SV_38 - Saber Viver

Transcrição

SV_38 - Saber Viver
CONHEÇA AS CAUSAS E SAIBA COMO EVITAR O MAU-HÁLITO
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da Saúde
Saber Viver
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UMA REVISTA PARA QUEM VIVE COM O VÍRUS DA AIDS
ANO 6 Nº 38 – OUT/NOV/DEZ 2006 – DISTRIBUIÇÃO GRATUITA
PRAZER
PELA
VIDA
Cazu Barroz,
que foi capa da primeira
Saber Viver, é personagem
de campanha do Ministério
da Saúde junto com Beatriz
Pacheco (foto no detalhe).
Eles contam, nesta edição,
como
descobriram
que “a vida é
mais forte que
a aids”.
DICAS PARA APROVEITAR A VIRADA DO ANO DE FORMA SAUDÁVEL
“A vida é mais
forte que a aids”
Saber Viver
Uma publicação trimestral gratuita
destinada a pessoas que vivem com
o vírus da aids
Correspondências à redação:
Caixa Postal 15.088 - Rio de Janeiro
(RJ) - Cep 20.031-971
[email protected]
Coordenação, edição e reportagem:
Adriana Gomez e Silvia Chalub
Secretária de redação: Alessandra Lírio
Reportagem: Liliana de La Torre
Consultoria lingüística: Leonor Werneck
Ilustrações: Ana Vine
Foto: Alex Ferro, agência Pedra Viva
Conselho editorial deste número:
Estevão Portela (infectologista),
Marlete P. da Silva (nutricionista)
Colaboraram nesta edição:
Arley Silva Júnior (cirurgião dentista e
estomatologista); Denise Serafim
(psicóloga); João Curvo (nutrólogo);
Ronaldo Hallal (clínico geral)
Editoração eletrônica:
A 4 Mãos Comunicação e Design
([email protected])
Impressão: Gráfica MCE
Tiragem: 90.000 exemplares
Agradecimentos especiais: A todas as
pessoas que colaboraram dando seus
depoimentos para as matérias
E
sta é a frase da campanha do 1º de dezembro criada
pelo Ministério da Saúde e será a base de todos os
trabalhos desenvolvidos pelo Programa Nacional de
DST/Aids em 2007. Com o foco nas pessoas que vivem com
HIV/aids, esse esforço nacional envolve a melhoria no
atendimento, na qualidade de vida e o combate ao estigma e
à discriminação. O conjunto dessas ações é chamado de
Prevenção Positiva. A Saber Viver sempre trabalhou para a
valorização das pessoas vivendo com HIV/aids e aplaude a
iniciativa do Governo Federal. Afinal, queremos mais do que
remédio. Queremos, acima de tudo, mostrar à sociedade que
“a vida é mais forte que a aids”. A matéria de capa fala mais
sobre isso. Dê uma lida.
Como esta é a última edição do ano, fizemos, para você, uma
entrevista com o nutrólogo João Curvo, que dá dicas para
quem gosta de enfiar o pé na jaca nesta época. Divirta-se
com moderação.
A equipe da Saber Viver deseja aos seus leitores e leitoras
“guerreiros da vida” um Ano Novo repleto de boas surpresas e
grandes realizações. Continuaremos juntos em 2007.
Saúde e paz!
Sumário
Você se alimenta bem? Faça o teste
3
Livre-se do mau hálito
4/5
Tenofovir + lamivudina + lopinavir/r
6/7
Prevenção Positiva: o melhor tratamento contra a aids 8/9
PATROCÍNIO:
Dicas para um final de ano saudável
10
Sua História
11
Diretora do Programa de Aids comenta
reeleição do Lula
12
Coluna Direito de Todos
Namoro ou amizade
APOIO:
13
14/15
Área Útil
16
CHAT NAMORO OU AMIZADE
Governo do Estado
de São Paulo
2
Agora ficou mais fácil encontrar
amigos ou a cara-metade
www.saberviver.org.br
Responda a este teste antes de responder a pergunta
A boa alimentação é um assunto que faz parte de todas as edições da Saber Viver.
Já está comprovado que os alimentos interferem diretamente no nosso organismo,
podendo afetar até o humor. Agora, você terá a oportunidade de checar se está no
caminho certo através do teste montado pela nutricionista Marlete Pereira, do
Hospital Clementino Fraga Filho da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Você acha que a primeira
refeição do dia é importante e
capricha na hora de tomar café
da manhã?
( ) Sim ( ) Não
1.
