Encomendas da indústria automobilística caíram 25%
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Encomendas da indústria automobilística caíram 25%
Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico e Eletrônico do RS Porto Alegre - Abril de 2014 - Ano 9 - nº 49 Arquivo/JN Encomendas da indústria automobilística caíram 25% P residente Gilberto Porcello Petry mostra preocupação do setor metalmecânico e eletroeletrônico com queda nas encomendas, em conseqüência da situação ruim da economia do País. Só da indústria automotiva, que está com pátios cheios de veículos, em função da diminuição nas vendas, os pedidos caíram 25%. Página 3 Importante programa de formação e treinamento Página 4 www.sinmetal.com.br Prospecção nas áreas de energia, petróleo, gás e construção naval A atual diretoria do Sinmetal, coordenada pelo presidente Gilberto Porcello Petry, está colocando em prática a meta anunciada na posse da atual gestão, ano passado: o fortalecimento dos trabalhos em busca de negócios para as empresas no campo de energia, petróleo, gás e construção naval, pois o Rio Grande do Sul possui um dos maiores parques industriais metalmecânico e eletroeletrônico apto a fornecer máquinas, equipamentos e serviços para este setor que está em desenvolvimento no estado. Além do auxílio às empresas formando mão-de-obra e possibilitando sua participação em feiras e eventos do setor metalmecânico e eletroeletrônico, os dirigentes do sindicato acompanham grandes encontros de negócio, como a recente Feira de Hannover, na Alemanha, a vitrine mais importante do mundo em termos de tecnologia industrial. No País e no estado, estão presentes nos encontros regionais e nacionais que buscam abrir novas oportunidades de trabalho e de negócios. Uma das regiões mais observadas é a Zona Sul do Estado, especialmente Rio Grande e Pelotas, onde está crescendo o pólo naval, com a construção de plataformas para exploração de petróleo, navios e barcaças, atividades que abrem campo para novas encomendas aos fabricantes gaúchos. Petrobras fará novas encomendas ao setor metalmecânico gaúcho Página 6 Duas empresas em crescimento no Estado: Ampla e Grupo Silber Página 5 PALAVRA DO PRESIDENTE Remédios amargos Independentemente de eventuais inclinações ideológicas de cada um, é no mínimo temerável fugir, no atual quadro brasileiro, da constatação de que a política econômica em curso carece de profundos ajustes. Afinal, não há como minimizar a importância de atacar problemas como o descontrole da inflação, o déficit da balança comercial, a acelerada desindustrialização e a persistência do excessivo gasto público, este muitas vezes relacionado com a desenfreada prática de atos de corrupção. Os problemas a resolver estão aí mesmo. O desafio que se coloca é como combatê-los. Fazer agora ou deixar para depois das eleições? A se basear nos analistas mais confiáveis, qualquer que for a opção, o remédio será amargo. Haverá ainda menor crescimento da economia, a oferta de emprego cairá e também os salários, ao mesmo tempo em que forçosamente terá que ser praticado um efetivo realismo nas tarifas de energia e preços dos combustíveis, entre outros serviços. Postergar a decisão significará, apenas, tornar mais amargas as consequências das medidas para sociedade. Aí, é claro, a conta virá – mas muito mais cara! Em tal contexto, fica o alerta: tal conjuntura Gilberto Porcello Petry, exigirá um atento planejamento de Presidente do Sinmetal nossas empresas! Sinmetal e associadas na Feira do Polo Naval D/Sinmetal A 3ª edição da Feira do Polo Naval, realizada em março, na cidade de Rio Grande, contou com a participação do Sinmetal em um estande onde também participaram as empresas associadas Weco, Silber do