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COMPUTERWORLD Dezembro 2012 Videoconferência Custos e aspectos culturais dificultam adopção...............................................2 Mais na cloud, pode ser menos .......................................................................6 Segmento em convergência.............................................................................7 Má configuração pode ter consequências nefastas .........................................8 Fornecedores defendem segurança de produtos..............................................9 Suporte de colaboração na saúde ..................................................................10 Videoconferência na educação ......................................................................11 Dezembro 2012 - COMPUTERWORLD 2| Comunicações Unificadas Videoconferência Custos e aspectos culturais dificultam adopção Apesar de haver soluções para contornar os custos de investimento inicial, estes continuam a ter um peso importante nos sistemas de videoconferência mais sofisticados. As más experiências anteriores também têm um efeito desmotivador. Existem ainda várias barreiras à adopção de sistemas de videoconferência e muitas delas são do âmbito cultural. Mas os custos de aquisição de equipamento continuam a ser dos mais importantes entraves. Assim, tal como noutras esferas das TIC, o segmento de videoconferência está a ser povoado por soluções baseadas na Internet. São disponibilizadas segundo um modelo de serviços a pedido e, apesar da qualidade menos consistente, resolvem duas questões cada vez mais importantes: à partida, sobrecarregam menos o orçamento anual, e são mais fáceis de implantar. Muitas vezes são gratuitas ou então o seu custo é baixo. Não exigem grandes equipamentos – além de uma webcam e na maior parte das vezes chegam aqueles incorporados nos computadores portáteis. Mas também o som e a imagem nem sempre correspondem às expectativas empresariais. São fornecidos em serviços “over-the-top” – (OTT) sem os operadores estarem envolvidos na sua disponibilização –, apesar de detectarem esse tráfego. Pecam ainda por não oferecerem grandes facilidades de interoperacionalidade entre si. Apesar de tudo, estão a ser adoptados não só pelo sector doméstico do mercado mas também pelas PME. Mais utilizados pelas grandes empresas, os sistemas de videoconferência são também comercializados como sistemas de telepresença . Geralmente, envolvem a preparação de uma sala inteira com instalação de equipamentos especializados. Actualmente, já oferecem integração com PC e smartphones - e já antes com telefones fixos – e muitas vezes estão integrados com a plataforma de comunicações unificadas. As expectativas de qualidade e som são mais COMPUTERWORLD - Dezembro 2012 elevadas, o que nem sempre teve correspondência no passado. Envolvem normalmente investimentos muito mais elevados do que as soluções de videoconferência. Especialmente neste tipo de oferta, assiste-se a uma convergência entre o sector dos equipamentos para audiovisual e o sector da TIC. Os objectivos centram-se nas soluções e experiência de utilização, e as empresas de TIC procuram assumir a liderança. Memórias e frustrações persistem Mesmo com os sistemas de videoconferência menos “virtuais”, há contas importantes a fazer e um dos benefícios pode até ser a redução de custos, em termos globais. “A principal barreira à adopção dos sistemas de videoconferência continuam a ser os custos associados à compra dos equipamentos necessários assim como à construção das salas em si” , defende Bruno Vilares, da Ericsson. “No entanto, quando é feito um estudo mais aprofundado dos custos inerentes a uma actividade profissional global, nomeadamente em viagens, estadias ao longo do ano, verificamos que o custo considerado inicialmente como entrave se dilui facilmente”. Daniel Nunes, da Nextiraone, considera que as soluções estão mais acessíveis mas os custos de aquisição são difíceis de contornar. Não se trata apenas de suportar “os investimentos em novas soluções”, Videoconferência |3 Þ O obstáculo grande empresa Para José Alvarenga, da Tele HG, a dificuldade numa adopção generalizada das plataformas de videoconferência prende-se com a forma como a tecnologia tem vindo a ser instalada nas grandes empresas e no efeito de liderança que essa prática tem sobre a adopção das pequenas e médias empresas. “Na esmagadora maioria das vezes, as grandes empresas instalam soluções de videoconferência em redes internas IP dificultando a interligação com entidades externas à organização, designadamente as pequenas e médias empresas suas parceiras”, explica este responsável . Na visão de Alvarenga, o modelo de sucesso para todas as empresas é implantar pontos terminais de videoconferência directamente ligados à Internet, quer com um IP fixo para ligações H.323 quer com um endereço URL SIP fixo para ligações SIP. Alguns sistemas adoptados pelas grandes empresas são de tal forma fechados que invalidam até uma potencial opção de aluguer de estúdios de videoconferência para utilização à hora pelas PME e assim comunicarem com as grandes organizações. Ao mesmo tempo não se permite que utilizando sistemas de colaboração por vídeo, como o Skype, se possa dialogar com os sistemas de videoconferência “através das ‘bridges’ existentes” em plataformas de cloud computing. A “universalidade de acesso acaba por ser limitada pelas opções tecnológicas que as grandes empresas têm realizado”, considera.