imagem - Brasil Imperial

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Imperial
Gazeta
Jornal editado pelo Instituto Brasil Imperial Junho de 2013 Ano XVIII Número 209 www.brasilimperial.org.br
REPÚBLICA
EM CONVULSÃO
02
UNIDOS
Palavra do Presidente
VAMOS TODOS JUNTOS PROMOVER A RESTAURAÇÃO DA MONARQUIA NO BRASIL, SÓ UNIDOS
EM UM ÚNICO BLOCO MOSTRAREMOS O QUANTO SOMOS FORTES E REPRESENTATIVOS
Estou convencido que cumpre a nós decidir os destinos da
Nação, e analisando as dificuldades da restauração atingir o seu
ápice, resolvemos estudar os sinais.
Os sinais estão ai, é preciso entendê-los, e isso diz respeito aos
monarquistas. Precisamos fazer o nosso dever como patriotas
que somos e formar uma militância monarquista, como foi formada a militância do PT, em tempos passados, só com militância vamos alcançar os nossos objetivos.
Para isso, precisamos fechar questão em torno de uma liderança e de um projeto único, se conseguirmos aqui e agora nos
desnudarmos de nossas paixões, e assumirmos que somos uma
voz única, todos falando e defendendo o mesmo projeto, então
ao acabar de ler estas linhas podemos dizer com convicção que
a vitória está garantida.
Você pode continuar com sua identidade ou assumir a do IBI, o
Estatuto do IBI Instituto Brasil Imperial, prevê em seu artigo 10º
parágrafo III, o Associado Institucional.
São associados institucionais as entidades culturais, blogs e
afins e organizações independentes, cuja filiação for aprovada
pela Assembléia Geral, compondo uma Rede Organizada de Grupos Autônomos, que aceitam o estatuto e regimento interno do
IBI NÚCLEO NACIONAL.
Assumir o projeto é assumir que hoje nada somos e nada con-
seguiremos em nossas reivindicações, isso porque não formamos
uma representatividade.
Não pense que somos muitos, podemos até ser, mas enquanto não
nos agruparmos em uma só sigla nunca saberemos quantos representamos. Hoje representamos muito poucos sonhadores, basta olhar ao redor e vermos quantos somos os nomes se repetem em casa
pagina das redes sociais, são sempre os mesmos.
Para sermos representativos precisamos ter em nosso cadastro pelo
menos 1.000.000 de militantes, o que não é muito, este número representa só 0,52% dos 190.732.694 habitantes (censo 2010).
Mas admito ficar muito satisfeito quando atingirmos os primeiros
50.000 militantes, o que já daria para fazer um bom barulho.
Como fazer a militância monárquica, só promovendo a fundação de
núcleos para estarmos representados em todos os municípios do
Brasil.
Se quisermos ter até 2018, o MM estruturado nacionalmente com o
objetivo de sermos uma força político-institucional consolidada até
2022, data do bicentenário de
nossa Independência, é necessário
conquistar metade mais um da
população brasileira até aquela
data, o quer dizer que temos 9
anos essa soma da população,
o que representa a conquista de
10.596.261militantes por ano.
Você monarquista, entenda que o
ditado da andorinha é verdadeiro,
“uma andorinha não faz verão”,
mas vemos que elas juntas fazem
bonitas e importantes revoadas,
é desse exemplo que precisamos.
Afinal até quando você vai trabalhar sozinho, precisamos de você
somando, só assim atingiremos os
nosso objetivo.
Antonyo da Cruz
Presidente do Instituto Brasil Imperial
Gazeta
Imperial
A Gazeta Imperial é uma publicação do Instituto Brasil
Imperial. Artigos, sugestões de reportagens, divulgação
de eventos monárquicos e imagens podem ser enviados
para [email protected]
Comendador Antonyo da Cruz
Presidente do Instituto Brasil Imperial
[email protected]
Alessandro Padin
Editor e jornalista responsável
[email protected]
Professor Celso Pereira
Revisão
03
Artigo
VOCÊ E O
PRESIDENCIALISMO
Gastão Reis Rodrigues Pereira
Empresário e economista
[email protected]
www.smart30.com.br
“E eu com isso?”, poderia me
perguntar você, caro leitor, em
relação ao presidencialismo. E
eu respondo: muito, muito mais
do que possa imaginar à primeira vista. Não vou me prender a
tecnicalidades para não tornar
este ar tigo maçante e fugir à essência do que precisa ser dito:
a enormidade dos desacer tos e
infor túnios que ele trouxe para
a vida política do país, em especial a queda brutal da qualidade
do homem público, do político
brasileiro.
Presidencialismo é um sistema
de governo onde se põe poder
demais nas mãos de uma só pessoa, do presidente. No caso brasileiro, no arbítrio do presidente.
Parlamentarismo é também um
sistema de governo com a diferença marcante de que o poder é
exercido de modo colegiado. Este
último nos remete à praça grega
onde os cidadãos livres tomavam suas decisões sobre a pó-
lis, a cidade, democraticamente.
Em poucas palavras: poder sob
permanente controle dos governados. Este ponto é fundamental para entender que quando
nos afastamos desse modelo, a
tendência de longo prazo é criar
um fosso entre governantes e
governados. Os acontecimentos
recentes ocorridos no congresso
nacional, sem descar tar os de
nossa história política republicana mais remota, dão bem a medida da profundidade que esse
fosso pode atingir.
Muitos são os vícios do presiden-
cialismo. O primeiro deles é que
o sistema permite que a confiança do distinto público no homem
público não seja mais a pedra
fundamental da vida pública. Os
exemplos abundam. O mais flagrante deles é nosso velho conhecido. Qualquer político pego
com a boca na botija se defende
afirmando que não se provou
nada em justiça contra ele. E lá
ficamos nós como plateia muda
aguardando anos a fio pela decisão da justiça enquanto os
Malufs da vida continuam se
servindo da botija, ou seja, do
04
Muitos são os vícios do presidencialismo. O primeiro deles é que
o sistema permite que a confiança do distinto público no homem
público não seja mais a pedra fundamental da vida pública.
nosso dinheiro. O mensalão é
emblemático. A queda de alguns
não levou de roldão o chefão da
quadrilha, até agora incólume
porque não sabia de nada, como
ele diz e ninguém acredita. Num
regime parlamentarista, a conversa é outra. Um político cai por
simples perda de confiança popular ou do próprio Parlamento
nele. Não temos que provar nada
em justiça.
O segundo vício, no caso brasileiro, é a castração do parlamento
como fórum de debates capaz de
discutir e propor iniciativas de
leis que, com frequência indevida, par tem do executivo, ou seja,
do presidente da república. A
isso se chamou de presidencialismo de coalizão para viabilizar
a governabili-dade, sempre muito aquém do que gostaríamos. A
rigor, melhor seria rotular a coisa de legislativo presidencialista
em reconhecimento a quem dá
as car tas.
O terceiro vício, em função da
omissão do nosso parlamento,
é que o orçamento federal é indicativo e não impositivo. Em
por tuguês claro: o que é aprovado por nossos representantes
não é necessariamente o que
vai acontecer. Diferentemente
do jogo do bicho, o escrito não
vale. Ou pode não valer, pois o
presidente dispõe de um instrumento, o contingenciamento de
verbas, em que sua canetada
fala mais alto. Os representantes
do povo, os deputados, têm que
ficar mendigando favores ao dito
cujo para fazer valer os compromissos assumidos com seus eleitores. Algo do tipo o povo na fila
de espera para ter vez, quando
tem. Antes que você contra-argumente querendo saber como
fazer isso com a falta de representatividade (e seriedade) de
nossos representantes no congresso, é impor tante deixar claro que a adoção de um governo
parlamentar pressupõe uma profunda reforma político-eleitoralpar tidária capaz de pôr ordem na
casa, com incentivos corretos ao
surgimento de lideranças políticas de qualidade. Uma espécie
de Plano Real na política.
