buleria - Universidad de León
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UNIVERSIDAD DE LEÓN ESPAÑA FACULTAD DE CIENCIAS BIOLÓGICAS Y AMBIENTALES DEPARTAMENTO DE BIODIVERSIDAD Y GESTIÓN AMBIENTAL TESE DE DOUTORADO ANÁLISE QUALITATIVA DE ELEMENTOS QUIMICOS EM MATERIAL PARTICULADO SEDIMENTADO EM SUPERFÍCIES SÓLIDAS NO ENTORNO DE REGIÃO INDUSTRIAL NA REGIÃO METROPOLITANA DE PORTO ALEGRE, ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, BRASIL. Orientador: Wagner David Gerber, Doutor. Co-Orientador: Arsenio Terrón Alfonso, Doutor. JOSE EDUARDO PEREIRA NETO LEÓN, ES – DEZEMBRO DE 2011 i Jose Eduardo Pereira Neto ANÁLISE QUALITATIVA DE ELEMENTOS QUIMICOS EM MATERIAL PARTICULADO SEDIMENTADO EM SUPERFÍCIES SÓLIDAS NO ENTORNO DE REGIÃO INDUSTRIAL NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, BRASIL. Tese de Doutorado Orientador: Wagner David Gerber, Doutor. Co-Orientador: Arsenio Terrón Alfonso, Doutor. LEÓN, ESPANHA 2011 ii Pereira-Neto, J. E. Análise Qualitativa de Elementos Químicos em Material Particulado Sedimentado em Superfícies Sólidas no Entorno de Região Industrial no Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Orientadores: Wagner David Gerber Arsenio Terrón Alfonso Dissertação Doutorado Universidad de León – Espanha 1. Material Particulado; 2. Partículas Sólidas em Suspensão na Atmosfera; 3. Sedimentação; 4. Deposição; 5. Ressuspensão; 6. Repoluição. iii ANÁLISE QUALITATIVA DE ELEMENTOS QUIMICOS EM MATERIAL PARTICULADO SEDIMENTADO EM SUPERFÍCIES SÓLIDAS NO ENTORNO DE REGIÃO INDUSTRIAL NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, BRASIL. JOSE EDUARDO PEREIRA NETO TESE APRESENTADA À UNIVERSIDAD DE LEÓN. ESPANHA, PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE DOUTOR LEÓN, ESPANHA, DE 20... . iv À ESPANHA, POR ME PROPORCIONAR A OPORTUNIDADE DE AMPLIAR HORIZONTES ATRAVÉS DE UMA BOLSA DE ESTUDOS v Agradecimentos Agradeço às pessoas não envolvidas diretamente com este trabalho, mas que durante longo tempo, mesmo à distancia, estiveram sempre presentes no auxílio às questões acadêmicas, administrativas, e pessoais que envolveram a realização, o desenvolvimento e a finalização do curso de doutorado e do trabalho de conclusão: Eloína Panero e Eva María Melón Fidalgo, da Unidad de Doctorados; Antonio Regil Cueto, Carmen Acedo Casado, Delia Fernández González, Felix Llamas García, Miguel Álvarez Edo, e de maneira especial à Rosa Maria de Valencia, Professores. Agradeço à Espanha, a quem dedico este trabalho, como forma de minha eterna gratidão ao país que me contemplou com uma bolsa de estudos para a realização do doutorado, permitindo a visualização, o alcance e a abertura de novos horizontes. Agradeço ao meu Co-Orientador Arsenio Terrón Alfonso pela paciência e ajuda e a todos que, de uma forma ou de outra, direta ou indiretamente contribuíram para a realização deste trabalho. Ao auxílio dos amigos Laura Sheidemandel e Alexandre Zaneti e à torcida permanente de outros tantos, agradeço e convido a participar de um final que se faça exitoso. vi RESUMO As emissões de material particulado antropogênico em regiões com grande concentração industrial e grande intensidade de tráfego de veículos automotores é base de mal estar para as comunidades que residem nessas circunvizinhanças. Grandes empreendimentos industriais estabelecidos na região, como o de refino de petróleo, conduzem a inferir que suas emissões são aquelas responsáveis por toda a poluição atmosférica existente em seu entorno, independentemente da sua situação geográfica em relação às direções predominantes do vento na região e a área dita como afetada. Parte do material particulado disperso na atmosfera através de uma série de mecanismos se deposita em superfícies existentes no entorno de sua fonte de emissão, formando depósitos de materiais que podem sofrer ressuspensão pelo vento e podem ser transferidos pela ação da chuva. A presença de elementos químicos previamente estabelecidos, em depósitos de material particulado sedimentado em superfícies sólidas é verificada a partir de varredura por microscopia eletrônica acoplada a espectrômetro de energia dispersiva. As amostragens foram realizadas em telhados de residências, superfícies sólidas de menor interferência do homem e de animais, situadas em região de alta concentração de atividades industriais e grande tráfego de veículos automotores. As amostras foram obtidas nas diferentes inclinações de exposição à atmosfera. Em vista da inexistência de metodologia oficial para amostragem de material particulado depositado sobre superfícies sólidas, estabeleceu-se metodologia baseada na Guia para Escolha de um Desenho de Amostragem para Coleta de Dados Ambientais para o Desenvolvimento de Projeto com Segurança em Qualidade EPA QA/G-5S. Apresenta-se os resultados da presença de elementos químicos nas diferentes orientações de exposição à deposição de material particulado e comparações entre as diferentes inclinações dos telhados incluindo as direções do vento durante as amostragens e aquelas predominantes na região do estudo para verificação da possibilidade de indicação da orientação de origem dos elementos encontrados. Palavras-Chave: 1. Material Particulado; 2. Partículas Sólidas em Suspensão na Atmosfera; 3. Sedimentação; 4. Deposição; 5. Ressuspensão; 6. Repoluição. vii ABSTRACT Anthropogenic emissions of particulate matter in a region that includes at the same time several industrial activities and heavy trafficked roads are a basic problem to communities at their neighborhood. Large industrial activities as petroleum refining, leads people to consider them as the first or the only existing air pollution sources, independent of its geographic localization in relationship to the wind predominant directions in the area. Part of particulate matter emissions through a several processes generates sediments in solid surfaces. The air pollutants deposition becomes source of resuspension through the wind and raindrops and also rainfall should transfer contaminants to other medium such as air, water, vegetation and other solid surfaces. The presence of chemical elements in particulate matter sediments in solid surfaces is verified through electronic microscopy with dispersive energy spectrometer attached. The samples analyzed were obtained from residential roofs, chosen as a solid surface with less human and animal interferences, located at the vicinity of industrial and heavy trafficked region. The sampling takes in account different roof inclinations, as different exposures to particulate matter deposition. Considering no availability of official methodology to this kind of sampling (solid matter deposited in solid surfaces), the Guidance for Choosing a Sampling Design for Environmental Data Collection (EPA QA/G-5S) is the basis to sampling methodology. Results of chemical elements presence in each different exposure orientation and its comparisons including wind directions monitoring during sampling and regional predominant wind directions are shown in a trial to preliminary indication of particulate matter orientation origins. Key words: 1: Particulate Matter; 2. Airborne particulate; 3. Sedimentation; 4.Deposition; 5. Resuspension; 6. Repollution. viii RESUMEN Las emisiones de material particulado antropogénico, en regiones de gran concentración de industrias y de gran intensidad de tráfico de vehículos automotores, por la existencia de dos grandes autovías, son base de malestar en las comunidades que habitan en su entorno. Los grandes emprendimientos industriales, que incluyen la actividad del refino del petróleo, conducen a que la población responsabilice a esas actividades como las generadoras de toda la contaminación atmosférica en la región, sin tener en cuenta su localización geográfica en relación a las direcciones de los vientos predominantes en la zona. Parte del material particulado se dispersa en la atmósfera y a través de distintos mecanismos se produce su deposición en la superficie del planeta. En las superficies sólidas se forman depósitos de material particulado que puede entrar en resuspensión por el viento o su traslado a otros medios a través de la lluvia. En este estudio se eligieron los tejados de residencias localizadas en una región de gran concentración industrial e intenso tráfico de vehículos automotores, dicha zona no está sometida a otras acciones antropogénicas importantes que pudieran condicionar las condiciones de muestreo del material particulado depositado en superficies sólidas. Se consideraron las diferentes orientaciones de exposición de las superficies muestreadas como una variable más a tener en cuenta a la hora de valorar la deposición. La dificultad de obtener informaciones de alguna normativa, o legislación oficial para el tipo de muestreo que se hace en este estudio (material particulado en superficies sólidas), llevó al establecimiento de la Guía para Elección de un Diseño de Muestreo para Colectar Datos Ambientales para el Desarrollo de Proyecto con Seguridad en Calidad – US EPA QA/G-5S como base de la metodología de muestreo. Se presentan los resultados de la presencia de los elementos químicos buscados en las muestras considerando las diferentes orientaciones de exposición de las superficies; a través del microscopio electrónico de barrido con espectrómetro de energía dispersiva adjunto. Además, se presentan las comparaciones entre diferentes orientaciones de exposición de las superficies receptoras en relación a los elementos químicos presentes y el intento de búsqueda del origen de los sedimientos con las direcciones del viento durante los muestreos y aquellas predominantes en la región para una indicación preliminar de orientación del origen del material particulado sedimentado. Palabras clave: 1. Material Particulado; 2. Partículas Sólidas en Suspensión en la Atmosfera; 3. Sedimentación; 4. Deposición; 5. Resuspensión; 6. Recontaminación. ix INDICE Capítulo 1 - Introdução e Objetivos 1.1 Introdução.......................................................................................................... 13 1.2 Objetivo Geral e Objetivos Específicos.............................................................. 18 Capítulo 2 - Fundamentação Teórica 2.1 Amostragem e Local de Amostragem............................................................... 19 2.2 Qualidade do Ar................................................................................................. 24 2.3 Poluição do Ar e Poluentes Atmosférico............................................................ 26 2.3.1 Poluição do Ar................................................................................................. 26 2.3.2 Poluentes Atmosféricos.................................................................................. 29 2.4 Fontes de Poluição Atmosférica........................................................................ 32 2.5 Material Particulado........................................................................................... 41 2.6 Composição Química do Material Particulado................................................... 51 2.7 Material Particulado e Meteorologia.................................................................. 56 2.8 Deposição / Sedimentação de Material Particulado.......................................... 60 2.9 Ressuspensão do Material Particulado..............................................................66 2.10 Material Particulado e Meio Ambiente............................................................. 71 2.11 Material Particulado e Saúde........................................................................... 73 2.12 Microscopia Eletrônica de Varredura – MEV / Espectroscopia de Energia Dispersiva – EDS........................................................................................83 2.12.1 Microscopia Eletrônica de Varredura............................................................ 83 2.12.2 Espctrometria de Energia Dispersiva............................................................ 85 2.13 Refino do Petróleo........................................................................................... 86 Capítulo 3 - Materiais e Métodos 3.1 Descrição do Entorno do Local Estudado.......................................................... 95 3.2 Materiais.............................................................................................................96 3.3 Superfícies Sólidas para as Amostragens......................................................... 96 3.3.1 Métodos.......................................................................................................... 96 3.3.2 Coleta de Amostras.........................................................................................97 x 3.3.3 Escolha e Número de Locais Objeto das Amostragens................................. 97 3.3.4 Definição da área de Amostragem em Blocos............................................... 98 3.3.5 Plano Amostral................................................................................................ 99 3.3.6 Coleta, Armazenamento e Identificação das Amostras.................................. 101 3.3.6.1 Coleta das Amostras ................................................................................... 101 3.3.6.2 Armazenamento das Amostras.................................................................... 104 3.3.6.3 Identificação das Amostras.......................................................................... 104 3.3.6.4 Observações................................................................................................ 105 3.3.7 Monitoramento Meteorológico.........................................................................105 3.3.8 Análise Qualitativa das Amostras.................................................................. 106 3.3.9 Comparação entre Resultados....................................................................... 107 Capítulo 4 – Resultados 4.1 Resultados MEV/EDS........................................................................................ 107 4.2 Resultados do Monitoramento Meteorológico....................................................141 4.2.1 Monitoramento Meteorológico - Amostragens N/S......................................... 141 4.2.1.1 Direções do Vento – Amostragens N/S ...................................................... 145 4.2.2 Monitoreamento Meteorológivo – Amostragens L/O ......................................146 4.2.2.1 Direções do Vento – Amostragens L/O........................................................154 Capítulo 5 – Discussão 5.1 Material Particulado........................................................................................... 155 5.1.1 Composição Química do Material Particulado................................................ 162 5.1.2 Deposição/Sedimentação do Material Particulado......................................... 169 5.1.3 Ressuspensão do Material Particulado...........................................................172 5.1.4 Fontes de Emissão de Material Particulado....................................................173 5.1.5 Amostragem.................................................................................................... 176 5.1.6 Varredura através de MEV/EDS..................................................................... 178 5.2 Monitoramento Meteorológico durante as Amostragens................................... 180 5.3 Superfícies com Exposição para o Norte........................................................... 181 5.4 Superfícies com Exposição para o Sul.............................................................. 183 5.5 Superfícies com Exposição para o Leste........................................................... 184 xi 5.6 Superfícies com Exposição para o Oeste.......................................................... 185 5.7 Comparação entre Superfícies de Orientação de Exposição Norte e Sul............................................................................................................................ 186 . 5.8 Comparação entre Superfícies de Orientação de Exposição Norte e Leste........................................................................................................................ 187 ...... 5.9 Comparação entre Superfícies de Orientação de Exposição Norte e Oeste........................................................................................................................188 5.10 Comparação entre Superfícies de Orientação de Exposição Sul e Leste........................................................................................................................ 189 . 5.11 Comparação entre Superfícies de Orientação de Exposição Sul e Oeste........................................................................................................................190 ... 5.12 Comparação entre Superfícies de Orientação de Exposição Leste e Oeste........................................................................................................................191 Capítulo 6 – Coclusões, Recomendações e Sugestões 6.1 Considerações Gerais....................................................................................... 193 6.2 Conclusões........................................................................................................ 194 6.3 Recomendações e Sugestões........................................................................... 196 Referencias Bibliográficas........................................................................................199 xii ÍNDICE DE TABELAS Tabela 01 - Concentração do elementos estudados em PTS (µg/m3), nas regiões de Charqueadas, RS e Sapucaia do Sul, RS.................. 54 Tabela 02 - Presença de elementos nas inclinações Norte /Sul............................. 110 Tabela 03 - Presença de elementos na inclinação Norte........................................ 115 Tabela 04 - Presença de elementos na inclinação Sul............................................ 118 Tabela 05 - Presença de elementos nas inclinações Leste/Oeste.......................... 121 Tabela 06 - Presença de elementos na inclinação Leste........................................ 130 Tabela 07 - Presença de elementos na inclinação Oeste....................................... 135 Tabela 08 - Porcentagem nas quatro inclinações com ausência de elementos...... 140 Tabela 09 - Resultados do monitoramento meteorológico realizado durante as amostragens N/S................................................................ 141 Tabela 10 - Resultados do monitoramento meteorológico realizado durante as amostragens L/O................................................................ 146 Tabela 11 - Comparação entre superfícies de orientação de exposição Norte e Sul para os elementos estudados............................................ 186 Tabela 12 - Comparação entre superfícies de orientação de exposição Norte e Leste para os elementos estudados......................................... 187 Tabela 13 - Comparação entre superfícies de orientação de exposição Norte e Oeste para os elementos estudados...................................... 188 Tabela 14 - Comparação entre superfícies de orientação de exposição Sul e Leste para os elementos estudados............................................ 189 Tabela 15 - Comparação entre superfícies de orientação de exposição Sul e Oeste para os elementos estudados........................................... 190 Tabela 16 - Comparação entre superfícies de orientação de exposição Leste e Oeste para os elementos estudados....................................... 191 CAPÍTULO 1 INTRODUÇÃO E OBJETIVOS 1.1 Introdução Os problemas ambientais causados pelas emissões atmosféricas antropogênicas se estendem da superfície do planeta a vários quilômetros de altitude na atmosfera, como é o caso da camada de ozônio. Os gases e o material particulado que compõem essas emissões causam danos ao ambiente em que ocorrem e no seu retorno à superfície do planeta, contaminando o solo, a água e a vegetação. Os animais e os seres humanos são direta e indiretamente afetados pelas emissões de materiais tóxicos à atmosfera, pela inalação e pela ingestão. As fontes móveis de emissões atmosféricas são interpretadas pela grande maioria dos estudiosos do assunto, como aquelas que mais contribuem para a poluição da atmosfera. Nessas fontes estão incluídos os veículos automotores, cujo tráfego é intenso na região de estudo. A grande fonte para a combustão, processo necessário à maioria das fontes móveis existentes no planeta, são os derivados de petróleo, materiais também utilizados como matéria prima nas indústrias petroquímicas de segunda geração. A produção de energia elétrica inclui o uso de produtos e subprodutos do refino do petróleo. A produção de combustíveis e outros derivados de petróleo leva à necessidade de diversos processos aplicados ao seu refino, conduzindo à geração de grande quantidade de poluentes sólidos, líquidos e gasosos. Os poluentes lançados à atmosfera através do refino do petróleo se compõem por gases e material particulado, cuja emissão é de interesse mundial em questão de sua potencialidade poluidora e do volume gerado. Os processos industriais em sua grande maioria, são potencialmente emissores de material particulado para a atmosfera. Outras atividades não consideradas industriais como é o caso de obras de construção, de terraplenagem, lavagem de veículos, atividades domésticas, etc. também geram material particulado à atmosfera. As emissões naturais, como aquelas geradas pela a ação do vento sobre 14 áreas sem cobertura vegetal, sobre rochas, as erupções vulcânicas e outros tantos processos naturais, contribuem para o material particulado atmosférico. De maneira geral, o material particulado pode incluir elementos ou compostos químicos capazes de poluir direta ou indiretamente o ambiente. De maneira direta, quando sua composição nas emissões inclui elementos ou compostos tóxicos, o material particulado primário; de maneira indireta, quando reagem com elementos da atmosfera, com outros materiais emitidos, ou se agregam a outros compostos formando substancias tóxicas, é o caso do material particulado secundário. Os poluentes atmosféricos, de acordo com suas propriedades físico-químicas, possuem diferente comportamento na atmosfera, motivo das variações em sua dispersão, e assim modificações na possibilidade de concentração e de localização no seu retorno à superfície do planeta. As condições meteorológicas, associadas às propriedades físico-químicas dos materiais, uma vez que apresentam constantes modificações, contribuem de maneira fundamental às variações na dispersão e concentração dos poluentes na atmosfera e nas suas imissões. As imissões de material particulado se realizam através de sua deposição nos diversos meios que compõem a superfície do planeta. A concentração dessas imissões ocorre de acordo com as emissões de material particulado, seu volume e sua composição, suas propriedades físico-químicas e as condições meteorológicas. O material particulado emitido pelos processos industriais contribui, juntamente com aqueles emitidos por outras fontes, para a degradação da qualidade do ar e assim, à problemas no ambiente e na saúde humana. A região estudada é composta por grande concentração de indústrias de vários segmentos, incluindo a atividade de refino do petróleo. As regiões onde estão estabelecidos esses empreendimentos no Brasil, possuem em seu entorno, zonas residenciais com razoável densidade demográfica, o que também é o caso do estado do Rio Grande do Sul. Duas rodovias federais com intenso tráfego de veículos automotores leves e pesados e o transporte local de matérias primas, produtos e de pessoal, compõem o cenário da área do estudo. As áreas residenciais existentes no entorno de zonas industriais não estão isoladamente expostas à efeitos das emissões atmosféricas de um ou de outro empreendimento potencialmente ou de uma ou outra fonte de emissão. Todas as atividades geradoras de material particulado e de outros poluentes 15 atmosféricos, podem originar as imissões que nela ocorrem. As grandes distancias que podem ser alcançadas pelos poluentes atmosféricos em seu transporte pela circulação atmosférica também deve ser considerado. Os processos realizados no refino do petróleo levam a emissões de material particulado cuja composição química é geralmente a mesma daquele material emitido por outras fontes existentes no entorno, fixas ou móveis, naturais ou antropogênicas, química e ambientalmente tóxicas ou não. A composição química do material particulado emitido por atividades industriais ocorre de acordo com as matérias primas e com os processos aos quais elas são submetidas. A deposição de material particulado, seca ou úmida, é de acordo com àquelas da emissão, podendo estar incluído um amplo espectro de material particulado secundário e materiais oriundos de fontes naturais e de fontes móveis relacionadas ao local de deposição além de materiais oriundos de grades distancias. Ocorrência extremamente atual divulgada pela imprensa, sobre poeiras geradas por erupções do vulcão Puyehue (Chile) e sedimentadas em regiões localizadas ao sul e oeste do referido vulcão, foram transportadas pelo vento ao Uruguai, Argentina e sul do Brasil causando caos aéreo, problemas respiratórios e deposição no solo, na água, em vias urbanas e em outros materiais A sedimentação do material particulado ocorre sobre todo e qualquer tipo de superfície ou material exposto à atmosfera. Quando ela ocorre sobre superfícies sólidas pode gerar depósitos que se tornam passíveis de serem novamente suspensos na atmosfera através do vento e transportados a outros locais ou meios, podendo novamente, durante o período em que permanecem na atmosfera, causar problemas à saúde humana. Esses problemas estão ligados à possibilidade de sua inalação, o que está ligado ao tamanho das partículas em suspensão e à sua composição. O material particulado sedimentado em superfícies sólidas também pode atingir outros meios pela ação precipitação pluviométrica. O escoamento das águas pluviais conduz esses materiais em suspensão na água, problema tratado em função da contaminação da água em áreas urbanas, que arrastam materiais biológicos e químicos, que são distribuídos ao longo de seu percurso podendo ser conduzidos a depósitos ou cursos de água. 16 Vários estudos tem sido realizados para avaliar a qualidade da água pluvial coletada de coberturas de edificações, para uso não potável, em função da lavagem causada pelas precipitações pluviométricas na atmosfera e nos telhados por onde escoam, no que se inclui o material particulado. O conhecimento dos elementos químicos que compõem o material particulado sedimentado em superfícies sólidas pode auxiliar na avaliação de sua potencialidade de contaminação química e na indicação da fonte de sua geração, em conjunto com o conhecimento do regime de ventos do local onde ocorre a sedimentação. Diversas superfícies sólidas podem receber a deposição do material particulado. Entre elas a vegetação, o solo, materiais expostos à atmosfera e as áreas impermeabilizadas como estradas pavimentadas, calçadas, telhados, etc. Nas estradas pavimentadas e nas ruas de áreas urbanas, a circulação de veículos automotores além de gerar e depositar material particulado, provoca suspensão de materiais sedimentados pela turbulência causada pelos seus deslocamentos. Alguns estudos foram realizados para avaliação dos materiais depositados nessas superfícies para conhecimento de sua composição. Estudiosos já realizaram amostragens em superfícies sólidas para avaliação da composição do material particulado depositado, como aquelas em telhados de residências para verificação da possibilidade de deposição de elementos emitidos por uma indústria de cimento. As superfícies sólidas impermeáveis não metálicas se apresentam como aquelas em que pode haver uma menor interação do material sedimentado com os elementos que a compõem. Uma comunidade localizada no cenário anteriormente descrito, apresenta reiteradamente reclamações de deposição de material particulado nos telhados de suas residências, o que geraria uma borra que escoaria dessas coberturas e causaria problemas de saúde nos residentes. Essa população indica a maior atividade industrial da região, como a responsável pela geração do material particulado sedimentado, embora a comunidade não esteja situada à jusante das fontes de emissão da atividade indicada, considerando as direções predominantes do vento na região. O presente trabalho busca, através da amostragem do material particulado sedimentado nos telhados das residências localizadas na referida comunidade, realizar a sua análise para o conhecimento dos elementos químicos que o 17 compõem. Paralelamente, é realizado o monitoramento da direção do vento durante as amostragens e é obtida a rosa-dos-ventos da região para verificação da viabilidade de indicação preliminar da origem do material depositado. A escolha dos telhados como superfícies sólidas onde ocorre sedimentação de material particulado se deve à sua menor exposição à interferência humana e pela origem da questão reclamada. Além disso, distribuem-se pela comunidade, residências cujos telhados possuem inclinações nos sentidos Leste/Oeste e Norte/Sul, o que leva à diferentes orientações de faces expostas à atmosfera e capazes de receber o material sedimentado. Embora outros estudos tenham sido realizados com amostragens de sedimentos de material particulado em superfícies sólidas, e entre elas em telhados, não existe metodologia oficial no Brasil para esse tipo de amostragem. As buscas realizadas sobre existência de metodologia oficial, normas e pesquisas para o tipo de amostragens propostas em outros países, encontraram poucos trabalhos sobre o tema. Os estudos encontrados não apresentaram uma proposição de metodologia de coleta ou estabelecimento de procedimentos padronizados para essa proposição. Para a realização das amostragens propostas, estabeleceram-se procedimentos adaptados e de acordo da US EPA QA/G-5S – Diretriz de Orientação para Desenho de Amostragem para a Coleta de Dados Ambientais para o Desenvolvimento de Projeto com Segurança em Qualidade. Foi realizado levantamento do total de residências com telhados de orientação Norte/Sul e Leste/Oeste. Obteve-se o número de residências a serem amostradas de cada uma das inclinações de seus telhados, de maneira separada, através de método estatístico. Determinou-se a análise da composição química qualitativa das amostras através de microscopia eletrônica de varredura acoplada a espectrômetro de energia dispersiva. A localização das atividades industriais situadas no entorno da área de estudo é apresentada em imagem. Assim como uma listagem desses empreendimentos e suas potencialidades de emissões. Apresenta-se estudo comparativo de elementos presentes nos sedimentos em relação às diferentes inclinações de exposição dos telhados e possibilidade de indicação do sentido de sua procedência. 18 1.2 OBJETIVOS: Objetivo Geral: Realizar estudo da presença de elementos químicos em material particulado sedimentado em superfícies sólidas com diferentes orientações de exposição à deposição, em área de influencia de grande concentração industrial e de fontes móveis, com a presença de atividade de refino do petróleo, para indicação preliminar da orientação de origem do material depositado. Objetivos Específicos: - desenvolver um plano de amostragem de material sedimentado em superfícies sólidas, procedentes de emissões atmosféricas em diferentes orientações de exposição; - realizar análise qualitativa das amostras para determinar a presença de Al, Si, K, Fe, Na, Mg, Ca, Ti, Mo, P, Zn e V na sua composição; - realizar estudo comparativo entre as diferentes orientações de exposição das superfícies sólidas receptoras da deposição de material particulado em para verificar possibilidade de indicação da orientação de fontes de origem dos elementos encontrados em cada uma das diferentes orientações de exposição; - realizar estudo das direções do vento durante as amostragens, para indicações de possibilidades de orientação de origem do material sedimentado. 19 CAPÍTULO 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1 Amostragem e Local de Amostragem As fontes de informação disponíveis (livros, papers, bibliotecas virtuais, artigos, teses e outras publicações escritas ou eletrônicas), apresentam apenas alguns procedimentos para a realização de amostragem de material particulado sedimentado, porém se referem àqueles depositados principalmente em rodovias ou outras superfícies sólidas que não as coberturas de residências. Mesmo assim, para essa finalidade não há uma metodologia oficial de obtenção de amostras, visto que são utilizados tanto equipamentos com a possibilidade de amostrar através de vácuo, de diluição em água, de escovação, de varrição e outros. De acordo com Ziada et al. (2006), amostras de deposição seca foram coletadas em 28 telhados de residências em Fuhais, Jordânia, durante estação seca no ano de 2004. As amostras foram analisadas para verificação da concentração de metais traços e pesados na investigação dos impactos de partículas totais em suspensão emitidas por uma indústria de cimento na cidade de Fuhais. A indústria opera há mais de 50 anos e estava sendo avaliado o uso de coque para a redução de custos de combustível. Não havia dados prévios sobre emissões de metais pesados durante as operações antes deste estudo. A amostragem considerou os ventos predominantes na região e o movimento de transporte pesado na área de estudo. A deposição foi coletada a cada estação, com o uso de um balde de plástico para a captura do material. Uma pá de lixo, uma escova e uma pá foram utilizadas para a remoção das amostras dos baldes. Segundo Kim et al. (1998), foi realizada a amostragem de poeiras em um total de 81 locais em laterais de rodovias, 79 residências e 40 pontos internos em estações de metro, na área de Taejon (Coréia do Sul). As amostras da estrada foram coletadas varrendo uma composição de 25 sub amostras com pás plástico, entre 18 e 22 de março de 1996 em intervalos de 2,4 quilômetros numa grade utilizada como base de amostragem. As amostras das residências foram coletadas 20 na parte superior de guarda-roupas, e foi aplicado um questionário durante a amostragem utilizado para interpretação dos dados ambientais. CARRAZ et al. (2006), citam vários autores sobre questões que incluem amostragem de material sedimentado em superfícies sólidas: ―muitos métodos tem sido aplicados com sucesso por pesquisadores, na coleta de amostras de poeiras de vias urbanas que incluem limpadores à vácuo com bateria (Grotker, 1987), pequenos varredores à vácuo (Rogge et al. 1993, Yang et Bauman, 1995) e pá de polietileno e escova (Kim et ali, 1998; Xie et ali, 1999; Vermette et ali, 1991). Ainda que esse último método possa conduzir a problemas com as partículas pequenas em comparação com os limpadores à vácuo (Bris et ali, 1999), observações prévias mostraram que os sedimentos em estradas coletados em Manchester eram compostos basicamente por partículas de areias de tamanho médio (Robertson et ali, 2003)‖. A utilização de pá de polietileno foi escolhida para a obtenção de amostras, como material adequado para as amostragens em várias pesquisas realizadas para buscas semelhantes às propostas neste trabalho. Métodos, procedimentos, ensaios, metodologias oficiais para a realização de amostragens de materiais sólidos depositados em materiais sólidos foram buscados incessantemente, em fontes disponíveis em vários meios e de vários países. Inúmeros termos para referencia ao material sedimentado, que seria coletado para qualificação dos elementos químicos presentes, como pó, poeiras, partículas, fumos, fumaça, aerossóis, particulados, sedimentos, depósitos, e seus equivalentes nas línguas espanhola e inglesa. Também foram buscados inúmeros termos para referencia à superfície sobre a qual ocorreria a deposição ou sedimentação, que seria a base de realização das operações de amostragem As informações encontradas em relação ao tema deste trabalho referem-se à deposição, sedimentação ou suspensão de partículas em líquidos, ou ainda a sedimentos em meios aquosos, o que não se aplica à finalidade específica deste estudo. A importância dos sedimentos é evidenciada uma vez que há grande preocupação com a qualidade da água captada em telhados, quanto à possibilidade de a mesma conter uma série de contaminantes, e entre eles, aqueles procedentes de sedimentação ou deposição de material particulado em suspensão na atmosfera. 21 Verificada a importância do material depositado em telhados, considerada a indisponibilidade de metodologia oficial, constatada a importância desse material e a ocorrência da sedimentação ao longo do tempo, optou-se por realizar amostragens de material sedimentado em superfícies sólidas, considerando ainda as questões de referencias a problemas de deposição causados nas coberturas de residências de uma comunidade. Quanto à Amostragem por Gravidade, segundo a United States Environmental Protection Agency (US EPA), ela se refere à quantidade de precipitação, sólida ou líquida, que chega ao solo num determinado período de tempo. O período de amostragem recomendado para sólidos totais é de 24 horas ou mais, e no máximo durante um mês. Os baldes para precipitação de poeiras foram um dos primeiros equipamentos para material particulado atmosférico, feitos de materiais resistentes e muitas vezes colocados em posição tal que prevenisse derrame de materiais. Um anel de arame era colocado para prevenir dejetos de pássaros. Os resultados eram calculados através da filtração do líquido e pesagem dos sólidos remanescentes (disponível em: <http://yosemite.epa.gov/oaqps/eogtrain.nsf/b81bacb527b016d785256e4a004c0393/ 7df5c93aea5dec9c85256dd000518715/$FILE/SI434_a3.pdf>). A Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente do estado do Rio de Janeiro (FEEMA), se refere ao ―método do jarro‖ para amostragem de material sedimentável, MF 609 Jarro de Deposição de Poeira ou jarro para sólidos (<http://www.qualidade.iema.es.gov.br/scripts/sea0512.asp>). A Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental do estado de São Paulo (CETESB), disponilibiza em suas normas técnicas vigentes, o método de ensaio para determinação de poeira sedimentável L8.014, disponível em: (<http://www.cetesb.sp.gov.br/servicos/normas---cetesb/43-normas-tecnicas--cetesb>). A coleta de poeira sedimentável não se adapta às amostragens de material particulado sedimentado em superfícies sólidas, proposta deste estudo para obter informações de material depositado ao longo do tempo e contemplar informações necessárias para sanar questionamentos de uma população. Segundo PAODE et al. (1996), o Guia para Escolha de um Desenho de Amostragem para Coleta de Dados Ambientais para o Desenvolvimento de Projeto com Segurança em Qualidade EPA QA/G-5S, assiste ao desenvolvimento efetivo de 22 segurança de qualidade. Os planos de segurança da qualidade pertencem ao sistema de qualidade da US EPA. É um recurso ou referência, e inclui um desenho estatístico. As atividades implementadas de acordo com o que é descrito nesse guia se insere nas Guias de Informação de Qualidade da EPA e promove a disseminação da qualidade técnica, científica e política de informação e decisões. Se destina ao gerenciamento, análise e planejamento com base em esquemas estatísticos de amostragem. A US EPA permite o critério de abordagens para casos específicos que podem necessitar modificações nas técnicas descritas no guia, o qual pode periodicamente ser modificado sem aviso público, quando a equipe de qualidade verificar necessidades de novas técnicas, correções e sugestões. O desenho da amostragem é uma parte fundamental da coleta de dados para decisões com bases científicas, um desenho bem desenvolvido de amostragem é uma regra básica para assegurar a suficiência de dados para as conclusões necessárias. Para gerar informações precisas do nível de contaminação do ambiente deve ser considerada a adequação e a precisão da amostragem e do método de manuseio, o efeito do erro de medição, a qualidade e a adequação da análise e a representatividade dos dados com respeito ao objetivo do estudo. A representatividade está diretamente relacionada com o desenho da amostragem e pode ser considerada como o degrau através do qual, a precisão dos dados efetivamente representa a característica da população, os parâmetros de variações em pontos de amostragem, as condições do processo e a condição ambiental (American Nacional Standards Institute / American Society for Quality Control (ANSI/ASQC),1994 ]. O desenho da amostragem é um degrau crucial na coleta apropriada e na precisão dos dados que precisamente representem o problema investigado. As amostragens propostas neste estudo, foram então realizadas de acordo com o Guia para Escolha de um Desenho de Amostragem para Coleta de Dados Ambientais para o Desenvolvimento de Projeto com Segurança em Qualidade EPA QA/G-5S, considerando suas necessidades de adaptação ao local das amostragens e quanto aos materiais utilizados para a obtenção e armazenamento das amostras, assim como à seus procedimentos. No que se refere à possibilidade de inclusão de materiais advindos das superfícies de telhados nas precipitações pluviométricas, segundo GHASSEMI (2002), os mecanismos primários para o potencial lançamento de contaminantes nos lugares são o escoamento de água que potencialmente carrega sedimentos 23 contaminados e o solo erodido que expõe contaminantes enterrados. O principal caminho pelo qual o lançamento de contaminantes pode chegar aos habitantes é a infiltração aos aqüíferos aluviais, a dispersão de material particulado atmosférico e a migração de sedimentos do escoamento superficial das águas. Segundo a CETESB (2008), uma área contaminada corresponde a um local onde ocorre contaminação, causada pela introdução de substâncias depositadas, acumuladas, armazenadas, enterradas ou infiltradas, de forma planejada, acidental ou natural. Nessa área, os contaminantes podem concentrar-se em diferentes compartimentos ambientais e estruturas de construções e propagar-se por diferentes vias (como ar, solo, águas subterrâneas e superficiais), alterando as características naturais do meio e causando impactos negativos sobre bens a proteger. Quanto à contaminação, transporte e destino de metais, SARKAR et ali (2007) citam SWEET et ali(1998): ―um complexo interativo de processos hidrológicos e geoquímicos controla o transporte e o destino de metais em bacias urbanas naturais. Provavelmente a intensidade de precipitação pluviométrica é o fator hidrológico mais importante na determinação das concentrações de cargas de metais para qualquer período de amostragem. Precipitações pluviométricas de grande intensidade muitas vezes lavam os resíduos de grãos finos das ruas para córregos e transportam diretamente metais da atmosfera às bacias‖. Os materiais depositados sobre os telhados podem ser compostos por fungos, algas e liquens, e, de acordo com Sjöström (1996), o material sobre o qual a maioria do crescimento biológico ocorre é o cimento amianto, que é muito freqüentemente encontrado como cobertura de telhados. Somente uma pequena proporção desse material não tem esse tipo de crescimento; em 90% dessas coberturas se encontram algas e liquens. Musgos também ocorrem em 6% dessas superfícies. Telhados com cerâmica também mostram grande crescimento de algas e/ou liquens, que podem ser verificados em aproximadamente 50% dos telhados. Neles os musgos aparecem com menor freqüência. Somente um material, cobre, não possui crescimento nenhum, não tendo sido notado nenhum crescimento em telhados de cobre. Muitas espécies de algas verdes colonizam paredes, telhados e outras superfícies artificiais onde a disponibilidade de nutrientes é extremamente limitada (Rindi and Guiry, 2002; Häubner et al., 2006 apud Hodkinson, 2011, p. 213). 24 A descoloração de telhados causada pelas algas, comumente referida a crescimento de fungos, é um problema freqüente em todo o país. É freqüentemente confundido com fuligem, sujeira, mofo ou excrementos de árvores. A alga que causa essa descoloração não se alimenta dos materiais dos telhados e assim não afeta a sua durabilidade e sua função. Os pigmentos naturais da alga podem tornar um telhado branco ou claro, gradualmente marrom escuro ou negro num período de alguns anos (Scharff, 2001, p.238). 2.2 Qualidade do Ar Segundo a Fundação Estadual de Proteção Ambiental do Estado do Rio Grande do Sul (FEPAM), a qualidade do ar é medida pelo Índice de Qualidade do Ar (IQAr), que tem como objetivo principal proporcionar à população o entendimento sobre a qualidade do ar local em relação a diversos poluentes atmosféricos amostrados nas estações de monitoramento. O Índice de Qualidade do Ar é uma ferramenta matemática utilizada para transformar as concentrações medidas dos diversos poluentes em um único valor adimensional que possibilita a comparação com os limites legais de concentração para os diversos poluentes (Padrões de Qualidade do Ar - PQAr). O IQAr proposto pela FEPAM é obtido através de uma função linear segmentada, na qual os pontos de inflexão representam os Padrões Nacionais de Qualidade do Ar e os critérios para episódios agudos da poluição do ar são estabelecidos conforme a Resolução Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) nº 03 de 28/06/1990, para seis poluentes atmosféricos, a saber: Partículas Totais em Suspensão, Partículas Inaláveis, Dióxido de Enxofre, Dióxido de Nitrogênio, Ozônio e Monóxido de Carbono. O IQAr também pode ser associado aos efeitos da poluição do ar sobre a saúde humana. Nos Estados Unidos, através da US EPA, o Air Quality Índex – AQI (US EPA-454/R-99-010, 1999) é aplicado na divulgação diária da qualidade do ar, indicando níveis de poluição, associando-os aos efeitos sobre a saúde e aos cuidados que devem ser adotados. No Brasil, o CONAMA é o órgão consultivo e deliberativo do Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA), instituído pela Lei 6.938/81, que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, regulamentada pelo Decreto 99.274/90. 25 Segundo NOBEL (1998), obviamente, a qualidade do ar num dado local, varia tremendamente de um dia para outro, embora as emissões possam continuar relativamente constantes. Os fatores determinantes dessa variação estão relacionados com o estado do tempo: força dos ventos, direção do vento, perfil da temperatura do ar, intensidade de radiação solar e o tempo desde que ocorreram os últimos ventos fortes ou precipitação pluviométrica que são capazes de ´limpar´ a atmosfera. A qualidade do ar depende da dinâmica da atmosfera. Índice da Qualidade do Ar segundo o CONAMA: Quadro 01 – Índice da Qualidade do Ar (Fonte: FEPAM) ÍNDICE DA QUALIDADE DO AR (IQAr) PTS (µg/m³) PI10 (µg/m³) S02 (µg/m³) NO2 (µg/m³) CO (PPm) O3 (µg/m³) 0-50 0-80 0-50 0-80 0-100 0-4,5 0-80 51-100 81-240 51-150 81-365 101-320 4,6-9,0 81-160 Qualidade Índice BOA REGULAR Níveis de Cautela sobre a Saúde * 101INADEQUADA 199 Insalubre para Grupos 241- 151- 375* 250* 366586* 587-800 9,1321- 12,4* 1130* 12,515,0 Sensíveis 200- Muito 299 Insalubre 376-625 MÁ CRÍTICA 801- 1131- 351- 1600 2260 1601- 2261- 2100 3000 > 2100 > 3000 322* 323-400 15,1-30 401-800 30,1-40 801- 420* 300- PÉSSIMA 251-350 161- Perigoso 626-875 421-500 399 Acima Muito de 400 Perigoso > 876 > 500 1000 > 40 > 1001 *Os índices, até a classificação REGULAR, atendem aos Padrões de Qualidade do Ar, estabelecido pela Resolução CONAMA 03 de 28/06/1990. 26 Padrões e Classificação da Qualidade do Ar segundo o CONAMA: Quadro 02 – Padrões e Classificação da Qualidade do Ar (Fonte: FEPAM) PADRÕES E CLASSIFICAÇÃO DA QUALIDADE DO AR Qualidade BOA Índice Padrões de Qualidade do Ar* - CONAMA 0-50 Abaixo dos Padrões de Qualidade > 1 REGULAR 51-100 Abaixo dos Padrões de Qualidade > 2 INADEQUADA 101-200 Acima dos Padrões de Qualidade MÁ 201-300 Acima do Nível de Atenção PÉSSIMA 301-400 Acima do Nível de Alerta CRÍTICA Acima de 400 Acima do Nível de Emergência * Resolução CONAMA nº 03 de 28/06/1990. > 1 Atende ao padrão primário anual > 2 Atende aos padrões primários de qualidade Os dados e as informações divulgados com respeito à qualidade do ar, dentro da classificação que foi apresentada anteriormente, se referem a alguns dos poluentes atmosféricos que podem estar presentes num dado momento, porém existem outros tantos poluentes que não estão incluídos nessas classificações, e capazes de comprometer a saúde humana e o ambiente, conduzindo-os a riscos graves, como seria o exemplo da presença de chumbo ou de mercúrio. A tecnologia humana pode ser a causa de graves impactos econômicos em extensas áreas do planeta, inclusive em regiões situadas a centenas ou milhares de quilômetros dos emissores dos poluentes. A razão disso é que a atmosfera é um portador muito eficaz de gases e partículas(HENRY, 1996, p. 137). 2.3 Poluição do Ar e Poluentes Atmosféricos 2.3.1 Poluição do Ar A poluição do ar é sabidamente, motivo de grandes preocupações em todos os países desenvolvidos e em desenvolvimento. Muitos programas e projetos de recuperação de rios e de outros corpos de água e de solos poluídos, não incluem em seu planejamento, questões referentes à contenção de emissões atmosféricas durante sua execução. A contaminação da água, do solo e de outras superfícies que compõem o planeta, através do retorno de poluentes que são lançados à atmosfera, é poucas vezes considerada. 27 Segundo QUEIROZ et al. (2007), o desenvolvimento industrial e urbano tem originado em todo o mundo um aumento crescente da emissão de poluentes atmosféricos. O acréscimo das concentrações dessas substâncias, a sua deposição no solo, nos vegetais e nos materiais são fatores responsáveis por danos à saúde humana, redução da produção agrícola, danos às florestas, degradação de construções e de obras de arte e, de forma geral, causam desequilíbrios nos ecossistemas. De acordo com a United States Environmental Protection Agency (Agencia de Proteção Ambiental dos Estados Unidos da América) -US EPA (2003), os poluentes atmosféricos perigosos são aqueles que causam ou podem causar câncer ou outros problemas sérios à saúde, como problemas de reprodução, defeitos em nascidos ou ainda efeitos adversos no ambiente. Exemplos de poluentes atmosféricos tóxicos incluem o benzeno, encontrado na gasolina; percloroetileno, emitido através de processos de lavagem a seco; metileno e cloro, usados como solventes por um grande número de indústrias. A maioria dos poluentes tóxicos são originados das atividades humanas, incluindo fontes móveis e estacionárias, assim como fontes domésticas. Alguns deles ainda podem ser emitidos naturalmente. Segundo a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental do estado de São Paulo - CETESB (2010), poluição é qualquer interferência danosa nos processos de transmissão de energia em um ecossistema. Pode ser também definida como um conjunto de fatores limitantes de interesse especial para o homem, constituído de substâncias nocivas (poluentes) que, uma vez introduzidas no ambiente, podem ser efetiva ou potencialmente prejudiciais ao homem ou ao uso que ele faz de seu habitat. De acordo com a US EPA (2003), a poluição atmosférica se refere a alterações na composição da atmosfera, que causam impactos ao ambiente ou à saúde humana, através de contaminação por gases, partículas sólidas, líquidos em suspensão ou material biológico. A FEPAM (2011), considera que a poluição do ar ocorre quando são lançados para a atmosfera partículas, gases e vapores gerados por indústrias, veículos, termelétricas e outras fontes. Essa poluição é mais intensa no outono e no inverno, quando ocorrem inversões térmicas (períodos em que o ambiente não favorece a dispersão de poluentes), ou ventos de baixa velocidade. 28 De acordo com MOTA (2000), alem da imprescindível utilização do ar pelos seres vivos, o mesmo é usado na comunicação, no transporte, na combustão, em processos industriais e como diluidor de resíduos gasosos. O uso cada vez mais intenso do ar, tem resultado muitas vezes em alteração na sua composição, com impacto sobre o homem, os animais, os vegetais e os materiais. Segundo BRANCO e MURGEL (2007), a principal causa da poluição do ar reside na queima de combustíveis para a geração de calor e de outras formas de energia. De acordo com LEEWEN e VERMEIR (2007), o termo emissões deve ser entendido como o lançamento de substancias da tecnosfera para o meio ambiente, a partir do resultado de atividades humanas. Não é fácil obter uma definição simples, compreensível e concisa de poluição do ar. A palavra poluição vem do latim pollutus, que significa fazer falta, imundo ou sujo. Então, poluição do ar é definida como uma condição atmosférica na qual a presença de algumas substancias é maior do que o nível normal no ambiente, tal que produz efeitos significantes no homem, animais, vegetação ou materiais (SEINFELD, 1986 apud ARYA, 1999, p.01). Conforme apresentado pelas agencias de regulação ambiental e pelos autores anteriormente citados, a presença ou o lançamento de qualquer tipo de substancia, composto ou elemento que possa causar qualquer modificação em todo e qualquer meio existente no planeta e na sua atmosfera, conduz à poluição , assim, a emissão de materiais poluidores, sejam eles gases, material particulado ou líquidos na forma de vapor, conduziriam à poluição atmosférica que, através da interação que ocorre na atmosfera com as camadas superficiais do planeta pode contaminar outros meios. Esses meios, também poderão, da mesma forma, lançar ou reverter seus contaminantes à atmosfera. Os níveis de poluição do ar dependem do total de emissões, transporte, fenômenos de transformação e processos de deposição. Para avaliação da qualidade do ar e para otimização em estratégias de redução de emissões, todos esses fatores devem ser considerados (MOUSSIOPOULOS, 2003, p.121). As questões da qualidade do ar relacionadas aos poluentes critério, incluindo Compostos Orgânicos Voláteis, Óxidos de Nitrogênio e Material Particulado, se tornaram uma preocupação crescente para agencias reguladoras e agencias de planejamento de transportes. As pesquisas mostram que esses poluentes são mais 29 perigosos a níveis mais baixos do que anteriormente se pensava e por isso as agencias reguladoras aumentam seus níveis de rigor (PULUGURTHA et al., 2008, p.359). 2.3.2 Poluentes Atmosféricos Poluente atmosférico é qualquer substancia no ar que pode causar efeitos danosos ao homem e ao ambiente. Podem ser naturais ou antropogênicos e podem estar na forma de partículas sólidas, líquidas, aerossóis ou gases. O Clean Air Act (Ato do Ar Limpo), indica 188 poluentes tóxicos que a US EPA deve controlar. Esses poluentes se dividem em vários grupos incluindo material particulado, compostos orgânicos voláteis – COVs, e compostos halogenados. Também estão incluídos alguns poluentes como chumbo, mercúrio e amianto. Segundo MOZETO (2011?), a atmosfera terrestre deve ser vista como um grande ‗cobertor‘ do planeta. Ela protege a Terra e todas as suas formas de vida de um ambiente muito hostil que é o espaço cósmico, que contém radiações extremamente energéticas. Ela é o compartimento de deposição e acumulação de gases e de particulados como o CO2 e o O2, produtos dos processos respiratório e fotossintético de plantas terrestres e aquáticas, macro e micrófitas, e de compostos nitrogenados essenciais à vida na Terra, fabricados por organismos (bactérias e plantas) a partir de N2 atmosférico. Os poluentes atmosféricos podem ser classificados em dois tipos: gases e material particulado (gotículas e partículas sólidas). A fumaça consiste em ambos os tipos. Fuligem e cinza são material particulado; dióxido de enxofre, monóxido de carbono, etc. são gases. Ao lado da fumaça, a maioria dos poluentes disseminados pelo vento sub-classificados como fumos, poeiras e névoas (FAITH e ATKISSON, 1972, p.100). Segundo (BRIMBELCOMBE, 1996), os poluentes atmosféricos são componentes traços da atmosfera, que se mostram presentes em concentrações inesperadas. Geralmente são denominados poluentes, somente quando levam a efeitos nocivos. De acordo com a CETESB (2010), os contaminantes atmosféricos podem causar danos diretos à saúde e ao ambiente, ou esses efeitos podem ocorrer através de elementos resultantes de suas reações, modificações e/ou interações. 30 Estão constituídos por uma série de elementos e compostos, cujas origens podem ser naturais ou antropogênicas. Ainda, podem ser resultantes de reações que ocorrem na atmosfera, a partir de compostos emitidos na superfície do planeta. Poluente atmosférico é toda e qualquer forma de matéria ou energia com intensidade e em quantidade, concentração, tempo ou características em desacordo com os níveis estabelecidos em legislação, e que tornem ou possam tornar o ar impróprio, nocivo ou ofensivo à saúde, inconveniente ao bem-estar público, danoso aos materiais, à fauna e à flora ou prejudicial à segurança, ao uso e gozo da propriedade e às atividades normais da comunidade (CETESB, 2010). O nível de poluição atmosférica é medido pela quantidade de substâncias poluentes presentes no ar. A variedade das substâncias que podem ser encontradas na atmosfera é muito grande, o que torna difícil a tarefa de estabelecer uma classificação. Para facilitar esta classificação, os poluentes são divididos em duas categorias (CETESB, 2010): Poluentes Primários e Secundários: Quadro 03 - Poluentes Primários e Secundários (Fonte: CETESB) Poluentes Primários Aqueles emitidos diretamente pelas fontes de emissão. Poluentes Secundários Aqueles formados na atmosfera através da reação química entre poluentes primários e componentes naturais da atmosfera Classificação das Substâncias Poluentes Quadro 04 - Classificação dos Poluentes (Fonte: CETESB) Compostos Compostos Compostos Monóxido Compostos Material Ozônio de Enxofre de Orgânicos de Carbono Halogenados Particulado CO HCI mistura O3 Nitrogênio SO2 NO Hidro- SO3 NO2 carbonetos, HF de formal- Compostos NH3 álcoois, cloretos, compostos deído de HNO3 aldeídos, fluoretos no acroleína nitratos cetonas, sólido PAN, (H2S, ácidos ou etc. Mercaptanas, orgânicos líquido Enxofre Reduzido: Dissulfeto de carbono,etc.) sulfatos estado 31 Segundo a CETESB (2010), a interação entre as fontes de poluição e a atmosfera vai definir o nível de qualidade do ar, que determinará por sua vez a possibilidade de surgimento de efeitos adversos da poluição do ar sobre os receptores, que podem ser o homem, os animais, as plantas e os materiais; a medição sistemática da qualidade do ar é restrita a um número de poluentes, definidos em função de sua importância e dos recursos disponíveis para seu acompanhamento. De acordo com MOTA (2000), as substancias que alteram de forma nociva a composição do ar, são denominadas de poluentes atmosféricos. Segundo BRAGA et al. (2005), a classificação dos poluentes atmosféricos os divide em primários e secundários. Os primários são aqueles lançados diretamente no ar. Como exemplo pode se citar o SO2, o NOx o CO e alguns particulados como a poeira. Os secundários formam-se na atmosfera através de reações que ocorrem em razão da presença de certas substancia químicas e de determinadas condições físicas, como por exemplo na formação do SO3 (SO2 + O2 do ar), o SO2 reage com o vapor de água para produzir o ácido sulfídrico H2SO4, que precipita originando a chamada chuva ácida. De acordo com MOTA (2000), os poluentes secundários são formados na atmosfera através de reações químicas, a partir de poluentes primários. Entre esses, destacam-se os oxidantes fotoquímicos, resultantes das reações entre os hidrocarbonetos e os óxidos de nitrogênio, na presença da luz solar. Os poluentes primários são aqueles emitidos diretamente para a atmosfera, sendo os principais: Material Particulado (fumos, poeiras, névoas) Monóxido de Carbono Dióxido de Carbono Óxidos de Nitrogênio Compostos de Enxofre Hidrocarbonetos Clorofluorcarbono De acordo com BRANCO e MURGEL (2007), classificar os poluentes, segundo a sua origem, é útil quando a finalidade é conhecer as fontes de poluição. Para realizar o controle do efeito dos poluentes sobre as pessoas ou ambientes naturais, é necessário classificá-los de acordo com a sua composição química. 32 Os poluentes atmosféricos, de acordo com a maioria das classificações existentes, incluem o material particulado. As classificações, indicações e outros itens que levam a considerar se a qualidade do ar em determinado local é adequada ou não, inclui somente informação quantitativa do material particulado existente. Baixas concentrações de elementos tóxicos presentes na atmosfera, não são considerados na classificação, como é o caso do chumbo, do mercúrio e de outros metais nocivos. 2.4 Fontes de Poluição Atmosférica Segundo a US EPA (2010?), a maioria dos elementos tóxicos da atmosfera se originam de fontes antropogênicas que incluem fontes móveis (automóveis, ônibus, caminhões e outros) e fontes estacionárias (indústrias, refinarias, plantas de produção de energia e outras), assim como fontes de ambientes internos (materiais de construção e atividades como lavagem). Existem dois tipos de fontes estacionarias que geram emissões de poluentes atmosféricos: a) Maiores – são aquelas que emitem pelo menos 10 toneladas por ano de alguns dos materiais considerados como poluentes atmosféricos ou pelo menos 25 toneladas por ano de mistura de componentes tóxicos à atmosfera; se refere principalmente à transferência de materiais ou descarga de dutos ou chaminés; b) Área – consiste em pequenas fontes que emitem pequenas quantidades de material tóxico à atmosfera; são aquelas que emitem menos do que 10 toneladas por ano de um único contaminante atmosférico ou menos do que 25 toneladas por ano de combinações de poluentes; deve se considerar que mesmo as fontes áreas emitam quantidades relativamente pequenas de poluentes atmosféricos, o seu conjunto pode ser considerável particularmente quando em grande quantidade. A US EPA considera como fonte qualquer lugar ou objeto do qual sejam lançados poluentes para a atmosfera. Partículas grossas começam a sua existência como matéria ainda mais grossa, uma vez que se originam principalmente da desintegração de grandes pedaços de materiais. Minerais poluentes constituem uma das fontes de partículas grossas no ar. Muitas das partículas grandes, presentes na poeira atmosférica, particularmente no ar das zonas rurais, tem origem no solo ou nas rochas, conseqüentemente a sua composição elementar é similar àquela da crosta terrestre: alta concentração em Al, 33 Ca, Si, e O na forma de silicatos de alumínio, alguns dos quais ainda contem o íon Ca. Nas proximidades dos oceanos, ou sobre eles, a concentração de NaCl sólido é muito alta porque o spray salino marinho transporta partículas de cloreto de sódio quando a água evapora. O pólen liberado pelas plantas também consiste de partículas grossas na faixa de 10-100µm (BAIRD, 2002 p. 136). De acordo com a US EPA (2003), o material particulado se origina de diferentes fontes estacionárias e moveis assim como de fontes naturais. As partículas finas resultam da queima de combustíveis de veículos a motor, geração de energia, indústrias e aquecimento de residências. As fontes de partículas grosseiras incluem o trânsito de veículos em vias não pavimentadas, trabalhos manuais, trituração e moagem e ação dos ventos em solo, rocha e outros materiais naturais. Algumas partículas são emitidas diretamente por suas fontes, como veículos e chaminés. Em outros casos os gases interagem com outros componentes do ar e formam partículas finas. Os poluentes atmosféricos também são categorizados em função das características de suas emissões: (1) fontes pontuais, como plantas de produção de energia, incineradores e grandes plantas de processamento; (2) fontes área, aqueles como as geradoras de aquecimento em edificações; e (3) fontes móveis, principalmente formadas por veículos automotores, cortadores de grama, ventiladores e aviões (PFAFFLIN e ZIEGLER, 2006, p.29). Segundo VALLERO (2008), as fontes de poluição do ar são tão numerosas quanto os grãos de areia. De fato, os grãos de areia são por si mesmos poluentes do ar quando o vento os atinge, suspendendo-os como partículas sólidas na atmosfera. Eles seriam classificados como poluentes naturais, que incluem a poluição que sempre esteve entre nós. As fontes naturais de poluição do ar são definidas como aquelas não causadas pelas pessoas em suas atividades. Havendo a remoção da vegetação que cobre o solo, permanecendo uma camada exposta de solo e ocorrendo o transporte de partículas desse material pelo vento a consideráveis distancias, a sua deposição em outro local poderá afetar outras pessoas. Isso poderia ser chamado de poluição natural, dependendo do intervalo de tempo entre a retirada da cobertura do solo e a suspensão de suas partículas na atmosfera, porém a questão não é tão simples como pode parecer, e essa é uma das razões pelas quais os problemas de poluição requerem estudos e análises detalhados e cuidadosos antes da decisão de controlá-los em determinados níveis. 