< porque a Internettambém nem Amazon háe acenários Fnac não nos FL:quais Já, já. Houve razões pelas Agora oqualidade meu dever é de analisar reirastrês culturais como as mais importantes. mentos e a fraca somoportunie imafacturava o que factura fazer hoje. Receber quais conseguimos este ano o M&P: mercados tem lanver o que fazresponsáveis sentido lançar ou, ainda é necessário a “amortização de Essesatingir factores colocam em Noutros questão a per- a RDgem eram dades, os principais a uma carta das Selecções era um break-even, depois de doissobre ou três anos çado títulos em segmentos nos quais o eventualmente, lado de aquisições anteriores”. cepção os referidos benefícios, essa adopção. Mas, paraadquirir. MiguelDo Louzeiro evento que e tinha uma de resposta durasos emaumentos Portugal. A potenciais grupo temde know-how. Esse tipo de es- esse Espanha, o mercadojáé foi muito grande, Nem seja emtaxa segundo plano,deosperdas cus- muito como produti(Cisco), tipo barreiras ultrapasbrutal. Hoje nãomarcam estamos nessa realifundamental foi, claramente, o corte Miguel tratégiaLouzeiro, está a ser pensada o mertos iniciais presença. Persiste vidade, segundo da para sado e a própria democratização da banda dade. A concorrência duríssima, os na(Nextiestrutura deCisco. custos, aconteceu tamcado ibérico? M&P: Mas há planos concretos de auainda, segundo éDaniel Nunes larga teve um importante papel nisso. nossos livros têmherança dscondo que foi uma além bém noutros países, masaem Portugal FL:de O mercado português o portfólio da RD aoas nível de raone), uma negativa, disso. “Existe necessidade adopção dos em Natermos mesma mentar linha de pensamento bardas razõesainda, que me por facilitou a decisão, foi drástico. dezenas actuais de pesal e a esta publicitários é um‘difedécimo, mais coisa imprensa? “Existe vezes, um estigma as- Saíram processos maneira reiras culturais tendem a desaparecer, entrei depois de no ano anterior terem do que de prostão não é a menos coisa,Louzeiro. do Espanhol. Épromete um mer- Louzeiro. FL: Se as Com oportunidades surgirem e sociado à fraca experiência vividaEspanha, em so-ra farente’ comunicar”, reforça a consolidação saído muitas estrutura de custos, não é elevada, cado relativamente pequeno e muito sim. E ter como luções do passado, sobretudo em soluções Raulque Oliveira salienta mesmo que “o condos serviçosforem de boas, colaboração (voz,accionista vídeo, o problema é que a receita é sufi-presencial” ocupado por grandes grupos aplicações), de media, um investimento até facilita de videoconferência de sala tradicionais”, tacto ou a não relação são o prino fundo vídeodepassa a ser somente M&P: As 'gorduras' já tinham sido corciente para, em condições normais, não é caro lançar revistas coisas. Maisde facilmente vêem um considera. cipal obstáculo a uma portanto, maior adopção. mais em uma asaplicação produtividade tadas. responsáveis apontam pararentabilizar Portugal dos o difícil é rentabilizá-las. para investiir quantos miVários as bar- essa A dificuldade de utilização equipaacessível àsplano empresas, numauns estratégia de Dezembro 2012 - COMPUTERWORLD 4| Videoconferência comunicações unificadas: resolvem as questões essenciais quanto às infra-estruturas – um dos desafios mais importantes – ao adoptarem-se redes inteligentes, “capazes de gerir diversos tipos de tráfego distintamente”, justifica. “A primeira barreira que encontramos são os requisitos de desempenho e segurança numa rede corporativa e respectivas linhas de comunicações”, reforça Claúdio Camacho, da GTI. E isso implica uma “demonstração da simplicidade de instalação e utilização da solução de videoconferência em paralelo com as restantes aplicações das empresas”, explica. Além disso, muitos utilizadores ainda sentem frustração com a forma como gerem o crescente número de comunicações (mensagens, áudio, vídeo, etc.) e com a sua experiência de utilização, acrescenta Paulo Calado, da Microsoft. Para este responsável, a reacção dos utilizadores deve-se “à discrepância existente entre as interfaces de utilização das várias ferramentas que utilizam e a falta de integração entre elas”. A unificação de comunicações preconizada pela Microsoft, entre outros fabricantes, tenta resolver esta questão. Com visão semelhante, Luís Coelho (Alcatel-Lucent) afirma que, “cada vez mais integrados em soluções de comunicação multimédia globais”, os sistemas de videoconferência “são hoje fáceis de utilizar”. Lembra que já surgem integrados com smartphones e tablets, além de estarem nos PC, e já não envolvem os custos de outrora. Operadores podem impulsionar Apesar das dificuldades enunciadas, Bruno Vilares (Ericsson) diz que as “tradicionais conferências telefónicas estão a ser progressivamente trocadas por videoconferências”. Na base dessa tendência está a adopção de sustentabilidade e de redução de emissões de CO2, sugere. “As grandes empresas multinacionais, como a Ericsson, já possuem pelo menos uma sala de videoconferência nos seus escritó- rios locais, o que será uma tendência a estender-se por todas as empresas”, exemplifica. Contudo, para isso acontecer “de forma mais célere”, defende este responsável, “os operadores de telecomunicações têm de fornecer cada vez mais este tipo de sistemas a preços competitivos, tirando partido das suas ofertas empresariais actuais”.