Mercado brasileiro de cosméticos Mercado brasileiro

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Mercado brasileiro de cosméticos Mercado brasileiro
Edição 71 / Jul-Ago de 2012 / www.editorastilo.com.br
Mercado brasileiro
de cosméticos
Uma referência mundial
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Revista Espuma - Julho/Agosto 2012
Revista Espuma - Julho/Agosto 2012
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ABISA
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Revista Espuma - Julho/Agosto 2012
Revista Espuma - Julho/Agosto 2012
VEM AÍ O 30º CONGRESSO DA ABISA...
Como já dissemos, 30 congressos ininterruptos não é tarefa fácil para nenhuma empresa.
dando muito certo, firmar parcerias, enfim,
bicicleta para o trabalho; a grande maioria
E a Abisa está próxima de realizar seu 30º evento e completar seus 30 anos de existência.
tudo, ou qualquer coisa, menos recuar.
dos recém-formados nas melhores faculdades
Nada foi fácil, fomos galgando posições e hoje somos uma Associação respeitada, tanto entre
Este ano foi um dos anos que mais se
vão procurar emprego nas grandes empresas
nossos associados quanto nos meios governamentais.
falou sobre sustentabilidade na história da
para receber grandes salários e grandes
A competitividade de nossas empresas está diretamente ligada a sua capacidade de analisar
humanidade, nunca se falou tanto sobre a
planos de carreira ao invés de se aventurarem
informações internas e externas, avaliá-las e tomar decisões. Quando, em nosso negócio,
destruição do planeta. A nossa geração tem
pelo mundo do empreendedorismo, a grande
temos informações dúbias, ou então, não
a oportunidade de entrar para os livros como
maioria das pessoas continuará a consumidor
temos informações sobre o desempenho de
a grande vilã ou heroína dessa história. Nós
tudo que puderem consumir para se sentirem
nossos processos, clientes, funcionários,
sabemos o que tem que ser feito, e temos
parte do maior número possível de tribos
mercado e outros, nossa capacidade de
todos os recursos para resolver. O problema é
urbanas ao invés de viver uma vida simples
decidir diminui drasticamente, assim como
que não podemos dizer para as pessoas o que
baseada no consumo realmente importante.
nossa capacidade de gerar melhorias.
elas devem fazer...mas o fato é que nós não
Nós sabemos que você gostaria de mudar
O que a ABISA quer dos seus congressos,
conseguiremos sobreviver se continuarmos
um pouco o mundo, mas não tem tempo para
é informar o congressista o que ele pode fazer
assim. Este também foi um ano que mais se
isso, não tem dinheiro para tanto, não tem
para competir em igualdade num universo
enviou / recebeu mensagens de marketing,-
contatos tão influentes, nem outros materiais
cada vez mais competitivo e nisso, supera o
são cremes dentais, roupas, carros, cervejas,
espirituais que se fazem necessários. Sem
fato de ser uma das poucas Associações que os
desodorantes
alimento
problemas. Esforce-se então para fazer da
associados estão espalhados uniformemente
prometendo um pedaço do paraíso na terra
empresa em que você trabalha, um verdadeiro
pelo Brasil. Para fazermos isto com sucesso,
caso você vire um assíduo consumidor dessas
exemplo prático dos melhores valores da
precisamos de nossos congressos anuais e
coisas. Vimos os países do terceiro mundo,
humanidade nesse novo mundo que se forma.
precisamos torná-los também, um elemento
Rússia, Índia, China, Brasil...peitarem o
que agrade a classe, ou seja, agradável,
primeiro mundo em vários sentidos. Nunca na
em outubro, leve suas idéias e sugestões,
técnico e universal, no sentido de que suas
história do planeta tantas nações periféricas
pois lá você encontrará pessoas com poder
mensagens atinjam todos os seus associados
tiveram tanto poder. E o capitalismo mostrou
de decisão que poderão mudar o rumo da sua
e se possível, todas as empresas envolvidas
sua verdadeira cara.
história e do seu negócio. E tenha certeza
com produtos de higiene & limpeza no
Enfim, você pode rezar, acreditar, meditar
que você levará para sua empresa as boas
Brasil.
e sonhar para que o mundo volte a ser do
idéias trocadas, os contatos, as tendências
Acreditamos que estamos tendo êxito
jeito que você viu nos filmes e novelas, mas
e, inclusive, os novos amigos, seus grandes e
naquilo que nos propusemos, em conseguir
simplesmente não irá acontecer. A grande
potenciais futuros clientes...
conciliar dentro do congresso, o que nele precisa existir: troca de informações, agregação,
maioria dos pais, os reais educadores dos
Até breve! Nos veremos em Salvador...
mobilização, turismo, análises etc e a cada evento que termina, se inicia um novo período
filhos, não largarão o trabalho mais cedo hoje
Faça logo sua inscrição..
cheio de promessas e ansiedades.
a noite para ter um tempo de qualidade com
Um novo período para sua empresa crescer 20%, 40%, ou dobrar de tamanho, manter o
os seus filhos; a grande maioria das pessoas
Zoé Morés
tamanho atual, comprar uma outra nova, vender ou fechar alguma parte dela que não está
não deixarão o carro em casa para ir de
Jornalista e Executiva da Abisa
e
todo
tipo
de
Participe conosco do 30º congresso da Abisa
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Revista Espuma - Julho/Agosto 2012
Revista Espuma - Julho/Agosto 2012
expediente
Editorial
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Diretor
Daniel Geraldes
Editor Chefe
Daniel Geraldes – MTB 41.523
[email protected]
Prezado Leitor
O potencial do mercado brasileiro de cosméticos. Este
é o tema dedicado a esta edição da Revista Espuma. Os
números comprovam a ascensão deste segmento de negócios
na economia brasileira. Dados do Instituto Euromonitor
apontam que o setor de cosméticos no Brasil faturou em
2011, US$ 43 bilhões, apresentando um crescimento de
18,9%.
Nos últimos 16 anos, este mercado cresceu 360%, segundo
a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal,
Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC). O Brasil lidera
o consumo de produtos infantis, desodorantes e artigos
de perfumaria, estando na segunda colocação em vendas
de protetores solares, itens para higiene oral, produtos
masculinos e linhas para cabelo e banho. Na categoria de
maquiagem, o mercado nacional está em terceiro lugar no
ranking mundial.
A indústria brasileira de cosmetologia tem suas
particularidades e diferenciais decorrentes das condições
socioeconômicas, culturais, das condições climáticas,
típicas de um país tropical, do hábito do consumidor, que se
apresenta mais exigente, entre outros fatores, influenciando
na atuação das marcas, que buscam diversidade, inovação e
qualidade. E tem mais: somos hoje uma fonte de inspiração
para o mundo todo, além disso, empresas internacionais
estão de olho no potencial do nosso mercado trazendo suas
marcas para o país, a exemplo da recente chegada da Clinique
e Sephora, acompanhado de um aumento considerável de
produtos importados.
E, para concluirmos o tema nesta edição, entrevistamos
Alberto Keidi Kurebayashi, atual presidente da Associação
Brasileira de Cosmetologia (ABC), para analisar o atual
cenário brasileiro de cosméticos, apontar os aspectos em que
progredimos, quais ainda exigem esforços e as perspectivas
futuras para a cosmetologia brasileira.
Boa Leitura!
Daniel Geraldes
Jornalista Colaboradora
Lia Freire - MTB 30222
[email protected]
Publicidade
Luiz Carlos Nogueira Lubos
[email protected]
Direção de Arte e Produção
Leonardo Piva
Denise Ferreira
[email protected]
Conselho Editorial
Álvaro Azambuja
Daniel Geraldes
João Francisco Neves
José Luiz Araújo
Tânia Picchi
Zoé Mores
Modelo: Rebeca Sampaio
Fotos Capa: Polemica Santa Studio Inn
Impressão
Referência Editora
Distribuição
ACF Alfonso Bovero
Editora Stilo
Rua Sampaio Viana, 167 - Conj. 61
São Paulo (SP) - Cep: 04004-000
Fone: (11) 2384-0047
A Revista Espuma é um veiculo
bimestral da ABISA publicada Editora
Stilo que tem como público-alvo
empresas dos seguintes mercados:
Fabricantes da Indústria de Sabão,
Higiene, Limpeza, Cosméticos, Perfumes
e Fragrâncias, Fornecedores de
Máquinas e Equipamentos, Insumos
e Matérias Primas, Prestadores de
Serviços, Frigoríficos e Graxarias,
Atacadistas, Supermercados,
Embalagens, Aromas, Indústria Química
Fina, Equipamentos de Laboratórios
e Análises, Corantes e Pigmentos,
Entidades da Cadeia Produtiva, Centros
de Pesquisas e Universidades, Escolas
Técnicas, entre outros.
A distribuição é gratuita para todo
o Brasil. É enviada para presidentes,
proprietários, diretores, gerentes,
compras, engenheiros e técnicos de
empresas.
Tiragem de 5.000 exemplares.
Os artigos assinados são de
responsabilidade de seus autores e não
necessariamente refletem as opiniões
da revista. Não é permitida a reprodução
total ou parcial das matérias sem
expressa autorização da Editora.
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Revista Espuma - Julho/Agosto 2012
Revista Espuma - Julho/Agosto 2012
Sumário
8
10
Notícias
26
Abisa 2012
34
Capa
38
Entrevista
44
Em Foco 1
46
Em Foco 2
48
Informe Técnico
9
Revista Espuma - Julho/Agosto 2012
Revista Espuma - Julho/Agosto 2012
Memphis reinventa “Alma de Flores”
para ganhar espaço
Notícias
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World Perfumery Congress 2012
Nos dias 12, 13 e 14 de junho, foi realizado no hotel MGM Foxwoods em Mashantucket, nos Estados Unidos, o
Congresso Mundial de Perfumaria, o maior e mais importante evento da indústria de perfumaria no mundo.
O tradicional evento reuniu as maiores empresas do mundo, como IFF, Firmenich, Givaudan, Symrise, Takasago
e Robertet, além de grandes indústrias fornecedoras de químicos, como BASF, Berjé, Cosmos, Privi e Wanxiang.
