A utopia e a obra de Jan Antonin Bata

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A utopia e a obra de Jan Antonin Bata
EPITÁCIO NA MEMÓRIA: A utopia e a obra de Jan Antonin Bata
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sexta-feira, 16 de novembro de 2007
A utopia e a obra de Jan Antonin Bata
Trailer do DVD Dona Helena
tecnologia
Não vivemos do passado, somos ele.
Memória é um fragmento do tempo
que passou e dos acontecimentos que
marcaram as nossas vidas. Somos o
que somos hoje porque temos e
cultivamos lembranças , que são as
nossas experiências. Portanto, o que
está acontecendo hoje não nos
interessa tanto quanto o que
aconteceu no passado. O futuro
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Projeto de uma cidade em 1937 e sua estadia em Batayporã (MS) nos anos 1950
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também não nos preocupa tanto
porque ele pertence à outras
memórias. Então, o Tibiriçá e o
Epitácio que cultivamos é aquele que
materialmente não existe mais, porém
está guardado em nossos
pensamentos, sentimentos e emoções.
Que importa o que está acontecendo
lá hoje ou o que vai acontecer no
futuro? O que importa é o que vimos e
vivemos. E tudo isso só poderia, de
certa forma, estar registrado em
nossas mentes, nas conversas, nos
objetos e em tudo que comprova que
lá estávamos. Por isso compartilhamos
todas essas coisas que nos remetem
ao nosso museu vivo. Foto: Dadau e o
tio Olegas em 1962.
Crush, coxinha e misto quente
Quem foi Jan Antonin Bata
"A vida é uma sucessão de experiências que sempre trazem aprendizado. Nessa marcha de
altos e baixos quando chegamos ao fim do caminho quase sempre cansados, esquecemos de
prestar atenção doque está sendo deixado para a posteridade. É assim que a maioria das
pessoas passa pela vida deixando quase nada. Perde tanto tempo como se fosse pródigo
nele... como é importante o tempo ... quem é que sabe quando o caminho vai terminar? Eu
conheci um homem para quem a vida foi o mais fantástico campo de trabalho,
possibilidades, realizações e provas. Um dia perguntaram a esse homem, admirando o seu
trabalho:
- Como, então Dr. Bata, o sr. constrói impérios ?.
-Não – respondeu Jan - ... eu construo homens.
Jan Antonín Bata nasceu em Uherské Hradiste no dia 07 de março de 1898 na região tcheca
da Morávia. Seus pais Antonín Bata e Ludmila eram viúvos quando se casaram. Ele trouxe
para o segundo casamento tres filhos – Tomas, Ana e Antonín. Ela, um filho de nome Josef.
Dos filhos que o casal Antonín e Ludmila tiveram, os cinco que sobreviveram chamavam-se
Leopoldo, Jindrich, Bohus, Jan Antonín e Maria.
Tendo ficado órfão de pai aos oito anos, é educado em Zlín com os outros irmãos pelo meio
irmão Tomas, 22 anos mais velho, já um próspero fabricante de calçados. Os meninos
Na cantina da Escola, no Cine Bar, no
Haiti, no Bar do Ponto ou da Dona
Helena Weller, a Crush ia muito bem
com uma coxinha ou misto quente. Ela
que já se considerou uma preferência
nacional não resistiu às pressões da
concorrência e desapareceu do
mercado. Mas deixou saudades.
estudam e aprendem o ofício de sapateiros, na família desde 1576.
Por que ainda morremos?
Aos 12 anos o jovem Jan já exerce algumas atividades na fábrica , aprendendo e se
interessando por tudo. Aos 17 é enviado a Alemanha para se empregar em algumas firmas,
também de calçados, observar tudo o que pudesse aprender ganhando assim maior
experiência. Ao voltar para Zlín seu treinamento se intensifica.
Após a 1ª. Guerra Mundial , Jan viaja para os Estados Unidos com a missão de abrir uma
filial de manufatura de calçados em Lyn no Estado de Massachussets . Em 1920 volta para a
Tchecoslováquia e casa-se com Marie Gerbecová, filha de um médico, dileto amigo de
Tomás. Desse casamento nascem cinco filhos Jena, Ludmila, Edita , Jan Tomás e Maria. É
após o nascimento da filha Edita em 1925 que Jan Antonín conhece pela primeira vez o
Brasil, e se encanta com o povo brasileiro.
De volta a Zlín, já é há algum tempo o braço direito do irmão Tomás a quem admira
profundamente; os anos que se seguem são de muito labor e disciplina na paciente
construção de um sistema empresarial inédito nascido e elaborado pelo gênio empresarial
de Tomás Bata, que ainda, durante sua vida, foi aperfeiçoado juntamente com outro gênio,
seu irmão Jan Antonín. Em 1929 ocorre a grande crise de Wallstreet, a quebra da bolsa de
Nova York, quando o sistema financeiro mundial entra em colapso, mas Zlín escapa ilesa. É
Segundo Jesus , e também Sócrates –
o primeiro com pleno conhecimento
de causa; e o segundo plenamente
consciente de suas limitações – é
porque ainda não somos capazes de
compreender e aceitar a Verdade.
Esta é sempre dolorosa para as nossas
mentes frágeis, que suportam apenas
as verdades parciais, em pequenas
doses do cotidiano. Por isso , ainda
temos que viver em corpos e
realidades limitadas pelo tempo
biológico. Quando tivermos condições
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revolucionárias e calçando cidadãos de 89 países .
de conhecer as coisas na sua
expressão integral deixaremos de
morrer, porque não haverá mais
necessidade de encarnar e sofrer as
dores do corpo nem das circunstâncias
pavorosas da carne. Isso é a
ressurreição, o fim, a superação das
encarnações, que é o meio. (Para uma
amiga que partiu)
Dentro da filosofia que foi educado desde menino , revoluciona as relações entre capital e
Saudades de Sampa
uma ilha de prosperidade no mar de náufragos e desemprego. A tese de Jan fica provada: “Dinheiro é feito para trabalhar, ser investido em produção e não em especulação“.
Após a morte de Tomás, ocorrida no trágico acidente de aviação em 12 de julho de 1932,
Jan cumpre a vontade expressa de Tomás Bata, e assume a propriedade e o comando de
todas as empresas tchecas e no exterior.
Dedica a vida na ampliação do empreendimento pelo mundo desenvolvendo tecnologias
trabalho numa antecipação de décadas às conquistas mais espetaculares que qualquer
conjunto de trabalhadores tinha conseguido alcançar em qualquer parte do mundo. Jan
Antonín transforma a empresa, fundada e criada pelo irmão Tomás Bata, no maior
complexo industrial de calçados do planeta.
Nos países onde se instalam as empresas Bata usa-se um sistema que investe no homem
para desenvolvê-lo dentro de seu potencial maior, tornando-o auto suficiente. Os
resultados de sucesso florescem tanto que começam a despertar preocupação nos
concorrentes , cujo sistema capitalista, corrente no mundo ocidental, é a exploração do
homem pelo homem.
Em Zlín, ao contrário, o trabalho visa o bem estar de todos e não apenas o de alguns. Há
motivação, um sentimento de responsabilidade, seriedade e devotamento norteia a todos
perpassando escritórios administrativos, oficinas, secções de manufatura, engenharia,
construção, mecânica, tecnologia e todos os segmentos de serviços em uníssono. Todos são
e se sentem parte de uma grande força empresarial sem par no mundo daquela época. As
necessidades da educação, saúde e previdência são atendidas.
Os empregados, chamados de COLABORADORES, são incentivados a investir uma parte dos
seus salários na empresa. No fim do ano dividendos são distribuídos, 7% aos diretores e 10%
Para os epitacianos que ainda moram
na Capital. Os que já moraram sabem
como é o pique da Cidade e também
já ouviram essa música antes de
saírem de manhãzinha para o trampo.
Qualquer dias desses - quem sabe - a
gente se encontra por lá... A música é
"Amanhecendo", trecho da Sinfonia
Paulistana de Billy Blanco na voz dos
Golden Boys. Clique no rádio e ouça.
aos colaboradores. A pauta de reivindicação dos sindicatos de operários se materializa nas
empresas Bata .
Tempos de PUC
Jan Bata constrói um Instituto Tecnológico que é uma espécie de universidade popular na
qual operários são instruídos em diversas modalidades durante doze horas semanais.
Trabalham em seus quadros cientistas de diversas especialidades desevolvendo projetos e
fazendo descobertas enquanto que para os quadros do hospital de Zlín especialistas
procedentes de toda a Europa são convidados e integram seus quadros.
Numa época onde o socialismo e as leis trabalhistas ganham espaços cada vez maiores
como conquista das classes trabalhadoras frente ao capitalismo selvagem ocidental, no
sistema empresarial Bata são completamente insignificantes e inócuas porque de há muito
foram superadas.
A matriz continua crescendo. Já são 128 prédios e 45.000 trabalhadores. Em 1936 é
construído o prédio da Administração com 12 andares, um primor de arquitetura e
tecnologia. É o mais alto prédio da República. Para agilizar o tempo, Jan Bata coloca a sua
sala de trabalho dentro de um elevador especialmente projetado para visitar todos os
O cartaz do polêmico e proibido filme
do Godard
andares da administração de forma a otimizar o tempo de todos.
Durante a invasão da Tchecoslováquia pelos nazistas Jan Bata usa sua inteligência e o
comando da Organização para salvar a vida de centenas de seus colaboradores judeus e
suas familias, criando uma empresa de exportação de nome KOTVA e cursos especiais que
os treina para exercer cargos em diversos países no mundo . Além de transferir maquinário,
recursos, matérias primas e até fábricas inteiras, sob as barbas de Hitler e seus
comandados, consegue fazer emigrar seus trabalhadores de origem judaica.
Durante a segunda Guerra Mundial, Jan Bata contribui substancialmente para o esforço de
guerra aliado. Sustenta o governo tcheco no exílio em Londres e compra dois aviões "Spit
fayer“ para que os pilotos tchecos lotados na Real Força Aérea Britanica pudessem voar em
aviões próprios para derrotar o inimigo nazista. Mas apesar de tudo isso os planos e a vida
de Jan Antonín Bata e sua família sofrem um enorme mudança .
Vista do prédio novo para as Perdizes.
A escola de música do Mia e do Cacho
funcionava na rua Caiubi, do outro
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Ele não sabe que uma vasta teia de paixões humanas começa a urdir nas sombras o seu
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lado da avenida Sumaré, ao lado do
edifício vermelho, à direta.
destino, atingindo-o numa sucessão de golpes mortais .
Em 1941 muda-se com a família para o Brasil e leva um choque ao ser informado que
apesar de ter contribuido substancialmente no esforço de guerra pró causa aliada , seu
nome é colocado , pelos norte-americanos com respaldo dos ingleses na chamada "lista
negra“. Era esse o nome dado a uma relação de pessoas e empresas que supostamente
pactuavam com o inimigo. Perplexo diante de tamanha infâmia, quer saber o porque .
Somente alguns anos depois se descobre que a ação dos trustes internacionais, reforçada
pela ação criminosa de seus governos, viu nos meandros da guerra uma oportunidade de
ouro para destruír a concorrência comercial que a gigantesca Bata SA, 6ª. potencia
econômica no planeta representava.