< Þ Dispersão das equipas é desafio Os departamentos de TI das organizações clientes deparam-se com vários desafios, numa lista realizada por Paulo Calado, da Microsoft: - Dispersão das equipas - o número de trabalhadores remotos aumentou mais de dez vezes nos últimos anos. As equipas de colaboradores estão mais distribuídas do que nunca, assim como os parceiros e os clientes; - Mobilidade da força de trabalho - de acordo com um estudo da Forrester, 90% dos colaboradores têm necessidade de usar uma forma de mobilidade. Cerca de 41% trabalham fora da sede da organização e 15% num local distinto daquele da sua chefia directa; - Falta de inovação - a tecnologia não acompanhou a evolução das necessidades dos utilizadores, as experiências de utilização não têm mudado ao longo dos anos e há uma falta generalizada de experiências de comunicação ricas e eficazes, o que torna mais difícil a adopção das novas ferramentas e faz com que poucos colaboradores utilizem as funcionalidades de videoconferência; – Custos elevados - até há pouco tempo, os colaboradores tinham de gerir até seis dispositivos diferentes e até cinco tipos de aplicações de comunicação diferentes: ou seja, demasiadas ferramentas, com excessiva complexidade e muitos desafios à eficiência de custos de uma organização; - Falta de integração - entre as ferramentas e o contexto em que o colaborador se encontra. Esta situação traz desafios adicionais às equipas de TI como, por exemplo, a gestão de identidades e a sobreposição de investimentos.< COMPUTERWORLD - Dezembro 2012 Videoconferência |5 PUB Onde quer que eSteja, partiCipe naS SuaS reuniõeS de trabalhO Afonso Neves – Gestor de Produto PT Prime Nas últimas décadas, a forma como as pessoas trabalham nas organizações mudou radicalmente. O posto de trabalho deixou de estar centrado no espaço do escritório, estando cada vez mais pessoas a trabalhar em mobilidade, com benefícios de flexibilidade e de produtividade para as organizações. Seja em casa, no restaurante, em viagem ou a partir de qualquer ponto do mapa, a maioria de nós trabalha e interage regularmente com interlocutores dispersos geograficamente. A globalização veio também pressionar as organizações a expandir a sua atividade a diferentes mercados fora do país de origem. Seja em contexto de internacionalização, descentralização de recursos ou restruturação organizacional, o recurso a soluções tecnológicas que capacitem os colaboradores a comunicar à distância com segurança, eficiência e facilidade, traduz-se em evidentes vantagens competitivas. Num mundo em que a informação se desloca a uma velocidade cada vez mais vertiginosa, torna-se vital às organizações acelerar os processos de tomada de decisão, de forma a aproveitar as oportunidades com que se deparam. As soluções de videoconferência têm vindo, por isso, a assumir um papel de crescente relevo nas organizações, ao possibilitarem o desenvolvimento de trabalho colaborativo à distância através de uma comunicação quase presencial. As equipas passaram a realizar reuniões de trabalho à distância, em tempo real, proporcionando interações mais frequentes, com ganhos de tempo e de maior rapidez nas decisões. Como posso reunir com os meus colaboradores, clientes e fornecedores independentemente do local onde se encontrem? Através da videoconferência pode comunicar e desenvolver sessões de trabalho a qualquer hora, com todos os seus interlocutores, estejam eles onde estiverem. Pode também utilizar esta forma de comunicação para apresentar, analisar e atualizar documentos, vídeos, apresentações ou relatórios de forma partilhada e em tempo real em conjunto com outros interlocutores. Pode igualmente realizar entrevistas ou ações de formação com colaboradores que estejam simultaneamente em diferentes locais e gravar essas mesmas sessões para as disponibilizar mais tarde à restante organização. A evolução tecnológica possibilita hoje a realização de sessões de videoconferência com imagem e som em alta definição, acessíveis a um custo cada vez mais reduzido. O contacto visual direto, verbal e não verbal, através de um ecrã com elevada definição, torna a comunicação fácil e imediata. Posso participar em reuniões enquanto estou em viagem? É possível participar em reuniões via videoconferência utilizando smartphones, tablets ou PC portáteis. O aumento exponencial de largura de banda móvel tornou possível a utilização da videoconferência através de dispositivos portáteis em locais públicos ou quando está em movimento. A compatibilidade entre os equipamentos de videoconferência e os dispositivos móveis que permitem facilmente realizar sessões de videoconferência possibilitam, por exemplo, realizar uma reunião com múltiplos participantes enquanto viaja de carro ou de comboio, tornando o seu tempo mais produtivo. Como posso reduzir custos? A adoção da videoconferência como meio preferencial de comunicação à distância potencia uma substancial redução dos custos de operação. Traduz-se numa menor frequência de deslocações, reduzindo os custos de suporte logístico inerentes às reuniões presenciais, como o alojamento de participantes, o aluguer de espaços ou o transporte de equipamentos. Ao poder realizar confortavelmente sessões de trabalho sem se deslocar, otimiza o seu tempo e aumenta a produtividade e eficiência da organização. A videoconferência permite ainda uma considerável poupança energética, reduzindo a emissão de CO2 dos meios de transporte que normalmente utilizaria, fazendo com que a sua organização contribua para a melhoria do ambiente. E como reduzir encargos de aquisição e manutenção dos equipamentos? Hoje é possível utilizar estas soluções de uma forma ainda mais simples, sem ter de comprar equipamentos. As soluções de videoconferência podem ser suportadas num modelo de software as a service, alojadas na SmartCloudPT, podendo as organizações usufruir de todos os benefícios do trabalho colaborativo à