Mercado brasileiro de cosméticos Mercado brasileiro
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Mercado brasileiro de cosméticos Mercado brasileiro
Edição 71 / Jul-Ago de 2012 / www.editorastilo.com.br Mercado brasileiro de cosméticos Uma referência mundial 2 Revista Espuma - Julho/Agosto 2012 Revista Espuma - Julho/Agosto 2012 3 ABISA 4 Revista Espuma - Julho/Agosto 2012 Revista Espuma - Julho/Agosto 2012 VEM AÍ O 30º CONGRESSO DA ABISA... Como já dissemos, 30 congressos ininterruptos não é tarefa fácil para nenhuma empresa. dando muito certo, firmar parcerias, enfim, bicicleta para o trabalho; a grande maioria E a Abisa está próxima de realizar seu 30º evento e completar seus 30 anos de existência. tudo, ou qualquer coisa, menos recuar. dos recém-formados nas melhores faculdades Nada foi fácil, fomos galgando posições e hoje somos uma Associação respeitada, tanto entre Este ano foi um dos anos que mais se vão procurar emprego nas grandes empresas nossos associados quanto nos meios governamentais. falou sobre sustentabilidade na história da para receber grandes salários e grandes A competitividade de nossas empresas está diretamente ligada a sua capacidade de analisar humanidade, nunca se falou tanto sobre a planos de carreira ao invés de se aventurarem informações internas e externas, avaliá-las e tomar decisões. Quando, em nosso negócio, destruição do planeta. A nossa geração tem pelo mundo do empreendedorismo, a grande temos informações dúbias, ou então, não a oportunidade de entrar para os livros como maioria das pessoas continuará a consumidor temos informações sobre o desempenho de a grande vilã ou heroína dessa história. Nós tudo que puderem consumir para se sentirem nossos processos, clientes, funcionários, sabemos o que tem que ser feito, e temos parte do maior número possível de tribos mercado e outros, nossa capacidade de todos os recursos para resolver. O problema é urbanas ao invés de viver uma vida simples decidir diminui drasticamente, assim como que não podemos dizer para as pessoas o que baseada no consumo realmente importante. nossa capacidade de gerar melhorias. elas devem fazer...mas o fato é que nós não Nós sabemos que você gostaria de mudar O que a ABISA quer dos seus congressos, conseguiremos sobreviver se continuarmos um pouco o mundo, mas não tem tempo para é informar o congressista o que ele pode fazer assim. Este também foi um ano que mais se isso, não tem dinheiro para tanto, não tem para competir em igualdade num universo enviou / recebeu mensagens de marketing,- contatos tão influentes, nem outros materiais cada vez mais competitivo e nisso, supera o são cremes dentais, roupas, carros, cervejas, espirituais que se fazem necessários. Sem fato de ser uma das poucas Associações que os desodorantes alimento problemas. Esforce-se então para fazer da associados estão espalhados uniformemente prometendo um pedaço do paraíso na terra empresa em que você trabalha, um verdadeiro pelo Brasil. Para fazermos isto com sucesso, caso você vire um assíduo consumidor dessas exemplo prático dos melhores valores da precisamos de nossos congressos anuais e coisas. Vimos os países do terceiro mundo, humanidade nesse novo mundo que se forma. precisamos torná-los também, um elemento Rússia, Índia, China, Brasil...peitarem o que agrade a classe, ou seja, agradável, primeiro mundo em vários sentidos. Nunca na em outubro, leve suas idéias e sugestões, técnico e universal, no sentido de que suas história do planeta tantas nações periféricas pois lá você encontrará pessoas com poder mensagens atinjam todos os seus associados tiveram tanto poder. E o capitalismo mostrou de decisão que poderão mudar o rumo da sua e se possível, todas as empresas envolvidas sua verdadeira cara. história e do seu negócio. E tenha certeza com produtos de higiene & limpeza no Enfim, você pode rezar, acreditar, meditar que você levará para sua empresa as boas Brasil. e sonhar para que o mundo volte a ser do idéias trocadas, os contatos, as tendências Acreditamos que estamos tendo êxito jeito que você viu nos filmes e novelas, mas e, inclusive, os novos amigos, seus grandes e naquilo que nos propusemos, em conseguir simplesmente não irá acontecer. A grande potenciais futuros clientes... conciliar dentro do congresso, o que nele precisa existir: troca de informações, agregação, maioria dos pais, os reais educadores dos Até breve! Nos veremos em Salvador... mobilização, turismo, análises etc e a cada evento que termina, se inicia um novo período filhos, não largarão o trabalho mais cedo hoje Faça logo sua inscrição.. cheio de promessas e ansiedades. a noite para ter um tempo de qualidade com Um novo período para sua empresa crescer 20%, 40%, ou dobrar de tamanho, manter o os seus filhos; a grande maioria das pessoas Zoé Morés tamanho atual, comprar uma outra nova, vender ou fechar alguma parte dela que não está não deixarão o carro em casa para ir de Jornalista e Executiva da Abisa e todo tipo de Participe conosco do 30º congresso da Abisa 5 Revista Espuma - Julho/Agosto 2012 Revista Espuma - Julho/Agosto 2012 expediente Editorial 6 Diretor Daniel Geraldes Editor Chefe Daniel Geraldes – MTB 41.523 [email protected] Prezado Leitor O potencial do mercado brasileiro de cosméticos. Este é o tema dedicado a esta edição da Revista Espuma. Os números comprovam a ascensão deste segmento de negócios na economia brasileira. Dados do Instituto Euromonitor apontam que o setor de cosméticos no Brasil faturou em 2011, US$ 43 bilhões, apresentando um crescimento de 18,9%. Nos últimos 16 anos, este mercado cresceu 360%, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC). O Brasil lidera o consumo de produtos infantis, desodorantes e artigos de perfumaria, estando na segunda colocação em vendas de protetores solares, itens para higiene oral, produtos masculinos e linhas para cabelo e banho. Na categoria de maquiagem, o mercado nacional está em terceiro lugar no ranking mundial. A indústria brasileira de cosmetologia tem suas particularidades e diferenciais decorrentes das condições socioeconômicas, culturais, das condições climáticas, típicas de um país tropical, do hábito do consumidor, que se apresenta mais exigente, entre outros fatores, influenciando na atuação das marcas, que buscam diversidade, inovação e qualidade. E tem mais: somos hoje uma fonte de inspiração para o mundo todo, além disso, empresas internacionais estão de olho no potencial do nosso mercado trazendo suas marcas para o país, a exemplo da recente chegada da Clinique e Sephora, acompanhado de um aumento considerável de produtos importados. E, para concluirmos o tema nesta edição, entrevistamos Alberto Keidi Kurebayashi, atual presidente da Associação Brasileira de Cosmetologia (ABC), para analisar o atual cenário brasileiro de cosméticos, apontar os aspectos em que progredimos, quais ainda exigem esforços e as perspectivas futuras para a cosmetologia brasileira. Boa Leitura! Daniel Geraldes Jornalista Colaboradora Lia Freire - MTB 30222 [email protected] Publicidade Luiz Carlos Nogueira Lubos [email protected] Direção de Arte e Produção Leonardo Piva Denise Ferreira [email protected] Conselho Editorial Álvaro Azambuja Daniel Geraldes João Francisco Neves José Luiz Araújo Tânia Picchi Zoé Mores Modelo: Rebeca Sampaio Fotos Capa: Polemica Santa Studio Inn Impressão Referência Editora Distribuição ACF Alfonso Bovero Editora Stilo Rua Sampaio Viana, 167 - Conj. 61 São Paulo (SP) - Cep: 04004-000 Fone: (11) 2384-0047 A Revista Espuma é um veiculo bimestral da ABISA publicada Editora Stilo que tem como público-alvo empresas dos seguintes mercados: Fabricantes da Indústria de Sabão, Higiene, Limpeza, Cosméticos, Perfumes e Fragrâncias, Fornecedores de Máquinas e Equipamentos, Insumos e Matérias Primas, Prestadores de Serviços, Frigoríficos e Graxarias, Atacadistas, Supermercados, Embalagens, Aromas, Indústria Química Fina, Equipamentos de Laboratórios e Análises, Corantes e Pigmentos, Entidades da Cadeia Produtiva, Centros de Pesquisas e Universidades, Escolas Técnicas, entre outros. A distribuição é gratuita para todo o Brasil. É enviada para presidentes, proprietários, diretores, gerentes, compras, engenheiros e técnicos de empresas. Tiragem de 5.000 exemplares. Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores e não necessariamente refletem as opiniões da revista. Não é permitida a reprodução total ou parcial das matérias sem expressa autorização da Editora. 7 Revista Espuma - Julho/Agosto 2012 Revista Espuma - Julho/Agosto 2012 Sumário 8 10 Notícias 26 Abisa 2012 34 Capa 38 Entrevista 44 Em Foco 1 46 Em Foco 2 48 Informe Técnico 9 Revista Espuma - Julho/Agosto 2012 Revista Espuma - Julho/Agosto 2012 Memphis reinventa “Alma de Flores” para ganhar espaço Notícias 10 World Perfumery Congress 2012 Nos dias 12, 13 e 14 de junho, foi realizado no hotel MGM Foxwoods em Mashantucket, nos Estados Unidos, o Congresso Mundial de Perfumaria, o maior e mais importante evento da indústria de perfumaria no mundo. O tradicional evento reuniu as maiores empresas do mundo, como IFF, Firmenich, Givaudan, Symrise, Takasago e Robertet, além de grandes indústrias fornecedoras de químicos, como BASF, Berjé, Cosmos, Privi e Wanxiang. Sempre atenta às inovações do mercado mundial, a Citratus-Ibertech enviou um time para acompanhar o evento e estreitar relações com o mercado. Estiveram presentes o chefe de supply chain, Ricardo Pinhata, o gerente de marketing, Michael Rentel, o gerente de P&D, Rodrigo Otenio, a diretora financeira, Patrícia Scacio e o sócio gerente, Harry Rentel. No programa de palestras, estavam escalados nomes de peso, como os presidentes das grandes casas de fragrâncias, profissionais do varejo e perfumistas renomados, como Sophia Grojsman, criadora do perfume Paris, de Yves Sain Laurent, Francis Kurkdijan, perfumista sênior da Takasago e criador do premiado Le Male, de Jean Paul Gaultier, além de Jean-Claude Delville e Rodrigo Flores-Roux, criadores do perfume Happy, de Clinique, entre outros. País é o terceiro em consumo de produtos de higiene O Brasil está no terceiro lugar no ranking de consumo de produtos de beleza, com 10,1% de participação no mercado, atrás dos Estados Unidos (14,8%) e Japão (11,1%), segundo dados do Euromonitor. O mercado de cosméticos faturou U$ 43 bilhões em 2011, apresentando aumento de 18,9%, o maior registrado entre os 10 principais mercados do mundo no setor. Para acompanhar esse comportamento de consumo da população brasileira, muitas farmácias e drogarias também têm investido oferta destes produtos. Para o diretor da AbradilanAssociação Brasileira dos Distribuidores de Laboratórios Nacionais, Geraldo Monteiro, projeções otimistas estão sustentadas pelas transformações econômicas vividas aqui. “O País vem aumentando a classe C e diminuindo a porcentagem das classes D e E. Os reflexos foram sentidos no ânimo da sociedade, principalmente na parcela de menor poder aquisitivo, que passou a consumir o que antes não era possível, incluindo produtos e serviços”, comenta. Para competir com gigantes como P&G e Unilever, empresa investe na modernização e aposta na diversidade de produtos. Manter a lucratividade de uma marca no mercado de higiene e beleza requer uma boa dose de criatividade e disso a Memphis sabe muito bem. Depois de 63 anos com presença nas principais redes de varejo do país, a sua tradicional marca de sabonetes Alma de Flores já não atraía novos clientes. Por isso a empresa gaúcha investiu na mudança de sua embalagem e no reposicionamento do produto desde que viu os resultados das vendas caírem. O trabalho de mudança nas embalagens é semelhante ao processo pela qual a Granado, outra fabricante de produtos de higiene e beleza, passou há pouco tempo. As duas marcas tradicionais no mercado têm agora o desafio de continuar crescendo diante da forte presença de gigantes do setor como a P&G e Unilever. Para ganhar mercado e manter seu espaço nas gôndolas de supermercados, a Memphis, que tem em seu portfólio cerca de 200 produtos, investiu R$ 3 milhões no desenvolvimento da nova embalagem do Alma de Flores. Com o aumento do poder aquisitivo do brasileiro, as empresas buscam oferecer cada vez mais diversidade ao consumidor. Domenico Filho, analista da Nielsen, explica que “ao ter maior poder de compra, o consumidor passa a comprar produtos mais caros e de marcas renomadas”. Estudo da Nielsen aponta ainda que entre janeiro e abril de 2011, o volume de vendas de sabonetes foi de 65,7 milhões de unidades ante 64,2 milhões, neste ano. Já o faturamento passou de R$ 866 milhões para R$ 928 milhões. ABISA faz sucesso na RIO+20 com seu recolhedor de óleo Através do Sebrae, a Abisa participou da RIO+20 expondo seu Recolhedor de Óleos, o que lhe valeu vastos elogios e várias matérias em jornais e revistas. Quando se pensa em reciclagem de lixo, especialmente o doméstico, até pouco tempo atrás, dificilmente alguém se preocupava com o óleo de cozinha., Componente fundamental no preparo de alimentos, o descarte inadequado desse produto tem graves implicações ao meio ambiente. O desconhecimento desse impacto ambiental e da falta de alternativas para um descarte ecologicamente correto é bastante preocupante. A legislação brasileira proíbe “quaisquer descartes de óleos usados em solos, águas superficiais, subterrâneas, no mar territorial e em sistemas de esgoto ou evacuações de águas residuais”. A conscientização da população ainda é bastante precária, dependendo da área e a maioria da população ainda acha trabalhoso “juntar óleo em pets e levar até a portaria do prédio”. Pesquisa feita pela Abisa mostra que 80% do óleo usado ainda vai para o ralo da pia da cozinha e 20% junto ao lixo doméstico. Pensando nisso e em como reverter este quadro, a Abisa criou e patenteou junto ao INPI um sistema recolhedor de óleos residencial, que vai facilitar a coleta e aumentar a quantidade de óleo reciclado. Projetos que buscam a inclusão social têm recebido uma especial atenção do governo federal brasileiro. Portanto, as indústrias saboeiras também querem participar deste processo, ao mesmo tempo que estimulam um comportamento mais saudável por parte da população brasileira. Sabemos os benefícios da higiene pessoal e doméstica e, então, por que não estimular ainda mais os bons hábitos entre os brasileiros? 