9° Congresso Internacional e Tra ao e ultura de nxá

Transcrição

9° Congresso Internacional e Tra ao e ultura de nxá
Editorial
Neste 01 ° boletim informativo do
Centro Cultural Africano divulgamos
alguns trabalhos realizados pela entidade.
Sabedores de que são raras as pessoas
que assumem,
em público,
seu
relacionamento com a cultura em geral,
procuraremos desmistificar mitos elou
idéias retrógradas, infundadas sobre a
religião e divulgar a cultura afro-brasileira
como um todo.
Em uma pesquisa realizada pela
Unicamp, na década de noventa 1,3% dos
brasileiros se diziam simpatizantes ao
estudo dos orixás e das religiões afrobrasileiras.
Segundo
o nível
de
escolaridade,
eles se destruíram
da
seguinte maneira: 60,4% - 1° grau; 25,4%
- 2° grau; 10,5% - superior; e 3,7% analfabetos. Na verdade, deve-se isto ao
fato de que o culto aos orixás, o
candomblé e a umbanda tiveram origem
na senzala, e mesmo os escravos,
coagidos pela religião dos brancos,
souberam preserva-Ios.
O que não quer dizer que nos demais
países do mundo não se praticam a
religião. Prova disso foi a realização do
9° Congresso Internacional de Tradição
e Cultura de Orixá (orisa world) na
Universidade
do Estado do Rio de
Janeiro, onde reuniram representantes na
Nigéria, Cuba, Trinidade & Tobago,
México, Estados Unidos, Reino Unido,
Porto
Rico, Colômbia,
Canadá
e
"evidentemente, o Brasil.
Para maior contribuição á cultura de
um modo geral, o Presidente Luis Inácio
Lula da Silva assinou a Lei 10.639, de
2003, tornando obrigatório o estudo da
história e divulgação da cultura afrobrasileira no currículo oficial dos estudos
fundamental e médio.
9° Congresso Internacional e
Tra ao e ultura de nxá
De 1° a 6 de agosto, na Universidade
do Estado do Rio de Janeiro aconteceu o
9° Congresso Internacional de Tradição e
Cultura de Orixá (orisa World), onde reuniram representantes de várias partes do
mundo para discutir sobre a "Religião e
Cultura do Orixá no SéculoXXI"
Os objetivos desse encontro tiveram
como base: revitalizar a cultura de Orixá e
todas as suas tradições; organizar encontros periódicos para avaliação, promoção e estimular o diálogo entre os diferentes segmentos da cultura e tradição do
orixá; realização de eventos culturais;
publicações de atividades do Congresso;
promoção de rodízio entre os locais dos
eventos, aumentando o contato com as
culturas e a mútua compreensão entre os
membros do Congresso;e,proporcionar apoio
e suporte para todas as demais Organizações
CulturaisYorubá.
Fundada em 1981, Orisa World é a
maior organização
de praticantes
e
acadêmicos ligados á pesquisa e ao ensino
relacionados
á tradição, religião e a
cultura de orixá como papéis fundamentais na vida cotidiana de mais de 100
milhões de pessoas.
Nas palestras foram abordadas temas
Babá Adelekan
Adeyela,
OIOli Adelekan
e Príncipe Adekllllle
AderOllllJl1
Ad~'ela
importantes
como: A importância da
literatura de Há e Orixá: Desenvolvimento
socioeconômico, Relações entre áfrica e
Diáspora, Inter-religiosidade,
Saúde,
medicina e cura, Criação das artes visuais
e performáticas, Sacrifício, possessão e
ritual, Questões de gênero, raça e etnia,
Direitos humanos e liberdades religiosas,
Memória, cultura e tradições Africanas na
contemporaneidade; A áfrica no Brasil, o
Brasil na África, Educação, pedagogia e
religião do orixá, saber nativo e sistemas
tecnológicos, bioética e tradição religiosa
- aborto, clonagem, eutanásia, cremação,
doação de sangue e axé, Ética e ideologia.
O poder e o feminino, vida, morte e culto
ancestral; , O uso da língua e filosofia
Yoruba'; Identidades sexuais e cosmologia
religiosa"; 'Cultura Yoruba na África e na
diáspora'; 'Educação, ensino religioso e
multiculturalismo'; e, finalmente, 'Aportes
da Tradição de orixá na literatura'.
Além de apresentações culturais com
a Companhia de teatro Odylo Costa
Filho, Grêmio Recreativo Escola de
Samba Unidos do Jacarezinho, Grupo de
Capoeira
Unidos
do Jacarezinho,
Orquestra de Atabaques Alagbe Funfun,
vídeos de danças e desfiles.