O quar to vício não é tão óbvio,
mas faz um estrago monumental
no nosso dia-a-dia. Num regime
parlamentar, o chefe do executivo, o primeiro-ministro, tem
que prestar contas de seus atos
de governo semanalmente ao
Parlamento, ou seja, aos representantes do povo. Essa é uma
prática de controle do poder da
melhor qualidade a que nossos
presidentes não estão obrigados
a fazer regularmente por obra e
desgraça do regime presidencialista. Na verdade, fogem até das
perguntas dos jornalistas como o
diabo cruz, como se fossem imper tinências desrespeitosas ao
grão senhor presidente.
O quinto vício é uma decorrência
do anterior. Justamente por não
fazerem um acompanhamento
sistemático do dia a dia dos atos
de governo, nossos supostos
representantes no congresso se
dedicam a um furor legislativo
contraproducente: excesso de
leis, inclusive para tentar disciplinar leis anteriores que não
funcionam. Existem aquelas natimor tas por baterem de frente
com as leis objetivas do mercado
(caso clássico de tentar tabelar
preços, lição que a Argentina
reluta em aprender), e ainda as
que, por incompetência, são inexequíveis na prática (a reformulação da lei sobre empregados
domésticos é um triste exemplo
dessa variedade para não mencionar o ECA – Estatuto da Cri-
ança e do Adolescente no que
tange à responsabilidade criminal de menores).
Poderia continuar a listar os
efeitos devastadores que o
famigerado
presidencialismo
provocou ao longo de nossa
história republicana. O estrago
maior foi jogar por terra uma
tradição de cunho parlamentarista de quatro séculos de nossa
história. Os prefeitos de nossas
cidades eram os presidentes das
câmaras municipais. No caso
de Petrópolis, assim o era, curiosamente, até 1915, 25 anos
após a proclamação da república presidencialista. Já deu para
perceber, caro leitor, que os estragos do presidencialismo são
muito concretos e, em boa par te,
explicam nosso lento processo
de desenvolvimento. E a razão
é muito simples: quem paga a
conta não é ouvido e está longe
de ter poder de veto sobre os
desatinos. Um milhão e meio de
assinaturas pedindo a cabeça do
atual presidente do senado, ao
cair no vazio, retrata bem nossa
condição de povo reduzido ao jus
sperniandi, ou seja, ao triste “direito” de espernear. E haja pernas para espernear...
05
Entrevista
PRINCESA
Maria Gabriela de
Orléans e Bragança
Ocupando o sexto lugar na linha de sucessão ao Trono Imperial brasileiro e tetraneta do
Imperador Dom Pedro II, a Princesa Dona Maria Gabriela de Orléans e Bragança é a caçula
dos quatro filhos do Príncipe Dom Antônio e da Princesa Dona Christine de Ligne de Orléans e Bragança. Nascida no Rio de Janeiro em 8 de junho de 1989, Dona Maria Gabriela
sempre se destacou como filha exemplar, irmã carinhosa e amiga leal. Aluna aplicada, tem
na música instrumental e no canto algumas de suas principais atividades. Discreta e reservada, encanta a todos com sua beleza, delicadeza e educação. Em meio a seus inúmeros
compromissos, Sua Alteza concedeu ao “Herdeiros do Porvir” a seguinte entrevista:
É tradição na Família Imperial
brasileira dar vários nomes aos
filhos. Vossa Alteza poderia dizer
o seu e o significado de cada um?
Meu nome completo é Maria Gabriela Josefa Fernanda Yolanda Micaela Rafaela Gonzaga de Orleans
e Bragança. Os nomes “Maria” e
“José” [Josefa] estão nos nomes
dos integrantes de toda a família
em homenagem à Virgem Maria e
a São José, assim como “Miguel”
[Micaela],
“Rafael” [Rafaela] e “Gabriel” [Gabriela], em devoção aos arcanjos.
“Fernanda” [Fernando] e “Yolanda”, no meu caso, são os nomes
dos meus padrinhos.
Atualmente V.A. mora e estuda
no Rio de Janeiro. Que curso faz
e quais são seus planos para um
futuro profissional?
Estou fazendo o curso de Comunicação Social na PUC-Rio voltado para publicidade e Marketing. Seguindo o exemplo de meus
irmãos, futuramente penso em
procurar algum trabalho nesta
área de marketing na Europa.
V.A. é ambientada tanto no Bras-
il quanto na Europa, sentindo no
velho continente o efeito de certos estereótipos a respeito de
nosso País. Que pode fazer uma
jovem Princesa brasileira para
ajudar a reverter naquele ambiente essa distorção e imprimir,
pelo contrário, uma imagem autêntica do Brasil?
A melhor maneira de imprimir uma
imagem autêntica do Brasil é de
sempre enfatizar que em nosso
País não existe só carnaval e futebol. Há inúmeras outras riquezas e
qualidades presentes no Brasil às
quais sempre tento dar destaque,
caso alguma pessoa fale o oposto.
V.A. poderia citar algumas destas qualidades?
Penso que o que o Brasil tem de
melhor é seu povo. Os brasileiros são muito acolhedores e, em
grande parte, extremamente religiosos, cristãos. Outra riqueza
do país é sua agricultura, que não
deixa a desejar a nenhum outro
país.
Qual o relacionamento de V.A. com
a nobreza de outros países?
06
Tenho parentesco com algumas
casas reais, com quem inclusive
sempre tento manter contato. Todas as vezes que vou à Europa
geralmente nos encontramos.
Qual país, depois do Brasil, V.A.
escolheria para morar?
Depois do Brasil, o primeiro país
que escolheria para morar seria a
Bélgica, por ser de lá toda minha
família materna, onde sempre fui
muito bem recebida e me sinto à
vontade.
Para conhecermos bem uma pessoa, procuramos saber alguns
gostos pessoais. V.A. tem preferência por alguma culinária? Qual
seu prato preferido?
Sou grande apreciadora da gastronomia em geral e sempre gostei de experimentar coisas novas.
É evidente que tenho preferência
pela nossa tradicional culinária
brasileira, mas também gosto da
culinária japonesa.
Dentro da culinária brasileira,
que pratos poderia citar?
É muito difícil especificar, pois existe uma diversidade muito grande
entre as regiões. Por exemplo, o
Nordeste tem especialidade em
frutos do mar, enquanto no Sul o
que se destaca é a qualidade da
carne. Não tenho como citar um
favorito; aprecio todos.
Existe na França um museu com
enorme variedade de perfumes.
Inclusive recriaram alguns extintos. Na época da Rainha Maria Antonieta foi elaborado um
exclusivo para ela. Qual fragrância V.A. escolheria que refletisse
melhor sua personalidade?
Tenho preferência por fragrâncias
leves, sobretudo florais. Minhas
lembranças olfativas da infância
são os perfumes do Boticário,
como “Ma Chérie”. Atualmente
meu favorito é “Pleasures” da Estée Lauder.
A pintura tem um veio marcante
na Família Imperial brasileira:
Dom Pedro Henrique, Dona Maria
Elizabeth, Dom Antônio, as tias
gêmeas. V.A. se sente integrante dele? Ou de algum outro veio
artístico?
Apesar de sempre ter admirado
muito todo esse dom da família
para a pintura, infelizmente não
o recebi. Porém, um veio artístico
em que me sinto integrante é o da
música. Sempre apreciei todos os
tipos de música. Toco alguns instrumentos como violão e piano;
atualmente faço parte do coral de
minha universidade.
As pessoas, de modo geral,
procuram distrair-se com alguma
amenidade para diminuir o estresse cotidiano. V.A. possui algum “hobby”? Quais? Se for filme,
livro ou esporte, citar alguns.
Tenho inúmeros “hobbies”. Sempre pratiquei esportes, principalmente golf e tênis como tradição
de família. Quanto a livros, há um
em particular que me cativou: “O
discurso do Rei”.
O filme também é fantástico. Sempre me interessei por livros sobre
a Segunda Guerra Mundial, mas
este em particular se destacou,
pois mostra a superação do Rei
George VI da Inglaterra no contexto desta guerra. Para me distrair,
como disse anteriormente, utilizome da música. Não só os ensaios
do coral me fazem muito bem,
como tento aproveitar alguns momentos livres para praticar violão.
Nos países onde vigora o regime
monárquico, a educação e o futuro
dos príncipes são acompanhados
com muito interesse pelo povo.