O famoso TUCA
O segundo golpe vem logo em 1945 quando a Bata SA em Zlín e todas as empresas de Jan,
na Tchecoslováquia, são nacionalizadas após a guerra , sem qualquer indenização.
Em 1947 Jan Bata é acusado perante o Tribunal Nacional de Praga de 64 crimes contra a
nação e sua extradição é pedida ao Brasil . Antes do prazo é naturalizado brasileiro por
interesse nacional através de decreto assinado pelo presidente Eurico Gaspar Dutra.
No julgamento é absolvido de todas as acusações, sendo condenado pela 65ª. acusação que
não constava do processo à época de sua abertura. De um processo irregular , eivado de
nulidades , é exarada a sentença definitiva : Quinze anos de trabalhos forçados e o confisco
Entrada principal do prédio velho
de todos os bens .
Álbum de Família
O Itamaraty recebe um relatório assinado pelo embaixador brasileiro Décio Coimbra, que
tendo acompanhado o julgamento, descreve-o em detalhes denunciando a farsa de que Jan
Bata, agora cidadão brasileiro, fora vítima. O governo brasileiro protesta na pessoa do
Secretário Geral do Ministério de Relações Exteriores, embaixador Hildebrando Accioly ao
governo tcheco, solicitando que o cidadão brasileiro Jan Antonín Bata seja julgado de
acordo com as leis e praxes internacionais, ação que não teve seqüência.
Mesmo assim, ainda reune todas as forças - forças de um gênio, sem dúvida – para se lançar
à obra gigantesca de colonizar as regiões Oeste de São Paulo e Sudeste de Mato Grosso,
hoje Mato Grosso do Sul, resultando desse trabalho quatro cidades: Batatuba e Mariápolis
no Estado de São Paulo e no Estado do Mato Grosso do Sul , Bataguassú e Batayporã.
Campo em Tibiriçá, anos 50
Jan Bata assentou 100.000 pessoas em 300.000 hectares de terra de sua propriedade.
No Brasil Jan Antonín Bata é constantemente assediado e perseguido, tendo muitas vezes
que se submeter a situações humilhantes, criadas por seus adversários, principalmente seu
sobrinho, Tomas Bata Jr. , filho do querido irmão Tomás de quem tem o mesmo nome.
O sobrinho Tomás Jr. viaja para a Tchecoslováquia, já sob o govêrno comunista totalitário,
com patente militar britânica numa missão empresarial canadense e norte-americana.
Encontra-se com o Ministro da Industria tcheco e consegue que os documentos que provam
Vapor Tibiriçá, anos 50
a titularidade de Jan Bata nas empresas seja escondido. Ironicamente o seqüestro dos
documentos mais importantes para a defesa de Jan Bata é conveniente a dois governos
ideológicamente antagônicos: Americano e o totalitário Tcheco. Assim, com toda segurança
Tomás Bata Jr e sua mãe Marie Batová, o irmão dela Alexander Mencik e ainda Dominik
Cipera, todos pessoas da absoluta confiança de Jan Bata, o traem testemunhando contra
ele nas diversas ações nos Estados Unidos. Cometem perjúrio ao negar terem conhecimento
de documentos quer como beneficiários, quer como concordantes ou como testemunhas.
Assim Jan foi alijado de todos os recursos financeiros próprios obtidos ao longo de 30 anos
de trabalho denodado, através de ações judiciais vitoriosas à custa de fraude e
Jantar do Rotary, anos 60
perjúrio ,com a conivência criminosa dos governos de países como a Suíssa, Inglaterra e
Estados Unidos.
Em 1962, 21 anos depois, Jan Bata cede ao implacável cerco financeiro. Literalmente
coagido pelo sobrinho Tomás Bata a assinar um “acordo“, é obrigado abrir mão de seus
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direitos em favor do sobrinho por uma quantia simbólica. Os termos do acordo acabaram
sendo descumpridos pelo sobrinho assim como também parte referente ao pagamento do
valor acordado.
Em 23 de agosto de 1965 Jan Bata falece no hospital Beneficência Portuguesa em São
Paulo, após o oitavo enfarte.
É feito o translado para Batatuba. Já passa das 23 horas e apesar da noite fria, os dois lados
da estrada, desde a capelinha até o acesso à residência de Jan, as pessoas que vieram de
longe, se perfilam e acenam, se agrupam e num techo até sua casa, carinhosamente atiram
flores para "o Dr. Bata passar" pela última vez.
Funcionários da Oficina da Bacia,
Tibiriçá, anos 50
Os sonoros toques secos de sua pequena máquina de escrever cessam. Foram escritos
cinquenta e oito livros, ainda inéditos, entre romances e poemas . A laboriosa lapiseira
Parker, companheira de seus pensamentos, registra o último deles: "Apesar da fraude e do
perjúrio, a verdade virá à tona como o óleo sobre a água".
No ano de 2007, precisamente sessenta anos após a condenação de Jan Antonín Bata, por
iniciativa da atual Cidade Estatutária de Zlín, é inaugurada uma estátua em homenagem a
ele, assim como seu trabalho é apresentado numa grande Conferência, que mobiliza toda a
imprensa do país.
Construção da Ponte, anos 60
No dia 25 de junho de 2007, a sentença que o havia condenado em 1947 é anulada e em 15
de novembro do mesmo ano Jan Antonín Bata é finalmente reabilitado. Como havia
preconizado em seu leito de morte 42 anos antes, a verdade veio à tona como o óleo sobre
a água...
Fonte: Centro de Memória Jindrich Trachta - Batayporã
Jantar para o Governador do Rotary,
anos 60
Jovens em frente ao Cine Azenha,
anos 60
Prefeito e vereadores analisam o
projeto do Frigorífico União, anos 70
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Moço da categoria fluvial, anos 60
Crianças no coreto do jardim, anos 60
FNM da Bacia do Prata, anos 60
Construção do navio Epitácio Pessoa,
anos 60
Fãs epitacianas com Sérgio Cardoso e
Aracy Balabanian (A Cabana do Pai
Tomás) , anos 70
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Desfile cívico, anos 60
Travessia de gado, anos 50
Embarcações da Bacia (SNBP), anos 50
Festiva do Rotary, anos 70
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Professora Cacilda e sua turma em
Tibiriçá, anos 30
Mastro da Bandeira em Tibiriçá, anos
40
Notícias do Ortiz
Jan Antonin bata e o sobrinho Janan Tomasem em 1938. A colônia paulista de Piracaia (Batatuba).
Relatório da colônia paulista de Mariapolis. Vila de funcionários em Zlin, Checoslováquia. Bata
observa o projeto do Aerodome. Vila de funcionários em Praga.
Colonização em Mato Grosso do Sul
O amigo Ortiz, jovem influente e
muito carismático que viveu em
Epitácio até meados dos anos 70, nos
enviou um e-mail gratificante falando
das suas lembranças sobre os
escoteiros e os conjuntos musicais da
cidade. Acrescentou algumas
informações importantes e também
corrigiu algumas falhas da nossa
memória. Quem viveu, viu e sentiu
realmente pode lembrar com mais
precisão e detalhes as coisas que o
tempo não consegue apagar. José
Francisco Barbosa Ortiz, ex-escoteiro
e band leader, hoje é engenheiro e
perito judicial em Cuiabá-MT.
Com a palavra, Ortiz:
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(...) Inspirados nos processos de colonização desenvolvidos no Estado de São Paulo e
Paraná, as empresas colonizadoras compraram terras do antigo Estado Mato Grosso, e
RETROSPECTIVA.
também de particulares desenvolvendo colônias de 20 a 30 hectares servidas de algumas
redes de estradas que interligavam alguns centros comerciais. Os negócios eram efetuados
a base de uma entrada na faixa de 30 a 40% do valor do imóvel e o restante era dividido em
três anuidades. Além desses aspectos, a riqueza empírica possibilita vislumbres para outras
" Hoje tenho 55 anos, e posso
contribuir um pouco com a sua
história.
abordagens. Empreendimentos dessa natureza foram verificados como no exemplo da
Companhia Viação São Paulo/Mato Grosso de propriedade do tcheco Jan Antonin Bata que
adquiriu 6.000 km2 de terras situadas nos atuais municípios de Batayporã, Anaurilândia e
Bataguassú. A intenção desse colonizador era o de produzir no espaço geográfico
colonizado, uma cidade, porque entendia ele que os homens precisavam um do outro, os
dois de um terceiro, e os três de um quarto, constituindo uma unidade comunal a partir de
uma unidade rural. Para ele essa unidade comunal é representada pela cidade que poderia
ser de vários tamanhos, mas a sua experiência como industrial em planejar uma cidade sem
limites, como quando formou a primeira cidade industrial na Alemanha, significou prejuízos
inimagináveis. Esta experiência demonstrou que existe um limite mínimo de população para
uma unidade comunal oferecer melhores resultados, que estariam em torno da quantidade
de no mínimo 10.000 pessoas. Essa conclusão fez Jan Bata verificar que o planejamento de
uma cidade tem que partir desse número mínimo de habitantes, isso tendo em vista
atender na época parte dos 30 milhões de europeus deslocados e desempregados que
consumiam 12 bilhões de dólares anuais dos governos, incluídos nesse valor a ajuda dos
O nome do grupo de escoteiros era :
Grupo de Escoteiros do Mar Armênio
Ribeiro - GEMAR. Começou
inicialmente no Tibiriçá, com o
Senhor Wilson Cruz, depois foi
tranferida a sede para o Galpão de
Cereais em Epitácio, cedido
gratuitamente pela Senhora Júlia
Dionisío Barbosa Ortiz "in memorian"
e o meu pai Mestre Fluvial Francisco
Ortiz Puertas - que foi comandante de
barcos de carga e aposentou-se no
Navio Epitácio Pessoa - Está vivo em
mora em Florianópolis.
Estados Unidos de 6 bilhões de dólares mais outros 6 bilhões dos governos de países como
Grã Bretanha, França, Itália, Alemanha, Suíça, Suécia, Holanda, Noruega, Bélgica, Espanha,
Portugal, Áustria, Dinamarca e Irlanda. Conclui Jan Bata:
Com os 12 bilhões de dólares despendidos anualmente em subvenções da miséria e
desemprego, poderíamos migrar anualmente, 12 milhões de deslocados e desempregados
para os países vazios, tornando-os capitalistas firmes e entusiasmados. No entanto,
perdendo na Europa os 12 bilhões de dólares que os capitalistas americanos e europeus,
finalmente os capitalistas de todo o mundo livre, têm de pagar em impostos, só estamos
trabalhando para a finalidade dos comunistas, que resultam dessa nossa falha em
encontrarmos o caminho para o futuro do nosso sistema Cristão-Capitalista...”
Eu era o Monitor da Patrulha Garça,
do Grupo de Escoteiros do Mar e os
compontentes eram : Ortiz,
Padeirinho, Pery Martins, Chocolate,
Lourenço ( filho do Seu Evódio),
Ricardo José Lourenço ( filho do seu
Valdemar - jornalista e dono do Curso
Tamandaré - Admissão para o Ginásio.
Estive presente em todas aquelas
demonstrações que você citou e esta
pick up Jeep era do Nildo Encanador
(Macedo), que emprestamos dele para
o desfile.
