Untitled - Colheita de Madeira

Transcrição

Untitled - Colheita de Madeira
O NOSSO CENTRO DE PESQUISA SE PARECE
MUITO COM O SEU LOCAL DE TRABALHO.
A nossa vida também é dentro da floresta. Os nossos engenheiros
ficam junto com você, para compreender melhor os seus desafios.
Essa visão, tão próxima da realidade, permite que a John Deere
desenvolva a mais avançada tecnologia, atendendo a todas as
necessidades dos clientes. Afinal, nós sabemos que trabalhar no
ambiente florestal não é para qualquer um.
JohnDeere.com.br/Florestal
B. FOREST
2
Indíce
04
EDITORIAL
07
ENTREVISTA
12
PRINCIPAL
20
ESPECIAL
28
MERCADO
34
TECNOLOGIA
38
INOVAÇÃO
40
NOTAS
44
FOTOS
ÍNDICE
ÍNDICE
3
Í N D I C E
B. FOREST
“Vamos ver a duplicação
das áreas de florestas
plantadas porque apesar de
toda a situação vivida pelo
Brasil, ele ainda se enquadra
entre os países mais
competitivos no segmento”.
Presidente do Conselho Deliberativo da Ibá
e Membro do Conselho da Fibria
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VÍDEOS
Carlos Augusto Lira Aguiar
B. FOREST
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EXPEDIENTE
Seja bem-vindo à B.Forest - Colheita, Transporte e
Biomassa Florestal
O lançamento da B.Forest – Colheita, Transporte e Biomassa Florestal é a concretização de um projeto
que começou a ser desenvolvido há seis anos pela Malinovski Florestal. Em 2008, o Portal Colheita de Madeira
foi lançado e na sequência nossos leitores passaram a receber mensalmente o Informativo Técnico com as
notícias mais relevantes publicadas.
Já estávamos satisfeitos com o trabalho realizado, mas por que não ir além e apresentar algo inovador?
Assim começamos a planejar a B.Forest, a primeira revista 100% eletrônica do setor florestal. Hoje, com o seu
lançamento, já temos a certeza de que estamos oferecendo ao mercado um novo conceito de mídia florestal.
Nesta primeira edição, assinamos o compromisso com a qualidade editorial, ética e verdade em todas as
nossas ações. Afinal, a B.Forest nasce com os mesmos valores da Malinovski Florestal: ética, excelência, comprometimento e relacionamento.
Aproveitamos também para agradecer imensamente cada membro de nosso Conselho Técnico, por terem acreditado em nosso projeto e dedicado tempo à revista: Antonio Solano Junior, César Augusto Graeser,
Edson Tadeu Iede, Germano Aguiar, José Totti, Lonard dos Santos, Mário Sant’Anna Junior, Rodrigo Junqueira,
Sergio da Silveira Borenstain, Teemu Raitis fica aqui o nosso muito obrigado!
Por fim, gostaríamos de convidar você, nosso leitor, a conhecer, curtir e, até mesmo, compartilhar a B.Forest - Colheita, Transporte e Biomassa Florestal. A partir de agora estamos conectados!
Saudações Florestais!
Expediente:
Diretor geral: Dr. Jorge R. Malinovski
Diretor de Negócios: Dr. Rafael A. Malinovski
Executiva Comercial: Josiana Camargo
Jornalista Responsável: Giovana Massetto
Designer Responsável: Vinícius Vilela
Financeiro: Jaqueline Mulik
Conselho Técnico
Antonio Solano Junior (Gerente de vendas para América do Norte e do Sul da Caterpillar), César Augusto Graeser (Diretor de Operações
Florestais da Suzano), Edson Tadeu Iede (Chefe Geral da Embrapa Florestas), Germano Aguiar (Diretor Florestal da Eldorado Brasil), José
Totti (Diretor Florestal da Klabin), Lonard dos Santos (Diretor de Vendas da Komatsu Forest), Mário Sant’Anna Junior (Diretor Executivo
Floretal da Gerdau), Rodrigo Junqueira (Gerente de Vendas da John Deere Florestal), Sergio da Silveira Borenstain (Diretor Florestal da
Veracel), Teemu Raitis (Diretor da Ponsse Latin America).
B.Forest - Colheita, Transporte e Biomassa Florestal
Ano 01 - Edição 01 - Outubro 2014
Malinovski Florestal
+55(41)3049-7888
Rua Itupava, 1541, Sobreloja – Alto da XV – Curitiba (PR) – CEP:80040-455
www.malinovski.com.br / [email protected]
ÍNDICE
5
B. FOREST
ENTREVISTA
7
B. FOREST
Foto: Ibá - Guilerme Balcone
B. FOREST
8
ENTREVISTA
ENTREVISTA
Paixão e Razão como
Alavanca para o Sucesso!
Carlos Augusto Lira Aguiar
Presidente do Conselho Deliberativo da Ibá e Membro do Conselho da Fibria
Para a primeira edição da B.Forest escolhemos como entrevistado uma das perso-
9
B. FOREST
“As florestas devem
ser vistas como o
principal pilar de
produtividade e
inovação do país”
de base florestal têm enfrentado. Acompanhe a entrevista exclusiva!
nalidades mais relevantes para o crescimen-
nheiro de processos e cheguei até a
presidência. Depois, houve a fusão com a
to e consolidação da liderança mundial do
Como se envolveu com o setor de celulose
setor florestal brasileiro. Carlos Augusto Lira
e papel?