Embora estejamos numa república, sabemos que os membros de
nossa Família Imperial suscitam
interesse e curiosidade.
V.A. se sente incomodada com
essas manifestações de atenção? O que é ser uma princesa
da Casa Imperial brasileira atualmente?
Não me sinto incomodada de
forma alguma, desde que haja
um certo limite quando se trata
de minha vida pessoal, ou que
de certa forma atrapalhe meu
rendimento em minhas atividades
diárias. Ser uma princesa na Casa
Imperial brasileira é sempre zelar
pelo meu nome, buscando ser um
exemplo para outros.
Quando as filhas do Imperador
Dom Pedro II chegaram à idade de
se casarem, houve uma preocupação a nível político e diplomático com o assunto, pois envolvia o
próprio interesse do Estado. Como
pretendentes, vieram ao Brasil
dois primos, príncipes europeus,
criteriosamente escolhidos - segundo relatos da condessa de Barral – para elas. O Príncipe de de
Saxe-Coburgo-Gota era pretend-
Monarquista, anuncie o seu
produto ou serviço neste espaço
ente a desposar a Princesa Isabel,
enquanto o Conde d’Eu aspirava
à irmã dela, Dona Leopoldina.
Porém, ao se encontrarem, houve
uma mudança e o Conde D’Eu e
a Princesa Isabel reuniram no enlace ao mesmo tempo o interesse
de Estado e o do coração.
V.A. pretende constituir família?
Em caso afirmativo, pensa V.A.
reeditar a feliz combinação que
logrou sua reverenciada Trisavó?
Pretendo constituir uma família,
sim. Como aconteceu com a Princesa Isabel e o Conde d’Eu, o ideal
seria conseguir conciliar os dois
[interesses: Estado e coração]. Provavelmente na escolha de meu cônjuge, vou sempre tentar escolher
aquele que cresceu com os mesmos princípios, mesmos valores e
mesma educação que eu, o que,
sem dúvida alguma, será muito favorável ao Estado também.
V. A. poderia formular uma mensagem para os monarquistas brasileiros, especialmente aos leitores do “Herdeiros do Porvir”?
O que nossa família mais quer
é que continuemos a passar a
história do nosso país de forma
clara, sem qualquer tipo de deturpação e/ou modificação, fato que
vem sendo cada vez mais frequente, principalmente nas escolas. Devemos manter vivo todo
este histórico e toda essa tradição
que temos no Brasil. Gostaria de
agradecer a todos os monarquistas brasileiros pelo apoio que
sempre deram à Família Imperial
durante todos esses anos.
07
Artigo
SOU REI TAMBÉM
REI DOS COMUNISTAS
João Gabriel G. Ribeiro
Viva o Imperador! Mas qual imperador?
Adolphe
Thiers,
orleanista
francês, estabeleceu a Terceira
República francesa sem for talecer o Presidente da República e fez-se o caos, pois apenas
o monarca tem a capacidade
de encarnar o Estado e se fazer respeitado ainda que com
atribuições, em bom por tuguês,
capengas.
O imperador é o pai do povo, o
centro de toda a vida política
do país, aquele, cuja presença,
mesmo que não tendo ou não exercendo amplos poderes, altera
o picadeiro onde se joga a comédia política.
SMI Dom Pedro II e SAI Dona Isabel são nossos símbolos, os baluar tes do que significa o monarquismo brasileiro. É famosa a
frase que o escritor francês Vitor Hugo disse a nosso primeiro
líder nascido em terras brasileiras: “se todos os monarcas fossem como dom Pedrinho, não haveria republicanos.”
Dom Pedro II patrocinou, neste
nosso amado país, o estabelecimento dos Princípios Civilizatórios, hoje chamados Princípios Republicanos. As liberdades civís,
políticas e religiosas; a eleição
regular dos representantes do
povo; o fim da propriedade de
um homem sobre outro; e a superioridade do poder central sobre as estruturas locais, sem, no
entanto, retirar-lhes toda autonomia: o Império, unitário, dava
mais liberdade às províncias que
a atual República Federativa dá
a seus estados-membros.
Nosso Imperador era tão... (por
falta de palavra melhor que resuma tudo), republicano, que
sua saída foi lamentada, não só
por nossos vizinhos, mas até por
políticos dos EUA.
Com a queda do Império, caiu a
verdadeira Res Publicæ brasileira, a Coisa do Povo, um Estado
do povo, pelo povo e para o povo.
Veio uma Cosa Nostra.
O Brasil coroara seu monarca em
9 de Janeiro de 1822 e expulsara o “Carlos X dos trópicos” 9
anos depois. O Império deu aos
brasileiros o primeiro sentimento
de nação, e o Imperador encarnava esta grande nação, um país
que liderava sua região sem ter
que fazer discursos defendendo
isso, muito pelo contrário, primava pelas relações cordiais, sem
pendores a pavão.
Veio 1889 e foi-se a majestade,
o respeito, a boa política, as ins
tituições, que se for taleciam.
Veio o nome República, mas
foram-se os princípios republicanos. Agora, apenas 123 anos
depois do golpe, tivemos nosso
primeiro Chefe de Estado mulher. Mulher esta que aparece tão
autônoma quanto uma regente,
não tendo brilho próprio. Sua
base par tidária vive de ameaçar
as liberdades individuais, mais
especificamente a de imprensa,
debulhar o Erário e rir-se da Constituição Federal.
O glorioso Império do Brasil era,
para os padrões da época, extremamente democrático: votavam
aqui, percentualmente, mais
pessoas que no Reino Unido ou
nos EUA. Império que nos deixou
o terceiro mais antigo parlamento em funcionamento no mundo.
Lembremo-nos que, a Assembleia Geral não foi fechada nem
nos momentos mais absolutistas
de Dom Pedro I, o que nos deu a
mais longa ordem constitucional
da nossa história: 65 anos. A
segunda foram os 38 anos da
Primeira República.
Desde Dom Pedro I, a Casa Imperial sempre defendeu a abolição,
e, desde Dona Isabel, defendeu
os direitos da mulher (Si a mulher pode reinar também pode
votar!). Seguindo a mesma lógica, entendemos que não deve
incomodar ao Império a opção
sexual, religiosa, e ideológica do
Chefe de Governo, indicado pela
a maioria parlamentar e nomeado pelo imperador..
O caso de o Chefe da Casa Imperial ser líder de uma entidade
religiosa, ser casto, solteiro e
sem filhos, também não oferece
nenhum problema, faz par te das
liberdades individuas e a sucessão é garantida na sequencia
por dois irmãos e seu sobrinho.
O Rei do novo Estado da Noruega, Haakon VII, nos anos 20, do
século passado, quando teve de
nomear, um primeiro-ministro de
esquerda, que também poderia
acontecer de nomear um líder
religioso, ao ser indagado proferiu a seguinte resposta em uma
frase de que seu povo lembra
com orgulho: “Sou rei também
dos comunistas”.
O impor tante para a Nação é a
moral pública do Imperador, a
forma com que atua em relação à
seu povo, à Coisa Pública e a do
Estado. Todo ser humano tem erros, toda criatura do nosso bom
Deus é falha, per feito é apenas
o Criador. Incorruptível é o nome
dado por republicanos antidemocráticos a seu ditador. Entretanto, o descolamento da Chefia
de Estado do jogo eleitoral afasta a possibilidade de o monarca
se corromper e o coloca ao lado
do povo contra os desmandos
que intentam os políticos.
Cremos que nosso amado Brasil
precisa de um líder que ame seu
país, respeite seu povo e olhe
para um futuro mais distante
que as próximas eleições, que
modere nosso Estado, mirando
as próximas gerações.
Por muito crer na Democracia,
na República e o que elas verdadeiramente representam, encontrei-me monarquista.
Viva o Imperador!
Viva o Brasil!
