Uso Multiplo Rio Pinheiros

Transcrição

Uso Multiplo Rio Pinheiros
Departamento de Tecnologia da Arquitetura
Faculdade de Arquitetura e Urbanismo
Universidade de São Paulo
ESTÚDIO ÚNICO E INTEGRADO 2014 - AUP156 e AUP152
Uso múltiplo das águas na bacia do
Rio Pinheiros
Ricardo Toledo Silva
Março 2014
I – CONTEXTUALIZAÇÃO NA
BACIA DO ALTO TIETÊ
Elementos chave a considerar
• As UGRHI do Estado de São Paulo: disponibilidade x demanda
• Localização da Metrópole, demanda de água e conexões
interbacias
• Usos da água, infraestrutura hídrica e interconenxões
funcionais
–
–
–
–
–
–
–
Abastecimento urbano
Esgotamento sanitário
Aproveitamento energético
Controle de cheias
Irrigação
Navegação
Composição da paisagem
• Relações com bacias vizinhas: o território da Macrometrópole
Demanda / disponibilidade (Q7,10)
Bacia do Alto Tietê: pertinência na RMSP
Interconexões macrometropolitanas
Esquema operacional da Bacia do Alto Tietê
II – A BACIA DO PINHEIROS E
O PROJETO DA SERRA
Fundamentos do projeto
• Aproveitamento da queda pela vertente
marítima
– Antecedentes na UHE Itatinga (1910)
– Estudos precursores de Frank S. Hyde (1923)
• Condições básicas (Billings)
–
–
–
–
–
Índice pluviométrico médio elevado
Queda acentuada
Pontos para a formação de reservatórios
Proximidade da costa
Proximidade do mercado consumidor
Itatinga – trecho do aqueduto no Planalto
http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=1003921
Itatinga – Chegada aos tanques
http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=1003921
Itatinga – Chegada aos tanques
http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=1003921
Primeiros estudos Projeto Serra (Hyde 1924)
http://www.abebooks.com/BILLINGS-WATER-POWER-BRAZIL-Short-Biography/6943999871/bd
Projeto Billings (~1926): reversão do rio Pinheiros
Foz do Pinheiros no rio Tietê (década 1920)
Rio Pinheiros antes da retificação (década 1920)
Perfil da reversão e aproveitamento energético
III – A BACIA DO PINHEIROS
HOJE
Sistema Hidráulico – Trecho Tietê / Pinheiros
RIO TIETÊ
ESTRUTURA DO
RETIRO
Canal Pinheiros Inferior
USINA
ELEVATÓRIA
TRAIÇÃO
DE
Canal Pinheiros Superior
USINA ELEVATÓRIA
DE PEDREIRA
GUARAPIRANGA
REPRESA
BILLINGS
Alguns indicadores quantitativos
Reservatório
(ano de
preenchimento)
Guarapiranga
(1906)
Billings (1937)
Pedras (1926)
Área
(Km2)
Volume
(hm3)
Área da
Cota
bacia (Km2) máxima
(EPUSP)
34
194
631
736,6
130
30
1.100
34
1.560
746,5
~ 721
Produtividade da água vertida pela Billings na Henry
Borden: 5,65 MW/m3/s. É cerca de 30 vezes Jupiá, 15 x
Ilha Solteira e 5 x Itaipú.
Vazões pelo Canal Pinheiros
• Natural (média)  ~ 10 m3/s
• Revertida (média t. seco)  ~ 50 m3/s
• Revertida (controle de cheia)
– Traição  280 m3/s (desnível 5,0m)
– Pedreira  395 m3/s em Pedreira (desnível
25,0m)
• Limite de trânsito de cheias em Traição
(curso natural)  40 m3/s
Alguns indicadores de qualidade
Concentrações médias dos eventos. Na entrada do Reservatório Billings.
Tratamento em tempo seco
(protótipo flotação)
Controle de Cheia
lançamento
Média
Mínima
(mg/L)
Média
Máxima
(mg/L)
entrada
lançamento
Concentração Concentração Concentração
Média (mg/L) Média (mg/L) Média (mg/L)
C org. Total
7,2
17,7
11,7
12,3
10,1
DBO
21
90
55
84
42
DQO
44
198
115
158
84
Fósforo Total
0,19
1,76
0,94
2,50
0,23
N Amoniacal
3,90
10,38
6,51
18,66
17,09
N Nitrato
1,08
2,30
1,39
2,24
0,99
22
227
120
41
20
S Susp Total
Fonte: FCTH
Usos para abastecimento do Reservatório Billings
• Tomada na vertente marítima (rio
Cubatão): de 4,5 a 4,8 m3/s vertidos do
Billings;
• Braço do Tauqacetuba (revertido ao
Guarapiranga): até 4,0 m3/s (hoje aprox. 2
m3/s – devido a capacidade da ETA ABV);
• Braço do rio Grande (abastecimento do
ABC e cercanias): de 4,5 a 5,0 m3/s.
Vista Posterior Usina Elevatória Traição
USINA ELEVATÓRIA DE TRAIÇÃO
AMPLIAÇÃO DA CAPACIDADE DE
BOMBEAMENTO DO RIO PINHEIROS
Unidade 5/6 – Vista lateral em corte
Moto bomba
Máquina
Limpa
Grades
Canal
Pinheiros
Superior
Canal
Pinheiros
Inferior
USINA ELEVATÓRIA DE PEDREIRA
AMPLIAÇÃO DA CAPACIDADE DE
BOMBEAMENTO DO RIO PINHEIROS
Unidade 9 – Vista lateral em corte
Billings
Canal
Pinheiros
Saída Reservatório rio das Pedras
Usina Henry Borden
Compatibilização de ações e usos
• Ampliação da capacidade de trânsito de cheia
pelo canal Pinheiros (benefício à quantidade)
– Ações necessárias
• Reforço do bombeamento (Traição e Pedreira)
• Ampliação da seção útil do canal
– Benefícios diretos
• Alívio às sobrecargas de cheias no Alto Tietê inferior (jusante
de Pinheiros)
• Ampliação de disponibilidade no Reservatório Billings
Compatibilização de ações e usos
• Redução de cargas poluentes na afluência
revertida (benefício à qualidade)
– Ações necessárias
• Aumento da cobertura do tratamento de esgotos
• Tratamento direto (complementar) no curso do rio Pinheiros
– Benefícios diretos (fora aproveitamento energético)
• Ampliação da disponibilidade para abastecimento público
• Desenvolvimento paisagístico das margens do rio Pinheiros
• Integração com a hidrovia
– Redução da capacidade ociosa na Usina Henry
Borden
• Segurança energética da metrópole
• Garantia de alimentação elétrica às estruturas hidráulicas em
situações críticas

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