Fonte: Aluna do TCC: Orientador

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Fonte: Aluna do TCC: Orientador
Fonte:
Material compilado do trabalho de conclusão de curso (TCC) apresentado à Faculdade de
Ciências Agrárias e Veterinárias – UNESP, Campus de Jaboticabal, para graduação em
Zootecnia. Jaboticabal – SP. 2º. Semestre/2011, pelo médico veterinário Dr. José Antonio
Fernandes Junior – CRMV SP -6824.
Aluna do TCC:
Juliana Cristina Pila
Orientador:
Prof. Dr. Mateus José Rodrigues Paranhos da Costa
Co-orientadora: Profa. Josiane Maria Starling Duarte
Tema:
AVALIAÇÃO DA ADAPTABILIDADE DE NOVILHAS DA RAÇA SENEPOL AO
CALOR
PELA
ANÁLISE
DE
SUAS
RESPOSTAS
FISIOLÓGICAS
E
CARACTERÍSTICAS DAS GLÂNDULAS SUDORÍPARAS.
O presente trabalho foi realizado com as novilhas do Programa Safiras do Senepol – edição 2009
Pesquisa realizada com o apoio do Grupo Parceiros do Senepol, durante o teste
de performance Safiras do Senepol 2009. www.senepoldagrama.com.br.
Contato: [email protected]
AVALIAÇÃO DA ADAPTABILIDADE DE NOVILHAS DA RAÇA SENEPOL AO CALOR
PELA ANÁLISE DE SUAS RESPOSTAS FISIOLÓGICAS E CARACTERÍSTICAS DAS
GLÂNDULAS SUDORÍPARAS.
O presente trabalho foi realizado com as novilhas do Programa Safiras do Senepol – edição 2009
1) Introdução
É reconhecido por todos que altas temperaturas e a umidade do ar , assim como a
intensa radiação solar, são elementos meteorológicos estressantes, geralmente associados ao
baixo desempenho dos rebanhos criados nas regiões tropicais. Assim, espera-se que os
animais mais adaptados às condições inerentes ao clima tropical obtenham uma melhor
produtividade, por possuírem características fisiológicas, morfológicas e comportamentais
mais adequadas a esse ambiente.
As características morfofisiológicas que influenciam as trocas térmicas dos bovinos
com o ambiente auxiliam na seleção de grupos genéticos mais adaptados e, portanto, mais
eficientes para serem criados nas regiões de clima tropical. Entre os mecanismos de termólise
utilizados, a elevação na taxa de sudação é um dos mais importantes para os bovinos (Silva,
2000), havendo uma grande variação entre os grupos genéticos quanto ao número e à
morfologia das glândulas sudoríparas influenciando, de forma significativa, a eficiência na
perda de calor (Ribeiro, 2010). Assim, a seleção de animais que apresentam taxas de sudação
elevadas sob condições de alta temperatura e umidade do ar, o que favorece a sua
transferência térmica, reduzindo o estresse pelo calor, podem ser uma excelente alternativa na
realização do melhoramento genético de bovinos mais adaptados à criação nos trópicos
(Souza Junior, 2008).
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Portanto, um dos objetivos deste trabalho, realizado na Fazenda da Grama, durante o teste de
performance Safiras do Senepol foi de avaliar, através de um teste de tolerância ao calor, as
respostas fisiológicas e a histologia da pele e das glândulas sudoríparas de novilhas da raça
Senepol (POI).
Adaptação em bovinos
Adaptação refere-se à ação conjunta de características anatômicas, morfológicas,
fisiológicas, bioquímicas e comportamentais, no sentido de garantir o bem estar e favorecer a
sobrevivência de um organismo em um ambiente específico (Silva, 2000). O grau de
adaptação de uma raça ou animal para qualquer ambiente relaciona-se com a proporção de seu
potencial de produção, que é expressa em dado ambiente, a mesma definição é utilizada para
o grau de adaptação para cada tipo de estresse ambiental (Frisch, 1998).
Os bovinos são animais homeotérmicos, ou seja, mantêm a temperatura corpórea
relativamente constante, independente das variações ambientais. Para que isto ocorra, é
necessário que haja equilíbrio entre a produção (termogênese) e absorção e as perdas de calor
(termólise), conseguido por alterações fisiológicas, metabólicas e comportamentais, de modo
a sustentar a homeostase orgânica e minimizar as consequências adversas da hipo ou
hipertermia, dependendo da circunstância. Neste processo de ajuste, entretanto, as funções
menos vitais ao organismo, como o desempenho animal (produção e reprodução) e o bemestar, podem ser negativamente atingidas quando a intensidade e a duração dos estressores
ambientais excedem a capacidade compensatória dos animais, geneticamente determinada
(Bertipaglia et al., 2007).
Na tentativa de manterem o conforto térmico, os ruminantes adotam certos
comportamentos e respostas fisiológicas como: procura por sombra, aumento da ingestão de
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água, redução do consumo alimentar, permanência por mais tempo de pé, ao invés de se
deitarem (salvo quando o chão está molhado) (Paranhos da Costa, 1995; Starling, 2000;
Souza Junior, 2009), elevação da frequência respiratória e da taxa de sudação e maior
vasodilatação periférica (Souza Junior, 2009). Essas respostas são divididas em mecanismos
não evaporativos, que incluem: condução, convecção e radiação e, portanto, requerem um
diferencial de temperatura entre o animal e o meio ambiente. E os mecanismos evaporativos
que incluem a perda de calor por evaporação da água, via respiratória e/ou cutânea (Baêta,
1998; Reece, 2006).