Come vários tipos de alimento
diferentes, como carnes, feijão,
2.
arroz, verduras e frutas?
( ) Sim
( ) Não
3.
Tem o hábito de mastigar bem os
alimentos?
( ) Sim ( ) Não
4.
Você come pelo menos duas frutas por
dia?
( ) Sim ( ) Não
5.
Inclui nas refeições, pelo menos, uma
porção de vegetal (hortaliças) crua por
9.
10.
11.
alimentação
Você se alimenta bem?
Bebe, no mínimo, 8 copos
de água por dia?
( ) Sim ( ) Não
Prefere alimentos naturais aos que
têm aditivos ou corantes artificiais?
( ) Sim ( ) Não
Evita alimentos como macarrão,
biscoitos e outros doces?
( ) Sim ( ) Não
Quando está tenso, evita comer
nessas horas porque sabe que a
tensão prejudica a digestão?
( ) Sim ( ) Não
12.
Procura relaxar no momento das
refeições, comendo com calma,
mesmo cansado ou ocupado?
( ) Sim ( ) Não
13.
dia?
( ) Sim
6.
( ) Não
Você come, pelo menos, uma porção
de legumes por dia?
( ) Sim ( ) Não
Evita beber líquido durante as
principais refeições (almoço e jantar)?
( ) Sim ( ) Não
7.
8.
Inclui carne de peixe na refeição pelo
menos duas vezes na semana ?
( ) Sim ( ) Não
ano 6 n 38 dez 2006 Saber Viver
SOME O NÚMERO DE RESPOSTAS
SIM E VEJA A SUA PONTUAÇÃO:
13 a 10 – PARABÉNS, você sabe o que fazer
para ter uma boa alimentação. Não deixe de
colocar em prática o seu conhecimento.
9 a 6 – BOM – Esforce-se um pouco. Lembrese que o que está em jogo é o bem mais
precioso que possui: sua saúde.
5 ou menos – RUIM – Você precisa mudar
seus hábitos alimentares o mais rápido
possível. Tente marcar uma consulta com a
nutricionista na unidade de saúde onde você
faz o seu tratamento. SV
3
bem-estar
Cuide de sua boca
e mande embora o mau hálito
No escurinho do cinema.
– Você comeu pizza de cebola, amor?
– Não, querido, por quê?
– De pertinho assim, poderia jurar que
comeu. Espere um minuto. Vou comprar
uma balinha de hortelã e já volto.
Saia justa essa, não é? Mas é melhor
seu namorado dizer do que um
desconhecido ir se afastando quando você
começa a falar, concorda?
O mau hálito é um assunto cercado de
4
“não me toques”, mas nada como um esclarecimento profissional sobre o assunto.
Segundo o cirurgião dentista e estomatologista Arley Silva Junior, o fim do mau
cheiro na boca depende muito mais de
atitudes da pessoa do que trabalho de
consultório. Ele esclarece que o mau hálito
pode surgir por causa de doenças na
gengiva (incluindo aí o acúmulo de placa
bacteriana que provoca o tártaro) ou dentes
cariados, ou pelo consumo de certos
Saber Viver ano 6 n 38 dez 2006
Dicas
simples
para se evitar o mau hálito
Alimentos com fibras ajudam a
evitar o mau hálito
Alguns alimentos são campeões em
causar mau hálito: alho, cebola e derivados
do leite são alguns exemplos bem
conhecidos. Mas, por outro lado, esses
alimentos são muito importantes para o
organismo. Para o estomatologista, o importante é buscar um equilíbrio, consumindoos sem excessos.
Especialista no atendimento a
soropositivos, Arley Silva Júnior conta que
a maior queixa dos pacientes com HIV é
o problema gástrico. “O consumo de alimentos mais fibrosos, facilitadores da
digestão, podem diminuir o mau hálito.
Entre os alimentos que contém fibras estão maçã, cereais (aveia e musli, por
exemplo), raízes (batata, aipim, cenoura),
verduras e frutas.”
Quando o problema é constante
Arley Silva Junior esclarece que existe,
sim, o mau hálito crônico, aquele que
parece que nunca vai acabar, mas isso
acontece em casos específicos. “Em alguns
diabéticos isso é comum. Mas uma boa
higiene bucal já diminuiu bem o
problema”, afirma. Segundo ele “o mau
hálito é um problema social. É preciso que
pessoas próximas, como marido, esposa,
namorado ou amigos, dêem um sinal que
algo não vai bem. Geralmente as pessoas
que têm mau hálito não conseguem
identificá-lo”.