Aguiar acompanhou e fez parte deste pro-
Quando ainda era estudante de engenha-
cesso utilizando toda a experiência adquirida
ria química, comecei a namorar com uma
em algumas décadas de dedicação. Em uma
moça, que hoje é minha esposa. Ela era filha
conversa descontraída, nos surpreendemos
de militar e morava no nordeste, tempo de-
em descobrir que o seu relacionamento com
pois seu pai foi transferido para Lages (SC).
ele começou graças à outra paixão, esta por
Sempre que a visitava nas férias, estagiava
Elas foram muito grandes. Primeiro não
uma mulher com quem é casado até hoje.
em uma fábrica que ficava perto da cidade, a
se falava de celulose de eucalipto. Desde a
Foi de um jeito despretensioso que ele deu
Olinkraft Celulose e Papel. Quando terminei
década de 80, houve muito investimento em
os primeiros passos na Olinkraft. De lá para
a faculdade me convidaram para trabalhar
pesquisa, o que fez com que o rendimento
cá, muitas oportunidades e grandes respon-
lá. Assim comecei outro namoro que rendeu
destas florestas duplicasse. Outra foi a de
sabilidades surgiram, como ser o responsá-
grandes frutos.
escala, há 30 anos, as fabricas produziam
VCP com a Aracruz, formando a Fibria, da
qual fiz todo o processo.
Depois de quase 30 anos de vivência no
setor, quais são as principais mudanças que
observa?
100 mil t por ano, hoje são 1.7 milhão e já
vel pela fusão da VCP com a Aracruz para
formar a Fibria e, mais recentemente, a união
Depois disto, por quais empresas passou?
se fala de fábricas produzindo 2 milhões. Os
de quatro associações para a fundação da
De lá, vim para São Paulo trabalhar em um
salários também mudaram desde o início da
Ibá (Indústria Brasileira de Árvores). Com
projeto da empresa Olinkraft, chamado
minha carreira, hoje os profissionais chegam
grandes sonhos para o setor, ele acredita no
Braskraft, que por razões politicas não acon-
a ganhar 10 vezes mais. Esta é uma mudança
futuro brasileiro, mas se vê como um realista
teceu. Depois disto, fui para a Aracruz, em
substancial que faz com as empresas invistam
em relação às dificuldades que as empresas
1981, iniciei minhas atividades como enge-
fortemente em produtividade. E atualmente,
Foto: Ibá - Alex Silva
B. FOREST 10
ENTREVISTA
ENTREVISTA
“O próximo ano pode ser difícil
devido às correções de rumo que
devem ser feitas”
11 B. FOREST
Vamos ver a duplicação das áreas planta-
empresas e stakeholders, mas que inicial-
das porque apesar de toda a situação vivi-
mente sofreu “preconceito”. Nossa primeira
da pelo Brasil, ele ainda se enquadra entre
meta era colocar a Ibá de pé, isso já aconte-
os países mais competitivos no segmento.
ceu nos primeiros meses; a segunda era ter
Porém, não podemos dormir nos louros,
presença forte em Brasília, esta também já é
devemos manter os investimentos internos
uma realidade; e a terceira ainda está sendo
com o apoio do governo.
realizada, que é melhorar a imagem das florestas plantadas, em especial do eucalipto,
Quais são as expectativas do mercado
perante o público leigo, por meio de ações
para 2015?
de comunicação. Agora vamos começar a
a estabilização da moeda. Há pouco tem-
cie de sobre capacidade produtiva, afinal fo-
O próximo ano pode ser difícil devido às
trabalhar forte com a competitividade do
po, a inflação era incontrolável, hoje mesmo
ram construídos muitos projetos ao mesmo
correções de rumo que devem ser feitas,
setor para que possamos melhorá-la. Da
com ela mais elevada não chegamos nem
tempo. Isto impacta o preço final da celulose
como o descongelamento de preços da
mesma forma que sai do cargo na Fibria
perto da situação passada.
uma vez que não há uma demanda acom-
energia e combustível. Isto deverá interfe-
tendo a certeza que estava tudo organizado
rir diretamente na inflação e crescimento
quero o mesmo quando sair da Ibá.
panhando o mesmo ritmo, mas isso é temQuais são as principais dificuldades vividas
porário. O PIB também não tem crescido, o
hoje pelo setor?
que gera inflação alta e produtividade baixa.
Estamos em um momento crítico, o valor da
mão de obra subiu de forma desproporcional
Mesmo com este cenário existe a perspecti-
ao aumento da produção desta mesma mão
va de crescimento de produção de celulose,
de obra, o que gerou o aumento de custos
papel e painéis até 2020. Como isto é pos-
na produção por pessoa. Temos também
sível?
um boom de profissionais jovens. A estrutu-
Observando-se as boas projeções das em-
ra de transporte não está ajudando, por este
presas brasileiras, que mesmo não sendo tão
motivo, as empresas se tornam competitivas
do país. Por outro lado, se o governo que
ganhar as eleições começar a “arrumar a
Ainda tem algum sonho para concretizar
casa”, em 2015 haverá redução de gastos e
em relação ao trabalho e o setor?
em 2016 um mercado mais estável.