11 Notícias 12 Revista Espuma - Julho/Agosto 2012 Grupo BC Mercado de licenciamento de marcas vive expansão Em 2012, a Abral – Associação Brasileira de Licenciamento – projeta que o segmento movimentará R$ 4,9 bilhões, um aumento de 5% frente ao ano anterior. Paralelamente à ascenção, o setor começa a diversificar sua atividade. Até pouco tempo atrás, os rótulos voltados ao público infantil, com personagens de desenhos animados, eram os únicos responsáveis por fomentar negócios. Agora, os adultos também passam a ser alvo da modalidade. Atualmente, o país tem o quinto maior faturamento mundial em licenciamentos, perdendo para Estados Unidos, Japão, Canadá e México. “Essa situação se deve ao grande mercado consumidor brasileiro, à taxa de crescimento da economia e ao maior poder de consumo da população. Além disso, é forte a influência americana da cultura americana nos conteúdos de entretenimento disponíveis no País”, menciona o presidente da Abral, Sebastião Bonfá. No momento, o cenário brasileiro é composto por 1,5 mil empresas licenciadas e 60 agências licenciadoras. A recente expansão do mercado brasileiro vai ao encontro das mudanças estratégicas das companhias internacionais. “Antes muitas marcas chegavam à América Latina por meio de distribuição. Agora, elas veem que os altos custos inviabilizam isso. A Nike, por exemplo, não tem fábrica própria, ela licencia tudo”. Revista Espuma - Julho/Agosto 2012 13 Organizações Empresariais Baltazar de Castro Gordura Animal C Sebo Industrial Óleo de Frango e Óleo de Peixe M Y CM Brasil é o BRICS que cobra mais impostos O Brasil cobra mais impostos do que os vizinhos da América Latina, a maior parte das nações ricas e do que os outros países do Brics – sigla que se refere aos países membros fundadores (Brasil, Rússia, Ìndia, e China) e à África do Sul, que juntos formam um grupo político de cooperação. A carga tributária brasileirachega a 34% do PIB e só é superada por europeus. O Brasil cobra mais impostos do que os outros países do Brics, os vizinhos da América Latina e a maior parte das nações ricas. A carga tributária brasileira só é superada por alguns países europeus, que detêm um amplo bem-estar social que vem sendo desmontado com a crise. No ano passado, o governo recolheu U$ 704,1 bilhões em impostos, o equivalente a 34% do PIB. O percentual é bem superior aos 12% da Índia, 19% da Rússia e 24% da China, revela um levantamento feito pela UHY, uma rede internacional de contabilidade e auditoria. A carga tributária brasileira ficou acima da praticada no México(10%) e nos Estados Unidos(24%). Também supera a média dos países do G-8 (29%). De uma lista de 23 países, o Brasil só cobra menos impostos que França(44%), Itália(43%), Alemanha(43%) e Holanda(38%). “O Brasil tem uma carga tributária alta comparado com emergentes e até com países ricos. É uma bola de neve que não termina. Os impostos reduzem a competitividade das exportações, mas também da indústria local no mercado doméstico por conta da concorrência com produtos importados. MY CY CMY Higiene e Limpeza K Produtos de Higiene e Limpeza Sabão e Derivados BC Participações e Empreendimentos Goiânia (GO) - Administração Geral Fone: (62) 3243-5100 Reciclagem - Amiga da Natureza [email protected] [email protected] Repar [email protected] [email protected] ReBras - Reciclagem Brasileira de Resíduos Animais [email protected] [email protected] AR Nutrição Animal [email protected] [email protected] [email protected] Nordeste Industrial [email protected] Sabao Geo [email protected] Notícias 14 Revista Espuma - Julho/Agosto 2012 Futuro do consumo está no Nordeste Após prestar atenção à classe C, diretor geral da rede de TV Globo diz que publicidade precisa levar em conta consumo regional. “O PIB do Nordeste já é maior que o da Argentina”, afirmou Octávio Florisbal, e acrescentou que a publicidade brasileira deve se preparar para o aumento do consumo “em todo ao país”, o que exigirá “não atuar de forma tão genérica como hoje”. Destacando o Nordeste, mas também citando outras regiões, como o Centro-Oeste, diz que os profissionais da área de marketing, mas também os anunciantes e os próprios veículos, precisam “entender cada vez mais os consumidores novos nessas regiões”. Precisarão “não olhar mais o Brasil de forma monolítica” e defendeu recorrer a “pesquisas sociológicas e antropológicas” para conhecer os “ascendentes” da chamada classe C. Acrescenta ainda, que as empresas brasileiras hoje já desenvolvem “marcas regionais”, mas isso não é imprescindível. O conceito de uma campanha pode continuar sendo geral, com a criatividade publicitária realizando a “adequação regional”. Grandes marcas invadem o Brasil As mais renomadas grifes de roupas e cosméticos, gigantes do varejo incluíram o Brasil no plano de expansão, fazendo com que cada vez mais o brasileiro se aproxime de marcas antes restritas a ateliês ou a quem viajava ao exterior. O chamado mercado de luxo movimentou no país, em 2011, R$ 18,8 bilhões, salto de 19,7% em relação aos índices de 2010. O tíquete médio gasto pelos clientes de luxo hoje é de R$ 4.710. Mas as grandes multinacionais de varejo também estão de olho na classe média. Há uma democratização do luxo no país, e mesmo grandes lojas de varejo estão chegando, porque conseguem comercializar produtos populares e luxuosos. O mercado de luxo no Brasil ainda não está entre os dez maiores do mundo, mas cresceu quase duas vezes mais que o europeu em 2011. Venda de cloro e soda sobe no 1º semestre As indústrias de cloro e soda, dois importantes insumos químicos, encerraram o primeiro semestre com aumento de produção. As perspectivas são de ligeira expansão para 2012 sobre o ano passado, afirmou Aníbal do Vale, presidente da Abiclor. No acumulado de janeiro a junho, a produção de cloro ficou em 629,3 mil toneladas, alta de 6,1% sobre igual período de 2011. O consumo aparente (produção mais importações, descontado o volume exportado) atingiu 632,4 mil toneladas, alta de 6,1% sobre o primeiro semestre de 2011. Com relação à soda cáustica, a produção acumulada de janeiro a junho ficou em 691,5 mil toneladas, elevação de 5,9% sobre igual período do ano passado. O consumo aparente registrou, no mesmo período, aumento de 2,5%, para 1,298 milhão de toneladas. Revista Espuma - Março/Abril 2012 15 Icms unificado beneficiaria 20 Estados Estudo feito pelo Ministério da Fazenda mostra que 20 dos 27 Estados (incluindo o Distrito Federal) ganharão com a unificação da alíquota do ICMS em 4%. Nas projeções da Fazenda, até mesmo SP, o maior exportador do país, ganhará com a mudança. MG e RJ serão Estados ganhadores. Os perdedores serão AM, ES, BA, GO, MG, MT e SC. Para que a mudança possa ocorrer, a União terá que arcar com as perdas desses sete Estados durante a transição, que pode durar até 8 anos. No entanto, a União não aceita compensar integral e permanentemente essas perdas, inclusive porque parte dos prejuízos que o estudo aponta não é real, pois ele não considerou os benefícios tributários concedidos. Se a transição para a alíquota interestadual de 4% for de 8 anos, o estudo do Ministério da Fazenda estima uma perda de R$ 2,1 bilhões no primeiro ano. Essa perda aumenta ao longo do tempo, chegando a cerca de R$ 13 bilhões no último ano de transição. O estudo foi elaborado antes da aprovação da resolução do Senado que unificou em 4% a alíquota interestadual aplicada aos produtos importados, o que acabou com a chamada guerra dos portos. O governo federal já está compensando os Estados que perderam com essa mudança, o que altera o cálculo da perda total com a unificação da alíquota do ICMS em 4% para todos os produtos. O BRASIL importou U$ 3,5 bilhões em produtos químicos em maio, maior valor mensal registrado em 2012. Em relação a abril, o crescimento nas compras externas foi de 14,3%, mas há queda de 2,7% na comparação com maio de 2011. Entre janeiro e maio, foram importados cerca de U$ 15,8 bilhões, 3,3% a mais do que no mesmo período do ano passado. As exportações brasileiras de produtos químicos alcançaram U$ 1,3 bilhão em maio, o que representa um crescimento de 7,5% em relação a abril. Revista Espuma - Julho/Agosto 2012 15 Notícias 16 Revista Espuma - Julho/Agosto 2012 Temperos de beleza Que tal dar uma outra utilidade para as pitadinhas de pimenta, gengibre ou limão? Em forma de cremes, sabonetes e até perfumes, alguns produtos deixam a cozinha e emprestam seus poderes oxidantes e aromas para os cuidados do dia a dia. Erva-doce, hortelã, menta e alecrim Com propriedades calmantes e ótimas para aliviar o estresse, essas substâncias também ativam a mente. Oliva e gengibre Usado como medicamento e perfume pelos gregos e romanos, o azeite de oliva é rico em propriedades terapêuticas, assim como o gengibre. Pimentas Nada como dar uma apimentada no visual assim, literalmente. Com tantas variedades, a especiaria também rende uma infinidade de produtos para beleza. Limão e lima da Pérsia O frescor dessas frutas é imbatível para começar o dia. Além disso, são ricas em propriedades antioxidantes, que previnem o envelhecimento. Cravo e canela Difícil resistir à combinação que inspirou a célebre personagem de Jorge Amado, Gabriela Cravo e Canela. Com propriedades analgésicas e refrescantes, eles estão na receita de muitos produtos. O novo pacto A indústria brasileira pode atualmente ser classificada, em função do apoio governamental necessário a seu desenvolvimento, em três categorias. Na primeira, encontram-se empresas maduras com algum nível de proteção natural, em geral de grande porte e com inserção internacional, que têm resistido bem às condições adversas da conjuntura mundial. A recente valorização do dólar frente ao real vem no sentido de aumentar sua competitividade e mantê-la em condições adequadas de operação. Na indústria de transformação, que compete aberta e diretamente com a importação e sofre fortes impactos em sua cadeia produtiva, a questão cambial, por só, não pode responder por uma solução. Trata-se de uma segunda categoria de empresas cujos desafios são muito mais profundos. As recentes desonerações fiscais e ajustes cambiais devem ser considerados como medidas emergenciais que dêem tempo e fôlego para uma profunda reestruturação, que deverá incluir a questão tecnológica como prioritária e envolver crescentemente o relacionamento das empresas com instituições tecnológicas. Um dos pontos cruciais será como enfrentar, em muitos casos, o grande diferencial de escala de produção em relação a competidores externos. Será possível faze-lo? Um terceira categoria é constituída pela chamada indústria do conhecimento. Nessa área o apoio de políticas públicas bem direcionadas e de longo prazo é condição sine qua non. Recursos financeiros até hoje não existentes começam a despontar nos orçamentos federais, embora ainda em quantidade claramente insuficiente. Aplica-los bem em projetos estruturantes que utilizam a capacidade das empresas e das instituições tecnológicas é parte importante de um novo pacto que se faz necessário. Mas como pano de fundo de toda essa questão permanece onipresente a necessidade de promover as reformas estruturais que a industria vocaliza e o país tanto reclama. Revista Espuma - Julho/Agosto 2012 Queda na arrecadação faz receita reforçar fiscalização A queda na arrecadação de IRPJ e da CSLL fez a Receita Federal reforçar a fiscalização a grandes empresas. Serão acompanhadas as empresas que suspenderam ou reduziram o recolhimento dos dois tributos para verificar se elas cumpriram as exigências legais. “Vamos monitorar as empresas que pararam de recolher e verificar se realmente as empresas têm os balanços de suspensão ou de redução que informaram à Receita, pois várias empresas avisaram ao Fisco eu elaboraram os documentos, mas o órgão não sabe se elas de fato produziram os balanços. As pessoas jurídicas que declaram pelo lucro real – modalidade viável apenas para as maiores empresas – têm a opção de pagar IRPJ e CSLL com base nas estimativas mensais de lucro. Caso a lucratividade das empresas diminua em relação ao previsto inicialmente, a Receita permite que as empresas suspendam ou reduzam o pagamento dos dois tributos. Para isso, no entanto, as empresas devem elaborar novos balanços em que justifiquem a redução das estimativas de lucro. De acordo com levantamento apresentado pela Receita Federal, a crise está afetando mais as grandes empresas do que os pequenos e médios contribuintes. 