Os remédios contra a aids e o
mau hálito
Alguns esquemas de tratamento com
anti-retrovirais desencadeiam alterações
que deixam a saliva mais grossa e reduzida.
“Nesses casos, a produção de saliva deve
ano 6 n 38 dez 2006 Saber Viver
bem-estar
alimentos. “Primeiro, a pessoa não pode
ficar muito tempo sem se alimentar e o
melhor é ter sempre horários certos para as
refeições”, sugere.
1.Mascar gengibre.
Beber 2 litros de água por dia
no mínimo. A água é o
MELHOR remédio.
2.
3.
4.
5.
6.
Usar pastilhas dietéticas com
sabores.
Pingar gotinhas de limão na
língua.
Comer maçã cortada em
cubinhos com limão.
Fazer bochechos com
produtos sem álcool.
ser estimulada para evitar o mau hálito”, diz
o especialista. Em casos mais graves, o
médico pode até prescrever saliva artificial,
encontrada em algumas farmácias comuns
ou de manipulação.
Evitar os alimentos que provocam o
mau hálito, fazer sempre uma boa
higienização (escovar os dentes toda vez
que acabar uma refeição) e visitar o
dentista, de preferência, de três em três
meses, são as melhores atitudes para
detectar qualquer problema e cuidar bem
da boca. SV
5
passo a passo
Tenofovir +
lamivudina +
lopinavir/r
O esquema deste número pode ser usado tanto por quem está iniciando
a terapia anti-retroviral, quanto por quem já passou anteriormente por
outras combinações (não muitas), mas não obteve um bom resultado.
O
tenofovir, outro anti-retroviral da classe
lopinavir/r é o inibidor da protease
inibidor da transcriptase reversa. “Atualmente
(uma das classes de anti-retrovirais)
há uma norma técnica do Ministério da
mais usado no Brasil. É uma meSaúde orientando a troca da zidovudina
dicação bem tolerada e possui diversos
para o tenofovir somente se o nível
estudos com pacientes que a utide hemoglobina (dado que
lizam há muito tempo, com sumostra se a pessoa está com
cesso. Seus principais efeitos
tenofovir:
anemia ou não) do paciente
colaterais são diarréia e
1 comprimido por dia
estiver abaixo de 8g/dL.
náuseas (principalmente
(de preferência com
Por isso, junto com o
nos primeiros meses de
alimentos)
lamivudina:
pedido de troca feito pelo
uso), alterações nos níveis
2 comprimidos
médico, deve estar anede colesterol e triglice 1 vez ao dia
xado
um laudo desse
rídeos e lipodistrofia. Prolopinavir/r:
exame”, explica o infectoblemas que podem ser
3 cápsulas
de 12 em 12 horas
logista Estevão Portela. O
atenuados com exercícios
(com alimentos)
médico esclarece ainda que
físicos e alimentação equilialgumas pessoas que já são
brada, mas que devem ser
anêmicas ou têm tendência para
controlados através de exames
anemia devem evitar a zidovudina.
periódicos.
Para elas, o esquema indicado é esse, com o
Quando o tenofovir é indicado
tenofovir.
Nos esquemas de resgate (quando o
A lamivudina, entre os anti-retrovirais de
paciente já utilizou outras combinações de
sua classe (inibidor da transcriptase reversa),
anti-retrovirais, anteriormente), em algumas
é sempre escolhida para início de terapia, pois
circunstâncias, dependendo principalmente
praticamente não provoca efeitos colaterais.
do exame de genotipagem*, pode não ser adeNormalmente, ela é usada junto com a
quado incluir a zidovudina. Nesses casos, sua
zidovudina. Porém, há pessoas que não tolesubstituição pelo tenofovir também é
ram a zidovudina, porque ela costuma causar
recomendada.
anemia. Nesse caso, a indicação é usar o
6
Saber Viver ano 6 n 38 dez 2006
O principal efeito colateral do tenofovir é
a toxicidade renal que ele pode provocar, principalmente quando é associado a um inibidor
da protease, como no esquema apresentado.
“O uso do tenofovir precisa ser acompanhado
por um monitoramento constante do sangue e
da urina para verificar os níveis de uréia e creatinina”, alerta o infectologista Estevão Portela.
Esse acompanhamento é ainda mais importante para pessoas que têm outras doenças ou
que tomam remédios que possam afetar o rim
(exemplo: diabetes e pressão alta e alguns antihipertensivos). Outro fator de risco que pode
acarretar problemas nos rins é quando o
paciente em uso do tenofovir tem baixo peso
(em geral, menos de 60 kg). Segundo Portela,
se não houver nenhum desses problemas, a
probabilidade de toxicidade renal é bem baixa.
