Materiais recicláveis e processos de reciclagem - pradigital

Transcrição

Materiais recicláveis e processos de reciclagem - pradigital
1-6-2010
MATERIAIS RECICLÁVEIS,
PROCESSO DE RECICLAGEM,
REUTILIZAÇÃO DE PRODUTOS
Trabalho elaborado por: Grupo 2 |
TIS
Índice
Introdução .................................................................................................................................. 5
História da limpeza .................................................................................................................. 6
De 1755 ao final do séc. XIX ............................................................................................. 9
Salubridade, Limpeza e Resíduos na Lisboa do Século XX .......................................... 9
O Destino dos Lixos ............................................................................................................ 11
Recolha Selectiva ................................................................................................................ 11
O Normativo de Enquadramento ...................................................................................... 12
Sensibilização Sanitária e Ambiental ............................................................................. 13
Divisão de Sensibilização e Educação Sanitária........................................................... 13
Educação Ambiental............................................................................................................ 14
Campanhas de Sensibilização............................................................................................ 15
Publicidade ............................................................................................................................ 16
Dez anos a ensinar a reciclar............................................................................................ 17
As Várias Campanhas .......................................................................................................... 18
1993: Vidro é no vidrão, no lixo não ................................................................................ 18
1999: Rolhas no Rolhão, a melhor solução ...................................................................... 19
1997/1998: Todos ao Ecoponto ....................................................................................... 19
Campanha” tampinha solidária”......................................................................................... 20
Colabore com a campanha de reciclagem de telemóveis e consumíveis de
informática. .......................................................................................................................... 20
Reciclagem de Pilhas ........................................................................................................... 21
Projectos e Intervenção Comunitária............................................................................. 22
Ambiente ............................................................................................................................... 23
Legislação Europeia............................................................................................................. 23
Legislação Portuguesa ........................................................................................................ 24
Incineração RSU ................................................................................................................. 24
Aterros .................................................................................................................................. 25
Óleos Usados ........................................................................................................................ 26
2
TIS
Veículos em Fim de Vida .................................................................................................... 27
Pilhas e Acumuladores ........................................................................................................ 27
Embalagens e Resíduos de Embalagens .......................................................................... 28
Resíduos de Equipamentos Eléctricos e Electrónicos ................................................. 29
Legislação Portuguesa ........................................................................................................ 30
Resíduos Sólidos Urbanos ................................................................................................. 30
Limpar Portugal .................................................................................................................... 31
PAPEL NA ANTIGUIDADE............................................................................................... 43
VIDRO NA ANTIGUIDADE ............................................................................................. 44
METAL ................................................................................................................................... 49
Materiais reutilizáveis ........................................................................................................... 53
Tipos de materiais que as pessoas reutilizavam e de que forma? ........................... 54
Processo de Reciclagem do Papel ..................................................................................... 57
Processo de reciclagem do metal..................................................................................... 63
Processo de Reciclagem de Pneus .................................................................................... 67
Processo de reciclagem de pilhas e baterias ................................................................ 68
Compostagem como funciona ............................................................................................ 74
Processo de reciclagem do óleo ....................................................................................... 80
Objectos resultantes da reciclagem .................................................................................. 82

Blocos de anotações .................................................................................................... 83

Cartões de visitas ....................................................................................................... 83

Caixas ............................................................................................................................. 83

Folhas para impressão ................................................................................................ 83

Álbuns ............................................................................................................................ 83

Canetas ecológicas ...................................................................................................... 84

Pastas ............................................................................................................................. 84

Caixas para vinhos ....................................................................................................... 84

Pratos de papel ............................................................................................................ 84

Embalagens para comida ............................................................................................ 85

Caixas de som de papel reciclado ............................................................................ 85

Adornos de papel, manualidades com papel reciclado ,....................................... 85
3
TIS
Plástico .................................................................................................................................. 86