A temperatura e a umidade do ar afetam diretamente a produção dos bovinos, sendo
que, quanto mais elevadas menor será a ingestão de alimento pelo animal, sua capacidade de
conversão alimentar e seu metabolismo o que, consequentemente, resultará em menor
produção (Morrison, 1983). A produtividade também é afetada por fatores indiretos
relacionados ao bem-estar pobre em decorrência do estresse pelo calor, como a maior
susceptibilidade a doenças e a endo e ectoparasitas (Souza Junior, 2009).
Mecanismos de Controle Térmico
A temperatura corporal de um animal, segundo Silva (2000), depende da energia
térmica estocada por unidade de massa corporal. Essa energia pode ser elevada através dos
processos de termogênese ou reduzida pelos processos de termólise. Tanto uma quanto a
outra, envolve três tipos de mecanismos:

Comportamentais: alterações do comportamento do animal, que se desloca de modo a
aumentar ou diminuir a exposição à energia térmica procedente do ambiente;

Autônomos: envolvem o controle de várias funções orgânicas, como o fluxo
sanguíneo periférico (vasodilatação ou vasoconstrição), a variação da posição dos
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pelos ou penas sobre a epiderme, a maior ou menor ativação das glândulas
sudoríparas, a frequência respiratória e a ingestão de água e alimento;

Adaptativos: alterações, a médio ou a longo prazo, de certas características, como: tipo
de coloração do pelo, pigmentação da epiderme, alterações hormonais, dentre outras.
Assim, em ambientes tropicais, os bovinos tentam alcançar o equilíbrio térmico
utilizando os mecanismos latentes de transferência térmica, como a evaporação cutânea e a
evaporação respiratória. Isso ocorre porque aos mecanismos sensíveis de transferência
térmica (condução, convecção e radiação) são ineficientes em ambientes quentes por
depender de um gradiente de temperatura entre animal e ambiente, sendo os mecanismos
latentes não dependentes deste gradiente. Entretanto, as trocas de calor latente ou perdas
insensíveis dependem da umidade relativa do ar, onde em regiões de clima quente-úmido, a
quantidade de moléculas de vapor de água contida na atmosfera é elevada, desfavorecendo a
dissipação de calor por estes mecanismos, consequentemente, maior será o estresse pelo calor
(Silva, 2000; Silva & Starling, 2003).
Os sistemas de termorregulação dos animais garantem sua sobrevivência e outras
funções metabólicas (como crescimento, lactação e reprodução). Atualmente, não há mais
dúvidas de que a necessidade de manutenção da homeotermia, ou os processos usados pelo
organismo para mantê-la, é que afetam negativamente o desempenho animal em condições
adversas de temperatura ambiental (Jordan, 2003; Garcia-Ispierto et al., 2005).
Efeitos do Estresse pelo Calor na Produção Animal
De acordo com Frisch (1998), o grau de adaptação de uma raça ou de um animal para
qualquer ambiente relaciona-se com a proporção de seu potencial de produção que é expressa
em um dado ambiente.
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O estresse térmico causa alteração nas secreções de vários hormônios importantes para
o metabolismo animal, reduzindo as secreções do hormônio de crescimento e dos hormônios
tireoideanos, com consequente declínio na produtividade animal, possivelmente associada à
necessidade de diminuição da taxa metabólica (Morais et al., 2008).
Segundo Baccari Júnior et al. (1983), altas temperaturas do ar estão associadas à diminuição na taxa de crescimento, nos níveis dos hormônios tireoideanos e na conversão alimentar de novilhas, principalmente pela redução no consumo de alimentos e pelo custo energético, associado aos processos de termorregulação.
Morfologia das Glândulas Sudoríparas
As propriedades da pele e dos pelos dos animais explicam muito sobre a sua tolerância
ao calor. Essas propriedades incluem número, distribuição e diâmetro das glândulas
sudoríparas, espessura da capa de pelos, diâmetro, comprimento, pigmentação e inclinação
dos pelos, espessura e pigmentação da pele (Souza Junior, 2009).
De acordo com Reece (2006), as glândulas sudoríparas presentes na superfície
corporal dos ruminantes são do tipo apócrinas e têm função termorreguladora. Essas
glândulas são estimuladas pelo Sistema Nervoso Autônomo Simpático, via inervação
simpática adrenérgica e, portanto, são ativadas em resposta a algum tipo de estresse,
principalmente, o estresse pelo calor.
A capacidade máxima de sudação é atingida sob condições de temperaturas ambientais
elevadas, quando ocorre aumento do volume de sangue para a epiderme (vasodilatação
periférica), o que proporciona às glândulas sudoríparas, maior estímulo e maior quantidade de
matéria prima (Schleger & Bean, 1971). A quantidade de suor produzida depende também do
número de glândulas sudoríparas ativas por unidade de área da epiderme. Bovinos originários
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de ambientes temperados (Bos taurus) tendem a apresentar menor densidade glandular,
glândulas de diâmetros menores e morfologia enovelada, ao passo que, animais zebuínos (Bos
indicus) apresentam glândulas saculiformes, de maior diâmetro e volume (Pan, 1964). As
glândulas sudoríparas e, portanto, a taxa de sudação não são distribuídas de maneira
homogênea na superfície da epiderme (Schleger & Turner, 1965).