“Mas de qualquer forma, exige monitoramento
periódico”, diz ele.
Quando a pessoa não pode usar o tenofovir, o médico pode optar por substituí-lo,
nesse esquema, pelo abacavir, outro inibidor
da transcriptase reversa.
* Genotipagem
O exame de genotipagem verifica a
resistência do HIV aos anti-retrovirais que
estão sendo ou já foram usados pelo paciente
e auxilia o médico na hora de escolher que
medicamentos indicar. SV
passo a passo
Efeito colateral do tenofovir
Meio-dia
Mônica trabalha durante a noite e
acorda tarde. Por isso escolheu esse
horário para tomar seus antiretrovirais, logo após uma refeição
leve: 1 comprimido de tenofovir, 2
comprimidos de lamivudina e 3
cápsulas de lopinavir/r
Meia-noite
Mônica está trabalhando e faz um
lanche para tomar as 3 cápsulas de
lopinavir/r.
ano 6 n 38 dez 2006 Saber Viver
7
comportamento
Cazu Barroz: "Adoro dançar e vou à
Lapa sempre às sextas-feiras"
VIVER
e não ter a vergonha
de ser feliz
O
verso é do compositor Gonzaguinha e
poderia ser tema da
campanha do Dia Mundial
de Luta contra a Aids que
este ano divulga o conceito
de “Prevenção Positiva”.
Junto com o ditado popular
prevenir é melhor que remediar, a campanha estaria
completa. Isso porque, reforçando uma série de atitudes,
como boa higiene, alimentação balanceada e exercícios
físicos regulares, uma pessoa
vivendo com HIV/aids terá
uma vida mais saudável.
Assim, aumentam as chances de um relacionamento
afetivo, de um novo trabalho,
de voltar a estudar e planejar
filhos. Ou seja, ser feliz! Para
8
a psicóloga Denise Serafim,
da Unidade de Prevenção do
Programa Nacional de DST/
Aids, a Prevenção Positiva
passa a idéia de viver a vida
com tudo que ela traz de
bom, reforçando o cuidado e
transformando a pessoa
vivendo com HIV/aids em
um agente de otimismo para
outros soropositivos. “O Ministério da Saúde vai trabalhar este tema em 2007 e
pretende intensificar a idéia
de prevenção entre as pessoas que já vivem com
HIV/aids, atuando também
em políticas e movimentos
contra a discriminação”.
O assessor técnico do
Programa Nacional de DST
e Aids, o médico Ronaldo
Hallal, acredita que o desenvolvimento técnico, como
exames de carga viral, tratamentos com medicamentos
mais eficazes e o teste de genotipagem (veja o que é isso
na página 7), melhorou as
condições de tratamento de
quem que vive com HIV/
aids. Mas o médico reforça
que o avanço da ciência só
será realmente eficiente se
estiver aliado a uma rede de
apoio social e à participação
direta de quem vive com HIV
nas ações do governo e da
sociedade em geral. Segundo
Hallal, a Prevenção Positiva
servirá para renovar a política
brasileira de combate à aids.
Personagens da
própria história
Pela primeira vez, a campanha brasileira do Dia
Mundial de Luta contra a
Aids, promovida pelo Governo Federal, contou com a
participação de personagens
que vivem com HIV, que
ilustraram vídeos para TV e
materiais publicitários. Com
o slogan “A Vida é Mais Forte
que a Aids”, Cazu Barroz,
ator carioca de 34 anos, e
Beatriz Pacheco, advogada
gaúcha de 60 anos, deram
depoimentos e falaram da
importância de usar camisinha nas relações sexuais e
não discriminar os portadores
do HIV. Ambos já participaram da Saber Viver, incluSaber Viver ano 6 n 38 dez 2006
“Vergonha é ser
preconceituoso”
Nascida em Porto Alegre,
Beatriz Pacheco vive com HIV
há 9 anos. Integrante da Rede
Nacional de Pessoas Vivendo
com HIV/ Aids e do Movimento Cidadãs Posithivas, ela
desenvolve ações de prevenção da aids direcionadas a mulheres e a pessoas da terceira
idade. Mãe de quatro filhos e
avó de três netos, Beatriz
aprendeu que não deveria se
esconder por causa da infecção: “O HIV não deve ser visto como uma vergonha. Vergonha é ser preconceituoso e
não perceber que o que aconteceu comigo pode acontecer
com qualquer outra pessoa
que não usa o preservativo na
hora do sexo”. Junto com o
marido, ela diz que foi conquistando novamente o seu
lugar na sociedade. “Gritamos
para o mundo que as pessoas
com HIV/ aids são iguais às
outras, são cidadãos com direitos e obrigações e devem ser
respeitadas como tal”, desabafa a gaúcha.