Sempre atenta às inovações do mercado mundial, a Citratus-Ibertech enviou um time para acompanhar o evento
e estreitar relações com o mercado. Estiveram presentes o chefe de supply chain, Ricardo Pinhata, o gerente de
marketing, Michael Rentel, o gerente de P&D, Rodrigo Otenio, a diretora financeira, Patrícia Scacio e o sócio
gerente, Harry Rentel.
No programa de palestras, estavam escalados nomes de peso, como os presidentes das grandes casas de
fragrâncias, profissionais do varejo e perfumistas renomados, como Sophia Grojsman, criadora do perfume Paris,
de Yves Sain Laurent, Francis Kurkdijan, perfumista sênior da Takasago e criador do premiado Le Male, de Jean Paul
Gaultier, além de Jean-Claude Delville e Rodrigo Flores-Roux, criadores do perfume Happy, de Clinique, entre outros.
País é o terceiro em consumo de produtos de higiene
O Brasil está no terceiro lugar no ranking de consumo de produtos de beleza, com 10,1% de participação
no mercado, atrás dos Estados Unidos (14,8%) e Japão (11,1%), segundo dados do Euromonitor. O mercado de
cosméticos faturou U$ 43 bilhões em 2011, apresentando aumento de 18,9%, o maior registrado entre os 10
principais mercados do mundo no setor. Para acompanhar esse comportamento de consumo da população
brasileira, muitas farmácias e drogarias também têm investido oferta destes produtos. Para o diretor da AbradilanAssociação Brasileira dos Distribuidores de Laboratórios Nacionais, Geraldo Monteiro, projeções otimistas estão
sustentadas pelas transformações econômicas vividas aqui. “O País vem aumentando a classe C e diminuindo a
porcentagem das classes D e E. Os reflexos foram sentidos no ânimo da sociedade, principalmente na parcela
de menor poder aquisitivo, que passou a consumir o que antes não era possível, incluindo produtos e serviços”,
comenta.
Para competir com gigantes como P&G e Unilever, empresa
investe na modernização e aposta na diversidade de produtos.
Manter a lucratividade de uma marca no mercado de
higiene e beleza requer uma boa dose de criatividade e disso
a Memphis sabe muito bem. Depois de 63 anos com presença
nas principais redes de varejo do país, a sua tradicional marca
de sabonetes Alma de Flores já não atraía novos clientes. Por
isso a empresa gaúcha investiu na mudança de sua embalagem
e no reposicionamento do produto desde que viu os resultados
das vendas caírem. O trabalho de mudança nas embalagens é
semelhante ao processo pela qual a Granado, outra fabricante
de produtos de higiene e beleza, passou há pouco tempo. As duas marcas tradicionais no mercado têm agora o
desafio de continuar crescendo diante da forte presença de gigantes do setor como a P&G e Unilever. Para ganhar
mercado e manter seu espaço nas gôndolas de supermercados, a Memphis, que tem em seu portfólio cerca de 200
produtos, investiu R$ 3 milhões no desenvolvimento da nova embalagem do Alma de Flores. Com o aumento do
poder aquisitivo do brasileiro, as empresas buscam oferecer cada vez mais diversidade ao consumidor. Domenico
Filho, analista da Nielsen, explica que “ao ter maior poder de compra, o consumidor passa a comprar produtos
mais caros e de marcas renomadas”. Estudo da Nielsen aponta ainda que entre janeiro e abril de 2011, o volume
de vendas de sabonetes foi de 65,7 milhões de unidades ante 64,2 milhões, neste ano. Já o faturamento passou de
R$ 866 milhões para R$ 928 milhões.
ABISA faz sucesso na RIO+20 com seu
recolhedor de óleo
Através do Sebrae, a Abisa participou da RIO+20 expondo seu Recolhedor de Óleos, o que lhe valeu vastos
elogios e várias matérias em jornais e revistas. Quando se pensa em reciclagem de lixo, especialmente o doméstico,
até pouco tempo atrás, dificilmente alguém se preocupava com o óleo de cozinha., Componente fundamental
no preparo de alimentos, o descarte inadequado desse produto tem graves implicações ao meio ambiente. O
desconhecimento desse impacto ambiental e da falta de alternativas para um descarte ecologicamente correto
é bastante preocupante. A legislação brasileira proíbe “quaisquer descartes de óleos usados em solos, águas
superficiais, subterrâneas, no mar territorial e em sistemas de esgoto ou evacuações de águas residuais”. A
conscientização da população ainda é bastante precária, dependendo da área e a maioria da população ainda acha
trabalhoso “juntar óleo em pets e levar até a portaria do prédio”. Pesquisa feita pela Abisa mostra que 80% do óleo
usado ainda vai para o ralo da pia da cozinha e 20% junto ao lixo doméstico. Pensando nisso e em como reverter
este quadro, a Abisa criou e patenteou junto ao INPI um sistema recolhedor de óleos residencial, que vai facilitar
a coleta e aumentar a quantidade de óleo reciclado. Projetos que buscam a inclusão social têm recebido uma
especial atenção do governo federal brasileiro. Portanto, as indústrias saboeiras também querem participar deste
processo, ao mesmo tempo que estimulam um comportamento mais saudável por parte da população brasileira.
Sabemos os benefícios da higiene pessoal e doméstica e, então, por que não estimular ainda mais os bons hábitos
entre os brasileiros?
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Notícias
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Revista Espuma - Julho/Agosto 2012
Grupo BC
Mercado de licenciamento de marcas vive expansão
Em 2012, a Abral – Associação Brasileira de Licenciamento –
projeta que o segmento movimentará R$ 4,9 bilhões, um aumento
de 5% frente ao ano anterior. Paralelamente à ascenção, o setor
começa a diversificar sua atividade. Até pouco tempo atrás, os
rótulos voltados ao público infantil, com personagens de desenhos
animados, eram os únicos responsáveis por fomentar negócios.
Agora, os adultos também passam a ser alvo da modalidade.
Atualmente, o país tem o quinto maior faturamento mundial em
licenciamentos, perdendo para Estados Unidos, Japão, Canadá e
México. “Essa situação se deve ao grande mercado consumidor
brasileiro, à taxa de crescimento da economia e ao maior poder de
consumo da população. Além disso, é forte a influência americana
da cultura americana nos conteúdos de entretenimento disponíveis
no País”, menciona o presidente da Abral, Sebastião Bonfá. No
momento, o cenário brasileiro é composto por 1,5 mil empresas licenciadas e 60 agências licenciadoras. A recente
expansão do mercado brasileiro vai ao encontro das mudanças estratégicas das companhias internacionais.
“Antes muitas marcas chegavam à América Latina por meio de distribuição. Agora, elas veem que os altos custos
inviabilizam isso. A Nike, por exemplo, não tem fábrica própria, ela licencia tudo”.
Revista Espuma - Julho/Agosto 2012
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Organizações Empresariais
Baltazar de Castro
Gordura Animal
C
Sebo Industrial
Óleo de Frango e Óleo de Peixe
M
Y
CM
Brasil é o BRICS que cobra mais impostos
O Brasil cobra mais impostos do que os vizinhos da América
Latina, a maior parte das nações ricas e do que os outros países do
Brics – sigla que se refere aos países membros fundadores (Brasil,
Rússia, Ìndia, e China) e à África do Sul, que juntos formam um
grupo político de cooperação. A carga tributária brasileirachega a
34% do PIB e só é superada por europeus.
O Brasil cobra mais impostos do que os outros países do Brics,
os vizinhos da América Latina e a maior parte das nações ricas.
A carga tributária brasileira só é superada por alguns países
europeus, que detêm um amplo bem-estar social que vem sendo
desmontado com a crise. No ano passado, o governo recolheu
U$ 704,1 bilhões em impostos, o equivalente a 34% do PIB. O
percentual é bem superior aos 12% da Índia, 19% da Rússia e
24% da China, revela um levantamento feito pela UHY, uma rede
internacional de contabilidade e auditoria. A carga tributária
brasileira ficou acima da praticada no México(10%) e nos Estados
Unidos(24%). Também supera a média dos países do G-8 (29%). De uma lista de 23 países, o Brasil só cobra menos
impostos que França(44%), Itália(43%), Alemanha(43%) e Holanda(38%). “O Brasil tem uma carga tributária alta
comparado com emergentes e até com países ricos. É uma bola de neve que não termina. Os impostos reduzem a
competitividade das exportações, mas também da indústria local no mercado doméstico por conta da concorrência
com produtos importados.
MY
CY
CMY
Higiene e Limpeza
K
Produtos de Higiene e Limpeza
Sabão e Derivados
BC Participações e Empreendimentos
Goiânia (GO) - Administração Geral
Fone: (62) 3243-5100
Reciclagem - Amiga da Natureza
[email protected]
[email protected]
Repar
[email protected]
[email protected]
ReBras - Reciclagem Brasileira de Resíduos Animais
[email protected]
[email protected]
AR Nutrição Animal
[email protected]
[email protected]
[email protected]
Nordeste Industrial
[email protected]
Sabao Geo
[email protected]
Notícias
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Revista Espuma - Julho/Agosto 2012
Futuro do consumo está no Nordeste
Após prestar atenção à classe C, diretor geral da rede de TV Globo diz
que publicidade precisa levar em conta consumo regional.
“O PIB do Nordeste já é maior que o da Argentina”, afirmou Octávio
Florisbal, e acrescentou que a publicidade brasileira deve se preparar
para o aumento do consumo “em todo ao país”, o que exigirá “não atuar
de forma tão genérica como hoje”. Destacando o Nordeste, mas também
citando outras regiões, como o Centro-Oeste, diz que os profissionais da
área de marketing, mas também os anunciantes e os próprios veículos,
precisam “entender cada vez mais os consumidores novos nessas regiões”.
Precisarão “não olhar mais o Brasil de forma monolítica” e defendeu
recorrer a “pesquisas sociológicas e antropológicas” para conhecer os
“ascendentes” da chamada classe C. Acrescenta ainda, que as empresas
brasileiras hoje já desenvolvem “marcas regionais”, mas isso não é
imprescindível. O conceito de uma campanha pode continuar sendo geral,
com a criatividade publicitária realizando a “adequação regional”.