Brasil, Ampla, Novus, Metrosul e Promaq. O evento foi um sucesso com 22 mil visitantes, em quatro dias, e fechou negócios que podem chegar a US$ 56 milhões nos próximos 12 meses. A feira reuniu empresários, autoridades e visitantes no Centro Integrado de Desenvolvimento e Estudos Costeiros da Universidade Federal do Rio Grande (FURG). A promoção do evento é da Bolsa Continental de Mercadorias, Prefeitura do Rio Grande e FURG. O mercado naval gaúcho tem gerado diversas expectativas pelo Brasil em função do grande número de encomendas que se encontram no Estado e os debates realizados durante os painéis exibiram as expectativas de todos os envolvidos no setor. O Rio Grande do Sul possui três polos de desenvolvimento da indústria naval e mantém ainda um porto marítimo comercial com uma movimentação de mais de 33 milhões de toneladas sendo destaque entre os portos mundiais no setor de grãos. Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico e Eletronônico do Estado do Rio Grande do Sul Rua Arabutan, 841 - CEP 90240-470 - Porto Alegre - RS Fones: (51) 3337.6096/3337.9454/3337.9495 e-mail: [email protected] Diretoria Gestão 2013-2016 Presidente Gilberto Porcello Petry Vice-Presidentes André Meyer da Silva José Adão Haas Luiz Carlos Mandelli Otto Trost Diretor-Secretário José Luiz Bozzetto Diretor-Secretário Adjunto Rodrigo Holler Petry Diretor-Tesoureiro Guilherme Scozziero Neto Diretor-Tesoureiro Adjunto Francisco Adolfo Oderich 2 SINMETAL - ABRIL DE 2014 Diretores Aderbal Fernandes Lima Alceu Paz de Albuquerque André Luiz Backes Cláudio Botton Gilberto Pereira de Moraes Júnior Jader Luis Hilzendeger José Luis Korman Tenenbaum Nelcio Joaquim Pereira Vitor Hugo Mahler Walter Bergamaschi Wolmir Ângelo Girardello Conselho Fiscal - Titulares César Augusto Diehl Vieira Juarez Oliveira da Costa Luís Fernando Costa Estima Conselho Fiscal Suplentes Cássio Rockenbach Jorge Luiz Andres Roni Faé Gomes Delegados Representantes Junto à Fiergs Titulares Gilberto Porcello Petry André Meyer da Silva Suplentes José Luiz Bozzetto Otto Trost Diretor-Executivo José Bernardo Scapini Mais movimentação e menos crescimento Maria Fernanda Santin Economista do Sinmetal E D/Sinmetal m 2013, o Produto Interno Bruto mostrou crescimento de 2,3%, com destaque para a agropecuária (+7,0%). Apesar do investimento ter apresentado alta de 6,3%, a atividade industrial permaneceu em patamares modestos, com expansão de 1,3%. Este resultado decorreu, principalmente, da desaceleração do consumo doméstico. Maria Fernanda Mesmo com a expansão dos salários e do crédito, percebe-se uma exaustão do modelo econômico, diante do aumento do endividamento das famílias e da inflação. O baixo nível de estoques confirma isto, apontando para um menor nível de produção em um cenário de queda no consumo. Soma-se a isto, o baixo dinamismo das exportações industriais, influenciado pelo o cenário externo que continuou pouco favorável. D/Sinmetal Perspectivas não são boas para a produção industrial O s industriais do setor metalmecânico e eletroeletrônico do Rio Grande do Sul estão vendo com preocupação o quadro que está se desenhando no País para a área de produção. No Rio Grande do Sul, dos vários segmentos representados pelo Sinmetal, apenas uma indústria de ferramentas da Pátios estão lotados de carros região do Vale do Rio dos Sinos informou estar bem. As demais, comunicaram estar com queda nos pedidos e no em três turnos, foram obrigadas a diminuir um turno de volume de produção, segundo o presidente do sindicato, trabalho. “O setor parece estar fazendo água”, comentou Gilberto Porcello Petry, que participou de uma reunião, na Petry, depois da reunião, “há sérios prejuízos em companhias Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul, com