Alimentação, exercícios
e medicamentos: adesão
à vida
Cazu, soropositivo há 17
anos, diz que não abre mão
de ser feliz, mesmo que
ano 6 n 38 dez 2006 Saber Viver
atualmente tenha que mudar
o esquema de medicamentos
e aguarda o resultado de uma
genotipagem para saber se
vai poder usar uma nova
medicação.
A partir do momento em
que soube estar com o vírus,
começou a trabalhar como
ativista do movimento de aids
e, atualmente, desenvolve
projetos através da Federação
Nacional dos Bandeirantes
relacionados à informação e à
prevenção. “Faço atividade
física para prevenir a lipodistrofia e não abro mão de uma
alimentação saudável”, revela.
Cazu conta que, apesar de o
relacionamento amoroso ter
acabado recentemente, ainda
quer amar muito. “Adoro dançar e vou à Lapa (bairro da
boemia carioca) sempre às
sextas-feiras para sambar e
ouvir música”, confessa o ator,
afirmando ter adesão à vida.
“Acredito que as lutas
e os desafios fazem a
vida valer a pena”
parte deste pacote. “Eles
garantem a vida. Os efeitos
colaterais que causam me
estimulam a buscar mais informação e a trocar experiências com outras pessoas”. Regina descobriu a infecção pelo HIV há cerca de dez anos.
Segundo ela, o impacto da
notícia a fez tomar a decisão
de assumir a responsabilidade por sua vida. “Tenho filhos, adoro trabalhar como
educadora e me relacionar
com a comunidade escolar”.
Há três anos, ela se integrou
à Rede Nacional de Pessoas
Vivendo com HIV/Aids e ao
Movimento Nacional Cidadãs Posithiva da Bahia. “Não
tenho nenhuma dúvida de
que trabalhar, estudar, ser voluntária do movimento social
e, ao mesmo tempo, ser mãe,
acampar, tomar banho de
mar e conhecer o novo, são
os combustíveis para a manutenção da minha vida”,
finaliza. SV
comportamento
sive, Cazu foi capa da primeira revista. Beatriz participou, ativamente, das três
edições especiais da Saber
Viver Mulher, sugerindo
temas, dando depoimentos e
incentivando o projeto.
A professora Regina Lasmar, 46 anos, moradora de
Salvador, também se considera aderente à vida: “acredito que as lutas e os desafios
fazem a vida valer a pena.
Defendo a dignidade humana e a importância do contato com a natureza”. Segundo ela, os medicamentos
contra a aids também fazem
Beatriz Pacheco: "as pessoas com HIV/
aids são iguais às outras, são cidadãos
com direitos e obrigações e devem
ser respeitadas como tal”
9
Blog O Globo
entrevista
Aproveite as festas de final de
ano de forma saudável
SV: Dê uma dica especial
para aproveitar as comidas de final de ano sem
sentir os efeitos do dia
seguinte ou ganhar peso?
JC- O importante é comer
com prazer e sem extrapolar.
Um pouco de cada e não
repetir o prato. Na hora da
sobremesa, faça um prato
pequeno, mas experimente
vários pedacinhos. Comer
demais deixa a barriga pesada,
e isso deve ser evitado.
SV: Para começar o dia,
depois da ceia, qual o
cardápio ideal?
Para o soropositivo, ou para
o adolescente, eu indico
começar com uma desintoxicação: comer frutas da
estação, como laranja, banana, ou uma salada de frutas.
Uma xícara de granola ou
cereais também será muito
bem-vinda.
10
Todo mundo já fez uma promessa de
fim de ano: “prometo começar uma
dieta, fazer mais exercícios...”. Mas o
médico nutrólogo João Curvo dá uma
dica: nada de promessas que envolvam
dietas nesses dias de festa. Com o foco na
saúde, o especialista em bem-estar dá
dicas preciosas de como aproveitar os
festejos de final de ano e entrar em 2007 com
o pé direito e o organismo fortalecido.
SV: E no decorrer do dia,
como deve ser a alimentação?