Segundo Bata:
“Cada nação tem um contingente de 2% que necessitam de misericórdia, mas 98% se
revoltam por estarem sujeitos as esmolas, que degradam aqueles como se fossem
aleijados, incapazes de providenciar o necessário para si e suas famílias.
Jan Antonin Bata, inspirado nas idéias de Henry Ford, que sugeriu a realização de
experiências com sitiantes-operários-industriais, desenvolvendo um operariado mixto
industrial-agrário, despertou-lhe a possibilidade de desenvolver este projeto tanto em
Indiana como em Batatuba. Ao regressar para o Brasil Jan Bata desenvolveu um modo de
colonizar que envolvia os operários industriais propiciando-lhes conhecer também o
trabalho agrícola, essa experiência ele desenvolveu nas suas indústrias de sapatos
instaladas em Batatuba e Indiana no Estado de São Paulo, algumas dificuldades foram
encontradas, tais como: os terrenos ao redor de Batatuba e Indiana pertencerem a grandes
e pequenos fazendeiros, que exigiam preços elevados para vende-los. Nesse tipo de
empreendimento, uma família com 7 pessoas seria assim distribuída, uma pessoa poderia
cuidar de um hectare de terra, trabalhando toda semana nessa tarefa, para 4 hectares
seriam necessários 4 pessoas para cuidar da plantação e da pecuária, enquanto pelos menos
os 3 restantes trabalhariam na fábrica. No caso de uma família com 8 pessoas, 4 ou 5
trabalhariam na fábrica e aproveitariam a parte da tarde para se dedicar ao cuidado
adicional da plantação e criação.
A colonização do tipo mixta agro-industrial proposta por Jan Bata, exigiria investimento em
infra-estrutura na parte de transportes, escolas, mercados e industrias e terras
agricultáveis. A vantagem da colonização mixta, baseada na indústria, é a de que os
colonos neste caso já têm o emprego, que nas zonas novas seria necessário organizar e
Quanto a musicalidade: Como banda
mesmo, o primeiro conjunto a se
organizar como tal foi os Mickeys e eu
era o dono desse conjunto. Nele
tocavam: nas guitarras-base : José
Ortiz (eu) e Eduardo Avalone; na
guitarra-solo: Cacho ( que buscamos
em Caiuá) , o cantor era o Vanderley,
o vocalista de uma única música era o
Nilson Louzada Olivato, o tecladista
era o Joaquim Vicente, o baterista
era o Tonico e no contra-baixo era o
Carlos Gotardi (Carlinhos). Minha mãe
comprou o equipamento do Zé
Brilhante, que tocava aos domingos
no programa do Zé Bolinha. Também
participei no início dos Tigres : Eu, o
Mia, o Hércules e outros que não me
lembro mais. Os Mickeys tocaram em
diversos bailes na Filarmonica, na
Epitaciana, em Vesceslau, em
Anaurilância e Bataguaçu.
Amigo, ainda tem mais.
construir. Isso favorece ao colono agro-industrial começar a organizar sua vida empregado,
sem a necessidade de esperar até a colheita para o seu sustento, outra vantagem é que o
mercado para seus produtos agrícolas já esta assegurado na praça da fábrica ou nos
mercados da vizinhança, no caso de Batatuba a proximidade com São Paulo e no caso de
Indiana a proximidade com Presidente Prudente
Grande abraço no Mia e no Nenê, ele
também era escoteiro. Vou lembrar
rapidamente alguns nomes de pessoas
que participavam ativamente do
Grupo de Escoteiros. O grupo era
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Bataguassu e Batayporã
Em 1932, Jan Antonio Bata, proprietário da cia. Viação São Paulo Mato Grosso, adquiriu, na
região, grande gleba de terra, destinada a pecuária e colonização. Em 1941, fixou-se a
companhia, na região e em 1943, o colonizador decide implantar o núcleo da colonização
às margens do Rio Pardo. O primeiro nome da cidade seria Batápolis, mas sem uma base de
sustentação política que desse condições para implantar o projeto, ele não prosperou. Jan
Bata decide mudar o local para sediar o núcleo do Projeto e escolhe uma outra área na
Gleba às margens dos rios Paraná e Pardo onde se ergue a cidade de Bataguassú e procedeu
-se o loteamento de uma área, destinada a criar uma nova povoação, dando origem a atual
sede do município. Foi elevado a distrito pela resolução número 611, de 10.07.1952 e o
município foi criado pela lei 683, de 11.12.1953. Comemora-se sua emancipação política *
dia 11 de dezembro. Um relato escrito pelo Tenente Nelson V. de Oliveira, genro de Jan
Antonin Bata, narra a história de Bataguassu:
Em época não muito distante se ouvia falar de Mato Grosso como um espantalho, onde o
homem dificilmente poderia chegar, dadas as presumíveis dificuldades criadas pela
imaginação humana. (...) Era preciso (...)” curar “a imaginação já contaminada pelas más
informações”. Eis a difícil tarefa da Cia Viação São Paulo Mato Grosso, a mais antiga
empresa colonizadora que, orientada por homens dinâmicos e empreendedores, espalhou a
vida e o progresso pela Alta Sorocabana e em cujo programa de trabalho marcava o
desenvolvimento da Colonização no Sul de Mato Grosso onde é possuidora de vasta
extensão territorial. Foi assim que surgiram nos seus escritórios os primeiros estudos para
o inicio desse trabalho e em pouco tempo chegou-se à conclusão de que um ponto de
apoio, uma base deveria ser estabelecida para a concretização de tão vasto plano
colonizador. Esse ponto de apoio ficou determinado seria um local de fácil acesso, numa
zona saudável, rodeada de boas terras para cultura e com boa colocação para uma possível
indústria. Ouvindo falar de inicio da colonização de Mato Grosso, acorreram aos escritórios
da Cia dezenas de colonos que disputavam a aquisição de seus lotes. Desse modo, em um
ano foram vendidos 4.500 hectares de terras a pequenos lavradores. Estradas foram
rasgadas, casas construídas e uma igreja edificada; uma professora começou a ensinar a
criançada da redondeza as primeiras letras; um armazém foi instalado; apareceu uma
pensão;um campo de futebol e assim surgiu Bataguassú, a futura rainha do sul de Mato
Grosso” - (Ordem e Progresso:Indiana, Maio/1950 nº26)
Fruto de um projeto de colonização do industrial checo Dr.Jan Antonin Bata (fundador e
idealizador de mais de 80 cidades por todo mundo) ; ocupa as terras que pertenciam a Cia.
de Viação SP/MT adquiridas por Jan Bata em 1921. A implantação do projeto que culminou
com a criação da cidade tem inicio no ano de 1953 na então fazenda samambaia que foi
dividida num conjunto de lotes denominados de Iguassú, Cayuás, Machado e Recanto (hoje
Batayporã), onde Jan Bata contou com grandes colaboradores tais como Vladimir Kubik
(Gerente Geral da Cia. Viação SP/MT) encarregado de escolher o lugar do futuro núcleo de
colonização e providenciar a venda dos lotes já esquadrinhados no mapa das grandes
glebas. Jindrich Trachta (gerente do núcleo de colonização da Fazenda Samambaia, hoje
Batayporã) conhece em 14 de maio de 1950 o colonizador Jan Bata que o convida para
trabalhar em Bataguassú onde é apresentado ao Sr. Nelson Verlangieri D’Oliveira (braço
direito e genro de Jan Antonin Bata), sendo contratado para trabalhar na Companhia
Viação São Paulo Mato Grosso em serviços como extração de madeira, olaria, serraria e
contabilidade. Em 1951 ocorre o seu casamento com Dona Marina Gonçalves do Amaral,
continuam morando em Bataguassú até 1954, quando mudam para Batayporã, passando a
gerenciar esse novo núcleo de colonização Os planos de Jan Bata eram fundar mais duas
cidades, Batarama e Kennedy, próximas de onde hoje se localiza a cidade de Taquarussú.
As primeiras pessoas a se instalarem na região foram, Venancio Rodrigues de Abreu e sua
esposa Luciana Rodrigues de Abreu (que eram capataz da fazenda samambaia da Cia de
Viação SP/MT).Em 14/12/1953 foi a criação do distrito e no dia 12 de novembro é
comemorada sua emancipação política. Primeira família a se instalar na futura cidade. Sr.
Mohamed Mustafá e D. Antonia Spinosa Mustafá. Primeiro comércio, Bar do Sr. Jonas Pedro
Nunes. Segundo alguns levantamentos não houve criação de distrito e o município foi criado
pela lei número 1.967, de 12.11.1963. No dia 12 de novembro é comemorada sua
emancipação política.
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formado pelos Lobinhos, Escoteiros,
Escoteiros Sênior. Era subdividido em
patrulhas. Só me lembro da Patrulha
Garça que era a nossa: Ortiz, Pery
Martins, Ricardo Lourenço, Daniel,
Rogério, Chocolate, Nenê, Lourenço
(filho do Evódio), Natalício, Daniel
Gil, e me parece que o Padeirinho era
da Patrulha Jacaré. Dos escoteiros
sêriores lembro da Patrulha
Marajoara , que era composta pelo:
Paulo Vanti (in memorian), Toyotão,
Noboyuke , Carlinhos (nosso
contrabaixista nos Mickeys). Minha
mãe, Dona Júlia Ortiz, passou noites e
noites fazendo caxangás para desfile
do dia 7 de setembro para diversos
integrantes do Grupo de Escoteiro. O
Lavico e o Tostão, irmão do Domingos
(Mingo Pacas) eram chefe e subechefe respectivamente. O Chefe Geral
da Tropa era o Sr. Wilson Cruz, pai do
Agnaldo, que entrou na tropa como
Lobinho.
Quem muito auxiliou na época e
também foi chefe de tropa foi o
Marcão, policial rodoviário federal
naquela época, e nos assistia muitos
em nossos acampamentos com seu
jipe DKV. Fomos para Anaurilândia e
Nova Andradina levando a cultura da
Tropa de Escoteiros do Mar, e nossa
lema era : " UMA VEZ ESCOTEIRO,
SEMPRE ESCOTEIRO” . E “SEMPRE
ALERTA” para toda a tropa. O
fundador do Escotismo no mundo foi
Banden Powell e ele realmente
parecia com o Tio Aurelino, Chefe
Geral da Tropa de Escoteiro da Terra
de Presidente Prudente e Chefe
Regional dos Escoteiros. A Sede Geral
dos Escoteiros do Mar funcionava na
época no Rio de Janeiro. Bem, quero
te dizer que esse movimento
escoteiro funcionou mesmo no
barracão – Depósito de grãos- Milho e
Arroz do meu pai, que havia
desativado o negócio. Mas antes
funcionou a Sede da nossa banda " Os
Mickeys " , a primeira com formato de
conjunto musical de Presidente
Epitácio. Nessa mesma época em
Presidente Prudente o Pelézinho
começava também com o "Conjunto
Sombras", muito bem estruturado.
Gravaram inclusive compacto de vinil.
Depois veio os "Defuntos", do Néder ,
Seda ( com remanescentes dos
Mickeys) , Embalo Jovem ( Com o
famoso André no Pistão). O Felão às
vezes dava uma palhinha e tocava nos
Mickeys, era muito bom
percusionista.