Os bovinos criados em sistemas extensivo e semi-extensivo ganham grande
quantidade de calor por radiação direta ou indireta (Silva, 2000), sendo assim, de grande
importância a capacidade de seu organismo em manter a temperatura corporal em equilíbrio
através da habilidade de perder calor, principalmente pela sudação (Finch et al., 1982). Allen
et al. (1970) demostraram que, vacas mestiças (½ Jersey ½ Zebu) expostas à radiação solar
direta, apresentavam elevação marcante na frequência respiratória e na temperatura da
superfície cutânea. No entanto, a temperatura retal manteve-se constante enquanto a taxa de
sudação elevou de 70 para 250 g/m2/h, ressaltando a grande importância da evaporação
cutânea para minimizar o estresse térmico causado pelo ganho de calor via radiação solar
direta.
McManus et al. (2005) avaliaram a tolerância ao calor em algumas raças bovinas
(Curraleiro, Crioulo Lageano, Nelore, Pantaneira, Junqueira, Holandês e Mocho Nacional),
considerando alguns parâmetros fisiológicos (frequência respiratória, taxa cardíaca,
temperatura retal e taxa de sudação). Os valores para a taxa de sudação variaram entre 215,22
g/m2/h (Nelore) a 323,22 g/m2/h (Mocho Nacional), tendo a raça Holandesa apresentado uma
média de 269,13 g/m2/h. Comparando-se os resultados das raças Holandesa e Nelore, o da
primeira foi mais elevado, pois o estímulo ao estresse térmico foi maior devido à menor
eficiência de outros mecanismos termorreguladores, como por exemplo, pelame inadequado
ao ambiente e menor capacidade respiratória. Animais de raças zebuínas são capazes de
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regular melhor a temperatura corporal em resposta ao estresse térmico do que os taurinos,
recorrendo assim, ao aumento na sudação, que se apresenta superior ao das raças européias
não adaptadas, porém apenas sob temperaturas do ar extremas (Allen et al., 1963; Finch et al.,
1984; Carvalho et al., 1995; Gaughan et al., 1999).
2) MATERIAL E MÉTODOS
O experimento foi conduzido na Fazenda Santo Antônio da Grama, localizada em
Pirajuí / SP (21º59'55" de Latitude Sul, 49º27'26" de Longitude Oeste e 468 m de Altitude). O
clima da região, de acordo com classificação climática de Köppen, é do tipo Cwa, com verão
quente e chuvoso e inverno seco.
Realizou-se um teste de tolerância ao calor em 53 fêmeas bovinas da raça Senepol POI
com, aproximadamente, 12 a 18 meses de idade, participantes do teste de performance Safiras
do Senepol e pertencentes a oito criatórios (Figura 1). No verão de 2009, os animais foram
divididos aleatoriamente em três grupos de manejo. Em cada grupo, foi realizada duas
medidas diárias, às 7 h (M) e às 14 h (T - após 7 h no curral, sem acesso à água e à sombra),
totalizando três dias consecutivos de coleta.
As amostras de pele dos 53 animais foram analisadas no Laboratório de Histologia do
Departamento de Morfologia e Fisiologia Animal da FCAV – UNESP de Jaboticabal, no
Laboratório de Genética do Departamento de Zootecnia da FCAV – UNESP de Jaboticabal e
no Laboratório de Microscopia Eletrônica da FCAV – UNESP de Jaboticabal.
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Figura 1: Fotografia das Novilhas da raça Senepol manejadas na Fazenda Santo Antônio da Grama
Tolerância ao calor – Medidas Ambientais
Às 7 h (M) e às 14 h, mediu-se a temperatura ambiente (TA), através da leitura direta
do bulbo seco do psicrômetro instalado à sombra, próximo aos animais (Figura 2). A umidade
relativa do ar (UR) foi calculada a partir dos registros de temperatura do bulbo úmido e do
bulbo seco, segundo a fórmula de Monteith & Unsworth (1990).
Figura 2: Fotografia do psicrômetro instalado à sombra, próximo aos animais
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Tolerância ao Calor – Medidas Fisiológicas
Nos mesmos horários mencionados acima, mediu-se também a taxa de sudação (TS), a
temperatura retal (TR) e a frequência respiratória (FR) das novilhas.
A frequência respiratória foi medida através da contagem dos movimentos
respiratórios no flanco dos animais, com o auxílio de um cronômetro, por um período de 15
segundos, multiplicando-se os valores encontrados por quatro para obtenção do número de
movimentos respiratórios por minuto (mr/min).
Após o registro da frequência respiratória, mediu-se a temperatura retal dos animais,
com o auxílio de um termômetro clínico digital.
A taxa de sudação foi determinada pelo método de Schleger & Turner (1965), baseado
na contagem de tempo para que discos de papel saturados com solução de cloreto de cobalto a
10% mudem sua cor de azul violeta para o róseo claro. Foi utilizado o papel de cromatografia
tipo Waltman no 1 que, após ser banhado em solução de cloreto de cobalto a 10%, foi secado
em estufa (50°C). Quando seco, este papel adquire cor azul violeta intensa e dele obteve-se
discos de 0,50 cm de diâmetro, cortados com o auxílio de um vazador e levados novamente à
estufa.