,
I Prêmio Africa Brasil é r
Nigéria. O adido também fez questão de
ressaltar a importância cultural dos diversos
países da África para a formação da nação
brasileira.
O Prêmio África Brasil é uma iniciativa
do Centro Cultural Africano e tem como
objetivo homenagear personalidades dos
mais diversos setores da sociedade, como
artistas, políticos, empresários, jornalistas
e intelectuais,
que contribuem
para a
integração sócio-cultural entre o Brasil e
os países africanos. Em sua primeira edição,
o prêmio foi entregue pelo presidente do
Centro Cultural Africano, o príncipe
Adekunle
Aderonmu,
às seguintes
personalidades:
Sucesso! Não há outra forma de definir
o evento que reuniu grande número de
pessoas ligadas às culturas africana e
brasileira para a entrega do I Prêmio África
Brasil, que aconteceu no hotel Holiday Inn
Anhembi, em São Paulo, no último dia 25
maio, data em que se comemora o Dia da
África.
A festa contou com autoridades
brasileiras e do continente africano e a
abertura ficou a cargo do Sr. Babs Oladeji,
Adido Cultural da Embaixada da Nigéria,
representando o Exmo. Sr. H. E. Kayode
Garrick, embaixador da Nigéria, que teceu
considerações
sobre a importância
do
prêmio,
relatando
principalmente
a
evolução da África e, em especial, da
• Adalberto Camargo
ex-deputado federal
• Sebastião Arcanjo (Tiãozinho do PT)
deputado estadual
• Lairton Gomes Goulart
prefeito de Bertioga
• Netinho de Paula
cantor e empresário
• Rubens Saraceni
escritor e pesquisador
• Nelson de Oliveira
representante, South África Airways
• Joyce Piccolo
representante, Bingo Imperatriz 23
• Oba José Mendes Ferreira Geleju
religioso
• Babalorixá Francisco do Osun
religioso
• Beruck Chikaeze Nwabasili
presidente da Comunidade Nigeriana
• Ajibola Aiyemi
que trabalha junto à comunidade africana
no Brasil
Além dos premiados com a estatueta
Mãe África - uma escultura
criada
pelo designer
Adesina Adedoyin
-,
houve a entrega de certificados
para
outras personalidades
que se destacaram, como:
• Innocent Ebere Ukanyirioha
professor
• Lawrence Obalogun
primeiro presidente da comunidade nigeriana
• Jornal U &C - Tribuna Mro Brasileira
Cosme Feliz
• César Manuel Ferrage de Brito
arquiteto
• Maria Aparecida de Laya
assesora de Gênero e Etnias da Secretariade
Estado da Cultura
• Addilson Simões de Almeida
assessor cultural
zado com sucesso
Príncipe nigeriano
faz divulgação
de negócios
Fábio Amstalden
A festa de premiação - organizada pelas
produtoras Myrna Nascimento e Gandia
Silva - contou com a apresentação do
grupo Afro 2 Orquestra de Viola, sob a
direção de Ivi Mesquita, que empolgou o
público com canções e danças típicas afrobrasileiras. Ao final da apresentação, Rosa
Gomes cantou o Hino da União Africana,
entoado por todos os presentes. Destaque
também para a participação do violeiro
Robson Miguel que, entre outras músicas,
executou o Hino Nacional brasileiro. A
decoração do salão do hotel foi feita com
esculturas e peças da arte africana, sob a
coordenação da professora Solange Feira
Ao final da festa de entrega do I Prêmio
África Brasil - encerrada com um jantar
especialmente preparado pelo chef de
cozinha do Holiday Inn -, o presidente
do Centro Cultural Africano agradeceu a
presença do público e o apoio de todos os
envolvidos na organização do evento e fez
uma promessa:
"Em 2007, com a
experiência adquirida nessa primeira edição,
teremos muitas novidades para o II Prêmio
África Brasil. Conto desde já com a
colab?ração de todos".
- Americana
O príncipe nigeriano e presidente do
Centro Cultural Africano no Brasil,Adekunle
Aderonrnu, veio à
Americana para divulgar a cultura africana e
vislumbrar negócios
entre os dois países. Na quarta-feira, ele
ministrou uma palestra na FAM (Faculdade
de Americana) e na tarde de ontém seguiu
para São Paulo, onde iria participar de outros
eventos.
~ ,
"Pesquisando eu descobri que o Brasil
tem o maior número de afro-descendentes
do mundo, por isso é importante divulgar a.
cultura africana no país, assim os afrodescendentes conhecerão melhor suas raízes
e todo o povo em geral saberá mais sobre a
África", comentou Adekunle. Na palestra ele
procurou mostrar as tradições de seu povo
para um público diversificado.
