Fontes e Editores da Página

Transcrição

Fontes e Editores da Página
Arte
PDF gerado usando o pacote de ferramentas em código livre mwlib. Veja http://code.pediapress.com/ para mais informação.
PDF generated at: Wed, 21 Jul 2010 14:10:24 UTC
Conteúdo
Páginas
Estética
1
Arte
5
Referências
Fontes e Editores da Página
16
Fontes, licenças e editores da imagem
17
Licenças das páginas
Licença
18
Estética
Estética
Estética (do grego αισθητική ou aisthésis: percepção,
sensação) é um ramo da filosofia que tem por objeto o
estudo da natureza do belo e dos fundamentos da arte. Ela
estuda o julgamento e a percepção do que é considerado
belo, a produção das emoções pelos fenômenos estéticos,
bem como as diferentes formas de arte e da técnica artística;
a idéia de obra de arte e de criação; a relação entre matérias
e formas nas artes. Por outro lado, a estética também pode
ocupar-se do sublime, ou da privação da beleza, ou seja, o
que pode ser considerado feio, ou até mesmo ridículo.[1]
Estética Normativa:É o campo da filosofia que enriquece
nas letras no corpo e nas pinturas Estética Profana:É o
campo estetico consitituido por dois polos:a sensação de um
corpo nu, o julgamento em que o ser humano provoca atrito
de olhar os orgaos genitais
Na antiguidade
Especialmente com Platão, Aristóteles e Plotino - a estética
David de Michelangelo.
era estudada fundida com a lógica e a ética. O belo, o bom e
o verdadeiro formavam uma unidade com a obra. A
essência do belo seria alcançado identificando-o com o bom, tendo em conta os valores morais. Na Idade Média
surgiu a intenção de estudar a estética independente de outros ramos filosóficos.
No âmbito do Belo, dois aspectos fundamentais podem ser particularmente destacados:
• a estética iniciou-se como teoria que se tornava ciência normativa às custas da lógica e da moral - os valores
humanos fundamentais: o verdadeiro, o bom, o belo. Centrava em certo tipo de julgamento de valor que
enunciaria as normas gerais do belo (ver cânone estético);
• a estética assumiu características também de uma metafísica do belo, que se esforçava para desvendar a fonte
original de todas as belezas sensíveis: reflexo do inteligível na matéria (Platão), manifestação sensível da idéia
(Hegel), o belo natural e o belo arbitrário (humano), etc.
Mas este caráter metafísico e conseqüentemente dogmático da estética transformou-se posteriormente em uma
filosofia da arte, onde se procura descobrir as regras da arte na própria ação criadora (Poética) e em sua recepção,
sob o risco de impor construções a priori sobre o que é o belo. Neste caso, a filosofia da arte se tornou uma reflexão
sobre os procedimentos técnicos elaborados pelo homem, e sobre as condições sociais que fazem um certo tipo de
ação ser considerada artística.
Para além da obra já referida de Baumgarten - infelizmente não editada em português -, são importantes as obras
Hípias Maior, O Banquete e Fedro, de Platão, a Poética, de Aristóteles, a Crítica da Faculdade do Juízo, de Kant e
Cursos de Estética de Hegel.
1
Estética
2
Estiticas na história e na filosofia
Embora os pensadores tenham ponderado a beleza e a arte por milhares de anos, o assunto da estética não foi
totalmente separado da disciplina filosófica até o século XVIII.
Grécia antiga
Sócrates um dos mais notórios pensadores gregos foi um dos primeiros a
refletir sobre as questões da estética. Nos diálogos de Sócrates com Hípias, há
uma refutação dos conceitos tradicionalmente atribuídos ao belo, ele não irá
definir o que é belo julgando-se incapaz de explicar o belo em si.
Platão entendeu que os objetos incorporavam uma proporção, harmonia, e
união, buscou entender estes critérios. O belo para Platão estava no plano do
ideal, mais propriamente a idéia do belo em si, era colocada por ele como
absoluto e eterno, não dependeria dos objetos, ou seja, da materialidade, era a
própria idéia de perfeição, estava plenamente completo, restando ao mundo
sensível apenas a imitação ou a cópia desta beleza perfeita.
Platão dissociava o belo do mundo sensível, sua existência ficava confinada
ao mundo das idéias, associando-se ao bem, a verdade, ao imutável e a
perfeição.
Sócrates
Para Platão somente a partir do ideal de beleza suprema é que seria possível
emitir um juízo estético, portanto definir o que era ou não belo, ou o que conteria maior ou menor beleza. Por estar
fora do mundo sensível o belo platoniano está separado também da intromissão do julgamento humano cujo estado é
passivo diante do belo. Ele estabelecia uma união inseparável entre o belo, a beleza, o amor e o saber.
O belo em Platão serviria para conduzir o homem à perfeição, ao qual restaria a cópia fiel e a simulação, estas
concepções filosóficas vão permear a arte grega e ocidental por um longo período, até o século XVIII, com
momentos históricos de maior ou menor ênfase no fazer artístico.
Aristóteles, discípulo de Platão, ao contrário de seu mestre, concebeu o belo a
partir da realidade sensível, deixando este de ser algo abstrato para se tornar
concreto, o belo materializa-se, a beleza no pensamento aristotélico já não era
imutável, nem eterna, podendo evoluir.
Aristóteles dará o primeiro passo para a ruptura do belo associado à idéia de
perfeição, trará o belo para a esfera mundana, colocará a criação artística sob
a égide humana, já não mais separado do homem mas intrínseco a ele.
Com Aristóteles abrem-se às perspectivas dos critérios de julgamento do fazer
artístico, conferindo ao artista a possibilidade de individuação. O belo
aristotélico seguirá critérios de simetria, composição, ordenação, proposição,
equilíbrio.
Aristóteles - O estagirita
As concepções do belo de Aristóteles ficam por um longo período esquecidas,
sendo somente retomadas ao final da Idade Média.
Estética
Contemporaneidade
Filosofia do belo na arte é a designação aplicada a partir do século XVIII, por Baumgarten, à ciência filosófica que
compreendeu o estudo das obras de arte e o conhecimento dos aspectos da realidade sensorial classificáveis em
termos de belo ou feio.
Os conceitos do belo seguem o rumo da apreciação, da fruição e da busca pelo juízo universal, pela verdade última
de sua definição. A revolução francesa traz novos ares ao mundo, e o engatinhar da revolução industrial traz novas
luzes ao pensamento humano. Vários filósofos se preocuparam com o belo durante este período, entre eles cita-se
Hume e Burke, que deixaram, cada um contribuições valiosas na tentativa de definição dos conceitos e parâmetros
do belo, mas nenhum foi tão importante quanto Kant, cuja contribuição foi decisiva nas tentativas de explicação do
belo.