Pessoas com o peso normal
devem optar, nos intervalos
das principais refeições, por
um suco de melancia ou de
abacaxi, que são ótimos. É
importante lembrar que o
organismo precisa de um
pouco de açúcar para refazer a
energia. Essas frutas ajudam a
recuperar o fígado e o aparelho
digestivo. Sugiro também que,
no almoço, a escolha seja uma
salada de folhas verdes e
tomates. Pode acrescentar
brócolis ou couve-flor. Quando se come na rua, prefira os
vegetais (ou legumes cozidos).
SV: E para quem bebeu
além da conta?
Primeiro, nunca beba
demais. A ressaca do dia
seguinte não compensa. E
apesar de todo mundo
sempre pedir uma dica
milagrosa para curar o enjôo,
isso não existe. Não adianta
deixar de comer. Se estiver
enjoado, tome uma sopa ou
uma canja de galinha. Pode
acrescentar uma torrada e até
um chazinho de erva doce.
SV: E como repor o sono
perdido?
O sono é essencial para
reparar as energias. Para
voltar à normalidade, durma
de seis a oito horas seguidas.
Dormir um pouquinho com
intervalos não adianta e só
acumula o cansaço.
SV: Qual é o conselho
para o leitor que quer
uma vida mais saudável
em 2007?
Tenha mais atenção com seu
próprio corpo porque ele é a
sede da nossa energia.
Cuidar da matéria é imprescindível para a felicidade.
Feliz 2007. SV
Saber Viver ano 6 n 38 dez 2006
sua história
As
mulheres
e a aids
u vivo com HIV. Não tive
nenhuma intenção de me
expor a essa infecção: não
fui violentada fisicamente; conhecia as
formas de transmissão e como evitar o
HIV; tinha autonomia financeira,
intelectual e social; uma boa relação com
familiares e amigos. Mesmo assim, não consegui
exigir o uso do preservativo numa relação amorosa, baseada
na confiança, na reciprocidade e na realização de projetos futuros.
Não pretendo ficar exposta às doenças oportunistas, ou seja, ter aids. Mas hoje,
depois de 10 anos de convivência com o HIV, sei que isso não depende apenas das
tomadas corretas do coquetel e da manutenção de uma boa qualidade de vida.
Precisamos entender também a aids como uma epidemia social. Assim, penso nas
mulheres trabalhadoras rurais e sem teto, que partilham o medo da fome, do frio, das
doenças com seus filhos; penso nas jovens adolescentes que, apesar de todos os esforços,
continuam sendo exploradas sexualmente, algumas vezes pelos próprios familiares ou
namorados; enfim, penso nas muitas mulheres pelo Brasil, nas filas dos hospitais
públicos ainda chegando para morrer de aids, ou mais especificamente, de suas causas
e interfaces sociais. O quanto isso tem a ver com a nossa sociedade machista que confere
aos homens o exercício da coerção pela força, da infidelidade, do “direito de posse” do
corpo de outra pessoa? Enquanto isso, o lugar da mulher é de abnegação e sujeição,
sendo estimuladas a serem frágeis, puras e submissas, reconhecidas nessa sociedade
apenas como mãe e esposa. Quase a totalidade de nós, apesar de cientes dos riscos a
que estamos expostas, não tem condições emocionais, nem apoio social para assumir a
proteção dos próprios corpos.
Enfim, acredito que de nada adianta continuarem “receitando” o uso da camisinha
enquanto não começarmos a mudar nossas vidas e nossa sociedade. Nós, mulheres,
tornamo-nos - muito rapidamente – a metade da população infectada do planeta.
Logo, precisamos de medidas imediatas que nos ajudem a conquistar a nossa
autonomia individual e coletiva. Dói ser mulher num mundo que valoriza uma
aparência feminina “apetitosa” e “comportada”. Mas essa regra pode ser mudada.
Depende da decisão e do esforço de todas e todos nós.
E
Regina Lasmar é da Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV/Aids
da Bahia e pertence ao Movimento das Cidadãs Poshitivas.
Salvador (BA) – por e-mail.
ano 6 n 38 dez 2006 Saber Viver
11
evento
Congresso de Prevenção de DST/aids reúne gente dos
quatro cantos do país
A diversidade tomou conta do evento, que aconteceu no início de novembro em
Belo Horizonte
Í
Adriana Gomez
ndios recitam poesia na abertura do congresso, alertando para a
relação entre a aids e a degradação do meio ambiente. Profissionais do sexo se transformam em modelos e invadem a passarela
no desfile da Daspu, grife criada pela ONG Davida. Carlos, um dos
participantes do evento, divulga a importância da prevenção à aids e
o cuidado com o meio ambiente pedalando pelas ruas de Magé
(município próximo ao Rio de Janeiro), assim como Kakau Moraes
compõe raps que falam dos cuidados com a saúde que toda a jovem
deve ter. Esses são apenas alguns exemplos do público que tomou
conta do Minascentro, centro de convenções de Belo Horizonte,
onde foi realizado VI Congresso Brasileiro de DST/Aids entre os dias
4 e 7 de novembro. Essa diversidade serviu para mostrar o quanto a
aids se tornou uma preocupação de todos. Cerca de 5 mil pessoas participaram do evento.