A quantidade de habitantes colocados nas Glebas e Patrimônios da Companhia de Viação
São Paulo-Mato Grosso, nos Estados de São Paulo e Mato Grosso foi : Prudentina, 2.500;
Regente Feijó, 19.000; Indiana, 6.500, Sucuri, 800; Caiabú, 1.500; Ouro Branco, 1.200;
Vamos dividir em tempos a minha
época:
Boa Esperança D´Oeste, 100; Boa Esperança, 300; Mariapolis, 10.000; Vila Alegrete,
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EPITÁCIO NA MEMÓRIA: A utopia e a obra de Jan Antonin Bata
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3.500; Mandaguary, 800; Jacaré, 800; Carrapicho, 9.500; Anhumas, 5.000; Laranja Doce,
1.000; Olaria Barrinha, 350; Olaria Bartira, 200; Formoso e Rancharia, 200; Celeste, 800
e Batatuba, 650, todas no Estado de São Paulo e no Estado de Mato Grosso em Bataguassú
instalaram-se 3.000 habitantes".
Luiz Carlos Batista, Carlos Martins Júnior, José Carlos Ziliani – UFMS - “Resgate e
construção da memória e da história da colonização do sudeste de Mato Grosso do Sul”
O Dossiê Bata
Um rumoroso caso de disputa comercial familiar tendo como cenário a II Guerra Mundial e a
Estudante do Grupo Escolar Rural( "18
de Junho" ). Como o próprio nome já
informa a Escola era rural, e me
ensinou a plantar e cultivar,
hortaliças e árvores. Com este
aprendizado montei uma horta com
18 canteiros e naquela época eu já
ganhava algum dinheiro vendendo
alface, couve, tomate, almeirão,
cebolinha , beterraba, cenoura. Quem
conheceu a minha horta pode
comprovar. Acho que não tenho foto
da minha unidade produtiva.
Cortina de Ferro no leste europeu.
Exmo. Senhor Celso Amorim
Ministro das Relações Exteriores do Brasil
Palácio Itamaraty - Esplanada dos Ministérios - Bloco H
70170-900 Brasília/DF - BRASIL
Krásná Lípa, 29 de Dezembro de 2003
Excelentíssimo Senhor Ministro, resultou dirigir-se à Vossa Excelência num caso tocando
imediatamente ao Brasil, República Tcheca e também às relações entre nossas países. Êste
caso merece, a meu ver, uma atenção extraordinária, bem que os acontecimentos
respectivos passaram-se já antes algumas dezenas dos anos. O embaixador do Brasil em
Praga senhor Affonso Massot informou-me, que sua autoridade “não dispõe de competência
legal nem de recursos para pronunciar-se ou interferir” neste assunto. Por esta razão agora
trato directamente Vossa Excelência.
Trata-se do caso de Dr. h. c. Jan Antonin Bata, do proprietário antigo do consórcio
sapateiro mundial Bata com original sede na cidade tchecoslovaco Zlin e um naturalizado
cidadão brasileiro de 1947. No mesmo ano foi Jan Bata condenado por tchecoslovaco
Nas horas vagas : Coroinha,
participava todos os domingos de jogo
de ping pong na residência da Irmã
Kirma, irmã do Celso (pai do Pery
Martins) e do ex Governador de Mato
Grosso do Sul, Wilson Martins.
Também frequentei muito a Piscina
do Dr. Natal, na Ponte. Nós íamos de
bicicleta. A nossa turminha de
natação: Paulo Vanti, Carlos Vanti,
Joaquim Vicente, Renato, Nilson
Louzada Olivato ( aquele vocalista e
colaborador dos Mickeys) e outros que
não consigo lembrar. Sei também que
as filhas do Dr. Natal: Débora, Cyntia
e a outra que não lembro também
eram nossas parceiras na natação.
Gostei da foto do pessoal de Epitácio
com os Beatles, acho que não os
conheci.
extraordinário Juízo Nacional no processo provadamente encenado pela inventada
colaboração com nazistas, apesar de sabemos e podemos provar, que êle significantemente
fomentou o movimento da resistência e os membros do govêrno tchecoslovaco em Londres
por intermédio de sua atitude moral e sobretudo por grandes recursos financeiros.
Estimulação e decurso no processo dêle foram um resultado de muitas circunstâncias –
(1) do esforço do subido poder totalitário para evitar um pagamento das grandes
Lembrei : A Iracema Noronha, filha da
minha Professora de Ciências Janete
Noronha, era uma das que muito
frequentavam o Barracão - Sede dos
Mickeys onde nós ensaiávamos, ele
pode ajudar a esclarecer mais
algumas coisas.
indenizacões pelas emprezas confiscadas,
(2) da ânsia vingar-se pelas atitudes anti-comunistas de Jan Bata antes da Segunda Guerra
Mundial,
(3) dos interesses concorrentes,
(4) das animosidades pessoais dos alguns políticos tchecos, inglêses e americanos, cuja
consequência prática foi uma inscrição do nome de Jan Bata na lista negra dos Aliados no
tempo da guerra e, enfim,
(5) dos ambições para usurpar a propriedade do condenado por alguns membros da família
Bata, os quais o subido poder comunista comprovou utilizar com habilidade em seu
benefício. Tudo isto podemos documentar.
Jan Bata morreu em 23 de agôsto de 1965, depois de uma série dos litígios cansativos
contra seu sobrinho Tomás Bata Jr. (que vive até agora em Canadá), em cujo favor
entregou-se, empurrado pelo esgotamento e doença, dos restantes direitos proprietários às
suas empresas. Uma influência principal nos resultados dos casos judiciais tinham ações do
tchecoslovaco serviço secreto de informações (StB) com um objetivo claro – evitar à
indenização pela propriedade confiscada. Apesar disto todo Jan Bata comprovou construir
algumas cidades industriais e colônias agrícolas (Batatuba, Mariapolis, Indiana, Bataguassú,
Batayporã) e começar uma colonisação dos regiões inabitados no Estado de Mato Grosso.
Queria comemorar, que Jan Bata, por suas atividades junto ao desenvolvimento de
povoação, foi proposto em 1957 como brasileiro ao Prêmio Nobel de Paz.
Um fato indignado é, que Jan Bata não viveu para ver nenhuma justiça. Seu nome foi tirado
Sei que nós tocamos um baile de
debutantes na Epitaciana e também
no mesmo Palco estava a nova banda
do Neder " Os Defuntos". Ele recém
havia chegado de USA e trazia uma
nova aparelharem e muitas novidades
musicais. Foi uma loucura, as meninas
rasgaram a camisa de cetim amarelo
do CACHO e arrancaram a gravatinha
batmasterson . Eu o encontrei
chorando na escadinha do palco
( naquele tempo ele era um
pouquinho caipira). Nós trouxemos
ele de Caiuá, ele tocava sanfona em
baile de ponta de rua, quem deu a
dica desse músico para o Eduardo
Avalone e Tonico e eu - que havíamos
ido de trem até Caiuá atrás de um
guitarrista solista - quem deu a dica
foi o Pé de Pano, amigo do Tonico, e
tinha um conjuntinho em Caiuá.
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EPITÁCIO NA MEMÓRIA: A utopia e a obra de Jan Antonin Bata
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dos manuais da história e também da mente da gente não só na terra natal. Depois
passavam dezenas dos anos longos, até que as ditaduras bolchevistas em Europa Central e
Saudações"
Oriental desmoronaram-se.
E respondemos:
Até em 1993 puderam as três filhas sobreviventes do industrial tcheco-brasileiro dar uma
escandalosa do Juízo Nacional de 1947.
Caro Ortiz, na época de adolescência
de vocês eu tinha entre 7 e 8 anos de
idade apenas, mas guardo em minha
memória duas imagens bem nítidas de
você: uma quando você partiu para
uma viagem, se não me engano para
Mato Grosso, trajado de escoteiro e
embarcando num ônibus noturno da
Viação Mota. A outra era a sua
boutique com moda hippie, incluindo
as grandes bolsas e chapéus de couro.
Não me lembrava dessa suas
iniciativas e atuações nos conjuntos.
Quando você começou a descrever os
fatos, algumas cenas foram
reaparecendo de forma muito viva.
Vou reenviar seu e-mail para o Mia e
certamente ele vai ficar muito
contente com o seu contato. Estamos
aguardando ansiosos as suas
anotações e fotos daquela década
inesquecível, talvez a mais marcante
do século XX.
Traduzi ocasionalmente alguns textos portuguêses para o tcheco. No ano passado recebeu
Abraços
queixa por infração da lei no caso de Jan Bata, por intermédio do Procurador Geral da
República Tcheca, ao Juízo Altíssimo.
Depois de mais que um ano o Senado do Juízo Altíssimo Tcheco discutiu êste impulso – e
recusou. A razão disto não se referiu da substância do caso. Por sentença do Juízo Altíssimo
de 1994 a contemporânea legislação tcheca não permite tal queixa a respeito dos
julgamentos do Juízo Nacional, que funcionava só nos anos 1945 – 1947 como um tribunal
extraordinário. Êstes textos tenho à disposição, tal como contatos com algumas pessoas
importantes, p. ex. Edita Bata de Oliveira (filha de Jan Bata, que vive de 1941 no Brasil em
Presidente Prudente) ou antigo Procurador Geral da República Tcheca. Não queria aqui
amontoar
seguintes
pormenores.
Talvez
Vossa
Excelência
já
considere:
„Muito
interessante..., pois que quer-me dizer êsse homem?“
Os descendentes de Jan Bata não desejam já nada mais que limpar o nome do pai na terra
de seu origem. Pois êle está aqui até hoje um criminoso – apesar de que criminoso foi pelo
contrário seu condenação. As ações realizadas até agora não deram os resultados palpáveis,
porque a lei penal tem nenhum instrumento pelo que seria possível mudar uma sentença do
juízo extraordinário, apesar de violação flagrante das leis vigentes nêsse tempo. Segundo
da expressão do Juízo Altíssimo uma esperança talvez forneça somente o restabelecimento
do processo. Em tal caso podemos esperar ainda muitos anos, mas pessoas mais
importantes já estão velhas... quanto tempo resta-lhes? Outra possibilidade teórica seria
talvez uma aceitação de uma nova norma jurídica para permitir revocação da sentença
de Sra. Edita Bata de Oliveira um livro de um autor brasileiro Francisco Moacir Arcanjo “O
mundo compreenderá; a história de Jan A. Bata – o Rei do Sapato”, que estivera editado no
Dadau
Brasil em 1952, então no tempo da vida de Jan Bata. Seu valor portanto, além de alguns
novos fatos, consiste no seu autenticidade, bem que o livro às vezes atravessa de uma
forma documentária numa romanesca. Este livro traduzi com uma ardência descomunal.
Isto foi um princípio do meu interesse sistemático sobre o caso de Jan Bata.
Lord Baden Powell
Na fase actual procuro recursos suficientes para edição dêste livro, cujos custos, com
utilização de uma firme encadernação e tiragem de 2000 exemplares, elevarem-se à
importância de 120 000 CZK (cerca de 14000 BRL). Com esta objetivo providenciei nos
passados meses uma licença editorial. Como um professor de uma escola secundária não
disponho, porém, dos livres recursos financeiros. Eu seria muito agradecido, se a segunda
pátria de Jan Bata decidisse fomentar a edição do livro sobredito e expressar deste modo
seu interesse sobre uma lembrança e honra de seu cidadão notável. Percebo êste meu
procedimento como algo desconforme, mas absolutamente correto. Os doadores estiverem,
com uma permissão dêles, nomeados no livro, cuja edição seria ótimo realizar na
primavera de 2004. O livro editado com o apoio do Brasil daria um sinal eminente aos
Tchecos.
