursos hídricos: Nilo, Congo e Níger; ● Clima e biomas: tipos de clima e ecossistemas com aspectos fisionômicos e ecológicos; ● Meio ambiente: desertificação na faixa do Sahel e na orla do Calaari; desmatamento nas florestas e savanas; caça predatória nos ecossistemas africanos. Para a região do Magreb e Vale do Nilo que integram a África do Norte, os temas chave são: — aspectos culturais e religiosos como o predomínio do islamismo sunita; — aspectos básicos do Magreb: clima mediterrâneo, Montes Altas e especificidades agrícolas; — economia: como a exploração do petróleo/gás natural (Argélia e Líbia) e do fosfato (Marrocos); ● Egito: distribuição da população, agricultura irrigada no vale do Nilo, turismo associado ao patrimônio histórico e atividade industrial; ● Geopolítica: o litígio territorial no Saara Ocidental envolvendo o Marrocos, o crescimento do fundamentalismo islâmico na região e os aspectos geopolíticos da Líbia. Quanto a África Negra, os tópicos essenciais são: — imperialismo europeu, fronteiras artificiais e conflitosinterétinicos/religiosos/separatistas; — economia: plantations, indústria e recursos minerais/ energéticos e sua articulação com a globalização; — questões sociais importantes: alto crescimento demográfico, baixo padrão de vida e expansão de epidemias como HIV/ Aids, malária e cólera; — especificidades culturais e religiosas da África Negra: características e relações entre animismo, cristianismo e islamismo; — características dos países africanos de língua portuguesa: Angola, Moçambique, Guiné Bissau, Cabo Verde e São Tomé & Príncipe; CPV manGEOcad10 ● Geopolítica: Nigéria, Sudão (conflito em Darfur), República Democrática do Congo, Ruanda, Somália, Serra Leoa, Quênia, Zimbábue, entre outros; ● Economia, política e aspectos sociais da África do Sul: posição estratégica da África do Sul; o regime do apartheid (1948-1990), incluindo os bantustões e towships; o término do apartheid e a ascensão do CNA ao poder político; a situação social, política e econômica atual. Atividades extras Debate sobre os conflitos na África a partir de uma vídeo-aula com a exibição do filme Hotel Ruanda. Eis a sinopse do filme Hotel Ruanda: filme do diretor Terry George (Reino Unido/Itália/África do Sul, 2004), é um dos mais recomendados para discutir os conflitos étnicos no continente africano. O elenco conta com Don Cheeadle, Nick Nolte e Sophie Okonedo. O roteiro foi baseado numa história real ocorrida durante a guerra civil em Ruanda (1994). O filme destaca o conflito interétnico entre hutus e tutsis do ponto de vista de um gerente de um hotel de luxo de Kigali, capital de Ruanda. O funcionário do hotel conseguiu salvar centenas de pessoas do massacre promovido pela guerrilha hutu. O filme é uma síntese dos conflitos africanos: as consequências da colonização europeia, as fronteiras artificiais, os conflitos políticos internos e do drama dos refugiados. Sugestões adicionais Vídeos: Diamante de Sangue Filme do diretor Edward Zwick (EUA, 2006). Apresenta como pano de fundo a guerra civil em Serra Leoa no final da década de 1990. No elenco, Leonardo de Caprio e Dijimon Hounson. O filme mostra os conflitos constantes entre o governo e a guerrilha Força Unida Revolucionária (FUR). Mandela, a Luta pela Liberdade Bom filme do diretor Bille August (Alemanha / França / Bélgica / África do Sul / Itália / Inglaterra / Luxemburgo, 2007). Boa oportunidade para explorar a biografia de Nelson Mandela, especialmente os anos de resistência na prisão e sua grandeza como se humano e líder político. O filme conta a história de um carcereiro branco preconceituoso que trabalhava como espião do governo do apartheid. Porém, o carisma de Mandela tornou o carcereiro um defensor dos direitos dos negros na África do Sul. O Jardineiro Fiel Excelente filme do diretor brasileiro Fernando Meirelles (Reino Unido, 2005). O filme foi baseado