Organização do Trabalho Político Pedagógico da Escola
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Organização do Trabalho Político Pedagógico da Escola
COLÉGIO ESTADUAL DR. CAETANO MUNHOZ DA ROCHA ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO PANGARÉ - QUITANDINHA - PARANÁ PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO QUITANDINHA 2010 SUMÁRIO 1. APRESENTAÇÃO .................................................................................................4 2. IDENTIFICAÇÃO E HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO............................................. 5 2.1 Organização da Entidade Escolar 2.2 Estrutura física …...................................................................................................7 2.3 Recursos financeiros..............................................................................................7 3. OBJETIVOS GERAIS............................................................................................ 9 4. MARCO SITUACIONAL .......................................................................................10 5. MARCO CONCEITUAL....................................................................................... 14 6. MARCO OPERACIONAL.................................................................................... 15 7. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO P.P.P........................................................... 16 8. REFERÊNCIAS.................................................................................................... 17 9. ANEXOS ENSINO FUNDAMENTAL: PROPOSTA CURRICULAR DE ARTES....................................................................20 PROPOSTA CURRICULAR DE CIÊNCIAS...............................................................31 PROPOSTA CURRICULAR DE ED. FÍSICA ............................................................48 PROPOSTA CURRICULAR DE ENS. RELIGIOSO ................................................ 62 PROPOSTA CURRICULAR DE GEOGRAFIA …......................................................71 PROPOSTA CURRICULAR DE HISTÓRIA.............................................................. 86 PROPOSTA CURRICULAR DE LING. PORTUGUESA ...........................................96 PROPOSTA CURRICULAR DE MATEMÁTICA ....................................................111 PROPOSTA CURRICULAR DE L.E.M. - INGLÊS......................................….........121 ENSINO MÉDIO PROPOSTA CURRICULAR DE ARTES .................................................................133 PROPOSTA CURRICULAR DE BIOLOGIA ............................................................146 PROPOSTA CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA ............................................187 PROPOSTA CURRICULAR DE FILOSOFIA.......................................................... 198 PROPOSTA CURRICULAR DE FÍSICA ….............................................................208 PROPOSTA CURRICULAR DE GEOGRAFIA ....................................................... 214 PROPOSTA CURRICULAR DE HISTÓRIA.............................................................224 PROPOSTA CURRICULAR DE LINGUA PORTUGUESA …................................. 233 PROPOSTA CURRICULAR DE MATEMÁTICA...................................................... 243 PROPOSTA CURRICULAR DE QUÍMICA ............................................................. 253 PROPOSTA CURRICULAR DE SOCIOLOGIA …................................................. 263 PROPOSTA CURRICULAR DE L.E.M. - INGLÊS.................................….............. 273 PROJETO VIVA ESCOLA ..................................…........................................…..... 282 CELEM..................................…........................................…....................................285 1. APRESENTAÇÃO O processo de reelaboração do Projeto Político Pedagógico iniciou-se em 2008, com os professores e funcionários discussões sobre o Projeto. Foram foram feitas reuniões para leitura e realizadas leituras das DCE's, de aprofundamento sobre a Escola do Campo, avaliação e reelaboração das Propostas Curriculares, foi realizada uma pesquisa com as famílias, com o objetivo de saber o composição familiar, escolaridade, profissão, principal fonte de renda, eventos que acontecem na comunidade e participação em Projetos Sociais, entre outros. A democracia na escola se fundamenta na socialização do conhecimento. A elaboração do Projeto Politico Pedagógico, da Proposta Pedagógica Curricular está prevista na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394/96, nos seus artigos 13,14 e 15. O processo de construção do Projeto Politico Pedagógico é dinâmico e exige esforço coletivo e comprometimento, não se resume, somente, à elaboração de um documento escrito por um grupo de pessoas que se cumpra uma formalidade. É concebido solidariamente com possibilidade de sustentação e legitimação. O PPP é um instrumento necessário para a ação e transformação da e na escola, leva a reflexão sobre a educação, buscando esclarecer as funções e objetivos da escola, sua inserção na comunidade, seus princípios, valores e política educativa. Permitindo que a escola identifique seus problemas, seus objetivos a longo prazo e suas possibilidades de atuação. O Projeto Político Pedagógico é um documento que não se reduz à dimensão pedagógica, muito menos ao conjunto de projetos e planos isolados de cada professor em sua sala de aula, pois, ele nos dá o norte no processo ensino aprendizagem. 2. IDENTIFICAÇÃO E HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO O Colégio Estadual Dr. Caetano Munhoz da Rocha – Ensino Fundamental e Médio, situado em Pangaré, Estrada Principal s/nº, com distância de 10 quilômetros do centro da cidade de Quitandinha, Pr, e aproximadamente 80 quilômetros da sede do NRE. Teve sua origem como Escola Rural Municipal Dep. João Leopoldo Jacomel, pelo Ato Municipal nº 165/81 de 21/12/81, tendo autorização para funcionamento pela resolução nº 3.393/82 de 29 de Outubro de 1980. Com terreno doado pelo Senhor José Taborda de Ribas e sua esposa Cristina Ferreira do Espírito Santo, mediante escritura pública Nº 15243, lavrada em 11 de outubro de 1973, inicialmente a estrutura era em alvenaria com 4 salas de aula, onde funcionavam turmas de 1ª à 4ª série (antigo colegial). Mais tarde com a municipalização do ensino, no ano de 1987, a mesma passou a dividir-se em duas escolas: Escola Municipal Dep. João Leopoldo Jacomel e Escola Estadual Dr. Caetano Munhoz da Rocha, criada através da Resolução Nº 5.434 DOE de 06/01/1987 e reconhecida pela Resolução 3.276 do DOE de 22/11/1990, passando por grandes reformas e mantida pelo Governo do Estado do Paraná. No ano de 2006, foi autorizada/aprovada a implantação do Ensino Médio, estendendo seus serviços públicos Educacionais do Ensino Fundamental ao Ensino Médio, passando a denominar-se Colégio Estadual Dr. Caetano Munhoz da Rocha. 2.1 Organização da Entidade Escolar. Atualmente a escola atende um total de alunos distribuídos entre o Ensino Fundamental, Ensino Médio e CELEM, divididos nos períodos manhã, tarde e noite. TURMAS TURNO 5ª 6ª CELEM VIVA ESCOLA 7ª 8ª 1ª 2ª 3ª MANHà ** ** 16 25 56 40 28 TARDE 38 26 18 18 ** ** ** NOITE ** ** ** ** 16 12 12 33 TOTAL 38 26 34 43 72 52 40 33 TOTAL 165 23 123 73 23 361 Quadro geral do Corpo Docente e Funcionários do Colégio Estadual Dr. Caetano Munhoz da Rocha: NOME FUNÇÃO HORAS/AU FORMAÇÃO LA Adriane Aparecida Iargas Pedagoga Licenciado em 20 Afonso Roberto Ferreira Ageane Rogovski Mendes Andreia de Fatima Farago Diretor Professora Professora Pedagogia História Matemática Acadêmica Pedagogia 40 17 em 23 Ângela Procópio Professora Bernadete Wojcikievicz Professora Carolina Kaiss Celia Regina Conterno Professora Agente Educacional II Cleonice Mara Rautte Professora Claudete Barros Ribas Agente Cardoso Educacional II Cristiane Terezinha Pedagoga Carvalho Camilo Dionéia Aparecida Gabardo Agente Fonseca Educacional II Dorotéia das Graças Professora Gabardo dos Anjos Edson Luiz Scmidt Professor Eunice Maria Train Stuy Prof./Pedagoga Felipe Iarek Professora Flora Kmiecik de Souza Pedagoga Franciele Regiane Professora Kuzeratski Gilvane Santana Pinto Professor Goreti da Luz Gonçalves Professora Padilha Ines Terezinha Pyrychovski Agente Educacional I Josiane Mendes de Moura Professora Jonathan Kleiton Boiano José Smokovicz Josiane Sodré Josiete Terezinha Oliveira Rocha Professor Professor Agente Educacional I de Secretária Licenciatura Artes Visuais e História Licenciatura Ciencias/Matemática Sociologia Licenciatura em Pedagogia 38 Ciencias Letras Português/Inglês 16 40 Pedagogia 20 Ensino Médio 40 Letras 15 Educação Física Normal Superior Educação Física Pedagogia Acadêmico em Ciências Biologicas Licenciatura Matemática Educação Física 6 16 3 20 18 16 6 20 24 6 Ensino Médio em curso 40 Secretariado Ciências de 1º G c/ 16 habilitação Biologia Matemática 4 Ciências Ensino Médio Tecnólogo em Gestão Pública/Acadêmica de Arte 40 40 Juliana Margarida Siqueira Jusciano Renato Malakoski Lucia Liebel de Siqueira Mendes Luis Henrique Figura Luiz Taborda Pereira Maria Jocelia Barrão Maiara Parrilha Tel Benk Professora Professor Professora Geografia História História 32 3 8 Diretor Auxiliar Professor Professora Professora 40 6 Maike dos Santos Correa Professor Maria Ivone da Cruz Marisa Aparecida Miniskowski Rosa de Lima Colaço Professora Professora Educação Física Ciências Biológicas História Matemática/Oceanografi a Acadêmico em Matemática Letras Português/Inglês Bacharel Assistência Social Ensino Médio Pedagogia 8 Rosemari Lesniovski Gadonski Roxane Parrilha Tel Rubens António da Rocha Agente Educacional I Professora Professora Professor Soeli Terezinha Kuchinski Professora Ferreira Suelen Janine Ribeiro Professora Tatiane Karpinski Professora Thays Aparecida de Oliveira Professora Tuchinski Tânia Mara Maciel Agente Educacional I Valdete Maria Alves Pedagoga Bormann Vanderleia Santos Colaço Professora Vera Lucia Hirt Portela Professora Veronica dos Santos Agente Educacional I 8 1 8 4 40 Ciências Biológicas 8 Desenho e História da 12 Arte Letras Português /Inglês 33 Acadêmico em 16 Pedagogia Acadêmica de Letras 4 Português/Espanhol Letras Português/Inglês 22 Ensino Fundamental 20 Pedagogia 20 História História Ensino Médio 3 15 40 2.2 Estrutura Física O Colégio Estadual Dr. Caetano Munhoz da Rocha, possui uma área de aproximadamente 5.000 m², tendo 550m² de área construída, encontra-se em bom estado de conservação, porém necessita de uma pintura em todo o prédio, a construção é em alvenaria, com instalações elétrico-hidráulicas regular, está cercada com muro. Tanto o terreno como a edificação do prédio pertencem ao Estado ou Fundepar. Possui atualmente os seguintes espaços: 9 Salas de aula 1 Sala de direção 1 secretaria 1 Sala de professores 1 biblioteca 1 laboratório de informática 1 sala do PROINFO 1 Cozinha 1 Banheiro para professores 1 Conjunto de banheiro masculino 1 Conjunto de banheiro feminino 2 salas de aula em fase de acabamento 1 sala multiuso (em fase de acabamento) 2.3 Recursos Financeiros O Colégio Estadual Dr. Caetano Munhoz da Rocha recebe recursos financeiros provindos de: - Fundo Rotativo - Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) Além da ajuda dos projetos citados a escola também recebe colaborações espontâneas através da A P M F. 3. OBJETIVOS GERAIS A função do Colégio é proporcionar condições de ensino- aprendizagem nas diversas áreas do conhecimento, possibilitando a compreensão da sociedade em constante transformação e as complexidades decorrentes destas. Despertar o interesse pelas particularidades das diferentes disciplinas valorizandos-as e integrando-as ao seu cotidiano, compreendendo a importância da unidade do conhecimento científico, reconhecendo a diversidade do currículo escolar, assim espera-se que os alunos do Colégio Estadual Dr. Caetano Munhoz da Rocha, exerçam sua cidadania, participem ativamente da vida social e política, adquiram e ampliem seus conhecimentos, tendo atitudes de solidariedade, cooperação e conhecimentos das ações praticadas em nosso meio social, tendo condições de: Posicionar-se de maneira crítica, responsável e construtiva nas diferentes situações sociais, utilizando o diálogo como forma de mediar e de tomar decisões coletivas: com os interesses focados no bem comum. Questionar a realidade formulando problemas e tratando de resolvê- los utilizando, para isso, o pensamento lógico, a criatividade, a intuição, a capacidade de análise crítica, selecionando procedimentos e verificando sua adequação, na intenção da busca da sistematização e aplicação do conhecimento construído no decorrer de sua vida. Conhecer a pluralidade do patrimônio sócio-cultural brasileiro, regionais e locais, posicionando-se contra a discriminação. Perceber-se integrante, dependente e agente transformador do ambiente, compreendendo e sendo agente multiplicador do respeito ao meio ambiente, do desenvolvimento sustentável, parcimônia no uso dos recursos naturais esgotáveis, criando situações que visem conscientizar o controle e economia destes. Desenvolver o conhecimento de si mesmo e o sentimento de confiança em suas capacidades afetivas, física, cognitiva, ética, de interrelação pessoal e de inserção social, para agir, com perseverança na busca de um conhecimento e o exercício da cidadania, visando o próprio bem, dos seus pares e de seus diferentes. Conhecer o próprio corpo e dele cuidar, valorizando e adotando hábitos saudáveis como um dos aspectos básicos da qualidade de vida e agindo com responsabilidade em relação a sua saúde e a de outros, combatendo o uso de drogas e a auto-medicação. Utilizar as diferentes linguagens: para produzir, expressar e comunicar suas ideias, interpretar e usufruir das produções culturais, atendendo a diferentes intenções e situações de comunicação, usando o bom-senso. Saber utilizar diferentes fontes de informação e recursos tecnológicos para adquirir e construir conhecimentos, porém, sem negar sua história de vida e sua cultura familiar. Possibilitar a interação entre os segmentos do Colégio Estadual Dr. Caetano Munhoz da Rocha, bem como verificar o andamento das atividades, resolução de problemas e ações coletivas através de reuniões periódicas. 4. MARCO SITUACIONAL O Colégio Estadual Dr. Caetano Munhoz da Rocha Ensino Fundamental e Médio, situado na rua Principal s/nº em Pangaré, Quitandinha, PR, presta serviços educacionais as comunidades de Doce Fino, Rio da Várzea, Lambari, Quicé, Cerrinho, Pepes, Pangaré Velho, Pangaré I, Lagoa Verde Cerro Verde I, II e III e Rio Vermelhinho, sendo todas as localidades atendidas pelo transporte escolar. Divide seu espaço físico com a Escola Rural Municipal Dep. João Leopoldo Jacomel, sendo de uso comum: a biblioteca, sala de informática, a cozinha, banheiros, três salas de aula, sala dos professores e quadra esportiva. Segundo o levantamento de dados obtido através do questionário feito com os pais dos alunos, constatamos que a maioria da população é de baixo poder aquisitivo, basicamente agrícola, com pouco acesso a informações, onde os pais não cultivam o hábito do conhecimento através da leitura limitando-se às poucas informações repassadas pela TV e Rádio. O número de telefones fixos é muito pequeno, porém quase todas as famílias possuem celular, embora não tenha cobertura em todas as localidades. Praticamente todas as famílias possuem rádio, televisão e geladeira, poucas possuem computadores, a maioria das famílias possuem carro e moto. A principal atividade é agrícola sendo que os produtos mais plantados são fumo, feijão, milho, batata salsa, o plantio de verduras vem crescendo nos últimos anos, sendo o fumo a atividade responsável pelo número de faltas de muitos alunos que precisam ajudar na época de plantio e colheita, todos os agricultores que fazem uso de agrotóxicos dizem saber dos cuidados ao utilizá-lo e o destino correto das embalagens. Existem poucas atividades de lazer nas comunidades atendidas pelo Colégio, sendo basicamente Festas do Padroeiro das capelas da Igreja Católica, futebol entre amigos e rodeio em algumas comunidades, o lazer acaba sendo sempre visita a familiares e alguns têm o hábito de pescar. A comunidade em geral é muito religiosa, sendo em sua maioria católica, mas com um número expressivo de evangélicos, existe o costume das novenas em família e uma das principais atividades é a participação nas missas e nos cultos. O índice de evasão e repetência é baixo e a participação dos pais é considerável, visto que a maioria mora longe e não possui condução própria, dificultando o acesso ao Colégio, porém tem se notado maior participação e interesse dos pais em relação a vida escolar de seus filhos. Os alunos participam de Concursos de Poesias, de Redações, Festivais de Dança e Jogos Escolares, do Programa Viva Escola, Prova Brasil, ENEM e OBMEP. O Colégio oferece merenda do Programa Escola Cidadã durante todo o período letivo, servindo inclusive o desjejum matinal, recebe recursos financeiros como: Fundo Rotativo, Programa Dinheiro Diretos na Escola, (PDDE) ambos destinados à manutenção e conservação da Escola, aquisição de materiais didáticopedagógicos e de expediente. A cozinha é pequena, e o mesmo espaço é utilizado para o armazenamento de uma parte da merenda e preparo da mesma, necessitando de um espaço maior e de armários para guardar os utensílios da cozinha, visto que os mesmos ficam expostos; as crianças fazem o lanche em pé, pois o Colégio não possui refeitório. O Colégio necessita de mais salas de aulas, sala ambiente, sala de uso múltiplo, biblioteca adequada e laboratório de ciências para que as aulas possam ser desenvolvidas plenamente, a falta desses espaços limita a execução de aulas práticas dificultando a aprendizagem efetiva dos conteúdos. O espaço físico não é adaptado para atender alunos portadores de necessidades especiais. Atualmente o Colégio não atende alunos portadores de deficiências físicas e mentais, porém possui alguns alunos com dificuldades de aprendizagem, estes são atendidos pelos próprios professores em sala de aula, que na maioria das vezes sentem dificuldades para atender suas necessidades. Segundo a LDB, é dever do Estado oferecer atendimento educacional especializado gratuito ao educando com necessidades especiais, preferencialmente na rede regular de ensino; (Art. 4º, § 3º). Quanto aos pais de nossos alunos podemos dizer que as longas distâncias, meios de comunicação ineficiente e o baixo nível de instrução dificultam a participação destes nas decisões colegiadas, a maioria estudou até a quarta série, normalmente as mães têm mais estudo, além transmissão do conhecimento os pais esperam que o Colégio ofereça uma educação nos moldes tradicionais de ensino e a possibilidade de conseguir bons empregos. A participação dos pais na vida escolar dos filhos é fundamental para a aprendizagem, e participar não significa estar todos os dias na escola ou ensinar o dever de casa. Os responsáveis pelo educando podem e devem participar da vida escolar dos filhos, na organização de momentos de estudo diário em casa e conversando sobre as suas dificuldades de aprendizagem e relacionamento com os colegas e professores. Para Jorge Visca (1991, p.25) A criança toma como principal objeto de interação os membros do grupo familiar e as relações dos mesmos entre si e com os objetos, em função de uma escala de valores. A frequência, a intensidade e a alternância de tais interações constituem um nível que determina a percepção de mundo. Os programas sociais do Governo Federal que incentivam a permanência do aluno no Colégio beneficiam aproximadamente 60% dos alunos com a Bolsa Família, um pequeno número de alunos frequenta o PETI e o PROJOVEM. A hora atividade concentrada tornou possível à interação e troca de experiências, considerando-se um grande avanço na Educação, pois deu condições para a troca de ideias entre professores e equipe pedagógica, conversas com pais e alunos, elaboração de trabalhos, planejamento, avaliação conjunta do desenvolvimento das turmas. A Proposta Pedagógica Curricular é elaborada pelos professores de cada disciplina, com o auxílio da Equipe Pedagógica e Direção, seguindo as DCEs, os critérios estabelecidos pela SEED e o PPP do estabelecimento, porém devido a rotatividade de professores e a falta de professores habilitados em algumas disciplinas tivemos dificuldade para uma reformulação mais abrangente. Os programas de capacitação atendem todos os segmentos da escola dentro das necessidades específicas através de oficinas e cursos oferecidos pela SEED. A avaliação é entendida como um aspecto de ensino pelo qual o professor estuda e interpreta os dados da aprendizagem e de seu próprio trabalho, dando-lhe condições para que tome decisões quanto ao aperfeiçoamento das situações de aprendizagem. Os instrumentos de avaliação são diversificados, podendo ser: provas escritas e orais, palestras, debates, teatros, trabalhos de pesquisas individuais e em grupo, produções de textos e cartazes, visando alcançar os objetivos propostos, ponderando os aspectos qualitativos da aprendizagem, sendo esta contínua, cumulativa e processual. Os resultados serão expressos por disciplina, através de notas numa escala de 0 (zero) a 10 (dez), computados trimestralmente. A apuração para a média anual, para cada disciplina, será realizada através da seguinte fórmula: M.A.= 1º TRI. + 2º TRI. + 3º TRI. 3 Através das avaliações o professor detecta as dificuldades dos alunos, revê a sua metodologia e estabelece novas ações pedagógicas para recuperar paralelamente os conteúdos trabalhados. A recuperação de estudos é direito de todos os alunos, independente do nível de apropriação do conhecimento. Sistema de promoção: Será considerado promovido o aluno que obtiver, em cada componente disciplina, frequência igual ou superior a 75% e média igual ou superior a 6,0 (seis) O aluno que não obtiver média anual igual a 6,0 (seis), terá seu desempenho submetido à avaliação do conselho de classe/série. Sistema de Retenção: Considera-se retido o aluno que não obteve: média anual igual ou superior a 6,0 (seis) em cada disciplina; aprovação, quando submetido ao Conselho de Classe/série; frequência igual ou superior a 75% (setenta e cinco por cento), durante o ano letivo, em cada disciplina. A avaliação, classificação e promoção do educando será de responsabilidade dos docentes, equipe pedagógica seja em Conselho de Classe ou reuniões extraordinárias com a Direção, Pedagogos, Professores e o Conselho Escolar. A avaliação deve ser compreendida como uma consequência, decorrente de um processo de letramento, análise, reflexão formação do senso crítico e assimilação do conhecimento, e não como acúmulo de notas para se fechar médias, é indispensável que após o processo avaliativo o professor identifique as dificuldades dos alunos e realize a recuperação paralela dos conteúdos trabalhados a fim de efetuar uma aprendizagem significativa. Atualmente a escola conta com todas as instâncias colegiadas organizadas como APMF, Conselho Escolar e Grêmio Estudantil, trabalhando em prol da comunidade escolar, dando suporte às necessidades que surgem no contexto escolar durante o ano. A organização e distribuição de turmas são realizadas de acordo com a demanda do Colégio. Em 2010 o Colégio desenvolve o Programa Viva Escola: “Elaboração de uma Agenda 21 no C. E. Dr. Caetano Munhoz da Rocha”, que tem a participação de alunos do Ensino Fundamental e Médio no período da tarde e oferece o curso de espanhol, através do CELEM, no período noturno. 5. MARCO CONCEITUAL O Colégio deverá transmitir o conhecimento voltado para a realidade que está inserida. É uma Entidade que serve a comunidade e sociedade, sem discriminação, aberta a todos os cidadãos, propiciando-lhes acesso ao conhecimento, respeitando as individualidades e oferecendo meios para que os profissionais realizem reflexões e definam as ações que venham de encontro com as necessidades. É primordial que o educando perceba a confiança que a família deposita na escola e valorize suas aquisições e avanços. Ao Colégio compete criar um contexto favorável à aprendizagem no qual se observe uma interação instrutiva e o desenvolvimento do educando. Cabe ao professor desenvolver práticas pedagógicas que estimulem a reflexão e o comprometimento social, oferecendo uma educação emancipadora, preocupada com a elevação cultural do educando, partindo do meio vivido e articulando com a cultura elaborada, elevando-o a um novo nível de compreensão, resultando na apropriação efetiva dos conhecimentos científicos e filosóficos historicamente construídos, fazendo com que o aluno leve para sua realidade a prática do conhecimento adquirido, podendo assim interferir na evolução e transformação de sua história e da história da humanidade. Com a crescente produção do conhecimento e o avanço científico e tecnológico cada vez mais acelerado, faz-se necessário que a escola acompanhe essas mudanças, que seus profissionais sejam capacitados e procurem atualizar-se sempre para poderem desenvolver essas práticas no seu trabalho. O Colégio Caetano prioriza uma educação emancipadora para a transformação da sociedade, que atenda os interesses da maioria, que possa lutar pelas mudanças de regras das relações sociais, preconiza-se uma escola atualizada e ativa que desperte a curiosidade e possibilite o desenvolvimento do senso crítico e o posicionamento consciente na tomada de decisões, refletindo na transformação da sociedade, tornando-a mais justa, autônoma e igualitária. 6. MARCO OPERACIONAL Ações conjuntas como participação no programa “Paraná Alfabetizado”, “Escola para todos”, elaboração da Agenda 21 Escolar, e outros deverão acontecer nos âmbitos: estadual e municipal, contando principalmente com o empenhos dos participantes dessas ações, pretende-se a colaboração de todos os segmentos envolvidos com o ensino- aprendizagem do Colégio para que se possam atingir todas as metas desejadas. Quando a família se insere no espaço da escola, participando de seu cotidiano, todos saem ganhando, ambas devem estarem preparadas para novas configurações nas relações familiares. Segundo Bassedas et al. (1996, p.35) A angústia e a ansiedade de pais e professores interferem na relação e a criança sente-se prejudicada. (...) É preciso fazer um trabalho de aproximação dos dois sistemas, ajudar a buscar canais mais fluídos de comunicação e colaboração, para planejar e estabelecer compromissos e acordos mínimos que levam ao fim do bloqueio criado nesta situação. Para garantir a qualidade da aprendizagem de todos os alunos, é necessário que o professor, equipe pedagógica, direção e agentes educacionais estejam sempre atualizados, participando das Formações Continuadas, Grupos de Estudos, e aproveitem a hora atividade, reuniões pedagógicas e Conselho de Classe para reavaliar sua prática educativa, fazendo uma discussão continuada e coletiva, uma análise e reflexão do caminho percorrido, buscando o desenvolvimento de uma prática pedagógica que articule conteúdos e o uso de recursos diferenciados e facilitadores da aprendizagem, proporcionando condições de apropriação de conteúdos à todos os alunos. Como nosso Colégio está inserido no campo e atende basicamente a filhos de trabalhadores do campo necessitamos de uma política pública que nos ampare legalmente para garantirmos uma escola de qualidade para nossos alunos, sem que estes precisem deslocar-se para a sede do município. 7. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL O P.P.P. foi elaborado por todos os componentes do Colégio através de reuniões onde se refletiu e discutiu sobre ações que viriam a proporcionar a comunidade e alunos numa educação de qualidade, bem como alternativas para realizar da melhor forma o cumprimento social da escola que é educar para a vida em sociedade e o preparo para o trabalho. Ocasionalmente os profissionais da escola realizam trocas de ideias visando efetivar o compromisso de todos com a educação, permitindo o resgate pelo conhecimento e crescimento de todos, dentro de um trabalho cotidiano da escola, superando as dificuldades e as tornando oportunidade de amadurecimento. O P.P.P. tem como objetivo fundamental a melhoria do Ensino Público e a garantia de aquisição de aprendizagens, analisando e propondo as revisões necessárias para que os objetivos sejam atingidos. Sendo um norteador da prática pedagógica que possibilita a autonomia e criticidade do aluno. É importante reconhecer que o P.P.P. não é algo pronto e acabado, mas um referencial sujeito a mudanças reconhecidas como necessárias pelo coletivo da escola, na busca de concretizar os objetivos comuns que levam a formação de novos cidadãos para uma sociedade mais justa, humana e democrática. Quanto à avaliação do P.P.P. deverá acontecer na medida do desenvolvimento do trabalho da comunidade escolar, ao longo do ano letivo sendo ajustado conforme as necessidades, considerando que a escola deve possibilitar condições para evolução dos indivíduos e com isso a transformação da sociedade. 8. REFERÊNCIAS DCE's, Paraná. Secretaria do Estado da Educação. Superintendência de Educação. – Curitiba: SEED – PR, 2008. LUCKESI, Cipriano Carlos. Filosofia da Educação. São Paulo: Cortez, 1994 LOCH, Valdeci Valentim. Jeito de Avaliar: Avaliação. Curitiba: Renascer, 1995. O construtivismo e o Processo de GADOTTI, Moacir. História das ideias Pedagógicas. 3 ed. São Paulo: Ática, 1995. LDB. Lei de Diretrizes e Bases Nº 9394/96 BACH, Richard. Fernão Capelo Gaivota. São |Paulo: Record, 2001. ESTATUTO DO CONSELHO ESCOLAR / Paraná. Secretaria do Estado da Educação. Superintendência de Educação. Coordenação de Apoio a Direção e Equipe Pedagógica. – Curitiba: SEED – PR., 2005. ESTATUTO APMF / Paraná. Secretaria do Estado da Educação. Superintendência de Educação. Coordenação de Apoio às APMFs. Curitiba: SEED – PR, 2003. GRÊMIO ESTUDANTIL/ Paraná. Secretaria do Estado da Educação. Superintendência de Educação. Coordenação de Acompanhamento e Avaliação do Discente CAADI – Curitiba: SEED – PR. REGIMENTO ESCOLAR do Colégio Estadual Dr. Caetano Munhoz da Rocha. ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE – ECA CHALITA, Gabriel. Educação: a solução está no afeto. São Paulo: Gente, 2001. WITTMANN. Lauro Carlos. Práticas em Gestão Escolar. Curitiba: Ibpes, 2006. CERVI, Rejane de Medeiros. Planejamento e avaliação educacional. Curitiba: Ibpes, 2006. ANEXOS ENSINO FUNDAMENTAL DIRETRIZ CURRICULAR DE ARTE PROF. RESPONSÁVEL: RUBENS ANTONIO DA ROCHA 1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA DE ARTE O ensino de arte no Brasil, historicamente vem passando por constantes processos de mobilizações sociais e de caráter ideológico, tendo como objetivo a melhoria da educação. Na década de 80, Demerval Saviani propõem os Fundamentos da Pedagogia Histórico-Crítica e Paulo Freire, nos anos 60 com a Teoria da Libertação, a partir das experiências de Freire desde a década de 40 com a educação popular numa proposta em que os conhecimentos da cultura resultassem uma prática social transformadora. Essas propostas educacionais repercutiram diretamente na prática pedagógica e na metodologia de ensino em suas formas de aplicação. A Lei nº 5692 / 71, imposta para a Educação no período da ditadura militar, que em seu Artigo 7º, determinou a obrigatoriedade do ensino da Arte no Brasil na época 1º e 2º Graus, hoje Ensino Fundamental e Ensino Médio , o que contribuiu para que o preconceito ocupasse maior espaço no “sofrido” ensino de arte. Nesse período, as discussões para se definir “Educação Artística” e “Ensino de Arte” foram determinantes para que os professores refletissem a questão. A “Educação Artística” se ocupava de ensinar a técnica pela técnica, desvinculada do processo histórico. O “Ensino de Arte” por sua vez, estabelecia um vínculo entre metodologia, compreensão e produção do fazer artístico e suas relações sociais e históricas do homem, no seu tempo e espaço. A DCE em sua “Dimensão Histórica da Disciplina”, organizou cronologicamente os acontecimentos que marcaram o desenvolvimento da Arte no Brasil. Atribui-se aos padres jesuítas os primeiros ensinamentos de arte, os quais, mesmo impondo valores comportamentais europeus e cristãos, influenciaram com essa visão clássica, a formação das futuras classes dirigentes oriundas da burguesia que se instituía, e que compreendia a arte como acessório cultural, um refinamento para a classe dominante. Desde o período colonial, nas distantes reduções jesuíticas, ocorria a catequização indígena por meio da música, do teatro, da dança, pintura, escultura, artes manuais e outras que contribuíram para a fragmentação cultural daqueles povos indígenas. Contrariando costumes da época, os padres jesuítas, ao mesmo tempo em impunham novos comportamentos, valorizavam e assimilavam hábitos e costumes dos povos que aqui viviam a milênios, e que já tinham uma cultura própria, muito antes da chegada dos europeus. No Paraná, com a fundação do Liceu de Curitiba, em 1846, hoje Colégio Estadual do Paraná que seguia o currículo do Colégio D. Pedro II; a Escola Normal, atual Instituto de Educação e a Escola Profissional Feminina ofereciam além do desenho, cursos de corte e costura, arranjos florais e bordados, conhecimentos que faziam parte da formação cultural da mulher, educada para os afazeres domésticos. Após esse longo período histórico de desenvolvimento, em 1886, Antonio Mariano de Lima criou a Escola de Belas Artes e Indústrias, que por sua vez impulsionou a fundação da Universidade Federal do Paraná em 1912, por Vítor Ferreira do Amaral, e da Escola de Música e Belas Artes do Paraná – EMBAP, no ano de 1948. A iniciativa de Mariano de Lima, cuja metodologia vinha do Liceu de Artes e Ofício do Rio de Janeiro, tinha por objetivo formar profissionais e educadores em Língua e Ciências, Música, Desenho, Arquitetura, Pintura, Artes e Indústria, Propaganda e Biblioteca. Entre outros que contribuíram com Mariano de Lima para implantar, o ensino de Artes no Paraná figuram, Alfredo Andersen, Guido Viaro, Eny Caldeira, Augusto Rodrigues, Emma Koch, o Maestro Bento Mossurunga na Música e tantos outros. A década 60, marcada pelo Regime Militar que implantou o Ato Institucional Nº 5, o famigerado (AI-5) em 1968, reprimiu movimentos sociais, e implantou a Lei Federal 5.692/71, que em seu Artigo 26, § 2º dizia: “O ensino de Arte constituirá componente curricular obrigatório, nos diversos níveis da educação básica, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos alunos”, e neste período de intensa agitação política, o ensino de Artes passou a valorizar a técnica, reduziu conteúdos, a criatividade se restringiu ao domínio da técnica e uso de materiais, e o ensino de música enfatizou a execução de hinos pátrios e de festas cívicas. Sendo a Arte a síntese do trabalho criador do homem, sujeitos transformadores da sociedade, que direciona os modos de pensar e agir de acordo com suas necessidades, que muda e interfere na natureza e nos padrões culturais, reorganizando seu espaço, não esquece a história passada para construir a presente, tem nesse contexto histórico, a inserção dos conteúdos de História e Cultura Afro-Brasileira, conforme a Lei Federal nº 10.639, aprovada em 09 de janeiro de 2003, que em seu Artigo 26-A diz: “nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e particulares torna-se obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira” e também a Deliberação nº 04/06 do Conselho Estadual de Educação aprovada em 02 de agosto de 2006, que instituiu Normas Complementares as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnicas – Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, as quais tratam “do respeito ao direito dos descendentes de africanos, a valorização da sua identidade étnico-histórico-cultural”, e a inserção destes temas nos currículos escolares. Para que as escolas cumpram a função social, foi incluído em seu calendário escolar, o dia 13 de maio como o “dia nacional de luta contra o racismo” e o dia 20 de novembro como o “dia nacional da consciência negra”, mobilizando a comunidade escolar e a sociedade para o resgate da auto-estima dos afros-descendentes como cidadãos, com sua identidade, individualidade, sujeitos da nossa história com sua beleza étnica e capacidade de produzir material e intelectualmente, para a conscientização da importância que essa cultura tem na construção do nosso país ao longo da nossa história. A formação da matriz cultural brasileira compreende não somente as culturas afro-descendentes, como também a européia e asiática que estão presentes, pois, falar da história do Brasil é falar desses povos que aqui aportaram. Falar da escravização, é falar dos índios e dos negros que no período da colonização muito contribuíram, e logo após a abolição da escravidão negra, europeus aqui chegaram para substituí-los. A multiculturalidade da população brasileira deve ser tema cotidiano na escola, e conforme indicam as Diretrizes Curriculares, deve figurar no Projeto Político Pedagógico da escola e trabalhada pelas disciplinas que compõem a matriz curricular. Portanto, cabe em especial aos professores de Artes / Arte, História, Geografia e Literatura destacar a contribuição dos Africanos e Afros- Descendentes na formação da cultura local, regional e na construção da história brasileira. 2. OBJETIVOS O ensino de Artes no Ensino Fundamental tem por objetivo conduzir o aluno a entender que a organização do fazer artístico acontece por meio da análise dos elementos utilizados nas composições, contemplados nas quatro linguagens artísticas - Artes Visuais, Música, Dança e Teatro, cada uma delas com suas especificidades, com seus objetos de estudos e seus elementos caracterizadores. Para que os alunos vivenciem os conhecimentos artísticos e compreendam seus significados, como produto social em constante evolução, resultado da ação criadora do homem, e como este interfere nos padrões sociais estabelecidos historicamente, é importante que o professor organize suas aulas com informações que aproximem o educando da sua realidade, das diversidades culturais, que ocorram afinidades entre os saberes artísticos que contribuirão para que os alunos desenvolvam ações, conforme a linguagem artística em destaque. Para que se efetive as ações do professor, estas deverão considerar os seguintes campos conceituais: O conhecimento estético - diz respeito ao pensamento, a sensibilidade e a percepção, este, organiza-se de forma concreta nas representações artísticas, fundamentadas nos campos da sociologia e da psicologia mas que acima de tudo, é parte da sensibilidade humana.. O conhecimento da produção artística – diz respeito ao processo criativo e imaginativo, a elaboração e formalização do fazer artístico, em suas formas, em suas experiências com materiais e técnicas e os componentes distintos das Artes Visuais, da Dança, da Música e do Teatro. Os conhecimentos estéticos e artísticos sistematizados, conduzem a mais três importantes concepções de arte, conforme citado na DCE, p.25, fundamentado por Vasquez, 1978, e que compõem o universo da cultura humana, que norteiam e organizam a metodologia, a seleção dos conteúdos e a avaliação no Ensino Fundamental e no Ensino Médio, que são: Arte como forma de conhecimento, Arte como ideologia e Arte como trabalho criador. Arte como forma de conhecimento: pode revelar aspectos do real, em sua relação com a individualidade humana, através dos objetos produzidos, revelando o meio em que o seu criador está inserido. Arte como ideologia: é o resultado final da construção histórica de uma sociedade, e compreende os modos de agir, pensar e de se comportar nas interrelações humanas e com a natureza. A arte como trabalho criador: compreende o trabalho criador e a criação artística produzida e historicamente acumulada, resultado de uma ação intencional, complexa, que pode ser um som, uma representação ou movimento, uma forma ou uma cor, estas sintetizam o humanismo, resumem a complexidade do ser humano. 3. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Os Conteúdos Estruturantes segundo as DCE, “constituem os fundamentos para a compreensão de cada uma das áreas de Arte.” São apresentados separadamente mas devem ser metodologicamente trabalhados de forma articulada entre as linguagens artísticas. Os conteúdos estruturantes são: Elementos formais; Composição; Movimentos e períodos. Elementos formais: está relacionado à forma em questão, aos recursos empregados no desenvolvimento do trabalho artístico, caracterizada pela cultura presente bem como o conhecimento em arte. Composição: é o processo de organização dos elementos formais que compõem o conjunto da obra artística, onde cada elemento visual ocupa um espaço determinado. Movimentos e períodos: caracterizam-se pelos contextos históricos em relação aos conhecimentos da Arte, em seus aspectos sociais, culturais, econômicos e também aos gêneros, estilos e correntes artísticas. 4- CONTEÚDOS ESPECÍFICOS Os conteúdos específicos, são organizados para favorecer e enriquecer o desenvolvimento cultural do educando, sua produção artística e sua compreensão, pois as algumas linguagens da arte apresentam pontos comuns entre os elementos artísticos que as compõem, tais como: ritmo, harmonia, simetria, tonalidade e intensidade, permitindo aos alunos estabelecer conhecimentos e a linguagem artística em questão. as relações entre esses 5ª SÉRIE ARTES VISUAIS MÚSICA TEATRO DANÇA ELEMENTOS FORMAIS ELEMENTOS FORMAIS ELEMENTOS FORMAIS ELEMENTOS FORMAIS Ponto Linha Superfície Textura Forma Volume Luz Cor Altura Duração Timbre Intensidade Densidade Personagem: Movimento corporal expressões corporais, Tempo vocais, Espaço gestuais, faciais. Ação Espaço 6ª SÉRIE ARTES VISUAIS MÚSICA TEATRO DANÇA ELEMENTOS FORMAIS ELEMENTOS FORMAIS ELEMENTOS FORMAIS ELEMENTOS FORMAIS Ponto Linha Superfície Textura Forma Volume Luz Cor Altura Duração Timbre Intensidade Densidade Personagem: Movimento corporal expressões corporais, Tempo vocais, Espaço gestuais,faciais. Ação Espaço 7ª SÉRIE ARTES VISUAIS MÚSICA TEATRO DANÇA ELEMENTOS FORMAIS ELEMENTOS FORMAIS ELEMENTOS FORMAIS ELEMENTOS FORMAIS Linha Superfície Textura Forma Volume Luz Cor Altura Duração Timbre Intensidade Densidade Personagem: Movimento corporal expressões corporais, Tempo vocais, Espaço gestuais,faciais. Ação Espaço 8ª SÉRIE ARTES VISUAIS MÚSICA TEATRO DANÇA ELEMENTOS FORMAIS ELEMENTOS FORMAIS ELEMENTOS FORMAIS ELEMENTOS FORMAIS Linha Superfície Textura Forma Volume Luz Cor Altura Duração Timbre Intensidade Densidade Personagem: Movimento corporal expressões corporais, Tempo vocais, Espaço gestuais,faciais. Ação Espaço 5- METODOLOGIA De acordo com as Diretrizes Curriculares, o ensino de Arte é proposto como fonte de humanização, ou seja, a consciência da existência individual e social, e como tal, sujeito capaz de mudar os rumos da própria história. Nesse sentido, o encaminhamento metodológico para o ensino de arte deve possibilitar ao educando “um novo olhar, um ouvir mais crítico, um interpretar da realidade além das aparências, como a criação de uma nova realidade, bem como a ampliação das possibilidades de sentir e perceber.” Assim, a metodologia a ser empregada deve contemplar três momentos da organização pedagógica, a saber, conforme as diretrizes: Teorizar: possibilita ao aluno que perceba e se aproprie da obra artística, bem como desenvolva trabalhos artísticos que o ajudem formar conceitos artísticos. Sentir e perceber: são as formas de apreciação, leitura e acesso à obra de arte, familiarizando-o com as diversas possibilidades de produções artísticas. Trabalho artístico: é a prática criativa, o exercício com os elementos que compõe uma obra de arte. A escola é o espaço de articulação e socialização desses conhecimentos, evidenciando a experimentação e exploração de materiais representativos da produção artística, conduzindo o aluno ao contato com as diferentes linguagens artísticas. As DCE propõem que o “espaço escolar e o professor atuem de modo a evitar a padronização nas atividades artísticas a partir da visão do adulto”, ampliando as condições de aprendizagens das linguagens artísticas delineadas em um argumento incluído num determinado momento histórico, contribuindo para que o aluno, ator principal desse processo, descubra o prazer da criação e do fazer artístico, que faz parte da formação integral do ser humano. Assim, o encaminhamento metodológico e as práticas pedagógicas para o ensino de artes no Ensino Fundamental, estão fundamentados de acordo com as Diretrizes Curriculares, e consideram Arte, Cultura e Linguagem, devendo estes temas abranger os seguintes conteúdos: As manifestações culturais e produções artísticas locais, aquelas arraigadas aos costumes das diferentes comunidades locais e regionais, sendo estas compreendidas como bens materiais e imateriais. O conhecimento empírico de cada educando e suas peculiaridades, sendo estes o início para a ampliação dos saberes artísticos a serem adquiridos, e a partir desses conhecimentos, compreender como e porque o ser humano recria constantemente seu meio, distribuindo-o em espaços estruturados conforme seu modo de vida, seu tempo e seu espaço particular. Proporcionar aos educandos processos de criação e execução de atividades cuja elaboração esteja intrinsecamente embasada na compreensão do que lhe foi proposto, nas linguagens artísticas em questão – Artes visuais, Dança, Música e Teatro. A compreensão e experienciação estética – (estudo racional do belo), e como esse conceito expressa a diversidade de emoções e sentimentos do ser humano, sendo este capaz de contrapor além da percepção e emoção daquilo que é belo, reconhecer o próprio desenvolvimento através dos sentidos. 6. AVALIAÇÃO O processo de avaliação na disciplina de Artes de acordo com as Diretrizes Curriculares é Diagnóstica e Processual. Diagnóstica por ser a referência do professor para planejar as aulas e avaliar os alunos, e é Processual por pertencer a todos os momentos da prática pedagógica, incluindo as formas de avaliação da aprendizagem, de ensino (metodologia das aulas), e também a auto-avaliação do professor, dos educandos sobre o desenvolvimento das aulas e a auto-avaliação do aluno. De acordo com a LDB (nº 9394/96, art.24, inciso V) a avaliação é “contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais”, e conforme a Deliberação 07/99 do CEE - Conselho Estadual de Educação, no (Cap.I, art. 8º), a avaliação almeja “ o desenvolvimento formativo e cultural do aluno” e deve levar em consideração a capacidade individual, o desempenho do aluno e sua participação nas atividades realizadas. O conhecimento empírico do educando deve ser socializado entre os colegas, e também constituir referência, permitindo ao professor propor novas abordagens, consolidando as avaliações efetivas, individuais ou coletivas, considerando o diagnóstico inicial e o desenvolvimento do processo ensino aprendizagem no ano letivo. A avaliação no ensino de Artes mostra a concepção de ensino aprendizagem utilizada pelo professor, e deve ser um processo permanente no qual o professor constata o conhecimento assimilado pelo aluno, e como mediador dos conhecimentos fazer uma avaliação dos resultados e se necessário retornar conteúdos totais ou parcialmente. O professor pode ainda considerar dois tipos de avaliação: a imediata e a mediata. A avaliação imediata é aquela feita no decorrer da realização do trabalho pelo aluno, está vinculada ao ato de reproduzir imagens ou obras. A avaliação mediata é aquela que se efetua ao longo do desenvolvimento do trabalho proposto, no qual o aluno deixa clara a assimilação do conteúdo no processo avaliativo, superando a prática inicial reprodutora, repensando o seu trabalho, reorganizando-o conforme seu processo evolutivo e de compreensão. Ainda como sugere a LDB, são necessários vários instrumentos de verificação, como diagnóstico inicial e acompanhamento da aprendizagem no decorrer, tais como: • trabalhos artísticos individuais e em grupo; • pesquisas bibliográficas e de campo; • debates em forma de seminários e simpósios; • provas teóricas e práticas; • Registros em forma de relatórios; 7 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: Diretrizes Curriculares de Arte para os Anos Finais do Ensino Fundamental e para o Ensino Médio. Curitiba – 2008. DIRETRIZ CURRICULAR DE CIÊNCIAS PROF.RESPONSÁVEL JOSIANE MENDES DE MOURA 1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA DE CIÊNCIAS A história da ciência está relacionada e integrada aos processos que constituem a própria história da sociedade humana. Todas as diferentes visões de mundo e suas teorias correspondem a diferentes abordagens do fenômeno científico, da produção científica e do que é ser cientista. A ciência, Além de um acervo de conhecimentos, continuamente confirmados, retificados e, por vezes, completamente superados, também constitui um modo de pensar, de chegar à conclusões coerentes a partir de premissas, de questionar preconceitos, de estimular o equilíbrio entre novas ideias e as já estabelecidas. A Ciência é uma construção humana coletiva da qual participam a imaginação, a intuição e a emoção. A comunidade científica sofre a influência do contexto social, histórico e econômico em que está inserida. Portanto, não existem neutralidade e objetividade absolutas: fazer Ciência exige escolhas e responsabilidade humanas. Como toda construção humana, o conhecimento científico está em permanente transformação: as afirmações científicas são provisórias e nunca podem ser aceitas como completas e definitivas. Além disso, não há uma acumulação linear, contínua e sucessiva de conhecimentos com pretensão de proximidade em relação ao verdadeiro. As teorias que se sucedem são elaborações de modelos com os quais os cientistas interpretam o mundo, buscando o entendimento e a explicação racional da natureza, para nele intervir. Os últimos vinte e cinco anos assistiram a uma mudança de enfoque no ensino de Ciências. Em lugar de ser vista como um corpo de conhecimentos estabelecidos, a Ciência passou a ser tratada como uma atividade humana, acentuando-se de forma progressiva o caráter experimental dos processos e procedimentos científicos, que são amplos e variados, produtos de respostas ao contexto da investigação, visto que não há um “método científico” aplicável em todo e qualquer caso. A relação entre observação e formulação de teorias é complexa. Uma teoria está sempre fortemente lastrada por fatores subjetivos e a criatividade do cientista pesará de forma relevante em suas propostas. Embora as descobertas do observador ocorram no interior de um contexto social, histórico, político e econômico, elas também dependem, em grande medida, dele próprio e daquilo que ele já especulou. Como qualquer investigador, para fazer suas descobertas o aluno utiliza uma base conceitual prévia. Dessa forma, na construção de seu conhecimento, o aluno, ao ser colocado diante de desafios e problemas, busca resolvê-los com seus próprios conhecimentos e modelos; assim,, ele sempre poderá encontrar uma explicação para a questão, mesmo que ela pareça incoerente para o Professor. Então, a ação do professor deve voltar-se para: Identificar as ideias prévias dos alunos; Propor conflitos cognitivos para os alunos, isto é, questionamentos; Introduzir novas ideias capazes de esclarecer e, se possível, resolver o conflito cognitivo; Proporcionar aos alunos oportunidades de aplicar as novas ideias em situações diferentes. Segundo Maria C. Campos e Rogério G. Nigro (1999): “Atualmente, acredita-se que o objetivo do ensino de Ciências Naturais não pode se limitar à promoção de mudanças conceituais ou ao aprendizado do conhecimento científico. É necessário também buscar uma mudança metodológica e de atitude nos alunos. Busca-se formar pessoas que pensem sobre as coisas do mundo de forma não superficial. Busca-se, então, um ensino de Ciências como investigação, levando os alunos a serem capazes, cada vez mais, de construir conhecimentos sobre a natureza, mais próximos do conhecimento científico que do senso comum. De qualquer forma, busca-se como ponto inicial para o ensinoaprendizagem de Ciências os problemas com os quais os alunos se defrontam”. A ciência é uma construção humana coletiva da qual participam a imaginação, a intuição e a emoção. A comunidade científica sofre a influencia do contexto social, histórico e econômico em que esta inserida. Portanto, não existem neutralidade e objetividade absolutas: fazer ciência exige escolhas e responsabilidade humanas. Como toda construção humana, o conhecimento científico está em permanente transformação: as afirmações científicas são provisórias e nunca podem ser aceitas como completas e definitivas. 2. OBJETIVOS Propiciar condições para que os alunos discutam, analisem, argumentem e avancem na compreensão do seu papel frente às demandas sociais, nas questões de saúde, sexualidade e meio ambiente, entre outras e que entenda a ciência como processo de construção humana, provisória, falível e intencional, cujos conteúdos estão interligados de forma intrínseca, compreendendo os fenômenos da natureza e suas interferências no mundo de forma a estabelecer as relações entre as transformações físicas, químicas e biológicas, entendendo que estas estão em constante transformação, são provisórias e nunca podem ser aceitas como completas e definitivas; Compreender a natureza como um todo dinâmico, sendo o ser humano parte integrado e agente de transformações do mundo em que vive, em relação essencial com os demais seres vivos e outros componentes do ambiente; Identificar relações entre conhecimento científico, produção de tecnologia e condições de vida, no mundo de hoje e em sua evolução histórica; Formular questões, diagnosticar e propor soluções para problemas reais a partir de elementos das ciências naturais, colocando em prática conceitos procedimentos e atitudes desenvolvidos no aprendizado escola; Relacionar os aspectos políticos, sociais e econômicos com a qualidade de vida, colocando como um problema social, enfocando o aprimoramento do nível de saúde físico, mental e social; Compreender a tecnologia como um meio para suprir necessidades humanas, distinguindo usos corretos e necessários daqueles prejudiciais ao equilíbrio da natureza e ao homem. 3. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: 5ª SÉRIE:- CORPO HUMANO E SAÚDE – AMBIENTE - MATÉRIA E ENERGIA - TECNOLOGIA Conhecimentos físicos Tecnologia usada para preparar o solo para o cultivo. Conhecimentos químicos Conhecimentos biológicos Composição do solo: arenoso, argiloso, calcário e húmus; Agentes de transformação do solo; Água, ar, seres vivos; Utilidades do Solo; Adubação: orgânica e inorgânica (compostagem e fertilizantes); Correção do ph dos solos; Processos que contribuem para empobrecer o solo: queimadas, desmatamentos e poluição, dentre outros. Combate a erosão; tipos de erosão; mata ciliar; Contaminação do solo; Doenças - prevenção e tratamento; Condições para manter a fertilidade do Solo: curvas de nível, faixas de retenção, terraceamento, rotação de culturas, culturas associadas. ÁGUA NO ECOSSISTEMA Conhecimentos físicos Estados Físicos da água; Forças de atração e repulsão entre as partículas da água; Mudanças de estado físico da água; Pressão, temperatura e densidade; Pressão exercida pelos líquidos; Empuxo; Água como recurso energético . Conhecimentos químicos Composição da água; potencial de hidrogênio (ph); salanidade; Água como solvente universal; Pureza; soluções e misturas heterogêneas. Conhecimentos biológicos Ciclo da água,disponibilidade da água na natureza; Água e os seres vivos; habitat aquático; Contaminação da água:doençaspreservação e tratamento; equilíbrio ecológico. Conhecimentos físicos Existência do ar; ausência do ar: vácuo; aplicação do vácuo; Atmosfera: camadas; propriedades:compre ssibilidade, expansão, exercer pressão; Movimentos do ar: formação dos ventos, tipos de vento, brisa terrestre e marítima; Velocidade e direção dos ventos; Resistência do ar; pressão atmosférica; Aparelhos que medem a pressão do ar; Pressão atmosférica e umidade; Meteorologia e previsão do tempo; Eletricidade atmosférica; ar como recurso energético; Tecnologia aeroespacial e aeronáutica. AR NO ECOSSISTEMA Conhecimentos químicos Conhecimentos biológicos Composição do ar; oxigênio (o2) e gás carbônico (co2) Fotossíntese, respiração e combustão; Ciclos biogeoquímicos; outros elementos presentes no ar; Gases nobres: suas propriedades e aplicações. O ar e os seres vivos; Pressão atmosférica e a audição; Contaminação do ar: doenças causadas por bactérias e vírus prevenção e tratamento; causas e consequências: Efeitos nocivos resultantes do contato com esses agentes; Medidas para diminuir a poluição do ar. POLUIÇÃO E CONTAMINAÇÃO DA ÁGUA,DO AR E DO SOLO. Conhecimentos físicos Fenômenos: superaquecimento do planeta, e feito estufa, buraco na camada de ozônio. Conhecimentos químicos Causas e consequências da poluição e contaminação da água,e do ar. Conhecimentos biológicos Equilíbrio e conservação da natureza: fauna , flora, ar, água e solo. Agentes causadores e transmissores de doenças; Prevenção e tratamento das doenças relacionados a poluição e contaminação do ar. INTER-RELAÇÕES ENTRE OS SERES VIVOS E O AMBIENTE Conhecimentos físicos População; seres vivos - ambiente. Conhecimentos químicos Conhecimentos biológicos Comunidade: transferência de matéria e energia (ciclo biogeoquímicos, teias e cadeias alimentares) ; Fotossíntese: importância da produção e armazenamento de energia química (glicose). Biosfera - ecossistemacomunidade – população - individuo; Habitat e nicho ecológico; divisões da biosfera; Biociclos terrestres, marinho e de água doce; Teias e cadeias alimentares: produtores, consumidores e decompositores. 6ª SÉRIE: - CORPO HUMANO E SAÚDE – AMBIENTE - MATÉRIA E ENERGIA TECNOLOGIA Conhecimentos físicos Biosfera elementos e interdependênci a (sol, água, solo, ar, seres vivo - homem.) Conhecimentos Químicos Seres vivos classificação - características básicas. Reinos: monera, protista, fungos, vegetais e animais. -adaptação e relações dos seres vivos. Vegetais: adaptações morfológicas e fisio lógicas. - raiz, caule e folha: absorção de água e sais minerais, condução de seiva, armazenamento, fotossíntese, respiração, transpiração e gustação; Flor, fruto, semente: reprodução e hereditariedade; polinização, fecundação, formação do fruto e semente -disseminação . Animais: adaptações morfológicas e fisiológicas.-características básicas. -alimentação, Conhecimentos biológicos Aspectos políticos, sociais e econômicos. Preservação da flora. Desmatamento. - efeito estufa. Poluição do ar, água e solo. Camada de ozônio. -Agrotóxicos x agentes biológicos. - adubação orgânica e inorgânica. Preservação da flora e da fauna. - extinção de animais e plantas. Plantas tóxicas e medicinais. Parasitoses - principais doenças causadas por animais, fungos,bactérias e vírus; meios de prevenção. digestão e cadeia alimentar. Respiração, circulação, excreção, locomoção, coordenação, reprodução e hereditariedade, hibridação, inseminações artificiais. TECNOLOGIA Biotecnologia da utilização industriais de microorganismos e vegetais; indústria farmacêutica, química e alimentícia. Organismos geneticamente modificados. Tecnologia - impacto ambiental; efeitos positivos e negativos. 7ª SÉRIE:-CORPO HUMANO E SAÚDE – AMBIENTE - MATÉRIA E ENERGIA TECNOLOGIA Conhecimentos físicos A espécie humana, os seres humanos e o meio ambiente. Relação entre a espécie humana e os outros seres vivos. Relação do homem com o ambiente físico. Corpo humano visto por fora e por dentro. Níveis de organização do organismo humano. Organismo – sistemas Conhecimentos Químicos Tecidos do corpo humano, agrupamentos celulares. Sistema locomotor; aspectos morfo - fisiológicos básicos do sistema ósseo - muscular. Sistema sensorial e a saúde. Nutrição do organismo; os alimentos; classificação dos alimentos; conservação dos alimentos. Sistema digestório, aspecto morfo-fisiológicos; doenças do sistema digestório. Sistema respiratório,aspectos morfofisiológicos, doenças do sistema respiratório. Sistema circulatório, aspectos morfo- fisiológicos. Doenças do sistema circulatório. Sistema hormonal, aspectos morfo -fisiológicos - Doenças do sistema hormonal. Conhecimentos biológicos Alimentação, necessidade de alimentação balanceada. Aleitamento materno. Desnutrição. Higiene dos alimentos: cuidados, preparação, conservação, parasitores. Alimentos naturais e industrializados aditivos alimentares e agrotóxicos. Higiene bucal. Drogas, efeitos sobre o sistema nervoso e o organismo em geral, automedicação. Queimaduras,cânce -órgãos -tecidos -células: aspectosmorfofisiológicosbásicos. Sistema nervoso, aspectos morfo-fisiológicos - Doenças do sistema nervoso. Conservação da espécie humana, reprodução humana, contracepção, doenças sexualmente transmissíveis. Noções de genética. r de pele. Educação sexual, necessidade do conhecimento básico sobre reprodução humana. Métodos anticoncepcionais; naturais, artificiais e aborto. Doenças sexualmente transmissíveis, prevenção e tratamento. Exercícios físicos, vida sedentária. TECNOLOGIA Próteses que substituem partes e funções de alguns órgãos do corpo. Aparelhos e instrumentos para corrigir algumas deficiências físicas. Objetos e aparelhos fabricados para corrigir deficiências dos órgãos dos sentidos. 8ª SÉRIE:- CORPO HUMANO - SAÚDE – AMBIENTE - MATÉRIA E ENERGIA TECNOLOGIA Conhecimentos físicos História da Química. Química ciência experimental A química no cotidiano. Matéria propriedades gerais e especificas da matéria. Conhecimentos Químicos Introdução à química. A química nos alimentos. Adubos e inseticidas. As substâncias químicas e a medicina. A química e o funcionamento do corpo. Conhecimentos biológicos Desequilíbrios ecológicos: efeito estufa, camada de ozônio,chuva ácida, desmatamentos, queimaduras, aquecimento global, degelo das calotas polares. Acidentes de trânsito relacionados com o uso de drogas. Substâncias e misturas. Elemento químico. O átomo. Partículas elementares do átomo. Tabela periódica. Introdução a física. No mundo da física. Transformaçõ es físicas. Grandezas físicas. Cinemática. Dinâmica. Princípios da dinâmica. Trabalho e potência. Energia e máquinas. Energia mecânica. Energia térmica. Energia sonora. Energia luminosa. Eletricidade e magnetismo. As substâncias químicas que ingerimos. Química da digestão. A água na natureza. Substâncias simples e compostas. Misturas homogêneas e heterogêneas. Classificação dos elementos químicos. Efeitos do álcool e outras drogas no organismo; Prevenção de acidentes. TECNOLOGIA Serão trabalhados os conteúdos que tratam de sistemas tecnológicos que revolucionaram a economia, a cultura, a eletricidade, a comunicação e a biotecnologia. Tecnologia e o meio ambiente. MEIO- AMBIENTE Nas últimas décadas intensificaram-se nos meios de comunicação os debates sobre problemas ambientais, permitindo tornar o ambiente uma preocupação cotidiana para as populações. Mas a simples divulgação não assegura a aquisição de informações e conceitos indicados pelas Ciências. É frequente a simplificação demasiada do conhecimento científico - o emprego do termo ecologia como sinônimo de “meio ambiente”é um exemplo- e a difusão de visões distorcidas sobre a questão ambiental. A partir do senso comum, não raro, os indivíduos desenvolvem ideias equivocadas sobre o meio ambiente e problemas ambientais. É papel da escola provocar a revisão dos conhecimentos dos alunos, valorizando-os sempre e buscando enriquecê-los com informações científicas. Esse tema permite apontar para as relações recíprocas entre sociedade e ambiente, marcadas pelas sociedades humanas, seus conhecimentos e valores. O tema transversal ''meio ambiente'' traz a discussão a respeito da relação entre problemas ambientais e fatores econômicos, políticos, sociais e históricos . São problemas que acarretam discussões sobre responsabilidades humanas voltadas ao bem – estar comum e ao desenvolvimento sustentado, perspectiva da relação homem – natureza , subsidiada pela Educação Ambiental. A ideia básica do conceito de Desenvolvimento Sustentado é permitir a sobrevivência e manutenção das próximas gerações com um bom nível de qualidade de vida . A exploração dos recursos naturais deve ser racional e planejada, de modo que os recursos naturais não se esgotem e que os impactos gerados sejam minimizados ou condições ambientais satisfatórias. Portanto serão desenvolvidos projetos de 5ª à 8ª séries, sobre os problemas ambientais que afetam a vida do planeta , como; Poluição da água do ar e do solo, desmatamento , queimadas , efeito estufa , camada de ozônio , falta d' água , extinção de plantas e animais; e a tecnologia e os impactos negativos sobre o meio ambiente. Os temas serão gradativamente aprofundados no decorrer das séries. CULTURA AFRO-DESCENDENTE Este tema será explorado por meio de pesquisas relacionadas à África ,como: Cultura Agricultura Técnicas de irrigação Origem de animais e vegetais dessa região Doenças Genética Nutrição Plantas usadas na indústria farmacêutica Mortalidade infantil. 4. METODOLOGIA Os procedimentos dentro das ciências naturais corresponderão a observação, experimentação, comparação, elaboração de hipóteses, suposições, debates orais, estabelecendo relações entre fatos ou fenômenos e ideias, leitura e escrita de textos informativos, pesquisas bibliográficas, busca de informações em várias formas, organizações em várias formas, organizações de informações através de desenhos, tabelas, gráficos, esquemas e textos, elaboração de perguntas, problemas e proposição de solução dos problemas, levando-se em conta um crescimento de autonomia entre os alunos. É essencial que o ensino seja realizado em atividades variadas que promovam o aprendizado da maioria, evitando que as fragilidades e carências se tornem obstáculos intransponíveis para alguns. O erro não será tratado como incapacidade de aprender, mas como elemento que sinaliza ao professor a compreensão efetiva do aluno, servindo, então, para reorientar a prática pedagógica e fazer com que ele avance na construção mais adequada de seu conhecimento. Será enfatizado os trabalhos de pesquisa ilustrações com vídeos, projetos de acordo com áreas de interesse dos alunos. A maioria dos trabalhos serão desenvolvidos em grupos proporcionando condições de melhorias nos relacionamentos interpessoais e valorizando as diferenças no contexto social. Os conteúdos específicos serão encaminhados por meio de uma metodologia crítica e histórica, de modo a considerar a articulação entre os conhecimentos físicos, químicos e biológicos. Os conteúdos propostos serão articulados com os conhecimentos de outras ciências para explicar os inúmeros fenômenos naturais que ocorrem no mundo. A Química, a Física, a Biologia, a Geociências, a Astronomia e outras áreas que contribuem significativamente para esse fim. Serão estabelecidas as relações entre os diversos conteúdos específicos, de forma a possibilitar o reconhecimento de que existem conhecimentos físicos, químicos e biológicos basilares no processo pedagógico, que precisam ser abordados em cada uma das séries desse nível de ensino. Os conteúdos específicos serão tratados ao longo dos quatro anos do Ensino Fundamental, respeitando o nível cognitivo dos alunos, a realidade local, a diversidade cultural, as diferentes formas de apropriação dos conteúdos específicos por parte dos alunos e que se adote uma linguagem coerente com a faixa etária, para aumentar gradativamente o aprofundamento do estudo. Nos conteúdos de significativa relevância na vida dos alunos como a água será enfocada a disponibilidade da água na natureza, seu tratamento, distribuição, consumo e desperdício norteiam um estudo crítico e histórico e propiciam verificar que os problemas relacionados à degradação das nascentes, poluição e contaminação da água interferem na vida do ser humano, dos demais seres vivos e do ambiente. A discussão poderá se estender para uma reflexão sobre a intencionalidade dessas práticas, os interesses sociais, políticos e econômicos envolvidos, por exemplo, na ausência de saneamento básico em muitas regiões, que afetam a qualidade de vida de uma parcela significativa da população. As relações de poder que influenciam as decisões sobre o acesso ao saneamento básico podem ser discutidas sob o viés dos interesses políticos. Quanto aos interesses econômicos, pode-se abordar a relação custo-benefício envolvida nesse processo. Outro aspecto que também poderá ser estudado são as implicações decorrentes da água como recurso energético (usina hidrelétrica). As considerações sobre o conteúdo específico Água no ecossistema e seus desdobramentos não se esgotam. Neste caso irá se estabelecer as relações desse conteúdo com a ciência, a tecnologia e a sociedade e considerar que o progresso industrial e tecnológico traz consequências e pode gerar graves problemas socioambientais. Sob o enfoque da ciência, tecnologia e sociedade, serão propostas discussões e vídeos que possibilitem discussões sobre os seguintes fatores: Motivos que levam países desenvolvidos a investir cada vez mais em pesquisas científicas e tecnológicas para diminuir a exploração de recursos naturais não-renováveis e, por efeito, recuperar o meio ambiente; Tecnologias para reaproveitamento de água, sobretudo nos países desenvolvidos; Razões pelas quais esses países têm tanto interesse nos recursos naturais dos países em desenvolvimento; por que se paga tanto pela água no Brasil e, comparativamente, muito mais em outros países; Quanto significa possuir terras que contêm água e as implicações dessa problemática para a sociedade. Sendo a ciência dinâmica e a todo momento ocorrem novas pesquisas que geram novas teorias e tecnologias que, gradativamente, podem ser substituídas por outras que mais bem atendam às demandas da atualidade. Com isso, não se pode desconsiderar a produção científica; cada conhecimento adquire sentido à medida que se considera o contexto no qual foi produzido. Para estudar o conteúdo específico Água no ecossistema, pretende-se partir da prática social com ênfase num problema selecionado conforme sua amplitude; isto é, ele não pode ser escolhido de modo aleatório nem deve representar o interesse de um ou outro sujeito, mas deve ser de interesse coletivo. É importante dar preferência a problemas locais que possam ser ampliados para situações mais abrangentes, como, por exemplo: a relação entre o consumo, custo e o desperdício da água de uso doméstico. Para falar desse problema, o professor propõe, de início, que os alunos investiguem quanto suas famílias consomem de água diariamente. A investigação poderá ser feita num final de semana, desde o momento em que o aluno acorde até o final do dia . As atividades a serem observadas são: Higiene pessoal: lavar o rosto, escovar os dentes, dar descarga no banheiro e tomar banho; Higiene da casa: limpezas em geral, calçadas, roupas; Alimentação: café da manhã, almoço e jantar; Outras atividades: regar as plantas, lavar louça, lavar o carro etc. A partir da observação da rotina familiar, o aluno poderá produzir um relatório, com os dados coletados e o apresentará em sala de aula. Por sua vez, o professor orientará a análise dos dados obtidos e estabelecerá relações entre o consumo e o custo, de maneira a enfatizar o desperdício de água em cada atividade relatada. Numa perspectiva crítica, poderá se provocar análise e discussão sobre as diferentes formas de economizar água e contrapõe os dados coletados com a leitura da fatura (talão) de água da residência do aluno. A evidência do consumo de água por pessoa, em litros, fica clara por meio de um cálculo efetuado pelo aluno, que mostrará quanto cada pessoa da família consomem de água num dia. Então, o professor relaciona o consumo e o desperdício ao valor pago pela água. Os conteúdos específicos que subsidiarão teoricamente essa análise são: investigação sobre o consumo de água; disponibilidade de água na natureza - o ciclo da água; usos da água: doméstico; saneamento básico — captação, tratamento e abastecimento; distribuição de água doce no Paraná, no Brasil e no mundo; ações importantes para a economia de água; medidas para redução da poluição e contaminação da água. No processo pedagógico para este conteúdo, será possível estudar: Os conhecimentos físicos: mudanças de estado físico da água, água como recurso energético; Os conhecimentos químicos: composição da água, fase química do tratamento da água e poluição da água; Os conhecimentos biológicos: equilíbrio ecológico e contaminação da água. Tais articulações não se esgotam; podem agregar outras abordagens para o mesmo conteúdo. Ao verificar qual questão da prática social foi analisada, seguem-se a elaboração e a síntese do pensamento dos alunos, que devem expressar o novo grau de conhecimento a respeito do assunto. A partir de então, pode-se observar que tanto os alunos quanto o professor assumem uma visão diferente diante do problema inicial, pois os conhecimentos científicos tratados lhes propiciam modificações intelectuais qualitativas, referentes às concepções prévias sobre o conteúdo específico estudado. Os alunos alcançam uma compreensão científica mais elaborada, o que determina novo posicionamento em relação à prática social inicial, do confronto entre as informações que o aluno possuía e o conhecimento científico adquirido, ele demonstra interesse em apresentar soluções alternativas para o problema. Esse interesse é demonstrado por meio de propósitos e do compromisso com a respectiva ação que pretende realizar. Se sua intenção é economizar água, propõe como ação fechar a torneira ao escovar dentes. Se é aprender mais sobre a água, expõe a proposta de ler mais sobre o assunto, assistir a um filme e depois discuti-lo. Se é manter a limpeza da água, sua proposta é verificar se a sua casa possui água tratada, se é feita a limpeza na caixa d’água, se na sua casa tem fossa séptica ou tratamento de esgoto, para não sujar rios. Também se interessa em verificar os níveis de poluição dos rios em sua região, e em propor sugestões de saneamento para as empresas responsáveis. E se sua intenção é conhecer os processos de tratamento de água de sua região, propõe-se a visitar as instalações da Estação de Tratamento de Água (ETA) (GASPARIM, 2005). As propostas assumidas como compromisso pelos alunos serão sempre orientadas e acompanhadas pelo professor. Dessa forma, a prática social inicial será analisada com base na fundamentação teórica, a partir das relações entre o objeto de estudo da disciplina, os conteúdos estruturantes e específicos e os elementos do Movimento C’T’S. Os conteúdos específicos podem ser tratados, ainda, em atividades e aulas práticas, desde que se considerem a coerência entre a teoria e a prática e o conteúdo e a forma. Nas aulas práticas, os alunos passam a compreender a inter - relação entre os conhecimentos físicos, químicos e biológicos envolvidos na explicação dos fenômenos naturais, bem como os processos de extração e industrialização da matéria - prima, os impactos ambientais decorrentes desses processos, os materiais usados, os procedimentos dessas atividades e o destino dos resíduos. O encaminhamento metodológico para a disciplina de Ciências não pode ficar restrito a um único método. Entre as possibilidades de trabalho, destacam-se: a observação; trabalho de campo; jogos de simulação e desempenho de papéis; visitas a indústrias, fazendas, museus; projetos individuais e em grupos; a redação de cartas para autoridades; palestras com pessoas convidadas; fóruns, debates, seminários, conversação dirigida. Outras atividades que estimulam o trabalho coletivo e que despertam a vontade de aprender nos alunos são as que envolvem música, desenho, poesia, livros de literatura, jogos didáticos, dramatizações, histórias em quadrinhos, painéis, murais, exposições e feiras, entre outras. Para essas atividades, os professores serão utilizados variados recursos pedagógicos: slides, fitas VHS, DVDs, CDs, CD-ROMs educativos e softwares livres, entre outros. Vale destacar a importância dos registros que os alunos fazem no decorrer das atividades em aula, podendo ser um instrumento de avaliação. Além disso, serão realizados trabalhos de divulgação da produção dos alunos com o intuito de promover a socialização dos saberes, a interação entre os estudantes e destes com a produção científico-tecnológica. Pretende-se contribuir para que os alunos estudem, compreendam e expliquem os fenômenos naturais envolvidos nessa área do conhecimento e, com isso, elaborem projetos científico-pedagógicos, para apresentação em projetos diversos. A partir desse encaminhamento metodológico, a disciplina de Ciências poderá resgatar na escola a sua principal função: o estudo dos fenômenos naturais por meio do tratamento dos conteúdos específicos, de forma crítica e histórica. No que se refere a CULTURA AFRO – DESCENDENTE pretende-se trabalhar este tema por meio de pesquisas relacionadas à África, como: Cultura, Agricultura, Técnicas de irrigação, Origem de animais e vegetais dessa região, Doenças, Genética, Nutrição, Plantas usadas na indústria farmacêutica, Mortalidade infantil. 5. AVALIAÇÃO A avaliação do processo pedagógico será feita numa interação diária do professor com a classe e em procedimentos que permitem verificar em que medida os alunos se apropriam dos conteúdos específicos tratados. O processo avaliativo ocorrerá de forma sistemática e a partir de critérios estabelecidos pelo professor, relativamente: Aos conhecimentos acumulados pelos alunos e à prática social deles; Ao confronto entre esses conhecimentos e os conteúdos específicos; Às relações e interações estabelecidas em seu progresso cognitivo, no cotidiano escolar e fora dele. As formas de avaliar o ensino de ciências poderá ocorrer de acordo com a realidade do aluno, do seu nível cognitivo, entre outros fatores. Podendo ser: Prova escrita: abrangendo questões dissertativas e questões de múltipla escolha e procurando fazer com que os alunos justifiquem a resposta escolhida; Prova oral: pode ser desenvolvida por entrevistas e questões respondidas oralmente, avaliando conhecimentos e habilidades de expressão oral. Trabalhos de pesquisa, ou tarefas para casa: devem ser avaliados, levando em conta que nem sempre é o aluno quem executa o trabalho; Tarefa de classe: Podem ser realizadas individualmente ou em grupos, ajudam a reforçar o aprendizado dos grupos; Trabalho expositivo: alguns temas mais polêmicos poderão ser expostos sob a forma de cartazes na sala de aula ou nos murais da escola; Trabalhos em seminários: os alunos desenvolverão pesquisas em grupo e apresentarão aos colegas da sala durante as aulas. 6. REFERÊNCIAS TRIVELLATO, José, Silvia. Ciências, Natureza e Cotidiano, 5ª, 6ª, 7ª e 8ª séries. FTD, 2006. Ciências – Projeto Araribá – 5ª, 6ª 7ª e 8ª séries. Editora Moderna, 2006. DEMÉTRIO, Gowdak. Martins, Eduardo. Ciências. Novo pensar. Editora FTD, 2006. Currículo Básico. Diretrizes curriculares de ciências para a Educação Básica. Curitiba, 2006. VALLE, Cecília, Vida e Ambiente 5ª, 6ª, 7ª e 8ª séries. DIRETRIZ CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA PROF. RESPONSÁVEL: LUIS HENRIQUE FIGURA 1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FÍSICA O ser humano, desde suas origens, produziu cultura. Sua história uma história de cultura, na medida em que tudo o que faz está inserido num contexto cultural, produzindo cultura. O conceito de cultura é entendido como produto da sociedade, da coletividade quais os indivíduos pertencem, antecedendo-os e transcendendo. A Educação física tem uma história de pelo menos um século e meio no mundo Ocidental Moderno, possui uma tradição e um saber-fazer e tem buscado a formulação de um recorte epistemológico próprio. A Educação física passou por varias tendências: A higienista até 1930, militarista (1.930 a 1.945), pedagogista (1.945 a 1.964), competivista (pós 64), a popular (após a abertura democrática), e social (atualidade). Couto Ferraz tornou obrigatória a Educação Física nas escolas da corte em 1.851. Em 1.882. Rui Barbosa maior defensor da Educação Física no contexto escolar deu seu parecer no Projeto 224 de Leôncio Carvalho Decreto 7.247 de 19/04/1879. Inclusão da Ginástica nas escolas. Em relação ao âmbito escolar, a partir do Decreto nº69. 450 de 1.971 consideraram-se a Educação Física como atividade que por seus meios, processos e técnicas, desenvolvem e aprimoram forças físicas, morais, cívicas, psíquicas e sociais ao educando. Na década de 80 o enfoque passou a ser o desenvolvimento psicomotor do aluno, tirando da escola à função de promover os esportes de alto rendimento. Segundo as DCEs; a Educação psicomotora surgiu com a finalidade de valorizar a formação integral da criança. Nessa perspectiva, centrada na educação “pelo movimento”, a Educação Física ficou subordinada a outras disciplinas escolares, ou seja tornou-se elemento colaborador para o aprendizado de conteúdos diversos daqueles próprios de disciplina de Educação Física. E ainda no inicio da década de 1990, um momento significativo para o Estado do Paraná foi à elaboração do Currículo Básico. Seu processo de elaboração deu-se num contexto nacional de redemocratização do país e resultou de um trabalho coletivo dos profissionais comprometidos com a Educação Publica do Paraná. O Currículo Básico para a Educação Física, de então se fundamentava na pedagogia histórico-crítica, denominada de Educação física progressista, revolucionária e critica, sob pressupostos teóricos pautados no materialismo histórico-dialético. Em tal currículo, propunha-se uma pratica político-pedagógica que contribuísse para superar as condições e injustiças sociais. “Busca-se assim, superar formas anteriores de concepção e atuação na escola pública, visto que a superação é entendida como ir além, e não como negação do que precedeu, mas considera objeto de análise, de crítica, de reorientação e / ou transformação daquelas formas”. Dar um novo significado às aulas é exercício necessário que requer uma amplitude das possibilidades de intervenção, superando a dimensão meramente motriz por uma dimensão histórica, cultural, social rompendo com a idéia de que o corpo se restringe somente ao biológico ao mensurável. Pois a Educação consciente é aquela que contribui para a formação do indivíduo na sociedade. Nesse sentido, partindo de seu objeto de estudo e de ensino, Cultura Corporal, a Educação Física se insere neste projeto ao garantir o acesso ao conhecimento e a reflexão crítica das inúmeras manifestações ou práticas corporais historicamente produzidas pela humanidade, na busca de contribuir com um ideal mais amplo de formação de um ser humano crítico e reflexivo, reconhecendo-se como sujeito, que é produto, mas também agente histórico, político, social e cultural. 2. OBJETIVOS Proporcionar ao educando melhorias de sua capacidade de observação, reflexão, criação, discriminação, decisão e ação que o leve em ritmo próprio a melhorar suas habilidades e relações sociais na escola e no meio o qual está inserido. Integrar os alunos da melhor forma possível nas atividades propostas; Vivenciar os diferentes esportes; Relacionar teoria com a prática; Conhecer a origem das diversas modalidades esportivas; Analisar os diferentes esportes no contexto social e econômico; Estimular a integração social para a melhoria da auto-imagem e autoestima; Mostrar os diversos hábitos saudáveis relacionados à qualidade de vida; Verificar as mudanças ocorridas nos esportes no decorrer dos anos; Realizar exercícios aeróbicos e anaeróbicos; Analisar criticamente o uso de doping no esporte; Valorizar os efeitos positivos dos exercícios físicos no corpo humano; Conhecer os aspectos históricos da ginástica artística e das práticas circenses; Montar coreografias utilizando o máximo de criatividade; Vivenciar o lúdico a partir de materiais alternativos; Analisar a importância do exercício físico na sociedade atual; Conhecer os aspectos históricos das diferentes lutas; 3. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: 1. 2. 3. 4. 5. Esporte Jogos e brincadeiras Ginásticas. Lutas Dança 4. CONTEÚDOS BÁSICOS: 5ª Série Conteúdos Estruturante Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos Coletivos Futebol; voleibol; basquetebol;punhobol; handebol; futebol de salão; beseibol;cabo de guerra;jogo da malha;caçador;rouba bandeira. Individuais Atletismo:(salto em distancia,altura,triplo), corrida:(velocidade,meio fundo,fundo,marcha atlética); natação; tênis de mesa; tênis de campo; frescobol; badminton; hipismo. Esporte Jogos populares Jogos e brincadeiras bulica; bets; peteca; corridas de sacos; jogo do peão; jogo dos paus; queimada; polícia e ladrão;jogo do elástico; cinco e brincadeiras mês,amarelinha; marias; caiu no poço; mãe pega; stop;telefone sem fio;escondeesconde;gato mia;confecção de brinquedos e sucatas. Brincadeiras e cantigas de roda Não atire o pau no gato;ficarás sozinha;o cravo e a rosa;chapéu de três pontas; gato e rato; adoleta; capelinha de melão; caranguejo; atirei o pau no gato; ciranda cirandinha; escravos de jó; lenço atrás; dança da cadeira. Jogos de tabuleiros Dama; trilha; dominó; xadrez; resta um;campo minado; caça palavras;forca;ludo; bingo;gamão;banco imobiliário;detetive;dado; Jogos dramáticos Improvisação; mímica;teatrais Jogos cooperativos imitação e Futepar; volençol; eco-nome; novelo de lâ,basquetinho;amigos de jó;troca de palavras;Kará pintada;tartatuga gigante;vai e vem;limpar o lago;campo minado;dominó maluco;jogo da macacada; voleibol divertido. Dança Danças folclóricas Dança de salão Danças de rua Danças criativas Danças circulares Fandango; quadrilha; dança de fitas; dança de São Gonçalo; frevo; balainha; bumba meu boi;fulia de reis;moçambique;junina. Valsa; merengue; forró; vanerão; samba; soltinho; xote; bolero; salsa; swing; tango;country . Break;street dançe funk;house;locking;popping;ragga. Elementos de movimento (Tempo, espaço, peso e fluência) qualidades de movimentos; improvisação; atividades de expressão corporal. Contemporâneas; folclóricas;sagradas. Solo e elementos de GO no dia-a-dia Ginástica artística/olímpica ; salto sobre o cavalo; barra fixa; argolas; paralelas assimétricas. Ginástica rítmica Corda, arco; bola; massas; fita. Ginástica de academia Alongamentos; ginástica aeróbicas; ginástica localizadas; step; core board; pular corda; pilates. Ginástica círcense Malabares; tecido; acrobacias;trampolim. Ginástica geral Com e sem material;Jogos gímnicos; movimentos gímnicos (balancinha; vela; rolamentos; paradas; estrela; rodante; ponte). Lutas de aproximação Judô; luta olimpica; jiu-jitsu; sumô greco romana. Ginástica Lutas Lutas que mantêm a Karatê; boxe;muay thai; taekwondo. distância Lutas com instrumento esgrima; kendô. mediador Capoeira 6ªSérie trapézio; Angola; regional. Conteúdos Conteúdos Estruturantes Básicos Conteúdos Específicos Futebol; voleibol; basquetebol;punhobol; handebol; futebol de salão; beseibol;cabo de guerra;jogo da malha Coletivos Esporte Atletismo:(salto em distancia,altura,triplo),corrida:vel ocidade,meio fundo,fundo,marcha atlética; natação; tênis de mesa; tênis de campo; frescobol;pin-pong; badminton; hipismo;tênis de mesa;triatlo;ténis;video games. Individuais Amarelinha; elástico; cinco marias; caiu no poço; mãe pega; stop; bulica; bets; peteca; Jogos e brincadeiras populares corridas de sacos; jogo do peão; jogo dos paus; queimada; polícia e ladrão;cara ou coroa;pedra,papel,tesoura;stop;jo go da velha;cabra cega. Jogos e brincadeiras Brincadeiras roda Não atire o pau no gato;ficarás sozinha;o cravo e a rosa;chapéu de três pontas; gato e rato; e cantigas de adoleta; capelinha de melão; caranguejo; atirei o pau no gato; ciranda cirandinha; escravos de jó; lenço atrás; dança da cadeira. Jogos de tabuleiro Jogos cooperativos Dama; trilha; dominó; xadrez; resta um;campo minado; caça palavras;forca;ludo; bingo;gamão;banco imobiliário;detetive;dado; Futepar; volençol; eco-nome; novelo de lâ,basquetinho;amigos de jó;troca de palavras;Kará pintada;tartatuga gigante;vai e vem;limpar o lago;campo minado;dominó maluco;jogo da macacada; voleibol divertido. Danças folclóricas Fandango; quadrilha; dança de fitas; dança de São Gonçalo; frevo; balainha; bumba meu boi;fulia de reis;moçambique. Danças de rua Break; funk;house;locking;popping;ragg a. Danças criativas Elementos de movimento (Tempo, espaço, peso e fluência) qualidades de movimentos; improvisação; atividades de expressão corporal. Dança Circulares Contemporâneas; folclóricas;sagradas. Dança Ginástica rítmica Ginástica círcenses Ginástica Lutas 7ª série Conteúdos Básicos Esporte Ginástica geral Corda, arco; bola; massas; fita. Malabares; tecido; acrobacias;trampolim. trapézio; Jogos gímnicos; movimentos gímnicos (balancinha; vela; rolamentos; paradas; estrela; rodante; ponte). Lutas de aproximação Judô; luta sumô. olimpica; Capoeira Angola; regional. jiu-jitsu; Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos Coletivos Futebol; voleibol; basquetebol;punhobol; handebol; futebol de salão; futevolei; rugby; beisibol;badminton;biribol;boch a;cabo de guerra;espiribol;flescobol;futevô lei;jogo da malha;softbol. Radicais Skate;rappel;rafting;treking;bun gee;jumping;surf. Amarelinha; elástico; cinco marias; caiu no poço; mãe pega; stop; bulica; bets; peteca; corridas de sacos; jogo do peão; Jogos e brincadeiras populares jogo dos paus; queimada; polícia e ladrão;cara ou coroa;pedra,papel,tesoura; stop;jogo da velha;cabra cega. Dama; trilha; dominó; xadrez; Jogos de tabuleiro Jogos e brincadeiras Jogos dramáticos Dança Ginástica Lutas resta um;campo minado; caça palavras;forca;ludo; bingo;gamão;banco imobiliário;detetive;dado. Improvisação; mímica;teatrais imitação Jogos cooperativos Futepar; volençol; eco-nome; novelo de lâ,basquetinho;amigos de jó;troca de palavras;Kará pintada;tartatuga gigante;vai e vem;limpar o lago;campo minado;dominó maluco;jogo da macacada; voleibol divertido. Danças criativas Elementos de movimento (Tempo, espaço, peso e fluência) qualidades de movimentos; improvisação; atividades de expressão corporal. Danças circulares Contemporâneas; folclóricas;sagradas. Ginástica rítmica Corda, arco; bola; massas; fita. Ginástica círcenses Malabares; tecido; trapézio; acrobacias;trampolim. Ginástica geral Jogos gímnicos; movimentos gímnicos (balancinha; vela; rolamentos; paradas; estrela; rodante; ponte). Lutas com instrumento mediador Esgrima; kendô. Capoeira Angola; regional. 8ª série Conteúdo Estruturante Conteúdos Básicos Esporte e Coletivos Conteúdos Específicos Futebol; voleibol; basquetebol;punhobol; handebol; futebol de salão; futevolei; rugby; beisibol;badminton;biribol;bocha;cabo de guerra;espiribol;flescobol;futevôlei;jog o da malha;softbol. Skate;rappel;rafting;treking;bungee;ju Radicais Jogos e brincadeiras mping;surf;montanhismo;moutain bike;parkour;corrida de aventura Jogos de tabuleiro Dama; trilha; dominó; xadrez; resta um;campo minado; caça palavras;forca;ludo; bingo;gamão;banco imobiliário;detetive;dado; Jogos dramáticos Improvisação; mímica;teatrais Jogos cooperativos Futepar; volençol; eco-nome; novelo de lâ,basquetinho;amigos de jó;troca de palavras;Kará pintada;tartatuga gigante;vai e vem;limpar o lago;campo minado;dominó maluco;jogo da macacada; voleibol divertido;futebol divertido;voleibol gigante. Danças criativas Dança imitação e Elementos de movimento (Tempo, espaço, peso e fluência) qualidades de movimentos;J jazz dance. improvisação; atividades de expressão corporal. Danças circulares Contemporâneas; folclóricas;sagradas. Ginástica rítmica Corda, arco; bola; massas; fita. Ginástica Ginástica geral Jogos gímnicos; movimentos gímnicos (balancinha; vela; rolamentos; paradas; estrela; rodante; ponte). Esgrima; kendô. Lutas Lutas com instrumento mediador Capoeira Angola; regional. 5. ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS: Considerando o objeto de ensino de estudo da Educação Física tratado nas Diretrizes, isto é, a Cultura Corporal, por meio dos conteúdos estruturantes propostos – esporte; dança; ginástica; lutas; jogos, brinquedos e brincadeiras – a Educação física tem a função social de contribuir para que alunos se tornem sujeitos capazes de reconhecer o próprio corpo, adquirir uma expressividade corporal consciente e refletir criticamente sobre as práticas corporais. O conjunto de procedimentos, representados por métodos e técnicas de ensino, devem levar o aluno a desenvolver suas potencialidades em sala de aula bem como em ambiente externo, através das diversas aplicações e materiais como: Prática de exercícios através de jogos esportivos, recreativos, educativos, brincadeiras, dança ginástica e caminhadas. Textos informativos, revistas, jornais abordando os diversos temas da atualidade, seminários, exposições de trabalhos, registro no caderno, leitura, interpretação escrita, debate e análise crítica. Pesquisa local de jogos e brincadeiras antigas, elaboração de quadro comparativo dos jogos e brincadeiras antigas com as dos dias atuais, apontando os aspectos positivos e negativos, confecção de brinquedos, debate e prática dos mesmos. Ex: (Peteca, cinco Marias). Análise histórica dos jogos de tabuleiro, objetivos e apreensão básica do jogo durante as aulas práticas. Organização de campeonato na sala de aula de jogos de tabuleiro definindo o jogo, regras e tempo. Leitura da origem dos diferentes esportes e mudanças no decorrer da história valorizando os direitos adquiridos ao longo do tempo. Estudo dos fundamentos e regras básicas dos esportes, exercícios práticos dos fundamentos e técnicas simples de modo isolado e depois de modo combinado, (Jogo). Trabalho de pesquisa sobre a ginástica, diálogo em grupo e desenho. Prática de movimentos básicos (rolamento, roda). Construção e experimentação de matérias utilizados nas diferentes modalidades. Registro, leitura e debate sobre a origem e histórico das lutas. Musicalização ginga esquiva e golpes simples. Pesquisa sobre a origem, histórico e importância da dança. Vivenciar e montar pequenas composições coreográficas. Semana Cultural : semana que almeja-se envolver todos os alunos nas mais diversas atividades: dança, teatro, jogos de tabuleiros , jogos esportivos e cantinho da reflexão, (musicalização ,alongamento , relaxamento e massagem ). A partir das aulas teóricas e práticas integrar os alunos da melhor forma possível dentro das atividades valorizando sua participação, comprometimento, cooperação, espírito de equipe, procedimento social e limitações. Favorecer ao educando através dos trabalhos desenvolvidos a oportunidade de uma visão crítica do mundo e da sociedade na qual esta inserida valorizando suas experiências e limitações. Por meio dos conteúdos propostos, a educação física pretende promover mudanças ao convívio social e integração no processo pedagógico, como elemento fundamental para formação humana do aluno. 6. AVALIAÇÃO A avaliação existe para garantir o sucesso do ensino e da aprendizagem e, nesse sentido, ela é essencial para professores e alunos se auto-avaliarem, em busca de uma prática que efetive o aprendizado e a troca de experiências. A avaliação deve ser diversificada, e desenvolvida de diferentes maneiras, usando diferentes instrumentos. A criança é um corpo ativo e pensante, que deve atuar com tempo para refletir, experimentar, dialogar e testar, de modo que possa construir seus conhecimentos. A avaliação deve ser compreendida como elemento integrador entre aprendizagem e o ensino, conjunto de ações cujo objetivo é o ajuste a orientação da intervenção pedagógica para que o aluno aprenda da melhor forma, conjunto de ações que busca obter informações sobre o que foi aprendido e como elemento de reflexão contínua sobre a prática educativa, instrumento que deve possibilitar ao aluno tomada de consciência de seus avanços, dificuldades e possibilidades, ação que ocorre durante todo o processo de ensino e aprendizagem e não apenas em momentos específicos caracterizados como fechamento de grandes etapas de trabalho. A avaliação da aprendizagem é um recurso pedagógico útil e necessário para auxiliar cada educador e cada educando na busca e na construção de si mesmo e do seu melhor modo e ser na vida. A avaliação da aprendizagem em Educação Física será um processo contínuo, sendo vista como um recurso que contribui para o desenvolvimento e aprendizagem do aluno, instrumento pelo qual o professor poderá acompanhar a aquisição e evolução do educando no seu comprometimento na ação do aprendizado, assiduidade nas aulas práticas e teóricas,responsabilidade na execução das atividades, efetiva participação nas aulas e demonstração de colaboração com o grupo, espírito de equipe, discussão em grupo, apresentação coreográficas demonstrando iniciativa e qualidade na execução , atividades escritas, análise crítica, registro no caderno, trabalhos de pesquisa e exposição, seminários, debate e produção de texto. A avaliação escolar só faz sentido se tiver o intuito de buscar caminhos para a melhor aprendizagem, e lembrando sempre que avaliar é valorizar o conhecimento que o aluno traz e não somente a quantidade de conhecimentos. Conforme Hoffmann “O ato de avaliar não é um ato impositivo, mas sim dialógico amoroso e construtivo”. 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS SEED, Secretaria de Estado da Educação Currículo básico para a Escola pública do Estado do Paraná 3ª ed. Curitiba, SEED, 1997. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação.Diretrizes Curriculares de Educação Física para a Educação Básica. Curitiba: SEED. 2008. DIRETRIZ CURRICULAR DE ENSINO RELIGIOSO PROF. RESPONSÁVEL: ANGELA PROCÓPIO 1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSO A religião é tão antiga como a história do próprio ser humano. O medo do desconhecido e a necessidade de ser humano a fundar diversos sistemas de crenças, cerimônias e cultos. Em outras palavras, pode-se dizer que: De nossos ancestrais pré históricos, temos apenas os ossos. Mas seus indícios permanecem: os marcos de pedras e os dólmenes que salpicam a Irlanda, os monumentos de Stonehenge e as sensacionais pinturas nas cavernas em Lascaux (FARINGTON, 1999, p.9) As civilizações mais primitivas, deixaram as evidências e tipos de adorações, centradas na figura de um animal ou pessoa nos quais buscavam compreender o significado da natureza. Os povos primitivos do Egito, Mesopotâmia, Grécia, e Roma são os que deram origem à religião ao preservarem antigos modos de viver e pensar, não eram civilizados, mas têm sua cultura baseada na totalidade de comportamento transmitidas. Segundo FARRINGTON (p. 30 a 41), os Egípcios acreditavam que o faraó estava no mesmo nível dos deuses. Por isso, quando descobriram a técnica dos deuses. Por isso, quando descobriram a técnica da mumificação, era apropriado que, na morte, eles fossem tratados como realezas, assim como tinham sido em vidas. Os gregos e romanos acreditavam que a religião era uma mistura de crenças e o povo podia mistura de crenças e o povo podia escolher qualquer uma. Os deuses eram bem humanos: como egos para ser lisongeados e defeitos para ser explorados. As religiões integram o campo simbólico que os homens criam para se relacionar com o mundo e consigo mesma. Permitem explicar aquilo que não é compreendido pelas ciências de cada época, seja uma manifestação da natureza, seja uma elaboração da mente. Assim, religião constitui “um corpo de sistema organizado de crenças que ultrapassa a realidade da ordem natural e que tem por objetivo o sagrado ou sobrenatural, sobre qual elabora sentimentos, pensamentos e ações”. (BARSA, 2001, p.276) No Brasil, o Ensino Religiosos era determinado pela Constituição de 1824, voltado pela religião Católica Apostólica Romana. Após a Proclamação da República, o Estado Brasileiro passou a ser laico. Isso significa que ele não deve ter, e não tem religião. Tem sim, o dever de garantir a liberdade religiosa. “É inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantia, na forma de lei, a proteção aos locais e cultos e suas liturgias” ( CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA, Art. 5º, inciso VI) Amparados por lei, a liberdade religiosa é um direito fundamental do cidadão, como também afirma a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Apesar da constituição garantir a liberdade aos cultos e crenças religiosas, constatava-se que o Ensino Religioso nas escolas apresentava o tradicionalismo da sociedade brasileira apresentar manifestações do pluralismo religioso. A pluralidade e as manifestações da sociedae civil e religiosa foram ignorados pelo Estado e o Ensino Religioso continuaram vinculadas aos princípios catequéticos. Em 1972, o Ensino Religioso tem início oficial, previsto no artigo 7 da Lei 5.692. Concretizam os primeiros entendimentos entre as diversas manifestações religiosas. “Em decorrência dessa lei, o Ensino Religioso foi instituído como disciplina escolar em 1972, no Estado do Paraná, com a criação da Associação Interconfessional de Curitiba (ASSINTEC). (DCEs, 2006, p.16) Em 1973, oficialmente é reconhecida a ASSINTEC: Associação Internacional de Educação de Curitiba. Desde então, contatos, convênios, reuniões, cursos fazem com que o Ensino Religioso seja assumido pela disposição dos próprios educadores de Curitiba !”Crescer em Cristo”. O Ensino Religioso cresce, toma forma, e a ASINTEC não é mais um grupo de trabalho. Ela é uma união e a reunião de todos os educadores, que com espírito ecumênico, aberto a todos assumem o Ensino Religioso como parte do processo gradual, permanente, contínuo da Educação. Também assume o ensino como sentido de fé para os valores que a Educação se propõem em contra partida aos pseudos valores de nossa sociedade. “Crescer em Cristo”, para a ASSINTEc, não é um lema, mas um desafio de Crescer num processo de evangelização dinâmico, unitário e abrangente. Dinâmico porque envolve um crescimento sem rupturas; unitário porque integra fé e vida, de modo consciente e sistematizado, abrangente porque integra a vida escolar os educadores, os educandos e a família e, por isso, necessita ser complementados na Comunidade de Fé (igreja) pela catequese, pelo culto, pela escola dominical ou assembléia de sua respectiva confissão religiosa. As reações do homem frente ao sagrado, em diferentes contextos históricos expressam um fenômeno cultural e social. Assim, a busca para procura de respostas levou o homem a crer em manifestações de seres sobrenaturais. 2. OBJETIVOS Promover por meio do Ensino Religioso a convivência entre grupos diferentes, conhecendo, aprendendo e respeitando a multiculturalidade, excluindo preconceitos e valorizando o pluralismo religioso. Reconhecer a diversidade do conhecimento humano e suas diversas formas de ver o SAGRADO; Respeitar e compartilhar a diversidade cultural e religiosa no Brasil; Trabalhar conteúdos sobre Meio Ambiente, ressaltando a importância do mesmo no futuro para uma boa convivência e menos precariedade; Promover a educação para a paz, desenvolvendo atitudes éticas que qualifiquem as relações de ser humano consigo mesmo, com o outro e com a natureza; Perceber a relação entre a ciência, a cultura e a fé, ao buscar respostas para os próprios questionamentos; Contribuir para que os educandos possam encaminhar sua opção por um quadro referencial de valores, como sustentação de seus juízos diante do BEM, da VERDADE, da JUSTIÇA e do AMOR. 3. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: A Paisagem Religiosa O Símbolo O Texto Sagrado Sentimento Religioso. 4. CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: 5ª Série Cultura Européia e as manifestações religiosas no Paraná; Italianos – Católicos; Ucranianos – Cristãos Ortodoxos. Manifestações da cultura africana: Religiosidade e folguedos, umbanda e candomblé; O Ensino Religioso na Escola Pública; Respeito à Diversidade Religiosa; Declaração Universal dos Direitos Humanos e Constituição Brasileira: respeito à liberdade religiosa; Direito a professar fé e liberdade de opinião e expressão; Direito à liberdade de reunião e associações pacíficas; Direitos Humanos e sua vinculação com o Sagrado; Caracterização dos lugares e templos sagrados: lugares de peregrinação, de reverência, de culto, de identidade, principais práticas de expressão do sagrado nesses locais; Lugares na natureza: rios, lagos, montanhas, grutas, cachoeiras, cujo os nomes são oriundos das diversas crenças reli; Lugares construídos: templos, cidades sagradas, presentes no mundo atual e que são patrimônios da diversidade Religiosa; Textos orais e escritos – Sagrados – Ensinamentos sagrados transmitidos de forma oral e escrita (cantos ,narrativas, poemas, orações, como: Vedas – Hinduísmo, Escrituras Bahá'is – Fé Bahaá'l, Tradições Orais Africanas, Afro-brasileiras e Ameríndias, Alcorão – Islamismo. Organizações Religiosas – características, estrutura e dinâmica social. Exemplos: Confucionismo (Confúcio), Espiritismo (Allan Kardec), Taoísmo (Lao Tse) Religiosidade indígena no Paraná 6ª Série Universo Simbólico Religioso – Significados simbólicos dos gestos, sons, formas, cores e textos nos Ritos, Mitos e no cotidiano; Ritos de passagem, Mortuários, Propiciatórios e outros; Festas Religiosas, peregrinações, festas familiares, festas nos templos, datas comemorativas; Vida e Morte; O sentido da vida nas tradições/manifestações religiosas; Reencarnação; Ressurreição – ato de voltar à vida; Além Morte; Ancestralidade – vida dos antepassados – espíritos dos antepassados se tornam presentes; A religiosidade e a cultura africana no Paraná e no Brasil: congada e carnaval; Manifestações originárias da cultura européia no Paraná; - Alemães – protestantes - Poloneses – Católicos A religiosidade indígena e a miscigenação religiosa no Paraná. 5. METODOLOGIA O compromisso da Educação Religiosa expressa uma reflexão em torno de uma diversidade cultural, a fim de promover a Paz Global, o respeito pelo ser humano e suas crenças. Portanto, faz-se necessário uma metodologia abrangente, o que implica na concepção de seus objetivos, conteúdos através de aulas expositivas, filmes, documentários, debates, seminários, dinâmicas em grupos, palestras complementares com representantes de diversas religiões, produção de textos e cartazes, os quais possam favorecer explicações aos fenômenos que não obedecem as leis da natureza. Organizar entrevistas com pessoas negras e idosas da comunidade, sobre elementos da cultura afro-brasileira presente no cotidiano, como na religião, culinária, linguagens, lendas e histórias populares, vestuários, festas, etc. Registrar e discutir com a turma. Identificar através das entrevistas possíveis manifestações de preconceito racial. Trabalhar em grupos na elaboração de cartazes, desenhos e colagens sobre a presença da cultura negra e indígena no Paraná. Elaborar painéis sobre diversos elementos formadores da população brasileira, ressaltando a questão das injustiças praticadas, pela falta da consciência tanto no passado como no presente, valorizando todas as pessoas sem distinção de raça, classe social, credo, etc. Promover debates e seminários, a fim de resgatar valores essenciais, como a virtude, valores humanos, fé, auto-estima, humildade, responsabilidade, prudência, coragem, solidariedade, amizade, respeito e honestidade, tendo como objetivo construirmos uma sociedade melhor, mais justa e menos violenta. Desenvolver atividades como jogos e brincadeiras atrelados ao Ensino Religioso, partindo da reflexão dos problemas as alternativas. Por intermédio dessas discussões espera-se uma democratização religiosa, onde os direitos a liberdade de pensamento e crença, possam ser respeitados, para formação de uma sociedade mais justa, sem preconceito religioso. Diante desta perspectiva, as aulas de Ensino Religioso tem como objetivo superar o preconceito e aprofundar o conhecimento a qualquer expressão do sagrado. Para efetivar esse processo pedagógico, propõe-se que os conhecimentos de bases teóricas, como o Universo Simbólico, ritos, organizações religiosas, festas, questões de vida e morte e os lugares sagrados das diferentes culturas inclusive a local propiciem uma maior interação dos indivíduos. 