Granulado plástico ....................................................................................................... 86
A história da menina Reciclagem ..................................................................................... 91
Já sabes separar as tuas próprias embalagens? .......................................................... 92
O que é o ecoponto? ........................................................................................................... 93
Política dos 3R’s ................................................................................................................... 96
História do Ecoponto Mágico ............................................................................................... 98
Outros tipos de equipamentos que hoje em dia podemos reciclar ......................... 105
Sustentabilidade para o Planeta ........................................................................................ 108
Países campeões de reciclagem ...................................................................................... 110
A Reciclagem de Plásticos ............................................................................................... 111
Reciclagem de latas de aço ............................................................................................. 112
Reciclagem de vidro/apenas embalagens ..................................................................... 113
Reciclagem de embalagens de alumínio......................................................................... 113
Destino dos resíduos sólidos urbanos........................................................................... 114
Geração de resíduos sólidos urbanos per capital ....................................................... 115
Composição dos resíduos sólidos urbanos .................................................................... 115
Reciclagem de resíduos orgânicos ................................................................................. 116
Tabela geral de reciclagem em 2008............................................................................ 116
Aspectos positivos da reciclagem.................................................................................. 117
Conclusão ................................................................................................................................. 118
Bibliografia ............................................................................................................................. 120
4
TIS
Introdução
A reciclagem é termo genericamente utilizado para designar o
reaproveitamento de materiais beneficiados como matéria-prima para um
novo produto. Muitos materiais podem ser reciclados e os exemplos mais
comuns são o papel, o vidro, o metal e o plástico.
As maiores vantagens da reciclagem são a minimização da utilização de
fontes naturais, muitas vezes não renováveis e a minimização da quantidade
de resíduos que necessitam de tratamento final, como aterramento, ou
incineração.
O conceito de reciclagem serve apenas para os materiais que podem
voltar ao estado original e ser transformado novamente em um produto igual
em todas as suas características. O conceito de reciclagem é diferente do
de reutilização.
O reaproveitamento ou reutilização consiste em transformar um
determinado material já beneficiado em outro.
Um exemplo claro da diferença entre os dois conceitos, é o
reaproveitamento do papel.
O tema deste trabalho é a reciclagem e tem como objectivo despertar
atenção das pessoas sobre a reciclagem.
Neste trabalho fazemos referência sobre a recolha selectiva da
reciclagem, como funciona todo o processo da reciclagem, dos ecopontos,
dos ecocentros, da estação de triagem e também das vantagens da
reciclagem.
Reciclar significa transformar objectos materiais usados em novos
produtos para o consumo. Esta necessidade foi despertada pelos seres
humanos, a partir do momento em que se verificou os benefícios que este
procedimento trás para o planeta Terra.
5
TIS
História da limpeza
6
TIS
Nas Memórias de Lisboa, “Nos primeiros séculos da nacionalidade toda a
zona que vai actualmente desde o Largo do Pelourinho, passando pelo
Terreiro do Paço, até alturas da Conceição Velha, era uma extensa e larga
praia, ao norte da qual a pequena cidade se acumulava nas encostas das
colinas sobranceiras ao Tejo. Com o decorrer dos anos foi-se procedendo ao
aterro da praia até que D. Manuel (séc. XVI) mandou aplanar a parte central
e fazer daí um terreiro onde se instalou um mercado, em melhores
condições, não só do peixe como de géneros alimentícios, de especiarias e de
mercadorias de todo o tipo.
O aspecto do conjunto melhorou muito, mas o açougue (talho) que
distribuía a carne para toda a Lisboa, continuava a funcionar no Terreiro do
Paço, e era também aí que se iam lançar as imundices cidade.
Como vimos, embora tenham existido algumas preocupações pontuais com
a limpeza dos burgos (Cidade) “na Europa cristã medieval não existiam
hábitos de higiene pessoal nem de salubridade pública. As condições
sanitárias ambientais eram péssimas. As cidades medievais não tinham
sistemas de saneamento básico.”
Os despejos domésticos eram feitos para a via pública.
O preconceito da igreja (teológico) em relação aos cuidados de higiene
corporal vai ter grandes consequências na saúde da população europeia…”.
A frequência e persistência de doenças epidémicas eram favorecidas pela
escassez de águas, pelo lançamento de detritos para as ruas ou para o rio,
bem como por uma relação permanente com povos de nações diversas,
proporcionadas pelo Porto do Lisboa e por toda a actividade ligada às
Descobertas.
O povo vivia na rua, amontoava-se entre as galinhas, nos montes de lixo e
as centenas de cães e gatos que faziam o “aproveitamento” dos restos que
encontravam. Desconhecia a importância da higiene na saúde e estava
7
TIS
impossibilitado de ter hábitos de higiene devido à falta de água e de
esgotos. Frequentemente era assolado por febres originadas pela falta de
limpeza e pelos maus cheiros daí resultantes que se faziam sentir em toda a
cidade e que provocaram entre a população, nos séculos XV e XVI, graves
crises de mortalidade.
Sobre a sua profilaxia (evitar a propagação de doenças), e tratamento
realizaram-se conferências públicas semanais, tendo o rei aprovado um
sistema de medidas sanitárias.
O crescimento desordenado da cidade, a ausência de saneamento e a
escassez na distribuição de água, a par de dinheiro do Senado contribuíram
para que a Limpeza da Cidade fosse tratada durante o século XV, com
medidas pontuais que tentavam diminuir o estado imundo em que as ruas se
encontravam.
D. João II, entre 1485-1495, procedeu ao envio de diversas cartas régias
e alvarás, ordenando a limpeza da cidade e dos canos das habitações,
proibindo o abandono de sujidades nos quintais descobertos e fixando o seu
local de lançamento. “As ruas afogavam-se em estrumeiras; quem podia, só
as transitava a cavalo.
O monarca ordenava que nas freguesias existissem homens pagos pelos
próprios moradores para limparem a cidade.
O Tejo, local de chegada e partida de naus da Índia, era também o local
de despejo das imundícies da cidade.
Contrariamente à prática generalizada de enterramento da época, este
monarca também determinou, para sanear a cidade, os lixos eram lançados
na estrumeira de Santa Catarina, na praia de Santos ou atirados para
herdades dos arredores.
Como forma de melhorar quer a execução e fiscalização da limpeza quer a
gestão deste serviço, aumentou o número de homens da limpeza.
8
TIS
Posteriormente, no princípio do século XVIII, cria-se um outro imposto,
denominado “realete da limpeza”, deixando os habitantes da cidade de ter
que contribuir directamente para a limpeza das ruas.
De 1755 ao final do séc. XIX
A organização da limpeza em meados do século XIX, era assegurada por
um grupo de serventuários (varredores e carroceiros).
Percorrendo a cidade de lés-a-lés competia-lhes varrer as ruas durante a
noite e retirar tanto os lixos das habitações como o estrume das
cavalariças, conduzindo o lixo recolhido na cidade até ao Vazadouro.
Assentando na força humana e animal, a limpeza da cidade estava
organizada. Em 3 de Dezembro de 1855, é aprovado o Regulamento da
Administração da Limpeza.
Em 1857, o governo propôs-se fazer desaparecer todas as áreas
consideradas perigosas para a saúde pública da capital. Foram feitos jardim
nas praças que estavam quase transformadas em lixeiras.
Salubridade, Limpeza e Resíduos na Lisboa do Século XX
Por volta dos anos 20, e no sentido de verificar as soluções encontradas
para o problema dos lixos nas cidades, os responsáveis pela limpeza
deslocaram-se a vários Países da Europa Ocidental, de onde resultou
posteriormente a mecanização da limpeza urbana.
E foi assim que entraram em funcionamento os primeiros veículos de
remoção motorizados.
9
TIS
Pouco tempo após estas viagens, foram propostos novos planos para a
remoção de lixos das habitações.
Ainda em 1951 com o objectivo de normalizar os procedimentos da
colocação do lixo, foi finalmente adoptado o uso obrigatório de recipientes
metálicos, todos numerados e registados, com capacidade entre 20 e 30L.
Com esta medida pretendia-se evitar que os lixos se espalhassem pela rua,
uma vez que contribuíam para a propagação de doenças como a cólera,
difteria e tétano.
No mesmo sentido, as autoridades impuseram outras normas de higiene
proibindo, por exemplo, cuspir no chão, sacudir o tapete à janela e deixar o
lixo ao abandono.
As actividades comerciais que aconteciam em plena rua, como a venda de
peixe, legumes, pão, figos, etc., passaram, também, a utilizar estes
recipientes, o que contribuiu para uma melhoria significativa do aspecto e
higiene das ruas.
Como resultado da adopção do novo sistema hermético (caixote do lixo
fechado), de remoção de lixos, a cidade passa a dispor de novos contentores
para as habitações e papeleiras nas ruas para a deposição de papéis e
pequenos lixos.
Pretendia-se, por outro lado, informar e sensibilizar a população para o
cumprimento das normas correctas de deposição e acondicionamento do lixo
doméstico nos contentores e papeleiras, de forma a tornar as ruas mais
limpas.
Ensinar hábitos de higiene e saúde era o objectivo prosseguido junto da
população.
10
TIS
O Destino dos Lixos
Durante grande parte do séc. XX, mais precisamente até meados da
década de 60, os lixos produzidos eram aproveitados no melhoramento dos
terrenos agrícolas, como fertilizantes.
Contudo, desde os anos 50 que se equacionava a construção de uma
central para o tratamento biológico dos resíduos, cuja edificação teve início
em 1969 - Estação de Tratamento de Lixos de Lisboa (ETLL). A unidade
entrou em funcionamento em 1973 e possuía uma capacidade de tratamento
de mais ou menos 600 t, transformando a fracção orgânica dos resíduos em
correctivo de solos para aplicação na agricultura.
A construção de um novo aterro sanitário, o qual entrou em
funcionamento no ano de 1989, dotado de modernas infra-estruturas, com
impermeabilização dos terrenos, recolha e tratamento de efluentes líquidos
e gasosos.
A partir de 1994, com a criação da Valor sul, S.A., dá-se um passo de
grande alcance no tratamento e destino final dos resíduos.
Aquela empresa fica responsável pela construção e gestão de todas as
instalações
necessárias
à
exploração
deste
sistema,
técnica
e
ambientalmente.
Recolha Selectiva
Acompanhando as tendências do desenvolvimento social e económico do
País, o final dos anos oitenta e, sobretudo toda a década de 90, são
marcados por novas formas de consumo que provocaram alterações na
composição e quantidade de resíduos. A par do que já acontecia noutros
11
TIS
países e acompanhando as soluções técnicas e as directrizes saídas da União
Europeia enceta-se a implementação de soluções dirigidas à deposição
selectiva de resíduos, com a adopção das técnicas determinadas pela
evolução do conhecimento científico.
Entre 1988 e 1989, inicia-se em Lisboa a recolha selectiva de vidro para
reciclagem, através da colocação de vidrões (do tipo “iglo”) na via pública.
Em 1993, foi lançada a primeira campanha para a reciclagem do papel, em
simultâneo com a abertura de 40 Centros de Recepção de Papel. Deu-se
início à recolha porta – a -porta de papel.
Em 1997 são instalados os primeiros ecopontos na cidade, atingindo-se
em 1999 a quantidade de 990 unidades. Entre 1997 e 2000 foram
recolhidas para reciclagem 2516 toneladas de resíduos de embalagens de
plástico, metal e cartão para líquidos alimentares; 20796 toneladas de vidro
e 30629 de papel/cartão.
Em 2003 iniciaram-se as recolhas selectivas porta-a-porta, onde a
morfologia urbana e o tipo de edificado o permitiam, facto que contribuiu
para o aumento dos resíduos entregues para reciclagem, a que esteve
associada uma forte componente de sensibilização.
O Normativo de Enquadramento
Com a publicação do decreto – lei nº 488/85, de 25 de Novembro
foi definido pela 1.ª vez em Portugal o quadro jurídico da gestão dos
resíduos, sendo cometido de forma clara às autarquias um papel na gestão
dos resíduos produzidos.
12
TIS
Sensibilização Sanitária e Ambiental
A reestruturação dos serviços camarários de 1992 contempla no
Departamento de Higiene Urbana e Resíduos Sólidos uma estrutura cuja
principal missão é a informação, sensibilização e educação ambiental na área
dos resíduos, respondendo, desta forma, às preocupações saídas da
Conferência do Rio em 1992 e, em particular, às orientações expressas no
documento da Agenda 21.
A estratégia de intervenção assenta nas metodologias do Marketing
Social
no
sentido
de
convocar
os
cidadãos
para
a
adopção
de
comportamentos mais adequados e colaboração com a construção de um
melhor ambiente na cidade.
Divisão de Sensibilização e Educação Sanitária
Programar, executar e avaliar acções de sensibilização e educação
sanitária da população;
Participar na elaboração das normas e regulamentos respeitantes à
gestão dos resíduos sólidos urbanos e equiparados, de harmonia com a
legislação nacional e as normas comunitárias, quando aplicáveis;
Colaborar na elaboração de propostas de plano e orçamento sectoriais,
bem como na racionalização e controlo das despesas
13
TIS
Educação Ambiental
Esta, face à mudança de valores permanentes à prática social, pelo apelo
a uma relação de equilíbrio entre o homem e a natureza e à cooperação na
construção de um ambiente urbano de qualidade, tem norteado a sua
actividade segundo três linhas fundamentais: campanhas de informação ou
acções de divulgação, programas dirigidos à comunidade escolar e
programas dirigidos às comunidades locais e públicos.
As campanhas de informação dirigidas ao grande público e a públicos
específicos, onde o principal objectivo é informar são suportadas por
técnicas da área das ciências da comunicação.
Esta actividade, de carácter permanente, é complementada pelo
atendimento sistemático e personalizado dos munícipes, tanto no sentido de
se encontrar a solução mais adequada para cada problema apresentado no
âmbito dos resíduos sólidos urbanos, quer, também, no que toca à
verificação
dos
comportamentos
dos
cidadãos
lisboetas
face
ao
estabelecido nas normas camarárias relativas a esta área.
Desta forma procura-se criar a condição inicial favorecedora da
alteração de valores e práticas sociais, ou seja, informar e potenciar a
mudança.
14
TIS
Campanhas de Sensibilização
"Campanha
de Protecção aos Animais de Companhia" ou a campanha de
sensibilização para a higiene pública desenvolvida em 2009.
Ao longo dos anos, o Departamento de Higiene Urbana e Resíduos Sólidos
tem vindo a comunicar com os munícipes através de várias campanhas de
sensibilização, cujo foco incide tanto na área de resíduos urbanos, como na
área dos animais domésticos.
Assim, em 1993 foi elaborada uma campanha de sensibilização para a
deposição selectiva de vidro, detalhando as vantagens inerentes a essa
acção, que coincidiu com o alargamento da rede de vidrões para 350
unidades.
Também, em 1993, foi lançada a primeira campanha para a reciclagem do
papel.
Em 1994 e posteriormente em 1996, voltou-se a comunicar no sentido de
incentivar a população a uma maior adesão à separação do papel. Em 1994 a
comunicação assentou num estilo informativo e em 1996 numa vertente
humorística.
Com a instalação dos primeiros ecopontos na cidade de Lisboa, em 1997,
tanto a possibilidade de deposição para condução a reciclagem de mais
materiais, como a proximidade dos equipamentos ao munícipe vieram
constituir incentivos à participação neste processo. O aumento da oferta de
equipamentos e o aumento do número de locais para deposição veio
proporcionar uma maior adesão à deposição selectiva de resíduos sólidos
urbanos.
A aposta tem sido a aplicação de estratégias de comunicação alargadas
ao público em geral, baseando-se na distribuição de folhetos, autocolantes,
cartazes, ou ainda anúncios na imprensa e televisão, entre outros.
15
TIS
A título de exemplo, podem nomear-se a campanha contra o abandono dos
animais realizada em 2008 e intitulada "Campanha de Protecção aos Animais
de Companhia" ou a campanha de sensibilização para a higiene pública
desenvolvida em 2009.
O novo Milénio (Decisão 2001/171/CE, Da Comissão, de 19 de Fevereiro)
trouxe
novas
orientações
e
exigências
associadas
à imposição
de
cumprimento de metas de reciclagem para Portugal decorrentes da
transposição das orientações emanadas pela União Europeia, em matéria de
reciclagem de resíduos sólidos urbanos, nomeadamente resíduos de
embalagens. Neste sentido, foi lançado o projecto porta-a-porta que tem
em vista a alteração do sistema de recolha selectiva inicialmente existente,
que
recorre
ao
equipamento
de
deposição
colectiva
(vulgarmente
denominado por Ecopontos), para um sistema de recolha porta-a-porta para
as fracções de embalagens e papel/cartão, efectuada em dias prédefinidos.
Publicidade
Nos dias de hoje, a importância da publicidade na sociedade é cada vez
maior. Esta é actualmente uma poderosa força de persuasão que modela as
atitudes e os comportamentos. Neste texto pretendemos chamar a atenção
para as contribuições positivas que a publicidade pode oferecer. A vida das
pessoas é profundamente influenciada pela publicidade e pelos meios de
comunicação em geral, condicionando assim o modo de pensar e de agir em
sociedade.
16
TIS
Dez anos a ensinar a reciclar
A Sociedade Ponto Verde assinalou uma década de comunicação em que
ensinou os portugueses a separar o lixo em prol do ambiente.
As crianças foram, na maior parte dos casos, os veículos para transmitir
a mensagem.
Nasceu em 1996 e desde então não tem parado de ensinar os portugueses
a respeitarem o meio ambiente através do simples acto de fazer a
separação e reciclagem de embalagens.
Para promover esta causa, a Sociedade Ponto Verde recorreu, entre
outros meios, ao uso de publicidade.
É neste ponto que vamos focar a nossa atenção, analisando e tentando
compreender o modo como se processa não só a divulgação e a informação,
mas também como esta influencia e é recebida pelo público.
Estas passaram a ser o ícone principal da campanha, o que provocou uma
maior adesão ao universo da reciclagem. Isto fez com que as crianças
“público”
se
identificassem
com
a
campanha,
adoptassem
os
comportamentos correctos e também que sensibilizassem os familiares.
Por outro lado, os consumidores adultos ao verem as publicidades
sentiram-se na obrigação de dar o exemplo aos mais novos, respeitando o
ambiente, numa espécie de ciclo vicioso.
Neste sentido, o público-alvo é toda a família.
O uso das crianças foi complementado por um discurso comovente, pois ao
serem
frágeis
e
inocentes
criam
nos
adultos
um
sentimento
de
condescendência, presente nas expressões usadas (“Faz-me este favor”, “Vá
lá”). Discurso esse que é apelativo, inocente e que se dirige directamente
17
TIS
para o consumidor, criando nele um sentimento de proximidade e
consequentemente de protecção e ajuda.
As Várias Campanhas
Sempre que colocar uma embalagem no ecoponto, além de estar a ajudar
o ambiente estará também a contribuir para o rastreio e prevenção do
cancro da mama.
O nosso objectivo, para além de fornecer um pouco mais de informação é
tentar saber os hábitos e opiniões do público sobre o tema, é principalmente
incentivar as pessoas a reciclar. A reciclagem hoje em dia não é um tema
que interessa só aos ambientalistas, é uma realidade de todos que querem
que o nosso planeta dure muitos e longos anos.
1993: Vidro é no vidrão, no lixo não
18
TIS
1999: Rolhas no Rolhão, a melhor solução
Reciclagem das rolhas de cortiça
1997/1998: Todos ao Ecoponto
19
TIS
Campanha” tampinha solidária”
É
um
movimento
que
tem
como
objectivo
promover a solidariedade junto das pessoas mais
desfavorecidas da Comunidade, ao mesmo tempo que
promove
e
sensibiliza
para
a
reciclagem
de
materiais.
«Separar Vai Colar» é a mais recente acção de
sensibilização lançada pela Sociedade Ponto Verde
(SPV).
O objectivo é estimular a participação dos portugueses na separação e
deposição de embalagens usadas nos ecopontos e, simultaneamente,
demonstrar a eficácia do sistema Ponto verde:
Colabore com a campanha de reciclagem de telemóveis
e consumíveis de informática.
Você contribui para a causa da AMI e ainda ajuda o
meio ambiente.
Para não receber tanto volume de correspondência na
sua caixa de correio coloque o autocolante de não quer
publicidade e assim poupara grandes quantidades de
papel.
20
TIS
Reciclagem de Pilhas
«Lembra-se do dia em que ela chegou?
Pequenina, uma graça… Ela passou horas ao seu
colo a ver televisão, ela fez parte da sua vida».
As pilhas depositadas em lugares inadequados podem
contaminar o solo, os cursos de água, os lençóis
freáticos e podem afectar também a qualidade do
produto obtido na compostagem do lixo orgânico.
As Pilhas são constituídas por elementos tóxicos, tais
como: Cádmio, Chumbo e Mercúrio, que podem causar
diversos danos para a vida humana. Por exemplo, o mercúrio pode causar
mutações genéticas, o chumbo provoca anemia, debilidade e paralisia parcial
e o cádmio é altamente cancerígeno, além de que, todos esses elementos,
atacam o sistema nervoso central, o fígado, os rins e os pulmões. Portanto é
necessário depositar as pilhas usadas em contentores próprios – PILHÃO para prevenir os problemas citados anteriormente!
21
TIS
Projectos e Intervenção Comunitária
O Departamento de Higiene Urbana e Resíduos Sólidos iniciou, em 1997
projectos
direccionados
a
comunidades
específicas
favorecendo
a
intervenção social na área dos resíduos sólidos urbanos.
A acção dirigida a grupos, a definição de parceiros locais e a ênfase em
actividades indutoras de formação de competências locais são os princípios
basilares de uma intervenção alicerçada, sempre que possível, na avaliação
sistemática das mudanças no grupo e na comunidade.
Pretende-se, desta forma, contribuir para a alteração de atitudes e
comportamentos em relação ao ambiente e, por extensão, para a criação de
condições locais facilitadoras de um desenvolvimento sustentado. Assim,
levamos a cabo as seguintes actividades:

