a terceira edição, desta vez no mês de Abril

Transcrição

a terceira edição, desta vez no mês de Abril
© Jose Alfredo
2
TRÊS DEDOS ABAIXO DO JOELHO 31.01.2013
© MarianaSilva
2015
TAGV MÊS
DA DANÇA
16 / 22 / 29 / Abril
Desde a temporada 2011-12, o Teatro Académico de Gil Vicente (TAGV)
vem conferindo um amplo espaço à à dança contemporânea portuguesa
e internacional. Para além do dia mundial da dança, assinalado todos os
anos, a programação regular de dança incluiu, nestas últimas três temporadas,
coreógrafos como Rui Horta, Cláudia Dias, Wim Vandekeybus, Constanza
Macras, Filipa Francisco, Francisco Camacho, Olga Roriz (com a CNB),
Leonor Barata, Clara Andermatt (com a Companhia Maior), entre outros. O
Ciclo Mês da Dança condensa, no espaço de um mês, a apresentação de
espetáculos de referência nacional, com assinaturas artísticas distintas,
permitindo ao público de Coimbra contacto com a criatividade da dança
contemporânea portuguesa.
As edições anteriores do Mês da Dança, acolheram as obras Europa
Naquele Lugar de Miguel Moreira e Romeu Runa, Alibantes de Romulus
Neagu, e Um Gesto que Não Passa de uma Ameaça da dupla Sofia Dias
e Vítor Roriz, e ainda Landing de Né Barros, Hoje de Tiago Guedes ou
ainda Eternuridades de Amélia Bentes. Constituindo-se já como uma
marca na cidade, a terceira edição, desta vez no mês de Abril, traz ao
TAGV coreógrafos de referência, com os últimos trabalhos de Rui Horta,
Hierarquia das Nuvens, um regresso do coreógrafo à “dança pura”;
Miguel Moreira com o seu novo projeto Pântano, que reúne intérpretes
de excelência numa proposta onde convivem corpos monstruosos e
santificados; e ainda a última criação de Paulo Ribeiro Sem um tu, não pode
haver um eu, um solo interpretado pelo próprio e inspirado no universo
do cineasta Ingmar Bergman, num gesto autobiográfico, espetáculo que
assinala igualmente o dia Mundial da Dança.
3
© MarianaSilva
4
Rui Horta Começou a dançar aos 17 anos nos
cursos de bailado do Ballet Gulbenkian. Viveu
vários anos em Nova Iorque, onde completou a sua
formação e desenvolveu o seu percurso de intérprete
e professor. Em 84 regressou a Lisboa onde continua
a sua atividade pedagógica e artística. Nos anos
90 viveu na Alemanha onde dirigiu o Soap Dance
Theatre Frankfurt, sendo o seu trabalho considerado
uma referência na dança europeia e apresentado nos
mais importantes teatros e festivais em todo o Mundo.
Em 2000 regressou a Portugal e fundou O Espaço
do Tempo, um centro multidisciplinar de residência e
experimentação artística. Para além do seu trabalho de
criador independente, criou, como artista convidado,
um vasto repertório para companhias como: Culberg
Ballet; Ballet Gulbenkian; Grand Ballet de l’Opera de
Genéve; Ópera de Marselha; Netherlands Dance
Theatre; Ópera de Gotemburgo; Companhia Nacional
de Bailado; Random Dance, Carte Blanche, entre
outros. Recebeu importantes prémios e distinções:
Grand Prix de Bagnolet; Bonnie Bird Award; Deutsche
Produzent Preis; Prémio Acarte; Prémio Almada; Grau
de Oficial da Ordem do Infante; Grau de Chevalier
de l’Ordre des Arts et des Lettres. A sua criação
coreográfica dos anos 90 foi classificada como
Herança da Dança Alemã. Nas artes performativas
o seu trabalho de encenador estende-se o teatro, à
ópera e à música experimental, sendo igualmente
desenhador de luzes e investigador multimédia,
universo que utiliza frequentemente nas suas obras.