Grandes marcas invadem o Brasil
As mais renomadas grifes de roupas e cosméticos, gigantes do varejo incluíram o Brasil no plano de expansão,
fazendo com que cada vez mais o brasileiro se aproxime de marcas antes restritas a ateliês ou a quem viajava ao
exterior. O chamado mercado de luxo movimentou no país, em 2011, R$ 18,8 bilhões, salto de 19,7% em relação
aos índices de 2010. O tíquete médio gasto pelos clientes de luxo hoje é de R$ 4.710. Mas as grandes multinacionais
de varejo também estão de olho na classe média. Há uma democratização do luxo no país, e mesmo grandes lojas
de varejo estão chegando, porque conseguem comercializar produtos populares e luxuosos. O mercado de luxo no
Brasil ainda não está entre os dez maiores do mundo, mas cresceu quase duas vezes mais que o europeu em 2011.
Venda de cloro e soda sobe no 1º semestre
As indústrias de cloro e soda, dois importantes insumos
químicos, encerraram o primeiro semestre com aumento de
produção. As perspectivas são de ligeira expansão para 2012
sobre o ano passado, afirmou Aníbal do Vale, presidente
da Abiclor. No acumulado de janeiro a junho, a produção
de cloro ficou em 629,3 mil toneladas, alta de 6,1% sobre
igual período de 2011. O consumo aparente (produção mais
importações, descontado o volume exportado) atingiu 632,4
mil toneladas, alta de 6,1% sobre o primeiro semestre de
2011. Com relação à soda cáustica, a produção acumulada
de janeiro a junho ficou em 691,5 mil toneladas, elevação
de 5,9% sobre igual período do ano passado. O consumo
aparente registrou, no mesmo período, aumento de 2,5%,
para 1,298 milhão de toneladas.
Revista Espuma - Março/Abril 2012
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Icms unificado
beneficiaria 20
Estados
Estudo feito pelo Ministério da Fazenda mostra
que 20 dos 27 Estados (incluindo o Distrito Federal)
ganharão com a unificação da alíquota do ICMS
em 4%. Nas projeções da Fazenda, até mesmo
SP, o maior exportador do país, ganhará com a
mudança. MG e RJ serão Estados ganhadores. Os
perdedores serão AM, ES, BA, GO, MG, MT e SC.
Para que a mudança possa ocorrer, a União terá
que arcar com as perdas desses sete Estados
durante a transição, que pode durar até 8 anos. No
entanto, a União não aceita compensar integral e
permanentemente essas perdas, inclusive porque
parte dos prejuízos que o estudo aponta não é real,
pois ele não considerou os benefícios tributários
concedidos. Se a transição para a alíquota
interestadual de 4% for de 8 anos, o estudo do
Ministério da Fazenda estima uma perda de R$ 2,1
bilhões no primeiro ano. Essa perda aumenta ao
longo do tempo, chegando a cerca de R$ 13 bilhões
no último ano de transição. O estudo foi elaborado
antes da aprovação da resolução do Senado que
unificou em 4% a alíquota interestadual aplicada
aos produtos importados, o que acabou com a
chamada guerra dos portos. O governo federal já
está compensando os Estados que perderam com
essa mudança, o que altera o cálculo da perda total
com a unificação da alíquota do ICMS em 4% para
todos os produtos.
O BRASIL importou U$ 3,5 bilhões em produtos
químicos em maio, maior valor mensal registrado
em 2012. Em relação a abril, o crescimento nas
compras externas foi de 14,3%, mas há queda de
2,7% na comparação com maio de 2011. Entre
janeiro e maio, foram importados cerca de U$ 15,8
bilhões, 3,3% a mais do que no mesmo período
do ano passado. As exportações brasileiras de
produtos químicos alcançaram U$ 1,3 bilhão em
maio, o que representa um crescimento de 7,5%
em relação a abril.
Revista Espuma - Julho/Agosto 2012
15
Notícias
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Revista Espuma - Julho/Agosto 2012
Temperos de beleza
Que tal dar uma outra utilidade para as pitadinhas
de pimenta, gengibre ou limão? Em forma de cremes,
sabonetes e até perfumes, alguns produtos deixam a
cozinha e emprestam seus poderes oxidantes e aromas
para os cuidados do dia a dia.
Erva-doce, hortelã, menta e alecrim
Com propriedades calmantes e ótimas para aliviar o
estresse, essas substâncias também ativam a mente.
Oliva e gengibre
Usado como medicamento e perfume pelos gregos e
romanos, o azeite de oliva é rico em propriedades terapêuticas, assim como o gengibre.
Pimentas
Nada como dar uma apimentada no visual assim, literalmente. Com tantas variedades, a especiaria também rende uma
infinidade de produtos para beleza.
Limão e lima da Pérsia
O frescor dessas frutas é imbatível para começar o dia. Além disso, são ricas em propriedades antioxidantes, que previnem
o envelhecimento.
Cravo e canela
Difícil resistir à combinação que inspirou a célebre personagem de Jorge Amado, Gabriela Cravo e Canela. Com propriedades
analgésicas e refrescantes, eles estão na receita de muitos produtos.
O novo pacto
A indústria brasileira pode atualmente ser classificada, em função do apoio governamental necessário a seu
desenvolvimento, em três categorias.
Na primeira, encontram-se empresas maduras com algum nível de proteção natural, em geral de grande porte e com
inserção internacional, que têm resistido bem às condições adversas da conjuntura mundial. A recente valorização do dólar
frente ao real vem no sentido de aumentar sua competitividade e mantê-la em condições adequadas de operação.
Na indústria de transformação, que compete aberta e diretamente com a importação e sofre fortes impactos em sua
cadeia produtiva, a questão cambial, por só, não pode responder por uma solução. Trata-se de uma segunda categoria
de empresas cujos desafios são muito mais profundos. As recentes desonerações fiscais e ajustes cambiais devem ser
considerados como medidas emergenciais que dêem tempo e fôlego para uma profunda reestruturação, que deverá
incluir a questão tecnológica como prioritária e envolver crescentemente o relacionamento das empresas com instituições
tecnológicas. Um dos pontos cruciais será como enfrentar, em muitos casos, o grande diferencial de escala de produção
em relação a competidores externos. Será possível faze-lo?
Um terceira categoria é constituída pela chamada indústria do conhecimento. Nessa área o apoio de políticas públicas
bem direcionadas e de longo prazo é condição sine qua non. Recursos financeiros até hoje não existentes começam a
despontar nos orçamentos federais, embora ainda em quantidade claramente insuficiente. Aplica-los bem em projetos
estruturantes que utilizam a capacidade das empresas e das instituições tecnológicas é parte importante de um novo
pacto que se faz necessário.
Mas como pano de fundo de toda essa questão permanece onipresente a necessidade de promover as reformas
estruturais que a industria vocaliza e o país tanto reclama.
Revista Espuma - Julho/Agosto 2012
Queda na arrecadação faz receita reforçar
fiscalização
A queda na arrecadação de IRPJ e da CSLL fez a Receita Federal
reforçar a fiscalização a grandes empresas. Serão acompanhadas
as empresas que suspenderam ou reduziram o recolhimento dos
dois tributos para verificar se elas cumpriram as exigências legais.
“Vamos monitorar as empresas que pararam de recolher e verificar se
realmente as empresas têm os balanços de suspensão ou de redução
que informaram à Receita, pois várias empresas avisaram ao Fisco
eu elaboraram os documentos, mas o órgão não sabe se elas de fato
produziram os balanços.
As pessoas jurídicas que declaram pelo lucro real – modalidade
viável apenas para as maiores empresas – têm a opção de pagar IRPJ e
CSLL com base nas estimativas mensais de lucro. Caso a lucratividade
das empresas diminua em relação ao previsto inicialmente, a Receita permite que as empresas suspendam ou reduzam
o pagamento dos dois tributos. Para isso, no entanto, as empresas devem elaborar novos balanços em que justifiquem a
redução das estimativas de lucro. De acordo com levantamento apresentado pela Receita Federal, a crise está afetando
mais as grandes empresas do que os pequenos e médios contribuintes.
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Notícias
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Revista Espuma - Julho/Agosto 2012
O que há de novo em anti-idade
Tá precisando de uma forcinha para levantar o olhar, clarear manchas, suavizar linhas finas e rugas, combater a flacidez
facial, tratar bolsas e olheiras e ainda retardar os sinais do envelhecimento? Dá uma olhada no que há de novidade nas
prateleiras de cremes e demais produtos anti-idade:
1- Olay Regenerist Micro-Sculpting Serum, Procter & Gamble promete aparência visivelmente mais jovem e pele mais firme
no pescoço, queixo e área dos olhos, em apenas 5 dias de
uso, além de preparar a pele para a maquiagem, sem deixála oleosa. Possui altos níveis de ativos aminopeptídeos que
estimulam a produção natural do colágeno pelo organismo,
reduzindo a quantidade de linhas finas e rugas. O serum é
mais leve que um creme, portanto, é indicado para pessoas
com pele normal a oleosa. Quem tem pele seca pode optar
pelo Regenerist Micro-Sculpting Creme. Aliás, os 2 podem ser
usados juntos para intensificar os resultados: o sérum durante
o dia e o creme, à noite.
2- Renew Genics Tratamento Cosmético para a Área dos
Olhos, Avon - segundo a marca, três dias de uso são suficientes para notar a redução de olheiras, bolsas e pés-de-galinha.