17 Notícias 18 Revista Espuma - Julho/Agosto 2012 O que há de novo em anti-idade Tá precisando de uma forcinha para levantar o olhar, clarear manchas, suavizar linhas finas e rugas, combater a flacidez facial, tratar bolsas e olheiras e ainda retardar os sinais do envelhecimento? Dá uma olhada no que há de novidade nas prateleiras de cremes e demais produtos anti-idade: 1- Olay Regenerist Micro-Sculpting Serum, Procter & Gamble promete aparência visivelmente mais jovem e pele mais firme no pescoço, queixo e área dos olhos, em apenas 5 dias de uso, além de preparar a pele para a maquiagem, sem deixála oleosa. Possui altos níveis de ativos aminopeptídeos que estimulam a produção natural do colágeno pelo organismo, reduzindo a quantidade de linhas finas e rugas. O serum é mais leve que um creme, portanto, é indicado para pessoas com pele normal a oleosa. Quem tem pele seca pode optar pelo Regenerist Micro-Sculpting Creme. Aliás, os 2 podem ser usados juntos para intensificar os resultados: o sérum durante o dia e o creme, à noite. 2- Renew Genics Tratamento Cosmético para a Área dos Olhos, Avon - segundo a marca, três dias de uso são suficientes para notar a redução de olheiras, bolsas e pés-de-galinha. 3- Nutricosmético masculino Uomo Pelle, Ada Tina - suplemento exclusivo para a pele masculina, rico em vitaminas, minerais e fruto-oligossacarideos extraídos da “scarolla” cultivada na região da Sicília, na Itália. Controla a oleosidade, aumenta a síntese de colágeno, previne o envelhecimento, oferece proteção antioxidante e previne o surgimento de acne. Não engorda; sem glúten e sem açúcar. Tomar uma cápsula 2 vezes ao dia, de preferência às refeições, com água mineral · 4- Hydracid Lift, da SVR Paris - sérum que combina lipoaminoácidos e polímeros de xantana, que relaxam a musculatura do rosto e formam um filme na superfície da pele, ajudando a diminuir as rugas formadas pelos movimentos repetidos do rosto, exercendo efeito lifting (tensor) imediato e duradouro. Após algumas semanas de uso, promete pele visivelmente mais lisa, firme e uniforme. Usar duas vezes ao dia no rosto, pescoço e contorno dos olhos. Textura e fragrância leve, secagem rápida e tecnologia air proof, que não permite a entrada de ar, além de não possuir corantes, nem álcool. Ideal para peles sensíveis, a partir dos 30 anos. 5- Magic Cream, Schraiber - creme hidratante para o rosto com extrato de mirtilo (ou blueberry), um fruto nativo da Ásia e Europa que possui propriedades antioxidantes e emolientes; e óleo de rosas, regenerador natural da pele. Melhora a elasticidade e o viço e retarda o aparecimento de linhas finas. Sem ingredientes de origem animal. Ótima espalhabilidade e rápida absorção, deixando um toque sedoso na pele. Pode ser usado de manhã e à noite, logo após a limpeza facial, em movimentos circulares e suaves. 6- Skin Plus Bioprotect FPS 35, Dermatus - com nicotinamida e ácido hialurônico e livre de óleo, o hidratante combate o envelhecimento precoce e mantém o brilho da pele sob controle. 7- Emulsão Facial Pure C, Ada Tina - este dermocosmético contém uma molécula de vitamina C estável que consegue penetrar na pele para tratar os sinais do envelhecimento, promovendo aumento da produção de colágeno. Possui também ação clareadora e é efetivo contra o fotoenvelhecimento, ideal para pele com rugas, linhas de expressão, flacidez e sinais de envelhecimento. Aplicar no rosto pela manhã e à noite ou conforme indicação médica. Em seguida, usar um protetor solar FPS 30. Dermatologicamente testado e livre de parabenos. 8- Benefiance NutriPerfect Pro-Fortifying Softener, Shiseido - loção suavizante especial para mulheres com mais de 50 anos que apresentam alterações da pele relacionados aos problemas hormonais. Promove mais elasticidade e juventude com maior retenção da hidratação em peles maduras. Contém Carnosina DP, dipeptídio que ajuda a prolongar a vida das células, aumenta a defesa contra os radicas livres e fortalece a pele; e um complexo vitamínico (C, E, B5, P) que restaura as funções Revista Espuma - Julho/Agosto 2012 da pele desregulada pelo desequilíbrio hormonal, além de fragrâncias antiestresse e ácido super bio-hialurônico, que é um poderoso hidratante. Usar diariamente, pela manhã e à noite, após a limpeza, com um disco de algodão. Resultado entre 1 e 4 semanas. 9- Linha Timexpert SRNS - Sistema Regenerador Natural Sincronizado, Germaine de Capuccini – o novo produto já recebeu o prêmio da Federação Internacional de Sociedades de Químicos Cosméticos (IFSCC), considerado o Nobel da Cosmética, pela eficácia na prevenção do envelhecimento. Protege a pele dos radicais livres, aumentando a resistência das células e acelerando a regeneração da pele. A linha é composta de 2 produtos: um booster recuperador sincronizado (Timexpert SRNS Repair Night Progress e um sérum recuperador intensivo para contorno dos olhos (Timexpert SRNS Progress Eye. Sem parabenos, dermatologicamente testados e indicados para todo tipo de pele, a partir dos 25 anos de idade. 10- Phyto Corrective, SkinCeuticals - sérum com textura ultraleve e refrescante, ideal para peles sensibilizadas por procedimentos estéticos como peelings, lasers, aparelhos de microdermobrasão e ácidos usados no tratamento da acne ou antienvelhecimento. Livre de óleo, reúne extratos de pepino e oliveira (ação anti-inflamatória), tomilho (ação antisséptica) e amora, além de ácido hialurônico, para garantir hidratação à pele sensibilizada. Acalma, reduz a vermelhidão e a sensação de ardência. Pode ser usado após procedimentos depilatórios e por homens, no pós-barba. Usar 1 ou 2 vezes ao dia, pela manhã e/ou à noite. Aplicar 3 a 5 gotas na palma da mão e espalhar no rosto, pescoço e colo com a ponta dos dedos. 11- B.B. Cream Pegova Full Matt FPS 10, Anna Pegova - protetor solar matificante com cor e fórmula multifuncional 8 em 1. Sem óleo, para todos os tipos de peles, inclusive as oleosas e com tendência à acne. Protege dos raios UVA/UVB; previne o envelhecimento precoce devido à vitamina E; efeito mate e redução da oleosidade por no mínimo 8 horas; camufla olheiras, manchas, sardas e cicatrizes de acne; hidrata suavemente e proporciona luminosidade com toque seco. Disponível nas tonalidades Bege claro ou Bege médio. 12- Linha Tea Blend, Jafra Cosméticos - para quem quer começar uma rotina de cuidados, a marca lançou um kit para limpar, refrescar e hidratar a pele facial. Os produtos têm propriedades antioxidantes que combatem os radicais livres e protegem a pele dos danos ambientais, e extratos de chás branco, verde e vermelho, que ajudam a minimizar rugas e linhas de expressão e a restaurar a elasticidade da pele. Composta por: Gel Facial de Limpeza Refrescante, Creme Facial Hidratante Diurno FPS e Creme Facial Hidratante Noturno . 7ª edição do Spa Week começa em setembro A sétima edição do Spa Week, que acontece no período de 22 de setembro a 6 de outubro, se expande e chega ao Distrito Federal. Durante duas semanas, os estabelecimentos participantes escolhem algumas terapias que serão oferecidas em pacote promocional. Os tratamentos em São Paulo e Rio de Janeiro custarão R$ 75, enquanto no DF e Minas Gerais o valor será de R$ 65, e para Santa Catarina e Paraná R$ 55, não importando o valor original da terapia. Com mais essa edição, espera-se aumentar consideravelmente o número de atendimentos, que chegaram a 19 mil na última edição do evento, faturando perto de R$ 700 mil em duas semanas. Com patrocínio oficial da marca Dove, o evento agora assina como Spa Week Beleza & Bem-Estar, refletindo o crescimento da tendência de pessoas que buscam serviços de spa para agregar mais qualidade de vida ao seu dia a dia, e não apenas com foco na estética. A idealizadora do evento, a Associação Brasileira de Clínicas e Spas (ABC Spas), reverterá parte da renda obtida no evento – R$ 2 de cada tratamento agendado – para o Programa Levar Bem-Estar, responsável por promover treinamentos gratuitos de massagem em comunidades carentes, incentivando a formação profissional e o ingresso no mercado de trabalho. Maiores Informações: http://www.spaweek.com.br. 19 Notícias 20 Revista Espuma - Julho/Agosto 2012 A sustentabilidade dos cosméticos naturais A expansão da indústria de cosméticos naturais ou à base de produtos naturais tem resultado em fortes questionamentos nos países detentores da biodiversidade sob dois distintos aspectos. O primeiro está associado aos ecologistas e protetores do meio ambiente, que questionam os impactos do extrativismo comercial sobre a floresta e sobre as populações tradicionais. O uso de insumos naturais, tanto para as empresas de cosméticos tradicionais ou para as especializadas em produtos naturais, tem por limite a escala da coleta e a sustentabilidade da floresta. Na grande maioria dos casos, a indústria busca novos cultivares que garantam a escala de produção dos insumos. Desenvolvimento da biotecnologia Tanto na indústria farmacêutica quanto na de cosméticos, o desenvolvimento da biotecnologia e, em particular, da engenharia genética, vem facilitando o cultivo de plantas aromatizadas longe do seu habitat natural, passando do extrativismo ao cultivo. Esse é o caso do Ginkgo biloba, originário da China, que é produzido, atualmente, na França e nos Estados Unidos, e do mel, no Egito, na elaboração de maquiagem (a partir da resina das colmeias) e de depilatórios, que são utilizados até os dias de hoje. Coleta de matéria-prima O segundo questionamento diz respeito à institucionalização da coleta de matéria-prima que supra os bancos genéticos para a bioprospecção de moléculas que serão sintetizadas quimicamente. A regulamentação do acesso das empresas de cosméticos aos recursos naturais é imprescindível, uma vez que a grande maioria delas localiza-se nos países industrializados do Norte, enquanto os recursos predominam nos países do Sul. Nesse caso, requer-se a institucionalização da coleta de materiais, em particular da flora, para evitar a biopirataria e/ ou a extinção das espécies incorporadas no processo de produção. A Convenção da Biodiversidade está negociando as questões das patentes e dos direitos de propriedades dos agricultores e das populações nativas. Leite de Colônia lança lenços umedecidos Para facilitar e agilizar o processo de remoção da maquiagem e limpar a pele, a tradicional linha de loções de limpeza Leite de Colônia apresenta agora os Lenços Umedecidos. Dermatologicamente testados, os produtos limpam a pele e removem a maquiagem, podendo ser utilizados em todo o rosto, inclusive na área dos olhos, e levados na bolsa. Os lenços vêm em embalagem vintage, com fórmula suave e sem álcool, de ação 3 em 1: limpam a pele profundamente, são adstringentes e removem a maquiagem. Disponíveis desde julho em farmácias e perfumarias de todo o Brasil. Revista Espuma - Julho/Agosto 2012 Vizcaya Cosméticos lança primeiras embalagens com informações em braile A carioca Vizcaya Cosméticos, fabricante de produtos para cuidados capilares e para o corpo, anunciou o lançamento de embalagens com informações em braile. Segundo a empresa, este é o primeiro formato com a linguagem nesse setor do mercado brasileiro. A primeira linha a disponibilizar os novos invólucros será a Keratina. Até o fim do ano a companhia espera que todos os produtos contenham os dados. Grupo Boticário lança rede de maquiagem O Grupo Boticário anunciou a criação de uma nova rede de franquias chamada “quem disse, berenice?”, para vendr principalmente maquiagem. As primeiras lojas serão inauguradas ainda em agosto em São Paulo. Até outubro, devem ser sete pontos de venda, todos operados por franqueados da rede O Boticário na capital paulista, além de um site de comércio eletrônico. Essa é a quarta unidade de negócio do grupo Boticário, que iniciou suas atividades em Curitiba, com as lojas O Boticário, há 35 anos. Em março de 2011, a empresa lançou a marca de cosméticos Eudora, vendida em lojas e por meio de revendedoras (porta a porta) e, no início deste ano, criou a Skingen Inteligência Genética, de tratamento para a pele. Segundo Alexandre Bouza, diretor da “quem disse, berenice?”, seu público-alvo é a mulher que não quer ficar presa a regras e busca mais liberdade. A marca aposta na variedade de opções. O portfólio de 500 produtos inclui cem cores de batom e 18 tons de base. A maior parte do portfólio da “quem disse, berenice?” será feita na fábrica do grupo em São José dos Pinhais (PR). A marca vai usar o centro de distribuição da empresa em Registro (SP). A indústria nacional de maquiagem cresceu 7,4% em 2011 e faturou R$ 2,3 bilhões, segundo a associação das fabricantes do setor. Bombril apresenta Mon Bijou perfumador de roupas A Bombril criou um perfumador de roupas para linha Mon Bijou. A estratégia é ampliar as opções dos consumidores na hora do cuidado com as roupas. Atualmente a marca possui itens que auxiliam no processo de lavar, amaciar, passar e guardar. No formato spray, o perfumador pode ser usado em roupas de cama, banho e tecidos em geral ainda molhados. O produto possui duas fragrâncias, Pureza e Harmonia, em embalagens de 300 ml. O preço sugerido é de R$ 9,99. 