Sarau de Poesias

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Sarau de Poesias
CALENDÁRIO 2016
29/10: DIA NACIONAL DO LIVRO
29/10: DIA NACIONAL DO LIVRO
ATIVIDADE: SARAU DE POESIAS
1. PASSO-A-PASSO DA AÇÃO
1.1 PROPOSTA
Realizar um sarau na escola com a participação da comunidade.
1.2 CRONOGRAMA
Ajuste esta tabela conforme sua necessidade e indique as datas de cada passo nas colunas das
semanas.
Passos
Semana
1
Semana
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Semana
3
Semana
4
Semana
5
Semana
6
1. Apresentação e
planejamento da ação
2. Organização da ação
Definição da data e
horário
Indicação de participantes
Convite para os
participantes
3. Realização da ação
4. Divulgação da ação
1.3 O PAPEL DE CADA UM
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O voluntário: propõe e articula a ação com a escola; pesquisa pessoas na comunidade
para participação no sarau.
•
A escola: organização do espaço, preparação dos alunos e convite à comunidade
escolar.
•
A família/comunidade: participa do sarau.
1.4 OBJETIVOS
Despertar o interesse pela poesia e proporcionar a experiência de participação em um sarau.
1.5 PÚBLICO RECOMENDADO
Alunos alfabetizados e seus familiares, de todos os anos, exceto educação infantil.
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1.6 COMO IMPLEMENTAR
PASSO 1: Apresentação e planejamento da ação
Entre em contato com a escola e agende uma conversa para a apresentação e planejamento da
proposta. Possivelmente, a articulação será encaminhada com a coordenação pedagógica, que
poderá indicar os professores e turmas mais adequadas para a atividade.
No dia
•
•
•
da primeira reunião é importante estar preparado. Para isso é fundamental:
Levar a proposta por escrito para a instituição;
Definir o período para as ações;
Pedir autorização para filmar e/ou fotografar a atividade.
Nesta atividade é indicado que o professor de língua portuguesa de cada turma envolvida se
responsabilize pela orientação e preparação dos alunos para o dia do sarau. Agende um bate
papo com os docentes indicados para discutir a proposta e o cronograma, buscando levantar e
agregar suas contribuições.
Uma dica é pesquisar na internet saraus de poesia que acontecem em diversas partes do país.
PASSO 2: Organização da ação
•
Definição da data e horário:
Após engajamento da escola na ação, defina com a coordenação o horário para a
realização de um sarau que contemple a presença dos alunos, seus familiares e da
comunidade (pode ser à noite ou no sábado, por exemplo).
•
Definição dos participantes:
A única condição para a seleção dos participantes é ter a disponibilidade de ler uma
poesia, que pode ser autoral ou de terceiros, mediante a plateia. Em um sarau neste
formato, não é esperada a participação de escritores profissionais, pois a atividade é
para que todos possam se envolver no universo da poesia. Baste esclarecer aos
convidados que eles deverão preparar previamente o poema a ser lido ou declamado.
Os participantes do sarau poderão ser convidados por profissionais da escola ou por você
mesmo, entre seus conhecidos. Também é importante valorizar as indicações dos alunos
e seus pais. Lembre-se que o sarau só fará sentido se houver um grupo razoável de
pessoas se apresentando, que não estejam presentes apenas para assistir.
•
Definição do local:
Não é necessária a disponibilização de microfone, pois este em geral inibe os “poetas” ou
leitores de poesias. Por isso, o ideal é o espaço não seja muito grande e que todos
possam escutar bem a pessoa que declama. Pode ser mais adequada a realização da
atividade em uma sala de aula, por exemplo, do que no auditório, se a escola tiver um.
•
Definição dos convidados:
Em primeiro lugar, calcule o número máximo de pessoas para o ambiente escolhido.
Imaginamos a presença de pelo menos 10 leitores e, no mínimo, 10 expectadores, sendo
desejável um número máximo próximo a 30 pessoas.
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Descubra com a escola a melhor forma de garantir a presença dos familiares e tente
garantir que os professores, mesmo de outras áreas, venham e participem. Pessoas de
seu relacionamento também podem ser convidadas.