distância, pagando apenas a utilização do serviço, sem quaisquer preocupações com a gestão dos equipamentos. Qual a solução que melhor se enquadra nas necessidades específicas da minha organização e da minha atividade? A escolha da solução mais adequada exige uma análise abrangente e integradora de todas as componentes e especificidades da sua organização e da sua atividade. A PT conhece a fundo as necessidades tecnológicas com que se deparam as organizações num contexto de fortes desafios e de crescente mobilidade dos negócios. Neste sentido, coloca ao dispor dos seus clientes as soluções mais avançadas de videoconferência que vão desde soluções para PC, smartphones e tablets, até equipamentos específicos para efetuar sessões de videoconferência em alta definição. Através de soluções próprias ou através do serviço de videoconferência alojado na SmartCloudPT, a PT disponibiliza as soluções integradas de videoconferência que melhor se adaptam às necessidades específicas de cada organização, tendo em conta a otimização de custos, a produtividade das equipas e garantindo que as organizações tiram partido de todas as potencialidades da comunicação à distância.< smartcloudpt.pt ptprime.pt Dezembro 2012 - COMPUTERWORLD 6| Videoconferência Mais na cloud, pode ser menos aproveitar os serviços de videoconferência em cloud computing é uma solução para contornar o investimento inicial. Mas nem sempre correspondem às melhores expectativas, se não houver uma gestão adequada. A maioria dos responsáveis inquiridos pelo Computerworld reconhece os feitos práticos da adopção de uma solução de videoconferência em cloud computing. Mas quase todos apontam algumas ressalvas. Miguel Louzeiro (Cisco) é a excepção e afirma peremptório: “a adopção destas soluções é feita sobre as mesmas premissas de qualidade, segurança e interoperacionalidade do que as soluções implementadas dentro de casa”. José Alvarenga (TeleHG) admite mesmo que a cloud computing poderá ter um efeito exponencial na adopção destas plataformas. Na base disso está a possibilidade de as empresas conseguirem simplificar as implantações. O responsável explica como se deve fazer: “as organizações podem limitar-se a comprar os terminais de videoconferência e ligarem-se à Internet com um indicativo único de chamada SIP ou IP. Todos os outros serviços, de ‘bridging’, multiponto, gravação, webcast,... podem ser suportados por outsourcing”. Contudo, existe um lado menos favorável, dado que “os serviços de colaboração em vídeo que não sejam telepresença (videoconferência com qualidade de alta definição e fiabilidade) são formas limitadas que acabam por levantar reservas à sua utilização”, defende. São as soluções de utilização gratuita aquelas a levantar mais dúvidas, tendo em conta o ambiente empresarial. Bruno Vilares, da Ericsson, considera que “acarretam um conjunto de pontos sensíveis em termos de segurança, de qualidade de serviço e de verticalidade (falta de interoperacionalidade)”. A questão particular da privacidade ganha destaque nas preocupações levantadas por Cláudio Camacho (GTI), sobretudo nas aplicações gratuitas. Mas o modelo de disponibilização em SaaS é assumido, pelo responsável da Ericsson, como sendo cada vez melhor para suportar videoconferência. Simplesmente, o serviço deverá ser feito por um operador ou parceiro tecnológico. “É fundamental ter em atenção o compromisso do fornecedor”, reforça Paulo Calado, da Microsoft. Luís Coelho (Alcatel -Lucent) e Daniel Nu- COMPUTERWORLD - Dezembro 2012 nes (Nextiraone) aprofundam ainda mais a questão dos requisitos a considerar. O primeiro considera que é importante definir e medir as necessidades de largura de banda, tendo em conta que o serviço vai ser disponibilizado a partir de apenas um ponto da plataforma de cloud computing. “Isto é particularmente importante para serviços multi-ponto”, acrescenta. “À medida que proliferam os novos dispositivos móveis, os colaboradores das empresas tendem a usar cada vez mais aplicações de comunicação e colaboração no seu próprio dispositivo. E querem usar esse dispositivo também dentro da empresa como ferramenta de trabalho. Consequentemente, as exigências sobre as infra-estruturas móveis e Wi-Fi são cada vez mais acentuadas”, explica Daniel Nunes, da Nextiraone. O futuro reforçará o peso da largura de banda. Na opinião deste responsável da Nextiraone, as aplicações com fluxos de média e alta definição serão cada vez mais comuns – com a adopção impulsionada pelos serviços de comunicação 4G e o aumento dos serviços Wi-Fi. No que se refere à segurança, importa estabelecer níveis a manter pelos dispositivos para usarem a rede empresarial, alerta ainda Daniel Nunes. Os requisitos de se- gurança envolvem o acesso por WiFi mas também por VPN e a utilização de protecções contra vírus e malware. Mecanismos de autenticação ganham importância Não deixa de ser importante manter o controlo sobre o acesso à informação e na utilização de recursos da rede. Por isso, Daniel Nunes recomenda a identificação de cada dispositivo passível de ser ligado à rede, envolvendo mecanismos de autenticação para o mesmo e para o utilizador. Além disso, a falta de interoperacionalidade entre os diversos serviços de videoconferência – muitos assentes em tecnologias proprietárias – tem um impacto nocivo na experiência de utilização. Obriga a instalar vários clientes de software, nos equipamentos dos utilizadores, “especialmente nos smartphones e tablets”, para suportar a interconexão entre utilizadores. Este trabalho de gestão não impede a adopção destas soluções pelas PME, até porque estas constituem, segundo Paulo Calado, o segmento onde o impacto é “mais evidente”. Mas, como considera Daniel Nunes, as soluções de videoconferência empresarial com oferta baseada em cloud computing estão numa fase “ainda embrionária”.