21 Notícias 22 Revista Espuma - Julho/Agosto 2012 Revista Espuma - Julho/Agosto 2012 Terceirização de cosméticos atrai estrangeiros Nova marca para corpo, banho e ambiente Realgem´s amplia fábrica de sabonetes Elaborados com extratos naturais, chegam ao mercado os produtos para corpo, banho e ambiente da empresa nacional Tiena, criada por Cristina Farjallat, cujo ponto de venda está localizado no Shopping Ibirapuera, em São Paulo. As linhas de produtos procuram agradar diferentes gostos e vêm em 6 fragrâncias, com produtos que incluem sabonetes líquidos, esfoliantes corporais, hidratantes para corpo, mãos e pés e sabonetes em barra, além de difusores de aromas e sprays para ambientes e sachês para gavetas, armários e carros. As opções são: Verbena (foto); Mel e Leite de Soja; Lavanda; Flor de Cerejeira; Rosas Brancas e Vanilla. Cada uma delas tem sua identidade olfativa e visual próprias. Para você conhecer mais, segue abaixo a descrição da linha Verbena, erva medicinal de propriedades calmantes, conhecida também como Erva Santa. Com notas cítricas, lembrando um mix de limão, laranja, alecrim e erva doce, proporciona sensação refrescante, que agrada homens e mulheres. É formada por: Sabonete Líquido para Banho: proporciona espuma abundante, deixando a pele suave e delicadamente perfumada. Uso diário. · Sabonete em Barra Hidratante: base 100% vegetal. Contém manteigas de karité e de cupuaçu que proporcionam efeito prolongado de hidratação. Uso diário. Sabonete em Barra Esfoliante: com semente de apricot e manteigas de karité e de cupuaçu. Pode ser usado diariamente. · Loção Hidratante para o Corpo: enriquecida com extratos naturais, proporciona hidratação suave e prolongada, deixando a pele macia e delicadamente perfumada. · Esfoliante Corporal Espumante: com microesferas e extratos naturais proporciona cremosidade e espuma deliciosas durante o processo de esfoliação das áreas mais ásperas do corpo. · Sabonete Líquido para as Mãos: possui um bico dosador que facilita a aplicação, tornando-o ideal para pias de banheiros e lavabos. · Hidratante para as Mãos: contém manteiga de cupuaçu e extrato natural de verbena, deixando as mãos macias e delicadamente perfumadas. Embalagem compacta, ideal para levar na bolsa. · Hidratante para os Pés: com manteiga de cupuaçu e mentol, hidrata e refresca, proporcionando o relaxamento. Uso diário, ideal para massagear os pés ao final de um dia cansativo. O setor brasileiro de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos faturou em 2011 mais de U$ 43bilhões, alta de 18,9% sobre 2010, se considerados os preços ao consumidor. Com o crescimento da demanda, cada vez mais empresas optam por expandir sua oferta de produtos sem investir em ativos fixos, recorrendo à terceirização da produção. De olho nesta oportunidade de negócio, companhias estrangeiras chegam para disputar o mercado nacional A francesa Fareva planeja ser a segunda maior terceirista do País ainda em 2012. Já a italiana Chromavis vem preencher uma lacuna do mercado local, produzindo maquiagem de alto valor agregado. A líder nacional em terceirização de cosméticos, Provider, uniu-se à portuguesa ColepCCL para fabricar aerossóis. “Nossa particularidade é que somos mais uma empresa de desenvolvimento de fórmulas do que propriamente terceiristas e não estamos interessados em simplesmente terceirizar a produção para grandes marcas do Brasil, queremos oferecer fórmulas para esse mercado, trazer para o cliente novas tecnologias e tendências de cores e texturas, para que essas marcas tenham em mãos sempre um produto atualizado”, diz Nicolas Wierdack da Chromavis. A Realgem’s, que tem como principal atividade a fábrica de cosméticos em pequenos frascos para hotéis, está apostando no crescimento na demanda no Brasil, onde é uma das maiores do segmento, mas decidiu que é hora também de romper fronteiras. Começou a enviar produtos para o Uruguai, Angola e Paraguai no ano passado e, agora, está prospectando o mercado de Cuba, onde planeja chegar em breve. De olho no aumento da demanda hoteleira por causa da Copa e das Olimpíadas e também das vendas externas, investiu nos últimos dois anos R$ 3,5 milhões em ampliação de capacidade, a maior já feita na empresa. Cerca de 70% das embalagens e produtos são personalizados e levam os nomes dos clientes, mas a empresa também vende itens com as marcas Realgem’s e Terra Brasilis, uma das mais conhecidas, que usa insumos típicos do país. São produzidos 4 milhões de sabonetes por mês e 1,8 milhão de frascos de cosméticos. A hotelaria responde por 80% das receitas do grupo, que nos últimos cinco exercícios cresceram de 10 a 15% ao ano. Setor de cosméticos no país sobe 18,9% em 2011 O mercado de cosméticos no Brasil faturou U$ 43 bilhões em 2011, segundo dados do Euromonitor, apresentando um crescimento de 18,9%, o maior entre os 10 principais mercados do mundo neste setor. O País aparece em terceiro lugar no ranking, com 10,1% de participação, atrás dos Estados Unidos (14,8%) e do Japão (11,1%). De acordo com a pesquisa, o Brasil lidera o consumo de produtos infantis, desodorantes e artigos de perfumaria e ocupa a segunda colocação em vendas de protetor solar, artigos de higiene oral, produtos masculinos e linhas para cabelo e banho. Na categoria de maquiagem, o mercado nacional está em terceiro lugar no ranking mundial. Os protetores solares tiveram o maior crescimento em vendas no ano de 2011, gerando um aumento de 20,2% do faturamento. Dados da Abihpec mostram que o setor cresceu 360% nos últimos anos, com uma média de expansão de 10% ao ano. Avatim lança creme de manteigas para hidratar e cuidar bem da pele Com produtos fabricados em Ilhéus, Bahia, a Avatim Cheiros da Terra possui há 1 ano um charmoso espaço na Vila Madalena. A loja é especializada em aromatização de ambientes e beleza, produzindo itens 100% nacionais. Já pensando na estação mais fria do ano, a loja lança um produto da Linha Casual SPA, o Creme de Manteigas – produto com propriedades emolientes e antioxidantes presentes nas manteigas de cupuaçu, de karité e de cacau, ricas em vitaminas A, C e E. O creme ajuda a reduzir o ressecamento protegendo a pele contra impurezas e a ação do tempo. Vale destacar que a vitamina C ainda estimula a síntese de colágeno, o que da à pele firmeza, resistência e elasticidade; já o ácido cinâmico, presente na manteiga de karité, proporciona maior proteção, nutrição e hidratação, deixando a pele com um toque aveludado. O Creme de Manteigas da Avatim é com certeza é uma ótima sugestão para cuidar da pele nesse inverno! 23 Notícias 24 Revista Espuma - Julho/Agosto 2012 Indústria de higiene e beleza aposta em nicho Revista Espuma - Julho/Agosto 2012 acima de 60 anos. “Percebemos que nada existia ligado a cosméticos para a maturidade, existia muito o conceito de anti-idade, o cosmético usado na busca pela juventude eterna”, conta o investidor majoritário da empresa, Flávio Rijo. “Mas existe uma mudança na sociedade, que é o pessoal que busca qualidade de vida, saúde e bem-estar na maturidade”, diz. A empresa começou terceirizando sua produção com uma indústria em Guarulhos (SP), e agora está se associando à terceirista em uma única empresa. A Maturi fatura anualmente R$ 2 milhões, com a venda de 200 mil unidades, numa linha de 10 produtos. Entre este e o próximo ano, é planejado o lançamento de mais nove. A empresa possui 10 funcionários diretos e cerca de 50 na indústria. Com investimento inicial de R$ 500 mil, a marca está presente hoje em 200 pontos de venda, com ênfase no pequeno varejo. O crescimento anual é de 30% ao ano em faturamento. Os produtos se diferenciam pela hidratação profunda, além de embalagens com letras grandes e de fácil manuseio. “As peles maduras têm necessidades especiais, mas ninguém procura um produto para a maturidade, porque ninguém quer ser considerado velho, então desenvolvemos um trabalho junto aos PDVs para o correto posicionamento do produto junto aos demais, mas com fácil identificação”, conta. Homens Oferecer produtos a consumidores ainda pouco atendidos pelo mercado é a estratégia de pequenas e médias empresas para ganhar seu espaço no setor brasileiro de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos. É o caso da Lumi, que conta com uma linha voltada para peles negras; da Maturi, que aposta em produtos para consumidores maduros, e da Memphis, que expandiu seu portfólio voltado ao público masculino. O mercado de HPPC tem crescido em média 10,9% ao ano, nos últimos cinco anos, movimentando, em 2011, R$ 29,4 bilhões, em valores Ex-Factory (saídos de fábrica, livres de impostos sobre vendas), segundo a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec). Impulsionado pelo aumento do poder de consumo da classe C, o setor busca crescer também através da conquista de novos consumidores. Peles negras “Aqui, no Brasil, as marcas não têm produtos específicos; normalmente, quem tem pele negra, para fazer a preparação da pele, com base, corretivo, pó compacto, tem que comprar de fora”, conta a sócia-diretora da Lumi Cosméticos, Natália Antunes. A empresária afirma que as mulheres também criaram soluções próprias, por exemplo, improvisando um batom como blush. “Por isso, elas não tinham o hábito de comprar produtos para preparação da pele, mas isso agora está mudando”, relata. A Lumi criou sua linha para peles negras quando entrou no mercado angolano, em 2007. Hoje está presente também em Moçambique e negocia a instalação de uma fábrica própria no Benim. “Desde então, essa linha só cresce: nos primeiros sete meses deste ano, as vendas dos 15 produtos específicos cresceram 13% em valores, em relação ao mesmo período de 2011”, afirma. Maquiagem para peles negras representou no ano passado 3,9% do faturamento da empresa. Com uma planta na zona norte da capital paulista, a empresa fabrica seus produtos para corpo, banho e perfumaria, terceirizando maquiagem e esmaltes. A companhia possui 100 funcionários diretos e uma rede de mais de 150 mil representantes, tendo crescido 23% em faturamento de janeiro a julho de 2012, embora não revele valores absolutos. “Em 2011, crescemos 17%, então este ano está melhor, com a contribuição da venda pela Internet, um canal novo para nós”, diz Natália. Consumidor maduro Voltada para consumidores idosos, a Maturi Cosméticos é ainda uma empresa jovem. Criada em 2009, a companhia surgiu da percepção de seus criadores de duas categorias em franca expansão no Brasil: o mercado de cosméticos e a população Com mais de 60 anos de história, a Memphis lançou em maio a linha Biocrema for Men, que vem a se somar à linha Senador, compondo o portfólio de produtos masculinos da empresa. Com investimento de R$ 1 milhão, a linha é hoje composta de quatro produtos, entre os quais, sabonetes e desodorantes. “Nossa expectativa é que a linha Men responda por 2% a 3% da receita da empresa até o fim de 2013”, diz o diretor de Vendas André Dall’Onder. “Ao contrário da mulher, que varia muito de produto, o homem é mais conservador nas suas escolhas, mas, à medida que a indústria oferece novas possibilidades, esse homem vai se descobrindo e se cuidando mais”, conta o executivo. Com duas fábricas no Rio Grande do Sul, cinco centros de distribuição e 300 funcionários diretos, a companhia faturou R$ 100 milhões em 2011. Focada em nichos de maior valor, a empresa pretende expandir sua presença nos mercados do sudeste nos próximos anos. 25 26 Abisa 2012 Revista Espuma - Julho/Agosto 2012 Revista Espuma - Julho/Agosto 2012 ABISA NORDESTE Congresso completa 30 anos e se renova Por: Lia Freire 30º ABISA NORDESTE & 3º Expo ABC 28 a 30 de outubro 2012 - Othon Palace Hotel – Salvador-BA PRÉ-PROGRAMAÇÃO Domingo dia 28/10 Abertura da secretaria – 12:00h Abertura dos estandes – 14:00h Abertura do 30º Congresso – 20:30h Jantar – 21:00h Paralelo (dias 29 e 30) – horário a ser definido. Curso: Desenvolvimento de produtos - ministrado pelo Prof João Francisco Neves. Segunda-feira dia 29/10 08:30h – Números e tendências do mercado de saneantes e cosméticos – Rita Navarro – Kantarworld Panel 09:15h – Sustentabilidade - Brasken 10:00h – Café 10:15h – Tributação nas empresas – Formas legais e simples que podem ser adotadas pelas empresas para amenizar o impacto fiscal no seu caixa –Fabio Pallaretti Calcini - Sócio Tributarista. Escritório Brasil Salomão e Matthes Advocacia, Doutorando e Mestre em Direito do Estado pela PUC/SP, Especialista em Direito Tributário pelo IBET, Especialista em Direito Tributario Internacional pela Universidade de Salamanca/ESP, Professor de Graduação (UNISEB/COC) e convidado de Pós-Graduação (FAAP, GV/SP, IBET, PUC/SP, UEL, entre outras). Autor de livros e artigos jurídicos. 11:00h – Produtos líquidos – Sabões, detergentes...tendências, dados de mercado – Thaís Lordelo - Nielsen 11:45h – Sebo para biodiesel ou sabão e sabonetes – matérias primas alternativas – Luciano Hocevar – Especialista em Processos Petroquímicos pela Università degli Studi di Bologna, Mestrado em Energia(Biodiesel) e curso de graduação em Engenharia Ambiental (HGestão de Resíduos Sólidos, Líquidos e Gasosos), Mestre em Administração pela Universidade Federal da Bahia, Engenheiro Químico pela PUC/RS e Presidente da Seção Regional da ABEQ na Bahia. 