34 As fontes antropogênicas se compõem pelas indústrias, cuja grande geração de poluição tem como origem a manufatura de produtos com o uso de matérias-primas como minério de ferro, madeira de árvores, combustíveis do petróleo, pedras de pedreiras, etc. Cada um dos processos utilizados para a produção dos produtos gera resíduos poluentes. Uma parte ou todo o material produzido ou material residual poderá ser recuperado e convertido em outros produtos utilizáveis. Também essa conversão gera emissões como é o caso do uso de aço pela indústria automobilística, da madeira para móveis, tinta de sólidos e de solventes e asfalto de rochas e de petróleo. Quadro 05 - Fontes de Emissão de Alguns Poluentes (Fonte: Departamento de Engenharia Química da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) http://www.enq.ufrgs.br/labs/lpr/lpr-fontesde-emissao) Fontes Poluentes Classificação Tipo Material particulado Dióxido e trióxido de enxofre Combustão Monóxido de carbono Hidrocarbonetos e óxidos de nitrogênio Fontes Estacionárias Material Particulado (fumos, poeiras e névoas) Processo Industrial Gases: SO2, SO3, HCl e Hidrocarbonetos Mercaptanas, HF, H2S e NOx Queima de Resíduos Material particulado Sólidos Gases: SO2, SO3, HCl e NOx Outros Veículos Automotores Hidrocarbonetos, material particulado Material particulado, monóxido de carbono Óxidos de nitrogênio e enxofre, hidrocarbonetos Fontes Móveis Aviões e Barcos Outros Óxidos de nitrogênio e enxofre Hidrocarbonetos, material particulado Material particulado - poeiras Fontes Naturais Gases: SO2, SO3, HCl, NOx e hidrocarbonetos Poluentes secundários - O3, aldeídos Reações Químicas Ácidos orgânicos, nitratos orgânicos Aerossóis fotoquímicos e outros 35 Em núcleos industriais, 96% das partículas sólidas está composta por restos industriais, carvão, fuligem e cinza; nas zonas urbanas surgem restos de escombros, de veículos, esporos, e, em menor grau, algas, ovos de insetos, sementes, etc.; nas zonas exclusivamente agrícolas predominam as partículas vivas e a matéria orgânica (CALVO, 2002, p.91). Segundo a US EPA (2003), as fontes móveis se compõem principalmente por veículos automotores e equipamentos de construção, e as fontes estacionárias se compõem por indústrias, refinarias e plantas de produção de energia. As fontes naturais como os vulcões através de suas erupções, também emitem material tóxico para a atmosfera. Fontes área são unidades geográficas que somam uma série de pequenas fontes de contaminantes atmosféricos. Por exemplo, uma parte de uma área urbana pode ser considerada uma fonte área de compostos orgânicos voláteis, que são emitidos por centenas de residências, postos de gasolina, lavanderias e similares (WYMAN e STEVENSON, 2007, p.29). Existem muitas fontes identificadas de material particulado. O setor de transporte é conhecido como a maior fonte, através da emissão direta de partículas para a atmosfera pela exaustão (Colvile et al., 2001; Mayer, 1999 apud HEARD, 2006 p.265). As maiores fontes estacionárias de emissões de material particulado incluem as plantas de produção de energia através de combustíveis fósseis, os processos metalúrgicos e a manufatura do cimento (CHEREMISINOFF, 2001, p.31) Segundo WYMAN e STEVENSON (2007), as fontes de emissão de poluentes atmosférico, segundo, são dividias em: - Fontes Pontuais: pontos identificáveis e confinados de descarga de um ou mais poluentes; - Fontes moveis:realizam emissões moveis de poluentes como os automóveis, caminhões, barcos e aviões; - Fontes estacionárias: são aquelas fontes fixas de emissões atmosféricas, como as refinarias e plantas de geração de energia. Algumas das principais fontes de emissão de alguns poluentes atmosféricos, de acordo com a Resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente de nº 5, apresentadas pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental do estado do Rio Grande do Sul (FEPAM), são apresentadas a seguir: 36 Quadro 06 – Principais Fontes de Alguns Poluentes (RESOLUÇÃO CONAMA nº 5, de 15 de junho de 1989 - Publicada no DOU, de 25 de agosto de 1989, Seção 1, páginas 14713-14714 (Fonte: FEPAM) FONTES E CARACTERÍSTICAS DE ALGUNS POLUENTES NA ATMOSFERA Poluente Partículas Totais em Suspensão (PTS) Partículas Inaláveis(PM10) Dióxido de Enxofre (SO2) Características Partículas de material sólido ou líquido que ficam suspensos no ar, na forma de poeira, neblina, aerossol, fumaça, fuligem, etc. Tamanho < 100 micra Partículas de material sólido ou líquido que ficam suspensos no ar, na forma de poeira, neblina, aerossol, fumaça, fuligem, etc. Tamanho < 10 micra Gás incolor, com forte odor, altamente solúvel. Na presença de vapor d'água pode ser transformado a SO3 passando rapidamente a H2SO4, sendo um dos principais constituintes da chuva ácida. É um importante precursor dos sulfatos, um dos principais componentes das partículas inaláveis. No verão, através dos processos fotoquímicos, as reações do SO2 são mais rápidas. Principais Fontes antropogênicas Processos industriais, veículos automotores (exaustão), poeira de rua ressuspensa, queima de biomassa. Processos de combustão (indústrias e veículos automotores), aerossol secundário (formado na atmosfera). Combustão de combustíveis fósseis (carvão), queima de óleo combustível, refinaria de petróleo, veículos a diesel. Processos de combustão envolvendo veículos automotores, indústrias, usinas termoelétricas (óleo, gás, carvão) e incineração. Combustão incompleta em geral, principalmente em veículos automotores. Óxidos de Nitrogênio (NOx) Podem levar a formação de HNO3, nitratos e compostos orgânicos tóxicos. Monóxido de Carbono (CO) Gás incolor, inodoro e insípido. Poluente Características Principais Fontes antropogênicas Ozônio (O3) Gás incolor, inodoro nas concentrações ambientais e o principal componente da névoa fotoquímica mais conhecido como smog. Composto muito ativo quimicamente. Não é emitido diretamente à atmosfera, sendo produzido fotoquimicamente pela radiação solar sobre os NOx e compostos orgânicos voláteis (VOCs). Principais Fontes Naturais Pólen, aerossol marinho e solo. Pólen, aerossol marinho e solo Vulcões, emissões de reações biológicas. Processos biológicos no solo e relâmpagos. Queimadas e reações fotoquímicas. Principais Fontes Naturais As maiores fontes de MP10 são as poeiras do meio rural, da mineração, das rodovias não pavimentadas e o pólen; somente 6% desse material tem origem na queima de combustíveis fósseis; a maioria das partículas do MP2.5 , se originam da combustão, especialmente de motores a diesel, plantas de geração de energia e de 37 processos industriais como siderurgia; outras fontes de MP se referem a locais com grande número de lareiras, áreas rurais onde há queima de biomassa e outras atividades geradores de partículas (HILL, 2004, p.121). De acordo com BAIRD (1999), as fontes de partículas maiores abrangem as naturais, como as erupções vulcânicas e as atividades humanas, o cultivo da terra e a trituração de rochas em pedreiras, que resultam em partículas da camada superficial do solo e das rochas, sendo recolhidas e transportadas pelo vento. Em muitas áreas as partículas grossas são alcalinas, refletindo a presença de carbonato de cálcio e de outros minerais do solo. Segundo a US EPA (2005), fontes específicas de material particulado incluem processos industriais, emissões fugitivas, tráfego, ressuspensão de materiais da crosta, biológicos e industriais e materiais de combustão que se depositam nas rodovias ou nas suas cercanias, poeira levantada pelos ventos, e outros. A indústria é também a maior fonte de poluição do ar. A combustão de combustíveis fósseis, utilizados para a geração de 67% da energia produzida, resulta na emissão de uma corrente de gases, que incluem vários poluentes que produzem riscos à saúde e ao bem estar do homem, incluindo óxidos de enxofre e de nitrogênio, material particulado, COVs, CO e vários metais pesados que incluem chumbo e mercúrio (TOOKER, 2004, p.39). Considerando o que é proposto como fontes de poluição atmosférica, deve também se considerar os ´depósitos´ que ocorrem pela dispersão e sedimentação de material particulado, nos diversos tipos de superfícies que existem sobre o planeta. Esses materiais, sofrendo ou não alterações e modificações entre eles, com os gases naturais da atmosfera, com gases emitidos à atmosfera, com o vapor de água e com os fatores meteorológicos, são capazes de ser reconduzidos a meios gasosos, líquidos e sólidos através do vento e da chuva, e causar nova e/ou diferente contaminação. A fumaça e a cinza são partículas de aerossol formadas em processos de combustão provocada pelo homem, ou de origem natural, entre as quais se incluem os incêndios das florestas, pastos e também aqueles das atividades vulcânicas (SPEDDING, 1981 p.15). As fontes que emitem material particulado e outros poluentes para a atmosfera, de maneira direta, estão caracterizadas por suas origens nas atividades humanas, realizadas para a produção de alimentos e sua transformação assim como para a 38 produção de bens e de produtos de consumo, destinados ao conforto e bem estar do homem; acrescentam-se as fontes resultantes de processos naturais que ocorrem no planeta, desde a sua formação e que continuam ao longo do tempo. O material emitido por essas fontes, após sua fase na atmosfera, retorna à superfície terrestre, da mesma forma em que foi emitido, ou após sofrer processos nos quais há a participação dos componentes naturais da atmosfera, da radiação solar ou de reações ou interações que ocorrem entre eles. Os vários meios receptores desses materiais em seu retorno à superfície terrestre podem sofrer alterações físicas ou químicas e também podem ser meio alterações nesses materiais em função de sua exposição à água, à radiação solar e à outros poluentes. O material particulado em suspensão no ar se deposita sobre diversos receptores sensíveis causando efeitos diretos, químicos ou físicos, sobre eles. Através das chuvas, queda das folhas, ou ressuspensão de partículas, o material particulado é levado para o solo ou para a água, causando efeitos indiretos (acidificação, saturação de nitrogênio, eutrofização, entre outros) que têm potencial para degradar os ecossistemas gerando redução da diversidade de espécies, alterando sua estrutura e sustentabilidade, levando ao detrimento da vida de animais e plantas, e conseqüentemente afetando os seres humanos. Os efeitos indiretos são muito mais nocivos que os efeitos diretos, pois têm influência sobre o equilíbrio dos ecossistemas (RESENDE, 1999, p.75) Segundo SARKAR et al. (2007), as bacias hidrográficas urbanas possuem numerosas fontes de metais traços, entre as quais, dentro de seus próprios limites, a poluição veicular, telhados, canos galvanizados, tintas, esgotos, resíduos industriais e contaminantes do solo. O tratamento da água pluvial captada é obrigatório devido aos riscos associados ao material carregado pela água de chuva quando do escoamento sobre a cobertura de construções. Observa-se a presença de material grosseiro, como folhas, gravetos, sementes e sólidos suspensos e dissolvidos originados de fezes de pássaros, gatos e roedores, além de material particulado fino sedimentado sobre as coberturas a partir de suspensão aérea, além de microrganismos patogênicos presentes em águas de coberturas, conforme mostram pesquisas em cursos no IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo) realizadas também em outras instituições (Rebello, 2004). 39 De acordo com LEHR e LEHR (2011), a precipitação chega à superfície é infiltrada em locais permeáveis, as áreas impermeáveis se compreendem pelos locais asfaltados e pelos telhados, os quais possuem zero de permeabilidade. Os telhados que são um dos tipos de áreas impermeáveis que cobrem significantemente as áreas urbanas. O escoamento de água pelas telhados era considerado limpo, mas alguns estudos mostraram concentrações de metais pesados em suas superfícies (LEHR e LEHR, 2011, p.9-58). De acordo com VOGEL et al. (2011), o escoamento de águas pluviais dos telhados tem se mostrado como uma grande fonte e rota de contaminantes como metais pesados e bactérias para as águas superficiais. Os telhados são ao mesmo tempo fonte e caminho para escoamento contaminado em ambientes urbanos. Para investigar a importância das partículas associadas à contaminação em escoamento de água de telhados, partículas escoadas por telhados com telhas de asfalto e telhados de metal galvanizado localizados a 12 e 102 metros da maior via expressa foram analisados quanto à presença de elementos traços e PAHs. Concentrações e produtos dos telhados foram comparados entre localizações e materiais utilizados nos telhados (Van METRE e MAHLER, 2003). De acordo com BOLLER e STEINER (2002), os telhados liberam metais, tanto pelo processo de lixiviação das telhas como a partir da lavagem de materiais neles depositados pela deposição atmosférica. O cobre originado da lavagem dos telhados pela chuva e de estradas é considerado a maior contribuição à poluição difusa de cobre em áreas urbanas. O escoamento dos telhados é o maior componente do escoamento urbano total. Ele consiste de materiais contidos nos telhados, de poluentes suspensos na atmosfera e de substancias adicionadas por interceptação e deposição que incluem contaminantes químicos, orgânicos e biológicos como folhas, insetos mortos e dejetos de pássaros. Por causa da incidência da radiação solar e lacunas de sombra, os telhados adquirem altas temperaturas que podem resultar na aceleração de reações químicas e na decomposição de materiais orgânicos. Os telhados podem ser fontes significantes de metais pesados e Hidrocarbonetos Policíclicos Aromáticos (SELENDY, 2011, p.336). Segundo (DAVIS e SHOKOUHIAN, 2001), os metais nas águas de escoamento urbano merecem um interesse particular devido à toxicidade que podem exercer 40 causando impactos em curto prazo, caracterizado pela concentração ou atividade no ambiente, e em longo prazo, pela bioacumulação e devido ao não serem degradados. Três papers recentes apresentaram investigações sobre a qualidade da água escoada de telhados. Convencionalmente, o escoamento das águas pelos telhados é relativamente limpa. Seu uso como água potável em sistemas de cisternas é bem conhecido. Em outras áreas, gestores afirmam que escoamento limpos de telhados deveria ser tratado de maneira diferente daquele de estacionamentos e estradas. Essa visão é com base em dados de monitoramentos de muitos poluentes convencionais como sedimentos, nutrientes, matéria orgânica e possibilidade de presença de bactérias. Contudo, de acordo com estudos recentes, o escoamento de água de telhados não é limpo com respeito a matérias dissolvidas e material particulado metálico como cobre, chumbo e especialmente zinco. O monitoramento de telhados surge da possibilidade do uso de materiais alternativos que poderiam resultar em redução de cargas de poluentes. Assim, a avaliação da minimização do uso de metais em coberturas poderia ser uma boa solução. Mais estudos sobre a carga de metais em água de escoamento urbano procedente de superfícies de telhados auxiliariam num melhor desenho dessas superfícies (Watershed Protection Techniques, disponível em: http://www.stormwatercenter.net/Library/Practice/8.pdf). Segundo a CETESB (2010?), uma área contaminada corresponde a um local onde ocorre contaminação, causada pela introdução de substâncias depositadas, acumuladas, armazenadas, enterradas ou infiltradas, de forma planejada, acidental ou natural. Nessa área, os contaminantes podem concentrar-se em diferentes compartimentos ambientais e estruturas de construções e propagar-se por diferentes vias (como ar, solo, águas subterrâneas e superficiais), alterando as características naturais do meio e causando impactos negativos sobre bens a proteger. De acordo com ROBERTSON et al. (2003), dados sobre sedimentos urbanos em geoquímica e especiação de contaminantes suprem informações muito necessárias em níveis de poluição urbana e realçam a importância de sedimentos urbanos como acumuladores de poluentes e sua potencialidade de impacto tóxico nos meios aquáticos e terrestres e na saúde do homem. Para o entendimento das fontes de contaminantes dos particulado urbanos e para predizer seus caminhos, mobilidade e impacto, são necessárias informações detalhadas em termos mineralógicos e geoquímicos. 41 2.5 Material Particulado A CETESB (2010) define o Material Particulado - MP como partículas cujo diâmetro aerodinâmico é inferior a 50 μm. Ou seja, um conjunto de poluentes constituídos de poeiras, fumaças e todo tipo de material sólido e líquido que se mantém suspenso na atmosfera por causa do seu pequeno tamanho. Entre as principais fontes de emissão de particulado para a atmosfera estão os processos industriais. Os gases se diferenciam das partículas em dois modos, primeiramente os gases são formados por átomos individuais ou moléculas separadas enquanto que as partículas consistem em agregados de átomos ou moléculas ligados em conjunto, então, as partículas são maiores do que um átomo ou molécula de gás. Em segundo lugar, as partículas contem líquidos ou sólidos, enquanto que os gases possuem somente essa fase. As partículas podem ser segregadas em partículas de aerossóis e partículas de hidrometeoros. Um aerossol é um conjunto de partículas de líquidos, de sólidos ou de mistura de fases, suspensas no ar. Uma partícula de aerossol é uma única unidade de liquido, sólido ou mistura de fases de um conjunto de partículas em suspensão (JACOBSON, 2002, p.3). Segundo QUEIROZ ET al. (2007), material particulado é o termo utilizado para uma mistura de partículas sólidas e gotas de líquidos encontrados na atmosfera. Algumas dessas partículas podem ser grandes, escuras e, portanto, visíveis, tais como a fumaça ou a fuligem. Outras são tão pequenas que somente podem ser vistas através de um microscópio. Material Particulado (MP), é um termo muito vago para uma mistura complexa com grande diversidade em tamanho, composição e forma. Partículas em suspensão atmosférica podem ser de natureza primária ou secundária. As primárias são emitidas diretamente à atmosfera, através de processos naturais ou antropogênicos, enquanto que as secundárias tem origem predominantemente antropogênica e são formadas na atmosfera através da oxidação do dióxido de enxofre, dos óxidos de nitrogênio e dos compostos orgânicos voláteis. Na maioria dos países europeus, a industrialização e o grande volume de tráfego são as fontes antropogênicas predominantes, especialmente em áreas urbanas, havendo semelhança por toda a Europa. As mais significantes são o tráfego, plantas de geração de energia, combustão industrial e residencial, poeira fugitiva das indústrias, 42 carga e descarga de produtos a granel, atividades de mineração, incêndio florestais iniciados pelo homem, e, em alguns casos, fontes como construção e pedreiras. As maiores fontes naturais são o sal marinho e a ressuspensão do solo pelo vento (MARQUARDT, H. et al., 1999, p. 262). O Material particulado é um importante componente do sistema químico da atmosfera, particularmente em relação a seus efeitos na saúde em locais populosos do meio urbano. Esse material é liberado para a atmosfera como material primário, de fontes como a combustão incompleta (fuligem e fumaça), poeira, sais marinhos e frenagem e uso de pneus, e é formado material secundário pela condensação de gases de baixa volatilidade como ácido sulfúrico, longos componentes orgânicos e a co-condensação de produtos de combustão de altas temperaturas, da exaustão de veículos. O termo aerossol é utilizado normalmente para referencia a material particulado, mesmo que ele seja referente ao material da fase condensada e o gás que nele está suspenso (HESTER e HARRISON, 2009, p.58). O material particulado atmosférico é uma coleção de partículas finas suspensas no ar. Seu tamanho varia entre 1nm a 10oµm. São emitidas por fontes naturais como sal marinho, e poeiras de atividades humanas como caminhões a diesel e plantas de produção de energia (WAGSTRON, 2009, p.01). As partículas são definidas como o conjunto de matéria dispersa na atmosfera e condensada em forma sólida ou líquida, cujos tamanhos oscilam entre 0,05 e 500µ. São compostas por uma mistura complexa de produtos de natureza diversa, dependendo de sua origem. (CALVO, 2002, p.91). Segundo o Bay Área Air Quality Management District, Califórnia, USA, o Material Particulado (PM / MP), consiste em pequenas partículas de líquidos e sólidos suspensos no ar, incluindo aquelas com diâmetros menores do que 10 microns (MP10 / PM10) e partículas mais finas com diâmetros menores do que 2,5 microns (MP2,5 PM2,5). Aqueles com diâmetro entre 2,5 e 10 microns, são muitas vezes referidos como partículas grosseiras. O ambiente é constituído por partículas que são emitidas diretamente, como fuligem e poeiras, e por partículas secundárias que se formam na atmosfera através de reações que envolvem poluentes precursores como óxidos de nitrogênio, óxidos de enxofre, compostos orgânicos voláteis e amônia. As partículas secundárias e a fuligem da combustão tendem a ser finas (MP 2,5), enquanto que as partículas fugitivas tendem a ser grosseiras. 43 Segundo SEINFELD e PANDIS (2004), o material particulado é emitido a partir de fontes naturais (poeiras, spray marinho e vulcões) e fontes antrópicas (queima de combustíveis). É classificado quanto à sua origem em partículas primárias, quando lançadas diretamente na atmosfera pelas fontes naturais e antrópicas, e secundárias quando se transformam na atmosfera através de reações físico-químicas entre as partículas primárias e ou gases formando outros compostos. Em decorrência da fonte de emissão e do processo de formação, o material particulado varia tanto na composição química quanto na sua distribuição de tamanho. As partículas mais estudadas são aquelas com diâmetro aerodinâmico ≤ 10 μm ou material particulado inalável (MP10), cujas partículas classificam-se em partículas grossas (MP2,5-10 μm), partículas finas (MP≤ 2,5 μm) e partículas ultrafinas (MP≤ 0,1 μm). O interesse em estudar o MP10 deve-se aos impactos no clima, ecossistemas e patrimônio histórico, e principalmente pelos efeitos nocivos na saúde humana (GODOY, 2009; ALVES, 2005; SEINFELD, 2004 apud FERREIRA et al., 2011). Segundo HINDS (1999), ainda que a palavra aerossol seja popularmente usada para referencias a conteúdos de produtos em latas de sprays, é universalmente aceita e usada cientificamente para suspensões de particulados em meios gasosos. De acordo com a CETESB (2010), sob a denominação geral de Material Particulado se encontra um conjunto de poluentes constituídos de poeiras, fumaças e todo tipo de material sólido e líquido que se mantém suspenso na atmosfera por causa de seu pequeno tamanho. As principais fontes de emissão de material particulado para a atmosfera são: veículos automotores, processos industriais, queima de biomassa e ressuspensão de poeira do solo, entre outros. O material particulado pode também se formar na atmosfera a partir de gases como dióxido de enxofre (SO2), óxidos de nitrogênio (NOx) e compostos orgânicos voláteis (COVs), que são emitidos principalmente em atividades de combustão, transformando-se em partículas como resultado de reações químicas no ar. Existem várias abreviaturas que devem ser consideradas, são elas: Material Particulado (MP), Partículas Totais em Suspensão (PTS), Partículas Inaláveis (MP10) e Fumaça (FMC). Aerossol é um sistema de partículas líquidas ou sólidas em suspensão em meio gasoso, coletivamente referidos como particulados. As poeiras consistem relativamente à partículas grosseiras sólidas com diâmetro maior do que 1µm 44 produzidas pela desintegração de minerais ou pela ressuspensão pelo vento que também pode causar fragmentação. As partículas finas formadas pela condensação da fase gasosa são denominadas fumos ou fumaça. As partículas dos fumos apresentam diâmetros de 0,01 a 1µm e são geralmente observadas como aglomerados de partículas pequenas. O material particulado em suspensão com diâmetro maior do que 15 µm é geralmente definido como fumaça (BOWEN, 1982,p.02). Os particulados representam uma grande classe de contaminantes químicos e físicos encontrados no ar como partículas discretas. Elas são definidas como misturas ou dispersões de partículas sólidas ou liquidas. Exemplos típicos incluem poeiras, fumaça, fumos e névoas. São classificadas em termos amplos, como material particulado em suspensão e material particulado respirável (GURJAR et al., 2010, p.112). Segundo NOBEL e WRIGHT (1999), o material particulado é uma mistura complexa de partículas e aerossóis (partículas líquidas), suspensos no ar. Essas partículas são vistas como poeira, fumaça e névoas. Podem carregar um ou muitos outros poluentes absorvidos ou adsorvidos em suas superfícies. De acordo com HINDS (1999), os termos abaixo possuem as seguintes aplicações e definições: - Fumos: aerossóis de partículas sólidas produzidos pela condensação de vapores gerados pela combustão. Essas partículas submicrométricas estão seguidamente em grupos ou cadeias de partículas primárias. Essa definição se difere daquela popularmente usada como referencia a qualquer contaminante nocivo na atmosfera; - Neblina: aerossol atmosférico que afeta a visibilidade; - Névoa e Fog: partículas líquidas de aerossóis formadas pela condensação ou atomização; - Smog: termo geral utilizado para poluição atmosférica visível em certas áreas; - Smog Fotoquímico: termo mais preciso para referencia a aerossóis formados na atmosfera pela ação da luz solar em hidrocarbonetos e óxidos de nitrogênio. Segundo MIGUEL (1992), o aerossol urbano é uma mistura complexa envolvendo centenas, talvez milhares de diferentes compostos químicos inorgânicos 45 e orgânicos, presentes no estado sólido ou liquido, em níveis que variam de algumas porcentagens a partes por bilhão. O aerossol atmosférico constitui uma mistura de componentes primários (fuligem, poeira, sal marinho), que formam seu núcleo, e componentes secundários (nitratos, sulfatos) em camadas mais externas, produzidos por reações de superfície com poluentes gasosos. O transporte do aerossol atmosférico é controlado por suas propriedades dinâmicas e pela meteorologia (MIGUEL, A.H., Poluição Atmosférica Urbana no Brasil: uma visão geral, disponível em: <http://quimicanova.sbq.org.br/qn/qnol/1992/vol15n2/v15_n2_%20%282%29.pdf>. De acordo com RESENDE (1999), ao longo do ciclo de vida dos produtos gerados pela construção civil, diversas formas de poluição ambiental são geradas. Particularmente no caso de edifícios, pode se observar a poluição da água e do solo gerada pela emissão de material particulado, resíduos sólidos e líquidos diversos em todas as fases da vida do edifício (lavagem de pneus de caminhões, armazenamento inadequado de materiais, terraplenagem, processo erosivo e assoreamento, emprego de materiais lixiviáveis, resíduos de construção, carregamento de poeiras por chuvas, demolição e utilização, entre outros). O aumento da matéria particulada em suspensão em atmosferas urbanas tem sido um dos problemas mais difíceis de mitigar, uma vez que não se pode simplesmente erradicar por completo as fontes de poluição. O aumento dos transportes rodoviários, a expansão da indústria de construção civil e o aquecimento doméstico são alguns dos fatores que contribuem para tornar esse problema agudo (Dochery e Pope, 1994; Chan et al., 2001; Fuller e Green, 2004 apud SCHWARTZ et al (1996)). Segundo BAIRD (1999), as partículas suspensas em uma dada massa de ar não são todas de um mesmo tamanho ou forma, e tampouco apresentam a mesma composição química. Quando as gotículas de água presentes na atmosfera coalescem para constituir partículas maiores, formam gotas de chuva e precipitamse em direção à superfície do planeta tão rapidamente que não são consideradas ´suspensas´. As partículas bem pequenas depositam-se tão lentamente que ficam suspensas no ar por tempo indeterminado, a menos que se prendam em algum objeto. As partículas menores agregam-se para formar partículas maiores. Os particulados finos são transportados pelo ar durante dias ou semanas, enquanto que as partículas mais grossas depositam-se rapidamente. Além do processo de 46 sedimentação, as partículas também podem ser removidas do ar por absorção nas gotas de chuva. Partículas sólidas em suspensão na atmosfera incluem poeira, sujeiras, fuligem, fumaça e gotículas líquidas emitidas à atmosfera, pequenas o suficiente para permanecerem suspensas. Constituem-se numa mistura complexa de substancias orgânicas e inorgânicas. Podem ser caracterizadas por seus atributos físicos que influenciam seu transporte e deposição, e pela sua composição química que influencia seus efeitos na saúde (CHEREMISINOFF, 2001, p.30) Historicamente, as emissões de material particulado foram os primeiros sinais de poluição do ar que se teve notícia. Dependendo do tamanho das partículas, a poluição pode ser visível, pelo menos através da deposição (em roupas, em tecidos vegetais, em fachadas de construções) ela é facilmente notada. Seus efeitos na saúde, como em locais de trabalho (e.g. dentro de minas), também é óbvio. Também pode ser estabelecida uma relação direta entre fonte e efeito (FRIEDRICH e REIS, 2004, p.79). De acordo com BAIRD (1999), as partículas grossas são usualmente fuligem de natureza inorgânica (de composição similar ao solo), e as finas são predominantemente fuligem, sulfato ou aerossóis de nitrato. As finas são de caráter ácido, devido a presença de ácidos não neutralizados, enquanto que as mais grossas são geralmente básicas em função de seu conteúdo similar ao do solo. Segundo NOBEL e WRIGHT (1988), quando é realizada a combustão de combustíveis e de resíduos, partículas compostas principalmente por C, são emitidas para a atmosfera. Material particulado é o termo para partículas encontradas no ar, incluindo poeira, sujeira, fuligem, fumaça e gotículas. As partículas podem permanecer suspensas no ar por longos períodos. Algumas partículas são grandes ou escuras o suficiente para serem vistas como fuligem ou fumaça. Outras são tão pequenas que só podem ser vistas individualmente através de microscópio eletrônico. Algumas partículas são emitidas diretamente à atmosfera. Elas se originam de uma variedade de fontes como automóveis, caminhões, ônibus, fábricas, construções, aração, estradas sem pavimentação, fragmentação de pedra e queima de madeira. Outras partículas podem ser formadas no ar através de mudanças químicas dos gases. Elas são formadas indiretamente quando gases de combustão reagem com a luz do sol e com o vapor de água. Isso pode ocorrer a partir da combustão em veículos, 47 plantas de produção de energia e outros processos industriais (CALHOUN, 2005, p.17/18). Segundo BAIRD (1999), as partículas grossas começam sua existência como matéria ainda mais grossa, uma vez que se originam principalmente da desintegração de grandes pedaços de material. Minerais poluentes constituem uma das fontes de partículas grossas no ar. Muitas das partículas grandes presentes na poeira atmosférica, particularmente no ar das zonas rurais, tem origem no solo ou nas rochas, conseqüentemente sua composição elementar é similar àquela da crosta terrestre: alta concentração em Al, Ca, SI e O, na forma de silicatos de Al, alguns dos quais ainda contem o íon cálcio. De acordo com NORDBERG et al. (2007), uma convenção na descrição do tamanho das partículas que compõem o material particulado em suspensão na atmosfera é a sua divisão em categorias: PTS, Partículas Totais em Suspensão, que se compõem por todas as partículas, partículas menores do que 10µ denominadas MP10, passíveis de penetrar no sistema respiratório e MP2, 5, que de refere às partículas capazes de permanecer nos alvéolos e bronquíolos e levar a efeitos sistêmicos. As partículas individuais são caracterizadas pelos seus tamanhos, formas e composição química. Podem ser sólidas ou líquidas, esféricas ou irregulares e podem conter misturas internas de espécies e fases (McMURRY et al., 2004, p.54). Segundo a US EPA (2005), as partículas ultrafinas permanecem por pouco tempo na atmosfera, minutos ou horas, e logo após passam a se acumular. As partículas finas acumuladas servem para os processos de precipitação, e aquelas que não são envolvidas nesses processos, permanecem na atmosfera por dias ou semanas, e são removidas pela gravidade ou impactam sobre as superfícies. As partículas grossas são rapidamente removidas da atmosfera pela gravidade ou por impactos em superfícies. De acordo com BAIRD (1999), outras partículas finas importantes na atmosfera consistem predominantemente de compostos inorgânicos de S e N. Segundo LANDIS e YU (1995), o material particulado é composto por um grande numero de materiais orgânicos e inorgânicos, incluindo metais e não-metais. O material particulado se inclui na classificação de primários e secundários. A maioria dos primários são emitidos diretamente por muitos processos químicos e físicos. Os secundários em sua maioria são originados de reações na atmosfera. A 48 composição dos particulados varia de local para local e difere em tamanho, superfície e toxicidade. Segundo a CETESB (2010), o material particulado é definido como partículas cujo diâmetro aerodinâmico é inferior a 50 μm, ou seja, um conjunto de poluentes constituídos de poeiras, fumaças e todo tipo de material sólido e líquido que se mantém suspenso na atmosfera por causa do seu pequeno tamanho. Entre as principais fontes de emissão de particulado para a atmosfera estão os processos industriais. O material particulado pode também se formar na atmosfera a partir de gases como dióxido de enxofre (SO2), óxidos de nitrogênio (NOx) e compostos orgânicos voláteis (COVs), que são emitidos principalmente em atividades de combustão, transformando-se em partículas como resultado de reações químicas no ar. Existem vários termos utilizados para referencia ao material particulado atmosférico de maneira individual ou em conjunto com outros materiais, e, segundo a US EPA (2010), disponível em: http://www.epa.gov/OCEPAterms/sterms.html são: - Aerossóis: pequenas gotículas ou partículas suspensas na atmosfera, tipicamente contendo enxofre. São geralmente emitidas por fontes naturais e pelo resultado de atividades antropogênicas. 2. gás pressurizante utilizado para a propulsão de substância para fora de um frasco. 3. material fino suspenso no ar ou em outro meio gasoso; - Particulados em Suspensão: total de material particulado suspenso, encontrado na atmosfera como partículas sólidas ou gotículas líquidas; - Particulados: 1. partículas finas, sólidas ou líquidas, como poeira, fumaça, névoas, fumos ou smog* encontrados no ar ou em emissões.2. Sólidos extremamente pequenos, suspensos na água que podem variar em tamanho, forma, densidade e carga elétrica e podem se agrupar por coagulação ou floculação; - Fumaça: partículas suspensas no ar após combustão incompleta; Segundo LAZARIDIS (2011), a nucleação é um dos processos fundamentais que ocorrem na atmosfera e possui um papel importante no processo da condensação, formação de novas partículas, formação de nuvens e cristalização. Pode ser definida como uma fase de transição. Ela não ocorre de maneira imediata, mas através de pequenas agregações de moléculas na forma de agrupamentos. As condições de formação da nova partícula diretamente da fase de vapor, não ocorre 49 facilmente na atmosfera em função da baixa pressão de vapor dos gases e das partículas em suspensão existentes. Isso faz com que a nucleação ocorra na superfície de partículas pré existentes ou através da nucleação de misturas de vapor. A nucleação que ocorre sem a presença de partículas pré existentes é chamada de homogênea e aquela que ocorre sem a presença dessas partículas é denominada heterogênea. Quando somente um composto químico participa do processo de nucleação, o processo é denominado nucleação homomolecular, enquanto que na nucleação heteromolecular participam dois ou mais compostos químicos. Na atmosfera, a nucleação homogênea ocorre principalmente com a participação de dois ou mais compostos químicos. Um sistema binário, que é importante na atmosfera é o sistema ácido/água. A nucleação homogênea com a participação de um único componente não ocorre na atmosfera. Segundo KONDRATIEV et al. (2006), os aerossóis atmosféricos, dependendo de sua composição e de suas fontes, são classificados de acordo com os seguintes tipos de aerossóis naturais: - produtos da evaporação dos sprays marítimos; - poeira mineral direcionadas pelo vento à atmosfera; - aerossóis vulcânicos (emitidos diretamente e formados na conversão gáspartícula) - partículas de origem biogênica (emitidas diretamente à atmosfera e formadas pelo resultado da condensação de compostos orgânicos voláteis, algumas vezes por terpenos, mas também por aqueles formados das reações químicas com esses compostos); - fumaça da queima da biota na superfície do planeta; - produtos da conversão natural gás-partícula. De acordo com o Research Priorities for Airborne Particulate Matter (2004), as partículas no ambiente contém um largo espectro de componentes individuais. Pesquisas e outros estudos de caracterizações da atmosfera demonstraram a complexidade de suas características. Pesquisas para avaliar componentes contaminantes do material particulado procuram entender a toxicidade das partículas em relação a suas características específicas (por exemplo, tamanho e composição). São necessárias informações que relacionem as características das partículas à sua potencialidade de risco à saúde, pois esse item permanece amplamente incompleto, sendo que o Committee on Research Priorities for Airborne Particulate Matter 50 (Comissão de Pesquisas Prioritárias para Material Particulado do Conselho Nacional de Pesquisas das Academias Nacionais dos Estados Unidos da América), vê isso como uma lacuna crítica. A identificação da toxicidade, determinando a composição do material particulado é base fundamental para estratégias direcionadas a controlar esse material e as fontes particulares, assim como àquelas mais tóxicas. Cada informação que se disponha, ajudará ao desenvolvimento de controles efetivos às fontes de emissão. Os aerossóis atmosféricos são produto de processos físicos e químicos complicados. Como resultado da complexidade desses processos e de uma vida de pequeno tempo, a composição química e as características físicas dos aerossóis é variável. A variabilidade espacial-temporal das características dos aerossóis é tão grande e seus dados observacionais tão fragmentados que se torna impossível estimar o conteúdo total de vários tipos de aerossol, assim como a disponibilidade de estimativas do poder global das suas fontes naturais e antropogênicas não é nada mais do que uma aproximação (KONDRATIEV, et al., 2006 p.187). Sob a denominação direta de particulados, material particulado, material particulado atmosférico, partículas em suspensão na atmosfera, material particulado em suspensão na atmosfera, particulados atmosféricos, fumaça, fumos metálicos, negro de fumo, aerossóis, pó, poeira, fuligem, etc., estão incluídos materiais sólidos associados ou não a gases e/ ou a vapor de água, capazes ou não de conter elementos químicos tóxicos ao homem e ao ambiente. A toxicidade do material particulado dependerá de sua composição química. Mesmo quando isentos de elementos tóxicos podem provocar danos ao ambiente e à saúde humana, dependendo de sua quantidade, tamanho e local de suspensão e de sedimentação. Como exemplo, no ambiente, a deposição de material particulado sobre as folhas da vegetação, reduz a taxa de fotossíntese, o que interfere em seu crescimento e desenvolvimento; no homem, quando inalado, o material particulado menor do que 10µ causa danos ao trato respiratório. As partículas menores formam dentro da atmosfera um aerossol (partículas de tamanho coloidal em um gás), pois não podem precipitar-se com rapidez. A menor partícula detectável tem um raio de 10-1 a 10-3 micrometros (µm), são bastante numerosas nas zonas continentais, em especial nas cidades (HENRY e HEINKE, 1996, p.219). 51 As partículas transportadas pelo ar representam uma mistura de material orgânico e inorgânico, que tendem a se classificar em dois grupos: partículas ásperas e grandes, maiores do que 2,5µm de diâmetro e; partículas finas e pequenas, menores do que 2,5µm de diâmetro (SOLIS SEGURA e LOPEZ ARRIAGA, 2003, p.83). A poeira suspensa da terra, das estradas, dos caminhos, dos cultivos agrícolas e da construção civil é fundamentalmente um poluente primário, mas tem um papel importante na formação de partículas secundárias. Alguns componentes da poeira, como parcelas de nitrato de amônia, podem se volatilizar e se transformar em gases de amoníaco e de ácido nítrico, contribuindo assim às partículas secundárias. Partículas alcalinas, como o carbonato de cálcio, podem reagir com gases de ácido nítrico e clorídrico no solo ou na atmosfera, para formar partículas grossas de nitratos e cloro (ESPINOSA, 2001,p. 58). Historicamente, o controle do material particulado também está baseado na redução na fonte, como o controle de poeiras fugitivas em rodovias, redução de atividades em locais de construção, etc. (HESTER e HARRISON, 1997, p.146). 2. 6 Composição Química do Material Particulado De acordo com a US EPA (2003), a composição física e química do material particulado varia dependendo do local, época do ano e condições meteorológicas. Em termos gerais, a poeira se compõe de partículas inertes e partículas vivas. As inertes se formam de resíduos orgânicos e inorgânicos, e as vivas por grão de pólen, esporos e bactérias, podendo incluir ovos de insetos e insetos, sementes, etc. (CALVO, 2002, p. 93/94). Os contaminantes emitidos para atmosfera podem ser transportados de um lugar a outro ou depositados num lugar especifico; durante todo esse processo e até a sua estabilização sofrem transformações químicas ou físicas. As espécies químicas podem se depositar na superfície terrestre ou em diversos sistemas coloidais, geralmente na forma de aerossóis (nuvens, brumas, gotas e outros), os quais também são arrastados a superfície terrestre pela chuva e/ou pelo vento até que sejam eliminados ou se estabeleçam nas altas camadas da atmosfera (MENDEZ et al., 2001, p.123). 52 O material particulado não é um poluente único, mas composto de partículas de diferentes tamanhos e de diferentes composições químicas, originados de uma grande variedade de fontes naturais e antropogênicas (Holgate et al., 1999, p.123). De acordo com HINDS (1999), o tamanho das partículas é o parâmetro mais importante para caracterização de seu comportamento. Todas as propriedades dos aerossóis dependem do tamanho da partícula, algumas, de maneira muito forte. Além disso, a maioria dos aerossóis possui uma grande variedade de tamanho; variação de cem vezes de diferença de tamanho entre as partículas de um aerossol é comum. Não somente as propriedades dos aerossóis dependem do tamanho das partículas, mas também a natureza das leis que governam essas propriedades. Segundo LANDIS e YU (1995), a maioria dos particulados urbanos contem materiais traços, potencialmente tóxicos, como Pb, Cd, Ni, Se, V, Zn, Br, Co, Mn, entre outros. Estudos recentes indicam que, mesmo os particulados primários contribuindo numa menor proporção, eles servem como núcleos de condensação nos quais os particulados secundários residem. De acordo com FIERRO (2000), o material particulado é formado durante a combustão e se compõe por vários compostos de sulfatos, nitratos, carbono, amônia, hidrogênio, componentes orgânicos, metais (Pb, Cd, V, Ni, Cu, Zn, Mn, Fe) e partículas de vapor. De acordo com a US EPA (2005), em estudos conduzidos em muitos locais dos EUA, a composição química das partículas mais grossas se constitui de cálcio, alumínio, sílica, magnésio e ferro. Nitrato e potássio podem ser encontrados tanto em partículas finas como grosseiras. O potássio nas partículas grosseiras tem origem principalmente no solo, com contribuição de sal marinho quando é o caso de áreas costeiras. Nas partículas finas esse elemento se origina na queima de madeira, com contribuições de incêndios e de restos de contribuição das partículas grosseiras do solo. Segundo MONTOLIO et al. (2005), ainda que existam processos naturais de inserção de minerais á atmosfera como a erosão, a ressuspensão eólica e as emissões vulcânicas, na atualidade a carga de partículas procedentes da atividade humana é quantitativamente mais importante. A atividade em centrais térmicas gera emissão de carbono, silicatos complexos, cinzas, metais como Fe, Cu, Zn, Cr e os halogenos F, Cl, Br, e I. As refinarias de petróleo emitem em seus processos industriais fumos, partículas enriquecidas em elementos metálicos (V, Ni, Cr, Cd, Zn, 53 Cu) e não metálicos (P, S). O resultado final é a formação de um aerossol atmosférico com partículas com grandes variações de composição e tamanho . De acordo com STOLZENBACH (2009), estudos químicos da poeira indicam que sua composição primária é de material natural típico da crosta terrestre, mas também contém significante quantidade de metais associados à poluição da água. Esses metais são misturados ao material que compõe a crosta terrestre, e assim fazem com que haja grande dificuldade de real identificação de sua fonte. O particulado inalável (conjunto que engloba as partículas das modas fina e grossa menores que 10 µm) é constituído por sulfatos, nitratos, amônia, aerossol carbonáceo, sais marinhos (NaCl), elementos de solo (Al, Ca, Fe, Si, Ti), metais (Cd, Cr , Cu , Ni, Pb, V, Zn e outros) e água (QUEIROZ et al., 2007). Arsenio, zinco, cobre e cádmio são metais característicos de emissões de processos de produção de metais não ferrosos; zinco da galvanização do ferro e produtos de aço; chumbo cobre e zinco de processos piro metalúrgicos; cromo, manganês e grafite, da produção de ferro e aço (MACHEMER, 2004 apud EASTWOOD, 2008,p.31). Segundo CARVALHO et al. (2000), no Brasil os combustíveis fósseis são empregados pelas usinas termoelétricas e siderúrgicas acarretando na emissão de partículas enriquecidas em espécies químicas altamente tóxicas. Essas partículas podem causar sérios problemas ao meio ambiente e ao ser humano por permanecerem durante um longo período na atmosfera e por apresentarem em sua superfície concentrações elevadas de metais como Ni, Cr, Pb, Cd, Fe, Mn, etc. Segundo TRINDADE et al. (1981), em estudo do material particulado em suspensão no ar em dois bairros do Rio de Janeiro, foram encontrados valores acima do padrão com os elementos V, Fe, Ni, Mn, Cr e Zn no bairro de São Cristóvão. De acordo com ALMEIDA (1999), análises químicas permitem a obtenção de uma série de informações referentes ao material particulado, como a identificação dos elementos químicos presentes (análise qualitativa) e a sua quantificação (análise quantitativa). Através delas também podem ser obtidas informações quanto à origem, características e particularidades do material analisado. Uma grande variedade de análises químicas estão disponíveis para identificar a composição do material particulado coletado. Essas técnicas são utilizadas principalmente para determinar entidades funcionais como grupos iônicos e metais. 54 Segundo SEINFELD e PANDIS (2006), as partículas finas são compostas principalmente por Pb, Cd, V, Ni, Cu, Zn, Mn, Fe, etc., seu tempo de residência na atmosfera é de dias a semanas e podem se deslocar um quilometro em tempo entre 100 e 1000 segundos, suas fontes são a combustão (carvão, óleo, gasolina, diesel, madeira), a conversão de gases para partículas do NO x, SO3, COVs de fundições, moinhos, etc.; as partículas grosseiras se compõem de elementos da crosta terrestre como Si, Al, Ti e Fe e ressuspensão de poeiras, seu tempo de residência na atmosfera é de minutos a dias, se deslocam em um tempo menor do que 10 segundos por quilometro e suas fontes são a ressuspensão de poeiras industriais, suspensão do solo (agricultura, mineração, estradas sem pavimento, fontes biológicas, construção e demolição e sprays marinhos. De acordo com CARVALHO et al. (2000), no sul do Brasil, particulados tem sido alvo de grande preocupação devido à baixa eficiência dos sistemas de controle para as emissões das partículas mais finas. Os processos que utilizam o carvão (termoelétrica, mineração, etc.) e as atividades de siderurgia têm provocado alterações na qualidade do ar em algumas cidades do Estado do Rio Grande do Sul. Segundo MIGUEL (1992), em 1980, constatou-se uma correlação entre as concentrações de metais, PTS e fatores meteorológicos de dispersão, mostrando que há uma variação sazonal nítida das concentrações de PTS e diversos elementos (Pb, Cu, Cd, Cr, Mn, Ni, Fe, K, V, Zn e Na), medidos na cidade do Rio de Janeiro. Tabela 01 - Concentração dos elementos estudados em PTS (ug/m³) nas regiões de Charqueadas e Sapucaia do Sul (Fonte: Carvalho et al., 2000). Charqueadas Sapucaia do Sul Metais Mínimo Média Máximo Mínimo Média Máximo Fe 3,17 17,96 59,9 1,84 5,37 9,30 Cd 0,002 0,005 0,020 0,001 0,003 0,005 Co 0,001 0,013 0,036 0,001 0,006 0,026 Cu 0,114 0,212 0,409 0,284 0,476 0,950 Pb 0,009 0,088 0,242 0,017 0,084 0,293 Ni 0,019 0,172 0,706 0,005 0,018 0,036 Mn 0,020 0,786 2,48 0,038 0,168 0,199 Cr 0,039 0,235 0,706 0,010 0,018 0,028 MG 0,224 0,883 1,77 0,522 1,09 1,60 PTS 130,40 188,20 302,95 70,12 223,56 436,79 55 De acordo com CARVALHO et al. (2000), no município de Sapucaia do Sul, RS, cuja cidade apresenta como fonte antropogênica fixa, a Siderúrgica Riograndense, entretanto a existência da Rodovia Federal BR-116, como principal via de acesso, faz com que predomine a poluição veicular. Segundo MIGUEL (1992), a concentração de elementos-traço em amostras coletadas entre 1976 e 1981, associados a aerossóis urbanos de São Paulo, Vitória, Porto Alegre e Belo Horizonte, indicaram claramente a participação dominante de componentes do solo (Al, Si, Ca e Fe), e de aerossol marinho (Na, MG e Cl) em partículas grossas. A presença significativa de elementos-traço associados a atividades industriais foi contatada para as cidades de Vitória, Belo Horizonte, São Paulo e Porto Alegre. Fontes de alguns elementos presentes no material particulado: - C: combustão incompleta de combustíveis carbonados; - Na, Cl: aerossóis marinhos, cloro de incineradores de organoaldeído de resíduos de polímeros; - Sb e Se: elementos muito voláteis, possivelmente originados da combustão do óleo, carvão ou rejeitos; - V: combustão de petróleo residual (presente em altos níveis em resíduos de petróleo venezuelano); - Zn: tendência a ocorrer em partículas pequenas, provavelmente originadas da combustão; - Pb: combustão de materiais aditivados com compostos de chumbo e rejeitos com chumbo. (MANAHAN, 2000, p.170). De acordo com Gioia (2004), em estudo realizado com aerossóis na cidade de Brasília, DF, no inverno, foram observadas contribuições significativas dos principais elementos (Al, K, Si, Ti, Fe, Cu, Zn, Ni, Mn) no PM10, correspondendo à contribuição de material geogênico (re-suspensão de solo). Os principais elementos antropogênicos identificados foram o Pb e S, presentes tanto na fração fina, quanto na grossa. No verão foram identificados abundantes materiais biogênicos em imagens microscópicas no MEV, que são indicados pela presença de Cl. O material sólido contido na atmosfera, por emissões naturais e por emissões antropogênicas, pode conter elementos tóxicos ao homem e ao ambiente. De uma 56 maneira geral, não é realizada a análise química desses materiais, uma vez que para ambientes abertos a necessidade ou obrigatoriedade esse tipo de informação não consta nas normas e na legislação. Também deve ser considerado que na atualidade, muitas fontes fixas de emissão de material particulado possuem equipamentos contínuos para a sua determinação. Isso conduz à obtenção de suas quantidades, porém não permite a realização da análise de seus componentes, uma vez que a sua determinação geralmente é realizada por equipamentos que funcionam a partir de mecanismos que detectam o ´sombreamento´ causado por esses materiais. As estações automáticas de monitoramento da qualidade do ar também realizam a detecção do material particulado gerando resultados também quantitativos, não havendo obtenção de amostras que poderiam ser conduzidas para análise química do material coletado. Deve ser considerado que na atualidade existem equipamentos que permitem a obtenção imediata de resultados qualitativos de amostras de material sólido para uma quantidade extremamente pequena de elementos metálicos. Na maioria dos casos haveria a necessidade de conduzir a laboratórios de análises químicas, amostras do material sólido, assim o resultado contendo os elementos de sua composição não seria imediato. 2.7 Material Particulado e Meteorologia De acordo com a US EPA (2003), a habilidade de predição do comportamento da poluição no ar ambiente é essencial para alertas e gerenciamento do controle de seu impacto. O entendimento do caminho através do qual a poluição atmosférica é transportada e dispersa pode indicar a localização ideal de estações de monitoramento. Segundo Wanta (1977), a meteorologia da poluição atmosférica estuda como os poluentes são entregues e como eles se dispersam no ar ambiente. De acordo com GODISH (2004), a velocidade do vento é o principio da circulação atmosférica. O movimento do ar associado ao movimento horizontal da atmosfera é denominado vento e ele afeta significativamente a concentração de poluentes. Geralmente alta velocidade do vento é associada à baixa concentração 57 de poluentes, dessa maneira a velocidade do vento não esta somente associada a dispersão dos poluentes mas também a sua diluição. Para a US EPA (2003), outro fator importante no transporte e dispersão dos poluentes atmosféricos é a direção do vento. O conhecimento dos padrões estacionais da direção do vento é importante ao planejamento da localização de fontes de emissão de poluentes atmosféricos de maneira a minimizar os seus efeitos às comunidades e ao ambiente. Em áreas urbanas o conhecimento da direção do vento é utilizado para estimar concentrações de hidrocarbonetos, dióxido de enxofre e outros poluentes. A rosa-dos-ventos é um diagrama que mostra as diversas direções do vento características de um determinado local. O conhecimento diário e estacional das concentrações de poluentes atmosféricos aliados ao conhecimento das direções do vento que ocorrem tem grande valor na identificação das fontes de poluição atmosférica e na avaliação de seus impactos na qualidade do ar. Segundo CHARRON (2005), as concentrações de partículas grosseiras (de 2.5 a 10µm) é incrementada quando há um aumento da velocidade do vento. Esse padrão revela claramente que uma parte do material particulado é resultante dos processos de ressuspensão pelo vento. Essa suspensão relacionada ao vento é considerável desde que concentrações médias para ventos fracos são de aproximadamente 11µg/m3 para materiais grosseiros que chegam a concentrações de aproximadamente de aproximadamente 16µg/m3 quando ocorrem ventos fortes, o que é um incremento de 45%. De acordo com a US EPA (2003), a estabilidade atmosférica, afetada pelo diferencial de aquecimento na terra, a circulação do ar, a pressão atmosférica, a umidade relativa do ar, a topografia do terreno, a existência de lagos e oceanos e a rugosidade da superfície são alguns dos itens mais importantes a serem considerados na dispersão dos poluentes atmosféricos. As principais características naturais do ambiente que tem influência na dispersão de poluentes são: velocidade e direção do vento, estabilidade atmosférica e topografia. Os poluentes lançados por uma determinada fonte são transportados e dispersos na atmosfera, tendo grande influencia nesses processos, as condições meteorológicas. O ar move-se no sentido horizontal, na direção dos ventos, e vertical, em função dos deslocamentos das camadas atmosféricas. Quanto maior for a velocidade do vento, mais elevada será a sua capacidade de diluir e dispersar poluentes. A direção do vento indica as áreas que serão alcançadas pelos poluentes emitidos por uma fonte. 58 A interação da direção do vento com a fonte de poluição é importante. Quando muitas fontes estão alinhadas à jusante da direção do vento, pode ocorrer uma carga cumulativa, assim, as concentrações aumentam à jusante da direção do vento. Dessa forma, um entendimento da climatologia local do vento é importante no planejamento de localização de atividades poluidoras (HOLGATE et al., 1999p.30). Segundo MOTA (2000), uma das características meteorológicas mais importantes na dispersão de poluentes do ar é a estabilidade atmosférica, a qual está associada aos movimentos ascendentes e descendentes de volumes de ar. Quanto mais forem conhecidas as condições meteorológicas, melhor se poderá estimar a poluição do ar e adotar medidas visando seu controle preventivo e corretivo. A velocidade e a direção dos ventos predominantes são informações importantes para a adequada localização de fontes de poluição do ar. A partir de dados coletados em estações meteorológicas, é possível elaborar a ´rosa dos ventos´, a qual indica as freqüências possíveis de ocorrência de direção e as velocidades do vento em determinada região. As partículas de poeira vulcânica na atmosfera aumentam o albedo, o que resulta em temperaturas mais baixas em grandes regiões da superfície da terra, por períodos de até dois anos depois de uma erupção (HENRY e HEINKE, 1996, p.92). A presença das partículas sólidas em suspensão na atmosfera, tem particular importância no ciclo hidrológico, uma vez que produzem núcleos de condensação, acelerando o processo de formação de nuvens e, conseqüentemente, a ocorrência da precipitação (BOTKIN, 2000, apud BRAGA et al., 2005). A dispersão dos poluentes atmosféricos ocorre por várias razões, sendo que as mais importantes são a estabilidade atmosférica, as propriedades físico-químicas dos poluentes e componentes da atmosfera e as características e fontes de emissão (SOLIS SEGURA e LOPEZ ARRIAGA, 2003, p.85). O campo de vento geralmente é percebido como bi-dimensional, mas realmente ele é tri-dimensional e serve para transportar e provocar a difusão de poluentes tanto horizontalmente como verticalmente. Na capa atmosférica onde ocorre a maior parte da dispersão e da difusão, a interação de três forças determina a velocidade horizontal do vento e a direção. Essas forças são a força do gradiente de pressão, a força de Coriolis e a fricção da superfície. A força do gradiente de pressão existirá enquanto houver diferença de pressão entre dois pontos, quando o ar se deslocará do ponto de maior pressão para o ponto de menor pressão. Quanto 59 maior o gradiente de pressão, maior será a velocidade do vento. Enquanto o ar se move em resposta ao gradiente de pressão, ele é influenciado pela força de Coriolis, que é uma força defletiva em função da rotação da terra. No hemisfério norte a deflexão é para a direita, enquanto que no hemisfério sul é para a esquerda. Essa força é maior nos pólos e menor no Equador (HOLGATE et al., 1999, p.29). A meteorologia está totalmente vinculada a quaisquer questões referentes a qualidade do ar, ao seu monitoramento, à sua dispersão, à concentração de poluentes, à sua sedimentação e à sua ressuspensão. Todos os fatores meteorológicos tem influencia sobre o ar e o que está nele contido, sejam gases, sejam sólidos, sejam vapores. Primeiro de tudo, a vinculação de todos os fatores meteorológicos à essa questão se deve à interdependência que existe entre eles. Diferentes condições meteorológicas conduzirão a diferentes condições de dispersão do material contido na atmosfera, e assim a diferentes concentrações desses materiais. Para uma mesma quantidade de poluentes na atmosfera, haverá modificações em sua concentração em função de modificações meteorológicas. Assim, resultados de monitoramento de poluentes atmosféricos realizados em diferentes períodos num mesmo local, só poderão ser comparados e analisados se também forem obtidas e comparadas as condições meteorológicas ocorridas em cada um deles. As diferenças que podem ocorrer nos seus resultados, podem ser relacionadas a modificações meteorológicas que levaram a diferentes condições de dispersão, e não obrigatoriamente a um aumento ou redução de emissões. A Meteorologia Sinótica, aliada a informações de emissões de poluentes atmosféricos, poderá conduzir a previsões do comportamento desses materiais quanto à sua dispersão e quanto à possibilidade de concentrações inadequadas junto a determinados receptores, e assim poderá permitir um melhor gerenciamento das emissões antropogênicas, principalmente aquelas geradas através de queima de materiais. Em função das mudanças meteorológicas que ocorrem num mesmo local em pequenos e grandes períodos de tempo e das modificações nas emissões naturais e antropogênicas nesse mesmo local, é impossível estabelecer um nível de qualidade do ar que classifique definitivamente esse local. Deve ser levado em conta que, a dispersão, a concentração e a deposição do material particulado está aliada às condições meteorológica e, ao mesmo tempo, às propriedades físico-químicas do material em questão. 60 Segundo PINHEIRO e MONTEIRO (1992), os diversos agentes poluidores lançados na atmosfera diariamente podem ter seus efeitos nocivos reduzidos ou potencializados, em função das condições meteorológicas. Entre esses condicionantes meteorológicos que exercem efeito sobre o comportamento da poluição atmosférica estão: a inversão térmica, os ventos, as chuvas, a temperatura e a estabilidade térmica. Os efeitos dos aerossóis nas mudanças climáticas todavia são incertos.Os aerossóis atualmente tem seu reconhecimento como os casos mais incertos de estudos quanto às mudanças climáticas. As emissões de aerossóis antropogênicos à atmosfera podem explicar o incremento de baixas temperaturas observado, ao contrário do que é predito pelo efeito estufa. Os aerossóis são considerados como responsáveis pela força negativa ou resfriamento da atmosfera terrestre, ao contrário da força positiva ou de aquecimento dos gases de efeito estufa. Isso se refere a uma perturbação no balanço de energia radiativa do sistema climático da Terra (Hewitt e Jackson, 2003, p.240). 