A maioria dos autores das teorias estéticas tomam Kant como referencial
principal em suas obras, após Kant apresentar suas teorias nenhum outro
filósofo depois dele deixou de o citar, refutando ou concordando, todos o
mencionam. Os conceitos sobre o belo elaborados por Kant transformaram
em definitivo o juízo estético. Kant irá mudar as bases do juízo estético
ocidental que até ele vinculavam as obras de arte e a beleza natural ao
sobrenatural. A beleza até então era algo que a razão não poderia
compreender, a arte era quem transpunha o incognoscível absoluto e pelos
símbolos trazia o ideal para o real. O que tornava a arte apreciável até então
era o prazer do deleite com o belo, a influência moral que exercia sobre
natureza humana.
Para Kant o juízo estético é oriundo do sentimento, e funciona no ser humano
Immanuel Kant
como intermediário entre a razão e o intelecto. A função da razão é prática já
função do intelecto é elaborar teorias sobre os fenômenos. Os fenômenos que
são percebidos pelos sentidos através da intuição, transformam-se em algo compreensível o que permitiria a emissão
de um juízo estético. Tal juízo não conduziria a um conhecimento intrínseco do objeto, portanto não teria um valor
cognitivo, nem tampouco seria um juízo sobre a perfeição do objeto ou fenômeno, sendo correto independentemente
dos conceitos ou das sensações produzidas pelos objetos.
Os sentimentos de prazer e desprazer em Kant estão ligados as sensações estéticas e pertencem ao sujeito, são estes
sentimentos subjetivos, não lógicos que emitem o conceito do belo, são eles que formam o juízo do gosto. A
percepção de um objeto ou fenômeno que instiga a sensação de prazer provoca a fruição ou gozo e a essas sensações
damos os nomes de belo, bonito e beleza. A questão do belo seria então algo subjetivo, e por ser subjetivo é
livremente atribuído, sem parâmetro, fundado na “norma pessoal”. São os sentimentos oriundos das sensações
agradáveis que emitem o juízo do belo, induzindo o desejo de permanecer usufruindo tais sensações. O interesse
imediato diante das sensações prazerosas é a continuidade.
Kant afirmava ser impossível encontrar regras teóricas para a construção de belos objetos. E é impossível porque,
quando julgo que um objeto se inclui em certo princípio geral ou se conforma com esta ou aquela regra, estou
fazendo um juízo intelectual dessa ordem, não posso “inferir que ele é belo”. A beleza não dependeria de provas
intelectivas, mas sim do senso de prazer gerado. O prazer é a ligação principal que Kant faz com o belo, por ser um
prazer subjetivo, ele é desprovido do sentido de conhecimento, não está vinculado à realidade de um objeto ou
fenômeno, o prazer que o belo proporciona vem apenas das representações sensivelmente apreendidas.
3
Estética
4
Hegel foi outro grande filósofo que após Kant, dedicou-se ao estudo do belo,
Hegel parece concordar de certa maneira com Platão, ao abordar a questão do
ideal e do belo. Sobre a beleza Hegel diz que: “a beleza só pode se exprimir
na forma, porque ela só é manifestação exterior através do idealismo objetivo
do ser vivente e se oferece à nossa intuição e contemplação sensíveis”
Georg Wilhelm Friedrich HegelGeorg
Hegel
Uma profunda análise sobre o ideal é um dos focos de Hegel, ao ideal ele
atribui todos os conceitos morais e espirituais, pertencentes à natureza
humana que são transfigurado pelo imaginário em formas atribuídas a deuses
ou seres superiores a si mesmo, tal ideal segundo ele seria uma tentativa de
transpor a realidade dura e cruel da vida cotidiana e ao mesmo tempo projetar
para si mesmo exemplos a serem seguidos. A beleza funciona para Hegel
como a expressão máxima do Ideal. O ideal clássico “só representa o modo de
ser do espírito, o que nele há de sublime funde-se na beleza, é diretamente
transformado em beleza”.
Para Hegel o belo é algo espiritual, para definir o belo como algo espiritual, parte da premissa da inexistência
material do belo, colocando-o na categoria de conceito sem realidade física, portanto, pertencente ao plano espiritual,
ao plano da imaginação do sujeito.
Hegel definiu a estética como a ciência que estuda o belo, conferindo a estética à categoria de ciência filosófica. Sua
análise do belo é basicamente em cima do belo artístico, relegando o belo natural a um segundo plano. “para
justificar esta exclusão, poderíamos dizer que a toda a ciência cabe o direito de se definir como queira”. Uma análise
detalhada das diferenças do belo artístico e do belo natural, foi feita por Hegel, privilegiando o belo artístico por
considerá-lo superior, tecendo explicações sobre tal superioridade.
Hegel vai tomar como base o belo em si, e deixa de lado os objetos belos, que segundo ele são tidos como belos por
motivos diversos. “Não nos perturbam, portanto, as oposições entre os objetos qualificados de belos: estas oposições
são afastadas, suprimidas(…). Nós começamos pelo belo como tal”. Acaba por determinar que “só é belo o que
possui expressão artística”.[2]
[1] Abbagnano, Nicola. Diccionário de Filosofia. Ciudad del México, Fondo de Cultura Económica. 1966 p. 452a
[2] HEGEL, George W. F. Curso de estética: o belo na arte. São Paulo: Martins Fontes, 1996.
Bibliografia
• Aristóteles. Poética. São Paulo. Ed. Ars Poética. 1993.
• Burke, Edmund. Uma investigação filosófica sobre a origem de nossas idéias do sublime e do belo. Campinas:
Papirus, 1993.
• Hegel, G. W. Cursos de Estética. São Paulo: Edusp, 2001/06. 4 vols.
• Hegel, George W. F. Curso de estética: o belo na arte. São Paulo: Martins Fontes, 1996.
• Jimenez, Marc. Estética, o que é estética. São Leopoldo: Editora Unisinos, 1999.
• Kant, Immanuel. Crítica da faculdade do juízo. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1993.
• Osborne, Harold. Estética e teoria da arte. São Paulo: Cultrix, 1993.
• Suassuna, Ariano. Iniciação á Estética. Rio de Janeiro. Ed. José Olympio, 2004
Estética
5
Ver também
• História da arte
• Teoria da arte
• Estilofila do puata (arte)
Arte
Arte (Latim Ars, significando técnica e/ou habilidade) geralmente é
entendida como a actividade humana ligada a manifestações de ordem
estética, feita por artistas a partir de percepção, emoções e ideias, com
o objetivo de estimular essas instâncias de consciência em um ou mais
espectadores, dando um significado único e diferente para cada obra de
arte.