Acção de sensibilização através de uma estratégia de proximidade,
levada a cabo por contacto porta-a-porta com os munícipes e a par disso
desenvolve-se também trabalho nas comunidades locais;

Sessões de sensibilização em sala dirigidas a diversos públicos (grupos
profissionais, técnicos e utentes das instituições);

Dinamização de projectos de Educação Ambiental, na área dos RU e
animais em meio urbano em vários Bairros da cidade dirigidos a crianças,
jovens, idosos, comerciantes e moradores em geral;
22
TIS

Acções
de
sensibilização
e
animação
de
rua,
dependendo
das
necessidades em cada local, de acordo com identificação dos serviços e
de instituições locais;

Dinamização de acções
de sensibilização com o apoio da Carrinha
"multimédia" com recursos às instituições locais e articulação de
actividades, mantendo-nos com permanências continuadas em diversos
locais da cidade;

Acções de formação dirigidas a "Técnicos de Equipamentos Sociais"
sobre Educação Ambiental na Área dos Resíduos Urbanos.
Ambiente
O Decreto-Lei n.º 109/95, de 20 de Maio, criou a sociedade ALGAR Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos, SA., a quem foi atribuído o
exclusivo da concessão da exploração e gestão do sistema multimunicipal de
resíduos sólidos urbanos, sendo constituída pelos 16 Municípios do Algarve
(44% do capital), pela EGF - Empresa Geral de Fomento, S.A. (51% do
capital) e pelo IPE Capital, S.A. (5% do capital). No ano passado, os
portugueses colocaram nos ecopontos 239.928 toneladas de embalagens
usadas, o que representa um aumento de 14,9% em relação a 2005, informou
a Sociedade Ponto Verde.
Legislação Europeia

Directiva 98/34/CE, Do Parlamento Europeu e do Conselho, de 22 de
Junho e Directiva 98/48/CE, Do Parlamento Europeu e do Conselho, de
20 de Julho – define o procedimento de informação no domínio das
23
TIS
normas e regulamentações técnicas e das regras relativas aos serviços da
sociedade da informação.
Legislação Portuguesa

Constituição da República Portuguesa (7ª revisão constitucional,
2005) - Lei Constitucional n.º 1/2005, 12 de Agosto. Documento
fundamental do direito português. No âmbito dos direitos económicos,
sociais e culturais, artigo 66º, capítulo II, título III, é definido e
desenvolvido o direito ao ambiente e qualidade de vida.
Incineração RSU

Regulamento (CE) 1013/2006, do Parlamento Europeu e do conselho,
de 14 de Junho – Relativa à transferência de resíduos. O presente diploma
foi alterado pelo Regulamento (CE) n.º 308/2009 da Comissão, de 15 de
Abril.

Directiva 89/429/CEE, do Conselho, de 21 de Junho - Relativa à
redução da poluição atmosférica proveniente de instalações existentes de
incineração de resíduos urbanos.
24
TIS

Regulamento (CE) n.º 308/2009 da Comissão, de 15 de Abril - que
altera, para efeitos de adaptação ao progresso científico e técnico, os
anexos III-A e VI do Regulamento (CE) n.º 1013/2006 do Parlamento
Europeu e do Conselho relativo a transferência de resíduos.
Aterros

Directiva 1999/31/CE, do Conselho, de 26 de Abril - Relativa à
deposição de resíduos em aterros. Transposta para a ordem jurídica interna
pelo Decreto-Lei nº 183/2009, de 10 de Agosto. Alterada pelo Regulamento
(CE) n.º 1882/2003, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 29 de
Setembro.
25
TIS

Decisão n.º 2003/33/CE, do Conselho, de 19 de Dezembro de 2002,
que estabelece os critérios e processos de admissão de resíduos em aterros
nos termos do artigo 16. ° e do anexo II da Directiva 1999/31/CE.
Óleos Usados

Directiva 75/439/CEE, do Conselho, de 16 de Junho -
Relativa à eliminação de óleos usados. A Directiva
2008/98/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19
de Novembro revoga o presente diploma, com efeitos a
partir de 12 de Dezembro de 2010.
26
TIS
Veículos em Fim de Vida

Directiva 2000/53/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 18
de Setembro - Relativa aos veículos em fim de vida.

Decisão 2005/63/CE, da Comissão, de 24 de Janeiro - Relativa aos
veículos em fim de vida, no que respeita às peças sobressalentes. Altera o
anexo II da Directiva 2000/53/CE do Parlamento Europeu e do Concelho,
de 18 de Setembro - Fonte: http://valorcar.pt

Directiva n.º 2007/46/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de
5 de Setembro
de 2007 - que estabelece um quadro para a homologação
dos veículos a motor e seus reboques, e dos sistemas, componentes e
unidades técnicas destinados a serem utilizados nesses veículos. Transposta
para a ordem jurídica interna pelo Decreto-Lei nº 16/2010, de 12 de Março.
Pilhas e Acumuladores

Directiva n.º 2006/66/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de
6 de Setembro de 2006,
relativa a pilha e acumuladores e respectivos
resíduos e que revoga a Directiva 91/157/CEE.

Directiva n.º 2008/12/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de
11 de Março, que altera a Directiva nº 2006/66/CE, do Parlamento Europeu
27
TIS
e do Conselho, de 6 de Setembro de 2006, relativa a pilha e acumuladores e
respectivos resíduos, no que diz respeito às competências de execução
atribuídas à Comissão
Embalagens e Resíduos de Embalagens

Directiva 94/62/CE, Do Parlamento Europeu e do Conselho, de 20 de
Dezembro - Relativa a embalagens e resíduos de embalagens.

Decisão 97/129/CE, Da Comissão, de 28 de Janeiro - Cria o sistema
de identificação dos materiais de embalagem, nos termos da Directiva
94/62/CE.

Decisão 99/177/CE, Da Comissão, de 8 de Fevereiro - Estabelece as
condições de derrogação para grades de plástico e paletes de plástico no
que diz respeito às concentrações de metais pesados estabelecidos na
Directiva 94/62/CE.

Decisão 2001/171/CE, Da Comissão, de 19 de Fevereiro - Estabelece
as condições de derrogação para embalagens de vidro no que diz respeito às
concentrações de metais pesados estabelecidos na Directiva 94/62/CE.
28
TIS
Resíduos de Equipamentos Eléctricos e Electrónicos

Directiva 2002/95/CE, do Conselho, de 27 de Janeiro de 2003 -
Relativa à restrição do uso de determinadas substâncias perigosas nos
Equipamentos Eléctricos e Electrónicos (EEE).

Directiva 2002/96/CE, do Conselho, de 27 de Janeiro de 2003 -
Relativa aos Resíduos de Equipamentos Eléctricos e Electrónicos (REEE).

Decisão 2004/249/CE, da Comissão, de 11 de Março de 2004 -
Relativa a um questionário que servirá de base aos relatórios dos EstadosMembros sobre a aplicação da Directiva 2002/96/CE do Parlamento
Europeu e do Conselho relativa aos Resíduos de Equipamentos Eléctricos e
Electrónicos (REEE).

Decisão 2005/618/CE, da Comissão, de 18 de Agosto de 2005 -
Altera a Directiva 2002/95/CE do Parlamento Europeu e do Conselho com o
objectivo de fixar concentrações máximas de determinadas substâncias
perigosas em Equipamentos Eléctricos e Electrónicos (EEE).
29
TIS
Legislação Portuguesa
Resíduos Sólidos Urbanos

Decreto-Lei 109/95, de 20 de Maio - cria o sistema multimunicipal de
valorização e tratamento de resíduos sólidos urbanos do Algarve e
competências.

Decreto-Lei nº 210/2009, de 3 de Setembro – Estabelece o regime
de constituição, gestão e funcionamento do mercado organizado de
resíduos.

Portaria nº 851/2009, de 7 de Setembro – Aprova as normas técnicas
relativas à caracterização de resíduos urbanos. O presente diploma revoga
o n.º 6.81 do Plano Estratégico para os Resíduos Sólidos Urbanos (PERSU
II), aprovado pela Portaria n.º 187/2007, de 12 de Fevereiro.

Despacho nº 3227/2010, de 22 de Fevereiro - Aprovação do
Programa de Prevenção de Resíduos Urbanos (PPRU) para o período de
2009-2016.