3- Nutricosmético masculino Uomo Pelle, Ada Tina - suplemento exclusivo para a pele masculina, rico em vitaminas,
minerais e fruto-oligossacarideos extraídos da “scarolla” cultivada na região da Sicília, na Itália. Controla a oleosidade,
aumenta a síntese de colágeno, previne o envelhecimento, oferece proteção antioxidante e previne o surgimento de acne. Não engorda; sem glúten e sem açúcar. Tomar uma cápsula 2 vezes ao dia, de preferência às refeições, com água mineral
· 4- Hydracid Lift, da SVR Paris - sérum que combina lipoaminoácidos e polímeros de xantana, que relaxam a musculatura
do rosto e formam um filme na superfície da pele, ajudando a diminuir as rugas formadas pelos movimentos repetidos do
rosto, exercendo efeito lifting (tensor) imediato e duradouro. Após algumas semanas de uso, promete pele visivelmente
mais lisa, firme e uniforme. Usar duas vezes ao dia no rosto, pescoço e contorno dos olhos. Textura e fragrância leve,
secagem rápida e tecnologia air proof, que não permite a entrada de ar, além de não possuir corantes, nem álcool. Ideal
para peles sensíveis, a partir dos 30 anos. 5- Magic Cream, Schraiber - creme hidratante para o rosto com extrato de mirtilo (ou blueberry), um fruto nativo da Ásia
e Europa que possui propriedades antioxidantes e emolientes; e óleo de rosas, regenerador natural da pele. Melhora a
elasticidade e o viço e retarda o aparecimento de linhas finas. Sem ingredientes de origem animal. Ótima espalhabilidade
e rápida absorção, deixando um toque sedoso na pele. Pode ser usado de manhã e à noite, logo após a limpeza facial, em
movimentos circulares e suaves.
6- Skin Plus Bioprotect FPS 35, Dermatus - com nicotinamida e ácido hialurônico e livre de óleo, o hidratante combate o
envelhecimento precoce e mantém o brilho da pele sob controle.
7- Emulsão Facial Pure C, Ada Tina - este dermocosmético contém uma molécula de vitamina C estável que consegue
penetrar na pele para tratar os sinais do envelhecimento, promovendo aumento da produção de colágeno. Possui também
ação clareadora e é efetivo contra o fotoenvelhecimento, ideal para pele com rugas, linhas de expressão, flacidez e sinais
de envelhecimento. Aplicar no rosto pela manhã e à noite ou conforme indicação médica. Em seguida, usar um protetor
solar FPS 30. Dermatologicamente testado e livre de parabenos.
8- Benefiance NutriPerfect Pro-Fortifying Softener, Shiseido - loção suavizante especial para mulheres com mais de 50 anos
que apresentam alterações da pele relacionados aos problemas hormonais. Promove mais elasticidade e juventude com
maior retenção da hidratação em peles maduras. Contém Carnosina DP, dipeptídio que ajuda a prolongar a vida das células,
aumenta a defesa contra os radicas livres e fortalece a pele; e um complexo vitamínico (C, E, B5, P) que restaura as funções
Revista Espuma - Julho/Agosto 2012
da pele desregulada pelo desequilíbrio hormonal, além de fragrâncias antiestresse e ácido super bio-hialurônico, que é um
poderoso hidratante. Usar diariamente, pela manhã e à noite, após a limpeza, com um disco de algodão. Resultado entre
1 e 4 semanas.
9- Linha Timexpert SRNS - Sistema Regenerador Natural Sincronizado, Germaine de Capuccini – o novo produto já recebeu
o prêmio da Federação Internacional de Sociedades de Químicos Cosméticos (IFSCC), considerado o Nobel da Cosmética,
pela eficácia na prevenção do envelhecimento. Protege a pele dos radicais livres, aumentando a resistência das células e
acelerando a regeneração da pele. A linha é composta de 2 produtos: um booster recuperador sincronizado (Timexpert
SRNS Repair Night Progress e um sérum recuperador intensivo para contorno dos olhos (Timexpert SRNS Progress Eye.
Sem parabenos, dermatologicamente testados e indicados para todo tipo de pele, a partir dos 25 anos de idade.
10- Phyto Corrective, SkinCeuticals - sérum com textura ultraleve e refrescante, ideal para peles sensibilizadas por
procedimentos estéticos como peelings, lasers, aparelhos de microdermobrasão e ácidos usados no tratamento da acne ou
antienvelhecimento. Livre de óleo, reúne extratos de pepino e oliveira (ação anti-inflamatória), tomilho (ação antisséptica)
e amora, além de ácido hialurônico, para garantir hidratação à pele sensibilizada. Acalma, reduz a vermelhidão e a sensação
de ardência. Pode ser usado após procedimentos depilatórios e por homens, no pós-barba. Usar 1 ou 2 vezes ao dia, pela
manhã e/ou à noite. Aplicar 3 a 5 gotas na palma da mão e espalhar no rosto, pescoço e colo com a ponta dos dedos.
11- B.B. Cream Pegova Full Matt FPS 10, Anna Pegova - protetor solar matificante com cor e fórmula multifuncional 8
em 1. Sem óleo, para todos os tipos de peles, inclusive as oleosas e com tendência à acne. Protege dos raios UVA/UVB;
previne o envelhecimento precoce devido à vitamina E; efeito mate e redução da oleosidade por no mínimo 8 horas;
camufla olheiras, manchas, sardas e cicatrizes de acne; hidrata suavemente e proporciona luminosidade com toque seco.
Disponível nas tonalidades Bege claro ou Bege médio.
12- Linha Tea Blend, Jafra Cosméticos - para quem quer começar uma rotina de cuidados, a marca lançou um kit para
limpar, refrescar e hidratar a pele facial. Os produtos têm propriedades antioxidantes que combatem os radicais livres
e protegem a pele dos danos ambientais, e extratos de chás branco, verde e vermelho, que ajudam a minimizar rugas e
linhas de expressão e a restaurar a elasticidade da pele. Composta por: Gel Facial de Limpeza Refrescante, Creme Facial
Hidratante Diurno FPS e Creme Facial Hidratante Noturno .
7ª edição do Spa Week começa em setembro
A sétima edição do Spa Week, que acontece no período de
22 de setembro a 6 de outubro, se expande e chega ao Distrito
Federal. Durante duas semanas, os estabelecimentos participantes
escolhem algumas terapias que serão oferecidas em pacote
promocional. Os tratamentos em São Paulo e Rio de Janeiro
custarão R$ 75, enquanto no DF e Minas Gerais o valor será de R$
65, e para Santa Catarina e Paraná R$ 55, não importando o valor
original da terapia.
Com mais essa edição, espera-se aumentar consideravelmente
o número de atendimentos, que chegaram a 19 mil na última
edição do evento, faturando perto de R$ 700 mil em duas semanas.
Com patrocínio oficial da marca Dove, o evento agora assina como
Spa Week Beleza & Bem-Estar, refletindo o crescimento da tendência de pessoas que buscam serviços de spa para agregar
mais qualidade de vida ao seu dia a dia, e não apenas com foco na estética.
A idealizadora do evento, a Associação Brasileira de Clínicas e Spas (ABC Spas), reverterá parte da renda obtida no evento
– R$ 2 de cada tratamento agendado – para o Programa Levar Bem-Estar, responsável por promover treinamentos gratuitos
de massagem em comunidades carentes, incentivando a formação profissional e o ingresso no mercado de trabalho.
Maiores Informações: http://www.spaweek.com.br.
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Notícias
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Revista Espuma - Julho/Agosto 2012
A sustentabilidade dos cosméticos naturais
A expansão da indústria de cosméticos naturais ou à base de produtos naturais
tem resultado em fortes questionamentos nos países detentores da biodiversidade
sob dois distintos aspectos. O primeiro está associado aos ecologistas e protetores
do meio ambiente, que questionam os impactos do extrativismo comercial sobre a
floresta e sobre as populações tradicionais.
O uso de insumos naturais, tanto para as empresas de cosméticos tradicionais
ou para as especializadas em produtos naturais, tem por limite a escala da coleta e
a sustentabilidade da floresta. Na grande maioria dos casos, a indústria busca novos cultivares que garantam a escala de
produção dos insumos.
Desenvolvimento da biotecnologia
Tanto na indústria farmacêutica quanto na de cosméticos, o
desenvolvimento da biotecnologia e, em particular, da engenharia
genética, vem facilitando o cultivo de plantas aromatizadas longe do
seu habitat natural, passando do extrativismo ao cultivo.
Esse é o caso do Ginkgo biloba, originário da China, que é produzido,
atualmente, na França e nos Estados Unidos, e do mel, no Egito, na
elaboração de maquiagem (a partir da resina das colmeias) e de
depilatórios, que são utilizados até os dias de hoje.
Coleta de matéria-prima
O segundo questionamento diz respeito à institucionalização
da coleta de matéria-prima que supra os bancos genéticos para a
bioprospecção de moléculas que serão sintetizadas quimicamente. A regulamentação do acesso das empresas de cosméticos
aos recursos naturais é imprescindível, uma vez que a grande maioria delas localiza-se nos países industrializados do Norte,
enquanto os recursos predominam nos países do Sul.
Nesse caso, requer-se a institucionalização da coleta de materiais, em particular da flora, para evitar a biopirataria e/
ou a extinção das espécies incorporadas no processo de produção. A Convenção da Biodiversidade está negociando as
questões das patentes e dos direitos de propriedades dos agricultores e das populações nativas.
Leite de Colônia lança lenços umedecidos
Para facilitar e agilizar o processo de remoção da maquiagem e limpar a pele, a
tradicional linha de loções de limpeza Leite de Colônia apresenta agora os Lenços
Umedecidos.
Dermatologicamente testados, os produtos limpam a pele e removem a
maquiagem, podendo ser utilizados em todo o rosto, inclusive na área dos olhos, e
levados na bolsa. Os lenços vêm em embalagem vintage, com fórmula suave e sem
álcool, de ação 3 em 1: limpam a pele profundamente, são adstringentes e removem
a maquiagem.
Disponíveis desde julho em farmácias e perfumarias de todo o Brasil.
Revista Espuma - Julho/Agosto 2012
Vizcaya Cosméticos lança primeiras embalagens
com informações em braile
A carioca Vizcaya Cosméticos, fabricante de produtos para
cuidados capilares e para o corpo, anunciou o lançamento de
embalagens com informações em braile. Segundo a empresa,
este é o primeiro formato com a linguagem nesse setor do
mercado brasileiro. A primeira linha a disponibilizar os novos
invólucros será a Keratina. Até o fim do ano a companhia espera
que todos os produtos contenham os dados.
Grupo Boticário lança rede de maquiagem
O Grupo Boticário anunciou a criação de uma nova rede de franquias chamada “quem disse, berenice?”, para vendr
principalmente maquiagem. As primeiras lojas serão inauguradas ainda em agosto em São Paulo. Até outubro, devem
ser sete pontos de venda, todos operados por franqueados da rede O Boticário na capital paulista, além de um site de
comércio eletrônico.