alguns grandes”. dos principais dirigentes de indústrias associadas. O setor considera um agravante os níveis salariais alcançados A maior diminuição de encomendas veio da indústria pelos trabalhadores nos últimos anos. “São muito elevados e automobilística, reflexo direto da queda na venda de se tornaram um componente da diminuição da automóveis no País. De acordo com informações da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, competitividade da indústria brasileira no exterior”, explicou Gilberto Petry. E acrescentou: “Não conseguimos colocar no final de março, os estoques das montadoras equivaliam a nossos produtos lá fora, porque ficam muito caros no 48 dias de vendas, volume semelhante ao de novembro de 2008, período mais agudo da crise financeira ocorrida há seis mercado, e, em contrapartida, os fabricantes estrangeiros, com menores custos de produção, abarrotam o mercado anos. O tamanho considerado ideal para o estoque é de 23 a interno.” É o chamado fenômeno da desindustrialização. 32 dias. Em consequência, 11 montadoras diminuíram a A concorrência desigual leva ao fechamento de indústrias no produção de veículos e as encomendas de peças. Muitas País, acabando empregos, criando dependência externa e empresas fornecedoras, no Rio Grande do Sul, registraram queda de 25% nos pedidos e algumas, que vinham operando perda de tecnologia. Elogio ao apoio do governo ao produto nacional D e acordo com Gilberto Porcello Petry, o setor viu com bons olhos a edição do decreto federal 8.224, de 3 de abril deste ano, que regulamenta a margem de preferência de bens de capital mecânicos nacionais nas licitações do governo federal. A medida adotada estabelece margem de preferência de até 20% para o produto nacional. “Tudo o que o governo puder comprar aqui é ótimo, pois o importante é manter o emprego dos brasileiros e não apenas comprar de fora, garantindo o emprego lá fora”, disse. O controle da inflação é importante, segundo Petry, mas a manutenção do crescimento econômico também. “Grande parte da população brasileira está endividada, pois melhorou de padrão aquisitivo, nos últimos anos, e aproveitou a oferta de crédito abundante. Precisa manter seus empregos para atender tais compromissos”, disse Petry. 3 SINMETAL - ABRIL DE 2014 Aumento na energia elétrica complicará a situação U ma preocupação suplementar veio no mês de abril com a decisão da distribuidora AES Sul de aumentar a tarifa de energia elétrica. De acordo com a Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul, o aumento atingirá 32,9% das indústrias gaúchas, que receberão nas suas contas um reajuste de 30,29%. “O setor terá os seus custos pressionados por mais esta via, agravando o quadro de perda de competitividade observada nos últimos anos”, alertou o presidente da Fiergs, Heitor José Müller. Os segmentos mais atingidos, por estarem concentrados na área atendida pela AES-Sul, serão Tabaco (que possui 79% dos seus estabelecimentos nessa região); Couro e Calçados (53,7%); Químicos (42,6%); Borracha e Plástico (36,8%); e Têxteis (35,6%). Os gastos com energia elétrica representam 1,5% do custo total e 21,7% dos custos diretos de produção. A área atendida pela AES-Sul concentra 35,3% do valor adicionado bruto da indústria, 33,8% do emprego industrial formal e 32,9% dos estabelecimentos industriais. Programa de formação e treinamento Sinmetal/D C om o objetivo de incentivar a qualificação das equipes nas empresas dos setores metal-mecânico e eletroeletrônico, o Sinmetal desenvolve o Programa de Formação e Capacitação. Direcionado aos profissionais das áreas de Gestão, Recursos Humanos e Relações Trabalhistas, o Programa oferece mensalmente temas que são os mais procurados