2.8 Deposição / Sedimentação do Material Particulado. Qualquer componente da atmosfera, incluindo os poluentes, pode ser removido e transferido à superfície do planeta, por uma série de mecanismos. Essa transferência é conhecida como deposição. A escolha desse termo não é muito apropriada, na medida em que abrange uma variedade de processos que podem ser considerados diferentes uns dos outros (BURDEN et al., 2002, p 23.1). Segundo STERN e PANDIS (1976), as partículas atmosféricas podem se depositar em contatos e podem conter material corrosivo causando ataques químicos. Também a deposição de material particulado em linhas de transmissão de alta voltagem pode levar a danos pela deposição de material particulado de maneira direta e indireta, absorvendo umidade, servindo de condutores e causando ―flashover‖ , o que é um grande problema em áreas a jusante de fontes de emissão de material particulado. Os poluentes atmosféricos podem chegar de duas maneiras à superfície terrestre: deposição seca e deposição úmida, segundo seja a fase em que se encontrem ao incidir sobre a superfície. Os poluentes em geral, incluindo os 61 aerossóis, podem estar contidos nas gotas de nuvens, neblina, chuva, neve e quando esses hidrometeoros impactam sobre o solo (edifícios, grama, vias públicas, lagos, etc.) a deposição do poluente é úmida. Mesmo assim, os poluentes na forma gasosa, incluindo os aerossóis, podem chegar ao solo em função da turbulência atmosférica e/ou ação da gravidade, e serem absorvidos ou adsorvidos pelos diversos compartimentos sobre os quais incidem: solo, água, biota, sem ocorrer sua dissolução ou suspensão em gotas de água atmosférica, assim ocorre a deposição seca. Também a superfície sobre a qual ocorre a deposição pode ser seca ou úmida mas os termos deposição seca e deposição úmida se referem aos mecanismos de condução dos poluentes à deposição (FIGUERUELO e DÁVILA, 2004, p.257). De acordo com PAODE et al. (1996), a deposição atmosférica seca se refere ao local onde a poluição pode residir e também ao local do qual a poluição pode ser transferida. Essa transferência pode ocorrer entre muitos ou todos os componentes do solo, da água e do ar. A deposição seca se refere a um caminho, embora existam muitos, através do qual a poluição pode ser transferida do componente do ar ao componente do solo ou da água. Ela não é reservada unicamente para as atividades humanas, mas também é parte de processos naturais globais dos ciclos que sempre ocorreram, mas atualmente, também os materiais antropogênicos são carregados com os materiais naturais. A deposição seca se refere ao material particulado. Se essas partículas estiverem contidas em neve ou vapor se utiliza o termo deposição úmida para esses processos. A deposição seca é um dos diversos tipos de deposição atmosférica que ocorre. Enquanto a deposição úmida está associada a eventos particulares – precipitação, granizo ou neve – a deposição seca pode ocorrer durante todo o ano, mesmo quando outro tipo de deposição ocorra paralelamente. É difícil ou impossível coletar deposição seca durante a ocorrência de precipitação pluviométrica porque as superfícies onde ela ocorre ficam cobertas enquanto ocorre chuva ou neve. Segundo STERN e PANDIS (1976), os poluentes atmosféricos danificam os materiais através de 5 mecanismos: abrasão, deposição e remoção, ataque químico direto, ataque químico indireto e corrosão eletroquímica. A deposição de material particulado é caracterizada pela velocidade em que ocorre, semelhante à deposição de gases. Ela ocorre através da impactação e da difusão, dependendo do tamanho das partículas. A sedimentação é mais importante para as partículas maiores do que para aquelas de poucos micrometros e pode 62 ocorrer em superfícies horizontais, e, para esse tamanho, a deposição ocorre em grande velocidade. Sua permanência na atmosfera é pequena e elas são encontradas em superfícies cerca de suas fontes de emissão (Bickel e Friedrich, 2005, p.116-117). Segundo STATHOPOULOS et al. (2008), Ahmadi et al. (2007) obtiveram uma simulação computacional do transporte e deposição para locais cerca de edificações pequenas e isoladas e concluíram que o procedimento da simulação é um método viável para o estudo dos processos de transporte e deposição. Se perto e atrás de edificações a turbulência é muito anisotrópica, a dispersão turbulenta é o mecanismo dominante para a distribuição das partículas a edificações da vizinhança. Também foi concluído que a impactação, foi o mecanismo dominante na deposição de partículas maiores do que 15 μm. O efeito da sedimentação gravitacional aumentou a taxa de deposição à jusante para partículas maiores do que 10 μm. De acordo com (FORNARO e GUTZ, 2003 apud ANNECHINNI, 2005), além da qualidade do ar interferir diretamente na qualidade da água da chuva, a própria utilização de superfícies para a coletada da água também altera as características naturais da mesma. Durante os períodos de estiagem ocorre a deposição seca dos compostos presentes na atmosfera, esse fenômeno consiste na sedimentação gravitacional e na interceptação do MP ou absorção de gases por superfícies. Portanto, a qualidade da água da chuva, na maioria das vezes, piora ao passar pela superfície de captação, a qual pode estar contaminada inclusive por fezes de pássaros e de pequenos animais, ou por óleo combustível, no caso de superfícies de captação no solo (ANNECHINI, 2005). Segundo Hewitt e Jackson (2003), alguns dos mais sofisticados modelos de dispersão incorporam formulas que consideram os processos de deposição que podem ocorrer como a lavagem de poluentes em função da precipitação pluviométricas ou a sedimentação gravitacional de partículas. De acordo com STERN e PANDIS (1976), a deposição de partículas sólidas e líquidas nas superfícies podem não danificar ou mudar os matérias, exceto modificar sua aparência. Ainda assim a remoção desse materiais poderá causar alguma deterioração. Uma limpeza ou lavagem simples pode não causar deterioração visível, porém sua freqüência poderá causar danos. Segundo o Bay Área Air Quality District, Califórnia, USA (2010), as partículas menores são mais leves e permanecem no ar por mais tempo, podendo ser 63 transportadas a longas distancias. MP10 podem permanecer no ar por minutos ou horas, enquanto que MP 2,5 podem permanecer no ar por dias ou semanas, antes de ocorrer a sua deposição nas superfícies. MP 10 podem ser transportadas a centenas de quilômetros antes de ocorrer a sua sedimentação. Os efeitos dessa deposição incluem: - acidificação de corpos de água; - modificação do balanço de nutrientes em águas costeiras e em bacias hidrográficas; - esgotamento de nutrientes no solo; - danos às florestas e aos produtos agrícolas; Segundo LEEUWEN e VERMEIR (2007), o transporte advectivo entre meios ocorre se um elemento químico é transportado de um meio para outro, através de meio físico. Há como exemplo a deposição do fog, gotas de chuva e partículas de aerossóis do ar para a água ou para o solo, sedimentação e ressuspensão de material particulado através da interface água-sedimentos e a percolação da água através do solo. O transporte e a deposição de metais pesados é um problema continental. De acordo com RESENDE (1999), entre os efeitos nocivos potenciais da emissão de material particulado de canteiros de obras civis estão os danos aos materiais e propriedades por deposição e lavagem freqüente das superfícies, perda da identidade visual da paisagem por deposição de partículas, recobrimento da superfície de folhas, causando sombreamento, com conseqüente redução da fotossíntese, alteração dos níveis de pigmentação e/ou redução de produtividade, bloqueio dos poros estomatais limitando as funções naturais das plantas. Segundo STERN e PANDIS (1976), muitas das deteriorações de metais ferrosos ocorrem por processos eletroquímicos em superfície expostas à atmosfera. Ânions e cátions resultam de diferenças nas superfícies dos metais e a distancia entre os mesmo é geralmente pequena. A diferença de potencial é a força que direciona a ação de corrosão. Se o metal é seco e limpo, não ocorre corrosão. Se há a presença da água, mesmo de forma molecular numa superfície que pareça estar seca, o fluxo ocorre, e, se a água estiver contaminada por poluentes atmosféricos, haverá mais condutividade elétrica, e a corrosão se processará mais rápido. O processo através do qual as partículas caem do ar à superfície é chamado de sedimentação. A lavagem de partículas pelos flocos de neve, chuva, neve com 64 chuva, granizo, névoas e neblina é uma forma comum de aglomeração e sedimentação. Outras partículas também são retiradas do ar pelo impacto e retenção em superfícies sólidas da vegetação, do solo e de construções (VALLERO, 2008,p.59). De acordo com BRANCO e MURGEL (2007), em materiais particulados, ao contrário dos gasosos, a ação da gravidade desempenha um papel importante no processo de depuração natural da atmosfera. Depois do vento elevar a poeira, esta se deposita novamente no solo. Essa é a origem do pó que recobre as casas, móveis, veículos e outros objetos. Sua deposição depende também da mobilidade do ar e se constitui numa forma eficiente de limpeza da atmosfera. Pela aderência ou dissolução das partículas na água, em dias chuvosos, o processo de precipitação do material particulado pode ser muito acelerado, como se houvesse uma lavagem do ar. Segundo STERN e PANDIS (1976), a quantidade de partículas contida na atmosfera ou que é lavada do ar através da precipitação pluviométrica é uma medida fundamental no estudo da poluição atmosférica. Ainda que essa medição seja um tanto remota, as informações podem ser extremamente significantes. Também coletar as partículas que precipitam pode ser uma considerável informação quando analisadas, em vista do conhecimento da presença de partículas poluidoras. O material particulado pode ser carregado pelo vento a longas distancias e depositar-se na superfície ou na água. O efeito dessa deposição inclui a acidificação de lagos e córregos, mudança no balanço de nutrientes em águas costeiras e bacias hidrográficas, esgotamento de nutrientes no solo, danos às florestas e produtos agrícolas e pode afetar a diversidade de ecossistemas (Calhoun, 2005, p.19). De acordo com MASTERS (1988), o material particulado atmosférico consiste em muitos materiais dispersos, sólidos ou líquidos. Como uma categoria de poluentes critério, extremamente diversos e complexos em tamanho e composição química, e assim suas concentrações na atmosfera são importantes. Pode ser utilizada uma maneira fácil de calcular a velocidade de deposição de uma partícula esférica, quando elas alcançam sua velocidade terminal, a força da gravidade age de maneira que se pode estimar essa velocidade. Segundo BOUBEL et al. (1994), o processo através do qual as partículas são transferidas da atmosfera para a superfície do planeta é denominado sedimentação. A lavagem das partículas ocorre pelos flocos de neve, chuva, granizo, névoa, 65 neblina ou sleet que levam à sua aglomeração e sedimentação. Algumas partículas são transferidas por impactação ou retenção por superfícies sólidas da vegetação, do solo e de edificações. A mistura de material particulado na atmosfera é dinâmica, com injeção contínua no ar, desde fontes de emissão de pequenas partículas, criação de partículas através da condensação do vapor e reações químicas entre gases e vapores e remoção por aglomeração, sedimentação e impactação. Segundo a US EPA (2005), atualmente nos Estados Unidos da América, a rede nacional de monitoramento rotineiramente mede a deposição total seca e úmida de alguns compostos. A concentração atmosférica de partículas em deposição seca começou a ser medida em 1986 com o estabelecimento da Rede Nacional de Deposição Seca (NDDN, sigla em inglês), da US EPA. Novas necessidades de monitoramento foram adicionadas em 1990, sendo posteriormente criada a CASTNet -Clean Air Status and Trends Network da NDDN. Essa rede compreende 85 locais e é considerada a fonte nacional básica de dados atmosféricos para estimar concentrações de ozônio ao nível do solo e as espécies químicas que compõem a deposição seca de elementos acidificantes. As fontes específicas de material particulado incluem processos industriais, emissões fugitivas, tráfego, ressuspensão de materiais da crosta, biológicos e industriais e materiais de combustão que se depositam nas rodovias ou nas suas cercanias, poeira levantada pelos ventos, e outros. Segundo BRAUSSEUR et al. (2003), a deposição úmida é um importante meio de remoção do material particulado da atmosfera. O processo de deposição dos aerossóis envolve muitos caminhos e pode incluir a sua interação com gases. De acordo com a US EPA, a deposição de partículas atmosféricas pode ser um estorvo, reduzindo a estética de construções e bens culturais de importância através da sujeira provocada pela deposição de material particulado, contribuindo diretamente ou em conjunto com outros poluentes, a danos estruturais como corrosão e erosão, disponível em: (http://www.epa.gov/ttncaaa1/t1sp.html, acessado em 10/10/2011). Segundo ADAMS e PAPA (2000), na maioria das cidades a velocidade de deposição do material particulado é maior nas zonas centrais congestionadas e nas áreas industriais do que nas zonas residenciais e áreas suburbanas. De acordo com Hamilton e Crossley (2004), o tempo de permanência dos pesticidas na atmosfera depende da rapidez de sua remoção através da deposição 66 ou de sua transformação química. Tanto os gasosos como os sorvidos em material particulado, são removidos por processos semelhantes, a deposição úmida e a deposição seca. Uma vez ocorrida a deposição, poderá ocorrer a ressuspensão do material depositado, total ou em parte, através da circulação atmosférica. No material depositado poderá ocorrer reação entre seus componentes, ou ainda com novos materiais depositados. Essa ressuspensão poderá novamente causar a disponibilização de poluentes tóxicos à atmosfera. Também deve ser considerado que o material depositado poderá ser conduzido pelas chuvas, a locais onde podem causar contaminação. Segundo HARROP (2002), soiling (termo ainda sem equivalente exato na língua portuguesa, que se refere à deposição e suas conseqüências, de materiais nas construções, os quais podem ser os poluentes atmosféricos) em edifícios, causado pelas partículas geradas pela combustão é um dos sinais óbvios da poluição em áreas urbanas. Esse evento é resultante da deposição de partículas nas superfícies externas e inclui construções residenciais, comerciais e históricas. A sedimentação é simplesmente o depósito por gravidade, de partículas grossas, com diâmetro superior a 50µ (CALVO, 2002 p. 451). Outras superfícies sólidas, superfícies líquidas e até mesmo pelo seu retorno à própria atmosfera, podendo novamente ser inalado pelo homem e pelos animais. A ´recontaminação´ poderá ocorrer pela ação do vento sobre as superfícies sólidas que contém sedimentos de material particulado, ou pela ação da chuva, conduzindo-os ao solo e assim à vegetação e à corpos de água. Como foi citado anteriormente, as superfícies sólidas que recebem a deposição de material particulado, servem como depósitos de materiais que podem sofrer ressuspensão. 2.9 Ressuspensão do Material Particulado O termo ressuspensão é pouco encontrado na língua portuguesa, porém, em vários documentos, livros e artigos na língua inglesa a palavra ´resuspension´ aparece, inclusive em diversas publicações da US EPA (2008), como nos Padrões Propostos para o Chumbo. Geralmente o termo é aplicado para referencias a uma nova suspensão de partículas depositadas no solo, que, pela ação do vento, retornam à atmosfera e 67 podem ser novamente inaladas, quando é o caso de material inalável, podem se depositar em outros locais,e, dependendo de sua toxicidade, provocar contaminação ou uma nova contaminação. Alguns autores utilizam na língua inglesa outros termos para referencia à ressuspensão, como reentrainment ou re-entrainment, que corresponderia a uma nova entrada dos poluentes na atmosfera, após ocorrer a sua deposição. A ressuspensão está intimamente ligada à adesão e à desagregação das partículas, e pode ser definida a saída de partículas de uma superfície e seu transporte. Ela pode ocorrer como resultados de jatos de ar, forças mecânicas, impactação de outras partículas ou ação de forças eletrostáticas (HINDS, 1999, p.145). Segundo STOLZENBACH (2006), estudos realizados com chumbo na região de Los Angeles mostraram que os seus atuais níveis em poeiras em ressuspensão excedem a possibilidade de contribuição desse metal, considerando as fontes atuais existentes, uma vez que a fonte histórica de chumbo ao meio ambiente foi reduzida com sua eliminação como componente da gasolina. Na região, os níveis de chumbo na atmosfera e em novas deposições parece ser suprido pela ressuspensão desse material, contido em solos e em outras superfícies há mais tempo. Esse fenômeno é um tema importante também para outros poluentes presentes na deposição atmosférica. De acordo com LEEUWEN e VERMEIR (2007), a ressuspensão das partículas do solo, através do impacto da gota de chuva, pode ser uma fonte importante de contaminação para a vegetação. O transporte e a deposição de metais pesados é um problema continental. Uma importante interface de transferência é o mecanismo que afeta os contaminantes do solo que se compõe da volatilização e da ressuspensão à atmosfera e a biocaptação pelas plantas e pelos organismos do solo, o que introduz contaminantes à cadeia alimentar (BOUBEL et al., 1994, p.237). Segundo JENSEN (2011?), dependendo da disponibilidade de partículas com capacidade de ressuspensão, seu o fluxo pode ocorrer de maneira constante ou não num determinado período de tempo para uma determinada condição meteorológica. Então, num determinado momento, as superfícies da crosta podem ter uma quantidade limite de material capaz de sofrer a ressuspensão enquanto que solos leves e areia podem ter um fluxo estável de ressuspensão. No caso da 68 ressuspensão pelo vento, a energia necessária para deslocar as partículas ocorre através da velocidade do vento. A ressuspensão das partículas pela movimentação dos veículos automotores é causada pela turbulência do ar e pelas forças mecânicas dos pneus. A emissão de partículas pelo transporte inclui contribuições da exaustão (de combustíveis e óleos lubrificantes), processos de abrasão (pneus, freios, deterioração de catalisadores, etc.) e da ressuspensão da poeira das estradas induzida pela turbulência gerada pelos veículos. O transporte rodoviário também é responsável por grande parte do material particulado secundário formado através da conversão gás-partícula. Enquanto as emissões da exaustão de motores pode ser estimada por estudos de dinamômetros, as outras partículas são muito mais difíceis de serem quantificadas e as medições na atmosfera das rodovias é um meio útil para estimar a contribuição do transporte rodoviário em concentrações de material particulado. As emissões de material particulado por veículos em rodovias contem grande quantidade de partículas de ultrafinas (menores do que 2.5µm) a grosseiras (de 2.5 a 10µm) (CHARRON e HARRISON, p.06). De acordo com STOLZENBACH(2006), uma razão secundária, mas também importante de ser considerada sobre a poluição atmosférica é que os poluentes que não são lavados podem se acumular em superfícies como o solo, formando um reservatório de substancias tóxicas que podem ser posteriormente ressuspensos e retornar à atmosfera, causando ameaça à saúde do homem e dos ecossistemas mesmo depois que as suas fontes de emissão tenham sido removidas. A ressuspensão do material particulado é tema de pouco ou nenhum estudo no Brasil. Uma vez ocorrida a poluição por material particulado, havendo sua ressuspensão a partir dos locais de sua deposição, esse material voltaria a gerar poluição, seja como material particulado, seja através de elementos tóxicos que o compõem ou ainda através de compostos formados por reações ou interações que podem ocorrer durante a deposição, entre os materiais depositados, como novos materiais depositados e ou com o vapor de água e gases da atmosfera, sejam eles poluentes ou não. A concentração de material particulado no ar é muito variável. Em algumas áreas ocorrem níveis muito altos em função da ação do vento sobre solos áridos. Ações humanas como fogueiras, sobrepastoreio, práticas agrícolas e mineração podem incrementar a sua concentração. A ressuspensão de material particulado 69 pode também ocorrer sob condições de muito vento e muito secas (HARROP, 2002, p.16). As partículas suspensas com diâmetro aerodinâmico menor do que 10 micras, também conhecidas como partículas inaliáveis, e partículas suspensas com diâmetro aerodinâmico menor do que 2,5 micras , também conhecidas como partículas respiráveis, têm suas fontes antropogênicos nos automóveis, aquecedores domésticos, termoelétricas, etc., e suas fontes naturais incluem os incêndios e a ressuspensão de poeira. As partículas podem ser emitidas diretamente da fonte ou se formarem na atmosfera. Elas estão associadas a um aumento de sintomas de doenças respiratórias, redução da função pulmonar, agravamento da asma, e mortes prematuras por problemas respiratórios e cardiovasculares (ZUK et al., 2007, p.20). Partículas grosseiras são partículas atmosféricas maiores do que aproximadamente 2.5 µm, geralmente formadas por processos mecânicos e ressuspensão de poeira da superfície (LIPPMANN, 2009, p.5). Emissões fugitivas se referem a partículas levantadas do solo por um dos seguintes processos: erosão eólica de despejos expostos ou da superfície do solo, re-entrada de material particulado pelo trafego de veículos em estradas e superfícies expostas e escavações de despejos durante ações de remediação (Noyes, 1991, p.406). Estimativas de emissão de ressuspensão de poeiras de estradas não estão incluídas nos relatórios de padrões das Nações Unidas, e por isso não incluídos na tabela do relatório original da União Européia. Ainda assim, estimativas de ressuspensão indicam que no Reino Unido, 11 % das emissões de PM10 podem ter surgido da ressuspensão de seus depósitos na superfície. Essas estimativas ainda são incertas (HESTER e HARRISON, 2004, p.133). Quando forças de cisalhamento ou vibrações excedem as forças de adesão, as partículas se rompem e entram novamente no fluxo. Isso é denominado re-entraining (re-entrada) (EASTWOOD, 2008, p.22). A re-entrada é um processo de transformação porque as partículas não são liberadas nas suas formas originais: ocorre a fraturação dos depósitos ao longo de falhas que criam partículas secundárias, híbridas ou aglomeradas de tamanho considerável, não sendo raro serem de vários microns. O padrão e a natureza da reentrada é muito imprevisível e faz com que as fórmulas de modelos matemáticos 70 sejam de pouca probabilidade; a única forma de proteção real contra medições fictícias é avaliar o aumento dos depósitos ou usar procedimentos de prevenção (EASTWOOD, 2008, p.22). O vento move depósitos do solo e de outras superfícies, podendo levá-los à atmosfera e transportá-los a grandes distancias. O processo é conhecido como ´deflação´ e pode contribuir para a formação de tempestades de areia e formação de dunas e desertos, erosão de solos agrícolas, depósitos geomorfológicos, carga de partículas à atmosfera, redução de visibilidade, sedimentos oceânicos, eventos de ´chuva vermelha´. Três estágios estão envolvidos: suspensão desde a superfície para a atmosfera, transporte e deposição (TIWARY e COLLS, 2009, p.77) Durante o dia, quando sistemas HVAC (heating, ventilation, and air conditioning - aquecimento, ventilação e condicionamento de ar), e o movimento das pessoas geram turbulência e ressuspensão. A concentração de partículas grosseiras no ar é maior do que durante a noite, sua sedimentação ocorre mais rapidamente em ar parado (CAMUFFO, 1998, p.225). Partículas em suspensão na atmosfera são produzidas por uma variedade de fontes, incluindo processos incompletos de combustão, indústria, construção assim como resultados da ressuspensão natural de material da superfície do solo, spray marinho, atividades vulcânicas, queima de biomassa, detritos orgânicos e reações que conduzem à condensação de precursores voláteis (O´DOWD e WAGNER, 2007, p.01). Material da crosta pode se originar de diferentes fontes, como da erosão eólica em solos nus, uso de solo agrícola, ressuspensão de poeira de rodovias, desgaste de estradas, rodovias sem pavimentação, manuseio de materiais, atividades de construção (Steyn e Rao, 2010, p.140). A ressuspensão, também conhecida como ´reentrada´ é muito relevante para os poluentes particulados do ar. As partículas depositadas na vegetação podem permanecer e serem ressuspensas à atmosfera ou serem lavadas durante a precipitação. A tendência das partículas em serem ressuspensas é uma propriedade das partículas e da aderência à folhagem (TIWARY e COLLS, p.308). 71 2.10 Material Particulado e Meio Ambiente De acordo com a US EPA (2003), muito tempo antes dos efeitos da poluição atmosférica se manifestarem na saúde humana, eles foram verificados no ambiente. Quando o dióxido de enxofre e os óxidos de nitrogênio são transformados em ácido na atmosfera, a precipitação resultante (chuva, neve ou fog) os deposita na vegetação, nos corpos de água e no solo. Os danos na vegetação geralmente ocorrem nos mecanismos estruturais das folhas, o que se refletem nos mecanismos de crescimento. Construções e bens culturais (esculturas e prédios históricos) também são danificados pela poluição atmosférica, assim como produtos têxteis, polímeros e pinturas, roupas, automóveis, pedras e metais. A qualidade de vida também é reduzida pela existência de material particulado e formação de ozônio que afetam recreação e esportes. A manutenção da boa aparência de nossos lares e automóveis também requer gastos de tempo e dinheiro para permanecerem livres dos efeitos danosos da poluição atmosférica. A redução da visibilidade é outro problema causado pela poluição atmosférica, resultante da absorção e reflexão da luz pelos poluentes que incluem material particulado e gases. Esses mesmos poluentes podem causar degradação de cor, claridade e contraste de paisagens, podendo afetar significantemente nossa visão. Deve ser considerado que a umidade do ar também pode incrementar significantemente o efeito da poluição atmosférica na visibilidade uma vez que o material particulado acumula água e aumenta de tamanho, aumentando assim a sua eficiência no espalhamento da luz e causando redução de visibilidade. Segundo STERN e PANDIS (1976), a deterioração dos materiais de construção ocorre através de poluentes atmosféricos além daquelas decorrentes da exposição ao tempo. Permanência de fumos e adesão de aerossóis à pedra, a tijolos e outras superfícies produzem cobrimento. A chuva pode remover alguns desses materiais, mas muitos permanecem grudados em alguma parte, como soleiras de aberturas, porém de maneira parcial. Podem também ter ação de jato de areia quando ocorrem ventos fortes. Também podem ocorrer reação de formação de sulfato de cálcio e gipsita, que são mais solúveis em água, e quando dissolvidos produzem ácido carbônico, que dissolve materiais sedimentados e é lixiviado, atacando materiais. Alguns Poluentes e seus efeitos no maio ambiente: 72 Quadro 07 – Alguns Poluentes e seus efeitos no maio ambiente (Fonte: FEPAM - RESOLUÇÃO CONAMA nº 5, de 15 de junho de 1989, Publicada no DOU, de 25 de agosto de 1989, Seção 1, páginas 14713-14714 Poluente Efeitos Gerais ao Meio Ambiente Danos a vegetação, redução da visibilidade e contaminação do solo. Danos a vegetação, redução da visibilidade e contaminação do solo. Pode levar a formação de chuva ácida, causar corrosão aos materiais e danos à vegetação. Pode levar à formação de chuva ácida, danos a vegetação. Partículas Totais em Suspensão (PTS) Partículas Inaláveis(PM10) Dióxido de Enxofre (SO2) Óxidos de Nitrogênio (NOx) Monóxido de Carbono (CO) Danos às colheitas, à vegetação natural, plantações agrícolas; plantas ornamentais. Pode danificar materiais devido ao seu alto poder oxidante. Ozônio (O3) Segundo BRANCO e MURGEL (2007), os elementos poluidores do ar, gases ou partículas, podem provocar diferentes tipos de alterações nocivas no ambiente: efeitos estéticos, devido à perda de transparência do ar e à precipitação de partículas ; efeitos irritantes sobre as vias respiratórias e efeitos tóxicos para os seres humanos, animais e vegetação. Os efeitos da poluição atmosférica nos ecossistemas são diversos e especialmente significativos em zonas urbanas, onde se encontram os assentamentos humanos mais aglomerados, pela alta industrialização e fluxo de veículos, elementos que determinam maior poluição do ar (SOLIS SEGURA e LOPEZ ARRIAGA, 2003 p.84). De acordo com STERN e PANDIS (1976), o ataque químico direto do material particulado, ocorre através de reação irreversível e diretamente com o material e pode causar deterioração. Um exemplo é a ação do sulfeto de hidrogênio na prata e as ações em superfícies metálicas por misturas ácidas. O ataque químico indireto ocorre quando os materiais absorvem os poluentes e esses conduzem à modificações químicas. O dióxido de enxofre absorvido pelo couro se converte em ácido sulfúrico que o deteriora. O material particulado pode ter ação física de alteração no meio ambiente, causando redução da luminosidade em depósitos de água, naturais ou não, e assim interferindo nas populações de organismos vivos existentes nesses locais. Pode provocar a redução da visibilidade e pode também reduzir a taxa de fotossíntese na vegetação. Sua ação química ocorre quando sua composição inclui elementos 73 tóxicos que podem provocar danos diretos ao ambiente, ou podem alterá-lo através de reações com os próprios componentes do local. Segundo STERN e PANDIS (1976), materiais de construção como pedra e argamassa podem ser descoloridos ou carregados por poluentes atmosféricos, mas esses efeitos não são usualmente medidos quantitativamente. 2.11 Material Particulado e Saúde Segundo a CETESB (2010?) a fração inalável do material particulado pode atingir a mucosa nasal, faringe, laringe e parte superior da traquéia, correspondendo às vias aéreas superiores. Partículas abaixo de 2,5 μm atingem a parte inferior da traquéia, brônquios, bronquíolos e alvéolos. A fração respirável, de partículas com tamanho menor que 1 μm, é absorvida pelo sangue, distribuída pelo organismo e ao final metabolizada por meio de biotransformações mediadas por enzimas. Segundo a US EPA (2010?), a poluição do ar é um dos maiores problemas à saúde humana. Estudos epidemiológicos documentam a relação entre poluição do ar e seus efeitos na saúde. Existe muita confusão em relação à inalação de todos os tipos de partículas que penetram nas vias respiratórias. Na visão do Canadá, deve ser reconhecido que somente partículas finas podem penetrar áreas profundas dos pulmões. Muitas partículas são imediatamente expiradas porque não conseguem se depositar. As partículas maiores que penetram pelas vias respiratórias são retidas por um sistema biológico efetivo de eliminação; o mecanismo mucociliar capta as fibras e as retira das vias respiratórias (World Trade Organization, 2004 p. 3338). De acordo com a US EPA (2003), os receptores humanos incluem a pele, os olhos, o nariz, e o sistema respiratório, enquanto que os receptores ambientais podem incluir animais, vegetação e recursos naturais. Os poluentes atmosféricos são introduzidos no corpo humano principalmente através da respiração, mas também podem ser ingeridos ou absorvidos pela pele. Por exemplo, crianças que brincam ou comem solos contaminados podem adquirir problemas de saúde. Segundo a Sociedade Espanhola de Sanidade Ambiental, (disponível em : http://www.sespas.es/adminweb/uploads/docs/contaminacion_atmosferica_y_salud_ _Nota_Final1_.pdf acessado em 10 de outubro de 2010), o termo ´partículas em suspensão´ inclui um amplo espectro de substancias sólidas ou liquidas, orgânicas 74 ou inorgânicas dispersas no ar, precedentes de fontes de emissão naturais e artificiais, e portanto, com uma composição heterogênea. Historicamente a definição de partículas era estabelecida em termos de suas manutenção no ar ambiente ou de suas possibilidades de deposição. Na atualidade, se diferenciam por seu tamanho aerodinâmico e sua capacidade de alcançar diferentes partes do pulmão. Assim, sob a denominação de PM10, se encontra um conjunto de partículas em suspensão cujo tamanho aerodinâmico é de10 μm de diâmetro, e 50% das quais atravessam a barreira faríngea, podendo alcançar as vias respiratórias altas e os brônquios; tem sua origem nos processos de ressuspensão eólica, transporte a longas distancias (poeiras do Sahara), e emissões domésticas ou industriais diretas. Agencias reguladoras e cientistas lutam para entender os efeitos na saúde humana causados por baixos níveis da atual poluição urbana por material particulado. A regulação contínua do material particulado tem significância econômica e assim uma controvérsia emocional está envolvida. A evidencia de efeitos prejudiciais à concentrações realistas do ar urbano vem predominantemente de estudos epidemiológicos que emergiram de resultados de observações realizadas durante e após desastres notáveis de poluição atmosférica, que estimularam esforços que conduziram a um incremento em qualidade do ar e a um maior numero de pesquisas sofisticadas. Desde o fim dos anos 80 e início dos anos 90, novos métodos epidemiológicos encontraram efeitos na saúde associados a baixas concentrações de material particulado (PHALEN, 2002,p.01). Uma grande variedade de processos gera material particulado para o ar ambiente no qual vivemos e respiramos, havendo uma extensa literatura epidemiológica que demonstra significância estatística de associação entre concentração de partículas em suspensão e níveis de mortalidade e morbidade na população humana. (HESTER e HARRISON, 1998,p.80). É sabido que a inalação de partículas é perigosa à saúde humana. Estudos se incrementaram na última metade do século passado e verificaram que o grau de penetração das partículas no sistema respiratório é função do tamanho das partículas. Essas descobertas conduziram ao estabelecimento de critérios para o monitoramento de aerossóis, que são normalmente apresentados como pré coletores que atuam como partes do sistema respiratório: as partículas que penetram nesses coletores através de pré coletores são equivalentes àquelas que 75 penetrariam na parte correspondente do corpo humano (WANG e PEREIRA, 2004,p.125). Aerossóis de condensação, também denominados de fumos metálicos, podem se formar através de vários processos de metalurgia. Quando os vapores de metais com alta temperatura reagem com o oxigênio atmosférico ocorre a formação de óxidos metálicos. Quando uma mistura de metais com diferentes temperaturas de fusão e de ebulição são aquecidos, são liberados primeiramente compostos com pontos de fusão e de ebulição mais baixos (por exemplo, óxidos de manganês), ou vapores e aerossóis (NORDBERG et al., 2007, p.41). Os aerossóis poluentes da atmosfera têm efeito potencial sobre a saúde dos seres humanos, embora não tenha sido provado o dano do chumbo em suspensão sobre a saúde, a incorporação desse elemento á vegetação poderia ser danoso através de seu consumo ou em gestão de vegetais contaminados; ao absorver a luz as partículas poluidoras da atmosfera diminuem a visibilidade, principalmente nas grandes cidades e durante os períodos de inversão térmica, o que afeta a paisagem urbana e causa problemas em aeroportos (MENDEZ et al., 2001, p.114). Segundo NOBEL e WRIGGHT (1998), o chumbo e outros metais podem ser perigosos em baixas concentrações e podem conduzir a danos e a morte. Eles se acumulam no corpo e em muitos tecidos e órgãos. De acordo com BAIRD (1999), as partículas grossas sedimentam rapidamente e a exposição humana a essas partículas é reduzida. Quando inaladas, são filtradas de modo eficiente pelo nariz (incluindo seus pelos), e pela garganta. Geralmente não são transportadas até os pulmões. Ao contrário, as partículas finas usualmente chegam até os pulmões, e por isso são chamadas ―respiráveis‖, e, uma vez nos pulmões, podem ser adsorvidas na superfície das células e, em razão disso podem causar danos à saúde. Segundo a US EPA (2003), os poluentes perigosos podem resultar em muitos problemas de saúde através de sua interferência nas funções normais do corpo humano, sendo que o meio mais comum ocorre através da alteração das reações químicas nas células, seus resultados podem levar a danos em órgãos, a malformação fetal e ainda podem causar câncer. Deve se considerar que os efeitos da poluição atmosférica na saúde humana variam muito de pessoa para pessoa, porém os mais afetados são crianças, idosos e mulheres grávidas, assim como aqueles que possuem previamente problemas pulmonares ou cardiológicos. Seus 76 efeitos podem ser agudos ou crônicos, os agudos cessam logo após a exposição e incluem irritação nos olhos, dor de cabeça e náuseas, os crônicos geralmente levam a problemas irreversíveis e podem ocorrer depois de longos períodos de exposição. Eles incluem decréscimo da capacidade pulmonar, problemas cardíacos, câncer e mesmo a morte. Estudos epidemiológicos mostraram que a exposição ocupacional e ambiental a metais e metalóides como Arsênio, Cádmio, Cobalto, Cromo, Cobre, Ferro, Níquel e Vanádio estão associadas a risco de vários tipos de câncer e outros efeitos adversos na saúde. Ainda assim, mecanismos através dos quais os metais causam câncer, permanecem não muito claros e estudos recentes mostraram que a ativação de vias de sinalização causadas pela exposição a metais podem afetar a expressão de numerosos genes que tem funções importantes na carcinogenese (NORDBERG et al. 2007, p.89). Segundo Tchernitchin (2008), níquel e vanádio são metais carcinogênicos. Nos seres humanos o níquel causa câncer bronco pulmonar e dos seios nasais e produz sensibilidade alérgica. O vanádio causa alterações bioquímicas no organismo. Estudos de longas exposições a poluentes atmosféricos, especialmente a material particulado, sugerem um aumento da mortalidade, do risco de doenças respiratórias crônicas, e do desenvolvimento de câncer (MOUSSIOPOULOS, 2003,p. 91) Segundo a US EPA (2003), alguns problemas de saúde podem ocorrer imediatamente após a inalação de poluentes atmosféricos tóxicos, esses efeitos imediatos podem ser pequenos como por exemplo lacrimejação, ou podem ser sérios como danos nos pulmões. Outros problemas de saúde podem aparecer meses ou anos após a exposição aos poluentes atmosféricos. Câncer é um exemplo de um efeito demorado na saúde. Os danos a saúde causados pelos poluentes atmosféricos se compõem pela quantidade ou concentração do poluente ou a freqüência e o tempo de exposição. A duração ou o período de exposição aos poluentes atmosféricos também é um item importante na severidade do efeito final. As emissões atmosféricas geram caminhos múltiplos de avaliação de exposição que se estendem desde a inalação direta de contaminantes derivados da sua dispersão e da sua deposição, à consideração de vias indiretas que incluem a deposição de contaminantes no solo, na água e na vegetação e sua subseqüente transferência e acumulação na cadeia alimentar (SIMEONOV et al., 2010, p.41) 77 À medida que aumentam as bases de informações nos constituintes do material particulado que possuem efeitos na saúde, constituintes químicos específicos ou tamanho das partículas são indicados como agentes causais. A exposição a esses constituintes necessita ser quantificada para o publico em geral e para populações suscetíveis. O processo deve ser interativo com informações de estudos básicos direcionando o planejamento de estudos posteriores. Estudos de campo com base populacional suprirão informações na distribuição e na intensidade da exposição da população em geral à componentes específicos e à tamanhos de material particulado. A determinação da composição e das características do material particulado que causa efeito adverso na saúde humana é uma oportunidade para um aumento da proteção a saúde publica permitindo o controle dos aspectos mais importantes das partículas que causam efeitos na saúde, possibilitando a aptidão ao uso dessas informações em estratégias efetivas de monitoramento e controle de emissões de fontes e novas necessidades em ferramentas de conexão de fontes com a qualidade do ar ambiente. Como exemplo, o conhecimento especifico da natureza das emissões (gases e partículas) das fontes, e as reações químicas desses materiais na atmosfera, providenciariam um inventario de fontes potencialmente tóxicas e de partículas que podem estar presentes nos locais onde as pessoas estão expostas ao ar ambiente. O desenvolvimento de uma capacidade geral para relacionar fontes de emissão de material particulado terá suas respostas de exposição ainda a longo tempo, então os esforços para isso devem começar o mais rápido possível. O material particulado consiste numa grande variedade de componentes químicos e numa grande variedade de tamanhos de partículas, sem o conhecimento da importância biológica desses componentes é impraticável a aplicação de técnicas às fontes e aos receptores de cada um desses componentes. É possível que a fração orgânica do carbono de material particulado contenha componentes biologicamente importantes ou que permitam o uso de um marcador para caracterizar as suas fontes de emissões (Research Priorities for Airborne Particulate Matter, 2001). Segundo o Research Priorities for Airborne Particulate Matter (2001), ainda não há um entendimento suficiente das relações entre composição química, forma e tamanho do material particulado que resulta em efeitos na saúde. Estudos indicam variações no risco relativo estimado relacionado à exposição que sugerem que a toxicidade pode depender das características físico-químicas do material particulado, 78 que podem ser diferentes em diferentes regiões. Evidências disponíveis indicam que os componentes químicos podem contribuir à atividade biológica no ambiente são: acidez, alguns metais, presença de reagentes e agentes biológicos. Compostos químicos ativos podem existir como base de outros materiais. Nessas bases podem ser absorvidos materiais como peróxidos, que são contribuintes potenciais à toxicidade do material particulado. O conhecimento da dosimetria em tecidos e em células em relação ao material particulado e seus constituintes é uma ligação critica entre exposição individual e respostas da saúde. Relação de Causa e Efeito entre Níveis de Concentração de Material Particulado e Danos à Saúde: Quadro 08 – Causa e Efeito do Material Particulado PM10 na Saúde (Fonte: US EPA, 1982) Concentração de PM10 1000 µg / m 3 Efeito Aumento no número de mortes 250 – 500 µg / m 3 Agravamento da bronquite 200 – 420 µg / m 3 Pequenas mudanças pulmonares reversíveis em crianças Segundo MARIANO (2001), o chumbo forma compostos estáveis que persistem e se acumulam no ambiente e no organismo humano. No homem, o chumbo é introduzido através da inalação ou da ingestão com a conseqüente absorção através do sistema circulatório e distribuição a todos os tecidos. Estudos clínicos epidemiológicos e toxicológicos demonstram a adversidade dos efeitos do chumbo na saúde humana. A exposição a baixos níveis de chumbo interfere em sistemas enzimáticos específicos e na produção de sangue, danos ao fígado e as células do sistema neurológico também são associados à exposição ao chumbo. Estudos em animais demonstraram que o chumbo contribui para a redução da fertilidade e defeitos em nascimentos. As crianças são mais sensíveis à maioria dos efeitos adversos do chumbo. Estudos recentes mostram que o chumbo pode ser um importante fator para o aumento da pressão sanguínea e subseqüentes problemas cardiológicos. A exposição ao chumbo também leva a efeitos potenciais no comportamento e à danos cerebrais em crianças. Cansaço, dor de cabeça, tremores e sintomas gerais de retardamento mental são notados como efeitos da exposição ao chumbo. O cérebro parece ser particularmente sensível aos efeitos danosos do chumbo, embora não esteja claro que exposições a baixos níveis desse elemento 79 resultem em disfunções cerebrais. Historicamente o chumbo atmosférico tem origem primaria na combustão da gasolina aditivada com compostos de chumbo. Embora o uso desse tipo de gasolina tenha reduzido grandemente desde 1975 em níveis superiores a 90%, fontes estacionarias como fabricas de baterias, fundições, indústrias de produção de aço e ferro são algumas das fontes atuais de emissão desse elemento. O ferro no ar e aquele encontrado em fundições e em outros meios industriais se apresenta em concentrações geralmente negligenciáveis. (Sentz e Rakow, 1969 apud NORDBERG et al.,2007, p 578). Foram relatados níveis de ferro no ar entre 20 e 30 mg/m3 em algumas plantas de manufatura de aço, níveis que conduziriam pelo menos à sua acumulação nos pulmões. O valor limite para exposição ocupacional do ferro, recomendado em 2006 pela ACGIH (Conferencia Norte Americana de Higienistas Industriais Governamentais), é de 5 mg/m3 para óxidos de ferro e 1 mg/m3 para sais solúveis de ferro (NORDBERG et al., 2007, p.578). A poluição do ar afeta principalmente os sistemas respiratório, circulatório, e olfativo. A principal rota de entrada dos poluentes atmosféricos é o sistema respiratório através do qual pode haver alteração na função dos pulmões. Os dados dos efeitos na saúde são de três tipos de estudo: clínicos, epidemiológicos e toxicológicos. Os estudos clínicos e epidemiológicos são focados no homem enquanto que os estudos toxicológicos são conduzidos em animais ou sistemas celulares simples. Considerações éticas limitam a exposição humana à baixos níveis de poluição do ar que não possuem efeitos reversíveis (BOUBEL et al., 1994, p. 106). Em homens expostos à poeira de manganês, sinais clínicos de manganismo são comumente acompanhados por impotência ou redução da libido (Emara et al., 1971; Mena et al., 1967; Rodier, 1955 apud (NORDBERG et al 2007, p. 220), o que indica que os efeitos do manganês estão relacionados originalmente a questões neurológicas. Baixas doses de manganês estão associadas a desenvolvimento de neurotoxicidade (MERGER et al., 1999; NORMANDINE et al., 2004; WASSERMAN et al., 2004 apud NORDBERG et al., 2007, p.332). Com a finalidade de separar e purificar os metais de outra impurezas na mineração é realizada a fundição que emite enormes quantidades de poluentes que causam danos a vegetação do entorno e possuem grandes impactos na saúde. O material particulado em suspensão a fuligem, os óxidos de enxofre, as partículas de 80 arsênio, o chumbo, o cádmio, etc. são lançadas na atmosfera perto das fundições e o publico sofre vario problemas de saúde (KAUSHIK et al., 2010, p.90). O valor de 100 μg/m3 para concentrações de manganês em poeiras inaláveis totais poderia ser adotado para a proteção de trabalhadores em longas exposições e seus conseqüentes efeitos. A exposição a longo tempo a maiores concentrações de manganês estão associadas a inalação ocupacional e podem resultar em efeitos neurológicos e neurocomportamentais. Na base do mecanismo cumulativo de neurotoxicidade é levantada a preocupação com a possibilidade de efeitos ao longo do tempo no sistema nervoso central, representados por distúrbios parkinsonianos (NORDBERG et al., 2007, p 220). A necessidade de avaliar ou minimizar o lançamento de substancias orgânicas e inorgânicas completas é de grande importância por causa das incertezas de seus efeitos na saúde humana, no ambiente e dos autos custos para sua limpeza ou recuperação (CHEREMISINOFF, 2002, p.3). Os TLVs (Threshold Limit Values) estabelecidos pela ACGIH correlacionam a massa do Particulado com o diâmetro aerodinâmico da partícula, expresso em μm. Existem tabelas diferenciadas para particulado inalável de tamanho até 10 μm MP(10) -, particulado de penetração torácica, de até 2,5 μm - MP(2,5) - e particulado respirável, com diâmetro menor que 1 μm - MP(1,0) ou seja, quanto menor o tamanho da partícula maior o dano à saúde (SILVA Jr, 2010, p.22). Evidencias recentes mostram que as partículas finas que podem chegar às regiões torácicas do sistema respiratório são responsáveis pela maioria das mortes e da morbidez associada a altos níveis de exposição à material particulado. Estudos sofisticados sugerem que as partículas finas são o único fator para esse tipo de dano enquanto que partículas grosseiras possuem efeitos menores ou não independentes. O tipo de partícula que causa efeitos adversos na saúde é particularmente aquelas menores do que 10um e 2,5um em diâmetro aerodinâmico respectivamente (CHEREMISINOFF, 2002, p.31). A exposição ocupacional a pós finos de alumínio de poeiras metálicas foi seguida por fibrose pulmonar (NORDBERG et al., 2007, p.306). Ainda que os compostos de titânio sejam em geralmente absorvidos de maneira pobre através da ingestão e da inalação, o titânio ainda pode ser encontrado no sangue, no cérebro e em órgãos parenquimatosos na maioria da população, com sua maior concentração encontrada na formação dos nódulos 81 linfáticos e nos pulmões. A exposição ocupacional ao titânio ocorre principalmente na forma de poeiras e a inalação é o caminho mais comum da exposição. Altos níveis de exposição têm sido relatados em mineração, produção do metal e produção e processamento do dióxido de titânio, carbonetos e hidretos. Operações típicas com poeiras incluem britagem, moagem, mistura e peneiração de concentrados de rutilo. Altas exposições a compostos de titânio no ar também foram relatadas pelo manuseio, triagem e embalagem de pós de hidretos de titânio (Skurko and Brahnova, 1973 apud NORDBERG et al. 2007, p 861). O principal objetivo das diretrizes e padrões para a proteção da saúde humana na qualidade do ar surgiu desde que as partículas finas (MP10) é a maior responsável por causar efeitos na saúde do que as partículas grosseiras, diretrizes e padrões com referencias a concentrações de partículas fina são preferidas do que aquelas que se referem a TSP, que incluem concentrações de partículas grosserias. Estudos científicos evidenciam amplamente a relação entre baixas e longas exposições á concentração de material particulado e mortalidade e morbidade humana. Ainda assim os mecanismos de dosificação não estão totalmente entendidos. Alem disso, de acordo com a OMS não a nível seguro abaixo do qual danos á saúde não ocorram (CHEREMISINOFF, 2002, p.34). A exposição a fumos e vapores ocorre no manuseio do tetracloreto de titânio, que também pode ocorrer em processos de redução quando trabalhadores são expostos a particulados de tetracloreto de titânio, oxicloreto de titânio e dióxido de titânio (GARABRANT et al., 1987 apud NORDBERG et al., 2007, p.863). Segundo SILVA Jr (2010), a fração inalável do material particulado pode atingir a mucosa nasal, faringe, laringe e parte superior da traquéia, correspondendo às vias aéreas superiores. Partículas abaixo de 2,5 μm atingem a parte inferior da traquéia, brônquios, bronquíolos e alvéolos. E a fração respirável, de partículas com tamanho menor que 1 μm, é absorvida pelo sangue, distribuída pelo organismo e ao final metabolizada por meio de biotransformações mediadas por enzimas. O molibdênio é emitido através da combustão e de cinzas. Problemas ecotoxicológicos são encontrados especialmente em herbívoros (DAVIS, 1991 apud NORDBERG et al., 2007, p.273). Fundições de cobre e combustão de carvão contribuem com 65% da presença desse elemento nas emissões antropogênicas. Sua absorção é regulada por mecanismos homeostáticos no fígado, havendo incremento da secreção biliar 82 quando o cobre está em excesso. Não existem dados quantitativos disponíveis sobre sua absorção pulmonar. Comparativamente com dados obtidos após sua ingestão, há pouco conhecimento sobre efeitos na saúde em função de inalação de cobre e de fumos de cobre no meio industrial. O cobre pode causar irritações no trato respiratório e a febre de fumos metálicos. Modificações no pulmão de trabalhadores de vinhedos tem sido atribuídas ao sulfato de cobre, mas o papel do cobre ainda não está totalmente explicado. O zinco é emitido para a atmosfera por processos de combustão, fundições e a mineração que também poderão descarregá-lo no meio aquático. Sintomas respiratórios e febre com calafrios podem resultar da inalação de fumos recentes de zinco, de latão ou outros óxidos metálicos dando origem à febre de fumos metálicos (Hunter, 1975 apud NORDBERG et al., 2007, p.372). Abaixo, de acordo com a Resolução CONAMA nº 5, de 15 de junho de 1989, alguns efeitos na saúde causados por alguns poluentes atmosféricos: Quadro 09 - RESOLUÇÃO CONAMA nº 5, de 15 de junho de 1989. Publicado no DOU, de 25 de agosto de 1989, Seção 1, páginas 14713-14714 (Fonte: FEPAM). Poluente Efeitos na Saúde Causam efeitos significativos em pessoas com Partículas Totais em Suspensão (PTS) doenças pulmonares, como asma e bronquite. Aumento de atendimentos hospitalares e mortes Partículas Inaláveis(PM10) prematuras. Insuficiências respiratórias pela deposição deste poluente nos pulmões. Desconforto na respiração, doenças respiratórias, agravamento de doenças respiratórias e Dióxido de Enxofre (SO2) cardiovasculares já existentes. Pessoas com asma, doenças crônicas de coração e pulmão são mais sensíveis ao SO2. Irritação ocular. Óxidos de Nitrogênio (NOx) Aumento da sensibilidade à asma e à bronquite. Causa efeito danoso no sistema nervoso central, com Monóxido de Carbono (CO) perda de consciência e visão. Exposições mais curtas podem também provocar dores de cabeça e tonturas. Irritação nos olhos e vias respiratórias, diminuição da capacidade pulmonar. Exposição a altas Ozônio (O3) concentrações pode resultar em sensações de aperto no peito, tosse e chiado na respiração. O O3 tem sido associado ao aumento de admissões hospitalares. Quanto ao material depositado em superfícies sólidas, os danos à saúde ocorreriam através de sua ressuspensão. Esses danos ocorreriam se o material ´resuspenso´ fosse composto por elementos tóxicos ao homem, ou se estivesse contido no material em ressuspensão, material particulado com tamanho inferior à 83 10µg. No caso de ressuspensão de material respirável de 2,5 µg, os danos à saúde seriam de maior intensidade. 2.12 Microscopia Eletrônica de Varredura- MEV / Espectroscopia de Energia Dispersiva – EDS 2.12.1Microscopia Eletrônica de Varredura O microscópio eletrônico de varredura (MEV) utiliza um feixe de elétrons no lugar de fótons utilizados em um microscópio óptico convencional, o que permite solucionar o problema de resolução relacionado com a fonte de luz branca. De Bloglie, em 1925, mostrou o dualismo onda-partícula e, por conseguinte, que o comprimento de onda de um elétron é função de sua energia (DE BLOGLIE, 1925 apud DEDAVID et al., 2007). A energia pode ser comunicada a uma nova partícula carregada por meio de um campo elétrico acelerador. Assim, sob uma voltagem suficientemente grande, por exemplo, 50 10 kV, podem ser produzidos elétrons de comprimento de onda extremamente curto (f=0,005Å) de poder de resolução potencialmente alto como fonte de iluminação. Além disso, devido às suas cargas, os elétrons podem ser focalizados por campos eletrostáticos ou eletromagnéticos e, então, são capazes de formar imagens. Eles possuem, portanto, as características essenciais necessárias a um microscópio de alta resolução. Como resultado tem-se que os aparelhos modernos permitem aumentos de 300.000 vezes ou mais, para a maior parte de materiais sólidos, conservando a profundidade de campo compatível com a observação de superfícies rugosas. O MEV é um aparelho que pode fornecer rapidamente informações sobre a morfologia e identificação de elementos químicos de uma amostra sólida. Sua utilização é comum em biologia, odontologia, farmácia, engenharia, química, metalurgia, física, medicina e geologia. O MEV é um dos mais versáteis instrumentos disponíveis para a observação e análise de características micro-estruturais de objetos sólidos. A principal razão de sua utilidade é a alta resolução que pode ser obtida quando as amostras são observadas; valores da ordem de 2 a 5 nanômetros são geralmente apresentados por instrumentos comerciais, enquanto instrumentos de pesquisa avançada são capazes de alcançar 84 uma resolução melhor que 1 nm (NAGATANI et al. 1987 apud DEDAVID et al., 2007). Outra característica importante do MEV é a aparência tridimensional da imagem das amostras, resultado direto da grande profundidade de campo. Permite, também, o exame em pequenos aumentos e com grande profundidade de foco, o que é extremamente útil, pois a imagem eletrônica complementa a informação dada pela imagem óptica (DEDAVID et al., 2007). Segundo (CASTRO et al.), o MEV se constitui em versátil instrumento para avaliação, exame e análise das características micro-estruturais de amostras biológicas e não biológicas em atividades de pesquisas e diagnósticos. Na área humana são analisados tecidos com anomalias e estruturas como dentes e cabelos. Materiais como cinzas e partículas de metais fraturados também são visualizados. De acordo com STERN e PANDIS (1976), uma das vantagens da análise através de microscopia eletrônica é a possibilidade de avaliar semi quantitativamente a composição química mesmo de muito finas partículas. Segundo NORDBERG et al. (2007), a caracterização das partículas, seu tamanho, distribuição e composição química são de grande importância na saúde ocupacional. A instrumentação necessária para essas investigações é extremamente especializada e cara. Os procedimentos rotineiramente utilizados são o microscópio eletrônico de alta resolução, e micro análise de elétrons. Como está informado anteriormente, os custos para análise da composição química do material particulado é extremamente alto. O uso da microscopia eletrônica de varredura, acoplada a espectroscopia de energia dispersiva permite, com um menor custo, verificar a presença de vanádio nas amostras e, ao mesmo tempo, outros elementos presentes. Num segundo momento, uma vez encontrado vanádio ou outro metal de importância quanto à sua toxicidade, as amostras seriam encaminhadas para a quantificação desses elementos, o que seria realizado por outra técnica de análise, como a espectrofotometria de absorção atômica. Segundo MORALES (2006), a partir de estudos de microscopia eletrônica é possível realizar uma análise morfológica e microanalítica do material particulado, o que é realizado em estudo multidisciplinar de material particulado coletado em Santiago, Chile, utilizando a varredura de microscopia eletrônica, dotada de uma sonda de microespectrometria por energia dispersiva de raios-X. A observação das amostras resultou na identificação de centenas de partículas, que podem se 85 caracterizar atendendo a um critério morfológico (forma, tamanho e aspecto), e sua relação com a composição química. O estudo permitiu obter uma classificação em quatro grupos, entre os quais as de origem geológica, com tamanho entre 10 e 1 µm, com morfologia irregular e com alto conteúdo de Si, Al, Fe e MG, de modo que podem ser descritas como silicatos de alumínio e caracterizadas como argilas ou mica. 2.12.2 Espectrometria de Energia Dispersiva - EDS Apesar da técnica EDS ser uma analise de espectroscopia, ela é usualmente apresentada juntamente com a microscopia eletrônica de varredura pela sua disponibilidade nesses equipamentos. Os microscópios eletrônicos de varredura podem possuir equipamento de microanálise acoplado permitindo a obtenção de informações químicas em áreas da ordem de micrometros. As informações, qualitativas e quantitativas, sobre os elementos presentes são obtidas pela captação dos raios-X característicos resultantes da interação do feixe primário com a amostra. Este tipo de análise, denominado espectroscopia de energia dispersiva (EDS), usa um material semicondutor, para detectar os raios-X, e um analisador multicanal e converte a energia de raios-X em uma contagem eletrônica. A partir do valor acumulado destas contagens é criado um espectro que representa a análise química da amostra. Para a análise quantitativa dos elementos, deve-se utilizar padrões com concentrações conhecidas dos elementos a serem analisados (MANSUR, H.S., Cap 7, item 7.2.3, Técnicas de Caracterização de Materiais, disponível em: http://www.biomaterial.com.br/capitulo7part01.pdf). Ao MEV pode ser acoplado o sistema de EDS (Energy Dispersive System), o qual possibilita a determinação da composição qualitativa e semiquantitativa das amostras, a partir da emissão de raios X característicos. O limite de detecção é da ordem de 1%, mas pode variar de acordo com as especificações utilizadas durante a análise, como o tempo de contagem, por exemplo. Uma das vantagens da utilização do MEV/ EDS é a rapidez e facilidade na preparação das amostras, que depende do objetivo da pesquisa. Os minerais não condutores de corrente elétrica para serem analisados no MEV/EDS devem ser previamente metalizados. A metalização consiste na precipitação, a vácuo, de uma película micrométrica de material 86 condutor (e.g., ouro ou carbono) sobre a superfície do mineral, possibilitando a condução da corrente elétrica (Duarte, 2003, p. 04). A utilização do EDS (Energy Dispersive Spectrum), acoplado a microscópio eletrônico de varredura (MEV) permite a realização de análises químicas qualitativas pontuais que servem para o diagnóstico ambiental e podem orientar estudos de impacto mais detalhados (Pinheiro e Sígolo, 2006, p.30). 2.13 Refino do Petróleo O refino do petróleo é a separação física, térmica e química do óleo cru de petróleo em suas frações destiladas que são processadas através de séries de separações e conversões em produtos finais. Os produtos primários se incluem nas maiores categorias que são: os combustíveis para motores (gasolina, óleo diesel, gás liquefeito de petróleo, óleos residuais combustíveis, querosene, etc.); produtos não combustíveis (solventes, óleos lubrificantes, graxas, asfalto, coque, etc.); e produtos químicos para a indústria (nafta, etano, benzeno, tolueno, butadieno, xileno). Esses produtos são utilizados para a produção de um vasto número de outros produtos como: fertilizantes, pesticidas, tintas, tiner, solventes, detergentes, refrigerantes, anticongelantes, resinas, seladores, plásticos, espumas, fibras sintéticas, etc. (CHEREMISINOFF, 2001, p.270) Segundo o Environmental, Health, and Safety Guidelines for Petroleum Refining (2007), as refinarias de petróleo são sistemas complexos desenhados especificamente com base em seus produtos e nas propriedades do óleo cru. As refinarias podem variar desde médias a totais (refinarias de conversão total) com base em suas diferentes unidades de processamento. A matéria prima das refinarias é o óleo cru, mistura de hidrocarbonetos. Eles se encontram misturados em três grupos químicos incluindo as parafinas (normal e isoparafinas), naftenos e aromáticos. A diferença mais comum entre os tipos de óleo cru são o doce e o ácido: o óleo doce contem baixas concentrações de enxofre e são levemente parafinicos; os óleos ácidos geralmente são ricos em enxofre e pesadamente naftenicos. O óleo crú também é classificado em leve, médio e pesado, dependendo de seu conteúdo em naftenos, parafinas e aromáticos. De acordo com MARIANO (2011), as emissões atmosféricas provenientes das refinarias incluem emissões fugitivas dos compostos voláteis presentes no óleo cru e 87 nas suas frações, emissões geradas pela queima de combustíveis nos aquecedores de processo (caldeiras), e as emissões das unidades de processo propriamente ditas. As emissões fugitivas ocorrem em toda a refinaria e escapam das centenas de fontes potenciais dessas emissões, que compreendem válvulas, bombas, tanques, válvulas de alívio, flanges e etc. Ainda que os vazamentos sejam normalmente pequenos, o somatório de todas as emissões fugitivas de uma refinaria pode ser uma de suas maiores fontes de emissões. Os numerosos aquecedores de processo usados nas refinarias de petróleo para aquecer as correntes de processo ou gerar vapor (caldeiras) para aquecimento ou retificação com vapor, podem ser fontes potenciais de emissões de CO, SOx, NOx, material particulado e de hidrocarbonetos. Outras fontes de emissão provêm da regeneração periódica dos catalisadores de processo. A regeneração dos catalisadores gera correntes gasosas que podem conter monóxido de carbono, material particulado e hidrocarbonetos voláteis. Observações em vegetações ao redor de fontes emissoras indicam que o crescimento da vegetação continua a ser suprimido mesmo quando as emissões de SOx não estão ocorrendo. A causa dessa supressão do crescimento das plantas é, aparentemente, o solo contaminado por metais pesados. De acordo com o Environmental Health and Safety Guidelines for Petroleum Refining (2007), as emissões de material particulado pelas unidades de refinarias de petróleo estão associadas às chaminés provenientes dos fornos catalisadores, craqueamento, unidades de regeneração, manuseio do coque e incineração de lodos. O material particulado pode conter metais como Vanádio e Níquel. Para uma refinaria de petróleo localizada em território brasileiro, foi estimada uma emissão diária de 5,33 t de MP10, correspondendo a uma emissão anual de 1.945 t. A estimativa foi baseada nos dados obtidos do monitoramento efetivo desse material, realizado em 85% e 75% das fontes fixas (MARIANO, 2001 p. 192). Segundo GAIA (2005), o Grau de Exposição aos diversos agentes de risco presentes em uma refinaria e o grau de efeitos à saúde são determinados qualitativamente pelo Grau de Risco de Exposição - Potencial de Risco aos quais estão submetidos cada Grupo Homogêneo de Exposição. Utilizando dados da US EPA do ano de 1995, para MP10 , uma refinaria dos EUA de tamanho médio emite um total anual de 624,3 t/ano, enquanto que uma refinaria brasileira emite 1.945 t/ ano desse material (MARIANO, 2001, p.197). 