< Videoconferência |7 Segmento em convergência A passagem de várias tecnologias e meios de comunicação para um suporte digital resultou, também na videoconferência, numa consolidação com um posicionamento mais forte das TIC. A evolução das TIC provocou uma série de movimentos de consolidação e o mundo da videoconferência não escapou à onda. Se antes era liderado pelos actores do segmento do equipamento audiovisual, hoje são os intervenientes do sector dasTIC que têm nele um posicionamento mais forte. Apesar disso, os primeiros continuam importantes e também tendem a convergir. “A videoconferência era um negócio que costumava ser gerido pelos fornecedores de equipamento audiovisual” , explica Luís Coelho, da Alcatel-Lucent. Então, isso “fazia sentido quando a infra-estrutura dedicada era necessária para transportar apenas pacotes de vídeo”. Hoje, uma infra-estrutura IP comum é utilizada para todo o tipo de comunicações. Por isso, “os fornecedores de TIC estão a tornar-se mais centrais no cenário global”, considera o responsável da Alcatel-Lucent. O interesse não parte só do sector das TIC. “Temos tido contactos de empresas especialistas em soluções de audiovisuais que olham para a área de redes como um mercado de interesse”, revela Cláudio Camacho (GTI). “Essa convergência é cada vez mais uma realidade incontornável. A comunicação faz-se cada vez mais em formato multimédia (áudio, vídeo, conteúdos), através de redes privadas ou públicas de banda larga (com fios ou sem fios), pelo que o impacto nas infra-estruturas de TI, e consequentes interdependências, é cada vez maior”, explica Daniel Nunes, da Nextiraone. Mas os fornecedores de equipamento audiovisual “continuam a ser importantes”, realça Luís Coelho. O responsável da Alcatel-Lucent reconhece-lhes um papel no “desenho e afinação do ambiente do utilizador final” – sobretudo para soluções clássicas de videoconferência em sala. “Numa perspectiva de fabricantes, assistimos ao estabelecimento de diferentes parcerias entre ‘players’ de áudio/vídeo e ‘players’ das redes e comunicações”, considera Daniel Nunes, da Nextirone. Isto acontece por existirem necessidades em termos de integração em áreas “tão diversas como as infra-estruturas de comunicações, a colaboração e os terminais multimédia”. No fundo, a implantação de uma plataforma de videoconferência está-se a tornar um projecto de comunicações global, como nota Luís Coelho, enquanto José Alvarenga (TeleHG) faz um alerta: “a videoconferência está claramente no âmbito das TIC mas é um erro básico, com graves consequências, incluí-la no âmbito das funções da informática das organizações”. Para este responsável, no “paradigma” ideal, o utilizador tem um equipamento terminal normalizado, associado a um número universalmente reconhecido por outro equipamento nas chamadas telefónicas. Com efeito, a videoconferência está cada vez mais a ser pedida e utilizada nos equipamentos pessoais dos utilizadores, confirma Luís Coelho. Face a este contexto, será mais importante as empresas preocuparem-se com a ergonomia, a facilidade de utilização e a qualidade das comunicações - em vez da origem do fornecedor. “Não há dúvida nenhuma de que a mobilidade vai ser um forte factor”, concorda Raul Oliveira, “porque as pessoas vão querer usar os seus dispositivos móveis para entrar em videoconferência”. O responsável critica o facto de não existir uma “cultura” para construir as soluções de videoconferência à medida das necessidades do cliente. Não obstante, considera que os projectos tendem “claramente” a apresentar uma componente “servidora” e outra parte de dispositivo “cliente”, separadas, e de fabricantes diferentes. Plataforma HDVC é reflexo do movimento A iniciativa High Definition Visual Communications (HDVC) é um exemplo da convergência, salienta Bruno Vilares, da Ericsson, lembrando que foi criada por um consórcio composto por fornecedores de tecnologias de informação e comunicação incluindo a Ericsson, Polycom, Sony, Panasonic e até operadores de telecomunicações (como a Telefónica). “O grande objectivo desta iniciativa é permitir fazer um ‘downscale’ aos preços que estão associados aos sistemas de videoconferência e telepresença mas alcançando, ao mesmo tempo, a capacidade de interligação entre as várias soluções fornecidas pelos vários elementos desta iniciativa”, explica. Na visão da Eriscsson, a plataforma constituída permitirá tirar maior partido da ligação dos dispositivos à Internet (por exemplo, nas televisões), para suportar as comunicações em vídeo numa interface familiar.