HIERARQUIA
DAS NUVENS
DE RUI HORTA
16 Abril QUI 21H30
17ª SEMANA CULTURAL - 725 ANOS DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA
Espaço habitado, negociado por sete corpos, visto não apenas
como território, mas sobretudo como um lugar imaginário, que os
atrai, quebrando fronteiras e limites. Espaço que só faz sentido se for
habitado por esses corpos e escarificado pelo seu movimento. Uma
gestualidade que abre a porta de um espaço transformado em lugar
pela linguagem coreográfica. Uma pergunta paira sobre a obra: porque
queremos estar sempre em outro lugar? A que hierarquia obedecemos
nos momentos de escolher? E no entanto a resposta, apesar de
minuciosa como uma partitura, escapa à narrativa e é habitada por
uma poética que transcende a compreensão: o território mais puro da
dança. Chamei-lhe Hierarquia das Nuvens. Rui Horta
Direção, desenho de luzes, espaço cénico Rui Horta
Coreografia (em colaboração com os intérpretes) Rui Horta
Interpretação Filipa Peraltinha, André Cabral, Teresa Alves da Silva, Luís Marrafa,
Sylvia Rijmer, Phil Sanger, Silvia Bertoncelli
Coordenação musical Rui Lima e Sérgio Martins
Música Miguel Lucas Mendes, Rui Lima e Sérgio Martins, Vitor Joaquim, Minamo,
Ryuichi Sakamoto + Alva Noto
Figurinos Rui Horta e intérpretes
Produção executiva Susana Picanço
Direção técnica Tiago Coelho
Técnico de som Manuel Chambel
Difusão Magda Bizarro e Rita Mendes
Coprodução Centro Cultural Vila Flor (PT), Hellerau / Europäisches Zentrum der
Künste (DE), Culturgest (PT)
Residências artísticas O Espaço do Tempo (Montemor-o-Novo), Cine Teatro Curvo
Semedo (Montemor-o-Novo)
Organização Reitoria da Universidade de Coimbra, TAGV
5
© Leonor Fonseca
6
Miguel Moreira Fundador e diretor do Útero,
estreou-se na encenação em 1997 no Teatro O Grupo.
Trabalhou no coletivo Olho, no Teatro O Bando e com,
entre outros, João Brites, João Garcia Miguel, Paulo
Castro, Demarcy Mota, Carlos Afonso Pereira, Ana
Nave, Tiago Rodrigues, Teatro Praga, Joaquim Benite,
Vera Mantero, Olga Roriz, Rui Horta, Ana Borralho e
João Galante. Colaborou com a Orchestrutopica e com
Pedro Carneiro. Trabalhou em cinema e em televisão.
As suas criações recentes assumem definitivamente
o lugar do corpo e da coreografia. Tem desenvolvido
a sua pesquisa em colaboração com os bailarinos
Romeu Runa, Catarina Félix e Sandra Rosado. Criou
com Romeu Runa The Old King, que teve presença na
Programação Oficial do Festival de Avignon.
PÂNTANO
DE MIGUEL MOREIRA
22 Abril QUA 21H30
17ª SEMANA CULTURAL - 725 ANOS DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA
Os peregrinos são pessoas que resolvem fazer uma profunda reflexão
sobre si mesmos em movimento.
Há uma postura de solidão e sacrifício, numa procura de um pensamento
para o homem de hoje.
São espaços criados pelo peregrino em movimento.
“Espaços limite, neutros, onde as normas e os preceitos se diluem na
fronteira entre a vida civilizada e o mundo selvagem…”
(In prefácio Cais Oeste de Bernard-Marie Koltès by Ernesto Sampaio)
Constrói-se a possibilidade de um encontro entre estas pessoas em movimento/
peregrinas e estas pessoas constroem um pensamento solidário e coletivo.
“E agora? Por onde? Como? Meu Deus! Por aqui?”
(In Cais Oeste de Bernard-Marie Koltès)
Miguel Moreira
Direção Miguel Moreira
Intérpretes/Cocriadores Alan Falieri, Catarina Félix, Francisco Camacho, Romeu Runa
Música Bentes - Projecto SHHHH, Carlos Zíngaro
Luz João Garcia Miguel/Jorge Rosado
Fotografia Helena Gonçalves
Produção Útero em coprodução CCVF, Culturgest, Lecentquatre, TN São João
Teatros associados Centro Cultural de Ílhavo, Cine-Teatro Avenida, Teatro Académico
de Gil Vicente, Theatro Circo Braga
Residência artística CCVF, Centro Cultural de Ílhavo, Eira, Le Cent Quatre
O Útero está integrado no projecto Guimarães 2012-2016 e é uma estrutura financiada
pelo Governo de Portugal – Secretário de Estado da Cultura/ DGArtes
Organização Reitoria da Universidade de Coimbra, TAGV
7
8
ETERNURIDADE 06.02.2014 © Filipe Dores
2015
DIA MUNDIAL
DA DANÇA
29 Abril QUA 21H30
© Jose Alfredo
10
Em Sem um tu não pode haver um eu, Paulo
Ribeiro não só regressa ao palco, como o faz
sozinho, apenas com Ingmar Bergman, para talvez
construir uma coreografia feita de várias felicidades.
Mergulha nas “verdadeiras palavras, aquelas que
transportam a vida, as que estão cheias de sentidos,
as que Ingmar Bergman filmou acompanhadas de
horas, fantasticamente longas, de vida vital”. “É com
estas palavras e as suas músicas que eu gostaria de
voltar a dançar e talvez, desta vez sim, dançar pela
última vez…”, escreve o coreógrafo.
Em 33 anos de carreira, Paulo Ribeiro dançou o
seu primeiro e único solo, Modo de Utilização, em
1991, na Bienal Universitária de Coimbra (BUC). Em
2006, depois de ter dançado, precisamente, Malgré
Nous, Nous Étions Là anunciou que não voltaria ao
palco como intérprete, mas em JIM percebeu-se
que a quebra desse voto estaria iminente e assim é.