88 Quadro 10 – Processos e Emissões Atmosféricas do Refino do Petróleo. Fonte: Mariano, J.B. (2001). Processo Dessanilização de Petróleo Cru Destilação Atmosférica Emissões Atmosféricas Gás da Chaminé do Aquecedor (CO, NO x, SOx, HCs e MP) Emissões fugitivas de HCs Gás da chaminé do aquecedor (CO, NOx, HCs e MP) Emissões fugitivas de HCs Emissões do injetor de vapor (HCs) Destilação à Vácuo Gás da chaminé do aquecedor (CO, NO x, HCs e MP) Emissões fugitivas de HCs Craqueamento Térmico / Visco-redução Coqueamento Craqueamento Catalítico Hidrocraqueamento Catalítico Hidrotratamento/Hidroprocessamento Alquilação Gás da chaminé do aquecedor (CO, NO x, HCs e MP) Emissões fugitivas de HCs Gás da chaminé do aquecedor (CO, NO x, HCs e MP) Emissões fugitivas de HCs Emissões do decoqueamento HCs e MP) Gás da chaminé do aquecedor (CO, NO x, HCs e MP) Emissões fugitivas de HCs Emissões da regeneração do catalisador (CO, NOx, SOx e MP) Gás da chaminé do aquecedor (CO, NO x, HCs e MP) Emissões fugitivas de HCs Emissões da regeneração do catalisador (CO, NOx, SOx e MP) Gás da chaminé do aquecedor (CO, NO x, HCs e MP) Emissões fugitivas de HCs Emissões da regeneração do catalisador (CO, NOx, SOx e MP) Gás da chaminé do aquecedor (CO, NO x, HCs e MP) Emissões fugitivas de HCs Isomerização Reforma Catalítica Desasfaltação a Propano Gás da chaminé do aquecedor (CO, NO x, HCs e MP) Emissões fugitivas de HCs HCL (potencialmente) Gás da chaminé do aquecedor (CO, NO x, HCs e MP) Emissões fugitivas de HCs Regeneração do Catalisador (CO, SO x, NOx) Gás da chaminé do aquecedor (CO, NO x, HCs e MP). Propano 89 Segundo MARIANO (2001), de um modo geral, pode-se dizer que os principais poluentes atmosféricos emitidos pelas refinarias são os óxidos de enxofre e nitrogênio, o monóxido de carbono, os materiais particulados, e os hidrocarbonetos (que geralmente constituem as emissões fugitivas de compostos orgânicos voláteis, os VOC‘s). Tais poluentes são liberados nas áreas de armazenamento (tancagem), nas unidades de processo, nos eventuais vazamentos e nas unidades de queima de combustíveis fósseis (fornos e caldeiras) que geram calor e energia para consumo da própria refinaria. Os efeitos das emissões sobre os materiais ocorrem através de mecanismos físicos e mecanismos químicos. Os danos físicos podem resultar do efeito abrasivo dos materiais particulados levados pelo ar sobre as superfícies. Reações químicas podem ocorrer quando os poluentes e os materiais entram em contato direto. Os gases absorvidos podem agir diretamente sobre o material, ou podem primeiro ser convertidos em novas substâncias que serão as responsáveis pelos efeitos observados. A ação de substâncias químicas usualmente resulta em mudanças irreversíveis. Conseqüentemente, o dano químico nos materiais é um problema mais sério do que as mudanças físicas ocasionadas pelos materiais particulados. A maior fonte potencial de emissões de material particulado para a atmosfera no refino do petróleo é a unidade de regeneração do catalisador de craqueamento catalítico. Os gases de exaustão dos aquecedores e das caldeiras também podem conter partículas, porém em quantidades muito menores. O Material Particulado age como veículo para microorganismos (fungos, bactérias e vírus) e outras substâncias orgânicas ou, para minerais adsorvidos como os hidrocarbonetos policíclicos, reconhecidamente cancerígenos, que se alojam em seus poros. De acordo com a US EPA (2010), as refinarias de petróleo incluem numerosas fontes estacionárias de combustão, as mais comuns delas são aquecedores, boilers, mecanismos de combustão interna e turbinas de combustão. Essas fontes de combustão são distribuídas na área de processamento das refinarias, os aquecedores de processos são usados para pré-aquecimento, para processar fluidos, para reaquecimento de processos intermediários, ou para o aquecimento de colunas de destilação; essas fontes de emissão se localizam tipicamente nas áreas onde é requerido o aquecimento. O gás é produzido por uma variedade de unidades de processo incluindo unidades de destilação de óleo cru, unidades de craqueamento de fluidos catalíticos, unidades de catalização, unidades de coque e unidades de hidrocraqueamento. Os equipamentos de combustão interna tem uma 90 variedade de usos incluindo suprimento de energia; esses equipamentos geralmente queimam gás natural, gasolina ou diesel. Turbinas de combustão são usadas para coogeração e geralmente queimam gás natural ou gás combustível. De acordo com MARIANO (2001), os danos das emissões de material particulado podem resultar da formação de uma crosta espessa sobre as folhas, que suprime a fotossíntese e/ou causa intoxicação alcalina/ácida quando se produzem tais soluções com a água das chuvas. A contaminação do solo e da vegetação por aerossóis metálicos também é outro fator relevante. Aerossóis com níveis significantemente elevados de chumbo e/ou outros metais pesados elevam a concentração desses metais no solo e conseqüentemente na vegetação das vizinhanças das fontes emissoras. A presença desses metais pode resultar em severa devastação da vegetação e em desnudação da paisagem, como resultado da contaminação do solo e subseqüente acúmulo de níveis metálicos fitotóxicos às plantas. Os processos e as atividades inerentes ao refino do petróleo são considerados uma das maiores fontes potenciais de geração de poluentes atmosféricos. Essa potencialidade não obrigatoriamente conduz à emissão efetiva de poluentes atmosféricos em níveis que superem aqueles estabelecidos pelos órgãos ambientais. Dependendo da tecnologia utilizada nos processos realizados e da infraestrutura existente para a redução e o abatimento das emissões atmosféricas, essa potencialidade poderá continuar existindo porém as emissões efetivas serão muito aquém daquelas potenciais. Como exemplo dessa redução de emissões se encontram as unidades de recuperação de enxofre, que utiliza como carga as correntes de gás ácido (H2S) produzidas no tratamento DEA (processo específico para remoção de H2S de frações gasosas de petróleo) ou em outras unidades como no hidrotratamento, no hidrocraqueamento, na reforma catalítica e no coqueamento. Muitas unidades de refino de petróleo possuem suas emissões acessadas on line permanentemente pelas agencias de regulação ambiental, principalmente aquelas que possuem equipamentos que se incluem em Sistemas Contínuo de Monitoramento. Também alguns órgãos de regulamento ambiental exigem a instalação de estações automáticas de monitoramento da qualidade do ar em locais por eles determinados no entorno de refinarias, cujos resultados também são inseridos automaticamente na web e podem ser acessados permanentemente por esses órgãos. 91 Ainda deve ser considerado, que petróleo de diferentes jazidas podem conter inclusões de diferentes elementos químicos, assim como podem ter variações nas quantidades de seus componentes básicos. Dessa forma o processamento de petróleos de diferentes jazidas levam a diferentes emissões potenciais de seu processamento. Em muitos casos, as refinarias de petróleo realizam análises químicas de sua matéria-prima antes de processá-las. Assim, há um conhecimento prévio de todos os elementos químicos presentes no petróleo e sua quantificação, o que permite um melhor gerenciamento dos processos, principalmente no que diz respeito à qualidade dos produtos e à geração de resíduos sólidos, líquidos e gasosos. De acordo com PINHEIRO e MONTEIRO (1992), o controle das emissões poluidoras deve ser feito através de medidas gerais, como o planejamento urbano, de modo a não concentrar poluentes e favorecer condições para sua dispersão, e por meio de medidas específicas, como análise de processos industriais avaliando o uso de tecnologias mais apropriadas, de fontes alternativas de energia, de manutenção adequada de equipamentos, de instalação de filtros e retentores de poluição, etc. Segundo SILVA JR (2010), a avaliação das perdas de catalisador num conversor de uma refinaria situada no estado da Bahia mostrou uma perda direta de catalisador para o meio ambiente pela mistura gasosa de poluentes gerados no processo de craqueamento catalítico com os finos de catalisador que passaram pelos ciclones e foram arrastados através das chaminés dos regeneradores, em média, superam 6 toneladas por dia. De acordo com ALMEIDA (2000), a taxa de emissão de catalisador pelas chaminés da Refinaria de Paulínia era em torno de cinco toneladas por dia. Cerca de 50% do catalisador dispersado pelas chaminés depositava-se na área interna da Refinaria e foram encontradas partículas de catalisador em até 12 Km de distância da fonte geradora. Segundo SILVA JR (2010), a coleta de dados junto aos Técnicos de Operação das unidades de craqueamento da Refinaria de Paulínia em 2010, mostra que a capacidade máxima de operação dessas unidades era de 16.000 m3/dia. De acordo com MARIANO (2001), o potencial de geração de resíduo de catalisador ou catalisador de equilíbrio por uma determinada refinaria de petróleo era de 120 toneladas por mês. 92 Segundo CORRADI (2008) apud SILVA JR (2010), as refinarias de petróleo no Brasil geram 40.000 toneladas por ano de resíduo de catalisador de equilíbrio ou catalisador gasto. Dessa quantidade, 25.000 toneladas seriam diretamente descartadas para cimenteiras e 15.000 toneladas de catalisador gasto seriam reutilizadas em três unidades de craqueamento de resíduo no país. De acordo com ABADIE (1997) apud SILVA JR (2010), o coque ocluído nas partículas do catalisador é queimado e o enxofre e nitrogênio do coque, originados de compostos de enxofre e nitrogênio da carga, são transformados em SO x e NOx que se somam às emissões gasosas emitidas pelas chaminés dos regeneradores, como: O2, N2, CO, H2O e Material Particulado (MP). CORRADI (2008) apud SILVA JR (2010), alerta que a eficiência do catalisador é gradativamente diminuída pelo atrito (abrasão), acúmulo de coque nos sítios catalíticos, deposição de metais, desativação por metais e desativação térmica do catalisador. Alguns metais, como o Vanádio e o Níquel, são nocivos ao catalisador virgem, diminuindo sua eficiência e provocando aumento do consumo. Segundo COSTA et ali (2004) apud SILVA JR (2010), estima-se que a vida útil do catalisador utilizado em unidades de craqueamento é de dois a três meses, devido às alterações em suas características químicas e físicas que afetam sua seletividade e atividade. As perdas de catalisador para a atmosfera contribuem para a diminuição do inventário de catalisador e prejudicam o processo de craqueamento Em estudo realizado por COSTA et ali (2004) apud SILVA JR (2010), há a reposição média de 400,6 toneladas por mês de catalisador para uma perda média para a atmosfera ou taxa de emissão de 1,06 tonelada por dia em uma unidade teste das refinarias de petróleo. Segundo SILVA JR (2010), as perdas por emissões fugitivas para o meio ambiente ocorrem por vazamentos do produto por equipamentos, tubulações e conexões sob pressão e também são incorporadas ao Resíduo Sólido de Varrição (RSV) da refinaria. Com base nos estudos de ALMEIDA (2000) foi possível inferir que cerca de 50% das emissões deposita-se em área interna da refinaria e é incorporada ao Resíduo Sólido de Varrição (RSV). A outra parte desse resíduo tóxico atinge a região extramuros da refinaria. Cabe ressaltar, que em situações anormais de operação essas perdas atingem uma média de 41,72 toneladas por dia (SILVA JÚNIOR,2010, p.43) 93 Os agentes químicos Níquel e Vanádio, que estão presentes nas cargas das unidades de craqueamento, produzem efeitos prejudiciais ao catalisador virgem. Para reduzir a nocividade desses metais ao catalisador os Técnicos de Operação adicionavam manualmente antimônio (Sb2O3) na carga das unidades de craqueamento. Os possíveis danos à saúde provocados pelo contato direto do trabalhador ao Trióxido de Antimônio (Sb2O3), fez com que as refinarias de petróleo substituíssem esse composto químico pelo Pentóxido de Antimônio (Sb 2O5). Na maioria das refinarias, esse novo composto químico já vem adicionado na composição do catalisador virgem (CERQUEIRA et al., 2001) apud (SILVA JR, 2010). A perda de catalisador pelas chaminés dos regeneradores para o meio ambiente, através da mistura gasosa de poluentes gerados no processo de craqueamento com os finos de catalisador está relacionada com a eficiência dos ciclones que só retém partículas maiores do que 5 μm (MORAES, 2007) apud (SILVA JR, 2010, p.47). Esse material está dentro do conjunto de particulado inalável MP10, partículas com diâmetro inferior a 10 μm (CASTRO et al., 2003), o que inclui o particulado de penetração torácica MP2,5 e o particulado respirável MP10 . De acordo com RIBEIRO et al. E Flores (2008) apud (SILVA JR, 2010, p.47), consultores técnicos da FCC S.A., os finos de catalisador correspondem às partículas com diâmetro aerodinâmico entre 0 e 40 μm e são economicamente desejáveis às unidades de craqueamento. No entanto, diversos estudos afirmam que quanto menor o tamanho do Material Particulado (MP) maior o dano à saúde. O óleo decantado das unidades de craqueamento arrastam finos de catalisador rico em antimônio (Cerqueira et al., 2001 apud Silva JR, 2010), esses finos de catalisador são provenientes do processo de craqueamento catalítico. Segundo informações colhidas em 2009 junto aos técnicos de operação da refinaria utilizada como caso de estudo, o óleo decantado é utilizado como óleo combustível em fornos e caldeiras da refinaria, sendo assim, parte dessa perda é incorporada ao volume total do Resíduo Sólido de Varrição (RSV) da refinaria e outra parte atinge a região extramuros da refinaria (SILVA JR, 2010, p.43). Segundo ALMEIDA (2000) quando estudou a caracterização parcial do Material Particulado Atmosférico (MPA) na região de Paulínia, usando o modelo de receptores, confirmou a presença de catalisador de craqueamento em até 12 Km de 94 distância da fonte geradora, sendo que cerca de 50% do material se depositava em área interna da própria refinaria (SILVA JR, 2010, p.50). O Distrito de Caípe está localizado a cerca de 400m de distância de uma refinaria e apresenta na região níveis significativos de Hidrocarbonetos Policíclicos Aromáticos (HPA) e Material Particulado (MP) com origem sugestiva petrogênica, potencialmente danosos a saúde e ao meio ambiente (SILVA JR et al., 2009). Registros de exposição à poeira de catalisador por trabalhadores da Refinaria (PETROBRAS, 2002; GAIA, 2005; PETROBRAS, 2006 apud SILVA JÚNIOR et al., 2009), e reclamações da comunidade de Caípe, remetem a uma reflexão sobre as práticas operacionais adotadas pela gestão ambiental da refinaria para as perdas de catalisador de craqueamento (SILVA JR, 2010, p.58). Com base em coleta de dados realizada em 2010 junto aos técnicos de operação das unidades de craqueamento catalítico da Petrobrás e segundo a Agência Petrobrás (2010) foi identificada uma capacidade de processamento de cerca de 92.700 m3/dia pelas unidades de craqueamento do parque nacional de refino da Petrobrás. Emissões Atmosféricas do Refino de Petróleo: Quadro 11 – Emissões Atmosféricas do Refino do Petróleo Fonte: Environmental, Health and Safety Guidelines for Petroleum Refining - Orientações de Saúde, Ambiente e Segurança para o Refino do Petróleo. Níveis de Emissões Atmosféricas do Refino do Petróleo (Gás seco a 3% de O2) Poluente Unidade Valor de referencia 150 (em unidades com 3 NOx mg/Nm recuperação de enxofre) 500 3 Material Particulado mg/Nm 50 3 Vanádio mg/Nm 5 3 Níquel mg/Nm 1 3 H2S mg/Nm 10 95 CAPÍTULO 3 MATERIAIS E MÉTODOS 3.1Descrição do Entorno do Local Estudado A área do estudo compõe-se de conjunto residencial composto por 628 unidades na realização deste plano de estudos, cujas coberturas se dispõem com orientações Norte/Sul (N/S), Leste/Oeste (L/O) e aquelas sem inclinação definida, compostas pelas coberturas que não possuem inclinações (lajes e outras), por aquelas cujas inclinações são mínimas ou possuem uma única inclinação. O estudo foi realizado considerando as coberturas com inclinações N/S e L/O, que representam superfícies inclinadas para os quatro pontos cardeais e portanto expostas nessas quatro orientações, à deposição de material particulado. Suas confrontações são as que seguem: ao Norte - área de condomínio horizontal em implantação, com intenso trabalho de terraplenagem; - avenida com grande movimentação de veículos de carga que abastecem indústrias locais de diferentes segmentos (petroquímica, do petróleo, usina de asfalto, engarrafadoras de GLP, odorizadora de GLP, e outras), e transportam seus produtos e pessoal; ao Sul - área de Campus Universitário e logo após, área urbana; ao Leste - mais próximo, grande aglomerado urbano e menos próximo, distrito industrial de município vizinho, composto por diversas indústrias de vários segmentos; ao Oeste - mais próximo destaca-se uma rodovia federal, cuja movimentação de veículos de transporte de carga, transporte coletivo e de passeio é intensa, chegando a médias diárias de 120.000 veículos; - menos próximo, pólo petroquímico. 96 3.2 Materiais Os materiais utilizados na coleta dos sedimentos foram definidos de maneira a não incluir nas amostras nenhum metal que pudesse comprometer sua validade quando da realização da sua análise, e são listados a seguir: - Pás descartáveis de polipropileno cristal para a coleta das amostras; - Frascos de polietileno com tampa de rosca, para armazenamento das amostras; - Luvas descartáveis de látex; - Caneta retroprojetor; - Fita adesiva; - Câmera fotográfica; - GPS; - Google Earth; - Estação Meteorológica Automática (29º 52´ S; 51º 08´ W); - Equipamentos de Informática; - Softwares (Word, Excell, etc..); - Impressora; - Microscópio Eletrônico de Varredura (marca Philips, modelo XL20, acoplado a espectrômetro de energia dispersiva de raios-X; - Escada; - Equipamentos de segurança (EPIs); 3.3 Superfícies Sólidas para as Amostragens As superfícies sólidas objeto das amostragens de material sedimentado são os telhados de edificações existentes em área residencial sob influencia de emissões atmosféricas de grande concentração de empreendimentos potencialmente emissores de material particulado, expostos nas orientações Norte, Sul, Leste e Oeste, à deposição. 3.3 Métodos Com base na EPA QA/G-5S (Guidance on Choosing a Sampling Design for Environmental Data Collection for Use in Developing a Quality Assurance Project), 97 foi montado plano de amostragem, posteriormente à definição dos telhados a serem amostrados. 3.3.2 Coleta de Amostras A coleta de amostras de material particulado sedimentado será nas superfícies sólidas representada por telhados de residências, com faces de exposição ao Norte, ao Sul, ao Leste e ao Oeste. A escolha dos telhados deve-se ao fato de representarem superfícies sólidas com menor interferência humana e animal assim como local de possibilidade de subseqüentes deposições ao longo mdo tempo. 3.3.3 Escolha e Número de Locais Objeto das Amostragens A definição dos telhados das edificações a serem amostrados foi realizada através de sorteio com a utilização de imagem do Google Earth. Cada telhado foi codificado de acordo com os seus diferentes sentidos de inclinação, da seguinte forma: - telhados com inclinações Norte e Sul: N/S - telhados com inclinação Leste e Oeste: L/O O sorteio foi realizado a partir da verificação do total geral de residências, do total de telhados com inclinações N/S e L/O e da porcentagem que o total de cada uma das diferentes inclinações representa no todo. Foi utilizada a Amostragem Randômica Simples, em que as unidades particulares de amostragem são selecionadas usando números randômicos e todas as possíveis seleções de um dado número de unidades é igualmente possível. A zona residencial em questão possui 624 edificações de acordo com a imagem de satélite de janeiro de 2005 do Site Google Earth (acessada em janeiro de 2007). Das 624 edificações, 146 possuem telhado com sentido de inclinação N/S e 285 sentidos L/O. Estima-se que, até a data de realização das amostragens, tenha ocorrido um acréscimo no número de edificações e, dessa forma, o número total de edificações utilizado como base para amostragem deve ser de 685 residências (em termos estatísticos, esse número representa o tamanho da população finita). Empregando 98 a mesma porcentagem de acréscimo para cada tipo de inclinação de telhado, estimam-se 160 edificações com telhado N/S e 313 com telhado L/O. A determinação do número de edificações a serem amostradas (representativas da população finita, mas não representativa por sentido de inclinação de telhados), foi realizada considerando amostragem aleatória simples, com um nível de 95% de confiança e uma margem de erro de 5%. Considerando a obtenção de duas amostras em cada uma das residências com telhados inclinados, sendo uma para cada inclinação, os totais de amostras devem ser: 112 amostras de sedimentos de telhados N/S e 228 amostras de telhados L/O, totalizando 340 amostras de sedimentos: - telhados com inclinações Norte e Sul: 56 número de amostras: 112 - telhados com inclinação Leste e Oeste: 114 número de amostras: 228 A identificação de todas as amostras deve ser de acordo com rua, número da edificação e sentido da inclinação do telhado. 3.3.4 Definição da Área de Amostragem em Blocos A área de amostragem foi dividida em três blocos com o uso de imagens de satélite obtidas através do Google Earth (acessadas em dezembro de 2007), sendo assim chamados de bloco1, bloco 2 e bloco 3 para facilitar a logística da coleta. Figura 01: Imagem de exemplo da divisão dos blocos Fonte: GOOGLE EARTH, 2007 Bloco 1 . Bloco 2 Bloco 3 99 Foi realizado um estudo através de imagens de satélite, e em imagens do Google Earth para contagem do total e numeração das residências e como identificação dos diferentes sentidos de inclinações dos telhados. Esse estudo foi acompanhado por levantamentos ´in loco´ e pelo uso dos programas Idrisi, ArcView e Cartalinx referentes ao geoprocessamento e georreferenciamento das residências. A contagem das residências com telhados de inclinação Norte/Sul e Leste/Oeste foi encaminhada para tratamento estatístico e definição das residências a serem amostradas. As imagens de satélite das residências amostradas, de cada um dos blocos, encontram-se em um banco de dados do trabalho realizado. 3.3.5 Plano Amostral O plano amostral está construído em duas etapas - as edificações que farão parte da coleta de dados, estão distribuídas de acordo com a seguinte distribuição: - A primeira etapa da amostragem constitui-se na estratificação das 425 edificações que compõem a população-alvo deste estudo em dois grupos, de acordo com o tipo de inclinação do telhado (N/S e L/O) conforme é apresentado no quadro a seguir: Quadro 12 - Estratificação das edificações de acordo com o tipo de inclinação do telhado Característica População (N) Amostra (n) Norte-Sul(N/S) 151 56 Leste-Oeste (L/O) 274 114 Total 425 170 * Amostra calculada considerando um erro máximo de estimação de 5% - A segunda etapa da amostragem constitui-se do sorteio das unidades amostrais (edificações a serem pesquisadas) dentro de cada estrato gerado (tipo de inclinação do telhado), por processo de seleção aleatória simples realizada através do uso de sorteio sem reposição. Para cada tipo de inclinação foi realizado um sorteio independente das unidades amostradas. A seguir estão apresentadas as unidades amostrais que foram selecionadas dentro de cada um dos estratos. Todas as residências do local do estudo, depois de numeradas uma a uma e identificadas de acordo com as inclinações de seus telhados através de imagem, 100 participaram do sorteio por estrado, e, de acordo com o número de residências a ser amostrada por estrato, o plano foi definido segundo o que segue: Estrato N/S: Quadro 13 - Unidades amostrais sorteadas para o estrato Norte-Sul (N=151). Unidades Amostrais (n=56) Reserva 1 18 32 55 105 137 5 3 19 33 71 109 140 37 6 22 38 73 100 142 40 7 23 39 79 110 143 46 8 25 43 80 112 144 56 9 26 45 86 117 145 61 10 27 47 88 118 148 66 11 28 48 94 121 151 84 15 29 49 95 130 116 16 30 50 99 135 133 Quadro do estrato L/O: Quadro 14 - Unidades amostrais sorteadas para o estrato Leste-Oeste (N=274) Unidades Amostrais (n=113) Reserva 1 16 42 61 88 123 147 172 196 217 235 266 4 2 17 43 63 89 124 148 177 197 218 236 267 8 3 21 44 64 92 125 152 179 198 219 240 270 37 5 24 47 69 103 127 154 183 199 222 241 53 6 27 48 71 109 128 156 185 205 223 244 75 9 29 51 72 112 131 161 188 208 226 252 86 10 31 52 74 116 136 163 190 210 228 258 113 12 35 55 83 117 139 167 193 211 232 260 142 14 38 57 85 121 141 168 194 213 233 261 186 15 41 60 87 122 143 171 195 216 234 263 272 Durante a realização do trabalho de campo para obtenção de autorização para realização das amostragens, em algumas das residências inicialmente sorteadas poderá não haver possibilidade de localização do responsável, ou ocorrer outro fato que inviabilize a coleta das amostras. Para o complemento das unidades amostrais 101 faltantes em cada segmento de telhado foi realizado sorteio com unidades extras, objetivando a substituição daquelas em que não for possível o acesso ao telhado, denominadas de reserva. Ainda assim, o número de reservas não sendo suficiente para a composição do número total de residências a serem amostrada para cada um dos estratos definidos, foi realizado um sorteio extra, cujo resultado é apresentado a seguir: Sorteio extra para residências com telhados N/S: Quadro 15 - Sorteio extra de unidades amostrais para o estrato Norte/Sul (N=151). 14 108 68 17 83 93 105 52 13 57 77 114 20 59 21 141 4 115 89 2 132 147 31 Sorteio extra para residências com telhados Leste/Oeste: Quadro 16 - Sorteio extra de unidades amostrais para o estrato Leste-Oeste (N=274). 23 254 54 253 191 19 119 264 230 273 239 99 243 182 132 108 100 149 68 269 138 145 18 227 257 184 209 249 7 80 45 176 130 66 274 50 32 39 95 30 162 245 96 259 178 No caso de número insuficiente de residências a serem amostradas, mesmo com o sorteio das unidades extras, como foi utilizado o critério de aleatoriedade fica estabelecido que a unidade complementar a ser amostrada dentro de cada estrato de tipo de telhado, será a residência vizinha localizada ao lado direito, caso nessa também não seja possível realizar a coleta, se optará pela residência vizinha do lado esquerdo. As residências que se enquadrarem neste caso deverão também receber códigos de acordo com as inclinações de seus telhados conforme aqueles recebidos pelas residências sorteadas para a continuidade e gestão das amostras. 3.3.6 Coleta, Armazenamento e Identificação das Amostras 3.3.6.1 Coleta A coleta das amostras deverá ser realizada com a utilização de espátulas de plástico, através de raspagem do material sedimentado numa quantidade de 102 aproximadamente 100 mg de material sólido ou semi-sólido e armazenadas em frasco pástico com rosca, de acordo com o que segue: - realização de inspeção visual do telhado; - verificação da existência de sedimentos de cor escura; - na ausência de sedimentos não realizar coleta, obter imagem do telhado e realizar anotação em planilha contendo o código de identificação da unidade; - na existência de apenas um (1) depósito realizar a coleta de amostra normalmente; - quando existir mais de um depósito, anotar em um papel as numerações dos sedimentos (conforme Figura 1) e realizar a coleta de amostras em cada uma das numerações; Figura 1 – Numeração dos sedimentos nos telhados. - a coleta de amostras quando houver mais de um depósito deverá ser realizada de maneira parcial e proporcional em cada uma das áreas representadas na Figura 1 e amplificadas na Figura 2, para composição da quantidade de material final especificada, de aproximadamente 100 mg; - o procedimento para coleta de amostras compostas pela amostragem de várias áreas com sedimentos em uma mesma superfície deverá ocorrer de acordo com o que está descrito e ilustrado a seguir: .enquadrar o sedimento num ―retângulo moldura‖ demarcado com a própria espátula de coleta; 103 .subdividir o ―retângulo moldura‖ em 9 retângulos idênticos com o uso da espátula; . traçar linhas diagonais de união entre as intersecções das linhas dos retângulos nos dois sentidos; Figura 2 – Amplificação da imagem do sedimento de número 1 enquadrado em ―retângulo moldura‖ e subdivisão do ―retângulo moldura‖ em 9 retângulos de área idêntica. Figura 3 – Traçado de linhas unindo os vértices diametralmente opostos dos 9 retângulos. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 104 . estabelecer pontos na intersecção das linhas diagonais traçadas, conforme é mostrado na Figura 3; . verificar os pontos de intersecção dos retângulos, que possuem sedimentos como é o caso dos pontos em vermelho nos retângulos de números 1, 5, 6 e 9; . realizar coleta de material para compor a amostra nos pontos de intersecção das linhas diagonais, representados pelos pontos em vermelho na Figura 3; . nos casos em que o ponto central dos retângulos não coincida com uma região que possui sedimento (como é o caso dos retângulos 2, 3, 4, 7 e 8), deverá ser realizado o deslocamento do ponto central, do retângulo em questão, em direção ao ponto central do retângulo central (5); quando realizado esse deslocamento, o ponto que imediatamente encontrar uma região que possui sedimento, deverá ser objeto da coleta de amostra. 3.4.6.2 Armazenamento das amostras O armazenamento das amostras deverá ser realizado em frasco plástico com tampa de rosca, de forma totalmente cilíndrica, sem estrangulamentos que possam agir como obstáculo á seu armazenamento e à sua retirada parcial para a composição dos lotes que serão enviados à MEV/EDS. 3.3.6.3 Identificação das Amostras A identificação das amostras deverá ser realizada com o uso de caneta de retroprojetor, de acordo com o código que a identifica, no qual está incluída a informação sobre a orientação da inclinação. A área com a identificação da amostra deverá ser protegida com fita adesiva para segurança de permanência da identificação. 105 3.3.6.4 Observações: As amostragens não serão realizadas durante dias em que ocorram precipitações pluviométricas, para evitar que a ´lavagem´ dos telhados provocada pela chuva conduza à não validade da amostra; deve ser aguardado o período de 02 dias sem chuvas, para o posterior início ou reinício das amostragens. O material a ser encaminhado para a MEV/EDS deverá ser colocado em frasco igual àquele de armazenamento das amostras, numa quantidade de aproximadamente 50 mg. Os frascos encaminhados deverão conter as mesmas informações sobra a amostra quando de sua obtenção. As pás utilizadas para a obtenção das amostras deverão ser armazenadas em recipiente ou embalagem para seu descarte adequado, não podendo ser usadas para mais de uma amostragem. As amostras a serem encaminhadas para a MEV/EDS deverão ser retiradas do frasco original com o uso do mesmo tipo de espátulas utilizadas para a amostragem, as quais também deverão ser encaminhadas para descarte após cada uso. O volume restante de amostras nos frascos de sua obtenção deverão permanecer identificados e armazenados para compor material de arquivo. necessidade. Deverão ser obtidas imagens das amostragens através do uso de câmera fotográfica, apresentando os diferentes tipos de cobertura das edificações. Para fins de comparação visual, realizar levantamento fotográfico de telhados existentes em outras áreas, o que está apresentado no Anexo. 3.3.7 Monitoramento Meteorológico Durante a realização das amostragens, foi realizado o monitoramento de parâmetros meteorológicos, através uma estação meteorológica automática (29º 52´ S; 51º 08´ W) . Foi obtida a rosa-dos-ventos da região, através de informações com origem no aeroporto internacional Salgado Filho, situado em Porto Alegre. As informações meteorológicas serão utilizadas para indicações interpretações dos resultados das análises efetuadas nas amostras obtidas. e 106 3.3.8 Análise Qualitativa das Amostras A análise qualitativa da presença dos elementos Al, Si, K, Fe, Na, Mg, Ca, Ti, Mo, P, Zn e V nas amostras de cada uma das diferentes inclinações, será realizada através de varredura por Microscopia Eletrônica acoplada a espectrômetro de energia dispersiva, para o conhecimento dos elementos que compõem cada uma das amostras obtidas. O equipamento utilizado para a varredura possui as seguintes características: Alta voltagem: 0.2 a 30 kV Resolução: Com LaB6 = 3.0 nm Com W = 4.0 nm Magnificação: 10 X a 400.000 X Lente objetiva: pré-centrada mecanicamente Foco: 2,5 nm a 100 nm FWD Movimentos do espécime: x = 20 mm, y = 20 mm, rotação = nx 360º Análise Química por EDS (EDAX): Energy Dispersive X-ray Imagens armazenadas em arquivos TIF ou fotografadas em filme 35 mm. 3.3.9 Comparação entre Resultados A comparação dos resultados será realizada entre as diferentes inclinações amostradas e a presença dos elementos Al, Si, K, Fe, Na, Mg, Ca, Ti, Mo, P, Zn e V nos seus sedimentos, com a utilização de dados das direções do vento ocorridas durante a realização das amostragens e das informações dos ventos predominantes na região. Às comparações entre diferentes faces de exposição deverão ser aplicados testes estatísticos para a interpretação dos resultados obtidos. 107 CAPÍTULO 4 RESULTADOS 4.1 RESULTADOS MEV/EDS As amostras de material sedimentado em superfícies sólidas foram encaminhadas em lotes para análise através de MEV/EDS, cujos resultados da presença de sedimentos e neles, dos elementos químicos que os compõem, estão agrupados em tabelas de acordo com o que segue: - tabelas com resultados de amostras coletadas em cada uma das duas inclinações, Norte (N) e Sul(S), dos telhados de residências com orientação Norte / Sul (N/S); - tabelas com resultados de amostras coletadas na inclinação Norte (N) das residências cujos telhados tem orientação Norte / Sul (N/S); - tabelas com resultados de amostras coletadas na inclinação Sul (S) das residências cujos telhados tem orientação Norte / Sul (N/S); - tabelas com resultados de amostras coletadas em cada uma das duas inclinações, Leste (L) e Oeste(O), dos telhados de residências com orientação Leste / Oeste (L/O); Em cada uma das tabelas apresentadas, consta o que segue: - código da residência: refere-se ao código da residência amostrada, gerado no sorteio estatístico realizado (a partir de imagens de satélite de toda a área, identificação das orientações do telhado de cada uma das residências, quantificação das residências com telhados de orientação Norte/Sul, Leste/Oeste e sem orientação definida (S/D) e numeração das residências acompanhada pela designação N/S, L/O e S/D); cada uma das inclinações recebeu N ou S acrescentado ao código de sua amostra, de acordo com a inclinação a que se refere, o mesmo procedimento foi efetuado para as residências com telhados de orientação L/O. Observação: quando uma residência reserva*, foi acrescentada a letra R ao código da residência; - Inclinação do telhado: refere-se ao sentido ao qual o telhado é inclinado, N, S, L, O ou SD (sem inclinação definida); 108 - Código da amostra: referencia que permite identificar à qual residência pertence a amostra e à qual das inclinações do telhado; - Elementos Químicos, refere-se a presença de cada o elemento químico presente na amostra;; * quando ocorreu a impossibilidade de realizar amostragem em residência sorteada, por não permissão do morador ou por não haver moradores na residência, houve a substituição por aquelas sorteadas previamente como reserva para cada tipo de orientação de telhado, de acordo com aquela que não pode ser amostrada; O agrupamento em tabelas de acordo com o que foi descrito anteriormente, tem a finalidade de proporcionar uma melhor visualização dos resultados obtidos para as diferentes orientações das superfícies de deposição, permitindo uma melhor comparação de resultados entre as diferentes inclinações e sua interpretação em relação às direções do vento, que é o agente responsável pela transferência do material particulado na interface atmosfera/superfície, e assim, à sua deposição. Como complementação dos estudos realizados e como base de informações, são apresentados no Anexo, as imagens dos resultados gráficos da MEV/EDS e listagem de empreendimentos potencialmente geradores de emissões de material particulado no entorno da área de estudo, com as suas respectivas coordenadas geográficas. Um banco de informações do trabalho está composto pelas imagens fotográficas obtidas dos telhados amostrados, das imagens de satélite com as residências numeradas para a realização do sorteio, das imagens com blocos compostos pelas residências sorteadas, informações adicionais sobre os telhados amostrados e imagens de satélite com a localização de alguns empreendimentos potencialmente geradores de emissões atmosféricas no entorno da área do estudo. A contabilização das residências que tiveram seus telhados amostrados é a que segue: - Residências com telhados de orientação N/S: 56 Número de amostras obtidas e analisadas: 112 - Residências com telhados de orientação L/O: 114 Número de amostras obtidas e analisadas: 228 - Total de Residências amostradas: 170 - Total de amostras obtidas: 340 109 Os resultados das varreduras realizadas são apresentados nas tabelas 02 a 07, apresentadas a seguir: 110 RESULTADOS MEV/EDS REALIZADA EM AMOSTRAS COLETADAS EM TELHADOS COM INCLINAÇÕES NORTE/SUL. Código Inclinação 001 N/S aaa 003 N/S aab 005 N/S-Raac 007 N/S aad 008 N/S aaf 009 N/S aag 011 N/S aah 015 N/S aai 016 N/S aaj 018 N/S aak 019 N/S aal 022 N/S aam x Presença do elemento N S N S N S N S N S N S N S N S N S N S N S N S Tabela 02– Presença de Elementos nas Inclinações Norte/Sul. Elementos Químicos Presentes Código Amostra O Al Si K Fe Na Mg Ca Ti 1N/S(N) x x x x x x x x x 1N/S(S) x x x x x x x x x 3NA x x x x x x x x x 3SA x x x x x x x x x 5N/S(N) x x x x x x x x x 5N/S(S) x x x x x x x x x 7N/S(N) x x x x x x x x x 7N/S(S) 8N/S(N) x x x x x x x x x 8N/S(S) x x x x x x x x x 9N/X(N) 9N/S(S) 11N/S(N) x x x x x x x 11N/S(S) x x x x x x x 15N/S(N) x x x x x x x 15N/S(S) x x x x x x x 16N/S(N) 16N/S(S) x x x x x x x x 18N/S(N) x x x x x x x x 18N/S(S) x x x x x x x x 19N/S(N) x x x x x x x x 19N/S(S) x x x x x x x x 22N/S(N) x x x x x x x x 22N/S(S) x x x x x x x - Ausência do elemento Sem sedimentos Mo x x x x x x x P x x x x x x x Zn x x x x x x x Ag x x x x x x x x x - - - x - - - - x x - x - - - 111 RESULTADOS MEV/EDS, REALIZADA EM AMOSTRAS COLETADAS EM TELHADOS COM INCLINAÇÃO NORTE/SUL. continuação Código Elementos Químicos Presentes Fe Na Mg Ca Ti x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x - Inclinação Código Amostra N S N S N S N S N S N S N S N S N S N S N S N S 23N/S(N) 23N/S(S) 25N/S(N) 25N/S(S) 26N/S(N) 26N/S(S) O x x x x x x Al x x x x x x Si x x x x x x K x x x x x x 30N/S(N) 30N/S(S) 38N/S(N) 38N/S(S) 39N/S(N) 39N/S(S) 40N/S-R(N) 40N/S-R(S) 43N/S(N) 43N/S(S) 46N/S-R(N) 46N/S-R(S) 47N/S(N) x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x - x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x 50N/S(N) 50N/S(S) x x x x x x x x x x - x x x x 023 N/Saan 025 N/Saap 026 N/Saap 028 N/Saaq 030 N/Saar 038 N/Saas 039 N/Saat 040 N/SRaau 043 N/Saav 046 N/SRaax 047 N/Saay 050 N/Saaz x Presença do elemento - Ausência do elemento Sem sedimentos Mo - P - Zn - Ag - x x x x x x x x x x x x x x - x - x - x x - - - - 112 RESULTADOS MEV/EDS,REALIZADA EM AMOSTRAS COLETADAS EM TELHADOS COM INCLINAÇÃO NORTE/SUL. continuação Código 055 N/Saba 056 N/S-Rabcvvvv 059 N/S abd 071 N/S abe 073 N/S abf 084 N/S abg 086 N/S abh 088 N/S abi 094 N/S abj 095 N/S abk 099 N/S abl 100 N/S abm x Presença do elemento Inclinação N S N S N S N S N S N S N S N S N S N S N S N S Código Amostra 55N/S(N) 55N/S(S) 56N/S-R(N) 56N/S-R(S) 59N/S(N) 59N/S(S) 71N/S(N) 71N/S(S) 73N/S(N) 73N/S(S) 84N/S(N) 84N/S(S) 86N/S(N) 86N/S(S) 88N/S(N) 88N/S(S) 94N/S(N) 94N/S(S) 95N/S(N) 95N/S(S) 99N/S(N) 99N/S(S) 100N/S(N) 100N/S(S) - Ausência do elemento O x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x Al x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x Sem sedimentos Si x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x K x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x Elementos Químicos Presentes Fe Na Mg Ca Ti Mo x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x - P - Zn - Ag - 113 RESULTADOS MEV/EDS , REALIZADA EM AMOSTRAS COLETADAS EM TELHADOS COM INCLINAÇÃO NORTE/SUL. continuação Código 105 N/S abn 109 N/Sabo 110 N/Sabp 112 N/Sabq 116 N/S-Rabr 118 N/Sabs 121 N/Sabt 127 N/Sabu 135 N/Sabv 137 N/Sabx 140 N/Saby 141 N/Sabz x Presença do elemento Inclinação N S N S N S N S N S N S N S N S N S N S N S N S Código Amostra 105N/S(N) 105N/S(S) 109N/S(N) 109N/S(S) 110N/S(N) 110N/S(S) 112N/S(N) 112N/S(S) 116N/S-R(N) 116N/S-R(S) 118N/S(N) 118N/S(S) 121N/S(N) 121N/S(S) 127N/S(N) 127N/S(S) 135N/S(N) 135N/S(S) 137N/S(N) 137N/S(S) 140N/S(N) 140N/S(S) 141N/S(N)_A 141N/S(S) - Ausência do elemento O x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x Al x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x Sem sedimentos Si x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x K x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x Elementos Químicos Presentes Fe Na Mg Ca Ti Mo x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x - P - Zn - Ag - 114 RESULTADOS MEV/EDS, REALIZADA EM AMOSTRAS COLETADAS EM TELHADOS COM INCLINAÇÕES NORTE/SUL. Código Inclinação Código Amostra N S N S N S N S N S N S N S N S 143N/S(N) 143N/S(S) 144N/S(N) 144N/S(S) 15N/S(N) 15N/S(S) O x x x x x x Al x x x x x x Si x x x x x x K x x x x x x 152N/S(N) 152N/S(S) 153N/S-R(N) 153N/S-R(S) 154N/S-R(N) 154N/S-R(S) 155N/S-R(N) 155N/S-R(S) x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x 143 N/Saca 144 N/Sacb 145 N/Sacc 148 N/Sacd 152 N/Sace 153 N/S-Racf 154 N/S-Racg 155 N/S-Rach x Presença do elemento - Ausência do elemento Sem sedimentos Elementos Químicos Presentes Fe Na Mg Ca Ti x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x - x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x Mo - P - Zn - Ag - x x x x x x - x - - 115 RESULTADOS MEV/EDS, REALIZADA EM AMOSTRAS COLETADAS EM TELHADOS COM INCLINAÇÕES NORTE/SUL. TELHADOS COM INCLINAÇÃO NORTE. Código Inclinação 001N/S 003 N/S 005 N/S-R 007 N/S 008 N/S 009 N/S 011 N/S 015 N/S 016 N/S 018 N/S 019 N/S 022 N/S 023 N/S 025 N/S 026 N/S 028 N/S 030 N/S 038 N/S 039 N/S 040 N/S-R 043 N/S 046 N/S-R 047 N/S N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N x Presença do elemento Tabela 03 - Presença de Elementos na Inclinação N. Elementos Químicos Código Amostra O Al Si K Fe Na Mg Ca x x x x x x 1N/S(N) x x x x x x x x 3NA x x x x x x x 5N/S-R(N) x x x x x x x 7NA x x x x x x x 8N/S(N) Ti x x x x x Mo x x P - Zn - Ag - 11N/S(N) 15N/S(N) x x x x x x x x x x - x x x x x x - - - - 18N/S(N) 19N/S(N) 22N/S(N) 23N/S(N) 25N/S(N) 26N/S(N) x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x - x x x x x x x x x x x x x x x x x - - - - - 30N/S(N) 38N/S(N) 39N/S(N) 40N/S-R(N) 43N/S(N) 46N/S-R(N) 47N/S(N) x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x - x x x x x x x x x x x x x x x x x x x - x - - x x x - Ausência do elemento Sem sedimentos 116 MEV/EDS, REALIZADA EM AMOSTRAS COLETADAS EM TELHADOS COM INCLINAÇÃO NORTE/SUL. TELHADOS COM INCLINAÇÃO NORTE. continuação Código Inclinação Código Amostra 050 N/S 055 N/S 056 N/S-R 059 N/S 071 N/S 073 N/S 084 N/S 086 N/S 088 N/S 094 N/S 095 N/S 099 N/S 100 N/S 105 N/S 109 N/S 110 N/S 112 N/S 116 N/S-R 118 N/S 121 N/S 127 N/S 135 N/S 137 N/S 140 N/S 141 N/S N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N 50N/S(N) 55N/S(N) 56N/S-R(N) 59N/S(N) 71N/S(N) 73N/S(N) 84N/S(N) 86N/S(N) 88N/S(N) 94N/S(N) 95N/S(N) 99N/S(N) 100N/S(N) 105N/S(N) 109N/S(N) 110N/S(N) 112N/S(N) 116N/S-R(N) 118N/S(N) 121N/S(N) 127N/S(N) 135N/S(N) 137N/S(N) 140N/S(N) 141N/S(N)_A x Presença do elemento - Ausência do elemento O x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x Al x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x Si x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x K x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x Sem sedimentos Elementos Químicos Presentes Fe Na Mg Ca Ti x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x Mo x x x x x x - P - Zn - Ag - 117 RESULTADOS MEV/EDS , REALIZADA EM AMOSTRAS COLETADAS EM TELHADOS COM INCLINÇÃO NORTE/SUL. TELHADOS COM INCLINAÇÃO NORTE. continuação Código Inclinação Código Amostra 143 N/S 144 N/S 148 N/S 145 N/S 152 N/S 153 N/S-R 154 N/S-R 155 N/S-R N N N N N N N N x Presença do elemento 143N/S(N) 144N/S(N) O x x Al x x Si x x K x x 15N/S(N) 152N/S(N) 153N/S-R(N) 154N/S-R(N) 155N/S-R(N) x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x - Ausência do elemento Sem sedimentos Elementos Químicos Presentes Fe Na Mg Ca Ti x x x x x x x x x x x x - x x x x x x x x x x x x Mo - P - x x - x - Zn - Ag - x - - 118 RESULTADOS MEV/EDS, REALIZADA EM AMOSTRAS COLETADAS EM TELHADOS COM INCLINAÇÕES NORTE/SUL. TELHADOS COM INCLINAÇÃO SUL. Código Inclinação 001N/S 003 N/S 005 N/S-R 007 N/S 008 N/S 009 N/S 011 N/S 015 N/S 016 N/S 018 N/S 019 N/S 022 N/S 023 N/S 025 N/S 026 N/S 028 N/S 030 N/S 038 N/S 039 N/S 040 N/S-R 043 N/S 046 N/S-R 047 N/S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S x Presença do elemento Tabela 04 - Presença de elementos na inclinação Sul. Elementos Químicos Presentes Código Amostra O Al Si K Fe Na Mg Ca Ti x x x x x x 1N/S(S) x x x x x x x x x x 3SA x x x x x x x 5N/S(S) x Mo - P - Zn - Ag - 8N/S(S) x x x x x - x x x x - - - 11N/S(S) 15N/S(S) 16SA 18N/S(S) 19N/S(S) 22N/S(S) 23N/S(S) 25N/S(S) 26N/S(S) x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x - x x x - x - - - 30N/S(S) 38N/S(S) 39N/S(S) 40N/S-R(S) 43N/S(S) 46N/S-R(S) x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x - x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x - - x - - - Ausência do elemento Sem sedimentos 119 RESULTADOS MEV/EDS, REALIZADA EM AMOSTRAS COLETADAS EM TELHADOS COM INCLINAÇÕES NORTE/SUL. TELHADOS COM INCLINAÇÃO SUL. continuação Código Inclinação 050 N/S 055 N/S 056 N/S-R 059 N/S 071 N/S 073 N/S 084 N/S 086 N/S 088 N/S 094 N/S 095 N/S 099 N/S 100 N/S 105 N/S 109 N/S 110 N/S 112 N/S 116 N/S-R 118 N/S 121 N/S 127 N/S 135 N/S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S x Presença do elemento Código Amostra 50N/S(S) 55N/S(S) 56N/S-R(S) 59N/S(S) 71N/S(S) 73N/S(S) 84N/S(S) 86N/S(S) 88N/S(S) 94N/S(S) 95N/S(S) 99N/S(S) 100N/S(S) 105N/S(S) 109N/S(S) 110N/S(S) 112N/S(S) 116N/S-R(S) 118N/S(S) 121N/S(S) 127N/S(S) 135N/S(S) O x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x - Ausência do elemento Al x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x Si x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x K x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x Sem sedimentos Elementos Químicos Presentes Fe Na Mg Ca Ti x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x - Mo x x x x x x x x P - Zn - Ag - 120 RESULTADOS MEV/EDS, REALIZADA EM AMOSTRAS COLETADAS EM TELHADOS COM INCLINAÇÃO NORTE/SUL. TELHADOS COM INCLINAÇÃO SUL. continuação Código Inclinação 137 N/S 140 N/S 141 N/S 143 N/S 144 N/S 145 N/S 148 N/S 152 N/S 153 N/S-R 154 N/S-R 155 N/S-R 156 N/S-R S S S S S S S S S S S S x Presença do elemento Código Amostra 137N/S(S) 140N/S(S) 141N/S(S) 143N/S(S) 144N/S(S) 15N/S(S) O x x x x x x Al x x x x x x Si x x x x x x K x x x x x x 152N/S(S) 153N/S-R(S) 154N/S-R(S) 155N/S-R(S) 156N/S-R(S) x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x - Ausência do elemento Sem sedimentos Elementos Químicos Presentes Fe Na Mg Ca Ti x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x - x x x x x x x x x x x - Mo x - P - Zn - Ag - x x - x - x - - 121 RESULTADOS MEV/EDS, REALIZADA EM AMOSTRAS COLETADAS EM TELHADOS COM INCLINAÇÃO LESTE / OESTE. Tabela 05 – Presença de Elementos nas Inclinações Leste /Oeste Código Inclinação Código Amostra L O L O L O L O L O L O L O L O L O L O L O 1LA 1OA 4LRA 4OA 5L/O(L) 5L/O(O) 9L/O(L) 9L/O(O) 10L/O(L) 10L/O(O) 12LA 12OA 13LA 13OA 14L/O(L) 14L/O(O) 18L/O(L) 18L/O(O) 19L/O(L) 19L/O(O) 21L/O(L) 21L/O(O) 001 L/O 004 L/O-R 005 L/O 009 L/O 010 L/O 012 L/O 013 L/O 014 L/O 018 L/O 019 L/O 021 L/O x Presença do elemento - Ausência do elemento V - O x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x Al x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x Si x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x Sem sedimentos K x x x x x x x x x x x x x x x x x Elementos Químicos % Fe Na Mg Ca x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x Ti x x x x x x x x x x x - Mo x x x x - P x x - Zn x - Ag - 122 RESULTADOS MEV/EDS, REALIZADA EM AMOSTRAS COLETADAS EM TELHADOS COM INCLINAÇÃO LESTE / OESTE. continuação Código Inclinação Código Amostra L O L O L O L O L O L O L O L O L O L O L O L O L O 21L/O(L) 21L/O(O) 24L/O(L) 24L/O(O) 29L/O(L) 29L/O(O) 30L/O(L) 30L/O(O) 31L/O(L) 31L/O(O) 35L/O(L) 35L/O(O) 37L/O-R(L) 37L/O-R(O) 38L/O(L) 38L/O(O) 43L/O(L) 43L/O(O) 44L/O(L) 44L/O(O) 45L/O(L) 45L/O(O) 47L/O(L) 47L/O(O) 48L/O(L) 48L/O(O) 023 L/O 024 L/O 029 L/O 030 L/O 031 L/O 035 L/O 037 L/O-R 038 L/O 043 L/O 044 L/O 045 L/O 047 L/O 048 L/O x Presença do elemento - Ausência do elemento V - O x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x Al x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x Si x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x Sem sedimentos K x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x Elementos Químicos % Fe Na Mg Ca x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x Ti x x x x x x x x x x x x x x x Mo x x x x x x P x - Zn x - Ag - 123 RESULTADOS MEV/EDS, REALIZADA EM AMOSTRAS COLETADAS EM TELHADOS COM INCLINAÇÃO LESTE / OESTE. continuação Código Inclinação Código Amostra L O L O L O L O L O L O L O L O L O L O L O L O L O 051 L/O 052 L/O 055 L/O 057 L/O 060 L/O 061 L/O 063 L/O 064 L/O 069 L/O 074 L/O 085 L/O 086 L/O-R 087 L/O x Presença do elemento 51L/O(L) 51L/O(O) 52L/O(L) 52L/O(O) 55L/O(L) 55L/O(O) 57L/O(L) 57L/O(O) V - O x x x x x x x x Al x x x x x x x x Si x x x x x x x x K x x x x x x x x 61L/O(L) 61L/O(O) 63L/O(L) 63L/O(O) 64L/O(L) 64L/O(O) 69L/O(L) 69L/O(O) 74L/O(L) 74L/O(O) 85L/O(L) 85L/O(O) 86L/O-R(L) 86L/O-R(O) - x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x - Ausência do elemento Sem sedimentos Elementos Químicos % Fe Na Mg Ca x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x - x x x x x x x x x x x x x x x x - x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x Ti x x x x x x x x Mo x x x P x x - Zn - Ag - x x x x x x x x x x x x - x x - x - - 124 RESULTADOS MEV/EDS, REALIZADA EM AMOSTRAS COLETADAS EM TELHADOS COM INCLINAÇÃO LESTE / OESTE. continuação Código Inclinação Código Amostra L O L O L O L O L O L O L O L O L O L O L O L O L O 88L/O(L) 88L/O(O) 89L/O(L) 89L/O(O) 96L/O(L) 96L/O(O) 103L/O(L) 103L/O(O) 109L/O(L) 109L/O(O) 116L/O(L) 116L/O(O) 117L/O(L) 117L/O(O) 119L/O(L) 119L/O(O) 12L/O(L) 12L/O(O) 123L/O(L) 123L/O(O) 124L/O(L) 124L/O(O) 125L/O(L) 125L/O(O) 127L/O(L) 127L/O(O) 088 L/O 089 L/O 096 L/O 103 L/O 109 L/O 116 L/O 117 L/O 119 L/O 121 L/O 123 L/O 124 L/O 125 L/O 127 L/O x Presença do elemento - Ausência do elemento V - O x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x Al x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x Si x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x Sem sedimentos K x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x Elementos Químicos % Fe Na Mg Ca x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x Ti x x x x x x x x x x x x x x x Mo x x x x x x x x x x x x - P x x x - Zn - Ag - 125 RESULTADOS MEV/EDS, REALIZADA EM AMOSTRAS COLETADAS EM TELHADOS COM INCLINAÇÃO LESTE / OESTE. continuação Código Inclinação Código Amostra L O L O L O L O L O L O L O L O L O L O L O L O L O 131 L/O 136 L/O 138 L/O 141 L/O 142 L/O-R 143 L/O 145 L/O 147 L/O 152 L/O 154 L/O 156 L/O 163 L/O 167 L/O x Presença do elemento 131L/O(L) 131L/O(O) 136L/O(L) 136L/O(O) V - O x x x x Al x x x x Si x x x x K x x x x 141L/O(L) 141L/O(O) 142L/O-R(L) 142L/O-R(O) 143L/O(L) 143L/O(O) 145L/O(L) 145L/O(O) 147L/O(L) 147L/O(O) 152L/O(L) 152L/O(O) 154L/O(L) 154L/O(O) 156L/O(L) 156L/O(O) 163L/O(L) 163L/O(O) 167L/O(L) 167L/O(O) - x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x - Ausência do elemento Sem sedimentos Elementos Químicos % Fe Na Mg Ca x x x x x x x x x x x x - x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x - x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x Ti x - Mo - P - Zn - Ag - x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x - - x - 126 RESULTADOS MEV/EDS, REALIZADA EM AMOSTRAS COLETADAS EM TELHADOS COM INCLINAÇÃO LESTE / OESTE. continuação Código Inclinação Código Amostra L O L O L O L O L O L O L O L O L O L O L O L O L O 168 L/O 171 L/O 6 172 L/O 176 L/O 179 L/O 183 L/O 185 L/O 186 L/O-R 190 L/O 191 L/O 195 L/O 196 L/O 198 L/O x Presença do elemento Elementos Químicos % Fe Na Mg Ca x x x - 168L/O(L) 168L/O(O) V - O x x Al x x Si x x K x x 172L/O(L) 172L/O(O) 176L/O(L) 176L/O(O) 179L/O(L) 179L/O(O) 183L/O(L) 183L/O(O) 185L/O(L) 185L/O(O) 186L/O-R(L) 186L/O-R(O) 190L/O(L) 190L/O(O) - x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x - x x x x x x x x x x x 195L/O(L) 195L/O(O) 196L/O(L) 196L/O(O) 198L/O(L) 198L/O(O) - x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x - x x x x - Ausência do elemento Sem sedimentos Ti - Mo x - P x - Zn - Ag - x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x - x x - x - - - x x x x x x x x x x - - - - - 127 RESULTADOS MEV/EDS, REALIZADA EM AMOSTRAS COLETADAS EM TELHADOS COM INCLINAÇÃO LESTE / OESTE. continuação Código Inclinação Código Amostra L O L O L O L O L O L O L O L O L O L O L O L O L O 199L/O(L) 199L/O(O) 208L/O(L) 208L/O(O) 208L/O(L) 208L/O(O) 211L/O(L) 211L/O(O) 218L/O(L) 218L/O(O) 216L/O(L) 216L/O(O) 217L/O(L) 217L/O(O) 218L/O(L) 218L/O(O) 223L/O(L) 223L/O(O) 226L/O(L) 226L/O(O) 228L/O(L) 228L/O(O) 233L/O(L) 233L/O(O) 234L/O(L) 234L/O(O) 199 L/O 208 L/O 210 L/O 211 L/O80 213 L/O 216 L/O 217 L/O 218 L/O 223 L/O 226 L/O 228 L/O 233 L/O 234 L/O x Presença do elemento - Ausência do elemento V - O x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x Al x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x Si x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x Sem sedimentos K x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x Elementos Químicos % Fe Na Mg Ca x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x Ti x x x x x x x x x x x x x x x Mo x x x x x x - P x - Zn x x - Ag - 128 RESULTADOS MEV/EDS, REALIZADA EM AMOSTRAS COLETADAS EM TELHADOS COM INCLINAÇÃO LESTE / OESTE. continuação Código Inclinação Código Amostra L O L O L O L O L O L O L O L O L O L O L O L O L O 235 L/O 239 L/O 240 L/O 241 L/O 243 L/O 244 L/O 245 L/O 252 L/O 254 L/O 259 L/O 260 L/O 263 L/O 264 L/O x Presença do elemento 235L/O(L) 235L/O(O) 239L/O(L) 239L/O(O) 240L/O(L) 240L/O(O) 241L/O(L) 241L/O(O) 243L/O(L) 243L/O(O) V - O x x x x x x x x x x Al x x x x x x x x x x Si x x x x x x x x x x K x x x x x x x x x x 245L/O(L) 245L/O(O) 252L/O(L) 252L/O(O) 254L/O(L) 254L/O(O) 259L/O(L) 259L/O(O) 260L/O(L) 260L/O(O) 263L/O(L) 263L/O(O) 264L/O(L) 264L/O(O) - x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x - Ausência do elemento Sem sedimentos Elementos Químicos % Fe Na Mg Ca x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x - x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x Ti x x x x x Mo x x x P - Zn x x - Ag - x x x x x x x x x x x x x - x x - x x - - 129 RESULTADOS MEV/EDS, REALIZADA EM AMOSTRAS COLETADAS EM TELHADOS COM INCLINAÇÃO LESTE / OESTE. continuação Código Inclinação Código Amostra L O L O L O L O L O L O L O L O L O L O L O L O 266L/O(L) 266L/O(O) 270L/O(L) 270L/O(O) 272L/O(L) 272L/O(O) 273L/O(L) 273L/O(O) 274L/O(L) 274L/O(O) 275L/O(L) 275L/O(O) 276L/O-R(L) 276L/O-R(O) 277L/O-R(L) 277L/O-R(O) 278L/O-R(L) 278L/O-R(O) 279L/O-R(L) 279L/O-R(O) 280L/O-R(L) 280L/O-R(O) 281L/O-R(L) 281L/O-R(O) 266 L/O 270 L/O 272 L/O-R 273 L/O 274 L/O 275 L/O 276 L/O-R 277 L/O-R 278 L/O-R 279 L/O-R 280 L/O-R 281 L/O-R x Presença do elemento - Ausência do elemento V - O x x x x x x x x x x x Al x x x x x x x x x x x Si x x x x x x x x x x x K x x x x x x x x x x - x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x Sem sedimentos Elementos Químicos % Fe Na Mg Ca x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x - x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x Ti x x x x - Mo x x - P x x - Zn - Ag - x x x x x x x - x x x x x x x - - - 130 RESULTADOS MEV/EDS, REALIZADA EM AMOSTRAS COLETADAS EM TELHADOS COM INCLINAÇÃO LESTE / OESTE. TELHADOS COM INCLINAÇÃO LESTE. Tabela 06 – Presença de Elementos na Inclinação Leste Código Inclinação 004 L/O-R 005 L/O 009 L/O 010 L/O 012 L/O 013 L/O 014 L/O 018 L/O 019 L/O 021 L/O 023 L/O 024 L/O 029 L/O 030 L/O 031 L/O 035 L/O 037 L/O-R 038 L/O 043 L/O 044 L/O 045 L/O 047 L/O L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L x Presença do elemento Código Amostra 4LRA 5L/O(L) 9L/O(L) 10L/O(L) 12LA 13LA 14L/O(L) 18L/O(L) 19L/O(L) 21L/O(L) 21L/O(L) 24L/O(L) 29L/O(L) 30L/O(L) 31L/O(L) 35L/O(L) 37L/O-R(L) 38L/O(L) 43L/O(L) 44L/O(L) 45L/O(L) 47L/O(L) V - - Ausência do elemento O x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x Al x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x Si x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x Sem sedimentos K x x x x x x x x x x x x x x x x x x x Elementos Químicos % Fe Na Mg Ca x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x - Ti x x x x x x x x x x x x - Mo x x x - P - Zn - Ag - 131 RESULTADOS MEV/EDS, REALIZADA EM AMOSTRAS COLETADAS EM TELHADOS COM INCLINAÇÃO LESTE / OESTE. TELHADOS COM INCLINAÇÃO LESTE. continuação Código Inclinação 048 L/O 051 L/O 052 L/O 055 L/O 057 L/O 060 L/O 061 L/O 063 L/O 064 L/O 069 L/O 074 L/O 085 L/O 086 L/O-R 087 L/O 088 L/O 089 L/O 096 L/O 103 L/O 109 L/O 116 L/O 117 L/O 119 L/O 121 L/O 123 L/O L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L x Presença do elemento Elementos Químicos % Fe Na Mg Ca x x x x x x x x x x x x x x x - Código Amostra 48L/O(L) 51L/O(L) 52L/O(L) 55L/O(L) 57L/O(L) V - O x x x x x Al x x x x x Si x x x x x K x x x x x 61L/O(L) 63L/O(L) 64L/O(L) 69L/O(L) 74L/O(L) 85L/O(L) 86L/O-R(L) - x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x - x x x x x x 88L/O(L) 89L/O(L) 96L/O(L) 103L/O(L) 109L/O(L) 116L/O(L) 117L/O(L) 119L/O(L) 121L/O(L) 123L/O(L) - x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x - x x x x x x x x x x x x - x x x x x x x x - - Ausência do elemento Sem sedimentos Ti x x x x x Mo x - P x - Zn - Ag - x x x x x x x x x x x x x x - x - x - - x x x x x x x - x x x x x x - x x x - x - - - 132 RESULTADOS MEV/EDS, REALIZADA EM AMOSTRAS COLETADAS EM TELHADOS COM INCLINAÇÃO LESTE / OESTE. TELHADOS COM INCLINAÇÃO LESTE. continuação Código Inclinação 124 L/O 125 L/O 127 L/O 131 L/O 136 L/O 138 L/O 141 L/O 142 L/O-R 143 L/O 145 L/O 147 L/O 152 L/O 154 L/O 156 L/O 163 L/O 167 L/O 168 L/O 171 L/O 172 L/O 176 L/O 179 L/O 183 L/O 185 L/O 186 L/O-R L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L x Presença do elemento Elementos Químicos % Fe Na Mg Ca x x x x x x x x x x x x x Código Amostra 124L/O(L) 125L/O(L) 127L/O(L) 131L/O(L) 136L/O(L) V - O x x x x x Al x x x x x Si x x x x x K x x x x 141L/O(L) 142L/O-R(L) 143L/O(L) 145L/O(L) 147L/O(L) 152L/O(L) 154L/O(L) 156L/O(L) 163L/O(L) 167L/O(L) 168L/O(L) - x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x - x x x x x x x x x - 172L/O(L) 176L/O(L) 179L/O(L) 183L/O(L) 185L/O(L) 186L/O-R(L) - x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x - x x x x x - - Ausência do elemento Sem sedimentos Ti x x Mo x - P - Zn - Ag - x x x x x x x x x x - x x x x x x x - x x x x x x - - x x x x x x x x x x x x - - - 133 RESULTADOS MEV/EDS, REALIZADA EM AMOSTRAS COLETADAS EM TELHADOS COM INCLINAÇÃO LESTE / OESTE. TELHADOS COM INCLINAÇÃO LESTE. continuação Código Inclinação 191 L/O 190 L/O 195 L/O 196 L/O 198 L/O 199 L/O 208 L/O 210 L/O 211 L/O 213 L/O 216 L/O 217 L/O 218 L/O 223 L/O 226 L/O 228 L/O 233 L/O 234 L/O 235 L/O 239 L/O 240 L/O 241 L/O 243 L/O 244 L/O L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L x Presença do elemento Código Amostra V O Al Si K 190L/O(L) 195L/O(L) 196L/O(L) 198L/O(L) 199L/O(L) 208L/O(L) 208L/O(L) 211L/O(L) 218L/O(L) 216L/O(L) 217L/O(L) 218L/O(L) 223L/O(L) 226L/O(L) 228L/O(L) 233L/O(L) 234L/O(L) 235L/O(L) 239L/O(L) 240L/O(L) 241L/O(L) 243L/O(L) 244L/O(L) - x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x - x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x - x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x - x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x - - Ausência do elemento Sem sedimentos Elementos Químicos % Fe Na Mg Ca x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x - x x - x x x x x x x x x x x x x x x x x - x x x x x x x x x x x x x x x x x x - Ti Mo P Zn Ag x x x x x x x x x x x x - x x x x - x - x x - - 134 RESULTADOS MEV/EDS, REALIZADA EM AMOSTRAS COLETADAS EM TELHADOS COM INCLINAÇÃO LESTE / OESTE. TELHADOS COM INCLINAÇÃO LESTE. continuação Código Inclinação 245 L/O 252 L/O 254 L/O 259 L/O 260 L/O 263 L/O 264 L/O 266 L/O 270 L/O 272 L/O-R 273 L/O 274 L/O 275 L/O 276 L/O-R 277 L/O-R 278 L/O-R 279 L/O-R 280 L/O-R 281 L/O-R L L L L L L L L L L L L L L L L L L L x Presença do elemento Código Amostra 245L/O(L) 252L/O(L) 254L/O(L) 259L/O(L) 260L/O(L) 263L/O(L) 264L/O(L) 266L/O(L) 270L/O(L) 272L/O(L) 273L/O(L) 274L/O(L) 275L/O(L) 276L/O-R(L) 277L/O-R(L) 278L/O-R(L) 279L/O-R(L) 280L/O-R(L) 281L/O-R(L) V - - Ausência do elemento O x x x x x x x x x x x x x x x x x x x Al x x x x x x x x x x x x x x x x x x x Si x x x x x x x x x x x x x x x x x x x Sem sedimentos K x x x x x x x x x x x x x x x x x x Elementos Químicos % Fe Na Mg Ca x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x Ti x x x x x x x x x Mo x x x - P x x x - Zn x - Ag - 135 RESULTADOS MEV/EDS, REALIZADA EM AMOSTRAS COLETADAS EM TELHADOS COM INCLINAÇÃO LESTE / OESTE. TELHADOS COM INCLINAÇÃO OESTE. Tabela 07 – Presença de Elementos na Inclinação Oeste. Código Inclinação 001L/O 004 L/O-R 005 L/O 009 L/O 010 L/O 012 L/O 013 L/O 014 L/O 018 L/O 019 L/O 021 L/O 023 L/O 024 L/O 029 L/O 030 L/O 031 L/O 035 L/O 037 L/O-R 038 L/O 043 L/O 044 L/O 045 L/O 047 L/O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O x Presença do elemento Código Amostra 1OA 4OA 5L/O(O) 9L/O(O) 10L/O(O) 12OA 13OA 14L/O(O) 18L/O(O) 19L/O(O) 21L/O(O) 21L/O(O) 24L/O(O) 29L/O(O) 30L/O(O) 31L/O(O) 35L/O(O) 37L/O-R(O) 38L/O(O) 43L/O(O) 44L/O(O) 45L/O(O) 47L/O(O) V - - Ausência do elemento O x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x Al x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x Si x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x Sem sedimentos K x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x Elementos Químicos % Fe Na Mg Ca x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x - Ti x x x x x x x x x x x - Mo x x x - P x x - x x - x x - Zn x - Ag - 136 RESULTADOS MEV/EDS, REALIZADA EM AMOSTRAS COLETADAS EM TELHADOS COM INCLINAÇÃO LESTE / OESTE. TELHADOS COM INCLINAÇÃO OESTE. continuação Código Inclinação Código Amostra 048 L/O 051 L/O 052 L/O 055 L/O 057 L/O 060 L/O 061 L/O 063 L/O 064 L/O 069 L/O 074 L/O 085 L/O 086 L/O-R 087 L/O 088 L/O 089 L/O 096 L/O 103 L/O 109 L/O 116 L/O 117 L/O 119 L/O 121 L/O 123 L/O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O x Presença do elemento Elementos Químicos % Fe Na Mg Ca x x x x x x x x x x x x x x - 48L/O(O) 51L/O(O) 52L/O(O) 55L/O(O) 57L/O(O) V - O x x x x x Al x x x x x Si