Três discos eram rapidamente alinhados, cerca de meio centímetro de distância entre
si, em uma lâmina de microscopia e fixados com uma fita adesiva de celulose (“Durex”), com
a finalidade de que os discos não ficassem expostos ao ar. Essas lâminas foram preparadas 24
horas antes do uso e armazenadas em um frasco hermeticamente fechado contendo sílica gel,
como preventivo à absorção de umidade.
As medições das taxas de sudação eram realizadas na região dorsal do corpo de cada
animal, aproximadamente 20 cm abaixo da coluna vertebral, indiferente do lado, pois segundo
alguns pesquisadores Kliber & Yeck (1959); McDowell et al. (1961); Kliber et al. (1962)
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citados por Silva (2000), essa localização apresenta densidade de glândulas sudoríparas bem
próxima à média corporal, sendo também um local onde a sudação é mais acentuada.
Realizou-se a tricotomia de uma área cerca de 15 a 20 cm2 e, após a limpeza desta área
com papel toalha para retirada da poeira e umidade da pele, a fita adesiva com os três discos
de papel removidos da lâmina era fixada firmemente (Figura 3). Imediatamente seguia-se a
contagem dos tempos de viragem em segundos de cada disco, sempre pelo mesmo observador
em todos os animais.
Figura 3: Fotografia da fixação dos discos sobre a epiderme dos animais para a medição da taxa de sudação
A duração do tempo para cada um dos três discos de papel mudar de cor foi
determinada com um cronômetro e a média dos tempos calculada. A taxa de sudação (TS) foi
estimada pela seguinte equação, de acordo com Schleger & Turner (1965):
TS = (22 x 3600) / (2,06 t) = 38446,6 /t ,
(g/m2/h),
onde: t é o tempo médio de viragem da coloração dos três discos, em segundos. Na equação, o
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número 22 corresponde à quantidade de água absorvida pelo papel, em g/m2, suficientes para
causar a viragem da cor; 2,06 é a área efetiva da ação absorvente dos discos de papel e 3.600
o total de segundos contidos em uma hora.
Colheita da Pele
A colheita das amostras de pele dos animais foi realizada em todos os animais, no
último dia do teste de tolerância, segundo técnica adaptada de Nay & Hayman (1957), para as
avaliações histológicas da pele e das glândulas sudoríparas. Os animais receberam anestesia
local por infiltração (cloridrato de lidocaína a 2%), na mesma região onde foi realizada a
medida da taxa de sudação. Em seguida, uma amostra por animal de 0,8 cm2 foi colhida, com
o auxílio de um punch (instrumento de aço inoxidável com bordas cortantes) (Figura 4). Após
a coleta, o corte realizado em cada animal foi coberto com pomada cicatrizante. Essas
amostras de pele foram então fixadas em paraformaldeído 4% e, em seguida, armazenadas
sob refrigeração em recipientes com álcool 70%, devidamente lacrados e identificados com a
numeração de cada animal.
Figura 4: Coleta da amostra de pele com o auxílio de um punch
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Posteriormente, essas amostras foram lavadas, desidratadas em álcool (80%, 90% e
95%) e em álcool absoluto (I, II e III) e diafanizadas com soluções de Xilol I, II e III, onde
permaneceram por 20 minutos em cada uma dessas soluções.
Em seguida, estas foram incluídas em parafina através da passagem de cada amostra
em três banhos de parafina a 60oC, por uma hora. Após a formação dos blocos, foram obtidas
secções histológicas com 2,0 µm de espessura, feitas em micrótomo, posteriormente
hidratadas em água e montadas em lâminas de vidro. Após secagem, estas secções foram
coradas pela técnica da Hematoxilina-Eosina (Behmer et al., 2003).
Observação em Microscopia de Luz (ML)
As análises histológicas para a contagem das glândulas sudoríparas e para a classificação morfológica das glândulas observadas foram realizadas por lâmina de cada animal, sendo
que, eram analisados três dos cortes histológicos com secção de 2 µm de espessura em coloração com Hematoxilina-Eosina em microscópio de luz óptico com aumento de 10x e digitalizadas através de uma câmara fotográfica acoplada a este.
Observação em Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV)
Para a observação em MEV, utilizou-se uma amostra de pele fixada e armazenada em
álcool 70% que, posteriormente, foi lavada em solução tampão cacodilato 0,1M e pH 7,4. Em
seguida, foi pós fixada em solução de tetróxido de ósmio a 1%, por duas horas e lavada
novamente no mesmo tampão. A desidratação ocorreu em série crescente de etanol, iniciandose por álcool 30%, passando para álcool 50%, 70%, 80%, 90%, 95% e três banhos a 100%
(álcool absoluto) por sete minutos em cada concentração. Após, a amostra foi processada em
secadora de ponto crítico com dióxido de carbono (CO2) líquido (Equipamento BAL-TEC),
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montada em suporte de cobre, metalizada com ouro-paládio no equipamento DENTON
VACUM DESK II, para observação e captação das imagens em microscópio eletrônico de
varredura (JEOL-JSM 5410).