Essa é a quarta unidade de negócio do grupo Boticário, que iniciou suas atividades em Curitiba, com as lojas O
Boticário, há 35 anos. Em março de 2011, a empresa lançou a marca de cosméticos Eudora, vendida em lojas e por meio de
revendedoras (porta a porta) e, no início deste ano, criou a Skingen Inteligência Genética, de tratamento para a pele.
Segundo Alexandre Bouza, diretor da “quem disse, berenice?”, seu público-alvo é a mulher que não quer ficar presa a
regras e busca mais liberdade. A marca aposta na variedade de opções. O portfólio de 500 produtos inclui cem cores de
batom e 18 tons de base.
A maior parte do portfólio da “quem disse, berenice?” será feita na fábrica do grupo em São José dos Pinhais (PR). A
marca vai usar o centro de distribuição da empresa em Registro (SP).
A indústria nacional de maquiagem cresceu 7,4% em 2011 e faturou R$ 2,3 bilhões, segundo a associação das fabricantes
do setor.
Bombril apresenta Mon Bijou
perfumador de roupas
A Bombril criou um perfumador de roupas para linha Mon Bijou. A estratégia é ampliar as
opções dos consumidores na hora do cuidado com as roupas.
Atualmente a marca possui itens que auxiliam no processo de lavar, amaciar, passar e guardar.
No formato spray, o perfumador pode ser usado em roupas de cama, banho e tecidos em geral
ainda molhados.
O produto possui duas fragrâncias, Pureza e Harmonia, em embalagens de 300 ml. O preço
sugerido é de R$ 9,99.
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Revista Espuma - Julho/Agosto 2012
Revista Espuma - Julho/Agosto 2012
Terceirização de cosméticos atrai estrangeiros
Nova marca para corpo, banho e ambiente
Realgem´s amplia fábrica de sabonetes
Elaborados com extratos naturais, chegam ao mercado os produtos para
corpo, banho e ambiente da empresa nacional Tiena, criada por Cristina
Farjallat, cujo ponto de venda está localizado no Shopping Ibirapuera, em São
Paulo.
As linhas de produtos procuram agradar diferentes gostos e vêm em
6 fragrâncias, com produtos que incluem sabonetes líquidos, esfoliantes
corporais, hidratantes para corpo, mãos e pés e sabonetes em barra, além de
difusores de aromas e sprays para ambientes e sachês para gavetas, armários
e carros. As opções são: Verbena (foto); Mel e Leite de Soja; Lavanda; Flor de
Cerejeira; Rosas Brancas e Vanilla. Cada uma delas tem sua identidade olfativa e visual próprias.
Para você conhecer mais, segue abaixo a descrição da linha Verbena, erva medicinal de propriedades calmantes,
conhecida também como Erva Santa. Com notas cítricas, lembrando um mix de limão, laranja, alecrim e erva doce,
proporciona sensação refrescante, que agrada homens e mulheres. É formada por:
Sabonete Líquido para Banho: proporciona espuma abundante, deixando a pele suave e delicadamente perfumada. Uso
diário.
· Sabonete em Barra Hidratante: base 100% vegetal. Contém manteigas de karité e de cupuaçu que proporcionam efeito
prolongado de hidratação. Uso diário.
Sabonete em Barra Esfoliante: com semente de apricot e manteigas de karité e de cupuaçu. Pode ser usado diariamente.
· Loção Hidratante para o Corpo: enriquecida com extratos naturais, proporciona hidratação suave e prolongada, deixando
a pele macia e delicadamente perfumada.
· Esfoliante Corporal Espumante: com microesferas e extratos naturais proporciona cremosidade e espuma deliciosas
durante o processo de esfoliação das áreas mais ásperas do corpo.
· Sabonete Líquido para as Mãos: possui um bico dosador que facilita a aplicação, tornando-o ideal para pias de banheiros
e lavabos.
· Hidratante para as Mãos: contém manteiga de cupuaçu e extrato natural de verbena, deixando as mãos macias e
delicadamente perfumadas. Embalagem compacta, ideal para levar na bolsa.
· Hidratante para os Pés: com manteiga de cupuaçu e mentol, hidrata e refresca, proporcionando o relaxamento. Uso
diário, ideal para massagear os pés ao final de um dia cansativo.
O setor brasileiro de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos faturou em 2011 mais de U$ 43bilhões, alta
de 18,9% sobre 2010, se considerados os preços ao consumidor. Com o crescimento da demanda, cada vez mais
empresas optam por expandir sua oferta de produtos sem investir em ativos fixos, recorrendo à terceirização da
produção. De olho nesta oportunidade de negócio, companhias estrangeiras chegam para disputar o mercado
nacional A francesa Fareva planeja ser a segunda maior terceirista do País ainda em 2012. Já a italiana Chromavis
vem preencher uma lacuna do mercado local, produzindo maquiagem de alto valor agregado. A líder nacional
em terceirização de cosméticos, Provider, uniu-se à portuguesa ColepCCL para fabricar aerossóis. “Nossa
particularidade é que somos mais uma empresa de desenvolvimento de fórmulas do que propriamente terceiristas
e não estamos interessados em simplesmente terceirizar a produção para grandes marcas do Brasil, queremos
oferecer fórmulas para esse mercado, trazer para o cliente novas tecnologias e tendências de cores e texturas,
para que essas marcas tenham em mãos sempre um produto atualizado”, diz Nicolas Wierdack da Chromavis.
A Realgem’s, que tem como principal atividade a fábrica de
cosméticos em pequenos frascos para hotéis, está apostando no
crescimento na demanda no Brasil, onde é uma das maiores do
segmento, mas decidiu que é hora também de romper fronteiras.
Começou a enviar produtos para o Uruguai, Angola e Paraguai no
ano passado e, agora, está prospectando o mercado de Cuba, onde
planeja chegar em breve. De olho no aumento da demanda hoteleira
por causa da Copa e das Olimpíadas e também das vendas externas,
investiu nos últimos dois anos R$ 3,5 milhões em ampliação de
capacidade, a maior já feita na empresa. Cerca de 70% das embalagens
e produtos são personalizados e levam os nomes dos clientes, mas a
empresa também vende itens com as marcas Realgem’s e Terra Brasilis, uma das mais conhecidas, que usa insumos
típicos do país. São produzidos 4 milhões de sabonetes por mês e 1,8 milhão de frascos de cosméticos. A hotelaria
responde por 80% das receitas do grupo, que nos últimos cinco exercícios cresceram de 10 a 15% ao ano.
Setor de cosméticos no país sobe 18,9% em 2011
O mercado de cosméticos no Brasil faturou U$ 43 bilhões em 2011, segundo dados do Euromonitor, apresentando
um crescimento de 18,9%, o maior entre os 10 principais mercados do mundo neste setor. O País aparece em
terceiro lugar no ranking, com 10,1% de participação, atrás dos Estados Unidos (14,8%) e do Japão (11,1%). De
acordo com a pesquisa, o Brasil lidera o consumo de produtos infantis, desodorantes e artigos de perfumaria e
ocupa a segunda colocação em vendas de protetor solar, artigos de higiene oral, produtos masculinos e linhas
para cabelo e banho. Na categoria de maquiagem, o mercado nacional está em terceiro lugar no ranking mundial.
Os protetores solares tiveram o maior crescimento em vendas no ano de 2011, gerando um aumento de 20,2% do
faturamento. Dados da Abihpec mostram que o setor cresceu 360% nos últimos anos, com uma média de expansão
de 10% ao ano.
Avatim lança creme de manteigas para hidratar
e cuidar bem da pele
Com produtos fabricados em Ilhéus, Bahia, a Avatim Cheiros da Terra possui há 1 ano um charmoso espaço na Vila
Madalena. A loja é especializada em aromatização de ambientes e beleza, produzindo itens 100% nacionais.
Já pensando na estação mais fria do ano, a loja lança um produto da Linha Casual SPA, o Creme de Manteigas – produto
com propriedades emolientes e antioxidantes presentes nas manteigas de cupuaçu, de karité e de cacau, ricas em vitaminas
A, C e E. O creme ajuda a reduzir o ressecamento protegendo a pele contra impurezas e a ação do tempo.
Vale destacar que a vitamina C ainda estimula a síntese de colágeno, o que da à pele firmeza, resistência e elasticidade;
já o ácido cinâmico, presente na manteiga de karité, proporciona maior proteção, nutrição e hidratação, deixando a pele
com um toque aveludado.
O Creme de Manteigas da Avatim é com certeza é uma ótima sugestão para cuidar da pele nesse inverno!
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Indústria de higiene e beleza aposta em nicho
Revista Espuma - Julho/Agosto 2012
acima de 60 anos. “Percebemos que nada existia ligado a cosméticos para a maturidade, existia muito o conceito de anti-idade,
o cosmético usado na busca pela juventude eterna”, conta o investidor majoritário da empresa, Flávio Rijo. “Mas existe uma
mudança na sociedade, que é o pessoal que busca qualidade de vida, saúde e bem-estar na maturidade”, diz.
A empresa começou terceirizando sua produção com uma indústria em Guarulhos (SP), e agora está se associando à terceirista
em uma única empresa. A Maturi fatura anualmente R$ 2 milhões, com a venda de 200 mil unidades, numa linha de 10 produtos.
Entre este e o próximo ano, é planejado o lançamento de mais nove. A empresa possui 10 funcionários diretos e cerca de 50 na
indústria. Com investimento inicial de R$ 500 mil, a marca está presente hoje em 200 pontos de venda, com ênfase no pequeno
varejo. O crescimento anual é de 30% ao ano em faturamento.
Os produtos se diferenciam pela hidratação profunda, além de embalagens com letras grandes e de fácil manuseio. “As
peles maduras têm necessidades especiais, mas ninguém procura um produto para a maturidade, porque ninguém quer ser
considerado velho, então desenvolvemos um trabalho junto aos PDVs para o correto posicionamento do produto junto aos
demais, mas com fácil identificação”, conta.