Portaria nº 165/2010, de 16 de Março - Estabelece um regime
excepcional aplicável ao «Projecto Limpar Portugal».
30
TIS
Limpar Portugal
Partindo do relato de um projecto desenvolvido na Estónia em 2008, um
grupo de amigos decidiu colocar “Mãos à Obra” e propor “Vamos limpar a
floresta portuguesa num só dia”. Em poucos dias estava em marcha um
movimento cívico que conta já com dezenas de milhares de voluntários
registados.
31
TIS
Na reciclagem antigamente não existiam os métodos eficazes de
reciclagem com máquinas de todas as tecnologias de agora.
A reutilização de produtos orgânicos para fazer a reciclagem ou seja:
Antigamente, tudo se aproveitava nada se deitava fora, no tempo dos
meus pais e avós comprava-se o açúcar, arroz, entre outros produtos a
avulso, ou por troca de produtos.
Como vendiam os produtos a avulso
Antigamente não havia água canalizada, tinham de a ir buscar em
cântaros de barro mais tarde passou a ser de plástico, e quando ficavam
vazias enchiam-se outra vez, em algumas situações andavam muito a pé ou
até mesmo iam buscar em carretas de bois, ou em cangalhas nos animais
como mulas ou machos, ainda hoje (2010) existe habitações sem água
canalizada (têm que a ir buscar as fontes em baldes para tudo ou seja
alimentação, limpeza de casa, higiene pessoal).
Transição dos cântaros para a torneira
32
TIS
A cinza do lume era para cozer tremoços, chicharros, que depois de
inchados iam ao lume juntamente com água e cinza, que depois de cozidos
são lavados para tirar a cinza e muda-se a água durante vários dias até tirar
o amargo, que depois de estarem já doces põe-se em água com sal e passado
algumas horas estão prontos para se petiscar.
Chicharo
Tremoços
Cinza proveniente do lume
33
TIS
A estopa e o linho também são cozidos com a cinza, que é para ficar mais
branco, pois a estopa e o linho são de cor castanho claro, que depois de
serem fiados fazem-se as meadas que são cozido depois, e coloca-se ao sol
para ajudar a branquear, não há muito tempo começou-se a usar lixívia para
branquear.
Exemplificar como se cose o linho e a estopa
Pelas descascas do milho aproveita-se depois as fatanas ( Invólucro do
milho) do interior que são as mais finas e macias e finas como brancas, que
depois se faz tiras ou seja se rasgam, para encher os colchões e
travesseiros que se utilizava antigamente, mas penso que ainda hoje (2010)
os utilizam, e quem semeava trigo, centeio, também aproveitavam a palha
centeio como o do trigo para o mesmo fim.
Fatana de milho
34
TIS
Os restos de comida/refeições quando sobrava davam aos animais e o que
ficava ainda na panela, servia para a próxima refeição.
As cascas dos alimentos como: as cascas de batata, cenoura, fruta davam
aos animais. As batatas estragadas, davam às animais cozidas e também
colocavam nas estrumeiras (local onde se acumula lixo como cascas, ervas,
estrume dos animais, passado algum tempo este lixo fica curtido, e pode ser
aplicado na fabricação da terra).
Os animais a aproveitar os restos de comida
35
TIS
O estrume dos animais como: gado bovino, caprino, suíno era utilizado
para adubar os terrenos depois de estarem curtidos (pois era o fertilizante
natural de antigamente/outrora), ainda hoje (2010) se utilizam em algumas
terras do nosso país.
Estrume dos animais na terra
Aplicação de fertilizantes (estrume curtido) natural
36
TIS
As peças de roupa que se estragavam eram aproveitados para fazer os
tapetes, mantas de retalhos e panos que se chamavam de rodilha, também
servia para remendar roupa como calças, camisas.
Roupa remendada
Tapetes de retalhos
37
TIS
Os matos dos terrenos tal como as ervas das hortas se cortavam e
juntavam aos montes para queimar, que era mais um fertilizante para as
culturas. Algum mato que se apanhava era para fazer a cama dos animais,
ainda hoje (2010) se faz este processo, pois ele vai aumentar o estrume e os
animais dormem mais quentinhos.
Queima de resíduos agrícolas
Cinza resultante de queima de resíduos agrícolas
Aplicação de cinzas
38
TIS
Quando tínhamos de fazer as necessidades fisiológicas era nas
estrumeiras (onde se depositava algum lixo e a cama dos animais), tinham
que se limpar com o sabugo de milho, folhas/plantas ou mato e até mesmo
pedras, porque não havia papel higiénico nos meios rurais.
Sabugo de milho
As garrafas, garrafões, frascos que existiam antigamente eram todos
limpos, para as donas de casa os utilizaram mais tarde, e nunca os deitava
fora, e quando se partiam era uma chatice. Estas embalagens tinham tara
(tinha que se pagar um valor, e quando iam devolver estas embalagens
recebiam esse valor (tara) se não levassem mais embalagens).
Garrafas e garrafões que se pagava tara
39
TIS
Os papéis que embrulhavam alguns alimentos eram guardados direitinhos
para poder embrulhar outros produtos mais tarde. Quando iam comprar um
pouco de fazenda ou seja tecido, era embrulhado em papel e atado com um
fio/corda, pois agora (2010) quando vamos às compras é só sacos de
plástico.
Papel pardo
Fio / corda de guita
Sacos de plástico
40
TIS
O saco de pano (serapilheira, linho) para produtos alimentares era usado
para guardar cereais (trigo, aveia, centeio, milho), leguminosas (feijão seco,
grão) e também nos sacos de pano grande para pôr pão.
Sacos de serapilheira
Sacos de linho
41
TIS
O solo (base) do pão, quando ficam queimadas ou pretas devido ao forno
estar demasiado quente, eram aproveitadas para fazer café, (juntava-se as
côdeas do pão com água que ia a ferver para se obter depois o café).
Pão queimado
42
TIS
PAPEL NA ANTIGUIDADE
Os registos pré-históricos de desenhos e sinais nas pedras e cavernas
foram no inicio da história contínua que retrata a cultura e os hábitos de
cada sociedade.
Na antiguidade, o povo egípcio, desenvolveu uma forma de utilizar o
junco ou seja o papiro, que ensopando-o com água e sovando/amassando até
obter uma forma de pergaminho, com espessura parecida a um tecido.
Papiro
Pergaminho
Os papéis que conhecemos tiveram origem na China que era misturando
cascas de árvores e trapos de tecidos, que depois de molhados eram batidos
até formarem uma pasta, que era depositada em peneiras para escorrer a
água, depois de secas tornava-se numa folha de papel.
Os trapos de algodão e linho ainda hoje, são utilizados por alguns países
na fabricação como o papel-moeda.
Os árabes assimilaram a técnica e divulgação na Península Ibérica quando
conquistaram (ou seja no inicio lá por 1300).
Os restantes países europeus só conheceram por volta dos séculos XIII
e XIV.
43
TIS
Na Idade Média devido ao trabalho de copiar manuscritos, em formas
artesanais de papel, foi possível conservar os registos da história da
humanidade até agora mais importantes.
Com a invenção da imprensa permitindo a impressão por linótipos em
papel, a disseminação da informação passou a ser mais rápida a acessível a
todos.
A revolução Industrial impulsionou mais essas mudanças, pois hoje o papel
seja o produto mais utilizado e antigo.
VIDRO NA ANTIGUIDADE
O vidro é feito a partir de uma mistura de matérias-primas naturais.
Foi descoberto por acaso que quando ao fizeram fogueiras na praia, os
navegadores perceberam que o calcário e a areia (conchas), se combinaram
através da alta temperatura.
A história do vidro remonta a alguns milénios com disputas entre quem
seria o descobridor do vidro, como os fenícios, persas, romanos, egípcios,
bizantinos, e chineses mas segundo Plínio, o velho, o século 1 d.C., os fenícios
seriam os primeiros a reproduzir, depois de longa observação o “fenómeno
natural de aquecimento e fusão sílica pela acção de um raio, formando uma
placa translúcida de vidro ou cristal”. Isto são vestígios arqueológicos, pois
a presença de contas de vidro colorido, colares, brincos e frascos
encontrava-se nas tumbas dos faraós, anterior aos encontrados com
fenícios. Leva a crer que a descoberta do vidro está na região do
Mediterrâneo.
Os sírios inventaram a técnica do vidro soprado, levando a um melhor
acabamento e mis beleza.
44
TIS
Técnica do vidro soprado
Os romanos levam a melhor por fundir a arte por toda a Europa Ocidental
e Oriente Próximo, por meio de um vasto império mercantilista. Quanto mais
complexa a produção de vidro mais presente estava nas casas de patrícios e
das igrejas, destinando-se os objectos de uso mais frequentes no quotidiano
e simplificado para a população.
Objectos de uso mais frequente
45
TIS
Existe registos da sua utilização desde 7000 a.C. por Sírios, Fenícios e
Babilónios.
Na sociedade actual o vidro está muito presente, que pode ser moldado
de várias maneiras como:

Pára-brisas e janelas de automóveis

Lâmpada

Garrafas

Garrafões

Frascos

Recipientes

Copos

Janelas

Lentes

Tela de televisores

Fibra óptica e muito mais
A matéria-prima do vidro foi sempre a mesma há milhares de anos, o que
mudou foi só a tecnologia sendo assim o seu processo mais rápido, e ter mais
diversidade.
O vidro foi assim desenvolvido na antiguidade por vários povos.
Para muitos povos não passava de um substituto barato de pedras
preciosas.
Os romanos combinaram o vidro com outros tipos de materiais como o
ferro o chumbo, criando inúmeros vasos ornamentais e mosaicos elaborados
com uma grande habilidade, fundamentais para a produção de vitrais. Foram
46
TIS
os primeiros a usar o vidro para janelas, contribuindo muito para a sua
evolução.
Mosaicos ornamentais
Vasos ornamentais
Os Romanos criaram um número de aplicações para o vidro, no que foram
seguidos pelos venezianos na Idade Média.
47
TIS
Aplicações em vidro
Nenhuma das outras grandes civilizações desenvolveu o vidro como os
europeus fizeram então.
Durante a idade média a arte vidreira manteve-se viva apesar de períodos
bastantes conturbados, e Constantinopla tornou-se refúgio de artistas que
acabaram por receber influências helenísticas e árabes que enriqueceram a
qualidade da fabricação do vidro, como o uso de vidros coloridos.
Durante a idade média esteve muito vinculado á religiosidade e técnica
refinada.
O renascimento marcou por um espírito científico e racional conduziu o
vidro para a era da industrialização foi assim a perfeição do vidro, “o vidro
perfeito”.
48
TIS
METAL
O primeiro metal a ser descoberto foi na Pré-história, no Oriente Médio.
Com a descoberta deste material e posteriormente de outros metais foi
possível desenvolver ferramentas mais eficientes que as pedras.
Com o uso do metal também foi possível fabricar a roda.
Na idade Média o processo siderúrgico corrente era da forja catalã, que
é um pequeno forno dentro do qual colocasse o minério junto com o carvão
de madeira soprando ar através de um fole, movido a braços ou por força
animal, o êxito melhor que no processo da anterior, com fornos de lupa que o
ar é soprado para dentro do forno e a combustão alcança temperaturas mais
elevadas. Pois a forja catalã não chega a derreter completamente.
Através da história desde a descoberta da metalurgia a utilização do
metal tem aumentando muito rápido. No século XIX descobriram novos
métodos de fabricação do aço, os metais desconhecidos aos antigos como o
cobalto, o níquel, o vanádio, o nióbio e o tungsténio, foram utilizados em
combinação com o aço, formando ligas de metal de dureza e propriedades
inusitadas. Desenvolveram-se métodos de obtenção do alumínio, do magnésio
e do titânio, metais que têm sido usados para construção em grandes
escalas.
49
TIS
Actualmente encontram-se em nossas casas como:

Panelas

Talheres
 Nos automóveis
 Em embalagens de alimentos
 Etc.
50
TIS
O metal é sólido não deixa passar a luz (é opaco), e conduz bem a
electricidade e o calor, possuindo um brilho especial chamado de metálico.
Quando aquecido é maleável, podendo ser moldado em várias formas,
desde fios até chapas e barras.
Varias formas de metal
51
TIS
Os metais podem ser encontrados misturados no solo e rochas (chamados
de minérios).
Exemplificação de extrair metais
52
TIS
Materiais reutilizáveis
53
TIS
Tipos de materiais que as pessoas reutilizavam e de que forma?
No Passado…
Utilizava-se os cântaros de barro para buscar água e reutilizava-se
várias vezes
Utilizava-se fraldas feitas de algodão que reutilizava-se depois de
lavadas para o mesmo fim.
As roupas depois de velhas eram reutilizadas na confecção de novas
peças de roupa ou na confecção de tapetes.
Os garrafões de vinho eram reutilizados no uso doméstico como depósito
de água ou cortado e adaptado como aquário.
Quando fossemos ao pão utilizávamos sacos feitos de algodão que era
posteriormente reutilizado para a mesma finalidade.
A falta de cadernos escolares utilizava-se a ardósia que era várias vezes
reutilizado pelos alunos nas aulas.
Os sacos de semente de batatas eram reutilizados para a recolha de
outros produtos, e também para a protecção dos trabalhadores como
protecção para a cabeça durante o descarregamento de mercadorias.
Os rolamentos quando já não tivessem utilidade na mecânica eram
reutilizados na construção de carros de rolamentos que serviam como
brinquedos.
Os eixos dos carros assim como as suas rodas eram reutilizados em
carros puxados por animais que serviam de transporte.
As garrafas de bebidas brancas eram reutilizadas como recipiente para
água e colocadas no frigorífico.
As latas de conserva grandes eram reutilizadas para colocarem plantas
ou como medidas para a venda de produtos.
54
TIS
Os principais contaminantes que se encontram no vidro devem ser
separados com muito cuidado, são eles os gargalos de metal, as tampas e
outros materiais diferentes presentes neste tipo de embalagem.
Os cascos devem chegar às vidreiras sem nenhum tipo de impurezas, tais
como pedras, pedaços de madeira, ferro, plástico entre outros, todos estes
materiais provocam problemas na hora da fabricação, alguns interferem na
qualidade do produto final, podendo ainda causar danos no forno.
Triturador de vidro Móvel
O vidro nem todo pode ser reciclado devido á percentagem de produtos
diferentes dos usados em embalagens, na sua composição original.
O ideal é que o vidro antes de chegar às
vidreiras para ser reciclado, passe por um
processo de separação muito exigente para
garantir a qualidade do material, os rótulos de
papel
não
interferem,
pois
são
totalmente
queimados no interior dos fornos.
55
TIS
Vidros recicláveis: Recipiente sem geral;
Copos;
Garrafas de vários tamanhos;
Embalagens de molhos, entre outros;
Vidros não recicláveis: Vidros planos;
Espelhos;
Lâmpadas;
Tubos de TV;
Cerâmica;
Porcelana.
Para um aproveitamento adequado e o aumento no valor agregado do
produto, o ideal é fazer uma pré-lavagem, para ser retirado todo o tipo de
contaminantes.
Depois da separação as garrafas devem ser trituradas com o objectivo de
diminuir o volume para o transporte. As garrafas são colocadas na moagem e
ficam prontas para o transporte.
Unidade de Moagem e Lavagem de Vidro
56
TIS
Processo de Reciclagem do Papel
57
TIS
O papel que já foi reciclado não é nada parecido, com aquele que é usado
pela primeira vez. O papel depois de ser reciclado tem a cor, a textura, a
medida da grossura e densidade (gramatura), são diferentes, isto acontece
porque o material já usado, não volta ao seu estado original. O papel é
transformado numa massa, que no final do processo resulta num material de
características diferentes.
O primeiro passo para a reciclagem do papel, consiste na separação
correcta do mesmo, de modo a evitar a sua contaminação por grampos,
clipes, elásticos, tintas, entre outros.
As editoras e as gráficas, trabalham praticamente só com papel, o
material que vem destes locais normalmente é de boa qualidade, porque
apresenta pouca contaminação e é enfardado correctamente.
Os hipermercados, os shoppings, as médias e grandes lojas descartam
grandes quantidades de caixas de papelão.
O papel que vem de outros sítios apresenta problemas para a reciclagem,
pois é mais contaminado, por não ser separado como deve ser. Para melhorar
a qualidade do papel descartado pela sociedade, é necessário fazer um
maior investimento na educação e informação sobre este assunto.
58
TIS
Após a sua colheita o papel é escolhido de forma a serem retiradas todas
as matérias perigosas, para o equipamento ou processo. A eficácia desta
operação é determinante, para fazer a prensa.
O papel usado é classificado através da qualidade, origem e presença de
matérias toleradas.
A trituração consiste em dimensões pré-determinadas, de alguns lotes de
papel, como revistas, jornais e aparas.
As operações finais deste processo correspondem ao enfardamento e á
venda do papel usado às indústrias de reciclagem, que se encarregam de
fazer a sua transformação em papel pronto para ser reutilizado.
O processo de reciclagem do papel usado
é semelhante ao do papel virgem, sendo o
primeiro mais intensivo.
59
TIS
A reciclagem do papel é feita através do aproveitamento das fibras de
celulose que existem nos papéis usados. O papel só pode ser fabricado com
fibras secundárias (papel 100% reciclado), ou ter a incorporação de pasta
para papel. As fibras só podem ser recicladas, entre 5 e 7 vezes, pois a
obtenção de papel reciclado várias vezes implica adicionar alguma
quantidade de pasta de papel virgem, para substituir fibras não existentes.
As fazes do processo industrial da reciclagem do papel são:
Desagregação ou maceração – é a mistura do papel velho com água, de
modo a enfraquecer as ligações entre as fibras;
Depuração e lavagem – têm como objectivo eliminar os contaminantes. O
processo é parecido ao peneirar o papel, com peneiras cada vez mais
pequenas;
Dispersão – é feita através de temperaturas de 50ᵒC a 125ᵒC para
dissolver os contaminantes, que depois são dispersos;
Destintagem – consiste na remoção das partículas de tinta aderentes á
superfície das fibras;
Branqueamento – para a maior parte dos produtos reciclados, a
destintagem é suficiente para obter o grau de brancura adequada, no
entanto, para os produtos de alta qualidade, o grau de brancura das pastas é
inferior ao desejado, por este motivo ainda é feito um branqueamento
utilizando produtos alvejantes.
60
TIS
Nesta face da reciclagem, a pasta está pronta para o processo de refino,
onde os aditivos podem ser adicionados á massa como sulfato de alumínio,
amido de mandioca, entre outros.
Depois da obtenção da pasta, o processo de fabricação do papel é
semelhante ao da pasta de celulose virgem, podendo variar de acordo com o
produto que se pretende obter:

Mesa formadora é um vácuo que retira a humidade em excesso;

A prensa acerta a gramatura do papel;

O papel passa pelos rolos secadores;

Chega até á enroladora;

Forma-se um rolo de papel;

O rolo é transportado por uma ponte rolante até á rebobinadora;

O papel é rebobinado conforme o formato da bobina;

A bobina de papel já terminada vai para o controle de qualidade.
61
TIS
O papel depois de reciclado pode ser transformado em vários produtos
como papel higiénico, guardanapos, toalhas de rosto, papéis de embrulho,
sacos, embalagens para ovos e fruta, papelões, caixas de papelão, papel de
jornal e até papel para impressão offset, que pode ser usado em cadernos,
livros, materiais de escritório, envelopes, entre outros. O papel de
impressão offset é obtido através de uma selecção rigorosa da matériaprima original, que é o material que vem de aparas de gráficas.
O papel reciclado para impressão offset tornou-se famoso, mas enfrenta
alguma resistência porque é mais caro, do que o papel da matéria-prima
virgem
Diagrama simplificado do processo de reciclagem industrial de papel
62
TIS
Processo de reciclagem do metal
A Novelis é uma empresa que recicla alumínio, no seu centro de
reciclagem, que se situa em Pindamonhangaba, no Vale do Paraíba.
O processo de reciclagem do metal tem inicia com a colheita das latas de
alumínio, que é feita pelos processadores de sucata, que vendem o material
já compactado para a Novelis.
Reciclagem da lata de alumínio
63
TIS
O alumínio inicialmente vai para área fria da reciclagem, onde é feita a
alimentação dos fardos de latas usadas, num desenfardador, que parte os
blocos em pedaços. Um tapete rolante leva o material para um moinho de
facas, onde os pedaços de blocos são completamente desmanchados. Depois
um separador electromagnético remove metais ferrosos, que possam estar
misturados com o alumínio.
Em seguida as latas vão para o moinho de martelos, onde são picotadas e
o resultado desse picotado é um material que se chama cavaco. É feita uma
nova separação magnética, para garantir a pureza do material que será
reutilizado. Por isso a próxima etapa também é muito importante, uma
peneira vibratória retira terra, areia e outros resíduos, o separador
pneumático completa este processo através de jactos de ar que separam
papéis, plásticos e outros materiais.
Os cavacos (alumínio picotado), de seguida vão para um silo de
armazenagem com capacidade para 13 toneladas. É muito importante saber
que todos estes equipamentos possuem sistemas de exaustão e as emissões
são tratadas num sistema a frio antes de serem libertadas para a
atmosfera.
O próximo passo é a remoção de todas as tintas e vernizes que cobrem os
cavacos, através de um sistema de tecnologia de fluxo simultâneo
ar/cavaco, isto acontece no interior de um grande forno cotativo com 3m de
diâmetro e 11m de comprimento,
que tem como nome: forno kiln. O
gás que é libertado no processo
de remoção de tintas e vernizes
é
reaproveitado,
como
combustível no próprio forno.
64
TIS
De seguida este material passa para o forno de fusão, que é dividido em
duas câmaras, nas quais um sistema de agitação do metal provoca a
submersão do cavaco no banho de metal líquido, para que derreta. Este
material líquido é colocado em cadinhos, onde são retiradas amostras desta
composição química para análise.
O metal é levado para a laminação de chapas onde serão transformadas
novamente em latas. As emissões de impurezas geradas neste processo de
reciclagem, são encaminhadas para uma área de tratamento, garantindo
total segurança para meio ambiente.
65
TIS
Diagrama da reciclagem do metal
66
TIS
Processo de Reciclagem de Pneus
O processo de recuperação dos pneus exige a separação das borracha
vulcanizada de outros componentes, como por exemplo metais e tecidos. Os
pneus são cortos em lascas e purificados através de um sistema de peneiras.
As lascas dos pneus são moídas e de seguida, são submetidas á digestão em
vapor de água e produtos químicos, como álclis e óleos minerais, que serve
para desvulcanizá-las.
De seguida o produto obtido é refinado em moinho até á obtenção de uma
manta uniforme, para a obtenção de pequenos pedaços de borracha. Este
material é utilizado para várias coisas como:

Cobrir áreas de lazer e quadras desportivas;

Fabricar tapetes para automóveis;

Passadeiras;

Saltos e solas de sapatos;

Colas e adesivos;

Câmaras-de-ar;

Rodos domésticos;

Tiras para indústrias de estufados;

Buchas para eixos de camiões;