Análises dos dados
A análise multivariada de agrupamento pode ser utilizada para descrever a estrutura de
um conjunto de dados. Assim, foram realizadas duas análises de agrupamento no presente
trabalho: uma pelo método hierárquico e outro pelo método não hierárquico.
A análise de agrupamento hierárquica (Sneath & Sokal, 1973) foi executada utilizando
o algoritmo de Ward e a distância entre os acessos foi a Euclidiana. As variáveis utilizadas no
agrupamento dos animais foram temperatura retal (TR), frequência respiratória (FR) e taxa de
sudação (TS). Foi escolhida a divisão dos animais em dois grupos (clusters).
Para a divisão dos grupos de animais foi utilizado o Método Hierárquico árvore
denominada Dendograma, segundo (Sneath & Sokal, 1973), que esta representada na Figura
5. Quanto mais próximos dos animais, menor será a distância euclidiana de ligação,
aumentando o número de clusters (grupos) de animais. No caso, a linha como base para
separação foi na distância 15, separando os animais em dois clusters. Essa linha base foi
escolhida, por conveniência, na tentativa de explicar as diferenças existentes entre os grupos,
pelas diferenças entre as médias das variáveis. Escolhendo-se outra distância, pode-se dividir
os animais em dois, quatro ou mais clusters.
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Figura 5: Análise multivariada de agrupamento hierárquico das 53 novilhas da raça Senepol. A medida de
distância entre os animais foi a euclidiana e o método de agrupamento dos animais foi o algoritmo de Ward.
Após a prévia divisão dos grupos, foi feita a análise de agrupamento não hierarquia,
pelo método k-means, com as mesmas características da análise anterior. Essa análise
exploratória de agrupamento não hierárquico pelo método k-means é uma técnica
multivariada utilizada quando é possível ter uma classificação prévia dos grupos. Seu
principal objetivo é agrupar indivíduos, minimizando a variância dentro dos grupos e
maximizando-a entre os grupos (Hair et al., 2009). Portanto, essa análise permitiu verificar a
descrição das variáveis em cada um dos grupos.
Para executar as análises multivariadas de agrupamento, os registros de todas as
características foram padronizados por:
Em que:
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z: valor padronizado da observação x
: média da característica
s: respectivo desvio-padrão.
As análises descritivas, de agrupamento, Análise de Variância e de correlação a 5% de
probabilidade foram realizadas utilizando-se do programa estatístico STATISTICA 7.0
(StatSoft, Inc., Tulsa, Oklahoma, EUA).
3) RESULTADOS E DISCUSSÃO
As médias, desvios-padrão, coeficientes de variação e valores máximos e mínimos
para as características ambientais e para as características fisiológicas dos animais estão
apresentados na Tabela 1 e na Tabela 2, respectivamente.
Tabela 1: Média, desvio-padrão, coeficiente de variação (CV), valor mínimo e máximo
características ambientais, medidas em três dias consecutivos.
TAM (°C)
URM (%)
TAT (°C)
URT (%)
Média
21,25
82,78
31,61
61,51
Desvio Padrão
0,2523
0,0252
0,6309
0,3028
CV (%)
1,1878
0,0305
1,9956
0,4923
Mínimo
21,00
82,75
31,00
61,20
Máximo
21,50
82,80
32,25
61,80
TAM: temperatura do ambiente pela manhã; URM: umidade relativa do ar pela manhã; TAT: temperatura do
ambiente à tarde; URT: umidade relativa do ar à tarde.
Tabela 2: Média, desvio-padrão, coeficiente de variação (CV), valor mínimo e máximo das
características fisiológicas medidas nas 53 novilhas da raça Senepol.
Média
TRM (°C)
TRT (°C)
FRM (mr/min)
FRT (mr/min)
TSM (g/m2/h)
TST (g/m2/h)
AOL417 (cm2)
NG
39,03
39,23
37,03
51,30
1004,87
1379,12
56,07
32,64
DesvioPadrão
0,19
0,21
3,03
3,23
248,54
439,85
4,50
9,43
CV
Mínimo
Máximo
0,49
0,54
8,19
6,29
24,73
31,89
8,02
28,90
38,55
38,80
31,00
43,00
528,82
653,21
45,99
16,00
39,35
39,75
44,00
58,00
1694,59
2532,10
66,70
52,33
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TRM: temperatura retal pela manhã; TRT: temperatura retal à tarde; FRM: frequência respiratória pela manhã;
FRT: frequência respiratória à tarde; TSM: taxa de sudação pela manhã; TST: taxa de sudação à tarde; AOL417:
área de olho de lombo ajustada aos 417 dias de idade; NG: média do número de glândulas sudoríparas
observadas.
Nas Tabelas 1 e 2, verifica-se que, no período da tarde, quando a média da temperatura
do ar foi superior à 30°C, os bovinos mantiveram sua homeotermia através dos mecanismos
latentes de transferência térmica, ou seja, elevando-se as taxas de evaporação cutânea (taxa de
sudação) e respiratória (frequência respiratória). Isso ocorre porque os mecanismos sensíveis
de transferência térmica tornam-se ineficientes em ambientes quentes por dependerem de um
gradiente de temperatura entre animal e ambiente, sendo que, o mesmo não ocorre em relação
aos mecanismos latentes.