Tenho! Por isso mesmo continuo ativo no
setor e também busco novas oportunida-
Recentemente assumiu o cargo de presi-
des. Gostaria muito de vê-lo saindo do tra-
dente do conselho deliberativo da Ibá for-
dicional e entrando em novos produtos que
mada por Abraf, Bracelpa, Abipa e Abiplar.
virão como, a nanotecnologia, nanocelulo-
Como encara este trabalho?
se, diesel da madeira, gasolina da madeira.
Assumi a Ibá na função de conciliar as asso-
Espero também que as florestas não sejam
positivas em curto prazo, devem atingir bons
ciações e as empresas que fazem parte de-
vistas apenas como fornecedoras de ma-
apenas do portão para dentro, mas para fora
resultados em médio e longo prazo. Existem
las. Esta não era uma tarefa simples, afinal
téria-prima para as indústrias, mas como o
enfrentam barreiras como as elevadas cargas
grandes projetos em desenvolvimento em
cada uma tinha cultura e objetivos próprios.
principal pilar de produtividade e inovação
tributárias e a falta de infraestrutura. Dentro
algumas regiões do país e os investimentos
Também lidei com a aceitação do nome Ibá,
do país. Não podemos perder essa oportu-
do setor de celulose há também uma espé-
na área florestal irão continuar.
que hoje já é visto de forma simpática por
nidade frente a outros países.
B. FOREST
12
PRINCIPAL
Mercado de Máquinas Florestais: Avaliações
e Perspectivas
O ano fiscal da maioria das empresas do setor florestal está perto do fim. As equipes juntam esforços para fechar o caixa com saldo positivo e começam a executar as estratégias de
curto prazo. Mas afinal, qual é o saldo de 2014? As grandes empresas foram atingidas pela
instabilidade financeira que o país vive? Estão esperançosas para o ano seguinte?
PRINCIPAL
No âmbito da produção industrial, a
Abimaq (Associação Brasileira da Indústria
A
15 B. FOREST
presas, novos projetos em execução e até
mesmo eventos direcionados ao setor.
de Máquinas e Equipamentos) informou, no
“O ano de 2014 apresentou caracterís-
mês passado, que o faturamento das com-
ticas de atividade econômica um pouco
panhias que fabricam máquinas e equipa-
menor do que 2013, porém isso nos deu a
mentos deverá ter queda próxima a 20%
oportunidade para estabelecer e melhorar
neste ano. Além da falta de confiança na
nossos projetos, e consequentemente, au-
economia e da redução dos investimentos
mentar as nossas atividades com clientes
produtivos no país, a Abimaq atribui a difí-
potenciais por todo o Brasil”, analisa Teemu
cil situação do setor à redução da demanda
Raitis, diretor da Ponsse Latin America.
de empresas de diversos setores, que estão
Já para Rodrigo Junqueira, gerente de
deixando de produzir localmente para im-
vendas da John Deere Florestal, o ano que
portar produtos prontos.
chega ao fim, foi excelente para consolida-
Mas como as empresas que fabricam as
ção da marca e posicionamento no merca-
máquinas e equipamentos florestais avaliam
do brasileiro. “Pudemos comprovar isto pe-
2014?
los negócios realizados e pelo feedback de
Mercado Florestal
nossos clientes durante a Expoforest 2014.
economia brasileira dá sinais pre-
neiro de 1991. Importante lembrarmos, que
ocupantes de fragilidade. Fatores
neste período, o país vivia a superinflação e
diversos
diretamente
estava à beira do impeachment. Na pesqui-
Até o presente momento, o setor de má-
dos fornecedores de equipamentos flores-
sobre o mercado como, a atual situação
sa atual, o Brasil aparece com 55 pontos em
quinas florestais superou as expectativas
tais, acreditamos estar preparados para ofe-
política do país, o rombo fiscal, a alta do
julho, a pior avaliação desde os 54 pontos
frente à macroeconomia negativa e a es-
recer soluções de alta produtividade, dispo-
dólar, os diversos problemas relacionados à
de janeiro de 1991.
tagnação do mercado interno. O setor in-
nibilidade e baixo custo operacional.”
interferem
Acreditamos que nosso setor vai demandar
cada vez mais profissionalismo e dedicação
Recentemente, o FMI (Fundo Monetário
vestiu em tecnologia e relacionamento com
O que ajudou a eliminar as surpresas nas
Internacional) prospectou que a economia
os consumidores e colheu bons frutos. Os
vendas do ano para a Caterpillar foi a de-
Órgãos de pesquisa e análise apresen-
brasileira deverá crescer apenas 0,3% este
grandes fabricantes, em sua maioria, estão
manda constante do consumo de madeira
tam um cenário negativo. De acordo com
ano, o governo ainda trabalha com 0,9%.
satisfeitos com as vendas realizadas. Pas-
no Brasil para os mais diversos fins. “Se este
o ICE (Indicador de Clima Econômico) de
Para o próximo ano, a previsão deles gira
saram por alguns períodos de turbulência,
fator for associado ao ciclo de colheita de
julho da FGV (Fundação Getúlio Vargas), o
em torno de 1,4%, já o governo brasileiro
mas foram beneficiados por fatores como
madeira programado é possível reduzir sig-
Brasil tem o pior clima econômico desde ja-
prevê o crescimento de 3%.
a renovação das frotas pelas grandes em-
nificativamente os impactos gerados por
infraestrutura e, é claro, a falta de confiança
dos outros países no Brasil.