na obra do escritor John Le Carré. No elenco, Ralph Feinnes e Rachel Weisz. O filme conta a história de um diplomata inglês no Quênia que tenta desvendar a morte de sua mulher, ativista dos direitos humanos. O filme retrata os problemas sociais e a paisagem do Quênia, fazendo uma crítica contumaz à falta de escrúpulos da indústria de medicamentos com relação a testes para novas medicações contra o HIV/Aids. 1 2 Manual de Orientações Metodológicas O Último Rei da Escócia Ótimo filme do diretor Kevin Macdonald (Reino Unido, 2006) que valeu o óscar de melhor ator para Forest Whitaker. O filme conta a história de um jovem médico escocês que é convidado por Idi Amin, ditador em Uganda na década de 1970. Pode constituir uma boa oportunidade para serem discutidos os problemas causados por regimes ditatoriais na África. Um Grito de Liberdade Obra-prima de Richard Attenborough (EUA, 1987), o filme conta a luta do líder negro Steve Biko contra o apartheid a partir de relatos do jornalista Donald Woods. É um filme que pode complementar as aulas sobre a África do Sul. Seria interessante exibi-lo como uma atividade didática, na qual o professor poderia utilizá-lo como fundamentação para a confecção de um texto crítico redigido pelos alunos. www.southafrica.co.za www.angola.org www.algeriainfo.com www.governo.cv/ www.ci.refer.org www.sis.gov.eg www.ethiophianembassy.org/index.shtml/ www.ghanaweb.com http://oak.cats.ohiou.edu http://libanis-net/c/y/guide.shtml www.madagascar-guide.com www.mincom.gov.ma/english/e_page.html www.mozambique.mz www.grnnet.gov.na/intro.htm http://odilli.net/nigeria.html www.multimania.com/saotome/saotome.html www.congonline.com www.rwanda.net www.senegal-online.com www.sierra-leone.org www.zimbabwe.8m.cm www.africa-union.org Bibliografia: O Brasil e a África. Manuel Correia de Andrade. Contexto (1989). A Partilha da África Negra. H. Brunschwig. Perspectiva (1971). A Luta pela África. Gerard Chaliand. Estratégias das Grandes Potências. Brasiliense (1982). África do Sul, Apartheid e Resistência. Klass De Longe. Cortez-Eboh Editora (1991). África. Um Continente à Procura de seu Destino. V.C. Ferkiss. História da África Negra. Joseph Ki-Zerbo. Europa/América (1972). África do Sul. Demétrio Magnoli. Contexto (1991). África e Brasil. Uma Ponte sobre o Atlântico. Paulo Martinez. Moderna (1994). CPV ManGEOcad10 Professor Apartheid. Horror Branco na África do Sul. F. J. Pereira. Brasiliense. Dossiê da Guerra do Saara. M. Santayana. Paz e Terra (1987). África do Sul. Francisco C. Scarlato & Fernando Portela. Ática (1993). Formação do Território Político na África. In: Introdução aos Estudos sobre a África Contemporânea. Armando Corrêa da Silva & H. A. Oliveira. Centro de Estudos Africanos da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP. (artigo). Atlas dos conflitos mundiais. Um apanhado dos conflitos atuais e dos acordos de paz. Dan Smith. Companhia Editora Nacional (2007). Índia, Brasil e África do Sul. Perspectivas e alianças. Fábio Villares (organizador). Editora Unesp: IEEI (2006). oriente médio Abordagem do Assunto Sites: África do Sul: Angola: Argélia Cabo Verde: Costa do Marfim: Egito: Etiópia: Gana: Guiné-Bissau: Líbia: Madagascar: Marrocos: Moçambique: Namíbia: Nigéria: São Tomé e Príncipe: República Democrática do Congo: Ruanda: Senegal: Serra Leoa: Zimbábue: União Africana: para o O Oriente Médio é uma das regiões com maior complexidade geopolítica do mundo e também uma das mais solicitadas nos vestibulares e no Enem. Os tópicos fundamentais para desenvolver a aula são: ● Características físicas do Oriente Médio: condições climáticas, relevo com destaque para a Planície da Mesopotâmia (presença da bacia hidrográfica dos rios Tigre e Eufrates); ● Importância estratégica dos recursos hídricos e da geopolítica; ● Características do islamismo e do fundamentalismo islâmico; ● Economia: