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10 de Dezembro de 2013 Seminário Concessões, PPPs e desenvolvimento urbano Brasília SYSTRA OS PPP EM INFRAESTRUTURAS DE TRANSPORTES NO BRASIL E FORA: RETORNO DE EXPERIÊNCIA Índice 1. 2. Modelagem PPP no Brasil e gestão dos riscos Exemplos franceses e retorno de experiência 1. Modelagem PPP no Brasil e gestão dos riscos Principais riscos na modelagem PPP Poder Concedente Risco comercial Concessionária Operação / Manutenção Risco operacional Sistemas e Material rodante Risco tecnologico Risco construtivo Infraestruturas Risco tecnologico e de integração Matriz de riscos no modelo de negócio Risco da Concessionária Riscos compartilhados Investimento (custos adicionais, performance e prazo) Não validação Controle pelo Poder Concedente Operação (custos adicionais, performance, responsabilidade civil, patrimonial e trabalhista) Gratuidade Taxa de gratuidade definida pelo poder Concedente Tarifário Reajuste da tarifa ao usuário Demanda Realização das ações previstas por parte do Poder Concedente: reorganização das linhas de ônibus, implantações complementares Mitigante Tarifa de Remuneração por passageiro transportado Ambiental Obtenção de financiamento Curva de demanda referencial com bandas Gestão dos riscos do PPP na fase de investimento Risco construtivo e tecnológico (CAPEX, prazos e viabilidade técnica) Objeto da negociação entre a concessionária e a empreiteira Depende do nível de definição do estudo do projeto disponibilizado pelo Poder Concedente Depende das tarefas “sensíveis” a carga da Concessionária (condições geotécnicas, desapropriações, etc.) No caso de um financiamento PAC / BNDES, parte nacional requerida (60%) para os fornecedores de sistemas & equipamentos e de material rodante Limita a concorrência Pode limitar algumas orientações tecnológicas Risco tecnológico potencial segundo o conhecimento do modal – significativo para novos modais no Brasil (VLT, Monotrilho) Risco operacional: inteiramente sob a responsabilidade da concessionária Gestão dos riscos comerciais no PPP Volume de demanda definido no contrato PPP Curva de demande de referência definida, potencialmente revalidada após o comissionamento da infraestrutura Com tarifa técnica de equilibro indexada definida Contraprestação do poder concedente correspondente Limites da responsabilidade e do compartilhamento do risco comercial a serem negociados no contrato + y% + x% Demanda de referência - x% - y% Caso geral Entre – x% e +x%, risco para a concessionária só Entre –x% e – y%, risco compartilhado entre a concessionária e o poder concedente Entre +x% e +y% benefício compartilhado entre a concessionária e o poder concedente Abaixo de –y%, contrato de PPP a ser re-negociado Risco comercial – exemplo do PPP do VLT Rio Receita tarifária concessionária = Tarifa x Nr de passageiros transportados 2. Exemplos franceses e retorno de experiência Distribuição dos riscos na modelagem PPP – retorno de experiência da linha de alta velocidade Tours – Bordeaux (França) Nova linha de alta velocidade entre Tours e Bordeaux Extensão de 300km, mais 40 km de conexão com a rede férrea existente Uso das estações existentes – só transporte de passageiros Velocidade comercial de 320 km/h. Paris – Bordeaux em 2hrs10min Contrato Design & Built firmado em Juno 2011, com RFF (órgão público de gestão da rede férrea) Concessão de 50 anos Orçamento de 6 bi Euros Comissionamento em Junho 2017 O PPP Tours – Bordeaux: atores e repartição do risco Concessão principal: risco comercial só Concessão segundária para a manutenção Grupo construtivo com risco de construção e de tecnologia Distribuição dos riscos comerciais – caso da operação da rede metroviária de Paris Organização contratual da operação Contrato de operação de 5 anos, com cada um dos operadores O Poder Concedente define a oferta de transportes (serviços), o nível tarifário e suporta o risco de venda O operador assuma o risco industrial (operação e manutenção) A receita do operador é definida como receita fortetária com uma parte indexada sobre a demanda Poder Concedente STIF Operador trens suburbanos Operador Metrô, VLTs, ônibus Operadores ônibus SNCF RATP Rede Optile O sistema incitativo Sistema incitativo sobre a qualidade do serviços, baseado sobre indicadores Volume de 28M€ para a RATP Os indicadores são avaliados por medidas independentes no campo e pesquisas dos usuários Área Indicador Pontualidade Tempo de espera por linha no período pico Tempo de espera por linha no período vale Número de trens cancelados Qualidade do serviço Disponibilidade dos equipamentos de segurança Limpeza Presencia de pessoal de atendimento Informação aos usuários Acessibilidade do serviço para pessoas com mobilidade reduzida Disponibilidade dos equipamentos de venda Disponibilidade das escadas rodantes Percepção dos usuários (limpeza, segurança, qualidade do serviço) Conclusões O PPP é um instrumento que permite a emergência de projetos de novas infraestruturas de mobilidade urbana no Brasil Tais projetos são complexos e requerem uma forte integração nas fases de design como de construção A modelagem PPP é sempre um equilibro entre a divisão dos riscos e dos benefícios entre os diferentes atores Na modelagem PPP atual no Brasil, os principais riscos construtivos, tecnológicos, operacionais estão tomados pelo ator privado Possibilidade com os stakeholders atuais de atender todos os projetos que o Brasil precisa? OBRIGADO Contato Marc-Olivier Maillefaud – Diretor SYSTRA Brasil +55 11 9 9458 1111 / +33 6 2681 4980 – [email protected]