•
Definição da programação:
Veja quem poderá fazer o papel de “mestre de cerimônia” (pode ser o próprio
voluntário) e se um representante da escola poderá fazer uma fala na abertura. Para o
final do sarau, você pode conseguir alguns livros de poesia doados, para um sorteio
entre os participantes.
PASSO 3: Realização da ação
A preparação do espaço deve ter como objetivo criar uma sensação de aconchego para a
atividade. Disponha as cadeiras em um ou mais semicírculos pequenos e garanta que todos os
convidados fiquem bem acomodados.
No início do sarau, organize uma lista de nomes dos alunos, professores e convidados externos
voluntários da leitura ou declamação dos poemas, por ordem de inscrição.
A recepção dos convidados pode ser feita com uma fala da direção, coordenação e/ou docentes
presentes. Em seguida, você, enquanto “mestre de cerimônia”, deverá chamar cada um dos
inscritos, procurando deixar o ambiente descontraído, informal e leve. Se precisar, peça ajuda
para os profissionais da escola que estiverem na atividade. Deixe claro que em nenhum
momento deve haver a expectativa com relação à qualidade das poesias autorais ou da leitura,
pois não se trata de um trabalho profissional.
Explique que este é um momento de aproximação da poesia, tida por muitos como gênero
complexo da literatura. Em todo o país, acontecem centenas de saraus e isso tem comprovado
que existe um enorme valor para a produção poética e para a população em geral, extrapolando
o rigor técnico ou a qualidade profissional dos textos.
Enquanto você se ocupa das apresentações, peça para que alguém faça o registro do evento e
prepare os nomes de todos que se apresentaram para o sorteio dos livros doados. Para
encerrar, faça o sorteio dos livros e chame um representante da escola para as “palavras
finais”.
PASSO 4: Divulgação da atividade
Posteriormente, a iniciativa poderá ser matéria no jornal interno, informativo ou blog da
instituição.
Não se esqueça de publicar a atividade no site do PEB (https://voluntariadostd.v2v.net/),
registrando inclusive os resultados da experiência. Para isso, basta criar uma Ação Voluntária
dentro da Ação Mãe.
1.7 ATIVIDADE COMPLEMENTAR – VOLUNTARIADO NO CALENDÁRIO ESCOLAR
Mostre ou indique para a direção e coordenação da escola os links que encontrou na internet
sobre saraus. Sugira que a escola organize um sarau entre seus profissionais para alguma
ocasião festiva. Boas surpresas poderão aparecer!
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2. PREPARE-SE PARA ESTA AÇÃO
“Em ciência leia sempre os livros mais novos. Em
literatura, os mais velhos”. Millôr Fernandes
“Muitos homens iniciaram uma nova era na sua vida a
partir da leitura de um livro”. Henry Thoreau
Após a vinda da família real de Portugal para o Brasil, em 1808, o príncipe-regente Dom João VI
fundou a Imprensa Régia, primeira editora do país. Marília de Dirceu, de Tomás Antônio
Gonzaga, foi o primeiro livro editado por aqui. Até então, qualquer atividade de imprensa era
proibida.
Em 1810, no dia 29 de outubro, Dom João fundou também a Biblioteca Nacional, no Rio de
Janeiro. O Dia Nacional do Livro foi inspirado nesse acontecimento e instituído em 18 de
dezembro de 1966, pela lei nº. 5.191, assinada pelo presidente Costa e Silva.
Quarenta e três anos depois foi criado o Dia Nacional da Leitura, comemorado em 12 de
Outubro, através da lei nº 11.899, assinada em 08 de janeiro de 2009 pelo presidente Luiz
Inácio Lula da Silva. Na ocasião, o presidente ressaltou que o hábito da leitura é um fator
fundamental no processo de formação e inclusão sociocultural do cidadão e para a redução das
desigualdades sociais.
Todos sabemos que ler é a única forma de acessar, compreender e se posicionar diante das
informações que nos circundam, seja em jornais, revistas, sites, folhetos, e-mails, torpedos,
bulas ou livros. Como diz o Instituto Pró-Livro1 em seu site, “não se constrói um país de
cidadãos conscientes, competentes e que compreendem criticamente o que leem e escutam
sem lhes possibilitar o acesso a livros e leituras de qualidade”.
Mas se todos nós concordamos que a leitura é essencial para o desenvolvimento social e
econômico do País, por que o Brasil ainda não pode ser considerado um país leitor?