08
Artigo
1964
O QUE ACONTECEU NO DIA 31 DE MARÇO DE
Alexandre Paz Garcia
Gostaria de dizer algumas coisas sobre o que aconteceu no
dia 31/03/1964 e nos anos que
se seguiram. Porque concluo,
diante do que ouço de pessoas
em quem confio intelectualmente, que há algo muito errado na forma como a história
é contada. Nada tão absurdo,
considerando as balelas que
ouvimos sobre o “descobrimento” do Brasil ou a forma como
as pessoas fazem vistas grossas para as mor tes e as torturas perpetradas pela Igreja
Católica durante séculos. Mas,
ainda assim, simplesmente não
entendo como é possível que
esse assunto seja tão parcial
e levianamente abordado pelos
que viveram aqueles tempos
e, o que é pior, pelos que não
viveram.
Nenhuma pessoa dotada de
mediano senso crítico vai negar
que houve excessos por par te
do Governo Militar. Nesta seara,
os fatos falam por si e por mais
que se tente vislumbrar cer tos
aspectos sob um prisma eufemístico, tor tura e mor te são
realidades que emergem de maneira inegável.
Ocorre que é preciso contextualizar as coisas. Porque analisar
fatos extirpados do substrato
histórico-cultural em meio ao
qual eles foram forjados é um
equívoco dialético (para os ig-
Mas não respeito a forma como esses “guerreiros” tratam
o conflito. E respeito menos ainda quem os trata como
heróis e os militares como vilões. É uma simplificação que
as pessoas costumam fazer. Fruto da forma dual como
somos educados a raciocinar desde pequenos. Ainda assim,
equivocada e preconceituosa.
norantes) e uma desonestidade
intelectual (para os que conhecem os ditames do raciocínio
lógico). E o que se faz com
relação aos Governos Militares
do Brasil é justamente ignorar
o contexto histórico e analisar
seus atos conforme o contexto
que melhor ser ve ao propósito
de denegri-los.
Poucos lembram da Guerra Fria,
por exemplo. De como o mundo
era polarizado e de quão real
era a possibilidade de uma investida comunista em território
nacional. Basta lembrar de Jango e Janio; da visita à China;
da condecoração de Guevara,
este, um assassino cuja empatia pessoal abafa sua natureza
implacável diante dos inimigos.
Nada contra o Comunismo,
diga-se de passagem, como
filosofia. Mas creio que seja
desnecessário tecer maiores
comentários sobre o grau de autoritarismo e repressão vivido
09
por aqueles que vivem sob este
sistema. Porque algumas pessoas adoram Cuba, idolatram
Guevara e celebram Chavez,
até. Mas esquecem do rastro
de sangue deixado por todos
eles; esquecem as mazelas que
afligem a todos os que ousam
insurgir-se contra esse sistema
tão “justo e igualitário”. Tão
belo e per feito que milhares de
retirantes aventuram-se todos
os anos em balsas em meio a
tempestades e tubarões na tentativa de conseguirem uma vida
melhor.
A grande verdade é que o golpe
ou revolução de 1964, chame
como queira, talvez tenha livrado seus pais, avós, tios e até
você mesmo e sua família de
viver essa realidade. E digo
talvez, porque jamais saberemos se isso, de fato, iria acontecer. Porém, na dúvida,
respeito a todos os que não
esperaram sentados para ver o
Brasil virar uma Cuba.
Respeito, da mesma forma,
quem pegou em armas para
lutar contra o Governo Militar.
Tendo a ver nobreza nos que
renunciam ao confor to pessoal
em nome de um ideal. Respeito,
honestamente.
Mas não respeito a forma como
esses “guerreiros” tratam o
conflito. E respeito menos ainda quem os trata como heróis
e os militares como vilões. É
uma simplificação que as pessoas costumam fazer. Fruto da
forma dual como somos educados a raciocinar desde pequenos. Ainda assim, equivocada e
preconceituosa.
Numa guerra não há heróis.
Menos ainda quando ela é travada entre irmãos. E uma coisa
que se aprende na caserna é
respeitar o inimigo. Respeitar o
inimigo não é deixar, por vezes,
de puxar o gatilho. Respeitar o
inimigo é separar o guerreiro
do homem. É tratar com nobreza e fidalguia os que tentam
te matar, tão logo a luta esteja
acabada. É saber que as ações
tomadas em um contexto de
guerra não obedecem à ética do
dia-a-dia. Elas obedecem a uma
lógica excepcional; do estado
de necessidade, da missão aci-
Numa guerra não há heróis. Menos ainda quando ela é travada
entre irmãos. E uma coisa que se aprende na caserna é respeitar
o inimigo somos educados a raciocinar desde pequenos
ma do indivíduo, do evitar o mal
maior.
Os grandes chefes militares não
permanecem inimigos a vida inteira. Mesmo os que se enfrentam em sangrentas batalhas. E
normalmente se encontram após
o conflito, trocando suas espadas como sinal de respeito. São
vários os exemplos nesse sentido ao longo da história. Aconteceu na Guerra de Secessão, na
Segunda Guerra Mundial, no Vietnã, para pegar exemplos mais
conhecidos. A verdade é que existe entre os grandes Generais
uma relação de admiração.
A esquerda brasileira, por outro
lado, adora tratar os seus guerrilheiros como heróis. Guerreiros
que pegaram em armas contra a
opressão; que sequestraram, explodiram e mataram em nome do
seu ideal.
E aí eu pergunto: os crimes deles
são menos impor tantes que os
praticados pelos militares? O
sangue dos soldados que tombaram é menos vermelho do
que o dos guerrilheiros? Ações
equivocadas de um lado desnaturam o caráter nebuloso das
ações praticadas pelo outro?
Penso que não. E vou além.
A lei de Anistia é um per feito
exemplo da nobreza que me
referi anteriormente. Porque o
lado vencedor (sim, quem fica
20 anos no poder e sai porque
quer, definitivamente é o lado
vencedor) concedeu perdão amplo e irrestrito a todos os que
par ticiparam da luta armada.
De lado a lado. Sem restrições.
Como deve ser entre cavalheiros. E por pressão de Figueiredo,
ressalto, desde já. Porque havia
correntes pressionando por uma
anistia mitigada.
Esse respeito, entretanto. Só
existiu de um lado. Porque a
esquerda, amargurada pela
derrota e pela pequenez moral
de seus líderes nada mais fez
nos anos que se seguiram, do
que pisar na memória de suas
Forças Armadas. E assim seguem fazendo. Jogando na lama
a honra dos que tombaram
por este país nos campos de
batalha. E contaminan d o a m a n ei r a de pen s ar da quel es que
c r es c er am ouv i n do a s tol i c es
d i t as pel os n os s os c o m un i st a s.
C omun i s t as que am a m C uba e
Fi d el , mas que mor a m n a s sua s
c ob er t ur as e d i r i gem seus c a rr ões . Bem d i fe ren te d os n oss os mi l i t ar es , d i ga- se d e p a ss agem.
Gr aç as a el es , n os sa j uven t ude
s en te r epul s a pel a a utor i d a de.
Ac ha bon i to j o g a r p edr a s n a
Pol í c i a e a c ha que qua l quer a to
d e d i sc i p l i n a en c er r a um vi és
r ep r essi vo e a n t i l i ber t á r i o. É
um a tot a l i nver sã o de va l or es.
O que ex p l i c a , d e qua l quer form a , a m a n ei r a c o m o t r a t a m os
os p rofessor es e o s i d osos n o
B r a si l .
E n t ã o , n este 31 d e m a r ç o, c el ebr a r ei a quel es que se l eva n t a r a m c o n t r a o m a l i m i n en te.
C el ebr a re i o s que ser vi ra m à
P á t r i a c o m hon r a e a bn eg a ç ã o.
C el ebr a re i os que hon r a r a m
sua s est r el a s e d i vi sa s e n ã o
d ei x a r a m n o sso p a í s c a i r n a s
m ã os d a esc ór i a m or a l que,
a n os dep oi s, o p ovo br a si l ei ro
r eso l veu p or bem c ol oc a r n o
Pod er.
B em fei to . C a d a p ovo tem os
p ol í t i c os que m er ec e.
S e voc ê n ã o g ost a d a s For ç a s
A r m a da s p o rque e l a s tor t ur a r a m e m a t a ra m , en t ã o, sej a ,
p el o m en os, c o eren te. E p a sse
a n ut r i r o m esm o d i ssa bo r p el a
c or j a que ex p l od i u sequest rou
e j ust i ç ou, d o out ro l a do . M a s
ten ha c er teza que, se um dia
for necessário sacrificar a vida
para defender nosso território
e nossas instituições, você só
verá um desses lados ter honradez para fazê-lo.