6. AVALIAÇÃO De acordo com as DCEs (2006, p.34), O processo avaliativo no Ensino Religioso não constitui objeto de aprovação ou reprovação. As práticas avaliativas, serão diagnósticas, contínuas e cumulativa, assim sendo, será passível o processo de apropriação de conhecimento dos conteúdos e objetivos pelo aluno. Observar a apropriação dos conteúdos em diferentes situações, avaliando a sua capacidade de discernir e vivenciar atitudes, valores de forma subjetiva e objetiva. Considerar a participação do aluno em debates, na expressão da fé e seu conhecimento das diversas culturas com relação ao sagrado. Identificar por meio de textos, provas e debates se o aluno apropriou-se das informações transmitidas por intermédio dos conteúdos, os temas enfocados referentes ao índio, ao negro e a outros elementos formadores da população brasileira. Promover atividades práticas e teóricas, no sentido de reflexão e experiência, sobre os temas que envolva a alegria, tristeza e sofrimento dos outros compartilhando com eles suas dificuldades, necessidades e preocupações. Observando se os alunos demonstram preocupações e são capazes de aceitar e valorizar as pessoas. Dinamizar o Estudo Religioso através de pesquisas com palavras chaves relacionadas aos conteúdos, promovendo assim, seminários e debates, dando oportunidade para que o aluno expresse seus pensamentos, sentimento e compromisso pessoal e comunitário de assumir novas atitudes de vida, partir do que foi refletido. 7. REFERÊNCIAS FARRINGTON, Karen. História Ilustrada da Religião. São Paulo: Manole, 1999. NOVA. Enciclopédia Barsa. Vol.30. São Paulo: Barsa Consultoria Editorial, 2001. ASSINTEC. Ensino Religioso – O encontro consigo mesmo – Ed. Experimental, número 01, SEED,PR. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação.Diretrizes Curriculares de Ensino Religioso para a Educação Básica. Curitiba: SEED. 2008. DIRETRIZ CURRICULAR GEOGRAFIA PROF. RESPONSÁVEL: JULIANA MARGARIDA SIQUEIRA 1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA DE GEOGRAFIA A geografia tem assumido um papel muito importante em uma época em que as informações são transmitidos com muita rapidez em grande volume. é impossível acompanhar e entender as mudanças e os fatos ou fenômenos que ocorrem no mundo sem conhecimentos geográfica. É no espaço geográfico conceito fundamental da ciência geográfica que se realizam as manifestações da natureza e as atividades humanas. Por isso, compreender a organização e as transformações sofridas por esse por esse espaço é essencial para formação do cidadão consciente e crítico dos problemas do mundo em que vive. Por consequência, pensamos no aluno como agente atuante e modificador do espaço geográfico, dentro de uma proposta educacional que requer responsabilidade de todos, visando conseguir um mundo mais ético e menos desigual. Procuramos demonstrar que a busca do conhecimento é um processo único e que a geografia faz parte dele, assim atividades interdisciplinares são essenciais além de compreender que o conhecimento adquirido na sala de aula não está dissociado dos acontecimentos diários. 2. OBJETIVOS Contribuir na formação de um aluno capaz de compreender o espaço geográfico e atuar de maneira crítica na produção Socioespacial. Compreender os conceitos geográficos de Paisagem, Região, Lugar, Território, Natureza, Sociedade. Localizar-se e orientar-se com exatidão no espaço geográfico, através da leitura cartográfica. Entender que o espaço geográfico é composto pela materialidade(natural e técnica) e pelas ações sociais, econômicas, culturais e políticas. Identificar as formas de apropriação da natureza, a partir do trabalho e suas consequências econômicas, socioambientais e políticas. Reconhecer as diferentes formas de regionalização do espaço geográfico. Entender as consequências ambientais geradas pelas atividades produtivas. Reconhecer e analisar os diferentes indicadores demográficos e suas implicações socioespaciais. Identificar a configuração socioespacial mundial por meio da leitura dos mapas, gráficos, tabelas e imagens. Compreender a atual configuração do espaço mundial e suas implicações sociais, econômicas e política. Compreender que os espaços estão inseridos numa ordem econômica e política global, porém apresentam particularidades. 3. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Dimensão Econômica, Política, Sócioambiental, Cultural e Demográfica do espaço geográfico. 4. CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: 5°Série Conteúdos Conteúdos Conteúdos Específicos Estruturantes Básicos A formação, localização e - Exploração econômica Dimensão exploração dos recursos dos elementos naturais Econômica naturais. pelas atividades extrativas (mineral e vegetal). do espaço geográfico A distribuição espacial das - As interno-relações das atividades atividades produtivas, a econômicas (agricultura, pecuária, transformação da paisagem, cooperativismo, indústria e a (re) organização do comércio) do espaço local ao espaço. global. - A distribuição espacial das fontes de energia e sua importância para a produção industrial. - A distribuição das indústrias e sua importância na economia nacional e mundial. - As atividades econômicas definindo a configuração do espaço geográfico local, regional e global. - As relações econômicas entre os lugares: o urbano e o o rural.- A circulação da produção: os transportes e o comércio de mercadorias. Dimensão As relações entre campo e a - Conhecendo o espaço urbano do política do cidade na sociedade local para o global: a constituição e capitalista distribuição dos micro territórios Espaço Geográfico urbanos. As diversas regionalizações do espaço geográfico - A organização política dos lugares: fronteiras e limites. - A interdependência entre o campo e a cidade: a cidade como centro de decisões políticas. - As diferentes formas de regionalização do espaço Formação e transformação geográfico. - A distribuição espacial dos das paisagens naturais e recursos vegetais e as culturais transformações causadas pelas sociedades humanas. Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de Dimensão tecnologias de exploração e das atividades agrícolas: Socioambiental produção Cultural e do Espaço Geográfico - O uso do solo no desenvolvimento Demográfica terraceamento, erosão, lixiviação,etc. - O clima, seus elementos e sua relação com atividades produtivas e lazer. - A constituição da Litosfera e a construção das cidades: erosão, impermeabilização dos solos, ocupação das áreas de riscos. - As implicações da circulação atmosférica e da poluição na Cultural e Demográfica organização do espaço geográfico. - A influência dos movimentos do planeta Terra na organização do espaço geográfico. A mobilidade populacional e Êxodo Rural e sua influência na as manifestações configuração espacial urbano e socioespacias da diversidade Dimensão cultural Cultural e A evolução demográfica, a rural. A distribuição da população em diferentes espaços: rural e urbano. Demográfica do distribuição espacial da Espaço Geográfico população e os indicadores estatísticos A dinâmica populacional influenciada pela produção do meio rural e urbano. Os diferentes grupos culturais em sua relação com a natureza. Os diferentes grupos socioculturais e suas marcas na paisagem. Crescimento populacional e a estrutura etária da população: envelhecimento da população, expectativa de vida, etc. 6° Série Conteúdos Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos Estruturantes A formação, o crescimento das Dimensão cidades, a dinâmica dos A exploração econômica dos recursos naturais repercutindo Econômica do espaço espaços urbanos e a urbanização. na ocupação do território brasileiro. geográfico A distribuição espacial das A distribuição e as atividades produtivas, a (re) produtividades dos diferentes organização do espaço agrossistemas, no Brasil. geográfico. A relação das fontes de A circulação de mão-de-obra, energia com a produção das mercadorias e das econômica nas regiões informações brasileiras. A influência dos fatores econômicos na distribuição das indústrias no espaço geográfico brasileiro. As implicações espaciais do uso da tecnologia na produção agropecuária e industrial. Os espaços de produção e a circulação de mercadorias no território (rodovias, ferrovias, portos e aeroportos). O aproveitamento econômico das bacias hidrográficas: abastecimento das cidades, lazer, transportes. Dimensão política A formação, mobilidade das do Espaço fronteiras e a reconfiguração Expansão territorial e a configuração atual do território Geográfico do território brasileiro. brasileiro:apropriação dos territórios indígenas do século As diversas regionalizações do XVI a atualidade. espaço brasileiro. Formação do território Os movimentos sociais, urbanos e rurais, e a brasileiro: expansão e regionalização. apropriação do espaço. Movimentos sociais no espaço urbano e o direito a cidade: transporte, moradia, saneamento e saúde. A distribuição e configuração espacial dos territórios urbanos marginais. Importância estratégica da água, dos recursos minerais e da bioenergia. As guerras fiscais entre os lugares e a globalização em sua relação com distribuição industrial no Brasil. Formação do território brasileiro. A distribuição e a exploração dos elementos naturais no espaço brasileiro. A dinâmica da natureza e sua Dimensão alteração pelo emprego de A degradação dos ambientes Socioambiental tecnologias de exploração e e dos recursos naturais. do Espaço produção. Geográfico O espaço rural e a Os diferentes climas e sua modernização da agricultura. influência nas atividades agropecuárias no Brasil. As consequências ambientais decorrentes do processo industrial e uso de agrotóxicos. Problemas sociais e ambientais urbano: a falta de saneamento básico, ocupação de áreas de risco, depósitos de lixo, assoreamento dos rios, etc. A formação de áreas de proteção ambiental: os parques e reservas ambientais. Dimensão A mobilidade populacional e as Cultural e manifestações socioespaciais Demográfica do da diversidade cultural Espaço Geográfico Formação e distribuição da população brasileira: as contribuições culturais das diversas etnias: indígenas, A evolução demográfica da africanos, europeus e população, sua distribuição asiáticos. espacial e indicadores estatísticos. A população brasileira: crescimento, distribuição e Movimentos migratórios e suas motivações. migração. Indicadores sociais e as condições de vida da população brasileira. O deslocamento da população e o processo de crescimentos das cidades médias e das metrópoles. As manifestações culturais no espaço urbano e rural. 7° Série Conteúdos Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos O comércio em suas A apropriação dos recursos implicações socioespaciais. minerais e sua importância Estruturantes Dimensão Econômica do espaço geográfico econômica. A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e A distribuição espacial das informações. tecnologias e sua relação com a industrialização e A distribuição espacial das comunicações. atividades produtivas, a (re) organização do espaço Circulação de informação, geográfico. mercadorias configurando os diferentes espaço mundiais. Divisão internacional do trabalho e as novas formas de exploração do trabalhador no Brasil e no mundo. Dimensão política As diversas regionalizações do A formação territorial dos do Espaço espaço geográfico. estados nacionais. A formação, mobilidade das A reconfiguração das fronteiras e a reconfiguração fronteiras e a formação dos dos territórios do continente territórios na Geográfico americano. globalização:importância dos blocos econômicos. A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o A disputa global pelos papel do estado. recursos naturais e sua localização estratégica. Conflitos étnicos regionais, o narcotráfico e a formação dos microterritórios. Dimensão Socioambiental As relações entre o campo e a A formação dos recursos cidade na sociedade capitalista minerais: tempo geológico e a do Espaço Geográfico dinâmica da natureza. O espaço rural e a modernização da agricultura. A degradação das áreas agricultáveis no mundo: A formação, a localização, arenização, desertificação e exploração dos recursos erosão. naturais. O desenvolvimento de técnicas e de tecnologias na agricultura, sua relação com o relevo e o clima. Os impactos ambientais decorrentes da industrialização. A evolução demográfica da Crescimento demográfico e Dimensão população, sua distribuição políticas populacionais. Cultural e espacial e os indicadores Demográfica do Espaço estatísticos. Os fluxos migratórios gerados por questões econômicas, Geográfico Os movimentos migratórios e culturais, geopolíticas e suas motivações. ambientais. A mobilidade populacional e as A distribuição da população e manifestações socioespaciais os impactos de sua da diversidade cultural. urbanização. Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos 8° Série Conteúdos Estruturantes Dimensão Econômica do A revolução tecnico-científico- Agricultura subsidiada e informacional e os novos espaço geográfico arranjos no espaço da emprego de novas tecnologias. produção. As atividades agrícolas e suas O comércio mundial e as disparidades técnicas. implicações socioespaciais. Atividades econômicas, o A distribuição das atividades desenvolvimento tecnológico produtivas, a transformação da (agropecuária, indústria, e paisagem e a (re) organização comércio) e a transformação do espaço geográfico. do espaço mundial atual. A organização das economias regionais a partir dos Blocos Econômicos. A diversas regionalizações do Dimensão política espaço geográfico. do Espaço Geográfico A espacialização dos principais conflitos mundiais, suas causas e efeitos. A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o A nova ordem mundial: do papel do Estado. mundo bipolar ao multipolar. A formação, mobilidade das As organizações mundiais- fronteiras e a reconfiguração ONU e as instituições dos territórios. multilaterais que a compõemsuas ações na organização do espaço. A regulamentação do fluxo de comércio internacional pela OMC. A nova ordem mundial no século XXI: as relações de poder e as novas regionalizações. Dimensão A formação, localização, Questões ambientais mundiais Socioambiental exploração dos recursos e os danos no espaço naturais. geográfico: o aquecimento do Espaço Geográfico global e suas consequências. A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de A sociedade de consumo, a tecnologias de exploração e degradação ambiental em sua produção. configuração espacial. O espaço em rede:produção, O uso e a preservação dos transporte e comunicações na recursos naturais e o atual configuração territorial. desenvolvimento econômico. Dimensão Cultural A evolução demográfica da Crescimento demográfico e a e Demográfica do população, sua distribuição emigração a emigração dos Espaço Geográfico espacial e os indicadores países pobres: identidade estatísticos. étnica e cultural. A mobilidade populacional e as As migrações mundiais e sua manifestações socioespaciais influência sobre a formação da diversidade cultural. cultural, distribuição espacial e configuração demográfica dos Os movimentos migratórios países. mundiais e suas motivações. Os indicadores sociais demonstrando as desigualdades espaciais. Os conflitos étnicos: xenofobia e racismo em suas consequências espaciais. 5. METODOLOGIA A metodologia utilizada será baseada na de João Luiz Gasparin, uma Didática para a Pedagogia histórico-crítica que consta das seguintes etapas: Prática social inicial do conteúdo, que tem por objetivo partir do que os alunos e os professores já sabem; Problematização cuja a intenção é levar o aluno a refletir sobre os principais problemas da sua prática social; Instrumentalização será a ação didático-pedagógica adotada pelo professor para atingir os seus objetivos. Catarse será como o aluno compreendeu o conteúdo, ou seja, seu novo entendimento sobre o que foi trabalhado. Prática social final do conteúdo é a nova proposta de ação a partir do novo conteúdo sistematizado. 6. AVALIAÇÃO: A avaliação é um dos elementos no processo pedagógico que faz parte da interação entre professor, aluno e conhecimento. Há muitos métodos para se avaliar de forma diagnóstica, se o aluno reelaborou seu saber, e se desenvolveu novas habilidades e conhecimentos, considera–se também a participação do aluno nos trabalhos didáticos, envolvimento nos debates em sala de aula. Reconhecer a importância da leitura e interpretação de mapas, textos, imagens, gráficos, tabelas, relatórios, seminários, construções de maquetes, pesquisas; enfim a avaliação ocorrerá em dois aspectos: formativa e somativa, sempre considerando o empenho e dedicação do aluno. Assim a construção do conhecimento será feita em cada aula, e o que será avaliado é a posição crítica adquirida pelo aluno, para que esse procure desmistificar as ideologias do mundo capitalista. 7. REFERÊNCIAS: GASPARIN, João Luiz Gasparin. Uma Didática para a Pedagogia HistóricoCrítica. São Paulo: Autores Associados, 2002. Secretária de Estado da Educação – SEED. Diretrizes Curriculares de Geografia para a Educação Básica. Curitiba, 2007. CASTROGIOVANNI,A.C.(org.) Geografia em sala de aula:práticas e reflexões.Porto Alegre:Ed.UFRS,1999. LACOSTE,Y.A Geografia:isso serve, em primeiro lugar para fazer a guerra.Campinas: Papirus, 1988. SENE, Eustáquio de.; MOREIRA, João Carlos. Geografia Geral e do Brasil: Espaço Geográfico e Globalização. São Paulo: Scipione, 1998. ALMEIDA, Lúcia Marina Alves de.; RIGOLIN, Tércio Barbosa. Geografia: Novo Ensino Médio. São Paulo: Ática,2003. DIRETRIZ CURRICULAR HISTÓRIA PROF. RESPONSÁVEL: LUCIA LIEBEL DE SIQUEIRA MENDES MARIA JOCELIA BARÃO 1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA DE HISTÓRIA A história tem como objetivo de estudo os processos históricos relativos as ações e as relações humanas praticadas no tempo, bem como as respectivas significações atribuídas pelos sujeitos tendo ou não consciência dessas ações. As relações humanas produzidas por essas ações podem ser definidas como estruturas sócio - históricas, ou seja, são as formas de agir, de pensar ou de raciocinar, de representar, de imaginar, de instituir, portanto de se relacionar social, cultural e politicamente. As relações humanas determinam os limites e as possibilidades das ações dos sujeitos de modo a demarcar como estes podem transformar constantemente as estruturas sócio - históricas. Mesmo condicionados, as ações dos sujeitos permitem espaços para escolha e projetos de futuro. Como objetivo de estudo, devem - se considerar também as relações dos seres humanos como os fenômenos naturais, tais como as condições geográficas, físicas e biológicas de uma determinada época e local, que também se conformam a partir das ações humanas. A história é entendida como as diferentes formas pelas quais as comunidades, a partir de suas diferenças sociais e culturais, percebem e compreendem sua sociedade e a própria história. As concepções que marcam a produção historio gráfica permitem compreender que o conhecimento histórico possui diferentes formas de explicar o seu objeto de investigação, constituídos nas experiências dos sujeitos. O ensino de história constitui para a formação de uma consciência histórica crítica dos alunos, uma vez que o estudo das experiências do passado, permite formar pontos de vista históricos por negação aos tipos tradicional e exemplar de consciência histórica que permitem ampliar as possibilidades de explicação e compreensão de fatos históricos. 2. OBJETIVOS Ampliar estudos sobre as problemáticas contemporâneas servindo como reflexão sobre as possibilidades de mudanças e a preservação das espécies. Construir a identidade social e individual. Compreender o tempo histórico como construção cultural. Estabelecer relações entre as permanências e as mudanças ocorridas na sociedade. Analisar o papel do indivíduo como sujeito do produto histórico. Reconhecer as problemáticas atuais e de outros tempos. Verificar fontes documentais de natureza diversa. 3. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES RELAÇÕES DE TRABALHO RELAÇÕES DE PODER RELAÇÕES CULTURAIS 4. CONTEÚDOS ESPECÍFICOS 5ª Série 1- O que é história Quem faz a história Tempo histórico A história da família A história local, cultura popular, festas, costumes e tradições A história do Paraná 2- A pré - história O surgimento do homem O processo histórico A evolução das espécies Os períodos históricos As descobertas e invenções A poluição ambiental. 3- As primeiras civilizações As gerações e etnias A mesopotâmia O Egípcios (negros) Os Fenícios e os Hebreus Os Persas Os gregos Os romanos 4- A formação do mundo medieval A idade média A cultura medieval O Cristianismo O Feudalismo 6ª Série 1- A Europa Medieval As grandes mudanças O absolutismo O mercantilismo A queda do Feudalismo O tratado de Tordesilhas A expansão marítima 2- A conquista da América Os povos pré Colombianos A propriedade coletiva, publica e particular Os índios brasileiros O encontro de culturas A civilização africana A cultura afro A colonização do Brasil As primeiras cidades O mercantilismo colonial O escravismo Os holandeses no Brasil A crise do açúcar O monopólio colonial 3- A imigração no Brasil O ouro O tropeirismo (PR) A questão de terra (MST) O trabalho compulsório O monopólio colonial A cultura européia A questão ambiental 4- A revolução científica As descobertas O renascimento Os filósofos e cientistas A reforma protestante O calvinismo O anglicanismo A contra-reforma A inquisição. 7ª Série 1- A era das revoluções A Revolução Inglesa A Revolução Francesa O Iluminismo A economia do Brasil A administração e as relações de trabalho na vida e na sociedade da época e na atualidade O século do ouro no Brasil O tropeirismo e o latifúndio no Paraná 2- A Independência das treze colônias inglesas O sistema de colonização do Brasil e dos E.U.A A queda do absolutismo O Império napoleônico O bloqueio continental A Independência da América espanhola A vinda da família real 3- A Revolução Industrial As grandes transformações econômicas, sociais e ambientais A divisão do trabalho As condições de vida do proletariado Os sindicatos e a conquista dos direitos trabalhistas O liberalismo político As revoltas anti coloniais 4- O Brasil Império A Independência do Brasil A constituição do Brasil A administração do Império A instabilidade política Os movimentos abolicionistas A cultura afro-brasileira A proclamação da República As mudanças econômicas e militar. 5- A Independência do Brasil O primeiro imperador A constituição do Brasil A queda de D. Pedro l O segundo imperador O Período regencial A instabilidade política Os movimentos sociais do séc. XXXI 6- Os imigrantes As parcerias Os movimentos abolicionistas As etapas da abolição 5- A Proclamação da República no Brasil As mudanças econômicas A questão militar A questão religiosa 8ª série 1-As instituições sociais A República velha (1889 - 1930) e na atualidade A política da época relacionada com a ditadura e a democracia atual. As guerras e revoluções A política (o coronelismo) A economia As rebeliões O tenentismo As imigrações A Revolução nas Artes e nas ciências 2- A 1ª Guerra Mundial (1914 – 1918) O imperialismo Causas e consequências A nova ordem mundial A crise de 1929 A Revolução Russa (1917) O socialismo científico A planificação da economia Capitalismo X socialismo 3- A Revolução Mexicana A ação militar A Guerra fria A vida democrática no Brasil A ação militar A Guerra fria A vida democrática no Brasil A crise de 1929 A superprodução As ditaduras fascistas 4- O Governo de Getúlio Vargas (1930-1945) A economia As leis trabalhistas A ditadura de estado 5- A 2º Guerra Mundial (1939 - 1935) A ação militar O Brasil na 2ª guerra O fim do estado novo A Guerra fria Estados Unidos – capitalistas URSS – Socialista A descolonização da África e da Ásia A vida democrática no Brasil A crise econômica O 2º mandato de Getúlio Vargas O governo de Jucelino Kubitschek O desenvolvimento econômico As grandes obras O golpe de 1964 A ação militar A Guerra fria A vida democrática no Brasil Os movimentos sociais O exôdo rural e o crescimento das cidades 6- A ditadura militar no Brasil (1964 – 1985) A política O regime militar A economia A volta a democracia Os problemas sociais A globalização A constituição de 1988 Os problemas atuais. 5. METODOLOGIA As aulas de história serão ministradas de forma expositivas, seguidos de leituras, interpretação de textos, debates, sínteses, pesquisas diversas em livros didáticos, jornais, revistas e internet uso do vídeo fotos, gravuras e atividades extra classe levando-os a desenvolverem a capacidade de refletir e analisar criticamente sobre a realidade atual proporcionando condições de compreender as transformações sociais, políticas e culturais do mundo atual e as consequências da ação humana. A metodologia de sala de aula deve levar em consideração o saber que o aluno trás consigo para o saber mais complexo existente na sociedade e as modificações existentes com o passar dos tempos. 6. AVALIAÇÃO A avaliação deverá partir da realidade do aluno para poder avançar na compreensão dos conceitos estudados e as relações existentes entre si e o meio em que vivem, num processo de produção e organização dos diferentes grupos humanos e desenvolvimento e as transformações existentes. Cabe ao professor avaliar o desempenho do aluno de acordo com os trabalhos apresentados pelos mesmos levando em consideração a participação e habilidade de cada um. A avaliação será de forma contínua, somatória e periódica de modo que possa facilitar a compreensão dos mesmos. 7.REFERÊNCIAS SILVIA, Francisco de Assis, História – Século XX: A Caminho do 3º Millenio. 1ª ed. São Paulo: Moderna, 2001. PILETTI, Claudino e Nelson. Historia e Vida Integrada. 1ª ed. São Paulo; Ática, 2001. PANAZZO, Silvia e Vaz, Maria Luíza. Navegando pela História. 1ª ed. São Paulo: Quinteto Editorial, 2002. SCHIMIDT, Mario. Nova História Crítica. São Paulo: Editora Nova Geração, 2001. TUMA, Magda M. Peruzin. História do Paraná. 2ª ed. São Paulo: FTD, 2005. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação.Diretrizes Curriculares de História para a Educação Básica. Curitiba: SEED. 2006. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação.Currículo básico para a escola pública do estado do Paraná. Curitiba: SEED. 1990 FERRETE, Eliane Regina. Paraná: Sua gente – suas paisagens. Curitiba: Base, 2004. SOURIENT, Lilian. História, Interagindo e percebendo o Paraná. São Paulo: Editora do Brasil, 2001. DIRETRIZ CURRICULAR DE LINGUA PORTUGUESA PROF. RESPONSÁVEL: DOROTEIA DAS GRAÇAS GABARDO DOS ANJOS SOELI TEREZINHA KUCHINSKI FERREIRA THAIYS APARECIDA DE OLIVEIRA TUCHINSKI 1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA DE LÍNGUA PORTUGUESA A Língua Portuguesa desde a sua inserção na história do nosso país, vem sofrendo alterações e adequações a cada contexto histórico pelo qual a sociedade passa. As modificações são evidentes, pois se faz necessário igualmente a tudo que vem suprir as necessidades de um povo. A cultura brasileira é dinâmica, de fácil absorção, porém jamais é desprezada a história de nossos antepassados no que diz respeito, principalmente à Língua Portuguesa. As diversas formas de expressão falada dos brasileiros vêm demonstrando a riqueza de nossa comunicação. No contexto escolar, há que ser respeitado, trabalhado e direcionado a cada ocasião os falares de nosso povo, sem que seja deixado de mostrar a Língua Portuguesa dentro das suas normas gramaticais. Um fator importante na nossa língua é a habilidade e competência que cada cidadão deve adquirir para que possa lançar mão dela quando necessário, seja na vida profissional ou pessoal, algo que a informatização e a tecnologia trouxe a todos nós, e por assim dizer, diferentes práticas na comunicação hoje se evidenciam. A globalização, a comunicação on-line, aproximaram distâncias e simplificaram nosso cotidiano, porém jamais substituirão a leitura, a escrita e a interpretação advindas do início de nossa História. O ensino da Língua Portuguesa tem sido o centro da discussão da necessidade de melhorar a qualidade de ensino no País, por isso é fundamental o domínio da leitura, oralidade e da escrita, pelos alunos, para que estes desenvolvam a capacidade de interpretação. A língua portuguesa deve ser utilizada e trabalhada na escola da forma como existe na sociedade, com suas diversidades culturais. É preciso criar situações em que a escrita, a fala e a leitura tenha finalidade especifica e que não configurem um exercício mecânico e sem sentido. Portanto, a língua portuguesa deve ser estruturada em torno de projetos de leitura e escrita, destinadas a todas as séries de modo que o ato de escrever e ler na escola, não perca seu caráter social. Não basta o saber falar e escrever, é necessário dominar a linguagem para participar da vida do bairro, da cidade e do país. Pelo uso da linguagem, escolhendo as palavras certas para cada tipo de ocasião, as pessoas se comunicam, trocam opiniões, tem acesso às informações, protestam e fazem cultura. Em outras palavras, se tornam cidadãs. É uma nova postura de ensino, que procura levar em conta a realidade e os interesses dos próprios alunos, compartilhando assim, diversas formas de comunicação. É pela linguagem que as pessoas se comunicam, expressam e sustentam pontos de vista, aprendem a respeitar posições diferentes; elas têm acesso à informação, à literatura, partilham e constroem visões do mundo, produzem cultura e também exercem plenamente sua cidadania. Com isso devemos formar indivíduos que saibam fazer o uso da linguagem em diferentes situações; compreendendo textos falados ou escritos, se expressando de forma oral como escrita. 2. OBJETIVOS Fornecer uma grande linha de ação integradora de unidade, desenvolvendo um trabalho de linguagem que leve o aluno a observar, perceber, descobrir, refletir sobre o mundo, interagir com seu semelhante, através do uso funcional da linguagem, o capacitando assim, a uma realização de leitura, análise e confecção de textos orais e escritos, de forma autônoma, crítica, através do estímulo à reflexão e a prática da língua oral e escrita, possibilitando a ampliação de seu universo linguístico, o tornando apto à apropriação e construção de sua própria linguagem, para que possa atuar crítica e, conscientemente no decorrer de sua vida social e possa dessa forma usufruir os direitos e deveres de um cidadão, vivendo a cidadania plenamente. Ampliar progressivamente o conjunto de conhecimentos discursivos semânticos e gramaticais envolvidos na construção dos sentidos dos textos; Utilizar a linguagem escrita, quando for necessário, como apoio para registro, documentação e análise; Ampliar a capacidade de reconhecer as intenções do enunciado, sendo capaz de aderir ou recusar as posições ideológicas sustentadas em seu discurso; Selecionar textos segundo seu interesse e necessidade; Ler de maneira autônoma, textos de gênero e temas com os quais vai construindo familiaridade; Ser receptivo a textos que rompam com seu universo de expectativas, por meio de leituras desafiadoras para sua condição atual, se apoiando em formas do próprio texto com ou sem orientações fornecidas pelo professor; Trocar impressões com outros leitores a respeito de textos lidos, se posicionando diante da crítica, tanto a partir do próprio texto como de sua prática enquanto leitor; Compreender a leitura em suas diferentes dimensões: o dever de ler, a necessidade de ler e o prazer de ler; Ser capaz de aderir ou recusar as posições ideológicas que reconheça nos textos que ler; Planejar a fala pública usando a linguagem em função das exigências da situação e dos objetivos estabelecidos; Considerar os papéis assumidos pelos participantes, ajustando o texto à variedade linguística adequada; Utilizar e valorizar o repertório linguístico de sua comunidade na produção da fala; Redigir diferentes tipos de textos, os estruturando; Realizar escolhas de elementos lexicais, sintáticos, figurativos e ilustrativos, os ajustando às circunstâncias, formalidade e propósitos de interação; Utilizar com propriedade e desenvoltura os padrões da escrita em função das exigências do gênero e das condições de produção; Analisar e revisar o próprio texto em função dos objetivos estabelecidos, da própria intenção comunicativa e do leitor a que se destina, redigindo tantas quantas forem as versões necessárias para considerar o texto bem escrito; Fazer um paralelo entre a ficção e realidade, inserindo o texto no contexto; Pesquisar a biografia do autor, destacando aspectos positivos e negativos da obra; Reconstruir a escrita da narrativa, inserindo uma nova personagem que venha modificar o desfecho; Reconstruir o texto mudando o foco narrativo ou re-escrever um texto em prosa para poesia (ou vice-versa), texto jornalístico, texto teatral... Criar histórias em quadrinhos a partir de uma narrativa, se atendo, naturalmente, aos fatos mais relevantes da história; Debater sobre temas polêmicos, desenvolvendo o senso crítico; Analisar as transformações sofridas por uma obra literária ao ser adaptada para a TV, a linguagem utilizada e identificar os valores; Verificar as regularidades das diferentes variedades do português, reconhecendo os valores sociais nelas implicados e, consequentemente o preconceito às formas populares em oposição às formas dos grupos socialmente favorecidos. 3. CONTEÚDO ESTRUTURANTE: 3.1 DISCURSO ENQUANTO PRÁTICA SOCIAL - A estrutura da Língua Portuguesa está basicamente pautada na Escrita, na Leitura e na Oralidade. O estudo da mesma vem sofrendo alterações por conta das mudanças de hábitos e comportamentos de nosso povo. Ensinar a Língua Portuguesa hoje, compreende abordar dentro das normas gramaticais estabelecidas, os falares de diversas e múltiplas leituras. Compreendendo assim, a diversidade cultural, sem se distanciar da legitimidade da Língua Materna. 4. CONTEÚDOS BÁSICOS 5ª série Leitura Identificação do tema; Interpretação textual observando: informatividade, interlocutores, intertextualidade, intencionalidade; Conteúdo temático, fonte; pontuação; recursos gráficos – aspas, travessão, negrito itálico; Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários; Inferências. Oralidade Adequação ao gênero: conteúdo temático, marcas linguísticas, elementos composicionais; Finalidade do texto Variedades linguísticas; Papel do locutor e do interlocutor: participação e cooperação; Particularidades de pronúncia de algumas palavras; Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos. Escrita Adequação ao gênero: conteúdo temático , elementos composicionais, marcas linguísticas – coesão, coerência- pontuação; recursos gráficos; Discurso direto e indireto; Argumentação; Paragrafação; Clareza de ideias; Uso da linguagem formal e informal; Re-escrita textual. Análise Linguística – perpassando as práticas de leitura, escrita e oralidade: Coesão e coerência do texto lido ou produzido pelo aluno; Expressividade dos substantivos e sua função referencial no texto; Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo, numeral,verbo; A pontuação e seus efeitos de sentido no texto; Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico; Acentuação gráfica; Processo de formação de palavras; Gírias; Figuras de linguagem: prosopopeia, ironia, metáfora; Concordância verbal e nominal; Particularidades de grafia de algumas palavras. Gêneros discursivos História em quadrinhos, lendas, fábulas, contos de fadas, poemas, piadas, adivinhas, receita, classificados, verbete, cantigas de roda, bilhetes, regras de jogo, horóscopo, biografia, autobiografia, narrativa de aventura, narrativa de enigma, dramatização, exposição oral, carta pessoal, fotos, notícia, reportagem, aviso. 6ª série Leitura Interpretação textual, observando: conteúdo temático, interlocutores, fonte, ideologia, papéis sociais representados, intertextualidade, informatividade, intencionalidade, marcas linguísticas; Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários; Particularidades (lexicais, sintáticas e textuais) do texto em registro formal e informal; Texto verbal e não – verbal. Oralidade Tema do texto; Adequação ao gênero: conteúdo temático, elementos composicionais, marcas linguísticas; Variedades linguísticas; Intencionalidade do texto; Papel do locutor e do interlocutor: participação e cooperação; Particularidades de pronúncia de algumas palavras; Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos. Escrita Contexto de produção; Interlocutor; Discurso direto e indireto; Adequação ao gênero: elementos composicionais, marcas linguísticas, conteúdo temático; Linguagem formal e informal; Argumentação; Coerência e coesão textual; Finalidade do texto; Re-escrita textual. Análise Linguística – perpassando as práticas de leitura, escrita e oralidade: Discurso direto, indireto e indireto livre, das vozes que falam no texto; Função do substantivo, adjetivo, advérbio, pronome, artigo, numeral, verbo, conjunção, como elementos do texto; Pontuação e seus efeitos de sentido no texto; Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, itálico, parênteses, hífen; Acentuação gráfica; Valor sintático e estilístico dos modos e tempos verbais; Representação do sujeito no texto (expressivo/elíptico; determinado/indeterminado; ativo/passivo); Neologismo; Figuras de pensamento (hipérbole, ironia, eufemismo, antítese); Concordância verbal e nominal; Linguagem digital; Semântica – ambiguidade,sentido figurado; Particularidades de grafia de algumas palavras. Gêneros discursivos: Entrevista (oral e escrita), crônica de ficção, música, notícia, narrativa mística, tiras, propagandas, exposição oral, álbum de família, literatura de cordel, carta de reclamação, carta ao leitor, instruções de uso, mapa, cartum, provérbios, conto,poema. 7ª série Leitura Interpretação textual: conteúdo temático, interlocutores, fonte, ideologia, intencionalidade, informatividade, marcas linguísticas; Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários; Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; Intertextualidade; Diferentes vozes sociais representadas no texto; Linguagem verbal e não-verbal; Relações dialógicas entre textos. Oralidade Adequação ao gênero: conteúdo temático, elementos composicionais, marcas linguísticas; Coerência global do discurso oral; Variedades linguísticas; Papel do locutor e do interlocutor: participação e cooperação, turnos de fala; Particularidades dos textos orais – adequação da fala ao contexto; Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos; Finalidade do texto oral. Escrita Adequação ao gênero: conteúdo temático, marcas linguísticas, elementos composicionais; Argumentação; Coerência e coesão textual; Contexto de produção; Intencionalidade do texto; Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; Paragrafação; Re-escrita textual. Análise Linguística – perpassando as práticas de leitura, escrita e oralidade: Semelhanças e diferenças entre o discurso escrito e oral; Conotação e denotação; Função das conjunções na conexão de sentido do texto; Progressão referencial (locuções adjetivas, pronomes, substantivos) Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo, verbo, conjunção, como elementos do texto; Pontuação e seus efeitos de sentido no texto; Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico; Acentuação gráfica; Figuras de linguagem; Concordância verbal e nominal; Elipse na sequência do texto; Estrangeirismos; Irregularidades e regularidades da conjugação verbal; Função do advérbio: modificador e circunstanciador; Adjunto adverbial; Complementos: verbal e nominal; Aposto e vocativo; Oração, frase e período. Gêneros discursivos: slogan, charge, telejornal, telenovela, reportagem (oral e escrita), resumo, pesquisa, poema, conto fantástico, crônica jornalística, haicai, sinopse de filme, narrativa de terror, narrativa de humor, narrativa de ficção científica, anúncio publicitário, biografia, relato pessoal, outdoor, regulamentos, memórias literárias,notícia, dissertação escolar. 8ª série Leitura Interpretação textual: conteúdo temático, interlocutores, fonte, ideologia, intencionalidade, informatividade, marcas linguísticas, intertextualidade; Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários; Informações implícitas em textos; Vozes sociais presentes no texto; Relação de causa e consequência entre as partes do texto; Estética do texto literário. Oralidade Adequação ao gênero: conteúdo temático, elementos composicionais, marcas linguísticas; Variedades linguísticas; Papel do locutor e do interlocutor: participação e cooperação, turnos de fala Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos; Intencionalidade do texto oral. Escrita Adequação ao gênero: conteúdo temático , elementos composicionais, marcas linguisticas; Argumentação; Contexto de produção; Paragrafação; Intertextualidade; Informatividade; Re-escrita textual. Análise Linguística – perpassando as práticas de leitura, escrita e Oralidade: Conotação e denotação; Coesão e coerência textual; Vícios de linguagem; Operadores argumentativos e os efeitos de sentido; Expressões modalizadoras (que revelam a posição do falante em relação ao que diz, como: felizmente, comovedoramente); Semântica – ironia, humor; Expressividade dos substantivos e sua função referencial no texto; Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo, preposição, conjunção, como elementos do texto; Pontuação e seus efeitos de sentido no texto; Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico; Acentuação gráfica; Estrangeirismos, neologismos, gírias; Figuras de linguagem; Concordância verbal e nominal; Valor sintático e estilístico dos modos e tempos verbais; A função das conjunções na conexão das partes do texto; Coordenação e subordinação nas orações do texto. Gêneros discursivos: artigo de opinião, debate, reportagem oral escrita, narrativa fantástica, romance, contos, músicas, charges, curriculum vitae, entrevista oral e escrita, imagens, instruções, reportagem, HQ, tiras. 5. METODOLOGIA A leitura de uma variedade de textos (fotos, gráficos, tiras, quadrinhos, charges...), respeitando a preferência do aluno, será o início do despertar da busca de novos conhecimentos, através dessa leitura, o aluno percebe seu papel na interação com o texto, aceitando ou não os valores ali presentes, de acordo com sua visão de mundo, desenvolvendo assim, uma atitude crítica, o convocando ao ato de pensar e discutindo sobre: a finalidade do texto, fonte, interlocutor. Na prática da escrita, o aluno necessita saber quem será o leitor do texto, quem será seu destinatário, compartilhando suas ideias, seu ponto de vista; discutir sobre o tema a ser produzido; selecionar: o gênero, finalidade; fazer revisão textual, re-estrutura e re-escrita textual. A oralidade precisa ser valorizada tanto quanto à escrita, no ambiente escolar, pois através dela se incentiva o aluno a falar, a expor seus pensamentos, ainda que de “seu jeito”, empregando a variedade de linguagem usada em suas relações sociais, servindo como base para a escrita,o motivando para a produção textual, narrando os fatos reais ou fictícios. A entonação, as variantes linguísticas são fatores importantes que devem ser consideradas, oferecendo ao educando condições de falar com fluência em diversas situações. A gramática será trabalhada de forma textualizada em diversos tipos de textos. A escola não pode ignorar a linguagem que o aluno traz, e sim possibilitar apropriação da linguagem padrão através do domínio efetivo do falar, ler e escrever. O texto será o principal apoio em todo o trabalho através do confronto entre diferentes tipos (literário, informativo, publicitário, dissertativo) para realização da leitura contrastiva. A sala de aula deve se transformar em local agradável e prazeroso, onde o aluno deixa de escrever apenas para o professor corrigir para tirar nota ou para preencher determinado número de linhas, agora sabendo que existe a presença de outros que irá conhecer e refletir a sua produção oral ou escrita. Em relação aos filmes e músicas, estes serão de acordo com os temas abordados – meio ambiente, discriminação – proporcionando debates, análise crítica, elaboração de slogans, produção de poemas e músicas. Na Cultura Afro-brasileira e Africana, trabalhar com diversos tipos de textos que propiciem aos alunos o conhecimento e a contribuição dessas culturas, desde o descobrimento do nosso país, abordando: a fala, trajes, comidas trazidas e que foram incorporados à nossa cultura. Conscientizar os alunos que o meio ambiente de que tanto se fala é urgente a mudança de atitudes de cada um para que tenhamos condições de viver neste espaço (planeta) e garantir a sobrevivência no mesmo para futuras gerações é tarefa de grande responsabilidade. O professor em contato diário com essa demanda de alunos tem oportunidades de mostrar através de pesquisas, as grandes dificuldades que outros povos enfrentam com a destruição do Meio Ambiente. Na História do Paraná, o trabalho será com textos literários, informativos e autores paranaenses, onde os alunos, através da leitura, debate e escrita contarão a história em verso e em prosa. Dentro dessas perspectivas a metodologia será: Interpretação oral escrita de textos diversos, selecionados a partir do interesse do aluno,o levando a reflexão e ao debate sobre questões de natureza pessoal social e científica; Análise linguística de textos prontos para que o aluno perceba a organização textual em sua totalidade, aperfeiçoando assim a sua compreensão e expressão verbal; Produção de textos a partir daqueles já interpretados e outros feitos individualmente ou em grupo, buscando a interação dos alunos e diversidade no trabalho; Encenação de textos dados, pesquisados, ou produzidos em sala de aula possibilitando ao aluno a oportunidade de expressar a realidade, desenvolvendo sua capacidade criadora; Exercício de identificação de ideias principais e secundárias e a partir disso, propostas de elaboração de sínteses orais e escritas; Além da leitura de textos selecionados pelo professor e dos textos em sala de aula, este deve incentivar a leitura de livros revistas e jornais, visando desenvolver o gosto e o hábito de ler entre os alunos, através das seguintes maneiras: leitura de obras literárias, apresentação prévia da obra pelo professor, contação de histórias, relatos, experiências e conscientização sobre os benefícios que a leitura faz; Produção textos onde haja coerência, argumentação, coesão textual, criatividade na expressão e na elaboração de textos solicitados, incentivando a participação dos alunos em todas as atividades propostas em sala de aula, debates, palestras, exposição de temas e argumentação. Como recursos serão utilizados: vídeos (DVD), laboratório de informática , rádio (CD), TV pendrive, Internet, livros, revistas, jornais, jogos, textos, papéis diversos. 6. AVALIAÇÃO A avaliação, como instrumento de averiguação do trabalho docente será contínua, com intervenções, visando o progresso do aluno com a apropriação dos conteúdos ensinados. Não se pretende avaliar a aprendizagem estagnada, mas a caminhada do aluno com base nos registros e apreciações de suas construções, considerando sempre o tempo de cada um, visto que trabalhamos com alunos que acumulam diferentes bagagens de conhecimento, possibilidades e disponibilidades de acesso ao mesmo. Em outras palavras, entendemos que a avaliação não pode ser pensada e realizada sem uma vinculação intrínseca com o modo como concebemos a linguagem e como definimos os objetivos e a metodologia. Não podemos nos esquecer de que as atividades de avaliação nunca se esgotam em si mesma, elas não servem apenas para cumprir calendário e para dar notas, mas sim ser vista como uma oportunidade de reflexão sobre o processo de ensino e seus resultados. Quanto a leitura se espera que o aluno: realize a leitura compreensiva do texto; localize informações implícitas e explícitas no texto; emita opiniões a respeito do que leu; amplie o horizonte de expectativas e seu léxico; analise as intenções do autor; compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e expressões no sentido conotativo e denotativo; identifique o tema; conheça e utilize os recursos para determinar causas e consequências entre as partes e elementos do texto; reconheça o estilo próprio de diferentes gêneros. Na oralidade, se espera que o aluno: utilize seu discurso de acordo com a situação de produção (formal, informal); apresente clareza de ideias ao se colocar diante dos colegas; obtenha fluência na exposição oral, em adequação ao gênero proposto; compreenda o discurso do outro; organize a sequência da fala; participe ativamente de diálogos, relatos, discussões; exponha objetivamente os seus argumentos. Em relação à escrita, se espera que o aluno: expresse suas ideias com clareza; produza textos atendendo as circunstâncias de produção proposta (gênero, interlocutor, finalidade); diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal; use a coesão e coerência textual; utilize a pontuação corretamente. Os alunos serão avaliados quanto: Produção textual ( coesão, coerência, ortografia, pontuação); Análise de filmes, livros, música e diferentes tipos de textos; Trabalhos em equipe; debates, discussões acerca de assuntos diversos (noticiários na TV, rádio, jornais e demais eventos ); Dramatizações; Avaliação individual. 7. REFERÊNCIAS LUCKESI, Cipriano Carlos. Filosofia da Educação. São Paulo: Cortez, 1992. BAGNO, Marcos. A Língua de Eulália. São Paulo: Contexto, 2004. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Currículo Básico para a Escola Pública do Estado do Paraná. 3ª edição. Curitiba, 1997. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de Ensino de 1º Grau. Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa para a Educação Básica. Curitiba: SEED. 2006. DIRETRIZ CURRICULAR MATEMATICA PROF. RESPONSÁVEL: BERNADETE WOJCIKIEVICZ CLEONICE MARA RAUTTE JONATHAN KLEITON BOIANO 1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA DE MATEMÁTICA Compreender a Ciência matemática desde suas origens e como a disciplina Matemática tem se configurado no currículo escolar brasileiro. A Historia da Matemática nos revela que os povos das Antigas civilizações conseguiram desenvolver os rudimentos de conhecimentos matemáticos que vieram a compor a Matemática que se conhece hoje. Há menções na literatura da História da matemática de que os babilônios, por volta de 2000 a. C. acumulavam registros que hoje podem ser classificados como álgebra elementar. São as primeiras considerações que a humanidade fez a respeito de ideias que se originaram de simples observações provenientes da capacidade humana de reconhecer configurações físicas e geométricas, comparar formas, tamanhos e quantidades. As primeiras propostas de ensino de Matemática baseadas em práticas pedagógicas ocorreram no século V a. C. com os sofistas, considerados profissionais do ensino. O objetivo desse grupo era a formação do homem político, que pela retórica, deveria dominar a arte da persuasão. Aos sofistas devemos popularização do ensino da Matemática, o seu valor formativo e a inclusão de forma regular nos círculos de estudos. A Matemática ensinada se baseava nos conhecimentos da aritmética, geometria, musica e astronomia. Com suas metodologias, introduziram uma educação com caráter de intelectualidade de valor científico. Por volta dos séculos IV à II a. C. a educação foi ministrada de forma clássica e enciclopédica. O ensino de Matemática desse período estava reduzido a contar números inteiros cardinais e ordinais. Era um ensino baseado na memorização e na repetição. A Matemática se configurou como disciplina básica na formação de pessoas a partir do século I a. C. No século V d. C. o ensino teve um caráter estritamente religioso. As aplicações práticas e o caráter empírico da Matemática não eram explorados. Entre o século VIII e IX o ensino passa por mudanças significativas com o surgimento das escolas e as organizações do sistema de ensino. Surgiram as primeiras ideias que privilegiavam o aspecto empírico na Matemática. Após o século XV, o avanço das navegações e as atividades comerciais e industriais possibilitaram novas descobertas na Matemática. As descobertas Matemáticas desse período contribuíram para uma fase de grande progresso científico e econômico que se aplicou na construção, aperfeiçoamento e uso produtivo de máquinas e equipamentos, tais como, armas de fogo, imprensa, moinho de vento, relógios e embarcações. Foi o momento no qual prevaleceu o conhecimento proveniente das engenharias e o valor da técnica, aspecto que determinou uma concepção mecanicista de mundo e, em função disso, os estudos concentraram-se, principalmente, na Matemática pura e na Matemática aplicada. No Brasil, na metade do século XVI, os Jesuítas instalaram colégios católicos com uma educação de caráter clássico- humanista. Entretanto o ensino de conteúdos Matemáticos como disciplina escolar nos colégios Jesuítas, não alcançaram destaque nas práticas pedagógicas. No século XVII a Matemática desempenhou o papel fundamental para comprovação e generalização de resultados. O século XVIII é demarcado pelas revoluções francesa e industrial. Este momento marcou o início da intervenção estatal na educação. A pesquisa Matemática se direcionou a atender aos processos da industrialização. Assim, cresce a importância de colocar à prova as teorias matemáticas criadas, ou seja, havia a necessidade dos métodos, pois as leis matemáticas não poderiam falhar nos diferentes ramos da atividade humana. O desenvolvimento matemático no século XIX foi denominado por Ribnikov (1987) como o período das matemáticas contemporâneas. O autor assinalou que as relações que expressam formas e quantidades aumentaram consideravelmente. No período que abrange o final do século XIX e início do século XX, levantaram-se preocupações voltadas para o ensino de Matemática, sendo as mesmas traduzidas em ações concretas, decorrentes das discussões em encontros internacionais promovidos por matemáticos que já tinham uma preocupação com propostas de ensino da matemática. Por conta dessas discussões, iniciou-se a tarefa de transferir para a prática docente os ideais e as exigências advindas das revoluções do século anterior. Nesse contexto os matemáticos antes pesquisadores, passaram a ser também professores preocupando-se mais diretamente com as questões de ensino, observando entre outros, estudos psicológicos, filosóficos e sociológicos. Esse foi o início de um movimento mundial de renovação do ensino da matemática. A finalidade da matemática é fazer o aluno compreender e construir por intermédio do conhecimento matemático, valores e atitudes de natureza diversa, visando à formação integral do ser humano e do cidadão, isto é, do homem, partindo de situações do cotidiano para o conhecimento elaborado cientificamente. DCE – Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação do Estado do Paraná:Matemática,SEED. pg.15 à 23. 