De acordo com Finch (1984), as variáveis ambientais provocam alterações fisiológicas
e comportamentais nos organismos em resposta à necessidade de manutenção do equilíbrio
térmico dos animais, quando configurado a condição de estresse. Shearer e Beede (1990)
constataram que, em bovinos, a sudorese é mais importante que a respiração, a partir de 21°C.
Assim, segundo Azevedo (2004), a menor utilização da frequência respiratória para perder
calor é uma estratégia energética que torna a vida para bovinos nos trópicos menos dispendiosa e mais confortável.
Como mencionado anteriormente, essas trocas de calor ocorrem para que o animal
mantenha a sua temperatura corporal estável, dentro dos limites fisiológicos. A manutenção da
homeotermia em bovinos, segundo Maia et al. (2005) sob temperaturas do ar superiores a
30°C, ocorre através da evaporação cutânea, sendo esse o principal mecanismo de perda de
calor, podendo alcançar 85% do total da termólise evaporativa, enquanto que, 15%
corresponde às perdas por evaporação respiratória. Ainda, de acordo com Silva (2000) e Maia
et al. (2005), essa manutenção da homeotermia sob altas temperaturas do ar é concedida
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através de um custo fisiológico para o animal, o qual desvia energia de seus processos
metabólicos para realizar os mecanismos de termólise.
Segundo Bianca (1970); Hahn (1976) e Salem et al. (1982), citados por Silva (2000), a
zona de termoneutralidade ou de conforto térmico (dentro da qual os animais não ativam os
mecanismos físicos e químicos de termorregulação) para bovinos taurinos, em repouso e à
sombra, está delimitada entre - 6 a 27°C. Assim, pode-se ressaltar que, no presente estudo, as
novilhas encontravam-se acima da Temperatura Crítica Superior no período da tarde (Tabela
1), ocasionando uma maior perda de calor através da evaporação cutânea, demonstrada pela
maior da taxa de sudação neste período.
O acionamento dos mecanismos de termólise interfere na produtividade animal, seja
ela para carne ou leite, pois é necessário que o organismo desvie energia metabólica para
realizá-los e, assim, manter sua homeotermia. A variável AOL417 (Tabela 2) retrata, nesta
pesquisa, o crescimento das novilhas Senepol e obteve-se uma média de 56,07 cm2,
demonstrando uma elevada adaptação desta raça ao ambiente tropical, pois o resultado foi o
esperado para a idade das mesmas. Assim, pode-se evidenciar que não ocorreu um desvio de
energia do metabolismo para a manutenção da homeotermia, mesmo em temperaturas do ar
superiores à 30°C.
O número médio de glândulas sudoríparas observadas nas lâminas histológicas de
cada animal foi de 32,64. Essas glândulas foram morfologicamente classificadas em 96,2%
como saculiformes; 3,57% intermediárias e 0,23% enoveladas. Já em trabalho realizado por
Ribeiro et al., (2010), a percentagem de glândulas classificadas morfologicamente como
saculiformes, intermediárias e enoveladas nos animais do grupo genético Nelore foi de 90,11;
5,5 e 4,38 respectivamente e no gupo de Senepol x Nelore os valores foram de 83,20; 4,42 e
12,37 respectivamente. Esses valores diferem em relação a este trabalho devido a metodologia
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utilizada ser diferente. Nas Figuras 6, 7 e 8 estão demonstrados os tipos das glândulas
sudoríparas, classificadas visualmente em saculiformes, intermediárias e enoveladas,
respectivamente.
Figura 6: Fotomicrografia de corte da pele de novilha Senepol POI evidenciando a Glândula Sudorípara Saculiforme, coloração HE, objetiva 10x
Figura 7: Fotomicrografia de corte da pele de novilha Senepol POI evidenciando a Glândula Sudorípara Intermediária, coloração HE, objetiva 10x
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Figura 8: Fotomicrografia de corte da pele de novilha Senepol POI evidenciando a Glândula Sudorípara Enovelada, coloração HE, objetiva 10x
Esses resultados demonstram que a raça Senepol é uma raça adaptada as condições
tropicais, pois de acordo com trabalho realizado por Ribeiro et al. (2010), ao avaliarem as
características das glândulas sudoríparas de bovinos Nelore e cruzados Aberdeen Angus x
Nelore e Senepol x Nelore, relataram que houve efeito significativo dos grupos genéticos para
as glândulas classificadas como saculiforme e enoveladas, sendo que a porcentagem de glândulas saculiformes foi significativamente maior nos animais Nelore (90,11%) e Senepol x
Nelore (83,20%) e menor nos animais Angus x Nelore (66,65%). Estes por sua vez, apresentaram maior número de glândulas enoveladas (27,14%) do que a dos outros dois grupos (4,38%
para o Nelore e 12,37% para o Senepol x Nelore). Os animais cruzados Senepol x Nelore, que
possuem Bos taurus adaptada (N´Dama) em sua constituição, mantiveram-se, para essa característica, semelhantes aos zebuínos. Segue abaixo tabela comparativo com a porcentagem da
morfologia das glândulas sudoríparas, em zebuínos, ½ sangue e senepol POI.
