A Tarde – Bom Jesus da Lapa faz ato público em defesa do Rio São
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A Tarde – Bom Jesus da Lapa faz ato público em defesa do Rio São
A10 Editor-coordenador Luiz Lasserre SALVADOR TERÇA-FEIRA 14/10/2014 BAHIA VALENÇA Corpo de policial militar baleado é sepultado nesta terça-feira www.atarde.com.br [email protected] PRESERVAÇÃO Evento deve reunir religiosos, ambientalistas e comunidades na próxima sexta-feira Bom Jesus da Lapa faz ato público em defesa do rio São Francisco MIRIAM HERMES Barreiras Crianças brincam em um dos braços do rio que secou em Ibotirama Um ato público em defesa do rio São Francisco está programado para esta semana, com expectativa de reunir, na próxima sexta-feira, em Bom Jesus da Lapa (a 777 km de Salvador), religiosos, ambientalistas e representantes das comunidades que vivem na margem do grande rio. O Velho Chico encontra-se com níveis de água considerados críticos, como resultado de agressões ambientais e da estiagem que atingem praticamente toda a bacia hidrográfica do braço d’água considerado um rio de integração nacional. “Pedimos às pessoas que levem vasilhas com água que simbolicamente vamos derramar de cima da ponte, fazendo uma cachoeira, que será um gole d’água para o rio”, disse o reitor do santuário de Bom Jesus da Lapa, padre Roque Silva. O religioso ainda salientou que “não se trata apenas de jogar água, mas de assumir a defesa da vida do rio nas articulações de níveis federal, estadual e municipal para o revigoramento das forças do São Francisco”. No entanto, para o vice-presidente da CBHSF, Wagner Soares, esta redução ainda não atende à necessidade, “pois a média de vazão na entrada da represa é de 53 m³/s e, neste ritmo, até o final de outubro não terá nada de reserva”. Como a parte de Minas Gerais fica na montante da Bahia, qualquer alteração na parte mineira, afeta diretamente a parte baiana do rio. Ainda este mês, uma nova reunião, no dia 22, em Salvador, continuará o debate sobre medidas que deverão ser adotadas para minimizar os efeitos da estiagem para moradores que se utilizam as águas do Velho Chico. O ato público em defesa do rio São Francisco terá concentração na praça Marechal Deodoro da Fonseca, no centro de Bom Jesus da Lapa, de onde os manifestantes seguirão em caminhada até a ponte. O encerramento está previsto para ocorrer sobre o rio, que historicamente foi responsável pelo desenvolvimento das regiões no entorno de seu percurso de 2.800 quilômetros da nascente na Serra da Canastra (MG) – que atualmente está seca – à foz no oceano Atlântico. De acordo com o coordenador da ONG Articulação Popular São Francisco Vivo, Rubens Siqueira, o ato público também fará referência à passagem do dia de São Francisco, dia 4 de outubro. “Mas, por ser uma véspera de eleição, decidimos adiar a manifestação de protesto pela situação do rio para a próxima sexta-feira”. Ele salientou que esta manifestação faz parte também de uma série de eventos realizados em diversos pontos do São Francisco desde o mês de setembro, com início em Pirapora (MG). Pedido de moratória foi encaminhado ao MPF Durante estes encontros foi referendado, por mais de 70 assinaturas de representantes de instituições, o pedido de moratória para o rio, solicitando a suspensão de emissão de outorgas de água para grandes e médios empreendimentos e avaliação das outorgas já concedidas. As ações estão sendo encaminhadas ao Ministério Público Federal dos estados que fazem parte da bacia para que o órgão tome as medidas cabíveis contra os agentes governamentais e privados “que violam direitos ao promover ou se omitir frente à degradação da bacia, mais evidente no atual quadro de estiagem”, diz o texto. Raul Spinassé / Ag. A TARDE / 28.8.2014 SANTO ANTÔNIO DE JESUS Vigilância Epidemiológica realiza mobilização contra a chikungunya Em Santo Antônio de Jesus (a 185 km de Salvador), no Recôncavo, foi registrado um caso suspeito de febre chikungunya. Segundo a Vigilância Epidemiológica estadual, o caso foi notificado em um Posto de Saúde da Família. Por conta disso, o núcleo de vigilância epidemiológica do Hospital Regional de Santo Antônio de Jesus promove esta semana, no auditório da unidade, uma palestra para os profissionais de saúde sobre a doença. A enfermeira Vanda Moreira diz que “precisamos estar atentos à ameaça da febre chikungunya, por isso resolvemos convidar a coordenadora O nível crítico do rio e represas tem mobilizado também o Comitê da Bacia Hidrográfica do São Francisco (CBHSF), que pede a redução da vazão para que a água reservada dure por mais tempo atendendo às necessidades de todos os usuários. Em reunião realizada, na última quarta-feira, na Agência Nacional de Águas (ANA) em Brasília com representantes de diversos órgãos federais ligados à área ambiental e do setor energético, foi aprovada a redução de 150 m³/s para 140 m³/s a vazão defluente da barragem de Três Marias, a mais próxima da nascente, que está com 4,4% de seu volume útil. Insuficiência Mobilização CRISTINA SANTOS PITA Santo Antônio de Jesus Comitê pede redução da vazão para poupar reserva de vigilância da 4ª Diretoria Regional de Saúde (Dires), Rita de Cássia, para tratarmos mais sobre o assunto e planejar um trabalho intersetorial para controle da doença na nossa unidade”. Um paciente foi atendido no Hospital Regional com suspeita da febre, mas o caso 165 casos tinham sido confirmados na Bahia, de acordo com boletim da semana passada da Secretaria da Saúde do estado. Novo boletim tem previsão de sair hoje foi descartado por exames laboratoriais e registrado como dengue. Coordenadora A coordenadora de vigilância epidemiológica da 4ª Dires pontuou os principais sintomas da febre chikungunya, que aparecem entre quatro e oito dias após a picada do mosquito infectado. Os principais sintomas, de acordo com Rita de Cássia, são as dores intensas nas articulações. Diferentemente da dengue, uma parcela das pessoas infectadas pela febre africana pode desenvolver a forma crônica da doença, com a permanência dos sintomas, que podem durar entre seismeses e um ano.