10
Artigo
QUEM DEFENDE O
NOSSO PAÍS?
AS DROGAS AINDA VÃO ARRANCAR NOSSOS OLHOS
Renzo Sansoni
Cadê o Ministro da Defesa?
Nossas autoridades, do Presidente da República aos ministros militares, senadores, de
governadores até vereadores,
não estão assistindo televisão?
A guerra civil dentro de nossas fronteiras está se alastrando. O país está colombizando. A ladaínha na televisão
é a mesma: os traficantes de
drogas matam, fazem e acontecem no Rio e em São Paulo.
E mostra, para todo o Brasil,
as mais exasperantes e contundentes imagens de gente
chorando, sofrendo, morrendo
e desaparecendo. Gente como
nós mesmos; brasileiros legítimos e merecedores de atenção
e amparo de toda a sociedade
brasileira.
A televisão mostra o império e
cara dos bandidos, impedindo a
polícia de subir os degraus das
favelas; mostra, também, a exigência desta gente para com
os moradores e transeuntes.
Lá quem manda é o bandido e
quem está fora da lei é quem
trabalha e ganha o pão com a
decência do suor no rosto. E
ninguém mexe o dedo e nem
põe a mão na consciência.
E esta desgraça, que não é pouca e nem é bobagem, avulta e
machuca e devasta. O polvo
demoníaco tem tentáculos alcançando todo o país; fazendo
jovens se perderem e se tornarem, da noite para o dia, monstros e assassinos que fazem
correr
lágrimas,
vergonha,
sangue e mor te nas famílias. O
que ontem eram casos esporádicos e escondidinhos, hoje são
milhares e milhares (e por que
não dizer milhões?) de pessoas
no mais brutal sofrimento, desespero e decadência. O reinado brutal das drogas está de
vento em popa, acelerando e
abusando de tudo e de todos. E
não se vê nenhuma reação positiva, coordenada e decidida à
extinguir esta barbárie das terras brasileiras. A pontinha de
curiosidade no assunto é que
os políticos sempre mudam de
voz e de pose quando cutucados neste mister.
E daí, senhor Ministro da Defesa? Não é possível (e nem admissível ) que o senhor e demais ministros militares não
vejam estas cenas. E, vendo,
não sintam arrepios, birra e
muita raiva no coração, contra
tantas desgraças nos lares de
nossos patrícios. A hora é de
estufar as veias do pescoço,
e intimar os demais ministros militares e o Presidente da
República; e, com Constituição
ou sem Constituição, ou apesar
da Constituição, convocar todo
o povo e soldados para a guerra
total contra todas as pessoas
que estão negociando drogas
para viciar a juventude brasileira. Tudo isto por uma simples
razão: o nefando inimigo, externo e interno, da pátria é o império da droga/violência. E inimigo mais perigoso, e aparelhado,
jamais foi visto por aqui. Os nazistas de hoje são eles. E este
império não cede um milímetro
sequer em sua louca e determinada missão de arrancar o dinheiro e a alma dos inocentes e
desavisados. E é capaz de arrebentar e incendiar o Brasil.
Loucos somos nós que deixamos este inimigo mor tal florescer
e criar raízes nos nossos lares.
É só lembrarmo-nos do que significou para a Humanidade, em
quantidade de sofrimento, insegurança e mor tandade, a ascensão do nazismo. E de como foi
extremamente alto o preço que
as nações civilizadas pagaram
para se verem livres desta praga
apocalíptica.
Como não sou Ministro da Defesa sinto-me no dever de botar
a boca no trombone e publicar
estas linhas para todo o país, objetivando que cheguem aos gabinetes adequados e competentes,
para atiçar os brios daqueles
que podem mudar, para melhor,
o destino e a tranquilidade das
famílias brasileiras. Não é lá
uma extraordinária contribuição,
mas vale bem a intenção e a comoção.. O povo sempre acompanhará a boa liderança nas
causas sérias e inadiáveis.
Ah, Ministro, ou nós ou eles...,
desde que seja nós !
11
Artigo
A VIDA
PEDE PASSAGEM
Myrian Macedo
Dona Maria do Rosário, ministra
da Secretaria de Direitos Humanos e legisladores do nosso
País, pelo que temos lido e viv ido, perdeu-se o controle sobre
a segurança pública. Presenciamos assassinatos, vemos nossos filhos sendo mor tos através
de câmeras de segurança instaladas em ruas e edifícios, todos
os dias temos notícias de famílias destroçadas com a perda de
entes queridos através de um
banditismo sobre o qual, repito
vocês perderam o controle.
Dona Maria do Rosário e legisladores, em que mundo pensam estar vivendo, no país das
Maravilhas? São Alices disfarçados de autoridades que nos
representam? Não estão vendo
a violência aumentando a cada
dia? Por que os braços cruzados? É público e notório que
não dominam mais nada! Então,
hora de rever as leis e os procedimentos, não acham? Dada
a inoperância de nosso Estado
diante de situações básicas,
como o aprisionamento de bandidos, precisam botar os olhos
em várias questões, funções
e pessoas que exercem essas
funções. A grosso modo, vamos
lá!
Comecemos por nossa presidente. Dona Dilma, mais que
hora de trabalhar fechando
nossas fronteiras, bloqueando
a entrada de armas ilegais e
drogas.
Ah, não tem dinheiro ou não tem
gente com competência para
tanto? Ou nem chegaram a discutir esse tópico para diminuir
a violência que nos assola?
Hora de trabalhar essa ideia,
digamos essencial, presidente.
Dinheiro sobra. É só afastar
corruptos do governo que roubam o erário, mas, a senhora os
12
chama todos de volta, ninguém
entende! Assim não andamos
para frente!
Sr. ministro da Justiça, sua
vez. Sr. Cardozo, não queremos
saber sobre seu sentimento de
preferir a mor te a ir para um
presídio. Queremos saber é de
atitude, pois a prerrogativa de
mudar o inferno que são nossas
prisões também é sua. Menos
desabafo e mais ação, ministro!
Sr. ministro da Educação, não
é igualando por baixo nossos
estudantes que vamos elevar
o nível de educação de nossas crianças e adolescentes.
É ensino básico de qualidade
para todos, desde a mais tenra idade. O senhor está muito
desnor teado, precisa pensar
mais e se cercar de gente que
entenda do babado.
Como mandar para fora do País
estudantes para intercâmbio
que não falam outra língua que
não a nossa ? Acha que os liv ros e as aulas lá fora são em
por tuguês? Como admitir erros em provas de redação nos
vestibulares? Acha mesmo que
consentir o erro pelos alunos
vai ajudá-los, que as desigualdades diminuirão desse modo?
Já lhe ocorreu que um português mal escrito ou falado
pode acentuar a desigualdade?
Pare e pense, sr. ministro Mercadante!
Dona Maria do Rosário, como
entendo, a paz retornará aos lares quando todos juntos trabalharem nas questões que geram a violência, o que envolve
esforço na área de educação,
proteção de nossas fronteiras,
criação de frentes de trabalho
e presídios e casas estruturados para receber desajustados,
além de medidas socioeducativas. Não resolveremos o grave
problema social distribuindo
dinheiro simplesmente. Sabe a
impressão que a senhora com
sua ideologia nos passa? Que
é injusto para com os bandidos deixá-los presos por tantos
anos, coitados, já sofreram tanto em sua infância... ah, vamos
fazer justiça colocando-os em
liberdade, então... assim, estaremos com nossa dívida paga
para com eles...! Bandidos são
vítimas da sociedade que os
tratou injustamente e quando
soltos têm o direito de “descontar” sua revolta em cima dessa
sociedade, fazendo justiça com
as próprias mãos? É isso? É o
que fica parecendo pois somente ele são tratados como
vítimas! Oras, sra.
ministra, como um estudante
que voltando do estágio às 10
da noite e é mor to por um bandido com um tiro na cabeça
para roubar um celular pode
ser
responsabilizado
pelos
males sociais brasileiros? Pagando com a própria vida pelas
mãos de desajustados? É isso?