petróleo e alternativas econômicas (exemplo dos Emirados Árabes com Dubai: turismo, comércio, serviços e finanças); ● Problemas sociais e políticos gerais; ● Particularidades geopolíticas: separatismo curdo, Líbano, Síria, Irã, Turquia, Chipre e Iêmem; ● Economia de Israel. No que concerne ao conflito entre Israel e palestinos/países árabes, deve-se trabalhar com detalhes a História e a Geografia; ● Partilha da Palestina (1947), Guerra dos Seis Dias (1967), Guerra do Yom Kippur (1973), Acordos de Camp David (1979) e Acordos de Oslo (1993); ● O quadro atual dos territórios palestinos e árabes ocupados por Israel em 1967: Faixa de Gaza, Cisjordânia, Colinas de Golã e Sinai; ● Fatores que dificultam o estabelecimento de um acordo de paz entre palestinos e israelenses: assentamentos judeus na Cisjordânia, a situação de Jerusalém, as organizações extremistas judaicas e palestinas/árabes (Hamas e Hizbolah), a partição dos recursos hídricos e o muro de separação. Atividades extras Debate a partir da vídeo-aula com a exibição do filme Lemon Tree. Eis a sinopse de Lemon Tree: ótimo e emocionante filme do diretor Eran Riklis (Israel/Alemanha/França, 2007). Retrata a luta, inclusive indo à mais alta corte da justiça israelense, de uma viúva palestina por seu limoeiro ameaçado pela ocupação israelense na figura do próprio ministro da defesa de Israel. Manual de Orientações Metodológicas Sugestões adicionais para o Professor 3 gabarito áfrica — geocol3810 Vídeos: A Caminho de Kandahar (Irã, 2001). O filme conta a história de uma afegã refugiada no Canadá que volta ao Afeganistão para reencontrar sua irmã. O filme mostra os problemas do país, a paisagem árida e a repressão às mulheres durante o regime fundamentalista do Taleban, derrubado pela intervenção militar dos EUA, após os atentados de 11 de Setembro de 2001. O Gosto de Cereja Filme do diretor iraniano Abbas Kiarostami (Irã/França, 1996) e vencedor da Palma de Ouro em Cannes, conta a história de um homem que vaga por uma região quase deserta procurando alguém que lhe ajude a dar fim a sua vida. É importante para os alunos tomarem contato com o cinema de boa qualidade que mostra aspectos culturais do Irã. Paradise Now Do diretor Hani Abu Assad, é um filme polêmico da Palestina (2005) e foi indicado ao óscar de melhor filme estrangeiro. Retrata a história de dois amigos palestinos que são convocados para serem homens-bomba em um atentado terrorista em Tel Aviv, Israel. Sites: Afeganistão: www.afghan-web.com Arábia Saudita: www.saudinf.com/main/000.htm Chipre: www.pio.gov.cy Emirados Árabes Unidos: www.uae.org.ae Irã: http://oznet/iran/frames3.htm Israel: www.israel.com Líbano: www.lebanon-tourism.gov.lb Síria: www.moi-syria.com Bibliografia: Oriente Médio. Rosana Bond e Mustafa Yazbek. Ática (1997). De cobras e ratos. In: Mundo, geografia e geopolítica internacional. Newton Carlos (1999). Religiões. Murilo Cisalpino. Scipione (1993). Atlas dos conflitos mundiais. Um apanhado dos conflitos atuais e dos acordos de paz. Dan Smith. Companhia Editora Nacional (2007). As Guerras Árabe-israelenses. Ken Hills. Ática (1997). O choque de civilizações e a recomposição da ordem mundial. S. Huntington. Objetiva (1997). O Oriente Médio e o Mundo Árabe. Maria Yedda Linhares. Brasiliense (1982). Oriente Médio. Leandro Karnal. Scipione (1993). Islamismo. Neusa Nabham. Scipione (1993). O que é Questão Palestina. Helena Salem. Brasiliense (1993). Oriente Médio, uma região de conflitos. Nelson Basic Olic. Moderna (1993). 01.A 02.B 03.B 04.E 05.A expansão da agropecuária rudimentar, com inadequado uso do solo e desmatamento desenfreado, são os principais fatores que concorrem para o avanço da desertificação na Faixa do Sahel. 06.A 07.A 08.A 09.C 10.A 11.a) A paisagem C. b) A paisagem apresenta a floresta equatorial africana, ecossistema associado ao clima equatorial, com chuvas abundantes e bem distribuídas no decorrer do ano, além de temperaturas elevadas. 