"Conhecendo os co~tumes africanos os
empresários podem perceber melhor as
oportunidades de negócios. Por exemplo, os
empresários do setor têxtil têm que saber que
tipo de tecidos eles apreciam na África",
frisou Carlos Malvassora, responsável pela
vinda do príncipe à Americana. Com o
mesmo objetivo o representante comercial
da Namíbia para o Mercosul, Sérgio Ricardo
Rosset, esteve acompanhando Adekunle.
Plillcipe Adekllll/e AderOtIJlIlI, To)'ill AdenIllJIIII,
O/allrellJajll Aderllllllltl
e Babá Sa/all Adisa Aroglllldade
Cursos
Com destaque em assunto de real
interesse para a comunidade afro-brasileira,
o Centro de Estudos, Pesquisa e
Intercâmbio da Cultura Africana - Centro
Cultural Africano - Ilé Ifá - promove
vários cursos, a saber:
O Estudo da Língua, Cultura Yoruba,
Culto aos Orixás na tradição Yoruba.
Dentre eles, destacam-se: Há e
Erindinlogun Gogo de búzios), Obi, Ebo
ou Etutu, Aje Saluga (orixá de rIqueza),
Abiku ou Emere (ogbanje), Iyami
Osoronga (ajes),Ewe (folhas)Ebo (raizes):
Obs: Associados do Centro Cultural
Africano têm desconto na mensalidade e
isenção de matrícula.
Demais informações liguem para 3392
7228/ 3392 6123
F órunsePalestras
o Centro de Estudos, Pesquisa e
Intercâmbio da Cultura Africana - Ile
Há promoverá p NFórum Teológico das
Divindades Africanas, no dia 26 de com
a participação
de Centros Culturais,
Centros
Espíritas
Afros,
Grupos
Folclóricos, Igrejas e Público em geral.
Esta Palestra nacional terá como tema
"a religiosidade
de matriz africana",
onde os interessados poderão partilhar
suas posições, conhecimentos
e aprofundar o estudo da influência religiosa
Africana no Brasil.
Obs: sua participação
será fundamental trazendo 01 kg de alimento não
perecível para apoiar o projeto.
ONDAGENTE
Além disso, o calendário escolar inclui a
Cultura
Afro-brasileira no
Currículo Escolar
comemoração, em 20 de novembro, do
Dia da Consciência
egra. Nesse evento,
participaram mais de 800 professores de
várias cidades do Estado de São Paulo e
especialistas da área.
N o mês de julho, em Bertioga, o
pr~sidente do Centro Cultural Africano
Adekunle Aderonmu, foi convidado a
participar da abertura do V Seminário de
Educação de Bútioga que este ano teve
como tema a Escola com Qualidade
Social para falar sobre a importância da
inclusão da cultura afro-brasileira no
currículo escolar.
Determinada em 2003, a assinatura
Esportes
Uma Copa
diferente para os
Africanos
da Lei 10.639 pelo Presidente
da
República especifica que a temática passa
a ser obrigatória nos estabelecimentos de
ensino (Fundamental e Médio) oficiais e
particulares, principalmente nas áreas de
Educação Artística Literatura e·História.
,
>
Aflicallos, qm perderam por 3 a 0, criaram chances
peligosas ao gol de Dida. Má pOlltaria efraca
marcaçào levaram Galla á derrota.
A Copa do Mundo de 2006 foi uma
surpresa
para muitas
pessoas.
A
participação abrilhantada dos africanos
não passou em branco. Ghana - um time
bom e com características
muito
peculiares, em termos de velocidade
surpreendeu muitas equipes. E só de
pensar que o Brasil poderia voltar para
casa depois de competir com
uma grande equipe, assustou
bastante.
Mas, por sua primeira vez
em uma grande competição:
valeu, Ghana.
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Fone: 3341-4004
www.elaprint.com.br
r. cesário ramalho, 140 - cambuci I e-mail: [email protected]
Presidente:
Adekunle Aderonmu
Jornalista responsável:
Simony Canato MTB 22.783
Diagramação:
Eleira de Araújo Corrêa da Silva
OABSP 95387
Fotos:
Eufrate Alrncida e J.
Santos
Diagramação:
Mateus Petratti
Endereço para correspondência:
Rua Dr. Gaspar Ricardo J únior, 112
Barra Funda/SP - Cep: 01136-030
Tels: 3392-7228/3392-6123
c.
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Endereço: 2 A - Adesola Owolabi ST Ceie Ikosiketu - Lagosd
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