Por acaso esse estudante não é
vítima, dona Maria do Rosário?
Se o sistema carcerário é incapaz de ressociabilizar os detentos, menores ou maiores, então, a solução é simplesmente
soltá-los?
É por aí? É assim que as autoridades agem, porque é assim que as leis determinam e
há pessoas que defendem essa
barbaridade! O que acontece
aos delinquentes? Através de
nossas leis fracas e ultrapassadas, voltam às ruas piores
do que quando entraram nas
cadeias, mais revoltados e com
toda uma população à mercê de
sua delinquência. Todos entendemos que esses bandidos precisam se reabilitar, e têm esse
direito, mas precisam da ajuda
do Estado para tal. E é aí que
começa o maior problema pois
o Estado não faz a sua
par te: presídios superlotados,
não há plano de recuperação e,
se há, é nada estruturado, é mal
conduzido, sem falar da educação de quinto mundo, drogas
e armas que entram pela por ta
da frente, oras, são seres que
estão deixando de ser humanos
por culpa do Estado! As autoridades, intelectuais e jornalistas costumam dizer que não se
devem tomar decisões no calor
dos fatos, inclusive, criticando a
atitude de Geraldo Alckmin por
defender mudança nas leis para
menores infratores. Aqui cabe
a pergunta: Há quanto tempo
mesmo pedimos mudanças nas
leis e atitudes? Quantos mais
precisarão morrer pelas mãos
de bandidos para que algo seja
feito? Estamos “no calor dos fatos” há muitos e muitos e muitos anos e os fatos não encontram brecha para esfriarem-se,
eis a questão! São assassina-
Monarquista, anuncie o seu
produto ou serviço neste espaço
tos brutais em cima de assassinatos e crimes hediondos, sem
folga! Desde estupros a assaltos com finais trágicos, envolvendo crianças, adolescentes,
adultos! Dona Maria do Rosário
e legisladores, se bandidos são
vítimas, a sociedade também
é. De suas excelências! De seu
descaso, de sua falta de visão ,
de sua insensibilidade, de sua
irresponsabilidade, de sua incompetência, de seu desprezo,
de sua total ausência. Ganham
muito dinheiro através de altos
salários, fora os “por fora”, têm
segurança para toda a família,
blindam seus carros e não correm risco de serem abordados
pelos bandidos. Sobra para
nós, o povo, que paga caro pelos seus luxos e tranquilidade.
Que tal cuidarem de nossas
famílias também? Precisam trabalhar e fazer menos política.
Se não são preparados para enfrentar essa guerra, caiam fora,
deem lugar aos com competência e vontade! Ou mudam seu
procedimento, atentando para
o fato de que não somente os
bandidos são vítimas, mas que
o povo também é! Para tanto,
revejam as leis, revejam suas
atitudes, que em nada estão
resolvendo o grave problema
da segurança. Trabalhem, façam dos presídios lugares de
reabilitação, não de pós-graduação no crime, façam jus aos
seus honorários! Rápido, pois
a vida pede passagem! Direitos
humanos, sim, mas, para todos
nós!
13
NOTÍCIAS DA MONARQUIA BRASILEIRA
ESPAÇO DAS ENTIDADES MONARQUISTAS E DOS NÚCLEOS DO INSTITUTO BRASIL IMPERIAL
Câmara Municipal de Niterói abre exposição
sobre Brasil-Colônia e autoridades querem
reconstruir palacete que abrigou
D.João
Eduardo Garnier
A aber tura da exposição “ Visão
Prospectiva do Museu Histórico
da Villa Real da Praia Grande e
da Imperial Cidade de Niterói”,
inaugurada pelo presidente da
Câmara, vereador Paulo Bagueira (PPS), em conjunto com o
Presidente do Círculo Monárquico D.Pedro II de Niterói, Professor Francisco Tomasco de Albuquerque, no Salão Nobre do
Legislativo, na última segundafeira, dia 13, ser viu para que a
classe política, os empresários, historiadores e segmentos
ligados a cultura iniciassem
uma mobilização para a reconstrução do Palacete de Dom
João VI. O prédio histórico, que
ficava localizado no Largo de
São Domingos e que por tantas
vezes acolheu a Família Imperial a que per tencia, foi demolido
após a Proclamação da República, como que “para apagar a
memória do Brasil Império”em
Niterói.
A exposição, organizada pelo
Círculo Monárquico Dom Pedro
II de Niterói em parceria com
a Câmara, reúne imagens do
Brasil-Colônia, suas igrejas e
cidades históricas, moedas antigas, condecorações da época,
maquetes de naus e caravelas,
mapas, brasões, a evolução do
transpor te ferroviário e documentos históricos que ficam em
exibição até 28 de junho, de 10
às 17 horas, no Salão Nobre,
no terceiro andar da Casa. Mas,
entre tantas preciosidades, a
grande vedete mesmo é a maquete do Palacete, construída
pelos alunos do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal Fluminense,
após intensa pesquisa histórica
e iconográfica do Prof. Francisco Albuquerque e da ProfªMarcia Zveiter de Albuquerque,
ambos arquitetos e professores
aposentados da Universidade
Federal Fluminense.
“Estamos par tindo para a 22ª
geração de por tugueses no
Brasil. Começamos nossa segunda etapa para o resgate da
memória do Brasil-Império, a
primeira foi a sanção pelo Gov erno do Estado, da Lei nº- 6.215
de 20.04.2012. Com a reconstrução do Palacete de Dom
João ali será a sede do Museu
Histórico da Vila Real da Praia
Grande em Niterói. Fomos a
Por tugal para obter uma cópia,
em tamanho natural, do mapa
original da Vila e a escritura
de doação que estava sumida.
Só a encontramos na Sessão
de Manuscritos da Biblioteca
Nacional do Rio de Janeiro. É
um documento que, até então,
sequer havia sido transcrito”,
conta o presidente do Círculo
Monárquico, professor Francis-
14
co Tomasco de Albuquerque.
LEI DE 201 2 MANDA
RECONSTRUIR
A Lei 6.215, de abril de 2012,
de autoria do deputado estadual Comte Bittencour t (PPS),
sancionada e publicada pelo
governador Sérgio Cabral, determina a reconstrução do Palacete de Dom João VI em local
próximo ao que foi demolido.
“Pela lei que aprovamos, o Museu da Vila Real vai abrigar objetos, fotografias, filmes, documentos e outros elementos da
Vila Real. Também está previsto
em lei que, até a construção
definitiva, o material ficará
em instalações provisórias de
um próprio estadual. O espaço
também vai abrigar o Instituto
Histórico e Geográfico de Niterói, parceiro nessa empreitada”, revela Comte Bittencour t,
um dos presentes ao evento.
Para o presidente da Câmara a
iniciativa tem todo apoio do Legislativo. “ Vamos levar a ideia ao
conjunto dos vereadores, acionar nosso diretor Cultural, SohailSaud, e o chefe do Arquivo
de Documentação, Rubens Carrilho, para que a coisa comece
a fluir. Aqui mesmo onde funcionava o antigo restaurante da
Casa pensamos em organizar
um museu histórico da Câmara,
que pode até funcionar conjuntamente com o Museu da Vila
Real. As nossas autoridades executivas ligadas à Cultura também estão sendo chamadas a
contribuir”, diz Bagueira.
Além dos já citados também
estiveram presentes o ministro
do Superior Tribunal de Justiça,
Dr.Waldemar Zveiter; a presidente do Instituto Histórico e
Geográfico de Niterói, ProfªFranci Macha d o D a r i g o ; o s u perintendente de Ar tes de São
G o n ç a l o , D e L u n a Fr e i r e ; o
presidente do Grupo Monaco
d e C u l t u r a , S r. C a r l o s M o n a c o ;
além de diretores de escolas;
j o r n a l i s t a s ; e d e m a i s c o nv i d a dos. Diversas personalidades
r e c e b e r a m a M e d a l h a d o C í rculo Monárquico e Cer tificados de Colaborador Emérito.