13:00h – Palestra técnica Em constante aprimoramento, a edição 2012 do evento acontecerá entre os dias 28 e 30 de Outubro, em Salvador (BA) P romover por três décadas ininterruptas um congresso não é apenas uma grande responsabilidade, como também, nos obriga a sermos flexíveis em nossa atuação. Novos desafios surgem a cada edição e acreditamos que a maturidade empresarial só é conquistada pela excelência na condução dos negócios, agregando valores com prestação de serviços de alta qualidade. E, é assim que chegamos a mais uma edição: renovados e comprometidos com o setor, respeitando as suas necessidades e exigências. Após longas conversas e diversos encontros com os patrocinadores do evento e associados da ABISA - Associação Brasileira das Indústrias Saboeiras e Afins – e com os principais empresários e representantes do setor para ajustarmos as novas mudanças, decidimos que deveríamos começar pela troca da empresa organizadora do congresso e optamos pela Editora Stilo, responsável pela publicação da Revista Espuma e que também acumula experiência na realização de feiras, sendo a responsável por eventos como a FENAGRA – Feira Internacional das Graxarias, que neste ano chegou em sua sétima edição e a EXPO PET FOOD, em seu segundo ano. A parceria no congresso com a ABC - Associação Brasileira de Cosmetologia - continua sólida e a tendência é melhorar a cada ano, afinal, muitos dos associados da ABISA fabricam produtos comuns às duas entidades e vice-versa. Outras importantes mudanças estão na área de exposição em formato diferente, resultando em um investimento menor para os participantes e a hospedagem, que neste ano está por conta de cada Tarde: 16:00h – Show humorístico e atividades nos estandes com sorteio. Acompanhantes 14:30h - Tour pela cidade de Salvador e Pelourinho. Terça-feira dia 30/10 08:30h – Motivação e competitividade – Em época de grandes desafios, alta competitividade e orçamentos apertados, como inspirar as pessoas a se envolver mais e produzir mais e melhor? 09:15h – Economia – Como vem se comportando a economia brasileira e quais as tendências reservadas são sempre assuntos importantes, não só para grandes empresas, mas para todos em geral. País emergente de alto potencial, o Brasil reúne amplo conjunto de condições para subir no ranking das maiores economias do mundo... Economista Raul Velloso 10:15h – Café 10:30h – Sabão em barras, qual o futuro? A mais de 20 anos ouve-se falar que esta categoria vai “sumir do mercado”, porque novos produtos e novas tecnologias viriam para substituí-lo. Mas ele continua firme e forte na maioria dos lares brasileiros - João Francisco Neves 11:15h – Terceirização: Prós e contras 12:00h – Palestra técnica 12:45h – Imagem é tudo – A embalagem é um dos grandes fatores de crescimento das empresas. Como ela pode afetar e/ou agregar valor ao seu produto – Fabio Mestriner – ESPM 27 Abisa 2012 28 Revista Espuma - Julho/Agosto 2012 Patrocinadores até 15/08/2012 Revista Espuma - Julho/Agosto 2012 empresa, mas continuaremos fazendo a reserva a quem nos solicitar. Bloqueamos um número de apartamentos com valores específicos, em que valerá a pena se hospedar no hotel sede do evento. Nesta edição também haverá expositores que fabricarão “ao vivo” produtos, como sabonetes, maquiagens, itens para salão de beleza etc. E teremos ainda, em paralelo ao congresso, um minicurso sobre “Desenvolvimento de Produtos Domissanitários”, ministradopelo professor João Francisco Neves. A 30ª edição do Congresso & Exposição para as Indústrias de Produtos de Higiene e Limpeza e Afins e o 3º Expo & Seminário ABC de Tecnologia em Cosméticos terão o apoio da ABIPLA – Associação Brasileira das Indústrias de Produtos de Limpeza e Afins, do SINDILIMPE - Sindicato de Sabão e Velas, Saneantes e Material de Limpeza de Pernambuco, da FIEPE- Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco, Sindicato de Sabões e Velas de Salvador, da FIEB - Federação das Indústrias do Estado da Bahia, do SEBRAEBA, da ANVISA, do INMETRO, entre outros importantes órgãos. Dentre os patrocinadores, até o momento estão confirmados: Maksiwa, Nordesquim, Luandy do Brasil, Phytoessence, Morais de Casyro, Aboissa, Sasil, Coremal, Brentag, Química Anastácio, Citratus, Quimisa, M.Kassab, Labsynth, IMSB Máquinas, IBE Embalagens, Grupo GR e Akzo Nobel. Os eventos serão realizados entre os dias 28 e 30 de outubro, no Othon Palace de Salvador (BA), onde os participantes terão a oportunidade de conhecer novas tecnologias e as principais tendências do mercado, além de estarem em contato com a maioria dos fabricantes e fornecedores de matérias-primas de todo o Brasil. Enfim, novidades não irão faltar nesta trigésima edição. Promoveremos também uma homenagem especial às pessoas/empresas que estiveram conosco ao longo destes anos. apoio: Para mais informações, contate-nos: ABISA – Zoe ([email protected]) tels. (21) 2524-5816/8624-4595 Editora Stilo – Daniel Geraldes ([email protected]) tels.(11) 2384-0047 A Novozymes estará presente no 30º Congresso da A bisa e apresentará palestra sobre... Título da Palestra: Como aumentar a competitividade do sabão em barra frente a outros (tipos de) produtos. Resumo: A biotecnologia na forma de enzimas, está presente a várias décadas na formulações de detergentes em pó e líquido. Agora a Novozymes traz também ao mercado mundial uma tecnologia de estabilização de enzimas em sabão, que garante o efetivo aumento de performance em manchas naturais , garantindo mais competitividade à sua marca. Palestrantes: Jonatha Max Koehler e Daniel Stahlke 29 30 Revista Espuma - Julho/Agosto 2012 Revista Espuma - Julho/Agosto 2012 Abisa 2012 MODALIDADES DE PATROCÍNIO NO CONGRESSO ABISA 2012 Patrocinador Categoria Ouro Patrocinador Categoria Prata Patrocinador Categoria Bronze R$ 15.000,00 R$ 10.000,00 R$ 5.000,00 CORTESIAS 1 Mesa de Negócios - 8 Cadeiras --- --- 1 Palestra 1 Palestra 1 Palestra 1 Banner na área do Congresso (auditório) 1 Banner na área do Congresso (auditório) --- 1 Banner na área do Credenciamento 1 Banner na área do Credenciamento --- 1 Banner na área do Jantar --- --- Logomarca Inscrição Online Logomarca Inscrição Online --- 2 tipos de Encartes da empresa nas Pastas do Congresso 1 tipo de Encarte da empresa nas Pastas do Congresso 1 tipo de Encarte da empresa nas Pastas do Congresso 2 Inscrições isentas 1 Inscrições isentas --- Link no Site da ABISA Link no Site da ABISA Link no Site da ABISA Link no Site www.editorastilo.com.br Link no Site www.editorastilo.com.br Link no Site www.editorastilo.com.br Logomarca Newsletter Logomarca Newsletter Logomarca Newsletter Logomarca em Banner vdo Congresso Logomarca em Banner do Congresso Logomarca em Banner do Congresso 1/2 Página na Revista Espuma 1/4 Página na Revista Espuma --- Logomarca Crachás Logomarca Crachás Logomarca Crachás Logomarca em todo material de divulgação do Congresso (impresso e eletrônico) Logomarca em todo material de divulgação do Congresso (impresso e eletrônico) --- Recebimento do Mailing dos participantes após o encerramento do Congresso Recebimento do Mailing dos participantes após o encerramento do Congresso Recebimento do Mailing dos participantes após o encerramento do Congresso Notas: 1) O banner e os encartes deverão ser providenciados pela empresa patrocinadora. 2) A empresa patrocinadora deverá passar os logos em arquivo de alta resolução. ALGUMAS ATRAÇÕES NO 30º CONGRESSO ABISA & ABC A economia no país e no mundo e o que podemos esperar a curto e longo prazo. Já conhecido da maioria dos congressistas que participam da Abisa, RAUL VELLOSO é consultor econômico, especializado em Análise Macroeconômica e Finanças Públicas e PhD, Master of Philosophy e Master of Arts em economia pela Universidade de Yale, nos EUA. É diretor da ARD Consultores Associados e já atuou como secretário adjunto da Secretaria Nacional de Planejamento do Ministério da Economia, Fazenda e Planejamento e secretário de assuntos econômicos da Secretaria de Planejamento da Presidência da República. Foi membro do Conselho de Administração do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), membro do Conselho de Administração da Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer) e membro do Conselho Técnico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na palestra em Salvador, Velloso falará sobre como vem se comportando a economia brasileira e quais as tendências a curto, médio e longo prazos. País emergente de alto potencial, o Brasil reúne amplo conjunto de condições para subir no ranking das maiores economias do mundo, aspirando ser reconhecido como potência, abrindo espaço para atuação como protagonista relevante. Não lhe faltam bons fundamentos para estes propósitos: dimensão territorial, abundância de capital natural, diversidade de fontes para produção de energia, cadeias de produção competitivas em termos mundiais, base demográfica e dimensões do mercado interno, entre outras. Tributação Por FÁBIO PALLARETTI CALCINI - tributa rista- Sócio Tributarista Escritório Brasil Salomão e Matthes Advocacia de Ribeirão PretoSP. Doutorando e Mestre em Direito do Estado pela PUC/SP, Especialista em Direito Tributário pelo IBET, Especialista em Direito Tributario Internacional pela Universidade de Salamanca/ ESP, Professor de Graduação (UNISEB/COC) e convidado de Pós-Graduação (FAAP, GV/SP, IBET, PUC/SP, UEL, entre outras). Autor de livros e artigos jurídicos. A tributação é certamente outro tema de grande relevância para o empresário e, por isso, também será assunto no 30º Congresso, com uma palestra conduzida por um experiente tributarista, que terá como foco proporcionar aos profissionais uma visão básica da tributação, assim como apresentar formas legais e simples, que podem ser adotadas pelas empresas com vistas a amenizar o impacto fiscal no seu caixa. Os tributos representam, em média, 40% do preço dos produtos e 15% para prestadoras de serviço, dependendo do regime fiscal adotado. A carga fiscal supera a margem de lucro desejada, representando o principal entrave nos negócios das empresas, que necessitam, permanentemente, reavaliar seus preços para se manterem competitivas. Numa economia estável, onde a qualidade do produto e preço são requisitos essenciais para o crescimento do negócio, torna-se imperioso ao empresário brasileiro, especial atenção ao tratar as normas de tributação, sobretudo quanto aos tributos exigidos na produção e comercialização de mercadoria, assim como na prestação de serviços. Quando falamos em tributos, estamos, a rigor, nos referindo ao aspecto financeiro da sociedade. Apresentação de projeto para fabricação de domissanitários em pó Por JOSÉ CARLOS VOLTAN – Químico e Engenheiro Industrial, com vasta experiência na produção de Domissanitários, com ênfase em: Sabão em Barra, Sabonete, Produtos Líquidos em Geral e Detergentes em Pó (tanto pelo processo Spray Dry; como pelo processo de Mistura – Dry Mix); experiência essa que vai desde chão de fábrica; ajustes do processo produtivo até desenvolvimento de formulações. Experiência também com Sistema de Qualidade Assegurada; bem como coordenação na implantação de Certificação ISO 9001/2000 com aplicação de BPF – C e outros, conforme Portaria 327 – ANVISA. Responsável Técnico do Produto e do Processo Produtivo. 31 Abisa 2012 32 Revista Espuma - Julho/Agosto 2012 Gerência Produção / PCP e Manutenção / Desenvolvimento de Processos e Produtos / Sistema da Garantia da Qualidade (Certificação – ISO 9.000) Com experiência nas empresas: Unilever e Savon. Atualmente possui empresa de consultoria, com prestação de serviços e assessoria técnica para indústrias químicas (domissanitários). Obs.: Apostila ao final da apresentação. Considerações do autor – O objetivo ao desenvolver este projeto foi gerar a possibilidade de se fabricar domissanitários em pó com um investimento bem menor do que se tem no mercado. Ou seja, popularizar a fabricação deste produto, quebrando todos os mitos de que “o produto só é bom quando é feito em torre, caso contrário não é bom”. Hoje temos no Brasil um mercado bilionário (em torno de R$ 4 bilhões/ano), que está na mão de poucos (3 líderes) e fazem de tudo para que ninguém entre nessa mina de ouro. Então propaga-se a pseudo “verdade absoluta” de que, para se fazer um detergente de boa qualidade, precisa-se investir vários milhões de reais, o que desanima qualquer empresário, fazendo com que desista de imediato e assim o mercado continua livre para os poucos privilegiados. O processo de “torre” somente consegue controlar a densidade aparente do produto, o que é uma propriedade física. Fazendo-se uma analogia com um medicamento, não importa o tamanho do comprimido e sim, sua composição química, ou seja, o teor do princípio ativo. No detergente em pó é a mesma coisa, o que importa é o teor de matéria ativa que contem no mesmo. Então, se eu tiver um produto mais denso ou mais pesado, como a dona de casa mede o volume (usando um copo). Ao invés de pesar, basta colocar o volume menor que estaremos adicionando o mesmo teor de matéria prima. Portanto, basta alertar a dona de casa para diminuir a quantidade, ou seja, precisamos quebrar “paradigmas” dessas verdades “absolutas e incontestáveis”. Venha conhecer de perto este projeto: 1. Detergentes em pó (lava-roupas, lava-pisos) 2. Linha institucional (lavanderia e hotelaria) 3. Titã manchas 4. Limpeza pesada (forno, desentupidor de pias e ralos etc) 5. Saponáceos etc... Revista Espuma - Julho/Agosto 2012 Conforme já citado, é um processo no qual pode-se fabricar vários produtos em pó, sendo o mais visado o Detergente em Pó. Salientando que o foco principal é o meio ambiente, pois trata-se de um processo limpo, totalmente a frio (não existe queima de combustível) e baixo investimento. Um produto sem fósforo e mais concentrado (menor volume). A formulação adaptada ao processo produtivo contempla a conservação da matéria ativa (Sinergia de Tensoativos), com os aditivos especiais para um melhor desempenho de limpeza e a substituição dos componentes “Coadjuvantes” por outros de menor custo. Principais pontos positivos: 1. Produto ecológico . Não possui emissões para a atmosfera . Não gera resíduos químicos . Totalmente limpo Sem eutrofização, biodegradável. 