2. OBJETIVOS Proporcionar ao aluno uma visão geral dos conhecimentos matemáticos para desenvolver a capacidade de analisar, comparar, conceituar, representar, abstrair e generalizar; desenvolver a capacidade de julgamento e o hábito de concisão e rigor; habituar-se ao estudo, atenção, responsabilidade e cooperação; conhecer, interpretar e utilizar corretamente a linguagem usual; adquirir conhecimentos básicos a fim de possibilitar sua integração na sociedade em que vive; associar a matemática a outras áreas do conhecimento: construir uma imagem da matemática como algo agradável e prazeroso, desenvolvendo sua autoconfiança e a perseverança na busca de soluções. Ampliar e construir novos significados para os números e as operações, resolver situações – problema que envolvam os vários tipos de números e operações, identificar e utilizar diferentes representações para esses números; utilizar vários procedimentos de cálculo: mental, estimativas, arredondamentos e algaritmos; Generalizar propriedades aritméticas; traduzir situações – problema na linguagem matemática; generalizar regularidades; traduzir tabelas e gráficos em leis matemáticas que relacionem duas variáveis dependentes; interpretar expressões algébricas, igualdades e desigualdades e resolver equações, inequações e sistemas; Adquirir primeiro as figuras espaciais ou tridimensionais e, em seguida, os contornos de figuras planas ou figuras unidimensionais; classificando essas figuras, observar semelhanças e diferenças entre elas; compor, decompor, ampliar e reduzir figuras geométricas; planas; localizar pontos no plano cartesiano; verificar o que varia e o que não varia em uma transformação geométrica levando aos conceitos de congruência e semelhança; trabalhar inicialmente de modo experimental para, pouco a pouco a pouco, apresentar pequenas demonstrações; Observar a variação entre grandezas e estabelecer relações entre elas; resolver situações – problema que envolvam proporcionalidade; representar a variação entre duas grandezas em um plano cartesiano e identificar se elas são direta ou inversamente proporcionais ou se não são proporcionais; Analisar quais e quantas são as possibilidades de algo ocorrer e resolver situações – problemas; Coletar, organizar e analisar informações; elaborar tabelas, construir e interpretar gráficos, desenvolver a ideia de chance e de sua medida (probabilidade); resolver situações – problema dados estatísticos e conceito de probabilidade; Ampliar e aprofundar o conceito de uma grandeza; utilizar unidades adequadas de medida em cada situação e resolver situações – problema que envolvam grandezas e medidas; utilizando vários instrumentos de medida. Procurar desenvolver a comunicação das ideias matemáticas de diferentes formas: oral, escrita, por tabelas, diagramas e gráficos. 3. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES NÚMEROS E ÁLGEBRA GRANDEZAS E MEDIDAS GEOMETRIA TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO 4. CONTEÚDOS ESPECÍFICOS 5ª Série Números e Álgebra Números naturais Operações com números naturais Divisibilidade Números Racionais na forma fracionária Números racionais na forma decimal Grandezas e medidas Medidas e história comprimento superfície volume perímetro superfície: área volume e capacidade massa tempo ângulos Sistema Monetário Geometria Formas do mundo - figuras geométricas espaciais Ponto, seta, plano, ângulo e posições da reta Polígonos Circunferência e círculo Poliedro Tratamento da informação Porcentagem Interpretando gráficos Cultura Afro-Brasileira e Africana 6ª Série Número e Álgebra Números inteiros Operações com números inteiros Números Racionais Equações e sistemas do 1º grau Razões e proporções Grandezas e medidas Medidas de temperatura Ângulos Tratamento da informação Porcentagem, juros e probabilidade Pesquisa estatística Média Aritmética Moda e Mediana Geometria Noções de simetria Geometria plana: área de figuras planas Geometria espacial: sólidos geométricos Geometria não-Euclidiana: conceito de interior, exterior, fronteira, vizinhança, conexidade, curvas e conjuntos abertos e fechados. Cultura Afro-Brasileira e Africana 7ª série Número e Álgebra Conjunto dos números reais Polinômios Equações e inequações Fatoração Grandezas e medidas Polígonos Triângulos e quadrilátero Geometrias Noções de geometrias - retas coplanares - retas transversais - retas paralelas - figuras geométricas: propriedades e teoremas Circunferência e círculo Tratamento de informação Noções de estatísticas Tabelas e gráficos Cultura Afro-Brasileira e Africana 8ª série Números e Álgebra Potenciação e Radiciação Equação do 2º grau Regra de três composta e problemas financeiros Grandezas e medidas Relações trigonométricas nos triângulos Área de superfícies planas Funções Funções Geometrias Semelhança Relações métricas na circunferência Tratamento da informação Noções de probabilidade Noções de estatística Cultura Afro-Brasileira e Africana 5. RECURSOS DIDÁTICOS Usar ilustrações, fotos e esquemas explicativos; Usar calculadora para determinados conteúdos em que facilita para o aluno a resolução de algum problema com mais rapidez; Jogos e brincadeiras envolvendo os temas sugeridos; Vídeos; Exposição participativa e atualizada do conteúdo com leitura de gráficos, tabelas, jornais, revistas e livros; Uso de sucatas, materiais diversos (dominó, bingos, material dourado, mimeógrafo, retroprojetor). 6. METODOLOGIA A iniciação matemática deve focalizar os inter – relacionamento de sua prática diária e concreta com um contexto histórico e social do educando, trabalhando os temas dentro do conteúdo estruturante proposto. Esse enfoque deu maior autonomia no processo de mudança da prática pedagógica, é necessário que o professor assuma esse compromisso de construção desses conceitos matemáticos por meio de situações reais que possibilitam o aluno tomar consciência de que já tem algum conhecimento sobre o assunto. A situação problema é o ponto de partida da atividade matemática. os conteúdos devem ser abordados com a apresentação de problemas, e este não deve ser um ato de resolução mecânicas com a simples aplicação de fórmulas ou processo operatório aprendido durante a aula, pois um problema quando o aluno for levando a interpretar a questão a estruturar e contextualizar a situação apresentada. O saber matemático deve ser considerado como um conjunto de ideias no qual o aluno percebe que para resolver a questão é necessário recorrer a conhecimentos já apreendidos e que precisam ser interligados, pois a resolução não deve ser apresentada como uma finalidade em si, mas com base nela, é possível desenvolver conceitos atitudes e procedimentos matemáticos voltados ao campo. Em relação ao tratamento de informações, trabalhar com exemplos concreto, interpretar suas informações e fazer comparações para construir atitudes críticas diante de situações apresentadas no dia – a – dia. Ao final de cada conteúdo serão utilizados recursos didáticos auxiliares como: Calculadora, livros paradidáticos, jornais, revistas, folhetos de propaganda, vídeos, computador, internet e jogos para o enriquecimento da aprendizagem. 7. AVALIAÇÃO Deve ser coerente com os objetivos da proposta e com os conteúdos das Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Devemos considerar a vivência do aluno, as suas tentativas de solucionar problemas que são propostos e, a partir do diagnóstico de suas dificuldades, procurar ampliar sua visão, o seu saber, sobre o conteúdo em estudo, levando em consideração o processo como um todo, é necessário observar o processo de construção do conhecimento. Os erros não devem apenas ser constatados, e sim resultar numa visão parcial do que o aluno possui do conteúdo, para que o professor possa dar o encaminhamento metodológico necessário para aprofundar e sistematizar o conhecimento científico. Para aplicar o Plano Político Pedagógico, devemos atuar em duas grandes frentes, ou seja: avaliação escrita com recuperação paralela de conteúdos que envolverá trabalho coletivo, exercícios, oralidade matemática, trabalhos extra-classe e avaliação de múltipla escolha e discursiva. Estas avaliações terão de 0 à 10,0 para obtenção da nota, estas serão somadas e divididas pelo número de avaliações. 8. REFERÊNCIAS BONJORNO & AYRTON. Matemática: Fazendo a diferença. São Paulo. FTD, 2006. MIGUEL, A; MIORIM, M.A. História na Educação Matemática: Propostas e desafios. Belo Horizonte: Autêntica, 2004. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de Ensino de 1º Grau. Diretrizes Curriculares de Matemática para a Educação Básica. Curitiba: SEED. 2006. DIRETRIZ CURRICULAR L.E.M. INGLES PROF. RESPONSÁVEL: DOROTEIA DAS GRAÇAS GABARDO DOS ANJOS SOELI TEREZINHA KUCHINSKI FERREIRA 1- APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA: LEM INGLÊS A língua é a expressão natural de uma cultura, compreendê-la significa também compreender os valores daquela cultura e valorizar a sua própria língua e seus valores. Por isso, privar o cidadão do aprendizado de outras línguas, é negarlhe o mais poderoso subsídio de acesso a outras culturas e restringi-lo à universidade limitada de seu próprio mundo. Incentivá-lo a esse aprendizado é subsidiá-lo na compreensão do homem, enquanto ser histórico, criador de si mesmo. A língua estrangeira está cada vez mais presente na vida de nossas crianças: na televisão, nos programas de computador, nas grifes de moda, nos produtos alimentícios e nos Outdoors. Com a globalização da economia e dos mercados, hoje já não se pode conceber nenhuma profissão em que o conhecimento da Língua Estrangeira não seja necessário, a LEM tem estado presente como língua hegemônica (dominadora), nas várias áreas de atividade humana, nos meios de comunicação, no comércio, na ciência, na tecnologia. Segundo as DCEs, a aprendizagem de uma língua estrangeira deve levar a uma nova concepção da natureza da linguagem, aumentar a compreensão sobre como a linguagem funciona e desenvolver maior consciência do funcionamento da língua materna, permitindo ampliar a compreensão tanto das culturas estrangeiras quanto da cultura materna. Nesse sentido, supõe-se uma nova postura metodológica do professor na conduta de seu trabalho em sala de aula, numa abordagem mais comunicativa, mais criativa e mais integradora no ensino da língua estrangeira, não enfatizando tanto o ensino gramático, o simples treinamento de habilidades linguísticas, ou pela imposição de conteúdos fechados, tendo o professor o desafio de organizar formas de desenvolver os trabalhos de maneira a incorporar os diferentes níveis de conhecimento dos alunos e ampliar suas oportunidades de acesso a ele, partindo de uma diversidade de experiência e interesses, contribuindo para formar um cidadão consciente, crítico e agente transformador de sua realidade. 2. OBJETIVOS Conscientizar-se dos conhecimentos de língua estrangeira que já possui como participante de um mundo globalizado; Praticar formas comunicativas básicas com bases em temas de interesse de sua faixa etária; Refletir sobre os temas dos assuntos trabalhados; Demonstrar compreensão geral de tipos de textos variados, apoiados em elementos icônicos (gravuras, tabelas, fotografias, desenhos) e, ou em palavras cognatas; Selecionar informações específicas do texto; Demonstrar consciência de que a leitura não é um processo linear que exige o entendimento de cada palavra, mas sim do todo; Demonstrar consciência crítica em relação aos objetivos do texto, em relação ao modo como escritores e leitores estão posicionados no mundo social; Praticar formas comunicativas básicas com base em temas de interesse do aluno, dando ênfase na leitura, compreensão, interpretação e produção de textos variados. O principal objetivo do listening e speaking é sistematizar, treinar e fixar a pronúncia do vocabulário, procurando desenvolver a compreensão auditiva.Na escrita, o objetivo é compreender as estruturas do texto, identificar elementos e associar ideias de forma coerente. Na 5ª série, espera-se que o aluno expresse-se num vocabulário básico, utilizando o verbo to be no present e no present continous, fornecendo informações pessoais, descrevendo cenários, qualidades do dia – a –dia. Na 6ª série, descreva hábitos e fatos utilizando o simple present, simple past e o present continuous e expresse-se sobre ações futuras empregando a forma going to. Na 7ª série, descreva hábitos e fatos, utilizando o simple present, o simple past, o present continuous e o past continuous e expresse-se sobre ações futuras, empregando as formas going to e will. Na 8ª série, espera-se que o aluno descreva hábitos e fatos utilizando o simple present, simple past, o present continuous, o past continuous, o present perfect, a voz passiva, os phrasal verbs e os modal verbs. 3. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Discurso: enquanto prática social. A diversidade de gêneros textuais devem proporcionar uma abordagem crítica de leitura, relacionando o texto/contexto para contribuírem com a compreensão da linguagem tanto na produção escrita quanto na oralidade. 4. CONTEÚDOS BÁSICOS 5ª SÉRIE LEITURA Identificação do tema, do argumento principal; Interpretação observando: conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade e intertextualidade do texto; Linguagem não verbal. ORALIDADE Variedades linguísticas; Intencionalidade do texto; Exemplos de pronúncias e do uso de vocábulos da língua estudada em diferentes países. ESCRITA Adequação ao gênero: elementos composicionais, elementos formais e marcas linguísticas; Clareza de ideias. ANÁLISE LINGUÍSTICA Coesão e coerência; Função dos pronomes, artigos, numerais, adjetivos, palavras interrogativas,substantivos, preposições, verbos, concordância verbal e nominal e outras categorias como elementos do texto; Pontuação e seus efeitos de sentido no texto; Vocabulário. GENÊROS DISCURSIVOS História em quadrinho, exposição oral (diálogos), e-mail, cartaz, lista de compras, músicas. 6ª SÉRIE:LEITURA Identificação do tema, do argumento principal; Interpretação observando: conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade e intertextualidade do texto; Linguagem não-verbal. ORALIDADE Variedades linguísticas; Intencionalidade do texto; Exemplos de pronúncias e de uso de vocábulos da língua estudada em diferentes países. ESCRITA Adequação ao gênero: elementos composicionais,elementos formais e marcas linguísticas; Clareza de ideias; Adequar o aquecimento adquirido à norma padrão. ANÁLISE LINGUÍSTICA Coesão e coerência; Função dos pronomes, artigos, numerais, adjetivos, palavras interrogativas, advérbios, preposições, verbos, substantivos, substantivos contáveis e incontáveis, concordância verbal e nominal e outras categorias como elementos do texto; Acentuação; Vocabulário; Pontuação e seus efeitos de sentido no texto. GENÊROS DISCURSIVOS entrevista, músicas, cartoon, narrativa. 7ª SÉRIE:LEITURA Identificação do tema, do argumento principal e dos secundários; Interpretação observando: conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade e intertextualidade do texto; Linguagem não-verbal. ORALIDADE Variedades linguísticas; Intencionalidade do texto; Exemplos de pronúncias e de vocábulos da língua estudada em diferentes países. ESCRITA Adequação ao gênero: elementos composicionais,elementos formais e marcas linguísticas; Clareza de ideias; Adequar o aquecimento adquirido à norma padrão. ANÁLISE LINGUÍSTICA Coesão e coerência; Função dos pronomes, artigos, numerais, adjetivos, verbos, preposições, advérbios, locuções adverbiais, palavras interrogativas, substantivos, substantivos contáveis e incontáveis, question tags, falsos cognatos, conjunções, e outras categorias como elementos do texto; Pontuação e seus efeitos de sentido no texto; Vocabulário. GENÊROS DISCURSIVOS reportagem, sinopse de filme, anúncio publicitário, blog. 8ª SÉRIE:LEITURA Identificação do tema, do argumento principal; Interpretação observando: conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade e intertextualidade do texto; Linguagem não-verbal. Realização de leitura não linear dos diversos textos. ORALIDADE Variedades linguísticas; Intencionalidade do texto; Exemplos de pronúncias e de vocábulos da língua estudada em países diversos. Finalidade do texto; Elementos linguísticos: entonação, pausas e gestos. ESCRITA Adequação ao gênero: elementos composicionais, elementos formais e marcas linguísticas; Paragrafação; Clareza de ideias; Adequar o conhecimento adquirido à norma padrão. ANÁLISE LINGUÍSTICA Coesão e coerência; Funções dos pronomes, artigos, numerais, adjetivos, verbos, preposições, advérbios, palavras interrogativas, locuções adverbiais, substantivos, substantivos contáveis e incontáveis, question tags, falsos cognatos, conjunções, e outras categorias como elementos do texto; Pontuação e seus efeitos no texto; Vocabulário. GENÊROS DISCURSIVOS Reportagem oral e escrita, músicas, entrevistas, depoimentos, narrativas, imagens. 5. METODOLOGIA O ensino e a aprendizagem têm como suporte básico a realidade escolar, assim devemos escolher atividades nas quais os alunos obtenham conscientização do papel da L.E.M. na sociedade, sensibilização para a compreensão e produção oral e escrita, desenvolvimento de condições para lidar com diferentes tipos de textos; discursar sobre habilidades, rotinas, diversões, apresentações, preferências, convites, falar sobre viagens, planos de futuro e façam comparações, descrições de pessoas e de países. É preciso criar situações que envolvam atividades como: discussão, criação e tradução, painéis, slogan, análise de rótulos, orientações informativas e técnicas de maquinários, eletrodomésticos, informação, música, avisos, propagandas, reportagens, informação via internet e outras. Pretende-se desenvolver um trabalho para que o aluno tenha o domínio básico e necessário para participar do mundo social, produtivo e econômico com consciência e conhecimento podendo, assim, se posicionar frente às suas relações sem utilizar um conhecimento fragmentado, tornando-se um ser realmente participante, através do domínio do conhecimento da língua. Pretende-se trabalhar com os conteúdos gramaticais nos textos, explorando e aprofundando-os no decorrer das atividades, na série correspondente. Nas atividades trabalhadas serão desenvolvidas as quatro habilidades da língua (speaking, reading, listening, writing). Na leitura, desenvolver o senso crítico através de textos variados para que o aluno construa o sentido da leitura e interprete o texto com o conhecimento que possui. Quanto a oralidade, levar o aluno a sistematizar e aprender a pronúncia do vocabulário para que aprimore a compreensão auditiva e a linguagem oral. No trabalho da escrita, fixar as estruturas por meio de atividades onde o aluno é levado a escrever, identificar os elementos da LEM e associar as ideias. Quanto a Cultura Afro-brasileira, Africana, história do Paraná, trabalhar com diversos textos, como: músicas (samba, rap, hip hop), poemas, textos ficcionais e..., pesquisar em livro, revista, jornal, Internet a contribuição e influências dessas culturas em nossa sociedade, levando os alunos a reflexão, debate e registro das informações obtidas. Em relação ao meio ambiente, pesquisar na Internet, revistas, jornais , livros sobre o desmatamento, procurando observar as causas e conseqüências da devastação, produzindo cartazes, slogans que retratem o meio ambiente. Nas 5ª e 6ª séries, dar ênfase à oralidade e aquisição de vocabulário, executando jogos e revisão dos conteúdos constantemente, visto que a LEM necessita da repetição para assimilação. Nas séries iniciais, levando em consideração a faixa etária, necessita-se de um trabalho lúdico. Nas 7ª e 8ª séries serão trabalhados textos diversos, onde os temas serão aplicados antes do início da leitura e através de perguntas para que os alunos discutam. Como recursos necessários serão utilizados equipamentos de som (CD), vídeo, DVD, Tv pen drive, dicionário de inglês, livro didático, biblioteca, laboratório de informática, jogos, revistas, jornais, cartolina e papéis diversos para trabalhos em sala de aula. 6. AVALIAÇÃO A avaliação se constitui num instrumento facilitador na busca de orientações e intervenção pedagógica, não somente o conteúdo desenvolvido, mas aqueles vivenciados durante o processo, identificando as dificuldades e propondo um encaminhamento para superar as dificuldades constatadas. Na avaliação da LEM, deve-se levar em conta a dimensão afetiva, a frustração da não comunicação de outra língua que parece artificial e ridícula, por isso o professor deve aconselhar, animar, estimular, aceitar e respeitar o limite do aluno o compreendendo. Realizar leitura compreensiva do texto, levando em consideração a sua condição de produção. Na leitura: Localizar informações explícitas no texto. Emitir opiniões a respeito do que leu. Conhecer e utilizar a língua estudada como instrumento de acesso a informações de outras culturas e de outros grupos sociais. Na oralidade: Utilizar seu discurso de acordo com a situação de produção.(formal e informal) Apresentar clareza nas ideias. Na escrita: Produzir textos atendendo as circunstâncias de produção proposta. Diferenciar a linguagem formal da informal. Os testes ou provas não serão os únicos meios de se avaliar a aprendizagem, mas também a participação do aluno em classe, a pesquisa e o trabalho em grupo, a leitura de textos – pronúncia – e dramatização, a interpretação e tradução de textos farão parte do processo avaliativo. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO Demonstrar compreensão geral de tipos variados de textos, apoiados em elementos icônicos (gravuras, tabelas, fotos, desenhos, rótulos) e/ou palavras cognatas. Selecionar informações específicas do texto. Demonstrar consciência crítica em relação aos objetivos do texto, sendo como escritores ou leitores; Demonstrar nível de conhecimento geral, comum a cada tipo de texto; A avaliação das produções tanto escritas como orais, dependerá naturalmente da ênfase com que as habilidades serão enfocadas no programa de ensino. 7. REFERÊNCIAS LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da Aprendizagem Escolar. São Paulo: Cortez, 1995. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação - Superintendência de Educação. Departamento de Ensino de 1º grau. Currículo Básico da Escola Pública do Paraná. Curitiba: SEED,1990. VIGOTSKI, L. S. Pensamento e Linguagem. 2. ed. São Paulo:Martins Fontes, 1989. Conselho Nacional de Educação – Resolução CEB nº 0002 de 07/Abril/1998 Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental 1998. ALVES, Nilda – Educação e Supervisão – O Trabalho Coletivo na Escola. 8. ed. São Paulo: Cortez, 1997. Conselho Estadual de Educação – Deliberação 014/99: institui indicadores para a elaboração da P.P.P. dos estabelecimentos de ensino da Educação Básica em suas diferentes modalidades, 1999. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação - Superintendência de Educação. Departamento de Ensino de 1º Grau. Diretrizes Curriculares Estaduais de Língua Estrangeira Moderna para a Educação Básica. Curitiba: SEED, 2006. ENSINO MÉDIO DIRETRIZ CURRICULAR ARTE PROF. RESPONSÁVEL: RUBENS ANTONIO ROCHA 1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA DE ARTE ENSINO MÉDIO: Historicamente o ensino de arte no Brasil, percorre caminhos nem sempre capaz de modificar a compreensão de que a Arte é o resumo dos vínculos que unem pessoas de um mesmo círculo social. As primeiras manifestações de arte no Brasil, atribuídas aos padres jesuítas , deixa claro a relação de poder, ao submeter os índios aos caprichos da pacificação e catequização e transformá-los na categoria de trabalhadores, vencidos pelas classes dominantes da época. Este trabalho de “catequização e pacificação”, acabou por diluir os traços culturais daqueles povos, conduzindo-os a total desagregação cultural e social, tal qual hoje comprovamos. A síntese histórica contida na DCE, retrata este período (1500 a1759), e mostra a contribuição jesuítica na cultura paranaense , da música caipira, no canto, no toque da viola, nas Cavalhadas de Guarapuava, a Folia de Reis do Litoral, a Congada da Lapa e outras manifestações importantes da nossa cultura. No início do século XIX, com a vinda da Corte portuguesa para o Brasil,e a Missão Francesa em 1816, que trouxe a arte com objetivos e características voltadas a atender os anseios da realeza, onde o estilo Neoclássico fincou raízes, confrontando-se com a Arte Barroca Colonial, trabalhada por artistas brasileiros e valorizada popularmente mas desprezada pela classe dominante. A escola Neoclássica aqui estabelecida pela Missão Francesa e apoiada pela Corte, encontra resistência com a sensual arte popular Barroca, e, contava com poucos alunos vindos da nababesca aristocracia instaurada, assim, a arte popular distanciou-se da arte erudita, a qual encontrou na contemplação e lazer o seu conteúdo representativo de arte voltada exclusivamente aos caprichos e vaidades da realeza A predominância da pedagogia tradicional se fortalecia nas escolas, desvinculadas da realidade social no qual o aluno era apenas observador e o professor o transmissor do conhecimento e conteúdos. Por volta da década de 20, o movimento desencadeado pela Escola Nova, contrapôs-se as ideias tradicionais, enfatizando a livre expressão, então, o processo educacional, posiciona-se com nova ação entre professor-aluno, fundamentando diferentes estratégias para o ensino da Arte. A Escola Nova notabilizou o embate entre as concepções Positivistas e Liberalistas, iniciado pela força e revisão do ensino de artes nas escolas primárias e secundarias. A concepção pedagógica Positivista tinha a arte como poder de regeneração do povo por meio de um instrumento que lhe educasse a mente. Os Liberalistas valorizavam o ensino da arte voltado para o desenho geométrico. Os Socialistas por sua vez, romperam alguns padrões artísticos da época, estimulando movimentos que culminaram com a Semana de Arte Moderna de 1922. Com as mudanças ocorridas historicamente ao longo do período, em 1948, Augusto Rodrigues cria a primeira Escola de Arte no Rio de Janeiro com o objetivo de desenvolver a livre expressão. Os conturbados anos 60 e início da década de 70, no auge da repressão do governo militar no Brasil, ocorreu à implantação da Lei Federal 5.692/71, quando o ensino da arte passou a ser obrigatório nos currículos escolares. Nessa época, os educadores valorizavam a técnica e os materiais, e o mimeógrafo era um recurso didático muito utilizado nas aulas de arte, com desenhos reproduzidos fielmente e propósitos pedagógicos duvidosos, questionáveis. Resquícios desse período ainda hoje se verificam como metodologia por alguns professores descontextualizados que valorizam o calendário cívico e outras datas comemorativas, transformando suas aulas em oficinas de confecção de bandeirinhas, cartões homenageando pais e mães, e inacreditavelmente preenchendo desenhos mimeografados. Ao final dos anos 70 e no decorrer da década de 80, a redemocratização ocorrida em nosso país, possibilitou discussões a respeito das teorias educacionais até então vigentes, fortemente carregadas de influências européias. A concepção Progressista desenvolveu o trabalho fundamentado na crítica das relações sociais, na construção do conhecimento e humanização do homem. Somente ao final da década de 90, a Lei Federal 9.394/96 determinou em seu Artigo 26, § 2º - O ensino da Arte constituirá componente curricular obrigatório, nos diversos níveis da educação básica, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos alunos. A conclusão desta apresentação não se completa sem a Inserção dos Conteúdos de História e Cultura Afro-Brasileira nos Currículos Escolares, que, nos Cadernos Temáticos, Educando para as relações étnico-raciais, apresenta a Lei Federal Nº 10.639, que entrou em vigor na data de 9 de janeiro de 2003, a qual altera a Lei Federal 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que passa a vigorar acrescida dos seguintes artigos 26-A e 79-B, que diz: Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e particulares, torna-se obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira. Art. 79-B. O calendário escolar incluirá o dia 20 de novembro como “Dia Nacional da Consciência Negra”. Também a Deliberação Nº 04/06 do Conselho Estadual de Educação, aprovada em 02 de agosto de 2006, que institui Normas Complementares às Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, as quais tratam “ do respeito aos direitos dos descendentes de africanos, a valorização da sua identidade étnico-histórico-cultural” e a inserção destes temas nos currículos escolares, e para que se concretizem, convém abordar inicialmente, de forma histórica esse processo discriminatório. Falar da História do Brasil, é falar dos europeus que aqui chegaram, é falar da escravização dos índios imediatamente à chegada do povo dominador, é falar da escravização negra com o avanço da colonização e finalmente relembrar que após a abolição da escravidão negra, outros europeus aqui chegaram não para dominar como ocorreu inicialmente, mas para substituir os negros libertos. A multiculturalidade da população brasileira deve ser tema cotidiano na escola, e de acordo com as Diretrizes, trabalhadas em todas as disciplinas que compõem a matriz curricular e que devem estar contempladas no Projeto Político Pedagógico da cada escola, incumbindo de maneira especial aos professores de Arte/Artes, História e Literatura, destacar a contribuição dos africanos e afrodescendentes na formação da cultura local e regional, da história brasileira passada e recente, mostrar as diferenças entre “não ser escravo e ser escravizado”, os negros com suas histórias, saberes e conhecimentos transmitidos oralmente, a África como continente de grandes civilizações, nações e impérios, povos que trouxeram para o Brasil, sua identidade, individualidade, sujeitos da nossa história com sua beleza étnica e capacidade de produzir material e intelectualmente, o ambiente escolar é o meio para se organizar adequadamente tão relevante conhecimento dessa cultura que muito contribuiu para a construção de nosso país. É importante citar neste trabalho de reflexão coletiva, a formação da matriz cultural brasileira que compreende não só a cultura afro, mas as demais que estão presentes e que também contribuem para enriquecer nossa cultura, como a européia, oriental, asiática e a indígena. De acordo com a Professora Doutora Petronilha Beatriz Gonçalvez e Silva em seu texto “Aprendizagem e Ensino das Africanidades Brasileiras”, convém salientar que tais processos fazem parte de uma pedagogia anti-racista que tem como exigência o diálogo sem sentimentos de superioridade ou de inferioridade; a reconstrução do discurso e da ação pedagógica, no sentido de que participem do processo de resistência dos grupos e classes postos à margem; e o estudo da recriação das diferentes raízes da cultura brasileira. Estas contribuições destacadas no texto, formam um conjunto de ações que as escolas poderão desenvolver, desde que apoiadas pela mantenedora, sejam contempladas com materiais de apoio para a formação de professores, capacitando-os para este desafio. 2- OBJETIVOS: O ensino de Arte no Ensino Médio, de acordo com as DCE privilegia as relações de arte e sociedade e nessa perspectiva destaca três suportes básicos que fundamentam as concepções teóricas e críticas de arte, a saber: Arte e ideologia; Arte e o seu conhecimento; e Arte e trabalho criador. Estas três concepções de visão progressista compreendem o ensino da arte a partir da crítica das relações sociais, coloca o homem como centro das ações transformadoras de acordo com seu tempo e um significado histórico e social. Para que o processo de ensino – aprendizagem atinja os objetivos desejados, cabe ao professor desenvolver seu trabalho nas áreas de Ares Visuais, Música, Teatro e Dança. A concepções teóricas de Arte e ideologia, Arte e o seu conhecimento e Arte e trabalho criador, embasam a organização dos conteúdos estruturantes e específicos, da metodologia desenvolvida e do sistema de avaliação e a partir dessas interpretações, a seleção dos conteúdos será: Arte e ideologia: a Ideologia definida nas DCE como conjunto de ideias, crenças e doutrinas de uma sociedade, época ou classe social, é o resultado das ações que orientam as convicções coletivas. Todavia a Ideologia também esta associada a elemento de dominação social, de uma classe sobre a outra e como forma de união social, de pertencimento a um grupo, classe ou sociedade. Estas funções conduzem a três importantes formas de como a arte se origina e se incorpora na sociedade, transformando-a: O sistema de arte: é aquele que torna a arte excludente, restringe seu acesso a poucas pessoas, ocorre no silêncio dos seletos museus. Arte popular: é a arte produzida individual ou coletivamente, por grupos sociais abrangentes, que se perpetua como identidade histórica da cultura local ou regional. A indústria cultural: é o processo que transforma a arte em mercadoria barata, de consumo de massa, por meio da produção intensa, desvinculada social e culturalmente da arte popular e erudita, visando lucro imediato. Arte e seu conhecimento: o conhecimento é construído e transmitido no decorrer do processo histórico evolutivo do ser humano, e a arte contida nesse processo revela a essência do ser humano que a cria e transforma a natureza e seu meio, adaptando-a as suas necessidades. Arte e trabalho criador: não há arte sem criação e trabalho e portanto não há aprendizagem. A criação ocorre quando o “homem transforma uma matéria dando-lhe nova forma, e ainda segundo Fayga, atribui-lhe significado e emoções e a impregna com a presença do seu próprio existir...” É esse trabalho que evidencia esse sujeito criador, e a escola é o espaço que socializa, que permite ao educando vivenciar a transformação social pelo fazer artístico. 3- CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: O conhecimento sistematizado em Arte, de acordo com estas Diretrizes, propicia ao aluno o direito a esses conhecimentos, organizados metodologicamente de tal forma que se inter-relacione com as áreas de Artes visuais, Música, Teatro e Dança, as quatro áreas que compõem os conteúdos estruturantes, base para a ampliação dos conceitos que englobam as áreas afins. Os Conteúdos Estruturantes de Arte para o Ensino Médio são: Elementos formais; Composição; Movimentos e períodos; e Tempo e espaço. Elementos formais: O sentido de formal esta relacionado à forma, a estrutura, aos recursos técnicos utilizados num trabalho artístico. Estas formas e estruturas são diferentes conforme as áreas artísticas e os elementos utilizados em uma determinada proposta pedagógica. Composição: A composição diz respeito à organização dos elementos formais numa determinada produção artística, e como afirma Fayga Ostrower, a composição por si só, “...não tem significados, nada representam, nada descrevem, não são símbolos de nada, não definem nada – nada, antes de entrarem num contexto formal”. Assim a organização compositiva está relacionada a grande variedade de técnicas conforme a área de Arte em que o aluno esteja trabalhando ou que se identifique como possibilidade explorativa. Movimentos e períodos: No conceito de Conteúdos Estruturantes, movimentos e períodos estão relacionados aos conhecimentos específicos de cada área de arte. Este conteúdo apresenta questões socioculturais e econômica numa composição artística, de tal forma que este componente curricular contribui, facilitando o domínio e aprendizagem do aluno, e que estes, fazem parte do imaginário social e representa uma determinada consciência coletiva, em qualquer uma das quatro áreas de Arte como conhecimento construído historicamente em, Artes Visuais, Música, Dança e Teatro. Tempo e Espaço: Estes conteúdos estruturantes, Tempo e Espaço, estão presentes nas quatro áreas de Arte, e também como conteúdos específicos dos elementos formais, da composição, movimentos ou períodos. Tempo e Espaço são relevantes socialmente, pois atuam na noção de tempo e espaço histórico e constitui elemento de organização pedagógico-metodológico em cada área de Arte. 4- CONTEÚDOS BÁSICOS: Durante a elaboração das Diretrizes Curriculares, houve o cuidado e preocupação quanto aos conteúdos até então, ausentes nas propostas curriculares, e o resgate destes conteúdos fundamentados nos quatro conteúdos estruturantes para a disciplina de Arte no Ensino Médio: elementos formais, composição, movimentos e períodos e tempo e espaço. Para que a compreensão de como os conteúdos estruturantes se organizam no encaminhamento metodológico, estes se apresentam organizados para o 1º e 2º ano do Ensino Médio, a saber: 1º Ano Área de artes Visuais: Elementos Formais: ponto, linha, superfície, textura, volume luz e cor, também serão consideradas as contribuições e influências da arte africana e afrobrasileira nas artes visuais. Composição: figurativa, abstrata, relação figura - fundo, bidimensão / tridimensão, semelhanças, contrastes, ritmo visual, gêneros e técnicas. Da cultura afro-brasileira a inclusão de expressões visuais como: máscaras, escultura, (argila, madeira, metal,etc), indumentária. ornamentos, tapeçaria, tecelagem, pintura corporal, Movimentos e períodos: Arte Pré-Histórica, Arte no Egito Antigo, Arte Greco-Romana, Arte Pré-Colombiana, Arte Africana, a presença de elementos e rituais das culturas de matriz africana nas manifestações populares brasileiras, renascimento e barroco. Área de Música: Elementos Formais: altura, duração, timbre, intensidade e densidade. Composição: ritmo, melodia, harmonia, improvisação, gêneros e técnicas. A origem do batuque, do lundu, do samba, entre outros gêneros. Movimentos e períodos: a história da música no Brasil, do início do século XX aos movimentos contemporâneos, a música caipira de raiz, a música paranaense. A contribuição artística da cultura africana na formação da música brasileira. Área de Teatro: Elementos formais: personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais. Ação / espaço cênico. Composição: representação, sonoplastia / iluminação, cenografia / figurino, caracterização / maquiagem e adereços. Jogos teatrais, roteiro, enredo, gêneros e técnicas. Movimentos e períodos: história do teatro brasileiro e paranaense, vanguardas artísticas, teatro pobre, teatro do oprimido. A contribuição da cultura africana e afro-brasileira nas representações de natureza religiosa, e de grande impacto cênico. Área de Dança: Elementos formais: movimento corporal, tempo / espaço. Composição: ponto de apoio, salto e queda, rotação, formação, deslocamento, sonoplastia, coreografia, gêneros, técnicas. Movimentos e períodos: dança moderna, vanguardas artísticas, hip hop, funk, rap. As danças de natureza religiosa da cultura afro-brasileira: – candomblé, funerária – axexê, guerreira – congada, dramática – maracatu, profana – jongo. 2º Ano Área de Artes visuais: Elementos formais: linha, superfície, diferentes suportes para expressão artística, volume, cor pigmento. Composição: relação figura – fundo, construções bidimensionais e tridimensionais,semelhanças e contrastes, técnicas. Movimentos e períodos: Arte brasileira e elementos da cultura afro-brasileira e africana, artistas plásticos negros na arte contemporânea, cubismo, dadaísmo, surrealismo e pop – arte. Área de Música: Elementos formais: altura, duração, timbre, intensidade e densidade. Composição: ritmo, melodia, harmonia, improvisação, gêneros e técnicas, Movimentos e períodos: música serial, música eletrônica, música de contestação, caipira de raiz, música popular brasileira. Os cantores e compositores negros que fizeram e fazem nossa história cultural. Área de Teatro: Elementos formais: ação e espaço cênico. Composição: jogos teatrais, roteiro, enredo, gêneros e técnicas. Movimentos e períodos: teatro paranaense, teatro pobre e teatro de comédia. Área de Dança: Elementos formais: movimento corporal, tempo e espaço. Composição: formação, deslocamento, sonoplastia, coreografia e gêneros, técnicas. Movimentos e períodos: dança moderna, rap, funk, hip hop, a presença de elementos e rituais das culturas de matriz africana como nas manifestações populares brasileiras: puxada de rede, maculelê, capoeira, congada, maracatu, samba de roda, etc. 5- METODOLOGIA: De acordo com as DCE, a metodologia deve contemplar três aspectos da organização pedagógica: O conhecimento em arte: é o que fundamenta e possibilita ao aluno, sentir, perceber, e desenvolver um trabalho artístico para formar os conceitos desse fazer. O sentir e perceber: são as formas de analisar, criticar e se apropriar da obra de arte. O trabalho criador: é a prática e o desenvolvimento de uma obra de arte. Estes três processos pedagógicos permitem que os alunos vivenciem na prática o processo criativo, familiarizando-se com as técnicas e materiais, gradativamente, sensibilizando os sentidos. O encaminhamento metodológico pode ser escolhido pelo professor, e este, por meio de ações pedagógicas, conduza os alunos na realização do trabalho artístico, enfatizando a compreensão a partir das experiências percebendo o desenvolvimento do ato criador. Assim a metodologia se desenvolve apoiada em práticas pedagógicas fundamentadas e complementadas pela articulação dos conhecimentos com outros importantes conhecimentos que se inter-relacionam com a arte, a saber: História da Arte: A História e História da Arte são duas áreas do conhecimento que se complementam na busca por outras possibilidades de elaborações de conhecimentos, estimulando os alunos a se envolver na pesquisa. Este conhecimento está atrelado aos conteúdos estruturantes movimentos e períodos, no amplo campo da arte, que compreende as áreas da disciplina de Arte – Artes Visuais, Música, Dança e Teatro. No estudo de História , “permanências e mudanças” são dois importantes elos para a compreensão da produção artística ao longo da história da humanidade. Semiótica: Este campo de estudo que procura desvendar os conhecimentos que envolvem as representações de signos e ou sinais, da linguagem e da imagem, relacionados a transmissão e recepção de informações das artes e linguagens e outras formas de expressão nas áreas de artes. Estética: A compreensão da Estética como “estudo do belo” é muito simplista, requer cuidado em sua conceituação por sua abrangente diversidade de emoções e sentimentos, e do período clássico da história, sinônimos de beleza, harmonia e equilíbrio, destacando a importância do ser humano e sociedade como prática pedagógica e organização curricular. 6- AVALIAÇÃO: As Diretrizes Curriculares propõem a Avaliação diagnóstica e processual. Sendo diagnóstica, permite ao professor melhor planejar suas aulas e avaliar os alunos. E sendo processual, está presente em todos os momentos da ação pedagógica, incluindo a avaliação do professor, da classe, sobre o desenvolvimento das aulas e a auto-avaliação do aluno. Ainda de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases Nº 9.394/96, em seu Artigo 24, Inciso V, a Avaliação é “contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais.” A Deliberação 07/99 do Conselho Estadual de Educação – Capítulo I, Artigo 8º, rege que a avaliação almeja “ o desenvolvimento formativo e cultural do aluno” e deve “levar em consideração a capacidade individual, o desempenho do aluno e sua participação nas atividades realizadas”. Esta metodologia de avaliação, possibilita além dos registros de aprendizagem,avanços e dificuldades, uma intervenção nas dificuldades apresentadas durante o processo criativo, oportunizando ao aluno a socialização da reflexão e discussão da própria produção e da construção coletiva. A Avaliação no Ensino Médio considera entre outras abordagens, o conhecimento empírico do aluno, e aquele conhecimento acumulado deve ser socializado entre seus pares, constituindo referência para o professor propor ou rever conteúdos diferenciados. Uma avaliação completa requer diversificadas formas de verificação, desde o diagnóstico inicial, acompanhamento do processo de aprendizagem durante os trabalhos, através observações durante o período letivo, por meio de trabalhos, pesquisas, provas teóricas e práticas em qualquer das áreas em questão. 7 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: Secretaria de Estado da Educação – SEED. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná – DCE. Curitiba – 2006. Universidade Estadual de Londrina – UEL. História & Ensino: Revista do Laboratório de História / publicação do Departamento de História. Vol. 1, Ed. UEL, 1995. COSTA, Cristina. Questões de Arte. A natureza do belo, da percepção e do prazer estético. – São Paulo: Ed. Moderna, 1999. Secretaria de Estado da Educação – SEED, SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO, DEPARTAMENTO DE ENSINO FUNDAMENTAL, Cadernos Temáticos – História e cultura afro-brasileira e africana: educando para as relações étnico - raciais. Curitiba – 2006 SILVA, e Petronilha Beatriz Gonçalves e. Aprendizagem e Ensino das Africanidades Brasileiras. Texto apresentado para o IV Grupo de Estudos – História e Cultura Afro – Brasileira e Africana. SEED, 2007. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de Ensino de 1º Grau. Diretrizes Curriculares de Artes para a Educação Básica. Curitiba: SEED, 2006. DIRETRIZ CURRICULAR BIOLOGIA PROF. RESPONSÁVEL: JOSIANE MENDES DE MOURA 1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA DE BIOLOGIA Na área biológica o conhecimento cresce em ritmo acelerado. Acompanhar esse crescimento é um desafio imensurável. É muita pretensão querer dominar todo o conhecimento. Devemos ter consciência de que estamos vivendo um período de grandes avanços do saber e precisamos nos preparar para compreender os significados desses avanços. Assim, adequar o que o aluno já sabe e prepará-lo para compreender os avanços que virão, dosando a quantidade de informações e proporcionando a reflexão e o desenvolvimento da cidadania é o objetivo da área. A influência cada vez maior da ciência em nossa vida exige que estejamos bem informados para acompanhar as descobertas científicas, avaliar os seus aspectos sociais e participar de forma esclarecida de decisões que dizem respeito a coletividade. Se faz cada vez mais necessário que o aluno tenha condições de relacionar os conceitos científicos aos fenômenos do cotidiano e a temas atuais nas área de tecnologia, saúde e maio ambiente. Desta forma o conhecimento da Biologia que consiste em uma ciência que estuda a vida ou, mais precisamente as características dos seres vivos, permite compreender as rápidas transformações provocadas pelo avanço da Ciência e da Biotecnologia. No ensino médio, em que já se pode contar com uma maior maturidade do aluno, os objetivos educacionais podem passar a ter maior ambição formativa, tanto em termos da natureza das informações tratadas, dos procedimentos e atitudes envolvidas, como em termos das habilidades, das competências e dos valores desenvolvidos. Mais amplamente integrado à vida comunitária, o estudante da escola de nível médio já tem também condições de compreender e desenvolver consciência mais plena de suas responsabilidades e direitos, juntamente com o aprendizado disciplinar. Cada vez mais a área biológica vem desenvolvendo formas de melhorar a qualidade do meio ambiente, aumentar a oferta de alimentos, melhorar as condições de saúde, compreender os mecanismos que regem a vida. Esses procedimentos precisam ser compreendidos por pessoas das mais diversas áreas de atuação, para que possamos entender e respeitar o mundo em que vivemos. Assim, a área biológica está assumindo cada vez mais importância na vida das pessoas e se faz necessário desenvolver os meios adequados de promover o aprofundamento dos conceitos para viabilizar a melhoria das condições de vida no planeta, bem como a sua sustentabilidade. Ao longo do ensino médio, para garantir a compreensão do todo, é mais adequado partir-se do geral, no qual o fenômeno vida é uma totalidade. O ambiente, que é produto das interações entre fatores abióticos e seres vivos, pode ser apresentado num primeiro plano, e é a partir dessas interações que se pode conhecer cada organismo em particular e reconhecê-lo no ambiente e não viceversa. Ficará então mais significativo saber que, por sua vez, cada organismo é fruto de interações entre órgãos, aparelhos e sistemas que, no particular, são formados por um conjunto de células que interagem. E, no mais íntimo nível, cada célula se configura pelas interações entre suas organelas, que também possuem suas particularidades individuais, e pelas interações entre essa célula e as demais. Para promover um aprendizado ativo que, especialmente em Biologia, realmente transcenda a memorização de nomes de organismos, sistemas ou processos, é importante que os conteúdos se apresentem como problemas a serem resolvidos com os alunos, por exemplo aqueles que envolvendo interações entre seres vivos, incluindo o ser humano, e demais elementos do ambiente. Essa visualização da interação pode preceder e ensejar a questão da origem e da diversidade, até que o conhecimento da célula se apresente como questão dentro da questão, como problema a ser desvendado para uma maior e melhor compreensão do fenômeno vida. Para que se elabore um instrumental de investigação desses problemas, é conveniente e estimulante se estabelecerem conexões com aspectos do conhecimento tecnológico a eles associados. As considerações acima sugerem uma articulação de conteúdos no eixo Ecologia – Evolução que deve ser tratado historicamente, mostrando que distintos períodos e escolas de pensamento abrigaram diferentes ideias sobre o surgimento da vida na Terra. Importa relacioná-las ao momento histórico em que foram elaboradas, reconhecendo os limites de cada uma delas na explicação do fenômeno. Para o estabelecimento da hipótese hoje hegemônica, concorreram diferentes campos do conhecimento como a geologia, a física e a astronomia. Essa hipótese se assenta em prováveis interações entre os elementos e fenômenos físico-químicos do planeta, em particular fenômenos atmosféricos, e que resultaram na formação de sistemas químicos nos mares aquecidos da Terra primitiva. A vida teria emergido quando tais sistemas adquiriram determinada capacidade de trocar substâncias com o meio, obter energia e se reproduzir. Reconhecer tais elementos da Terra primitiva, relacionar fenômenos entre si e às características básicas de um sistema vivo são habilidades fundamentais à atual compreensão da vida. Os estudos dos processos que culminaram com o surgimento de sistemas vivos leva a indagações acerca dos diferentes níveis de organização como tecidos, órgãos, aparelhos, organismos, populações, comunidades, ecossistema, biosfera, resultantes das interações entre tais sistemas e entre eles e o meio. Identificar e conceituar esses níveis de organização da matéria viva, estabelecendo relações entre eles, permite a compreensão da dinâmica ambiental que se processa na biosfera. Uma ideia central a ser desenvolvida é a do equilíbrio dinâmico da vida. A identificação da necessidade dos seres vivos de obter nutrientes e metabolizá-los, permite o estabelecimento de relações alimentares entre os mesmos, uma forma básica de interação nos ecossistemas, solicitando do aluno a investigação das diversas formas de obtenção de alimento e energia e o reconhecimento das relações entre elas, no contexto dos diferentes ambientes em que tais relações ocorrem. As interações alimentares podem ser representadas através de uma ou várias sequências-cadeias e teias alimentares, contribuindo para a consolidação do conceito em desenvolvimento e para o início do entendimento da existência de um equilíbrio dinâmico nos ecossistemas, em que matéria e energia transitam de formas diferentes - em ciclos e fluxos respectivamente- e que tais ciclos e fluxos representam formas de interação entre a porção viva e a abiótica do sistema. A tecnologia, instrumento de intervenção de base científica, pode ser apreciada como moderna decorrência sistemática de um processo, em que o ser humano, parte integrante dos ciclos e fluxos que operam nos ecossistemas, neles intervém produzindo modificações intencionais e construindo novos ambientes. Estudos sobre a ocupação humana, através de alguns entre os diversos temas existentes, aliados à comparação entre a dinâmica populacional humana e a de outros seres vivos, permitirão compreender e julgar modos de realizar tais intervenções, estabelecendo relações com fatores sociais e econômicos envolvidos. Possibilitarão, ainda, o estabelecimento de relações entre intervenção no ambiente, degradação ambiental e agravos à saúde humana e a avaliação do desenvolvimento sustentado como alternativa ao modelo atual. Para o estudo da dinâmica ambiental contribuem outros campos do conhecimento além da Biologia: Física, Química, Geografia, História, Filosofia, possibilitando ao aluno relacionar conceitos aprendidos nessas disciplinas, numa conceituação mais ampla de ecossistema. Um aspecto da maior relevância na abordagem dos ecossistemas diz respeito a sua construção no espaço e no tempo e à possibilidade da natureza absorver impactos e se recompor. O estudo da sucessão ecológica permite compreender a dimensão espaço - temporal do estabelecimento de ecossistemas, relacionar diversidade e estabilidade de ecossistemas, relacionar essa estabilidade a equilíbrio dinâmico, fornecendo elementos para avaliar as possibilidades de absorção de impactos pela natureza. Conhecer algumas explicações sobre a diversidade das espécies, seus pressupostos, seus limites, o contexto em que foram formuladas e em que foram substituídas ou complementadas e reformuladas, permite a compreensão da dimensão histórico-filosófica da produção científica e o caráter da verdade científica. Focalizando-se a teoria sintética da evolução, é possível identificar a contribuição de diferentes campos do conhecimento para a sua elaboração, como, por exemplo, a paleontologia, a embriologia, a genética, a bioquímica. São centrais para a compreensão da teoria os conceitos de adaptação e seleção natural como mecanismos da evolução e a dimensão temporal, geológica do processo evolutivo. Para o aprendizado desses conceitos, bastante complicados, é conveniente criaremse situações em que os alunos sejam solicitados a relacionar mecanismos de alterações no material genético, seleção natural e adaptação, nas explicações sobre o surgimento das diferentes espécies de seres vivos. As relações entre alterações ambientais e modificações dos seres vivos, estas últimas decorrentes do acúmulo de alterações genéticas, precisam ser compreendidas como eventos sincrônicos, que não guardam simples relação de causa e efeito; a variabilidade como consequência de mutações e de combinações diversas de material genético, precisa ser entendida como substrato sobre o qual age a seleção natural; a própria ação da natureza selecionando combinações genéticas que se expressam em características adaptativas, também precisa considerar a reprodução, que possibilita a permanência de determinado material genético na população. A interpretação do processo de formação de novas espécies demanda a aplicação desses conceitos, o que pode ser feito por exemplo, pelos alunos, solicitados a construir explicações sobre o que poderia determinar a formação de novas espécies, numa população, em certas condições de isolamento geográfico e reprodutivo. Para o estudo da diversidade de seres vivos, tradicionalmente da Zoologia e da Botânica, é adequado o enfoque evolutivo-ecológico, ou seja a história geológica da vida. Focalizando-se a escala de tempo geológico, centra-se atenção na configuração das águas e continentes e nas formas de vida que marcam cada período e era geológica. Uma análise primeira permite supor que a vida surge, se expande, se diversifica e se fixa nas águas. Os continentes são ocupados posteriormente à ocupação das águas e, neles também, a vida se diversifica e se fixa, não sem um grande número de extinções. O estudo das funções vitais básicas, realizadas por diferentes estruturas, órgãos e sistemas, com características que permitem sua adaptação nos diversos meios, possibilita a compreensão das relações de origem entre diferentes grupos de seres vivos e o ambiente em que essas relações ocorrem. Caracterizar essas funções, relacioná-las entre si na manutenção do ser vivo e relacioná-las com o ambiente em que vivem os diferentes seres vivos, estabelecer vínculos de origem entre os diversos grupos de seres vivos, comparando essas diferentes estruturas, aplicar conhecimentos da teoria da evolução na interpretação dessas relações, são algumas das habilidades que esses estudos permitem desenvolver. Ao abordar as funções acima citadas, é importante dar destaque ao corpo humano, focalizando as relações que se estabelecem entre os diferentes aparelhos e sistemas e entre o corpo e o ambiente, conferindo integridade ao corpo humano, preservando o equilíbrio dinâmico que caracteriza o estado de saúde. Não menos importante são as diferenças que evidenciam a individualidade que cada ser humano, que indicam que cada corpo é único, permitindo o desenvolvimento de atitudes de respeito e apreço ao próprio corpo e ao do outro. O objetivo educacional geral de se desenvolver a curiosidade e o gosto de aprender, praticando efetivamente o questionamento e investigação, pode ser promovido num programa de aprendizado escolar, por exemplo, nos estudos das relações entre forma, função e ambiente, que levam a critérios objetivos através dos quais os seres vivos podem ser agrupados. Ao estudar o indivíduo, se estará estudando o grupo ao qual ele pertence e vice-versa; o estudo aprofundado de determinados grupos de seres vivos em particular – anatomia, fisiologia e comportamentos – pode se constituir em projetos educativos, procurando verificar hipóteses sobre a reprodução/evolução de peixes, samambaias ou seres humanos. Nesses projetos coletivos, tratando de questões que mereceram explicações diversas ao longo da história da humanidade, até que se estabelecessem as atuais leis da genética, pode-se discutir algumas dessas explicações, seus pressupostos, seus limites, o contexto em que foram formuladas, permitindo a compreensão da dimensão histórico-filosófica da produção científica e o caráter da verdade científica. As discussões sobre tais representações e sobre aquelas elaboradas pelos alunos, devem provocar a necessidade de obter mais informações com a intenção de superar os limites que cada uma delas apresenta para o entendimento da transmissão de características. A descrição do material genético em sua estrutura e composição, a explicação do processo da síntese protéica, a relação entre o conjunto protéico sintetizado e as características do ser vivo e a identificação e descrição dos processos de reprodução celular, são conceitos e habilidades fundamentais à compreensão do modo como a hereditariedade acontece. Cabe também, nesse contexto, trabalhar com o aluno no sentido de ele perceber que a estrutura de dupla hélice do DNA é um modelo construído a partir dos conhecimentos sobre sua composição. É preciso que o aluno relacione os conceitos e processos acima expressos, nos estudos sobre as leis da herança mendeliana e algumas de suas derivações, como alelos múltiplos, herança quantitativa e herança ligada ao sexo, recombinação gênica e ligação fatorial. São necessárias noções de probabilidade, análise combinatória e bioquímica, para dar significado às leis da hereditariedade, o que demanda o estabelecimento de relações de conceitos aprendidos em outras disciplinas. De posse desses conhecimentos é possível ao aluno relacioná-los às tecnologias de clonagem, engenharia genética e outras ligadas à manipulação do DNA, proceder a análise desses fazeres humanos identificando aspectos éticos, morais, políticos e econômicos envolvidos na produção científica e tecnológica, bem como na sua utilização; o aluno se transporta de um cenário meramente científico para um contexto em que estão envolvidos vários aspectos da vida humana. É um momento bastante propício ao trabalho com a superação de posturas que, por omitir a real complexidade das questões, induz a julgamentos simplistas e, não raro, preconceituosos. Noções sobre citologia podem aparecer em vários momentos de um curso de Biologia, com níveis diversos de enfoque e aprofundamento. Ao se tratar, por exemplo, da diversidade da vida, vários processos celulares podem ser abordados, ainda em um nível fenomenológico: fotossíntese, respiração celular, digestão celular etc. Estudando-se a hereditariedade pode-se tratar a síntese protéica e, portanto, noções de núcleo, ribossomos, ácidos nucléicos. A compreensão da dinâmica celular pode se estabelecer quando for possível relacionar e aplicar conhecimentos desenvolvidos não só ao longo do curso de Biologia, mas também em Química e Física, no entendimento dos processos que acontecem no interior das células. Elaborar uma síntese, em que os processos vitais que ocorrem em nível celular se evidenciem relacionados, permite a construção do conceito sistematizado de célula: um sistema que troca substâncias com o meio, obtém energia e se reproduz. Compreende-se, assim, a teoria celular atualmente aceita, assim como se abre caminho para o entendimento da relação entre os processos celulares e as tecnologias utilizadas na medicina ortomolecular, a aplicação de conhecimentos da Biologia e da Química no entendimento dos mecanismos de formação e ação dos radicais livres, a relação desses últimos com o envelhecimento celular. É recomendável que os estudos sobre embriologia atenham-se à espécie humana, focalizando-se as principais fases embrionárias, os anexos embrionários e a comunicação intercelular no processo de diferenciação. Aqui cabem duas observações: não é necessário conhecer o desenvolvimento embrionário de todos os grupos de seres vivos para compreender e utilizar a embriologia como evidência da evolução; importa compreender como de uma célula - o ovo- se organiza um organismo; não é essencial, portanto, no nível médio de escolaridade, o estudo detalhado do desenvolvimento embrionário dos vários seres vivos. Se faz necessário trabalhar conceitos básicos sobre células-tronco e suas possibilidades no que se refere a tratamentos de doenças diversas. Não é possível tratar, no ensino médio, de todo o conhecimento biológico ou de todo o conhecimento tecnológico a ele associado, devido a crescente quantidade de assuntos. Mais importante é tratar esses conhecimentos de forma contextualizada, revelando como e porque foram produzidos em que época, apresentando a história da Biologia como um movimento não linear e frequentemente contraditório. Mais do que fornecer informações, é fundamental que o ensino de Biologia se volte ao desenvolvimento de competências que permitam ao aluno lidar com as informações, compreendê-las, elaborá-las, refutá-las, quando for o caso, enfim compreender o mundo e nele agir com autonomia, fazendo uso dos conhecimentos adquiridos da Biologia e da Tecnologia. O desenvolvimento de tais competências se inicia na escola fundamental, mas não se restringe a ela. Cada um desses níveis de escolaridade tem características próprias, configuram momentos particulares de vida, de desenvolvimento dos estudantes, mas guardam em comum o fato de envolverem pessoas desenvolvendo capacidades, potencialidades que lhes permitam o exercício pleno da cidadania, nesses mesmos momentos. Entre as intenções formativas, garantida essa visão sistêmica, importa que o estudante saiba: relacionar degradação ambiental e agravos à saúde humana, compreendendo-a como bem estar físico, social e psicológico e não como ausência de doença; compreender a vida, do ponto de vista biológico, como fenômeno que se manifesta de formas diversas, mas sempre como sistema organizado e integrado, que interage com o meio físico-químico através de um ciclo de matéria e de um fluxo de energia; compreender a diversificação das espécies como resultado de um processo evolutivo, que compreende dimensões temporais e espaciais; compreender que o universo é composto por elementos que agem interativamente e que é essa interação que configura o universo, a natureza, como algo dinâmico, e o corpo como um todo, que confere à célula a condição de sistema vivo; dar significado a conceitos científicos básicos em Biologia, como energia, matéria, transformação, espaço, tempo, sistema, equilíbrio dinâmico, hereditariedade e vida; formular questões, diagnosticar e propor soluções para problemas reais a partir de elementos da Biologia, colocando em prática conceitos, procedimentos e atitudes desenvolvidos no aprendizado escolar. No ensino de Biologia, enfim, é essencial o desenvolvimento de posturas e valores pertinentes às relações entre os seres humanos, entre eles e o meio, entre o ser humano, o conhecimento, a ética e a tecnologia, contribuindo para uma educação que formará indivíduos sensíveis e solidários, cidadãos conscientes dos processos e regularidades do mundo e da vida, capazes assim de realizar ações práticas, de fazer julgamentos e de tomar decisões que favoreçam as condições para a continuidade da vida no planeta. 2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: De acordo com a nova proposta da SEED o ensino de Biologia deve fundamentar-se em quatro conteúdos estruturantes, sendo: - ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS: que aborda o estudo acerca da organização dos seres vivos, iniciou-se com as observações macroscópicas dos animais e plantas da natureza. Somente com o advento da invenção do microscópio por Robert Hooke século XVII, com base nos estudos sobre lentes de Antonie von Leewenhoeck, o mundo microscópico até então não observado foi evidenciado à luz da Ciência e da Tecnologia. A descoberta do mundo microscópico colocou em xeque várias teorias sobre o surgimento da vida e proporcionou estudos específicos sobre as estruturas celulares. Como exemplos desta influência têm-se o estudo da anatomia das células das plantas pelo holandês Jan Swammerdam e, o aperfeiçoamento das Teorias Evolucionistas ambas no séc. XVII. No séc. XIX, à luz destas descobertas e Teorias, o alemão Christian Heineich Pander e o estoniano Karl Ernst von Baer desenvolveram estudos sobre a embriologia que estabeleceram as bases para estudos da Teoria Celular. Hugo von Mohl descobriu a existência do núcleo e do protoplasma da célula; Walther Fleming estudou o processo de mitose nos animais e Eduard Strasburger estudou este processo nas plantas. Assim, como relatam GAGLIARD & GIORDAN (apud BASTOS, 1998, p 255) "... a relação entre o nível microscópico e o macroscópico é um conceito estruturante: uma vez que o aluno tenha adquirido poderá entender que a compreensão de todos os fenómenos de um ser vivo requer um conhecimento dos níveis moleculares subjacentes". Justifica-se este conteúdo estruturante por ser a base do pensamento biológico sobre a organização celular do ser vivo, relacionando-a com a distribuição dos seres vivos na Natureza, o que proporcionará ao aluno compreender a organização e o funcionamento dos fenómenos vitais e estabelecer conexões com os demais conteúdos estruturantes da disciplina. - BIODIVERSIDADE: que compreende a curiosidade humana sobre os fenômenos naturais e a necessidade de caçar para se alimentar e vestir, tentar curar doenças, entre outras atividades vitais, fizeram com que o homem passasse a estudar e observar a Natureza. Tem-se registros deste conhecimento biológico empírico das atividades humanas, através das representações de animais e plantas nas pinturas ruprestes realizadas nas cavernas e também de alguns manuscritos deixados pelos Babilônios por volta do ano 1800 a.C. A organização dos seres vivos começou a ser registrada em documentos com o Filósofo Aristóteles, que viveu no século IV a.C. e através de suas observações ele escreveu o livro "As Partes dos Animais". Seu discípulo Teofasto deteve-se mais aos estudos das plantas, iniciando uma pré-classificação dos vegetais agrupando-as em espécies afins. Pelos seus estudos detalhados dos órgãos vegetais e descrição dos tecidos que as formam, Teofasto é considerado o fundador da anatomia vegetal. Percebe-se que as primeiras áreas da Biologia foram a zoologia e a botânica, não só pela curiosidade e necessidade, mas também pela facilidade de observação. Justifica-se estudá-las pelos mesmos motivos dos povos antigos que seria conhecer a diversidade de plantas e animais que habitam a Terra, qual sua utilidade para a nossa sobrevivência e a sobrevivência de todos os seres vivos. Além destes aspectos, há a necessidade de se estudar outras implicações decorrentes da história da humanidade que permeiam hoje as atividades agrícolas, de manejo de Florestas, o mau uso dos recursos naturais, a destruição das espécies de animais e vegetais, a construção de cidades em lugares impróprios para habitação, como também, a influência da tecnologia em nosso cotidiano. Esclarecer que ao estudar a Biodiversidade estaremos diante de grandes desafios diante do progresso científico O significado científico, econômico e ético do estudo da diversidade biológica deve ser compreendido pêlos alunos, não só como análise de espécimes mas entendendo que a observação e sistematização do observado é uma atividade científica relevante que se consolida nos sistemas de classificação e na taxionomia. (KRASILCHIK,2004) - MECANISMOS BIOLÓGICOS: que aborda que no século XVII com a invenção do microscópio pelo holandês Antonie van Leewenhoock (ROOSI, 2001), a biologia chamada celular e molecular tiveram um grande avanço significativo em suas descobertas. Marcelo Malpighi examinou grande quantidade de tecidos animais e vegetais, Robert Hooke descobriu a estrutura celular, e os primeiros micoorganismos, inicialmente denominados animáculos, foram observados (ROSSI, 2001). Houve muitos avanços tecnológicos decorrentes do advento do microscópio, inclusive a formulação de novas teorias sobre o surgimento da vida, colocando à prova teorias tão dogmáticas como foi a Teoria da Geração Espontânea. Diferentes ideias transformistas foram se consolidando entre os cientistas, mas o grande marco para o mundo científico e biológico foi a publicação do livro "Origens das Espécies" de Charles Darwin, no século XIX. Foi também, na mesma época que Louis Pasteur, demonstrou o papel desempenhado pêlos microorganismos no desenvolvimento de doenças infecciosas e realizou estudos sobre a fermentação. No século XX com o advento da invenção do microscópio eletrônico foi possível em 1953, a descoberta do DNA (ácido desoxirribonucléico), material químico que constitui o gene. Foram desenvolvidas técnicas de manipulação do DNA, que permitem modificar espécies de seres vivos; produzir substâncias como a insulina, através de bactérias; criação de cabras que produzem remédios no leite; criação de plantas com toxinas contra pragas e, de porcos com carne menos gordurosa. Além disso, a terapia gênica tem sido bastante estudada com fins de eliminar doenças geneticamente transmitidas. A Biologia ajuda a compreender melhor essas e outras técnicas que podem transformar a nossa vida e aprofundar o conhecimento que temos de nós mesmos. Daí a importância do seu estudo, dar o mínimo de conhecimento a todas as pessoas, para que elas possam opinar e criticar a utilização dessas técnicas, uma vez que o controle delas e a aplicação destas descobertas científicas são função importante da própria sociedade. - IMPLICAÇÕES DOS AVANÇOS BIOLÓGICOS NO FENÔMENO VIDA: que aborda que os avanços científicos atuais permitiram que a genética e a biologia molecular alcançassem uma formidável capacidade tecnológica, que se torna cada vez mais efetiva, como, por exemplo, em poder-se modificar substancialmente um vírus, bactérias, plantas, animais e os próprios seres humanos. (SIDEKUM, 2002) Esse acelerado desenvolvimento científico e tecnológico nos deixa atordoados, sem saber exatamente até onde podemos chegar e do que realmente podemos nos apropriar, mas por outro lado, estes avanços nos proporcionam um enorme conhecimento sobre a natureza, nos colocando muitas vezes acima dela. É importante o estudo da biotecnologia, dos avanços científicos e de suas implicações éticas e morais na sociedade, para que os estudantes no caso, de biologia, possam discutir questões como nutrição, saúde, emprego e preservação do ambiente que indiretamente influenciam suas vidas. A análise de fenômenos biotecnológicos serve também para diminuir a divisão entre a escola e o mundo em que os estudantes vivem, na medida em que estes podem constatar as relações entre a pesquisa científica e a produção industrial ou a tecnologia tradicionalmente usada em sua comunidade. A busca das raízes científicas destas tecnologias tradicionais e de maneiras de aprimorá-las, a fim de que melhor sirvam à necessidade de elevar a qualidade de vida é uma forma de vincular o ensino à realidade em que vive o aluno. (KRASILCHIK, 2004, p. 186) Quanto às questões éticas, a atual discussão sobre a manipulação genética do ser humano provoca inúmeras controvérsias sobre o uso da tecnologia (biotecnologia) e as perspectivas de mudanças de valores morais. Para CHAUÍ, 1995, "nossos sentimentos e nossas ações exprimem nosso senso moral" e movidos pela sensibilidade, somos capazes de reagir, de questionar, de nos manifestar contra ou a favor de determinadas atitudes para procurar esclarecer ou resolver problemas. Porém, questões sobre aborto, eutanásia, clonagem, transgenia, geram dúvidas quanto à decisão a ser tomada e põem à prova, além do nosso senso moral, nossa consciência moral, "... pois exigem que decidamos o que fazer, que justifiquemos para nós mesmos e para os outros as razões de nossas decisões e que assumamos todas as consequências delas, porque somos responsáveis por nossas decisões". (CHAUÍ, 1995). É objeto de estudo da Biologia o fenômeno vida em toda sua diversidade de manifestações. Esse fenômeno se caracteriza por um conjunto de processos organizados e integrados, quer no nível de uma célula, de um indivíduo, ou ainda, de organismos no seu meio. Um sistema vivo é sempre fruto da interação, entre seus elementos constituintes e da interação entre esse mesmo sistema e os demais componentes de seu meio. As diferentes formas de vida estão sujeitas à transformações que ocorrem no tempo e no espaço, sendo, ao mesmo tempo, transformadas e transformadoras do ambiente. Ao longo da história da humanidade várias foram as explicações para o surgimento e a diversidade da vida, de modo que os modelos científicos conviveram e convivem com outros sistemas explicativos como, por exemplo, os de inspiração filosófica ou religiosa. Elementos de História e da Filosofia tornam possível, aos alunos, a compreensão de que há uma ampla rede de relações entre a produção científica e os contextos sociais, econômicos e políticos. No século XX presenciou-se um intenso processo de criação científica, inigualável em tempos anteriores. A .associação entre Ciência e Tecnologia se ampliou, tornando-se mais presente no cotidiano e modificando cada vez mais o .mundo e o próprio ser humano. Questões relativas à valorização da vida em sua diversidade; á ética nas relações dos seres humanos entre si, seu meio, e o planeta; ao desenvolvimento tecnológico e sua relação com a qualidade de vida, marcaram fortemente nosso tempo, pondo em discussão os valores envolvidos na produção e aplicação do conhecimento científico e tecnológico. O conhecimento do campo da Biologia deve subsidiar a análise e reflexão de questões polêmicas que valorizem o respeito ao desenvolvimento; ao aproveitamento de recursos naturais e a utilização de tecnologias que implicam em intensa intervenção humana no ambiente, levando-se em conta a dinâmica dos ecossistemas, dos organismos, enfim, o modo como a natureza se comporta e a vida se processa. Sabe-se que desde o surgimento do planeta Terra, a espécie humana, ou homo sapiens, não foi o ser predominante, e muito menos, o ser vivo mais importante dentre todos os diversos seres vivos que por aqui passaram. Por outro lado, ao longo deste processo de humanização, que durou aproximadamente três milhões de anos, o homem criou a linguagem, a escrita e a fala, diferenciando-se de todas as demais formas de vida. Isso possibilitou ao homem a socialização, a organização dos espaços físicos, a fabricação de instrumentos utilitários o Início das atividades agrícolas. Enfim, a humanidade organizou-se em sociedade. Com o surgimento e desenvolvimento do modo de produção capitalista e sua lógica produtiva baseada na exploração intensa da natureza, os seres humanos tornaram-se consumidores (reais ou imaginados), fragmentados em diferentes classes sociais, alienados dentro de sua própria existência. Pior ainda, não percebem quantas necessidades são criadas pela sedução das inovações tecnológicas e, o quanto estão submetidos aos apelos do mercado de consumo. As organizações sociais, sob a égide do capitalismo, estão permeadas, cada vêz mais, pelo espírito do individualismo e, de forma concreta não enfrentam os problemas causados pela racionalidade do lucro às custas da destruição da natureza. Cabe ressaltar qual é o papel da Ciência e da sociedade como pontos articuladores entre a realidade social e o saber científico. Cabe aos seres humanos, enquanto sujeitos históricos atuantes em determinado grupo social, reconhecerem suas fragilidades e buscarem novas concepções sobre a natureza que os levem a quebrar estes paradigmas impostos pelo modo de produção capitalista. É preciso que estes sujeitos percebam que sua sobrevivência, enquanto espécie, depende do equilíbrio e do respeito a todas as formas de vida que fazem do planeta o maior ser vivo conhecido. Embora os discursos das tecnologias limpas e do desenvolvimento sustentável venham nos acenando com promessas de solução mágica, é preciso lembrar que a racionalidade do modo de produção capitalista torna impotente quaisquer soluções que porventura venham a ser; propostas pela ciência ou pe|a tecnologia. Reatar uma relação de equilíbrio com a natureza pressupõe que a sociedade desenvolva relações solidárias internas e isso dependo de um posicionamento crítico diante da organização social que está posta pelo capitalismo. Somente quando o ser humano sentir-se parte da biosfera deste planeta Terra, terá consciência dos seus atos, usará sua inteligência com criticidade para, quem sabe, reorganizar os processos de produção relacionados com o consumo e trabalho, para que esta sociedade em que vivemos se torne justa e respeitosa com todas as formas de vida. A Biologia deve resolver problemas que atingem direta ou indiretamente a perspectiva de futuro dos jovens, tornando-os sujeitos críticos, capazes de entender e analisar o mundo, de contribuir para a melhoria da qualidade de vida pessoal e de sua comunidade. O desenvolvimento dos conteúdos estruturantes deve ocorrer de forma integrada. À medida que se discuta um conteúdo específico do conteúdo estruturante biodiversidade, por exemplo, requerem-se conhecimentos sobre os mecanismos biológicos e organização dos seres vivos para compreender por que determinados fenômenos acontecem e como a VIDA se organiza na Terra e quais implicações dos avanços biológicos são decorrentes. 4. OBJETIVOS É fundamental que o ensino da Biologia se volte à: Relacionar os conceitos da Biologia aos acontecimentos do cotidiano de forma a compreender a vida, do ponto de vista biológico, como fenômeno que se manifesta de formas diversas, mas sempre como sistema organizado e integrado, que interagem com o meio físicoquímico podendo modificá-lo. Propiciar a compreensão da vida do ponto de vista biológico; Possibilitar situações de compreensão e análise de situações problemas relacionadas aos conceitos da biologia, buscando a resolução destes problemas e conflitos a partir dos conceitos assimilados; Propor o desenvolvimento de projetos e ações voltadas a preservação da vida em todos os seus aspectos; Compreender que o universo é composto por elementos que agem interativamente, o que configura a natureza como algo dinâmico e interativo. Compreender a diversificação das espécies como resultado evolutivo, que inclui dimensões temporais e espaciais; Dar significado a conceitos científicos básicos em biologia, como energia, matéria transformação, espaço, tempo, sistema, equilíbrio dinâmico, hereditariedade e vida; Formular questões, diagnosticar e propor soluções para problemas reais a partir de elementos da biologia, colocando em prática conceitos, procedimentos e atitudes desenvolvidos no aprendizado escolar; Realizar experimentos para demonstrar na prática alguns conceitos, bem como ilustrar e possibilitar uma compreensão mais ampla. Possibilitar a compreensão do avanço da ciência, suas possibilidades, comprometimentos e apontar possíveis conseqüências, de forma a trabalhar os aspectos éticos e bioéticos, estimulando a participação e intervenção nas diversas situações emergentes e a compreensão das reportagens abordadas pela mídia falada e escrita. Descrever processos e características do ambiente ou de seres vivos Apresentar suposições e hipóteses acerca dos fenômenos biológicos em estudo. Apresentar, de forma organizada, o conhecimento biológico apreendido, através de textos, desenhos, esquemas, gráficos, tabelas, vídeos, etc Conhecer diferentes formas de obter informações (observação, experimento, leitura de texto e imagem, entrevista), selecionando aquelas pertinentes ao tema biológico em estudo. Relacionar os diversos conteúdos conceituais de biologia na compreensão de fenômenos. Estabelecer relações entre parte e todo de um fenômeno ou processo biológico. Formular questões, diagnósticos e propor soluções para problemas apresentados, utilizando elementos da Biologia. Utilizar noções e conceitos da Biologia em novas situações de aprendizado (existencial ou escolar). Relacionar o conhecimento das diversas disciplinas para o entendimento de fatos ou processos biológicos. Reconhecer a Biologia como um fazer humano, e portanto, histórico, fruto da conjunção de fatores sociais, políticos, econômicos, culturais, religiosos e tecnológicos Identificar a interferência de aspectos místicos e culturais nos conhecimentos do senso comum relacionados a aspectos biológicos. Reconhecer o ser humano como agente e paciente de transformações intencionais por ele produzidas no seu ambiente. Identificar ações de intervenção, identificando aquelas que visam a preservação e implementação da saúde individual, coletiva e do ambiente; Compreender o conceito Biologia, sua complexidade e relações. Possibilitar a compreensão da vida através do entendimento das relações complexas que integram átomos formando moléculas que se unem formando a matéria e a vida, promovendo condições para diferenciação entre um e outro. Compreender o trânsito de matéria orgânica para a matéria inorgânica. Explicar sobre os ciclos da matéria, produção de energia e o papel dos organismos nestes processos. Explicar sobre os primeiros sistemas vivos e seus níveis de organização Caracterizar quanto às formas de obtenção de alimentos e energia , considerando as condições da Terra Primitiva. Conhecer os diversos níveis de organização (de tecidos a Biosfera) Estudar as diversas relações ecológicas existentes entre os seres: Harmoniosas e desarmoniosas. Compreender os processos de transformação de matéria em energia. Diferenciar a transferência de matéria e energia entre teias e cadeias alimentares. Compreender a relação das teias e cadeias alimentares no equilíbrio ecológico, bem como possibilitar o entendimento da importância dos predadores tanto no equilíbrio quanto no desequilíbrio ecológico. Explicar os diferentes níveis tróficos Explicar sobre os ciclos da matéria, produção de energia e o papel dos organismos nestes processos. Representar o transito de energia nos ecossistemas através de pirâmides de energia. Pesquisar fauna, flora, condições climáticas que configuram as principais regiões brasileiras. Conhecer os diversos biomas, suas faunas e floras Discutir e refletir a respeito da ação humana no ecossistema - extração e transformação dos recursos naturais para manutenção do consumismo desenfreado. Compreender o impacto dos desequilíbrios ambientais na natureza. Estimular a pesquisa e a elaboração de projetos de ação ambiental. Refletir sobre a importância do desenvolvimento sustentável para assegurar a continuidade da vida. Estimular pesquisas sobre ações globais para a melhoria e continuidade das condições de vida no planeta. Possibilitar a compreensão sobre a constituição dos vírus e sua identificação como não vivo Estudar os diversos reinos da natureza e seus respectivos filos de forma sintetizada, visando relacionar as diferenças entre os seres que pertencem a cada grupo e sua importância na manutenção da vida no planeta. Estudar as características de cada grupo de seres vivos e relacioná-los de forma a perceber a ligação destes no que se refere à evolução dos seres, considerando os aspectos anatômicos e fisiológicos. Estudar a célula e as reações químicas que nela ocorrem. Possibilitar a compreensão das moléculas que constituem as células. Compreender os processos de diferenciações celulares, os tipos e diferenças de funções. Diferenciar celular eucariótica de procariótica Ter noções sobre citologia de forma que possibilite elaborar um conceito sistematizado de célula. Conhecer as organelas citoplasmáticas e suas funções, bem como compreender através das suas funções a célula como unidade viva. Estudar os tipos de membranas e os seus mecanismos de transporte de substâncias. Compreender o metabolismo energético da célula. Compreender os processos de transformação de energia através da fotossíntese, quimiossíntese, respiração aeróbia e anaeróbia e fermentação. Compreender os processos de síntese de proteínas e o DNA e RNA. Entender os processos de reprodução celular e a transmissão do material genético. Diferenciar os tipos de divisões celulares Classificar as estruturas e composição do material genético . Compreender o que é gene e seu papel no mecanismo hereditário, bem como os principais conceitos utilizados em genética. Compreender o que é mutação e como ela ocorre. Conhecer os trabalhos de Mendel, ressaltando a escolha do material e o método utilizado. Aplicar os conceitos da 1ª e 2ª Lei de Mendel e derivações. Compreender a importância do trabalho desenvolvido por Mendel buscando entender o significado de suas Leis. Compreender a herança dos grupos sanguíneos dos sistema ABO, do sistema Rh, transfusões sanguíneas, herança determinada pelo sexo, herança ligada ao sexo, herança limitada ao sexo. Compreender a importância dos mapas genéticos para o planejamento familiar Reconhecer o impacto na sociedade e discutir a respeito dos resultados das experiências genéticas. Pesquisar os avanços da Ciência e da Biotecnologia e sua influência. Conhecer as técnicas utilizadas para a clonagem. Discutir os aspectos éticos, morais e político-econômicos envolvidos. Possibilitar a compreensão da complexidade das experiências genéticas, o avanço e o impacto. Relacionar e entender sob um aspecto crítico as ideias sobre o surgimento de vida na terra bem como os experimentos. Interpretar a opinião dos cientistas, segundo a época em que tais teorias eram levantadas. Entender as principais fases do desenvolvimento embrionário. Visualizar as sucessivas mitoses e as transformações que configuram um embrião. Estudar os processos de desenvolvimento do embrião. Compreender a composição dos diversos tecidos e sua importância na composição dos órgãos e sistemas. Sensibilizar sobre a importância da sexualidade responsável, uso da camisinha, métodos contraceptivos, doenças sexualmente transmissíveis e suas consequências. Sensibilizar sobre as consequências da gravidez na adolescência e da responsabilidade da concepção para a melhoria da vida na sociedade, bem como na diminuição dos conflitos sociais e de relacionamentos. Explicar as formas que o sistema imunológico combate as doenças e suas relações. Sensibilizar sobre a importância da doação de sangue, órgãos e medula óssea para salvar vidas. Descrever as atividades metabólicas, a relação entre radicais livres, o envelhecimento celular, o papel das vitaminas e a medicina ortomolecular. Compreender os processos evolutivos. Entender o significado de adaptação biológica. Reconhecer e caracterizar as principais evidências evolutivas. Comparar os indícios nos diferentes grupos de seres vivos. Reconhecer a importância histórica das contribuições dos pesquisadores Relacionar as evidências com a teoria sintética da evolução. Averiguar e interpretar as evidências da evolução. Evolução humana Entender o isolamento reprodutivo e o isolamento geográfico. Conhecer sobre a configuração das águas e dos continentes e formas de vida que marcam cada período e era geológicos. Compreender a importância dos fósseis para a comprovação das teorias e para possibilitar novas descobertas a respeito da evolução. Estudar os fatores fundamentais para uma vida saudável Apresentar alternativas para manter a saúde física, mental e espiritual em equilíbrio. Ressaltar a importância do desenvolvimento espiritual para a saúde mental, psicológica e consequentemente física. Relacionar os desequilíbrios orgânicos com os diversos desequilíbrios emocionais relacionando a similaridade entre os conflitos e as funções orgânicas. Estudar o sistema locomotor e compreender suas funções Identificar a importância do controle das funções pelo sistema nervoso em todo o organismo Estudar o sistema locomotor e nervoso de forma comparativa com os demais seres vivos. Orientar sobre a importância de uma nutrição adequada para a qualidade de vida do homem, bem como informar as fontes dos principais nutrientes necessários ao bom funcionamento do organismo. Orientar sobre a utilização de diversos tipos de alimentos complementares e alternativos para aprimorar a qualidade de vida e a saúde Desenvolver pesquisas sobre os diversos tipos de nutrição e sobre as doenças relacionadas a má nutrição, bem como aquelas pertinentes ao sistema digestivo. Estudar o sistema digestivo de forma comparativa. Evidenciar como são realizadas as trocas gasosas. Identificar os gases envolvidos no processo respiratório, os órgãos que compõe o sistema responsável e sua ligação com os demais sistemas. Relacionar as doenças respiratórias e formas de prevenção. Estudar o sistema respiratório de forma comparativa Identificar as formas que se dão o transporte de substâncias pelo organismo, assim como as estruturas que realizam esta função. Identificar os órgãos que compõe o sistema circulatório e o funcionamento do sistema em relação aos demais órgãos. Verificar as doenças relacionadas ao sistema circulatório e linfático. Estudar o sistema circulatório de forma comparativa com os demais seres vivos. Reconhecer as formas que o corpo se desintoxica, e eliminar os restos imprestáveis ao seu organismo. Evidenciar os órgãos responsáveis e sua atuação enquanto sistema. Reconhecer a Hemodiálise e sua importância Identificar as doenças relacionadas ao sistema excretor e estudá-lo de forma comparativa com os demais seres. Compreender a ação dos hormônios no controle das diversas funções fisiológicas. Explicar a importância da reprodução para manutenção das espécies, compreender os meios reprodutivos e os sistemas especializados para realizar esta função nos diversos seres e no homem. Esclarecer a respeito da gravidez, e dos métodos contraceptivos . 4. CONTEÚDOS BÁSICOS 1º ANO Conteúdos Estruturantes ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS / BIODIVERSIDADE Conteúdos específicos Vida e composição química dos seres vivos Definição de vida A química das células Diferença de crescimento entre seres vivos e brutos Fotossíntese na formação de matéria orgânica Vida e energia Os primeiros sistemas vivos e seus níveis de organização Ecossistemas Relações entre os seres vivos Biosfera, ecossistemas, comunidades e populações Transferência de matéria e energia Cadeias, redes e teias alimentares Equilíbrio ecológico Interações entre a porção biótica e abiótica do sistema. Pirâmides ecológicas Fluxo de energia Ciclo da matéria . Ecossistemas brasileiros Ecologia das populações Biomas e vegetação no Brasil Impacto ambiental Recursos naturais e esgotamento: Poluição da água do ar e do solo Água e sustentabilidade Solo e desmatamento Poluição do ar e Aquecimento global Desenvolvimento sustentável Eco 92 / Protocolo de Kyoto / Agenda 21 Os seres vivos e os vírus Os reinos da natureza 2º ANO Conteúdos estruturantes IMPLICAÇÕES DOS AVANÇOS BIOLÓGICOS NO FENÔMENO VIDA / ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS Conteúdos específicos: Biologia celular Citologia A química da célula Célula: tamanho, forma e funções. Organelas citoplasmáticas Mecanismos de transporte entre membranas. Metabolismo energético da célula Biologia molecular do gene: síntese de proteínas Núcleo e divisões celulares Hereditariedade e Biotecnologia Genética Herança Mendeliana Recombinação Gênica Mapa Genético Biotecnologia: Projeto Genoma e manipulação do DNA Clonagem Experiências genéticas O fenômeno da vida Origem da vida na Terra: Teoria Heterotrófica Autotrófica Abiogênese, Biogênese, Cosmozóica, Panspermia. Teoria de Oparin Embriologia Histologia Aquecimento global Escassez de água e consumo sustentável Desenvolvimento sustentável Aproveitamento de lixo reciclável Reflorestamento Recursos naturais e consumo Ameaça a Biodiversidade através do desmatamento e escassez de água Problemas de saúde devido a carência de saneamento básico Conseqüências da falta de reciclagem e saneamento básico Buraco na camada de ozônio Leis e crimes ambientais Desequilíbrios climáticos e as consequências para a humanidade e os ecossistemas 3º ANO Conteúdos estruturantes ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS / IMPLICAÇÕES DOS AVANÇOS BIOLÓGICOS NO FENÔMENO VIDA Conteúdos específicos A diversidade da vida e a evolução Algumas explicações sobre a diversidade da vida: Teorias da Evolução Fixismo, Evolucionismo, Lamarquismo, Darwinismo, Mutacionismo, Teoria Sintética ou Moderna . Evidências e provas da evolução Especiação A diversidade dos seres vivos no tempo geológico Fósseis Saúde Noções de saúde física, mental e espiritual. Posturas e valores para o equilíbrio. Diga-me onde dói e dir-te-ei porque Funções vitais Básicas e as diferentes estruturas que permitem sua realização nos diferentes meios Locomoção Sistema locomotor: esqueleto e músculos Coordenação Sistema nervoso Nutrição e digestão Trocas gasosas e respiração Circulação e transporte Excreção Controle hormonal Reprodução Sexualidade e DST´s Gravidez na adolescência e responsabilidade Sistema Imunitário Transplante de órgãos, doação de sangue e de medula óssea. Medicina ortomolecular Radicais Livres Envelhecimento celular 5. METODOLOGIA Os procedimentos dentro da Biologia corresponderão a observação, experimentação, comparação, elaboração de hipóteses, suposições, debates orais, estabelecendo relações entre fatos ou fenômenos e ideias, leitura e escrita de textos informativos, pesquisas bibliográficas, busca de informações em várias formas, organizações em várias formas, organizações de informações através de desenhos, tabelas, gráficos, esquemas e textos, elaboração de perguntas, problemas e proposição de solução dos problemas, levando-se em conta um crescimento de autonomia entre os alunos. É essencial que o ensino seja realizado em atividades variadas que promovam o aprendizado da maioria, evitando que as fragilidades e carências se tornem obstáculos intransponível para alguns. O erro não será tratado como incapacidade de aprender, mas como elemento que sinaliza ao professor a compreensão efetiva do aluno, servindo, então, para reorientar a prática pedagógica e fazer com que ele avance na construção mais adequada de seu conhecimento. Será enfatizado os trabalhos de pesquisa ilustrações com vídeos, projetos de acordo com áreas de interesse dos alunos. A maioria dos trabalhos serão desenvolvidos em grupos proporcionando condições de melhorias nos relacionamentos interpessoais e valorizando as diferenças no contexto social. Os conteúdos específicos serão encaminhados por meio de uma metodologia crítica e histórica, de modo a considerar a articulação entre os conhecimentos físicos, químicos e biológicos. Os conteúdos propostos serão articulados com os conhecimentos de outras ciências para explicar os inúmeros fenômenos naturais que ocorrem no mundo. A Química, a Física, a Biologia, a Geociências, a Astronomia e outras áreas que contribuem significativamente para esse fim. Serão estabelecidas as relações entre os diversos conteúdos específicos, de forma a possibilitar o reconhecimento de que existem conhecimentos físicos, químicos e biológicos basilares no processo pedagógico, que precisam ser abordados em cada uma das séries desse nível de ensino. Os conteúdos específicos serão tratados ao longo dos quatro anos do Ensino Fundamental, respeitando o nível cognitivo dos alunos, a realidade local, a diversidade cultural, as diferentes formas de apropriação dos conteúdos específicos por parte dos alunos e que se adote uma linguagem coerente com a faixa etária, para aumentar gradativamente o aprofundamento do estudo. Nos conteúdos de significativa relevância na vida dos alunos como a água será enfocada a disponibilidade da água na natureza, seu tratamento, distribuição, consumo e desperdício norteiam um estudo crítico e histórico e propiciam verificar que os problemas relacionados à degradação das nascentes, poluição e contaminação da água interferem na vida do ser humano, dos demais seres vivos e do ambiente. A discussão poderá se estender para uma reflexão sobre a intencionalidade dessas práticas, os interesses sociais, políticos e econômicos envolvidos, por exemplo, na ausência de saneamento básico em muitas regiões, que afetam a qualidade de vida de uma parcela significativa da população. As relações de poder que influenciam as decisões sobre o acesso ao saneamento básico podem ser discutidas sob o viés dos interesses políticos. Quanto aos interesses econômicos, pode-se abordar a relação custo-benefício envolvida nesse processo. Outro aspecto que também poderá ser estudado são as implicações decorrentes da água como recurso energético (usina hidrelétrica). Os conteúdos de Biologia serão desenvolvidos através de pesquisas em equipes e individualmente de maneira a estimular o aluno a buscar respostas as suas curiosidades, com exposições verbais para aprender a comunicar suas ideias e conhecimentos, ilustrações com transparências, realização de cartazes, desenhos e esquemas ilustrativos para melhor comunicar, leitura de casos e avaliação de situações problemas. Utilização do livro didático do MEC e livro didático público na compreensão dos conteúdos e nas atividades propostas. A realidade dos alunos, da sociedade e do mundo serão os principais enfocados buscando agregar valor à disciplina e procurando possibilitar maior compreensão dos acontecimentos em especial os avanços da ciência e da Biotecnologia. Os fatores relacionados a saúde e a melhoria da qualidade de vida terá maior atenção, bem como aquele que se referem ao meio ambiente. Serão identificados os interesses dos alunos sobre vestibular, ENEM e outros e serão desenvolvidas atividades especiais para beneficiar esta clientela. Os trabalhos de seminários serão desenvolvidos com o objetivo de propiciar aos alunos experiências com exposições de conteúdos, apreendidos nas aulas seja através de pesquisas, trocas de ideias ou aulas expositivas, considerando a postura e os recursos necessários para uma boa comunicação, bem como para fixação dos conceitos e participação social. Também fará parte do processo educativo à observação e experimentação, através de aulas prática e observações do cotidiano, visando possibilitar ampla compreensão dos conceitos desenvolvidos. O aprendizado de Biologia deve contribuir para aprimorar o indivíduo, desenvolvendo meios para se interpretarem fatos naturais, para se compreenderem procedimentos e equipamentos do cotidiano social e profissional, assim como para articular uma visão do mundo natural e social. Deve propiciar a construção de compreensão dinâmica da nossa vivência material, de convívio harmônico com o mundo da informação, de entendimento histórico da vida social e produtiva, de percepção evolutiva da vida, do planeta e do cosmos, enfim, um aprendizado com caráter prático e crítico e uma participação no romance da cultura científica, ingrediente essencial da aventura humana. Nunca é demais insistir que não se trata de se incorporarem elementos da ciência contemporânea, simplesmente por conta de sua importância instrumental utilitária. Trata-se, isto sim, de se proverem os alunos com condições para desenvolver uma visão de mundo atualizada, o que inclui uma compreensão mínima das técnicas e dos princípios científicos em que se baseiam. Vale a pena também lembrar que, lado a lado com uma demarcação disciplinar, é preciso desenvolver uma articulação interdisciplinar, de forma a conduzir organicamente o aprendizado pretendido. O sentido da interdisciplinaridade tem uma variedade de sentidos e de dimensões que podem se confundir, mas são todos eles importantes. O aprendizado disciplinar em Biologia, cujo cenário, a biosfera, é um todo articulado, é inseparável das demais ciências. A própria compreensão do surgimento e da evolução da vida nas suas diversas formas de manifestação demanda uma compreensão das condições geológicas e ambientais reinantes no planeta primitivo. O entendimento dos ecossistemas atuais implica um conhecimento da intervenção humana, de caráter social e econômico, assim como dos ciclos de materiais e fluxos de energia. A percepção da profunda unidade da vida, diante da sua vasta diversidade, é de uma complexidade sem paralelo em toda a ciência e também demanda uma compreensão dos mecanismos de codificação genética, que são a um só tempo uma estereoquímica e uma física da organização molecular da vida. Ter uma noção de como operam esses níveis submicroscópicos da biologia não é um luxo acadêmico mas sim um pressuposto para uma compreensão mínima dos mecanismos de hereditariedade e mesmo da biotecnologia contemporânea, sem os quais não se pode entender e emitir julgamento sobre testes de paternidade pela análise do DNA, a clonagem de animais ou a forma como certos vírus produzem imunodeficiências. Cada ciência particular possui um código intrínseco, uma lógica interna, métodos próprios de investigação, que se expressam nas teorias, nos modelos construídos para interpretar os fenômenos que se propõe explicar. Apropriar-se desses códigos, dos conceitos e métodos relacionados a cada uma das ciências, compreender a relação entre Ciência, Tecnologia e Sociedade, representa ampliação das possibilidades de compreensão do mundo e de participação efetiva nesse mundo. É objeto de estudo da Biologia, o fenômeno vida em toda sua diversidade de manifestações. Esse fenômeno se caracteriza por um conjunto de processos organizados e integrados, quer no nível de uma célula, de um indivíduo, ou ainda de organismos no seu meio. Um sistema vivo é sempre fruto da interação entre seus elementos constituintes e da interação entre esse mesmo sistema e demais componentes de seu meio. As diferentes formas de vida estão sujeitas a transformações que ocorrem no tempo e no espaço, sendo, ao mesmo tempo, propiciadoras de transformações no ambiente. Ao longo da história da humanidade, várias foram as explicações para o surgimento e a diversidade da vida, de modo que os modelos científicos conviveram e convivem com outros sistemas explicativos como, por exemplo, os de inspiração filosófica ou religiosa. O aprendizado da Biologia deve permitir a compreensão da natureza viva e dos limites dos diferentes sistemas explicativos, a contraposição entre os mesmos e a compreensão de que a ciência não tem respostas definitivas para tudo, sendo uma de suas características a possibilidade de ser questionada e de se transformar. Deve permitir, ainda, a compreensão de que os modelos na ciência servem para explicar tanto aquilo que podemos observar diretamente, como também aquilo que só podemos inferir; que tais modelos são produtos da mente humana e não a própria natureza, construções mentais que procuram sempre manter a realidade observada como critério de legitimação. Elementos da história e da filosofia da Biologia tornam possíveis, aos alunos, a compreensão de que há uma ampla rede de relações entre a produção científica e o contexto social, econômico e político. É possível verificar que a formulação, o sucesso ou fracasso das diferentes teorias científicas estão associados ao seu momento histórico. O conhecimento de Biologia deve subsidiar o julgamento de questões polêmicas, que dizem respeito ao desenvolvimento, ao aproveitamento de recursos naturais e a utilização de tecnologias que implicam em intensa intervenção humana no ambiente, cuja avaliação de levar em conta a dinâmica dos ecossistemas, dos organismos, enfim, o modo como a natureza se comporta e a vida se processa. O desenvolvimento da Genética e da Biologia Molecular, das tecnologias de manipulação do DNA e de clonagem, traz à tona aspectos éticos envolvidos na produção e aplicação do conhecimento científico e tecnológico, chamando à reflexão sobre as relações entre a ciência, a tecnologia e a sociedade. Conhecer a estrutura molecular da vida, os mecanismos de perpetuação, diferenciação das espécies e diversificação intra específica, a importância da biodiversidade para a vida no planeta, são alguns dos elementos essenciais para um posicionamento criterioso relativo ao conjunto das construções e intervenções humanas no mundo contemporâneo. Na Biologia estabelecem-se modelos para as microscópicas estruturas de construção dos seres, de sua reprodução e de seu desenvolvimento. Debatem-se, nessa temática, questões existenciais de grande repercussão filosófica, sobre ser a origem da vida um acidente, uma casualidade ou, pelo contrário, a realização de uma ordem já inscrita na própria constituição da matéria infinitesimal. Neste século presencia-se um intenso processo de criação científica, inigualável a tempos anteriores. A associação entre Ciência e Tecnologia se amplia, tornando-se mais presente no cotidiano e modificando cada vez mais o mundo e o próprio ser humano. Questões relativas à valorização da vida em sua diversidade, à ética nas relações entre seres humanos, entre eles, seu meio e o planeta, ao desenvolvimento tecnológico e sua relação com a qualidade de vida, marcam fortemente nosso tempo, pondo em discussão os valores envolvidos na produção e aplicação do conhecimento científico e tecnológico. Um tema central para a construção de uma visão de mundo é a percepção da dinâmica complexidade da vida pelos alunos, a compreensão de que a vida é fruto de permanentes interações simultâneas entre muitos elementos, e de que as teorias em Biologia, como nas demais ciências, se constituem em modelos explicativos, construídos em determinados contextos sociais e culturais. Essa