Entre outros produtos.
67
TIS
Processo de reciclagem de pilhas e baterias
Foram desenvolvidos alguns processos para a reciclagem de pilhas e
baterias em vários países.
Para promover a reciclagem de pilhas, primeiro é necessário saber
qual a sua composição. Infelizmente não à um grande conhecimento em
relação ao tamanho ou formato das pilhas. Têm sido realizadas pesquisas em
vários laboratórios de modo a poder desenvolver processos para reciclar as
baterias usadas, ou em alguns casos tratá-las para uma disposição segura.
Os processos de reciclagem de pilhas e baterias podem ter três
fases distintas, são elas, a baseada em operações de tratamento de
minérios, a hidrometalurgica ou a pirometalurgica. Por vezes estes
processos são só para a reciclagem de pilhas, outras vezes as pilhas são
recicladas em conjunto com outros tipos de materiais.
68
TIS
Alguns processos de reciclagem de pilhas:
SUMITOMO – Este processo de reciclagem é realizado no Japão e é
totalmente pirometalurgica e tem um custo bastante elevado. Este tipo de
reciclagem é utilizado em todos os tipos de pilhas, menos nas pilhas do tipo
Ni-cd.
RECYTEL – Este processo de reciclagem é utilizado na Suíça e nos países
baixos desde 1994 e combina pirometalurgica com hidrometalurgica e
mineralúrgica. Este processo é utilizado na reciclagem de todos os tipos de
pilhas e também em lâmpadas florescentes e tubos diversos que contenham
mercúrio. RECYTEC não é utilizado para a reciclagem de baterias de Ni-cd,
que são separadas e enviadas para uma empresa que faça esse tipo de
reciclagem. O investimento necessário para este processo é menor do que o
do SUMITOMO, mas os custos de operação são maiores.
ATECH – É um processo mineralúrgico e os seus custos são inferiores aos
anteriores. Este processo é utilizado em todos os tipos de pilhas.
SNAM – SAVAM – É um processo francês e totalmente pirometalurgico
para a recuperação de pilhas do tipo Ni-cd.
As baterias do tipo Ni-cd na maior parte das vezes são recuperadas,
separadas das outras por causa de dois factores importantes, a presença de
cádmio, que promove algumas dificuldades na recuperação do mercúrio e do
zinco por destilação, o outro é a dificuldade de se separar o ferro e o
níquel.
69
TIS
Descarregamento, selecção e separação – antes de iniciar este
processo é necessário seleccionar os produtos com alguma semelhança de
matéria-prima.
Descarregamento do material recolhido
Corte de pilhas - a primeira separação é feita da carcaça, normalmente
de plástico e do restante. O material que não pode ser reaproveitado é
levado para empresas que fazem a reciclagem desse tipo de material.
As pilhas são cortadas para a separação dos vários materiais
70
TIS
Moagem – nesta face é feita a separação de alguns materiais como o aço,
que é levado para outras empresas que fazem a reciclagem do aço, neste
processo aparece o pó químico.
Equipamento de moagem de pilhas e baterias
Reactor químico – o pó químico passa por reacções químicas, como
precipitações que podem formar diferentes compostos químicos. A escolha
do produto depende da necessidade do mercado.
Operador manipula pó químico dentro do reactor
71
TIS
Filtragem e prensagem – juntamente com os filtros e a prensa é feita
uma nova separação entre líquidos e sólidos.
Prensagem que auxilia na separação de sólidos e líquidos
Calcinador - numa espécie de forno, os elementos sólidos são aquecidos.
Calcinador aquece os sólidos
72
TIS
Nova moagem - depois dos produtos condensados, é feita uma nova
moagem.
Mais uma moagem é feita durante o processo
Produtos finais – são obtidos sais e óxidos metálicos que são usados por
indústrias de tintas, cerâmicas e outros tipos de produtos químicos.
Possíveis produtos finais da reciclagem de pilhas
73
TIS
Tratamento de afluentes – depois dos tratamentos todos que foi
submetido, ainda recebe um tratamento de efluentes e de gazes para
deixar o processo o mais limpo possível.
O tratamento dos efluentes é imprescindível
Compostagem como funciona
Nos últimos anos a produção destes residuais sólidos tem aumentado
muito, por causa de uma vida exageradamente consumista, que é fruto do
avanço tecnológico. O tratamento e o destino final de resíduos sólidos é um
processo de grande importância, nas políticas sociais e ambientais dos
países mais desenvolvidos. Grande parte destes resíduos é matéria orgânica
e um dos processos mais utilizados com este tipo de material é a
compostagem.
74
TIS
A
compostagem
é
um
processo
biológico,
através
do
qual
os
microrganismos convertem a parte orgânica do RSU (Resíduos Sólidos
Urbanos), num material estável tipo húmus, que tem o nome de composto. A
compostagem embora seja um processo controlado, pode ser afectado por
vários factores físico-químicos, que devem ser respeitados, pois existem
vários sistemas para a degradação da matéria orgânica.
A compostagem é a transformação da matéria biodegradável em
composto, é um processo natural em que a intervenção humana, só serve
para acelerar, controlar e monitorizar todo o processo.
Em primeiro lugar os resíduos são transformados em pedaços pequenos.
75
TIS
A primeira camada que é posta no fundo do composto, é feita com
troncos pequenos ou pedaços de árvores, de forma a permitir o arejamento
dos resíduos. De seguida a matéria-prima a reciclar é colocada no
compostor, alternando os produtos verdes, com os castanhos, onde vai
acontecer a sua decomposição natural, a temperatura das pilhas é
monitorizada, por poder determinar o estado de decomposição.
Durante a decomposição, as pilhas do material são mexidas com um
volteador, de forma a garantir uma decomposição por igual de toda a
matéria, através da oxigenação das pilhas, acelerando assim o processo da
compostagem.
Em simultâneo é efectuada a rega do composto com água, de preferência
com um regador, de forma a controlar o teor de humidade do material a
compostar. O composto não pode estar completamente seco, mas também
não pode estar encharcado, caso contrário forma uma massa compacta que
não deixa entrar o ar, dificultando assim a decomposição natural.
76
TIS
O processo de compostagem
Quando é atingida a fase da estabilização, cerca de 3 ou 4 meses depois,
vê-se a formação de uma substância parecida á terra, que é o que resulta da
compostagem, este material é o composto.
Ao nível industrial é colocado num crivo rotativo que o separa em 2 tipos
de produtos, o composto propriamente dito, com uma dimensão mais
reduzida e outro produto mais grosseiro chama-se mulching.
Os produtos verdes são: restos de matéria orgânica da cozinha ou
cantina, aparas de relva, folhas e flores frescas. Os produtos castanhos
são: a palha, o feno, carumas, folhas de flores ou árvores secas.
77
TIS
A transformação de resíduos verdes em composto, possibilita não só a
diminuição
dos
resíduos
depositados
nos
aterros,
mas
também
o
aproveitamento racional dos recursos naturais. O composto que resulta da
transformação natural da matéria biodegradável dos resíduos verdes é
muito bom para a agricultura, jardim e espaços verdes, também é
fertilizante e condicionador de solos.
78
TIS
O que pode ser colocado na compostor é:
Legumes, fruta, cascas, cascas de ovos, pão, massa, sacos de chá e café,
folhas, relva, caules, flores, ramos, palha, feno, aparas de madeira, papel,
cartão, palha, madeira não tratada e cinzas.
O que não se pode colocar no compostor é:
Pilhas, vidro, metal, plástico, medicamentos, produtos químicos, têxteis e
tintas, excrementos de animais domésticos e plantas doentes.
79
TIS
Processo de reciclagem do óleo
O processo de tratamento do óleo vegetal usado é muito simples e não
necessita da adição de nenhum produto químico.
Antes de submeter o óleo usado ao processo de limpeza, devemos ter em
conta algumas observações referentes á qualidade do resíduo:
Cloreto do óleo – o óleo usado deve ser o mais cristalino possível, pois
óleos muito turvos e esbranquiçados podem conter muita água ou gordura
misturado.
Gordura saturada – gordura acumulada esbranquiçada no fundo do
depósito representa muita gordura saturada que não pode ser aproveitada
como combustível.
Óleos dos restaurantes – gordura vegetal hidrogenada, ingrediente dos
óleos especiais para fritadeiras industriais, usado em alguns restaurantes,
não como uso directo de combustível. A gordura hidrogenada é fácil de
identificar, pois fica sólida a temperaturas mais baixas.
Também não se deve utilizar óleo com muitos restos de comida.
Depois de tomados os devidos cuidados podemos reciclar o óleo vegetal
para usar como combustível, este processo de reciclagem divide-se em 4
passos:
80
TIS
Decantação
O óleo é colocado num tanque onde deverá repousar alguns dias, para que
os resíduos como água e restos de comida se acumulem no fundo do tanque.
O óleo que fica em cima poderá ser facilmente retirado para passar ao
próximo processo de limpeza.
Lavagem
Muitas vezes o óleo encontra-se salgado ou doce, o que pode ser
prejudicial para o motor. Nesta fase o óleo é colocado num outro tanque
onde lhe juntam água, para que esta absorva açucares e sais que o óleo ainda
possa ter. Alguns dias depois desta operação, a água ter-se-á acumulado no
fundo do tanque e o óleo pode ser tirado mais uma vez.
Secagem
Depois do processo anterior ainda pode restar alguma água junto ao óleo.
O óleo deverá ser aquecido até 100graus durante alguns minutos de forma a
evaporar a água que ainda resta no óleo. Este aquecimento pode ser feito de
forma segura com a ajuda de uma resistência eléctrica para óleo vegetal.
Filtragem
Por último, o óleo é sujeito um último e obrigatório processo de microfiltragem, que é feita através de um bombeamento ou sacos de filtragem
por
gravidade.
A
filtragem
mínima
recomendada para o óleo usado é de um
mícron. Depois deste último processo, o
óleo está pronto para ser usado como
biocombustível.
81
TIS
Objectos resultantes da reciclagem
82
TIS
Papel

Blocos de anotações

Cartões de visitas

Caixas

Folhas para impressão

Álbuns
83
TIS

Canetas ecológicas

Pastas

Caixas para vinhos

Pratos de papel
84
TIS

Embalagens para comida

Caixas de som de papel
reciclado

Adornos de papel, manualidades com papel
reciclado ,
85
TIS
Plástico

Granulado plástico

Papel a partir de plástico
reciclado

Telhas feitas a partir de
plástico reciclado
86
TIS

Ratos ópticos feitos de plástico reciclado

Chapa fabricada com a reciclagem de embalagens longa vida préconsumo, com fina camada de plástico reciclado branco

Criada pelo designer industrial Matt Clark, da Califórnia, a bicicleta
IV-1 é feita de plástico – tanto a estrutura externa quanto a interna.
Foi desenhada para ser produzida industrialmente a partir de
reciclagem de objetos de plástico, para reduzir custos e o impacto
ambiental.
87
TIS

Livro feito de plásticos reciclados (embalagens, rótulos e sacolas
plásticas)Bolsas feitas de sacos plásticos
 Brinquedos feitos partir do
plástico

Apara-lápis feito a partir
de rolinhos de plástico de
PVC, tendo como base um
CD e as plaquinhas em
EVA com gravura
88
TIS
Roupa feita a partir do plástico reciclado
89
TIS
O aparecimento do ecoponto
90
TIS
A história da menina Reciclagem
Era uma vez uma menina que se chamava Mafalda e que um dia foi
comprar uma roupa nova. Ela escolheu uma saia verde, uma camisola amarela,
uns sapatos azuis e uma fita vermelha que colocou no seu cabelo.
Ela gostava de passar as tardes a separar o lixo, cascas de banana para
um lado, papel para o outro, vidro para o outro, plástico para o outro e as
pilhas para outro.
Com o tempo a sua amiga Ana começou a reparar no que a menina fazia.
Então decidiu perguntar-lhe o que ela estava a fazer.
- Mafalda, o que estás a fazer? – Perguntou a Ana.
- Estou a separar o lixo. É muito simples. – Respondeu a Mafalda.
- Mas, porque fazes isso em vez de brincares comigo? – Perguntou a
amiga.
A Mafalda respondeu:
- Eu gosto muito de brincar contigo. És a minha melhor amiga. Mas,
também me preocupo com o meio ambiente. Sem ele não podemos viver nem
brincar. Sabias que se reciclares o lixo reduzes a quantidade de lixo nas
lixeiras, logo proteges o planeta e podes brincar num ambiente mais
saudável!?
- Mas o que estás para aí a dizer? – Disse a Ana.
- Estou a dizer-te que é importante utilizar novamente algum do lixo que
vai para as lixeiras. Só reciclando e reutilizando reduzimos lixo, protegemos
e preservamos o nosso planeta. Ele é tudo o que temos. – Disse a amiga
Mafalda.
- Pois é! Continuas teimosa e já vi que não vais brincar comigo. –
Respondeu a Ana.
91
TIS
- É por causa de pessoas como tu que não se preserva o ambiente. Umas não
gostam, outras não sabem e outras não se importam que se recicle pouco
lixo.
E reciclar é muito importante para ti, para mim e para toda a gente. Só
assim se consegue um ambiente mais limpo. Fazendo novas embalagens a
partir das velhas. E tu podes ajudar em tua casa, separando o teu lixo. Vais
ver como vais gostar! – Afirmou a Mafalda.
A Ana mais convencida, respondeu:
- É como diz a professora “tratar do lixo, antes que ele trate de nós”.
Assim, começou a haver ecopontos, o verde para o vidro, o azul para o
papel, o amarelo para o plástico e o vermelho para as pilhas, tal como
as cores que a menina comprou para vestir.
Já sabes separar as tuas próprias embalagens?
Sabias que, para fabricar as embalagens temos de ir buscar recursos ao
planeta?
O plástico é feito a partir do petróleo, o alumínio a partir de um minério,
os livros destruindo algumas árvores e as garrafas de vidro com areias.
92
TIS
Já tinhas pensado que, se reciclarmos ou voltarmos a utilizar os
materiais, reduzimos essa necessidade?
Podes ajudar os teus pais a separar o lixo em casa e assim ajudas a
poupar estes recursos. Por exemplo, tem atenção para onde vão os papéis de
embrulho das prendas neste Natal. Se não os podes reutilizar, então deitaos no ecoponto azul para seguirem o caminho da reciclagem.
O que é o ecoponto?
93
TIS
Um ecoponto é um conjunto de contentores onde se depositam materiais
como o papel e cartão, embalagens de plástico e de metal, vidro e pilhas. Os
ecopontos localizam-se em locais públicos, como feiras, escolas, complexos
desportivos, entre outros.

Ecoponto Azul: papel e cartão.

Ecoponto Amarelo: Plástico e metal.

Ecoponto Verde: garrafas e embalagens de vidro.

Pilhão Vermelho: pilhas.
Os materiais que são depositados no ecoponto depois de recolhidos, vão
para o ecocentro, que são conjuntos de contentores de grandes dimensões
destinados a receber e a armazenar separadamente os resíduos que podem
ser reciclados, mas também recebem outros materiais, tais como
electrodomésticos velhos, restos de madeira e óleos usados. A partir daqui,
os resíduos seguem para os centros de triagem, onde os operadores
especializados separam o papel do cartão, as embalagens plásticas das
metálicas, etc.
Um Ecoponto é formado por uma bateria de três contentores de cores
diferentes que se encontram distribuídos por todo país. Para além dos
Ecopontos, a ERSUC tem ainda uma vasta e de contentores isolados.
Eles fazem parte de um processo de recolha selectiva, associado à
reciclagem e reaproveitamento dos resíduos.
94
TIS
Em Portugal são as Autarquias e Sistemas Municipais as entidades
responsáveis pelos ecopontos e a Sociedade Ponto Verde a entidade gestora
responsável pelo envio para reciclagem das embalagens recolhidas nos
ecopontos.
95
TIS
Política dos 3R’s

A política dos 3 R's consiste num conjunto de medidas de acção
adoptadas em 1992, na Conferência da Terra realizada no Rio de Janeiro
bem como no 5º Programa Europeu para o Ambiente e Desenvolvimento de
1993.

Reduzir: diminuir os lixos que fazemos. Devemos começar por reduzir
o número de embalagens que compramos diariamente. Este é o primeiro
passo e o mais importante (o mesmo saco de plástico serve para várias idas
ao supermercado, a mesma garrafa para refrescar água no frigorífico).

Reutilizar: utilizar várias vezes a mesma embalagem de diferentes
formas, é voltar a usar uma embalagem já usada. É uma forma de reduzir os
resíduos que produzimos para além de desenvolver a nossa criatividade
(fazer caixinhas para colocares os lápis ou os clipes, brinquedos com latas
de conserva).