Homens
Oferecer produtos a consumidores ainda pouco atendidos pelo mercado é a estratégia de pequenas e médias empresas para
ganhar seu espaço no setor brasileiro de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos. É o caso da Lumi, que conta com uma linha
voltada para peles negras; da Maturi, que aposta em produtos para consumidores maduros, e da Memphis, que expandiu seu
portfólio voltado ao público masculino.
O mercado de HPPC tem crescido em média 10,9% ao ano, nos últimos cinco anos, movimentando, em 2011, R$ 29,4 bilhões,
em valores Ex-Factory (saídos de fábrica, livres de impostos sobre vendas), segundo a Associação Brasileira da Indústria de
Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec). Impulsionado pelo aumento do poder de consumo da classe C, o setor
busca crescer também através da conquista de novos consumidores.
Peles negras
“Aqui, no Brasil, as marcas não têm produtos específicos; normalmente, quem tem pele negra, para fazer a preparação da
pele, com base, corretivo, pó compacto, tem que comprar de fora”, conta a sócia-diretora da Lumi Cosméticos, Natália Antunes.
A empresária afirma que as mulheres também criaram soluções próprias, por exemplo, improvisando um batom como blush.
“Por isso, elas não tinham o hábito de comprar produtos para preparação da pele, mas isso agora está mudando”, relata.
A Lumi criou sua linha para peles negras quando entrou no mercado angolano, em 2007. Hoje está presente também em
Moçambique e negocia a instalação de uma fábrica própria no Benim. “Desde então, essa linha só cresce: nos primeiros sete
meses deste ano, as vendas dos 15 produtos específicos cresceram 13% em valores, em relação ao mesmo período de 2011”,
afirma. Maquiagem para peles negras representou no ano passado 3,9% do faturamento da empresa.
Com uma planta na zona norte da capital paulista, a empresa fabrica seus produtos para corpo, banho e perfumaria, terceirizando
maquiagem e esmaltes. A companhia possui 100 funcionários diretos e uma rede de mais de 150 mil representantes, tendo
crescido 23% em faturamento de janeiro a julho de 2012, embora não revele valores absolutos. “Em 2011, crescemos 17%, então
este ano está melhor, com a contribuição da venda pela Internet, um canal novo para nós”, diz Natália.
Consumidor maduro
Voltada para consumidores idosos, a Maturi Cosméticos é ainda uma empresa jovem. Criada em 2009, a companhia surgiu
da percepção de seus criadores de duas categorias em franca expansão no Brasil: o mercado de cosméticos e a população
Com mais de 60 anos de história, a Memphis lançou em maio a linha Biocrema for Men, que vem a se somar à linha Senador,
compondo o portfólio de produtos masculinos da empresa. Com investimento de R$ 1 milhão, a linha é hoje composta de quatro
produtos, entre os quais, sabonetes e desodorantes. “Nossa expectativa é que a linha Men responda por 2% a 3% da receita da
empresa até o fim de 2013”, diz o diretor de Vendas André Dall’Onder.
“Ao contrário da mulher, que varia muito de produto, o homem é mais conservador nas suas escolhas, mas, à medida que
a indústria oferece novas possibilidades, esse homem vai se descobrindo e se cuidando mais”, conta o executivo. Com duas
fábricas no Rio Grande do Sul, cinco centros de distribuição e 300 funcionários diretos, a companhia faturou R$ 100 milhões em
2011. Focada em nichos de maior valor, a empresa pretende expandir sua presença nos mercados do sudeste nos próximos anos.
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Abisa 2012
Revista Espuma - Julho/Agosto 2012
Revista Espuma - Julho/Agosto 2012
ABISA NORDESTE
Congresso completa 30 anos e se renova
Por: Lia Freire
30º ABISA NORDESTE & 3º Expo ABC
28 a 30 de outubro 2012 - Othon Palace Hotel – Salvador-BA
PRÉ-PROGRAMAÇÃO
Domingo dia 28/10
Abertura da secretaria – 12:00h
Abertura dos estandes – 14:00h
Abertura do 30º Congresso – 20:30h
Jantar – 21:00h
Paralelo (dias 29 e 30) – horário a ser definido.
Curso: Desenvolvimento de produtos - ministrado pelo Prof João Francisco Neves.
Segunda-feira dia 29/10
08:30h – Números e tendências do mercado de saneantes e cosméticos – Rita Navarro – Kantarworld Panel
09:15h – Sustentabilidade - Brasken
10:00h – Café
10:15h – Tributação nas empresas – Formas legais e simples que podem ser adotadas pelas empresas
para amenizar o impacto fiscal no seu caixa –Fabio Pallaretti Calcini - Sócio Tributarista.
Escritório Brasil Salomão e Matthes Advocacia, Doutorando e Mestre em Direito do Estado
pela PUC/SP, Especialista em Direito Tributário pelo IBET, Especialista em Direito
Tributario Internacional pela Universidade de Salamanca/ESP, Professor de Graduação
(UNISEB/COC) e convidado de Pós-Graduação (FAAP, GV/SP, IBET, PUC/SP, UEL, entre
outras). Autor de livros e artigos jurídicos.
11:00h – Produtos líquidos – Sabões, detergentes...tendências, dados de mercado – Thaís Lordelo - Nielsen
11:45h – Sebo para biodiesel ou sabão e sabonetes – matérias primas alternativas – Luciano Hocevar –
Especialista em Processos Petroquímicos pela Università degli Studi di Bologna, Mestrado
em Energia(Biodiesel) e curso de graduação em Engenharia Ambiental (HGestão de Resíduos
Sólidos, Líquidos e Gasosos), Mestre em Administração pela Universidade Federal da
Bahia, Engenheiro Químico pela PUC/RS e Presidente da Seção Regional da ABEQ na Bahia.
13:00h – Palestra técnica
Em constante
aprimoramento, a edição
2012 do evento acontecerá
entre os dias 28 e 30 de
Outubro, em Salvador (BA)
P
romover por três décadas ininterruptas
um congresso não é apenas uma grande
responsabilidade, como também, nos obriga
a sermos flexíveis em nossa atuação. Novos
desafios surgem a cada edição e acreditamos que
a maturidade empresarial só é conquistada pela
excelência na condução dos negócios, agregando
valores com prestação de serviços de alta
qualidade. E, é assim que chegamos a mais uma
edição: renovados e comprometidos com o setor,
respeitando as suas necessidades e exigências.
Após longas conversas e diversos encontros
com os patrocinadores do evento e associados da
ABISA - Associação Brasileira das Indústrias
Saboeiras e Afins – e com os principais empresários
e representantes do setor para ajustarmos as
novas mudanças, decidimos que deveríamos
começar pela troca da empresa organizadora
do congresso e optamos pela Editora Stilo,
responsável pela publicação da Revista Espuma
e que também acumula experiência na realização
de feiras, sendo a responsável por eventos como a
FENAGRA – Feira Internacional das Graxarias,
que neste ano chegou em sua sétima edição e a
EXPO PET FOOD, em seu segundo ano.
A parceria no congresso com a ABC - Associação
Brasileira de Cosmetologia - continua sólida e a
tendência é melhorar a cada ano, afinal, muitos
dos associados da ABISA fabricam produtos
comuns às duas entidades e vice-versa.
Outras importantes mudanças estão na área
de exposição em formato diferente, resultando em
um investimento menor para os participantes e a
hospedagem, que neste ano está por conta de cada
Tarde:
16:00h – Show humorístico e atividades nos estandes com sorteio.
Acompanhantes
14:30h - Tour pela cidade de Salvador e Pelourinho.
Terça-feira dia 30/10
08:30h – Motivação e competitividade – Em época de grandes desafios, alta competitividade e orçamentos
apertados, como inspirar as pessoas a se envolver mais e produzir mais e melhor?
09:15h – Economia – Como vem se comportando a economia brasileira e quais as tendências
reservadas são sempre assuntos importantes, não só para grandes empresas, mas para todos em
geral. País emergente de alto potencial, o Brasil reúne amplo conjunto de condições para subir
no ranking das maiores economias do mundo... Economista Raul Velloso
10:15h – Café
10:30h – Sabão em barras, qual o futuro? A mais de 20 anos ouve-se falar que esta categoria
vai “sumir do mercado”, porque novos produtos e novas tecnologias viriam para
substituí-lo. Mas ele continua firme e forte na maioria dos lares brasileiros - João Francisco Neves
11:15h – Terceirização: Prós e contras
12:00h – Palestra técnica
12:45h – Imagem é tudo – A embalagem é um dos grandes fatores de crescimento das empresas.
Como ela pode afetar e/ou agregar valor ao seu produto – Fabio Mestriner – ESPM
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Abisa 2012
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Revista Espuma - Julho/Agosto 2012
Patrocinadores até 15/08/2012
Revista Espuma - Julho/Agosto 2012
empresa, mas continuaremos fazendo a reserva
a quem nos solicitar. Bloqueamos um número de
apartamentos com valores específicos, em que
valerá a pena se hospedar no hotel sede do evento.
Nesta edição também haverá expositores que
fabricarão “ao vivo” produtos, como sabonetes,
maquiagens, itens para salão de beleza etc. E teremos
ainda, em paralelo ao congresso, um minicurso sobre
“Desenvolvimento de Produtos Domissanitários”,
ministradopelo professor João Francisco Neves.
A 30ª edição do Congresso & Exposição para
as Indústrias de Produtos de Higiene e Limpeza e
Afins e o 3º Expo & Seminário ABC de Tecnologia
em Cosméticos terão o apoio da ABIPLA –
Associação Brasileira das Indústrias de Produtos
de Limpeza e Afins, do SINDILIMPE - Sindicato
de Sabão e Velas, Saneantes e Material de Limpeza
de Pernambuco, da FIEPE- Federação das
Indústrias do Estado de Pernambuco, Sindicato de
Sabões e Velas de Salvador, da FIEB - Federação
das Indústrias do Estado da Bahia, do SEBRAEBA, da ANVISA, do INMETRO, entre outros
importantes órgãos. Dentre os patrocinadores,
até o momento estão confirmados: Maksiwa,
Nordesquim, Luandy do Brasil, Phytoessence,
Morais de Casyro, Aboissa, Sasil, Coremal,
Brentag, Química Anastácio, Citratus, Quimisa,
M.Kassab, Labsynth, IMSB Máquinas, IBE
Embalagens, Grupo GR e Akzo Nobel.