pelas empresas filiadas ao sindicato. Os instrutores são Iara Tapia de Souza, da CH3 Desenvolvimento Humano, e Izídio Corte, da CLM Recursos Humanos. Para as empresas filiadas, é proporcionado 50% de desconto nas inscrições. Informações podem ser obtidas pelo [email protected] ou pelo fone (51)3337.9454. O cronograma completo do Programa de Formação e Capacitação e as inscrições estão disponíveis no site do Sinmetal. Cronograma de cursos ABRIL - Como Elaborar um PPL/PPR - 14/04 - Izídio Corti MAIO - Desenvolvimento de Líderes Operacionais/ Líderes de Fábrica - 15 e 16/05 - Iara Souza JULHO - Rotinas de Pessoal I – Cálculos Rescisórios - 16 e 17/07 - Izídio Corti AGOSTO - Desenvolvimento de Novos Líderes/ Gestão 21 e 22/08 – Iara Souza SETEMBRO - Rotinas de Pessoal II/Aspectos Relevantes da Jornada de Trabalho - 11/09 - Izídio Corti OUTUBRO - Desenvolvimento de Analista de Treinamento e Desenvolvimento - 23 e 24/10 - Iara Souza NOVEMBRO - Desenvolvimento de Líderes Operacionais/ Líderes de Fábrica - 06 e 07/11 - Iara Souza Participantes do Programa de Formação e Capacitação Começam as discussões das convenções coletivas A s convenções coletivas de trabalho, os acordos que todos os anos são realizados entre as entidades patronais e as dos trabalhadores, determinando salários e benefícios, já estão começando a ser preparadas pelo Sinmetal. O sindicato tem sua base territorial em todo o Estado do Rio Grande do Sul com exceção das localidades onde existem sindicatos patronais, como Bento Gonçalves, Pelotas, Caxias do Sul, São Leopoldo, Cachoeira do Sul, Ijuí, Santa Rosa, Santa Maria e Canoas, todos coirmãos que se desmembraram posteriormente. A convenção que representa o maior número de trabalhadores é a de Gravataí, cuja data base é 1 de setembro. Neste momento, está sendo discutido o dissídio dos trabalhadores da GM, cuja data base é 1 de abril, mas não é da alçada do Sinmetal. Consumo de aço foi recorde no RS Sinmetal/D O s embarques de aços planos efetuados pelas usinas siderúrgicas nacionais para o mercado gaúcho atingiram a 1.500.935 toneladas em 2013, num crescimento de 15,2% na comparação com o ano de 2012, quando totalizaram a 1.302.883 toneladas. A informação foi prestada pelo presidente da Associação do Aço do Rio Grande do Sul, José Antonio Fernandes Martins. O incremento nos embarques ocorrido em 2013 deveu-se, segundo o dirigente, ao bom desempenho dos fabricantes gaúchos de máquinas e implementos agrícolas, que compensou a redução do nível de atividade de outros segmentos industriais afetados pela crise financeira da região do euro e pela consequente queda das exportações. O recorde histórico anterior dos embarques de aços planos destinados ao RS pelas usinas siderúrgicas nacionais foi registrado em 2008, quando atingiram a 1.389.747 toneladas. Mas o cenário da indústria siderúrgica, tanto mundial quanto nacional, continua ruim, segundo André Johannpeter, presidente do Grupo Gerdau, em palestra no Sinduscon-RS, dia 24 de março. 4 SINMETAL - ABRIL DE 2014 Há excesso de capacidade de produção, que supera em 600 milhões de toneladas a demanda. No Brasil, as usinas operam com 72% de sua capacidade, quando o ideal seria 85%. O problema é agravado pelo elevado Custo Brasil e o câmbio desfavorável, que gera a desindustrialização, fazendo com que a importação de aço Aço na Gerdau sob a forma de matéria-prima e de produtos acabados atinja a 9 milhões de toneladas/ano, representando praticamente um terço do consumo interno de 27 milhões de toneladas anuais. O baixo crescimento do PIB brasileiro também tem sua responsabilidade no desempenho modesto do setor. Mesmo assim, Gerdau espera um crescimento de 5% na produção e 4% no consumo, em 2014. Ampla procura parceiros