Definições
A definição de arte varia de acordo com a época e a cultura. Pode ser
separada ou não em arte rupestre, como é entendida hoje na civilização
ocidental, do artesanato, da ciência, da religião e da técnica no sentido
tecnológico.
Assim, entre os povos ditos primitivos, a arte, a religião e a ciência
estavam juntas na figura do xamã, que era artista (músico, ator, poeta,
etc.), sacerdote e médico. Originalmente, a arte poderia ser entendida
como o produto ou processo em que o conhecimento é usado para
realizar determinadas habilidades.
Pintura: Mona Lisa, de Da Vinci: uma das
pinturas mais conhecidas.
Este era o sentido que os gregos, na época clássica (século V a.C.),
entendiam a arte: não existia a palavra arte no sentido que empregamos
hoje, e sim "tekné", da qual originou-se a palavra "técnica" nas línguas neo-latinas. Para eles, havia a arte, ou técnica,
de se fazer esculturas, pinturas, sapatos ou navios. Neste sentido, é a acepção ainda hoje usada no termo artes
marciais.
No sentido moderno, também podemos incluir o termo arte como a atividade artística ou o produto da atividade
artística. Tradicionalmente, o termo arte foi utilizado para se referir a qualquer perícia ou maestria, um conceito que
terminou durante o período romântico, quando arte passou a ser visto como "uma faculdade especial da mente
humana para ser classificada no meio da religião e da ciência".
A arte existe desde que há indícios do ser humano na Terra. Ao longo do tempo, a função da arte tem sido vista
como um meio de espelhar nosso mundo (naturalismo), para decorar o dia-a-dia e para explicar e descrever a história
e os diversos eus que existem dentro de um só ser (como pode ser visto na literatura), e para ajudar a explorar o
mundo e o próprio homem. Estilo é a forma como a obra artística se mostra, enquanto que Estética é o ramo da
Filosofia que explora a arte como fundamento.
Uma obra artística só se torna conhecida quando algo a faz ficar diante de um dos sentidos do ser humano. Os
avanços tecnológicos contribuem de uma forma colossal para criar acessibilidade entre a pessoa que deseja desfrutar
da arte e a própria arte. A pessoa e a obra se unem então, por diversos meios, como os rádios (para a música), os
museus (para pinturas, esculturas e manuscritos), e a televisão, que talvez seja, entre esses itens citados, o que mais
capacidade tem para levar a obra artística a um número grande de interessados, por utilizar diversos sentidos (visão,
Arte
6
audição) e por utilizar também satélite. A própria Internet é fonte de transmissão entre a obra e o interessado, com
sites (que distribuem E-books e por softwares especializados em conectar o computador do usuário a uma rede com
diversos outros computadores.
Entretanto, exploradores, comerciantes, vendedores e artistas de público (palhaços, malabaristas, ator, etc.) também
costumam apresentar ao público as obras, nos mais diversos lugares, de acordo com suas funções. A arqueologia
transmite ideias de outras culturas; a fotografia é uma forma de arte e está acessível por todos os cantos do mundo; e
também por almanaques, enciclopédias e volumes em geral é possível conhecer a arte e sua história. A arte está por
todos os cantos, pois não se restringe apenas em uma escultura ou pintura, mas também em música, cinema e dança.
O ser que faz arte é definido como o artista. O artista faz arte segundo seus sentimentos, suas vontades, seu
conhecimento, suas ideias, sua criatividade e sua imaginação, o que deixa claro que cada obra de arte é uma forma de
interpretação da vida.
A inspiração seria o estado de consciência que o artista atinge, no qual vê a percepção, a razão e emoção
encontram-se combinados de forma parte para realizar suas melhores obras. Seria o insight de algumas teorias da
psicologia.
Ernst Gombrich, famoso historiador de arte, afirmou que nada existe
realmente a que se possa dar o nome de Arte. Existem somente
artistas.
Arte é um fenômeno cultural. Regras absolutas sobre arte não
sobrevivem ao tempo, mas em cada época, diferentes grupos (ou cada
indivíduo) escolhem como devem compreender esse fenômeno.
Escultura: Davi, de Michelangelo.
Arte pode ser sinônimo de beleza, ou de uma beleza transcendente.
Dessa forma, o termo passa a ter um caráter subjetivo, qualquer coisa
pode ser chamada de arte, desde que alguém a considere assim, não
precisando ser limitada à produção feita por um artista. Como foi
mencionado, a tendência é considerar o termo arte apenas relacionado,
diretamente, à produção das artes plásticas.
Fotografia
Os historiadores de arte buscam determinar os períodos que empregam
certo estilo estético, denominando-os por 'movimentos artísticos'. A
arte registra as ideias e os ideais das culturas e etnias, sendo assim,
importante para a compreensão da história do Homem e do mundo.
Formas artísticas podem extrapolar a realidade, exagerar coisas aceitas ou simplesmente criar novas formas de se
observar a realidade.
Arte
7
Em algumas sociedades, as pessoas consideram que a arte pertence à
pessoa que a criou. Geralmente consideram que o artista usou o seu
talento intrínseco na sua criação. Essa visão (geralmente da maior parte
da cultura ocidental) reza que um trabalho artístico é propriedade do
artista. Outra maneira de se pensar sobre talento é como se fosse um
dom individual do artista. Os povos judeus, cristãos e muçulmanos
possuem esta visão sobre a arte.
Teatro
Outras sociedades consideram que o trabalho artístico pertence à
comunidade. O pensamento é levado de acordo com a convicção de que a comunidade deu ao artista o capital social
para o seu trabalho. Nessa visão, a sociedade é um coletivo que produz a arte através do artista, que apesar de não
possuir a propriedade da arte, é visto com importância para sua concepção. Existem contradições quanto à honra ou
ao gosto pela arte, indicando assim o tipo de moral que a sociedade exerce.
Também pode ser definida, mais genericamente, como o campo do conhecimento humano relacionado à criação e
crítica de obras que evocam a vivência e interpretação sensorial, emocional e intelectual da vida em todos os seus
aspectos.A verdadeira essencia da arte e a do artista poder transformar a realidade de acordo com seus ideais e
pensamentos.
Utilidade
Uma das características da arte é a dificuldade que se tem em
conferir-lhe utilidade. Muitas vezes esta dificuldade em encontrar
utilidade para a arte mascara preconceitos contra a arte e os artistas.
O que deve ser lembrado é que a arte não possui utilidade, no sentido
pragmatista e imediatista de servir para um fim além dele mesmo.
Assim, um quadro não "serve" para outra coisa, como um desenho
técnico, como uma planta de engenharia, por exemplo, serve para que
se construa uma máquina. Mas isso não quer dizer que a arte não tenha
uma função.