Eu queria também lembrar o caso de Jan Bata ao público tcheco pela série de uns artigos
nos jornais convenientes etc. Neste assunto dirigi-me a alguns políticos tchecos, mas na sua
maior parte encontrei-me com evasivas. Suponho, que uma adequada atividade diplomática
da parte brasileira possa ter uma importância considerável (p. ex. os americanos nem
Fundador do escotismo e parecido
com o Tio Aurelino.
inglêses nunca explicaram suas inscrições do nome de Jan Bata nas listas negras). Se Vossa
Excelência manifestasse seu interesse sobre os documentos disponíveis, eu concederia-lhes
Notícias do Luiz Carlos "Girico"
com prazer e acolheria cada ocasião para tratar dêste assunto por intermédio da
embaixada brasileira em Praga.
Agradecendo, previamente, pelo auxílio e aproveito a oportunidade para apresentar os
meus protestos de estima e consideração.
Dr. Marek Belza
Presidente Prudente, Brasil, 14 de Setembro de 2004
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EPITÁCIO NA MEMÓRIA: A utopia e a obra de Jan Antonin Bata
Alerta às pessoas de bem
Nesta altura de minha vida, eu, aos 83 anos de idade, sobrevivente a três intervenções
cirúrgicas e a um infarto, por conta do meu velho coração indignado, e minha esposa Edita,
aos 79 anos, sentimos a obrigação de publicar este alerta, sob a forma de uma carta
aberta, para todas as pessoas de bem que têm negócios com o sr. Tomas J. Bata, também
conhecido como Tomas Bata Jr. Serve também àquelas pessoas que convivem com esse
negociante em seu círculo de relações de amizade, sociais e até mesmo aos que trabalham
para suas empresas.
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Olá , Dadau, quanto tempo! Abri a
página "Epitácio na memória" e matei
a saudade em rever os amigos. Fiquei
feliz por você. Também sou professor
de séries iniciais. Estou residindo em
Naviraí , Ms, e o ano que vem
pretendo dar uma descansada, "
aposentar". Lembra de quando éramos
escoteiros: Rogério, Chiro, Colô,
Chocolate? Estou com saudades.
O texto explica a necessidade desse alerta.
Do amigo Luiz Carlos Batista "Girico"
Sr. Tomas J. Bata ou Tomas Bata Jr., antes de mais nada, é absolutamente necessário
caracterizar e identificar claramente V. nome, para que não seja o mesmo confundido com
Respondi:
o nome de V. honrado pai, Tomas Bata, o verdadeiro Tomas Bata, um Homem ( com H
maiúsculo ), detentor de todas as qualidades de pessoas de bem, de grande empreendedor,
de líder nato, dotado de raras, imensas e excepcionais qualidades. Lamentavelmente, ter o
sr. herdado de V. pai esse nome, não lhe garantiu a sorte de herdar, também, qualquer
dessas qualidades. Pior do que isso, não foi suficiente para lhe conceder a felicidade de
assimilar os bons exemplos, as virtudes e o caráter de V. pai. Ao contrário, trouxeram-lhe
as características menos nobres e o comportamento menos ético e moral do outro ramo de
V. família, aqueles muito bem demonstrados nos processos que V. mãe, Marie Batova, com
a cumplicidade familiar de V. tio, Alexandre Mencik, e com V. participação entusiasmada e
totalmente em desacordo aos ensinamentos de V. pai, moveram contra V. tio, Jan Antonin
Bata, meio irmão de Tomas Bata, do verdadeiro Tomas Bata, criador da Organização
Mundial Bata, com a filosofia de trabalho invejável e inexistente em qualquer outra parte
do mundo, aquela mesma filosofia que V. tio Jan Antonin Bata manteve e ampliou e que V.
administração, exclusivamente de V. responsabilidade, baniu da Organização. O verdadeiro
Tomas Bata não conseguiu fazer o sr., seu único filho, assimilar essa maravilhosa filosofia
de trabalho e, consciente de que não conseguiria moldá-lo como seu substituto e de que o
sr. jamais teria a estatura ética, moral e profissional necessária para levar tal trabalho
adiante, idealizou um outro planejamento.
Pode parecer estranho a muitos a escolha que o verdadeiro Tomas Bata fez, ao buscar em
seu irmão Jan Antonin Bata seu substituto e continuador de sua grandiosa obra. Hoje está
provado que ele teve também essa qualidade, a de identificar a ausência de capacidades e
Luiz, a internet é uma maravilha, não
mesmo? Não nos vemos desde 1974,
quando mudei para Santos. Mas foi só
ler o seu e-mail e me lembrei
daquelas viagens e acampamentos que
fizemos em Panorama (para buscar
cobras para o Instituto Butantã e
voltamos com as caixas vazias...) e
naquele em Anaurilândia, numa
fazenda ( e o pessoal da Marinha ou
da Prefeitura esqueceu de buscar a
gente... e depois de 12 horas tivemos
que comer arroz com quiabo...)
Caramba... você já está aposentando
no magistério... Missão difícil, mas
quase cumprida, na reta final,
finalmente. Vai voltar para Epitácio
ou vai jogar dama na praça dos
aposentados? Também fiquei muito
feliz com o seu contato. Um grande
abraço e mande notícias!
qualidades em seu filho e, de forma não usual, escolher aquele em quem viu todas essas
qualidades, necessárias para a continuação e o desenvolvimento dessa obra, quando viesse
Dadau
a faltar, e que, depois dos deploráveis acontecimentos que permitiram ao sr. a inusitada
conquista dessa mesma Organização, hoje desvendados, acabaram sendo banidos pela V.
exclusiva e limitada capacidade. V. pai fez de Jan Antonin Bata seu braço direito, educouo, preparou-o, e nisso foi muito feliz, porque soube encontrar nele também outro Homem
com H maiúsculo, com estatura moral, ética e profissional equivalente à sua própria. V. pai
conhecia bem do que seria capaz o sr., seu único filho, e procurou poupar a obra de sua
vida dos problemas que seguramente vislumbrava, se a Organização viesse a estar sob V.
comando. As manifestações públicas de V. pai, como, por exemplo, a história do violino –
que ele manifestou claramente que “caberia àquele que melhor soubesse tocá-lo” – e o sr.,
que sempre desafinou e perdeu o compasso da música da orquestra Bata, comprovou que a
preocupação de V. pai era correta. Também se manifestou nas declarações sobre a
herança, ao dizer claramente que seu filho não herdaria nada mais do que aquilo que fosse
capaz de construir, porque sabia que havia necessidade de um construtor de empresas e de
negócios, e o sr., seu único descendente, estava longe, muito longe disso.
Americanos, ingleses e o governo tcheco do “presidente” Benes souberam escolher bem a
pessoa a ser colocada à frente da Organização Bata, para atender única e exclusivamente
aos interesses deles: escolheram o sr. Isto para que não houvesse mais um Jan Bata,
“aquele leão, com quem as indústrias sapateiras americana e inglesa não conseguiam
competir”, e que deveria ser destruído a qualquer custo, segundo os cabogramas secretos
trocados entre as autoridades desses países. O sr. foi a escolha ideal, pois já havia
demonstrado às “autoridades” daqueles países que: (a) não tinha o perfil para comandar,
tanto que V. pai não o escolheu, preferindo vender a Organização ao irmão Jan, através do
Contrato de Venda e Compra, confirmado no testamento do verdadeiro Tomas Bata, ambos
esses documentos guardados no cofre de V. pai, cuja abertura V. mãe e o sr. presenciaram
e cujo protocolo de abertura ela assinou, juntamente com as testemunhas, Alexandre
Mencik, Hugo Vavrecka. Dominik Cipera e com o notário Hugo Foerster. Posteriormente, V.
mãe e o sr. concordaram com tudo, através das duas correspondências que ambos
assinaram e encaminharam, a primeira, datada de 06/06/1933, ao Ministério das Finanças
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EPITÁCIO NA MEMÓRIA: A utopia e a obra de Jan Antonin Bata
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da Tchecoslováquia, onde reconheceram o Contrato de Venda e Compra celebrado em
10/05/1931, entre V. pai e V. tio Jan, e a segunda, datada de 08/06/1933, à Corte Distrital
de Zlin, onde ambos, V. mãe e o Sr., se apresentavam como herdeiros legais dos bens
Clóvis Dure
deixados por V. pai e habilitavam-se ao espólio. Não se pode deixar de mencionar,
também, o Protocolo de 23/06/1933, em que a Corte de Zlin procedeu oficialmente à
entrega do espólio de Tomas Bata, do verdadeiro Tomas Bata, a V. mãe e ao sr., sendo
que, do valor de vinte milhões de coroas tchecas que V. pai legou ao Sr., e que eram parte
das cinquenta milhões de coroas tchecas que V. pai menciona em seu testamento, como
sendo o crédito que tinha com Jan Antonin Bata, pela venda da Organização, o sr., mesmo
alegando muito mais tarde que o testamento de V. pai não era válido ou que não existia,
usou a maior parte desse dinheiro, o qual lhe foi pago por Jan Antonin Bata, restando ao
final pouco mais de hum milhão de coroas para serem retiradas. Mas V. assessoria legal
alertou ao sr. de que a retirada desse saldo seria um erro estratégico, pois confirmaria que
o testamento de V. pai existira, era legal, havia sido aceito por V. mãe e pelo sr. e que as
decisões das Cortes estrangeiras eram ilegais e o sr. resolveu não mais retirar esse valor;
(b) mas, em compensação, o sr. tinha o perfil conveniente a eles, americanos e ingleses,
como demonstrado quando induziu o velho e doente Frank Muska a, de boa fé, acreditando
estar tratando com uma pessoa de confiança de Jan. A. Bata ( que era mantido
incomunicável no Brasil, por seus algozes, dirigentes dos governos inglês e americano ),
entregar ao sr., bens que pertenciam à empresa Leader A.G. ( portanto, a Jan Bata ), no
caso ouro e dinheiro. Mas o segredo sobre as 826 ações, bem como a chave secreta do cofre
O amigo Clóvis Dure enviou este email para matar saudades e lembrar
coisas importantes de Epitácio e do
rio Paraná.
do banco onde elas estavam guardadas, segredos esses que só Muska e Jan Bata sabiam,
isso o sr. não conseguiu arrancar daquele tcheco leal e bem intencionado, e isso fica claro
nas alegações iniciais do juiz americano Schreiber, no processo que o sr. e V. mãe moveram
contra o espólio de Frank Muska em Nova York e onde ele esclarece como foi possível ao sr.
iniciar a ação contra V. tio Jan Bata, ao afirmar: “o administrador dos bens de Frank
Muska, que juntamente com o Chase Safe Deposit Company, foi um réu na ação de depósito
para recuperação, obteve uma ordem trazendo Jan Bata, o meio irmão de Tomas Bata, à
ação, como autor rival”. Prova de que nem o sr. nem V. mãe sabiam onde Jan Bata
guardava essas 826 e as outras 1170 ações da Leader A.G. E por que deveriam saber? Afinal
o sr. e V. mãe entregaram a Jan Bata toda a Organização Mundial Bata, inclusive as ações
da Leader A.G., obedecendo a vontade de V. pai, o verdadeiro Tomas Bata, e respeitando
integralmente a lei tcheca que, muitos anos depois, os srs. fizeram questão de desrespeitar
e ridicularizar, arrancando de um juiz americano um julgamento sobre uma questão
decidida pela lei tcheca, como se as leis e costumes do país onde o sr. nasceu fossem de
segunda classe. E mesmo nos Estados Unidos, onde os srs. conseguiram uma vitória muito
apertada no Tribunal de Recursos de Nova York, pois Jan Bata obteve 2 dos 5 votos, para V.
refrescar a memória, um dos 3 votos a V. favor, o do juiz Froessel, foi concluído da
seguinte forma: “Alega-se que as ações da Leader passaram para Jan em conseqüência do
comportamento de Tomik ( o sr. ) e de Marie ( V. mãe ), como parte do espólio de trinta ou
quarenta milhões de dólares. Muitas das provas apresentadas neste processo se ligam a esta
“Estava à procura de uma colega de
escola de Porto Epitácio no Orkut ,
porém encontrei o blog Epitácio na
Memória e quando comecei a ler seu
depoimento, veio à tona a minha
vida, como vídeo-tape. Pois sou
nascido em Campinas, com 7 anos
cheguei aí no Porto com meu pai,
Estevão Henrique Dure, que era
marinheiro, inclusive foi comandante
dos rebocadores Cruzeiro do Sul e
Paranapanema , da Companhia Mate
Laranjeira. Também morei na rua
Curitiba, fundos com a Filarmônica.