x x x x x K x x x x x 61L/O(O) 63L/O(O) 64L/O(O) 69L/O(O) 74L/O(O) 85L/O(O) 86L/O-R(O) - x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x - x x x x x x x 88L/O(O) 89L/O(O) 96L/O(O) 103L/O(O) 109L/O(O) 116L/O(O) 117L/O(O) 119L/O(O) 12L/O(O) 123L/O(O) - x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x - x x x x x x x - - Ausência do elemento Sem sedimentos Ti x x x x x Mo x x x P x - Zn - Ag - x x x x x x x x x x x x - x - - - x x x x x x - x x x x x x - x x x x x x - x x - - - 137 RESULTADOS MEV/EDS, REALIZADA EM AMOSTRAS COLETADAS EM TELHADOS COM INCLINAÇÃO LESTE / OESTE. TELHADOS COM INCLINAÇÃO OESTE. continuação Código Inclinação 124 L/O 125 L/O 127 L/O 131 L/O 136 L/O 138 L/O 141 L/O 142 L/O-R 143 L/O 145 L/O 147 L/O 152 L/O 154 L/O 156 L/O 163 L/O 167 L/O 168 L/O 171 L/O 172 L/O 176 L/O 179 L/O 183 L/O 185 L/O 186 L/O-R O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O x Presença do elemento Elementos Químicos % Fe Na Mg Ca x x x x x x x x x x x x x x x x x - Código Amostra 124L/O(O) 125L/O(O) 127L/O(O) 131L/O(O) 136L/O(O) V - O x x x x x Al x x x x x Si x x x x x K x x x x x 141L/O(O) 142L/O-R(O) 143L/O(O) 145L/O(O) 147L/O(O) 152L/O(O) 154L/O(O) 156L/O(O) 163L/O(O) 167L/O(O) 168L/O(O) - x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x - x x x x x x x x x x 172L/O(O) 176L/O(O) 179L/O(O) 183L/O(O) 185L/O(O) 186L/O-R(O) - x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x - x x x x x x - Ausência do elemento Sem sedimentos Ti x x - Mo x x - P - Zn - Ag - x x x x x x x x x x - x x x x x x x - x x - - - x - x x x x x x x x x x x x - - - 138 RESULTADOS MEV/EDS, REALIZADA EM AMOSTRAS COLETADAS EM TELHADOS COM INCLINAÇÃO LESTE / OESTE. TELHADOS COM INCLINAÇÃO OESTE. continuação Código Inclinação 190 L/O 191 L/O 195 L/O 196 L/O 198 L/O 199 L/O 208 L/O 210 L/O 211 L/O 213 L/O_ B 216 L/O 217 L/O 218 L/O_A 223 L/O 226 L/O 228 L/O 233 L/O 234 L/O 235 L/O 239 L/O 240 L/O 241 L/O 243 L/O 244 L/O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O x Presença do elemento Código Amostra 190L/O(O) V - O x Al x Si x K x 195L/O(O) 196L/O(O) 198L/O(O) 199L/O(O) 208L/O(O) 208L/O(O) 211L/O(O) 218L/O(O) 216L/O(O) 217L/O(O) 218L/O(O) 223L/O(O) 226L/O(O) 228L/O(O) 233L/O(O) 234L/O(O) 235L/O(O) 239L/O(O) 240L/O(O) 241L/O(O) 243L/O(O) 244L/O(O) - x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x - x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x - x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x - x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x - - Ausência do elemento Sem sedimentos Elementos Químicos % Fe Na Mg Ca x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x - x x - x x x x x x x x x x x x x x x x x x - x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x - Ti - Mo - P - Zn - Ag - x x x x x x x x x - x - x x - - x x x x x x x x - 139 RESULTADOS MEV/EDS, REALIZADA EM AMOSTRAS COLETADAS EM TELHADOS COM INCLINAÇÃO LESTE / OESTE. TELHADOS COM INCLINAÇÃO OESTE. continuação Código Inclinação 245 L/O 252 L/O 254 L/O 259 L/O 260 L/O 263 L/O 264 L/O 266 L/O 270 L/O 272 L/O-R 273 L/O 274 L/O 275 L/O 276 L/O-R 277 L/O-R 278 L/O-R 279 L/O-R 280 L/O-R 281 L/O-R O O O O O O O O O O O O O O O O O O O x Presença do elemento Código Amostra 245L/O(O) 252L/O(O) 254L/O(O) 259L/O(O) 260L/O(O) 263L/O(O) 264L/O(O) 266L/O(O) 270L/O(O) 272L/O(O) 273L/O(O) 274L/O(O) V - 276L/O-R(O) 277L/O-R(O) 278L/O-R(O) 279L/O-R(O) 280L/O-R(O) 281L/O-R(O) - - Ausência do elemento O x x x x x x x x x x x x x x x x x x x Al x x x x x x x x x x x x x x x x x x x Si x x x x x x x x x x x x x x x x x x x Sem sedimentos K x x x x x x x x x x x x x x x x x x x Elementos Químicos % Fe Na Mg Ca x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x - Ti x x x x x x x - Mo x x x x x P x x - Zn x - Ag - x x x - x x x x x - - - 140 Porcentagem de superfícies sólidas com ausência dos elementos estudados na composição dos sedimentos nas quatro inclinações, conforme resultado MEV/EDS: Tabela 08 – Porcentagem das quatro inclinações com ausência de elementos. Elem. Zn P Na Mo Ti Ca Mg K Al Si Fe % Incl. N 100 96,43 92,99 82,15 42,86 17,86 12,50 8,93 7,15 7,15 7,15 Elem. P Zn Na Mo Ti Ca Mg K Al Si Fe % Incl. S 94,65 96,43 89,29 69,65 32,15 14,29 19,65 8,93 8,93 8,93 8,93 Elem. Zn P Na Mo Ti Mg Ca K Fe Al Si % Incl. L 95,62 91,23 90,36 81,58 47,37 21,06 20,18 13,16 7,02 6,15 6,15 Elem. Zn Na P Mo Ti Mg Ca K Al Si Fe % Incl. O 96,5 91,23 86,85 69,30 46,50 21,10 14,92 12,29 7,02 7,02 7,02 141 4.2 Resultados do Monitoramento Meteorológico Realizado Durante a Execução das Amostragens para Indicações de Origem do Material Sedimentado, realizado a cada hora. 4.2.1 Monitoramento Meteorológico durante as amostragens N/S. Tabela 09 - Resultados do Monitoramento Meteorológico Realizado Durante as amostragens em Telhados N/S. Dir. Vento (114º)SE (107º)E Dir. Vento (122º)SE Dir. Vento (108º)E (109º)E Dir. Vento (116º)SE (108º)E Dir Vento (351º)N Dir Vento (132º)SE (79º)E Dir Vento (119º)SE (118º)SE Dir. Vento (305º)NW (322º)NW Dir. Vento (125º)SE Dir. Vento (115º)SE (118º)SE Dir. Vento (134º)SE (133º)SE V. Vento (m/s) 3.4 3.5 V. Vento (m/s) 5.7 Veloc. Vento (m/s) 2.9 3.4 Veloc. Vento (m/s) 8.1 8.6 Veloc. Vento (m/s) 2.9 Veloc. Vento (m/s) 0.6 1.2 Veloc. Vento (m/s) 4.3 3.8 Veloc. Vento (m/s) 1.2 1.5 Veloc. Vento (m/s) 5.6 Veloc. Vento (m/s) 8.2 9.5 Veloc. Vento (m/s) 5.3 6.2 Temp (ºC) 22.9 21.7 Temp (ºC) 16.9 Temp (ºC) 26.8 26.8 Temp (ºC) 15.7 16.7 Temp (ºC) 30 Temp (ºC) 22 25.2 Temp (ºC) 25.7 24.6 Temp (ºC) 16.2 17.6 Temp (ºC) 13.4 Temp (ºC) 18.1 18.7 Temp (ºC) 12.6 12.7 U. R. (%) 55 59 U. R. (%) 67 U. R. (%) 41 44 U. R. (%) 91 88 U. R. (%) 60 U. R. (%) 88 68 U.R.. (%) 47 50 U.R.. (%) 66 61 U.R.. (%) 100 U.R.. (%) 83 81 U.R.. (%) 84 86 Rad. Solar (W/m2) 16 5 Rad. Solar (W/m2) 629 Rad. Solar (W/m2) 1090 909 Rad. Solar (W/m2) 421 468 Rad. Solar (W/m2) 596 Rad. Solar (W/m2) 360 540 Rad. Solar (W/m2) 315 121 Rad. Solar (W/m2) 689 864 Rad. Solar (W/m2) 99 Rad. Solar (W/m2) 519 614 Rad. Solar (W/m2) 434 408 P. Atm. (hPa) 1016 1017 P. Atm. (hPa) 1027 P. Atm. (hPa) 1017 1016 P. Atm. (hPa) 1029 1029 P. Atm. (hPa) 1018 P. Atm. (hPa) 1013 1013 P. Atm. (hPa) 1016 1016 P. Atm. (hPa) 1020 1020 P. Atm. (hPa) 1029 P. Atm. (hPa) 1027 1026 P. Atm. (hPa) 1022 1021 142 continuação Dir. Vento (101º)E (139º)SE Di Vento (170º)S (103º)E Dir. Vento (170º)S (103º)E Dir. Vento (114º)SE (107º)E Dir. Vento (131º)SE Dir. Vento (107º)E (103º)E Dir. Vento (220º)SW Dir. Vento (241º)SW (220º)SW Dir. Vento (113º)SE (128º)SE Dir. Vento (90º)E Di Vento (207º)SW (137º)SE Dir. Vento (68º)E Dir. Vento (96º)E (89º)E Veloc. Vento (m/s) 0.6 1.0 Veloc. Vento (m/s) 0.5 0.4 Veloc. Vento (m/s) 0.5 0.4 Veloc. Vento (m/s) 3.4 3.5 Veloc. Vento (m/s) 4.7 Veloc. Vento (m/s) 6.3 6.6 Veloc. Vento (m/s) 1.2 Veloc. Vento (m/s) 2.7 1.2 Veloc. Vento (m/s) 2.3 3.8 Veloc. Vento (m/s) 3.6 Veloc. Vento (m/s) 0.9 0.6 Veloc. Vento (m/s) 3.4 Veloc. Vento (m/s) 1.9 2.6 Temp (ºC) 32.3 33.2 Temp (ºC) 23.1 28.2 Temp (ºC) 23.1 28.2 Temp (ºC) 22.9 21.7 Temp (ºC) 25 Temp (ºC) 16.6 18.4 Temp (ºC) 24.5 Temp (ºC) 23.1 24.5 Temp (ºC) 26.7 27.2 Temp (ºC) 21.8 Temp (ºC) 18.7 20.9 Temp (ºC) 23.5 Temp (ºC) 28.5 28.3 U. R. (%) 47 44 U.R.. (%) 93 72 U.R.. (%) 93 72 U.R.. (%) 55 59 U.R.. (%) 47 U.R.. (%) 90 76 U.R.. (%) 57 U.R.. (%) 65 57 U.R.. (%) 46 47 U.R.. (%) 65 U.R.. (%) 97 86 U.R.. (%) 57 U.R.. (%) 57 58 Rad. Solar (W/m2) 1099 739 Rad. Solar (W/m2) 292 454 Rad. Solar (W/m2) 292 454 Rad. Solar (W/m2) 16 5 Rad. Solar (W/m2) 774 Rad. Solar (W/m2) 511 640 Rad. Solar (W/m2) 689 Rad. Solar (W/m2) 810 689 Rad. Solar (W/m2) 848 724 Rad. Solar (W/m2) 688 Rad. Solar (W/m2) 377 629 Rad. Solar (W/m2) 801 Rad. Solar (W/m2) 540 390 P. Atm. (hPa) 1011 1010 P. Atm. (hPa) 1018 1018 P. Atm. (hPa) 1018 1018 P. Atm. (hPa) 1016 1017 P. Atm. (hPa) 1017 P. Atm. (hPa) 1027 1026 P Atm. (hPa) 1020 P. Atm. (hPa) 1020 1020 P. Atm. (hPa) 1017 1016 P. Atm. (hPa) 1020 P. Atm. (hPa) 1020 1020 P. Atm. (hPa) 1019 P. Atm. (hPa) 1013 1012 143 continuação Dir. Vento 271ºW 242ºSW Dir. Vento (163º)S Dir. Vento (108º)E (109º)E Dir. Vento (326º)NW (281º)W Dir. Vento (85º)E (93º)E Di Vento 274ºW 275ºW Dir Vento (152º)SE (117º)SE Dir Vento (338º)N (326º)NW Dir Vento (87º)E Dir. Vento (314º)NW (302º)NW Dir Vento (118º)SE (114º)SE Dir. Vento (80º)E (107º)E Dir. Vento (175º)S (359º)N Veloc. Vento (m/s) 2.4 1.8 Veloc. Vento (m/s) 2.7 Veloc. Vento (m/s) 2.9 3.4 Veloc. Vento (m/s) 1.5 1.1 Veloc. Vento (m/s) 1.6 2.4 Veloc. Vento (m/s) 0.3 0.5 Veloc. Vento (m/s) 0.9 0.9 Veloc. Vento (m/s) 1.6 1.5 Veloc. Vento (m/s) 1.3 Veloc. Vento (m/s) 3.8 4.5 Veloc. Vento (m/s) 3.8 3.4 Veloc. Vento (m/s) 2.2 0.9 Veloc. Vento (m/s) 0.3 1.5 Temp (ºC) 12.3 13.8 Temp (ºC) 17.4 Temp (ºC) 26.8 26.8 Temp (ºC) 28.8 30.5 Temp (ºC) 32.8 32.6 Temp (ºC) 25.6 27.3 Temp (ºC) 25.8 28.9 Temp (ºC) 25.9 28.8 Temp (ºC) 32 Temp (ºC) 30.6 31.5 Temp (ºC) 24.6 22.9 Temp (ºC) 17.9 20.1 Temp (ºC) 22.5 25.6 U.R.. (%) 82 74 U.R.. (%) 58 U.R.. (%) 41 44 U.R.. (%) 57 53 U.R.. (%) 32 33 U.R.. (%) 57 51 U. R. (%) 82 71 U.R.. (%) 67 57 U.R.. (%) 32 U.R.. (%) 61 57 U.R.. (%) 50 55 U.R.. (%) 100 99 U.R.. (%) 77 66 Rad. Solar (W/m2) 504 586 Rad. Solar (W/m2) 702 Rad. Solar (W/m2) 1090 909 Rad. Solar (W/m2) 855 985 Rad. Solar (W/m2) 615 458 Rad. Solar (W/m2) 862 966 Rad. Solar (W/m2) 604 671 Rad. Solar (W/m2) 606 855 Rad. Solar (W/m2) 723 Rad. Solar (W/m2) 883 823 Rad. Solar (W/m2) 121 16 Rad. Solar (W/m2) 266 428 Rad. Solar (W/m2) 466 642 P. Atm. (hPa) 1030 1030 P. Atm. (hPa) 1026 . Atm. (hPa) 1017 1016 P. Atm. (hPa) 1011 1010 P. Atm. (hPa) 1012 1012 P. Atm. (hPa) 1008 1008 P. Atm. (hPa) 1017 1017 P. Atm. (hPa) 1011 1011 P. Atm. (hPa) 1013 P. Atm. (hPa) 1006 1006 P. Atm. (hPa) 1016 1016 P. Atm. (hPa) 1016 1016 P. Atm. (hPa) 1016 1016 144 continuação Dir. Vento (120º)SE Dir. Vento 274ºW 275ºW Dir. Vento (221º)SW (184º)S Dir. Vento (193º)S (133º)SE Dir. Vento 239ºSW 193ºS Dir. Vento (85º)E Dir. Vento (90º)E (68º)E Dir. Vento (111º)E (106º)E Dir. Vento 240ºSW 229ºSW Dir. Vento (334º)NW (323º)NW Dir. Vento (259º)W (259º)W Dir. Vento (122º)SE (131º)SE Dir. Vento (272º)W (250º)W Veloc. Vento (m/s) 0.7 Veloc. Vento (m/s) 0.3 0.5 Veloc. Vento (m/s) 2 1.9 Veloc. Vento (m/s) 1.4 2.1 Veloc. Vento (m/s) 1.6 1.4 Veloc. Vento (m/s) 1.6 Veloc. Vento (m/s) 3.6 3.4 Veloc. Vento (m/s) 5 5.3 Veloc. Vento (m/s) 1.7 1.9 Veloc. Vento (m/s) 4.3 5.3 Veloc. Vento (m/s) 1.3 1.5 Veloc. Vento (m/s) 4 4.7 Veloc. Vento (m/s) 1.1 1.2 Temp (ºC) 23.3 Temp (ºC) 25.6 27.3 Temp (ºC) 22.4 22.8 Temp (ºC) 30.5 30.3 Temp (ºC) 30.2 30.5 Temp (ºC) 32.8 Temp (ºC) 21.8 23.5 Temp (ºC) 20.5 22 Temp (ºC) 32.5 32.5 Temp (ºC) 26.5 26.7 Temp (ºC) 20.7 22.3 Temp (ºC) 24.5 25 Temp (ºC) 21.4 22.3 U.R.. (%) 80 U.R.. (%) 57 51 U.R.. (%) 72 66 U.R.. (%) 55 55 U.R.. (%) 53 55 U.R.. (%) 32 U.R.. (%) 65 57 U.R.. (%) 79 69 U.R.. (%) 32 31 U.R.. (%) 74 73 U.R.. (%) 65 61 U.R.. (%) 49 47 U.R.. (%) 41 39 Rad. Solar (W/m2) 597 Rad. Solar (W/m2) 862 966 Rad. Solar (W/m2) 375 311 Rad. Solar (W/m2) 505 339 Rad. Solar (W/m2) 569 505 Rad. Solar (W/m2) 615 Rad. Solar (W/m2) 688 801 Rad. Solar (W/m2) 581 771 Rad. Solar (W/m2) 747 503 Rad. Solar (W/m2) 739 505 Rad. Solar (W/m2) 829 946 Rad. Solar (W/m2) 905 774 Rad. Solar (W/m2) 972 698 P. Atm. (hPa) 1016 P. Atm. (hPa) 1008 1008 P. Atm. (hPa) 1014 1013 P. Atm. (hPa) 1015 1015 P. Atm. (hPa) 1016 1015 P. Atm. (hPa) 1012 P. Atm. (hPa) 1020 1019 P. Atm. (hPa) 1023 1023 P. Atm. (hPa) 1006 1005 P. Atm. (hPa) 1010 1010 P. Atm. (hPa) 1018 1018 P. Atm. (hPa) 1017 1017 P. Atm. (hPa) 1018 1017 145 continuação Dir. Vento (96º)E (102º)E Dir. Vento (107º)E (102º)E Dir. Vento (96º)E (102º)E Dir. Vento (105º)E (301º)NW Veloc. Vento (m/s) 5.8 6.2 Veloc. Vento (m/s) 2.3 2.1 Veloc. Vento (m/s) 5,8 6,2 Veloc. Vento (m/s) 1,7 1,5 Temp (ºC) 25.9 25.7 Temp (ºC) 26.7 27.9 Temp (ºC) 25,9 25,7 Temp (ºC) 30,1 31,1 U.R.. (%) 55 58 U.R.. (%) 67 62 U.R.. (%) 55 58 U.R.. (%) 51 50 Rad. Solar (W/m2) 747 574 Rad. Solar (W/m2) 546 443 Rad. Solar (W/m2) 747 574 Rad. Solar (W/m2) 887 669 P. Atm. (hPa) 1018 1017 P. Atm. (hPa) 1001 1000 P. Atm. (hPa) 1018 1017 P. Atm. (hPa) 1010 1009 4.2.1.1 Direções do Vento Durante as Amostragens N/S: O vento predominante foi o de direção E, com 36,6%, seguido pela direção SE com 27,7%, as direções NE, SO e O ocorreram na mesma proporção de 10%, a direção S ocorreu em 6,6% e a direção N com 3,3%. Não ocorreram ventos de direção NO. A maior intensidade foi de 9,5 m/s de direção SE, e a menor velocidade foi de 0,3 m/s, de direção Sul. As maiores velocidades do vento ocorreram de E e de SE. 146 4.2.2 - Monitoramento Meteorológico Realizado Durante as amostragens em Telhados L/O. Tabela 10 - Resultados do Monitoramento Meteorológico Realizado Durante as amostragens em Telhados L/O. Veloc. Vento Temp U.R.. Rad. Solar P. Atm. Dir. Vento (m/s) (ºC) (%) (W/m2) (hPa) (265º)W 1 9,9 100 482 1028 (237º)SW 1 12,7 93 649 1028 Veloc. Vento Temp U.R.. Rad. Solar P. Atm. Dir. Vento (m/s) (ºC) (%) (W/m2) (hPa) (126º)SE 5,5 16,6 68 732 1027 Veloc. Vento Temp U.R.. Rad. Solar P. Atm. Dir. Vento (m/s) (ºC) (%) (W/m2) (hPa) (133º)SE 4,4 12 84 621 1023 (134º)SE 5,3 12,6 84 434 1022 Veloc. Vento Temp U.R.. Rad. Solar P. Atm. Dir. Vento (m/s) (ºC) (%) (W/m2) (hPa) (109º)E 0,3 4,8 100 94 1026 (292º)W 0,9 7,1 100 297 1027 Veloc. Vento Temp U.R.. Rad. Solar P. Atm. Dir. Vento (m/s) (ºC) (%) (W/m2) (hPa) (229º)SW 1,9 32,5 31 503 1005 Veloc. Vento Temp U.R.. Rad. Solar P. Atm. Dir. Vento (m/s) (ºC) (%) (W/m2) (hPa) (122º)SE 5,7 16,9 67 629 1027 (137º)SE 5,1 17 68 474 1027 Veloc. Vento Temp U.R.. Rad. Solar P. Atm. Dir. Vento (m/s) (ºC) (%) (W/m2) (hPa) (118º)SE 7 14,3 98 228 1029 Veloc. Vento Temp U.R.. Rad. Solar P. Atm. Dir. Vento (m/s) (ºC) (%) (W/m2) (hPa) (103º)E 0,4 28,2 72 454 1018 Veloc. Vento Temp U.R.. Rad. Solar P. Atm. Dir. Vento (m/s) (ºC) (%) (W/m2) (hPa) (101º)E 0,6 32,3 47 1099 1011 (139º)SE 1,0 33,2 44 739 1010 Veloc. Vento Temp U.R.. Rad. Solar P. Atm. Dir. Vento (m/s) (ºC) (%) (W/m2) (hPa) (118º)SE 7 14,3 98 228 1029 Veloc. Vento Temp U.R.. Rad. Solar P. Atm. Dir. Vento (m/s) (ºC) (%) (W/m2) (hPa) (103º)E 0,4 28,2 72 454 1018 Veloc. Vento Temp U.R.. Rad. Solar P. Atm. Dir. Vento (m/s) (ºC) (%) (W/m2) (hPa) (101º)E 0,6 32,3 47 1099 1011 (139º)SE 1,0 33,2 44 739 1010 Veloc. Vento Temp U.R.. Rad. Solar P. Atm. Dir. Vento (m/s) (ºC) (%) (W/m2) (hPa) (280º)W 26,3 77 442 1014 (153º)SE 27,2 64 615 1014 Veloc. Vento Temp U.R.. Rad. Solar P. Atm. Dir. Vento (m/s) (ºC) (%) (W/m2) (hPa) 147 continuação (344º)N (355º)N Dir. Vento (344º)N (355º)N Dir. Vento (235º)SW (158º)S Dir. Vento (322º)NW (315º)NW Dir. Vento (79º)E (348º)N Dir. Vento (217º)SW (188º)S Dir. Vento (118º)SE (114º)SE Dir. Vento (94º)E (92º)E Dir. Vento (92º)E (83º)E Dir. Vento (131º)SE (145º)SE Dir. Vento (102º)E (107º)E Dir. Vento (118º)SE (114º)SE 1,8 2,2 Veloc. Vento (m/s) 1,8 2,2 Veloc. Vento (m/s) 0,4 1 Veloc. Vento (m/s) 1,5 1,1 Veloc. Vento (m/s) 1,2 2 Veloc. Vento (m/s) 1,1 1,6 Veloc. Vento (m/s) 3,8 3,4 Veloc. Vento (m/s) 1,4 3,5 Veloc. Vento (m/s) 3,5 4,8 Veloc. Vento (m/s) 4 4,7 Veloc. Vento (m/s) 4,8 6,3 Veloc. Vento (m/s) 3,8 3,4 29,2 28,6 Temp (ºC) 29,2 28,6 Temp (ºC) 16,7 18,6 Temp (ºC) 17,6 19,1 Temp (ºC) 25,2 27,1 Temp (ºC) 33,8 34 Temp (ºC) 24,6 22,9 Temp (ºC) 19,1 20,1 Temp (ºC) 20,1 21,6 Temp (ºC) 28,1 27,4 Temp (ºC) 14,8 16,6 Temp (ºC) 24,6 22,9 47 48 U.R.. (%) 47 48 U.R.. (%) 62 48 U.R.. (%) 61 49 U.R.. (%) 68 60 U.R.. (%) 41 42 U.R.. (%) 50 55 U.R.. (%) 74 62 U.R.. (%) 62 57 U.R.. (%) 51 59 U.R.. (%) 99 90 U.R.. (%) 50 55 240 220 Rad. Solar (W/m2) 240 220 Rad. Solar (W/m2) 653 871 Rad. Solar (W/m2) 864 1004 Rad. Solar (W/m2) 540 656 Rad. Solar (W/m2) 913 797 Rad. Solar (W/m2) 121 16 Rad. Solar (W/m2) 523 690 Rad. Solar (W/m2) 690 821 Rad. Solar (W/m2) 716 544 Rad. Solar (W/m2) 489 511 Rad. Solar (W/m2) 121 16 998 997 P. Atm. (hPa) 998 997 P. Atm. (hPa) 1019 1018 P. Atm. (hPa) 1020 1020 P. Atm. (hPa) 1013 1013 P. Atm. (hPa) 1010 1009 P. Atm. (hPa) 1016 1016 P. Atm. (hPa) 1022 1021 P. Atm. (hPa) 1021 1020 P. Atm. (hPa) 1015 1015 P. Atm. (hPa) 1027 1027 P. Atm. (hPa) 1016 1016 148 continuação Dir. Vento (83º)E (78º)E Dir. Vento (107º)E (103º)E Dir. Vento (220º)SW (242º)SW Dir. Vento (108º)E (111º)E Dir. Vento (163º)S (146º)SE Dir. Vento (344º)N (327º)NW Dir. Vento (242º)SW (203º)SW Dir. Vento (115º)SE Dir. Vento (137º)SE (271º)W Dir. Vento (263º)W Dir. Vento (157º)SE (142º)SE Dir. Vento (242º)SW (203º)SW Veloc. Vento (m/s) 4,8 3,1 Veloc. Vento (m/s) 6,3 6,6 Veloc. Vento (m/s) 1,2 2,5 Veloc. Vento (m/s) 7,4 7,9 Veloc. Vento (m/s) 2,7 2,8 Veloc. Vento (m/s) 2,5 3,8 Veloc. Vento (m/s) 1,8 1,5 Veloc. Vento (m/s) 3,5 Veloc. Vento (m/s) 0,6 0,9 Veloc. Vento (m/s) 1,7 Veloc. Vento (m/s) 1,7 1,5 Veloc. Vento (m/s) 1,8 1,5 Temp (ºC) 21,6 23,4 Temp (ºC) 16,6 18,4 Temp (ºC) 24,5 24,4 Temp (ºC) 19,5 19,3 Temp (ºC) 17,4 17,4 Temp (ºC) 23 23,7 Temp (ºC) 13,8 15 Temp (ºC) 26,8 Temp (ºC) 20,9 21,9 Temp (ºC) 29,4 Temp (ºC) 27,8 28,3 Temp (ºC) 13,8 15 U.R.. (%) 57 53 U.R.. (%) 90 76 U.R.. (%) 57 59 U.R.. (%) 72 72 U.R.. (%) 58 60 U.R.. (%) 79 72 U.R.. (%) 74 69 U.R.. (%) 45 U.R.. (%) 86 80 U.R.. (%) 49 U.R.. (%) 69 66 U.R.. (%) 74 69 Rad. Solar (W/m2) 821 896 Rad. Solar (W/m2) 511 640 Rad. Solar (W/m2) 689 570 Rad. Solar (W/m2) 425 277 Rad. Solar (W/m2) 702 444 Rad. Solar (W/m2) 416 551 Rad. Solar (W/m2) 586 772 Rad. Solar (W/m2) 700 Rad. Solar (W/m2) 629 767 Rad. Solar (W/m2) 563 Rad. Solar (W/m2) 877 732 Rad. Solar (W/m2) 586 772 P. Atm. (hPa) 1020 1020 P. Atm. (hPa) 1027 1026 P. Atm. (hPa) 1020 1019 P. Atm. (hPa) 1023 1021 P. Atm. (hPa) 1026 1026 P. Atm. (hPa) 1016 1016 P. Atm. (hPa) 1030 1029 P. Atm. (hPa) 1016 P. Atm. (hPa) 1020 1020 P. Atm. (hPa) 1012 P. Atm. (hPa) 1011 1010 P. Atm. (hPa) 1030 1029 149 continuação Dir. Vento (115º)SE Dir. Vento (137º)SE (271º)W Dir. Vento (263º)W Dir. Vento (157º)SE (142º)SE Dir. Vento (281º)W (271º)W Dir. Vento (337º)NW (337)ºNW Dir. Vento (172º)S (163º)S Dir. Vento (247º)SW Dir. Vento (269º)W (268º)W Dir. Vento (273º)W (278º)W Dir. Vento (96º)E Dir. Vento 269ºW Dir. Vento (159º)S (120º)SE Veloc. Vento (m/s) 3,5 Veloc. Vento (m/s) 0,6 0,9 Veloc. Vento (m/s) 1,7 Veloc. Vento (m/s) 1,7 1,5 Veloc. Vento (m/s) 2,4 2,4 Veloc. Vento (m/s) 4,3 4,6 Veloc. Vento (m/s) 2,4 2,7 Veloc. Vento (m/s) 2,1 Veloc. Vento (m/s) 1,2 1,1 Veloc. Vento (m/s) 2,1 1,8 Veloc. Vento (m/s) 0,3 Veloc. Vento (m/s) 2,8 Veloc. Vento (m/s) 0,6 0,6 Temp (ºC) 26,8 Temp (ºC) 20,9 21,9 Temp (ºC) 29,4 Temp (ºC) 27,8 28,3 Temp (ºC) 11,1 12,3 Temp (ºC) 26,1 28,1 Temp (ºC) 17,1 17,4 Temp (ºC) 29 Temp (ºC) 34,2 35 Temp (ºC) 21,6 22,5 Temp (ºC) 22,8 Temp (ºC) 30,7 Temp (ºC) 21,2 23,6 U.R.. (%) 45 U.R.. (%) 86 80 U.R.. (%) 49 U.R.. (%) 69 66 U.R.. (%) 91 82 U.R.. (%) 79 70 U.R.. (%) 58 58 U.R.. (%) 51 U.R.. (%) 31 26 U.R.. (%) 36 32 U.R.. (%) 87 U.R.. (%) 52 U.R.. (%) 98 87 Rad. Solar (W/m2) 700 Rad. Solar (W/m2) 629 767 Rad. Solar (W/m2) 563 Rad. Solar (W/m2) 877 732 Rad. Solar (W/m2) 190 504 Rad. Solar (W/m2) 626 816 Rad. Solar (W/m2) 845 702 Rad. Solar (W/m2) 401 Rad. Solar (W/m2) 813 629 Rad. Solar (W/m2) 1060 901 Rad. Solar (W/m2) 555 Rad. Solar (W/m2) 568 Rad. Solar (W/m2) 397 770 P. Atm. (hPa) 1016 P. Atm. (hPa) 1020 1020 P. Atm. (hPa) 1012 P. Atm. (hPa) 1011 1010 P. Atm. (hPa) 1030 1030 P. Atm. (hPa) 1009 1008 P. Atm. (hPa) 1027 1026 P. Atm. (hPa) 1012 P. Atm. (hPa) 1007 1006 P. Atm. (hPa) 1016 1015 P. Atm. (hPa) 1016 P. Atm. (hPa) 1012 P. Atm. (hPa) 1015 1014 150 continuação Dir. Vento (286º)W (290º)W Dir. Vento (273º)W Dir. Vento (338º)N Dir. Vento (147º)SE (127º)SE Dir. Vento (120º)SE Dir. Vento (358º)N (5º)N Dir. Vento (278º)W Dir. Vento (319º)NW (141º)SE Dir. Vento (107º)E (120º)SE Dir. Vento (285º)W (278º)W Dir. Vento (285º)W (274º)W Dir. Vento (290º)W Dir. Vento (326º)NW (336º)NW Dir. Vento (147º)SE (127º)SE Dir. Vento (271º)W (242º)SW Veloc. Vento (m/s) 2,4 2,8 Veloc. Vento (m/s) 5 Veloc. Vento (m/s) 1,6 Veloc. Vento (m/s) 2,1 2,4 Veloc. Vento (m/s) 2,9 Veloc. Vento (m/s) 3,1 2,6 Veloc. Vento (m/s) 4,7 Veloc. Vento (m/s) 0,2 0,3 Veloc. Vento (m/s) 0,9 0,7 Veloc. Vento (m/s) 4,4 3,2 Veloc. Vento (m/s) 0,2 0,3 Veloc. Vento (m/s) 1,6 Veloc. Vento (m/s) 2,6 1 Veloc. Vento (m/s) 2,1 2,4 Veloc. Vento (m/s) 2,4 1,8 Temp (ºC) 32,5 28,1 Temp (ºC) 11,6 Temp (ºC) 25,9 Temp (ºC) 33,9 33,5 Temp (ºC) 17,1 Temp (ºC) 32,6 32,9 Temp (ºC) 11,7 Temp (ºC) 24 26,8 Temp (ºC) 20,1 23,3 Temp (ºC) 8,9 9,2 Temp (ºC) 23,7 25,6 Temp (ºC) 14,4 Temp (ºC) 30,8 32,2 Temp (ºC) 33,9 33,5 Temp (ºC) 12,3 13,8 U.R.. (%) 56 68 U.R.. (%) 100 U.R.. (%) 67 U.R.. (%) 43 46 U.R.. (%) 100 U.R.. (%) 51 47 U.R.. (%) 100 U.R.. (%) 81 70 U.R.. (%) 99 80 U.R.. (%) 61 61 U.R.. (%) 66 57 U.R.. (%) 100 U.R.. (%) 50 47 U.R.. (%) 43 46 U.R.. (%) 82 74 Rad. Solar (W/m2) 264 104 Rad. Solar (W/m2) 148 Rad. Solar (W/m2) 606 Rad. Solar (W/m2) 540 325 Rad. Solar (W/m2) 274 Rad. Solar (W/m2) 604 451 Rad. Solar (W/m2) 110 Rad. Solar (W/m2) 626 811 Rad. Solar (W/m2) 428 597 Rad. Solar (W/m2) 418 345 Rad. Solar (W/m2) 680 862 Rad. Solar (W/m2) 109 Rad. Solar (W/m2) 698 571 Rad. Solar (W/m2) 540 325 Rad. Solar (W/m2) 504 586 P. Atm. (hPa) 1004 1005 P. Atm. (hPa) 1022 P. Atm. (hPa) 1011 P. Atm. (hPa) 1008 1008 P. Atm. (hPa) 1017 P. Atm. (hPa) 1015 1014 P. Atm. (hPa) 1021 P. Atm. (hPa) 1009 1009 P. Atm. (hPa) 1016 1016 P. Atm. (hPa) 1024 1024 P. Atm. (hPa) 1009 1008 P. Atm. (hPa) 1022 P. Atm. (hPa) 1014 1013 P. Atm. (hPa) 1008 1008 P. Atm. (hPa) 1030 1030 151 continuação Dir. Vento (119º)SE (118º)SE Dir. Vento (269º)W (268º)W Dir. Vento (285º)W Dir. Vento (274º)W (275º)W Dir. Vento (159º)S (120º)SE Dir. Vento (127º)SE (105º)E Dir. Vento (149º)SE Dir. Vento (54º)NE (175º)S Dir. Vento (275º)W (288º)W Dir. Vento (337º)NW (337º)NW Dir. Vento (54º)NE (175º)S Dir. Vento (96º)E (94º)E Dir. Vento (286º)W (290º)W Dir. Vento (90º)E Dir. Vento (355º)N Veloc. Vento (m/s) 4,3 3,8 Veloc. Vento (m/s) 1,2 1,1 Veloc. Vento (m/s) 0,9 Veloc. Vento (m/s) 0,3 0,5 Veloc. Vento (m/s) 0,6 0,6 Veloc. Vento (m/s) 1,2 1,7 Veloc. Vento (m/s) 2,6 Veloc. Vento (m/s) 0,3 0,3 Veloc. Vento (m/s) 0,5 1,3 Veloc. Vento (m/s) 4,3 4,6 Veloc. Vento (m/s) 0,3 0,3 Veloc. Vento (m/s) 0,3 0,7 Veloc. Vento (m/s) 2,4 2,8 Veloc. Vento (m/s) 3,6 Veloc. Vento (m/s) 2,2 Temp (ºC) 25,7 24,6 Temp (ºC) 34,2 35 Temp (ºC) 32,5 Temp (ºC) 25,6 27,3 Temp (ºC) 21,2 23,6 Temp (ºC) 29,4 30,1 Temp (ºC) 23,2 Temp (ºC) 18 22,5 Temp (ºC) 27,3 29,3 Temp (ºC) 26,1 28,1 Temp (ºC) 18 22,5 Temp (ºC) 22,8 27,3 Temp (ºC) 32,5 28,1 Temp (ºC) 21,8 Temp (ºC) 28,6 U.R.. (%) 47 50 U.R.. (%) 31 26 U.R.. (%) 45 U.R.. (%) 57 51 U.R.. (%) 98 87 U.R.. (%) 53 51 U.R.. (%) 79 U.R.. (%) 100 77 U.R.. (%) 51 43 U.R.. (%) 79 70 U.R.. (%) 100 77 U.R.. (%) 87 46 U.R.. (%) 56 68 U.R.. (%) 65 U.R.. (%) 48 Rad. Solar (W/m2) 315 121 Rad. Solar (W/m2) 813 629 Rad. Solar (W/m2) 366 Rad. Solar (W/m2) 862 966 Rad. Solar (W/m2) 397 770 Rad. Solar (W/m2) 904 887 Rad. Solar (W/m2) 121 Rad. Solar (W/m2) 258 466 Rad. Solar (W/m2) 966 1062 Rad. Solar (W/m2) 626 816 Rad. Solar (W/m2) 258 466 Rad. Solar (W/m2) 555 682 Rad. Solar (W/m2) 264 104 Rad. Solar (W/m2) 688 Rad. Solar (W/m2) 220 P. Atm. (hPa) 1016 1016 P. Atm. (hPa) 1007 1006 P. Atm. (hPa) 1013 P. Atm. (hPa) 1008 1008 P. Atm. (hPa) 1015 1014 P. Atm. (hPa) 1010 1010 P. Atm. (hPa) 1009 P. Atm. (hPa) 1015 1016 P. Atm. (hPa) 1008 1008 P. Atm. (hPa) 1009 1008 P. Atm. (hPa) 1015 1016 P. Atm. (hPa) 1016 1016 P. Atm. (hPa) 1004 1005 P. Atm. (hPa) 1020 P. Atm. (hPa) 997 152 continuação Dir. Vento (108º)E Dir. Vento (275º)W (288º)W Dir. Vento (92º)E (90º)E Dir. Vento (272º)W (250º)W Dir. Vento (344º)N (355º)N Dir. Vento (122º)SE (104º)E Dir. Vento (65º)NE (57º)NE Dir. Vento (323º)NW (96º)E Dir. Vento (89º)E (94º)E Dir. Vento (131º)SE (145º)SE Dir. Vento (355º)N (340º)N Dir. Vento (153º)SE Dir. Vento (153º)SE (89º)E Dir. Vento (114º)SE (125º)SE Veloc. Vento (m/s) 2 Veloc. Vento (m/s) 0,5 1,3 Veloc. Vento (m/s) 1,7 3,6 Veloc. Vento (m/s) 1,1 1,2 Veloc. Vento (m/s) 1,8 2,2 Veloc. Vento (m/s) 4,5 5,4 Veloc. Vento (m/s) 2,4 2,6 Veloc. Vento (m/s) 0,8 1,9 Veloc. Vento (m/s) 2,5 1,4 Veloc. Vento (m/s) 4 4,7 Veloc. Vento (m/s) 2,2 2,3 Veloc. Vento (m/s) 1,8 Veloc. Vento (m/s) 2,5 Veloc. Vento (m/s) 6 6,2 Temp (ºC) 23,8 Temp (ºC) 27,3 29,3 Temp (ºC) 20,1 21,8 Temp (ºC) 21,4 22,3 Temp (ºC) 29,2 28,6 Temp (ºC) 19,3 21,8 Temp (ºC) 24,3 25,7 Temp (ºC) 28,3 28,5 Temp (ºC) 28,5 29,7 Temp (ºC) 28,1 27,4 Temp (ºC) 28,6 27,6 Temp (ºC) 23,8 Temp (ºC) 27,2 28,5 Temp (ºC) 22,9 22,3 U.R.. (%) 78 U.R.. (%) 51 43 U.R.. (%) 73 65 U.R.. (%) 41 39 U.R.. (%) 47 48 U.R.. (%) 83 70 U.R.. (%) 65 60 U.R.. (%) 59 57 U.R.. (%) 59 57 U.R.. (%) 51 59 U.R.. (%) 48 53 U.R.. (%) 77 U.R.. (%) 64 59 U.R.. (%) 65 66 Rad. Solar (W/m2) 260 Rad. Solar (W/m2) 966 1062 Rad. Solar (W/m2) 500 688 Rad. Solar (W/m2) 972 698 Rad. Solar (W/m2) 240 220 Rad. Solar (W/m2) 414 474 Rad. Solar (W/m2) 765 868 Rad. Solar (W/m2) 655 540 Rad. Solar (W/m2) 781 896 Rad. Solar (W/m2) 716 544 Rad. Solar (W/m2) 220 147 Rad. Solar (W/m2) 126 Rad. Solar (W/m2) 615 781 Rad. Solar (W/m2) 464 301 P. Atm. (hPa) 1001 P. Atm. (hPa) 1008 1008 P. Atm. (hPa) 1020 1020 P. Atm. (hPa) 1018 1017 P. Atm. (hPa) 998 997 P. Atm. (hPa) 1022 1023 P. Atm. (hPa) 1015 1014 P. Atm. (hPa) 1014 1013 P. Atm. (hPa) 1014 1013 P. Atm. (hPa) 1015 1015 P. Atm. (hPa) 997 997 P. Atm. (hPa) 1009 P. Atm. (hPa) 1014 1014 P. Atm. (hPa) 1022 1021 153 continuação Dir. Vento (157º)SE (142º)SE Dir. Vento (216º)SW (181º)S Dir. Vento (199º)S Dir. Vento (127º)SE (122º)SE Dir. Vento (114º)SE Dir. Vento (115º)SE (118º)SE Dir. Vento (59º)NE Dir. Vento (106º)E (108º)E Dir. Vento (235º)SW (158º)S Dir. Vento (328º)NW (334º)NW Dir. Vento (88º)E (65º)NE Dir. Vento (89º)E (96º)E Dir. Vento (114º)SE Dir. Vento (57º)NE Dir. Vento (106º)E (108º)E Veloc. Vento (m/s) 1,7 1,5 Veloc. Vento (m/s) 1,0 1,5 Veloc. Vento (m/s) 1,4 Veloc. Vento (m/s) 3 4,5 Veloc. Vento (m/s) 3,4 Veloc. Vento (m/s) 3,5 4,1 Veloc. Vento (m/s) 0,9 Veloc. Vento (m/s) 5,3 4,7 Veloc. Vento (m/s) 0,4 1 Veloc. Vento (m/s) 3,9 4,3 Veloc. Vento (m/s) 1,8 2,4 Veloc. Vento (m/s) 5,5 5,8 Veloc. Vento (m/s) 6 Veloc. Vento (m/s) 2,6 Veloc. Vento (m/s) 5,3 4,7 Temp (ºC) 27,8 28,3 Temp (ºC) 21,8 21 Temp (ºC) 21,4 Temp (ºC) 18,9 19,3 Temp (ºC) 22,9 Temp (ºC) 26,8 26,5 Temp (ºC) 19,5 Temp (ºC) 22 23,2 Temp (ºC) 16,7 18,6 Temp (ºC) 24,4 26,5 Temp (ºC) 23,1 24,3 Temp (ºC) 25,5 25,9 Temp (ºC) 22,9 Temp (ºC) 25,7 Temp (ºC) 22 23,2 U.R.. (%) 69 66 U.R.. (%) 92 95 U.R.. (%) 95 U.R.. (%) 86 83 U.R.. (%) 55 U.R.. (%) 45 44 U.R.. (%) 42 U.R.. (%) 69 65 U.R.. (%) 62 48 U.R.. (%) 82 74 U.R.. (%) 69 65 U.R.. (%) 57 55 U.R.. (%) 65 U.R.. (%) 60 U.R.. (%) 69 65 Rad. Solar (W/m2) 877 732 Rad. Solar (W/m2) 108 114 Rad. Solar (W/m2) 77 Rad. Solar (W/m2) 255 414 Rad. Solar (W/m2) 16 Rad. Solar (W/m2) 700 588 Rad. Solar (W/m2) 956 Rad. Solar (W/m2) 771 878 Rad. Solar (W/m2) 653 871 Rad. Solar (W/m2) 346 739 Rad. Solar (W/m2) 605 765 Rad. Solar (W/m2) 833 747 Rad. Solar (W/m2) 464 Rad. Solar (W/m2) 868 Rad. Solar (W/m2) 771 878 P. Atm. (hPa) 1011 1010 P. Atm. (hPa) 1008 1008 P. Atm. (hPa) 1007 P. Atm. (hPa) 1022 1022 P. Atm. (hPa) 1016 P. Atm. (hPa) 1016 1016 P. Atm. (hPa) 1018 P. Atm. (hPa) 1023 1022 P. Atm. (hPa) 1019 1018 P. Atm. (hPa) 1010 1010 P. Atm. (hPa) 1016 1015 P. Atm. (hPa) 1019 1018 P. Atm. (hPa) 1022 P. Atm. (hPa) 1014 P. Atm. (hPa) 1023 1022 154 continuação Dir. Vento (323º)NW Dir. Vento (278º)W (218º)SW Dir. Vento (268º)W (338º)N Dir. Vento (268º)W (338º)N Dir. Vento (326º)NW Dir. Vento (266º)W (269º)W Dir. Vento (114º)SE (107º)E Veloc. Vento (m/s) 5,3 Veloc. Vento (m/s) 1,8 2,1 Veloc. Vento (m/s) 0,9 1,6 Veloc. Vento (m/s) 0,9 1,6 Veloc. Vento (m/s) 1,5 Veloc. Vento (m/s) 1,5 1,2 Veloc. Vento (m/s) 2 2,3 Temp (ºC) 26,7 Temp (ºC) 22,5 23,1 Temp (ºC) 20,9 25,9 Temp (ºC) 20,9 25,9 Temp (ºC) 28,8 Temp (ºC) 33,3 34,2 Temp (ºC) 25,4 26,7 U.R.. (%) 73 U.R.. (%) 32 34 U.R.. (%) 89 67 U.R.. (%) 89 67 U.R.. (%) 57 U.R.. (%) 39 31 U.R.. (%) 71 67 Rad. Solar (W/m2) 505 Rad. Solar (W/m2) 901 616 Rad. Solar (W/m2) 254 606 Rad. Solar (W/m2) 254 606 Rad. Solar (W/m2) 855 Rad. Solar (W/m2) 949 813 Rad. Solar (W/m2) 382 546 P. Atm. (hPa) 1010 P. Atm. (hPa) 1015 1014 P. Atm. (hPa) 1011 1011 P. Atm. (hPa) 1011 1011 P. Atm. (hPa) 1011 P. Atm. (hPa) 1008 1007 P. Atm. (hPa) 1001 1001 4.2.2.1 Direções do Vento Durante as Amostragens L/O: Em 94 ocorrências, o vento predominante foi o de direção SE, com 26,2%, seguido pela direção O com 21,12%, logo após, a direção L com 19,6% . Durante as amostragens em superfícies com inclinações L/O, ocorreram todas as direções de vento. A direção NO, que não ocorreu durante as amostragens N/S, ocorreu durante 8,1 % das amostragens L/O. Ventos de direção N, S, SO e NE ocorreram respectivamente em 8,74%, 6,5%, 4,9% e 4,3% das amostragens. A maior velocidade ocorrida foi de 7,9 m/s, da direção N e a menor foi de 0,2 m/s da direção NO. 155 CAPÍTULO 5 DISCUSSÃO 5.1 Material Particulado Considerando o material particulado presente na atmosfera e a Terra como compartimento de deposição e acumulação desses materiais, se deve também considerar que a circulação da atmosfera faz com que a deposição e a acumulação desse material na superfície do planeta seja novamente elevada à atmosfera, pelo menos em parte. Muitos dos materiais particulados são gerados na superfície do planeta e dispersos na atmosfera, assim como na atmosfera ocorre a formação de material particulado. Segundo Mozeto (2001), a atmosfera terrestre deve ser vista como um grande ‗cobertor‘ do planeta. Ela protege a Terra e todas as suas formas de vida de um ambiente muito hostil que é o espaço cósmico, que contém radiações extremamente energéticas. Ela é o compartimento de deposição e acumulação de gases (e de particulados) como o CO2 e o O2, produtos dos processos respiratórios e fotossintéticos de plantas terrestres e aquáticas, macro e micrófitas, e de compostos nitrogenados essenciais à vida na Terra, fabricados por organismos (bactérias e plantas) a partir de N2 atmosférico. . Botkin, Keller (2000) apud MOTA (2000), refere-se à composição da atmosfera terrestre por materiais resultantes de processos físico-químicos e biológicos iniciados há milhões de anos. Os gases que compõem a atmosfera terrestre se compõem, numa maior proporção, por Nitrogênio (78,11%), Oxigênio (20,95%), Argônio (0,934%) e Gás Carbônico (0,033%). Em menores porcentagens, também se encontram presentes na atmosfera, entre outros, o Neônio, o Hélio, o Criptônio, o Xenônio, o Hidrogênio, o Metano, o Ozônio e o Dióxido de Nitrogênio. Além desses gases, a atmosfera também é constituída por vapor d´água e material particulado orgânico (pólen e microorganismos) e material particulado inorgânico. O material particulado inorgânico que compõe a atmosfera foi gerado inicialmente por emissões naturais em função da formação do planeta e de uma série de eventos naturais que ocorreram ao longo do tempo; é gerado por emissões 156 naturais e por emissões antropogenicas, e, independentemente de sua fonte, pode conter elementos contaminantes. De acordo com Brimblecombe (1996), os poluentes atmosféricos são componentes traços da atmosfera, que se mostram presentes em concentrações inesperadas. Geralmente são denominados poluentes, somente quando levam a efeitos nocivos. O material particulado atmosférico uma vez capaz de causar contaminação física ou química passa a ser denominado poluente, causando danos diretos à saúde e ao ambiente, ou esses efeitos podem ocorrer através de elementos resultantes de suas reações, modificações e/ou interações, de maneira indireta. Compõem-se por uma série de elementos e compostos, cujas origens podem ser naturais ou antropogênicas. Ainda, podem ser resultantes de reações que ocorrem na atmosfera, a partir de compostos emitidos na superfície do planeta. De acordo com a CETESB (2010? Disponível em: <http://www.cetesb.sp.gov.br>. acesso em dez 2010), a interação entre as fontes de poluição e a atmosfera vai definir o nível de qualidade do ar, que determina por sua vez o surgimento de efeitos adversos da poluição do ar sobre os receptores, que podem ser o homem, os animais, as plantas e os materiais. A medição sistemática da qualidade do ar é restrita a um número de poluentes, definidos em função de sua importância e dos recursos disponíveis para seu acompanhamento. A CETESB (2010? Disponível em: <http://www.cetesb.sp.gov.br>. acesso em dez 2010) define o Material Particulado – MP, como partículas cujo diâmetro aerodinâmico é inferior a 50 μm. Ou seja, um conjunto de poluentes constituídos de poeiras, fumaças e todo tipo de material sólido e líquido que se mantém suspenso na atmosfera por causa do seu pequeno tamanho. Entre as principais fontes de emissão de particulado para a atmosfera estão os processos industriais. Segundo Botkin, Keller (2000) apud MOTA (2000), a presença das partículas sólidas em suspensão na atmosfera, tem particular importância no ciclo hidrológico, uma vez que produzem núcleos de condensação, acelerando o processo de formação de nuvens e, conseqüentemente, a ocorrência da precipitação. Branco e Murgel (2007) indicam que, classificar os poluentes, segundo a sua origem, é útil quando a finalidade é conhecer as fontes de poluição, para realizar seu controle e efeito dos poluentes sobre as pessoas ou ambientes naturais é necessário classificá-los de acordo com a sua composição química. 157 A poluição do ar é sabidamente, motivo de grandes preocupações em todos os países desenvolvidos e em desenvolvimento. Muitos programas e projetos de recuperação de rios e de outros corpos de água e de solos poluídos, não incluem em seu planejamento, questões referentes a redução de emissões atmosféricas. A contaminação da água, do solo e de outras superfícies que compõem o planeta, através do retorno de poluentes que são lançados à atmosfera, é poucas vezes considerada. A US EPA (2000, disponível em http://www.epa.gov/education/pdf/aqi_cl.pdf), se refere à poluição atmosférica como alterações na sua composição, que causam impactos ao ambiente ou à saúde humana, através de contaminação por gases, partículas sólidas, líquidos em suspensão ou material biológico. As emissões de fontes fixas e móveis numa região de alta concentração de atividades industriais e tráfego intenso de veículos automotores em duas rodovias federais, uma delas com média de 120.000 veículos por dia, acrescentando ainda o transito local de transporte de cargas e pessoal, conduzem à indicação de existência de contaminação atmosférica nessa região. Considerando que as emissões das fontes fixas e móveis incluem o lançamento de material particulado para a atmosfera, e ainda a inclusão da possibilidade de emissões naturais, principalmente pela ação do vento em áreas sem cobertura vegetal. A FEPAM (2011, dispinível em <http://www.fepam.rs.gov.br/qualidade/iqar.asp> acesso em jan 2011) considera que a poluição do ar ocorre quando são lançados para a atmosfera partículas, gases e vapores gerados por indústrias, veículos, termelétricas e outras fontes. Essa poluição é mais intensa no outono e inverno, quando ocorrem inversões térmicas (períodos em que o ambiente não favorece a dispersão de poluentes), ou ocorrem ventos de baixa velocidade. Segundo Masters (1988), obviamente, a qualidade do ar num dado local varia tremendamente de um dia para outro, embora as emissões possam continuar relativamente constantes. Os fatores determinantes estão relacionados com o estado do tempo: força dos ventos, direção do vento, perfil da temperatura do ar, intensidade de radiação solar e o tempo desde que ocorreram os últimos ventos fortes ou precipitação pluviométrica, que são capazes de ´limpar´ a atmosfera. A qualidade do ar depende da dinâmica da atmosfera. De forma geral, a poluição da atmosfera ocorre quando nela existem elementos ou compostos tóxicos ao homem e ao meio ambiente, independentemente de sua 158 origem ser natural ou antropogênica, e isso pode ser considerado num dado momento ou ao longo de maiores períodos de tempo. A questão temporal da poluição atmosférica está diretamente ligada às condições meteorológicas e a continuidade ou não do lançamento de materiais poluentes para a atmosfera. O nível de toxicidade ao homem e ao ambiente depende da intensidade de emissão de materiais tóxicos e das condições meteorológicas. Esse nível apresentará variações de acordo com a continuidade da intensidade de emissões de material tóxico, suas propriedades físico-químicas e as condições meteorológicas. Há então uma interdependência de continuidade e intensidade de emissões de materiais e as condições meteorológicas em relação à qualidade do ar e às variações em seu perfil, num determinado espaço de tempo. Segundo Branco e Murgel (2004), a principal causa da poluição do ar reside na queima de combustíveis para a geração de calor e de outras formas de energia. O Clean Air Act (1990) indica 188 poluentes tóxicos que a US EPA deve controlar. Esses poluentes se dividem em vários grupos incluindo material particulado, compostos orgânicos voláteis (COVs) e compostos halogenados. Também estão incluídos alguns elementos e compostos químicos como chumbo, mercúrio e amianto. O material particulado está incluído tanto nos poluentes definidos por órgãos de proteção ambiental como nas classificações da qualidade do ar. A FEPAM (2011?) estabelece um índice denominado Índice da Qualidade do Ar - IQAr, que tem como objetivo principal proporcionar à população, o entendimento sobre a qualidade do ar local, em relação a diversos poluentes atmosféricos, amostrados nas estações de monitoramento. Esse índice está baseado nos Padrões de Qualidade do Ar –PQAr, que, por sua vez, obedece aos critérios dos Padrões Nacionais de Qualidade do Ar estabelecidos conforme a Resolução do CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente, nº 03 de 28 de junho de 1990, para seis poluentes atmosféricos, a saber: - Partículas Totais em Suspensão - Partículas Inaláveis - Dióxido de Enxofre - Dióxido de Nitrogênio - Ozônio - Monóxido de Carbono. 159 O IQAr também pode ser associado aos efeitos da poluição do ar sobre a saúde humana. Nos Estados Unidos da América, através da US EPA, o Air Quality Índex (AQI), estabelecido pela norma US EPA 454/R-99-010 de 1999, é aplicado na divulgação diária da qualidade do ar, indicando níveis de poluição associados aos seus efeitos sobre a saúde e indicação de cuidados a serem adotados. O índice IQAr, se refere exclusivamente a alguns poluentes atmosféricos, e é aplicado especificamente para os locais onde existem estações automáticas de monitoramento da qualidade do ar. Essas estações, no Rio Grande do Sul, são em número extremamente pequeno e restringem-se a Porto Alegre e sua região metropolitana. Uma estação automática móvel está incluída na rede da FEPAM, a qual se encontra na cidade de Rio Grande, RS. Os poluentes incluídos no IQAr, não contemplam muitas substancias e elementos extremamente tóxicos ao homem e ao meio ambiente, assim uma ´boa qualidade´ do ar, em um determinado local, é somente ´boa´ em relação àqueles poluentes a que se refere o índice, enquanto que poderia nesse mesmo momento, haver uma grande concentração de gás benzeno, ou do elemento chumbo, e o índice continuaria indicando ´boa qualidade´. As estações automáticas de monitoramento da qualidade do ar não realizam a coleta de amostras de material particulado, o que impossibilita o conhecimento de sua composição química. Não há estações automáticas que automaticamente realizem esse tipo de análise. As poucas informações que existem sobre a composição química de material particulado, referem-se a produtos de amostragens pontuais, muito raramente efetuadas no estado do Rio Grande do Sul. Os padrões de qualidade do ar e a sua classificação encontram-se também baseados em alguns poluentes atmosféricos, não havendo sua associação a outros tantos gases e metais de toxicidade conhecida e comprovada. A resolução do CONAMA de nº 03 de 1990 (conhecida como CONAMA 03/90), inclui em suas referencias, as partículas totais em suspensão na atmosfera e as partículas inaláveis. Nela estão determinados os limites para a quantidade de material particulado, total e inalável, por metro cúbico de ar. Não há nessa Resolução qualquer referencia sobre a composição química desse material, a qual apresenta grandes variações em função das fontes de emissão, naturais ou antropogênicas, existentes no entorno dos locais onde elas ocorrem. 160 O material particulado é medido segundo as normas existentes no Brasil, simplesmente em termos de quantificação, embora seja de conhecimento público, a toxicidade de muitos elementos que se incluem na sua composição. A medição do material particulado em suspensão na atmosfera difere de acordo com o tipo de fonte de emissão quanto aos equipamentos utilizados para a sua amostragem, porém o princípio de funcionamento dos equipamentos utilizados para esse fim é o mesmo: motoaspirador que provoca a passagem de ar sobre um filtro sobre o qual o material particulado permanece retido (tanto para fontes fixas, dutos e chaminés, como para ambientes abertos e ambientes internos). É realizada determinação da quantidade desse material para a obtenção de resultado em peso por metro cúbico de ar, acordo com as normas da supracitada resolução do CONAMA (03/90). O método contínuo de quantificação de material particulado em suspensão na atmosfera, muitas vezes utilizado para dutos e chaminés, mas também para ambientes abertos através de estações automáticas de monitoramento da qualidade do ar, não permite a obtenção de amostras, e, dessa forma, não permitiria conhecer quimicamente os elementos presentes. Geralmente essa atividade é realizada através da passagem do ar por feixes de luz, que realizam uma ´leitura´. Diferentes fontes de emissão de material particulado têm diferente potencialidade de presença de elementos químicos, de acordo com as matérias primas utilizadas e os processos com elas realizados, isso quanto nos referimos a fontes antropogênicas. Também as fontes naturais têm diferente potencialidade de presença de elementos químicos no material particulado emitido, de acordo com a diferente composição do material que origina as emissões. O conhecimento da composição química do material particulado tem sua importância vinculada a possibilidade de sua classificação, estabelecimento de sua toxicidade e seus efeitos no homem e no ambiente. Segundo Branco e Murgel (2007), a utilidade da classificação dos poluentes de acordo com a sua composição química e segundo a sua origem, é conhecer as fontes de poluição para realização de seu controle e o conhecimento de seus efeitos sobre as pessoas ou sobre o ambiente natural. A realização do estudo da composição do material sedimentado em superfícies sólidas permite o conhecimento preliminar de elementos químicos depositados ao longo do tempo através de emissões de material particulado gerado por fontes 161 antropogênicas e naturais existentes no entorno do local objeto do estudo e transportados através da atmosfera. Esse tipo de estudo poderá conduzir à indicação preliminar de sua possível origem e à identificação de possibilidades de redução de sua emissão. Queiroz et al. (2007), citam o aumento de poluentes atmosféricos em função do crescimento industrial e urbano, como fator de aumento desses materiais na atmosfera, sua deposição no solo, nos vegetais e nos materiais, o que conduz a danos na saúde humana, redução da produção agrícola, prejuízos às florestas, degradação de construções e obras de arte, e, de forma geral, causa de desequilíbrio nos ecossistemas. Silva Jr (2010), cita que, segundo a CETESB, a fração inalável do material particulado pode atingir a mucosa nasal, a faringe, a laringe e parte superior da traquéia, correspondendo às vias aéreas superiores; partículas abaixo de 2,5 µg atingem a parte inferior da traquéia, brônquios, bronquíolos e alvéolos pulmonares. No que se refere ao tamanho do material particulado em suspensão na atmosfera, a resolução CONAMA 03/90 indica sua divisão em partículas totais em suspensão na atmosfera e partículas inaláveis (menores do que 10µg). Segundo Baird (1999), as partículas suspensas na atmosfera não são todas de um mesmo tamanho ou forma e também não apresentam a mesma composição química. O material particulado pode retornar à superfície do planeta diretamente através de sua deposição sobre os diversos materiais que a compõem assim como através da ´lavagem´ da atmosfera, que ocorre através das precipitações. Essas precipitações incluem a precipitação pluviométrica (chuva), o granizo e a neve. Esse retorno ocorre através do arraste que é provocado pela água em qualquer um de seus estados em seu trajeto pela atmosfera e também por comporem os núcleos de condensação existentes em qualquer um dos diferentes tipos de precipitação. Segundo Landis e Ming-Ho Yu (1995), o material particulado primário, que contribui em uma menor proporção à poluição atmosférica, serve como núcleos de condensação nos quais os particulados secundários residem. Isso demonstra a possibilidade de retorno dos elementos que compõem esses materiais à superfície do planeta, também através das precipitações, além do retorno pela sedimentação, uma vez que os núcleos de condensação são os responsáveis pela precipitação, ou retorno da água em seu ciclo, ao planeta. 162 Segundo Baird (1999), as partículas mais grossas, que compõem as emissões atmosféricas se depositam mais rapidamente e além de sedimentação como mecanismo de sua remoção da atmosfera, elas também podem ser carregadas pelas gotas de chuva. As partículas grossas são usualmente fuligem ou de natureza inorgânica, de composição similar ao solo. Muitas partículas grossas no ar são constituídas por minerais poluentes. Existe a possibilidade de elementos minerais constituírem partículas em suspensão na atmosfera, tóxicas ao homem e ao ambiente. As fontes de partículas maiores na atmosfera são compostas pelas emissões naturais como as erupções vulcânicas e atividades humanas como o cultivo da terra e a trituração de rochas em pedreiras, que resultam em partículas na camada superficial do solo e nas rochas, recolhidas e transportadas pelo vento (Baird, 1999). A dispersão de materiais de origem natural pode se somar àquelas de origem antropogênica, considerando não haver estratificação no ar atmosférico. Dessa forma, a sedimentação de material particulado sobre superfícies sólidas pode somar elementos presentes em fontes naturais e aqueles que compõem as emissões geradas pelas atividades humanas. Segundo Landis e Ming-Ho Yu (1995), o material particulado é composto por um grande número de materiais orgânicos e inorgânicos, incluindo metais e nãometais. Classificam-se como primários e secundários; a maior parte dos primários se origina de processos químicos e físicos; os secundários, de reações na atmosfera. O material particulado que sedimenta, poderá ser originado diretamente por emissões atmosféricas, ou a partir de reações que ocorrem com eles na atmosfera. De qualquer forma, os elementos químicos que compõem esses materiais não poderão ser outros além daqueles existentes na natureza, embora possam ter a sua presença formando diferentes compostos ou soluções. 5.1.1 Composição Química do Material Particulado Os elementos indicados para a varredura por microscopia eletrônica acoplada a espectrômetro de energia dispersiva, são Al, Si, K, Fe, Na, Mg, Ca, Ti, Mo, P, Zn e V. Esses elementos compõem a grande maioria do material particulado de acordo com referencias nacionais e internacionais. 163 Mais de 40 elementos traço são rotineiramente encontrados em amostras de material particulado atmosférico. Esses elementos se originam em dúzias de diferentes fontes, incluindo a combustão de carvão, de óleo, queima de madeira, fornos de aciaria, caldeiras, fundições, poeiras, resíduos de incineração e desgaste de freios. Dependendo de suas fontes, eles podem ser encontrados na forma de partículas finas ou grosseiras (Seinfeld e Pandis, 2006, p.381) De acordo com Landis & Ming-Ho Yu (1995), a composição do material particulado varia de local para local e difere em tamanho, superfície e toxicidade; a maioria dos particulados urbanos contém materiais traços, potencialmente tóxicos, como Pb, Cd, Ni, Se, V, Zn, Br, Co, Mn, entre outros. Partículas grossas começam a sua existência como matéria ainda mais grossa, uma vez que se originam principalmente da desintegração de grandes pedaços de materiais. Minerais poluentes constituem uma das fontes de partículas grossas no ar. Muitas das partículas grandes, presentes na poeira atmosférica, particularmente no ar das zonas rurais, tem origem no solo ou nas rochas, conseqüentemente a sua composição elementar é similar àquela da crosta terrestre: alta concentração em Al, Ca, Si, e O na forma de silicatos de alumínio, alguns dos quais ainda contem o íon Ca (BAIRD, 2002 p. 136). De acordo com Stolzenbach (2009), estudos químicos da poeira indicam que sua composição primária é de material natural típico da crosta terrestre, mas também contém significante quantidade de metais associados à poluição da água. Esses metais são misturados ao material que compõe a crosta terrestre, e assim fazem com que haja grande dificuldade de real identificação de sua fonte. Segundo Queiroz et al. (2007), o particulado inalável (conjunto que engloba as partículas das modas fina e grossa menores que 10 µm) é constituído por sulfatos, nitratos, amônia, aerossol carbonáceo, sais marinhos (NaCl), elementos de solo (Al, Ca, Fe, Si, Ti), metais (Cd, Cr , Cu , Ni, Pb, V, Zn e outros) e água. Arsenio, zinco, cobre e cádmio são metais característicos de emissões de processos de produção de metais não ferrosos; zinco da galvanização do ferro e produtos de aço; chumbo cobre e zinco de processos pirometalúrgicos; cromo, manganês e grafite, da produção de ferro e aço (MACHEMER apud EASTWOOD, 2008, p.31). Segundo Carvalho et al. (2000), no Brasil os combustíveis fósseis são empregados pelas usinas termoelétricas e siderúrgicas acarretando na emissão de 164 partículas enriquecidas em espécies químicas altamente tóxicas. Essas partículas podem causar sérios problemas ao meio ambiente e ao ser humano por permanecerem durante um longo período na atmosfera e por apresentarem em sua superfície concentrações elevadas de metais como Ni, Cr, Pb, Cd, Fe, Mn, etc. De acordo com Melo Jr et ali (2011), em estudo da qualidade do ar da região de Campinas quanto ao material particulado disperso na atmosfera local, detectou-se no material particulado 19 elementos químicos são eles: Al; Si; P; S; Cl; K; Ca; Ti; V; Cr; Mn; Fe; Co; Ni; Cu; Zn; Se; Br e Pb. A ocorrência natural dos elementos se encontra classificada em uma tabela, como comuns, médios e raros. Os comuns (> 10-2 mol/Kg), são Al, Fe, MG, Mn e Ti; os médios (10-4- 10-2 mol/Kg) são Ba, Be, Co, Cr, Cu, Ni, V, Zn e Zr; os raros (< 10 -4 mol/Kg) são Ag, As, Cd, Hg, Mo, Os, PB, PT, Sb e Se (Wallace e Kohatsu, 2008, p.604). Os elementos químicos indicados para a varredura realizada em amostras identificadas individualmente quanto à inclinação da superfície sólida de sua origem destinam-se também a possibilitar comparação de resultados entre diferentes orientações de exposição à atmosfera e assim a uma indicação preliminar de orientação de suas origens. As emissões de alumínio originam-se tanto de processos de combustão quanto das indústrias químicas e siderúrgica (Gutberlet, 1996, p.179). Segundo Manahan (2000), os óxidos metálicos constituem a maior classe de partículas inorgânicas na atmosfera. Eles são formados durante a queima de combustíveis que contém metais. O vanádio orgânico em óleos combustíveis residuais é convertido em material particulado de óxido de vanádio. Parte do carbonato de cálcio nas cinzas de carvão é convertido em óxido de cálcio e emitido pelas chaminés à atmosfera. Nas partículas finas são encontrados predominantemente íons de sulfatos, amônia e hidrogênio; carbono elementar, compostos orgânicos secundários e espécies orgânicas primárias, de processos de combustão e cozimento; e certos metais em transição como mercúrio, chumbo, cádmio, vanádio e cromo. Nas partículas grossas são encontrados predominantemente materiais brutos como cálcio, alumínio, sílica, magnésio e ferro e alguns materiais orgânicos primários como pólen e restos de animais e plantas (Resende, 2007, p.68). 165 Na atmosfera, o ferro aparece na forma de óxido de ferro. A produção de ferro e aço na indústria de transformação libera altas concentrações de partículas finas desse elemento. O ferro também é liberado pela poeira do solo. Representa um elemento pouco tóxico e essencial à manutenção do metabolismo da flora, da fauna e do ser humano, assim, a literatura raramente relata danos à saúde por causa de emissões de ferro mais elevadas (Gutberlet, 1996, p.184). Segundo Manahan (2000), a composição química do material particulado atmosférico é muito diversa...elementos encontrados em concentrações superiores a 1 μg/m3 são alumínio, cálcio, carbono, ferro, potássio, sódio e sílica dos quais a maioria tende a se originar de fontes terrestres. Quantidades inferiores de cobre, chumbo, titânio, zinco e quantidades ainda menores de antimônio, berílio, bismuto, cobalto, cromo, césio, lítio, manganês, níquel, rubídio, selênio, estrôncio e vanádio foram observadas. As prováveis fontes de alguns desses elementos são: Al, Fe, Ca, e Si na erosão do solo, poeiras de rochas e combustão de carvão; Na e Cl em aerossóis marinhos, cloreto da incineração de resíduos de polímeros de materiais orgânicos halogenados; Zn provavelmente da combustão. O molibdênio é o 53º elemento em abundancia na crosta e sua concentração varia entre 1.0 a 2.3 ppm. A principal fonte de molibdênio no ambiente é o uso de Mo como fertilizante na agricultura, lodos de esgotos, combustão de carvão e fundições de minerais (Bradl, 2005, p.125). O papel da atmosfera no ciclo do fósforo parece ser pouco entendido. Ele não existe na forma de compostos gasosos estáveis. Ele é adsorvido em material particulado, poeiras (incluindo pólen) e fumos de exaustão ou dissolvidos em sprays marinhos. O retorno do fósforo ocorre através da deposição seca e da precipitação...poeiras e sprays marinhos são as maiores fontes de fósforo na atmosfera (Trudinger e Dalwayne, 1979, p. 206-207). Segundo Bullock e Gregory (1991), a quantidade de fósforo nas precipitações é pequena, ao contrário ao nitrogênio e ao enxofre, porque ele não está contido em compostos gasosos que são liberados para a atmosfera. A maior fonte de fósforo atmosférico é o material particulado dispersado de poeiras e solo. Os efeitos do material particulado no ambiente, mais especificamente aqueles relacionados ao local do estudo, podem ocorrer através de danos aos materiais, à vegetação, contaminação de águas em escoamento e contaminação do solo. Esses 166 danos são advindos da deposição do material particulado sobre as superfícies existentes e suas ações, reações e interações. O ciclo do fósforo é consideravelmente diferente do ciclo do C, N e do S. Ainda que ocorra seu transporte à atmosfera através de aerossóis e poeira, não há maiores gases de fósforo na atmosfera. Ele está presente na forma de particulados e representa um reservatório muito pequeno desse elemento (Mackenzie, 1998, p.77). Os efeitos da poluição atmosférica nos ecossistemas são diversos e especialmente significativos em zonas urbanas, onde se encontram os assentamentos humanos mais aglomerados, pela alta industrialização e fluxo de veículos, elementos que determinam maior poluição do ar (SOLIS SEGURA e LOPEZ ARRIAGA, 2003 p.84). De acordo com Stern (1976), o ataque químico direto do material particulado, ocorre através de reação irreversível e diretamente com o material e pode causar deterioração. Um exemplo é a ação do sulfeto de hidrogênio na prata e as ações em superfícies metálicas por misturas ácidas. O ataque químico indireto ocorre quando os materiais absorvem os poluentes e esses conduzem à modificações químicas. O material particulado pode ter ação física de alteração no meio ambiente, causando redução da luminosidade em depósitos de água, naturais ou não, e assim interferindo nas populações de organismos vivos existentes nesses locais. Pode provocar a redução da visibilidade e pode também reduzir a taxa de fotossíntese na vegetação. Sua ação química ocorre quando sua composição inclui elementos tóxicos que podem provocar danos diretos ao ambiente, ou podem alterá-lo através de reações com os próprios componentes do local. Segundo Stern (1976), materiais de construção como pedra e argamassa podem ser descoloridos ou carregados por poluentes atmosféricos, mas esses efeitos não são usualmente medidos quantitativamente. Os efeitos na saúde causados pelo material particulado, ocorreriam durante o tempo de sua permanência na atmosfera e através da ressuspensão de seus sedimentos. Os elementos encontrados são substratos para o crescimento e desenvolvimento de organismos vivos que podem contribuir à efeitos na saúde através da suspensão de materiais orgânicos nocivos ao homem. Os materiais depositados sobre os telhados podem ser compostos por fungos, algas e liquens, e, de acordo com Sjöstron (1996), o material sobre o qual a maioria 167 do crescimento biológico ocorre é o cimento amianto, que é muito freqüentemente encontrado como cobertura de telhados. Somente uma pequena proporção desse material não tem esse tipo de crescimento; em 90% dessas coberturas se encontram algas e liquens. Musgos também ocorrem em 6% dessas superfícies. Telhados com cerâmica também mostram grande crescimento de algas e/ou liquens, que podem ser verificados em aproximadamente 50% dos telhados. Neles os musgos aparecem com menor freqüência. Somente um material, cobre, não possui crescimento nenhum, não tendo sido notado nenhum crescimento em telhados de cobre. Muitas espécies de algas verdes colonizam paredes, telhados e outras superfícies artificiais onde a disponibilidade de nutrientes é extremamente limitada (Rindi and Guiry, 2002; Häubner et al, 2006 apud Hodkinson, 2011, p. 213). A descoloração de telhados causada pelas algas, comumente referida a crescimento de fungos, é um problema freqüente em todo o país. É freqüentemente confundido com fuligem, sujeira, mofo ou excrementos de árvores. A alga que causa essa descoloração não se alimenta dos materiais dos telhados e assim não afeta a sua durabilidade e sua função. Os pigmentos naturais da alga podem tornar um telhado branco ou claro, gradualmente marrom escuro ou negro num período de alguns anos (Scharff, 2001, p.238). De acordo com a US EPA (2003), os receptores humanos incluem a pele, os olhos, o nariz, e o sistema respiratório. Os poluentes atmosféricos são introduzidos no corpo humano principalmente através da respiração, mas também podem ser ingeridos ou absorvidos pela pele. Desde o fim dos anos 80 e início dos anos 90, novos métodos epidemiológicos encontraram efeitos na saúde associados a baixas concentrações de material particulado (PHALEN, 2002, p.01). Uma grande variedade de processos gera material particulado para o ar ambiente no qual vivemos e respiramos, havendo uma extensa literatura epidemiológica que demonstra significância estatística de associação entre concentração de partículas em suspensão e níveis de mortalidade e morbidade na população humana (HESTER e HARRISON, 1998, p.80). Estudos de longas exposições a poluentes atmosféricos, especialmente a material particulado, sugerem um aumento da mortalidade, do risco de doenças 168 respiratórias crônicas, e do desenvolvimento de câncer (MOUSSIOPOULOS, 2003, p. 91). As emissões atmosféricas geram caminhos múltiplos de avaliação de exposição que se estendem desde a inalação direta de contaminantes derivados da sua dispersão e da sua deposição, à consideração de vias indiretas que incluem a deposição de contaminantes no solo, na água e na vegetação e sua subseqüente transferência e acumulação na cadeia alimentar (SJMEONOV, 2010, p.41). À medida que aumentam as bases de informações nos constituintes do material particulado que possuem efeitos na saúde, constituintes químicos específicos ou tamanho das partículas são indicados como agentes causais. A determinação da composição e das características do material particulado que causa efeito adverso na saúde humana é uma oportunidade para um aumento da proteção à saúde publica permitindo o controle dos aspectos mais importantes das partículas que causam efeitos na saúde, possibilitando a aptidão ao uso dessas informações em estratégias efetivas de monitoramento e controle de emissões de fontes e novas necessidades em ferramentas de conexão de fontes com a qualidade do ar ambiente. O material particulado consiste numa grande variedade de componentes químicos e numa grande variedade de tamanhos de partículas, sem o conhecimento da importância biológica desses componentes é impraticável a aplicação de técnicas às fontes e aos receptores de cada um desses componentes. (RESEARCH PRIORITIES FOR AIRBORNE PARTICULATE MATTER, 1998). O ferro no ar e aquele encontrado em fundições e em outros meios industriais se apresenta em concentrações geralmente negligenciáveis (SENTZ e RAKOW apud NORDBERG et al., 2007, p. 578). A exposição ocupacional a pós finos de alumínio de poeiras metálicas foi seguida por fibrose pulmonar (NORDBERG et al., 2007, p.306). O molibdênio é emitido através da combustão e de cinzas. Problemas ecotoxicológicos são encontrados especialmente em herbívoros (DAVIS apud NORDBERG et al., 2007, p.273). O zinco é emitido para a atmosfera por processos de combustão, fundições e a mineração que também poderão descarregá-lo no meio aquático. Sintomas respiratórios e febre com calafrios podem resultar da inalação de fumos recentes de zinco, de latão ou outros óxidos metálicos dando origem à febre de fumos metálicos (HUNTER apud NORDBERG et al., 2007, p.372). 169 No ser humano, uma absorção elevada de alumínio por inalação de vapor, fumaça ou poeira fina pode levar a alterações irreversíveis nos tecidos, causando pneumonia fibrilosa e processos inflamatórios broncopulmonares, lesões no coração e pneumotórax. Concentrações elevadas de alumino são encontradas em trabalhadores de fundições desse material. Em casos extremos, a acumulação de alumínio pode causar uma aglomeração das microfibrilas celulares e assim originar uma incapacidade funcional nervosa. (Gutberlet, 1996, p.179). 5.1.2 Deposição/ Sedimentação do Material Particulado O material particulado sedimentado nas superfícies sólidas estudadas tem origem atmosférica, seja através da deposição úmida ou através da deposição seca. A maior indicação de sua sedimentação refere-se à deposição seca, uma vez que a deposição úmida ocorreria através da precipitação pluviométrica, que, ocorrendo sobre superfícies inclinadas como é o caso dos telhados das residências, teria menor possibilidade de originar sedimentos devido ao seu escoamento. Os poluentes atmosféricos podem chegar de duas maneiras à superfície terrestre: deposição seca e deposição úmida, segundo seja a fase em que se encontrem ao incidir sobre a superfície. Os poluentes em geral, incluindo os aerossóis, podem estar contidos nas gotas de nuvens, neblina, chuva, neve e quando esses hidrometeoros impactam sobre o solo (edifícios, grama, vias públicas, lagos, etc.) a deposição do poluente é úmida. Mesmo assim, os poluentes na forma gasosa, incluindo os aerossóis, podem chegar ao solo em função da turbulência atmosférica e/ou ação da gravidade, e serem absorvidos ou adsorvidos pelos diversos compartimentos sobre os quais incidem: solo, água, biota, sem ocorrer sua dissolução ou suspensão em gotas de água atmosférica, assim ocorre a deposição seca. Também a superfície sobre a qual ocorre a deposição pode ser seca ou úmida, mas os termos deposição seca e deposição úmida se referem aos mecanismos de condução dos poluentes à deposição (FIGUERUELO e DÁVILA, 2004, p.257). Quanto às amostragens considerou-se em seus métodos a sua não realização durante a ocorrência de precipitação pluviométrica, assim como em dois dias sucessivos à ocorrência de chuvas em função da lavagem que ocorre nas superfícies e assim o comprometimento da coleta de material sedimentado. 