Dança
A arte possui a função transcendente, ou seja, manchas de tinta sobre
uma tela ou palavras escritas sobre um papel simbolizam estados de
consciência humana, abrangendo percepção, emoção e razão (segundo
Charles S. Peirce, fundador da semiótica). Essa seria a principal função
da arte.
A arte também é usada por terapeutas, psicoterapeutas e psicólogos
clínicos como terapia. Nise da Silveira foi uma importante psiquiatra
brasileira, aluna de Carl Jung, que utilizou com sucesso em seus
pacientes, a partir de 1944, a arte a partir da terapia ocupacional.
Graças a este trabalho, fundou o Museu do Inconsciente, em 1952, no
Rio de Janeiro.
Música: um organista.
Paul McCartney, ex-Beatle, diz que a música é capaz de curar. Ele afirmou que em uma de suas visitas a um
hospital que realiza tratatamento de autistas, estes respondiam quando se dedilhava algo no violão. Sabe-se que as
pessoas vítimas de autismo respondem muito pouco a estímulos externos, de acordo com o grau de autismo.
A arte pode trazer indícios sobre a vida, a História e os costumes de um povo, inclusive dos povos e nações já
extintos. Assim, conhecemos várias civilizações por meio de sua arte, como a egípcia, grega antiga e muitas outras.
A História da Arte é a disciplina que estuda as manifestações artísticas da humanidade através dos séculos.
Arte
8
Grafite e outros tipos de arte de rua são gráficos e imagens pintadas por spray. São vistos pelo público em paredes de
edifícios, em ônibus, trens, pontes e, normalmente sem permissão do governo. Este tipo de arte faz parte de diversas
culturas juvenis. Nos EUA, na cultura hip-hop, são comumemente usadas para a expressão de opiniões sobre
política, e outras vezes trazem mensagens de paz, de amor e união.
A arte, como qualquer outra manifestação cultural humana, pode ser utilizada para a coesão social, reafirmando
valores, ou os criticando.
Assim, a arte é utilizada como instrumento de moralização, doutrinação política e ideológica, assim como ferramenta
na educação em vários campos do conhecimento, desde o ensino básico até o treinamento de funcionários em
empresas. Segundo a sistematização de conhecimento artístico e fisiológico sobre o funcionamento do cérebro
realizado por Betty Edwards, principalmente a partir de sua obra Desenhando com o lado direito do cérebro, as
habilidades artísticas são regidas pelo lado direito do cérebro, e a lógica e outras habilidades ligadas à racionalidade
são regidas pelo lado esquerdo. A utilização da arte como ferramenta pedagógica seria uma forma de utilizar os dois
lados do cérebro, de forma complementar para um aprendizado mais eficaz.
As obras de arte também podem fazer críticas a uma sociedade. Les Misérables, de Victor Hugo, é um exemplo de
obra literária que critica a sociedade francesa do início do século XIX. A obra do pintor espanhol Goya, Os
fuzilamentos de 3 de maio é outro exemplo disso.
A interpretação da obra depende do observador. Portanto, inversamente a própria subjetividade da arte demonstra a
sua importância no sentido de facilitar a troca e discussão de ideias rivais, ou para prestar um contexto social em que
diferentes grupos de pessoas possam reunir e misturar-se.
Formas, gêneros, mídias, e estilos
As artes criativas são muitas vezes divididas em mais categorias específicas, tais como artes decorativas, artes
plásticas, artes do espectáculo, ou literatura. Assim, por exemplo, pintura é uma forma de arte visual, e a poesia é
uma forma de arte literária.
Uma forma de arte é uma forma específica de expressão artística para tomar, é um termo mais específico do que arte
em geral, mas menos específico do gênero.
Alguns exemplos incluem:
•
Arquitectura
•
Desenho
•
Artes cénicas
•
Escultura
•
Arte digital
•
Graffiti
•
Arte-educação
•
Fotografia
•
Artes plásticas
•
Literatura (Poesia e Prosa)
•
Artes visuais
•
Música
•
Banda
desenhada
•
Pintura
•
Cinema
•
Poesia
•
Dança
•
Teatro
As mídias (meios) para uma obra de arte ser contruída são as mais diversas. Precisa-se de materiais propícios para
ela ser realizada pelo artista. Assim, por exemplo, pedra e bronze são duas mídias capazes de contruir uma obra de
arte, como, no caso, uma escultura. A música e a poesia usam o som, a pintura usa tintas, telas, cores, óleo.
Arte
9
Um gênero artístico é o conjunto de convenções e estilos dentro de
uma forma de arte e mídia. Por exemplo, o Cinema possui uma gama
de gêneros: filmes ocidentais, filmes de horror, comédia, romance. É
assim também na literatura. Na música, há centenas de gêneros
musicais, que variam de região, cultura e etc., e vão desde rock, até
Mpb. Na pintura, as correntes de artistas (como o Naturalismo),
incluem paisagem ou cotidiano (ruas, pessoas em suas atividades
diárias, etc.).
Detalhe da famosa pintura Mona Lisa, onde
Leonardo da Vinci utilizou o sfumato, um tipo de
material para dar sensação de forma, volume e
profundidade. Repare os lábios e as bochechas.
Um estilo de arte digital, onde o material usado é
completamente diferente do material que se usa
para uma tela.
As estruturas compositivas de uma obra (arranjo de formas, cores,
ritmo, texturas, e linhas) são as estruturas que expressarão as ideias e
as emoções que a obra passar, segundo os olhos do espectador. Diante
de um quadro, cada espectador terá uma sensação, de acordo com sua
disposição, seus conhecimentos e seus gostos.
Imagine-se que você é um crítico de arte cuja missão consiste em
comparar os significados que você encontra em uma ampla gama de
diferentes trabalhos artísticos. Como você irá executar sua missão?
Uma maneira de começar o trabalho é separar, por grupos, que tipo de
mídia usa-se em cada trabalho artístico: é um vídeo?, é através do
som?, é pela escrita?, e assim por diante. Os materiais de uma arte são
tão importantes quanto a arte em si; um exemplo é uma escultura que
foi realizada com bronze: ela não tem a mesma estética de uma
escultura que fora realizada à pedra, embora a forma seja a mesma.
Assim, outro exemplo é uma música que utiliza guitarras: o som desta
música não será o mesmo de uma música que apenas utilize piano,
embora a melodia continue sendo a mesma. Portanto, sendo um crítico
de arte cuja missão é comparar os significados de cada obra artística,
há um outro passo interessante: você pode analisar a forma como os
materiais em cada obra tornaram-se a arte pronta. O sfumato, na Mona
Lisa, deu um toque especial no rosto da figura pintada no quadro.