Ministério lança Plano para enfrentar a aids em
mulheres
Foto: Arquivo
Durante o congresso, o Ministério da Saúde lançou um plano
nacional de ações e metas para enfrentar o crescimento da epidemia
de aids entre as mulheres nos próximos dois anos. A ministra Nilcéa
Freire, da Secretaria Especial de Políticas para Mulheres da Presidência da República, participou do lançamento em Belo Horizonte.
Uma das metas do plano é reduzir a taxa de transmissão vertical
do HIV para menos de 1% em 2007. Implantar um atendimento
específico a mulheres vítimas de violência no país e ampliar a realização de testes de HIV e de exames ginecológicos também faz parte das
ações que o Programa Nacional de DST/Aids pretende colocar em
prática a partir de 2007. Para isso, o Ministério precisará contar com
a dedicação e a boa vontade dos estados e municípios, que receberão
recursos específicos para conter a aids entre a população feminina. SV
12
Foto 1- Lavadeiras do Vale do
Jequitinhonha (MG) cantam na
abertura do evento;
Foto 2 - Kakau Moraes exibe a
tatuagem que estimula o uso do
preservativo;
Foto 3 - A platéria lotou o
Minascentro.
Coordenadora do PNDST/Aids comenta reeleição de Lula
Mariângela Simão, coordenadora do Programa Nacional de DST/Aids, comentou, com
exclusividade para a Saber Viver, o que espera da reeleição de Luiz Inácio Lula da Silva.
“No primeiro mandato, o presidente Lula deixou claro que a luta contra a aids é uma
política de Estado, não de Governo. Em sua gestão, o orçamento do Programa
Nacional de DST/Aids (PN) dobrou. Isso nunca aconteceu desde a criação do PN.
Este Governo conseguiu uma integração maior nas políticas públicas. O combate
à homofobia nunca foi tão claro em um Governo. Percebo também que estamos trabalhando mais articulados com outros ministérios. Enfim, as
perspectivas são boas”.
Saber Viver ano 6 n 38 dez 2006
A Gestante Soropositiva
A
* advogado em São Paulo, é consultor jurídico em HIV/aids.
E-mails para esta coluna: [email protected]
ano 6 n 38 dez 2006 Saber Viver
E
cidadania
gestante soropositiva, desde a concepção até o nascimento de seu bebê, e mesmo no pós-parto, deve adotar uma série de cuidados para evitar a transmissão
do vírus para seu filho, pois há o risco da chamada transmissão vertical. A transmissão vertical é aquela que pode
ocorrer em três momentos: durante a gestação, no parto
ou durante o aleitamento do recém-nascido.
O Programa Nacional de DST/Aids elaborou, neste ano, o
documento “Recomendações para a profilaxia da transmissão vertical e terapia anti-retroviral em gestantes”, que dispõe sobre os procedimentos a serem cumpridos no trato
da gestante soropositiva.
Toda gestante deve realizar, ao menos uma vez durante o
pré-natal, o exame para a detecção do HIV. Se constatada
sua soropositividade, deve ser orientada por profissionais
especializados, pois a possibilidade de transmissão do HIV
da mãe para o filho se reduz de 25,5% a cerca de 2%, caso
sejam tomados todos os cuidados indicados.
Durante a gestação, a mulher grávida soropositiva tem a
oportunidade de receber medicamentos que ajudam na
redução da possibilidade de infecção de seu filho pelo HIV. A
gestante deve, também, estar ciente da possibilidade da
realização de cesárea eletiva (realizada antes do início do
trabalho de parto), como modo de evitar a transmissão do
HIV para seu filho. Após o parto, a mãe deve se abster de
amamentar seu filho com leite materno, utilizando-se de
leite do tipo “fórmula infantil”.
Esses procedimentos estão previstos no documento elaborado pelo Programa Nacional de DST/Aids, bem como na
Portaria 1.071, de 2003, do Ministério da Saúde, e na Resolução de no. 1665/2003, do Conselho Federal de Medicina.