Sem um tu não pode haver um eu começa sob a
luz de Lanterna Mágica, a autobiografia de Ingmar
Bergman, cineasta que inspirou, aliás, este solo
criado e interpretado por Paulo Ribeiro. “Bergman
cruza-se comigo num momento em que considero
que temos de nos debruçar sobre a nossa felicidade,
tenha ela os contornos que tiver. Apesar de nos
tentarem abafar com números e realidades que não
são as nossas, a condição humana tem de vingar”,
aponta o coreógrafo que regressa agora ao palco,
depois do espectáculo JIM.
Nesta coreografia, que torna inesquecível o tema
“Insensatez”, de Robert Wyatt, há a dança de um
coração em carne viva. Um eu que quer conjugar
a segunda pessoa do singular, como quem diz
“sou tu, também tu”, mais do que “sou teu”. Há
mais entrega que posse. Entre gestos lentos e
límpidos, passos periclitantes e desmoronadiços,
e movimentos sísmicos, Paulo Ribeiro desenha um
mapa afectivo. O coreógrafo transforma-se num
sismógrafo de tremores emocionais. Nesta peça,
há amor, ódio, solidão, angústia, dilemas conjugais,
luta interior, desmoronamento, mãos e mãos. E há
convulsão. Um corpo, que de tão vivo, joga xadrez
com a morte. No final, uma catarse que ilumina. O
choro que irrompe, como orvalho ao amanhecer.
SEM UM TU NÃO
PODE HAVER UM EU
DE PAULO RIBEIRO
29 Abril QUA 21H30
17ª SEMANA CULTURAL - 725 ANOS DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA
Nesta coreografia, que torna inesquecível o tema Insensatez, de Robert
Wyatt, há a dança de um coração em carne viva. Um eu que quer conjugar
a segunda pessoa do singular, como quem diz “sou tu, também tu”, mais
do que “sou teu”. Há mais entrega que posse. Entre gestos lentos e
límpidos, passos periclitantes e desmoronadiços, e movimentos sísmicos,
Paulo Ribeiro desenha um mapa afetivo. O coreógrafo transforma-se
num sismógrafo de tremores emocionais. Nesta peça, há amor, ódio,
solidão, angústia, dilemas conjugais, luta interior, desmoronamento,
mãos e mãos. E há convulsão. Um corpo, que de tão vivo, joga xadrez
com a morte. No final, uma catarse que ilumina. O choro que irrompe,
como orvalho ao amanhecer.
Coreografia e interpretação Paulo Ribeiro
Música Robert Wyatt / Cuckooland: Insensitive, Franz Koglemann / O Moon
My Pin-Up: Third Movement, Distinctions - IX, Bach / Cello Suites [Pablo Casals]:
Cello Suite #5 In C Minor, BWV 1011 - Prélude e Courante, Magnus Lindberg / Ictus
Clarinet Quintet: Related Rocks
Figurino José António Tenente
Desenho de luz Nuno Meira
Coprodução Fundação Centro Cultural de Belém, CCVF, Teatro Nacional São João
Organização Reitoria da Universidade de Coimbra, TAGV
11
12
© João Garcia Miguel
TAGV
DIRETOR
Fernando Matos de Oliveira
DIRETOR ADJUNTO
Mickael de Oliveira
ADMINISTRAÇÃO
António Patrício
COMUNICAÇÃO E IMAGEM
Marisa Santos, Pedro Góis (Produção Gráfica PIMC/UC), Diogo Pereira
(Produção Vídeo) e Bárbara Fangueiro (Assistente de Comunicação)
PRODUÇÃO
Elisabete Cardoso, Cláudia Morais (Assistente de Produção)
e Samanta Almeida (Assistente de Produção)
EQUIPA TÉCNICA
Celestino Gomes (Luz), João Pedro Silva (Projecção e Maquinaria de Cena),
João Silva (Projecção e Maquinaria de Cena), José Balsinha (Audiovisual),
Laurindo Fonseca (Carpintaria Cénica), Manuel Alão (Audiovisual),
Mário Henriques (Som) e Rui Ventura (Auxiliar Técnico)
BILHETEIRA E FRENTE DE CASA
Filipe Carvalho (Coordenação), Manuela Brito (Coordenação),
Catherine Carvalho, Cláudia Paiva e Inês Patrício
MANUTENÇÃO/LIMPEZA
Antónia Mimoso (Coordenação), Cristina Monteiro e Julieta Costa
ASSISTÊNCIA DE SALA
Adriana Ávila, Ana Godinho, Ana Rita Mouro, André Gomes,
Andreia Jesus, Andreia Silva, António Madureira, António Pita,
Beatriz Gonçalves, Catherine Carvalho, Cláudia Paiva, Diogo Pereira,
Fábio Ferreira, Inês Patrício, Joana Amado, Jorge Pessoa,
Luís Nunes, Nuno Carreira e Samuel Vilela
TAGV 04.2015 © Pedro Medeiros
www.tagv.pt
O Teatro Académico de Gil Vicente é uma estrutura da Universidade de Coimbra.