170 Segundo Paode e Holsen (1996), a deposição seca pode ocorrer durante todo o ano, mesmo quando outro tipo de deposição ocorra paralelamente. É difícil ou impossível coletar deposição seca durante a ocorrência de precipitação pluviométrica porque as superfícies onde ela ocorre ficam cobertas enquanto ocorre chuva ou neve. A escolha dos telhados de residências para a realização das amostragens, como superfícies sólidas passíveis da ocorrência de deposição se refere a esse tipo de superfície estar exposto à sedimentação. O processo através do qual as partículas caem do ar à superfície é chamado de sedimentação. A lavagem de partículas pelos flocos de neve, chuva, neve com chuva, granizo, névoas e neblina é uma forma comum de aglomeração e sedimentação. Outras partículas também são retiradas do ar pelo impacto e retenção em superfícies sólidas da vegetação, do solo e de construções (VALLERO, 2008, p.59). O material sedimentado em superfícies através da deposição tem sua importância reconhecida por órgãos internacionais de proteção ao meio ambiente. Segundo a US EPA (2005), atualmente nos Estados Unidos da América, a rede nacional de monitoramento rotineiramente mede a deposição total seca e úmida de alguns compostos. A concentração atmosférica de partículas em deposição seca começou a ser medida em 1986 com o estabelecimento da Rede Nacional de Deposição Seca (NDDN, sigla em inglês), da US EPA. Os materiais que compõem os sedimentos de material particulado em superfícies sólidas, neste caso os telhados, tem a importância de seu conhecimento em função da contribuição à poluição ambiental que ocorre através da possibilidade da transferência de materiais tóxicos a outros meios. Essa importância também é devida à localização da área de estudo. De acordo com Boller e Steiner (2002), os telhados liberam metais, tanto pelo processo de lixiviação das telhas como a partir da lavagem de materiais neles depositados pela deposição atmosférica. O cobre originado da lavagem dos telhados pela chuva e de estradas é considerado a maior contribuição à poluição difusa de cobre em áreas urbanas. Segundo Adams e Papa (2000), na maioria das cidades a velocidade de deposição do material particulado é maior nas zonas centrais congestionadas e nas áreas industriais do que nas zonas residenciais e áreas suburbanas. 171 O estudo do material particulado sedimentado em superfícies sólidas também tem sua importância no que se refere a possibilidade de ser transferido a outros meios e conduzir à sua contaminação. Essas ocorrências envolvem a lavagem das superfícies e condução de materiais através da água, além da transferência que pode ocorrer através do próprio vento. O vento move depósitos do solo e de outras superfícies, podendo levá-los à atmosfera e transportá-los a grandes distancias. O processo é conhecido como ―deflação‖ e pode contribuir para a formação de tempestades de areia e formação de dunas e desertos, erosão de solos agrícolas, depósitos geomorfológicos, carga de partículas à atmosfera, redução de visibilidade, sedimentos oceânicos, eventos de ―chuva vermelha‖. Três estágios estão envolvidos: suspensão desde a superfície para a atmosfera, transporte e deposição (TIWARY e COLLS, 2009, p.77). O tratamento da água pluvial captada é obrigatório devido aos riscos associados ao material carregado pela água de chuva quando do escoamento sobre a cobertura (de construções). Observa-se a presença de material grosseiro, como folhas, gravetos, sementes e sólidos suspensos e dissolvidos originados de fezes de pássaros, gatos e roedores, além de material particulado fino sedimentado sobre as coberturas a partir de suspensão aérea, além de microrganismos patogênicos presentes em águas de coberturas, conforme mostram pesquisas em cursos no IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo) realizadas também em outras instituições (REBELLO, 2004). O escoamento de água pelos telhados era considerado limpo, mas alguns estudos mostraram concentrações de metais pesados em suas superfícies (LEHR, 2011, p.9-58). De acordo com Vogel et al. (2011), o escoamento de águas pluviais dos telhados tem se mostrado como uma grande fonte e rota de contaminantes como metais pesados e bactérias para as águas superficiais. Segundo (SELENDY, 2011), o escoamento dos telhados é o maior componente do escoamento urbano total. Ele consiste de materiais contidos nos telhados, de poluentes suspensos na atmosfera e de substancias adicionadas por interceptação e deposição que incluem contaminantes químicos, orgânicos e biológicos como folhas, insetos mortos e dejetos de pássaros De acordo com Robertson et al. (2003), dados sobre sedimentos urbanos em geoquímica e especiação de contaminantes suprem informações muito necessárias 172 em níveis de poluição urbana e realçam a importância de sedimentos urbanos como acumuladores de poluentes e sua potencialidade de impacto tóxico nos meios aquáticos e terrestres e na saúde do homem. Para o entendimento das fontes de contaminantes dos particulados urbanos e para predizer seus caminhos, mobilidade e impacto, são necessárias informações detalhadas em termos mineralógicos e geoquímicos. Segundo Stolzenbach (2006), uma razão secundária, mas também importante de ser considerada sobre a poluição atmosférica é que os poluentes que não são lavados podem se acumular em superfícies como o solo, formando um reservatório de substancias tóxicas que podem ser posteriormente ressuspensos e retornar à atmosfera, causando ameaça à saúde do homem e dos ecossistemas mesmo depois que as suas fontes de emissão tenham sido removidas. 5.1.3 Ressuspensão do Material Particulado O material sedimentado em superfícies sólidas está diretamente exposto à atmosfera e assim, aos fatores meteorológicos. A ação do vento sobre os depósitos poderá promover o seu retorno à atmosfera. Nesse retorno primeiramente ocorre a sua suspensão e assim uma nova contaminação atmosférica causada por esse material, cuja origem é também atmosférica, através de seu lançamento por fontes de emissão. Após o retorno do material sedimentado à atmosfera, outras superfícies receberão sua deposição. No retorno à atmosfera, o material poderá sofrer modificações através de reações com elementos e materiais nela contidos e sua nova deposição poderá ocorrer através de novas substancias e elementos. Segundo CHARRON e HARRISON (2005), as concentrações de partículas grosseiras (de 2.5 a 10µm) é incrementada quando há um incremento da velocidade do vento. Esse padrão revela claramente que uma parte do material particulado é resultante dos processos de ressuspensão pelo vento. A ressuspensão está intimamente ligada à adesão e à desagregação das partículas, e pode ser definida como a saída de partículas de uma superfície e seu transporte. Ela pode ocorrer como resultados de jatos de ar, forças mecânicas, impactação de outras partículas ou ação de forças eletrostáticas (HINDS, 1999, p.145). 173 Os elementos presentes no material particulado sedimentado nas superfícies sólidas estudadas, tanto pode ter origem associada à ressuspensão como podem ser alvo da ocorrência desse evento. Podem ser resultado, pelo menos parcial da ação do vento sobre materiais depositados em outras superfícies e podem ser fonte para a ação do vento na ocorrência de uma nova suspensão. De acordo com Stolzenbach (2006), uma razão secundária, mas também importante de ser considerada sobre a poluição atmosférica é que os poluentes que não são lavados podem se acumular em superfícies como o solo, formando um reservatório de substancias tóxicas que podem ser posteriormente ressuspensos e retornar à atmosfera, causando ameaça à saúde do homem e dos ecossistemas mesmo depois que as suas fontes de emissão tenham sido removidas. Os solos sem cobertura vegetal, ocasionada pela terraplenagem realizada em áreas contíguas à região do estudo e dentro da própria região, o transito de veículos nas vias e rodovias internas e no entorno das superfícies amostradas podem originar deposição de material particulado através da ressuspensão causada pelo vento e pela turbulência causada pelo transito de veículos. Material da crosta pode se originar de diferentes fontes, como da erosão eólica em solos nus, uso de solo agrícola, ressuspensão de poeira de rodovias, desgaste de estradas, rodovias sem pavimentação, manuseio de materiais, e atividades de construção (STEYN e RAO, 2010, p.140). A ressuspensão, também conhecida como ―reentrada‖ é muito relevante para os poluentes particulados do ar. As partículas depositadas na vegetação podem permanecer e serem ressuspensas à atmosfera ou serem lavadas durante a precipitação. A tendência das partículas em serem ressuspensas é uma propriedade das partículas e da aderência à folhagem (TIWARY e COLLS, p.308). 5.1.4 Fontes de Emissão de Material Particulado As fontes de emissão do material particulado sedimentado nas superfícies sólidas com diferentes inclinações de exposição, podem estar localizadas em qualquer um dos sentidos Norte, Sul, Leste ou Oeste em relação ao local do estudo. Os elementos presentes nos sedimentos podem ter origem em fontes antrópicas ou naturais, fixas ou móveis, que se encontram no entorno e dentro da região do estudo. 174 Segundo a US EPA (2010?), a maioria dos elementos tóxicos da atmosfera se originam de fontes antropogênicas que incluem fontes móveis (automóveis, ônibus, caminhões e outros) e fontes estacionárias (indústrias, refinarias, plantas de produção de energia e outras), assim como fontes de ambientes internos (materiais de construção e atividades como lavagem). Segundo da Silva (2007), qualquer processo, equipamento, sistema, máquina, empreendimento, etc., que possa liberar ou emitir matéria ou energia para a atmosfera, de forma a torná-la poluída, pode ser considerado fonte de poluição do ar. Existem muitas fontes identificadas de material particulado. O setor de transporte é conhecido como a maior fonte, através da emissão direta de partículas para a atmosfera pela exaustão (COLVILE et al., 2001; MAYER apud HEARD, 2006 p.265). Segundo a FEPAM, as principais fontes de emissão de partículas totais em suspensão na atmosfera e Partículas inaláveis, são as que se encontram no quadro abaixo: Quadro 19 - Fontes Características de Alguns Poluentes Atmosféricos. FONTES E CARACTERÍSTICAS DE ALGUNS POLUENTES NA ATMOSFERA Características Principais Fontes Principais antropogênicas Fontes Naturais Partículas Totais Partículas de material sólido ou Processos industriais, em Suspensão líquido que ficam suspensos no veículos automotores Pólen, aerossol (PTS) ar, na forma de poeira, neblina, (exaustão), poeira de rua marinho e solo. aerossol, fumaça, fuligem, etc. ressuspensa, queima de Tamanho < 100 micra biomassa. Partículas Partículas de material sólido ou Processos de combustão Pólen, aerossol Inaláveis(PM10) líquido que ficam suspensos no (indústrias e veículos marinho e solo ar, na forma de poeira, neblina, automotores), aerossol aerossol, fumaça, fuligem, etc. secundário (formado na Tamanho < 10 micra atmosfera). Poluente De acordo com a US EPA (2003), o material particulado se origina de diferentes fontes estacionárias e moveis assim como de fontes naturais. As partículas finas resultam da queima de combustíveis de veículos a motor, geração de energia, indústrias e residências (aquecimento). As fontes de partículas grosseiras incluem o trânsito de veículos em vias não pavimentadas, trabalhos manuais, trituração e moagem e ação dos ventos em solo, rocha e outros materiais naturais. Algumas partículas são emitidas diretamente por suas fontes, como veículos e chaminés. Em 175 outros casos os gases interagem com outros componentes do ar e formam partículas finas. Alguns componentes como potássio e nitrato podem ser encontrados nas duas frações, mas com origens ou mecanismos diferentes. Potássio na fração grossa vem do solo, nas partículas finas vem da queima de madeira ou cozimento de carnes (Resende, 2007, p.68). A deposição de elementos traços da atmosfera na Noruega foi avaliada através do uso de dados de uma pesquisa nacional sobre musgos de 1995, que indicou a presença de 53 elementos em 458 amostras de musgos no solo (Hylocomium splendens). Os resultados foram comparados com pesquisas similares realizadas em 1977, 1985 e 1990 para a avaliação das tendências de deposição. O transporte atmosférico de longo alcance, de outras partes da Europa é a principal fonte de deposição de V, Zn, As, Mo, Ag, Cd, Sn, Sb, Hg, Ti, Pb e Bi na Noruega. Entre 1977 e 1990 os níveis da maioria dos elementos transportado a longo alcance de V, Zn, As, Cd, Sb, PB, foi reduzido em mais de 50 %. Entre 1990 e 1995 não foi encontrada redução evidente, a não ser para o Pb. As partículas minerais, majoritariamente partículas do solo levadas pelo vento são: Li, Al, Ca, Sc, Ti, V, Cr, Fe, Co, Ga, Ge, Rb, Sr, Y, Zr, Nb, La, Ce, Pr, Nd, Sm, Eu, Ga, Tb, Dy, Ho, Br, Tm, Yb, Lu, Hf, Ta, Th, U. (Berg e Steinnes, 1997; Stainnes, 1995). Segundo a tabela de poluentes perigosos potencialmente emitidos por unidades de processos de refinarias de petróleo do Argonne National Laboratory (1990), entre outros elementos são apresentados: BA, Pb,Sr, Cu, Mo, Ni, V e Zn. Entre os elementos transferidos pelo óleo do leito de rodovias ao escoamento pluvial encontram-se: Al, BA, Sb, Be, Cd, Ca, Co, Cu, Fe, PB, MG, Mn, Mo, Ni, Se, Si, Ag, Na, Sr, Ta, Ti, V e Zn. Num primeiro momento, considerando a quantidade de fontes potenciais de origem dos elementos encontrados nas amostras, solo, rodovias, refino de petróleo, transporte a longo alcance, e considerando a possibilidade de grande quantidade de fontes contribuírem ao material depositado nas superfícies amostradas, se torna impossível alguma tentativa de identificação de sua fonte. A ausência do elemento Vanádio, indicaria que as contribuições para o material sedimentado excluem fontes móveis (veículos automotores) e atividade de refino do petróleo, porém a presença de outros elementos como Mo e Zn, inviabilizam essa exclusão, mesmo que esses materiais possam ter origem nas emissões de materiais 176 da crosta terrestre. A ausência do elemento Vanádio, uma vez que ele também pode estar presente nas emissões de fontes móveis e em emissões da crosta terrestre não permite descartar totalmente essas fontes, porque outros elementos, também característicos de suas emissões como Al, Fe, Mn, Mo, Na, Ti e Zn. 5.1.5 Amostragem A possibilidade dos sedimentos de material particulado apresentar indicações de sua origem e de suas possíveis fontes é a base fundamental do estudo realizado. As superfícies sólidas objeto da sedimentação de material particulado e ao mesmo tempo fonte potencial de poluição através ressuspensão desses matérias para a atmosfera ou através da sua lavagem pela precipitação são, também por isso, objeto das amostragens realizadas para conhecimento preliminar de sua composição química elementar. As referencias existentes sobre amostragem de material sedimentado se dirigem principalmente a questões de qualidade da água pluvial coletada e ao material sedimentado em superfícies como o asfalto. Uma referencia sobre deposição em telhas foi realizada para a finalidade de estudos sobre emissões de uma indústria de cimento. Amostras de deposição seca foram coletadas em 28 telhados de residências em Fuhais, Jordânia, durante estação seca no ano de 2004. As amostras foram analisadas para verificação da concentração de metais traços e pesados na investigação dos impactos de partículas totais em suspensão emitidas por uma indústria de cimento na cidade de Fuhais. A indústria opera há mais de 50 anos e estava sendo avaliado o uso de coque para a redução de custos de combustível. Não havia dados prévios sobre emissões de metais pesados durante as operações antes deste estudo. A amostragem considerou os ventos predominantes na região e o movimento de transporte pesado na área de estudo. A deposição foi coletada a cada estação, com o uso de um balde de plástico para a captura do material. Uma pá de lixo, uma escova e uma pá foram utilizadas para a remoção das amostras dos baldes (ZIADA et al., 2006). De acordo com CARRAZ et al. (2006), muitos métodos tem sido aplicados com sucesso por pesquisadores, na coleta de amostras de poeiras de vias urbanas que 177 incluem limpadores à vácuo com bateria (Grotker, 1987), pequenos varredores à vácuo (Rogge et al. 1993, Yang et Bauman, 1995) e pá de polietileno e escova (Kim et ali, 1998; Xie et ali, 1999; Vermette et ali, 1991). Ainda que esse último método possa conduzir a problemas com as partículas pequenas em comparação com os limpadores à vácuo (Bris et ali, 1999), observações prévias mostraram que os sedimentos em estradas coletados em Manchester eram compostos básicamente por partículas de areias de tamanho médio (Robertson et al., 2003). As amostragens realizadas nas superfícies sólidas, representadas pelos telhados das residências localizadas na área de estudo proposta, obedeceram as orientações EPA QA/G-5S, Guidance on Choosing a Sampling Design for Environmental Data Collection for Use in Developing a Quality Assurance Project Plan, de 2002, justamente para o que se propõem essas orientações na obtenção de amostras seguramente representativas. A intensa busca sobre métodos, metodologias, padrões e de outros estudos previamente realizados para a mesma finalidade teve pouco sucesso. A deposição de material particulado certamente não ocorre de uma única vez nem somente em um determinado momento. Certamente, ao longo do tempo, há um acúmulo de materiais depositados que não obrigatoriamente terão as mesmas composições químicas. No material sedimentado, poderão ocorrer reações, interações e modificações entre seus constituintes e com aqueles depositados subseqüentemente. A exposição do material depositado à atmosfera, também poderá levar à ocorrência de reações, interações e modificações com a participação dos fatores atmosféricos e dos gases presentes na atmosfera. A ressuspensão através da circulação atmosférica também não ocorre de uma única vez nem em um único momento. Assim, o material capaz de sofrer ressuspensão não será obrigatoriamente o mesmo material que foi sedimentado. Além da possibilidade de ocorrência de ressuspensão dos materiais sedimentados nas superfícies sólidas, a ocorrência de precipitação pluviométrica considerando a latitude do local de estudo, pois em outras latitudes, outras formas de precipitação podem ocorrer e também poderão levar a ocorrências semelhantes poderá conduzir à reações ou interações com a água e seus elementos e assim à formação de outros compostos. O material sedimentado então, modificado ou não pelas precipitações pluviométricas, poderá ser transportado pelas chuvas 178 diretamente para outras superfícies como o solo e a água, e indiretamente para a vegetação e para os animais. Poderá também ocorrer transferência de material particulado depositado em superfícies sólidas, através do impacto das gotas de chuva, que poderá transportá-lo para outros locais, como por exemplo, do solo para a vegetação. O material particulado sedimentado funcionaria então como um depósito de materiais que, modificados ou não considerando seu estado na deposição, serão capazes de gerar novas contaminações na atmosfera, em superfícies sólidas e na água. À essa nova contaminação sugere-se a denominação de repoluição. A escolha dos telhados como a superfície sólida objetos das amostragens foi baseada em: - constantes reclamações de seus habitantes, sobre a deposição de ´borras´ nos telhados de suas residências; - os telhados, entre as superfícies sólidas existentes na área de estudo, estão unicamente expostos às condições meteorológicas, não havendo neles intervenções humanas; - as possibilidades das diferentes inclinações dos telhados servirem como indicação de diferentes sentidos de origem do material sedimentado; A escolha de superfície sólida capaz de receber material particulado através da deposição também tem base na possibilidade de ocorrência da ressuspensão desse material através da ação do vento, que poderá transportá-lo a outros meios causando problemas de poluição, que também podem ocorrer pela sua lavagem e transporte pela água da chuva. Os materiais utilizados para a obtenção, o armazenamento, a divisão e o transporte das amostras, os procedimentos , os métodos, o plano de amostragem assim como o plano amostral estão descritos e detalhados no capítulo III. 5.1.6 Varredura através de MEV/EDS A varredura através de MEV/EDS realizada nas amostras de sedimentos obtidas das diferentes exposições das superfícies sólidas amostradas obteve os resultados esperados para a busca da presença dos elementos prevista. O uso dessa técnica referiu-se à obtenção de resultados qualitativos de presença ou ausência de elementos. Os valores encontrados por esse tipo de análise estão 179 relacionados à porcentagem dos elementos presentes nas amostras e assim restringem seu uso quanto à quantificação técnica e científica dos elementos com exatidão. Vários estudos para a obtenção de resultados qualitativos de elementos em amostras sólidas tem sido realizados através dessa técnica. Segundo Nordberg et al. (2007), a caracterização das partículas, seu tamanho, distribuição e composição química são de grande importância na saúde ocupacional. A instrumentação necessária para essas investigações é extremamente especializada e cara. Os procedimentos rotineiramente utilizados são o microscópio eletrônico de alta resolução, e micro análise de elétrons. A determinação das porcentagens dos elementos por microanálise de raios-X é uma operação possível no microscópio eletrônico. Existem vários métodos para a quantificação dos elementos químicos presentes na amostra, sendo o método mais simples o sem padrões. Neste caso, a análise é denominada semiquantitativa (DEDAVID et al p.22). Segundo Castro et al. (2011?), o MEV se constitui em versátil instrumento para avaliação, exame e análise das características micro-estruturais de amostras biológicas e não biológicas em atividades de pesquisas e diagnósticos. Na área humana são analisados tecidos com anomalias e estruturas como dentes e cabelos. Materiais como cinzas e partículas de metais fraturados também são visualizados. De acordo com Stern (1976), uma das vantagens da análise através de microscopia eletrônica é a possibilidade de avaliar semi quantitativamente a composição química mesmo de muito finas partículas. Segundo Mansur (2011?), a análise denominada espectroscopia de energia dispersiva (EDS), usa um material semicondutor, para detectar os raios-X, e um analisador multicanal e converte a energia de raios-X em uma contagem eletrônica. A partir do valor acumulado destas contagens é criado um espectro que representa a análise química da amostra. Para a análise quantitativa dos elementos, deve-se utilizar padrões com concentrações conhecidas dos elementos a serem analisados (MANSUR, 2011?). Segundo Morales (2006), a partir de estudos de microscopia eletrônica é possível realizar uma análise morfológica e microanalítica do material particulado, o que é realizado em estudo multidisciplinar de material particulado coletado em Santiago, Chile, utilizando a varredura de microscopia eletrônica, dotada de uma sonda de microespectrometria por energia dispersiva de raio x. A observação das 180 amostras resultou na identificação de centenas de partículas, que podem se caracterizar atendendo a um critério morfológico (forma, tamanho e aspecto), e sua relação com a composição química. O estudo permitiu obter uma classificação em quatro grupos, entre os quais as de origem geológica, com tamanho entre 10 e 1 µm, com morfologia irregular e com alto conteúdo de Si, Al, Fe e MG, de modo que podem ser descritas como silicatos de alumínio e caracterizadas como argilas ou mica. 5.2 Monitoramento Meteorológico durante as Amostragens O monitoramento meteorológico realizado durante as amostragens, embora seja questão imprescindível para o acompanhamento de dados ambientais, principalmente aqueles que envolvem processos atmosféricos como a quaisquer questões ligadas à poluição atmosférica não mostrou aplicabilidade prática dos dados relativos às direções do vento ocorridas durante as amostragens. Isso se deve a uma série de questões como: - as amostragens foram realizadas no intuito de obter material sedimentado ao longo do tempo, e o monitoramento meteorológico realizado de hora em hora durante as amostragens não é capaz de configurar o fator direção do vento válido para interpretação preliminar da origem dos materiais depositados nas superfícies sólidas representadas no estudo pelos telhados das residências; - as amostragens nas as diferentes inclinações de telhados, N/S e L/O não foram realizadas ao mesmo tempo, assim, diferentes condições meteorológicas ocorreram durante as amostragens; - as amostragens em cada uma das inclinações que compõem o estudo, não foram realizadas num mesmo dia em função da quantidade de unidades amostradas, portanto, não ocorreram sob a mesma condição meteorológica; - as diferentes condições meteorológicas ocorridas para as amostragens, conduzem a diferentes condições tanto de dispersão como de concentração e deposição do material particulado; - a potencial ressuspensão também é afetada de maneira diferente, pelas diferentes condições meteorológicas; 181 A concentração de poluentes no ar é função das emissões e também da forma que os poluentes se transportam, dispersam, depositam e reagem entre si e das condições meteorológicas (VIEIRA, 2009, p.50). O grau em que os poluentes atmosféricos se descarregam de várias fontes concentradas numa determinada área depende muito das condições meteorológicas. A aplicação da teoria da dispersão e o conhecimento do clima local são necessários para determinar o peso necessário de uma fonte na emissão e avaliar a intensidade da poluição atmosférica. Mesmo que a descarga total de contaminantes à atmosfera numa dada área permaneça constante no dia a dia, o grau de poluição atmosférica pode variar largamente por causa das diferenças nas condições meteorológicas. Num local específico, as emissões podem ser as mesmas mas o clima pode disparar um episódio de poluição atmosférica (RAO, 1989, p.14). Segundo Godish (2004), geralmente alta velocidade do vento é associada à baixa concentração de poluentes, dessa maneira a velocidade do vento não esta somente associada a dispersão dos poluentes mas também a sua diluição. De acordo com a US EPA (2003), outro fator importante no transporte e dispersão dos poluentes atmosféricos é a direção do vento. 5.3 Superfícies com Exposição para o Norte Os resultados da varredura por MEV/EDS realizadas nas amostras obtidas das superfícies sólidas com inclinação para o Norte, apresentaram a presença dos elementos Al, Si, K, Fe, Na, Mg, Ca, Ti, Mo e P. Não houve presença do elemento V nessas superfícies. A ausência do elemento Zn em superfícies de face Norte, indicaria preliminarmente que suas fontes não estão localizadas ao Norte da área do estudo. A menor porcentagem de superfícies de face Norte apresentou presença do elemento P (3,6%), seguidas por 7% das superfícies com presença de Na e 17,95 % com a presença de Mo, o que indicaria preliminarmente a existência de poucas fontes situadas ao Norte do local do estudo, que contribuem com esses elementos para os materiais depositados. Na maior parte do ano as direções predominantes do vento na região não inclui aqueles de origem Norte e de seus componentes, o que indicaria então uma pouca 182 contribuição de fontes situadas nessas direções, aos materiais sedimentados em superfícies sólidas. Considerando que a exposição das superfícies amostradas é Norte, ventos de direção sul não contribuiriam à sedimentação de material particulado nessas superfícies. Grande porcentagem das superfícies com inclinação Norte apresentaram presença dos elementos Al, Si e Fe, o que ocorreu em 92,95 % dessas superfícies, o que indicaria preliminarmente que existiria grande quantidade desses elementos originadas do Norte da área de estudo. A consideração de que a pouca ocorrência de ventos de origem Norte durante o ano, conduziria a uma menor ressuspensão desses materiais, conduziria à questão referente da origem da deposição dos sedimentos em termos de sua orientação. O monitoramento meteorológico realizado durante as amostragens na inclinação Norte, não apresentou ventos de direção NO, embora aqueles de direção NE e N tenham ocorrido em baixas porcentagens. Como já foi citado e pelos motivos anteriormente referidos, o monitoramento meteorológico durante as amostragens realizadas apresentou-se inadequado a indicações preliminares de origem dos materiais sedimentados. O pressuposto de absorção ou retenção de elementos por organismos vivos que poderiam estar presentes nas superfícies sólidas não pode ser descartado, o que dificultaria ou reduziria a sua ressuspensão. Ainda deve ser considerada a possibilidade desses elementos encontrados em menor número de superfícies sólidas expostas à sedimentação de material particulado ocorrer em função da menor predisposição à suspensão, das substancias e compostos que os incluem ou a sua dispersão conduzi-los à deposição em locais situados a maiores distancias de suas fontes de emissão. A ausência do elemento V, indica preliminarmente a inexistência de fontes desse elemento no entorno da área estudada, localizadas ao Norte das superfícies amostradas. 183 5.4 Superfícies com Exposição para o Sul Os resultados da varredura por MEV/EDS realizadas nas amostras obtidas das superfícies sólidas com inclinação para o Sul, apresentaram a presença de todos os elementos estudados: Al, Si, K, Fe, Na, Mg, Ca, Ti, Mo, P e Zn. A menor porcentagem de superfícies de face Sul apresentou presença do elemento Zn (3,6%), seguidas por 5,4% das superfícies com presença de P e 10,7 % com a presença de Na. A pequena porcentagem de superfícies inclinadas para o Sul, com a presença do elemento Zn, indicaria preliminarmente a existência de pouca contribuição desse elemento de fontes localizadas ao Sul da área do estudo, o que se aplicaria também para as contribuições dos elementos P e Na. Na maior parte do ano as direções predominantes do vento na região não inclui aqueles de origem Sul, porém os ventos de Sudeste e de Sudoeste ocorrem com bastante freqüência na região. Essas ocorrências auxiliariam, de maneira preliminar, na confirmação da pressuposição de poucas contribuições de locais situados ao Sul da área de estudo, com relação aos elementos Zn, P e Na. Quando incluída a pressuposição da ressuspensão que o vento de direções Sudeste e Sudoeste poderia gerar, haveria um questionamento quanto aos outros elementos encontrados nos sedimentos, que também seriam retirados pela ação do vento, na ocorrência da ressuspensão. A maior porcentagem de inclinações Sul com a presença dos outros elementos encontrados em seus sedimentos (Al, Si, K, Fe, Na, Mg, Ca, Ti e Mo), poderia ser explicada por alguma forma de sua fixação por organismos vivos que estariam presentes nas superfícies com essa orientação. É da sabedoria popular, que nas latitudes sul do hemisfério sul, as inclinações, aberturas e estruturas em geral que possuem face para o sul, são mais úmidas, uma vez que recebem menor radiação solar em função da trajetória do planeta. A maior umidade potencializaria maior estabelecimento de fungos, liquens e musgos, que encontrando seus substratos, se desenvolveriam nesses locais. Seu estabelecimento e desenvolvimento poderia fixar alguns elementos e promover a retenção de outros, dificultando a sua ressuspensão pelo vento. O monitoramento meteorológico realizado durante as amostragens, como já foi citado e pelos motivos anteriormente referidos, apresentou-se inadequado às indicações preliminares de origem dos materiais sedimentados. 184 Ainda deve ser considerada a possibilidade desses elementos encontrados em menor número de superfícies sólidas expostas à sedimentação de material particulado ocorrer em função da menor predisposição à suspensão, das substancias e compostos que os incluem ou a sua dispersão conduzi-los à deposição em locais situados a maiores distancias de suas fontes de emissão ou a sua dispersão conduzi-los à deposição em locais situados a maiores distancias de suas fontes de emissão. A ausência do elemento V, indica preliminarmente a inexistência de fontes desse elemento no entorno da área estudada, localizadas ao Sul das superfícies amostradas. 5.5 Superfícies com Exposição para o Leste Os resultados da varredura por MEV/EDS realizadas nas amostras obtidas das superfícies sólidas com inclinação para o Leste, apresentaram a presença de todos os elementos estudados: Al, Si, K, Fe, Na, Mg, Ca, Ti, Mo, P e Zn. Também para esta inclinação, houve uma menor quantidade de superfícies que apresentaram a presença dos elementos Zn, P e Na, respectivamente 4,4 %; 8,8 % e 9,6% das superfícies amostradas. Na maior parte do ano as direções predominantes do vento na região inclui ventos de Leste e Sudeste, essas ocorrências auxiliariam, de maneira preliminar, na pressuposição da existência de poucas contribuições com origem à Leste da área de estudo, com relação aos elementos Zn, P e Na. Quando incluída a consideração de que a ressuspensão que o vento de direções Leste e Sudeste poderia ser a causa da menor freqüência de Zn, P e Na nessas inclinações, haveria um questionamento quanto aos outros elementos encontrados nos sedimentos, que também seriam retirados pela ação do vento nesse processo. O monitoramento meteorológico realizado durante as amostragens, como já foi citado e pelos motivos anteriormente referidos, apresentou-se inadequado às indicações preliminares de origem dos materiais sedimentados. A consideração de possibilidade de fixação ou retenção de elementos químicos por organismos vivos, no caso das inclinações com orientação Leste não 185 correspondem àquelas pressupostas para as inclinações Sul, embora para qualquer tipo de inclinação essa possibilidade não possa ser descartada. Ainda deve ser considerada a possibilidade desses elementos encontrados em menor número de superfícies sólidas expostas à sedimentação de material particulado ocorrer em função da menor predisposição à suspensão, das substancias e compostos que os incluem ou a sua dispersão conduzi-los à deposição em locais situados a maiores distancias de suas fontes de emissão ou a sua dispersão conduzi-los à deposição em locais situados a maiores distancias de suas fontes de emissão. A ausência do elemento V, indica preliminarmente a inexistência de fontes desse elemento no entorno da área estudada, localizadas ao Leste das superfícies amostradas. 5.6 Superfícies com Exposição para o Oeste Os resultados da varredura por MEV/EDS realizadas nas amostras obtidas das superfícies sólidas com inclinação para o Oeste, apresentaram a presença de todos os elementos estudados: Al, Si, K, Fe, Na, Mg, Ca, Ti, Mo, P e Zn. Da mesma forma que ocorreu para as inclinações anteriores de orientação de exposição das superfícies sólidas, houve uma menor quantidade de superfícies que apresentaram a presença dos elementos Zn, P e Na. A menor porcentagem de superfícies com esta orientação de inclinações ocorreu da seguinte forma: 3,5% das superfícies com presença de Zn; 8,8 % com a presença de Na; e 13,1 % com a presença de P. Na maior parte do ano as direções predominantes do vento na região inclui ventos de Leste e Sudeste, com alguma ocorrência de ventos Oeste. A pressuposição seria de existência de pouca contribuição de fontes existentes à Oeste do local do estudo, quanto aos elementos Zn, Na e P ou de que as ocorrências de vento de origem Oeste, inferiores àquelas de Leste e Sudeste, contribuiria menos para a deposição desses elementos. Quando considerada a possibilidade de ressuspensão pelo vento, desses elementos e ou das substancias ou compostos nos quais eles estão incluídos, ser a causa da menor freqüência de Zn, P e Na nessas inclinações, haveria um 186 questionamento quanto aos outros elementos encontrados nos sedimentos, que também seriam retirados pela ação do vento nesse processo. O monitoramento meteorológico realizado durante as amostragens, como já foi citado e pelos motivos anteriormente referidos, apresentou-se inadequado às indicações preliminares de origem dos materiais sedimentados. A consideração de possibilidade de fixação ou retenção de elementos químicos por organismos vivos, no caso das inclinações com orientação Leste não correspondem àquelas pressupostas para as inclinações Sul, embora para qualquer tipo de inclinação essa possibilidade não possa ser descartada. Ainda deve ser considerada a possibilidade desses elementos encontrados em menor número de superfícies sólidas expostas à sedimentação de material particulado ocorrer em função da menor predisposição à suspensão, das substancias e compostos que os incluem. A ausência do elemento V, indica preliminarmente a inexistência de fontes desse elemento no entorno da área estudada, localizadas ao Oeste das superfícies amostradas. 5.7 Comparação entre Superfícies de Orientação de Exposição Norte e Sul. A comparação entre o número de superfícies de orientação de exposição Norte com aquelas de orientação de exposição Sul para cada um dos elementos presentes, através de MEV/EDS, está apresentada na tabela abaixo. Tabela 11 - Comparação entre Superfícies de Orientação de Exposição Norte e Sul para os elementos Al, Si, K, Fe, Na, Ca, Ti, Mo, P e Zn. Elemento Presença do Elemento Inclinação Al Si K Fe Na Mg Norte Sul Norte Sul Norte Sul Norte Sul Norte Sul Norte Sul Nº Telhados 52 51 52 51 51 51 52 51 4 6 49 45 % 92,9 91,1 92,9 91,1 91,1 91,1 92,9 91,1 7,0 10,7 87,5 80,4 p 0,99 0,99 0,99 0,99 0,74 0,44 187 ...continuação Ca Ti Mo P Zn Norte Sul Norte Sul Norte Sul Norte Sul Norte Sul 46 48 32 38 10 17 2 3 0 2 82,1 85,7 57,1 67,9 17,9 30,4 3,6 5,4 0 3,6 0,80 0,33 0,19 0,99 0,48 Não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre as orientações Norte e Sul, quanto à presença dos elementos estudados. As variáveis categóricas foram descritas com freqüências absolutas e relativas e os grupos foram comparados usando o teste de Qui-quadrado com correção de Yates. Foram considerados significativos valores de P<0,05. 5.8 Comparação entre Superfícies de Orientação de Exposição Norte e Leste. A comparação entre o número de superfícies de orientação de exposição Norte com aquelas de orientação de exposição Leste para cada um dos elementos presentes, através da MEV/EDS, está apresentada na tabela abaixo. Tabela 12 - Comparação entre Superfícies de Orientação de Exposição Norte e Leste para os elementos Al, Si, K, Fe, Na, Ca, Ti, Mo, P e Zn. Presença Elemento Elemento Inclinação Nº Telhados % p Leste 93,9 114 Al 0,99 Norte 92,9 56 Leste 93,9 114 Si 0,99 Norte 92,9 56 Leste 86,8 114 K 0,58 Norte 91,1 56 Leste 93,0 114 Fe 0,99 Norte 92,9 56 Leste 9,6 114 Na 0,80 Norte 7,1 56 Leste 78,9 114 Mg 0,25 Norte 87,5 56 Leste 79,8 114 Ca 0,88 Norte 82,1 56 188 continuação Ti Mo P Zn Leste Norte Leste Norte Leste Norte Leste Norte 56,1 57,1 18,4 17,9 8,8 3,6 4,4 0 114 56 114 56 114 56 114 56 0,99 0,99 0,36 0,27 Não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre as orientações Norte e Leste, quanto à presença dos elementos estudados. As variáveis categóricas foram descritas com freqüências absolutas e relativas e os grupos foram comparados usando o teste de Qui-quadrado com correção de Yates. Foram considerados significativos valores de P<0,05. 5.9 Comparação entre Superfícies de Orientação de Exposição Norte e Oeste. A comparação entre o número de superfícies de orientação de exposição Norte com aquelas de orientação de exposição Oeste para cada um dos elementos presentes, através da MEV/EDS, está apresentada na tabela abaixo. Tabela 13 - Comparação entre Superfícies de Orientação de Exposição Norte e Oeste para os elementos Al, Si, K, Fe, Na, Ca, Ti, Mo, P e Zn. Presença Elemento Elemento Inclinação Nº Telhados % p Oeste 114 93,0 Al 0,99 Norte 56 92,9 Oeste 114 93,0 Si 0,99 Norte 56 92,9 Oeste 114 87,7 K 0,69 Norte 56 91,1 Oeste 114 93,0 Fe 0,99 Norte 56 92,9 Oeste 114 8,8 Na 0,95 Norte 56 7,1 Oeste 114 78,9 Mg 0,25 Norte 56 87,5 189 continuação Ca Ti Mo P Zn Oeste Norte Oeste Norte Oeste Norte Oeste Norte Oeste Norte 114 56 114 56 114 56 114 56 114 56 85,1 82,1 53,5 57,1 30,7 17,9 13,2 3,6 3,5 0 0,79 0,78 0,11 0,09 0,38 Não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre as orientações Norte e Oeste, quanto à presença dos elementos estudados. As variáveis categóricas foram descritas com freqüências absolutas e relativas e os grupos foram comparados usando o teste de Qui-quadrado com correção de Yates. Foram considerados significativos valores de P<0,05. 5.10 Comparação entre Superfícies de Orientação de Exposição Sul e Leste. A comparação entre o número de superfícies de orientação de exposição Sul com aquelas de orientação de exposição Leste para cada um dos elementos presentes, através da MEV/EDS, está apresentada na tabela abaixo. Tabela 14 - Comparação entre Superfícies de Orientação de Exposição Sul e Leste para os elementos Al, Si, K, Fe, Na, Ca, Ti, Mo, P e Zn. Presença Elemento Elemento Inclinação Nº Telhados % p Leste 114 93,9 Al 0,73 Sul 56 91,1 Leste 114 93,9 Si 0,73 Sul 56 91,1 Leste 114 86,8 K 0,58 Sul 56 91,1 Leste 114 93,0 Fe 0,89 Sul 56 91,1 Leste 114 9,6 Na 0,99 Sul 56 10,7 Leste 114 78,9 Mg 0,99 Sul 56 80,4 190 continuação Ca Ti Mo P Zn Leste Sul Leste Sul Leste Sul Leste Sul Leste Sul 114 56 114 56 114 56 114 56 114 56 79,8 85,7 56,1 67,9 18,4 30,4 8,8 5,4 4,4 3,6 0,47 0,19 0,12 0,63 0,99 Não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre as orientações Sul e Leste, quanto à presença dos elementos estudados. As variáveis categóricas foram descritas com freqüências absolutas e relativas e os grupos foram comparados usando o teste de Qui-quadrado com correção de Yates. Foram considerados significativos valores de P<0,05. 5.11 Comparação entre Superfícies de Orientação de Exposição Sul e Oeste. A comparação entre o número de superfícies de orientação de exposição Sul com aquelas de orientação de exposição Oeste para cada um dos elementos presentes, através da MEV/EDS, está apresentada na tabela abaixo. Tabela 15 - Comparação entre Superfícies de Orientação de Exposição Sul e Oeste para os elementos Al, Si, K, Fe, Na, Ca, Ti, Mo, P e Zn Presença Elemento Elemento Inclinação Nº Telhados % p Oeste 114 93,0 Al 0,89 Sul 56 91,1 Si K Fe Na Mg Oeste 114 93,0 Sul 56 91,1 Oeste 114 87,7 Sul 56 91,1 Oeste 114 93,0 Sul 56 91,1 Oeste 114 8,8 Sul 56 10,7 Oeste 114 78,9 Sul 56 80,4 0,89 0,69 0,89 0,89 0,99 191 continuação Ca Ti Mo P Zn Oeste 114 85,1 Sul 56 85,7 Oeste 114 53,5 Sul 56 67,9 Oeste 114 30,7 Sul 56 30,4 Oeste 114 13,2 Sul 56 5,4 Oeste 114 3,5 Sul 56 3,6 0,99 0,10 0,99 0,20 0,99 Não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre as orientações Sul e Oeste, quanto à presença dos elementos estudados. As variáveis categóricas foram descritas com freqüências absolutas e relativas e os grupos foram comparados usando o teste de Qui-quadrado com correção de Yates. Foram considerados significativos valores de P<0,05. 5.12 Comparação entre Superfícies de Orientação de Exposição Leste e Oeste. A comparação entre o número de superfícies de orientação de exposição Sul com aquelas de orientação de exposição Oeste para cada um dos elementos presentes, através da MEV/EDS, está apresentada na tabela abaixo. Tabela 16 - Comparação entre Superfícies de Orientação de Exposição Leste e Oeste para os elementos Al, Si, K, Fe, Na, Ca, Ti, Mo, P e Zn Elemento Inclinação Al Si K Fe Na Mg continuação Leste Oeste Leste Oeste Leste Oeste Leste Oeste Leste Oeste Leste Oeste Nº Telhados 107 106 107 106 99 100 106 106 11 10 90 90 Presença Elemento % 91,2 93,0 91,2 93,0 86,8 87,7 93,0 93,0 9,6 8,8 78,9 78,9 p p 0,99 0,99 0,98 0,99 0,99 0,99 192 Ca Ti Mo P Zn Leste Oeste Leste Oeste Leste Oeste Leste Oeste Leste Oeste 91 97 64 61 21 35 10 15 5 4 79,8 85,1 52,6 53,5 18,4 30,7 8,8 13,1 4,4 3,5 0,38 0,79 0,04* 0,40 0,99 Através dos resultados do teste Qui-quadrado com correção de Yates, a inclinação Oeste apresentou diferença significantemente superior quanto à presença do elemento Mo em relação à inclinação Oeste. As variáveis categóricas foram descritas com freqüências absolutas e relativas e os grupos foram comparados usando o teste de Qui-quadrado com correção de Yates. Foram considerados significativos valores de P<0,05. A maior porcentagem das inclinações orientadas para o Oeste quanto à presença do elemento Mo em comparação com as superfícies com orientação Leste, indicaria preliminarmente uma maior contribuição desse elemento para os sedimentos, de fontes situadas à Oeste do local de estudo. De qualquer maneira, a presença desse elemento também ocorrida nas superfícies com orientação Leste de exposição indicaria contribuições de fontes localizadas à Leste. 193 CAPÍTULO 6 CONCLUSÕES, RECOMENDAÇÕES E SUGESTÕES 6.1 Considerações Gerais A poluição causada pelo material particulado tem seus efeitos sobre todos os meios e seres do planeta. As condições de isolamento à sua exposição se restringem a espaços e atividades sob situações singulares mantidas de maneira especial. O material particulado conduz a alterações causadas por suas partículas e pela sua composição química modificando os meios que são a ele expostos. As emissões naturais de material particulado são resultados de processos naturais que sempre ocorreram e ocorrem no planeta, porém o incremento das atividades humanas como resultado do aumento da população e paralelamente das necessidades em alimentação, energia e bem estar contribuem ao aumento de suas emissões. As partículas sólidas em suspensão na atmosfera expõem o homem e os animais à sua inalação e as superfícies à sua deposição, e assim aos efeitos decorrentes desses processos. A deposição de material particulado quando ocorre sobre superfícies sólidas gera sedimentos de partículas que podem ter ações diretas ou indiretas sobre os materiais que a compõem, através de interações e reações que podem conduzir à alterações desse materiais. Os sedimentos de material particulado sobre superfícies sólidas não ocorrem de maneira pontual, mas sim de maneira sucessiva, de acordo com as propriedades físico-químicas dos materiais em suspensão e das condições meteorológicas. A sucessão da deposição que pode conduzir a interações e reações entre o material depositado e os componentes da atmosfera, como vapor de água e gases podem participar dessas reações. A deposição pode ocorrer pela ação da gravidade e também por interceptação através da impactação. O material particulado atmosférico sedimentado sobre superfícies sólidas teve sua fase potencialmente poluidora na atmosfera e pode sofrer processo de ressuspensão o que conduz a uma nova fase atmosférica potencialmente poluidora e potencialmente capaz de se depositar em outras superfícies nas quais também 194 pode ter efeitos danosos, ocorrência que indicaria uma possibilidade do material particulado causar nova poluição. A precipitação pluviométrica realiza uma lavagem das superfícies sólidas e os materiais depositados são transferidos para o solo e para o meio aquático, o que também conduz potencialmente a uma nova poluição. A condensação do vapor de água atmosférico em grande quantidade, que ocorre em determinados locais e em determinados períodos, também possibilita a transferência do material particulado sedimentado depositado em superfícies sólidas para outros meios. Embora ocorram reações e interações no material particulado atmosférico sedimentado, as alterações resultantes desses processos podem conduzir a modificações em seu tamanho e em substancias que compõem os depósitos, porém sua composição química elementar não se modifica quando não ocorre acréscimo de outros materiais. A observação visual do material depositado sobre as superfícies estudadas, (levantamento fotográfico apresentado no Anexo), embora não seja um método científico, indica semelhança com as deposições verificadas em outros telhados localizados fora da área do estudo. Essa indicação visual de materiais existentes sobre os telhados mostra semelhanças com o desenvolvimento de a fungos, liquens e algas, que ocorre sobre muitos tipos de superfícies, inclusive em telhados, onde está contido substrato para esses organismos vivos, nos elementos encontrados no material depositado. A ´borra´ que escoa dos telhados provavelmente seja esse tipo de material em suspensão na água das precipitações pluviométricas ou ainda dissolvidas em vapor de água condensado em grandes quantidades. 6.2 Conclusões Os materiais e os métodos utilizados para este estudo apresentaram comportamento de acordo com o esperado, uma vez que não foi encontrada metodologia oficial para o tipo específico de proposição. O uso de equipamentos à vácuo para a obtenção das amostras poderia não ser eficiente para casos de materiais muito aderidos às superfícies mas poderia incluir na amostra materiais de pontos que não aqueles definidos pela metodologia proposta para a obtenção das amostras. 195 As superfícies sólidas objeto da deposição de material particulado, definidas para a realização das amostragens foi aquela que sofre menores interferências antropogênicas, de acordo com o esperado, uma vez que não se realizaram lavagens, pinturas, reformas ou outras ações que comprometessem o material amostrado durante as amostragens ou em períodos de tempo imediatamente anteriores às amostragens. As análises qualitativas das amostras, realizadas através de MEV/EDS, conduziram ao conhecimento sobre a presença dos elementos químicos previstos no material sedimentado. Os elementos O e Ag presentes nos resultados da MEV/EDS, tem sua origem respectivamente aos óxidos nos quais estão incluídos muitos dos elementos presentes e processos necessários à preparação do material para realização da varredura. Os elementos encontrados através da MEV/EDS não são indicadores de alguma fonte específica de suas origens, principalmente em função da grande quantidade e diversidade de fontes de emissões naturais e antropogênicas, fixas e móveis, existentes no entorno da região da área do estudo. Mesmo assim, a ausência de Vanádio em todas as superfícies amostradas indicaria preliminarmente, a exclusão de contribuições de fontes emissoras desse elemento, no material depositado nas superfícies estudadas. A total exclusão da contribuição de fontes caracteristicamente emissoras de V, somente poderia ser realizada com conhecimentos plenos do comportamento desse elemento na atmosfera e do comportamento das substancias que podem conte-lo. Conhecimentos adicionais de modelagem de dispersão das fontes potencialmente emissoras desse elemento com indicações de seus receptores para as condições meteorológicas nas suas emissões e para aquelas que conduziriam às piores condições de dispersão na região, proporcionariam conhecimentos necessários à indicação de sua origem. O monitoramento meteorológico realizado durante a coleta das amostras, para obtenção de informações sobre as direções do vento ocorridas, embora suas valiosas e imprescindíveis informações quando da realização de estudos ambientais, não se mostrou eficiente para indicações de possibilidade de sentido de origem dos elementos que compõem o material particulado sedimentado. 196 O estudo comparativo entre as diferentes declividades das superfícies sólidas receptoras da deposição de material particulado em função do sentido de suas exposições para verificação possibilidade de indicação da orientação de fontes de origem dos elementos químicos não apresentou, em termos gerais, resultados que possibilitassem as indicações esperadas. Nas superfícies sólidas com face Norte de exposição não ocorreu a presença do elemento Zn, porém na comparação com outras faces de exposição, devido a baixa porcentagem da presença desse elemento, não houve significância estatística. A comparação entre as faces de exposição Leste e Oeste, apresentou diferença significativamente maior em termos de porcentagem de inclinações Oeste com a presença do elemento Mo. Essa diferença não conduz à inferência de inexistência de fontes de emissão desse elemento ao Leste da área do estudo, porque a face de inclinação Leste também teve a presença de Mo, porém em uma menor porcentagem dessa inclinação. Comparando a face de exposição Oeste com as outras faces de exposição, não houve diferença significativa para a porcentagem de superfícies que apresentaram a presença de Mo, o que também ocorreu para os outros elementos estudados. Em termos gerais, os diferentes sentidos de exposição das superfícies sólidas estudadas quanto à deposição de material particulado, não apresentou diferenças da presença para os elementos Al, Si, K, Fe, Na, Mg, Ca, Ti e Mo, o que não era esperado. A realização de outros estudos, como aqueles sugeridos no item 5.2, poderia suprir as necessidades para indicações das origens dos materiais sedimentados em superfícies sólidas na área de estudo, e das fontes do material particulado atmosférico presente no local objeto deste trabalho. 6.3 Recomendações e Sugestões À nova poluição que potencialmente pode ser efeito da ressuspensão do material particulado sedimentado em superfícies sólidas e aquela originada pela lavagem desses materiais pela chuva e sua conseqüente alteração no solo e na água, sugere-se a denominação de repoluição. Realização de modelagem de dispersão de material particulado para os empreendimentos potencialmente emissores desse poluente no entorno da área do 197 estudo, sob as condições meteorológicas das emissões e para condições meteorológicas extremas de redução de dispersão para a indicação efetiva dos locais de receptores das emissões, e, dessa forma, conhecer as suas contribuições para a área do estudo realizado. Estudo e definição de indicadores de emissões de material particulado de cada uma das maiores fontes potencialmente emissoras desse material na região, para possibilitar uma indicação de origem do material sedimentado com um maior direcionamento. Uso do método de amostragem de partículas sedimentáveis, método de amostragem por gravidade ou método do jarro, e análise química das partículas sedimentadas para conhecimento dos elementos químico potencialmente sedimentáveis nas superfícies que compõem a área do estudo. Análise biológica do material sedimentado em superfícies sólidas para verificação da composição orgânica desse material, uma vez que os elementos encontrados são substrato de fungos e liquens, o que conduz a possibilidade de seu estabelecimento, e dessa forma elucidar a questão referente ao conteúdo e origem dos materiais escoados dos telhados. Realização de modelagem de dispersão para fontes móveis aplicada a cada trecho das rodovias existentes no entrono do local e para aquelas relativas ao tráfego que influencia diretamente o local do estudo, através de estimativas de emissões para alimentação do modelo, para as maiores concentrações de veículos e para as condições meteorológicas médias e extremas em relação à redução da dispersão, para conhecimento dos locais receptores dessas imissões. Realização de estudo com a inclusão de conhecimento dos graus de inclinação das superfícies expostas à sedimentação de acordo com suas orientações para verificação da influencia da declividade. Estudo de influencia das diferentes rugosidades dos materiais utilizados nas coberturas das residências na deposição, lavagem e retenção dos materiais sedimentados. Realização de quantificação de cada elemento encontrado em deposição sobre superfícies sólidas, para uma melhor avaliação do nível de contaminação que pode ser causado pelas deposições. 198 Realização de estudo da degradação dos materiais utilizados nas coberturas das residências, para verificação da possibilidade de inclusão de seus componentes no material escoado e nas amostras de sedimentos. 199 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ADAMS, B.J., PAPA, F. Urban stormwater management planning with analytical probabilistic models. New York: John Wiley and Sons, 2000. 358p. ALMEIDA, I.T., A poluição atmosférica por material particulado na mineração à céu aberto. São Paulo, 1999. 194p. Dissertação (Mestrado), Universidade de São Paulo, Escola Politécnica. ALMEIDA, E. S. 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UNIVERSIDAD DE LEÓN ESPAÑA FACULTAD DE CIENCIAS BIOLÓGICAS Y AMBIENTALES DEPARTAMENTO DE BIODIVERSIDAD Y GESTIÓN AMBIENTAL TESIS DOCTORAL RESUMEN EN ESPAÑOL ANÁLISIS CUALITATIVO DE ELEMENTOS QUÍMICOS EN MATERIAL PARTICULADO SEDIMENTADO EN SUPERFICIES SÓLIDAS EN EL ENTORNO DE UNA ZONA INDUSTRIAL EN LA REGIÓN METROPOLITANA DE PORTO ALEGRE, RIO GRANDE DO SUL, BRASIL. Director: Wagner David Gerber, Doctor Co-Director: Arsenio Terrón Alfonso, Doctor JOSE EDUARDO PEREIRA NETO DICIEMBRE DE 2011 A ESPAÑA, POR PROPORCIONARME LA OPORTUNIDAD DE AMPLIAR HORIZONTES A TRAVÉS DE UNA BECA Agradecimientos A todos los que se involucraron directa e indirectamente con esta memoria incluso aquellos que durante largo tiempo, incluso en la distancia, estuvieron siempre presentes en el auxilio de las cuestiones académicas, administrativas, y personales para así poder realizar, o desarrollar y finalizar el doctorado y la memoria presentada: Eloína Panero y Eva María Melón Fidalgo, de la Unidad de Doctorado; Antonio Regil Cueto, Carmen Acedo Casado, Delia Fernández González, Félix Llamas García, Miguel Álvarez Edo, y de manera especial a Rosa María Valencia Barrera, todos ellos profesores del Departamento de Biodiversidad y Gestión Ambiental de la Universidad de León. Gracias a España, a quien dedico esta memoria, como forma de mi eterna gratitud al país que me concedió una beca para a realizar el doctorado, permitiendo la visualización y el alcance de nuevos horizontes. Gracias a mi Co-Director Arsenio Terrón Alfonso por la paciencia y ayuda y a todos que, de una manera o de otra, directa e indirectamente, contribuyeron para la realización de este trabajo. RESUMEN Las emisiones de material particulado antropogénico, en regiones de gran concentración de industrias y de gran intensidad de tráfico de vehículos automotores, por la existencia de dos grandes autovías, son base de malestar en las comunidades que habitan en su entorno. Los grandes emprendimientos industriales, que incluyen la actividad del refino del petróleo, conducen a que la población responsabilice a esas actividades como las generadoras de toda la contaminación atmosférica en la región, sin tener en cuenta su localización geográfica en relación a las direcciones de los vientos predominantes en la zona. Parte del material particulado se dispersa en la atmósfera y a través de distintos mecanismos se produce su deposición en la superficie del planeta. En las superficies sólidas se forman depósitos de material particulado que puede entrar en resuspensión por el viento o su traslado a otros medios a través de la lluvia. En este estudio se eligieron los tejados de residencias localizadas en una región de gran concentración industrial e intenso tráfico de vehículos automotores, dicha zona no está sometida a otras acciones antropogénicas importantes que pudieran condicionar las condiciones de muestreo del material particulado depositado en superficies sólidas. Se consideraron las diferentes orientaciones de exposición de las superficies muestreadas como una variable más a tener en cuenta a la hora de valorar la deposición. La dificultad de obtener informaciones de alguna normativa, o legislación oficial para el tipo de muestreo que se hace en este estudio (material particulado en superficies sólidas), llevó al establecimiento de la Guía para Elección de un Diseño de Muestreo para Colectar Datos Ambientales para el Desarrollo de Proyecto con Seguridad en Calidad – US EPA QA/G-5S como base de la metodología de muestreo. Se presentan los resultados de la presencia de los elementos químicos buscados en las muestras considerando las diferentes orientaciones de exposición de las superficies; a través del microscopio electrónico de barrido con espectrómetro de energía dispersiva adjunto. Además, se presentan las comparaciones entre diferentes orientaciones de exposición de las superficies receptoras en relación a los elementos químicos presentes y el intento de búsqueda del origen de los sedimientos con las direcciones del viento durante los muestreos y aquellas predominantes en la región para una indicación preliminar de orientación del origen del material particulado sedimentado. Palabras clave: 1. Material Particulado; 2. Partículas Sólidas en Suspensión en la Atmósfera; 3. Sedimentación; 4. Deposición; 5. Resuspensión; 6. Recontaminación. v ÍNDICE DEL RESUMEN EN ESPAÑOL Capítulo 1 - Introducción y Objetivos Introducción………………………………………………………………………………..9 …………… Objetivos.................................................................................................................. 13 .. Capítulo 2 - Bases Teóricas 2.1 Consideraciones generales………………………………………………………… 14 2.2 Bases de la revisión bibliográfica…………………………………………….……. 14 Capítulo 3 - Materiales y Métodos 3.1 Consideraciones generales……………………………………………….….……. 16 3.2 El entorno del área del estudio……………………………………………….…… 16 3.3 Materiales……………………………………………………………………….…… 20 3.4 Métodos……………………………………………………………………………… 21 Capítulo 4 - Resultados y Discusión 4.1 Resultados…………………………………………………………………………… 24 4.2 Discusión…………………………………………………………………………….. 28 4.2.1 Material particulado………………………………………………………………. 28 4.2.2 Composición química del material particulado………………………………… 31 4.2.3 Deposición del material particulado……………………………………………. 32 4.2.4 Resuspensión del material particulado…………………………………………. 33 4.2.5 Fuentes de Contaminantes……………………………………………………… 34 4.2.6 Muestreo…………………………………………………………………………… 34 4.2.7 Barrido mediante MEB/EDS……………………………………………………… 35 4.2.8 Monitoreo Meteorológico…………………………………………………………. 36 4.2.9 Superficies con exposición Norte…………………………………………..…… 37 4.2.10 Superficies con exposición Sur………………………………………………… 39 4.2.11 Superficies con exposición Este………………………………………………. 40 4.2.12 Superficies con exposición Oeste……………………………………………… 41 4.2.13 Comparación entre superficies de exposiciones Norte y Sur………………. 42 4.2.14 Comparación entre superficies de exposiciones Norte y Este……………… 42 4.2.15 Comparación entre superficies de exposiciones Norte y Oeste……………. 42 vi 4.2.16 Comparación entre superficies de exposiciones Sur y Este…………….….. 43 4.2.17 Comparación entre superficies de exposiciones Sur y Oeste………….…… 43 4.2.18 Comparación entre superficies de exposiciones Este y Oeste…………..…. 43 Capítulo 5 - Recomendaciones y Sugerencias 45 Capítulo 6 - Consideraciones Generales y Conclusiones 6.1Consideraciones Generales………………………………………………………… 47 6.2 Conclusiones………………………………………………………………….……… 49 Figuras Figura 01 - Pala y frasco usado en los muestreos………………………………..….. 20 20 Tablas Tabla 01 Comparación entre superficies de orientación de exposición Norte y Sur para los elementos analizados……………………………………………..…...... 24 Tabla 02 Comparación entre superficies de orientación de exposición Norte y Este para los elementos analizados........................................................................ 25 Tabla 03 Comparación entre superficies de orientación de exposición Norte y Oeste para los elementos analizados…………………………………………………... 26 Tabla 04 Comparación entre superficies de orientación de exposición Sur y Este para los elementos analizados………………….…………………….………...… 26 Tabla 05 Comparación entre superficies de orientación de exposición Sur y Oeste para los elementos analizados…………………………………………………… 27 Tabla 06 Comparación entre superficies de orientación de exposición Este y Oeste para los elementos analizados……………………………………………………. 28 vii Cuadros Estratificación de las edificaciones en acuerdo con las inclinaciones de los Tejados……………………………………………………………………………… 21 Imágenes Imagen 01 Ejemplo de obras en tierra……………………………………………….……….. 16 Imagen 02 Ejemplo de obras en tierra …………………………....……………………..…… 16 Imagen 03 Imagen satelital Brasil.........................…………………………………………… 18 Imagen 04 Imagen satelital Rio Grande do Sul……………..………………….…....…….… 18 Imagen 05 Imagen satelital Canoas …..…………………………………….……………….. 18 Imagen 06 Imagen satelital área del estudio…………………………….…………………… 18 Imagen 07 Imagen satelital área del estudio……………………….………………………… 19 Imagen 08 Imagen de un muestreo ………………………...………………………………… 22 Imagen 09 Imagen de tejado con sedimentos…………………………………..……...…… 22 Imagen 10 Imagen de un grafico de resultados del barrido..