O Cachorro, novo membro da família
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O Cachorro, novo membro da família
| Açores magazine | | Açores magazine | CONSULTÓRIO CONSULTÓRIO O Cachorro, novo membro da família Francisco Teves Médico veterinário À semelhança dos gatinhos, um cachorro é um excelente complemento às famílias como animal de companhia. Tendo uma natureza alegre, curiosa e agitada, os cachorros facilmente se integram nos lares. O primeiro ano de vida é o mais exigente no acompanhamento do animal, tanto a nível nutricional como educacional, social e sanitário. A nível veterinário, a programação de determinados procedimentos é muito importante para o bom crescimento do cachorro, bem como a prevenção de doenças típicas da espécie e da tenra idade. Assim, descrever-se-ão em seguida alguns pontos-chave no primeiro ano de vida dos cachorros. ALIMENTAÇÃO Os cachorros precisam de uma dieta específica, diferente da dos adultos, rica pelo menos em energia para crescerem saudáveis e fortes. Existem dietas concentradas (rações) já muito desenvolvidas especificamente para o tipo de cachorro (de raças miniatura, pequena, média, grande, ou gigante), muitas vezes tendo em conta as necessidades específicas de determinadas raças. As rações de qualidade são uma aposta ganha no crescimento dos cachorros, dando-lhes tudo o que é necessário ao seu fortalecimento, evitando recorrer a aditivos ou suplementos nutritivos. SOCIALIZAÇÃO Se desejamos ter um cão adulto bem comportado, simpático e sociável, devemos ter em consideração que o treino dos cachorros a partir dos a meses é importante. Para os donos que possam não ter a habilidade de os treinar, podem recorrer a profissionais que o fazem (tendo aulas de treino), para que o cão aprenda as regras básicas de convivência e permanência em família. CUIDADOS DENTÁRIOS Os cães têm duas dentições ao longo da vida. Os primeiros dentes do cachorro aparecem por volta do primeiro mês de idade e são substituídos entre os e meses pela dentição definitiva. Esta fase desperta maior vontade do cachorro para roer. Por esse motivo, durante a muda da dentição há que disponibilizar brinquedos para o cachorro morder, evitando danos noutros objectos em casa. Há que vigiar se os dentes do cachorro aos meses já foram todos substituídos porque, caso contrário, deve procurar a opinião de um médico veterinário que ponderará a extracção dos que subsistirem. DESPARASITAÇÃO O cachorro está exposto a múltiplas formas de infestação por parasitas internos e externos, pelo que é boa prática estabelecer a rotina de desparasitar mediante o programa recomendado pelo seu médico veterinário. Esta prática é relativamente importante quando o animal tem contacto regular com as pessoas, em especial crianças ou adultos debilitados, porque alguns dos parasitas dos cães podem causar doenças em humanos. Um dos esquemas propostos para a desparasitação interna dos cachorros tem início aos 1 dias de vida, é repetido a cada 1 dias até semanas após eles serem separados da mãe. A partir dessa altura podem ser desparasitados mensalmente até aos meses. Daqui em diante deverá ser trimestral. VACINAÇÃO A vacinação é a barreira contra as doenças que melhor protege o cachorro depois de separado da mãe. Enquanto mamam, os cachorros recebem da mãe (por via do leite materno, especialmente das mães vacinadas) anticorpos que os protegem de determinadas doenças. A partir do desmame (termo para a separação do cachorro da mãe) o cachorro deixa de receber esses anticorpos, pelo que a sua quantidade diminui radicalmente. É por esse motivo que ao desmame os cachorros devem ser vacinados de forma a desenvolver mais rapidamente a sua imunidade própria. Por volta dos dias de vida (1 mês e meio de idade), os cachorros já não estão a mamar e têm níveis baixos de anticorpos. Nessa altura podem ser vacinados contra a esgana e a parvovirose. Aos meses de idade pode ser dada uma vacina que reforce a esgana e a parvovirose, mas que vacine também pelo menos para a hepatite canina e para a leptospirose (vacina esta designada de tetravalente por vacinar para doenças). Passadas mais a semanas deve ser dado um reforço da vacina tetravalente. Nessa mesma altura, poderá ser aplicada a vacina da raiva, que é obrigatória por lei e que pode ser aplicada a partir dos meses. A vacina da raiva não necessita reforço. Estas vacinas têm uma validade de um ano, devendo todos os cães ser vacinados todos os anos. Enquanto o esquema de vacinação do cachorro não estiver completo (com todos os reforços previstos), deverá evitar que ele passeie fora de casa e que brinque com outros cães não vacinados. ACOMPANHAMENTO VETERINÁRIO Ter um novo animal de estimação em casa envolve novas experiências e dúvidas. Para o melhor desenvolvimento do seu cachorro é muito importante que em situações de dúvida ou de comportamentos estranhos consulte o seu médico veterinário. ÷• PUBLICIDADE •÷ IDENTIFICAÇÃO Além de ser importante, é obrigatório por lei que os seus cães sejam identificados. Deve ser feito logo em cachorros, por identificação electrónica (por aplicação do microchip). Pode ser associada a identificação na coleira do animal com informação dele e do proprietário. A aplicação do microchip é a forma mais segura, inaparente e indolor de garantir que o seu animal seja identificável mesmo quando se perde e é localizado. CASTRAÇÃO Os cães, machos e fêmeas, atingem a sua maturidade sexual entre os meses e 1 ano de idade, sendo capazes de se reproduzir. Ao ano de idade, é a melhor altura para se tomar a decisão de castrar os cães ou cadelas. No entanto, é uma decisão irreversível, pelo que deve ser bastante ponderada, mas tem imensos benefícios. Evita gravidezes indesejadas, a criação de ninhadas, as destabilizações nas alturas dos cios e pode prevenir algumas patologias. 28 29 de novembro de 11 de novembro de 11
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