2. Inovação tecnológica . Menor volume – mais concentrado . Menor dosagem de produto na lavagem . Redução na utilização de embalagem plástica . Redução no volume transportado . Redução do volume que retorna ao meio ambiente . Produto biodegradável e sem fósforo 3. Uma inovação no processo produtivo . Versatilidade na fabricação de domissanitários em pó . Fluxo de produção compacto . faciloidade de controle durante a fabricação . Redução no consumo de energiaelétrica . Não utiliza queima de combustível . Reduçãocom manutenção corretiva/preventiva . Redução de investimento. 4. Informações técnicas . Área necessária: 100m2 (fabricação) Capacidade da planta: . 1 ton/hora ou 8 ton/turno ou 160 ton/mês . Com 1 truno – 160 ton/mês . Com 2 turnos – 320 ton/mês . Com 3 trunnos – 480 ton/mês . Gasto energético: Processo totalm nente a frio (não utiliza combust´pivel) . Energia elétrica: 72cv ou 53kw – R$ 3,0/ton . Mão de obra: 8 colaboradores Em conformidade com a Portaria Anvisa 327 de 30/07/1997. Saiba tudo sobre o biodiesel e até que ponto você poderá ser afetado. Diante de tantas especulações conforme o texto abaixo envolvendo o biodiesel, a Abisa decidiu contratar um grande profissional da área para esclarecer aos presentes no 30º Congresso, as tendências e perspectivas deste mercado, tentando desta forma informar nosso setor até que ponto seremos afetados em relação ao sebo e outras matérias primas. O tema da palestra será Sebo para biodiesel ou sabão e sabonetes – matérias primas alternativas e o contratado é LUCIANO HOCEVAR– Especialista em Processos Petroquímicos pela Università degli Studi di Bologna, Mestrado em Energia(Biodiesel) e curso de graduação em Engenharia Ambiental (HGestão de Resíduos Sólidos, Líquidos e Gasosos), Mestre em Administração pela Universidade Federal da Bahia, Engenheiro Químico pela PUC/RS e Presidente da Seção Regional da ABEQ na Bahia. ““O biodiesel no brasil poderia movimentar r$ 28 bilhões até 2020? No dia 02 de agosto a União Brasileira de Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio) e a Associação dos Produtores de Biodiesel do Brasil (Aprobio) reuniram-se em São Paulo para homenagear o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Durante a ocasião, as associações distribuíram entre os jornalistas presentes um press release afirmando que o setor de biodiesel poderá movimentar R$ 28 bilhões em investimentos até 2020, um número tão portentoso que rendeu manchetes mundo afora. O documento não esclarece, entretanto, como foi que as duas associações chegaram a esse montante. Mas, logo de cara já é possível perceber algo inusitado. Para chegar nos tais R$ 28 bilhões, o release baseia suas premissas na expectativa de que cheguemos ao B10 até 2014 e ao B20 em 2020. Este é um velho pleito das usinas. A primeira vez que o setor apresentou publicamente esses números foi em outubro de 2010 no lançamento do estudo “O biodiesel e sua contribuição para o desenvolvimento brasileiro”. Elaborado pela FGV Projetos por encomenda da Ubrabio, até hoje os usineiros o carregam de baixo do braço e trazem sua argumentação na ponta da língua. Foi de lá que a chamativa projeção saiu. Em sua página 30, os autores do estudo estimaram que a circulação monetária em investimentos relacionados ao biodiesel somaria a vultosa cifra de R$ 28 bilhões até 2020. Só que, dessa dinheirama toda, apenas R$ 7,36 bilhões iriam para a expansão industrial propriamente dita. Este seria o valor necessário para que as usinas deem conta de atender a demanda prevista de 14,3 bilhões de litros de biodiesel anuais, caso venha mesmo o B20 em 2020. O estudo é inesperadamente vago a respeito do destino a ser dado aos outros 20,64 bilhões. Pode-se presumir que seu destino seja a parte agrícola da operação. Em outro trecho o estudo calcula que a demanda por biodiesel levaria a investimentos da ordem de R$ 15 bilhões na ampliação de oleaginosas alternativas à soja...etc... 33 Revista Espuma - Julho/Agosto 2012 Revista Espuma - Julho/Agosto 2012 Capa 34 “O mercado brasileiro de cosméticos está se desenvolvendo cada vez mais, apoiado na qualidade de seus produtos, uma referência de qualidade internacional”, Enilce M. Oetterer, da Encosmética. Cosméticos “made in Brasil”, com muito orgulho O cenário atual do setor de cosméticos no Brasil Por: Lia Freire O s números comprovam o potencial deste segmento de negócios na economia brasileira. Dados do Instituto Euromonitor apontam que o setor de cosméticos no Brasil faturou em 2011, US$ 43 bilhões, apresentando um crescimento de 18,9%. Nos últimos 16 anos cresceu 360%, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC). O Brasil lidera o consumo de produtos infantis, desodorantes e artigos de perfumaria, estando na segunda colocação em vendas de protetores solares, itens para higiene oral, produtos masculinos e linhas para cabelo e banho. Na categoria de maquiagem, estamos em terceiro lugar no ranking mundial. (fonte Revista Exame) Ainda de acordo com dados da ABIHPEC, são 1.659 empresas brasileiras atuando no mercado de produtos de higiene pessoal, sendo que 20 delas são de grande porte, com faturamento líquido de impostos acima dos R$ 100 milhões, representando 73% do faturamento total. Os principais segmentos são produtos para cabelo, higiene oral, sabonetes, desodorantes, descartáveis e outros. EVOLUÇÕES IMPORTANTES A indústria brasileira de cosmetologia tem as suas particularidades e diferenciais decorrentes das condições socioeconômicas, culturais, climáticas e típicas de um país tropical, do hábito do consumidor, que se apresenta mais exigente, entre outros fatores, sendo necessária a adequação das fórmulas de cada item, de acordo com o público consumidor. A partir deste cenário a indústria trabalha no desenvolvimento de suas linhas. Na opinião de Enilce Maurano Oetterer, sóciadiretora da Encosmética Consultoria Ltda, empresa de consultoria e serviços em gestão de negócios estabelecida em 2009, especializada no segmento de cosméticos e áreas afins; a busca constante na melhoria dos processos resulta na diversidade de produtos de alta qualidade técnica. “A indústria nacional está cada vez mais capacitada, através de pesquisas realizadas em parcerias com universidades, da investigação científica das matérias-primas e do desempenho do produto final. Obtivemos importantes avanços e evoluções, como por exemplo, nas formulações para proteção solar, com novas tecnologias em filtros solares e nos processos de fabricação. “Os protetores solares tiveram o maior aumento em vendas, com 20,2% a mais no faturamento. Novos ativos cosméticos também foram criados pelos fabricantes, embasados por estudos de eficácia e pesquisas de formulações diferenciadas. Houve ainda, avanço no estudo e lançamentos de produtos para uso infantil, bem como, de novas tecnologias para o tratamento e coloração dos cabelos. O mercado brasileiro de cosméticos está se desenvolvendo cada vez mais, apoiado na qualidade de seus produtos, tornando-se referência de qualidade internacional. A indústria cosmética brasileira tem sido edificada com base no princípio da inovação, que se reflete na criação de novos conceitos, mercados, competências, na combinação de novos ativos e nas embalagens diferenciadas e criativas, tendo como resultado maior valor agregado ao consumidor.” Na análise de Marcello Bressan, coordenador de marketing da Norscent Fragrâncias, distribuidora da IFF – International Flavors & Fragrances Inc. para as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste do país, os cosméticos brasileiros evoluíram consideravelmente, com melhoras em praticamente todos os aspectos. “Temos embalagens melhores, acesso a ativos diferenciados e materiais naturais ricos em nutrientes, assim como fragrâncias voltadas para a categoria cada vez mais sofisticadas. Vemos uma crescente conscientização de que o cosmético deve cuidar do corpo e dos ânimos, promovendo bem-estar, seja pelo frescor ou pela segurança de cheirar bem ou ter uma pele hidratada. Seja qual for a finalidade do produto, sua aparência, cheiro e textura influenciam tanto quanto o benefício inicial que ele promete.” “O Brasil é uma fonte de inspiração para o mundo todo. A diversidade de etnias da população brasileira gera a necessidade por produtos específicos para cada tipo de cabelo e pele.” 35 36 Revista Espuma - Julho/Agosto 2012 Notícias ÁREAS QUE DESPONTAM O Brasil é uma fonte de inspiração para o mundo todo. A diversidade de etnias da população brasileira gera a necessidade por produtos específicos para cada tipo de cabelo e pele. Sem contar que a nossa flora é um terreno que ainda tem muito a ser explorado, no qual descobrimos novos ingredientes todos os dias. “O resultado da combinação destes fatores é um mercado inovador, onde grandes e pequenas marcas podem ousar, pois os consumidores brasileiros de um modo geral são abertos à experimentação e ávidos por novidades”, declara o coordenador de marketing da Norscent, Marcelo. “Há uma forte tendência no consumo de linhas orgânicas, cosméticos direcionados ao público masculino, cosméticos associados à tecnologia e produtos orientados ao consumidor com mais de 60 anos.” Para Enilce há uma forte tendência no consumo de linhas orgânicas, devido ao novo cenário de conscientização do consumidor e a visão de sustentabilidade. Tratamento de cabelos, cosméticos direcionados ao público masculino, o uso de produtos para a beleza de dentro para fora, cosméticos associados à tecnologia, produtos orientados ao consumidor com mais de 60 anos em virtude do envelhecimento populacional, também despontam como importantes tendências. “O mercado brasileiro de cosméticos vem sendo impulsionado por alguns aspectos, tais como: migração do consumidor das camadas “E” e “D” para a classe de maior abrangência de consumo devido o aumento do poder aquisitivo; pelo forte crescimento da classe “C”; pela ascendência do poder de compra do público feminino devido a maior participação no mercado de trabalho e também observamos as crianças Revista Espuma - Julho/Agosto 2012 como fator de decisão de compras”, analisa a executiva da Encosmética. O executivo da Norscent reforça que apesar do desenvolvimento do mercado de cosméticos masculinos, o grande responsável ainda por impulsionar o setor brasileiro é o público feminino da classe “C”, que vem adquirindo mais produtos, exigindo também mais sofisticação e maior valor agregado. “A nossa empresa exerce um constante trabalho de pesquisa, acompanhando os lançamentos no Brasil e no exterior para identificar as atuais tendências e assim entregar o que há de melhor em fragrâncias para o setor de cosméticos”, afirma Marcelo. Quanto às perspectivas para o mercado brasileiro de cosmetologia, Enilce diz que são de contínuo crescimento, tendo em vista os investimentos das empresas internacionais trazendo suas marcas para o Brasil, a exemplo da Clinique e Sephora, além do considerável aumento dos produtos importados nas prateleiras do país. UM PARCEIRO PARA A INDÚSTRIA NACIONAL A consultoria Encosmética atua no ramo das indústrias de todo porte, cuja estratégia está orientada para a expansão e o desenvolvimento de negócios no setor. “Facilitamos a implantação de unidades de negócios, viabilizando os processos da cadeia produtiva, agregando valor com qualidade e eficiência”, destaca Enilce. A empresa, que recentemente investiu na área de capacitação profissional, marketing e comunicação, presta assessoria nos procedimentos operacionais específicos das áreas comercial, marketing e técnica. Os serviços estendem-se à gestão de projetos, treinamentos técnico-comerciais, análise mercadológica de produtos, área técnica, desde implantação das etapas dos projetos ao produto final, nos mais variados modelos de negócios. “Atuamos com o conhecimento, com a capacidade de análise, com a proposição e implantação dos processos, de acordo com as necessidades dos clientes. Nossas projeções estão embasadas no crescimento do mercado cosmético. Para tanto, nossa metas estão alinhadas para tornar a Encosmética uma empresa de consultoria reconhecida e diferenciada no segmento, com soluções eficientes agregando valor à cadeia produtiva de nossos clientes e parceiros”, finaliza Enilce. 