PRINCIPAL
“As perspectivas para 2014
são positivas, porém devem
ser realistas. Diversos
fatores podem interferir no
sucesso das empresas”
17 B. FOREST
oscilações de mercado”, explica Marce-
produtos foram vendidos, por meio de
lo Antunes, gerente territorial de vendas de
financiamentos vinculados ao Finame, e
produtos florestais da empresa.
até o momento aguardam a liberação da
Para o diretor de marketing e vendas da
Komatsu Forest, Lonard Scofield dos Santos,
o ano foi positivo, assim como as vendas.
“Acreditamos que o cenário tenha sido bom,
verba por parte do BNDES para que possam
realizar a entrega das máquinas. Desta forma,
o ciclo produtivo fica travado e prejudica o
desenvolvimento desta parcela do setor.
principalmente, pela qualidade tecnológica
do produto que ofertamos ao mercado e
também o foco constante no cliente.”
Na
avaliação
planejamento,
do
gestão
especialista
de
negócios
em
e
Perspectivas para
2015
agroflorestal, Lauro Jorge Prado, este ano
foi atípico devido aos dois grandes eventos:
As perspectivas para o próximo ano são
Copa do Mundo e eleições. “Eles geraram
positivas, porém devem ser realistas. Diversos
um compasso de espera na economia e
fatores podem interferir no sucesso das
fizeram com que os empresários pensassem
empresas fabricantes de máquinas florestais,
somente no curtíssimo prazo, atendendo
entre eles ações de política interna e externa,
demandas pontuais e operacionais”, justifica.
assim como, decisões econômicas do país.
Mesmo
com
os
saldos
positivos
Para Roberto Marques, líder da divisão de
atingidos pelas empresas, ele pondera
construção e florestal da John Deere, a ex-
que o investimento em tecnologia requer
pectativa é que 2015 seja um ano de retração
cuidados e visão de médio e longo prazo.
nos investimentos em aquisição e renovação
“Há a possibilidade de muitas delas estarem
da frota de equipamentos florestais. “Nosso
ainda em fase de implementação, mas de
mercado é essencialmente produtor de com-
maneira conservadora. Acredito que será
modity e a instabilidade econômica mundial
mais contundente em 2015.”
pressiona diretamente o setor. Visando man-
Empresas de médio porte, que fornecem
ter o caixa sadio nessas situações de incerteza,
equipamentos de menor valor agregado
as empresas vão evitar desembolsos massivos
passam por um período de espera. Muitos
e devem buscar manter a frota atual por mais
B. FOREST
18
PRINCIPAL
tempo ou contratar serviços temporários no pa são destacados por Lonard dos Santos
mercado”, alerta.
como fatores que podem influenciar nega-
Por outro lado, Marcelo Antunes lem- tivamente o mercado florestal brasileiro em
bra que a demanda por soluções em toda 2015. “Estes desafios poderão ser superados
a cadeia florestal tende a acompanhar o
se os investimentos previstos para o setor
aumento da produção de madeira, que de forem mantidos”, aponta. Lauro Prado desacordo com indicadores de mercado, tende taca outros aspectos que devem ser acoma crescer nos próximos anos. “Este fator é panhados de perto pelas empresas florespositivo porque o Brasil já está consolida-
tais. “Alguns fatores podem interferir nos
do como um dos principais fornecedores
investimentos programados pelas empresas
de produtos de madeira e essa posição de como a inflação, o crescimento baixo do
player global possibilita ao país desfrutar das PIB, a desvalorização do Real, a queda de
oscilações do mercado, sendo elas positivas
preços de venda da madeira, aumento do
ou negativas, assim como ocorre em outros preço da terra, o realinhamento de preços
grandes mercados.”
de combustíveis e energia”, enumera.
Seguindo com a atenção voltada para a
O novo governo que estiver à frente do
economia, Teemu Raitis, destaca o valor da
Brasil em 2015 deverá ter ações claras e
moeda brasileira como um dos pontos que
contundentes que possibilitem o aumen-
deve ser considerado para prospectar o ano to da credibilidade nacional frente aos inde 2015. “Se houver uma variação cambial vestidores nacionais e internacionais. Estas
negativa ela nos atingirá, principalmente na ações são essenciais para que não impacvenda de máquinas importadas. Este é um
tem os investimentos da silvicultura hoje e
fator que poderá afetar não apenas a Pons-
futuramente no consumo de máquinas para
se, mas também nossos clientes, pois o pre-
colheita. Por outro lado, as empresas fabri-
ço das peças sofre alterações com a varia-
cantes de máquinas que desejam manter ou
ção cambial e inflação”, destaca.
aumentar o market share devem estar aten-
A queda no preço da celulose e a recessão vivida pelos Estados Unidos e Euro-
tas a gestão, inovação e tecnologia de seus
produtos disponibilizados ao mercado.