………………………………23 Imagen 11 Imagen deresultado monitoreo meteorológico..…………………..………….. 23 viii Abreviaturas Al, Si, K, Fe, Na, Mg, Ca, Ti, Mo, P, Zn y V - Elementos químicos. CETESB - Companhia de Tecnología de Saneamiento Ambiental del Estado de São Paulo. CONAMA - Consejo Nacional de Medio Ambiente Brasil. EPA – Agencia de Protección Ambiental (sigla en inglés). FEPAM - Fundación Estadual de Protección Ambiental del estado de Rio Grande do Sur. IQAr – Índice de Calidad del Aire. MEB/EDS – Microscopía Electrónica de Barrido con Espectrómetro de Energía Dispersiva adjunto N – Norte. N/E – Norte / Este. N/O – Norte / Oeste. N/S – Norte / Sur. S – Sur S/E – Sur / Este S/O – Sur / Oeste SISNAMA - Sistema Nacional del Medio Ambiente (Brasil) U.S. – Estados Unidos de América 9 CAPÍTULO 1 INTRODUCCIÓN y OBJETIVOS 1.1 INTRODUCCIÓN Los problemas ambientales, por efecto de las emisiones atmosféricas antropogénicas, se extienden a grandes alturas de la atmósfera, como es el caso de la capa de ozono. Los gases y el material particulado que componen las emisiones dañan la atmósfera y en su vuelta a la superficie del planeta, contaminan el suelo, el agua y la vegetación. Los animales y el hombre sufren efectos directos e indirectos de las emisiones de materiales tóxicos a la atmósfera, los cuales se presentan principalmente por su inhalación y por su ingestión a través de la alimentación. Estudiosos consideran las fuentes móviles de emisiones atmosféricas como las que producen las mayores contribuciones a la contaminación atmosférica. En ellas se incluyen los vehículos automotores lo que convierte a este territorio en potencialmente agredido debido a que el tráfico es de gran intensidad en la zona del estudio. Los derivados del petróleo son las principales fuentes de combustión en la mayoría de las fuentes móviles en el planeta, los cuales también son usados como materia prima por las industrias petroquímicas de segunda generación y para producción de energía. El refino de petróleo para la producción de combustibles y de una cantidad de materias derivadas produce gran cantidad de contaminantes sólidos, líquidos y gaseosos en sus procesos. El volumen y la toxicidad de las emisiones atmosféricas de esa actividad provocan el gran interés de estudiosos y de agencias de regulación medioambiental. Los procesos industriales, en su mayoría, generan emisiones de material particulado, al igual que lo hacen otras actividades no industriales como las construcciones, lavado de automóviles, actividades de allanamiento de terrenos, actividades domésticas y otras. Se incluyen los procesos naturales que liberan material particulado como la acción del viento sobre rocas y áreas sin recubrimiento vegetal, erupciones volcánicas, etc., entre los agentes que pueden incidir en este mismo sentido. 10 Una gran concentración de industrias de varios sectores y entre ellos el refino del petróleo, dos autovías federales con promedio diario de tráfico de 120.000 vehículos automotores y el transporte de materias primas y productos industriales además del transporte de personal a los emprendimientos del entorno, componen el escenario de la zona del estudio que se presenta. Las partículas en suspensión en la atmósfera y el material particulado, de manera general incluyen elementos o compuestos químicos con capacidad de contaminar el ambiente de manera directa e indirecta. Cuando la composición de las emisiones se contiene elementos o compuestos químicamente tóxicos, la contaminación actúa de manera directa, cual es el caso del material particulado primario; la contaminación indirecta se sucede tras las reacciones del material particulado con elementos de la atmósfera, con otros materiales de emisiones o a través de la agregación en la formación de compuestos tóxicos, es el caso del material particulado secundario. Los contaminantes atmosféricos, de acuerdo con sus propiedades fisicoquímicas, tienen distintos comportamientos en la atmósfera lo que conduce a cambios en la posibilidad de su dispersión y así a cambios en su concentración y localización en su vuelta a la superficie del planeta. Las condiciones meteorológicas a su vez, presentan cambios de un momento al otro y eso contribuye de manera fundamental a las variaciones en la dispersión y concentración de los contaminantes en la atmósfera y de esa manera, en sus inmisiones. Las inmisiones del material particulado se realizan a través de su deposición en los distintos medios que componen la superficie del planeta. La concentración de esas inmisiones está en consonancia con las emisiones del material particulado, su volumen y su composición, con sus propiedades fisicoquímicas y con las condiciones meteorológicas. El material particulado generado por los procesos industriales, en conjunto con los generados por emisiones de otras fuentes, conducen a la degradación de la calidad del aire y de esa manera a problemas en el medioambiente y en la salud humana. En términos generales, áreas residenciales en el entorno de zonas industriales no están expuestas a los efectos de las emisiones de uno o de otro emprendimiento o de una u otra fuente de emisión. Todas las actividades generadoras de material 11 particulado y de otros contaminantes atmosféricos del entorno pueden contribuir a la degradación de la calidad del aire y sus efectos. También se deben considerar las grandes distancias a que pueden ser transportados los contaminantes atmosféricos. Informes muy recientes de los medios de comunicación en países del Cono Sur de América, presentan problemas causados por los polvos de volcán Puyehue (Chile), que una vez depositados en regiones del sur y este de Chile y Argentina, a través de la acción de los vientos sufrieron resuspensión y llegaron a Buenos Aires(Argentina), Montevideo (Uruguay), Porto Alegre y Florianópolis(Brasil), llevando a problemas en los vuelos comerciales, en materiales por su nueva deposición y a las personas por su inhalación y contacto con los ojos y con las mucosas. La deposición del material particulado atmosférico se produce sobre toda y cualquier superficie o material expuesto a la atmósfera. Cuando se produce sobre superficies sólidas puede constituir depósitos potenciales de nueva suspensión a través del viento y transportarse hacia otros locales o medios generando una nueva contaminación. Los depósitos de material particulado en superficies sólidas también pueden trasferir contaminantes a otros medios a través de la lluvia, con el escurrimiento del agua pluvial. La contaminación del agua en áreas urbanas a través del lavado causado por las lluvias en las superficies impermeabilizadas (tejados, aceras, calles, etc.) y el consecuente arrastre de contaminantes al suelo y a depósitos de agua, genera un gran problema en las ciudades. Se realizan estudios para evaluar el uso del agua pluvial para fines no potables, a través de su colecta en los tejados de edificaciones, para conocer los contaminantes arrastrados por la lluvia. El conocimiento de los elementos que componen el material particulado sedimentado en superficies sólidas puede contribuir en la evaluación de su potencialidad de contaminación química, además puede auxiliar en la indicación de su fuente de emisión. Los vehículos automotores además de generar contaminantes, producen la resuspensión de material particulado en las calles y autovías por la turbulencia causada por su circulación, lo que ha obligado a realizar algunas investigaciones para identificar los materiales depositados en esas superficies y conocer su composición. Una comunidad que se sitúa en la zona de influencia de una concentración de industrias próximas a la zona de estudio y en la que se dan las condiciones 12 expuestas anteriormente, presenta con frecuencia lodos en sus tejados, posiblemente como resultado de las emisiones contaminantes de las industrias principales localizadas en el entorno La búsqueda de la composición química del material particulado depositado en los tejados de las residencias de esa comunidad, a través de análisis químico por microscopia electrónica de barrido asociada a un análisis mediante un espectrómetro de energía dispersiva, es presentada en este estudio. Los tejados de residencias fueron muestreados para evaluar la presencia de los elementos Al, Si, K, Fe, Na, Mg, Ca, Ti, Mo, P y Zn en el material particulado depositado en ellos, intentando con ello conocer el posible, origen de su emisión a partir de una industria de cemento. También se buscó la presencia del elemento V, que podría ser indicativo de algunas fuentes potenciales de contribución hacia el área del estudio. La elección de los tejados como superficies sólidas potenciales de deposición de material particulado se debe a las diferentes orientaciones de exposición, además por ser la superficie con menor posibilidad de interferencia por el hombre y por los animales y también por poder contener materiales depositados a lo largo del tiempo. Hemos efectuado el monitoreo de las condiciones meteorológicas durante el muestreo para conocer las direcciones predominantes del viento en la región y con ello alcanzar un conocimiento preliminar del origen del material particulado depositado. Las diferentes inclinaciones de los tejados muestreados, Norte/Sur y Este/Oeste son exposiciones que pueden conducir a la información preliminar del origen del material sedimentado. Para poder abordar este estudio en profundidad se buscaron metodologías o normativas oficiales e investigaciones en relación a muestreos de material sólido depositado en elementos sólidos y se encontraron escasas investigaciones que involucren a tejados, calles y autovías. El plan de muestreo se estableció en acuerdo con la US EPA QA/G-5S Políticas de Orientación para el Diseño de Muestreo para la Recolección de Datos Ambientales para la Calidad de un Proyecto de Desarrollo de Seguridad, con las adecuaciones a este estudio especifico. Se presentan los resultados de los barridos, el monitoreo meteorológico durante los muestreos y la comparación entre las diferentes orientaciones de inclinaciones 13 de los tejados en términos de los elementos químicos presentes en sus depósitos de material particulado. 1.2 OBJETIVOS Objetivo General: Analizar la presencia de elementos químicos en material particulado sedimentado en superficies sólidas con distintas inclinaciones de exposición a la deposición, en áreas de influencia de gran concentración de actividades industriales y de fuentes móviles, incluyendo la actividad del refino de petróleo, para así tratar de conocer el origen del material depositado. Objetivos Específicos: - Desarrollar un plan de muestreo del material sedimentado en superficies sólidas procedentes de emisiones atmosféricas en diferentes orientaciones de exposición; - Realizar análisis cualitativos en las muestras para la determinación de la presencia de Al, Si, K, Fe, Na, Mg, Ca, Ti, Mo, P, Zn y V en su composición; - Realizar el monitoreo de las direcciones del viento durante los muestreos; - Realizar un estudio comparativo entre las diferentes orientaciones de exposición de las superficies sólidas receptoras de la deposición de material particulado para verificar la posibilidad de indicación del origen de los elementos presentes. 14 CAPÍTULO 2 BASES TEÓRICAS 2.1 Consideraciones Generales Las bases teóricas presentadas, se componen por revisión en libros, periódicos, tesis, normativas, artículos e informaciones electrónicas sobre los temas que componen este trabajo. Gran parte de ello se origina de informaciones en lengua inglesa, una vez que la disponibilidad de materiales en lengua portuguesa sobre temas científicos direccionados a la contaminación atmosférica es todavía pequeña. El gran origen de normativas, investigaciones, publicaciones y estudios en temas medioambientales para las Américas es la United States Environmental Protection Agency (US EPA), Agencia de Protección Ambiental de los Estados Unidos de América. El origen de las bases de estándares y metodologías que se adoptan en Sudamérica está en US EPA. Muchos de ellos se constituyen simplemente de traducciones de lo que presenta esa Agencia. En Brasil, la matriz en cuestiones medioambientales es la ―Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental – CETESB‖ vinculada à la Secretaria del Medio Ambiente del estado de São Paulo. En Rio Grande do Sur, la ―Fundação Estadual de Proteção Ambiental – FEPAM‖ vinculada a la Secretaria del Medio Ambiente del estado, es el órgano máximo en términos medioambientales. El ―Sistema Nacional del Medio Ambiente – SISNAMA‖ es el órgano máximo en términos de legislación medioambiental a través del ―Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA‖. 2.2 Bases de la Revisión Bibliográfica Las bases de la revisión bibliográfica se constituyen, primeramente, de búsqueda sobre la contaminación atmosférica, la calidad del aire, los contaminantes atmosféricos y el material particulado en suspensión en la atmósfera. 15 Se buscó a partir del material particulado en suspensión en la atmósfera, su importancia como contaminante en términos físicos, en términos de su composición química y sus efectos en el ambiente y en la salud. Se presentaron las cuestiones relacionadas al muestreo del material particulado y se buscaron los muestreos de material particulado sedimentado en superficies sólidas, así como, de sólidos depositados en sólidos. Una vez presentados esos temas, se pasó a presentar el proceso de deposición del material particulado por la importancia del tema en sus efectos de contaminación directa en el agua, en los suelos y en la vegetación. La deposición del material particulado sobre las superficies sólidas es el tema que nortea el estudio que se presenta, en la formación de depósitos de contaminantes con capacidad de traslado a otros medios a través de la acción del viento y de la lluvia. Asimismo, se presenta el material bibliográfico sobre la contaminación de aguas pluviales y los muestreos en superficies sólidas que se ha encontrado. Como la deposición es fuente para la redistribución de los contaminantes atmosféricos por el viento, se presentaron temas relacionados a la resuspensión. Uno de los más grande emprendimientos en el entorno del área de este estudio se compone por la actividad del refino del petróleo, de esa manera se presentan informaciones sobre esa actividad y su potencialidad de generación de contaminantes atmosféricos a través de los procesos para obtención de combustibles y materias primas para las industrias de segunda generación. Esa actividad es considerada en el mundo como generadora de grandes volúmenes de contaminantes atmosféricos y de emisiones de gran toxicidad, aunque el empleo de tecnologías adecuadas conduzcan a grandes reducciones de emisiones en sus procesos, muchas de ellas a través de la captación y reaprovechamiento de materiales potencialmente recuperación de azufre. contaminantes, como es el caso de las unidades de 16 CAPÍTULO 3 MATERIALES y MÉTODOS 3.1 Consideraciones Generales El área del estudio está compuesta por un conjunto residencial con un total de 628 unidades. Los tejados de las residencias tienen inclinaciones orientadas hacia el Norte y el Sur, hacia el Este y el Oeste y otras sin inclinación, con inclinación única o con inclinación mínima necesaria para el desagüe de la precipitación pluviométrica. Para componer las superficies sólidas para muestreo, se eligieron las residencias con tejados de inclinaciones Norte/Sur y Este/Oeste, para tener las cuatro orientaciones de exposición a la deposición atmosférica. Los muestreos se hicieron de manera independiente para cada una de las inclinaciones, las muestras fueron identificadas con un código, para reconocimiento del origen con respecto a cada una de las residencias muestreadas y de cada una de las orientaciones de inclinación de cada uno de los tejados. En la elección de los tejados como superficies sólidas expuestas a la deposición también se tuvo en cuenta la menor interferencia del hombre y de los animales en superficies sólidas expuestas, y en eso, la representación de materiales sedimentados a lo largo del tiempo. 3.2 El entorno del área del estudio El entorno del área de localización de los muestreos se compone de lo siguiente: Al Norte: - Área de condominio horizontal en implantación, con realización de allanamientos de los terrenos, con suelos sin cobertura vegetal; - Avenida con gran tráfico de vehículos de carga para abastecimiento de las industrias y empresas locales de diferentes segmentos (petróleo, gas, asfalto, metalurgia y otras), y transporte de los productos de las empresas y de personal; 17 Las imágenes siguientes muestran ejemplos de las obras que se producen en el área del estudio, para allanar los terrenos: Imagen 01 – Ejemplo de Obras en tierra Imagen 2 – Ejemplo de Obras en tierra Ejemplos de obras con la retirada de la vegetación y exposición del suelo a los procesos de suspensión y Resuspensión Al Sur - Área de campus universitario y área urbana; Al Este - Más cercano, aglomeración urbana y más alejado un distrito industrial de una ciudad vecina; Al Oeste - Más cercano una autovía federal con un promedio diario de 120.000 vehículos, en los que se incluye transporte de carga, colectivo y particular; - Más alejado, el polo petroquímico. 18 Se presentan a seguir imágenes para localización del área: Imagen 03 – Brasil (fuente: Google Earth nov. 2011) (5º16'N - 33º44'S; 34º47' W - 73º59'W) Imagen 04 – Rio Grande do Sur (fuente: Google Earth nov. 2011) Rio Grande do Sur (27°03'S - 33°46'S; 49°43'W - 57°41'W). Imagen 05 – Canoas, RS (fuente: Google Earth nov 2011) Canoas, RS (29º 55' 04‖S; 51º 11' 01"W) 19 Imagen 06 – Área del estudio (fuente Google Earth Nov. 2011) Área del estudio (plaza central: 29º52´56.74´´S; 51º04´38.65´´S) Imagen 07 – Área del estudio (fuente Google Earth Nov. 2011) Interior del área del estudio (29º52`51``S; 51º09`27.32``) 20 3.3 Materiales Los materiales usados para la recolección de los sedimentos en las superficies sólidas se definieron teniendo en cuenta no incluir en las muestras ningún metal que se pudiera agregar a las muestras y comprometer los resultados del barrido por microscopia electrónica adjunta a espectrómetro de energía dispersiva. Para la recolección de las muestras se usaron palas desechables de plástico, frascos de polietileno totalmente cilíndricos para facilitar la colocación y retirada de los materiales, con tapones de rosca para protección y conservación del material muestreado (Figura 1). Los frascos fueron etiquetados con los códigos de cada casa y de cada orientación de inclinación de manera a que se pudiera identificar totalmente el origen de su contenido. Para la identificación se usó bolígrafo para retroproyector y cinta adhesiva para la protección de los códigos. Se obtuvieron las muestras quitando el material sedimentado con las palas de plástico y depositando en los frascos, una cantidad de aproximadamente 100 g. Los frascos fueron almacenados para posterior envío para el análisis. Los tejados muestreados fueron fotografiados, se adjuntó su identificación y informaciones adicionales, lo que está contenido en un banco de informaciones del estudio. Figura 1 – Pala y frasco usados en el muestreo. Para el muestreo se usaron guantes de látex los cuales fueros desechados junto con las palas después de cada recolección de muestra. Se usaron imágenes del Google Earth, una estación meteorológica automática (29º52´S; 51º08´W), ordenadores, programas de informática, escalera, equipos de seguridad individual y el Microscopio Electrónico de Barrido (marca Philips, modelo XL20, adjuntado a espectrómetros de energía dispersiva). 21 3.4 Métodos El método de muestreo seguido fue el de la US EPA QA/G-5S (Guidance on Choosing a Sampling Design for Environmental Data Collection for Use in Developing a Quality Assurance Project). Las muestras después de almacenadas fueron divididas en dos partes, con el uso del mismo tipo de palas y de frascos, para su observación en el microscopio electrónico de barrido. Se enviaron aproximadamente 50g de cada muestra, con la misma identificación y se guardó la otra mitad para necesidades posteriores. La elección de las residencias con tejados Norte/Sur y Este/Oeste fue a partir de imágenes de Google Earth a través de la cual se obtuvieron el total de residencias. El número total de residencias con tejados N/S y E/O y aquellas cuyos tejados no presentan inclinaciones o que éstas son las mínimas para el desagüe, las que no compusieron los muestreos una vez que la búsqueda es por orientaciones de exposición a la deposición. Fue determinado el número de muestras de cada inclinación para un error máximo de estimación del 5%. Cuadro 01 – Estratificación de las edificaciones en acuerdo con las inclinaciones de los tejados Característica Población (N) Muestra (n) Norte-Sur(N/S) 151 56 Este-Oeste (E/O) 274 114 Total 425 170 * Muestra calculada considerando un error máximo de estimación de 5% Cada una de las residencias con tejados N/S y E/O obtuvo un número para sorteo a través del muestreo aleatorio simple. El análisis de los elementos se procederá a través de Microscopía Electrónica de Barrido adjunta a un espectrómetro de energía dispersiva. Se harán comparaciones de los resultados de la presencia de los elementos en las distintas exposiciones de las superficies sólidas a la deposición para intentar indicación de orientación de su origen, con las informaciones del monitoreo de las direcciones del viento durante los muestreos, mediante la aplicación de un test estadístico. 22 A continuación se presentan imágenes del muestreo, tejados, un espectro de análisis y del monitoreo meteorológico: Imagen 08 – Muestreo en un tejado Imagen de un tejado con sedimentos durante el muestreo Imagen 09 – Tejado con sedimentos Imagen de un tejado en el área del estudio 23 Imagen 10 – Espectro MEB/EDS Imagen de un gráfico de resultados del barrido por MEB/EDS Imagen 11 – Monitoreo meteorológico Imagen de una tabla de resultados de estación meteorológica automática 24 CAPÍTULO 4 RESULTADOS y DISCUSIÓN 4.1 Resultados Los resultados obtenidos fueron el método de muestreo, con base en la US EPA QA/G-5S (Guidance on Choosing a Sampling Design for Environmental Data Collection for Use in Developing a Quality Assurance Project), la presencia de los elementos Al, Si, K, Fe, Na, Mg, Ca, Ti, Mo, P, Zn en cada una de las orientaciones de exposición de superficies sólidas a la deposición de material particulado atmosférico (N, S, E y O), la ausencia del elemento Zn en las superficies de exposición Norte, y la ausencia total del elemento V en todos los sedimentos de todas las orientaciones de inclinación y además, se obtuvo el monitoreo de las direcciones del viento durante los muestreos. Todos los resultados se presentan en el capítulo correspondiente de este trabajo, en portugués. Los gráficos del barrido de cada una de las muestras, las coordenadas geográficas de cada una de las casas muestreadas, imágenes de tejados de la zona del estudio y de otros fuera de esa zona, están presentados en el Anexo. Se presentan a seguir, las tablas de las comparaciones de presencia de los elementos químicos buscados a través del barrido, entre las diferentes inclinaciones: Tabla 01: Comparación entre Superficies de Orientación de Exposición Norte y Sur para los elementos Al, Si, K, Fe, Na, Ca, Ti, Mo, P e Zn. Elemento Presencia del Elemento Exposición Al Si K Fe Na Mg Ca Norte Sur Norte Sur Norte Sur Norte Sur Norte Sur Norte Sur Norte Sur Nº Tejados 52 51 52 51 51 51 52 51 4 6 49 45 46 48 % 92,9 91,1 92,9 91,1 91,1 91,1 92,9 91,1 7,0 10,7 87,5 80,4 82,1 85,7 1 p 0,99 0,99 0,99 0,99 0,74 0,44 0,80 25 continuación Elemento Presencia del Elemento Exposición Ti Mo P Zn Norte Sur Norte Sur Norte Sur Norte Sur Nº Tejados 32 38 10 17 2 3 0 2 % 57,1 67,9 17,9 30,4 3,6 5,4 0 3,6 1 p 0,33 0,19 0,99 0,48 1 p es correspondiente a la significancia estadística, para sus valores arriba de 0,05, no hay significancia para el nivel de 5%. Tabla 02: Comparación entre Superficies de orientación de exposición Norte y Este para los elementos Al, Si, K, Fe, Na, Ca, Ti, Mo, P y Zn. Presencia Elemento Elemento Exposición 1 Nº Tejados % p Este 93,9 114 Al 0,99 Norte 92,9 56 Este 93,9 114 Si 0,99 Norte 92,9 56 Este 86,8 114 K 0,58 Norte 91,1 56 Este 93,0 114 Fe 0,99 Norte 92,9 56 Este 9,6 114 Na 0,80 Norte 7,1 56 Este 78,9 114 Mg 0,25 Norte 87,5 56 Este 79,8 114 Ca 0,88 Norte 82,1 56 Este 56,1 114 Ti 0,99 Norte 57,1 56 Este 18,4 114 Mo 0,99 Norte 17,9 56 Este 8,8 114 P 0,36 Norte 3,6 56 Este 4,4 114 Zn 0,27 Norte 0 56 26 Tabla 03: Comparación entre Superficie de Orientación de Exposición Norte y Oeste para los elementos Al, Si, K, Fe, Na, Ca, Ti, Mo, P e Zn. Presencia Elemento Elemento Exposición 1 Nº Tejados % p Oeste 114 93,0 Al 0,99 Norte 56 92,9 Oeste 114 93,0 Si 0,99 Norte 56 92,9 Oeste 114 87,7 K 0,69 Norte 56 91,1 Oeste 114 93,0 Fe 0,99 Norte 56 92,9 Oeste 114 8,8 Na 0,95 Norte 56 7,1 Oeste 114 78,9 Mg 0,25 Norte 56 87,5 Oeste 114 85,1 Ca 0,79 Norte 56 82,1 Oeste 114 53,5 Ti 0,78 Norte 56 57,1 Oeste 114 30,7 Mo 0,11 Norte 56 17,9 Oeste 114 13,2 P 0,09 Norte 56 3,6 Oeste 114 3,5 Zn 0,38 Norte 56 0 Tabla 04: Comparación entre Superficies de Orientación de Exposición Sur y Este para los elementos Al, Si, K, Fe, Na, Ca, Ti, Mo, P e Zn. Presencia Elemento Elemento Exposición 1 Nº Tejados % p Este 114 93,9 Al 0,73 Sur 56 91,1 Este 114 93,9 Si 0,73 Sur 56 91,1 Este 114 86,8 K 0,58 Sur 56 91,1 Este 114 93,0 Fe 0,89 Sur 56 91,1 Este 114 9,6 Na 0,99 Sur 56 10,7 Este 114 78,9 Mg 0,99 Sur 56 80,4 27 continuación Elemento Ca Ti Mo P Zn Presencia Elemento Exposición Este Sur Este Sur Este Sur Este Sur Este Sur Nº Tejados 114 56 114 56 114 56 114 56 114 56 % 79,8 85,7 56,1 67,9 18,4 30,4 8,8 5,4 4,4 3,6 1 p 0,47 0,19 0,12 0,63 0,99 Tabla 05: Comparación entre Superficies de Orientación de Exposición Sur y Oeste para los elementos Al, Si, K, Fe, Na, Ca, Ti, Mo, P e Zn Presencia Elemento Elemento Exposición 1 Nº Tejados % p Oeste 114 93,0 Al 0,89 Sur 56 91,1 Si K Fe Na Mg Ca Ti Mo P Zn Oeste 114 93,0 Sur 56 91,1 Oeste 114 87,7 Sur 56 91,1 Oeste 114 93,0 Sur 56 91,1 Oeste 114 8,8 Sur 56 10,7 Oeste 114 78,9 Sur 56 80,4 Oeste 114 85,1 Sur 56 85,7 Oeste 114 53,5 Sur 56 67,9 Oeste 114 30,7 Sur 56 30,4 Oeste 114 13,2 Sur 56 5,4 Oeste 114 3,5 Sur 56 3,6 0,89 0,69 0,89 0,89 0,99 0,99 0,10 0,99 0,20 0,99 28 Tabla 06: Comparación entre Superficies de Orientación de Exposición Este y Oeste para los elementos Al, Si, K, Fe, Na, Ca, Ti, Mo, P e Zn. Elemento Al Si K Fe Na Mg Ca Ti Mo P Zn Exposición Este Oeste Este Oeste Este Oeste Este Oeste Este Oeste Este Oeste Este Oeste Este Oeste Este Oeste Este Oeste Este Oeste Nº Tejados 107 106 107 106 99 100 106 106 11 10 90 90 91 97 64 61 21 35 10 15 5 4 Presencia Elemento % 91,2 93,0 91,2 93,0 86,8 87,7 93,0 93,0 9,6 8,8 78,9 78,9 79,8 85,1 52,6 53,5 18,4 30,7 8,8 13,1 4,4 3,5 p 1 p 0,99 0,99 0,98 0,99 0,99 0,99 0,38 0,79 0,04* 0,40 0,99 4.2 Discusión El resumen en español de la discusión que a continuación se presenta tuvo como base la fundamentación teórica y la discusión presentadas en los capítulos correspondientes de este trabajo en portugués. 4.2.1 Material particulado Teniendo en cuenta el material particulado en la atmósfera y la tierra como la deposición del compartimiento y la acumulación de estos materiales, se debe considerar también que la circulación de la atmósfera hace que la deposición y acumulación de este material en la superficie sea de nuevo resuspendido a la atmósfera, al menos en parte. Muchos de las partículas se generan en la superficie y se dispersan en la atmósfera. 29 El material particulado inorgánico que compone la atmósfera se ha generado inicialmente por las emisiones naturales en función de la formación del planeta y una serie de eventos naturales que han ocurrido en el tiempo, de las emisiones antropogénicas que además puede contener contaminantes sin importar su fuente. La contaminación del aire es motivo de gran preocupación en todos los países desarrollados y en desarrollo. Muchos programas y proyectos para la rehabilitación de los ríos y otros cursos de agua y suelos contaminados, no incluyen en su planificación las cuestiones relativas a la reducción de emisiones a la atmósfera. La contaminación del agua, suelo y otras superficies que conforman el planeta, a través de la devolución de los contaminantes que se liberan en la atmósfera, rara vez es considerada. En general, la contaminación del aire se produce cuando hay elementos o compuestos tóxicos para los humanos y el medio ambiente, independientemente de su origen natural o antropogénico, y esto puede ser considerado en un momento dado o durante períodos más largos de tiempo. La contaminación del aire está directamente vinculada a las condiciones climáticas y la continuidad o no de la liberación de productos contaminantes en la atmósfera. El nivel de toxicidad para el hombre y el medio ambiente depende de la intensidad de la emisión de materiales tóxicos y las condiciones meteorológicas. Además, hay una continuidad e interdependencia de la intensidad de emisión de los materiales y las condiciones climáticas en relación con la calidad del aire y las variaciones en el perfil en un momento dado. Los contaminantes del IQAr – Índice de Calidad del Aire (sigla en portugués), no incluyen muchos elementos y compuestos extremadamente tóxicos para los seres humanos y el medio ambiente, y una "buena calidad" de aire en un lugar determinado, puede ser "buena" en relación con los contaminantes a que se refiere el índice mientras que podría en ese momento, haber una gran concentración de gas benceno, o el elemento plomo, y el índice todavía indicaría "bueno". Las estaciones automáticas de monitoreo de calidad del aire no realizan el muestreo de partículas, lo que hace que no se obtenga un conocimiento de su composición química. No hay estaciones automáticas que realicen este tipo de análisis. La limitada información disponible sobre la composición química de las partículas, se refiere a muestreos puntuales y su posterior análisis químico, lo que muy rara vez se realiza en el estado de Río Grande do Sur. 30 Los estándares de calidad del aire y su clasificación se basan también en algunos contaminantes del aire, sin su asociación con otros gases tóxicos y metales conocidamente probados como de alta toxicidad. La Resolución CONAMA n º 03 de 1990 (conocida como CONAMA 03/90), incluye en sus referencias, las partículas totales en suspensión en la atmósfera y las partículas inhalables. Presenta límites a la cantidad de material particulado total y respirable por metro cúbico de aire. No hay ninguna referencia en la presente Resolución sobre la composición química de este material, que varía mucho dependiendo de las fuentes de emisión, naturales o antropogénicas, existentes en las inmediaciones de donde se producen. El material particulado se mide de acuerdo a las normas existentes en Brasil, solamente en términos de cuantificación, aunque es de conocimiento público, la toxicidad de muchos elementos que se incluyen en su composición. El método continuo de medición de partículas en suspensión en la atmósfera, a menudo utilizado para las tuberías y chimeneas, también se utiliza para los ambientes abiertos a través de estaciones automáticas de monitoreo de calidad del aire, no permite la obtención de muestras, y por lo tanto no se conocerán químicamente los elementos presentes. Por lo general, esta actividad se lleva a cabo a través del paso de aire a través de haces de luz, que llevan una "lectura" del sombreamiento causado por las partículas sólidas. Diferentes fuentes antropogénicas de emisión de partículas tienen diferente potencialidad de presencia de elementos químicos, de acuerdo con las materias primas utilizadas y los procesos llevados a cabo con ellos. También fuentes naturales tienen una presencia diferente de los elementos químicos en partículas emitidas, de acuerdo con la diferente composición del material que origina las emisiones. El conocimiento de la composición química de las partículas tiene importancia en cuanto que nos da la posibilidad de su clasificación, el establecimiento de su toxicidad y sus efectos sobre el hombre y el medio ambiente. La composición del material sedimentado en las superficies sólidas permite el conocimiento preliminar de los productos químicos depositados en el tiempo a través de las emisiones de material particulado generado por fuentes naturales y antropogénicas en las cercanías de la zona del estudio y transportados por la 31 atmósfera. Tales estudios podrán conducir a una indicación preliminar de su posible origen y a la identificación de las posibilidades de reducción de sus emisiones. El material particulado puede regresar a la superficie del planeta directamente a través de su deposición sobre diversos materiales que lo componen, así como por el 'lavado' de la atmósfera, que ocurre a través de la precipitación (lluvia, granizo y la nieve). Ese regreso se produce a través del arrastre causado por el agua en cualquiera de sus estados a su paso por la atmósfera y también por componer los núcleos de condensación presentes en cualquiera de los diferentes tipos de precipitaciones. La dispersión de los materiales de origen natural se puede añadir a los de origen antropogénico, teniendo en cuenta que no hay estratificación en el aire atmosférico. Por lo tanto, la sedimentación de material particulado sobre superficies sólidas puede agregar elementos presentes en las fuentes naturales y aquellos que componen las emisiones generadas por las actividades humanas. El material particulado que sedimenta se puede derivar directamente de las emisiones atmosféricas o de las reacciones que ocurren en la atmósfera con ellos. De todos modos, los elementos químicos que componen estos materiales no pueden ser distintos de aquellos existentes en la naturaleza, aunque su presencia puede estar componiendo diferentes compuestos o soluciones. 4.2.2. Composición química del material particulado Los elementos analizados en el microscopio electrónico de barrido unido espectrómetro de energía dispersiva, son Al, Si, K, Fe, Na, Mg, Ca, Ti, Mo, P, Zn y V. Estos elementos constituyen la gran mayoría de las partículas de acuerdo con las referencias nacionales e internacionales. Los elementos químicos indicados para el barrido en muestras identificadas individualmente cuanto a la superficie sólida de su origen y sus orientaciones de exposición también están destinados a permitir la comparación de resultados entre esas diferentes orientaciones de exposición a la atmósfera y por lo tanto a posibilitar una indicación preliminar de la orientación de sus orígenes. Los efectos de las partículas en el medio ambiente, específicamente los relacionados con el sitio de estudio se pueden producir por daños a los materiales, a la vegetación, la contaminación del agua de desagüe de la precipitación 32 pluviométrica y la contaminación del suelo. Este tipo de daño proviene de la deposición de partículas en las superficies existentes y de sus acciones, reacciones e interacciones. El material particulado puede llevar a alteraciones físicas en el medio ambiente, causando una reducción de luminosidad en los depósitos de agua, naturales o no, y así interfiriendo en las poblaciones de organismos que viven allí. Puede causar reducción de visibilidad y también puede reducir la tasa de fotosíntesis en la vegetación. Su acción química se produce cuando su composición incluye elementos tóxicos que pueden causar daño directo al medio ambiente, o causar alteraciones a través de reacciones con los propios componentes del sitio en donde se depositan. Los efectos en la salud causados por el material particulado, se producen durante el tiempo de su permanencia en la atmósfera y a través de la resuspensión de sus sedimentos. Los elementos encontrados en el barrido, son sustratos para el crecimiento y el desarrollo de organismos vivos que pueden contribuir a los efectos de salud a través de la suspensión de los materiales orgánicos nocivos para el hombre. 4.2.3 Deposición del material particulado El material particulado sedimentado en las superficies sólidas de este estudio son de origen atmosférico, ya sea por deposición húmeda o por deposición seca. La mayor indicación de su sedimentación se refiere a la deposición seca, ya que la deposición húmeda se produce por las lluvias, que para el caso de superficies inclinadas, como los tejados de las viviendas, sería menos capaz de causar la deposición por causa del flujo del agua. En cuanto a los muestreos, fue considerado no realizarlos durante la ocurrencia de precipitaciones, así como, por lo menos, dos días después de lluvias debido al lavado que se produce en las superficies y por lo tanto comprometer los muestreos en cuestión de su validez. El material sedimentado en superficies sólidas a través de la deposición tiene su importancia reconocida por los organismos internacionales para protección del medioambiente. La composición del material de los sedimentos en superficies sólidas, en este caso los tejados, tiene la importancia de su conocimiento en 33 términos de su contribución a la contaminación ambiental que se produce a través de la posibilidad de transferencia de materiales tóxicos a otros medios. Esta importancia también se debe a la ubicación del área del estudio. El estudio del material particulado sedimentado en las superficies sólidas también tiene su importancia en cuanto a la posibilidad de ser transferidos a otros medios y conducir a su contaminación. Estos eventos involucran el lavado de las superficies por las precipitaciones y su conducción además de la transferencia a través del propio viento. 4.2.4 Resuspensión del material particulado El material sedimentado en las superficies sólidas está directamente expuesto a la atmósfera y por lo tanto a los factores meteorológicos. La acción del viento sobre los depósitos puede promover su retorno a la atmósfera y por tanto se tiene una nueva contaminación del aire causada por este material, a través de su liberación por las fuentes de emisión a través de la resuspensión, con lo que otros medios podrán recibir su deposición. En su regreso a la atmósfera, el material puede ser modificado a través de reacciones entre sus elementos y aquellos de la atmósfera y su nueva deposición puede ocurrir a través de nuevos compuestos y soluciones generadas. Los elementos presentes en al material particulado sedimentado de las superficies estudiadas tanto se pueden originar de la resuspensión como pueden ser objeto de ese proceso. Los suelos sin cobertura vegetal, como resultado del allanamiento de terrenos realizados en áreas contiguas a la zona de este estudio y en la propia área, el tráfico de vehículos automotores en las vías y autovías internas y en el entorno de las superficies muestreadas pueden originar los materiales en deposición. La resuspensión a través de la turbulencia por el tráfico de vehículos automotores en la región también puede originar la resuspensión de materiales que pueden estar contenidos en los depósitos estudiados. 34 4.2.5 Fuentes de contaminantes La sedimentación de material particulado en superficies sólidas don distintas orientaciones de exposición en el área del estudio, se puede proceder a través de fuentes que estén localizadas al Norte, al Sur, al Oeste, al Este y sus componentes, en relación al sitio de deposición. Los elementos presentes se pueden proceder de fuentes naturales o antropogénicas, fijas o móviles, de adentro y de afuera del área del estudio. Además, teniendo en cuenta la cantidad de posibles orígenes de los elementos encontrados en las muestras: suelo, tráfico, actividad del refino de petróleo, el transporte de material particulado a larga distancia, etc. y teniendo en cuenta a el gran número de fuentes que pueden contribuir al material depositado en las superficies de las muestras, se presenta imposible cualquier intento de identificación de su fuente origen. 4.2.6 Muestreo La posibilidad de que los elementos presentes en los sedimentos de material particulado depositado en las superficies muestreadas pudieran orientarnos sobre su origen fue la base fundamental de este estudio. Las superficies sólidas objeto de la sedimentación de las partículas, y al mismo tiempo fuentes potenciales de resuspensión o lavado por las lluvias, se incluyen en el presente estudio para conocer la presencia de los elementos indicados anteriormente. La intensa búsqueda de métodos o metodologías, normativas y otros estudios realizados con anterioridad para el mismo fin tuvo poco éxito. Las referencias existentes sobre muestreo de material particulado sedimentado están direccionados sobre todo a cuestiones de calidad del agua de lluvia por el material recogido en el trayecto de su flujo como es el caso de estudios de sedimentos en asfalto, una referencia en tejados que se llevó a cabo con el propósito de estudios sobre las emisiones de una industria del cemento. La sedimentación de las partículas, sin duda, no ocurre a la vez o sólo en un momento determinado. Ciertamente, con el tiempo, hay una acumulación de material depositado que no necesariamente tiene la misma composición química. En el 35 material sedimentado, puede haber reacciones, interacciones y cambios entre sus componentes y con aquellos de deposiciones posteriores. La exposición del material depositado a la atmósfera, también puede conducir a reacciones, interacciones y modificaciones, con la participación de los factores atmosféricos y los gases de la atmósfera. También la resuspensión del material particulado por la circulación atmosférica se produce con las mismas condiciones temporales que la sedimentación, así el material capaz de resuspensión no necesariamente es el mismo material depositado a través de la sedimentación. Además de la posibilidad de resuspensión de material sedimentado en las superficies sólidas, la ocurrencia de precipitaciones - teniendo en cuenta la latitud del lugar del estudio, puede llevar a reacciones o interacciones con el agua y sus elementos y por lo tanto la formación de otros compuestos. El material sedimentado que se ha modificado o no por la lluvia, puede ser transportado por la lluvia directamente a otras superficies como suelos y agua, e indirectamente a la vegetación, a los animales y al hombre. También puede ocurrir la transferencia de partículas depositadas en superficies sólidas, a través del impacto de las gotas de lluvia, que los puede transportar a otros sitios, tales como el suelo para la vegetación. El material particulado sedimentado es un repositorio de materiales hacia la contaminación atmosférica. Su capacidad de generar nuevas contaminaciones en la atmósfera, en las superficies sólidas y el agua conducen a lo que se puede llamar de recontaminación. 4.2.7 Barrido mediante MEB/EDS El barrido a través de MEB/EDS realizado en las muestras de sedimento recolectadas en diferentes exposiciones de las superficies sólidas obtuvo los resultados esperados en cuanto a la presencia de los elementos previstos. El uso de esta técnica nos da resultados cualitativos de la presencia o ausencia de elementos. Los valores encontrados por este tipo de análisis se relacionan con el porcentaje de los elementos presentes en las muestras y por lo tanto se restringe su uso en la cuantificación de los elementos para informaciones técnicas y científicas con precisión. Diferentes autores han utilizado esta técnica para obtener resultados cualitativos de los elementos en muestras sólidas. 36 Segundo (CASTRO et al.), el microscopio electrónico de constituye en in instrumento versátil para la evaluación, examen y análisis de las características morfológicas y microestruturales de muestras biológicas y no biológicas en actividades de investigación y diagnósticos. En el área humana se analizan tejidos con anomalías e estructuras como dientes y cabellos. Materiales como cenizas y partículas de metales fracturados también se visualizan. STERN y PANDIS (1976), presentan que una de las ventajas del análisis a través de microscopia electrónica es la posibilidad de evaluar semi cuantitativamente la composición química mismo de partículas muy finas. Segundo NORDBERG et al. (2007), la caracterización de las partículas, su tamaño, distribución y composición química son de gran importancia para la salud ocupacional. La instrumentación necesaria para esas investigaciones es extremamente especializada y cara. Los procedimientos rutinariamente utilizados son el microscopio electrónico de alta resolución, y micro análisis de electrones. MORALES (2006), presenta que a partir de estudios realizados con microscopia electrónica es posible realizar un análisis morfológico y microanalítico del material particulado, a través de estudio multidisciplinar de material particulado recolectado en Santiago, Chile, utilizando el barrido de microscopia electrónica, con de un sondeo de micro espectrometría por energía dispersiva de rayos-X. La observación de las muestras resulto en la identificación de centenas de partículas, que se pueden caracterizar en acuerdo a un criterio morfológico (forma, tamaño y aspecto), y su relación con la composición química. El estudio permitió obtener una clasificación en cuatro grupos, entre los cuales las de origen geológica, con tamaño entre 10 e 1 µm, con morfología irregular y con alto contenido de Si, Al, Fe e MG, de modo que pueden ser descritas como silicatos de aluminio e caracterizadas como argilas o mica. 4.2.8 Monitoreo Meteorológico El monitoreo meteorológico realizado durante la toma de muestras, a pesar de ser esencial para cuestiones de obtención de datos e informaciones ambientales, especialmente las relacionadas con los procesos atmosféricos y con la contaminación del aire no mostró la aplicabilidad práctica de los datos obtenidos de 37 la dirección del viento se produjo durante el muestreo. Esto se debe a una serie de factores tales como: - Los muestreos se realizaron con el fin de obtener material sedimentado a lo largo del tiempo, y el monitoreo de meteorológico llevado a cabo a cada hora durante el muestreo no es capaz de establecer informaciones válidas indicación preliminar del origen de los materiales depositados en las superficies sólidas una vez que esto no ocurre solamente durante el tiempo del muestreo; - Las muestras en las distintas inclinaciones de los tejados, N / S y E / S no se realizaron al mismo tiempo, así, diferentes condiciones meteorológicas han ocurrido durante los muestreos; - Las muestras de cada una de las inclinaciones no se realizaron en el mismo día ni a lo largo de pocos días, por la cantidad de muestras obtenidas y por las precipitaciones pluviométricas durante las cuales y hasta por lo menos dos días después, se interrumpieron los muestreos; - Las diferentes condiciones meteorológicas para los distintos muestreos conducen a diferentes condiciones de dispersión, concentración y deposición del material particulado; - La potencial resuspensión también es afectada por las diferentes condiciones meteorológicas. 4.2.9 Superfícies con exposición Norte En los resultados del barrido por MEB / EDS realizados con muestras obtenidas de las superficies sólidas inclinadas hacia el norte, se observó la presencia de los elementos Al, Si, K, Fe, Na, Mg, Ca, Ti, Mo y P. No había presencia del elemento V en estas superficies. La ausencia de superficies con inclinación de exposición Norte con el elemento Zn, de forma preliminar indicaría que sus fuentes no se encuentran en el norte del área de estudio. El porcentaje más bajo de superficies (3,6%) fueron las que presentaron el elemento P, seguido del 7% con la presencia de Na y 17,95% con la presencia de Mo, lo que indicaría de manera preliminar la existencia de pocas fuentes ubicadas al norte del sitio de estudio que contribuyen a la materia depositada. 38 En la mayor parte del año la dirección de los vientos predominantes en la región no incluye a los de origen Norte y sus componentes, lo que indicaría entonces una pequeña contribución de las fuentes de esas direcciones a los materiales sedimentados en esas superficies sólidas. Mientras que la exposición de las superficies de la muestra es Norte, los vientos del Sur, no contribuirían a la sedimentación de material particulado en estas superficies. Un porcentaje muy alto de las superficies (92,95%) de inclinación Norte presentaron la presencia de los elementos Al, Si y Fe, lo que indicaría de manera preliminar que hay grandes cantidades de estos elementos originadas al Norte del área del estudio. La consideración de la baja incidencia de los vientos de origen Norte durante el año, llevaría a concluir que una menor resuspensión de estos materiales conduciría a la cuestión referente al origen de la sedimentación en términos de su orientación. El monitoreo meteorológico realizado durante la toma de muestras de la inclinación Norte, no presentó vientos de origen NO, aunque los de NE y N se produjeron en un bajo porcentaje. Como se mencionó anteriormente y por las razones en referencias anteriores, el monitoreo meteorológico llevado a cabo durante los muestreos es inaplicable con la finalidad de presentar indicaciones preliminares de origen de los materiales. La asunción de la absorción o de retención de los elementos por los organismos vivos que pueden estar presentes en las superficies sólidas no puede ser descartada, lo que podría impedir o reducir su resuspensión. Además, se debe considerar la posibilidad de que los elementos presentes en menor número de superficies expuestas a la sedimentación sea debido a una menor predisposición a la suspensión de los compuestos y soluciones que los incluyen o a que su deposición se produzca a grandes distancias de sus fuentes de emisión. La ausencia del elemento V en todas las superficies muestreadas, de forma preliminar, indica la ausencia de fuentes de este elemento en las inmediaciones de la zona de estudio, situadas al norte de la superficie de la muestra. 39 4.2.10 Superficies con exposición l Sur Los resultados del barrido por MEB / EDS realizados en muestras obtenidas de las superficies sólidas inclinadas hacia el Sur, indicaron la presencia de todos los elementos estudiados: Al, Si, K, Fe, Na, Mg, Ca, Ti, Mo, P y Zn. El porcentaje más bajo de superficies fueron las que presentaron el elemento Zn (3,6%), seguido por el 5,4% de las áreas con presencia de P y 10,7% con la presencia de Na. Un pequeño porcentaje de superficies con la presencia del elemento Zn, preliminarmente indicaría la existencia de pocas contribuciones de ese elemento, de fuentes localizadas al Sur del área del estudio, lo que se aplicaría también a las contribuciones de los elementos P y Na. En la mayor parte del año la dirección de los vientos predominantes en la región no incluyen los de origen Sur, pero los vientos del Sudeste y del Sudoeste se producen con bastante frecuencia. Estos casos ayudarían, de forma preliminar, en la confirmación de la asunción de pocas contribuciones de los sitios ubicados al sur del área de estudio, con respecto a los elementos Zn, P y Na. Cuando se incluye la suposición de que la resuspensión que los vientos de origen del sudeste y del sudoeste podrían generar, para el bajo porcentaje de superficies con los elementos Zn, P y Na, se quedaría la cuestión del porqué eso no se extiende a los otros elementos que también serían resuspendidos por el viento. El porcentaje más alto de superficies de inclinación sur con la presencia de otros elementos encontrados en sus sedimentos (Al, Si, K, Fe, Na, Mg, Ca, Ti y Mo) se podría explicar por alguna forma de fijación o retención por los organismos vivos que estarían presentes, pero quedaría la cuestión del porqué no retendrían o fijarían los elementos Zn, P y Na. Es de sabiduría popular, que en las latitudes del sur del hemisferio sur, las inclinaciones, las aberturas y estructuras en general que están al sur, son más húmedas, una vez que reciben menos luz solar en función de su trayectoria al Norte. La mayor humedad incrementaría la posibilidad del establecimiento de hongos, líquenes y musgos, que cuando encuentran su sustrato, allí se desarrollan. Su establecimiento y desarrollo podría retener o fijar algunos de los elementos objeto de este estudio, además de poder promover dificultad a la resuspensión por el viento. 40 La vigilancia meteorológica realizada durante la toma de muestras, como se mencionó anteriormente, no eran suficientes para los primeros indicios de origen de los materiales del suelo y por ello es inaplicable con la finalidad de presentar indicaciones preliminares de origen de los materiales. Todavía hay que considerar la posibilidad de menor predisposición a la suspensión causada por compuestos o soluciones que contienen los elementos que se encuentran presentes en menor porcentaje de superficies o su dispersión a lugares más lejanos. En cuanto a la ausencia del elemento V, la indicación anteriormente presentada vale para todas las inclinaciones de exposición. 4.2.11 Superficies con exposición Este Los resultados del barrido por MEB/EDS llevado a cabo en las muestras obtenidas de las superficies sólidas con inclinación para el Este, presentaron la presencia de todos los elementos estudiados: Al, Si, K, Fe, Na, Mg, Ca, Ti, Mo, P y Zn. También para esta inclinación, hubo una menor cantidad de superficies que presentaron la presencia de los elementos Zn, P e Na, respectivamente 4,4 %; 8,8 % e 9,6% de las superficies muestreadas. En la mayor parte del año las direcciones predominantes del viento en la región incluye vientos de Este y Sudeste, eso auxiliaría, de manera preliminar, en la presuposición de la existencia de pocas contribuciones con origen al Este del área del estudio, con relación a los elementos Zn, P y Na. Cuando se incluye la consideración de que la resuspensión que el viento de direcciones Este y Sudeste podría ser la causa de la menor frecuencia de Zn, P y Na en esas inclinaciones, se pondría en cuestionamiento a los otros elementos encontrados en los sedimentos, que también serian retirados por la acción del viento en ese proceso. Las consideraciones sobre posibilidades de fijación o retención de elementos químicos por organismos vivos y por compuestos o soluciones son las mismas de los casos anteriores de orientaciones de inclinaciones. 41 Como se mencionó anteriormente, el monitoreo meteorológico llevado a cabo durante los muestreos es inaplicable con la finalidad de presentar indicaciones preliminares de origen de los materiales. 4.2.12 Superficies con exposición Oeste Los resultados del barrido por MEB/EDS realizados en las muestras obtenidas de las superficies sólidas con inclinación para el Este, presentaron la presencia de todos los elementos estudiados: Al, Si, K, Fe, Na, Mg, Ca, Ti, Mo, P y Zn. De la misma manera que ocurrió para las inclinaciones anteriores, hubo un menor porcentaje de superficies que presentaron la presencia de los elementos Zn, P y Na. El menor porcentaje de superficies con esta orientación de inclinación ocurrió de la siguiente manera: 3,5% de las superficies con presencia de Zn; 8,8 % con la presencia de Na; y 13,1 % con la presencia de P. En la mayor parte del año las direcciones predominantes del viento en la región incluyen vientos del Este y Sudeste, con alguna situación de vientos del Oeste. La presuposición sería la poca contribución de fuentes existentes al Oeste de la zona del estudio, en relación a los elementos Zn, Na y P o que los vientos del Oeste, menos frecuentes que los del Este y Sudeste, contribuirían poco en la deposición de esos elementos. Las consideraciones sobre posibilidades de fijación o retención de elementos químicos por organismos vivos y por compuestos o soluciones son las mismas que para otras orientaciones de la inclinación. Como se mencionó anteriormente y por las razones en referencias anteriores, el monitoreo meteorológico llevado a cabo durante los muestreos es inaplicable con la finalidad de presentar indicaciones preliminares del origen de los materiales. 42 4.2.13 Comparación entre superficies de exposiciones Norte y Sur. La comparación entre el porcentaje de superficies de orientación de exposición Norte con aquellas de orientación de exposición Sur para cada uno de los elementos buscados a través de MEB/EDS, se presenta en la tabla siguiente: No se encontró diferencias estadísticamente significativas para los elementos presentes en las orientaciones Norte y Sur. Las variables categóricas se describieron con frecuencias absolutas y relativas y los grupos fueron comparados a través del test de Chi-cuadrado con corrección de Yates. Fueron considerados significativos valores de p<0,05. 4.2.14 Comparación entre superficies de exposiciones Norte y Este. La comparación entre el porcentaje de superficies de orientación de exposición Norte con aquellas de orientación de exposición Este para cada uno de los elementos buscados a través de MEB/EDS, se presenta en la tabla siguiente: No se encontró diferencias estadísticamente significativas para los elementos presentes en las orientaciones Norte y Este. Las variables categóricas se describieron con frecuencias absolutas y relativas y los grupos fueron comparados a través del test de Qui-cuadrado con corrección de Yates. Fueron considerados significativos valores de p<0,05. 4.2.15 Comparación entre superficies de exposiciones Norte y Oeste La comparación entre el porcentaje de superficies de orientación de exposición Norte con aquellas de orientación de exposición Oeste para cada uno de los elementos buscados a través de MEB/EDS se presenta en la tabla siguiente: No se encontró diferencias estadísticamente significativas para los elementos presentes en las orientaciones Norte y Oeste. Las variables categóricas se describieron con frecuencias absolutas y relativas y los grupos fueron comparados a través del test de Chi-cuadrado con corrección de Yates. Fueron considerados significativos valores de p<0,05. 43 4.2.16 Comparación entre superficies de exposiciones Sur y Este La comparación entre el porcentaje de superficies de orientación de exposición Sur con aquellas de orientación de exposición Este para cada uno de los elementos buscados a través de MEB/EDS se presenta en la tabla siguiente: No se encontró diferencias estadísticamente significativas para los elementos presentes en las orientaciones Sur y Oeste. Las variables categóricas se describieron con frecuencias absolutas y relativas y los grupos fueron comparados a través del test de Chi-cuadrado con corrección de Yates. Fueron considerados significativos valores de p<0,05. 4.2.17 Comparación entre superficies de exposiciones Sur y Oeste. La comparación entre el porcentaje de superficies de orientación de exposición Sur con aquellas de orientación de exposición Oeste para cada uno de los elementos buscados a través de MEB/EDS se presenta en la tabla siguiente: No se encontró diferencias estadísticamente significativas para los elementos presentes en las orientaciones Sur y Oeste. Las variables categóricas se describieron con frecuencias absolutas y relativas y los grupos fueron comparados a través del test de Chi-cuadrado con corrección de Yates. Fueron considerados significativos valores de p<0,05. 4.2.18 Comparación entre superficies de exposiciones Este y Oeste. La comparación entre el porcentaje de superficies de orientación de exposición Sur con aquellas de orientación de exposición Oeste para cada uno de los elementos buscados a través de MEB/EDS se presenta en la tabla siguiente: A través de los resultados del test Chi-cuadrado con corrección de Yates, la inclinación Oeste de exposición presentó diferencia significativamente superior cuanto a la presencia del elemento Mo en relación a la inclinación Oeste. 44 Las variables categóricas fueron descritas con frecuencias absolutas y relativas y los grupos fueron comparados usando el test de Chi-cuadrado con corrección de Yates. Fueron considerados significativos valores de p<0,05. El mayor porcentaje de las inclinaciones orientadas para el Oeste cuanto a la presencia del elemento Mo en comparación con las superficies con orientación Este, indicaría preliminarmente una mayor contribución de ese elemento para los sedimentos, de fuentes situadas al Oeste del área del estudio. De cualquier manera, la presencia del Mo también en las superficies con orientación Este de exposición indicaría contribuciones de fuentes localizadas al Este del área de estudio. 