37 Revista Espuma - Julho/Agosto 2012 Revista Espuma - Julho/Agosto 2012 Revista Espuma - Qual é o cenário atual do setor de cosméticos no Brasil? Alberto Keidi Kurebayashi - Bastante positivo. O Brasil é destaque no cenário internacional. A indústria brasileira de cosméticos ocupa o terceiro lugar no ranking mundial do setor. Apresentou um crescimento anual médio de 10,7% nos últimos 15 anos. Para 2012, a estimativa é que haja um crescimento de 7,4%. Entre os chamados “top ten”, que são dez países que mais crescem no setor mundial de cosméticos, o Brasil fica em segundo lugar, atrás apenas da Rússia. Entrevista 38 Revista Espuma - Qual é o potencial deste mercado? Alberto Keidi Kurebayashi – O setor brasileiro de cosméticos representa um grande potencial, tanto que no Plano Brasil Maior, lançado pelo Governo Federal, uma das plataformas de negócios estratégicos refere-se ao setor de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos. Nas grandes categorias do mercado, o Brasil é líder mundial no comércio de desodorantes e “Na cosmetologia as áreas de biotecnologia e nanotecnologia têm sido bastante estudadas. Este desenvolvimento busca eficácia e segurança”, Alberto Keidi Kurebayashi. Alberto Keidi Kurebayashi Por: Lia Freire Farmacêutico -Bioquímico formado pela Universidade de São Paulo e pós - graduado em M arketing pela ESPM, especialista em Dermato -Cosmética pela Vrije Universiteit Brussel -Bélgica , A lberto K eidi Kurebayashi é desde 2011 o presidente da A ssociação Brasileira de Cosmetologia , cargo que ocupará até 2013. Kurebayashi atua também como consultor nas áreas Cosmética e Farmacêutica , é Diretor das empresas Protocolo Consultoria em Personal e Health Care e da Biosphere Serviços Especializados em Co -Packing. Em 2010 assumiu a vice -presidência da FELASCC – F ederación L atinoamericana de Sociedades de Ciências Cosméticas. Em entrevista à Revista Espuma, A lberto K eidi Kurebayashi analisa o atual cenário brasileiro de cosméticos, aponta os aspectos que progredimos , quais ainda exigem esforços , observa o nível técnico científico dos profissionais brasileiros e quais as perspectivas futuras para a cosmetologia brasileira . fragrâncias e vice-líder em produtos infantis, higiene oral, produtos masculinos e para cabelo e banho. Nas subcategorias, somos líderes em protetores solares, coloração, condicionadores, permanentes/alisantes, sabonetes e cremes para o corpo. Revista Espuma - Sob quais aspectos obtivemos importantes evoluções e quais ainda necessitam de melhorias? Alberto Keidi Kurebayashi – No Brasil, o nível de tecnologia e desenvolvimento dos cosméticos cresce a cada ano. Pesquisadores brasileiros são altamente criativos. Além disso, o setor conta com importantes contribuições como da Associação Brasileira de Cosmetologia (ABC) que promove em seus eventos, novos produtos, tecnologias e tendências. Os produtos brasileiros não são apenas inovadores, como seguem estritamente a principal diretriz de um cosmético: ser seguro. Aliado a estas inovações, conta com uma legislação moderna e atuante, gerida por meio da ANVISA - Gerência Geral de Cosméticos. 39 Entrevista 40 Revista Espuma - Julho/Agosto 2012 Por outro lado, o mercado brasileiro poderia ser muito maior e competitivo se as taxações sobre estes produtos fossem moderadas. Difícil aceitar que um cosmético seja considerado algo supérfluo e taxado como tal. O setor necessita das autoridades um tratamento coerente em relação à parte tributária. Vemos hoje uma alíquota de ICMS (referência SP) aplicada aos cosméticos tanto quanto é aplicada para as bebidas alcoólicas, fumo, cachimbos, piteiras, asa-delta, balões dirigíveis, embarcações de esporte, armas e munições, fogos de artifício, trituradores domésticos de lixo, walkie-talkie, “O nível de tecnologia e desenvolvimento dos cosméticos brasileiros cresce a cada ano. Nossos pesquisadores são altamente criativos.” aparelhos de sauna, confetes, serpentinas etc. Com uma atualização e uma taxa mais justa de tributação nosso setor seria muito mais dinâmico e com certeza chegaríamos muito rápido na primeira colocação em consumo de cosméticos. Revista Espuma - Em relação ao nível técnico científico dos profissionais brasileiros, qual é hoje a nossa situação? Alberto Keidi Kurebayashi – Os nossos pesquisadores são respeitados e admirados no setor de cosmético. No ranking técnico-científico, segundo a IFSCC - International Federation of Societies of Cosmetic Chemists - o Brasil representado através Revista Espuma - Julho/Agosto 2012 da Associação Brasileira de Cosmetologia conseguiu conquistar o 4º lugar. Figurando nas primeiras posições estão: Japão, EUA e França. Este cenário tem feito com que muitos profissionais brasileiros sejam requisitados e recrutados por matrizes e empresas de outros países. Revista Espuma - Como o Brasil está posicionado em termos de normatização/ regulamentação? Alberto Keidi Kurebayashi – A legislação do Brasil é uma das mais modernas e coerentes, isso propicia um desenvolvimento de produtos sustentado na segurança com um crescimento sólido. Revista Espuma – Dentro da cosmetologia qual área está despontando? A que se deve este cenário? Alberto Keidi Kurebayashi – As áreas de biotecnologia e nanotecnologia têm sido bastante estudadas. Este desenvolvimento busca eficácia e segurança. Revista Espuma – O mercado brasileiro de cosméticos vem sendo impulsionado por qual tipo de consumidor? A que se deve esta demanda? Alberto Keidi Kurebayashi – Segundo uma pesquisa realizada pelo Instituto Data Popular, no ano passado, a classe “C” foi responsável por metade do consumo dos produtos de beleza no Brasil. Esse público encara o cosmético como um investimento para melhorar a própria aparência, ser aceito na sociedade e ascender profissionalmente. A pesquisa comparou o consumo de produtos de beleza entre as classes, durante um período de sete anos. A liderança na preferência das mulheres da classe “C” ficou para o perfume (81%), quase empatado com os esmaltes (80%) e em terceiro lugar, estão os cremes faciais (60%). Já itens como os protetores solares estão mais presentes na vida dos consumidores das classes “A”e “B”, com 49%, enquanto a classe “C” responde por 27%. O sabonete, presente em todas as classes, obtém índices acima de 80%. 41 Entrevista 42 Revista Espuma - Julho/Agosto 2012 Revista Espuma - Julho/Agosto 2012 “Segundo pesquisa realizada pelo Instituto Data Popular, em 2011, a classe “C” foi responsável por metade do consumo dos produtos de beleza no Brasil.” SOBRE A ABC A Associação Brasileira de Cosmetologia (ABC) é uma entidade sem fins lucrativos, fundada em 10 de abril de 1973, com objetivo de promover o desenvolvimento da cosmetologia nacional. Formada por um grupo de profissionais das áreas de Farmácia, Química e afins, ligados a universidades e empresas de produto acabado e matérias-primas para a indústria de higiene pessoal, cosméticos e perfumes, a ABC promove atividades tecnológicas, científicas e de regulamentação em prol do setor. Regida por seu Estatuto, a Diretoria da ABC é voluntária e eleita pelos associados para uma gestão bienal. Sua atuação efetiva ao longo deste período foi de suma importância para o desenvolvimento dos setores tecnológico, científico e regulamentar do âmbito cosmético e de seus profissionais, participando de comitês, grupos técnicos, grupos de trabalhos e aconselhamento para as áreas de Vigilância Sanitária, Metrologia e Meio Ambiente, e no processo de integração ao Mercosul. Revista Espuma – Desde que o senhor assumiu a presidência da Associação Brasileira de Cosmetologia, em 2011, quais foram as prioridades? Alberto Keidi Kurebayashi – A principal prioridade é a capacitação do profissional deste setor. Capacitar todas as empresas e profissionais que buscam crescimento e diferencial é o nosso objetivo, assim criamos um mercado altamente qualificado, com lançamentos de produtos, conceitos e tecnologia. Revista Espuma - Destaque-nos as principais conquistas deste período. Alberto Keidi Kurebayashi – No cenário mundial, a Associação Brasileira de Cosmetologia é reconhecida por seu trabalho junto à comunidade científica, sempre incentivando os pesquisadores brasileiros a apresentarem trabalhos em Congressos no exterior. E esse reconhecimento trouxe à ABC a representação oficial do Brasil junto à IFSCC - International Federation of Societies of Cosmetic Chemists - e à FELASCC - Federación Latinoamericana de Sociedades de Ciencias Cosméticas, entidade que atuamos como vice-presidente. As atividades da ABC, porém, não se restringem aos treinamentos técnicos. Nossa atuação junto às questões regulatórias dos cosméticos é muito próativa, contando com dois representantes oficiais que participam das convocatórias de reuniões da ANVISA, inclusive as reuniões do Grupo de Trabalho SGT-11 para harmonização do Mercosul. A ABC compila as manifestações dos associados por meio de grupos de discussão e todo tema que for pertinente ao setor é discutido para que estejamos sempre atualizados com os mais recentes conceitos mundiais, assim foi, por exemplo, com a questão dos Cosméticos Orgânicos e Naturais, tema para o qual a ABC abriu espaço para discussões a fim de entendermos melhor sobre o conceito, que muitas vezes é mal empregado e desafiava a eficiente e atualizada legislação da ANVISA. Hoje em relação a isto, temos um interessante e lógico caminho se abrindo. Estes grupos de discussões jamais visam um foco regulatório, mas sim fomentar a livre colocação de opiniões e o material resultante deste grupo estará sempre à disposição do setor cosmético. A ABC também apresenta seu posicionamento de entidade e de seus associados junto à ANVISA, atendendo às publicações de Consultas Públicas, sempre com embasamento técnico-científico. No intuito de levar as novidades técnicas e científicas aos técnicos que trabalham em empresas sediadas em outros Estados, a ABC mais uma vez inovou criando as “regionais” em diferentes capitais do Brasil. Estes núcleos têm como objetivo verificar as necessidades, classificar as prioridades e solicitar à ABC o tipo e/ou modalidade de evento que precisam, assim como indicar os locais, as datas e carga horária apropriados. A Associação se encarrega ainda da formatação, diagramação e divulgação de cursos, dando todo o apoio às regionais. Atualmente, a ABC conta com representantes em Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, no Nordeste e Ribeirão Preto (SP). Realizamos o Simpósio Internacional Temático; Congresso Brasileiro de Cosmetologia; Dia do Fornecedor; Prêmio Reconhecimento ABC e Jantar A ABC é representante oficial do Brasil junto à IFSCC (International Federation of Societies of Cosmetic Chemists) sociedade que congrega cerca de 35 entidades internacionais, além de representar o Brasil junto à comunidade internacional científica da Cosmetologia, participando e promovendo atividades para o aperfeiçoamento da integração mundial e troca de informações. Em 2010, o Brasil passou a ocupar o 4° lugar no ranking da IFSCC colocando o país em posição de destaque perante à comunidade científica internacional. Para compor o ranking são considerados o número de associados de cada entidade membro e as respectivas contribuições científicas nos congressos da Federação. A ABC também é a representante oficial do Brasil na FELASCC – Federação Latinoamericana de Associações de Ciências Cosméticas – que congrega cerca de 10 entidades do setor na região, tendo o associado e Presidente da gestão 2011-2013 Alberto Keidi Kureayashi como Vice-Presidente da FELASCC. As indústrias e universidades do Brasil estão preocupadas com a qualidade técnica dos produtos e processos e a ABC está cada vez mais empenhada em promover a cosmética nacional. Para isso, realiza intensivamente cursos de aprimoramento para os profissionais do setor e incentivado os autores de trabalhos para submeterem resumos nos eventos internacionais. A ABC realiza regularmente conferências, palestras, workshops e cursos, além do tradicional Congresso Brasileiro de Cosmetologia, que acontece simultaneamente a FCE Cosmetique - evento que abrange os setores de matéria-prima, componentes, tecnologia e equipamentos de laboratório. Informações extraídas do site da ABC. Anual de Confraternização; e temos parcerias com o Conselho Regional de Farmácia - São Paulo, o Conselho Regional de Química – IV Região, a Sociedade Brasileira de Profissionais de Pesquisa Clínica, a Nürnberg Messe Brasil, a Revista Cosmetics & Toiletries, o Congresso Científico Internacional de Estética, a BeautyFair – Feira Internacional de Cosméticos e a ABISA. E ainda destacamos as parcerias com as Universidades. Como uma das principais difusoras do conhecimento no segmento, a ABC fomenta a participação acadêmica em Congressos nacionais e internacionais, com apresentações de trabalhos técnicos e intercâmbio de palestrantes. Professores e alunos de instituições como USP e USP/RP, UNIARARAS, UNIFESP, UNIALFENAS, UNAERP, UNIOESTE, Universidade Lusófona de Portugal e Vrije Universiteit Brussel da Bélgica. Revista Espuma - Quais as perspectivas para o mercado brasileiro de cosmetologia? Alberto Keidi Kurebayashi – O Brasil tem todos os requisitos para ser uma potência neste segmento. Como comentamos, além de uma tributação mais justa, a necessidade de ter uma política clara no acesso do patrimônio genético brasileiro, segundo regras do governo, é fundamental para o crescimento do mercado. 