PenzSaur
20
B. FOREST 20
ESPECIAL
ESPECIAL
N
21 B. FOREST
ão há dúvidas que o mercado flo-
que a colheita e o transporte estão sendo
restal irá absorver as tecnologias
realizados. “Elas ocorrem em distâncias
em virtude do potencial de ga-
cada vez maiores, o que exige cada vez
nhos decorrentes do uso correto das fer-
mais tecnologia e investimento. Portanto,
nologias e softwares para controle de frota. Estas tecnologias, já utilizadas em países com
ramentas. Porém, precisa com certa ur-
acredito que o uso das tecnologias é fun-
tradição florestal, trazem o diferencial para os processos de colheita, sem retrabalhos,
gência aprimorar seu critério de medição
damental para o sucesso das operações”,
desperdício de recursos ou tempo e maior mensuração real dos resultados. Aos poucos, as
de desempenho das operações florestais.
avalia o Prof. Dr. Eduardo da Silva Lopes,
empresas presentes no país passam a oferecer estas tecnologias para seus clientes, porém,
“Alguns obstáculos deverão ser superados,
coordenador do Cenfor (Centro de For-
será que os profissionais florestais estão preparados para absorver e desfrutar de todos os
como o da infraestrutura para transmissão
mação de Operadores Florestais) do Uni-
seus benefícios?
de dados e o próprio custo deste serviço”,
centro (Universidade Estadual do Centro-
destaca Marcos Paulo Conde Ivo, gerente
-Oeste). Segundo ele, não é admissível que
de projetos e qualidade florestal da Klabin.
todos os controles e transferências de in-
Outro motivo que confirma a tendência
formações continuem ocorrendo de forma
Tecnologia ao Alcance do Setor Florestal
Empresas fabricantes de máquinas florestais estão investindo cada vez mais em tec-
de utilização dos softwares é a forma com
manual ou com uso de pen drive, devido
Sistema: Opti/ Fleet Management
Empresa: Ponsse
O Opti é um sistema de gerenciamento de trabalho e controle de máquinas de
esteira, Harvester e Forwarder. O Opti4G é a interface do operador com o sistema de
controle do Harvester. Controla todas as operações da colheita, desde a transferência
de dados até a marcação de toras e a geração e relatórios. O OptiControl instalado
em Forwarders facilita o controle da máquina com grua, manoplas e botões,
transmissão de deslocamentos e motor diesel controlado eletronicamente. O Opti6
é uma adaptação do Opti4 para máquinas de esteira com cabeçote Harvester
Ponsse. O sistema OptiPC instalado permite o uso de relatórios de volumes de corte,
transferência de dados, aplicativo de mapa e marcação automática de toras, entre
outras funções. Já o Fleet Management é uma ferramenta para monitorar máquinas
em tempo real, com relatórios e informações atualizadas.
Foto: Ponsse
B. FOREST 22
ESPECIAL
ao risco do erro.
O diretor executivo da Agência de De-
entraves para o uso dos sistemas no primeiro momento.
senvolvimento da Cadeia da Madeira, Ma-
O aprimoramento do pessoal é uma das
noel Francisco Moreira, acredita que o divi-
preocupações da Klabin para o uso da tec-
sor de águas para o uso dos softwares será
nologia. “Acredito que encontraremos algu-
o tempo. “Em curto prazo, apenas as gran-
mas dificuldades por parte dos operadores.
des corporações poderão utilizar os siste-
Para que possam usá-la plenamente, eles
mas de controle. Em médio e longo prazo,
terão que conhecer conceitos básicos de
as médias e pequenas (empreiteiros), que
informática. Preparando-se para isto, o cur-
ainda não possuem nenhuma tecnologia de
so de formação de operadores de 2015 da
controle terão acesso.” A falta de preparo
Klabin já contará com um pequeno módulo
do pessoal e o amadorismo das empresas,
de informática”, conta Marcos Paulo.
no que tange os controles operacionais são
apontados por Moreira como os principais
“O aprimoramento
do pessoal é uma
das preocupações
para o uso da
tecnologia”
O coordenador do Cenfor lembra que
além da capacitação dos operadores, é
Tecnologia: ForestSight
Empresa: John Deere
O ForestSight é um sistema de gerenciamento de máquinas florestais e das
atividades de colheita com sistemas integrados, que possibilitam ao operador ter
mais produtividade e acompanhar o funcionamento e tempo de atividade de seus
equipamentos. O sistema, recentemente lançado nos Estados Unidos e ainda não
disponível ao mercado brasileiro, é composto por um pacote formado por: JDLink
(dá acesso remoto a localização e utilização da frota gerando dados de diagnóstico),
Machine Health Prognostics (realiza a inspeção da máquina e análise de dados fluido)
e Remote Diagnostics and Programming (com apoio do dealer, o sistema ajuda a
reduzir o tempo de inatividade, lendo códigos de diagnóstico à distância, bem como
gravando o desempenho da máquina).
Foto: John Deere
24
B. FOREST 24
ESPECIAL
ESPECIAL
ESPECIAL
essencial o envolvimento e a quebra de al-
proporcionados. Por este motivo, os profis-
guns pré-conceitos dos mecânicos e até
sionais florestais esperam com certo entu-
mesmo dos gestores para que o sucesso
siasmo pelo uso dos sistemas. “Atualmente
seja alcançado.
nossos critérios de medição de desempenho
são pouco padronizados e os parâmetros
Benefícios já
conhecidos
de comparação devem ser definitivamente estabelecidos”, afirma Osvaldo Roberto
Fernandes, engenheiro florestal e diretor da
Ibaiti Florestal.