Ficamos lá de 1961 a 1969 (crise naval
quebras das serrarias navegação).
Essa receita de reviro paraguaio
minha mãe faz até hoje. Enfim, fiquei
muito emocionado e saudoso”.
afirmação. NÃO CONSIDERAMOS DE UTILIDADE ANALISAR DETALHADAMENTE ESTAS PROVAS.
CONSIDERAMOS
SUFICIENTE
QUE
RECONHECIMENTO DE MARIE OU
NÃO
FOI
DE
TOMIK,
APRESENTADA
COM
O
QUE
PROVA
ESTA
SOBRE
ALGUM
Clovis Dure - Campinas -SP
OPINIÃO SERIA
COMPROVADA” . O sr. sabe que esta prova existe, está em poder de várias pessoas da
família no Brasil e nos Estados Unidos e, por segurança, com terceiros amigos, e que ela
E respondemos:
não foi apresentada nas Cortes porque , na época do julgamento, estava retida na
Tchecoslováquia, de forma que Jan Bata e seus advogados ficassem impedidos de a ela
terem acesso. Trata-se da “carta assinada em 06/06/1933, pela viúva Marie Batova e por
seu filho, Tomas Bata, já emancipado, endereçada ao Ministério das Finanças, na qual
ambos reconhecem o contrato de venda e compra celebrado em 10/05/1931, como legal e
legítimo, sem ter contra o mesmo nenhuma reclamação”. Com este documento, o voto do
juiz Froessel seguramente seria a favor de Jan Bata e o sr. teria sido derrotado por 3 votos
a 2; (c) o sr. estava disposto a tudo, porque já havia declarado nos tribunais, faltando com
a verdade, que não existia o documento assinado por V. mãe e pelos demais colaboradores
de Jan Bata, onde todos afirmaram que as ações da Bata A.S.Zlin, que lhes foram passadas,
o foram apenas para resolver o problema causado pela ocupação alemã e seriam devolvidas
a Jan Bata após a guerra, conforme o recibo assinado por V. mãe, que recebeu 25%, e pelos
cinco demais diretores, cada um tendo recebido 7%. Aliás, o sr. seguramente se lembra, e o
mundo deve tomar conhecimento, de que, em junho de 1945, o sr. foi à Tchecoslováquia,
como oficial de informações de uma “escolta diplomática”, conforme consta da sentença
do juiz Schreiber, publicada no jornal “The New York Law Journal”, de 24 de janeiro de
1950, tendo esse magistrado declarado nessa mesma sentença que ”enquanto estava lá
entrevistou Foerster, o tabelião, acerca da propriedade do seu finado pai e providenciou
para obter os papéis relativos aos bens do seu pai” – sendo que o tabelião Foerster é o
autor do Protocolo de abertura do cofre de V. pai, protocolo esse que provava que o sr., V.
mãe e V. tio, Alexandre Mencik, foram testemunhas de que as ações da Leader A.G.
Clóvis, sem dúvida éramos vizinhos e
certamente reviramos todas as ruas e
arredores da cidade em companhia do
Eder Majolo, Elder leitão, Gilmar
Saraiva, Amarildo, Miro Pimenta, os
irmão Chico-Carlito-Eduardo, Cacau,
Mitio ( que meu pai chamava de 21) e
Yoshio, enfim, toda aquela molecada
que nunca mais vai sair da nossas
lembranças. Meu pai também faleceu
em 1990. Não moro mais em Epitácio.
Estou em São Vicente e o blog é uma
forma de manter a memória viva e o
contato com os amigos. Também faz
muito tempo que não vou lá. Dizem
que a cidade está muito bonita (só vi
pelas fotos) e muito diferente da
nossa época. Mesmo assim, como
você, sempre volto, principalmente
nos sonhos noturnos. Vou falar para a
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08/03/2012
EPITÁCIO NA MEMÓRIA: A utopia e a obra de Jan Antonin Bata
estavam nesse cofre, e esse protocolo nunca foi juntado ao processo que o juiz Schreiber
julgou. Novamente aqui o sr. mostra que estava disposto a cometer qualquer
Page 15 of 28
minha mãe sobre vocês e ela vai
lembrar de muita coisas legais.
irregularidade, perjúrio ou até mesmo crime, porque selecionou apenas os documentos que
lhe permitiriam ter uma sentença favorável na ação movida contra Jan Bata,
Um grande abraço e mande notícias
providenciando para que os outros documentos ( inclusive o Protocolo ), aqueles que
dariam razão a Jan, e que hoje temos, todos eles, em nosso poder, permanecessem, como
Dadau
permaneceram, inacessíveis e escondidos atrás da Cortina de Ferro, até o sr. ter toda a
Organização sob V. controle e V. tio esmagado sob o peso das mentiras, das traições, das
falsas acusações e da impotência em continuar a lutar, o que acabou por lhe causar a
morte prematura em 1965. Cabe ressaltar aqui a conveniente coincidência de que o
Protocolo da abertura do cofre de V. pai, elaborado pelo dr. Hugo Foerster, um dos
Aquarelas Ribeirinhas
documentos aos quais V. tio não teve acesso enquanto viveu, e uma das principais provas a
favor dele, estava arquivado, não junto com os demais documentos relativos à morte e
testamento de Tomas Bata, do verdadeiro Tomas Bata, mas sim nos arquivos pessoais do
dr. Hugo Foerster, como nos explicou o dr. Pokluda, diretor do Arquivo de Zlin, quando
estivemos lá, em 1991. A ligação dos fatos é notória: o dr. Hugo Foerster, e não o diretor
do arquivo de Zlin, foi a pessoa que o sr. procurou, conforme consta da sentença do juiz
Schreiber. Foerster era sogro de Ferdinand Mencik, um de V. mais próximos colaboradores
e filho do irmão de V. mãe, Alexandre Mencik, que também foi testemunha chave contra V.
tio Jan – basta somar 2 + 2 e se chega às conclusões corretas; (d) o sr. achou a forma de
obter a cumplicidade dos advogados de confiança de V. tio, do escritório suíço inicialmente
comandado por Wettstein e, após a morte deste, por Jucker, até casando-se com a filha de
Wettstein, a qual lhe trouxe como dote o escritório advocatício, de forma que esses
advogados passassem a trabalhar contra o homem que os encontrou, que os apresentou a V.
pai, o verdadeiro Tomas Bata, contra V. tio Jan Bata, o homem que ajudou a contratá-los,
e, no container do dote estava cuidadosamente acondicionado o golpe da mais vil e
Mangueira em Tibiriçá
desavergonhada traição desses advogados, até então ocupando posição de absoluta
confiança de Jan Bata, os quais o novo casal soube, magistralmente, manipular; (e) o sr.
passou a editar livros e dar falsas declarações sobre a Organização Bata onde,
simplesmente, atropela a história e a verdade dos fatos e exclui o nome de Jan Bata da
fase de maior expansão, crescimento e lucratividade das empresas, dando a entender, de
forma vil e mentirosa, que foi o sr. quem sucedeu V. pai diretamente (o sr. ainda era
menor de idade), nesse processo de verdadeira explosão de desenvolvimento – na ilusão de
que “uma mentira contada insistentemente durante muito tempo, acaba se transformando
em verdade”. Infelizmente para o sr., os fatos e documentos desmentem isso, para V.
vergonha e a de V. familiares e colaboradores.
Nenhum desses colaboradores que, como o sr. traíram os ideais do verdadeiro Tomas Bata,
Ilha da Ponte
apesar de terem sido testemunhas oculares de sua grandeza moral, ética e profissional, e
que, ao permanecerem ao lado de uma pessoa como o sr., nos processos, acompanhando-o
com suas assinaturas em testemunhos falsos e cometendo perjúrio, ajudando-o a forjar
fatos, esconder provas, camuflar a história e perpetrar a maior e mais deplorável de todas
as injustiças contra um homem que tratou o sr. como filho, como homem de confiança e
como o colaborador mais próximo; nenhuma dessas pessoas honrou a memória do antigo
chefe e todos atentaram contra tudo aquilo que o verdadeiro Tomas Bata pregou e
disseminou por toda a Organização e para todos os seus colaboradores.
Nenhum, no entanto, foi pior do que o sr., que traiu a memória de V. próprio pai, o sr. que
o acusou publicamente de cometer um crime de forjar a venda da empresa para V. tio,
mesmo sabendo que essa venda era verdadeiramente a vontade soberana e lúcida do
Figueiral antigo e a Ponte
verdadeiro Tomas Bata. O sr. que, para manter essa acusação, cometeu perjúrio, junto
com aqueles que permaneceram a V. lado nesse inexplicável atentado contra a lei soberana
do país em que o sr. nasceu, permitindo que outros países contestassem, ridicularizassem
e, inexplicavelmente até, anulassem judicialmente a legalidade dos procedimentos
executados na então Tchecoslováquia, mesmo tendo consciência de que o sr. e V. mãe
aceitaram tais procedimentos, assinaram os documentos que permaneceram inalcançáveis,
atrás da Cortina de Ferro do governo comunista e os de seus continuadores, com o qual V.
colaboradores e servidores se acertaram, tornando-os – esses documentos – inatingíveis
para Jan Bata poder se defender e comprovar que tudo o que sempre afirmou nos
julgamentos, era apenas e tão somente a verdade. Mas a verdade, escrita por Jan Bata em
seu leito de morte, veio à superfície, como o óleo sobre a água, e os documentos que o sr.
e v. mãe negaram existirem, existem, estão em nosso poder e ficarão registrados na
história. E o sr., V. esposa e V. descendentes terão que se confrontar com essa verdade e
Figueiral antigo
com esses documentos e, pior, terão que explicar V. atos para as gerações que lhes
seguirão e que hoje, talvez, sejam inocentes de V. atitudes e de V. comportamentos
irresponsáveis. Mas a história fará justiça a Jan Antonin Bata em seu país natal e no resto
do mundo.