Analisar como cada material é importante para a composição da obra, é
uma forma de conhecer mais profundamente a obra.
Mas, no final, você iria concluir que a maioria das obras de arte não são um conjunto de materiais e mídias, e
estética. Cada obra de arte é mais que isso, pois os materiais são utilizados de acordo com a técnica de cada artista e,
no final, suas interpretações envolveriam também uma discussão sobre ideias e sentimentos que o trabalho artístico
quis propor.
Arte
10
Arte: classe e valor
A arte é entendida por alguns como um pertence de apenas algumas
classes sociais, principalmente das mais ricas. Esta definição exclui a
classe inferior, em questão financeira. Nesse contexto, a arte é vista
como uma atividade de classe superior associada à riqueza, a
capacidade de venda e compra de arte, o lazer e o prazer para desfrutar
de uma obra. Por exemplo, o Palácio de Versailles ou o Hermitage, em
São Petersburgo, com sua vasta coleção de arte, acumuladas pela
realeza da Europa exemplificam esta visão. Coletando tal arte é o de
preservar o rico, ou de Governos e instituições.
Pormenor da fachada do jardim de Versailles:
influência por toda a Europa.
Entretanto, tem havido um empurrão cultural na outra direção, pelo
menos desde 1793, quando o Louvre, que tinha sido um palácio
privado dos Reis de França, foi aberta ao público como museu de arte
durante a Revolução Francesa. A maioria dos museus públicos
modernos e arte programas educacionais para as crianças nas escolas
pode ser rastreada até este impulso de mostrar a arte a todos. Nos
Estados Unidos, há museus de todos os tipos: dos mais ricos, até os
mais públicos, como acontece no Brasil, e em Portugal.
Há tentativas de criar arte que não podem ser compradas pelos ricos,
como se fossem objeto de um estatuto. No final dos anos 1960 e 1970
foi justamente isto: criar arte que não podia ser comprada e/ou vendida.
Aspecto de uma das galerias do Hermitage.
"É necessário apresentar algo mais do que meros objectos", disse que
o grande artista pós-guerra alemão Joseph Beuys. Este período viu o
surgimento de coisas como arte performática, vídeo arte e arte conceitual. A ideia era que, se o trabalho artístico foi
um desempenho que iria deixar nada para trás, ou era simplesmente uma ideia, não podia ser comprada e vendida.
Muitas dessas performances de criar obras que são apenas compreendido pela elite, resultaram nas razões pelas quais
uma ideia ou vídeo ou um aparente "pedaço de lixo" pode ser considerado arte.
História
• O método formalista mais antigo, entende que a obra de arte se dá
pelas formas e sua compreensão também.
• O método histórico entende que a obra de arte é um fato histórico,
portanto reflexo e ação em um determinado contexto histórico.
• O 'método sociológico entende a obra de acordo com o estudo da
sociedade a qual ela pertence.
• O método iconográfico entende a obra pelos ícones e símbolos que
ela carrega.
Se formos analisar a arte ao longo da história, podemos começar pela
Desenho em Lascaux, França: local famoso por
Arte da Pré-História, que é o período onde se mostram as primeiras
sua arte rupestre.
demonstrações de arte que se tem notícia na história humana.
Retratavam animais, pessoas, e até sinais. Havia cenas de caçadas, de espécies extintas, e em diferentes regiões.
Apesar do desenvolvimentos primitivo, podem-se distinguir diferentes estilos, como pontilhado (o contorno das
figuras formado por pontos espaçados) ou de contorno contínuo (com uma linha contínua marcando o contorno das
figuras). Apesar de serem vistas como mal-feitas e não-civilizadas, as figuras podem ser consideradas um exemplo
Arte
11
de sofisticação e inovação para os recursos na época. Não existem muitos exemplos de arte-rupestre preservada, mas
com certeza o mais famoso deles é o das cavernas de Lascaux, na França.
Se pularmos um bocado, chegaremos à Arte do Antigo Egipto, o palco para uma das mais interessantes descobertas
do ser humano. A arte egípcia, à semelhança da arte grega, apreciava muito as cores. As estátuas, o interior dos
templos e dos túmulos eram profusamente coloridos. Porém, a passagem do tempo fez com que se perdessem as
cores originais que cobriam as superfícies dos objectos e das estruturas.
. Os criadores do legado egípcio chegam aos nossos dias anónimos,
sendo que só em poucos casos se conhece efectivamente o nome do
artista. Tão pouco se sabe sobre o seu carácter social e pessoal, que se
crê talvez nem ter existido tal conceito no grupo artístico de então. Por
regra, o artista egípcio não tem um sentido de individualidade da sua
obra, ele efectua um trabalho consoante uma encomenda e requisições
específicas e raramente assina o trabalho final. Também as limitações
de criatividade impostas pelas normas estéticas, e as exigências
funcionais de determinado empreendimento, reduzem o seu campo de
actuação individual e, juntamente com o facto de ser considerado um
executor da vontade divina, fazem do artista um elemento de um grupo
anónimo que leva a cabo algo que o transcende.
As grandes tradições na arte têm um fundamento na arte de uma das
grandes civilizações antigas: Antigo Egito, Mesopotâmia, Pérsia,
Índia,China, Grécia Antiga, Roma, ou Arábia (antigo Iêmen e Omã).
Catedral de Chartres - exemplo de Arquitetura
Cada um destes centros de início civilização desenvolveu um estilo
gótica
único e característico de fazer arte. Dada a dimensão e duração dessas
civilizações, mais das suas obras de arte têm sobrevivido e mais da sua
influência foi transmitida a outras culturas e tempos mais tarde. O período da arte grega viu uma veneração da forma
física humana eo desenvolvimento de competências equivalentes para mostrar musculatura, pose, beleza e anatomia
em geral.
A arte gótica surgiu tempos depois, já na Arte pré-românica. Os
monumentos construídos nessa época marcaram todo um modo
especial de criar arquitetura e desenvolveu métodos preciosos e estilos
definidos como sombrios e macabros.
A Arte Bizantina e a gótica da Idade Média ocidental, mostraram uma
arte que centrou-se na expressão das verdades bíblicas e não na
materialidade. Além disto, enfatizou métodos que mostram a glória em
mundos celestes, utiliando o uso de ouro em pinturas, ou mosaicos.
A Renascença ocidental deu um retorno à valorização do mundo
material, bem como o local de seres humanos, e mesmo essa mudança
paradigmática é refletida nessa arte, o que mostra a corporalidade do
corpo humano, bem como a realidade tridimensional da paisagem.
Retrato de Celso Lagar, uma pintura do
Expressionismo, pintada por Amedeo Modigliani.