12.A 13.C aspectos sociais, econômicos — geocol3911 e políticos 01.E 02.B 03.D 04.a) O imperialismo europeu impôs fronteiras artificiais, muitas vezes juntando povos inimigos, gerando diversos problemas, como os conflitos tribais internos, a exemplo dos constantes conflitos entre as etnias hutu e tutsi, em países como Ruanda e Burundi. b) O sistema agrícola do plantation visa à exportação. São exemplos as produções de cacau (Costa do Marfim), amendoim (Senegal), café (Uganda) e chá (Quênia). A produção agrícola voltada para o mercado interno não é estimulada. Desse modo, muitos países da África apresentam severos problemas de subnutrição e fome. 05.C 06.A 07.A 08.Dentre as causas da fome e subnutrição, destacam-se: baixa produtividade na agropecuária; agricultura comercial voltada para a exportação em diversos países. 09.a) Em razão da alta incidência de HIV/Aids e das dificuldades de acesso a seu tratamento, inclusive no que concerne aos medicamentos necessários, projetase uma significativa redução na expectativa de vida, com forte aumento na mortalidade infantil, atingindo especialmente a faixa entre 0 e 10 anos de idade. b) Uma das consequências é a redução numérica da população economicamente ativa do país, com expressiva perda de mão de obra jovem e adulta. 10.Considerando-se sua precária infraestrutura e seu frágil desenvolvimento econômico, a África Negra ficou em parte excluída da economia globalizada, que exige alto grau de competitividade. Diversos problemas dificultam os investimentos na região: instabilidade política, conflitos étnicos e religiosos, além do mercado consumidor bastante limitado. Grande parte dos países da região se mantém como exportadores de matérias-primas agrícolas, recursos minerais e petróleo. 11.O mapa evidencia o papel dos países africanos como exportadores de matérias-primas agrícolas, recursos minerais e petróleo para as nações desenvolvidas. 12.O traçado da rede ferroviária do interior para o litoral decorre de uma infraestrutura atrelada a uma economia que depende de exportações de matérias-primas para o mercado externo. Observa-se que a prioridade não é a integração entre os países do continente. Magreb e Vale do Nilo — geocol4010 01.B 02.B 03.Os países que integram o Magreb são Argélia, Tunísia e Marrocos. A região é marcada pela presença da Cadeia Montanhosa do Atlas e pelo clima mediterrâneo na orla litorânea. 04.Trata-se do Egito e do rio Nilo. Como o país é desértico, a maior parte da agricultura é realizada no vale do Nilo, que apresenta solos férteis e condições para a irrigação. 05.E 06.C 07.E 08.C 09.D 10. C 11.Dentre as características do Magreb, podemos listar: o clima mediterrâneo entre a cadeia montanhosa e o mar (verão seco e inverno chuvoso), presença da cadeia orogênica do Atlas, o predomínio da religião islâmica e agricultura mediterrânea (uva, vinícola, fruticultura, azeite e trigo). África Negra e África do Sul — geocol4110 01. A 02. A 03.a) O apartheid (1948-1990) foi um sistema de segregação racial implementado na África do Sul que conferia privilégios para a minoria branca e oprimia os demais grupos étnicos, como negros, mestiços e asiáticos. No período em que vigorou, foram criados os bantustões, que concentravam a população negra em áreas pouco férteis e afastadas dos centros econômicos. ManGEOcad10 CPV 4 Manual de Orientações Metodológicas b) Os bantustões e towships funcionavam como reservas de mão de obra barata a serviço dos interesses das grandes empresas. c) Após 1994, embora os negros tenham conquistado o poder político na África do Sul, com a eleição de Nelson Mandela, grande parte do poder econômico e financeiro continuou e ainda está concentrado nas mãos da minoria branca. O governo está investindo em programas sociais (educação, saúde, reforma agrária e infraestrutura) destinados à maioria negra, no intuito de reduzir as profundas desigualdades entre os grupos étnicos, herdadas da época do apartheid. Entre os principais problemas do país, destacam-se a disseminação da epidemia de Aids e os altos níveis de violência urbana. 