Os eventos serão realizados entre os dias 28
e 30 de outubro, no Othon Palace de Salvador
(BA), onde os participantes terão a oportunidade
de conhecer novas tecnologias e as principais
tendências do mercado, além de estarem em contato
com a maioria dos fabricantes e fornecedores de
matérias-primas de todo o Brasil.
Enfim, novidades não irão faltar nesta
trigésima edição. Promoveremos também uma
homenagem especial às pessoas/empresas que
estiveram conosco ao longo destes anos.
apoio:
Para mais informações, contate-nos:
ABISA – Zoe ([email protected])
tels. (21) 2524-5816/8624-4595
Editora Stilo – Daniel Geraldes
([email protected]) tels.(11) 2384-0047
A Novozymes estará presente no 30º Congresso da A bisa
e apresentará palestra sobre...
Título da Palestra:
Como aumentar a competitividade do sabão em barra frente a outros (tipos de)
produtos.
Resumo:
A biotecnologia na forma de enzimas, está presente a várias décadas na formulações
de detergentes em pó e líquido. Agora a Novozymes traz também ao mercado mundial
uma tecnologia de estabilização de enzimas em sabão, que garante o efetivo aumento
de performance em manchas naturais , garantindo mais competitividade à sua marca.
Palestrantes:
Jonatha Max Koehler e Daniel Stahlke
29
30
Revista Espuma - Julho/Agosto 2012
Revista Espuma - Julho/Agosto 2012
Abisa 2012
MODALIDADES DE PATROCÍNIO NO CONGRESSO ABISA 2012
Patrocinador Categoria Ouro
Patrocinador Categoria Prata
Patrocinador Categoria Bronze
R$ 15.000,00
R$ 10.000,00
R$ 5.000,00
CORTESIAS
1 Mesa de Negócios - 8 Cadeiras
---
---
1 Palestra
1 Palestra
1 Palestra
1 Banner na área do
Congresso (auditório)
1 Banner na área do
Congresso (auditório)
---
1 Banner na área do
Credenciamento
1 Banner na área do
Credenciamento
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1 Banner na área do Jantar
---
---
Logomarca Inscrição Online
Logomarca Inscrição Online
---
2 tipos de Encartes da
empresa nas Pastas do
Congresso
1 tipo de Encarte da empresa
nas Pastas do Congresso
1 tipo de Encarte da empresa
nas Pastas do Congresso
2 Inscrições isentas
1 Inscrições isentas
---
Link no Site da ABISA
Link no Site da ABISA
Link no Site da ABISA
Link no Site
www.editorastilo.com.br
Link no Site
www.editorastilo.com.br
Link no Site
www.editorastilo.com.br
Logomarca Newsletter
Logomarca Newsletter
Logomarca Newsletter
Logomarca em Banner
vdo Congresso
Logomarca em Banner
do Congresso
Logomarca em Banner
do Congresso
1/2 Página na
Revista Espuma
1/4 Página na
Revista Espuma
---
Logomarca Crachás
Logomarca Crachás
Logomarca Crachás
Logomarca em todo material
de divulgação do Congresso
(impresso e eletrônico)
Logomarca em todo material
de divulgação do Congresso
(impresso e eletrônico)
---
Recebimento do Mailing
dos participantes após o
encerramento do Congresso
Recebimento do Mailing
dos participantes após o
encerramento do Congresso
Recebimento do Mailing
dos participantes após o
encerramento do Congresso
Notas: 1) O banner e os encartes deverão ser providenciados pela empresa patrocinadora.
2) A empresa patrocinadora deverá passar os logos em arquivo de alta resolução.
ALGUMAS ATRAÇÕES NO 30º CONGRESSO ABISA & ABC
A economia no país e no mundo e o que
podemos esperar a curto e longo prazo.
Já conhecido da maioria dos congressistas
que participam da Abisa, RAUL VELLOSO é
consultor econômico, especializado em Análise
Macroeconômica e Finanças Públicas e PhD,
Master of Philosophy e Master of Arts em
economia pela Universidade de Yale, nos EUA. É
diretor da ARD Consultores Associados e já atuou
como secretário adjunto da Secretaria Nacional
de Planejamento do Ministério da Economia,
Fazenda e Planejamento e secretário de assuntos
econômicos da Secretaria de Planejamento
da Presidência da República. Foi membro do
Conselho de Administração do Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES),
membro do Conselho de Administração da
Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer)
e membro do Conselho Técnico do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Na palestra em Salvador, Velloso falará sobre como
vem se comportando a economia brasileira e quais as
tendências a curto, médio e longo prazos. País emergente
de alto potencial, o Brasil reúne amplo conjunto de
condições para subir no ranking das maiores economias
do mundo, aspirando ser reconhecido como potência,
abrindo espaço para atuação como protagonista
relevante. Não lhe faltam bons fundamentos para estes
propósitos: dimensão territorial, abundância de capital
natural, diversidade de fontes para produção de energia,
cadeias de produção competitivas em termos mundiais,
base demográfica e dimensões do mercado interno, entre
outras.
Tributação
Por FÁBIO PALLARETTI CALCINI - tributa­
rista- Sócio Tributarista
Escritório Brasil
Salomão e Matthes Advocacia de Ribeirão PretoSP. Doutorando e Mestre em Direito do Estado
pela PUC/SP, Especialista em Direito Tributário
pelo IBET, Especialista em Direito Tributario
Internacional pela Universidade de Salamanca/
ESP, Professor de Graduação (UNISEB/COC)
e convidado de Pós-Graduação (FAAP, GV/SP,
IBET, PUC/SP, UEL, entre outras). Autor de livros
e artigos jurídicos.
A tributação é certamente outro tema de grande
relevância para o empresário e, por isso, também será
assunto no 30º Congresso, com uma palestra conduzida
por um experiente tributarista, que terá como foco
proporcionar aos profissionais uma visão básica da
tributação, assim como apresentar formas legais e
simples, que podem ser adotadas pelas empresas com
vistas a amenizar o impacto fiscal no seu caixa.
Os tributos representam, em média, 40% do preço dos
produtos e 15% para prestadoras de serviço, dependendo
do regime fiscal adotado. A carga fiscal supera a
margem de lucro desejada, representando o principal
entrave nos negócios das empresas, que necessitam,
permanentemente, reavaliar seus preços para se
manterem competitivas. Numa economia estável, onde
a qualidade do produto e preço são requisitos essenciais
para o crescimento do negócio, torna-se imperioso ao
empresário brasileiro, especial atenção ao tratar as
normas de tributação, sobretudo quanto aos tributos
exigidos na produção e comercialização de mercadoria,
assim como na prestação de serviços. Quando falamos
em tributos, estamos, a rigor, nos referindo ao aspecto
financeiro da sociedade.
Apresentação de projeto para fabricação de
domissanitários em pó
Por JOSÉ CARLOS VOLTAN – Químico e
Engenheiro Industrial, com vasta experiência
na produção de Domissanitários, com ênfase em:
Sabão em Barra, Sabonete, Produtos Líquidos em
Geral e Detergentes em Pó (tanto pelo processo
Spray Dry; como pelo processo de Mistura –
Dry Mix); experiência essa que vai desde chão
de fábrica; ajustes do processo produtivo até
desenvolvimento de formulações.
Experiência também com Sistema de Qualidade
Assegurada; bem como coordenação na
implantação de Certificação ISO 9001/2000 com
aplicação de BPF – C e outros, conforme Portaria
327 – ANVISA.
Responsável Técnico do Produto e do Processo
Produtivo.
31
Abisa 2012
32
Revista Espuma - Julho/Agosto 2012
Gerência Produção / PCP e Manutenção /
Desenvolvimento de Processos e Produtos /
Sistema da
Garantia da Qualidade (Certificação – ISO 9.000)
Com experiência nas empresas: Unilever e Savon.
Atualmente possui empresa de consultoria, com
prestação de serviços e assessoria técnica para
indústrias químicas (domissanitários).
Obs.: Apostila ao final da apresentação.
Considerações do autor – O objetivo ao desenvolver
este projeto foi gerar a possibilidade de se fabricar
domissanitários em pó com um investimento bem
menor do que se tem no mercado. Ou seja, popularizar
a fabricação deste produto, quebrando todos os mitos de
que “o produto só é bom quando é feito em torre, caso
contrário não é bom”. Hoje temos no Brasil um mercado
bilionário (em torno de R$ 4 bilhões/ano), que está na mão
de poucos (3 líderes) e fazem de tudo para que ninguém
entre nessa mina de ouro. Então propaga-se a pseudo
“verdade absoluta” de que, para se fazer um detergente
de boa qualidade, precisa-se investir vários milhões de
reais, o que desanima qualquer empresário, fazendo
com que desista de imediato e assim o mercado continua
livre para os poucos privilegiados. O processo de “torre”
somente consegue controlar a densidade aparente do
produto, o que é uma propriedade física. Fazendo-se uma
analogia com um medicamento, não importa o tamanho
do comprimido e sim, sua composição química, ou seja, o
teor do princípio ativo. No detergente em pó é a mesma
coisa, o que importa é o teor de matéria ativa que contem
no mesmo. Então, se eu tiver um produto mais denso
ou mais pesado, como a dona de casa mede o volume
(usando um copo). Ao invés de pesar, basta colocar o
volume menor que estaremos adicionando o mesmo teor
de matéria prima. Portanto, basta alertar a dona de
casa para diminuir a quantidade, ou seja, precisamos
quebrar “paradigmas” dessas verdades “absolutas e
incontestáveis”.
Venha conhecer de perto este projeto:
1. Detergentes em pó (lava-roupas, lava-pisos)
2. Linha institucional (lavanderia e hotelaria)
3. Titã manchas
4. Limpeza pesada (forno, desentupidor de pias e ralos etc)
5. Saponáceos etc...
Revista Espuma - Julho/Agosto 2012
Conforme já citado, é um processo no qual pode-se
fabricar vários produtos em pó, sendo o mais visado o
Detergente em Pó. Salientando que o foco principal é o meio
ambiente, pois trata-se de um processo limpo, totalmente a
frio (não existe queima de combustível) e baixo investimento.