Arte
12
Os ocidentais do Iluminismo no século 18 faziam representações
artísticas de modo físico e racional sobre o Universo, bem como visões
de um mundo pós-monarquista, como a pintura que William Blake fez
de um Newton divino. Isto reforçou a atenção ao lado emocional e à
individualidade dos seres, exemplificados em muitos romances de
Goethe. O século 19, em seguida, viu uma série de movimentos
artísticos, tais como arte acadêmica, simbolismo, impressionismo,
entre outros.
O aumento de interação global durante este tempo fez uma grande
influência de outras culturas na arte ocidental, como Pablo Picasso
sendo influenciado pela cultura da África. Do mesmo modo, o
Ocidente tem tido enorme impacto sobre arte oriental no século XIX e
no século XX, com ideias ocidentais originalmente como comunismo e
Pós-Modernismo exercendo forte influência sobre estilos artísticos.
O Modernismo baseou-se na ideia de que as formas "tradicionais" das
artes plásticas, literatura, design, organização social e da vida cotidiana
tornaram-se ultrapassados, e que fazia-se fundamental deixá-los de
lado e criar no lugar uma nova cultura. Esta constatação apoiou a ideia
de re-examinar cada aspecto da existência, do comércio à filosofia,
com o objetivo de achar o que seriam as "marcas antigas" e
substituí-las por novas formas, e possivelmente melhores, de se chegar ao "progresso". Em essência, o movimento
moderno argumentava que as novas realidades do século XX eram permanentes e iminentes, e que as pessoas
deveriam se adaptar as suas visões-de-mundo a fim de aceitar que o que era novo era também bom e belo. No
modernismo, surgiu vários estilos, os mais destacados são Expressionismo, Simbolismo, Impressionismo, Realismo,
Naturalismo, Cubismo e Futurismo, embora tenham sido desenvolvidos diversos outros.
A pop art é completamente caracterizada como
algo de humor e muito diferente da arte antiga,
pois retrata, de maneira irônica, o que utilizamos
nos dias de hoje, só que com outros tamanhos,
ambientes e formas.
Atualmente, na Arte Contemporânea (surgida na segunda metade do século XX e que se alonga até os dias atuais),
encontramos, entre outros estilos secundários, a Pop Art.
Características
A arte tende a facilitar a compreensão intuitiva, em vez de racional, e normalmente é, conscientemente, criada com
esta intenção. As obras de arte são imperceptíveis, escapam de classificação, porque elas podem ser apreciadas por
mais de uma interpretação.
Tradicionalmente, os maiores sucessos artísticos demonstram um alto nível de capacidade ou fluência dentro de
outras obras, por isso se destacam.
Arte
13
Habilidade
A arte pode utilizar a imagem para comover, emocionar, conscientizar;
ou palavras profundas para se apaixonar por um certo poema ou livro.
Basicamente, a arte é um ato de expressar nossos sentimentos,
pensamentos e observações. Existe um entendimento de que é
alcançado com o material, como resultado do tratamento, o que facilita
o seu processo de entendimento.
A opinião comum diz que para se fazer uma arte que tenha como
resultado uma obra de qualidade, é preciso uma especialização do
artista, para ele alcançar um nível de conhecimento sobre a
demonstração da capacidade técnica ou de uma originalidade na
abordagem estilística. Notamos nas peças de Shakespeare uma
profunda análise de psicologia sobre os personagens, como em Hamlet.
Uma escultura do Antigo Egito: Note que o
artista precisou utilizar uma percepção da forma
que iria fazer para a obra sair com o resultado de
um rosto.
As críticas quanto à algumas obras, deve-se muitas vezes, segundo o
crítico, à falta de habilidade ou capacidade necessária para a produção
do objeto artístico. Habilidade e capacidade necessária para a produção
do tal objeto são dois itens completamente importantes. No entanto, é
importante definir que nem toda obra de arte vale através da arte.
Vemos, como exemplo, a obra My Bed [1], da artista britânica Tracey
Emin. A cama demonstra desorganização. A artista usou pouco ou
nenhum reconhecido tradicional de conjunto de competências, embora
tenha demonstrado uma nova habilidade (diferente do mais comum,
que seria uma cama arrumada).
A montagem dos materiais de uma obra requer técnica e criatividade e também conhecimento. Um exemplo é um
dramaturgo ter em mente que o material que usará para criar sua peça de teatro será a palavra e um aprofundamento
sobre as personagens, o enredo e etc. Depois disto, basta usar toda sua criatividade e conhecimento para ir moldando
o texto da peça.
Estética
A beleza de uma obra torna-a mais destacada quando é comparada às outras. O material usado pelo artista e suas
técnicas são o que tornam uma obra de arte bonita, com uma boa aparência. Entretanto, é importante destacar
novamente a obra My Bed [1], de Tracey Emin, onde a cama não possui uma beleza comum, embora apresente uma
situação.
A estética é fundamental numa obra de arte. Vemos como exemplo a arquitetura com seus edifícios majestosos,
grandes, esbeltos, o que faz com que as pessoas admirem. Assim é também com um bom conto, em questão de
literatura, e com uma boa pintura. Como já foi falado, o material usado é o que irá mostrar a beleza da arte.
É importante ter um estudo mais profundo sobre a estética. Conseguimos isso separando quais conceitos formam a
estética, a começar pela beleza. A beleza é uma percepção individual caracterizada normalmente pelo que é
agradável aos sentidos. Esta percepção depende do contexto e do universo cognitivo do indivíduo que a observa. O
belo depende muito da sociedade e de suas crenças. Um exemplo disto é o quadro Abaporu, de Tarsila do Amaral.
Para ela, a figura do quadro era um monstro e para a maioria das pessoas. Mas por quê? Será que por que não
corresponde ao padrão de beleza da nossa sociedade? Na época de Leonardo da Vinci, as mulheres eram tidas
bonitas quando eram rechonchudas. Exemplo disto é a Mona Lisa.
Outro aspecto da estética é o equilíbrio. O equilibrio se encontra quando todos os elementos que compõe a imagem
estão organizados de tal forma que nada é enfatizado, todos passando uma sensação de equilíbrio visual. O equilibrio
Arte
14
é mais utilizado nas pinturas. O que influencia o equilibrio são as cores, as imagens, as superfícies, os tamanhos e as
posições dos itens presentes na pintura, ou numa outra arte plástica. Reflita sobre um quadro cujo desenho seja um
horizonte, o pôr do sol e um lindo mar refletindo a luz alaranjada do sol. No fundo do mar, há um enorme navio,
quase ocupando todo o espaço do quadro. Esta figura, o navio, dá ou não dá equilibrio à pintura como um todo? Se
não, o que seria necessário fazer para dar mais equilibrio? Por qual motivo a figura do navio é enorme?