e quer novos mercados Sinmetal/D A Ampla Indústria Metalúrgica Ltda foi fundada em 1979 em Erebango/RS e fabricava basicamente esquadrias metálicas. Em 2005 foi transferida para a cidade de Getúlio Vargas, onde até hoje funciona, nos pavilhões da antiga cervejaria Serramalte, em área de 84 mil m². Hoje a empresa possui knowhow para a fabricação de equipamentos e automação que atende os segmentos de óleo vegetal, biodisel, ração, erva-mate e moagem (esta última incluindo todos os sistemas de mistura para fábrica de massas), bem como presta serviços de calderaria, montagens mecânicas e elétricas para qualquer outro tipo de segmento. A empresa procura sempre estar atenta ao mercado investindo na melhoria de seus processos produtivos e no conhecimento de seus colaboradores, garantem os diretores Darci Anzolin (Diretor Industrial), Flávia Anzolin Petry (Diretora Administrativa) e Jorge Bertuol (Diretor de Engenharia). Os investimentos em treinamento são constantes para todas as áreas da empresa (administrativo, produção, contábil) bem como em seu processo fabril. Novos sistemas no desenvolvimento de engenharia e projeto recentemente implementados, permitiram uma melhor integração com a produção, proporcionando uma maior agilidade no desenvolvimento de projetos e comunicação com estruturas A indústria fica em Getúlio Vargas de engenharia para a fábrica. Os processos de pintura, também foram recentemente adequados, com a instalação de estufas de secagem e linha de jateamento com o intuito de atender os requisitos de pintura de grau marítimo, a fim de obter homologação de empresas terceiras, aumentar a qualidade do produto e oferecer um novo tipo de serviço. Para o futuro, a Ampla busca parcerias para atender outros segmentos. No final de 2013, firmou parceria com a empresa alemã Reinartz para a fabricação de prensas de extração de óleos vegetais. A intenção é encontrar novos parceiros para poder atender os mais variados tipos de mercado, fornecendo equipamentos de qualquer dimensão com a melhor qualidade possível. Grupo Silber vai construir nova unidade de produção Sinmetal/D O Grupo Silber, fundado em 01/09/2007, é constituído pela Silber do Brasil Máquinas e a Silber Aços, localizadas na Rodovia RS-118 km 16, em Gravataí. A Silber Aços é prestadora de serviços de corte plasma e oxicorte. Dirigidas por Edson Geovane da Silveira e Juliano Bervig, o grupo tem entre seus principais produtos a Silber Cutter Pipe (máquina de corte plasma e oxicorte ), a Silber Cutter Hybrid (máquina de corte plasma oxicorte em chapas e tubos) e a Silber Cutter Blanck (máquina de corte plasma e oxicorte em chapas). É uma empresa que faz investimentos constantes em novas tecnologias para serem aplicadas nas máquinas. A empresa adquiriu uma área de 2 hectares no Distrito Industrial de Alvorada para construir sua Equipe da Silber. Na direita, Edson Geovane da Silveira e Juliano Bervig nova sede, que terá cerca de 3.000 metros quadrados de área construída para a área de produção e os escritórios. O início das obras está previsto para 2014. burocracia para obter e liberar financiamentos nas instituições O mercado é crescente e exige mais investimentos, mas, como financeiras. Cerca de 80% dos investimentos são feitos através as demais companhias brasileiras, o Grupo Silber enfrenta a do Finame e do Cartão BNDES. 