25 B. FOREST
“Profissionais florestais
esperam com certo
entusiasmo o uso dos
sistemas devido ao
aumento dos ganhos
proporcionados”
O gerente de projetos e qualidade floresO uso da tecnologia embarcada para
tal da Klabin, sabe da importância da infor-
controle das frotas e máquinas já é uma re-
mação de qualidade em tempo real para a
alidade nos setores de transporte e agrícola.
tomada de decisão. “A integração das infor-
Sabe-se também das vantagens de sua utili-
mações com os demais processos da em-
zação, assim como, o aumento dos ganhos
presa possibilitará a automatização de alguns
Tecnologia: MaxiFleet
Empresa: Komatsu Forest
O MaxiFleet é um sistema de gestão de frota de máquinas florestais baseado na
web. Ele tem quatro funções principais que permite às empresas: gerenciar e localizar
a frota de máquinas por telefone celular ou desktop conectado a web em qualquer
lugar do mundo; visualizar o status, controlar a produção e informação da máquina;
coordenar e otimizar a frota inteira; e realizar ações de manutenções proativas. Com
o uso do sistema é possível obter informações completas de cada máquina, a cada
instante com avisos e alarmes, recebidos por celular ou e-mail, possibilitando assim,
a programação de reparos e interrupções dispendiosas.
Foto: Komatsu
B. FOREST 26
ESPECIAL
processos, tais como apontamentos diversos (produção, estoque etc), informações para o
cadastro florestal, programação de pranchas e até mesmo a roteirização da frota de caminhões.”
A possibilidade de controlar a frota e saber com antecedência a disponibilidade mecânica,
técnica e operacional das máquinas são apontadas pelo Prof. Dr. Eduardo Lopes como um
diferencial dos softwares de controle. “Com eles os gestores florestais poderão identificar os
“gargalos” e também tomar decisões mais rápidas para uma gestão eficiente e com redução
de custos.”
Por mais que a maioria das empresas relate que a colheita florestal mecanizada está consolidada, ainda há muito a se fazer. Novas soluções podem gerar ganhos significativos de
produtividade, proporcionando maior rentabilidade ao empresário florestal. Infelizmente, o
Brasil tem uma grande carência em infraestrutura tecnológica, o que dificulta, neste momento, a implementação destes novos softwares de controle.
Tecnologia: VisionLink
Empresa: Caterpillar
o VisionLink é um software de monitoramento que proporciona o controle da
frota e operações por meio da web ou celular. Com ele, o cliente pode prevenir
imprevistos; adequar o treinamento da equipe de acordo com os problemas
identificados; controlar o patrimônio e rotinas operação dos equipamentos; programar
as paradas; e identificar falhas antes que o problema se agrave. O VisionLink permite o
recebimento de relatórios de gestão de ativos para acompanhamento de performance
de operação e consumo de combustível auxiliando nas tomadas de decisão e uma
visão sistêmica da frota quanto ao consumo de combustível, horas em operação,
cálculo de eficiência e muito mais. Os clientes contam também com os cinco níveis
do pacote de soluções que atendem desde o acesso ao VisionLink até aos serviços
de gestão completa da manutenção com suporte do dealer.
B. FOREST 28
MERCADO
Há dois anos lucrando com lenha
A diversidade de atividades foi a solução encontrada pela família Koeche para manter-se ativa por décadas no mercado e também lucrar com uma madeira, até então, sem
destino certo.
Foto: Tajfun
B. FOREST 30
A
MERCADO
busca por soluções e a paixão pela
O equipamento é visto como uma solu-
do desempenho satisfatório. “Mais uma vez
produção florestal sempre estive-
ção intermediária para o mercado de bio-
acertamos na decisão. Hoje podemos pro-
ram no sangue da família Koeche.
massa florestal, afinal não é um picador, mas
duzir até 20 toneladas por dia com uma ma-
Desde os anos 70, o senhor Waldomiro Ko-
gera lenha lascada. O produto gerado é de
deira de 15 a 25 cm de diâmetro e dar um
eche se dedicou a extração da araucária e
grande valia para residências, restaurantes
destino para a madeira de eucalipto prove-
seu beneficiamento na serraria Pratense.
que utilizam fornalhas, indústrias com cal-
niente do desbaste”, afirma.
Com o incentivo fiscal para o plantio do
deiras e avicultores, afinal a lenha produzida
Com dois anos de uso, a máquina nunca
pinus, ele passou a apostar na espécie exó-
pode ter maior poder calorífico do que a le-
ficou parada ou passou por reparos. Felipe
tica e ainda pouco conhecida no Brasil. De
nha de madeiras nativas.
conta que teve apenas que trocar peças de-
lá para cá, os investimentos não pararam
Felipe Guidali Koeche, proprietário da
vido ao desgaste natural e realizou os proce-
e quando os impasses surgiram a solução
Terra Pinus, relata que mesmo com a produ-
dimentos de manutenção. “Recebemos um
sempre foi assertiva e inovadora.
ção sazonal o equipamento tem apresenta-
material completo da Tajfun com todas as
Felipe Guidali Koeche, proprietário da Terra Pinus.
Impasses vêm e vão
Algum tempo depois, a Embrapa Florestal
O primeiro impasse vivido pela serraria
e a Epagri lançaram o Eucalyptus benthamii,
veio com a proibição do corte da araucá-
altamente resistente ao frio. A Terra Pinus foi
ria. Como já existia a produção de pinus, a
uma das primeiras a produzir esta muda e a
madeira começou a ser cortada permitindo
plantá-la em maior escala a cada ano. Foi
a sobrevivência da empresa. Em 2000, veio
aí, que o terceiro impasse aconteceu! Em
o segundo, faltava no mercado mudas de
determinando momento, as árvores passa-
qualidade. Assim foi criado um viveiro, que
ram pelo desbaste, o valor da venda da tora
na época, era destinado apenas ao consu-
era impraticável, assim veio a ideia do tra-
mo interno, cerca de 500/600 mil mudas.
tamento de madeira por autoclave. Hoje, a
Devido à qualidade delas, surgiram enco-
Trattar tem três anos de história e trata toras
mendas e a Terra Pinus passou a produzir 1
para uso rural e construtivo. Como as toras
milhão de unidades, chegando a capacida-
grossas não são utilizadas para tratamento,
de máxima de 8 milhões. Atualmente, ela é
o quarto impasse aconteceu. A solução en-
menor, gira em torno de 3.4 milhões.
contrada: o picador de lenha RCA da Tajfun.