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EPITÁCIO NA MEMÓRIA: A utopia e a obra de Jan Antonin Bata
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Nós, que trabalhamos com ele por mais de vinte anos, ao seu lado, que trocamos com ele
mais de oitocentas cartas, muitas delas violadas por V. círculo de assessores, muitas delas
registrando a angústia e a decepção com que ele viu o trabalho da vida de seu irmão, o
verdadeiro Tomas Bata e o seu próprio, serem tomados e deturpados de forma tão baixa e
covarde, que sentimos a intromissão de V. escritório de advogados, atrapalhando, com
declarações falsas, negócios com nossas propriedades em Mato Grosso, estas sem qualquer
vínculo com as questões entre o sr. e Jan Bata, nós sempre nos sentimos honrados de estar
ao lado dele, de sua causa e de sua memória, onde permaneceremos até o fim de nossas
vidas.
Quanto ao sr., mais cedo ou mais tarde, V. vil memória será encaminhada ao lugar que lhe
Estrada para Tibiriçá
cabe por merecimento e direito, a lata de lixo da história, onde se encontram os homens
com h minúsculo, a ranger seus dentes de raiva por sua pequenez ética e moral e a se
arrepender pela eternidade pelo mal que causaram a pessoas ( no plural, porque se trata
de Jan Antonin Bata, V. tio, Marie Batova, V. tia, de V. primos Maria, Ludmila e Jan Tomás
e até de um dos netos de Jan, Jorge Bata Mitrovic, assim como os genros, Ljubisav Mitrovic,
Ljubodrag Arambasic e Joseph Nash ) que morreram sem saborear o gosto do
reconhecimento e do restabelecimento de sua honrada memória junto aos cidadãos, aos
governantes e aos magistrados de sua pátria de origem, bem como os dos demais países
onde o nome Bata é conhecido e, principalmente, os daqueles países onde Jan Bata foi
atacado por V. mãe e pelo sr., da forma mais torpe e vergonhosa, como fica demonstrado
nesta carta aberta. Tudo o que aqui está declarado, o sr. bem sabe, está devidamente
Capela da Colônia Arpad Falva
documentado.
Mas há , também, um fato acontecido logo após a morte de V. tio Jan Bata, quando o sr. e
V. esposa, Sonja, estiveram em Batatuba, na casa da família no Brasil: o sr. há de se
lembrar, como se lembram as duas únicas testemunhas vivas daquele encontro, na sala de
jantar da casa, V. primas, eu, Edita e minha irmã Hana, V. tia Marie, V. prima Ludmila e V.
primo Jan Tomas estavam ainda vivos e presentes e ele se dirigiu ao sr. dizendo “ enquanto
meu pai estava legalmente usufruindo a sua condição de dono e chefe da Organização Bata,
poderia ter liquidado com você quantas vezes quisesse” ( como poderia ter acontecido
quando o sr. tentou desobedecer uma ordem dele para transferir um funcionário do
Canadá, onde o sr. era apenas o gerente, e não o fundador, como vem tentando fazer
crer ), “mas não o fez, porque meu pai era um homem bom, justo e você era filho de seu
Cine Azenha e Cine Bar
irmão, que ele amava e admirava. Porém, quando você se viu no controle, atirou nele pelas
costas, com ambos os canos de sua arma”. V. resposta, em tom de confissão, tentando
justificar o injustificável, foi: “ e o que teria feito você no meu lugar?”. Apenas a justiça
Divina poderá responder a V. pergunta e a V. atos.
Que Deus V. possa perdoar e, se isso for possível, aliviar a V. consciência.
Edita Batova de Oliveira e seu esposo, Cap.Fragata RRm. Nelson Verlangieri d’Oliveira
Nota editorial deste blog:
Encontro dos rios Pardo e Paraná
Atualmente existe na Europa e no país de origem de Jan Antonin Bata o renascimento e o
resgate da memória do empresário que certamente estava muito à frente do seu tempo.
Daí a incompreensão, as perseguições e os fracassos de muitos dos seus projetos. Mesmo
assim, sua obra permaneceu intacta e influente como conceito e referência de inovação e
empreendedorismo. Sua missão de fundar cidades, tal como acreditava, foi amplamente
cumprida, mesmo que elas tenham tomado outros rumos dos projetos originais, pois
existiram, geraram a cultura e a mentalidade progressista em todas as pessoas que alí
nasceram, viveram e buscaram a felicidade. O Porto Tibiriçá e seu povo receberam muito
dessa influência utópica batoviana. Tibiriçá não existe mais, mas sobrevive em nós como
conceito de vida e sonho de um mundo melhor.
Estação da E.F. Sorocabana. Telas
digitalizadas em Corel Draw 12 a
partir das fotos de Mário Porto, Evaldo
Pereira e autores desconhecidos.
Postado por Dalmo Duque dos Santos às 15:02
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08/03/2012
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08/07/2009
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Daltozo e a Boiadeira
Casamentos
Atendendo a uma solicitação nossa, o
escritor e memorialista José Carlos
Daltozo nos enviou precisosas
informações sobre a Estrada
Boiadeira, principalmente o mapa que
atesta o pioneirismo da TibiriçáDiederichsen , futura Companhia de
Viação São Paulo-Mato Grosso. A
imagem extraída do trabalho de
Dióres Abreu foi postada neste blog
como ilustração do texto "O Porto
Tibiriçá e a Estrada Boiadeira" de
Valdery Santos (História de Regente
Feijó).
Daltozo é autor de numerosa obra
histórica , incluindo “ Nos Trilhos da
História”, falando da influência da
ferrovia na formação sócio-econômica
da Alta Sorocabana; e a mais recente,
“Um novo amanhã”, sobre a
imigração japoneses na cidade de
Martinópolis.
[email protected]
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08/03/2012
EPITÁCIO NA MEMÓRIA: A utopia e a obra de Jan Antonin Bata
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Reviro Paraguaio no Japão
O amigo Marcelo enviou este e-mail
do outro lado do mundo, desesperado
para comer um reviro paraguaio:
"Olá Dalmo.
Estava buscando no Google algo sobre
a receita de um prato que tive o
prazer de saborear há cerca de 27
anos e do qual o sabor não me
abandonou a memória. Ora qual foi
minha surpresa ao ver que a página à
qual o mecanismo de busca me
remeteu não era justamente de
alguém que escrevia sobre o lugar no
qual eu vivi esta experiência em
minha infância. Eu falo do reviro
paraguaio, que o meu avô (antigo
cozinheiro de navios) me serviu certa
vez por volta dos anos 80... tinha eu 6
ou 7 anos (não lembro bem).
Tenho parentes em Presidente
Epitácio, com os quais já perdi
contato há anos (familia Lelis), meus
avós, esses já nos deixaram, mas os
sabores e os cheiros daquela época
ficaram para sempre.
Achei incrível seu blog, o interior
paulista tem uma cultura e uma
história riquíssima que, por vezes tem
sido negligenciada.
Abraços de um amigo do outro lado do
mundo.
Marcelo Lelis Tanaka"
E respondemos:
E aí, Marcelo, imagino que o outro
lado do mundo deva ser o Japão. Isso
confirma a nossa tese de que há
epitacianos em todos os lugares e
festas espalhadas pelo planeta. Grato
pelo seu contato e espero que a
receita do reviro possa ser bem
divulgada onde você está. Só não
esqueça de tomar um chazinho!
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08/03/2012
EPITÁCIO NA MEMÓRIA: A utopia e a obra de Jan Antonin Bata
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Abraços, felicidades e mande notícias!
Ladyce West
A poetiza Ladyce West nos enviou este
carinhoso e-mail, extensivo a todos os
leitores do Epitácio na Memória:
"Prezado Dalmo,
Desculpe-me a familiaridade, mas a
internet faz com que nos sintamos
próximos de quem a gente nunca viu.
Hoje, procurando por informações a
respeito da revolução de 1932 em
Buri, por incrível que pareça, acabei
dando com o seu blogue Epitácio na
Memória. E adorei! Gastei mais horas
do que deveria, lendo muitas de suas
postagens, e venho aqui agradecer.
Não sou paulista, sou carioca. Mas sou
uma historiadora da arte e ando junto
com você e muitos outros na internet
tentando dar um pouquinho mais de
visão histórica e cultural do Brasil,
uma coisa que ao que me parece
poucos tem.Vim para lhe dizer: Não
pare. O que você está fazendo é
importante. É necessário. Essencial
mesmo. Voltarei a visitá-lo de quando
em quando. Obrigada pelas ótimas
informações que colhi.
Um abraço,
Ladyce West
Respondemos:
Ladyce, historiadores como nós são
assim mesmo: idealistas e
apaixonados pelo que fazem. Fico
muito contente pela sua visita e mais
ainda pelo grande incentivo. Em 2007
a minha terra (porto Tibiriçá)
comemorou seu centenário e, mesmo
longe, resolvi criar esse blog para
prestar uma homenagem às minhas
raízes. A cidade tem afinidades com o
Rio em vários aspectos: uma delegacia
naval da Marinha, que alimenta o
contato burocrático e social, trazendo
famlías e levando jovens para servir
na corporação. Epitácio é uma das
poucas cidades que possuem escolas
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08/03/2012
EPITÁCIO NA MEMÓRIA: A utopia e a obra de Jan Antonin Bata
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de sambas e carnaval de rua, por
influência desses cariocas que lá se
estabeleceram. Meu avô paterno foi
um deles.
Abraços e volte sempre!
Dalmo
Hernâni Donato, por Fernanda
Magalhães
Em 5 de agosto último tivemos a grata
satisfação de receber este e-mail do
escritor e historiador Hernâni Donato,
fato que certamente nos causou
grande alegria e incentivo ao trabalho
de editar este blog:
“Dalmo Duque:
Fico feliz em saber "quem é
você" (conforme propõe num blog
recente) que me honrou com ampla
presença (até com foto) no "Epitácio
na Memória", trecho "Peabiru..."
Percebo que tem ou consultou o meu
'Sumé e Peabiru". No momento
preparo reedição com muito mais
informes. O lançamento lhe será
comunicado. Por hora, forte abraço e
meus efusivos agradecimentos.
Hernâni Donato”.
E respondemos:
“Salve Hernâni Donato, mestre dos
historiadores paulistas e brasileiros.
Quanta honra receber seus
agradecimentos, quando somos nós
que devemos tanto a você pela sua
linda e inspiradora trajetória
profissional e humana. Nasci no Porto
Tibiriçá e hoje vivo em São Vicente,
dois extremos da expansão paulista, e
não poderia deixar de citar os seus
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08/03/2012
EPITÁCIO NA MEMÓRIA: A utopia e a obra de Jan Antonin Bata
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trabalhos, sobretudo aqueles que
instigam as nossas raízes. Quando
apresento trechos do seu "Peaberu"
aos alunos e alguns professores
vicentinos, fico feliz ao perceber
neles a fisionomia de espanto e
curiosidade. Estamos todos ansiosos
pelas novidades de tema tão
apaixonante. Aguardo suas notícias.
Te abraço com muito carinho e que
Mnemosine e Clio continuem te
inspirando e protegendo!