< Dezembro 2012 - COMPUTERWORLD 8| Videoconferência Má configuração pode ter consequências nefastas a implantação e gestão dos sistemas por entidades externas é a solução mais corrente, quando não existe conhecimento interno para garantir uma configuração adequada. Û No final de Janeiro de 2012, dois investigadores revelaram ser possível aceder às linhas de comunicação de salas de videoconferência e assim manipular as câmaras de modo a espiar uma sala onde o sistema está instalado (ver texto na página 9). A principal causa do problema é a má configuração do sistema. E a mesma parece estar na origem de muitas outras falhas de segurança. Alguns dos responsáveis inquiridos não tiveram conhecimento de nenhum caso. Mas, por exemplo, José Alvarenga (TeleHG), diz que a frequência de casos de má configuração, com riscos para a segurança da informação é grande. Contudo, o mesmo responsável baseia o problema numa opção errada que é “a de colocar o sistema de videoconferência sobre a rede informática” da organização. Na sua opinião, isso resulta em problemas de segurança mas também em sobrecargas indevidas na rede e dificuldades de expansão ou adopção da tecnologia. Noutra perspectiva, Daniel Nunes (Nextiraone) coloca a tónica na complexidade das soluções actuais. Segundo ele, esta é acrescida em resultado das plataformas serem constituídas por diversos produtos, “com diferentes especificidades, de diferentes fa- bricantes e com múltiplas interdependências, quanto a sistemas de informação e da infra-estrutura de rede, para a melhor integração possível”. Neste contexto, o executivo considera ser necessário as empresas terem um maior conhecimento interno, embora isso seja dis- pendioso e incompatível com as restrições económicas actuais. Outra via será “rodearem-se dos integradores adequados, que possuam competências e recursos nas diferentes vertentes tecnológicas envolvidas (como por exemplo em segurança de TI)”. Para José Alvarenga, a solução está em usar a Internet e as soluções disponibilizadas em modelo de cloud computing. Nem a utilização de protocolos proprietários resolverá o problema, reforça o responsável da TeleHG. A ideia é que o serviço gerido por um operador dará maiores garantias de segurança - e Bruno Vilares (Ericsson) concorda com ela. Mesmo assim, Raul Oliveira recorda que a maior parte dos problemas de segurança está ligada a erros humanos. Podem ser “erros dos administradores de sistemas, dos utilizadores que colocam os seus dispositivos em situações de risco”. E considera que, actualmente, a situação “ainda é pior, porque os utilizadores trazem os seus dispositivos móveis para dentro da organização, e usam-nos para aceder a recursos internos, sem que a segurança dos seus dispositivos esteja garantida”. Privilegia-se a produtividade e a rapidez de acesso em detrimento da segurança, lamenta o executivo sobre esta tendência.< Sete alternativas Actualmente, qualquer computador com uma webcam – também existente em tablets e smartphones – pode funcionar como interface de serviços de videoconferência de baixo custo ou gratuitos. O Skype ou o Google+ são alternativa, mais ou menos viável (consoante as necessidades profissionais), a sistemas cujo preço pode ascender a milhares de euros. Seguem-se sete escolhas possíveis: - Connect (Adobe): apresenta como argumento a consistência entre as plataformas, por ser baseada totalmente em Flash, e é funcionalmente idêntica em computadores Mac ou PC com Windows (e, teoricamente, em qualquer plataforma capaz de suportar Flash). Mas esta base em Flash é também uma desvantagem, ao esbarrar nos limites definidos a esta tecnologia nos browsers. - Omnijoin (Brother): é um serviço do fabricante de impressoras e tem um desempenho consolidado, apesar de algumas particularidades de configuração. São especialmente úteis a capacidade de gravar as conferências localmente e partilhar ficheiros PowerPoint, sem ferramentas adicionais. - WebEx Meetings (Cisco): a parte gratuita do serviço é funcional, suporta a interacção até três pessoas e tem funções de gravação de sessões. Três razões para uma aposta válida. - GoToMeeting (Citrix): é um serviço de topo de gama mas não tem componente gratuita. Além disso, a qualidade de imagem e funcionalidades de interacção são prejudicadas pelas limitações de gravação des sessões e uma interface de utilização sobrepovoada. - Hangouts (Google+): no caso de todos os intervenientes terem contas na rede social Google+, é uma plataforma bastante razoável para estar em videoconferência num grupo até nove pessoas. - Lync (Microsoft): tem uma interface parecida com o Windows 8. Permite partilhar inquéritos, ficheiros PowerPoint e de outros tipos. Tem um quadro de interacção, além do sistema de mensagens instantâneas. - Skype (Microsoft): continua a ser um serviço para se iniciar na utilização da videoconferência, devido à ubiquidade do programa, tanto a nível pessoal como empresarial. Mas o facto de não ter capacidades de gravação e a falta de aplicações adicionais é um grande defeito.< COMPUTERWORLD - Dezembro 2012 Videoconferência |9 Fornecedores defendem segurança de produtos Os fabricantes dizem estar a procurar um melhor equilíbrio entre segurança e facilidade de utilização. É possível, secretamente, espiar salas de reuniões com videoconferência, revelaram no início de 2012 os investigadores H. D. Moore e Mike Tuchen, da empresa de segurança Rapid7. Para tal, bastava que os sistemas estivessem configurados por norma para receber chamadas de qualquer pessoa. O problema centrava-se nas funcionalidades de auto-resposta, uma funcionalidade existente em produtos de empresas como a Cisco, LifeSize e Polycom, que automaticamente atendem chamadas de vídeo ou de som. Moore é director de segurança da Rapid7 e desenvolveu um programa para verificar os sistemas de teleconferência nos quais esse recurso está activado, que se revela um grande problema de segurança. As análises de Moore abrangeram cerca de 3% da Internet endereçável e encontraram 250 mil sistemas usando o protocolo H.323, uma especificação para chamadas de áudio e vídeo. O investigador disse que encontrou mais de cinco mil organizações com a funcionalidade de resposta automática activada. Nessas entidades, detectou produtos de empresas como a Polycom, a Cisco, a LifeSize e a Sony. No geral, os resultados significam que até 150 mil sistemas