postura busca superar a visão a-histórica que muitos livros didáticos difundem, de que a vida se estabelece como uma articulação mecânica de partes, e como se para compreendêla, bastasse memorizar a designação e a função dessas peças, num jogo de montar biológico. Ao longo do ensino médio, para garantir a compreensão do todo, é mais adequado partir-se do geral, no qual o fenômeno vida é uma totalidade. O ambiente, que é produto das interações entre fatores abióticos e seres vivos, pode ser apresentado num primeiro plano, e é a partir dessas interações que se pode conhecer cada organismo em particular e reconhecê-lo no ambiente e não viceversa. Ficará então mais significativo saber que, por sua vez, cada organismo é fruto de interações entre órgãos, aparelhos e sistemas que, no particular, são formados por um conjunto de células que interagem. E, no mais íntimo nível, cada célula se configura pelas interações entre suas organelas, que também possuem suas particularidades individuais, e pelas interações entre essa célula e as demais. Para promover um aprendizado ativo que, especialmente em Biologia, realmente transcenda a memorização de nomes de organismos, sistemas ou processos, é importante que os conteúdos se apresentem como problemas a serem resolvidos com os alunos, por exemplo aqueles que envolvendo interações entre seres vivos, incluindo o ser humano, e demais elementos do ambiente. Essa visualização da interação pode preceder e ensejar a questão da origem e da diversidade, até que o conhecimento da célula se apresente como questão dentro da questão, como problema a ser desvendado para uma maior e melhor compreensão do fenômeno vida. Para que se elabore um instrumental de investigação desses problemas, é conveniente e estimulante se estabelecerem conexões com aspectos do conhecimento tecnológico a eles associados. As considerações acima sugerem uma articulação de conteúdos no eixo Ecologia – Evolução que deve ser tratado historicamente, mostrando que distintos períodos e escolas de pensamento abrigaram diferentes ideias sobre o surgimento da vida na Terra. Importa relacioná-las ao momento histórico em que foram elaboradas, reconhecendo os limites de cada uma delas na explicação do fenômeno. Para o estabelecimento da hipótese hoje hegemônica, concorreram diferentes campos do conhecimento como a geologia, a física e a astronomia. Essa hipótese se assenta em prováveis interações entre os elementos e fenômenos físico-químicos do planeta, em particular fenômenos atmosféricos, e que resultaram na formação de sistemas químicos nos mares aquecidos da Terra primitiva. A vida teria emergido quando tais sistemas adquiriram determinada capacidade de trocar substâncias com o meio, obter energia e se reproduzir. Reconhecer tais elementos da Terra primitiva, relacionar fenômenos entre si e às características básicas de um sistema vivo são habilidades fundamentais à atual compreensão da vida. O estudo dos processos que culminaram com o surgimento de sistemas vivos leva as indagações acerca dos diferentes níveis de organização como tecidos, órgãos, aparelhos, organismos, populações, comunidades, ecossistema, biosfera, resultantes das interações entre tais sistemas e entre eles e o meio. Identificar e conceituar esses níveis de organização da matéria viva, estabelecendo relações entre eles, permite a compreensão da dinâmica ambiental que se processa na biosfera. Uma idéia central a ser desenvolvida é a do equilíbrio dinâmico da vida. A identificação da necessidade dos seres vivos de obterem nutrientes e metabolizálos, permitem o estabelecimento de relações alimentares entre os mesmos, uma forma básica de interação nos ecossistemas, solicitando do aluno a investigação das diversas formas de obtenção de alimento e energia e o reconhecimento das relações entre elas, no contexto dos diferentes ambientes em que tais relações ocorrem. As interações alimentares podem ser representadas através de uma ou várias sequências-cadeias e teias alimentares, contribuindo para a consolidação do conceito em desenvolvimento e para o início do entendimento da existência de um equilíbrio dinâmico nos ecossistemas, em que matéria e energia transitam de formas diferentes - em ciclos e fluxos respectivamente- e que tais ciclos e fluxos representam formas de interação entre a porção viva e a abiótica do sistema. A tecnologia, instrumento de intervenção de base científica, pode ser apreciada como moderna decorrência sistemática de um processo, em que o ser humano, parte integrante dos ciclos e fluxos que operam nos ecossistemas, neles intervém produzindo modificações intencionais e construindo novos ambientes. Estudos sobre a ocupação humana, através de alguns entre os diversos temas existentes, aliados à comparação entre a dinâmica populacional humana e a de outros seres vivos, permitirão compreender e julgar modos de realizar tais intervenções, estabelecendo relações com fatores sociais e econômicos envolvidos. Possibilitarão, ainda, o estabelecimento de relações entre intervenção no ambiente, degradação ambiental e agravos à saúde humana e a avaliação do desenvolvimento sustentado como alternativa ao modelo atual. Para o estudo da dinâmica ambiental contribuem outros campos do conhecimento além da Biologia: Física, Química, Geografia, História, Filosofia, possibilitando ao aluno relacionar conceitos aprendidos nessas disciplinas, numa conceituação mais ampla de ecossistema. Um aspecto da maior relevância na abordagem dos ecossistemas diz respeito a sua construção no espaço e no tempo e à possibilidade da natureza absorver impactos e se recompor. O estudo da sucessão ecológica permite compreender a dimensão espaço - temporal do estabelecimento de ecossistemas, relacionar diversidade e estabilidade de ecossistemas, relacionar essa estabilidade a equilíbrio dinâmico, fornecendo elementos para avaliar as possibilidades de absorção de impactos pela natureza. Conhecer algumas explicações sobre a diversidade das espécies, seus pressupostos, seus limites, o contexto em que foram formuladas e em que foram substituídas ou complementadas e reformuladas, permite a compreensão da dimensão histórico-filosófica da produção científica e o caráter da verdade científica. Focalizando-se a teoria sintética da evolução, é possível identificar a contribuição de diferentes campos do conhecimento para a sua elaboração, como, por exemplo, a paleontologia, a embriologia, a genética, a bioquímica. São centrais para a compreensão da teoria os conceitos de adaptação e seleção natural como mecanismos da evolução e a dimensão temporal, geológica do processo evolutivo. Para o aprendizado desses conceitos, bastante complicados, é conveniente criaremse situações em que os alunos sejam solicitados a relacionar mecanismos de alterações no material genético, seleção natural e adaptação, nas explicações sobre o surgimento das diferentes espécies de seres vivos. As relações entre alterações ambientais e modificações dos seres vivos, estas últimas decorrentes do acúmulo de alterações genéticas, precisam ser compreendidas como eventos sincrônicos, que não guardam simples relação de causa e efeito; a variabilidade como consequência de mutações e de combinações diversas de material genético, precisa ser entendida como substrato sobre o qual age a seleção natural; a própria ação da natureza selecionando combinações genéticas que se expressam em características adaptativas, também precisa considerar a reprodução, que possibilita a permanência de determinado material genético na população. A interpretação do processo de formação de novas espécies demanda a aplicação desses conceitos, o que pode ser feito por exemplo, pelos alunos, solicitados a construir explicações sobre o que poderia determinar a formação de novas espécies, numa população, em certas condições de isolamento geográfico e reprodutivo. Para o estudo da diversidade de seres vivos, tradicionalmente da Zoologia e da Botânica, é adequado o enfoque evolutivo-ecológico, ou seja a história geológica da vida. Focalizando-se a escala de tempo geológico, centra-se atenção na configuração das águas e continentes e nas formas de vida que marcam cada período e era geológica. Uma análise primeira permite supor que a vida surge, se expande, se diversifica e se fixa nas águas. Os continentes são ocupados posteriormente à ocupação das águas e, neles também, a vida se diversifica e se fixa, não sem um grande número de extinções. O estudo das funções vitais básicas, realizadas por diferentes estruturas, órgãos e sistemas, com características que permitem sua adaptação nos diversos meios, possibilita a compreensão das relações de origem entre diferentes grupos de seres vivos e o ambiente em que essas relações ocorrem. Caracterizar essas funções, relacioná-las entre si na manutenção do ser vivo e relacioná-las com o ambiente em que vivem os diferentes seres vivos, estabelecer vínculos de origem entre os diversos grupos de seres vivos, comparando essas diferentes estruturas, aplicar conhecimentos da teoria da evolução na interpretação dessas relações, são algumas das habilidades que esses estudos permitem desenvolver. Ao abordar as funções acima citadas, é importante dar destaque ao corpo humano, focalizando as relações que se estabelecem entre os diferentes aparelhos e sistemas e entre o corpo e o ambiente, conferindo integridade ao corpo humano, preservando o equilíbrio dinâmico que caracteriza o estado de saúde. Não menos importante são as diferenças que evidenciam a individualidade que cada ser humano, que indicam que cada corpo é único, permitindo o desenvolvimento de atitudes de respeito e apreço ao próprio corpo e ao do outro. O objetivo educacional geral de se desenvolver a curiosidade e o gosto de aprender, praticando efetivamente o questionamento e investigação, pode ser promovido num programa de aprendizado escolar, por exemplo, nos estudos das relações entre forma, função e ambiente, que levam a critérios objetivos através dos quais os seres vivos podem ser agrupados. Ao estudar o indivíduo, se estará estudando o grupo ao qual ele pertence e vice-versa; o estudo aprofundado de determinados grupos de seres vivos em particular – anatomia, fisiologia e comportamentos – pode se constituir em projetos educativos, procurando verificar hipóteses sobre a reprodução/evolução de peixes, samambaias ou seres humanos. Nesses projetos coletivos, tratando de questões que mereceram explicações diversas ao longo da história da humanidade, até que se estabelecessem as atuais leis da genética, pode-se discutir algumas dessas explicações, seus pressupostos, seus limites, o contexto em que foram formuladas, permitindo a compreensão da dimensão histórico-filosófica da produção científica e o caráter da verdade científica. As discussões sobre tais representações e sobre aquelas elaboradas pelos alunos, devem provocar a necessidade de obter mais informações com a intenção de superar os limites que cada uma delas apresenta para o entendimento da transmissão de características. A descrição do material genético em sua estrutura e composição, a explicação do processo da síntese protéica, a relação entre o conjunto protéico sintetizado e as características do ser vivo e a identificação e descrição dos processos de reprodução celular, são conceitos e habilidades fundamentais à compreensão do modo como a hereditariedade acontece. Cabe também, nesse contexto, trabalhar com o aluno no sentido de ele perceber que a estrutura de dupla hélice do DNA é um modelo construído a partir dos conhecimentos sobre sua composição. É preciso que o aluno relacione os conceitos e processos acima expressos, nos estudos sobre as leis da herança mendeliana e algumas de suas derivações, como alelos múltiplos, herança quantitativa e herança ligada ao sexo, recombinação gênica e ligação fatorial. São necessárias noções de probabilidade, análise combinatória e bioquímica, para dar significado às leis da hereditariedade, o que demanda o estabelecimento de relações de conceitos aprendidos em outras disciplinas. De posse desses conhecimentos é possível ao aluno relacioná-los às tecnologias de clonagem, engenharia genética e outras ligadas à manipulação do DNA, proceder a análise desses fazeres humanos identificando aspectos éticos, morais, políticos e econômicos envolvidos na produção científica e tecnológica, bem como na sua utilização; o aluno se transporta de um cenário meramente científico para um contexto em que estão envolvidos vários aspectos da vida humana. É um momento bastante propício ao trabalho com a superação de posturas que, por omitir a real complexidade das questões, induz a julgamentos simplistas e, não raro, preconceituosos. Noções sobre citologia podem aparecer em vários momentos de um curso de Biologia, com níveis diversos de enfoque e aprofundamento. Ao se tratar, por exemplo, da diversidade da vida, vários processos celulares podem ser abordados, ainda em um nível fenomenológico: fotossíntese, respiração celular, digestão celular etc. Estudando-se a hereditariedade pode-se tratar a síntese protéica e, portanto, noções de núcleo, ribossomas, ácidos nucléicos. A compreensão da dinâmica celular pode se estabelecer quando for possível relacionar e aplicar conhecimentos desenvolvidos não só ao longo do curso de Biologia, mas também em Química e Física, no entendimento dos processos que acontecem no interior das células. Elaborar uma síntese, em que os processos vitais que ocorrem em nível celular se evidenciem relacionados, permite a construção do conceito sistematizado de célula: um sistema que troca substâncias com o meio, obtém energia e se reproduz. Compreende-se, assim, a teoria celular atualmente aceita, assim como se abre caminho para o entendimento da relação entre os processos celulares e as tecnologias utilizadas na medicina ortomolecular, a aplicação de conhecimentos da Biologia e da Química no entendimento dos mecanismos de formação e ação dos radicais livres, a relação desses últimos com o envelhecimento celular. É recomendável que os estudos sobre embriologia atenham-se à espécie humana, focalizando-se as principais fases embrionárias, os anexos embrionários e a comunicação intercelular no processo de diferenciação. Aqui cabem duas observações: não é necessário conhecer o desenvolvimento embrionário de todos os grupos de seres vivos para compreender e utilizar a embriologia como evidência da evolução; importa compreender como de uma célula - o ovo- se organiza um organismo; não é essencial, portanto, no nível médio de escolaridade, o estudo detalhado do desenvolvimento embrionário dos vários seres vivos. Se faz necessário trabalhar conceitos básicos sobre células-tronco e suas possibilidades no que se refere a tratamentos de doenças diversas. Não é possível tratar, no ensino médio, de todo o conhecimento biológico ou de todo o conhecimento tecnológico a ele associado, devido a crescente quantidade de assuntos e a complexidade de cada tema. 6. AVALIAÇÃO Por meio desse critério, torna-se possível avaliar também em que medida o aluno compreende quanto os conhecimentos científicos abordados em Água no ecossistema se aplicam à sua prática social, quanto eles se relacionam com outros conteúdos e até mesmo com conhecimentos de outras disciplinas. Para que esta proposta de avaliação possa atender ao que se propõe, são necessários meios, recursos e instrumentos avaliativos diversificados. A coerência entre os critérios propostos e a natureza dos instrumentos avaliativos é fundamental para propiciar uma avaliação real do progresso cognitivo dos alunos. Por isso, não faz sentido que o professor proponha aos alunos uma prova objetiva ou questionários com perguntas e respostas diretas. Por meio dos diversos instrumentos avaliativos, o aluno pode expressar os avanços na aprendizagem porque interpreta, produz, discute, relaciona, analisa, justifica, posiciona-se e argumenta, defende o próprio ponto de vista. Ao reestruturar continuamente o processo educativo, o professor também faz uma auto-avaliação para orientar-se em sua prática pedagógica, em intervenções coerentes com os objetivos propostos para o ensino da disciplina. Conforme estas Diretrizes Curriculares, a avaliação ocorre ao longo do ano letivo, não está centralizada em uma única atividade ou método avaliativo e considera os alunos sujeitos históricos do processo pedagógico. - Prova escrita: abrangendo questões dissertativas e questões de múltipla escolha e procurando fazer com que os alunos justifiquem a resposta escolhida de forma contextualizada, priorizando a situação do seu cotidiano. - Prova oral: Pode ser desenvolvida por entrevistas e questões respondidas oralmente, avaliando conhecimentos e habilidades de expressão oral; - Trabalhos de pesquisa ou tarefas para casa( individual ou em grupo) : devem ser avaliados, levando em conta que nem sempre é o aluno quem executa o trabalho; - Trabalhos em sala; podem ser realizados individualmente ou em grupos, ajudam a reforçar o aprendizado dos alunos; - Trabalho expositivo: alguns temas mais polêmicos poderão ser expostos sob a forma de cartazes na sala de aula ou nos murais da escola; - Participação: pode considerar-se o interesse do aluno na aula, manifestado sob a forma de respostas às perguntas que o professor faz, entrega das atividades extraclasse solicitadas e postura adequada e respeitosa diante do professor e dos colegas. - Trabalhos em seminários: os alunos desenvolverão pesquisas em grupo e apresentarão aos colegas da sala durante as aulas. Análises críticas de vídeos e produção de textos com pesquisas complementares sobre o tema de enfoque: os alunos assistirão aos vídeos propostos e realizarão pesquisas sobre o tema de enfoque, produzindo textos contendo suas análises críticas e pesquisas complementares. 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Diretrizes Curriculares da Secretaria da Rede de Educação Básica do Estado do Paraná, Curitiba – 2006. Orientações curriculares- Biologia – julho/2005 LAURENCE, J. Biologia – volume único editora Nova Geração, São Paulo, 2006 BIOLOGIA, VÁRIOS AUTORES, Curitiba: SEED –PR. 2006. BAPTISTA, G.C.S. Jornal a Página da Educação, ano 11, ns 118, dez 2002, p.19 BASTOS, F. História da Ciência e pesquisa em ensino de ciências. In: NARDI.R. Questões Atuais no Ensino de Ciências. São Paulo: Escrituras, 1998. BIZZO, N. Manual de Orientações Curriculares do Ensino Médio, MEC, Brasília, 2004. BERNARDES.J.A .& FERREIRA, F. P. de M. Sociedade e Natureza. In: CUNHA, S.B. da & GUERRA,A.J.T. A Questão Ambiental.Diferentes Abordagens. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2003. CARRETRO, Mário. Construir y ensenar Ias ciências experimentales. Aique Grupo Editor. Argentina. FRIGOTTO, Gaudêncio, CIAVATTA, Maria. Ensino Médio: ciência, cultura e trabalho. Secretaria de Educação Média e Tecnológica - Brasília: MEC, SEMTEC, 2004. KRASILCHIK, Myriam. Prática de Ensino de Biologia. 4- ed. revisado e ampliado. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2004. KRASILCHIK, Myriam. O professor e o currículo das ciências. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 1987. KUENZER,A . Z. Ensino Médio: Construindo uma proposta para os que vivem do trabalho. São Paulo: Cortez, 2002. MEC/SEB - Orientações Curriculares Nacionais do Ensino Médio. Brasília, 2004. MORIN.E. O Pensar Complexo e a Crise da Modernidade. In: GUIMARÃES,M. A formação de Educadores a Ambientais Campinas, São Paulo: Papirus, 2004. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Departamento de Ensino Médio. Texto elaborado pêlos participantes do "l e II Encontro de Relações (Im) pertinentes". Pinhais (2003) e Pinhão (2004). SIDEKUM,A. Bioética: como interlúdio interdisciplinar. Revista Centro de Educação. vol.27,n.e 01. Edição 2002, disponível em www.ufsm.br/ce/revista/index.htm CURRICULO BÁSICO DO ESTADO DO PARANÁ LOPES,SONIA, SERGIO ROSSO- Biologia-volume único-1.Ed. – São Paulo: Saraiva, 2005 LINHARES, SERGIO, FERNANDO GEWANDSZNAJDER- Biologia. Volume único, 1 Ed. São Paulo: Ática, 2005 DIRETRIZ CURRICULAR EDUCAÇÃO FISICA PROF. RESPONSÁVEL: LUIS HENRIQUE FIGURA 1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FÍSICA A Educação Física propõe-se a estruturar uma nova forma de atuação pedagógica, promovendo a interdisciplinaridade, buscando o desenvolvimento pessoal do educando, sustentando uma nova Educação Física, que não seja um amontoado de exercícios repetitivos, dominadores, mas que abram caminhos para uma verdadeira emancipação e crescimento de todos para a construção humana. O sucesso no esporte como sinônimo de vitória, racionalização de meios e técnicas é uma espécie de atividade que determina relações competitivas. Vários autores têm abordado essa temática coincidindo suas opiniões, na necessidade de “superação”. Essa discussão não se dá inicialmente no Brasil. Educadores de diversos países têm se preocupado com essas questões e buscando alternativas para superá-las. Segundo as DCEs 2006, p.22 “Os conteúdos Esporte,Jogos e Brincadeiras, Ginástica, Dança,lutas e jogos devem estar comprometidos com uma Educação Física transformadora” “... que permita não apenas a Educação do movimento,o aprimoramento das funções orgânicas, mas também desenvolver qualidades de caráter, sociabilidade,coleguismo,solidariedade desenvolvimento da e ajuda igualmente no inteligência”p32. Se pretende prestar serviços a educação social dos alunos e contribuir para a vida produtiva, criativa e bem sucedida, nessa nova proposta apresenta-se como pretensões principais à dos alunos poderem compartilhar sua experiência, inicialmente com os colegas, ampliando para toda a escola e comunidade. A Educação Física traz as possibilidades de conhecer as expressões corporais/motoras, perceber e utilizá-las em momentos de lazer; ensinam a entender e conviver de acordo com as regras estabelecidas na sociedade democrática, ensinam a não ter vergonha de expressar-se e reivindicar, enfim, contribuem para melhor viver em sociedade, isso tudo vai corresponder um planejamento de atividades que venham de encontro aos interesses e necessidades dos alunos. Procura-se fazer com que o jovem de hoje seja atuante, crítico, conhecedor de seus direitos, já que, exposto a toda espécie de informações veiculadas nos meios de comunicação, saiba discernir o bom do ruim, o certo do errado e saiba aproveitá-las no seu cotidiano. Tendo a preocupação de visualizar o futuro do aluno, mesmo que desconhecido, mas pretendido. A Educação Física, componente do currículo escolar, tem assim, por meta, a valorização do homem, auxiliando-o no desenvolvimento contínuo de seus horizontes, para então, conseguir acompanhar a constante evolução e transformação da sociedade em que está inserido. 2.OBJETIVOS: Conhecer,valorizar,respeitar e desfrutar da pluralidade de manifestações de cultura corporal do Brasil e do mundo, percebendo-as como recurso valioso para a integração entre as pessoas e diferentes grupos sociais e étnicos Elevar o nível de consciência e domínio corporal, trabalhando através dos movimentos da ginástica, dança, jogos e esporte, que lhe permita perceber no mundo em que vive, e de posse dessa consciência, interferir criticamente no processo de construção da sociedade brasileira. Valorizar o relacionamento homem/natureza,que se acentua cada vez mais em virtude da necessidade da aproximação do ser humano aos espaços verdes, sufocados pelo crescimento das cidades. Relacionar a pratica do esporte e lazer com a busca do bem estar e de uma vida com mais qualidade, representado pelo aumento de atividades corporais na forma de caminhadas, corridas,passeios,etc. Conhecer a diversidade de padrões de saúde,beleza e desempenho que existem nos diferentes grupos sociais, compreendendo sua inserção dentro da cultura em que são produzidos . Socializar através do esporte; Compreender regras e normas de convivência social; Adquirir informações e formação para compreensão do equilíbrio energético que seu corpo requer; Aprender a concepção e capacidades corporais, buscando superar seus possíveis bloqueios; Vencer desafios reconhecendo seus próprios limites físicos; Adquirir melhor performance física através dos exercícios físicos aprimorando seus conhecimentos e técnicas reconhecendo seus benéficos para a pratica desportiva e melhora da qualidade de vida . 3. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Esporte; Jogos e brincadeiras. Dança; Ginástica; lutas CONTEÚDOS ESPECÍFICOS 1ª série Conteúdos Estruturante Conteúdos Básicos Coletivos Esporte Individuais Conteúdos Específicos Futebol; voleibol;voleibol de praia;jogo da malha; basquetebol;punhobol; handebol; futebol de salão; futevôlei;bocha; beisebol;cabo de guerra;flescobol;badminton;biri bol;queimada. Modalidades do Atletismo: (salto,corrida,arremesso e lançamentos) natação; tênis de mesa; tênis de campo;triatlo; frescobol; badminton; hipismo;balonismo;ciclismo;es calada;esqui;esgrima;biatlo. Radicais Skate; rappel; rafting;treking;bungee; jumping;surf;aggressive inline;BMX;corrida de aventura;motanhismo,mountain bike;parkour;sandboard;skate,s nowboard motorizados Autmobilismo;kart; motociclismo;motovelocidade; motocross Jogos e brincadeiras jogos de tabuleiros raciocínio,cognitivo intelectivos, Jogos dramáticos Improvisação; mímica. Jogos cooperativos Futepar; volençol; eco-nome; tato contato; dança das cadeiras cooperativas; salve-se com um abraço. Danças folclóricas Dança imitação e Fandango; quadrilha; dança de fitas; dança de São Gonçalo; frevo; samba de roda; batuque; baião; cateretê; dança do café; cuá; fubá; ciranda; carimbó. Dança de salão Valsa; merengue; forró; vanerão; samba; soltinho; chote; bolero; salsa; swing; tango. Danças de rua Break; funk;house;locking;popping;ra gga. Ginástica artistica/olimpica Solo; salto sobre o cavalo; barra fixa; argolas; paralelas assimétricas. Ginástica de academia Alongamentos; ginástica aeróbicas; ginástica localizadas; step; core board; pular corda; pilates ;fitness;trampolins. Ginástica geral Ginástica para todos;,compensação ;corretiva. Ginástica Lutas Lutas com aproximação Judô; luta olimpica; jiu-jitsu; sumô. Lutas que mantêm a distância Karatê; boxe;muay taekwondo. Lutas com instrumento mediador esgrima; kendô. Capoeira Angola; regional. thai; 2ª série Conteúdos Estruturante Conteúdos Básicos Coletivos Esporte Jogos e brincadeiras Individuais Conteúdos Específicos Futebol; voleibol; voleibol de praia;jogo da malha; basquetebol;punhobol; handebol; futebol de salão; futevôlei;bocha; beisebol;cabo de guerra;flescobol;badminton;biri bol;queimada. Modalidades do Atletismo: (salto,corrida,arremesso e lançamentos) natação; tênis de mesa; tênis de campo;triatlo; frescobol; badminton; hipismo;balonismo;ciclismo;es calada;esqui;esgrima;biatlo. Radicais Skate; rappel; rafting;treking;bungee; jumping;surf;aggressive inline;BMX;corrida de aventura;motanhismo,mountain bike;parkour;sandboard;skate,s nowboard jogos de tabuleiros raciocínio,cognitivo intelectivos, Jogos dramáticos Improvisação; mímica. imitação e Futepar; volençol; eco-nome; tato contato; dança das cadeiras Jogos cooperativos Dança Danças folclóricas Fandango; quadrilha; dança de fitas; dança de São Gonçalo; frevo; samba de roda; batuque; baião; cateretê; dança do café; cuá; fubá; ciranda; carimbò. Dança de salão Valsa; merengue; forró; vanerão; samba; soltinho; chote; bolero; salsa; swing; tango. Danças de rua Break; funk;house;locking;popping;rag ga. Ginástica artistica/olimpica Solo; salto sobre o cavalo; barra fixa; argolas; paralelas assimétricas. Ginástica de academia Ginástica para todos;,compensação ;corretiva. Ginástica geral Ginástica para todos;,compensação ;corretiva. Lutas com aproximação Judô; luta olimpica; jiu-jitsu; sumô. Lutas que mantêm a distância Karatê; boxe;muay taekwondo. Lutas com instrumento mediador esgrima; kendô. Capoeira Angola; regional. Ginástica Lutas cooperativas; salve-se com um abraço. 3ª série Conteúdos Estruturante Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos thai; Coletivos Esporte Jogos e brincadeiras Individuais Futebol; voleibol; voleibol de praia;jogo da malha; basquetebol;punhobol; handebol; futebol de salão; futevôlei;bocha; beisebol;cabo de guerra;flescobol;badminton;biri bol;queimada. Modalidades do Atletismo: (salto,corrida,arremesso e lançamentos) natação; tênis de mesa; tênis de campo;triatlo; frescobol; badminton; hipismo;balonismo;ciclismo;es calada;esqui;esgrima;biatlo. Radicais Skate; rappel; rafting;treking;bungee; jumping;surf;aggressive inline;BMX;corrida de aventura;motanhismo,mountain bike;parkour;sandboard;skate,s nowboard jogos de tabuleiros raciocínio,cognitivo intelectivos, Jogos dramáticos Improvisação; mímica. Jogos cooperativos Futepar; volençol; eco-nome; tato contato; dança das cadeiras cooperativas; salve-se com um abraço. Danças folclóricas Dança Dança de salão imitação e Fandango; quadrilha; dança de fitas; dança de São Gonçalo; frevo; samba de roda; batuque; baião; cateretê; dança do café; cuá; fubá; ciranda; carimbó. Valsa; merengue; forró; vanerão; samba; soltinho; chote; bolero; salsa; swing; tango. Danças de rua Break;Hip-hop funk;house;locking;popping;rag ga. Ginástica artistica/olimpica Solo; salto sobre o cavalo; barra fixa; argolas; paralelas assimétricas. Ginástica de academia Alongamentos; ginástica aeróbicas; ginástica localizadas; step; core board; pular corda; pilates ;fitness;trampolins. Ginástica geral Ginástica para todos;,compensação ;corretiva. Lutas com aproximação Judô; luta olimpica; jiu-jitsu; sumô. Lutas que mantêm a distância Karatê; boxe;muay taekwondo. Lutas com instrumento mediador esgrima; kendô. Capoeira Angola; regional. Ginástica Lutas 5.METODOLOGIA A Educação física consciente é aquela que contribui para a formação do individuo na sociedade e comunidade em que está inserido. Portanto dentro desta nova tendência, a educação física deve trabalhar com o movimento do corpo, visando formar um individuo critico, participativo, reflexivo, criativo, capaz e atuante, contribuindo este, para uma sociedade mais justa e participativa, como expressões corporais do homem em suas relações sociais, a ginástica, a dança, os jogos e os esportes, devem cumprir um papel verdadeiramente educativo. Devendo-se, entretanto, considerar-se a sua origem sua finalidade e história sendo o professor responsável por todo este processo de valores, da maneira como se inicia e se desenvolvem. thai; Os métodos utilizados serão os mais variados possíveis como:dinâmicas em grupo, estudo em textos, interpretação e dramatização, pesquisas, estatísticas realizadas com uso do computador, experiências práticas e/ou teóricas, testagens de métodos, avaliações contínuas, vídeos, filmes e documentários, relatórios e análises trabalhadas no laboratório de informática, desenvolvimento de atividades sem restringir ambientes – extensão da sala de aula. Para quadra de esportes e campo elaboração de seminários, apresentações, diferentes tipos de exposições, discussões, trabalhos,inclusive em painéis. 6. AVALIAÇÃO A Educação Física diante desta proposta de avaliação prioriza a sua função diagnóstica, detectando pontos fortes e fracos, aspectos positivos e negativos da aprendizagem, este sistema era intervir no acompanhamento do progresso do aluno como um todo. Será visualizado de forma abrangente e contextualizado, pois um movimento/gesto, deve ser analisado, debatido, discutido e praticado em todos os momentos do processo ensino-aprendizagem, observando, considerando as possibilidades individuais, segurança, organização, o respeito, a colaboração com o grupo, postura receptiva frente a diferentes manifestações culturais como fonte de aprendizagem, práticas de hábitos saudáveis no desenvolvimento das atividades propostas. O aluno será avaliado pelos progressos e aprendizagens que atingiu no decorrer do desenvolvimento das aulas, dando ênfase a suas potencialidades. 7.REFERÊNCIAS CARROLL, Stephen. Guia prática da vida saudável. Tony Smth; (tradução texto e CIA). São Paulo: public Folha, 2000. MATTOS, Mauro Gomes de; MEIRA, Marcos Garcia. Educação Física na adolescência: construindo o 2000. conhecimento na Escola. São Paulo: Phorte Editora, NAHAS, Marcos Vinícius. Atividade física, saúde e qualidade de vida. Conceitos e sugestões para um estilo de vida ativo. 2.Ed. Londrina: Midiograf, 2001. SEED. Educação Física Ensino Médio esporte, dança, ginástica, jogos,lutas. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação V. Título. SEED. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná. Secretaria de Estado da Educação, 2006. Paraná. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de Ensino Fundamental.Cadernos Temáticos:Inserção de história e cultura afro-brasileira nos currículos escolares. Paraná- Curitiba: SEEDPR,2005. DIRETRIZ CURRICULAR FILOSOFIA PROF. RESPONSÁVEL: ROSEMARI GADONSKI 1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA DE FILOSOFIA No cenário, mundial e brasileiro, onde se questionam os sentidos dos valores éticos, políticos, estéticos e epistemológicos, a Filosofia tem um espaço a ocupar e uma contribuição relevante: enquanto investigação de problemas que têm recorrência histórica e criação de conceitos que são ressignificados também historicamente, gera discussões promissoras e criativas que podem desencadear ações transformadoras, individuais e coletivas, nos sujeitos do fazer filosófico. Considerando que um dos sentidos do Ensino Médio é a formação pluridimensional e democrática, capaz de oferecer aos estudantes a possibilidade de compreensão das complexidades do mundo contemporâneo, que se manifesta quase sempre de forma fragmentada com suas múltiplas particularidades e especializações, não se pode prescindir de um saber que opera por questionamentos, conceitos e categorias de pensamento que buscam articular a totalidade espaço-temporal e sócio-histórica em que se dá o pensamento e a experiência humana. Neste sentido a disciplina de Filosofia é importante para a constituição da identidade do Ensino Médio enquanto etapa educacional. A disciplina de Filosofia é um espaço para o exercício do pensamento filosófico. Os passos para a experiência filosófica são a sensibilização, a problematização, o diálogo investigativo e interlocução com o texto filosófico, no sentido de compreender seu conteúdo e seu significado para o nosso tempo, e finalmente a conceituação e sua ressignificação. Considera-se que a filosofia, como disciplina na matriz curricular do Ensino Médio, pode viabilizar interfaces com as outras disciplinas para a compreensão da linguagem, da literatura, da história, das ciências e da arte, apresentado-se tanto como conteúdo filosófico, quanto como ferramenta que possibilita ao estudante o desenvolvimento de um estilo próprio de pensamento. As Orientações Curriculares de Filosofia organizam seu ensino a partir de seis conteúdos estruturantes, conhecimentos de maior amplitude e relevância que, desmembrados no plano de Ensino de Filosofia, deverão garantir conteúdos relevantes e significativos ao estudante do Ensino Médio. Estes conteúdos estruturantes são: Mito e Filosofia; Teoria do Conhecimento; Ética; Filosofia Política; Estética; Filosofia da Ciência. Os conteúdos estruturantes devem ser organizados, no planejamento escolar, de modo que o conteúdo estruturante Mito e Filosofia seja sempre o conteúdo de introdução à Filosofia, seguido pela Teoria do Conhecimento; Ética; Filosofia Política; Estética; e Filosofia da Ciência. O desmembramento deles no plano de ensino, é o ponto de partida para que a atividade filosófica realize interfaces com outros conteúdos da filosofia, como a Lógica e a Ontologia que são elementos que perpassam todos os conteúdos estruturantes. O ensino de filosofia deve procurar avaliar a capacidade do estudante do Ensino Médio em criar conceitos ressignificando-os; observar qual o discurso que se tinha antes e qual o discurso se tem após o estudo, na aula de filosofia. Neste sentido a avaliação de filosofia começa no início do trabalho com o conteúdo estruturante, coletando o que o estudante pensa antes (preconceitos) e o que pensa após o processo de criação dos conceitos. Neste sentido, é possível entender a avaliação como um processo que se dá no interior da própria aula de filosofia e não um momento em separado destinado a avaliar. 2. OBJETIVOS Adquirir noções e conceitos para explicar o pensamento de diferentes sociedades; Caracterizar e distinguir diferentes formas de pensamento; Conhecer as principais características, a formação e a dinâmica das correntes filosóficas; Conhecer, analisar e discutir a realidade social na qual está inserido para atuar consciente nela; Contribuir para o desenvolvimento de um pensamento analítico livre de noções preconceituosas e deterministas; Debater ideias e expressá-las oralmente e de forma escrita; Levar o aluno a refletir sobre o lugar, a natureza e a tarefa da filosofia dentro do quadro intelectual contemporâneo e a entender a natureza específica da reflexão filosófica. Levar o aluno a perceber a importância da filosofia política como enquadramento necessário para a filosofia da educação e a compreender a natureza básica da filosofia política, a saber, a reflexão sobre o indivíduo em relação com a sociedade. Levar o aluno a conhecer a teoria do liberalismo através do estudo de seus principais representantes, tanto nos séculos XVIII e XIX como no século XX (Unidade 3). Levar o aluno a refletir sobre a relação existente entre a filosofia e a educação. Levar o aluno a investigar a questão das causas das desigualdades sociais e até escolares, a partir da ótica da filosofia e a contrastar as conclusões alcançadas com propostas alternativas apresentadas pela própria disciplina. Levar o aluno a pensar sobre algumas iniciativas implementadas na sociedade com vistas a reduzir a gama de desigualdades e a promover igualdade de oportunidades . Levar o aluno a refletir sobre o problema da desigualdade social e econômica, sobre a questão da justiça -- a propriamente dita e a chamada "justiça social" -- e sobre o eventual papel da escola nessa problemática . 3. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Mito e Filosofia Teoria do Conhecimento Ética Filosofia política Filosofia da ciência Estética 4. CONTEÚDOS BÁSICOS MITO E FILOSOFIA Antiga 1. Os pré-socráticos (Tales, Parmênides, Heráclito) 2. Sócrates 3. Platão 4. Aristóteles Medieval 1. Agostinho 2. Anselmo de Aosta 3. Tomás de Aquino 4. Guilherme de Ockham Moderna 1. Descartes (O discurso do método) 2. O empirismo inglês (Locke, Hume) 3. A filosofia crítica de Kant 4. A dialética hegeliana 5. A crise da razão: Schopenhauer, Kierkegaard e Nietzsche Contemporânea 1. Fenomenologia: Heidegger e Merleau-Ponty 2. Existencialismo: J.-P. Sartre e G. Marcel 3. Filosofia da linguagem: Wittgenstein. O desenvolvimento da filosofia da linguagem no século XX até nossos dias. 4. Desafios e impasses na discussão filosófica atual 5. Foucault, Deleuze 6. Pós-modernidade? A RAZÃO E O CONHECIMENTO 1. A razão 2. Realismo e idealismo 3. Racionalismo (inatismo) e empirismo 4. A síntese kantiana 5. A verdade: dogmatismo e relativismo 6. O conhecimento: sujeito/objeto, objetividade/subjetividade 7. Inteligência e pensamento: a necessidade do método 8.Descartes: o "eu" como fundamento do saber ou a guinada antropológico na filosofia; 9. A crítica empirista das ideias 10. A síntese kantiana 11. A guinada linguística na filosofia contemporânea 12. Thomas Kuhn: paradigmas, ciência normal e revolução científica 13. O anarquismo epistemológico de Feyerabend 14. Habermas: o questionamento sistemático como marca diferencial da ciência ÉTICA 1. Moral, vontade e razão 2. A questão dos valores 3. Dever, liberdade e responsabilidade 4. As principais concepções éticas modernas e atuais. A ética do discurso de Habermas e de Apel. 5. O desenvolvimento da consciência moral: Piaget e Kohlberg 6. Temas de Bioética: clonagem, manipulação genética, eutanásia, aborto, eugenia, vida e morte. 7. Ética e Meio-ambiente FILOSOFIA POLITICA 1. Sofistas X filósofos: ética da eficácia X ética da excelência. 2. O Gorgias: retórica, virtude e justiça. 3. Platão: A República: a "ciência da justiça". 4. Aristóteles: Política. A sociabilidade natural do homem. 5. Poder, Estado e Democracia 6. História das ideias políticas 7. As teorias modernas do Estado: Hobbes, Maquiavel, Rousseau 8. Marx e o marxismo 9. Liberalismo, socialismo e comunismo 10. Ideologia 11. Reflexão atual sobre a política: globalização, neoliberalismo, terceira via... ESTÉTICA 1. A criação artística 2. Teorias do belo 3. Intuição, imagem, poesia 4. Concepções estéticas: naturalismo, romantismo, classicismo, vanguarda, pós-modernismo FILOSOFIA DA CIÊNCIA 1. As Noções de Problema, Hipótese, Lei e Teoria 2. A Noção de Explicação Científica 3. A Abordagem Filosófica ao Conhecimento: Karl Popper 4. A Natureza do Conhecimento Científico 5. A Objetividade do Conhecimento Científico 6. Conhecimento Científico e Racionalidade 7. A Abordagem Científica ao Conhecimento Thomas Kuhn e a Estrutura das Revoluções Científicas Imre Lakatos e a Metodologia de Programas de Pesquisa Paul Feyerabend e o Anarquismo Metodológico Karl Mannheim e a Sociologia do Conhecimento Adam Schaff e Paul Ricoeur: Ideologia e Verdade As Abordagens Filosófica e Científicas ao Conhecimento Intercomplementares ou Incompatíveis? A Indispensabilidade da Abordagem Filosófica 5. METODOLOGIA Todas as aulas terão componentes expositivos, dialogados e "discutitivos". Defino uma aula puramente expositiva como uma aula em que apenas o professor fala, no estilo de uma conferência. Uma aula "discutitiva" é uma aula em que o professor promove a discussão de uma tema com os alunos. Todos aqui falam -- e o professor intervém mais para coordenar a discussão do que para externar seu ponto de vista (o que, porém, pode e deve fazer se for necessário). Uma aula dialogada é uma mistura de uma aula expositiva com uma aula "discutitiva": o professor expõe determinados conceitos e abre a discussão sobre eles, podendo, em determinados momentos, fazer pequenas exposições que se mostrem necessárias. O pressuposto desta metodologia é que a filosofia apenas caminha à medida que opiniões e teorias (mesmo as do professor) são cuidadosamente analisadas e criticadas. Análise e crítica são dois dos pilares básicos em que se assenta a metodologia. O terceiro é o respeito pelas opiniões alheias, respeito este que se manifesta quando as levamos a sério, analisando-as com rigor e submetendo-as à mais severa crítica que conseguirmos fazer. O professor fornecerá textos para a leitura anterior aos debates. É responsabilidade dos alunos, lê-los e estar preparados para a discussão em classe. Essa discussão, porém, raramente se limitará ao material contido nos textos. Espera-se, portanto, e será incentivada a participação dos alunos. Ao longo do semestre serão apresentados pequenos trabalhos a serem realizados individualmente ou em grupo. As provas, quando aplicadas, serão de teor aberto, em que se procurará interagir com o que o aluno aprendeu.Para estes fins o Professor poderá promover ainda: Interpretação de textos; Textos complementares; Pesquisas bibliográficas com apresentação; Filmes Exercícios escritos; Debates sobre conteúdos propostos; Exercícios individuais e em grupos; Para alcançarmos os objetivos acima citados, também será necessário dispor de materiais e recursos didáticos tais como: Livro didático Livros bibliográficos Mapas Revistas Acesso á internet, por meio do laboratório de informática, Pesquisas de campo, como viagens á museus, localidades históricas etc.; Retroprojetor Televisão, DVD, rádio. 6. AVALIAÇÃO Como está fundamentado na Diretriz Curricular da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná, a DCE da Disciplina de Filosofia, página 34, “a avaliação se inicia com a sensibilização, com a coleta do que o estudante pensava antes e o que pensa após o estudo, com isso, torna-se possível entender avaliação como um processo que se dá no processo e não como um momento separado, visto em si mesmo.” Assim sendo, professor deverá explorar ao máximo seu aluno, fazer com ele use todo o seu potencial em sala de aula. A avaliação deverá verificar a aprendizagem a partir daquilo que é básico, fundamental, para que ela se processe. Ao avaliarmos é importante considerar a bagagem de experiências culturais, que o aluno possui e fazer com que ele compreenda a construção do pensamento e as transformações Filosóficas que ocorrem ao seu redor e no mundo. A avaliação se realizará por meio de: Observação com roteiro e registro; Prova escrita com atividades diversas; Debate e pesquisas bibliográficas; Roteiro de filme; Avaliação quantitativa pelos trabalhos em grupo; Prova com consulta; Pesquisa de campo; Avaliação de conteúdos apresentados em equipe. 7. REFERÊNCIAS ABAFNANO, Nicola. Dicionário de Filosofia, São Paulo. Mestre Jou, 1962 BORDIEU, Pierre. O poder Simbólico. Lisboa. DIFEL/BERTRAND, 1989 BHEHIER, Emile História da Filosofia. São Paulo. Mestre Jou, 1977 e 1978 BUNGE, Mário. Seudociência e Ideologia. Madrid. Aliança 1985 DIRETRIZES CURRICULARES DA DISCIPLINA DE FILOSOFIA 2007, fornecidas pela Secretaria Estadual de Educação do Paraná. DUCASSE, Pierre. As Grandes Correntes da Filosofia. 3ª ed. Lisboa. EuroAmérica, S/S FREITAG, Bárbara. Teoria Crítica Ontem e Hoje. 2ª ed. São Paulo. Brasiliense.1988 HEBERMANN, Leo. História da Riqueza do Homem, 19ª ed. Rio de Janeiro.Zahar, 1983 MONDIN, Batista. Curso de Filosofia . São Paulo. Paulinas, 1983. Vol I, II e III. MENDONÇA, Eduardo Prado. O Mundo Precisa de Filosofia. São Paulo,. Agir,1983. PADOVANI, Umberto. História da Filosofia. 14ª ed. São Melhoramentos,1984. PRADO JR. O que é Filosofia. 12 ª ed. São Paulo. Brasiliense, 1986 POPPER, Karl. Em busca de um mundo melhor. Lisboa, Fragmentos, 1989. Portal Dia-a-dia Educação da Secretaria Estadual de Educação do Paraná: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br . Paulo. DIRETRIZ CURRICULAR FISICA PROF. RESPONSÁVEL: ROBERTO DEBACCO 1. APRESENTAÇAO GERAL DA DISCIPLINA DE FÍSICA A Física é um conhecimento que nos permite elaborar modelos de evolução cósmica, investigar os mistérios do mundo submicroscópico, das partículas que compõem a matéria, ao mesmo tempo que permite desenvolver novas fontes de energia e criar novos materiais, produtos e tecnologias. Incorporando à cultura e integrado como instrumento tecnológico, esse conhecimento tornou-se indispensável à formação da cidadania contemporânea. Espera-se que o ensino de Física na escola media contribua para a formação de uma cultura científica efetiva, que permita ao individuo a interpretação dos fatos, fenômenos e processos naturais, situando e dimensionando a interação do ser humano com a natureza como parte da própria natureza em transformação. Para tanto, é essencial que o conhecimento físico seja explicitado como um processo histórico, objeto de continua transformação e associado às outras formas de expressão e produção humana. É necessário também que essa cultura em Física inclua a compreensão do conjunto de equipamentos e procedimentos, técnicos ou tecnológicos, do cotidiano domestico, social e profissional. O aprendizado da Física promove a articulação de toda uma visão de mundo, de uma compreensão dinâmica do universo, mais ampla do que entorno materiais imediatos, capazes, portanto, de transcender nossos limites temporais e especiais. 2. OBJETIVOS Identificar variáveis relevantes e selecionar os procedimentos necessários para a produção, análise e interpretação de resultados de processos ou experimentos científicos; Apropriar-se dos conhecimentos da física e aplicar esses conhecimentos para explicar o funcionamento do mundo natural, planejar, executar e avaliar ações de intervenção na realidade natural; Aplicar as tecnologias associadas às ciências naturais na escola, no trabalho e em outros contextos relevantes para sua vida. Entender o conceito da física e seus princípios ; Criar condições para o exercício do aluno em relação á melhoria da qualidade das necessidades de aprendizagem de um ou mais alunos; Socializar o aluno e permitir que suas dificuldades sejam superadas pelo grupo; Oferecer aos alunos oportunidades de opções sobre quais temas gostariam de explorar na prática. 3. CONTEUDOS ESTRUTURANTES MOVIMENTO TERMODINAMICA ELETROMAGNETISMO 4. CONTEÚDOS 1ºSÉRIE 1. MOVIMENTO 1 – Introdução à física 2 – Notação cientificas 3 – Descrições de movimentos 4 – Velocidades médias 5 – Movimento uniforme 6 – Movimento uniforme variado 7 – Cinemática vetorial 8 – Movimento circular uniforme 9 – Leis de Newton 10 – Atrito 11 – Plano inclinado 12 – Dinâmica dos movimentos curvilíneos 13 – Energia trabalho, potência 14 – Conservação da energia mecânica 15 – Conservação da quantidade de movimento 2ºSÉRIE 2. TERMODINAMICA 1 – Equilíbrio estático dos sólidos 2 – Equilíbrio estático dos líquidos 3 – Temperatura 4 – Dilatação térmica 5 – Calor 6 – Termodinâmica 7 – Introdução á óptica geométrica 8 – Reflexão da luz e espelhos planos 9 – Espelhos esféricos 10 – Refração da luz 11 – Lentes esféricas e aplicações 12 – Ondas 13 – Natureza do som e da luz 3ª SÉRIE 3. ELETROMAGNETISMO 1 – Corrente elétrica 2 – Resistores 3 – Geradores e receptores Elétricos 4 – Potência Elétrica e Circuitos Simples 5 – Interação entre as Cargas Elétricas 6 – Campo Elétrico 7 – Capacitores 8 – Campo Magnético 9 – Força Magnética 10 – Indução Eletromagnética. 5. METODOLOGIA Habituar o desenvolvimento dos conteúdos de física a capacidade de construção, investigação, críticas em problemas, advindos da evolução em seus aspectos ambientais, econômicos, sanitários e industriais, proporcionando na sociedade o despertar do espírito crítico e pensamento científico , formando indivíduos pensantes buscando melhor qualidade de vida. 6. AVALIAÇÃO Nessa perspectiva de trabalho, a avaliação passa a ter como objetivo fundamental fornecer informações sobre o processo de ensino-aprendizagem como um todo, informando não apenas o aluno sobre seu desempenho em física, mas também o professor sobre sua prática em sala de aula. Desse modo, a avaliação deve subsidiar o trabalho pedagógico, direcionando o processo de ensinoaprendizagem, sempre que necessário. Quando o resultado da avaliação foi insatisfatório cabe ao professor buscar as causas desse fracasso, corrigindo as possíveis falhas e distorções observadas ao longo do processo. A avaliação deve ser essencialmente formativa, contínua e processual, visto como um instante dinâmico de acompanhamento pedagógico do aluno e do trabalho do professor. Diante disto não podemos avaliar o aluno por uma simples prova escrita, limitando seus meios e estratégias de demonstrar o conhecimento. O processo de avaliação do aluno pode ser descrito, a partir da observação continua de sela de aula, da produção de trabalhos individuais e em grupos, também a partir de resultado de provas ou testes escritos, o professor poderá identificar os processos e as dificuldades dos alunos, utilizando essas informações para recuperar ou avançar o processo de ensino-aprendizagem. Em nenhum momento esses instrumentos devem ser utilizados como promoção ou punição dos alunos diante do grupo. A avaliação pode ser concebida como: um conjunto de ações que permitem ao professor rever sua pratica pedagógica; um conjunto de ações que possibilita ao aluno identificar seus avanços e suas dificuldades, levando-o a buscar caminho para solucioná-los; um elemento integrador entre o ensino aprendizagem; um instrumento que vise o aperfeiçoamento do processo de ensinoaprendizagem em um ambiente de confiança e naturalidade. Finalmente, podemos afirmar que avaliação é um elemento significativo do processo de ensino-aprendizagem, envolvendo a pratica pedagógica do professor, o desempenho do aluno e os princípios que norteiam o trabalho da unidade escolar, ou seja, a avaliação vai além de simplesmente qualificar os resultados de um processo ao termino de um período. Cabe ao professor apresentar o conceito ou nota ao aluno, desde que acompanhadas de orientações sobre como ele pode agir para aperfeiçoar seu desempenho e progredir no aprendizado da Física. 7. REFERÊNCIAS SEED - DIRETRIZES CURRICULARES – Física. Curitiba: SEED, 2006. PARANÁ, da Silva Nunes Djalma. Física Ensino Médio. 6ª ed. São Paulo: Atica, 2003 MAXIMO, Antonio e ALVARENGA Beatriz. Física Ensino Médio. De Olho no Mundo do Trabalho. 1ª ed. São Paulo: Scipione, 2003. VARIOS AUTORES. Física. Curitiba:SEED/PR. 2006. DIRETRIZ CURRICULAR GEOGRAFIA PROF. RESPONSÁVEL: JULIANA MARGARIDA SIQUEIRA 1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA DE GEOGRAFIA A geografia tem assumido um papel muito importante em uma época em que as informações são transmitidos com muita rapidez em grande volume. é impossível acompanhar e entender as mudanças e os fatos ou fenômenos que ocorrem no mundo sem conhecimentos geográfica. É no espaço geográfico conceito fundamental da ciência geográfica que se realizam as manifestações da natureza e as atividades humanas. Por isso, compreender a organização e as transformações sofridas por esse por esse espaço é essencial para formação do cidadão consciente e crítico dos problemas do mundo em que vive. Por consequência, pensamos no aluno como agente atuante e modificador do espaço geográfico, dentro de uma proposta educacional que requer responsabilidade de todos, visando conseguir um mundo mais ético e menos desigual. Procuramos demonstrar que a busca do conhecimento é um processo único e que a geografia faz parte dele, assim atividades interdisciplinares são essenciais além de compreender que o conhecimento adquirido na sala de aula não está dissociado dos acontecimentos diários. 