Harmonia é relacionada à beleza, à proporção e também à ordem. Um exemplo, é a música: todos os ritmos
precisam estar bem delineados, bem ordenados para que haja uma harmonia, uma beleza no som. Quanto ao design,
podemos definir harmonia como efeito da composição de formas, não de maneira aleatória, mas de modo que
contornos e enchimentos sejam bem definidos, variando segundo um grau de importância pré-estabelecido e se
relacionando ao esquema geral da organização do objeto. Este objeto pode ser um quadro, um site, enfim, qualquer
entidade que esteja sendo composta por partes (engrenagens) menores.
Na escultura e na arquitetura, a forma também é uma das coisas mais importantes. Nas esculturas de Michelangelo,
ou nas de Rodin, como, por exemplo, Davi, notamos que é um ser ali esculpido e este ser possui um corpo. Portanto,
a forma do corpo precisa ser bem definida, bem adquirida para que se assemelhe a um corpo humano. NO entanto, se
o escultor for esculpir um monstro, como exemplo, é preciso haver a mesma coisa, embora ele tenha em mente um
corpo totalmente diferente do comum.
O que define uma obra como estéticamente bonita e importante, além dos recursos que fora usado nela e de suas
técnicas, é também seu valor, o que veremos a seguir.
Valor
Uma outra característica da arte é o valor[2] . Esta vem depois de sua
realização pelo artista. É quando já está exposta ao público. Aqui, não
é discutido especialmente a estética, e sim o valor relacionado a
importância da obra, segundo a maioria. Podemos exemplificar esse
raciocinio com a seguinte pergunta: por qual motivo o quadro Mona
Lisa tem um grande valor? Ou até mesmo: por que as obras de
Shakespeare são tão famosas e tidas como as melhores do mundo? E
até: por que várias músicas do Beatles são tão prestigiadas?
Para começar, é importante relacionar quais elementos tornam uma
O Pensador, de Rodin: o que a levou ter o valor
obra de arte tão glamurosa. Quanto à Mona Lisa e as peças de
que tem hoje?.
Shakespeare, podemos notar algo semelhante: um elemento novo até
então. Por exemplo: na Mona Lisa, há o sfumato. Nas peças mais famosas de Shakespeare, há técnicas ímpares para
o teatro, como, p. exemplo, em Hamlet: o teatro no teatro. As músicas dos Beatles possuem ritmos e melodias
pioneiros. Mas será que é apenas um elemento novo que faz uma obra ficar em destaque?
Além da distribuição e divulgação de uma obra, coisas que contribuem bastante para a sua fama, há também um
outro item: a forma como a obra é criada e, assim, como ela sobrevive depois de anos. Este item é mais aplicado na
literatura, onde diversos romances permanecem prestigiados mesmo depois de muito tempo escritos, por terem um
valor social e emocional ainda muito presente no ser humano, como as peças de Shakespeare.
Além disto tudo, quando uma obra influencia outras por conter coisas novas e quando essa mesma obra possui
aspectos que atraiam o espectador por algum motivo (seja motivacional, de reflexão, ou outro), ela então se torna
valiosa pelos que gostaram.[3]
Arte
15
Ver também
• Trattato della Pittura por Leonardo da Vinci
Bibliografia
• GOMBRICH, Ernst H. A história da arte; São Paulo: LTC. Editora, 2000; ISBN 85-216-1185-4
• ARGAN, Giulio Carlo. Arte Moderna.
[1] http:/ / en. wikipedia. org/ wiki/ My_Bed
[2] NOVA ESCOLA - PLANO DE AULA - Quem é o dono de uma obra de arte? (http:/ / revistaescola. abril. com. br/ ensino-medio/
quem-dono-obra-arte-427709. shtml)
[3] http:/ / masp. uol. com. br/
Ligações externas
• Informações sobre diferentes estilos artísticos e os períodos históricos correspondentes (http://witcombe.sbc.
edu/ARTHLinks.html) (em inglês)
• Visual Arts Data Service (VADS) Coleção online de museus, galerias e universidades do [[Reino Unido (http://
www.vads.ahds.ac.uk/search.php)]] (em inglês)
• Artigo sobre o significado da Arte na Índia Antiga na página da revista Frontline (http://www.flonnet.com/
fl2416/stories/20070824507606600.htm) (em inglês)
Fontes e Editores da Página
Fontes e Editores da Página
Estética Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?oldid=21050291 Contribuidores: 333, Agil, Aleph73, Amats, Belegurth, Caiopolesi, Chico, Chico Banana, ChristianH, Cláudio Aarão
Rangel, CommonsDelinker, Ctfontoura, DIEGO RICARDO PEREIRA, Daimore, Darwinius, Dédi's, Epinheiro, GOE, Gaf.arq, Gunnex, JP Watrin, Leempaula, Leonardo Teixeira de Oliveira,
Leslie, Lusitana, Lépton, Marcocassol, Mateus Hidalgo, Neko, OS2Warp, Pedro Aguiar, Pedropozzobon, Pietro Roveri, Regisbaldo, Robson camargo, Ruy Pugliesi, Scott MacLean, Slade,
Tetraktys, Vanthorn, Vini 175, Xandi, Život, 107 edições anónimas
Arte Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?oldid=21081998 Contribuidores: 2(L.L.K.)2, 333, Abmac, Acqua, Adailton, Agil, Al Lemos, Alchimista, Aleph73, Alessandropolicarpo,
Alexanderps, Alexandrepastre, Alexg, Algébrico, Arena Interativa, Arktrus, Atriz, Augusto Reynaldo Caetano Shereiber, Auréola, Bepp, Bisbis, Bluedenim, Bonás, Braswiki, Brizolão,
Caduqueiroz, ChristianH, Clara C., CommonsDelinker, DHRC, Daimore, Dantadd, Darwinius, Der kenner, Dpolicarpo1, Dédi's, Eamaral, Eduardoferreira, Eleefecosta, Eligieri, Epinheiro,
EuTuga, Fernando S. Aldado, Flaksbaum, Franceline Michailoff, Fábio San Juan, GOE, GRS73, Gabrielt4e, Gaf.arq, Garavello, Georgez, Get It, Giro720, Gjpab, Gunnex, Harshmellow, Hashar,
Heitormaster, JP Watrin, Jcmo, Jessicafanta, Jkeditora, Jo Lorib, Joaocorreia81, Joaopchagas2, Jorge, João Carvalho, Julia palazzo, Jurema Oliveira, Juzinha13, Kim richard, Leonardo.stabile,
Leontina, Lijealso, Lucas Gianeri, Luckas Blade, Lusitana, Luther Blissett. Y, Magno.prof, Manuel Anastácio, Marcelo-Silva, Marcelonada, MarcosLauro, Mateus Hidalgo, MelM,