em toda a Internet podem estar vulneráveis, de acordo com a Rapid7. Depois de se “invadir” os sistemas de uma sala de conferências, a Rapid7 diz que é possível a uma pessoa de "ler uma password de seis dígitos inscrita num papel a mais de 20 metros de distância da câmara" – e isto mesmo com sistemas de videoconferência baratos. "Num ambiente tranquilo, foi possível ouvir claramente conversas nos corredores junto às salas", escreveu Moore no blogue da Rapid7. "Um outro teste confirmou a capacidade de monitorizar o teclado de um utilizador e captar com precisão a sua password, basta apontar a câmara e usar um zoom de alto nível", diz. Mas se todos os recursos de segurança dos sistemas de teleconferência estivessem activados, Moore "não imagina que alguém iria utilizar o produto para estabelecer uma ligação telefónica", devido à complexidade inerente, ressalvou em entrevista. As empresas montam muitas vezes os sistemas fora da sua firewall para facilitarem a sua utilização, mas isso tem riscos de segurança. A implantação do sistema dentro de uma firewall pode ser difícil, porque os sistemas de teleconferência podem usar até 30 protocolos diferentes, para estabelecer uma chamada. Isso exige ajustar as firewalls. Simplificar para proteger A Polycom, um dos fornecedores principais de teleconferência, afirma recomendar aos gestores de sistemas a desactivação das auto-respostas, quando se implanta um sistema para lá da firewall. E revela que a maioria dos seus sistemas são implantados dentro do perímetro da firewall e, portanto, funcionam em ambiente seguro. Os clientes preferem ter o recurso de resposta automática activado para tornar mais fácil para as TI a gestão remota dos sistemas de vídeo, disse a empresa. A Cisco afirmou não estar ciente de quaisquer novas vulnerabilidades de software nos seus produtos de telepresença. Sobre a questão da auto-resposta, esta empresa considera que "o recurso em todos os produtos do Cisco TelePresence é definido pelos administradores da rede". A LifeSize, uma divisão da Logitech, considera que todos os seus produtos são fornecidos com o atendimento automático desactivado, por norma. E garante estar empenhada em simplificar o processo. Mesmo assim, Moore tem a impressão de que os sistemas de teleconferência devem ser mais fáceis de implantar, e com segurança. Normalmente "não são muito bem compreendidos pelos técnicos", sublinha.< Dezembro 2012 - COMPUTERWORLD 10 | Videoconferência Suporte de colaboração na saúde a videoconferência deverá ter um impacto substancial nos resultados dos serviços de saúde, nomeadamente nos índices de satisfação dos pacientes e dos próprios profissionais. A forma mais lucrativa e eficiente para os profissionais de saúde prestarem melhores serviços é melhorar o nível de colaboração entre os diferentes intervenientes da plataforma de videoconferência, de acordo com a Ovum. No estudo “Video conferencing and healthcare: a new chapter in collaboration”, a consultora explica como a videoconferência terá um impacto substancial nos resultados dos tratamentos de saúde, na satisfação dos pacientes, mas também dos profissionais de saúde – quando devidamente integrados em sistemas de saúde e práticas de trabalho. Espera-se que a tecnologia tenha resultados relevantes numa série de áreaschave, incluindo o desenvolvimento de COMPUTERWORLD - Dezembro 2012 redes de tratamento especializado, cuidados de saúde mais justos e uma comunicação mais eficaz. E a eSaúde será uma área importante. "As soluções de videoconferência devem ser adaptadas para vários cenários de utilização, que vão desde o diagnóstico de doenças específicas e o processo de tratamento entre um prestador de cuidados e um paciente, à consulta entre os profissionais", diz Charlie Davies, consultor da Ovum e co-autor do relatório. Ele afirma que o equipamento e as redes necessárias também variam significativamente, dos sistemas de telepresença – que exigem banda larga de alta velocidade – aos serviços de desktop e portáteis. O estudo também mostrou promissoras perspectivas de longo prazo para a videoconferência, com o aumento da conectividade de banda larga fixa e móvel, melhorias na interoperacionalidade dos equipamentos e na inovação das aplicações de comunicações máquina a máquina (M2M). "O papel cada vez mais central das TIC irá melhorar os resultados, permitir consultas remotas e reduzir os custos", sustenta a analista sénior da Ovum e co-autora do estudo, Cornelia Wels-Maug. "A interacção entre os profissionais de saúde, prestadores de cuidados e pacientes, bem como a formação e educação, podem ser facilitadas com a videoconferência", reforça.< Videoconferência | 11 Videoconferência na educação um projecto entre a universidade de drexel (eua) e a advanced aV permite que professores, funcionários, alunos e ex-alunos registem apresentações sobre temas como liderança e competências de supervisão. Os vídeos são armazenados online para os alunos usarem segundo a sua conveniência. A universidade norte-americana de Drexel e a Advanced AV, um integrador de sistemas audiovisuais, estão a colaborar na implantação de um sistema de videoconferência, para instalar hardware de vídeo relativamente barato e serviços baseados em cloud computing num projecto que exemplifica grandes mudanças no mercado do equipamento audiovisual (AV). Uma delas é a possibilidade de compradores e fabricantes adicionarem mais dois elementos à receita da transformação: produtos mais baratos e serviços de cloud computing. "Há de tudo, desde uma aplicação gratuita do Skype até um sistema Cisco mais robusto. Todos