43 Em Foco 1 44 Revista Espuma - Julho/Agosto 2012 Revista Espuma - Julho/Agosto 2012 Co-Geração de Energia e Biomassa Alternativas ao Consumo M uito se fala hoje em dia em alternativas para otimizar o consumo de energia elétrica, especialmente no universo brasileiro, onde a indústria sofre fortemente com esse insumo de alto preço, em sua cadeira produtiva. O Brasil, com sua matriz energética predomi nantemente hidráulica conhece bem as dificuldades resultantes da demanda em confronto com as deficiências sistêmicas. Assim, as empresas privadas estão voltando seus esforços a novos investimentos em crescimento sustentável, com destaque para os investimentos em projetos de energia eólica, biomassa, pequenas centrais hidrelétricas e energia solar. Tal cenário convida cada vez mais o consumidor industrial a conhecer em profundidade o potencial que existe na exploração das fontes renováveis, sendo certa que nesta oportunidade, nosso olhar volta-se para a co-geração de energia e biomassa, como forma de aproveitamento eficaz e altamente sustentável. Trata-se da produção simultânea e de forma seqüenciada, de duas ou mais formas de energia com um único combustível. A co-geração visa ao aproveitamento desse material que seria perdido para o ambiente. A forma mais conhecida e usual é a produção de energia térmica a partir do uso de gás natural e/ou biomassa. O aumento sustentado de demanda de energia elétrica vem exigindo complementação da matriz e diante disso surge uma tendência a favor dos “sistemas de geração distribuída”, por meio do qual a indústria, comércio e serviços, utilizam-se de fontes de energia primária disponíveis, ou seja, biomassa e/ ou gás natural, para permitir a produção e o consumo, administrando concomitante as suas necessidades de energia, contando com padrão excelente de eficiência energética e de custos otimizados. Considerando que energia é um insumo básico à qualquer empresa e tendo em conta os altos preços praticados, além da baixa qualidade no fornecimento e a insegurança por conta de riscos sistêmicos e regulatórios, tudo isso motivou os empresários a buscar novas alternativas e por certo, gerar a própria energia é uma opção extremamente interessante e bastante utilizada entre os usuários atualmente. Conclui-se que a co-geração é uma ótima ferramenta para solução do problema, porque além de diminuir os custos da geração de energia, passa a evitar os custos da transmissão. Muitas vantagens são auferidas com os sistemas de co-geração, posto que seja indiscutivelmente ou internacional e há quem fale que a biomassa é uma das mais importantes alternativas para diversificação da matriz energética nacional, fato que possibilitará menor dependência de geração a partir de combustíveis fósseis. A partir da biomassa é possível obter-se energia elétrica e biocombutíveis, como biodiesel e o etanol, sendo considerada atualmente como alternativa energética de vanguarda, mesmo não tendo grande expressão em termos de quantidade no contexto global. A busca de soluções energéticas encontra amparo no crescimento de alternativas ao desenvolvimento sustentável e o território nacional é rico e oferece aos consumidores essa gama de possibilidades, basta que os mecanismos institucionais e regulatórios sejam sustentáveis, por produzirem baixos níveis de emissão, além da mitigação dos impactos já comentados. Sabe-se que o sistema necessita de complementação com fontes sustentáveis e portanto a biomassa assume importante papel na produção de energia e com grande potencial estimado de crescimento para um futuro próximo, seja no mercado brasileiro desenvolvidos permanentemente, para permitir que as indústrias que investem na inovação contínua possam obter a necessária reciprocidade. UniAmerica Brasil Divisão de energia www.uniamerica.com.br 45 Revista Espuma - Julho/Agosto 2012 Revista Espuma - Julho/Agosto 2012 Em Foco 2 46 REFORMA TRIBUTÁRIA VOLTA À AGENDA Uma luz no fim do túnel surgiu com a possibilidade de acordo entre os estados para mudanças no ICMS no âmbito do próprio Confaz. A necessidade de uma reforma tributária é quase uma unanimidade nacional. Na área federal, a que mais pesa na carga tributária, certamente é possível simplificar a estrutura de impostos e contribuições, que incide sobre os mesmos fatos geradores. Mas é a esfera estadual que concentra as maiores dificuldades do sistema produtivo no que se refere a tributos. É como se o país estivesse dividido em 27 “nações”, cada qual com uma interpretação da legislação que deveria ser comum a todas. Não deixa de ser salutar que as unidades da federação tenham políticas de atração de investimento. Na China, embora governada por um regime centralizador, existe hoje uma disputa entre as províncias, e o país não se ressente dessa competição. É o que poderia ocorrer também no Brasil, mas para isso é preciso uma reforma que estabeleça novas regras de convivência tributária entre os entes federativos. A tentativa de se promover a reforma por meio de um projeto do governo federal não avançou no Congresso. Governadores se mostraram temerosos diante das mudanças, ainda que a União se dispusesse a compensar eventuais perdas durante um período de transição. Como as bancadas estaduais se mantiveram relutantes diante do projeto, criou-se o impasse. A reforma poderia ter sido feita em uma conjuntura de vacas gordas, quando a arrecadação bateu sucessivos recordes nas várias esferas de governo. Perdeu-se essa oportunidade, pois a economia está sendo afetada pela crise que atingiu os países mais desenvolvidos, sem que haja perspectiva de solução no curto prazo. Mas essa crise obriga a todos a olhar mais para o futuro e nesse horizonte fica claro que a estrutura tributária no Brasil é inadequada. Sendo um fator de perda de competitividade, pode asfixiar a galinha dos ovos de ouro, o contribuinte. Os governantes também se vêem pressionados por decisões judiciais que puseram em questão a atual estrutura. O STF chegou a definir uma data para que se busquem novos critérios para o Fundo de Participação dos Estados e Municípios, além de uma redefinição dos chamados incentivos fiscais. Nesse clima surgiu uma luz no fim do túnel, com a possibilidade de os estados chegarem a um acordo no âmbito do próprio Confaz. 47 Revista Espuma - Julho/Agosto 2012 Revista Espuma - Julho/Agosto 2012 Informe Técnico 48 Cosméticos: Mais do que uma questão estética C Por Marcello Bressan – Coordenador de Marketing da Norscent Fragrâncias om faturamento de R$ 29,4 bilhões em 2011 segundo a Abihpec – Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos -, o setor cresceu 7,9% em relação a 2010 no país e tem projeções otimistas para este ano. Observando os vários lançamentos para atender a um público cada vez mais exigente e diversificado, podemos enxergar com rapidez a importância das fragrâncias na concepção dos produtos do setor de HPPC – Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos-. Uma fragrância diferenciada deve mascarar o cheiro da base do produto, afinal certos ativos podem ser desagradáveis ao nariz. No entanto, sua maior contribuição, principalmente para este setor, é de promover sensações e transmitir a ideia de cuidado, conforto, bem-estar e limpeza. Para exercer este papel, não basta “cheirar bem”. È necessário um intenso trabalho criativo por parte dos perfumistas e equipes de pesquisa e desenvolvimento, que coletam dados acerca das expectativas do consumidor em relação ao produto, como ele será utilizado, os ingredientes que podem ou não ser utilizados e os demais custos envolvidos, sem contar que a fragrância deve se integrar quimicamente com a formulação do produto final. Um dos exercícios que os chamados F.D.G.s – Fragrance Development Group-, exercem é o constante mapeamento olfativo do mercado. Eles são responsáveis por identificar tendências e trazerem referências de mercado, em conjunto com especialistas de marketing e com os executivos de conta que acompanham os clientes, para os perfumistas, que irão criar as fragrâncias seguindo um briefing, construído a partir das necessidades dos clientes e em fase com as informações do mercado. Em entrevista com o F.D.G. da Norscent Fragrâncias, levantamos algumas características olfativas comuns que demonstram a predominância de certas escolhas de fragrâncias para itens de HPPC. Em primeiro lugar, nota-se que “uma diferença que notamos entre artigos de perfumaria e cosméticos é que na perfumaria fina temos um destaque nas notas de saída, enquanto nos cosméticos as notas de fundo, responsáveis pela fixação, tem uma importância maior na percepção geral do produto.” Afirma Thays Tanaka, especialista em perfumaria do F.D.G. da Norscent. “Geralmente nos produtos de cuidados para o corpo, vemos combinações de notas frutais com traços evidentes de perfumaria fina, já que este tipo de produto é utilizado por uma parte maior do corpo e fica bastante tempo na pele.” Diz Samuel Moraes, igualmente do F.D.G. da empresa. Os cuidados para cabelo, categoria na qual o Brasil é um dos líderes mundiais no ranking de consumo, observamos uma presença relevante de notas cítricas e notas verdes, que geralmente são associadas a frescor e limpeza e promovem saúde, bem-estar e vigor, características muito ligadas a como a mulher brasileira deseja se sentir em relação aos seus cabelos – saudável, limpa, fresca e segura. Já a categoria de desodorantes, responsável por um faturamento de R$ 3,6 bilhões, tem o Brasil em primeiro lugar no ranking mundial de consumo e possui características específicas para o público masculino e para o público feminino. Os desodorantes masculinos podem conter perfis olfativos bastante diversificados, uma vez que o homem prioriza o uso do desodorante em sua limpeza diária, logo o papel de protagonista exige maior elaboração e melhor desempenho das fragrâncias para esta categoria, na qual vemos notas como musk, cítricos, lavandas e amadeiradas, geralmente acompanhadas de uma nota talcada para transmitir a sensação de cuidado. Já o público feminino tende a suavizar cada vez mais as fragrâncias nos desodorantes, pois a mulher tende a combinar hidratantes corporais, cremes capilares e águas de banho ou perfumes. A mulher brasileira gosta de se sentir cheirosa. Ela associa essa sensação a status, segurança e bem-estar e está disposta a investir nisso tanto quanto em cuidados estéticos e artigos de moda. Essa noção de feminilidade é traduzida nas fragrâncias pela presença de notas florais, acompanhadas de notas de talco para reforçar a sensação de cuidado. Podemos deduzir a partir desses depoimentos que, de um modo geral, o consumidor espera que os produtos entreguem mais que uma solução para um problema estético, como hidratação da pele, aumento no brilho dos cabelos ou a prevenção da aparição de rugas. Por isso, os fabricantes de artigos de HPPC devem estar sempre atentos às rotas olfativas mais adequadas para cada tipo de produto, contando com a expertise das casas de perfumaria para garantir o sucesso de seus lançamentos. 49 50 Serviços Revista Espuma - Julho/Agosto 2012 Revista Espuma - Julho/Agosto 2012 ASSINATURA DA REVISTA ESPUMA Você pode solicitar o recebimento da Revista Espuma. Após preenchimento do formulário a seguir, envie-o para: Rua Sampaio Viana, 167, Conj. 61/ São Paulo (SP) - Cep: 04004-000 ou por e-mail: [email protected] Nome: Empresa: Endereço: Nº: Complemento: Cidade: Cep: UF: Fone: ( ) Fax: ( ) E-mail: Cargo: Tipo de Empresa: ( ) Fabricantes da Indústria de Sabão ( ) Higiene e Limpeza ( ) Cosméticos ( ) Perfumes e Fragrâncias ( ) Fornecedores de Máquinas e Equipamentos ( ) Insumos e Matérias Primas ( ) Prestadores de Serviços ( ) Frigoríficos e Graxarias ( ) Atacadistas Abisa 47 (21) 3353-3000 [email protected] www.aboissa.com.br Aboissa 3ª capa (11) 3353-3000 [email protected] www.aboissa.com.br Akzo Nobel 4ª capa (11) 4591-8935 www.akzonobel.com CCI Química 29 (11) 5642-0102 [email protected] www.cciquimica.com.br Citratus 7 (19) 3826-8100 www.citratus.com.br ( ) Supermercados ( ) Embalagens ( ) Aromas ( ) Indústria Química Fina ( ) Equipamentos de Laboratórios e Análises ( ) Corantes e Pigmentos ( ) Entidades da Cadeia Produtiva ( ) Centros de Pesquisas e Universidades ( ) Escolas Técnicas ( ) Outros Consolid / Rodrinox 33 (11) 5531-0244 [email protected] www.consolid.com.br Doce Aroma 17 (11) 2633-3000 [email protected] www.docearoma.com.br Dynatech 2ª capa (11) 3849-4000 www.dynatechbr.com Fada 37 (51) 3487-1797 [email protected] www.fada.com.br FC Oliveira 9 (99) 3661-5200 [email protected] www.fcoliveira.com.br Grande Rio Reciclagem 45 (21) 2765-9550 [email protected] www.grgrupo.com.br Manuchar 39 (21) 2106-1400 [email protected] www.manuchar.com.br Norscent 25 (81) 4009-2900 [email protected] www.norscent.com.br Uniamérica 15 (11) 2142-8100 www.uniamericabrasil.com.br 51