2. OBJETIVOS Compreender os conceitos geográficos de Paisagem, Região, Lugar, Território, Natureza, Sociedade. Localizar-se e orientar-se com exatidão no espaço geográfico, através da leitura cartográfica. Entender que o espaço geográfico é composto pela materialidade(natural e técnica) e pelas ações sociais, econômicas, culturais e políticas. Identificar as formas de apropriação da natureza, a partir do trabalho e suas consequências econômicas, socioambientais e políticas. Reconhecer as diferentes formas de regionalização do espaço geográfico. Entender as consequências ambientais geradas pelas atividades produtivas. Reconhecer e analisar os diferentes indicadores demográficos e suas implicações socioespaciais. Identificar a configuração socioespacial mundial por meio da leitura dos mapas, gráficos, tabelas e imagens. Compreender a atual configuração do espaço mundial e suas implicações sociais, econômicas e política. Compreender que os espaços estão inseridos numa ordem econômica e política global, mas, também apresentam particularidades. 3. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Dimensão Econômica, Política, Sócioambiental, Cultural e Demográfica do espaço geográfico. 4. CONTEÚDOS Ensino Médio (1º Série, 2°Série, 3°Série) Conteúdos Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos Dimensão A distribuição espacial das A produção agrícola nas pequenas Econômica atividades produtivas, a propriedades e na agricultura do Espaço transformação da paisagem, a (re) familiar. Geográfico organização do espaço Estruturantes geográfico. Mecanização do campo e seus impactos econômicos. A revolução técnico-científicainformacional e os novos arranjos Uso do solo agrícola: a no espaço da produção. monocultura de soja, cana-deaçucar, laranja e outros produtos e A circulação de mão-de-obra, do suas implicações espaciais. capital, das mercadorias e das informações. Protecionismo comercial e as barreiras alfandegárias: subsídios O Comércio e as implicações. e a produção agrícola européia e norte-americana. Agroindústria: grandes grupos industriais, agrícolas e a produção para exportação. Abertura econômica e seus impactos sociais e econômicos nos países subdesenvolvidos. Distribuição espacial das indústrias nas diferentes escalas geográficas e suas diferenças tecnológicas e econômicas. Industrialização dos países pobres: a industrialização clássica, periférica e planejada. Novas tecnologias e a alteração do espaço urbano e rural. Revolução tecno-científicainformacional e o novo arranjo no espaço da produção: os tecnopolos. Redes de transportes(portos, ferrovias, rodovias, aeroportos, hidrovias), de comunicação e a circulação de produtos. Dimensão Política do O espaço em rede: produção, Espaço Geográfico Estrutura agrária: distribuição de transporte e comunicação na atual terras e as relações de trabalho. configuração territorial. As implicações espaciais do Formação,mobilidade das movimento dos trabalhadores fronteiras e a reconfiguração dos rurais áreas de assentamento e de territórios. disputa. As relações entre o campo e a A constituição do Estado-nação e cidade na sociedade capitalista. sua fragmentação pós Guerra Fria. O movimentos sociais, urbanos e rurais, e a apropriação do espaço. A formação dos Blocos Econômicos e as relações de poder entre os territórios. O papel do Estado na organização do espaço interno e na relação entre países. Conflitos territoriais e étnicos e a redefinição de fronteiras. O papel das organizações internacionais na mediação de conflitos:OMC, ONU, e OTAN. A pressão internacional para a preservação dos recursos naturais. Os conflitos gerados pela escassez de recursos naturais: água, petróleo entre outros. A reorganização do espaço industrial e as guerras fiscais. O acesso as tecnologias, as informações e as relações de poder definindo territórios. Territórios urbanos marginais e a formação de micro territórios. Dimensão A formação e transformação das As possibilidades de produção e socioambiental do paisagens. uso de energia: bio-combustível, Espaço Geográfico energia nuclear etc. A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de Os impactos da biotecnologia na tecnologias de exploração e produção do espaço rural, produção de exploração e transgênicos, Revolução verde, produção. insumos agrícolas e seus impactos ambientais. As técnicas agrícolas acelerando A formação, localização e os problemas ambientais: erosão, exploração dos recursos naturais. terraceamento, deslizamento, arenização e salinização. O espaço rural e a modernização da agricultura. Os impactos ambientais da expansão das fronteiras agrícolas. Problemas ambientais globais: aquecimento atmosférico, a crise da água e outros. Dinâmica da natureza, a formação e a distribuição das paisagens naturais. Destino do lixo doméstico e industrial: aterros sanitários, reciclagem, depósitos impróprios (lixões) e danos ambientais. Distribuição e utilização da água no espaço urbano: redes de saneamento, poços artesianos entre outros. Ocupação das áreas de risco ambiental decorrentes das desigualdades sociais. Dimensão Cultural e A formação e o crescimento das Os impactos demográficos no Demográfica do cidades a dinâmica dos espaços espaço urbano e rural, provocados Espaço Geográfica urbanos e a urbanização rescente. pela mecanização do campo. A evolução demográfica, a Resistência a globalização e as distribuição espacial da população identidades culturais: a e os indicadores estatísticos. importância dos lugares. Os movimentos migratórios e A reafirmação dos grupos suas motivações. culturais na configuração espacial da Nação e os conflitos étnicos A mobilidade populacional e as separatista e a xenofobia. manifestações socioespaciais da diversidade cultural. Políticas migratórias dos países e as restrições aos imigrantes pobres. Distribuição da população vinculada ao processo tecnológico: zona de atração e repulsão(migrações). Identidades culturais e regionais enfatizando a cultura afrobrasileira e indígena. Políticas demográficas: crescimento, controle e envelhecimento da população. Composição demográfica dos lugares: expectativa de vida, transição demográfica, estrutura etária, etnias. Diferentes grupos socioculturais e suas marcas na paisagem. 5. METODOLOGIA A metodologia utilizada será baseada na de João Luiz Gasparin, uma Didática para a Pedagogia histórico-crítica que consta das seguintes etapas: Prática social inicial do conteúdo, que tem por objetivo partir do que os alunos e os professores já sabem; Problematização cuja a intenção é levar o aluno a refletir sobre os principais problemas da sua prática social; Instrumentalização será a ação didático-pedagógica adotada pelo professor para atingir os seus objetivos. Catarse será como o aluno compreendeu o conteúdo, ou seja, seu novo entendimento sobre o que foi trabalhado. Prática social final do conteúdo é a nova proposta de ação a partir do novo conteúdo sistematizado. 6. AVALIAÇÃO A avaliação faz parte do processo pedagógico entre professor e aluno que faz parte do conhecimento e da interpretação dos problemas encontrados. Embora fundamental, a avaliação não pode ser simplesmente uma definição por notas ou conceitos, deverá verificar a aprendizagem a partir do básico, do cotidiano, para que o aluno avance na aquisição do conhecimento. Se o aluno reelaborou o seu saber colocando seu ponto de vista para explicar os problemas a partir de debates em sala de aula, trabalhos escritos, interpretação de leituras, mapas, pesquisas, tabelas e gráficos, elaboração de textos (relatórios), pode-se dizer que ele apropriou-se dos conteúdos. A avaliação deve ser contínua e diagnóstica priorizando a qualidade, o processo de aprendizagem, e o desempenho do aluno ao longo do ano letivo, usando instrumentos de avaliação que contemplem várias formas de expressão como: leitura, interpretação de imagens, leitura e interpretação de gráficos, tabelas, mapas, pesquisas, relatórios de aulas de campo, apresentação de pesquisas, construções de maquetes, localização no espaço, construção de conceitos geográficos, formulação de textos dissertativos sobre a situação da sociedade no tempo espaço e contexto, pesquisa bibliográfica, debates, apresentações de estradas como BR, PR e outras. A avaliação deverá obedecer critérios, de acordo com os conteúdos, avaliando conceitos geográficos, e a apreensão das relações sócio-espaciais, de poder, espaço – tempo, sociedade – natureza, enfim, saber observar as transformações ocorridas no espaço através do homem. 7. REFERÊNCIAS: GASPARIN, João Luiz Gasparin. Uma Didática para a Pedagogia HistóricoCrítica. São Paulo: Autores Associados, 2002. Secretária de Estado da Educação – SEED. Diretrizes Curriculares de Geografia para a Educação Básica. Curitiba, 2007. CASTROGIOVANNI,A.C.(org.) Geografia reflexões.Porto Alegre:Ed.UFRS,1999. LACOSTE,Y.A Geografia:isso guerra.Campinas: Papirus, 1988. serve, em em sala primeiro de lugar aula:práticas para fazer SENE, Eustáquio de.; MOREIRA, João Carlos. Geografia Geral e do Brasil: Espaço Geográfico e Globalização. São Paulo: Scipione, 1998. ALMEIDA, Lúcia Marina Alves de.; RIGOLIN, Tércio Barbosa. Geografia: Novo Ensino Médio. São Paulo: Ática,2003. e a DIRETRIZ CURRICULAR HISTÓRIA PROF. RESPONSÁVEL: LUCIA LIEBEL DE SIQUEIRA MENDES MARIA JOCELIA BARÃO VERA LUCIA PORTELA 1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA DE HISTÓRIA Sempre presente nos currículos escolares, a disciplina de História já assumiu diversas caracterizações ao longo da história da educação, definindo um caminho com a certeza de que a busca continua atualmente e que a História está em processo de mudanças substanciais quanto ao conteúdo e a metodologia. Hoje a História busca reafirmar a importância no currículo escolar enquanto disciplina que contribui para o desenvolvimento dos alunos como sujeitos conscientes e que compreenderão a mesma como prática da cidadania, dando assim relevância aos conhecimentos, à experiência e à prática. Para tanto é necessário pensarmos a História enquanto conhecimento ampliado, tanto pelos historiadores com seus estudos teóricos (fontes documentais) como pela aproximação das demais ciências – a interdisciplinaridade. A História está voltada para ir além do senso comum, da mesmice. Procura apresentar as descontinuidades políticas, avanços e retrocessos, rupturas, conflitos, diversidades espacial e temporal que são transformações lentas e rápidas, as diferenças de acordo com as culturas, a formação dos povos e suas consequências. Pode-se definir o conhecimento histórico como fundamental para compreensão social e a História então desempenhando papel relevante na formação da cidadania, levando à visão reflexiva sobre a pessoa enquanto indivíduo e elemento da sociedade. A História é um processo de compreensão humana das diferentes e múltiplas possibilidades existentes na sociedade, a partir da experiência do presente, portanto possibilita ao aluno uma compreensão ativa da realidade, condição para o desenvolvimento e a formação da cidadania. A História do homem rumo ao Terceiro Milênio revela-se mais dinâmica e complexa se a confrontarmos com a de outros tempos históricos, uma vez que a descoberta de novas fontes e a velocidade dos fatos nos remetem a um emaranhado de contradições; num mundo de incertezas e crises, de perplexidade diante do legado das questões sociais, étnicas, políticas, culturais, econômicas, enfim torna provisória a história do homem. O passado está sob a luz do presente a todo instante, mergulhado nos acontecimentos e nas ações do homem articulados no desafio à compreensão da História. Cabe a nós, como profissionais dessa ciência humana e como pessoas preocupadas com a justiça social promover a reflexão e a visão crítica do educando, para que ele possa avaliar a sua própria importância como agente dinâmico do processo histórico, bem como as relações humanas produzidas por essas ações, na forma de agir, pensar, raciocinar, representar, imaginar, instituir, se relacionando social, cultural e politicamente. Estudar História não é decorar um amontoado de datas e nomes, é produzir fatos e feitos, é adquirir consciência do mundo, do que fomos para transformar o que somos, considerando nossas relações com os fenômenos naturais, condições geográficas, físicas e biológicas no tempo e localidade. Somente nesse momento conseguiremos formar jovens que respeitem e compreendam a atuação e a importância do outro na sociedade. 2. OBJETIVOS Far-se-á necessário ao aluno compreender os diferentes processos históricos, criando a percepção de mudanças, propondo a construção do conhecimento através do embasamento científico estabelecendo relações entre as condições dos sujeitos históricos nos diferentes tempos e espaço, promovendo a compreensão dos padrões culturais contemporâneos, possibilitando ao aluno a sua inserção na sociedade atual com domínio no modo de pensar e criar universalizado, tornando-o capaz de desmistificar e destruir ideologias de manobra social, fermentando no mesmo o raciocínio à conscientização da possibilidade de um mundo melhor e mais justo, estabelecendo a percepção das estruturas do poder e das demais relações econômicas, sociais e culturais. Distinguir conceitos fundamentais para análise e interpretação dos acontecimentos históricos nos diferentes aspectos do pensamento, partindo do cotidiano do aluno, levando-o a refletir sobre a disputa dos espaços mundiais e suas implicações, causas e consequências e as mudanças frente a crises e quedas do poder contextualizando as novas doutrinas sociais. Possibilitar o entendimento e a formação da noção de identidade social. Estabelecer relações entre o individual, social e o coletivo. Desenvolver a formação da cidadania, articulada à reflexão. Construir as noções de diferenças e semelhanças, transformações e mudanças, continuidade e permanência. Dar ao aluno condições de adquirir conhecimento sobre si mesmo. Articular o saber histórico, reelaborando assim o conhecimento produzido pelos especialistas. Compreender o sujeito da história enquanto agentes da ação social. Compreender o conceito de tempo histórico dimensionando-o: tempo biológico, tempo psicológico, tempo institucionalizado, ou seja, cronológico e astronômico. Formar alunos capazes de ler, interpretar compreendendo a realidade para poder posicionar-se, escolhendo e agindo conforme seus critérios. 3. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Relações de Trabalho Relações de Poder Relações Culturais 4. CONTEÚDOS 1ª Série Tempo Tempo histórico – periodizações Vídeo: Guerra do Fogo Concepção - História Fontes históricas Pré - história Sociedade da Antiguidade Mesopotâmia Egípcia – sociedade cultural, religião, etnia, trajetória na história do povo africano; Hebraica Fenícia Vídeo: A Odisséia ou Tróia Persa Grega Bizantina Islâmica Idade Média Formação dos reinos Bárbaros Reino dos francos Vídeo: O Nome da Rosa Sistema Feudal Poder da Igreja Cultura Fim da Idade Média 2ª Série Idade Moderna Centralização do poder Absolutismo monárquico Conquista da América Vídeo: A Missão Expansão marítima e comercial Navegações Mercantilismo Sistema colonial Renascimento cultural europeu Reforma protestante Reação católica Revolução industrial Vídeo: Tempos Modernos Independência dos Estados Unidos Crise do sistema colonial Luta pela independência História dos municípios do Paraná, Porto de Paranaguá Indústria, patrimônios, economia, locais que preservam a história, construção da Estrada da Graciosa, cidades turísticas como Guaraqueçaba, Antonina, Morretes, praias. 3ª Série Colonialismo Rebeliões coloniais Primeiro Reinado Período Regencial Segundo Reinado República República Velha – Revolta Vídeo: Canudos, Lista de Schindler e Indochina Crise do capitalismo e regimes totalitários Segunda Guerra Mundial Era Vargas Período democrático Descolonização e conflitos regionais Vídeo: A Cor púrpura e “Um Grito de Liberdade” – Apartheid da África do Sul Terceiro Mundo Crise do socialismo autoritário Primeiro mundo Ditadura Militar Brasil Contemporâneo Em todas as séries será trabalhado: Meio Ambiente – leis ambientais, conscientização do desenvolvimento sustentável, desmatamento, erosão, poluições sonora, visual e ambiental; a preocupação com o gasto exacerbado de água potável, gás natural, energia elétrica; a importância da reciclagem. Contemplação da Cultura Afro-brasileira – história da escravidão: a vinda, vida, luta dos construtores da nação brasileira pelo seu trabalho, cultura, usos, costumes, religião, culinária, palavras da língua portuguesa de raízes africanas, lendas, danças, música, miscigenação; lei Afonso Arinos... 5. METODOLOGIA O objetivo da História leva a considerar a formação integral do aluno, levandoo a desenvolver e capacidade de observar, analisar, interpretar e pensar criticamente a realidade, para melhor compreendê-la e buscar a sua transformação. No Ensino de História, preocupa-se com o desenvolvimento do senso crítico do aluno, implica em desenvolver nele a compreensão do papel histórico. Nesse sentido não se trata apenas de repassarmos fatos que eles memorizem, mas de propiciar condições de compreenderem como sujeitos da história e agentes da transformação social. É dentro desta perspectiva que devemos proceder na escolha e no tratamento dos conteúdos. Desta forma caberá ao professor trabalhar com clareza, estimulando no aluno a análise, o questionamento, as comparações e organizações nas pesquisas em grupos e de campo, leituras, interpretações, aulas expositivas, debates, passeios (museus, pontos turísticos e históricos), elaborações de textos, músicas, painéis, reciclagem, maquetes, fotografias, cartas, mapas, cartazes, teatro e atividades extraclasse, relatórios e testes; atividades voltadas ao meio ambiente como plantio de árvores, visitas a rios, nascentes, conhecer erosão, desmatamentos, etc; pesquisa de jornais, livros didáticos, jornais falados, rádio, computadores, revistas que o levem a narração do seu contexto dentro do contexto do país e do mundo. Enfim, a metodologia da sala de aula deve levar em consideração relação existente entre o que se ensina na escola com a realidade vivida pelo aluno, desenvolvendo-lhe o senso crítico, permitindo-lhe uma melhor compreensão do espaço em que vive, real, concreto e dinâmico, conscientizando-os sobre as constantes modificações que possam ocorrer com argumentos, explicação e problematização focalizadas na História, que fundamentem a resposta para a problemática. Abordagens por meio de temas localizando o acontecimento, processo, sujeito representativo da história, delimitando o início e o final, definindo espaço ou território de observação do conteúdo tematizado de forma a construir uma narração descritiva, com argumentos, explicações de causas e origens de ações e relações humanas. O trabalho com documentos em sala de aula leva a produção histórica e conceitos sobre o passado e questionamento sobre conceitos pré-determinados. O trabalho de campo leva a elaborar pesquisas, levantar históricos, conhecer fatos e consequências no mundo e principalmente em sua cidade. 6. AVALIAÇÃO A avaliação deverá verificar a aprendizagem a partir do básico, do cotidiano, fundamental, para que ela se processe. E para que o aluno avance na aquisição do conhecimento, envolve a participação efetiva do professor na definição dos objetivos e conteúdos, onde levará os alunos a se instrumentalizar, possibilitando a apreensão das relações entre si e com o meio no processo de produção e organização dos diferentes tipos de espaços, realizados por diversos grupos humanos, assegurados pelo desenvolvimento, pelas transformações e necessidades. Ao longo das séries, o professor avaliará de forma contínua, somatória, periódica e diagnóstica, levando a detectar o saber e as habilidades dos alunos, considerando a participação nos trabalhos didáticos, seu desenvolvimento crítico e criativo em debates, elaboração de textos, confecção de cartazes, painéis, testes orais e escritos, relatórios, apresentações e conclusões de pesquisas (grupos e de campo). Na construção de músicas, interpretação de leituras, filmes definições retiradas do dicionário, montagem de maquetes e teatros, atividades que visam uma maior concentração do conhecimento, seminários, debates, leituras, sínteses, exercícios avaliativos, visando a identificação do processo histórico, reconhecendo criticamente as relações de poder e se ver participante como sujeito da História. A constatação da insuficiência da aprendizagem através das avaliações, serão retomados os conteúdos pendentes e consequentemente a avaliação diferenciada conforme a apropriação do aluno de conceitos históricos nos diferentes contextos, tudo bem claro quanto a questão do sujeito, processo histórico, relações de poder e sua intervenção no meio em que vive, a partir da conscientização do seu papel na sociedade. 7. REFERÊNCIAS PARANÁ. Vários autores: Livro didático público - História, Curitiba: SEED, 2006. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de Ensino de 1º Grau. Diretrizes Curriculares de História para a Educação Básica. Curitiba: SEED. 2006. PAZZINATO, Alceu Luiz, SENISE, Maria Helena V.: História contemporânea. 7ª edição, São Paulo: Editora Ática, 1998; MELLO, Leoni Itaussu. Costa, Luis César Amad: contemporânea. 5ª edição, Editora Scipione, 1999; História moderna e PETTA, Nicolina Luiza: História uma abordagem integrada. 2ª edição, Editora Moderna, 2002; SCHIMIDT, Mario: Nova História Crítica. Editora Nova Geração, 1999, Ensino Fundamental; Curitiba 314 anos; Aventuras na História – Editora Abril; Veja: reportagem sobre o Movimento da Negritude e diversas outras reportagens – Editora Abril; Meu Município Quitandinha – vários autores sob a coordenação da professora de História Vera Lucia Hirt Portela, SEED, 2003. PINTO, João Santana: Quitandinha, origens e formação: 2ª edição, SEC, 1998. DIRETRIZ CURRICULAR LÍNGUA PORTUGUESA PROF. RESPONSÁVEL: DOROTEIA DAS GRAÇAS GABARDO DOS ANJOS SOELI TEREZINHA KUCHINSKI FERREIRA THAYS APARECIDA DE OLIVEIRA TUCHINSKI 1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA DE LÍNGUA PORTUGUESA A Língua portuguesa tem sofrido constantes mudanças desde que se tornou língua oficial, pois é o resultado de todas as influências que recebeu desde a chegada dos Europeus em nosso país: primeiramente em contato com a língua indígena, depois com a dos negros e todos os imigrantes para que esta fosse enriquecida. Segundo as DCEs, é por meio da linguagem que o homem se reconhece humano, interage e troca experiências, compreende a realidade em que está inserido e percebe o seu papel como participante da sociedade. A vida em sociedade requer respeito, tolerância e troca, o que acontece através da linguagem. É fundamental garantir na escola espaço para que todos se expressem, podendo falar de si, de sua família e do mundo para formação dos alunos enquanto sujeitos, e para o fortalecimento do grupo-classe. O ensino da Língua Portuguesa envolve práticas de expressão oral, leitura, produção de textos orais e escritos e momentos específicos de expressão sobre a mesma. A linguagem verbal, oral ou escrita, é constituída na interação entre as pessoas e, portanto, torna-se significativa quando utilizada pelo sujeito para compreender o mundo em que vive e atuar sobre ele. Entendemos que no Ensino Médio, a Língua Portuguesa é a possibilidade para o aluno se expressar adequadamente em diferentes situações, que ampliem a capacidade de comunicação, destinando diariamente momentos específicos para esse fim, dando espaço a integração de todos os conteúdos, realizando assim, a interdisciplinaridade. Ao sair do Ensino Médio é fundamental que nossos alunos tenham adquirido efetiva autonomia nas práticas de linguagem que devem ser de domínio comum de todos os cidadãos. O estudo da literatura não se resume à leitura de diferentes obras escrita por diversos autores, em várias épocas, mas compreender a relação existente entre uma determinada obra e o contexto histórico, economico, social e cultural em que foi produzido. Com isso, devemos formar indivíduos que saibam fazer uso da linguagem em diferentes situações, compreendendo textos falados ou escritos e expressando-se de forma oral e escrita com clareza. 2. OBJETIVOS : Empregar e desenvolver a linguagem oral e escrita em diferentes situações de uso; Reconhecer as intenções implícitas nos discursos do cotidiano, se posicionando criticamente diante deles; Ler e interpretar os diferentes tipos de textos, reconhecendo as intenções implícitas – texto - interlocutor – contexto – bem como os elementos gramaticais empregados na sua organização; Aprimorar, pelo contato com os textos literários, a capacidade de pensamento crítico e a sensibilidade, bem como, propiciar pela Literatura a constituição de um espaço dialógico que permita a expansão lúdica da oralidade, leitura e escrita; Reconhecer a importância da norma culta da língua, para que o aluno enfrente as contradições sociais em que está inserido, participando assim, como sujeito singular e coletivo, para afirmar a sua cidadania. Confrontar opiniões e pontos de vista sobre as diferentes linguagens e suas manifestações específicas; Utilizar-se das linguagens como meio de expressão, informação e comunicação que exijam graus de distanciamento e reflexão sobre o contexto dos interlocutores e se colocar como protagonista do processo de produção/ recepção; Compreender e usar a língua portuguesa como a língua materna, geradora de significação e integradora da organização de mundo e de própria identidade. Aplicar as tecnologias da comunicação e da informação na escola, no trabalho e, em outros contextos relevantes a sua vida. Analisar, interpretar e aplicar os recursos expressivos das linguagens, relacionando texto/ contexto, mediante: a natureza, função, organização, estrutura das manifestações de acordo com as condições de produção / recepção (intenção, época, local, interlocutores participantes da criação e programação de ideias e escolhas tecnológicas disponíveis) Recuperar pelo estudo as formas instituídas de construção do imaginário coletivo, o patrimônio representativo da cultura, as classificações preservadas e divulgadas( tempo e espaço); Articular as diferenças e semelhanças entre as linguagens e seus códigos; Conhecer e usar línguas estrangeiras modernas, como instrumentos de acesso a informações, a outras culturas e grupos sociais. Entender os princípios da tecnologia da comunicação e da informação, associá-las aos conhecimentos científicos, às linguagens que lhes dão suporte e aos problemas que se propõem solucionar. Entender a natureza da tecnologia da informação, com integração de diferentes meios de comunicação, linguagens e códigos, bem como a função integradora que elas exercem na sua relação com as demais tecnologias. 3. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES 3.1 DISCURSO ENQUANTO PRÁTICA SOCIAL - A estrutura da Língua Portuguesa está basicamente pautada na Escrita, na Leitura e na Oralidade. O estudo da mesma vem sofrendo alterações por conta das mudanças de hábitos e comportamentos de nosso povo. Ensinar a Língua Portuguesa hoje, compreende abordar dentro das normas gramaticais estabelecidas, os falares de diversas e múltiplas leituras. Compreendendo assim, a diversidade cultural, sem se distanciar da legitimidade da Língua Materna. 4. CONTEÚDOS Leitura Interpretação textual , observando: conteúdo temático, interlocutores, fonte, intencionalidade, ideologia, informatividade, situacionalidade, marcas linguísticas; Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários; Inferências; Intertextualidade; Figuras de linguagem ; Particularidades (lexicais, sintáticas e composicionais) do texto em registro formal e informal; As vozes sociais presentes no texto; Relações dialógicas entre textos; Textos verbais, não-verbais; Estética do texto literário; Contexto de produção da obra literária; Diálogo da literatura com outras áreas. Oralidade Adequação ao gênero: conteúdo temático, elementos composicionais, marcas linguísticas; Variedades linguísticas; Intencionalidade do texto; Papel do locutor e interlocutor: participação e cooperação, turnos de fala; Particularidades de pronúncia de algumas palavras; Procedimentos e marcas linguísticas típicas da conversação (entonação, repetições, pausas); Finalidade do texto oral; Materialidade fônica dos textos poéticos; Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito; Adequação da fala ao contexto. Escrita Adequação ao gênero: conteúdo temático, elementos composicionais, marcas linguísticas; Argumentação; Dissertação; Coesão e coerência textual; Finalidade do texto; Paragrafação; Contexto de produção; Referência textual; Relação de causa e consequência entre partes e elementos do texto; Re-escrita textual. Vícios de linguagem. Análise Linguística – perpassando as práticas de leitura, escrita e oralidade Conotação e denotação; Figuras de pensamento e linguagem , figuras de construção ou de sintaxe; Vícios de linguagem; Operadores argumentativos e os efeitos de sentido; Expressões modalizadoras (que revelam a posição do falante em relação ao que diz, como: felizmente, comovedoramente); Sintaxe de concordância e de regência; Discurso direto, indireto e indireto livre na manifestação das vozes que falam no texto; Expressividade dos substantivos e sua função referencial no texto; Progressão referencial no texto; Função do substantivo, adjetivo, advérbio, pronome, artigo, numeral, interjeição, como elementos do texto; Função das conjunções e preposições na conexão das partes do texto; Coordenação e subordinação nas orações do texto; Pontuação e seus efeitos de sentido no texto; Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico; Acentuação gráfica (novas regras); Gírias, neologismos, estrangeirismos,; Concordância verbal e nominal; Particularidades de grafia de algumas palavras; Vícios de linguagem. Literatura Comunicação: o processo comunicativo e seus elementos, funções da linguagem; Linguagem literária e não literária; Gêneros literários – lírico, narrativo, dramático, elementos da narrativa; Espécies narrativas – conto, crônica, fábula, romance, novelas; Escolas literárias: Trovadorismo, Humanismo, Classicismo, Literatura informativa e Jesuítica no Brasil, Barroco, Arcadismo, Romantismo em Portugal e no Brasil, Realismo em Portugal e no Brasil, Parnasianismo, Simbolismo e Modernismo em Portugal e os vários caminhos da modernidade; Pré – modernismo no Brasil; Semana de 22: o Marco do Modernismo (1ª fase, 2ª fase, 3ª fase);Pós – modernismo: prosa e poesia, tendências contemporâneas, geração de 45. Gêneros discursivos: textos dramáticos, romance, novela, crônica, conto, poema, contos de fadas contemporâneos, fábulas, biografia, artigos de opinião, editorial, classificados, notícia, reportagem, entrevista, anúncio, carta de leitor, carta ao leitor, resumo, resenha, instruções, leis, estatutos, lendas, mitos, piadas, histórias de humor, tiras, cartum, charges, caricaturas, paródia, propagandas, placas, outdoor, e-mail, fôlder,fotos, pinturas, esculturas, folhetos, mapas, horóscopo, provérbios. 5. METODOLOGIA A concepção de linguagem pressupõe uma metodologia ativa e diversificada, compreendendo o trabalho individual, o trabalho em duplas ou pequenos grupos e o trabalho com toda a turma, além de atividades expositivas do professor. O trabalho com a oralidade será através de: debates, relatos de experiências pessoais, histórias familiares, acontecimentos, apresentação de textos produzidos pelos alunos, dramatização de textos, análise do discurso dos outros, dos textos lidos e programas de TV e filmes. O aluno deve expressar-se oralmente com desenvoltura e segurança. Na leitura serão trabalhados os diferentes gêneros textuais e de diversos movimentos literários, considerando o conhecimento prévio do aluno para que ele perceba as informações implícitas nos textos, debatendo sobre: a finalidade do texto, fonte, interlocutor, marcas linguísticas; as partículas conectivas do texto. A escrita deve ser vista como uma atividade sócio – interacional, sendo discutido sobre: o tema a ser produzido, o gênero escolhido, a finalidade, interlocutores, revendo , re-estruturando e re-escrevendo o próprio texto para que tenha clareza de ideias, não tornando a produção ambígua. Explicar que tanto na escrita como na produção oral existe a necessidade de adequação da variedade linguística para diferentes situações (formal/informal), pois assim o aluno estará desenvolvendo a sua identidade e se construindo como sujeito crítico. Quanto ao trabalho com análise linguística serão utilizados diversos gêneros selecionados para leitura ou escuta, bem como as produções dos alunos para que entendam a necessidade e a função da gramática no texto. Na cultura Afro-brasileira e Africana, Cultura Indígena e literatura paranaense, trabalhar com diversos tipos de textos (informativos, poemas, músicas, filmes, anúncios, textos midiáticos) que levem o aluno a refletir, debater e entender a contribuição e a influência dessas culturas em nossa sociedade. De maneira interdisciplinar os conteúdos elencados à área serão trabalhados, considerando a vida da comunidade, a experiência do aluno dentro deste contexto para que o mesmo se identifique com as questões propostas, a fim de fazê-lo avançar na capacidade de compreender e intervir na realidade para além do estágio presente, gerando autonomia e humanização, dentro de uma relação sujeito/objeto para que se concretize a real aprendizagem. Como recursos serão utilizados: Biblioteca, livros didáticos e de literatura, equipamento de som (CD), vídeo (DVD), laboratório de informática, TV pendrive, revista, jornal, cartolina e papéis diversos. 6. AVALIAÇÃO O aluno deverá ser avaliado de maneira global e contínua, ou seja, observando a sua participação e assimilação dos conteúdos durante todo o processo de aprendizagem. O professor deve sempre incentivar e valorizar os acertos do aluno, não discriminando ou justificando os erros e as falhas, mas proporcionando o crescimento da criatividade do aluno. Na oralidade se espera que o aluno: identifique o tema e a finalidade do texto; estabeleça relações dialógicas entre diferentes textos; reconheça diferentes formas de tratar uma informação na comparação de textos que tratam do mesmo tema, considerando as condições de produção e recepção; interprete textos com auxílio de material gráfico (propaganda, mapas, infográficos, fotos); identifique informações implícitas nos textos; identifique informações em textos com alta complexidade linguística. Quanto a leitura,se espera que o aluno: identifique o tema e a finalidade do texto; estabeleça relações dialógicas entre diferentes textos; reconheça diferentes formas de tratar uma informação na comparação de textos que tratam do mesmo tema, considerando as condições de produção e recepção; interprete textos com auxílio de material gráfico diversos (propaganda, gráficos, mapas, infográficos, fotos); identifique informações implícitas nos textos; identifique informações em textos com alta complexidade linguística. Em relação à escrita, se espera que o aluno: produza textos atendendo as circunstâncias de produção proposta (gênero, interlocutor, finalidade); adeque a linguagem de acordo com o contexto exigido: formal ou informal; elabore argumentos consistentes; produza textos respeitando o tema; estabeleça relações entre partes dos textos, identificando repetições ou substituições; estabeleça relação entre a tese e os argumentos elaborados para sustentá-la. Na análise linguística, se espera que o aluno: distingua o sentido metafórico do literal nos textos orais e escritos; utilize adequadamente, recursos linguísticos, como: o uso da pontuação, as marcas linguísticas; identifique as marcas coloquiais nos textos que usam a variação linguística como recurso estilístico; estabeleça relações semânticas entre as partes do texto (de causa, de tempo, de comparação); reconheça a relação lógico-discursiva estabelecida por conjunções e preposições argumentativas. Os instrumentos de avaliação são: Produção textual; Análise de filmes, livros, música e diferentes tipos de texto; Dramatização; Debates; Análise dos resultados do trabalho coletivo feito pelos próprios participantes (trabalho em grupo); Pesquisas e apresentação dos trabalhos; Avaliação individual. A avaliação proposta para a área de códigos e linguagens e suas tecnologias, propõe se utilizar dos mais variados recursos e instrumentos para que se efetive a verificação do rendimento do aluno, se utilizando de estratégias de recuperação planejadas, a fim de alcançar os objetivos propostos na área. A recuperação paralela será constante no caso de se detectar dificuldade na aprendizagem ou falhas no desenvolvimento social, no que se refere aos conteúdos da área. 7. REFERÊNCIAS PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Currículo Básico para a escola pública do Estado do Paraná: SEED, 1990. TUFANO, Douglas. Português volume único. Editora Moderna. 1ª edição São Paulo ano 2005. SUASSUNA, L. Ensino de Língua Portuguesa uma abordagem pragmática. Campinas: Papirus, 1995. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de Ensino de 1º Grau. Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa para a Educação Básica. Curitiba: SEED, 2006. DIRETRIZ CURRICULAR MATEMATICA PROF. RESPONSÁVEL: JONATHAN KLEITON BOIANO BERNADETE WOJCIKIEVICZ CLEONICE MARA RAUTTE 1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLNA DE MATEMÁTICA Compreender a Ciência matemática desde suas origens e como a disciplina Matemática tem se configurado no currículo escolar brasileiro. A Historia da Matemática nos revela que os povos das antigas civilizações conseguiram desenvolver os rudimentos de conhecimentos matemáticos que vieram a compor a Matemática que se conhece hoje. Há menções na literatura da História da matemática de que os babilônios, por volta de 2000 a. C. acumulavam registros que hoje podem ser classificados como álgebra elementar. São as primeiras considerações que a humanidade fez a respeito de ideias que se originaram de simples observações provenientes da capacidade humana de reconhecer configurações físicas e geométricas, comparar formas, tamanhos e quantidades. As primeiras propostas de ensino de Matemática baseadas em práticas pedagógicas ocorreram no século V a. C. com os sofistas, considerados profissionais do ensino. O objetivo desse grupo era a formação do homem político, que pela retórica, deveria dominar a arte da persuasão. Aos sofistas devemos popularização do ensino da Matemática, o seu valor formativo e a inclusão de forma regular nos círculos de estudos. A Matemática ensinada se baseava nos conhecimentos da aritmética, geometria, musica e astronomia. Com suas metodologias, introduziram uma educação com caráter de intelectualidade de valor científico. Por volta dos séculos IV à II a. C. a educação foi ministrada de forma clássica e enciclopédica. O ensino de Matemática desse período estava reduzido a contar números inteiros cardinais e ordinais. Era um ensino baseado na memorização e na repetição. A Matemática se configurou como disciplina básica na formação de pessoas a partir do século I a. C. No século V d. C. o ensino teve um caráter estritamente religioso. As aplicações práticas e o caráter empírico da Matemática não eram explorados. Entre o século VIII e IX o ensino passa por mudanças significativas com o surgimento das escolas e as organizações do sistema de ensino. Surgiram as primeiras ideias que privilegiavam o aspecto empírico na Matemática. Após o século XV, o avanço das navegações e as atividades comerciais e industriais possibilitaram novas descobertas na Matemática. As descobertas Matemáticas desse período contribuíram para uma fase de grande progresso científico e econômico que se aplicou na construção, aperfeiçoamento e uso produtivo de máquinas e equipamentos, tais como, armas de fogo, imprensa, moinho de vento, relógios e embarcações. Foi o momento no qual prevaleceu o conhecimento proveniente das engenharias e o valor da técnica, aspecto que determinou uma concepção mecanicista de mundo e, em função disso, os estudos concentraram-se, principalmente, na Matemática pura e na Matemática aplicada. No Brasil, na metade do século XVI, os Jesuítas instalaram colégios católicos com uma educação de caráter clássico- humanista. Entretanto o ensino de conteúdos Matemáticos como disciplina escolar nos colégios Jesuítas, não alcançaram destaque nas práticas pedagógicas. No século XVII a Matemática desempenhou o papel fundamental para comprovação e generalização de resultados. O século XVIII é demarcado pelas revoluções francesa e industrial. Este momento marcou o início da intervenção estatal na educação. A pesquisa Matemática se direcionou a atender aos processos da industrialização. Assim, cresce a importância de colocar à prova as teorias matemáticas criadas, ou seja, havia a necessidade dos métodos, pois as leis matemáticas não poderiam falhar nos diferentes ramos da atividade humana. O desenvolvimento matemático no século XIX foi denominado por Ribnikov (1987) como o período das matemáticas contemporâneas. O autor assinalou que as relações que expressam formas e quantidades aumentaram consideravelmente. No período que abrange o final do século XIX e início do século XX, levantaram-se preocupações voltadas para o ensino de Matemática, sendo as mesmas traduzidas em ações concretas, decorrentes das discussões em encontros internacionais promovidos por matemáticos que já tinham uma preocupação com propostas de ensino da matemática. Por conta dessas discussões, iniciou-se a tarefa de transferir para a prática docente os ideais e as exigências advindas das revoluções do século anterior. Nesse contexto os matemáticos antes pesquisadores, passaram a ser também professores preocupando-se mais diretamente com as questões de ensino, observando entre outros, estudos psicológicos, filosóficos e sociológicos. Esse foi o início de um movimento mundial de renovação do ensino da matemática. A finalidade da matemática é fazer o aluno compreender e construir por intermédio do conhecimento matemático, valores e atitudes de natureza diversa, visando à formação integral do ser humano e do cidadão, isto é, do homem, partindo de situações do cotidiano para o conhecimento elaborado cientificamente. DCE – Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação do Estado do Paraná; Matemática,SEED pág.15 à 23. 2. OBJETIVOS Proporcionar ao aluno uma visão geral dos conhecimentos matemáticos para desenvolver a capacidade de analisar, comparar, conceituar, representar, abstrair e generalizar; desenvolver a capacidade de julgamento e o hábito de concisão e rigor; habituar-se ao estudo, atenção, responsabilidade e cooperação; conhecer, interpretar e utilizar corretamente a linguagem usual; adquirir conhecimentos básicos a fim de possibilitar sua integração na sociedade em que vive; associar a matemática a outras áreas do conhecimento: construir uma imagem da matemática como algo agradável e prazeroso, desenvolvendo sua autoconfiança e a perseverança na busca de soluções. Desenvolver a capacidade de comunicação, resolução de problemas, o raciocínio lógico do aluno, bem como a capacidade de utilizar a matemática na interpretação e intervenção no real, desenvolvendo e estimulando a curiosidade e o gosto em aprendê-la; Ler e interpretar textos matemáticos; Ler, interpretar e analisar tabelas, gráficos e expressões; Traduzir mensagens matemáticas da linguagem corrente para a linguagem simbólica: equações, gráficos, diagramas, fórmulas, tabelas e vice-versa; Exprimir-se com clareza e precisão utilizando a terminologia matemática correta; Produzir textos matemáticos adequados ao que ele se propõe; Utilizar conceitos matemáticos na resolução de problemas; Uso adequado da linguagem matemática nos temas abordados; Analisar as propriedades matemáticas envolvendo figuras geométricas, números e variáveis; Formular hipóteses e prever resultados; Selecionar estratégias de resolução de problemas ou de situações problemas; Interpretar, analisar e criticar resultados dentro do contexto da situação; Tirar conclusões a partir de gráficos, tabelas e esquemas, para resolver problemas, ou para desenvolver novos conceitos; Fazer e validar conjunturas, experimentando, recorrendo a modelos, esboços, gráficos, fotos conhecidas, relações e propriedades; Discutir ideias e propor argumentos convincentes; Modelar através da matemática, situações da vida real; Aplicar conhecimentos e métodos matemáticos em situações reais envolvendo outras áreas do conhecimento; Relacionar etapas da história da matemática com a evolução da humanidade; Utilizar adequadamente a calculadora e o computador, reconhecendo suas limitações e potencialidades; Utilizar corretamente instrumentos de medição e desenho; Propiciar aos alunos do Ensino Médio o entendimento da cultura da população negra, no Brasil, sua origem, condição social, importância na economia do Brasil. 3. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES NÚMEROS E ÁLGEBRA GRANDEZAS E MEDIDAS GEOMETRIA TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO 4. CONTEÚDOS ESPECÍFICOS 1ª SÉRIE Números e Álgebra Conjuntos dos números reais Geometria Geometria Analítica O ponto Geometria métrica plana Funções Função afim Função quadrática Função modular Função exponencial Função logarítmica Progressão aritmética Progressão geométrica Grandezas e medidas Trigonometria nos triângulos Trigonometria no ciclo Tratamento de informação Noções de matemática financeira Cultura Afro-Brasileira e Africana 2ª SÉRIE Números e Álgebra Matrizes Determinantes Sistemas lineares Funções Funções trigonométricas Geometria Trigonometria Geometria plana Grandezas e medidas Medidas de volume Medidas de informática Tratamento da informação Noções de estatística Probabilidades Análise combinatória Binômio de Newton Cultura Afro-Brasileira e Africana 3ªSÉRIE Número e Álgebra Polinômios Equações polinomiais Números complexos Geometria Geometria métrica espacial Geometria analítica Geometria não-Euclidianas Tratamento da informação Matemática financeira Noções de estatística Funções Função Polinomial Limites Grandezas e Medidas Derivadas Cultura Afro-Brasileira e Africana 5. METODOLOGIA Os conteúdos propostos devem ser abordados por meio de tendências metodológicas da educação matemática, que fundamentam a prática docente, exposto pelo professor, abordando contexto histórico em que se registrou o desenvolvimento de cada teoria pelos filósofos criadores da ciência matemática. Tendo sempre em mente que se deve usar exemplos e linguagem que nossos alunos do campo compeendam, facilitando a aprendizagem. Análise junto com os alunos das demonstrações que levaram as expressões matemáticas mais usadas comumente. Trabalhos com exercícios e problemas, envolvendo tabelas estatísticas e gráficos com dados retirados da vida do aluno, de suas relações do dia a dia e do campo-cidade desenvolvendo assim o raciocínio lógico integrado com suas práticas no mundo do trabalho e seu contexto sócio-econômico. Problemas envolvendo questões diversas no plano social e econômico relacionando assim a matemática, principalmente na geometria, nos cálculos de porcentagem e funções , assim como cálculos estatísticos, além dos outros dados levantados com os alunos junto ao seu meio de vida, comércio e as diversas relações de trabalho de forma contextualizada, para que o aluno perceba com clareza a importância da aplicabilidade e interpretação dentro da sua realidade de forma efetiva e concreta. Também para que relacione a necessidade do desenvolvimento do raciocínio lógico para sua vida no dia a dia e a compreensão desta relação teórica-prática entre a ciência da matemática e as relações sociais das quais faz parte enquanto agente produto e transformador. Análise em todo o contexto das relações existentes entre a ciência matemática e mundo produtivo de forma que o seu conhecimento nunca fique desvinculada da sociedade e suas transformações, mas sim amplie e se torne instrumento de auxílio na participação da sociedade ao educando para que possa interferir de forma consciente e segura mediante a efetivação de seu papel de cidadão onde atua e vive. 6. RECURSOS DIDÁTICOS Usar ilustrações, fatos e esquemas explicativos; Usar calculadora para determinados conteúdos pois facilita a resolução de alguns problemas com mais rapidez; Jogos e brincadeiras envolvendo os temas sugeridos; Vídeos; Exposição participativa e atualizada do conteúdo com leitura de gráficos, tabelas, jornais, revistas e livros;Uso de sucatas, materiais diversos (dominó, bingos, material dourado, mimeógrafo, retroprojetor). 7. AVALIAÇÃO Deve ser coerente com os objetivos da proposta e com os conteúdos da disciplina. Devemos considerar a vivência do aluno, as suas tentativas de solucionar problemas que são propostos e, a partir do diagnóstico de suas dificuldades, procurar ampliar sua visão, o seu saber, sobre o conteúdo em estudo, levando em consideração o processo como um todo, é necessário observar o processo de construção do conhecimento. Os erros não devem apenas ser constatados, e sim resultar numa visão parcial do que o aluno possui do conteúdo, para que o professor possa dar o encaminhamento metodológico necessário para aprofundar e sistematizar o conhecimento científico. Para aplicar o Plano Político Pedagógico, devemos atuar em duas grandes frentes, ou seja: avaliação escrita com recuperação paralela de conteúdos que envolverá trabalho coletivo, exercícios, oralidade matemática, trabalhos extra-classe. Avaliações de múltipla escolha e discursiva. Estas avaliações terão valores de zero a dez, para a obtenção da nota serão somadas e divididas pelo número de avaliações. 8. REFERÊNCIAS Diretrizes Curriculares de Matemática para a Educação Básica – Orientações para matemática – SEED, PR. Julho, 2006. FILHO, Benigno Barreto – Silva, Cláudio Xavier, Matemática. Editora FTD S.A: São Paulo,2000. GIOVANI, José Ruy – Bonjorno, José Roberto – Giovani Jr, José Ruy. Matemática Fundamental. Editora FTD, 1994. SILVA, Jorge Daniel – Fernandes, Valter dos Santos, Coleção Horizontes. Editora IBEP: São Paulo. ONGEN. Adilson. Matemática, Editora Positivo,Curitiba 2004. DIRETRIZ CURRICULAR QUIMICA PROF. RESPONSÁVEL: LUIZ TABORDA PEREIRA 1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA DE QUÍMICA A ciência, como conjunto organizado de conhecimentos, apresenta-se dividida em varias disciplinas, entre elas a Química, que estuda a natureza da matéria, suas propriedades e a energia envolvida nesses processos. O termo Química vem de latim, chimica, palavra que deriva de alchimia, modificação da expressão árabe al Kêmiyâ, cujo significado é grande arte dos filósofos herméticos e sábios da Idade Média. Apesar de se ter conhecimento de manifestações químicas muito antes da Idade Média, foram os alquimistas que contribuíram de forma acentuada para o desenvolvimento do que constituiria a ciência Química. Após a alquimia surgia a Química como ciência experimental. Após os trabalhos de Antonie Laurent Lavoisier, e seus experimentos sobre a conservação das massas e experimentos que derrubaram a teoria do Flogisto a partir desses experimentos a química tornou-se uma ciência com objetivos próprios. Com a revolução industrial na Europa a química teve um grande avanço, pois a indústria necessitava de novos materiais para a fabricação de inúmeros produtos, alguns dos avanços que podem ser citado foi a criação do primeiro plástico artificial, o celulóide em 1869. Já no século XX a química teve grande desenvolvimento devido ao interesse de hegemonia econômica e bélica por parte das nações dominantes, esses países investiram em estudos como a obtenção de medicamentos, estudos nucleares, estrutura atômica e molecular, mecânica quântica e outros... A química foi se consolidando como uma ciência e colabora no estabelecimento de uma cultura científica, cada vez mais presente no capitalismo e na sociedade, permitindo as pessoas entenderem alguns fenômenos da natureza como sendo algo que obedece a regras naturais, permitindo ao homem tomar posse dos conhecimentos que dizem respeito à matéria e suas transformações, a composição dos materiais, suas propriedades, e assim utilizar esses conhecimentos nos mais variados setores da sociedade. A apresentação de aspectos históricos do desenvolvimento da Química permite ao estudante perceber que as Ciências estão em constante evolução e que o conhecimento é construído gradativamente. Por isso, sempre que possível, fornecemos dados históricos das descobertas e invenções cientificas. Os conhecimentos de Química adquiridos podem ser aplicados na vida cotidiana, na compreensão de fatos, no exercício da cidadania e nas atividades profissionais e as atividades ligadas ao campo tem um destaque, pois o cultivo da terra a utilização de adubos tanto orgânicos como os sintéticos produzidos atualmente, os inúmeros fertilizantes e pesticidas e muitas das diferentes tecnologias utilizadas na agricultura, foram sendo construídas ao longo da evolução das ciências, principalmente da química, acreditamos que o aprendizado torna-se mais efetivo quando os estudantes conseguem relacionar o conteúdo teórico com a realidade na qual estão inseridos e com conhecimentos obtidos. Podemos dizer que tudo à nossa volta é química, pois todos os materiais que nos cercam passaram ou passam por algum tipo de transformação. Percebemos então que a Química proporcionou progresso, desenvolvimento e bem-estar para nossa vida. Contudo, é comum ouvirmos comentários que depreciam essa ciência, relacionando-a a desastres ecológicos (derramamento de petróleo nos mares) poluição (fumaça das chaminés) e envenenamento (agrotóxicos), alimentos manipulados quimicamente. Estes fatos, infelizmente, encobrem as importantes conquistas do homem pelo conhecimento químico. Na verdade, o problema não esta na Química, mas no seu uso, ela, em si, não é boa nem má. Ainda são muitos aqueles que, movidos por interesses pessoais ou de grupos, utilizam-na para conquistar ou manter privilégio. Mudar essa situação não é papel apenas do Químico, mas de toda a sociedade, que deve ser critica e participativa, exigindo que o conhecimento promova uma qualidade de vida cada vez melhor e que permita uma coexistência harmoniosa entre o homem e o meio ambiente. 