os potenciais clientes são um pouco diferentes e têm abordagens diversas", diz Michael Boettcher, presidente da Advanced AV. Alguns, por exemplo, exigem altos níveis de segurança e fiabilidade, e querem investir num ambiente controlado, acrescenta. Outros só precisam de uma câmara e contentam-se com uma ligação Skype ou outro software barato. "Há certamente desafios para cada um desses níveis, mas não há uma maneira correcta ou errada", afirma o responsável, salientando que tudo redunda no objectivo de utilização dos sistemas e nas expectativas. A abordagem da Drexel inclui uma série de componentes. Terá um sistema de videoconferência de alta definição (HD) Passport Connect, da LifeSize (Logitech), que inclui uma câmara de vídeo HD da Logitech, além de um “codec” de videoconferência. Travis Lisk, vice-presidente de operações técnicas da Advanced AV, explica que a Passport Connect é uma “set top box” integrada com o serviço Skype. O produto LifeSize está no extremo inferior da faixa de COMPUTERWORLD preços para os sistemas de vídeo HD, mas faz bem o que foi projectado para fazer: "oferecer uma solução satisfatória de desktop com uma câmara HD". A Universidade de Drexel usará o Mediasite, da Sonic Foundry, como estação de captação para gravação de vídeos e o serviço de videoconferência MeetMe, da Vidtel – o qual permite aos participantes estabelecerem uma ligação de videoconferência baseada em cloud computing. Este serviço, de acordo com a Vidtel, pode interligar sistemas de videoconferência em salas, telefones com vídeo, computadores e dispositivos móveis usando o Session Initiation Protocol (SIP), o protocolo de comunicação H.323 AV, o Skype ou o GoogleTalk. Jenny Kaus, responsável de orçamentos e administração nos serviços administrativos da Drexel, considera que uma aplicação fundamental para o novo sistema será a criação de vídeos para o programa de desenvolvimento de liderança CEO LEAD. A tecnologia permitirá que professores, funcionários ou ex-alunos gravem apresentações sobre temas como liderança e competências de supervisão. Os vídeos serão armazenados online para os alunos usarem segundo a sua conveniência, explica. A universidade Drexel também vai usar o sistema para chegar aos alunos da Universidade de Sacramento, na Califórnia, e aos alunos participantes, a partir de diferentes locais dos EUA ou no estrangeiro. "Conferências e ensino à distância são o que as universiades estão a fazer muito por estes dias", diz Boettcher. O integrador está a conceber um sistema audiovisual, enquanto a universidade está a preparar o espaço para a instalação. Essa tarefa inclui trabalhos de electricista, uma actualização do AVAC e o reforço de uma parede para acomodar ecrãs planos. Projectos chegam mais cedo ao CIO O departamento de ajuda aos estudantes da universidade está a trabalhar de perto com a Advanced AV neste projecto. O envolvimento do departamento de TI está a tornarse comum com a fusão das redes de AV e com as empresariais. "A transferência de poder foi passada para as TI", observa Boettcher. Há alguns anos, as empresas que vendiam equipamentos AV iam falar com o CIO ou com um executivo de TI apenas após perceberem que os sistemas iriam assentar na rede empresarial. No entanto, essa situação mudou. "Temos essas conversas directamente com as divisões de TI ou grupos de redes dentro da organização", refere Boettcher. Empresas do audiovisual procuram certificações de TIC Outro resultado da convergência entre TI e o segmento de audiovisuais é que empresas como a Advanced AV estão a procurar obter certificações técnicas. Os revendedores de TI, por sua vez, acham que a direcção actual do mercado estimula a sua participação. A virtualização dos sistemas, onde o software executa funções de videoconferência em cloud computing, abre oportunidades tanto para revendedores como para integradores.< www.computerworld.com.pt AV. DA REPÚBLICA, N.º 6, 7º ESQ. 1050-191 LISBOA DIRECTOR EDITORIAL: PEDRO FONSECA [email protected] EDITOR: JOÃO PAULO NÓBREGA [email protected] DIRECTOR COMERCIAL E DE PUBLICIDADE: PAULO FERNANDES [email protected] TELEF. / FAX +351 213 303 791 - TODOS OS DIREITOS SÃO RESERVADOS. A IDG (International Data Group) é o líder mundial em media, estudos de mercado e eventos na área das tecnologias de informação (TI). Fundada em 1964, a IDG possui mais de 12.000 funcionários em todo o mundo. As marcas IDG – Computerworld, CIO, CFO World, CSO, ChannelWorld, InfoWorld, Macworld, PC World e TechWorld – atingem uma audiência de 270 milhões de consumidores de tecnologia em mais de 90 países, os quais representam 95% dos gastos mundiais em TI. A rede global de media da IDG inclui mais de 460 websites e 200 publicações impressas, nos segmentos das tecnologias de negócio, de consumo, entretenimento digital e videojogos. Anualmente, a IDG produz mais de 700 eventos e conferências sobre as mais diversas áreas tecnológicas. Pode encontrar mais informações do grupo IDG em www.idg.com Dezembro 2012 - COMPUTERWORLD www.ptprime.pt IMAGINE EM QUE PARTE DO MUNDO A SUA ORGANIZAÇÃO VAI ESTAR HOJE. IMAGINE PORQUE É POSSÍVEL. Muitas vezes, distância, tempo e custos apresentam-se como um obstáculo para a expansão das Organizações. A PT Prime disponibiliza soluções que permitem comunicar sem barreiras e colaborar em tempo real, em qualquer parte do mundo, de uma forma tão real como se estivesse fisicamente lá. É fácil imaginar uma solução que promove a produtividade da sua Organização. E o melhor é que é possível. TELEPRESENÇA . VIDEOCONFERÊNCIA . AUDIOCONFERÊNCIA UM MUNDO DE POSSIBILIDADES