45 CAPÍTULO 5 RECOMENDACIONES Y SUGERENCIAS De acuerdo con los resultados obtenidos y con lo expresado en la discusión se sugiere y recomienda lo que sigue: 1. Se sugiere el término equivalente a recontaminación en la lengua portuguesa, para referirse a la potencial nueva contaminación producida por el material particulado sedimentado en superficies sólidas cuando se produce su resuspensión y nuevo pasaje hacia la atmósfera, su nueva deposición sobre otras superficies o su conducción por el agua pluvial; como en la lengua portuguesa el equivalente a la contaminación atmosférica es poluição atmosférica, se sugiere que la recontaminación sea referida como repoluição; 2. Realizar modelización de dispersión de material particulado atmosférico para los emprendimientos potencialmente emisores de este contaminante en el entorno del área de estudio, bajo las condiciones meteorológicas existentes durante las emisiones y aquellas que conducen a la máxima reducción de la dispersión para una indicación efectiva de los locales receptores de la contaminación, y de esa manera, conocer sus contribuciones para el área del estudio que se presenta; 3. Realizar estudios de modelización de dispersión de contaminantes atmosféricos generados por fuentes móviles, a través de estimaciones para la alimentación del modelo, con las mismas características de aquel sugerido para los análisis del entorno, para el promedio del trafico diario en el entorno del área de estudio y para las peores condiciones de tráfico, también considerando las condiciones meteorológicas normales y aquellas que conducen a la máxima reducción de la dispersión; 4. Estudio de indicadores de emisión de material particulado por parte de cada una de las mayores fuentes de emisión en la región del estudio, para posibilitar una mejor indicación del origen del material sedimentado; 46 5. Muestreo a través del método del jarro de los materiales sedimentables en el área de estudio y análisis de su composición química para un mejor conocimiento de las partículas sedimentables en el área de estudio; 6. Análisis biológico del material sedimentado en las superficies sólidas para obtener informaciones técnicas y científicas con respecto a la presencia de organismos vivos en los tejados, como hongos, líquenes, algas; ya que los organismos vivos además de poder retener elementos químicos para su metabolismo, pueden dificultar la resuspensión; 7. Realizar estudios con la inclusión de los grados de inclinación de exposición de las superficies para conocer la posibilidad de influencia de la inclinación en la deposición, en el lavado por precipitación pluviométrica y en la resuspensión; 8. Realizar estudios de rugosidad de las superficies para conocer la posibilidad de mayor o menor capacidad de retención de los materiales de la deposición y así de la mayor o menor dificultad de resuspensión; 9. Estudiar la degradación de los materiales usados en los tejados, para conocer la posibilidad de su inclusión en los muestreos y en los materiales potencialmente expuestos a la resuspensión; 10. Cuantificar los elementos químicos presentes en la deposición para una mejor evaluación del nivel de contaminación, de los contaminantes potenciales de resuspensión y de conducción por la precipitación. CAPÍTULO 6 CONSIDERACIONES GENERALES Y CONCLUSIONES 6.1 Consideraciones Generales Los efectos de la contaminación atmosférica por material particulado se producen sobre todos los medios y seres del planeta. Las condiciones de aislamiento a su exposición están restringidas a espacios y actividades bajo condiciones singulares mantenidas de manera especial. El material particulado lleva a alteraciones causadas por sus partículas y por su composición química a los medios y seres expuestos a su deposición y a su inhalación. Las emisiones naturales del material particulado resultan de procesos naturales que siempre hubo y que todavía hay en el planeta, pero el incremento de las actividades humanas como resultado del aumento de la población y en paralelo el aumento de las necesidades en alimentación, energía y bienestar contribuyen al crecimiento de las emisiones del material particulado. La deposición de las partículas sólidas en suspensión en la atmósfera exponen al hombre, los animales y las superficies del planeta a los efectos directos e indirectos de ese proceso. En las superficies sólidas que reciben la deposición del material particulado atmosférico se pueden producir efectos directos e indirectos de los materiales depositados y de su composición a través de interacciones y reacciones que conducen a alteraciones en esas superficies. La sedimentación del material particulado no se produce de manera puntual, sino de manera sucesiva, de acuerdo con las propiedades fisicoquímicas de los materiales en suspensión y las condiciones meteorológicas. La sucesión de la deposición puede conducir a reacciones e interacciones entre los materiales sedimentados y con los componentes de la atmósfera como el agua y los gases, que pueden participar en esos procesos. La deposición se puede producir por la acción de la gravedad y por interceptación a través de impacto en las superficies. El material particulado sedimentado sobre superficies sólidas tuvo su fase potencialmente contaminante el la atmósfera y a través del proceso de resuspensión 48 puede volver a la atmósfera en una nueva fase potencialmente contaminante y potencialmente capaz de depositarse en otras superficies en las cuales también puede tener su efecto contaminante, lo que puede ser una indicación de su capacidad de producir recontaminación. La precipitación produce un lavado de las superficies sólidas y así una trasferencia de los materiales depositados hacia el suelo y el medio acuático, conduciendo también a una nueva contaminación por el material particulado que contaminó la atmósfera, a los materiales y a los medios en que se produjo su deposición. La condensación del vapor de agua atmosférica cuando se produce en gran cantidad, hecho que sucede en determinadas localizaciones y en determinados periodos, puede también llevar a la trasferencia del material particulado sedimentado en superficies sólidas hacia otros medios. Aunque se produzcan reacciones e interacciones en el material particulado sedimentado, las alteraciones de esos procesos pueden llevar a cambios en su forma, tamaños o compuestos que constituyen los depósitos, pero no se cambia su composición química elemental sin la agregación de nuevos materiales. Los depósitos que se presentan en los tejados, por una observación visual se asemejan al desarrollo de hongos, líquenes y algas que se produce en muchas superficies, incluso en tejados, en donde se tengan los substratos para esos organismos vivos, como es el caso de muchos de los elementos que se ha encontrado en los sedimentos; los materiales oscuros en el desagüe de los tejados, probablemente sean materiales orgánicos en suspensión en el agua de las precipitaciones pluviométricas o en el agua de la condensación del vapor de agua atmosférico. La observación visual del material depositado en las superficies muestreadas, aunque no sea un método científico, presenta indicaciones de semejanza de los sedimentos en las superficies muestreadas con superficies similares de otras localizaciones, fuera de la región de muestreo. Los materiales y métodos utilizados para este estudio se comportaron en acuerdo con lo esperado, a la vez que no se ha encontrado metodología oficial para la proposición específica presentada. El uso de equipamientos a vacío para obtener las muestras podría conducir a la necesidad de una potencia tal que permitiera la recolección de materiales muy pegados y eso posibilitaría la adición de sedimentos 49 de afuera del punto de indicación del muestreo (en acuerdo con la Guía US EPA utilizada como base); además una baja potencia de succión podría conducir a una recolección no total del material depositado en los puntos indicados; Las superficies sólidas, objeto de la deposición del material particulado definidas para los muestreos fueron aquellas de menores interferencias antropogénicas, en acuerdo con lo esperado, una vez que no se han realizado lavados, pinturas, reformas u otras acciones que pudieran comprometer el material muestreado durante los muestreos y en periodo de tiempo inmediatamente anteriores a los muestreos; Otros estudios e investigaciones podrán suplir las necesidades de conocimientos necesarios a indicaciones del origen del material particulado sedimentado en superficies sólidas en el área del estudio y de sus posibles fuentes de emisión, como aquellos de las sugerencias que se presentan. 6.2 Conclusiones: 1. Los análisis cualitativos de las muestras a través de Microscopia Electrónica de Barrido adjunta al espectrómetro de energía dispersiva permitieron conocer la presencia de los elementos químicos supuestos apriorísticamente en este estudio para el material sedimentado: Al, Si, K, Fe, Na, Mg, Ca, Ti y Mo. Los elementos O y Ag que se presentan en los resultados se originan segura y respectivamente por los óxidos en que se presentan los elementos y como consecuencia de los procesos necesarios para la preparación del material para el análisis; 2.- Los elementos encontrados no son suficientemente indicativos de una fuente específica de emisión de contaminantes atmosféricos, debido a la cantidad y diversidad de fuentes antropogénicas y naturales, fijas y móviles existentes en el entorno del área de este estudio. 3.- La ausencia de V en todas las superficies muestreadas lleva a la indicación preliminar de la exclusión de fuentes emisoras de ese elemento en el material sedimentado en las superficies estudiadas; la exclusión total de la contribución de fuentes característicamente emisoras de V en los sedimentos 50 muestreados solamente se podría realizar con conocimientos totales del comportamiento de ese elemento en la atmósfera y del comportamiento de compuestos que lo pueden contener; 4. El monitoreo meteorológico durante los muestreos, aunque aporta informaciones de gran valor e imprescindibles para estudios ambientales, se ha mostrado inadecuado a cualquier indicación del sentido del origen de los elementos que componen los sedimentos de material particulado; esa inadecuación se refiere a que la deposición del material muestreado no se produce durante un corto espacio de tiempo, sino durante todo el tiempo transcurrido por lo menos desde la última precipitación pluviométrica registrada; 5. La comparación de la presencia de los elementos químicos estudiados en las diferentes orientaciones de exposición de las superficies sólidas a la deposición de material particulado atmosférico no presentó posibilidad de indicaciones preliminares esperadas del sentido de origen del material sedimentado; 6. En las superficies sólidas con orientación Norte de exposición no se detectó la presencia del elemento Zn. La comparación con las otras inclinaciones de las superficies muestreadas, por causa del pequeño porcentaje de presencia de Zn en ellas, no resultó ser estadísticamente significativa la ausencia de este elemento en la inclinación Norte; 7. La comparación entre las superficies de exposición Este y Oeste, presentó diferencia estadísticamente mayor en términos de porcentaje de exposiciones al Oeste para el elemento Mo; 8. En términos generales, las diferentes orientaciones de exposición de las superficies sólidas muestreadas, en cuanto a la presencia de los elementos Al, Si, K, Fe, Na, Mg, Ca, Ti y Mo no presentó diferencias, lo que no era esperado. i ANEXO i ÍNDICE 1 Coordenadas Geográficas das Residências Amostradas em UTM (DATUM SAD 69)………………………………………………………………….. 01 1.1 20 Coordenadas geográficas projeção UTM, DATUM SAD 69 para os dados coletados a campo, Telhados Norte/Sul.................................... 03 1.2 Coordenadas geográficas projeção UTM, DATUM SAD 69, para os dados coletados a campo (telhados Leste/Oeste)..............................................................04 2 Resultados Gráficos MEV/EDS dos Telhados Amostrados 2.1 Telhados N/S................................................................................................... 07 2.2 Telhados L/O.................................................................................................... 63 3 Comparação Imagens Dentro e Fora da Área do Estudo Face Norte............................................................................................................... 177/178 Face Sul................................................................................................................... 179/180 Face Leste............................................................................................................... 181/182 Face Oeste............................................................................................................... 183/184 4 Empreendimentos Potencialmente Geradores de emissões Atmosféricas na Região................................................................. 185 4.1Distribuição de empreendimentos potencialmente geradores de poluentes atmosféricos na região................................................................. 192 5 Imagens BR 116 Trecho Porto Alegre – Esteio ................................................... 193 Índice de Tabelas e Gráficos Tabela 01 – Coordenadas Residências Norte / Sul................................................. 03 Tabela 02 – Coordenadas Residências Leste / Oeste............................................ 04 Tabela 03 – Empreendimentos no Entorno da Região do Estudo........................... 185 Gráfico 01 – Distribuição dos Empreendimentos na Região .................................. 192 Índice de Quadros Quadros 01 a 56 (Gráficos MEV/EDS Norte e Sul)................................................. 07/62 Quadros 57 a 170 (Gráficos MEV/EDS Leste e Oeste)........................................... 63/176 ii Quadro 173 (Imagens Comparação Inclinações Norte dentro e fora da área do estudo)................................................................................................ 177 Quadro 174 (Imagens Comparação Inclinações Norte dentro e fora da área do estudo)................................................................................................ 178 Quadro 175 (Imagens Comparação Inclinações Sul dentro e fora da área do estudo)................................................................................................ 179 Quadro 176 (Imagens Comparação Inclinações Sul dentro e fora da área do estudo)................................................................................................ 180 Quadro 177 (Imagens Comparação Inclinações Leste dentro e fora da área do estudo)................................................................................................ 181 Quadro 178 (Imagens Comparação Inclinações Leste dentro e fora da área do estudo)................................................................................................ 182 Quadro 179 (Imagens Comparação Inclinações Oeste dentro e fora da área do estudo)............................................................................................. 183 Quadro 180 (Imagens Comparação Inclinações Oeste dentro e fora da área do estudo)................................................................................................ 184 Índice de Imagens Imagem 01 BR 116 Trecho Porto Alegre – Canoas................................................................... 193 Imagem 02 BR 116 Trecho Porto Alegre – Canoas................................................................... 194 Imagem 03 BR 116 Trecho Porto Alegre – Canoas................................................................... 194 Imagem 04 BR 116 Trecho Porto Alegre – Canoas................................................................... 195 Imagem 05 BR 116 Trecho Esteio – São Leopoldo.................................................................... 195 1 1- Coordenadas Geográficas das Residências Amostradas em UTM (DATUM SAD 69) O Sistema UTM é dividido em 60 fusos de 6 graus de amplitude em longitude. Cada fuso também é chamado de Zona UTM que é numerada, iniciando em "1" da esquerda para a direita em relação à longitude 180 graus oeste. Pode-se identificar também o fuso a partir de seu Meridiano Central que fica exatamente no centro do fuso. Existe em algumas publicações estrangeiras a divisão das zonas no Equador, o que resultaria em mais 60 zonas cuja numeração é negativa ao Sul do Equador e manter-se-ia a numeração normal ao Norte. A unidade é o metro tendo como origem o Equador e o Meridiano Central. No hemisfério Sul, o sistema possui o valor 10.000.000,00 m no Equador para a coordenada Norte, decrescendo para o Sul. E o valor 500.000,00 m no Meridiano Central para a coordenada Este, decrescendo para Oeste e crescendo para Este. No hemisfério Norte o sistema difere apenas na coordenada Norte, possuindo o valor de 0,00 m no Equador, crescendo para o Norte. As Coordenadas UTM definem posições bi-dimensionais e horizontais. No exterior, alguns softwares consideram o hemisfério Sul como continuação do Norte estendendo o sistema de coordenadas para o Sul negativamente como em um eixo cartesiano. A origem do Sistema também pode ser deslocada do centro do fuso para algum ponto que facilite o mapeamento de determinada região. É o que ocorre na Irlanda cuja origem de seu sistema UTM é em sua capital Dublin. O South American Datum (SAD) é o sistema geodésico regional para a América do Sul e define um formato para a terra para uso na geodésia e em navegação. Segundo as Especificações e Normas Gerais para Levantamentos Geodésicos em Território Brasileiro, anexo à Resolução COCAR nº 02/83, de 21/07/1983, o Sistema Geodésico Brasileiro — SGB — é definido a partir do conjunto de pontos geodésicos implantados na porção terrestre delimitada pelas fronteiras do país. Para o SGB, a imagem geométrica da Terra é definida pelo elipsóide do sistema geodésico de referência — SGR-67 —, aceito e recomendado pela UGGI (União de Internacional de Geodésia e Geofísica – sigla em francês), em Lucerna, no ano de 1967. 2 O South American Datum (SAD) foi estabelecido como o sistema geodésico regional para a América do Sul, desde 1969. O SGB integra o SAD-69. Eles são definidos a partir dos parâmetros: - Elipsóide SGR-67 - Orientação geocêntrica: eixo de rotação paralelo ao eixo de rotação da Terra; plano meridiano origem paralelo ao meridiano de Greenwich; - Orientação topocêntrica: considerado como datum planimétrico, o Vértice Chuá da cadeia de triangulação do paralelo 20º Sul, em Minas Gerais: - Latitude Geodésica.= 19º 45‘ 41,6527‖ S - Latitude Astronômica.= 19º 45‘ 41,34‖ S - Longitude Geodésica.= 48º 06‘ 04,0639‖ W - Longitude Astronômica = 48º 06‘ 07,80‖ W - Azimute Geodésico = 271º 30‘ 04,05‖SWNE Az. astron.= 271º 30‘ 05,42‖ SWNE para VT-Uberaba - Ondulação Geoidal N = 0,0m - Datum altimétrico do SGB: coincide com a superfície equipotencial que contém o nível médio do mar, definido pelas observações maregráficas tomadas em Imbituba, no litoral de Santa Catarina. 3 1.1 Coordenadas geográficas, projeção UTM, DATUM SAD 69, para os dados coletados a campo (telhados Norte/ Sul). Tabela 01 – Coordenadas Residências Amostradas Norte / Sul. X UTM Y UTM QUADRA PONTO CODIGO RESIDENCIA 483997,89 6694268,88 1 1 Q1-1N/S 484052,99 6694273,74 2 3 Q2-3N/S 484074,59 6694334,86 2 5 Q2-5N/S-R 484159,34 6694344,18 3 7 Q3-7N/S 484188,22 6694277,26 4 8 Q4-8N/S 484197,69 6694344,63 4 9 Q4-9N/S 484247,08 6694296,76 5 11 Q5-11N/S 484319,29 6694281,37 6 15 Q6-15N/S 484301,91 6694321,24 6 16 Q6-16N/S 484339,40 6694245,39 6 18 Q6-18N/S 484344,33 6694320,72 6 19 Q6-19N/S 484402,61 6694253,26 7 22 Q7-22N/S 484402,31 6694307,53 7 23 Q7-23N/S 484517,73 6694305,95 8 25 Q8-25N/S 484526,54 6694304,87 8 26 Q8-26N/S 484540,71 6694325,04 8 28 Q8-28N/S 484655,83 6694273,99 9 30 Q9-30N/S 484766,09 6694298,28 11 38 Q11-38N/S 484777,92 6694299,57 11 39 Q11-39N/S 484811,78 6694219,67 12 209 Q12-40N/SR 484871,46 6694217,20 13 43 Q13-43N/S 484894,89 6694261,61 13 46 Q13-46N/SR 484942,40 6694212,92 14 47 Q14-47N/S 484997,80 6694304,69 15 50 Q15-50N/S 485098,77 6694205,06 17 55 Q17-55N/S 485109,67 6694204,33 17 56 Q17-56N/SR 485130,92 6694249,23 17 59 Q17-59N/S 485609,62 6694177,70 23 71 Q23-71N/S 485660,12 6694173,75 24 73 Q24-73N/S 485742,82 6694192,06 25 84 Q25-84N/SR 485785,14 6694245,46 26 86 Q26-86N/S 485813,34 6694231,51 26 88 Q26-88N/S 485866,07 6694209,93 27 94 Q27-94N/S 485899,97 6694238,86 28 95 Q28-95N/S 485894,75 6694058,17 33 99 Q33-99N/S 485896,33 6694118,70 33 100 Q33-100N/S 485789,16 6694044,73 35 105 Q35-105N/S 485810,27 6694128,65 35 109 Q35-109N/S 485745,75 6694129,70 36 110 Q36-110N/S 485682,60 6694070,37 37 112 Q37-112N/S 485550,33 6694116,69 39 116 Q39-116NSR 485496,79 6694060,28 40 118 Q40-118N/S 485440,99 6694114,52 41 121 Q41-121N/S 485001,24 6694172,09 46 127 Q46-127N/S 484752,48 6694185,88 50 135 Q50-135N/S DIRECAO N/S N/S N/S N/S N/S N/S N/S N/S N/S N/S N/S N/S N/S N/S N/S N/S N/S N/S N/S N/S N/S N/S N/S N/S N/S N/S N/S N/S N/S N/S N/S N/S N/S N/S N/S N/S N/S N/S N/S N/S N/S N/S N/S N/S N/S 4 ...continuação CODIGO RESIDENCIA Q51-137N/S Q52-140N/S Q52-141N/S Q52-143N/S Q53-144N/S Q53-145N/S Q54-148N/S Q28-152N/S Q53-153N/SR Q6-154N/SR Q38-155NSR X UTM 484710,62 484518,83 484544,18 484564,93 484367,67 484365,89 484314,14 485930,23 484376,74 484329,38 485595,62 Y UTM 6694098,68 6694120,85 6694119,11 6694117,02 6694119,85 6694179,75 6694205,12 6694207,43 6694200,18 6694248,56 6694094,13 QUADRA 51 52 52 52 53 53 54 28 53 6 38 PONTO 137 140 141 143 144 145 148 152 153 154 155 DIRECAO N/S N/S N/S N/S N/S N/S N/S N/S N/S N/S N/S 1.2 Coordenadas geográficas, projeção UTM, DATUM SAD 69, para os dados coletados a campo (telhados Leste/Oeste). Tabelas 02 – Coordenadas Residências Amostradas Leste / Oeste. X UTM Y UTM QUADRA CODIGO RESIDENCIA 484011,20 6694268,47 1 Q1-1L/O 483967,93 6694326,19 1 Q1-4L/O-R 484076,64 6694260,77 2 Q2-5L/O 484144,08 6694279,27 3 Q3-9L/O 484137,41 6694302,95 3 Q3-10L/O 484140,14 6694322,78 3 Q3-12L/O 484145,23 6694331,90 3 Q3-13L/O 484176,45 6694278,86 4 Q4-14L/O 484211,13 6694327,17 4 Q4-18L/O 484238,00 6694262,33 5 Q5-19L/O 484271,15 6694311,72 5 Q5-21L/O 484304,75 6694252,65 6 Q6-23L/O 484338,60 6694309,31 6 Q6-24L/O 484375,94 6694298,31 7 Q7-29L/O 484383,74 6694307,66 7 Q7-30L/O 484399,61 6694276,71 7 Q7-31L/O 484636,67 6694263,70 9 Q9-35L/O 484689,13 6694251,02 10 Q10-37L/OR 484689,67 6694260,81 10 Q10-38L/O 484753,87 6694249,63 11 Q11-43L/O 484751,78 6694268,45 11 Q11-44L/O 484772,81 6694238,81 11 Q11-45L/O 484799,37 6694218,82 12 Q12-47L/O 484805,89 6694256,64 12 Q12-48L/O 484832,29 6694243,98 12 Q12-51L/O 484865,82 6694232,97 13 Q13-52L/O 484895,90 6694223,17 13 Q13-55L/O 484894,32 6694251,75 13 Q13-57L/O 484925,92 6694238,69 14 Q14-60L/O 484929,46 6694268,26 14 Q14-61L/O 484954,04 6694248,76 14 Q14-63L/O DIRECAO L/O L/O L/O L/O L/O L/O L/O L/O L/O L/O L/O L/O L/O L/O L/O L/O L/O L/O L/O L/O L/O L/O L/O L/O L/O L/O L/O L/O L/O L/O L/O 5 continuação CODIGO RESIDENCIA Q14-64L/O Q15-69L/O Q16-74L/O Q17-85L/O Q18-86L/OR Q18-87L/O Q18-88L/O Q18-89L/O Q21-96L/O Q22-103L/O Q23-109L/O Q24-116L/O Q25-117L/O Q25-119L/O Q25-121L/O Q26-123L/O Q26-124L/O Q26-125L/O Q27-127L/O Q27-131L/O Q28-136L/O Q28-138L/O52 Q31-141L/O Q31-142LOR Q33-143L/O Q33-145L/O Q34-147L/O Q35-152L/O Q35-154L/O Q35-156L/O Q36-163L/O Q37-167L/O Q37-168L/O Q37-171L/O Q37-172L/O Q38-176L/O Q38-179L/O Q39-183L/O Q39-185L/O Q39-186LOR Q40-190L/O Q40-191L/O Q40-195L/O Q41-196L/O Q41-198L/O Q43-199L/O Q45-208L/O Q45-210L/O Q45-211L/O Q46-213L/O X UTM 484953,23 484985,59 485052,44 485129,40 485159,61 485161,24 485161,41 485162,33 485487,42 485538,37 485611,99 485688,90 485733,98 485739,08 485742,15 485786,25 485802,12 485808,58 485843,88 485867,15 485907,69 485928,43 486017,82 486019,98 485895,14 485917,01 485837,29 485777,27 485776,53 485784,29 485749,04 485654,76 485656,24 485671,47 485681,39 485595,20 485626,31 485542,42 485567,39 485568,16 485479,32 485480,55 485516,40 485420,33 485441,56 485169,88 485039,44 485038,27 485099,48 484976,18 Y UTM 6694258,48 6694268,71 6694245,19 6694270,72 6694204,22 6694216,41 6694228,68 6694244,60 6694210,39 6694183,85 6694223,15 6694240,02 6694177,10 6694217,41 6694228,53 6694223,88 6694166,58 6694183,29 6694190,55 6694189,98 6694229,14 6694217,06 6694068,89 6694099,26 6694077,52 6694036,85 6694071,71 6694055,12 6694074,57 6694114,61 6694076,01 6694059,16 6694081,15 6694117,27 6694049,99 6694104,24 6694071,60 6694106,30 6694086,33 6694115,30 6694088,63 6694100,38 6694108,97 6694113,35 6694105,34 6694118,21 6694131,87 6694152,71 6694122,57 6694116,87 QUADRA 14 15 16 17 18 18 18 18 21 22 23 24 25 25 25 26 26 26 27 27 28 28 31 31 33 33 34 35 35 35 36 37 37 37 37 38 38 39 39 39 40 40 40 41 41 43 45 45 45 46 DIRECAO L/O L/O L/O L/O L/O L/O L/O L/O L/O L/O L/O L/O L/O L/O L/O L/O L/O L/O L/O L/O L/O L/O L/O L/O L/O L/O L/O L/O L/O L/O L/O L/O L/O L/O L/O L/O L/O L/O L/O L/O L/O L/O L/O L/O L/O L/O L/O L/O L/O L/O 6 continuação CODIGO RRESIDENCIA Q46-216L/O Q46-217L/O Q46-218L/O Q47-223L/O Q48-226L/O Q48-228L/O Q49-233L/O Q49-234L/O Q49-235L/O Q50-239L/O Q50-240L/O Q50-241L/O Q51-243L/O Q51-244L/O Q51-245L/O Q53-252L/O Q53-254L/O Q55-259L/O Q55-260L/O Q56-263L/O Q56-264L/O Q57-266L/O Q57-270L/O Q58-272LOR Q58-273L/O Q58-274L/O Q56-275L/O Q7-276L/OR Q39-277LOR Q23-278L/OR Q36-279L/OR Q40-280L/O Q11-281LOR X UTM 485003,15 485007,39 485008,62 484918,85 484863,98 484855,76 484821,72 484828,72 484827,76 484743,59 484742,24 484741,59 484693,42 484672,33 484676,07 484365,04 484390,94 484263,20 484266,71 484202,99 484201,67 484039,60 484068,70 484005,33 484002,80 484002,36 484188,47 484368,68 485566,18 485614,99 485733,49 485501,53 484751,83 Y UTM 6694083,43 6694106,55 6694115,09 6694175,03 6694101,77 6694123,56 6694095,29 6694103,87 6694125,39 6694127,28 6694136,61 6694168,88 6694121,44 6694163,01 6694174,08 6694200,32 6694130,01 6694137,02 6694148,03 6694163,00 6694188,06 6694159,03 6694195,22 6694161,87 6694174,37 6694197,24 6694165,21 6694258,38 6694126,66 6694235,75 6694068,78 6694160,42 6694206,15 QUADRA 46 46 46 47 48 48 49 49 49 50 50 50 51 51 51 53 53 55 55 56 56 57 57 58 58 58 56 7 39 23 36 40 11 DIRECAO L/O L/O L/O L/O L/O L/O L/O L/O L/O L/O L/O L/O L/O L/O L/O L/O L/O L/O L/O L/O L/O L/O L/O L/O L/O L/O L/O L/O L/O L/O L/O L/O L/O 7 2 Resultados Gráficos MEV/EDS dos Telhados Amostrados 2.1 – TELHADOS NORTE/SUL Resultados obtidos através de varredura por MEV/EDS, das amostras em telhados com inclinação N/S. RESIDÊNCIA Face Norte Código da residência: 1 N/S Quadra: Q1 Face Sul Código da residência: 1 N/S Quadra: Q1 Quadro 01 – MEV/EDS 1 N/S MEV/EDS 8 RESIDÊNCIA Face Norte Código da residência: 3 N/S Quadra: Q2 Face Sul Código da residência: 3 N/S Quadra: Q2 Quadro 02 – MEV/EDS 3 N/S MEV/EDS 9 RESIDÊNCIA Face Norte Código da residência: 5 N/SQuadra: Q2 Face Sul Código da residência: 5 N/S-R Quadra: Q2 Quadro 03 – MEV/EDS 5 N/S MEV/EDS 10 RESIDÊNCIA MEV/EDS Face Norte Código da residência: 7 N/S Quadra: Q3 Face Sul Código da residência: 7 N/S Quadra: Q3 Quadro 04 – MEV/EDS 7N/S Sem sedimentos 11 RESIDÊNCIA Face Norte Código da residência: 8 N/S Quadra: Q4 Face Sul Código da residência: 8 N/S Quadra: Q4 Quadro 05 – MEV/EDS 8 N/S MEV/EDS 12 RESIDÊNCIA MEV/EDS Face Norte Código da residência: 9 N/S Sem sedimentos Quadra: Q4 Face Sul Código da residência: 9 N/S Quadra: Q4 Quadro 06 – 9 N/S Sem sedimentos 13 RESIDÊNCIA Face Norte Código da residência: 11 N/S Quadra: Q5 Face Sul Código da residência: 11 N/S Quadra: Q5 Quadro 07 – 11 N/S MEV/EDS 14 RESIDÊNCIA Face Norte Código da residência: 15 N/S Quadra: Q6 Face Sul Código da residência: 15 N/S Quadra: Q6 Quadro 08 – MEV/EDS 15N/S MEV/EDS 15 RESIDÊNCIA MEV/EDS Face Norte Código da residência: 16 N/S Quadra: Q6 Face Sul Código da residência: 16 N/S Quadra: Q6 Quadro 09 – MEV/EDS 16N/S Sem sedimentos 16 RESIDÊNCIA Face Norte Código da residência: 18 N/S Quadra: Q6 Face Sul Código da residência: 18 N/SQuadra: Q6 Quadro 10 – MEV/EDS 18N/S MEV/EDS 17 RESIDÊNCIA Face Norte Código da residência: 19 N/S Quadra: Q6 Face Sul Código da residência: 19 N/S Quadra: Q6 Quadro 11 – MEV/EDS 19N/S MEV/EDS 18 RESIDÊNCIA Face Norte Código da residência: 22 N/S Quadra: Q7 Face Sul Código da residência: 22 N/S Quadra: Q7 Quadro 12 – MEV/EDS 22N/S MEV/EDS 19 RESIDÊNCIA Face Norte Código da residência: 23 N/S Quadra: Q7 Face Sul Código da residência: 23 N/S Quadra: Q7 Quadro 13 – MEV/EDS 23N/S MEV/EDS 20 RESIDÊNCIA Face Norte Código da residência: 25 N/S Quadra: Q8 Face Sul Código da residência: 25 N/S Quadra: Q8 Quadro 14 – MEV/EDS 22N/S MEV/EDS 21 RESIDÊNCIA MEV/EDS Face Norte Código da residência: 26 N/S Quadra: Q8 Face Sul Código da residência: 26 N/S Quadra: Q8 Quadro 15 – MEV/EDS 26N/S 22 RESIDÊNCIA MEV/EDS Face Norte Código da residência: 28 N/S Sem sedimentos Quadra: Q8 Face Sul Código da residência: 28 N/S Quadra: Q8 Quadro 16 – MEV/EDS 28N/S Sem sedimentos 23 RESIDÊNCIA Face Norte Código da residência: 30 N/S Quadra: Q9 Face Sul Código da residência: 30 N/S Quadra: Q9 Quadro 17 – MEV/EDS 30N/S MEV/EDS 24 RESIDÊNCIA Face Norte Código da residência: 38 N/S Quadra: Q11 Face Sul Código da residência: 38 N/S Quadra: Q11 Quadro 18 – MEV/EDS 38N/S MEV/EDS 25 RESIDÊNCIA Face Norte Código da residência: 39 N/S Quadra: Q11 Face Sul Código da residência: 39 N/S Quadra: Q11 Quadro 19 – MEV/EDS 39N/S MEV/EDS 26 RESIDÊNCIA Face Norte Código da residência: 40 N/S-R Quadra: Q12 Face Sul Código da residência: 40 N/S-R Quadra: Q12 Quadro 20 – MEV/EDS 40N/S MEV/EDS 27 RESIDÊNCIA Face Norte Código da residência: 43 N/S Quadra: Q13 Face Sul Código da residência: 43 N/S Quadra: Q13 Quadro 21 – MEV/EDS 43N/S MEV/EDS 28 RESIDÊNCIA Face Norte Código da residência: 46 N/S-R Quadra: Q13 Face Sul Código da residência: 46 N/S-R Quadra: Q13 Quadro 22 – MEV/EDS 46N/S MEV/EDS 29 RESIDÊNCIA MEV/EDS Face Norte Código da residência: 47 N/S Quadra: Q14 Face Sul Código da residência: 47 N/S Quadra: Q14 Quadro 23 – MEV/EDS 47N/S Sem sedimento 30 RESIDÊNCIA Face Norte Código da residência: 50 N/S Quadra: Q15 Face Sul Código da residência: 50 N/S Quadra: Q15 Quadro 24 – MEV/EDS 50N/S MEV/EDS 31 RESIDÊNCIA Face Norte Código da residência: 55 N/S Quadra: Q17 Face Sul Código da residência: 55 N/S Quadra: Q17 Quadro 25 – MEV/EDS 55N/S MEV/EDS 32 RESIDÊNCIA Face Norte Código da residência: 56 N/S-R Quadra: Q17 Face Sul Código da residência: 56 N/S-R Quadra: Q17 Quadro 26 – MEV/EDS 56N/S MEV/EDS 33 RESIDÊNCIA Face Norte Código da residência: 59 N/S Quadra: Q17 Face Sul Código da residência: 59 N/S Quadra: Q17 Quadro 27 – MEV/EDS 59N/S MEV/EDS 34 RESIDÊNCIA Face Norte Código da residência: 71 N/S Quadra: Q23 Face Sul Código da residência: 71 N/S Quadra: Q23 Quadro 28 – MEV/EDS 71N/S MEV/EDS 35 RESIDÊNCIA Face Norte Código da residência: 73 N/S Quadra: Q24 Face Sul Código da residência: 73 N/S Quadra: Q24 Quadro 29 – MEV/EDS 73N/S MEV/EDS 36 RESIDÊNCIA Face Norte Código da residência: 84 N/S-R Quadra: Q25 Face Sul Código da residência: 84 N/S-R Quadra: Q25 Quadro 30 – MEV/EDS 84N/S MEV/EDS 37 RESIDÊNCIA Face Norte Código da residência: 86 N/S Quadra: Q26 Face Sul Código da residência: 86 N/S Quadra: Q26 Quadro 31 – MEV/EDS 86N/S MEV/EDS 38 RESIDÊNCIA Face Norte Código da residência: 88 N/S Quadra: Q26 Face Sul Código da residência: 88 N/S Quadra: Q26 Quadro 32 – MEV/EDS 88N/S MEV/EDS 39 RESIDÊNCIA Face Norte Código da residência: 94 N/S Quadra: Q27 Face Sul Código da residência: 94 N/S Quadra: Q27 Quadro 33 – MEV/EDS 94 N/S MEV/EDS 40 RESIDÊNCIA Face Norte Código da residência: 95 N/S Quadra: Q28 Face Sul Código da residência: 95 N/S Quadra: Q28 Quadro 34 – MEV/EDS 95 N/S MEV/EDS 41 RESIDÊNCIA Face Norte Código da residência: 99 N/S Quadra: Q33 Face Sul Código da residência: 99 N/S Quadra: Q33 Quadro 35 – MEV/EDS 99 N/S MEV/EDS 42 RESIDÊNCIA Face Norte Código da residência: 100 N/S Quadra: Q33 Face Sul Código da residência: 100 N/S Quadra: Q33 Quadro 36 – MEV/EDS 100 N/S MEV/EDS 43 RESIDÊNCIA Face Norte Código da residência: 105 N/S Quadra: Q35 Face Sul Código da residência: 105 N/S Quadra: Q35 Quadro 37 – MEV/EDS 105 N/S MEV/EDS 44 RESIDÊNCIA Face Norte Código da residência: 109 N/S Quadra: Q35 Face Sul Código da residência: 109 N/S Quadra: Q35 Quadro 38 – MEV/EDS 109 N/S MEV/EDS 45 RESIDÊNCIA Face Norte Código da residência: 110 N/S Quadra: Q36 Face Sul Código da residência: 110 N/S Quadra: Q36 Quadro 39 – MEV/EDS 110 N/S MEV/EDS 46 RESIDÊNCIA Face Norte Código da residência: 112 N/S Quadra: Q37 Face Sul Código da residência: 112 N/S Quadra: Q37 Quadro 40 – MEV/EDS 112 N/S MEV/EDS 47 RESIDÊNCIA Face Norte Código da residência: 116 N/S-R Quadra: Q39 Face Sul Código da residência: 116 N/S-R Quadra: Q39 Quadro 41 – MEV/EDS 116 N/S MEV/EDS 48 RESIDÊNCIA Face Norte Código da residência: 118 N/S Quadra: Q40 Face Sul Código da residência: 118 N/S Quadra: Q40 Quadro 42 – MEV/EDS 118 N/S MEV/EDS 49 RESIDÊNCIA Face Norte Código da residência: 121 N/S Quadra: Q41 Face Sul Código da residência: 121 N/S Quadra: Q41 Quadro 43 – MEV/EDS 121 N/S MEV/EDS 50 RESIDÊNCIA Face Norte Código da residência: 127 N/S Quadra: Q46 Face Sul Código da residência: 127 N/S Quadra: Q46 Quadro 44 – MEV/EDS 127 N/S MEV/EDS 51 RESIDÊNCIA Face Norte Código da residência: 135 N/S Quadra: Q50 Face Sul Código da residência: 135 N/S Quadra: Q50 Quadro 45 – MEV/EDS 135 N/S MEV/EDS 52 RESIDÊNCIA Face Norte Código da residência: 137 N/S Quadra: Q51 Face Sul Código da residência: 137 N/S Quadra: Q51 Quadro 46 – MEV/EDS 137 N/S MEV/EDS 53 RESIDÊNCIA Face Norte Código da residência: 140 N/S Quadra: Q52 Face Sul Código da residência: 140 N/S Quadra: Q52 Quadro 47 – MEV/EDS 140 N/S MEV/EDS 54 RESIDÊNCIA Face Norte Código da residência: 141 N/S Quadra: Q52 Face Sul Código da residência: 141 N/S Quadra: Q52 Quadro 48 – MEV/EDS 141 N/S MEV/EDS 55 RESIDÊNCIA Face Norte Código da residência: 143 N/S Quadra: Q52 Face Sul Código da residência: 143 N/S Quadra: Q52 Quadro 49 – MEV/EDS 143 N/S MEV/EDS 56 RESIDÊNCIA Face Norte Código da residência: 144 N/S Quadra: Q53 Face Sul Código da residência: 144 N/S Quadra: Q53 Quadro 50 – MEV/EDS 144 N/S MEV/EDS 57 RESIDÊNCIA Face Norte Código da residência: 145 N/S Quadra: Q53 Observação: o número da varredura foi erroneamente digitado, devendo ser 145. Face Sul Código da residência: 145 N/S Quadra: Q53 Quadro 51 – MEV/EDS 145 N/S MEV/EDS 58 RESIDÊNCIA MEV/EDS Face Norte Código da residência: 148 N/S Sem sedimento Quadra: Q54 Face Sul Código da residência: 148 N/S Quadra: Q54 Quadro 52 – MEV/EDS 148 N/S Sem sedimento 59 RESIDÊNCIA Face Norte Código da residência: 152 N/S Quadra: Q28 Face Sul Código da residência: 152 N/S Quadra: Q28 Quadro 53 – MEV/EDS 152 N/S MEV/EDS 60 RESIDÊNCIA Face Norte Código da residência: 153N/S-R Quadra: Q53 Face Sul Código da residência: 153 N/S-R Quadra: Q53 Quadro 54 – MEV/EDS 153 N/S MEV/EDS 61 RESIDÊNCIA Face Norte Código da residência: 154 N/S-R Quadra: Q6 Face Sul Código da residência: 154 N/S-R Quadra: Q6 Quadro 55 – MEV/EDS 154 N/S MEV/EDS 62 RESIDÊNCIA Face Norte Código da residência: 155 N/S-R Quadra: Q38 Face Sul Código da residência: 155 N/S-R Quadra: Q38 Quadro 56 – MEV/EDS 155 N/S MEV/EDS 63 2.2 TELHADOS LESTE / OESTE RESIDENCIA Face Leste Código da residência: 1 L/O Quadra: Q1 Face Oeste Código da residência: 1 L/O Quadra: Q1 Quadro 57 – MEV/EDS 01 L/O MEV/EDS 64 RESIDENCIA Face Leste Código da residência: 4 L/O-R Quadra: Q1 Face Oeste Código da residência: 4 L/O-R Quadra: Q1 Quadro 58 – MEV/EDS 04 L/O MEV/EDS 65 RESIDENCIA Face Leste Quadra: Q2 Código da residência: 5 L/O Face Oeste Código da residência: 5 L/O Quadra: Q2 Quadro 59 – MEV/EDS 05 L/O MEV/EDS 66 RESIDENCIA Face Leste Código da residência: 9 L/O Quadra: Q3 Face Oeste Código da residência: 9 L/O Quadra: Q3 Quadro 60 – MEV/EDS 09 L/O MEV/EDS 67 RESIDENCIA Face Leste Código da residência: 10 L/O Quadra: Q3 Face Oeste Código da residência: 10 L/O Quadra: Q3 Quadro 61 – MEV/EDS 10 L/O MEV/EDS 68 RESIDENCIA Face Leste Código da residência: 12 L/O Quadra: Q3 Face Oeste Código da residência: 12 L/O Quadra: Q3 Quadro 62 – MEV/EDS 12 L/O MEV/EDS 69 RESIDENCIA Face Leste Código da residência: 13 L/O Quadra: Q3 Face Oeste Código da residência: 13 L/O Quadra: Q3 Quadro 63 – MEV/EDS 13 L/O MEV/EDS 70 RESIDENCIA Face Leste Código da residência: 14 L/O Quadra: Q4 Face Oeste Código da residência: 14 L/O Quadra: Q4 Quadro 64 – MEV/EDS 14 L/O MEV/EDS 71 RESIDENCIA Face Leste Código da residência: 18 L/O Quadra: Q4 Face Oeste Código da residência: 18 L/O Quadra: Q4 Quadro 65 – MEV/EDS 18 L/O MEV/EDS 72 RESIDENCIA Lado Leste Código da residência: 19 L/O Quadra: Q5 Face Oeste Código da residência: 19 L/O Quadra: Q5 Quadro 66 – MEV/EDS 19 L/O MEV/EDS 73 RESIDENCIA Face Leste Código da residência: 21 L/O Quadra: Q5 Face Oeste Código da residência: 21 L/O Quadra: Q5 Quadro 67 – MEV/EDS 21 L/O MEV/EDS 74 RESIDENCIA Face Leste Código da residência: 23 L/O Quadra: Q6 Face Oeste Código da residência: 23 L/O Quadra: Q6 Quadro 68 – MEV/EDS 23 L/O MEV/EDS 75 RESIDENCIA Face Leste Código da residência: 24 L/O Quadra: Q6 Face Oeste Código da residência: 24 L/O Quadra: Q6 Quadro 69 – MEV/EDS 24 L/O MEV/EDS 76 RESIDENCIA Face Leste Código da residência: 29L/O Quadra: Q7 Face Oeste Código da residência: 29L/O Quadra: Q7 Quadro 70 – MEV/EDS 29 L/O MEV/EDS 77 RESIDENCIA Face Leste Código da residência: 30 L/O Quadra: Q7 Face Oeste Código da residência: 30 L/O Quadra: Q7 Quadro 71 – MEV/EDS 30 L/O MEV/EDS 78 RESIDENCIA Face Leste Código da residência: 31 L/O Quadra: Q7 Face Oeste Código da residência: 31 L/O Quadra: Q7 Quadro 72 – MEV/EDS 31 L/O MEV/EDS 79 RESIDENCIA Face Leste Código da residência: 35 L/O Quadra: Q9 Face Oeste Código da residência: 35 L/O Quadra: Q9 Quadro 73 – MEV/EDS 35 L/O MEV/EDS 80 RESIDENCIA Face Leste Código da residência: 37 L/O Quadra: Q10 Face Oeste Código da residência: 37 L/O Quadra: Q10 Quadro 74 – MEV/EDS 37 L/O MEV/EDS 81 RESIDENCIA Face Leste Código da residência: 38 L/O Quadra: Q10 Face Oeste Código da residência: 38 L/O Quadra: Q10 Quadro 75 – MEV/EDS 38 L/O MEV/EDS 82 RESIDENCIA Face Leste Código da residência: 43 L/O Quadra: Q11 Face Oeste Código da residência: 43 L/O Quadra: Q11 : Quadro 76 – MEV/EDS 43 L/O MEV/EDS 83 RESIDENCIA Face Leste Código da residência: 44 L/O Quadra: Q11 Face Oeste Código da residência: 44 L/O Quadra: Q11 Quadro 77 – MEV/EDS 44 L/O MEV/EDS 84 RESIDENCIA Face Leste Código da residência: 45 L/O Quadra: Q11 Face Oeste Código da residência: 45 L/O Quadra: Q11 Quadro 78 – MEV/EDS 45 L/O MEV/EDS 85 RESIDENCIA Face Leste Código da residência: 47 L/O Quadra: Q12 Face Oeste Código da residência: 47 L/O Quadra: Q12 Quadro 79 – MEV/EDS 47 L/O MEV/EDS 86 RESIDENCIA Face Leste Código da residência: 48 L/O Quadra: Q12 Face Oeste Código da residência: 48 L/O Quadra: Q12 Quadro 80 – MEV/EDS 48 L/O MEV/EDS 87 RESIDENCIA Face Leste Código da residência: 51 L/O Quadra: Q12 Face Oeste Código da residência: 51 L/O Quadra: Q12 Quadro 81 – MEV/EDS 51 L/O MEV/EDS 88 RESIDENCIA Face Leste Código da residência: 52 L/O Quadra: Q13 Face Oeste Código da residência: 52 L/O Quadra: Q13 Quadro 82 – MEV/EDS 52 L/O MEV/EDS 89 RESIDENCIA Face Leste Código da residência: 55L/O Quadra: Q13 Face Oeste Código da residência: 55L/O Quadra: Q13 Quadro 83 – MEV/EDS 55 L/O MEV/EDS 90 RESIDENCIA Face Leste Código da residência: 57L/O Quadra: Q13 Face Oeste Código da residência: 57L/O Quadra: Q13 Quadro 84 – MEV/EDS 57 L/O MEV/EDS 91 RESIDENCIA MEV/EDS Face Leste Código da residência: 60 L/O Sem sedimentos Quadra: Q14 Face Oeste Código da residência: 60 L/O Sem sedimentos Quadra: Q14 Quadro 85 – MEV/EDS 60 L/O 92 RESIDENCIA Face Leste Código da residência: 61 L/O Quadra: Q14 Face Oeste Código da residência: 61 L/O Quadra: Q14 Quadro 86 – MEV/EDS 61 L/O MEV/EDS 93 RESIDENCIA Face Leste Quadra: Q14 Código da residência: 63 L/O Face Leste Quadra: Q14 Código da residência: 63 L/O Quadro 87 – MEV/EDS 63 L/O MEV/EDS 94 RESIDENCIA Face Leste Código da residência: 64 L/O Quadra: Q14 Face Leste Código da residência: 64 L/O Quadra: Q14 Quadro 88 – MEV/EDS 64 L/O MEV/EDS 95 RESIDENCIA Face Leste Código da residência: 69 L/O Quadra: Q15 Face Oeste Código da residência: 69 L/O Quadra: Q15 Quadro 89 – MEV/EDS 69 L/O MEV/EDS 96 RESIDENCIA Face Leste Código da residência: 74 L/O Quadra: Q16 Face Oeste Código da residência: 74 L/O Quadra: Q16 Quadro 90 – MEV/EDS 74 L/O MEV/EDS 97 RESIDENCIA Face Leste Código da residência: 85 L/O Quadra: Q17 Face Oeste Código da residência: 85 L/O Quadra: Q17 Quadro 91 – MEV/EDS 85 L/O MEV/EDS 98 RESIDENCIA Face Leste Código da residência: 86L/O-R Quadra: Q18 Face Oeste Código da residência: 86L/O-R Quadra: Q18 Quadro 92 – MEV/EDS 86 L/O MEV/EDS 99 RESIDENCIA MEV/EDS Face Leste Código da residência: 87 L/O Quadra: Q18 Sem sedimentos Face Oeste Código da residência: 87 L/O Quadra: Q18 Quadro 93 – MEV/EDS 87 L/O Sem sedimentos 100 RESIDENCIA Face Leste Código da residência: 88 L/O Quadra: Q18 Face Oeste Código da residência: 88 L/O Quadra: Q18 Quadro 94 – MEV/EDS 88 L/O MEV/EDS 101 RESIDENCIA Face Leste Código da residência: 89 L/O Quadra: Q18 Face Oeste Código da residência: 89 L/O Quadra: Q18 Quadro 95 – MEV/EDS 89 L/O MEV/EDS 102 RESIDENCIA Face Leste Código da residência: 96L/O Quadra: Q21 Face Oeste Código da residência: 96L/O Quadra: Q21 Quadro 96 – MEV/EDS 96 L/O MEV/EDS 103 RESIDENCIA Face Leste Código da residência: 103 L/O Quadra: Q22 Face Oeste Código da residência: 103 L/O Quadra: Q22 Quadro 97 – MEV/EDS 103 L/O MEV/EDS 104 RESIDENCIA Face Leste Código da residência: 109L/O Quadra: Q23 Face Oeste Código da residência: 109L/O Quadra: Q23 Quadro 98 – MEV/EDS 109 L/O MEV/EDS 105 RESIDENCIA Face Leste Código da residência: 116L/O Quadra: Q24 Face Oeste Código da residência: 116L/O Quadra: Q24 Quadro 99 – MEV/EDS 116 L/O MEV/EDS 106 RESIDENCIA Face Leste Código da residência: 117L/O Quadra: Q25 Face Oeste Código da residência: 117L/O Quadra: Q25 Quadro 100 – MEV/EDS 117 L/O MEV/EDS 107 RESIDENCIA Face Leste Código da residência: 119L/O Quadra: Q25 Face Oeste Código da residência: 119L/O Quadra: Q25 Quadro 101 – MEV/EDS 119 L/O MEV/EDS 108 RESIDENCIA Face Leste Código da residência: 121L/O Quadra: Q25 Face Oeste Código da residência: 121L/O Quadra: Q25 Quadro 102 – MEV/EDS 121 L/O MEV/EDS 109 RESIDENCIA Face Leste Código da residência: 123L/O Quadra: Q26 Face Oeste Código da residência: 123L/O Quadra: Q26 Quadro 103 – MEV/EDS 123 L/O MEV/EDS 110 RESIDENCIA Face Leste Código da residência: 124L/O Quadra: Q26 Face Oeste Código da residência: 124L/O Quadra: Q26 Quadro 104 – MEV/EDS 124 L/O MEV/EDS 111 RESIDENCIA Face Leste Código da residência: 125L/O Quadra: Q26 Face Oeste Código da residência: 125L/O Quadra: Q26 Quadro 105 – MEV/EDS 125 L/O MEV/EDS 112 RESIDENCIA Face Leste Código da residência: 127L/O Q 27 Face Oeste Código da residência: 127L/O Q 27 Quadro 106 – MEV/EDS 127 L/O MEV/EDS 113 RESIDENCIA Face Leste Código da residência: 131L/O Quadra: Q27 Face Oeste Código da residência: 131L/O Quadra: Q27 Quadro 107 – MEV/EDS 131 L/O MEV/EDS 114 RESIDENCIA Face Leste Código da residência: 136L/O Quadra: Q28 Face Oeste Código da residência: 136L/O Quadra: Q28 Quadro 108 – MEV/EDS 136 L/O MEV/EDS 115 RESIDENCIA MEV/EDS Face Leste Código da residência: 138L/O Sem sedimentos Quadra: Q28 Face Oeste Código da residência: 138L/O Quadra: Q28 Quadro 109 – MEV/EDS 136 L/O Sem sedimentos 116 RESIDENCIA Face Leste Código da residência: 141L/O Quadra: Q31 Face Oeste Código da residência: 141L/O Quadra: Q31 Quadro 110 – MEV/EDS 134 L/O MEV/EDS 117 RESIDENCIA Face Leste Código da residência: 142L/O-R Quadra: Q31 Face Oeste Código da residência: 142L/O-R Quadra: Q31 Quadro 111 – MEV/EDS 131 L/O MEV/EDS 118 RESIDENCIA Face Leste Código da residência: 143L/O Quadra: Q33 Face Oeste Código da residência: 143L/O Quadra: Q33 Quadro 112 – MEV/EDS 143 L/O MEV/EDS 119 RESIDENCIA Face Leste Código da residência: 145L/O Quadra: Q33 Face Oeste Código da residência: 145L/O Quadra: Q33 Quadro 113 – MEV/EDS 145 L/O MEV/EDS 120 RESIDENCIA Face Leste Código da residência: 147L/O Quadra: Q34 Face Oeste Código da residência: 147L/O Quadra: Q34 Quadro 114 – MEV/EDS 147 L/O MEV/EDS 121 RESIDENCIA Face Leste Código da residência: 152L/O Quadra: Q35 Face Oeste Código da residência: 152L/O Quadra: Q35 Quadro 115 – MEV/EDS 152 L/O MEV/EDS 122 RESIDENCIA Face Leste Código da residência: 154 L/O Quadra: Q35 Face Oeste Código da residência: 154 L/O Quadra: Q35 Quadro 116 – MEV/EDS 154 L/O MEV/EDS 123 RESIDENCIA Face Leste Código da residência: 156 L/O Quadra: Q35 Face Oeste Código da residência: 156 L/O Quadra: Q35 Quadro 117 – MEV/EDS 156 L/O MEV/EDS 124 RESIDENCIA Face Leste Código da residência: 163 L/O Quadra: Q36 Face Oeste Código da residência: 163 L/O Quadra: Q36 Quadro 118 – MEV/EDS 163 L/O MEV/EDS 125 RESIDENCIA Face Leste Código da residência: 167 L/O Quadra: Q37 Face Oeste Código da residência: 167 L/O Quadra: Q37 Quadro 119 – MEV/EDS 167 L/O MEV/EDS 126 RESIDENCIA Face Leste Código da residência: 168 L/O Quadra: Q37 Face Oeste Código da residência: 168 L/O Quadra: Q37 Quadro 120 – MEV/EDS 168 L/O MEV/EDS 127 RESIDENCIA MEV/EDS Face Leste Código da residência: 171 L/O Sem sedimentos Quadra: Q 37 Face Oeste Código da residência: 171 L/O Sem sedimentos Quadra: Q 37 Quadro 121 – Sedimentos 171 L/O 128 RESIDENCIA Face Leste Código da residência: 172 L/O Quadra: Q37 Face Oeste Código da residência: 172 L/O Quadra: Q37 Quadro 122 – MEV/EDS 172 L/O MEV/EDS 129 RESIDENCIA Face Leste Código da residência: 176 L/O Quadra: Q38 Face Oeste Código da residência: 176 L/O Quadra: Q38 Quadro 123 – MEV/EDS 176 L/O MEV/EDS 130 RESIDENCIA Face Leste Código da residência: 179 L/O Quadra: Q38 Face Oeste Código da residência: 179 L/O Quadra: Q38 Quadro 124 – MEV/EDS 179 L/O MEV/EDS 131 RESIDENCIA MEV/EDS Sem sedimentos Face Leste Código da residência: 183 L/O Quadra: Q39 Face Oeste Sem sedimentos Código da residência: 183 L/O Quadra: Q39 Quadro 125 – Sedimentos 183 L/O 132 RESIDENCIA MEV/EDS Face Leste Código da residência: 185 L/O Quadra: Q39 Face Oeste Código da residência: 185 L/O Quadra: Q39 Quadro 126 – MEV/EDS 185 L/O 133 RESIDENCIA Face Leste Código da residência: 186 L/O Quadra: Q39 Face Oeste Código da residência: 186 L/O Quadra: Q39 Quadro 127 – MEV/EDS 186 L/O MEV/EDS 134 RESIDENCIA Face Leste Código da residência: 190 L/O Quadra: Q40 Face Oeste Código da residência: 190 L/O Quadra: Q40 Quadro 128 – MEV/EDS 190 L/O MEV/EDS 135 RESIDENCIA MEV/EDS Face Leste Código da residência: 191 L/O Sem sedimentos Quadra: Q40 Face Oeste Código da residência: 191 L/O Sem sedimentos Quadra: Q40 Quadro 129 – Sedimentos 191 L/O 136 RESIDENCIA MEV/EDS Face Leste Código da residência: 195 L/O Quadra: Q40 Face Oeste Código da residência: 195 L/O Quadra: Q40 Quadro 130 – MEV/EDS 195 L/O 137 RESIDENCIA Face Leste Código da residência: 196 L/O Quadra: Q41 Face Oeste Código da residência: 196 L/O Quadra: Q41 Quadro 131 – MEV/EDS 196 L/O MEV/EDS 138 RESIDENCIA Face Leste Código da residência: 198 L/O Quadra: Q41 Face Oeste Código da residência: 198 L/O Quadra: Q41 Quadro 132 – MEV/EDS 198 L/O MEV/EDS 139 RESIDENCIA MEV/EDS Face Leste Código da residência: 199 L/O Quadra: Q43 Face Oeste Código da residência: 199 L/O Quadra: Q43 Quadro 133 – MEV/EDS 199 L/O 140 RESIDENCIA Face Leste Código da residência: 208 L/O Quadra: Q45 Face Oeste Código da residência: 208 L/O Quadra: Q45 Quadro 134 – MEV/EDS 208 L/O MEV/EDS 141 RESIDENCIA Face Leste Código da residência: 210 L/O Quadra: Q45 Face Oeste Código da residência: 210 L/O Quadra: Q45 Quadro 135 – MEV/EDS 210 L/O MEV/EDS 142 RESIDENCIA Face Leste Código da residência: 211 L/O Quadra: Q45 Face Oeste Código da residência: 211 L/O Quadra: Q45 Quadro 136 – MEV/EDS 211 L/O MEV/EDS 143 RESIDENCIA Face Leste Código da residência: 213 L/O Quadra: Q45 Face Oeste Código da residência: 213 L/O Quadra: Q45 Quadro 137 – MEV/EDS 211 L/O MEV/EDS 144 RESIDENCIA Face Leste Código da residência: 216 L/O Quadra: Q46 Face Oeste Código da residência: 216 L/O Quadra: Q46 Quadro 138 – MEV/EDS 216 L/O MEV/EDS 145 RESIDENCIA MEV/EDS Face Leste Código da residência: 217 L/O Quadra: Q46 Face Oeste Código da residência: 217 L/O Quadra: Q46 Quadro 139 – MEV/EDS 217 L/O 146 RESIDENCIA Face Leste Código da residência: 218 L/O Quadra: Q46 Face Oeste Código da residência: 218 L/O Quadra: Q46 Quadro 140 – MEV/EDS 218 L/O MEV/EDS 147 RESIDENCIA Face Leste Código da residência: 223 L/O Quadra: Q47 Face Oeste Código da residência: 223 L/O Quadra: Q47 Quadro 141 – MEV/EDS 223 L/O MEV/EDS 148 RESIDENCIA Face Leste Código da residência: 226 L/O Quadra: Q48 Face Oeste Código da residência: 226 L/O Quadra: Q48 Quadro 142 – MEV/EDS 226 L/O MEV/EDS 149 RESIDENCIA Face Leste Código da residência: 228 L/O Quadra: Q48 Face Oeste Código da residência: 228 L/O Quadra: Q48 Quadro 143 – MEV/EDS 228 L/O MEV/EDS 150 RESIDENCIA Face Leste Código da residência: 233 L/O Quadra: Q49 Face Oeste Código da residência: 233 L/O Quadra: Q49 Quadro 144 – MEV/EDS 233 L/O MEV/EDS 151 RESIDENCIA Face Leste Código da residência: 234 L/O Quadra: Q49 Face Oeste Código da residência: 234 L/O Quadra: Q49 Quadro 145 – MEV/EDS 234 L/O MEV/EDS 152 RESIDENCIA Face Leste Código da residência: 235 L/O Quadra: Q49 Face Oeste Código da residência: 235 L/O Quadra: Q49 Quadro 146 – MEV/EDS 235 L/O MEV/EDS 153 RESIDENCIA Face Leste Código da residência: 239L/O Quadra: Q50 Face Oeste Código da residência: 239L/O Quadra: Q50 Quadro 147 – MEV/EDS 239 L/O MEV/EDS 154 RESIDENCIA Face Leste Código da residência: 240 L/O Quadra: Q50 Face Oeste Código da residência: 240 L/O Quadra: Q50 Quadro 148 – MEV/EDS 240 L/O MEV/EDS 155 RESIDENCIA Face Leste Código da residência: 241 L/O Quadra: Q50 Face Oeste Código da residência: 241 L/O Quadra: Q50 Quadro 149 – MEV/EDS 241 L/O MEV/EDS 156 RESIDENCIA Face Leste Código da residência: 243 L/O Quadra: Q51 Face Oeste Código da residência: 243 L/O Quadra: Q51 Quadro 150 – MEV/EDS 243 L/O MEV/EDS 157 RESIDENCIA MEV/EDS Face Leste Código da residência: 244 L/O Sem sedimentos Quadra: Q51 Face Oeste Código da residência: 244 L/O Sem sedimentos Quadra: Q51 Quadro 151 – Sedimentos 244 L/O 158 RESIDENCIA Face Leste Código da residência: 245 L/O Quadra: Q51 Face Oeste Código da residência: 245 L/O Quadra: Q51 Quadro 152 – MEV/EDS 245 L/O MEV/EDS 159 RESIDENCIA Face Leste Código da residência: 252 L/O Quadra: Q53 Face Oeste Código da residência: 252 L/O Quadra: Q53 Quadro 153 – MEV/EDS 252 L/O MEV/EDS 160 RESIDENCIA Face Leste Código da residência: 254 L/O Quadra: Q53 Face Oeste Código da residência: 254 L/O Quadra: Q53 Quadro 154 – MEV/EDS 254 L/O MEV/EDS 161 RESIDENCIA Face Leste Código da residência: 259L/O Quadra: Q55 Face Oeste Código da residência: 259L/O Quadra: Q55 Quadro 155 – MEV/EDS 259 L/O MEV/EDS 162 RESIDENCIA Face Leste Código da residência: 260 L/O Quadra: Q55 Face Oeste Código da residência: 260 L/O Quadra: Q55 Quadro 156 – MEV/EDS 260 L/O MEV/EDS 163 RESIDENCIA Face Leste Código da residência: 263 L/O Quadra: Q56 Face Oeste Código da residência: 263 L/O Quadra: Q56 Quadro 157 – MEV/EDS 263 L/O MEV/EDS 164 RESIDENCIA Face Leste Código da residência: 264 L/O Quadra: Q56 Face Oeste Código da residência: 264 L/O Quadra: Q56 Quadro 158 – MEV/EDS 264 L/O MEV/EDS 165 RESIDENCIA Face Leste Código da residência: 266 L/O Quadra: Q57 Face Oeste Código da residência: 266 L/O Quadra: Q57 Quadro 159 – MEV/EDS 266 L/O MEV/EDS 166 RESIDENCIA Face Leste Código da residência: 270 L/O Quadra: Q57 Face Oeste Código da residência: 270 L/O Quadra: Q57 Quadro 160 – MEV/EDS 270 L/O MEV/EDS 167 RESIDENCIA Face Leste Código da residência: 272 L/O Quadra: Q58 Face Oeste Código da residência: 272 L/O Quadra: Q58 Quadro 161– MEV/EDS 272 L/O MEV/EDS 168 RESIDENCIA Face Leste Código da residência: 273 L/O Quadra: Q58 Face Oeste Código da residência: 273 L/O Quadra: Q58 Quadro 162 – MEV/EDS 273 L/O MEV/EDS 169 RESIDENCIA Face Leste Código da residência: 274 L/O Quadra: Q58 Face Oeste Código da residência: 274 L/O Quadra: Q58 Quadro 163 – MEV/EDS 274 L/O MEV/EDS 170 RESIDENCIA MEV/EDS Face Leste Código da residência: 275 L/O Quadra: Q56 Face Oeste Código da residência: 275 L/O Quadra: Q56 Quadro 164 – MEV/EDS 275 L/O Sem sedimentos 171 RESIDENCIA Face Leste Código da residência: 276 L/O-R Quadra: Q7 Face Oeste Código da residência: 276 L/O-R Quadra: Q7 Quadro 165 – MEV/EDS 276 L/O MEV/EDS 172 RESIDENCIA Face Leste Código da residência: 277 L/O-R Quadra: Q39 Face Oeste Código da residência: 277 L/O-R Quadra: Q39 Quadro 166 – MEV/EDS 277 L/O MEV/EDS 173 RESIDENCIA Face Leste Código da residência: 278 L/O-R Quadra: Q23 Face Oeste Código da residência: 278 L/O-R Quadra: Q23 Quadro 167 – MEV/EDS 278 L/O MEV/EDS 174 RESIDENCIA Face Leste Código da residência: 279 L/O-R Quadra: Q36 Face Oeste Código da residência: 279 L/O-R Quadra: Q36 Quadro 168 – MEV/EDS 279 L/O MEV/EDS 175 RESIDENCIA Face Leste Código da residência: 280 L/O Quadra: Q40 Face Oeste Código da residência: 280 L/O Quadra: Q40 Quadro 169 – MEV/EDS 280 L/O MEV/EDS 176 RESIDENCIA Face Leste Código da residência: 281 L/O-R Quadra: Q11 Face Oeste Código da residência: 281 L/O-R Quadra: Q11 Quadro 170 – MEV/EDS 281 L/O MEV/EDS 177 3. COMPARAÇÃO DE IMAGENS DE TELHADOS DENTRO E FORA DA ÁREA DE ESTUDO Face Norte Dentro da Área de Estudo Município: Canoas, RS Coordenadas: 0484582 6694316 Quadro 171 – Comparação Imagens Norte Fora da Área de Estudo Município: Canoas, RS Coordenadas: 0483938 6693919 178 Face Norte Dentro da Área de Estudo Município: Canoas, RS Coordenadas: 0485661 6694190 Quadro 172 – Comparação Imagens Norte Fora da Área de Estudo Município: Canoas, RS Coordenadas: 0483828 6693923 179 Face Sul Dentro da Área de Estudo Município: Canoas, RS Coordenadas: 0484802 6694214 Quadro 173 – Comparação Imagens Sul Fora da Área de Estudo Município: Canoas, RS Coordenadas: 0483202 6693878 180 Face Sul Dentro da Área de Estudo Município: Canoas, RS Coordenadas: 0484718 6694288 Quadro 174 – Comparação Imagens Sul Fora da Área de Estudo Município: Canoas, RS Coordenadas: 0483178 6693682 181 Face: Leste Dentro da Área de Estudo Município: Canoas, RS Coordenadas: 0485016 6694272 Quadro 175 – Comparação Imagens Leste Fora da Área de Estudo Município: Canoas, RS Coordenadas: 0484402 6692303 182 Face Leste Dentro da Área de Estudo Município: Canoas, RS Coordenadas: 0484409 6694225 Quadro 176 – Comparação Imagens Leste Fora da Área de Estudo Município: Canoas, RS Coordenadas: 0483375 6694009 183 Face Oeste Dentro da Área de Estudo Município: Canoas, RS Coordenadas: 0485208 6694266 Quadro 177 – Comparação Imagens Oeste Fora da Área de Estudo Município: Canoas, RS Coordenadas: 0483271 6693941 184 Face Oeste Dentro da Área de Estudo Município: Canoas, RS Coordenadas: 0484138 6694219 Quadro 178 – Comparação Imagens Oeste Fora da Área de Estudo Município: Canoas, RS Coordenadas: 0483909 6692940 185 4. EMPREENDIMENTOS NA REGIÃO, POTENCIALMENTE GERADORES DE EMISSÕES DE POLUENTES ATMOSFÉRICOS. Tabela 3 – Empreendimentos Potencialmente Emissores de Material Particulado no Entorno da Área do Estudo. INDÚSTRIA ACIFER COM SUCATA E METAIS LTDA ACOS MECANICA FAVORIT AGA S/A LINDE AGCO DO BRASIL COM IND LTDA ALCOA ALUMINIO S/A AMBEV AMBIENTUS TRAT RES SOLIDOS LTDA ANJO QUIMICA DO BRASIL LTDA ANTOGNONI IND COM ARTEF COURO AREVA ARINOS QUIMICA ARMANDO TROVO ARTEF BORRACHA GAIVOTA LTDA ATLAS ATREMAG - RECICLAGEM BASF S/A - GLASURIT DO BRASIL BATERIAS ESTRELA LTDA BETTANIN INDL S/A BOMBAS VANBRO LTDA BORRACHAS URANO BRASILIT BUNGE ALIMENTOS S/A BUNGE ALIMENTOS S/A CARDOSO ARTEFATOS DE CONCRETOS LTDA CELOPLAST CELOFANE E PLASTICOS CHAP TORNEARIA M MARTINELLI L CHICOTES SYST ELETRICO - Sem Informação x LATLONG_X -51,1803 -51,1020 -51,1753 -51,1817 -51,1660 -51,1718 -51,0863 -51,1563 -51,1808 -51,1735 -51,2006 -51,1807 -51,1364 -51,1684 -51,1751 -51,1769 -51,1650 -51,1094 -51,1764 -51,1972 -51,1748 -51,2000 -51,2002 -51,1711 -51,1700 LATLONG_Y -29,9035 -29,9295 -29,8763 -29,8808 -29,9099 -29,8159 -29,9283 -29,8204 -29,8689 -29,8537 -29,9025 -29,8636 -29,8875 -29,8207 -29,9622 -29,8408 -29,8277 -29,9389 -29,8398 -29,8845 -29,8348 -29,9026 -29,9174 -29,9355 -29,8170 Potencialidade de Emissões de PTS e de PM10 PORTE Pequeno Médio Pequeno Excepcional Pequeno Grande Excepcional Grande Mínimo Excepcional Grande Mínimo Mínimo Grande Pequeno Mínimo Pequeno Excepcional Pequeno Médio Excepcional Excepcional Grande Pequeno Pequeno Pequeno Mínimo POT. POL. Médio Médio Alto Médio Baixo Alto Alto Médio Médio Médio Médio Médio Alto Médio Baixo Baixo Baixo Médio Médio Médio Baixo Médio Médio Médio Baixo Baixo Baixo DIST_KM 5 9 2 3 5 7 8 10 6 3 5 3 6 3 3 6 11 4 5 11 4 4 5 6 7 8 7 PTS x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x MP10 x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x 186 ...continuação INDÚSTRIA CIFALI-BITELLI S/A CIMENSUL IND E COM LTDA CIMENTO GAUCHO CIMENTO RIO BRANCO S/A CIMPEL - INDÚSTRIAS DE TINTAS CMV - CONSTRUCOES MECANICAS COMARSUL AREIA E ARGAMASSA CONCRETOS NOVA SAPUCAIA LTDA CONSTRUTORA PREMOLD LTDA COPAGAS COPLASTIC ND COM PLASTICOS LTDA CYA RUBBER DELCO IND COM MAQ AGRIC DISTRIBUIDORA DE GAS CENTEC DOORMAN S/A EMBALAGENS PLASTICAS DYMON SUL QUIMICA LTDA ECOPLAN FUNDICAO EDLO ELETROFORJA INDÚSTRIA MECÂNICA ELETROVALE METALURGICA LTDA EMPACK INDÚSTRIA DE EMBALAGENS ENGEPLAST IND E COM DE PLASTICOS EPS METALURGICA E SOLDAS LTDA ERCKFER SERRALH LTDA ESKO ESQUADRIAS LTDA FEBERNATI S/A INDÚSTRIA E COMERCIO FIBERMEYER IND COM ARTEF FIB. FORJASUL IND METALURGICA - Sem Informação x LATLONG_X -51,0959 -51,1792 -51,1772 -51,1774 -51,1154 -51,1125 -51,1759 -51,1330 -51,1317 -51,1723 -51,1637 -51,1700 -51,1102 -51,1814 -51,0954 -51,1983 -51,1091 -51,1894 -51,0962 -51,1463 -51,1694 -51,1482 -51,1897 -51,2001 -51,1780 -51,1682 -51,1672 -51,1746 LATLONG_Y -29,9315 -29,9040 -29,8427 -29,8446 -29,9364 -29,9361 -29,8263 -29,8516 -29,8508 -29,8764 -29,8510 -29,8170 -29,9558 -29,9035 -29,9612 -29,8851 -29,9372 -29,8849 -29,9102 -29,8337 -29,8317 -29,9227 -29,9036 -29,9030 -29,9328 -29,8195 -29,8557 -29,8983 Potencialidade de Emissões de PTS e de PM10 PORTE Médio Grande Pequeno Mínimo Médio Médio Pequeno Pequeno Médio Médio Pequeno Pequeno Grande Médio Grande Pequeno Médio Médio Médio Mínimo Médio Pequeno Pequeno Pequeno Pequeno Médio Pequeno Grande POT. POL. Médio Médio Alto Alto Alto Médio Médio Médio Médio Médio Baixo Médio Alto Médio Baixo Médio Alto Alto Alto Médio Médio Baixo Médio Médio Médio Médio Alto Alto DIST_KM 10 5 4 4 9 11 6 4 4 2 3 7 11 5 11 4 11 4 8 5 5 6 5 6 7 6 2 4 PTS x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x MP10 x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x 187 ...continuação INDÚSTRIA FUNDOS GUAPO PROD QUIMICOS FUNDOS PANAZZOLO E MICHELETTO GALPAO TRIAGEM CATADORES GALVANIZACAO ARAVELLI LTDA GERDAU LAMINAS S/A GERDAU S/A GREENPLAST GUAPO PRODUTOS QUIMICOS HBB METALURGICA LTDA HT USINAGEM IGEL S/A EMBALAGENS IMECAL - IND METALURGICA CANOAS IND ARTEF COURO ELISABETH IND BENEFICIADORA TRIPAS TRIPASUL INDEL-IND ELETROMECÂNICA INDUPEL MET PRECISAO EM USINAG INDUSTEC IND METALURGICA IND CHAPAS EXPANDIDAS ESTEIO INDÚSTRIA DE MOLAS INDÚSTRIA DE PECAS INPEL S/A IND COM DE COLCHOES VERTEBRALLE INDÚSTRIA MECÂNICA CANOENSE LTDA IND METALURGICA MARCHIONNI LTDA IPIRANGA SUB ISDRALIT INDUSTRIA E COMERCIO LTDA JIMO QUIMICA INDUSTRIAL LTDA JUPER IND MECANICA - Sem Informação x LATLONG_X -51,1893 -51,1844 -51,1799 -51,1607 -51,1059 -51,1735 -51,1171 -51,1894 -51,1449 -51,1678 -51,1188 -51,1540 -51,1397 -51,1379 -51,1062 -51,1461 -51,1342 -51,1804 -51,1690 -51,1855 -51,1764 -51,1626 -51,1810 -51,1702 -51,1169 -51,1113 LATLONG_Y -29,8752 -29,8755 -29,8988 -29,9544 -29,9383 -29,8124 -29,9389 -29,8768 -29,8514 -29,8799 -29,9353 -29,9475 -29,8573 -29,9056 -29,9369 -29,8511 -29,8500 -29,8811 -29,9385 -29,9061 -29,9572 -29,8305 -29,8672 -29,8218 -29,9388 -29,9360 Potencialidade de Emissões de PTS e de PM10 PORTE Mínimo Mínimo Médio Excepcional Excepcional Excepcional Excepcional Pequeno Pequeno Pequeno Grande Pequeno Mínimo Mínimo Pequeno Pequeno Pequeno Pequeno Grande Pequeno Mínimo Médio Excepcional Médio Mínimo Mínimo POT. POL. Médio Médio Médio Médio Alto Alto Médio Médio Médio Médio Médio Médio Médio Alto Baixo Médio Baixo Baixo Alto Médio Médio Baixo Médio Baixo Alto Médio DIST_KM 10 11 7 9 3 9 9 3 5 11 3 3 8 5 10 5 3 6 9 11 PTS x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x MP10 x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x 188 ...continuação INDÚSTRIA KARDEL IND METALURGICA KLAROS INDÚSTRIA QUIMICA LTDA LAVANDEX IND COM DE ALVEJANTES LIVRARIA DO GLOBO - GRAFICA LIXO TRIAGEM LIXO TRIAGEM LORIFLEX TINTAS P/ IMPRESSAO LUIS JATEAMENTO E PINTURA EM GERAL MANGELS MAPLA S/A IND MATERIAIS PLASTICOS MARK BRASIL IND MAQ IMPL AGRIC MARMORARIA RITTER MAXIQUIMICA DO BRASIL IND QUIM MAXWELL IND. EQUIP. CIENTIFICOS MEDICARE METAL RITTER METALURGICA BATISTA METALURGICA COESER METALURGICA FERRI LTDA METALURGICA FERROSUL METALURGICA HERFE METALZINCO MICHELLETO MINASGAS MODULAJE ARTEF CONCRETO LTDA MOORE IND E COM DE FERRO E ACO LTDA MULTSTAMP ESTAMP E MATRIZARIA MULTIFORJA METALURGICA LTDA - Sem Informação x LATLONG_X -51,1794 -51,1078 -51,2015 -51,1146 -51,1281 -51,1407 -51,1224 -51,1829 -51,1443 -51,1730 -51,1700 -51,1057 -51,1192 -51,1022 -51,1153 -51,2287 -51,1749 -51,1834 -51,1022 -51,1922 -51,1689 -51,1646 -51,1025 -51,1022 -51,1386 LATLONG_Y -29,8820 -29,9579 -29,9137 -29,9390 -29,8934 -29,8846 -29,9344 -29,8853 -29,8779 -29,8759 -29,9470 -29,9369 -29,9350 -29,9306 -29,9363 -29,8962 -29,8550 -29,8586 -29,9306 -29,8847 -29,8765 -29,8268 -29,9381 -29,9228 -29,8372 Potencialidade de Emissões de PTS e de PM10 PORTE Pequeno Médio Mínimo Mínimo Médio Médio Pequeno Pequeno Pequeno Médio Pequeno Pequeno Grande Médio Pequeno Pequeno Pequeno Pequeno Pequeno Pequeno Pequeno Médio Grande Médio Mínimo Grande Pequeno Médio POT. POL. Médio Médio Baixo Médio Médio Médio Alto Baixo Alto Baixo Médio Baixo Médio Medio Baixo Baixo Baixo Baixo Baixo Baixo Baixo Alto Médio Médio Baixo Baixo Medio Medio DIST_KM 3 11 7 9 4 3 8 3 1 2 7 8 9 11 9 9 9 3 3 9 4 3 1 6 11 8 5 PTS x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x MP10 x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x 189 ...continuação INDÚSTRIA NACIONAL GAS NOVA PROTECYN - REST CILIND GAS PANAZZOLO PARAMOUNT INDS TEXTEIS LTDA PARAMOUNT LANSUL S/A PAVIOLI ALIMENTOS PERDIGAO PERONDI ND COM EMB PLAST LTDA PET PRODUTOS ARTEF COURO LTDA PLA AGROTEC (CHAMINE TRORION) PLASFORM EMB PLASTICAS PLASMETAL IND COM PLASTICOS PLASTIPACK S/A IND EMBALAGENS POLLYPLAST INDUSTRIA COMERCIO LTDA POSTO DISTRITO POSTO IPIRANGA POSTO RIO GRANDE POSTO ROTA DO SOL POSTO SAO CRISTOVAO POSTO SARAIVA POSTO SEM BANDEIRA POSTO SHELL PRECISA IND COM E USINAGEM LTDA PRIMUSS IND METAL TECNICA LTDA PURINA QGS QUIMICA - Sem Informação x LATLONG_X -51,1707 -51,1998 -51,1817 -51,1661 -51,1743 -51,1904 -51,1826 -51,1472 -51,1690 -51,1798 -51,1789 -51,1575 -51,1774 -51,1472 -51,1030 -51,1706 -51,1797 -51,1479 -51,1817 -51,1156 LATLONG_Y -29,8765 -29,8843 -29,8845 -29,8328 -29,8312 -29,8848 -29,8790 -29,8540 -29,8164 -29,8750 -29,9422 -29,9576 -29,9110 -29,8106 -29,9371 -29,8192 -29,8541 -29,8531 -29,8759 -29,8599 Potencialidade de Emissões de PTS e de PM10 PORTE Grande Pequeno Mínimo Grande Grande Grande Grande Pequeno Mínimo Grande Pequeno Mínimo Mínimo Pequeno Mínimo Mínimo Mínimo Mínimo Mínimo Mínimo Mínimo Mínimo Médio Pequeno Grande Pequeno POT. POL. Medio Médio Medio Alto Alto Medio Alto Baixo Baixo Médio Baixo Medio Baixo Baixo Médio Médio Médio Médio Médio Médio Médio Médio Baixo Medio Alto Alto DIST_KM 2 5 3 5 5 4 3 3 7 2 9 10 5 7 11 4 3 4 4 6 3 7 3 3 3 - PTS x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x MP10 x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x 190 ...continuação INDÚSTRIA RACOES SERRANA ND E COM LTDA RDA INDÚSTRIA COMERCIO PECAS RECOPLAST RECUP E COM PLASTICOS REFEICOES NATURAS LTDA REFINARIA ALBERTO PASQUALINI REGIONAL QUIMICA RENOVA LAVANDERIA E TOALHEIRO RESTAURADORA CILINDRO DE GAS RF RODAS RECUPERADORA LTDA RUDICK OLEODINAMICA AS SAMPAIO FERRO E ACO SCHNEIDER PLASTICO LTDA SIDERASUL SILVERST SM SOLUCOES METALICAS SOLAE COMPANY SOLDAS SOUZA CRUZ SPRINGER STARTEC COMPONENTES IND STIL PLACAS IND E COM SUL GRAFICA SULBRAS MOLDES PLASTICOS LTDA SULINA DE METAIS S/A SULJATO - PINTURAS INDUSTRIAIS SUPERGASBRAS - Sem Informação x LATLONG_X -51,1693 -51,1232 -51,1605 -51,1844 -51,1806 -51,1864 LATLONG_Y -29,8544 -29,8828 -29,8459 -29,8778 -29,8705 -29,8769 PORTE Mínimo Pequeno Médio Médio Excepcional Grande POT. POL. Médio Médio Médio Médio Alto Médio DIST_KM 3 4 3 3 3 - PTS x x x x x x MP10 x x x x x x -51,1128 -51,2071 -51,1908 -51,1158 -51,1119 -51,1876 -51,1020 -51,1952 -51,1232 -51,1712 -51,1126 -51,1817 -51,1814 -51,0988 -51,1083 -51,1681 -51,0757 -51,1843 -51,1680 -29,9393 -29,8839 -29,9031 -29,9389 -29,9394 -29,8760 -29,9338 -29,8846 -29,9343 -29,8224 -29,9360 -29,8834 -29,9208 -29,9366 -29,9363 -29,8139 -29,9135 -29,8580 -29,8765 Grande Pequeno Pequeno Pequeno Médio Médio Grande Pequeno Pequeno Excepcional Pequeno Excepcional Excepcional Pequeno Pequeno Pequeno Médio Excepcional Mínimo Pequeno Alto Baixo Baixo Médio Médio Médio Alto Baixo Baixo Alto Baixo Alto Alto Baixo Alto Baixo Baixo Alto Alto Médio 11 5 9 11 3 9 4 8 6 7 11 3 6 11 11 7 10 3 1 x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x Potencialidade de Emissões de PTS e de PM10 191 ...continuação INDÚSTRIA TBG SULGAS TCI TANQUES TECELAGEM INDUCOR LTDA TRANSMAK TRANSPAULO FUNDOS TRANSTECNICA ULTRAGAZ UNIFERTIL UNIVERSAL DE FERT UNIMOLD USINA ASFALTO PREF MUN CANOAS USINA DE ASFALTO RS 118 UTIL QUIMICA PRODUTOS DE LIMPEZA VIANNA - INJECAO PECAS PLASTICAS VOGG S/A INDÚSTRIA METALURGICA VOTORAN WHITE MARTINS GASES INDUSTRIAIS LTDA ZAMPROGNA ZANINI IND E COM PNEUS LTDA ZINCAL BANHO DE ZINCO - Sem Informação x LATLONG_X -51,1478 -51,2116 -51,1644 -51,2233 -51,1093 -51,1627 -51,1747 -51,1434 -51,1111 -51,1220 -51,1102 -51,1770 -51,1772 -51,0705 -51,1817 -51,1940 -51,2005 LATLONG_Y -29,8776 -29,8836 -29,8450 -29,8782 -29,9381 -29,8769 -29,9667 -29,8778 -29,8624 -29,9345 -29,9395 -29,9512 -29,8440 -29,9056 -29,8762 -29,9022 -29,8842 Potencialidade de Emissões de PTS e de PM10 PORTE Excepcional Mínimo Pequeno Grande Pequeno Médio Grande Médio Grande Grande Mínimo Pequeno Mínimo Grande Médio Médio Pequeno Pequeno POT. POL. Alto Alto Baixo Alto Baixo Médio Alto Médio Alto Alto Médio Alto Médio Alto Médio Médio Baixo Alto DIST_KM 2 4 5 11 1 11 8 2 8 11 9 4 10 3 5 5 PTS x x x x x x x x x x x x x x x x x x x MP10 x x x x x x x x x x x x x x x x x x x 192 4.1 Distribuição de empreendimentos potencialmente geradores de poluentes atmosféricos na região, tendo como ponto central a área do estudo: N NE NO # # #### ### ## # # Sapucaia do Sul # ## # # ## # # # ## # # # # # # # # # # ### # # # ### # ## ## # # # # ## # ### # ## # # ## # ## ####### # # ### # # # # # # ### # # ### # ##### ### ### ## ## # # # # # # ## # ## ## # # ## ## #### # #### # # # # # # # # # Esteio O # # # # ## ## SO # # # # Cachoeirinha # # ### # # # # # # # # # # #### ## # #### ###### # ####### ### # # # E ## # Canoas # # # # # # SE # # # # # # S Gráfico 01 – Distribuição de empreendimentos potencialmente emissores de poluição atmosférica em eixo com faixas concêntricas de 1.000m com divisão em quadrantes, e centro na área do estudo. 193 5. IMAGENS BR 116 TRECHO PORTO ALEGRE – ESTEIO E ESTEIO – SÃO LEOPOLDO O trecho da BR 116 Porto Alegre – Esteio, com média diária de 120.000 veículos, apresenta engarrafamentos constantes no período da manhã e da tarde, os quais se concentram nos horários anteriores e posteriores ao início e ao fim dos turnos de trabalho, e durante a noite, nos horários de inicio e de fim dos turnos de aulas das universidades cujo acesso é através da citada rodovia (19:00 e 22:30). Imagem 01 – BR 116 Trecho Porto Alegre – Canoas (Fonte: Google Images) 194 Imagem 02 – BR 116 Trecho Porto Alegre – Canoas (Fonte: Google Images) Imagem 03 – BR 116 Trecho Porto Alegre – Canoas (Fonte: Google Images) 195 Imagem 04 – BR 116 Trecho Porto Alegre – Canoas (Fonte: Google Images) Imagem 05 – BR 116 Trecho Esteio – São Leopoldo (Fonte: Google Images)