Reciclar: transformar em útil o que se tornou inútil, ou então tornar o
velho em novo. É transformar em algo novo aquilo que não pode ser reduzido
nem reutilizado (papel, vidro, metal, etc). Por isso, toca a ir mais vezes ao
ecoponto!
Reduzir
Reciclar
Reutilizar
96
TIS
1.
A política dos três R (s) devemos cumprir, para o Planeta não poluir!
2.
Para o Planeta viver, temos que o proteger!
3.
Para o nosso bem-estar, devemos reciclar!
4.
A Biodiversidade depende de cada um de nós!
5.
Para o gelo não derreter, o Planeta não pode aquecer!
6.
A Terra é nossa mãe, por isso devemos tratá-la bem!
7.
Lixo reciclado…. Planeta amado!
8.
Para energia poupar, as renováveis devemos utilizar!
9.
Deixe de poluir, ajude o planeta a sorrir!
10.
Reduzir, Reciclar e Reutilizar é o que está a dar!
97
TIS
O Meu Ecoponto é um projecto desenvolvido pelo GEOTA e pela
Sociedade Ponto Verde, e é apoiado por diversas entidades. Lá podemos
procurar qual o ecoponto mais perto de nossa casa. Podemos também saber
qual a entidade responsável por esse Ecoponto e, para utilizadores
registados, classificar o estado do Ecoponto. Contribuindo assim para um
melhoramento dos mesmos por parte das Autarquias e das entidades
responsáveis.
História do Ecoponto Mágico
Perto da minha habitação existe um ecoponto.
Até aqui nada de mais, trata-se um ecoponto como muitos outros. Do alto
da imponência dos diversos contentores que o constituem, reflectem-se
valores nobres, como a defesa do meio ambiente e a preservação da terra
para os habitantes futuros.
No entanto, apercebi-me a algum tempo que o ecoponto perto de minha
casa ganhou uma importância deveras extraordinária. Este ecoponto revelou
ser um espelho do comportamento da sociedade portuguesa, de maneira que,
a partir de agora, vou começar a chamá-lo de ecoponto mágico.
Ora bem, certo dia, estava eu a olhar para o ecoponto mágico, num
daqueles momentos de reflexão automáticos em que se aplica a famosa
expressão “como um boi a olhar para um palácio”, quando de repente avisto
ao longe o espectacular veículo que faz a trasfega do conteúdo dos
contentores, de maneira a deixá-los com o devido espaço vazio para que as
pessoas possam lá colocar o fruto da sua separação de resíduos caseira. Fui
um observador atento daqueles esforçados e barulhentos trabalhos. No fim
da operação, o veículo que tratou de descongestionar o conteúdo do
98
TIS
ecoponto mágico, seguiu a sua vida em direcção a novas paragens de
trasfega.
E eis senão quando, consegue avistar-se ao fundo aquela personagem
feminina, deslumbrante, e com um saco de garrafas vazias na mão, dirigindose ao ecoponto mágico. Ao chegar junto do Ecoponto mágico, deu-se a magia.
A bela rapariga pousou o seu delicado saquinho de garrafas no chão,
encostadinho ao contentor, e dirigiu-se de novo em direcção ao lugar de
onde tinha vindo. Eis o retrato da sociedade portuguesa no seu máximo
esplendor.
Ouçam…o contentor estava VAZIO! Tinham acabado de o esvaziar e a
moça não se deu ao esforço de gastar umas 100 calorias no intuito de
colocar as garrafas no contentor e o respectivo saco plástico também no
local apropriado.
Eu não consegui resistir em lançar o piropo: “A continuar assim não vai
haver dietas que te valham”. Ok, fui rude eu sei…mas manifestei dessa
forma aquilo que o ecoponto mágico acabava de espelhar acerca da
sociedade portuguesa, o comodismo.
Esta situação, como muitas outras a que se vão assistindo nos
hipermercados mágicos, nos estacionamentos mágicos e em tantos outros
lugares mágicos de Portugal, reflectem aquilo que se deve combater de
forma afincada e prioritária no sentido de efectivamente melhorar o nosso
país.
O problema de Portugal não são os Políticos, o problema é a sociedade! A
questão é que os nossos Políticos também são mágicos, porque acabam por
espelhar aquilo que a nossa sociedade representa.
Deixemo-nos dos comodismos e dos conformismos. Basta do discurso do
“deixa estar, não vamos agora reclamar e fazer vergonhas”.
99
TIS
De minha parte eu vou continuar a tentar não ser considerado o Mário
mágico. Espero que o resto da sociedade também, porque para mágico, já
temos o Luís de Matos, e pelos vistos não é tão mau quanto isso.
No âmbito deste tema, decidimos realizar um pequeno questionário a 38
pessoas, para verificar se as pessoas estão consciencializadas para a
reciclagem.
1º Faz a separação do lixo na sua casa?
32%
sim
não
68%
Ao fazermos este questionário verificamos que a maioria dos inquiridos faz
a separação do lixo.
100
TIS
2º Gosta de fazer reciclagem?
10%
8%
Sim
Não
82%
Não respondeu
82% Dos inquiridos responderam que sim,
10% Responderam que não,
E 8% não respondeu.
3º Concorda com a reciclagem?
40
30
38
20
0
10
0
Sim
Não
Todos os inquiridos concordam com a reciclagem
101
TIS
4º Tem um ecoponto perto da sua casa?
20
18
20
19
Sim
Não
Não
18
Sim
17
20% Dos inquiridos tem um ecoponto perto de sua casa.
5º Sempre fez reciclagem desde o seu aparecimento?
6
30
Sim
2
Não
Não repondeu
0
10
20
30
40
30% Dos inquiridos responderam que não,
6% Responderam que sim,
E 2% não responderam.
102
TIS
6º Sabe quais os materiais que servem para reciclar?
0
Sim
Não
38
Todos os inquiridos conhecem os materiais que podem ser reciclado
7º Incentiva os seus filhos á reciclagem?
3
Não respondeu
2
Não
33
0
10
20
Sim
30
40
33% Dos inquiridos incentivam os filhos à reciclagem,
3% Não respondeu,
2% Não incentivam os filhos á reciclagem.
103
TIS
8º Há quanto tempo faz a reciclagem do lixo?
1
Não respondeu
9
Nunca
5
8 - 10 anos
9
5 - 8 anos
5
3 - 5 anos
9
1 - 3 anos
0
2
4
6
8
10
1% Dos inquiridos não respondeu,
9% Nunca fez reciclagem,
5% Dos inquiridos faz a reciclagem á 8 - 10 anos,
9% Dos inquiridos faz reciclagem á 5 – 8 anos,
5% Dos inquiridos faz reciclagem á 5 – 3 anos,
9% Dos inquiridos faz reciclagem á 1 – 3 anos.
104
TIS
Ao realizarmos este inquérito verificamos que grande parte das pessoas
já fazem a escolha do lixo à alguns anos e vê-se que cada vez mais há um
maior incentivo para a separação do lixo doméstico.
Desde muito pequenas que as crianças tanto na escola como em casa são
incentivadas a fazer a serração do lixo, e assim vivermos num ambiente mais
limpo.
Outros tipos de equipamentos que hoje em dia podemos reciclar
REEE
Resíduos de equipamentos eléctricos e electrónicos
Resíduo, incluindo todos os componentes, subconjuntos e consumíveis que
fazem parte integrante de equipamentos eléctricos e electrónicos (EEE), no
momento em que estes são rejeitados.
Entendem-se por este tipo de equipamentos, todos aqueles que estão
dependentes de correntes eléctricas ou campos electromagnéticos para
funcionar correctamente, bem como os equipamentos para geração,
transferência e medição dessas correntes e campos.
105
TIS
Há vários tipos de REEE:
• Pequenos e grandes electrodomésticos
• Equipamentos informáticos e de telecomunicações
• Equipamentos de consumo
• Equipamentos de iluminação
• Ferramentas eléctricas e electrónicas
• Brinquedos e equipamento de desporto e lazer
• Aparelhos médicos
• Instrumentos de monitorização e controlo
• Distribuidores automáticos
Deposição/recolha
106
TIS
Os REEE podem ser recolhidos pelos Municípios directamente nas
residências, mediante solicitação prévia.
Podem também ser entregues nos Ecocentros da Valor Ambiente (ETZO,
ETZL e CPRS).
De acordo com a legislação em vigor, os distribuidores são responsáveis
por assegurar gratuitamente a recolha de REEE, sem encargos para o
detentor. Ou seja, quando comprar um equipamento eléctrico e electrónico
novo, em troca de um velho que desempenhe as mesmas funções, pode
entregar o velho gratuitamente.
Valorização/tratamento/destino final
Depois de recolhidos, estes resíduos são enviados para a Amb3E Associação Portuguesa de Gestão de Resíduos de Equipamentos Eléctricos e
Electrónicos, que os encaminha para reciclagem.
A gestão deste tipo de resíduos tem o objectivo de promover a
reutilização, a reciclagem e outras formas de valorização de vários
componentes, de forma a reduzir a quantidade e o carácter nocivo de
resíduos a eliminar.
107
TIS
Sustentabilidade para o Planeta
108
TIS
Vivemos em tempos difíceis, os recursos naturais do nosso planeta estão
lentamente a ser consumidos até ao fim pela civilização humana. O
desequilíbrio que existe entre nós e o nosso planeta é enorme, há cada vez
mais poluição seja ela no ar, na água e na terra. A quantidade lixo produzida
diariamente por um ser humano é de aproximadamente 5 kg, somando-se
toda produção mundial, os números são assustadores. A culpa disto dá-se
muito ao facto que quase todos os países hoje em dia adoptaram a
mentalidade
de
sociedade
consumista
que
se
iniciou
no
ocidente,
primeiramente nos E.U.A.
Uma solução para este problema será a reciclagem. Em vez de se enviar
todo o lixo que produzimos para aterros, incineradoras ou para o fundo do
oceano, porque não o reciclamos. Deveríamos aproveitá-lo ao máximo, pois
seria muito mais benéfico e a longo prazo mais económico. Visto que a
reutilização/transformação
de
matérias-primas
recicladas
é
mais
dispendioso, mas a ao fim de décadas iríamos economizar em termos de
aterros, incineradoras…
Este tipo de estratégia teria um enorme impacto, na nossa sociedade e
nas gerações futuras. Porque serão estas que irão sofrer, se não mudarmos
de atitude.
Nos dias de hoje a reciclagem já tem voz na nossa sociedade, havendo
maior educação ambiental e um maior apelo para todos nós reciclarmos.
Mas precisa de haver mais motivação por parte dos representantes dos
países mundiais. São os políticos que fazem as leis e são eles que
representam os nossos países. E isto é um dos problemas, porque existe
sempre interesse económico mesmo no mundo da reciclagem.
Um dos países mais críticos da poluição são os Estados Unidos, mas a
parte irónica é que este país é também dos que mais polui mundialmente.
109
TIS
Existem muitos países de terceiro mundo que irão levar mais tempo a impor
medidas de reciclagem nos seus países.
A reciclagem é um dos passos que podemos dar para salvar o nosso
planeta, porque nem todos os seres humanos são poluidores, um exemplo são
as sociedades indígenas que praticam um estilo de vida equilibrado com a
nossa terra, porque afinal temos tudo o que precisamos neste planeta para
viver uma vida tranquila, equilibrada, basta mudarmos de atitude. Somos