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Através da Eletronmicrografia de Varredura da pele dos bovinos Senepol foi possível uma
melhor visualização tridimensional da epiderme, da derme, dos feixes de fibras colágenas,
dos folículos pilosos, das glândulas sudorípara e sebácea e células de revestimento das
glândulas. Em destaque na Figura 10, encontra-se uma glândula sudorípara saculiforme
próxima a um folículo piloso. Resultados de pele desta raça em análises de MEV são inéditos
até o momento.
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A
B
Ffc
Ep
D
X 100 50 µm
100 µm
X 500
C
D
Fp
Fp
G Se
G Su
X 50
500 µm
E
100 µm
CRG
X 100
F
Fp
G Su
100 µm
X 200 10 µm
X 750
Figura 10: Eletronmicrografia de Varredura de pele de Novilha Senepol POI destacando A- Camadas da pele,
epiderme (Ep) e derme(D); B- Derme com feixes de fibras colágenas(Ffc); C- Folículos Pilosos(Fp) e Glândulas
Sudoríparas(G Su); D- Folículo Piloso(Fp) associado a Glândula Sebácea(G Se); E- Folículo Piloso(Fp) e
Glândula Sudorípara(G Su) (orífio); F- Detalhe da Glândula e as Células de Revestimento da Glândula(CRG)
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Na Tabela 3, apresentam-se as correlações entre as variáveis ambientais e fisiológicas
das 53 novilhas Senepol medidas durante o período experimental. Os valores significativos
encontrados demonstram novamente que as características fisiológicas dos organismos
interagem com as variações de temperatura e umidade do ar. Segundo Baker (1989), a
habilidade para regular a temperatura corporal é uma adaptação evolucionária que permitiu
aos animais homeotérmicos sustentarem as suas funções, apesar das variações térmicas do
ambiente.
Observa-se na Tabela 3, que houve correlação negativa e significativa entre a TAT e a
TRT (-0,35), demonstrando que, mesmo quando a temperatura do ar ultrapassou 30°C (Tabela
1), os animais mantiveram sua homeotermia, sendo a média e a máxima da temperatura
corporal à tarde de 39,23 e de 39,75°C, respectivamente (Tabela 2). Porém, a TRT
correlacionou-se positivamente (p<0,05) com a URT (0,35) mostrando que a maior umidade
do ar prejudica os mecanismos evaporativos de termólise. Este fato também pode ser
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confirmado pela correlação positiva (p<0,05) entre a FRM e a URM (0,55).
Assim, no período da tarde, com a temperatura do ar mais elevada, o principal
mecanismo de termólise utilizado pelas novilhas foi a evaporação cutânea, sendo que, a TST
correlacionou-se positivamente (p<0,05) com a TAT (0,48) e com o NG observadas (0,31).
Novamente, através da correlação (p<0,05) entre a TST e a URT (-0,48), verifica-se a
influência negativa da presença de uma maior quantidade de moléculas de água presentes na
atmosfera sobre a taxa de evaporação cutânea dos animais e, consequentemente, sobre a
eficiência dos animais em perder calor para o ambiente.
Não foi observada nenhuma correlação entre as variáveis ambientais e fisiológicas
com a variável de produção AOL417 dias dos animais. Provavelmente, por serem novilhas da
raça Senepol e, portanto, geneticamente apresentarem Bos taurus adaptada (N’Dama) em sua
constituição, tanto a temperatura quanto a umidade do ar não foram suficientemente elevadas
para provocar estresse pelo calor e, portanto, prejudicar o crescimento muscular desses
animais.
As características utilizadas para agrupar os animais foram TRM, TRT, FRM, FRT,
TSM, TST, AOL417, NG, SAC, INT e ENOV (Figura 11). Quanto mais próximos dos
animais, menor será a distância euclidiana de ligação, isso aumentará o número de cluster
(grupos) de animais.
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Figura 11: Médias padronizadas dos dois clusters, segundo a classificação dos indivíduos pela análise de
agrupamento não hierárquica, pelo método k-means.
As características utilizadas para agrupar os animais foram TRM, TRT, FRM, FRT,
TSM, TST, AOL417, NG, SAC, INT e ENOV. Quanto mais próximos dos animais, menor
será a distância euclidiana de ligação, isso aumentará o número de cluster (grupos) de
animais.
A análise exploratória de agrupamento não hierárquico pelo método k-means é uma
técnica multivariada utilizada quando é possível ter uma classificação prévia dos grupos. Seu
principal objetivo é agrupar indivíduos, minimizando a variância dentro dos grupos e
maximizando-a entre os grupos (Hair et al., 2009).
Analisando a Figura 11, nota-se que os animais dos dois grupos apresentaram
variações significativas quanto à quantidade de glândulas saculiformes, ou seja, eles
apresentam número de glândulas saculiformes diferentes, sendo os animais do Cluster 1 os
que possuem maior quantidade de glândulas saculiformes, menor quantidade de glândulas
intermediárias e menor quantidade de glândulas enoveladas, dando a estes animais maior
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estabilidade em relação as outras variáveis (TRM, TRT, FRM, FRT, TSM, TST, AOL417),
demonstrando que os animais mantiveram a homeotermia a um custo fisiológico menor. Já o
os animais do Cluster 2, devido a maior presença de glândulas intermediárias e enoveladas,
suas variáveis são mais instáveis em comparação com os animais do Cluster 1.
