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Resgatando Valores
Venho observando as notícias e me assusto com o fato de estarmos
deixando
de
fundamentais
lado
para
muitos
a
valores
formação
da
antigamente
vida
humana.
considerados
Valores
de
integridade, de moral, de respeito. Valores comprometidos com a
vida.
Indivíduos cada vez mais jovens se empenham em desempenhar
papéis na vida (noturna, principalmente!) de perigos e desafios para
uma
aceitação
social
absurda
e
infundada.
Buscam
desafios
acompanhados do álcool e das drogas – não necessariamente nesta
mesma ordem! O álcool e as drogas acompanham cada vez mais
cedo a vida de nossos jovens. A base familiar, no passado tão
seriamente
considerada
requisito
da
boa
formação,
hoje
é
considerada “careta”, ultrapassada e obsoleta. Então o que servirá de
base para o desenvolvimento de adolescentes decentes e íntegros?
Temo em pensar que esses jovens, aos quais me referi acima, não
terão nenhuma base para a sua formação e, pior, a ser difundida no
futuro.
As famílias estão desestruturadas. As mães têm que trabalhar para
ajudar no orçamento familiar e, ao mesmo tempo, nesta sociedade
machista, não pode abrir mão de suas atividades domésticas, pois
precisam provar (elas têm que provar que são super-poderosas, eles
têm que provar que são machos!) que “dão conta do recado”. Nos
seus tempos livres precisam cuidar da aparência, procurando se
adequar aos padrões ditados pela sociedade onde o “belo é perfeito”
– um seriado nos EUA chamado “Nip Tuk”, divulgado aqui no Brasil
pela TV paga, relata claramente essa busca incessante pela perfeita
aparência - Então elas buscam a perfeição... nos salões de beleza,
nos SPAs, nas academias, nas cirurgias plásticas e que cada vez mais
atingem faixas etárias mais baixas. E, se não a encontram, seus
respectivos maridos (ou companheiros, como quiserem chamar)
acham “a perfeição” na rua, ao alcance da mão, sem usar lupa nem
“vela acesa ao meio-dia” (como disse o orador grego Demóstenes –
384-322 a.C.). E lá se vai um relacionamento desestruturado, uma
família corrompida! Casamento deixou de ser “uma instituição
duradoura” há muito tempo! Aliás, a palavra casamento deixou de
fazer parte do vocabulário dos casais há muito tempo...
Está clara a culpa da modernidade adotada pelos pais, negligenciando
a parcela no crescimento educacional dos filhos. Eles transformam
em bônus para os seus filhos, os seus próprios ônus por essa
negligência. Não impor limites no comportamento dos filhos facilita a
aproximação, por parte dos filhos, a pessoas com o mesmo perfil, ou
seja, é um grupamento de pessoas sem objetivo, sem visão. Ficam
todos vagando sem rumo e sem referência. Assim, os pais obtêm o
“perdão” pela displicência e pela ausência de “pulso firme” na
educação dos filhos. Que ironia! Na realidade, os pais que agem
dessa forma, facilitam o afastamento dos filhos da família, da casa,
do lar, e os aproximam para um mundo fácil, sem diretrizes, sem
limites, sem regras, corrompido, cruel e impiedoso para o qual os
filhos
não
foram
preparados
para
participar
(e
quem
está
preparado?).
Cada vez mais cedo jovens engravidam e colocam neste mundo
inocentes. É o resultado dessa família desestruturada, de uma paixão
arrebatadora (proveniente da carência afetiva, baixa auto-estima), de
uma violência familiar, da falta de cultura e, por que não dizer do
excesso de facilidades! Fruto de um sistema econômico-social no qual
estamos todos inseridos. Muitas jovens preferem optar pelo aborto,
pela interrupção abrupta, antecipando uma esterilidade inconsciente
por uma atitude inconseqüente, como quem escolhe andar ou não
com uma pedra no sapato. É triste e lamentável assistir isso tudo
pela mídia. E o pior: dá ibope!
Os valores vão ficando cada vez mais como peças de museu. Talvez
as próximas gerações só vão ouvir falar de respeito humano quando
fizerem uma busca na internet. Romantismo será uma palavra tão
rara que a busca na internet terá que ser avançada! Onde estão as
floriculturas? Onde foi parar o cavalheirismo prazeroso em abrir a
porta do carro para a dama? Dama? Sim, não é somente aquele
nome do personagem animal do desenho de Walt Disney... Mais e
mais observamos que as pessoas não se falam, elas teclam. Elas não
conversam, elas têm “chats”. Onde está aquele momento de “troca
de olhares”, de “falar com os olhos – isso, hoje, deve até ser
considerado “papo de maluco” -, de “amor a primeira vista”?
Ninguém se olha. Há, sim, temos as “Webcams”!
Esses valores existiam no tempo de meus avós, meus pais. Dava
certo no tempo deles, por que não daria agora? A evolução
tecnológica atrapalha? Não deveria, pois a tecnologia foi criada para o
aprimoramento humano e para otimizar o tempo, buscando a rapidez
do tempo de resposta, não para destruir valores morais e sociais pois
esses a máquina não teria capacidade de repô-los. Está claro que o
mesmo autor que constrói, objetivando modernidades, é o mesmo
que destrói a base emocional desta construção.
Karolina Poznyakov, PMP