todos diferentes com culturas e tradições variadas, mas temos uma coisa
em comum, vivemos todos no mesmo planeta, reciclar é ajudar o meio
ambiente.
Países campeões de reciclagem
O Japão reutiliza 50% do seu lixo sólido. Neste país, são comuns diversos
tipos de reciclagem.
Os Estados Unidos reciclam mais de um terço de seu lixo. Outros países
que também possuem uma cultura bastante avançada sobre reciclarem são
os países nórdicos, ou seja, Suécia, Dinamarca, Noruega, além da Alemanha.
110
TIS
Em Portugal, recicla-se 15,7% do lixo produzido, segundo estatísticas,
isto é pouco se compararmos a metade 25%, estipulada pela União
Europeia.
Então para que Portugal comece a reciclar mais, é preciso uma
consciencialização de que é preciso separar o lixo e fazer a recolha
selectiva.
A Reciclagem de Plásticos
Brasil
Argentina, Uruguai e
Paraguai
17,5%
5%
Chile
Menos que 5%
Alemanha
60%
Espanha
17%
França
15%
República Checa
27%
Bélgica
28,5%
Polónia
7%
Suécia
17,6%
Luxemburgo
28%
Estados Unidos
Colômbia
13,5% - Maioria garrafas
refrigerantes, água e leite
de
6%
111
TIS
Reciclagem de Papel/Papelão
43,9%
Papel/cartão
73% papelão ondulado
Brasil
Argentina,
Paraguai
Uruguai
e
10%
México
60%
Espanha
52,7%
França
45%
República Checa
62%
Noruega
51%
Polónia
38%
Suécia
43,7%
Portugal
16%
Luxemburgo
85%
Estados Unidos
55%
Colômbia
35%
Fontes: Sempre - somente pós consumo/Tetra Pack Américas (1999) /Pro-Europe/EPA (2001)
Reciclagem de latas de aço
45% - Latas em geral
78% - latas de aço para
bebidas
Brasil
Argentina,
Paraguai
Uruguai
e
15%
Chile
10%
Peru, Bolívia e Equador
25%
Espanha
45%
República Checa
35%
Bélgica
96,5%
Suécia
62%
Estados Unidos
59% (maioria latas de aço)
Fontes: Sempre - somente pós consumo/Pro-Europe/EPA (2001) /Tetra Pack Américas
112
TIS
Reciclagem de vidro/apenas embalagens
Brasil
44%
Chile
5%
México
50%
República Checa
57%
Letónia
27%
Noruega
87,2%
Polónia
13%
Suécia
87,5%
Estados Unidos
22%
Colômbia
16%
Fontes: Sempre - somente pós consumo/Tetra Pack Américas/Pro-Europe (2002)
Reciclagem de embalagens de alumínio
Brasil
Argentina,
Paraguai
87%
Uruguai
e
60%
Alemanha
97%
França
20%
Noruega
60%
Polónia
15%
Portugal
7%
Estados Unidos
49%
Colômbia
38%
Fontes: Sempre - somente pós consumo/Tetra Pack Américas/Pro-Europe/EPA (2001)
113
TIS
Destino dos resíduos sólidos urbanos
País
Aterros
Incineração
com
Compostagem Reciclagem
recuperação
de energia
Brasil
90%
(aterros
ou
lixeiras)
____
1,5%
8%
México
97,6%
(aterros
ou
lixeiras)
____
____
2,4%
Estados
Unidos
55,4%
15,5%
Alemanha
50%
30%
29,1%
Compostagem Reciclagem
+
5%
15%
12%
Compostagem Reciclagem
+
França
48%
40%
Suécia
40%
52%
Austrália
80%
Menos
1%
Israel
87%
____
____
13%
Grécia
95%
(aterros,
lixeiras)
____
____
5%
Itália
80%
7%
10%
3%
Reino
Unido
83%
8%
1%
8%
Holanda
12%
42%
7%
39%
Suíça
13%
45%
11%
31%
Dinamarca
11%
58%
2%
29%
5%
de
Insignificante
3%
20%
Fontes: Sempre/Tetra Pack Américas/EPA/Nolan - ITU Pty (2002)
114
TIS
Geração de resíduos sólidos urbanos per capital
País
Kg/hab/dia
Brasil
0,70
Uruguai
0,90
México
0,87
Estados Unidos
2,00
Canadá
1,70
Alemanha
0,90
Suécia
0,90
Fontes: Sempre/Tetra Pack Américas/Pro Europe/EPA (Enviroment Protection
Agency) EUA (2002)
Composição dos resíduos sólidos urbanos
Orgânico Metais Plásticos Papel/Papelão Vidro Outros
Brasil
55%
México 42,6%
Estados
11,2%
Unidos
2%
3%
25%
2%
3,8%
6,6%
16,0%
7,4% 23,6%
37,4%
27,4%
(com
resíduos
5,5% de tipo
vegetal,
têxtil e
madeira)
7,8%
10,7%
13%
Fontes: Sempre/Tetra Pack Américas/EPA (2002)
115
TIS
Reciclagem de resíduos orgânicos
Brasil
1,5%
Argentina, Uruguai e Paraguai
Menos que 5%
Estados Unidos
59,3%
Fontes: Sempre - somente pós consumo/EPA (2001)
Tabela geral de reciclagem em 2008
Vidro
País
47%
Brasil
Papel
79,6%
ondulado
-
43,7% escritório
Papelão
Papel
de
Brasil
Brasil
Longa Vida
26,6%
Brasil
Aço
46,5%
Brasil
Alumínio
91,5%
Brasil
90,8%
Japão
87,3%
Argentina
54,2%
Estados Unidos
Plástico
21,2%
Brasil
PET
69,2%
Japão
54,8%
Brasil
46%
Europa
34%
Argentina
27%
Estados Unidos
12,6%
México
116
TIS
Aspectos positivos da reciclagem
O processo da reciclagem protege o meio ambiente. Um exemplo disto é o
papel, como ele é feito das árvores e a procura do papel aumenta, o número
de árvores cortadas é maior. Pela reciclagem do papel podemos prevenir a
destruição das florestas.
A reciclagem poupa energia. O processamento de matérias cruas consome
um nível elevado de recursos energéticos. A reciclagem de materiais usados
reduz a necessidade de processos de manufacturação.
117
TIS
Conclusão
Com este trabalho tivemos a possibilidade de aprender como a reciclagem
é importante para o Mundo. Aprendemos como, onde e porquê reciclar.
Esperamos que aprendam tanto como nós aprendemos.
Com o objectivo deste trabalho pretendemos que tenhas adquirido
conhecimentos que te permitam compreender a necessidade e vantagens de
reciclar, reutilizar, reduzir.
As soluções para o não desperdício encontradas por ti devem tornar - se
acções constantes e uma rotina na tua vida.
Chegamos à conclusão, que a resolução de problemas ambientais
existentes no nosso planeta, dependem essencialmente de cada um de nós.
É no nosso lar, na escola, no local de trabalho, onde quer que estejamos
que a consciencialização de todas as pessoas pode e deve começar.
A política ambiental do governo deveria criar incentivos para as
empresas/indústrias serem mais ecológicas, pois estas medidas seriam
benéficas a todos.
Assim, colabore nas nossas campanhas de recolha selectiva (vidro, papel,
etc.).
Ganha o ambiente e ganhamos todos nós.
Ao longo deste trabalho compreendemos que a Reciclagem consiste na
que o dos mesmos materiais antes da sua primeira utilização. O princípio da
reciclagem é utilizado em todas as aplicações que impliquem conservação
dos recursos naturais da Terra e na resolução de problemas de poluição
ambiental. Recuperação e transformação de qualquer desperdício. A sua
importância económica traduz-se na possibilidade de aquisição de materiais
por preços mais favoráveis
118
TIS
O papel pode ser transformado em polpa e reprocessado em papel
reciclado, cartões e outros produtos. O vidro pode ser triturado e utilizado
para substituir a areia na construção civil, no betão ou no asfalto, ou pode
ser refundido e utilizado no fabrico de novos materiais de vidro.
Determinados plásticos podem ser refundidos e com eles fabricarem-se
placas sintéticas.
Os metais podem ser refundidos e reutilizados. Reciclar o alumínio pode
poupar cerca de 90% da energia gasta para fazer o mesmo objecto com o
alumínio proveniente de minério de alumínio.
Restos de alimentos e desperdícios caseiros (gorduras, folhas, etc.)
podem ser transformados por compostagem para produzir adubos.
Os produtos têxteis podem ser reciclados em adubos para utilizar na
agricultura. Pneus velhos podem ser fundidos ou triturados e transformados
em numerosos produtos.
A reciclagem torna-se mais rentável se proceder à pré-separação dos
produtos a reciclar. Com a crescente consciência ecológica das populações,
este sistema está a ganhar a adesão de muitas comunidades, onde são
distribuídos contentores para plástico, metal, vidro, papel, etc. O abandono
conjunto destes materiais implica uma prévia selecção antes da sua
distribuição às diferentes indústrias.
Nós gostamos muito de realizar este trabalho porque adquirimos muita
informação sobre a reciclagem, que hoje em dia é muito importante,
contribui muito para que no nosso mundo se possa viver em equilíbrio com a
natureza.
119
TIS
Bibliografia
Este trabalho foi realizado com ajuda de pesquisas nos seguintes sites:
Lisboalimpa.cm-lisboa.pt/index.php? Id=971- história da limpeza
Www.pontoverde.pt/
http://images.google.pt/imgres?imgurl=http://www.furg.br/portaldeembala
gens/tres/t4.jpg&imgrefurl=http://www.furg.br/portaldeembalagens/tres/
tetrapak.html&usg=__nloA93ZKJM127ZjvYLAAmrqqyU=&h=463&w=713&sz=43&hl=ptPT&start=15&um=1&itbs=1&tbnid=IFOnPzfEPZGMOM:&tbnh=91&tbnw=140&
prev=/images%3Fq%3Dprocesso%2Bde%2Breciclagem%2Bdo%2Boleo%2Bc
omo%2Be%2Bfeito%26um%3D1%26hl%3DptPT%26sa%3DN%26rlz%3D1R2GGLL_pt-PTPT365%26tbs%3Disch:1
http://www.proartecultural.org.br/html/r…
http://www.lixoreciclavel.cjb.net/
http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20070117113650AAYD8z
K
http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20090505181446AAGd4
WS
http://209.85.229.132/search?q=cache:CRCCA1VZgYIJ:profviseu.com/Pro
fes/06/Delfim_Figueiredo/A%2520Reciclagem.pps+Como+funciona+o+proce
sso+de+reciclagem&cd=2&hl=pt-PT&ct=clnk&gl=pt&lr=lang_pt
http://209.85.229.132/search?q=cache:CRCCA1VZgYIJ:profviseu.com/Pro
fes/06/Delfim_Figueiredo/A%2520Reciclagem.pps+Como+funciona+o+proce
sso+de+reciclagem&cd=2&hl=pt-PT&ct=clnk&gl=pt&lr=lang_pt
http://ambiente.hsw.uol.com.br/reciclagem-plastico1.htm
120
TIS
http://www.novelis.com.br/NovelisBrasil/Reciclagem/CicloReciclagem/
http://www.reviverde.org.br
http://www.ecoideias.com/dr-ecoponto/onde-esta-o-meu-ecoponto/
http://www.ecoideias.com/dr-ecoponto/onde-esta-o-meuecoponto/http://images.google.pt/imgres?imgurl=http://byfiles.storage.live
.com/y1pq68W8TZsNfhS5Hd3ZML6GFIncjRYTdce2B6sUvUK5_skW2kqkS
Mcghe62rNSvOiWe25zUiEZeDM&imgrefurl=http://becreveriler.spaces.liv
e.com/%3F_c11_BlogPart_pagedir%3DPrevious%26_c11_BlogPart_handle%
3Dcns!1438066683383262!253%26_c11_BlogPart_BlogPart%3Dblogview%
26_c%3DBlogPart&usg=__8X2T3vhMocjol3DM6cKbCqMw93g=&h=400&w=3
00&sz=23&hl=pt-PT&start=11&sig2=uUBxPr-zMh_fNbpBUqJGA&um=1&itbs=1&tbnid=MYMxePVGalCe7M:&tbnh=124&tbnw=9
3&prev=/images%3Fq%3Dpolitica%2Bdos%2B3%2Br%2527s%26um%3D1%
26hl%3Dpt-PT%26sa%3DN%26tbs%3Disch:1&ei=GZLhS5G8GZDw-QbDpWEDw
http://eb1srapiedade.blogspot.com/2010/03/teatro-vamos-comecarreciclar.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ecoponto
http://www.setorreciclagem.com.br/modules.php?name=News&file=article&
sid=177
www.compam.com.br
http://209.85.229.132/search?q=cache:BhT2GO0ZcBEJ:www.aldymentor.o
rg.br/upload/Downloads/reciclagem%2520papel.doc+A+reciclagem+de+papel
+na+antiguidade&cd=6&hl=pt-PT&ct=clnk&gl=pt.
Fonte: www.recicloteca.org.br
http://ambiente12a.blogs.sapo.pt/2095.html
http://aaaio.pt/public/ioand307.htm
http://garfadasonline.blogspot.com/2009/12/verdadeira-reciclagem.html
121
TIS
http://infor.cef.pt/52/eco-pinmanso.pdf
http://www.valorambiente.pt
http://www.youtube.com/watch?v=oziHTZf7MKQ
122

Documentos relacionados