5 SINMETAL - ABRIL DE 2014 Pronto o primeiro casco de oito novas plataformas de petróleo Petrobras/D/Sinmetal O setor metalmecânico de alto padrão que atua na construção de plataformas para a Petrobras, em Rio Grande, concluiu mais um importante trabalho. Dia 5 de abril, foi feita a desdocagem do casco da P-66 do dique seco do Estaleiro Rio Grande - 1 (ERG-1). A operação é considerada um marco para a companhia brasileira de petróleo por se tratar do primeiro casco replicante da série de oito plataformas, que estão em construção para atender ao pré-sal da Bacia de Santos. As atividades começaram em 28 de março com o alagamento parcial do dique seco e posterior lastreamento e inspeção do casco. O enchimento do dique foi retomado no dia 4 de abril, quando as condições climáticas se apresentaram adequadas, até atingir os cerca de 14 metros de profundidade necessários à abertura da porta-batel (comporta). Com essas etapas concluídas, a porta-batel foi retirada e a unidade de produção seguiu, com o apoio de quatro rebocadores, para o cais Sul do ERG-1, onde ficará atracada para a conclusão dos trabalhos. Com a saída da P-66, foram deslocados para o dique-seco os megablocos (parte do casco formada por vários blocos) 1 e 2 da P-67, outra plataforma da série replicante, atracados temporariamente no Estaleiro Honório Bicalho, também em Rio Grande. Após a finalização da docagem dos megablocos será executado o fechamento da porta-batel, o esvaziamento do dique, o posicionamento dos megablocos e limpeza geral. No dique, as estruturas serão integradas ao megabloco 3 e receberão outros equipamentos e módulos, até que o casco seja completamente montado. O megabloco 3 será içado, em partes, da área de pré-edificação do ERG-1, onde está localizado, para o dique-seco, com o uso pórtico de 2 mil toneladas. A P-66 deixando a doca onde foi montada Cada um dos cascos, da P-66 e da P-67, possui 288 metros de comprimento, 54 metros de largura (boca) e 31,5 metros de altura. As plataformas são do tipo FPSO (Unidade Flutuante de Produção, Armazenamento e Transferência de Petróleo e Gás) e terão capacidade de processamento de 150 mil barris de óleo dia e de 6 milhões de metros cúbicos de gás dia. Além disso, contam com estrutura capaz de estocar 1,6 milhões de barris de óleo e atuarão em profundidade d´água de 2,2 mil metros. Ambas as plataformas se destinam ao campo de Lula, operado pela Petrobras (65%) em parceria com a BG E&P Brasil Ltda (25%) e a Petrogal Brasil S.A. (10%). Mesmo em crise, Petrobras promete muito trabalho A pesar dos problemas econômicos – prejuízos e desvalorização de ações – e políticos – negócios mal feitos que geraram investigações de Comissões Parlamentares de Inquérito e de órgãos federais – a Petrobras não pode parar e continua investindo em equipamento e na extração de petróleo. Em 2014, colocará em operação, pelo menos, três novas unidades estacionárias – P-58, P-61 e P-62 – e, até 2017, 25 plataformas entrarão em produção e 38 novas unidades vão passar a produzir petróleo e gás até 2020. Segundo o diretor de Exploração e Produção, José Formigli, pouquíssimas empresas no mundo têm essa demanda por Supervisão: Todt Comunicação Projeto gráfico: Alessandra Mazzei 6 SINMETAL - ABRIL DE 2014 novas unidades. “Isso é porque elas não têm o portfólio que temos”, compara o diretor, destacando o índice de sucesso exploratório de 100% no pré-sal. Em 2016, a previsão é que a produção alcance 2,5 milhões de barris de petróleo por dia (bpd), em 2017, o volume subirá para 2,75 milhões e, em 2020, para 4,2 milhões. A produção em barris de óleo equivalente (petróleo e gás) atingirá 3 milhões em 2016, 3,4 milhões em 2017 e 5,2 milhões em 2020. O pré-sal terá parcela crescente nesse aumento de produção. A marca de 1 milhão de bpd no présal será superada em 2017, quando responderá por 42% da produção, e atingirá 2,1 milhões de bpd em 2020. EXPEDIENTE Edição: Mazzei Editora Ltda Impressão: Comunicação Impressa Prevenção da exposição a fumos de solda Sinmetal/D A tento na defesa das empresas que representa, o Sinmetal promoveu uma reunião técnica para ajudar a esclarecer