DOM JOÃO VI E O
PA L AC E T E D E S . D O M I N G O S
E m d e z e m b r o d e 1 81 5 , t r ê s
d i a s a p ó s e l e v a r o Brasil à
categoria de Reino Unido de
Por tugal, Brasil e Algar ves, o
então príncipe-reg en te D om
Joã o V I , ten d o ao s eu l ado
toda a Famí l i a Real , des emba rcava, pel a pr i mei r a vez, em
terra s n i teroi en s es e após as sistirem man ob r as mi l i t ar es to dos seguem para a r es i d ên c i a
d o Capi t ão T h omaz S oa re s d e
An d r ade , n o L argo d e S ã o D o mi n gos . A c as a foi ofer ec i d a
par a d es c an s o d e D om Joã o
e s ua famí l i a, que a l i f i c a r a m
por d oi s d i as , s ó r etor n a n d o à
C or te, n o R i o de Ja n ei ro, em
22 d e d ezemb ro. D ep oi s d a
pr i mei r a v i s i t a, Dom Joã o só
r etor n ar i a à P r ai a G r a n de em
març o d e 1816, ap ó s a m or te
d a rai n h a Da. Mar i a I . E m m a i o
d o mes mo an o Dom Joã o vo l -
t a p a r a c om em or a r seu a n i ver sá r i o, em 13 d e m a i o. “A
úl t i m a vez em que D om Joã o
vi si tou a c i d a d e foi a c on tec e r
t r ês a n os m a i s t a rd e. Rec ebi d o
c om g r a n d e fest a , p er n oi t a em
seu p a l a c ete, d ep oi s d e p a ssa r
p el a I g re j a de S ã o D om i n g o s.
N o d i a seg ui n te a c o m i t i va c r u z a a E st r a d a d e I n oã e p a ssa o
d i a em M a r i c á a n tes d e r etorn a r a o Ri o ” , r evel a o p rofessor
A l buquerque.
15
NOTÍCIAS NO MUNDO
NOTÍCIAS DAS MONARQUIAS REINANTES NO EXTERIOR E DAS CASAS IMPERIAS NÃO REINANTES
Príncipe Harry presta
homenagem a mortos dos EUA
France Press
O príncipe Harry, usando o uniforme de gala de seu regimento
do exército britânico, prestou
homenagem nesta sexta-feira
(10) aos soldados americanos
mor tos no Iraque e no Afeganistão no segundo dia de sua
viagem aos Estados Unidos dedicada especialmente aos veteranos de guerra.
O terceiro na linha de sucessão à
Coroa britânica caminhou sozinho pelas fileiras de lápides brancas, em uma área ensolarada do
Cemitério Nacional de Arlington
reservada aos mor tos nas guerras mais recentes dos Estados
Unidos.
Ele vestia o uniforme azulmarinho do regimento de cavalaria Blues and Royals, ao qual
se incorporou em 2006, além de
uma boina azul-clara que o identifica como piloto dos helicópteros de ataque Apache da força aérea britânica.
Em um arranjo floral, o príncipe
deixou uma nota escrita a mão:
“Aos meus camaradas de armas
dos Estados Unidos da América,
que fizeram o último sacrifício
pela causa da liberdade”.
O príncipe, de 28 anos e que esteve mobilizado duas vezes no
Afeganistão, assinou o car tão
com seu nome oficial: capitão
Henry Wales.
Mais tarde, ainda pela manhã,
o filho do príncipe Charles e da
falecida Lady Diana colocou uma
oferenda floral no Túmulo do
Soldado Desconhecido em Arlington, seguido à distância por
uma multidão de turistas que o
observavam.
Dali, Harry se dirigiu ao hospital Walter Reed National Military Medical Center para visitar
soldados americanos em terapia física e conhecer os últimos
avanços em próteses. Neste fim
de semana o príncipe estará no
Colorado (oeste) para os Jogos
do Guerreiro, onde mais de 200
homens e mulheres feridos em
combate competirão em esportes
como tiro com arco, ciclismo, natação, atletismo e basquete em
cadeira de rodas.
Harry, que visitou Washington
pela última vez há um ano, deu
mostras de um melhor comportamento depois das fotos tiradas
com um telefone celular e divulgadas na internet em agosto passado, nas quais foi visto nu em
uma festa em um hotel de Las Vegas, Nevada (oeste).
Assim como seu pai, o príncipe
Charles, e seu irmão mais velho,
o príncipe William, Harry assumiu
uma maior participação nos deveres reais em nome de sua avó,
a rainha Elizabeth II, que completou 87 anos no mês passado
16
Artigo
Para resgatarmos
a Res Pública
Luís Severiano Soares Rodrigues
Economista, pós-graduado em história, sócio
correspondente do Instituto Histórico e
Geográfico de Niterói, conselheiro consultivo
do Instituto Cultural D. Isabel I, A Redentora e
membro do Instituto de Pesquisa Histórica e
Arqueológica do Rio de Janeiro (Ipharj)
As grandes capitais brasileiras nesse mês de junho tem
sido palco de manifestações
de insatisfação popular, que
iniciou como protesto contra
o aumento do preço das tarifas do ônibus urbanos. Como
todo movimento contestatório,
tem angariado uma série de
simpatizantes, a medida que a
população entende como legítima as reivindicações que embasam as manifestações. No
decorrer da evolução dos protestos, os mesmos passaram
a ter uma conotação de protesto contra a corrupção, até
porque esta já passou de todos
os limites possíveis no Brasil.
Contudo, com o decorrer dos
protestos, começou-se haver
sérios distúrbios, seguido de
vandalismo e a correspondente
violência policial. Esse vandal-
ismo temos cer teza, passou
das expectativas iniciais dos
organizadores dos protestos.
Lamentavelmente a despeito
dessa constatação, os mesmos
não poderão fugir as responsabilidades inerentes, ao fato,
deles terem organizado as ditas manifestações. Pois agora
os ditos organizadores se dão
conta de que esses processos,
muitas vezes começam bem,
mas invariavelmente terminam
mal, e aí temos cenas de pura
estupidez, seguida de graves
prejuízos para estabelecimentos públicos e privados, com
várias pessoas feridas, algumas gravemente.
Inegavelmente,
temos
através deles, a cer teza de que
o povo está far to das séries de
incoerências das quais o nosso
povo é vítima, nas mãos daqueles que se propuseram a representá-los. Isso é significativo,
na medida em que os protestos
não chegam ao ponto nevrálgico da questão, que são as instituições republicanas do Brasil,
17
esse nome republicanas, é pura fantasia, pois o respeito à Res Pública,
foi mor to em 15/11/1889. Então de
nada adianta protestos e palavras de
ordem, se as instituições não têm as
características, efetivas para se realizar os anseios da maioria da população. Gritar fora Cabral, não adianta
nada, pois o dito governador do Estado do Rio de Janeiro tem garantido o
exercício do seu mandato até o último
dia, que prescreve a norma constitucional da referida unidade da federação. Outro elemento que salta aos
olhos em todo esse processo é o óbvio de que no nosso país, a eleição é
uma ficção, na medida em que o completo desrespeito dos eleitos para
com os eleitores, não pode ser revertido dentro do prazo do mandato do
dito representante. Dirão os defensores do presidencialismo, que o eleitor nas próximas eleições retribuirá o
mau representante não o reelegendo,
ou seja, o mau político tem um mandato inteiro para sacanear o eleitor,
que não pode fazer nada. Esse é o
sistema representativo brasileiro, ou
seja, a total falta de compromisso dos
eleitos para com os eleitores. Cujas
consequências, são óbvias, os mensalões, m ensalinhos, obra s superfa t uradas , m ais i mpostos, con luios
c om s etor es econ ômicos, con tra tos
c om ONGs as mais diver sa s, etc.