Na Tabela 4 apresenta-se a Análise de Variância, considerando os dois clusters
encontrados na Figura 11.
Tabela 4: Análise de Variância de cada característica medida nos animais e do ambiente,
considerando dois agrupamentos (clusters) dentro do rebanho de 53 novilhas da raça Senepol.
SQ Cluster
GL Cluster
SQ res
GL res
F
Valor p
TRM
2,88
1,00
49,12
51,00
2,99
0,09NS
TRT
5,98
1,00
46,02
51,00
6,63
0,01**
FRM
10,45
1,00
41,55
51,00
12,83
<0,01**
FRT
1,20
1,00
50,80
51,00
1,21
0,28NS
TSM
1,04
1,00
50,96
51,00
1,04
0,31NS
TST
0,43
1,00
51,57
51,00
0,43
0,52NS
AOL417
3,43
1,00
48,57
51,00
3,60
0,06NS
NG
0,12
1,00
51,88
51,00
0,12
0,73NS
SAC
5,54
1,00
46,46
51,00
6,08
0,02*
INT
6,75
1,00
45,25
51,00
7,61
0,01**
ENOV
3,12
1,00
48,88
51,00
3,26
0,08NS
NS= não significativo (p>0,05); *significativo (p<0,05); ** altamente significativo (p<0,01).
Para ser significativa a correlação, precisa existir diferença entre pelo menos um
grupo, senão é classificada como não significativa. Sendo significativa existe diferença entre
grupos com grau de confiança de 95%, já no altamente significativo existe diferença entre
grupos com grau de confiança de 99%.
Assim, observa-se que a taxa de sudação média pela manhã (1.004,87 g/m2/h) e à tarde
(1.379,12g/m2/h) (Tabela 2) não foram significativas (Tabela 4) e, de acordo com a Figura 11,
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os animais dos dois clusters apresentaram taxa de sudação sem grandes variações, tanto no
período da manhã, quanto no da tarde.
Müller (1989) afirmou que o volume da glândula está relacionado à sua atividade e,
assim, animais zebuínos, por terem a morfologia de suas glândulas sudoríparas do tipo saculiforme, teriam maior capacidade em produzir e eliminar o suor do que os animais Bos taurus,
consequentemente, apresentariam maior capacidade de adaptação ao calor. Porém, a raça Senepol é um Bos taurus adaptado, portanto, apresenta características morfofisiológicas tão favoráveis quanto os animais zebuínos, o que se pode verificar pela alta porcentagem de glândulas sudoríparas saculiformes (96,2%) em relação às intermediárias (3,57%) e enoveladas
(0,23%), o que propicia uma maior taxa de sudação e, consequentemente, maior tolerância ao
calor quando a temperatura do ar for superior à 30°C.
Observa-se na Tabela 4 que a quantidade de glândulas intermediárias foi altamente
significativa, o que demonstra a existência de uma grande diferença entre os dois clusters, o
mesmo ocorrendo com as variáveis TRT e FRM, o que pode estar relacionado com o grupo 2
que possui maior quantidade de glândulas intermediárias (Figura 11).
4) CONCLUSÕES
De acordo com resultados obtidos no presente estudo, foi possível observar:

um modelo inédito em análises de MEV (Microscopia Eletrônica de Varredura) das
glândulas sudoríparas em pele de bovinos da raça Senepol POI.

no período da tarde, quando a média da temperatura do ar foi superior à 30°C, as
novilhas mantiveram sua homeotermia através dos mecanismos latentes de
transferência térmica, ou seja, elevando-se as taxas de evaporação cutânea (taxa de
sudação) e respiratória (frequência respiratória)
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
As novilhas encontravam-se acima da Temperatura Crítica Superior no período da
tarde (Tabela 1), ocasionando uma maior perda de calor através da evaporação
cutânea, demonstrada pela maior da taxa de sudação neste período.

De forma inédita foi possível elucidar um dos mecanismos pelo qual a raça Senepol
se adaptou aos trópicos. Foram classificadas morfologicamente as glândulas
sudoríparas de novilhas Senepol POI, dentro do teste de performance Safiras do
Senepol, chegando aos seguintes valores: 96,2% como saculiformes; 3,57%
intermediárias e 0,23% enoveladas. Estes valores, foram superiores aos valores
encontrados por Ribeiro et al., (2010), onde a percentagem de glândulas classificadas
morfologicamente como saculiformes, intermediárias e enoveladas nos animais do
grupo genético Nelore foi de 90,11; 5,5 e 4,38 respectivamente. Já para os grupos
Senepol x Nelore (83,20%) e menor nos animais Angus x Nelore (66,65%). Estes por
sua vez, apresentaram maior número de glândulas enoveladas (27,14%) do que a dos
outros dois grupos (4,38% para o Nelore e 12,37% para o Senepol x Nelore).

Verificou-se também que dentro de um mesmo grupo genético existem diferenças
individuais quanto às características fisiológicas relacionadas à maior tolerância ao
calor, como a quantidade superior de glândulas sudoríparas classificadas
morfologicamente como saculiformes, o que proporciona maior eficiência na
manutenção da homeotermia dos animais em relação aos que apresentam um maior
número de glândulas classificadas morfologicamente como intermediárias ou
enoveladas.
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