MigueldePortugal, Moire, Mosca, Nice poa, Nuno Tavares, OS2Warp, OffsBlink, Oleitao7, Ordnael lod, Otavio de lima, PTorg, Patriciasalazars, Pedromelcop, PequijanFAP, Porantim,
Profcardy, Regi-Iris Stefanelli, Rei-artur, Richard Melo da Silva, Rjclaudio, Roberto Ferres, Rossicev, Ruy Pugliesi, Salm, Sistema428, Slade, Stefanysolari, Taikanatur, Teles, Tetraktys, Theus
PR, ThiagoRuiz, Trovão Negro, Ulises Sarry, V3193, Viickqw, Vitorvicentevalente, VivaVorto, Whooligan, WikiTroll, Wiltão, Wmarcosw, Zimmermann, 310 edições anónimas
16
Fontes, licenças e editores da imagem
Fontes, licenças e editores da imagem
Ficheiro:Michelangelos David.jpg Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ficheiro:Michelangelos_David.jpg Licença: GNU Free Documentation License Contribuidores:
User:David
Ficheiro:Socrates Louvre.jpg Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ficheiro:Socrates_Louvre.jpg Licença: Creative Commons Attribution-Sharealike 2.5 Contribuidores:
User:Sting, User:Sting
Ficheiro:Aristotle Altemps Inv8575.jpg Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ficheiro:Aristotle_Altemps_Inv8575.jpg Licença: Public Domain Contribuidores: User:Jastrow
Ficheiro:Immanuel Kant.jpg Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ficheiro:Immanuel_Kant.jpg Licença: Public Domain Contribuidores: Anne97432, EugeneZelenko,
Gepardenforellenfischer, Immanuel Giel, Jed, Moros, Tomisti, Warburg
Ficheiro:Hegel portrait by Schlesinger 1831.jpg Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ficheiro:Hegel_portrait_by_Schlesinger_1831.jpg Licença: desconhecido Contribuidores:
AndreasPraefcke, FreeArt1
Ficheiro:Mona Lisa.jpeg Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ficheiro:Mona_Lisa.jpeg Licença: desconhecido Contribuidores: Aavindraa, Amandajm, AndreasPraefcke, Avatar,
AzaToth, Bjankuloski06en, Blurpeace, Czarnoglowa, Dbenbenn, Diligent, Eusebius, Herbythyme, Imagechanger, Mikael Häggström, Miniwark, Movieevery, OldakQuill, Paris 16, PhilFree,
Schaengel89, Ustas, Wst, Wutsje, Yann, 13 edições anónimas
Ficheiro:At work (semansco).jpg Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ficheiro:At_work_(semansco).jpg Licença: Creative Commons Attribution 2.0 Contribuidores:
ARTEST4ECHO, Better than Hustler, FAEP, Ferdinand Porsche, FlickreviewR, High Contrast, Husky, Infrogmation, Kelvinc, Lx 121, Marosaul, Trialsanderrors, Vaya, 4 edições anónimas
Ficheiro:New York State Theater by David Shankbone.jpg Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ficheiro:New_York_State_Theater_by_David_Shankbone.jpg Licença: Creative
Commons Attribution 2.5 Contribuidores: David Shankbone
Ficheiro:Theater-Adieu-1.jpg Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ficheiro:Theater-Adieu-1.jpg Licença: GNU Free Documentation License Contribuidores: Oliver Paul
Ficheiro:Organiste.jpg Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ficheiro:Organiste.jpg Licença: GNU Free Documentation License Contribuidores: User:Ririkuku
Ficheiro:MonaLisa sfumato.jpeg Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ficheiro:MonaLisa_sfumato.jpeg Licença: desconhecido Contribuidores: Czarnoglowa, Dbenbenn, Gaf.arq,
Infrogmation, Maksim, Miniwark, OldakQuill, Oxxo, Pymouss, Schaengel89, Wknight94, 11 edições anónimas
Ficheiro:Confusion-150.png Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ficheiro:Confusion-150.png Licença: Creative Commons Attribution 2.0 Contribuidores: Achim Hering,
Dushkin, Foroa, Quasipalm, 1 edições anónimas
Ficheiro:PalaisVersailles.JPG Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ficheiro:PalaisVersailles.JPG Licença: GNU Free Documentation License Contribuidores: Bohème, Olivier2,
Urban
Ficheiro:Eremitage Interior3, St. Petersburg, Russia.jpg Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ficheiro:Eremitage_Interior3,_St._Petersburg,_Russia.jpg Licença: Attribution
Contribuidores: Nagyman
Ficheiro:Lascaux2.jpg Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ficheiro:Lascaux2.jpg Licença: Public Domain Contribuidores: Cro-Magnon peoples
Ficheiro:Chartres 1.jpg Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ficheiro:Chartres_1.jpg Licença: Creative Commons Attribution 2.5 Contribuidores: User:Atlant
Ficheiro:Amadeo Modigliani 034.jpg Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ficheiro:Amadeo_Modigliani_034.jpg Licença: Public Domain Contribuidores: AndreasPraefcke,
Emijrp
Ficheiro:Teaspoonbridge with Cherry-Minneapolis Sculpture Garden.jpg Fonte:
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ficheiro:Teaspoonbridge_with_Cherry-Minneapolis_Sculpture_Garden.jpg Licença: Creative Commons Attribution-Sharealike 2.0 Contribuidores:
Edward, FlickreviewR, Gerardus, Sinn, 1 edições anónimas
Ficheiro:AmenhotepIII.jpg Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ficheiro:AmenhotepIII.jpg Licença: GNU Free Documentation License Contribuidores: Alensha, Aoineko,
FoeNyx, G.dallorto, JMCC1, Kluka, Neithsabes, Saninha
Ficheiro:Buenos Aires-Plaza Congreso-Pensador de Rodin.jpg Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ficheiro:Buenos_Aires-Plaza_Congreso-Pensador_de_Rodin.jpg Licença:
desconhecido Contribuidores: Fabián Minetti
17
Licença
Licença
Creative Commons Attribution-Share Alike 3.0 Unported
http:/ / creativecommons. org/ licenses/ by-sa/ 3. 0/
18

Documentos relacionados

História da arquitetura

História da arquitetura artistas do período um certo sentimento anticlássico, ainda que suas obras continuassem, em essência, predominantemente clássicas. Neste momento, surge aquele que foi chamando de maneirismo. Os arq...

Leia mais

Baixar o arquivo

Baixar o arquivo reconheceu a importância da reação do público na definição do que é um objeto artístico, o que instaurava uma espécie de anarquia do gosto, inaugurando a estética cultural. Reconheceu também que a é...

Leia mais