os empresários sobre a exigência de instalação de sistema de ventilação exaustora (SVLE) em atividades de soldagem pela Superintendência do Trabalho e Emprego do Rio Grande do Sul. Assim, no dia 19 de fevereiro, o engenheiro João Baptista Beck Pinto fez uma importante palestra no sindicato, com exemplos sobre prevenção da exposição a fumos de solda e os fundamentos da notificação do Ministério do Trabalho e Emprego. A notificação, cujos prazos o Sinmetal, atuando em conjunto com o Contrab/Fiergs conseguiu dilatação do prazo, conforme nota mais adiante, visa a instalação de sistema de ventilação local exaustora em atividades de soldagem. Assinada em 23 de dezembro de 2013, a notificação dava 60 dias para as empresas cumprirem a norma. O palestrante mostrou quais os perigos da exposição, o que precisa ser feito para evitá-los e quais os sistemas e equipamentos existentes para evitar danos à saúde do trabalhador. Falou sobre os diferentes agentes em cada tipo de solda e de metais e quais as medidas que as empresas devem adotar para proteger os trabalhadores e cumprirem as disposições legais. Sinmetal Serviços Telefone: (51) 3337-9495 Horários de atendimento: Secretaria Segunda a sexta, das 8h30 às 12h e das 13h30 às 18h30. Telefone (51) 3337-9495 Jurídico Trabalhista No escritório – Dr. Edson Garcez Dr. Carlos Comerlato Diariamente, das 8h às 9h15. Fone (51) 3590-3655 No sindicato: Segundas-feiras: 16h30 às 18h Sextas-feiras: 10h30 às 12h Jurídico Civil e Comercial Dra. Ana Cristina Tesser Terças-feiras, das 14h30 às 16h Jurídico, Tributário e Societário No escritório: Dr. Cláudio Xavier Diariamente, fone (51) 2125-4444 No sindicato: Quartas-feiras, 14h às 16h Assessoria em Gestão Ambiental Dr. Ricardo Barbosa Alfonsin, Carlos A.M. do Nascimento, Telefone: (51) 3346-5758 7 SINMETAL - ABRIL DE 2014 Engenheiro João Baptista Beck Pinto na palestra sobre solda Ministério ampliou prazo para 120 dias A Superintendência Regional do Trabalho e Emprego – SRTE/RS, ampliou para 120 dias o prazo concedido às indústrias do Estado para a instalação de sistemas de ventilação local exaustora em atividades de soldagem. A providência foi adotada pelo titular da SRTE/RS, Flávio Zacher, em atendimento a pleito formulado junto à Fiergs por vários sindicatos industriais, entre os quais o Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico e Eletrônico do Rio Grande do Sul (Sinmetal). A justificativa para a prorrogação do prazo é a necessidade de período maior de tempo para que as empresas possam cumprir a exigência legal, incluindo análise de cada situação específica, planejamento das providências e eventual necessidade de realização de investimentos para a sua concretização. Formação de soldadores para atender às indústrias O Sinmetal está dando início ao desenvolvimento de um programa que visa a formação e o treinamento de soldadores para atender às necessidades dessa mão de obra especializada das empresas da sua base territorial, que totaliza 412 municípios gaúchos. O presidente da entidade, Gilberto Porcello Petry, explicou que a iniciativa passou a merecer prioridade do sindicato em vista da crescente demanda de soldadores para atuar em indústrias metalmecânicas e eletroeletrônicas que são fornecedoras do Polo Naval de Rio Grande e Charqueadas, em vista dos fortes investimentos programados para a exploração do Pré-Sal, além de encomendas feitas pelas refinarias da Petrobras e para os segmentos de caldeiraria e mecânica de manutenção industrial, entre vários outros. O projeto em análise deverá contemplar parceria com o Senai-RS e a utilização de knowhow avançado da área de soldagem de países como a Alemanha e os Estados Unidos, por exemplo, com início de operação já a partir