O g ênes e de todos os n oss os males está na república , cuja
h i s t óri a fala p or si mesma , como uma
trag éd ia do começ o a o f im. Assim, só
h averá mudanças de fa to com a Rev ol uç ã o Imp er ial, c uja ba n deira a ma lgam a os ans eio s do n osso povo, de
um s i s tema p olítico a dmin istra tivo e
repres entativo, on de os eleitos poss am co b r ar do s s eus represen ta n tes,
c oerên cia e h onra dez , on de os desv ios de conduta, de qua lquer cida dã o
s ej a m p unidos exempla rmen te, on de
os b a ndidos e as sa ssin os seja m pun i do s efetivamente; on de os compro m i s s os do Es tado pa ra com o cida dã o
s ej a m cump ridos , e n ã o mera letra
d e uma constituiç ã o, desrespeita da
a cada instante. O n de o chefe de Esta do tem a ob rig açã o de proteger o
s eu p ovo contr a os even tu a is deslizes
d os g over no s indign os. Na Revoluçã o
I mperi al, s er á dad o a o povo escolher
o B r as il Novo, que prime pela decên c i a , on de o p ovo seja respeita do e
a Res p úb lica, não seja uma ficção,
das quais muitos se aproveitam.
Aniversários
As mais belas declarações de parceria eterna, não seriam o suficiente para reconhecer o
quão importante você é para o Instituto Brasil Imperial. Nossa cumplicidade monárquica vai se
tornando forte, e como Presidente do IBI me sinto comovido a homenagear os/as Confrades
aniversariantes do mês. Feliz aniversário! E que você seja muito, muito feliz!
JUNHO
Cássio Cotrim Cotrim Davidson Halevy O. Marinho Bentes Francisco Joaquim de Sousa Neto Jorge Augusto Costa Meneghelli Ricardo José de Souza Tiago Almeida de Oliveira PauLo R Maciel Luz Douglas de Loredo Borges Luis Fernando Mendes Garcia John Lennon José Da Silva Jorge Walas Alves de Lima Francisco Amaro Lemos Junior José Jorge Correia Conceição João Santana Angela Maria Mamedh de Souza Amilton Clemente Paula
Jadeir Luciano Prudente Nilton de Souza Moraes Gutemberg Araujo Santana Martins e Castro Cleber Barros de Lima Muniz Alexsandro Penzo Bezerra João Francisco dos Santos Danyel Vogue Josafá Afonso de Carvalho Marcio Cruz Bastos Robson Antonio Brancalhoni Fabrizio Vasconcelos Eduardo Ximenes Valdirene do Carmo Ambiel Antonio Carlos Garcia Rafael Morato Portilho JULHO
Ione Maria Sanmartin Carlos Júlio Cesar dos Santos Oliveira Robson José Côgo Adenauer Oliveira Jounalist M.F. Machado Domingos Antonio Monteiro Gilmar Moreira Gonçalves
Jomar Assan Benck Kunnapp
Pedro Paulo Ferreira do Nascimento Adenilson Silva Txiliá Credidio Wanderly Nunes de Lima Riolando Fransolino Júnior Ronaldo Alves Baralle Lucas Gabriel Ribeiro Wagner Niels J. Petersen Ivanês Lopes Henrique Hamester Pause Dorival Bueno Jr. Carlos Eduardo Ruiz Martins Celso Pereira Alessandro José Padin Ferreira Francisco Antônio Soares de Sousa Adriane Kuchkarian Alexandre Maurano Luiz dos Santos Sebastião de Souza Figueiredo Luciano Dias Rosa
Jean Tamazato
Raimundo Nonato 26
3
14
18
6
20
11
22
2
1
20
25
23
23
20
2
28
2
3
19
4
5
25
16
10
21
17
4
28
23
12
Guanambi - BA
Brazlândia - DF
Taguatinga - DF
Colatina - ES
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Caruaru - PE
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Moreilândia - PE
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Ribeirão Claro - PR
Itaperuna - RJ
Itaperuna - RJ
Maricá - RJ
Rio de Janeiro - RJ
Río de Janeiro - RJ
Criciúma - SC
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Indaiatuba - SP
Ribeirão Pires - SP
Ribeirão Preto - SP
Santa Barbara D’Oeste - SP
Santos - SP
São Paulo - SP
São Paulo - SP
Sorocaba - SP
Sorocaba - SP
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7
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23
22
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Brasil - BR
Brasília - DF
Serra - ES
Montréal Canada - EXT.
Ontario Canadá - EXT.
Bom Jardim de Goiás - GO
Cataguases - MG
Juiz de Fora - MG
Lagoa Seca - PB
Bezerros - PE
Jaboatão dos Guararapes - PE
Recife - PE
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Petropolis - RJ
Natal - RN
Cruz Alta - RS
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Bauru - SP
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São Paulo - SP
São Paulo - SP
São Paulo - SP
São Paulo - SP
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Taubaté - SP
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PÁTRIA MADRASTA
Premiada pelaUNESCO, Clarice Zeitel Vianna Silva, 26, estudante
termina Faculdade de Direito da UFRJem julho,. Ela acaba de voltar
de Paris, onde recebeu um prêmio da Organização das Nações Unidas
para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) por uma redação
sobre ‘Como vencer a pobreza e a desigualdade.’ A redação deClariceintitulada ‘Pátria Madrasta Vil’,foi incluída num livro, com outros
cem textos selecionados no concurso. A publicação está disponível
no site daBiblioteca Virtual da UNESCO.
Onde já se viu tanto excesso de falta?
Abundância de inexistência...
Exagero de escassez...
Contraditórios?
Então aí está!
O novo nome do nosso país!
Não pode haver sinônimo melhor para BRASIL.
Porque o Brasil nada mais é do que o excesso de falta
de caráter, a abundância de inexistência de solidariedade, o exagero de escassez de responsabilidade.
O Brasil nada mais é do que uma combinação mal
engendrada - e friamente sistematizada - de contradições.
Há quem diga que ‘dos filhos deste solo és mãe gentil’, mas eu digo que não é gentil e, muito menos,
mãe.
Pela definição que eu conheço de MÃE, o Brasil, está
mais para madrasta vil.
A minha mãe não ‘tapa o sol com a peneira.’
Não me daria, por exemplo, um lugar na universidade
sem ter-me dado uma bela formação básica.
E mesmo há 200 anos atrás não me aboliria da escravidão se soubesse que me restaria a liberdade apenas para morrer de fome. Porque a minha mãe não
iria querer me enganar, iludir.
Ela me daria um verdadeiro Pacote que fosse efetivo
na resolução do problema, e que contivesse educação
+ liberdade + igualdade. Ela sabe que de nada me
adianta ter educação pela metade, ou tê-la aprisionada pela falta de opor tunidade, pela falta de escolha,
acorrentada pela minha voz-nada-ativa.
A minha mãe sabe que eu só vou crescer se a minha
educação gerar liberdade e esta, por fim, igualdade.
Uma segue a outra...
Sem nenhuma contradição!
É disso que o Brasil precisa: mudanças estruturais,
revolucionárias, que quebrem esse sistema-esquema
VIL
social montado; mudanças que não sejam hipócritas,
mudanças que transformem!
A mudança que nada muda é só mais uma contradição.
Os governantes (às vezes) dão uns peixinhos, mas
não ensinam a pescar.
E a educação liber tadora entra aí.
O povo está tão paralisado pela ignorância que não
sabe a que tem direito.
Não aprendeu o que é ser cidadão.
Porém, ainda nos falta um fator fundamental para o
alcance da igualdade: nossa par ticipação efetiva; as
mudanças dentro do corpo burocrático do Estado não
modificam a estrutura.
As classes média e alta - tão confor tavelmente situadas na pirâmide social - terão que fazer mais do que
reclamar (o que só ser ve mesmo para aliviar nossa
culpa)...
Mas estão elas preparadas para isso?
Eu acredito profundamente que só uma revolução estrutural, feita de dentro pra fora e que não exclua
nada nem ninguém de seus efeitos, possa acabar com
a pobreza e desigualdade no Brasil.
Afinal, de que ser ve um governo que não administra?
De que ser ve uma mãe que não afaga?
E, finalmente, de que ser ve um Homem que não se
posiciona?
Talvez o sentido de nossa própria existência esteja
ligado, justamente, a um posicionamento perante o
mundo como um todo. Sem egoísmo.
Cada um por todos.
Algumas perguntas, quando auto-indagadas, se tornam elucidativas.
Pergunte-se: quero ser pobre no Brasil?
Filho de uma mãe gentil ou de uma madrasta vil?
Ser tratado como cidadão ou excluído?
Como gente... Ou como bicho?
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