04. A 05.B 06.E 07.A 08.C 09.E 10.a) Em um regime federativo, os Estados que integram a União apresentam relativa autonomia administrativa. b) No caso nigeriano, o regime federativo é mais complexo, visto que existem graves rivalidades étnicas e religiosas. Por exemplo, os estados do norte são islâmicos e implantaram a lei muçulmana em seus territórios. Essas leis entram em choque com os interesses dos cristãos, dominantes no sul do país. 11.a) A Guerra Fria estendeu-se de 1947 a 1989 e caracterizou-se por ser um período em que houve uma organização bipolar do mundo, liderada pelos EUA e União Soviética, duas potências que disputavam influência sobre várias regiões do mundo, inclusive sobre a África. A ordem bipolar acoplou-se a conflitos regionais, a exemplo das rivalidades tribais e entre os clãs na Somália. No final da década de 1970, a Somália, governada pelo ditador Mohamad Said Barre, tornou-se aliada dos EUA, enquanto a vizinha Etiópia era influenciada pela União Soviética. Com o término da Guerra Fria, o país perdeu importância geopolítica e mergulhou numa sangrenta guerra civil entre clãs rivais e o governo. b) Como outros países africanos, a Somália foi bastante influenciada pelo colonialismo europeu, havendo modificações no modo de vida tradicional, baseado na agropecuária de subsistência. A desertificação, somada à instabilidade política, provocou várias crises de subnutrição e até mesmo a fome crônica, no início da década de 1990. oriente médio — geocol4210 01.D 02.C 03.E 04.A 05.C 06.a) E b) E c) C d) C 07.D 08.E 09.a) Nas regiões mais povoadas, que correspondem ao sopé das montanhas e aos vales fluviais, desenvolve-se a agricultura irrigada, além da atividade industrial associada à geração de energia. b) Os fatores prejudiciais à agricultura são o relevo montanhoso (na porção central) e o clima (que varia entre o árido e o semiárido). O principal fator favorável à agricultura é a disposição da hidrografia, que permite o desenvolvimento da agricultura irrigada. Aspectos Socioeconômicos — geocol4310 e Geopolítica 01.B 02.D 03.E 04.A 05.4 + 16 = 20 06.B 07.B 08.C 09.a) Os países são: 1 (Líbano), 2 (Israel), 3 (Arábia Saudita), 4 (Iraque) e 5 (Irã). b) A região é foco de tensão devido aos diversos conflitos religiosos, étnicos e territoriais, além de apresentar um recurso natural estratégico, especialmente para os países desenvolvidos: o petróleo. 10.a) Destacam-se Arábia Saudita, Irã, Iraque, Kuwait, Emirados Árabes Unidos e Catar. Apesar da riqueza proveniente do petróleo, ocorre péssima distribuição de renda. Desse modo, grande parte da população sofre com a pobreza. b) O estreito de Ormuz é estratégico, pois é a passagem entre o Golfo Pérsico (região rica em petróleo) e o Oceano Índico, sendo rota fundamental dos petroleiros que saem do Golfo em direção aos principais mercados consumidores, localizados nos países capitalistas desenvolvidos. Os dois países que controlam o estreito são: Omã (que apresenta boas relações com as potências ocidentais, inclusive os Estados Unidos) e Irã (cujo governo apresenta uma postura crítica em relação à influência ocidental no Oriente Médio). CPV ManGEOcad10 para o Professor o conflito árabe-israelense — geocol4411 01.A 02.a) As áreas assinaladas constituem territórios árabes ocupados por Israel na Guerra dos Seis Dias, em 1967. Além do interesse geopolítico de ampliação territorial, também envolve o controle da água na região, principalmente no que se refere à Cisjordânia e às Colinas de Golan. Esses territórios são os seguintes: 1. Colinas de Golan (território sírio), 2. Cisjordânia (território palestino), 3. Faixa