de 2014. “A soldagem é uma atividade crítica nas diversas etapas do processo produtivo nas indústrias do setor e a qualificação de profissionais passa a ser questão decisiva para assegurar a sua competitividade”, conclui o presidente do Sinmetal. Condomínio para empresas do Setorial Metal Mecânico do Vale do Gravataí O Setorial Metal Mecânico do Vale do Gravataí (Semmegra) foi criado, em 2002, pelo então Projeto Empreendedor do Sebrae-RS, para oferecer a seus associados apoio para a gestão, capacitação e, principalmente, oportunizar um ambiente de troca de informações. Cresceu, evoluiu e, hoje, com 15 empresas associadas, consolida-se por desenvolver ações permanentes que oferecem grande potencial competitivo para as empresas, que prestam serviços e fabricam produtos de forma integrada, garantindo uma solução rentável para a cadeia de suprimentos industriais. A mais nova e importante ação do Semmegra é a aquisição de um terreno para a construção do Condomínio Alvorada que vai sediar uma série de empresas de pequeno e médio porte de forma que possam exercer de maneira ainda mais produtiva a integração, segundo informação de Rodrigo Kayser Schwertner, gestor executivo da organização, que ressalta a missão do Semmegra: “Desenvolver e fortalecer as empresas associadas por meio de ações de gestão, tecnologia, mercado, segurança, meio-ambiente, saúde e responsabilidade social". Em processo contínuo de qualificação e aperfeiçoamento, as empresas associadas realizam em conjunto todas as suas necessidades de capacitação por meio de seus maiores parceiros, Acigra e Sebrae-RS. Por mais de dez anos, o grupo vem oportunizando às empresas seu desenvolvimento por meio da obtenção das certificações ISO 9001-2008, ISO 1400-2004 entre outras ações. Realiza suas reuniões quinzenais na sede da Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Gravataí. Sinmetal representado na Feira de Hannover Sinmetal/D O Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico e Eletrônico do Rio Grande do Sul esteve presente, de 7 a 11 de abril, na Feira Industrial de Hannover, na Alemanha. A entidade foi representada pelo seu presidente, Gilberto Porcello Petry (Weco S.A., de Porto Alegre), pelo vicepresidente André Meyer da Silva (Máquinas Condor S.A., de Porto Alegre) e pelos diretores Otto Trost (Tromink Ltda., de Panambi) e Guilherme Scozziero Neto (da L' Aqua D'Oro Ltda., de Gravataí). A Feira de Hannover destaca-se por ser considerada a feira mais importante do mundo em termos de tecnologia industrial, propiciando uma visão completa das novas tendências e de suas aplicações, com forte ênfase na inovação e na indústria integrada. Esta é a 15ª edição da Feira que conta com a participação do Sinmetal. Kurt Ziegler (Fiergs), Otto Trost, Gilberto Porcello Petry, André Meyer da Silva, Guilherme Scozziero Neto e Angelo Scomazzon em Hannover Eleição na Fiergs será dia 20 E Dudu Leal/Fiergs/D stá marcada para o dia 20 de maio a eleição do presidente e diretoria da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul. O colégio eleitoral da entidade possui 115 sindicatos industriais filiados. O atual presidente, Heitor José Müller, lidera chapa única com vistas à gestão 2014-2017. A chapa da diretoria inclui seis vice-presidentes, 38 integrantes e seis conselheiros-fiscais. O pedido de registro da chapa foi feito, dia 20 de março, ao diretorsecretário da Fiergs, Gilberto Ribeiro, pelo industrial Carlos Alexandre Geyer. O ato, com a presença de Heitor José Müller, também contou com as presenças dos industriais Cezar Luiz Müller, Humberto Busnello e Gilberto Busnello, Müller, Ribeiro, Geyer, Petry e Cezar Porcello Petry, presidente do Sinmetal e vice-presidente da Fiergs. 8 SINMETAL - ABRIL DE 2014