Dalmo Duque dos Santos
Cenas de Tibiriçá
Clube, cinema e alto-falante
Cedros do Campo
Oficina
Índice do Blog
Anos de ufanismo e temores
Memória de minhas horas divertidas
35 anos
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08/03/2012
EPITÁCIO NA MEMÓRIA: A utopia e a obra de Jan Antonin Bata
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Jorge Amado e o Porto Joaquim
Távora
D. João e a Família Real em Epitácio
A geografia poética de Josinaldo
Não dizemos adeus mas até breve
Prefeito!
Jovens no Ano 2000
Adão Cruz resolveu falar
O legendário Grupo Seda
Noites epitacianas
Compras no Armazém da Bacia
O velho Figueiral em imagens
Adão Cruz
The Jordans em Tibiriçá
O melhor futebol do mundo
A Educação e o Futuro
Como era ser jovem nos anos 70
Tibiriçá e a epopéia paulista. Nada
será como antes.
Trabalhando com a memória.
Essa Gente Paulista.
Curt Nimuendaju em Tibiriçá.
O Pirangueiro e as lendas do rio.
Curt Nimuendaju no Oeste Paulista.
Terra paulista em exposição.
Peabiru, a mais antiga estrada
brasileira.
A Psicologia do "Bandeirante".
A Alta Sorocabana.
Reviro paraguaio com sabor
nordestino.
O olhar de quem vem de fora: Pedro
Fineza e O Trem Festivo
Anos de chumbo em Epitácio.
Pontal: chão, terra e destino.
Capuchinhos em Tibiriçá.
Nossa Senhora dos Navegantes.
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08/03/2012
EPITÁCIO NA MEMÓRIA: A utopia e a obra de Jan Antonin Bata
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Uma ponte sobre o rio Paraná.
Recanto Encantador.
Viajantes antigos do Tietê-Paraná.
A utopia e a obra de Jan Antonin
Bata.
Fundação da Companhia de Viação.
Martim Afonso e a Bacia do Prata.
A Coluna Paulista em Tibiriçá.
O Porto Tibiriçá e a Estrada
Boiadeira.
A Sorocabana e a Ferrovia Paulista.
Pierre Monbeig vai de trem para o
sertão.
Fim dos trilhos, fim do mundo...
Cronologia paulista e epitaciana.
Adolpho Lutz em Tibiriçá.
Os índios chavantes em Tibiriçá.
A Turma de Gentil de Moura.
A Comissão Geológica e Geográfica.
O Blog na Escola - Textos
Interdisciplinares
Este blog foi idealizado para funcionar
como fonte documental de textos e
imagens. Porém, é uma pedra bruta a
ser lapidada em conjunto pelo mestre
e pelos alunos. Sem a experiência
didática do professor e a curiosidade
do aluno ele permanece oculto, não
se revela e não se realiza a
apropriação do conhecimento, muito
menos satisfaz as expectativas de
ensino-aprendizagem.
Como acreditamos que as experiências
docentes são sempre pessoais,
optamos por não indicar fórmulas e
esquemas sobre os conteúdos. Quem
atua na sala de aula ou na orientação
pedagógica sabe muito bem como
fazer a transposição didática dos
temas para as atividades cotidianas. O
que apresentamos aqui é o aspecto
estrutural dos textos , cuja leitura e
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EPITÁCIO NA MEMÓRIA: A utopia e a obra de Jan Antonin Bata
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discussão poderão, talvez, enriquecer
o planejamento das aulas e a
elaboração de projetos
interdisciplinares.
Seja como for, é importante com que
o aluno compreenda porque o blog
tem uma grande diversidade de temas
e tem a aparência editorial de uma
colcha de retalhos culturais, um
almanaque de lembranças, enfim
diversidade. Nele tudo funciona como
pretexto para a elaboração de uma
pesquisa, de uma boa aula e de um
interessante projeto escolar, a
critério e gosto do professor ou da
proposta pedagógica da escola.
O blog “Epitácio na Memória ” é
composto de textos e imagens de uso
multidisciplinar para livre descoberta
e desenvolvimento de inúmeras
habilidades e competências. Está
dividido em quatro partes, a saber:
1. Os textos condutores (Tibiriçá na
Epopéia Paulista; Fim do Mundo, fim
dos trilhos; Chão, terra e destino);
2. Os textos documentais
complementares, que ilustram os
comentários históricos feitos pelo
autor durante a entrevista. Muitos
trechos dela funcionam com
“ganchos” ou pretexto para a
abordagem de diversos assuntos
relacionados com diversas áreas de
conhecimento. Além da leitura textual
propriamente dita, é possível fazer
uma ampla leitura visual dos
capítulos;
3. Um texto contendo uma síntese da
História do Estado de São Paulo;
4. Cronologia dos principais fatos, da
época pré-cabralina até o início do
século XXI;
O texto "Tibiriçá na Epopéia Paulista",
onde o autor faz uma conexão entre
suas memórias e os fatos históricos,
pode ser o ponto de partida das aulas
ou atividades elaboradas para
conhecer seus conteúdos. Pode ser
feita uma leitura completa do texto e
a partir dela iniciar sua exploração:
- O próprio aluno pode fazer uma auto
-entrevista, fazendo para si mesmo
perguntas sobre suas origens, sua
infância, enfim, suas memórias. Esse
formato de texto, embora pareça um
tanto individualista, é capaz de
deslocar o aluno da realidade exterior
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08/03/2012
EPITÁCIO NA MEMÓRIA: A utopia e a obra de Jan Antonin Bata
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superficial e alienante para uma
realidade interior reflexiva,
promovendo as bases do seu
amadurecimento e da conscientização
como ser histórico e cidadão. É o
próprio percurso existênciaconsciência sugerido nos quatro
pilares da Educação - “Conhecer,
Fazer, Conviver e Ser ”.
Algumas dicas para o conhecimento e
auto-conhecimento, que é o principal
objetivo da nossa temática cultural
histórica:
- Durante a leitura enumerar uma
série de questões embutidas no texto,
identificando os assuntos e temas
relacionados com as disciplinas
curriculares;
- Programar a leitura dos textos
complementares, das imagens e das
canções;
- Programar atividades diversificadas:
elaboração da história de vida dos
alunos (cronologia e origens),
elaboração de mapas históricos e
geográficos, concursos de trabalhos,
gincanas culturais, apresentações
artísticas, realização excursões e
trilhas no lugares históricos,
realização de entrevistas, etc.
O blog é um trabalho de história e
memória, porém, está repleto de
informações que podem ser
exploradas, sobretudo nas aulas de
Artes, de Geografia, de Português, de
Ciências e Biologia. Com as ciências
exatas (Matemática Física e Química)
poder ocorrer, por exemplo, um
diálogo interdisciplinar através do
auxílio na elaboração de projetos
onde os cálculos são necessários para
compreender medidas e proporções
numéricas.
Exploração de conceitos por
disciplina:
História: tempos históricos,
permanências e mudanças. Memória e
Mentalidades.
Geografia: urbanização, trabalho e
relações sociais. Ocupação do
território.
Antropologia e Sociologia: identidade
cultural. Aculturação. Identidades
regionais
Língua Portuguesa: clássicos da
literatura nacional e internacional. O
gênero dramático.Redação de textos
narrativos.
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08/03/2012
EPITÁCIO NA MEMÓRIA: A utopia e a obra de Jan Antonin Bata
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Desenvolvimento de competências
História: Compreender os elementos
cognitivos, afetivos, sociais e culturais
que constituem a identidade própria e
a dos outros.
Compreender o desenvolvimento da
sociedade como processo de ocupação
de espaços físicos e as relações da
vida humana com a paisagem, em seus
desdobramentos político-sociais,
culturais, econômicos e humanos.
Construir a identidade pessoal e social
na dimensão histórica, a partir do
reconhecimento do papel do indivíduo
nos processos históricos
simultaneamente como sujeito e como
produto dos mesmos.
Situar as diversas produções da
cultura – as linguagens, as artes, a
filosofia, a religião, as ciências, as
tecnologias e outras manifestações
sociais – nos contextos históricos de
sua constituição e significação.
Antropologia: Compreender a
sociedade, sua gênese e sua
transformação e os múltiplos fatores
que nela intervêm, como produtos da
ação humana; a si mesmo como
agente social; e aos processos sociais
como orientadores da dinâmica dos
diferentes grupos de indivíduos.
Identificar, analisar e comparar os
diferentes discursos sobre a realidade:
as explicações das Ciências Sociais,
amparadas nos vários paradigmas
teóricos, e as do senso comum.
Produzir novos discursos sobre as
diferentes realidades sociais, a partir
das observações e reflexões
realizadas.
Língua Portuguesa: Confrontar
opiniões e pontos de vista sobre as
diferentes linguagens e suas
manifestações específicas.
Compreender e usar a Língua
Portuguesa como língua materna,
geradora de significação e integradora
da organização do mundo e da própria
identidade.
Articular as redes de diferenças e
semelhanças entre a língua oral e a
escrita e seus códigos sociais,
contextuais e linguísticos.
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EPITÁCIO NA MEMÓRIA: A utopia e a obra de Jan Antonin Bata
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Interação interdisciplinar
Artes: Formas de expressão da cultura
caipira. A cultura rústica na arte
brasileira.
Biologia: Impactos ambientais
provocados pela cultura regional
Hábitos alimentares dos integrantes
da cultura regional.
Educação Física: Danças e jogos
baseados em elementos culturais da
região. A música como fenômeno
físico-corporal.
Geografia: Ocupação do território.
Alterações na paisagem característica
da cultura regional.Processo de
urbanização e mudanças culturais
decorrentes.Estrutura fundiária e
política de reforma agrária.
Dalmo Duque dos Santos - Professor
da Rede Estadual de Ensino. Professor
universitário. Mestre em Comunicação
Mediática. Bacharel em História e
Licenciado em Pedagogia.
[email protected]
Arquivo do blog
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► 2008 (14)
▼ 2007 (31)
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Curt Nimuendaju no Oeste
Paulista
Terra Paulista em exposição
Peabiru, a mais antiga estrada
brasileira
A Psicologia do "Bandeirante"
A Alta Sorocabana
Reviro paraguaio com sabor
nordestino
O olhar de quem vem de fora
Anos de chumbo em Epitácio
Chão, terra e destino
Capuchinhos em Tibiriçá
Nossa Senhora dos Navegantes
Uma ponte sobre o rio Paraná
Recanto Encantador
Viajantes antigos do TietêParaná
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08/03/2012
EPITÁCIO NA MEMÓRIA: A utopia e a obra de Jan Antonin Bata
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A utopia e a obra de Jan Antonin
Bata
Fundação da Companhia de
Viação
Martim Afonso e a Bacia do Prata
A Coluna Paulista em Tibiriçá
O Porto Tibiriçá e a Estrada
Boiadeira
A Sorocabana e a Ferrovia
Paulista
Pierre Monbeig vai de trem para
o sertão
Fim dos trilhos, fim do mundo...
Cronologia paulista e epitaciana
Adolpho Lutz em Tibiriçá
Os índios chavantes em Tibiriçá
A Turma de Gentil de Moura
A Comissão Geológica e
Geográfica
Quem sou eu
DAL MO D UQU E D OS
SANTOS
Educador e
historiador, professor
de educação básica e superior.
[email protected]
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