de Gaza (território palestino) e 4. Sinai (território do Egito). b) O Sinai foi devolvido ao Egito em 1982. A ANP (Autoridade Nacional Palestina) administra a Faixa de Gaza (totalmente) e a Cisjordânia (parcialmente), em regime de autonomia, porém sem independência total. As Colinas de Golan continuam ocupadas por Israel. A ampliação da autonomia palestina ainda depende da solução de problemas, tais como a disputa pela cidade de Jerusalém e a definição sobre a permanência de colônias judaicas na Cisjordânia. A Síria reivindica a devolução da região como requisito para assegurar um tratado de paz definitivo com Israel. c) A situação territorial de Israel e dos territórios palestinos é bastante complexa, sendo uma das razões que dificulta o estabelecimento de um tratado de paz duradouro na região. Em primeiro lugar, os territórios palestinos (Gaza e Cisjordânia) não apresentam contigüidade geográfica, ou seja, estão fisicamente separados. Além disso, no interior desses territórios existem muitas colônias judaicas que são foco de resistência à formação de um Estado palestino independente. A cidade de Jerusalém, anexada pelos israelenses e transformada em sua capital, também recebeu grande número de imigrantes judeus com o objetivo de enfraquecer (inclusive do ponto de vista demográfico) a população palestina que habita a cidade. Também existem muitas colônias judaicas no município de Jerusalém, o que é foco de grande tensão com os palestinos. 03.a) 1. Líbano, 2. Síria, 3. Jordânia, 4. Arábia Saudita, 5. Israel e 6. Egito. b) As áreas assinaladas são os territórios árabes ocupados por Israel na Guerra dos Seis Dias, em 1967. Além do interesse geopolítico de ampliação territorial, também envolve o controle da água na região, principalmente no que se refere à Cisjordânia e às Colinas de Golan. 04.A 05.D 06.E 07.A 08.Os palestinos lutam por um Estado independente, tal como estipulado pela ONU em 1948 e também na década de 1970, por meio de várias resoluções. Seus territórios (Gaza e Cisjordânia) foram ocupados por Israel a partir de 1967. O principal líder palestino é Yasser Arafat, presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina). Israel mantém a hegemonia sobre os territórios palestinos devido à sua superioridade militar, resultado de sua cooperação com os EUA, onde a comunidade judaica detém grande influência econômica. Intifada é a revolta palestina contra as forças de ocupação israelenses. Ocorre por meio de mobilizações populares que contam com a participação de muitos jovens. Os choques entre manifestantes e tropas israelenses resultam em muitos feridos e até em mortes. Os principais entraves a um acordo de paz definitivo entre palestinos e israelenses são: • a situação das colônias judaicas nos territórios palestinos; • o status de Jerusalém, capital para os israelenses e também reivindicada como capital para os palestinos; • a atuação de grupos fundamentalistas radicais contrários à paz, tanto do lado dos judeus (Hizbolah) quanto do lado dos palestinos (Hamas), que desferem atos terroristas. Após os acordos de paz de 1993, a ANP passou a apresentar autonomia administrativa sobre Gaza e parte da Cisjordânia. Nos últimos anos, a situação se agravou em decorrência de diversas incursões militares israelenses nos territórios palestinos, associadas à volta da intifada e aos atentados terroristas. 09.C 10.A 11. D 12.a) Faixa de Gaza. b) Jerusalém é uma cidade sagrada para três grandes religiões: o islamismo (presença do Monte do Templo), o cristianismo (presença da Igreja do Santo Sepulcro) e o judaísmo (presença do Muro das Lamentações). O status de Jerusalém, capital para os israelenses e também reivindicada como capital para os palestinos, constitui uma das principais divergências para o estabelecimento de um plano de paz definitivo para a região.
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