2. OBJETIVOS Construir e reconstruir o significado dos conceitos científicos a partir da vivência do aluno do campo com relação as diferentes substâncias e materiais da natureza, as relações existentes entre: a matéria viva e não viva da biosfera, suas propriedades e modificações ao longo do tempo, as transformações físicas e químicas da matéria ao reagir com diferentes substâncias e com os seres vivos, os diferentes elementos químicos que compõem os organismos vivos e estão presentes na natureza, a síntese de novos materiais e aperfeiçoamento dos já existentes a partir do conhecimento da matéria e suas propriedades que permite aos homens melhor padrão de vida e conhecimento das substâncias e diferentes materiais. Compreender a constituição química da matéria a partir dos conhecimentos sobre modelos atômicos, estados de agregação e natureza elétrica da matéria. Conhecer a evolução histórica da construção dos modelos atômicos; Conhecer a classificação periódica dos elementos para melhor compreender as propriedades dos diferentes elementos químicos existentes na natureza. Conhecer as unidades padrões para o estudo da matéria usados em química como o mol para compreender melhor a linguagem científica comumente usada na indústria farmacêutica, e mesmo em rótulos de alimentos, produtos agrícolas e outros. Compreender a ação dos diferentes solutos e solventes de uma solução no equilíbrio osmótico muito presente nos seres vivos. Conhecer os processos de oxidação e redução dos materiais e a importância desses fenômenos na construção de pilhas; Formular o conceito de soluções a partir dos desdobramentos deste conteúdo básico, associando com as substâncias presentes no meio rural, os métodos de separação, solubilidade, concentração, forças intermoleculares, etc.; Identificar a ação dos fatores que influenciam a velocidade das reações químicas, inibidores, catalisadores biológicos e artificiais, etc.; elaborar o conceito de ligação química, na perspectiva da interação entre o núcleo de um átomo e eletrosfera de outro e as implicações na formação das diferentes funções inorgânicas, como ácidos, bases, sais e óxidos utilizados na agricultura e presentes na natureza e as funções orgânicas como as proteínas e glicídios que formam a estrutura biológica dos seres vivos. Compreender a natureza das radiações e suas leis, bem como a história dos acidentes radioativos e uso da radioatividade afim de guerra e uso como tecnologias para uso da vida humana. Compreender a importância do estudo da química orgânica em especial a dos hidrocarbonetos para a sociedade atual tão dependente dos combustíveis e das diferentes fontes energéticas Conhecer as inúmeras funções orgânicas e a presença das mesmas nos seres vivos e na indústria alimentícia e farmacêutica. Identificar variáveis relevantes e selecionar os procedimentos necessários para a produção, análise e interpretação de resultados de processos ou experimentos científicos; Apropriar-se dos conhecimentos da química e aplicar esses conhecimentos para explicar o funcionamento do mundo natural, planejar, executar e avaliar ações de intervenção na realidade natural; Aplicar as tecnologias associadas às ciências naturais na escola, no trabalho e em outros contextos relevantes para sua vida. Socializar o aluno e permitir que suas dificuldades sejam superadas pelo grupo; Oferecer aos alunos a oportunidade da opção sobre quais temas gostariam de explorar na prática. Tomar posições frente ás situações sociais e ambientais desencadeadas pela produção do conhecimento químico, principalmente em relação ao uso inadequado de fertilizantes e pesticidas na agricultura. 3. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES MATÉRIA E SUA NATUREZA BIOGEOQUÍMICA QUÍMICA SINTÉTICA 4. CONTEÚDOS ESPECÍFICOS 1. MATÉRIA E SUA NATUREZA Matéria e energia. Substancia e mistura. Separação de misturas. Leis ponderais da química. Fenômenos Químicos e Físicos. A evolução dos modelos atômicos. Tabela periódica (histórico). Propriedades dos elementos. Ligações químicas. Reações químicas. Funções inorgânicas: ácidos, bases, óxidos inorgânicos e sais inorgânicos; Unidades padrões usadas em química: o mol, massa molar BIOGEOQUÍMICA Reações químicas Óxidos e outras reações Recursos naturais Comportamento de um gás Relações entre gases Estequiometria Leis ponderais e volumétricas Colóides Estudos das soluções Propriedades coligativas de soluções Cinéticas das reações químicas Equilíbrio químico. Eletroquímica; Radioatividade QUÍMICA SINTÉTICA Introdução à química orgânica: aspectos históricos e a presença da química orgânica na sociedade atual, cadeias carbônicas; Hidrocarbonetos; Funções orgânicas oxigenadas e nitrogenadas; Estudos de isomeria; Estudo das reações orgânicas; Polímeros; Funções Nitrogenadas; Isomeria. 5. METODOLOGIA O processo pedagógico deverá partir do conhecimento prévio que os alunos possuem, no qual se incluem as ideias pré-concebidas sobre o conhecimento da química, ou as concepções espontâneas, a partir da qual os conteúdos serão desenvolvidos. O ensino de química se utiliza muito de modelos para descrever comportamentos microscópicos, não palpáveis, dos diferentes materiais e as substâncias que o formam, porém o professor deve estar atento para que o aluno não tome os modelos como sendo o real, por exemplo, ao fazer uma representação de como é um átomo usando de desenhos e materiais alternativos como bolas de isopor e outros, o aluno poderá concluir que o átomo é algo estático, e de grande dimensão. No ensino de química faz-se essencial que o aluno tenha uma boa leitura, interpretação de textos, gráficos, conceitos abstratos... sendo assim poderá se trabalhar com textos científicos previamente selecionados conforme o conteúdo a ser estudado, para que o aluno amplie sua visão em relação aquele conhecimento. Textos alternativos como de revistas científicas e outras, rótulos de remédios, no caso dos agricultores rótulos de pesticidas, notícias envolvendo acidentes ambientais com produtos manipulados pela industria química, como por exemplo o petróleo e produtos radioativos, poderão ampliar o conhecimento do aluno através da leitura e interpretação desses textos. Os filmes, comerciais, propagandas também apresentam, um caráter didático que podem auxiliar o aluno a compreender os conceitos científicos e relacioná-los com o mundo macroscópico ao qual ele percebe diretamente. Em sala de aula o professor ao trabalhar com aulas expositivas deverá estar sempre interagindo com os alunos para que os mesmos não apenas memorizem conceitos, mas que os conceitos científicos abordados tenham um significado para os alunos e eles consigam refletir sobre os conceitos que eles possuem podendo reformulá-los ou amplia-los na linguagem científica, a interpretação de gráficos, tabelas, desenhos, imagens deverão ser constantemente usados nas aulas de química para que o conceito abstrato passe a ter significado para os alunos. O desenvolvimento de exercícios de fixação ajudará os alunos a formular os conceitos de uma maneira que ele consiga traduzir depois com linguagem matemática e transpor os conceitos científicos para as suas experiências cotidianas. Outro aspecto metodológico importante a ser considerado diz respeito as abordagens quantitativas. Deve-se iniciar o estudo sempre pelos aspectos qualitativos e só depois introduzir os aspectos quantitativos. Os trabalhos de pesquisa, o desenvolvimento de exercícios de fixação ao serem desenvolvidos em grupos permitem uma maior interação entre os alunos, e uma melhor fixação do conhecimento, porém o desenvolvimento de muitas atividades, como as atividades de experimentação em laboratório, em sala de aula, a construção e interpretação de textos, gráficos, tabelas são de grande importância no desenvolvimento cognitivo e abstrato dos alunos. A utilização dos recursos audiovisuais nas aulas de química pode contribuir com a aprendizagem dos conceitos científicos dos alunos, desde que inseridas dentro dos conteúdos de forma harmoniosa e com discussões prévias e posteriores ao assunto. A experimentação seja em sala de aula ou em laboratório assume papel fundamental para a melhor assimilação de conceitos e sua assimilação com as ideias discutidas ou as ideias a serem discutidas, permitindo assim aos alunos estabelecerem relações entre a teoria e a prática. Na experimentação envolvendo material próprio a ser manipulado em laboratório o rigor técnico é de fundamental importância para a realização dos experimentos sem colocar em risco os alunos e o próprio professor. As aulas de experimentação em sala exigem um planejamento prévio, porém, quando se trata de experimentações simples e com objetos do dia-a-dia do aluno as quais devem ser priorizadas, não se deve tirar o caráter espontâneo, pois são inúmeras as situações, problemáticas, curiosidades, que poderão surgir no momento da aula, permitindo assim ao aluno fazer as suas observações e conclusões conforme os conhecimentos de química adquiridos nas aulas práticas e teóricas. 6. AVALIAÇÃO A avaliação tem como objetivo fundamental fornecer informações sobre o processo de ensino-aprendizagem como um todo, informando não apenas o aluno sobre seu desempenho em química, mas também o professor sobre sua prática em sala de aula. Desse modo, a avaliação deve subsidiar o trabalho pedagógico, direcionando o processo de ensino-aprendizagem, sempre que necessário. Em química, o principal critério de avaliação é a formação de conceitos científicos. Trata-se de um processo de construção e reconstrução de significados de conceitos científicos, portanto se o resultado da avaliação for insatisfatório cabe ao professor buscar as causas desse fracasso, corrigindo as possíveis falhas e distorções observadas ao longo do processo. A avaliação deve ser essencialmente formativa, contínua e processual, visto como um instante dinâmico de acompanhamento pedagógico do aluno e do trabalho do professor. Diante disto não podemos avaliar o aluno por uma simples prova escrita, limitando seus meios e estratégias de demonstrar o conhecimento. O processo de avaliação do aluno pode ser descrito, a partir da observação continua de sala de aula, da produção de trabalhos individuais e em grupos, também a partir de resultado de provas ou testes escritos, produção de textos, leitura e interpretação da tabela periódica, pesquisas bibliográficas, relatórios de aula em laboratório, ou aulas de experimentação em qualquer espaço, inclusive em sala de aula. O professor poderá identificar os processos e as dificuldades dos alunos, utilizando essas informações para recuperar ou avançar o processo de ensinoaprendizagem. Em nenhum momento esses instrumentos devem ser utilizados como promoção ou punição dos alunos diante do grupo. Nesta perspectiva a avaliação pode ser concebida como: Um conjunto de ações que visam a formar um aluno critico com conhecimento de química que permita ao aluno um posicionamento perante os desafios da sociedade. Uma etapa do ensino aprendizagem que permite avaliar o avanço na construção e reconstrução de conceitos científicos. Um processo que usa de critérios e instrumentos de avaliação predeterminados e bem claros ao aluno; Um conjunto de ações que possibilita ao aluno identificar seus avanços e suas dificuldades, levando-o a buscar caminho para solucioná-los; Um elemento integrador entre o ensino aprendizagem; Um instrumento que vise o aperfeiçoamento do processo de ensino- aprendizagem em um ambiente de confiança e naturalidade. Um conjunto de ações que permitem ao professor rever sua pratica pedagógica. Finalmente, podemos afirmar que avaliação é um elemento significativo do processo de ensino-aprendizagem, envolvendo a prática pedagógica do professor, o desempenho do aluno e os princípios que norteiam o trabalho da unidade escolar, ou seja, a avaliação vai além de simplesmente qualificar os resultados de um processo ao término de um período. Cabe ao professor apresentar o conceito ou nota ao aluno, desde que acompanhadas de orientações sobre como ele pode agir para aperfeiçoar seu desempenho e progredir no aprendizado da Química. 7. REFERÊNCIAS COVRE, Jose Geraldo. Química Total - Ensino Médio – FTD. MAXIMO, Antonio e ALVARENGA Beatriz. Física Ensino Médio. De Olho no Mundo do Trabalho. 1ª ed. São Paulo: Scipione, 2003. PARANÁ, da Silva Nunes Djalma. Física Ensino Médio. 6ª ed. São Paulo: Atica, 2003 SARDELLA, Antonio. Química Ensino Médio. 1ª ed. São Paulo: Atica, 2003. SEED - DIRETRIZES CURRICULARES – QUÍMICA. Curitiba: SEED, 2010. USBERCO, João & SALVADOR, Edgard. Química Essencial - Ensino Médio. 1ª ed.São Paulo: Saraiva, 2001. VÁRIOS AUTORES. Química. Curitiba: SEED/PR. 2010. DIRETRIZ CURRICULAR SOCIOLOGIA PROF. RESPONSÁVEL: ROSEMARI GADONSKI 1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA DE SOCIOLOGIA Historicamente, a ciência sociológica tem suas bases nas grandes civilizações do “mundo antigo”. O desejo de se entender os problemas sociais e políticos, impulsionaram os gregos a uma linha de pensamento crítico sobre as sociedades místicas. Filósofos como, Platão (427 – 347 a.c) e Aristóteles (384 – 322 a.c.), demonstravam interesses em entender a sociedade em sua complexidade de ideias e ideais. Durante a idade média (séculos V ao XV), surgem os Renascentistas, com novas interpretações de ver o mundo. Acontecia então, uma renovação cultural, uma nova forma de questionar o mundo, rejeitando a esfera sobrenatural para uma explicação mais científica. Surgiram homens, que estudavam as sociedades, para manipular o poder e sua nação, como foi, Nicolau Maquiável (1469 – 1527); em sua obra o “Príncipe”. Desprendendo-se aos poucos das influencias divinas, a sociologia ganhava espaço – Período este, chamado de Antropocentrismo, o homem passava ser o centro de tudo. com o iluminismo, no século XVIII, a Europa contagiada pelas ideias sociais derrubar o absolutismo, ajudados por Voltaire (1694 – 1778), Jacques Rousseau (1712 – 1778) e Montesquieu (1689 – 1755), questionavam o fanatismo religioso, a democracia, a separação dos poderes do Estado, questões sobre a origem da miséria, da propriedade privada, anticlericalismo, direito a vida, a liberdade e a tirania dos governos, proporcionou aquelas sociedades, uma nova visão de enxergar o mundo constituídos por eles. Com o advento da sociedade moderna e o sistema capitalista impulsionado pelas indústrias desencadeava diferenças sociais entre o campo e a cidade, envolvendo duas classes distintas: burguesia e proletariado. Cabia então, a ciência sociológica analisar as alterações ocorridas pela modernidade. Emile Durkheim (1858 -1917), sociólogo francês, acreditava no progresso da sociedade capitalista, que apesar dos problemas sociais, o capitalismo seria uma sociedade perfeita. Essa visão otimista devia-se á sua analise particular, pois observando e classificando os fatos sociais, Durkheim percebeu que além de moral social havia outro elemento integrador da ordem social, que gera solidariedade e poderia nascer entre os indivíduos, segundo eles, as pessoas passariam depender umas das outras. Considerado um conservador, admitia que atual sociedade, apesar de suas falhas, é boa, é justa e, que para evitar as possíveis falhas basta fazer reformas. Durkheim, sendo um sociólogo do século XX, com reputação cientifica, afirma que é impossível conviver numa sociedade sem educação: “A Educação consiste numa socialização metódica das novas gerações. Em cada um de nós, pode-se dizer que existe dois seres. Um, constituído de todos os estados mentais que não se relacionam senão conosco mesmos e com os acontecimentos de nossa vida pessoal; é o que poderia chamar de SER INDIVIDUAL. O outro é um sistema de ideias, sentimentos e hábitos, que exprime em nós, não a nossa individualidade, mas o grupo ou grupos diferentes de que fazemos parte, tais são as crenças religiosas, as crenças ou práticas morais, as tradições profissionais, as opiniões coletivas de toda a espécie. Seu conjunto forma o ser social. Constituir esse ser social em cada um de nós – tal é o fim da educação”. (MEKSENAS, Paulo, Sociologia da Educação). O mundo contemporâneo se mostra como em mosaico diverso e, ao mesmo tempo, integrado em escala planetária, instigando alunos e professores a questionar seus condicionantes e características, seus graves problemas sociais, econômicos, políticos, demográficos, raciais, étnicos, religiosos e ecológicos. A mundialização proporciona um paradoxo: excesso de informação simultânea de não pertencimento a um grupo social. Fenômeno indiscutivelmente polêmico e a desterritorialização do conhecimento, da informação e do rompimento das fronteiras geográficas, que agrava ainda mais a crise do ensino gerada por rompimento das fronteiras geográficas e que acaba por agravar o sistema de ensino por causa de uma série de fatores endógenos ao nosso sistema escolar. Entretanto, no presente texto, objetiva-se pontuar alguns pressupostos teóricos e metodológicos para aquecer e enriquecer as discussões que deverão acontecer no estudo sociológico em nosso colégio. Desse modo, as contribuições que virão dos nossos alunos, por meio da leitura, análise e comentários possibilitará a elaboração de textos mais consistentes e fundamentados na prática do cotidiano de cada aluno e aluna. Contemplando as relações sociais construídas historicamente, a sociologia proporcionará aos nossos estudantes um conhecimento dos fenômenos sociais no espaço e no tempo, trabalhando com conceitos que servem de instrumentos para a compreensão da realidade concreta. Isso permitira a reflexão de nossa realidade, tendo em vista a construção da identidade do aluno na formação humana voltada para a ciência, trabalhando a cultura. 2. OBJETIVOS A sociedade globalizada assumiu tamanha complexidade e mostra-se por meio de tão diversas faces que tornou-se impossível à ciência sociológica, ou mesmo à qualquer outra ciência, responder ou explicar toda a problemática social que se apresenta hoje com uma visão natural ou estreita. É preciso entendermos então, que não existe uma única verdade para compreendermos e explicarmos as transformações sociais, políticas, culturais, econômicas e ecológicas que nossa sociedade está vivenciando. ADQUIRIR noções e conceitos para explicar relações sociais, econômicas e políticas de nossa sociedade e de sociedades diferentes da nossa; CARACTERIZAR e distinguir diferentes formas de trabalho e sua exploração; CONHECER as principais características, a formação e a dinâmica das diferentes formas de governo; CONHECER, analisando e discutindo a realidade social na qual está inserido, atuando conscientemente nela; CONTRIBUIR para a mudança de atitudes a fim de que se ampliem as condições de cidadania; CONTRIBUIR para o desenvolvimento de um pensamento analítico, livre de noções preconceituosas e deterministas, acerca das relações sociais; DEBATER ideias e expressá-las oralmente e de forma escrita; DESENVOLVER habilidades de leitura e interpretações diferenciadas nas variadas manifestações sociológicas; DESENVOLVER noções de cidadania; IDENTIFICAR analisando as lutas sociais, conflitos, guerras e revoluções que transformaram a sociedade e seu pensamento; ORGANIZAR repertórios teóricos sociais que sejam capazes de contribuir na compreensão de alguns processos sociológicos próximos e distantes; RECONHECER as diferentes formas de relações de poder inter e intragrupos sociais; RECONHECER através do respeito as diversas manifestações culturais nas diferentes temporalidades; RECONHECER-SE como parte de um grupo social que se articula a outros grupos sociais; REFLETIR sobre as grandes transformações tecnológicas e os impactos que elas produzem na sociedade; RESPEITAR a formação étnico-cultural das diversas formações sociais; TER iniciativa e autonomia na realização de trabalhos individuais e coletivos. 3. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: O Processo de Socialização e a Instituições Sociais; A Cultura e a Indústria Cultural; Trabalho, Produção e Classes Sociais; Poder, Política e Ideologia; Cidadania e Movimentos Sociais. 4. CONTEÚDOS A sociedade humana como objeto de estudo; Entender a sociedade em que vivemos; Divisão das ciências sociais; Teorias sociológicas; Convivência humana; Contatos sociais; Isolamento social; Importância da comunicação; Comunidade, sociedade e cidadania; Agrupamentos sociais; Mecanismos de sustentação de grupos sociais; Papéis sociais; Desigualdade social; Organização social, aborto, meio ambiente, prostituição infantil; A base econômica das sociedades: salário, lucro, desemprego, subemprego, informalidade, terceirização; Produção, trabalho, matéria-prima; Instrumentos de produção; Reforma Agrária, Paraná, Brasil; Movimentos sociais; Tipos de estado e como se organizam; Cultura e sociedade; O papel da educação na transmissão da cultura; Cultura afro; Importância do negro no contexto da formação do povo brasileiro; A integração do negro na sociedade de classes; Diversidade cultural no município, Paraná, Brasil; Grupos étnicos no município, Paraná, Brasil; Relativismo; Etnocentrismo; Aspectos material e não-material da cultura; Instituições sociais: Família, Estado, Igreja, Escola; Globalização – problemas ambientais; Ideologia; Movimento estudantil. 5. METODOLOGIA Para o ensino de Sociologia no Ensino Médio deve-se redimensionar os aspectos da sociedade por meio de análises críticas, visto que a sociedade apresenta uma dinâmica constante. Os conteúdos Estruturais e Específicos devem ser trabalhados de forma autônoma, não precisam seguir sequência definitiva e nem estar amarrados de forma articulada um conteúdo com outro. A disciplina de Sociologia deve ter várias metodologias de apreensão de conteúdos para se adequar a todos os objetivos propostos e a variedade de conteúdos, seja pela exposição de ideias e teorias, pela leitura e significado através de esclarecimentos de conceitos lógicos em textos (teóricos, temáticos, literários), por análises, por discussão, pesquisa de campo e diversificada bibliografia. Esta Diretriz sugere que seja iniciado na introdução da disciplina um breve histórico da disciplina e suas teorias. Estas ideias devem ser colocadas de forma comparativa com a realidade, mas de forma que estimule o pensamento crítico e instigante. È primordial que esta disciplina de conhecimento, explicite e explique problemáticas sociais concretas e contextualizadas, de modo a desconstruir prénoções e preconceitos que quase dificultam o desenvolvimento da autonomia intelectual e de ações políticas direcionadas à transformação social. Quando ocorrer oportunidade, os alunos do Ensino Médio, devem estar inseridos à realidade em que vivem e se possível então, devem participar de encontros com grupos sociais diferenciados, organizações sociais com objetivos e histórias diferenciadas e também participar de encontros com grupos sociais envolvidos em questões divergentes para conhecer os dois lados de um mesmo conflito social. As aulas de Sociologia devem usar recursos em suas aulas para torná-las dinâmicas e instigantes como a pesquisa de campo onde os alunos são os investigadores, recursos áudio visuais como: retropojetor, transparências, vídeo, filme, noticiário, programas onde o foco seja a vida social ou conflitos sociais. As aulas ainda deverão contar com pesquisa bibliográfica, utilizando os livros do acervo formado por repasse estadual dos programas Biblioteca do professor, Biblioteca do ensino médio e pela Biblioteca de Temas Paranaenses, bem como o acervo adquirido pela própria escola. Também durante as aulas o professor deve trabalhar com textos literários contextualizados, articulados com o conhecimento sociológico que enriquecerão a discussão durante o estudo da disciplina. Ainda, destaca-se o uso do livro didático publico de Sociologia como suporte teórico e metodológico das aulas, ou seja, como ponto de partida para alunos, porem de forma articulada a outras fontes para assim fazer da Sociologia uma área de estudo imprescindível e, ao mesmo tempo, acessível à população que dela mais necessita. A sociologia no Ensino Médio torna-se necessária para melhorar a assimilação de leis ao cotidiano do aluno, que implica na geografia humana, história, filosofia e todas as disciplinas que procuram desenvolver a cultura, através do conhecimento dos vários grupos existentes no mundo. Este estudo será possível através de leituras de textos, debates, seminários, análises de filmes, músicas, provocando sempre o aluno a relacionar a teoria com o seu cotidiano. Pesquisa de campo iniciar a partir da discussão com o grupo para definição de um tema (aborto, meio ambiente, drogas, prostituição infantil,...). Elaboração de entrevistas, levantamento de dados, confecção de tabelas, gráficos, análise relacionados com a teoria. Fazer uso do Livro Didático público de sociologia e o acervo bibliográfico formado pela Biblioteca do Professor. 6. AVALIAÇÃO A avaliação na Disciplina de Sociologia deve resgatar os conteúdos trabalhados de Sociologia de forma transparente e coletiva, o que representa dar abertura para que todos participem e se envolvam nos critérios e formas de melhor conseguir avaliar o conhecimento apreendido e a metodologia e didática do professor. A avaliação buscará no aluno a aquisição dos conceitos básicos de cada conteúdo a ser envolvido durante o processo de avaliação, buscará neles (alunos) a capacidade de argumentação fundamentada teoricamente, sua clareza e a coerência na exposição de suas ideias, isso será no contexto oral como também no contexto escrito. As avaliações buscaram também envolver o que o aluno consegue produzir de forma que evidencia sua mudança de olhar perante os problemas sociais, a sua iniciativa e a autonomia para tomar atitudes diferenciadas e criativas, que revertam praticas de acomodação e que busquem a saída do senso comum. Estes requisitos permitem ao professor dados que indicam o alcance do objetivo proposto pela disciplina. Sendo assim, as formas de avaliar em Sociologia, portanto, acompanham as praticas de ensino-aprendizagem, seja a reflexão crítica colocada nos debates, nas análises de filmes e de textos, seja ao realizar pesquisa de campo, seja na produção de texto que demonstre sua capacidade de articular teoria e pratica. As práticas de avaliação são muitas, porém caberá ao professor selecioná-las na perspectiva de dar clareza aos objetivos que se pretende atingir durante o curso, no sentido da apreensão do conhecimento, na compreensão e reflexão dos conteúdos pelo aluno. Partindo também da lógica que neste processo não só o aluno está sendo avaliado, mas também os professores, a instituição e o sistema escolar e suas políticas públicas, as dimensões políticas, praticas e discursivas devem evidenciar qualidade e democracia. A avaliação será realizada através de exercícios reflexivos durante as aulas, relatórios escritos, trabalhos em grupo, apresentação expositiva, sínteses, pesquisas, avaliação individual escrita, produção de texto afim de observar a capacidade de articular teoria e prática. Levando em consideração o conhecimento que o aluno possuía (censo comum) o que o que adquiriu durante as aulas. 7. REFERÊNCIAS PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de Ensino de 1º Grau. Diretrizes Curriculares de Sociologia. Curitiba: SEED, 2006. ALTHUSSER, L. Aparelhos ideológicos do estado. Rio de Janeiro: Graal, 1985. ALVES, R. Filosofia e ciência. São Paulo: Ars Poética, 1996. ARANTES, A. A. O que é cultura popular. 5. ed. São Paulo: Hucitec, 1992. BERRY, David. ideias centrais em sociologia: uma introdução. Rio de Janeiro: Zahar, 1976. BOBBIO, Norberto. Estado, governo, sociedade: por uma teoria geral da política. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1990. BOTTOMORE, T. B. Introdução à sociologia. 3.ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1980. BOUDON, Raymond. Tratado de sociologia. Rio de Janeiro: Zahar, 1995. BRANDÃO, C. Rodrigues. Identidade e etnia. São Paulo: Brasiliense, 1996. CASTRO, Ana M. Introdução ao pensamento sociológico. Rio de Janeiro: Eldorado, 1974. CHAUÍ, M. S. O que é ideologia. São Paulo: Brasiliense, 1980. COMTE, August. Sociologia. São Paulo: Ática, 1978. DESCARTES, René. Discurso e método. Rio de Janeiro: Edições de Ouro, 1969. DURKHEIM, Émile. As regras do método sociológico. 4.ed. São Paulo: Nacional, 1966. ENGELS, F. A origem da família, da propriedade privada e do estado. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. 1978. FERNANDES, Florestan. Elementos da sociologia teórica. São Paulo: Nacional, 1970. FOUCAUT, M. Vigiar e punir: nascimento da prisão. Petrópolis: Vozes. 1983. FREYRE, Gilberto. Casa grande e senzala. 9.ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1988. GOHN, M. G. Movimentos sociais e lutas pela moradia. São Paulo: Loyola, 1991. GRAMSCI, A. Concepções dialéticas da história. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1984. HOBSBAWM, E. A era dos extremos: o breve século XX (1914-1991). São Paulo: Companhia das Letras, 1995. HOLANDA, S. Buarque. Raízes do Brasil. 13. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1979. LARAIA, R. de Barros. Cultura: um conceito antropológico. 11.ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1997. ROUSSEAU, J. J. Do contrato social. São Paulo: Nova Cultural, 1999. v.1. TOURAINE Alain. A sociedade pós-industrial. Lisboa: Moraes, 1970. WEBER, Max. Ensaios de sociologia. 2.ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1971. DIRETRIZ CURRICULAR L.E.M INGLES PROF. RESPONSÁVEL: DOROTEIA DAS GRAÇAS GABARDO DOS ANJOS SOELI TEREZINHA KUCHINSKI FERREIRA 1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA: LEM – INGLÊS A língua é a expressão natural de uma cultura, compreendê-la significa também compreender os valores daquela cultura e valorizar a sua própria língua e seus valores. Por isso, privar o cidadão do aprendizado de outras línguas é negarlhe o mais poderoso subsídio de acesso a outras culturas e restringi-lo à universidade limitada de seu próprio mundo. Incentivá-lo a esse aprendizado é subsidiá-lo na compreensão do homem, enquanto ser histórico, criador de si mesmo. Com a globalização da economia e dos mercados, hoje já não se pode conceber nenhuma profissão em que o conhecimento da LEM não seja necessário. Na sociedade brasileira atual o inglês tem estado presente como língua hegemônica (dominadora) nas várias áreas da atividade humana, nos meios de comunicação, no comércio, na ciência, na tecnologia. Sendo assim, a aprendizagem de uma LEM deve levar a uma nova concepção da natureza da linguagem, aumentar a compreensão sobre a linguagem funcional e desenvolver maior consciência do funcionamento da língua materna. Ela permite ampliar, assim tanto a compreensão das culturas estrangeiras quanto da cultura materna. Nesse sentido, supõe-se uma nova postura metodológica do professor na conduta de seu trabalho em sala de aula, numa abordagem mais comunicativa, mais crítica e mais integradora no ensino de LEM, não enfatizando tanto o ensino gramatical, o simples treinamento das habilidades linguísticas, pela imposição de conteúdos fechados, sem abertura, tendo o desafio de organizar formas de desenvolver o trabalho de maneira a incorporar os diferentes níveis de conhecimento dos alunos e ampliar suas oportunidades de acesso a ele, partindo de uma diversidade de experiências e interesses, contribuindo assim para formar um cidadão consciente, crítico e agente transformador de sua realidade. No âmbito da LDB, a LEM recupera, de alguma forma, a importância que durante muito tempo lhes foi negada. Considerada, muitas vezes e de maneira injustificada, como disciplina pouco relevante, ela adquire, agora, a configuração de disciplina tão importante como qualquer outra do currículo, do ponto de vista da formação do indivíduo. Assim, integrada à área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, as Línguas Estrangeiras assumem a condição de serem parte indissolúvel do conjunto de conhecimentos essenciais que permitem ao estudante aproximar-se de várias culturas e, consequentemente, propiciam sua integração num mundo globalizado. As discussões sobre a importância de se aprender uma ou mais línguas estrangeiras remontam a séculos. Em determinados momentos da história do ensino de idiomas, valorizou-se o conhecimento do latim e do grego e o consequente acesso à literatura clássica, enquanto, em outras ocasiões, privilegiou-se o estudo das línguas modernas. No Brasil, embora a legislação da primeira metade deste século já indicasse o caráter prático que deveria possuir o ensino das línguas estrangeiras vivas, nem sempre isso ocorreu. Fatores como o reduzido número de horas reservadas ao estudo das línguas estrangeiras e a carência de professores com formação linguística e pedagógica, por exemplo, foram os responsáveis pela não aplicação efetiva dos textos legais. Assim, em lugar de capacitar o aluno a falar, ler e escrever em um novo idioma, as aulas de Línguas Estrangeiras Modernas nas escolas de nível médio, acabaram por assumir uma feição monótona e repetitiva que, muitas vezes, chega a desmotivar professores e alunos, ao mesmo tempo em que deixa de valorizar conteúdos relevantes à formação educacional dos estudantes. Evidentemente, não se chegou a essa situação por acaso. Além da carência de docentes com formação adequada, acrescida do fato de que, salvo exceções, a língua estrangeira predominante no currículo ser o inglês, reduziu muito o interesse pela aprendizagem de outras línguas estrangeiras e a conseqüente formação de professores de outros idiomas. 2.OBJETIVOS Possibilitar ao aluno utilizar as quatro habilidades lingüísticas: ouvir, falar, ler e escrever. Articular a aprendizagem da LEM em relação às questões culturais, assim valorizando a sua própria cultura, a sua cidadania e sua identidade. Reconhecer formas gramaticais para melhor entender e formular textos, diálogos. Utilizar saudações nos vários momentos do dia; Apresentar a si mesmo e apresentar outras pessoas; Reconhecer diversos vocábulos em diversos textos “escritos ou falados”; Produzir textos e diálogos; Interpretar textos diversos. Conhecer os gêneros textuais; Perceber o conteúdo vinculado, interlocutores, assunto, fonte, papéis sociais representados, valor estético e condições de produção; Identificar os elementos coesivos e marcadores do discurso responsáveis pela progressão textual, encadeamento das ideias e coerência do texto; Conhecer variedades linguísticas: diferentes registros e graus de formalidade da língua estrangeira. Obter conhecimentos linguísticos: ortografia, fonética, elementos gramaticais; Reconhecer a diversidade cultural e expressa nos discursos/ textos vinculados em Língua Estrangeira. Compreender que os significados são sociais e historicamente construídos e, portanto, passíveis de transformação na prática social; Conscientizar sobre o papel das línguas na sociedade. 3- CONTEÚDOS ESTRUTURANTES. Discurso: enquanto prática social Para a compreensão do objeto de estudos de Língua Estrangeira, são concebidos como conteúdos estruturantes que se desdobram em conteúdos específicos no trabalho pedagógico. Assim, ao tornar a língua como interação verbal, como espaço de produção de sentimentos marcados por relações contextuais de poder, o conteúdo estruturante discurso como prática social a tratará de forma dinâmica, por meio da leitura, da oralidade e da escrita. O conteúdo estruturante tem como referencial o discurso entendido como prática social, que se realiza total ou parcialmente por intermédio de textos. O texto é uma entidade concreta, realizada materialmente e corporificada em um determinado gênero. O que ele produz, ao se manifestar em alguma instância discursiva, é o discurso. Assim, o discurso se realiza nos e pelos textos. 4. CONTEÚDOS A leitura, a oralidade e a escrita serão trabalhadas em todas as séries, no decorrer do ano. Os conteúdos elencados a seguir serão trabalhados em todas as séries, em grau de profundidade de acordo com o conhecimento dos alunos: Gêneros textuais; Percepção do conteúdo vinculado, interlocutores, assunto, fonte, papéis sociais representados, valor estético e condições de produção; Elementos coesivos e marcadores do discurso responsáveis pela progressão textual, encadeamento das ideias e coerência do texto; variedades linguísticas: diferentes registros e graus de formalidade; diversidade cultural; conhecimentos linguísticos: ortografia, fonética e elementos gramaticais. LEITURA Identificação do tema, do argumento principal e dos secundários; Interpretação observando: conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade e intertextualidade do texto; Linguagem não-verbal; As particularidades do texto em registro formal e informal; Finalidades do texto; Estética do texto literário; Realização de leitura não linear dos diversos textos. ORALIDADE Variedades linguísticas; Intencionalidade do texto; Particularidades de pronúncias da língua estudada em diferentes países; Finalidade do texto oral; Elementos extralinguísticos: entonação, pausas,gestos. ESCRITA Adequação ao gênero: elementos composicionais, elementos formais e marcas linguísticas; Paragrafação; Clareza de ideias; Adequar o conhecimento adquirido à norma padrão. ANÁLISE LINGUÍSTICA Coesão e coerência; Função dos pronomes, artigos, adjetivos, numerais, preposições, advérbios, locuções adverbiais, conjunções, verbos, palavras interrogativas, substantivos, substantivos contáveis e incontáveis, falsos cognatos, discurso direto e indireto, voz passiva, verbos modais, concordância verbal e nominal, orações condicionais e outras categorias como elementos do texto; Pontuação e seus efeitos de sentido no texto. GENÊROS DISCURSIVOS fábulas, biografias, classificados, notícias, reportagem, entrevistas, cartas, resumo, piadas, folhetos, charges,tiras. 5. METODOLOGIA Os diferentes gêneros textuais serão o ponto de partida da aula de Língua Estrangeira onde o aluno deve ser levado a desenvolver uma prática analítica e crítica através dos seus conhecimentos linguísticos. A escolha de textos trabalhados dependerá do grau de conhecimento dos alunos e será voltada para a interação verbal no uso efetivo da linguagem e não na memorização. Para que o aluno compreenda um enunciado, deve ter algum domínio das variações léxicas, fonético-fonológicas e morfossintáticas e de sua adequação. O objetivo da leitura é permitir ao leitor um conhecimento de mundo para que possa elaborar um novo modo de ver a realidade . A oralidade tem como objetivo expor os alunos a textos orais, pertencentes aos diferentes discursos, incentivando-os a expressarem suas ideias, respeitando-se suas limitações. Em relação à escrita, ela deve ser significativa, pois é aí que onde o aluno vai produzir seu diálogo imaginário, fundamental para a construção do texto e de sua coerência. O trabalho da língua estrangeira será utilizado para conscientizar o educando do papel da LEM na atual sociedade, visto que este tem sido de fundamental importância na era da informática e globalização. As atividades serão desenvolvidas pela utilização de músicas, vídeos, textos diferenciados, objetivando o desenvolvimento das quatro habilidades da língua (ouvir, falar, ler e escrever). Um outro aspecto, é instrumentalizar o aluno para que possa dar informações culturais e geográficas dos países que fazem uso da LEM, bem como saiba colocarse e receber visitas de estrangeiros na escola, ou fazer passeios em locais de enriquecimento cultural para o aluno. Os professores devem organizar eventos que fazem parte da cultura da LEM. Diversos tipos de textos - músicas, slogans, textos informativos, notícias, entre outros – sobre o meio ambiente serão trabalhados para debater sobre o tema neles propostos e produção textual retratando a realidade ambiental. Quanto a Cultura Afro-brasileira e Africana, trabalhar com diversos textos, como: músicas, textos ficcionais e informativos, poemas, levando o aluno a debater e a refletir sobre a discriminação e para que possa entender a contribuição dessas culturas. Em relação a História do Paraná, pesquisar na Internet, livros, revistas os autores paranaenses e suas contribuições na História do Paraná. Produção de textos sobre as obras pesquisadas. Os recursos a serem utilizados serão: TV, vídeo, DVD, aparelho de som, Tv pen-drive, laboratório de informática, livros, dicionários, revistas, jornais e papéis diversos. Serão selecionadas músicas e filmes atuais de acordo com os conteúdos. O DVD será usado como recurso para aprendizagem de vocabulário e das habilidades de ouvir e ler. 6. AVALIAÇÃO O objetivo de propor práticas avaliativas é de nortear o trabalho do professor, bem como propiciar que o aluno tenha uma dimensão do ponto em que se encontra no percurso pedagógico. A avaliação da aprendizagem em língua estrangeira objetiva subsidiar discussões acerca das dificuldades e avanços dos alunos, a partir de suas produções. O envolvimento dos alunos na construção do significado nas práticas discursivas será base para o planejamento das avaliações de aprendizagem. O professor deverá observar a participação dos alunos e considerar que o engajamento discursivo na sala de aula se faça pela interação verbal, a partir de textos. O processo avaliativo será realizado sistematicamente, através de: Trabalhos em que os alunos precisem redigir, elaborar, argumentar; Produção de textos; Trabalho em grupos; Leitura e dramatização de textos; Avaliação individual; Pesquisas. As avaliações serão diagnóstica e formativa, desde que se articule com os objetivos específicos e conteúdos definidos, a partir das concepções e encaminhamentos metodológicos, de modo que sejam respeitadas as diferenças individuais e escolares. A função da avaliação deve ser de diagnosticar o avanço do conhecimento, caracterizando-se como processo contínuo de comprometimento. É muito importante o retorno das avaliações aos alunos com os devidos comentários, para que eles possam entender o processo de aprendizagem e, assim, buscar a superação das dificuldades deles. 7. REFERÊNCIAS SEED. Currículo básico para escola pública do Paraná. Secretaria de Estado da Educação do Paraná, 1990. VYGOTSKI, L.S. Pensamento e linguagem. 2ed. São Paulo: Martins Fontes, 1989. LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. São Paulo: Cortez, 1995. BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1992. PRESCHER, Elisabeth; PASQUALIMM, Ernesto; AMOS, Eduardo. Graded English. Volume único. 2ed. São Paulo: Moderna, 2003. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de Ensino de 1º Grau. Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira Moderna - Inglês para a Educação Básica. Curitiba: SEED, 2006. PROGRAMA VIVA ESCOLA ELABORAÇÃO DE UMA AGENDA 21 NO COLÉGIO PROPOSTA PEDAGÓGICA JUSTIFICATIVA: A Educação Ambiental na escola é de fundamental importância, compete a ela buscar dentro dos conteúdos formais e práticas pedagógicas formas que resultem em nova tomada de consciência e atitudes que proceda em transformações necessárias para uma melhor qualidade de vida. Assim sendo, a escola Caetano Munhoz da Rocha está localizada na zona rural do município, onde a maioria dos alunos os pais são pequenos agricultores ou trabalham para estes, onde quase todos fazem uso de agrotóxicos, queimadas e uso de fertilizantes, tão necessários para uma melhor produção, mas, que trazem tantos problemas ambientais, temos nós a necessidade de trabalhar para uma mudança cultural, uma transformação social, assumindo o nosso papel de educadores preocupados com a qualidade de vida e a sustentabilidade dos nossos alunos e do planeta terra. Desta Maneira justifica-se como essencial a elaboração de uma Agenda 21 para buscar uma melhoria sócio- ambiental do colégio, procurando desenvolver assim um trabalho questionador, a fim de propor novas visões e formas de inserir localmente propostas educacionais no âmbito ambiental local (colégio e a comunidade), construindo e adaptando essa dimensão, transformando-a em ação capaz de produzir uma qualidade ambiental global. CONTEÚDOS: Dimensão econômica do espaço geográfico a circulação da mão-de-obra , do capital, das mercadorias e informações. A realidade local dentro do âmbito paranaense, brasileiro e mundial. As relações entre espaço rural e a modernização através de novas tecnologias Exploração e utilização dos recursos naturais ( solo, água, ar e sol) Dimensão socioambiental do espaço geográfico Biodiversidade Equilíbrio dos Ecossistemas Relações de interdependência entre os seres vivos e deste com o meio ambiente Problemas ambientais. OBJETIVOS: Desenvolver nos alunos e na comunidade valores e atitudes que conduza uma melhoria da sua qualidade de vida. ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS: Interdisciplinariedade entre todas as disciplinas, uso da leitura científica, pesquisa de campo, palestras, atividades lúdicos pesquisas, visita a parques ecológicos, plantar árvores que ajudem restaurar a mata ciliar do rio Três Barras próximo a colégio, formar patrulha ecológica que ajude na escola como: Plantar sombreiros, disseminado o uso correto de reciclar. INFRAESTRUTURA: Biblioteca, laboratório de informática e barracão de eventos da comunidade. RESULTADOS ESPERADOS: Espera-se que os alunos consigam entender, a situação ambiental global e local procurando alternativas que amenizem os problemas ambientais do colégio como: Como podemos diminuir o lixo em casa na escola na comunidade e no munícipio. Reflexão e informativo de como podemos mudar hábitos de queimadas e conservar a mata ciliar. CRITÉRIOS DE PARTICIPAÇÃO: Alunos com bom desempenho escolar Professor participante: Franciele Regiane Kuzeratski e-mail: [email protected] Disciplina de formação: Ciências Vínculo: Pss RG: 0101366154 CELEM 1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA Atualmente, a escola pública vem demonstrando mudanças e investindo em propostas para que o ensino de Língua Estrangeira Moderna - LEM possa ter um papel democratizante de oportunidades, sendo assim mais um instrumento de educação que possibilita ao aluno a construção do processo de ensino aprendizagem. A Língua Estrangeira Moderna - LEM – é um espaço que oportuniza o aluno ampliar seu contato com outras formas de perceber, conhecer e entender a realidade, tendo em vista que a percepção do mundo também está ligada às línguas que se conhece. A LEM apresenta também como um espaço de construções discursivas contextualizadas que refletem a ideologia das comunidades que a produzem. Ao conhecer outras culturas e outras formas de encarar a realidade, o aluno passa a refletir mais sobre a sua própria cultura, ampliando sua capacidade de compreender o seu entorno social. O educando terá melhores condições de estabelecer vínculos, semelhanças e contrastes entre sua forma de ser, agir, pensar e sentir uma outra cultura, fatores que ajudarão no enriquecimento da sua formação. Com o advento do Mercosul, aprender espanhol deixou de ser um luxo para se tornar praticamente uma emergência. A posição que a língua espanhola ocupa no mundo de hoje é de suma importância, oportunizando crescimento econômico, cultural, acadêmico e pessoal. 2. CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Discurso como prática social GÊNEROS DISCURSIVOS: para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística, serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação. CONTEÚDOS BÁSICOS: 1º ANO LEITURA: Tema do texto; Interlocutor; Informalidade Situacionalidade; Informações explícitas; Discursos diretos e indiretos; aceitabilidade do texto; Elementos composicionais do gênero; Léxico; Repetição proposital de palavras; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem. ESCRITA: Tema do texto; Interlocutor; Finalidade do texto; Discurso direto e indireto; Informalidade; Elementos composicionais do gênero; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem Acentuação gráfica; ortografia; concordância verbo/nominal. ORALIDADE: Tema do texto; Finalidade; Papel do locutor e interlocutor; Aceitabilidade do texto; Informalidade; Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos,...: Adequação do discurso ao gênero; Turnos de fala; Variações linguísticas; marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos. 2º ANO Conteúdos temáticos; Tema do texto; Interlocutor; Finalidade do texto; Intertextualidade; Temporalidade; Discurso direto e indireto; Emprego do sentido conativo e denotativo no texto; Aceitabilidade do texto; Informalidade; Situacionalidade; Polissemia; Léxico; Vozes sociais presentes no texto; Elementos composicionais do gênero; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem. Semântica; operadores argumentativos; ambiguidade; sentido conotativo das palavras no texto; expressões que denotam ironia. 3. ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS O aprendizado de uma outra língua possibilita outras formas de conhecer, expressar e transformar modos de entender o mundo e construir significados. Dessa forma, que o ensino de Língua Estrangeira se constitui por meio da compreensão da diversidade linguística e cultura para que o aluno se envolva discursivamente e desenvolva as práticas de leitura, escrita e oralidade ampliando assim seus conhecimentos. O trabalho com a Língua Estrangeira em sala de aula a partir do entendimento do papel das línguas na sociedade é mais um instrumento de acesso à informação. Propõe-se que, nas aulas de Língua Estrangeira Moderna, o professor aborde os vários gêneros textuais, em atividades diversificadas, analisando a função do gênero estudando, sua composição, a distribuição de informações, o grau de informação ali presente, a intertextualidade, os recursos coesivos, a coerência e, somente depois de tudo isso, a gramática em si. Sendo assim, o ensino deixa de priorizar a gramática para trabalhar com o texto, sem, no entanto, abandoná-la. O estudo das funções da Língua Espanhola acontecerá através da leitura, oralidade e escrita de textos, músicas, filmes e outros, a gramática básica através de textos de gêneros variados. Os sons característicos da Língua Espanhola através de textos orais serão desenvolvidos através da utilização de diferentes gêneros textuais para que o aluno identifique as diferenças estruturais e funcionais, a autoria e a que público se destinam. Os encaminhamentos metodológicos devem propiciar ao aluno o conhecimento de novas culturas, percebendo que não há uma cultura melhor que a outra, mas sim diferentes. A exploração de vários recursos como: aulas expositivas e dialogadas, trabalhos em grupos, produção escrita e oral, serão utilizados de forma interativa em busca de melhores resultados na aprendizagem. Materiais como livro didático, dicionário, livro para didático, vídeo, CD, DVD, CD-ROM, internet, TV multimídia serão utilizados para facilitar o contato e a interação com a língua e a cultura. Serão trabalhados assuntos sobre vida e sociedade da cultura afrobrasileira e Africana e Cultura Indígena pelo fato da realidade da origem e formação da sociedade brasileira e latino-americana e, que no continente africano há país que adotou o espanhol como língua oficial. Sexualidade, drogas e Meio ambiente serão abordados para que os alunos conheçam e analisem de forma crítica como outras sociedades tratam tais assuntos. 4. AVALIAÇÃO A avaliação da aprendizagem em Língua Estrangeira Moderna está articulada aos fundamentos teóricos explicitados nestas Diretrizes e na LDB nº 9394/96. Ao propor reflexões sobre as práticas avaliativas, objetiva-se favorecer o processo de ensino e de aprendizagem, ou seja, nortear o trabalho do professor, bem como propiciar que o aluno tenha uma dimensão do ponto em que se encontra no percurso pedagógico. Conforme analisa Luckesi (1995, p. 166). A avaliação da aprendizagem necessita, para cumprir o seu verdadeiro significado, assumir a função de subsidiar a construção da aprendizagem bemsucedida. A condição necessária para que isso aconteça é de que a avaliação deixe de ser utilizada como um recurso de autoridade, que decide sobre os destinos do educando, e assuma o papel de auxiliar o crescimento. A avaliação da aprendizagem precisa cumprir o seu verdadeiro significado, assumir a função de subsidiar a construção da aprendizagem bem sucedida. A avaliação da aprendizagem da Língua Estrangeira necessita superar a concepção como um simples instrumento de mediação da apreensão dos conteúdos, visto que ela se configura como um processo e, como tal, objetiva subsidiar discussões acerca das dificuldades e avanços dos alunos sujeitos, a partir de suas produções, no processo de ensino aprendizagem. A avaliação é entendida como um aspecto de ensino pelo qual o professor estuda e interpreta os dados da aprendizagem e de seu próprio trabalho, dando-lhe condições para que tome decisões quanto ao aperfeiçoamento das situações de aprendizagem. Os instrumentos de avaliação são diversificados, podendo ser: provas escritas e orais, palestras, debates, teatros, trabalhos de pesquisa individuais e em grupo, produções de textos e cartazes, visando alcançar os objetivos propostos, ponderando os aspectos qualitativos da aprendizagem, sendo esta contínua, cumulativa e processual. Os resultados serão expressos por disciplina, através de notas numa escala de 0 (zero) a 10 (dez), computados trimestralmente. A apuração para a média anual, para cada disciplina, será realizada através da seguinte fórmula: M.A.= 1º TRI. + 2º TRI. + 3º TRI. 3 Para avaliar o desempenho dos alunos serão considerados os objetivos da Proposta Curricular, bem como do Projeto Político-Pedagógico do Colégio, o aluno que não atingir o resultado satisfatório fará recuperação dos conteúdos. Através das avaliações é possível detectar as dificuldades dos alunos, revêr a metodologia aplicada e estabelecer novas ações pedagógicas para recuperar paralelamente os conteúdos trabalhados. A recuperação de estudos é direito de todos os aluno, independente do nível de apropriação do conhecimento. REFERÊNCIAS DCEs, Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná. Secretaria de Estado da Educação – SEED- 2009. PPP, Projeto Político Pedagógico. C.E Dr.Caetano Monhoz da Rocha, Quitandinha – 2009. LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. São Paulo: Cortez, 1995. BRASIL. Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Diário Oficial da União, Brasília, 23 dez. 1996.