B. FOREST 32
MERCADO
orientações para aumentar a vida útil da má-
sileiro”, afirma Felipe.
quina e identificação da cada componente,
A Tajfun está instalada no país desde 2013,
se for preciso trocar saberei exatamente qual
com sede em Curitiba (PR). É da cidade que
peça solicitar”, destaca.
partem todas as ações comerciais e técnicas
Outra vantagem ressaltada pelo proprie-
para o mercado nacional. “Nossos clientes
tário da Terra Pinus é a proximidade com a
contam com peças de reposição e também
Tajfun. “A fábrica fica localizada na Eslovênia,
com assistência técnica no Paraná e Minas
mas mesmo assim, temos suporte deles no
Gerais. Em breve haverá também uma estru-
Brasil. Solicitei a confecção de uma faca ex-
tura própria em São Paulo e Santa Catarina”,
clusiva, para ter ainda mais rendimento com
informa Marlos Schmidt, diretor da Tajfun no
o picador, e eles a produziram em tempo re-
Brasil.
corde e com preço mais acessível que o bra-
Mais informações: www.tajfun.com.br
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TECNOLOGIA
TECNOLOGIA
Soluções Focadas em Gestão e Ergonomia
O controle das operações florestais e o aumento da produtividade é o que qualquer
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Para atender esta demanda, ainda em
de das manutenções e o intervalo entre elas,
2013, a Ponsse apresentou ao mercado o
o que reduz o desperdício de óleo e outros
Harvester Scorpion. A máquina, destinada à
resíduos. Além disto, possui cabine giratória,
operação de colheita no sistema CTL (Cut-
onde o operador “gira” sobre o proprio eixo,
empresa almeja. Quando existem mecanismos de controle, que facilitam estes processos,
-To-Lenght), ganhou facilidades que se tor- evitando assim, o efeito carrossel.
e outros que proporcionam mais ergonomia para os operadores, o trabalho pode se tornar
naram base para os modelos 2015 da marca.
muito mais eficiente e rentável. Por este motivo, empresas especializadas, criam soluções
baseadas no desenvolvimento tecnológico.
O Scorpion, assim como, os outros mo-
O Scorpion se difere das máquinas an- delos de Harvesters, Forwarders e até mesteriores devido à melhora da visibilidade;
mo máquinas de esteira, podem ter seus
inovação no design da grua, que favorece
trabalhos gerenciados graças ao sistema
a visualização das operações executadas; e
Opti. Ele possibilita a conexão das máquinas
também pelo sistema de estabilização que ao Fleet Management, um aplicativo via inmantém a cabine e operador sempre nive-
ternet que permite ao gerente de operações
lados, mesmo em terrenos difíceis. Outro
ou o proprietário da frota saber em tempo
ponto de destaque da máquina é a facilida-
real a localização da máquina, qual atividade
Foto: Ponsse
Foto: Ponsse
B. FOREST 36
TECNOLOGIA
está sendo executada e o consumo de com-
ças a ele e a estrutura de chassi duplo, o
bustível. “Assim pode-se diminuir o tempo
operador tem mais conforto durante a co-
de espera para um reparo e, até mesmo,
lheita e, de acordo com o gerente técnico
programar as atividades e o deslocamen-
da Ponsse, trabalha mais descansado mes-
to da máquina durante a operação”, explica
mo após horas de operação, aumentando
Janne Loponen, gerente técnico da Ponsse
assim a produtividade, mesmo em terrenos
Latin América.
irregulares.
Já o gerenciamento do trabalho e con-
Para finalizar, a Ponsse ainda conta com
trole das operações é feito pelo Ponsse Op-
o Automated Bucking, um sistema para o
tiControl. Com ele, o ajuste da máquina e do
computador da máquina que calcula, no
software de operação torna-se mais simples,
momento do corte, qual é o melhor tama-
da mesma forma que a geração de relatórios,
nho para as toras, visando o melhor custo/
transferência de dados e gerenciamento de
beneficio na colheita. “Assim o operador
trabalho. “A grande vantagem da sua utiliza-
tem mais facilidade durante a operação e o
ção é que a colheita poderá render mais de
produto final ganha maior valor agregado”,
forma precisa e controlável”, destaca Janne.
destaca o gerente técnico da Ponsse Latin
Entre outras tecnologias disponibilizadas
América.
pela Ponsse, para o Forwarder Buffalo, está
Mais informações:
o sistema de suspensão ActiveFrame. Gra-
www.ponsse.com
Foto: Ponsse
B. FOREST 38
INOVAÇÃO
Inovação Para o Mercado Florestal
Mini-Skidder com guincho e Autocarregável para metrinho são lançados pela TMO
F
oi a necessidade do pequeno e médio produtor florestal que serviu de inspiração para a TMO criar dois novos
equipamentos para atender operações com árvores intei-
ras e cortadas no comprimento. “Observamos a necessidade
de agregar a mecanização em certas operações e a dificuldade de manuseio da madeira e, por isto, projetamos de forma
exclusiva o mini-Skidder com guincho e o Autocarregável para
madeira de metro”, justifica Heuro Tortato, diretor comercial da
TMO.