Alguns dados da terceira edição da pesquisa “Retratos da Leitura no Brasil”2, encomendada pelo
Instituto Pró-Livro ao Ibope Inteligência em 2011 e divulgada em 2012, podem nos ajudar a
conhecer melhor essa triste realidade:
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A porcentagem de brasileiros que tem mais de cinco anos de idade e podem ser
considerados leitores (que alegam ter lido ao menos um livro nos três meses anteriores
à pesquisa) passou de 55% para 50%, entre 2007 e 2011.
Para livros lidos por inteiro, o percentual cai para 26% da população.
Crianças entre cinco e dez anos leram 6,9 livros em 2007 e 5,4 livros em 2011.
Dos 11 aos 13 anos, o número de livros lidos também caiu: de 8,5 para 6,9.
Dos 14 aos 17 anos, a redução foi de 6,6 para 5,9 livros.
http://www.prolivro.org.br/
http://www.prolivro.org.br/ipl/publier4.0/dados/anexos/2834_10.pdf
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Assim como nas edições anteriores, a pesquisa confirma as principais correlações com a leitura:
escolaridade, classe social e ambiente familiar. Quanto mais escolarizado ou mais rico é o
entrevistado, maior é a penetração da leitura e a média de livros lidos nos últimos três meses.
Isso significa que a exclusão social se agrava com a exclusão cultural. “As consequências desse
hiato não afetam somente os indicadores da educação no Brasil, mas explicam o grave quadro
social e macroeconômico do país e seu potencial de desenvolvimento”, conclui o relatório.
Nesse sentido, em 2006, o governo federal lançou o Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL)3,
numa parceria entre o Ministério da Cultura e o Ministério da Educação, com um conjunto de
projetos, programas, atividades e eventos na área do livro, leitura, literatura e biblioteca.
O plano está em desenvolvimento por todo o país, empreendido pelo Estado em âmbito federal,
estadual e municipal e pela sociedade. Mas todos nós, enquanto cidadãos e voluntários
comprometidos com a melhoria da qualidade da educação do país, também podemos fazer a
nossa parte! Vamos aproveitar essas datas e colaborar com esse esforço fundamental?
2.1 REFLEXÃO COMPLEMENTAR
Na Antiguidade, para a confecção de um livro eram utilizados os mais diversos materiais:
cascas de árvores, folhas de palmeiras, tabuinhas de barro, blocos de pedra ou pergaminho,
pois não existia o papel que conhecemos hoje. Os escribas egípcios registravam o cotidiano em
folhas sobrepostas de uma planta chamada papiro, que crescia às margens do rio Nilo. Foi ela
que deu origem à palavra "papel" (do latim papyrus).
O primeiro livro impresso surgiu apenas no século XV, quando Gutenberg inventou a prensa.
Hoje, as rápidas informações que circulam pela televisão e nas mídias digitais concorrem com o
livro, embora a internet também tenha se transformado numa nova forma de difundi-lo e até
mesmo de torná-lo mais acessível. Afinal, agora muitos livros de domínio público já podem ser
baixados gratuitamente.
Entretanto, o aumento do público leitor ainda é um desafio. Isso explica por que os esforços
nacionais não devem estar focados simplesmente no acesso ao livro, mas também no estímulo
ao hábito da leitura.
Para isso, é preciso promover momentos de leitura e ofertar espaços adequados, com ambiente
propício para a leitura em voz alta, inclusive. Espaços onde os leitores encontrem-se para trocar
impressões e onde crianças e jovens possam acomodar-se para desfrutar deste rico momento.
Outra boa ação é aproximar pessoas leitoras de novos leitores, para que os primeiros
apresentem textos, livros, autores e depoimentos que sirvam como inspiração para quem está
se iniciando nessa atividade. Essas pessoas têm sido chamadas de “mediadores de leitura” e
podem ser educadores, bibliotecários ou qualquer um de nós!
2.2 PARA SABER MAIS
• Instituto Pró-Livro (IPL): http://www.prolivro.org.br/
• LEI No 10.753, DE 30 DE OUTUBRO DE 2003, que institui a Política Nacional do
Livro: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.753.htm
• Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL): http://odai.org/wpcontent/uploads/2013/06/enlace138.pdf
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http://odai.org/wp-content/uploads/2013/06/enlace138.pdf
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