Na órbita legislativa federal, porém, existem apenas projetos-leis que visam tornar obrigatório o teste-diagnóstico de
mulheres grávidas (como consta no projeto de lei de no.
109/99) e a distribuição gratuita de leite para os nascituros
de mães soropositivas (conforme os projetos de lei de no.
68/1999 e 2.163/99).
Quanto à legislação estadual, no Estado de São Paulo, por
exemplo, a lei de no. 10.499/1999 torna obrigatório o oferecimento, para todas as gestantes, do teste de detecção do
vírus HIV.
m 13 de novembro de
1996, a Lei 9.313 entrou
em vigor. Chamada de
Lei Sarney, por ser de autoria do
então senador José Sarney, ela
garante aos portadores do HIV e
doentes de aids o direito de receber os medicamentos para o tratamento da doença através do
Sistema Único de Saúde. A celebração dos dez anos de promulgação da lei foi marcada pelo
alerta sobre a sustentabilidade
do Programa Nacional de
DST/Aids. No dia 13 de novembro, em São Paulo, foi realizada
uma Plenária Pública em Defesa
do Acesso aos Medicamentos
em HIV/Aids no Brasil, com a
assinatura de um manifesto da
sociedade civil que será enviado
a parlamentares e governantes
eleitos em 2006. O documento
alerta para a importância de
investimentos na indústria nacional para produção de medicamentos contra a aids. Na ocasião, foi lançada a publicação
Propriedade Intelectual, Patentes & Acesso Universal a Medicamentos, uma realização conjunta do Grupo de Incentivo à
Vida (GIV) e Grupo Pela Vidda/
SP, junto com o Centro de Referência e Treinamento (CRT/SP).
A obra trata dos impactos da
propriedade intelectual e das
patentes sobre políticas de
acesso a medicamentos no
Brasil. Mais informações sobre
a publicação: [email protected] e
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curtas
Lei que garante a
distribuição dos
remédios contra a aids
completa 10 anos
13
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documento de identidade. A Saber Viver manterá esses dados sob sigilo.
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crianças carentes vítimas da aids em
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crianças e adolescentes soropositivos,
com assistência extensiva aos seus
familiares. Executa projetos especiais
voltados para crianças, mulheres
grávidas com HIV positivo e famílias
que convivem com a Aids. Localizada
no Jardim Morumby III. Informações:
(15) 3218-1893.
Programa
de Rádio
“Silvia e
Você”
Laboratório de reprodução
A Faculdade de Medicina da Fundação
do ABC, em Santo André (SP), inaugurou
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América Latina para reprodução
assistida de pacientes infectados por
HIV e hepatites B, C e HTLV.
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para pacientes infectados representa
nova etapa de uma vida normal para
doentes de aids e de hepatites virais.
Mais informações e inscrições no
telefone (11) 4438-7299 - de segunda
a sexta-feira, das 9h às 16h.
Silvia Almeida, soropositiva, militante na luta contra a aids e capa
da Saber Viver de maio de 2001, é
âncora da rádio-revista Silvia e
Você. Direcionado às mulheres, o
programa trata de temas como
machismo, sexualidade, amor e
solidariedade. A iniciativa pertence ao Projeto Pra Tocar no Rádio,
coordenado pela ONG Ecos –
Comunicação e Sexualidade.
ONGs e unidades de saúde podem
receber o CD do programa
gratuitamente. Informações:
[email protected].
NOVOS NÚMEROS DA AIDS NO MUNDO
• 39,5 milhões de pessoas vivem com HIV/aids no mundo
• 63% vivem na África Subsaariana
• 4,3 milhões de novos casos de aids foram descobertos em 2006
• 1 milhão 720 mil (40%) são jovens de 15 a 24 anos
• Dois milhões de anos de vida foram ganhos desde 2002 nos países de renda
baixa e média por causa do acesso ao tratamento.
Dados do Brasil:
• Estima-se que 620 mil pessoas viviam com HIV/aids no Brasil em 2005
• Cerca de um terço dos adultos no Brasil já foi testado para o HIV.
• O acesso aos medicamentos no país diminuiu a taxa de transmissão do vírus HIV
de mãe para filho (durante a gravidez e parto) de 16% em 2007 para 4% em 2002.
A taxa de mortalidade caiu 50% entre 1996 e 2002.
• Caiu em 80% a taxa de hospitalizações também no período entre 1996 e 2002.
Fonte: Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (UNAIDS) e
Programa Nacional de DST/Aids
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