O mini-Skidder com guincho, ideal para operações com árvores inteiras, otimiza a operação em terrenos com declive e
gera produtividade, eficiência operacional e economia para os
produtores. Geralmente, as operações neste tipo de terreno
são feitas com dois tratores, um com o guincho para puxar as
árvores em terrenos ondulados e outro com o pinça para arrastá-las em áreas planas. De acordo com diretor comercial da
TMO, com o uso do equipamento o cliente irá diminuir o tempo de operação e economizar investimentos porque utilizará a
mesma máquina para duas operações.
O segundo lançamento é o Autocarregável projetado especialmente para o transporte de madeira de metro, onde a árvore já é transportada para a beira da estrada no comprimento
pré-determinado. Ele proporcionará uma solução para o produtor de lenha de metro, que atualmente tem dificuldades em
encontrar soluções para este serviço. Os principais diferenciais
do novo modelo são: o sistema de acomodação da madeira, a
garra e o freio da garra. “No equipamento, o operador poderá
formar até quatro pilhas de madeira de metro, afinal a distância
entre os fueiros é menor para permitir a acomodação segura
das pilhas, totalizando oito conjuntos”, destaca Heuro.
Mais informações: www.tmo.com.br
Imagens: TMO
B. FOREST 40
NOTAS
NOTAS
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Novo Conceito de
Grua Florestal
Recentemente, a Palfinger apresentou
uma reformulação dos guindastes da Série-M. Eles ainda são um conceito que será
testado na Europa por aproximadamente
um ano, depois disto, clientes serão ouvidos
para se definir quais diferenciais constituirão
o implemento. Um dos destaques da Série-M é o novo assento chamado Masterdrive,
que proporciona suspensão horizontal e
vertical e o Epshood, estrutura que protege
o operador da chuva, sol e vento. A grua tem
Foto: Caterpillar
mangueiras internas também na coluna, o
que diminui danos e permite que os operadores acessem facilmente as mangueiras
Série D de Skidders Cat
para manutenção. Além disto, ela pode ser
configurada com um braço telescópio du-
A Caterpillar acaba de lançar a Série D de Skidders de pneus. Construído para
plo para fornecer 10,5 m de alcance, ou sim-
aumentar a produtividade com menor custo operacional, o modelo conta com
ples para fornecer 8,3 m. O guindaste tam-
transmissão de seis velocidades, sistema de bloqueio de tração, sistema de refrigeração
de alta capacidade, ampla cabine e fácil acesso aos pontos de manutenção. A linha
bém tem nova geometria do braço para ser
tem quatro modelos com opções que podem ser combinadas com as necessidades
mais compacto durante o transporte. Por se
operacionais: Cat 525D com 203 hp, Cat 535D com 225 hp, Cat 545D com 250 hp e
tratar de um conceito, ainda não há previsão
Cat 555D com 275 hp.
Foto: Palfinger
de chegada do guindaste no Brasil.
B. FOREST 42
NOTAS
NOTAS
43 B. FOREST
2° Encontro Painel Florestal de Executivos
R
eunir executivos para debater, trocar experiências e pensar juntos sobre os desafios e
oportunidades da indústria brasileira de base florestal. Esse é objetivo do 2º Encontro
Painel Florestal de Executivos, que acontece dia 11 de novembro em São Paulo (SP). O Evento já tem programação definida e conta com grandes nomes do setor como: Aires Galhardo (Diretor Florestal Fibria), José Artêmio Totti (Diretor Florestal Klabin), Sérgio Borenstain
(Diretor Florestal Veracel), Moacyr Fantini Jr. (Diretor Florestal Montes Del Plata), Germano
Vieira (Diretor Florestal Eldorado Brasil) e Armando Santiago (Diretor Florestal International
Paper). Mais informações:
www.executivosflorestais.com.br
Foto: Morbark
Morbark Redesenha Picador
a Tambor 30/36
A
proveitando as qualidades do picador a tambor 40/36, a Morbark redesenhou o
modelo 30/36 deixando-o mais adequado para o médio produtor. Com as mu-
John Deere tem
Novo Presidente
Mundial
A
John Deere anunciou mudanças em
sua equipe de liderança sênior. Elas
ocorrerão após a aposentadoria de James A.
Israel, que é presidente da divisão de serviços financeiros globais da empresa. Quem
assume a presidência da área da construção
e florestal é Max A. Guinn.
danças ele pode ser alimentado mais facilmente, assim como manobrado por um
Guinn é atualmente vice-presidente sê-
caminhão ou rebocador. O 30/36 é mais produtivo graças à nova inclinação da rampa
nior de recursos humanos, comunicação,
que permite a entrada de árvores e arbustos de 30 e 14 polegadas, respectivamente.
relações públicas e relações de trabalho.
As modificações permitem a produção de cavacos de mais qualidade e consistentes.
Anteriormente, ele ocupou diversos cargos
O modelo já está disponível para o mercado brasileiro.
de liderança em ambas divisões principais
equipamentos da John Deere.
Max A. Guinn
Foto: John Deere
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FOTOS
ÍNDICE
VÍDEOS
ÍNDICE
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