Um produto sem fósforo e mais concentrado (menor volume).
A formulação adaptada ao processo produtivo contempla a
conservação da matéria ativa (Sinergia de Tensoativos),
com os aditivos especiais para um melhor desempenho de
limpeza e a substituição dos componentes “Coadjuvantes”
por outros de menor custo.
Principais pontos positivos:
1. Produto ecológico
. Não possui emissões para a atmosfera
. Não gera resíduos químicos
. Totalmente limpo
Sem eutrofização, biodegradável.
2. Inovação tecnológica
. Menor volume – mais concentrado
. Menor dosagem de produto na lavagem
. Redução na utilização de embalagem plástica
. Redução no volume transportado
. Redução do volume que retorna ao meio ambiente
. Produto biodegradável e sem fósforo
3. Uma inovação no processo produtivo
. Versatilidade na fabricação de domissanitários em pó
. Fluxo de produção compacto
. faciloidade de controle durante a fabricação
. Redução no consumo de energiaelétrica
. Não utiliza queima de combustível
. Reduçãocom manutenção corretiva/preventiva
. Redução de investimento.
4. Informações técnicas
. Área necessária: 100m2 (fabricação)
Capacidade da planta:
. 1 ton/hora ou 8 ton/turno ou 160 ton/mês
. Com 1 truno – 160 ton/mês
. Com 2 turnos – 320 ton/mês
. Com 3 trunnos – 480 ton/mês
. Gasto energético: Processo totalm nente a frio (não
utiliza combust´pivel)
. Energia elétrica: 72cv ou 53kw – R$ 3,0/ton
. Mão de obra: 8 colaboradores
Em conformidade com a Portaria Anvisa 327 de
30/07/1997.
Saiba tudo sobre o biodiesel e até que ponto você poderá ser
afetado.
Diante de tantas especulações conforme o texto abaixo envolvendo o
biodiesel, a Abisa decidiu contratar um grande profissional da área para
esclarecer aos presentes no 30º Congresso, as tendências e perspectivas deste
mercado, tentando desta forma informar nosso setor até que ponto seremos
afetados em relação ao sebo e outras matérias primas. O tema da palestra será
Sebo para biodiesel ou sabão e sabonetes – matérias primas alternativas e o
contratado é LUCIANO HOCEVAR– Especialista em Processos Petroquímicos
pela Università degli Studi di Bologna, Mestrado em Energia(Biodiesel) e
curso de graduação em Engenharia Ambiental (HGestão de Resíduos Sólidos,
Líquidos e Gasosos), Mestre em Administração pela Universidade Federal da
Bahia, Engenheiro Químico pela PUC/RS e Presidente da Seção Regional da
ABEQ na Bahia.
““O biodiesel no brasil poderia movimentar r$ 28 bilhões até 2020?
No dia 02 de agosto a União Brasileira de Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio)
e a Associação dos Produtores de Biodiesel do Brasil (Aprobio) reuniram-se
em São Paulo para homenagear o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Durante a ocasião, as associações distribuíram entre os jornalistas presentes
um press release afirmando que o setor de biodiesel poderá movimentar R$
28 bilhões em investimentos até 2020, um número tão portentoso que rendeu
manchetes mundo afora.
O documento não esclarece, entretanto, como foi que as duas associações
chegaram a esse montante. Mas, logo de cara já é possível perceber algo
inusitado. Para chegar nos tais R$ 28 bilhões, o release baseia suas premissas
na expectativa de que cheguemos ao B10 até 2014 e ao B20 em 2020. Este é
um velho pleito das usinas.
A primeira vez que o setor apresentou publicamente esses números foi em
outubro de 2010 no lançamento do estudo “O biodiesel e sua contribuição para
o desenvolvimento brasileiro”. Elaborado pela FGV Projetos por encomenda
da Ubrabio, até hoje os usineiros o carregam de baixo do braço e trazem sua
argumentação na ponta da língua.
Foi de lá que a chamativa projeção saiu. Em sua página 30,
os autores do estudo estimaram que a circulação monetária em
investimentos relacionados ao biodiesel somaria a vultosa cifra de
R$ 28 bilhões até 2020. Só que, dessa dinheirama toda, apenas R$
7,36 bilhões iriam para a expansão industrial propriamente dita. Este
seria o valor necessário para que as usinas deem conta de atender a
demanda prevista de 14,3 bilhões de litros de biodiesel anuais, caso
venha mesmo o B20 em 2020.
O estudo é inesperadamente vago a respeito do destino a ser dado aos
outros 20,64 bilhões. Pode-se presumir que seu destino seja a parte agrícola
da operação. Em outro trecho o estudo calcula que a demanda por biodiesel
levaria a investimentos da ordem de R$ 15 bilhões na ampliação de oleaginosas
alternativas à soja...etc...
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Revista Espuma - Julho/Agosto 2012
Revista Espuma - Julho/Agosto 2012
Capa
34
“O mercado brasileiro de cosméticos está se desenvolvendo cada
vez mais, apoiado na qualidade de seus produtos, uma referência de
qualidade internacional”, Enilce M. Oetterer, da Encosmética.
Cosméticos “made in Brasil”,
com muito orgulho
O cenário atual do setor de cosméticos no Brasil
Por: Lia Freire
O
s números comprovam o potencial deste
segmento de negócios na economia brasileira.
Dados do Instituto Euromonitor apontam que o
setor de cosméticos no Brasil faturou em 2011,
US$ 43 bilhões, apresentando um crescimento
de 18,9%. Nos últimos 16 anos cresceu 360%,
segundo a Associação Brasileira da Indústria
de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos
(ABIHPEC). O Brasil lidera o consumo de
produtos infantis, desodorantes e artigos de
perfumaria, estando na segunda colocação em
vendas de protetores solares, itens para higiene
oral, produtos masculinos e linhas para cabelo e
banho. Na categoria de maquiagem, estamos em
terceiro lugar no ranking mundial. (fonte Revista
Exame)
Ainda de acordo com dados da ABIHPEC, são
1.659 empresas brasileiras atuando no mercado
de produtos de higiene pessoal, sendo que 20 delas
são de grande porte, com faturamento líquido de
impostos acima dos R$ 100 milhões, representando
73% do faturamento total. Os principais segmentos
são produtos para cabelo, higiene oral, sabonetes,
desodorantes, descartáveis e outros.
EVOLUÇÕES IMPORTANTES
A indústria brasileira de cosmetologia tem as
suas particularidades e diferenciais decorrentes das
condições socioeconômicas, culturais, climáticas e
típicas de um país tropical, do hábito do consumidor,
que se apresenta mais exigente, entre outros
fatores, sendo necessária a adequação das fórmulas
de cada item, de acordo com o público consumidor.
A partir deste cenário a indústria trabalha no
desenvolvimento de suas linhas.
Na opinião de Enilce Maurano Oetterer, sóciadiretora da Encosmética Consultoria Ltda, empresa
de consultoria e serviços em gestão de negócios
estabelecida em 2009, especializada no segmento de
cosméticos e áreas afins; a busca constante na melhoria
dos processos resulta na diversidade de produtos de
alta qualidade técnica. “A indústria nacional está cada
vez mais capacitada, através de pesquisas realizadas
em parcerias com universidades, da investigação
científica das matérias-primas e do desempenho
do produto final. Obtivemos importantes avanços e
evoluções, como por exemplo, nas formulações para
proteção solar, com novas tecnologias em filtros
solares e nos processos de fabricação. “Os protetores
solares tiveram o maior aumento em vendas, com
20,2% a mais no faturamento. Novos ativos cosméticos
também foram criados pelos fabricantes, embasados
por estudos de eficácia e pesquisas de formulações
diferenciadas. Houve ainda, avanço no estudo e
lançamentos de produtos para uso infantil, bem como,
de novas tecnologias para o tratamento e coloração
dos cabelos. O mercado brasileiro de cosméticos está
se desenvolvendo cada vez mais, apoiado na qualidade
de seus produtos, tornando-se referência de qualidade
internacional. A indústria cosmética brasileira tem
sido edificada com base no princípio da inovação, que
se reflete na criação de novos conceitos, mercados,
competências, na combinação de novos ativos e nas
embalagens diferenciadas e criativas, tendo como
resultado maior valor agregado ao consumidor.”
Na análise de Marcello Bressan, coordenador de
marketing da Norscent Fragrâncias, distribuidora da
IFF – International Flavors & Fragrances Inc. para
as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste do país, os
cosméticos brasileiros evoluíram consideravelmente,
com melhoras em praticamente todos os aspectos.
“Temos embalagens melhores, acesso a ativos
diferenciados e materiais naturais ricos em
nutrientes, assim como fragrâncias voltadas para
a categoria cada vez mais sofisticadas. Vemos uma
crescente conscientização de que o cosmético deve
cuidar do corpo e dos ânimos, promovendo bem-estar,
seja pelo frescor ou pela segurança de cheirar bem ou
ter uma pele hidratada. Seja qual for a finalidade do
produto, sua aparência, cheiro e textura influenciam
tanto quanto o benefício inicial que ele promete.”
“O Brasil é uma fonte de
inspiração para o mundo
todo. A diversidade de
etnias da população
brasileira gera a
necessidade por produtos
específicos para cada tipo
de cabelo e pele.”
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36
Revista Espuma - Julho/Agosto 2012
Notícias
ÁREAS QUE DESPONTAM
O Brasil é uma fonte de inspiração para o mundo
todo. A diversidade de etnias da população brasileira
gera a necessidade por produtos específicos para cada
tipo de cabelo e pele. Sem contar que a nossa flora é
um terreno que ainda tem muito a ser explorado, no
qual descobrimos novos ingredientes todos os dias. “O
resultado da combinação destes fatores é um mercado
inovador, onde grandes e pequenas marcas podem ousar,
pois os consumidores brasileiros de um modo geral são
abertos à experimentação e ávidos por novidades”, declara
o coordenador de marketing da Norscent, Marcelo.
“Há uma forte tendência
no consumo de linhas
orgânicas, cosméticos
direcionados ao público
masculino, cosméticos
associados à tecnologia e
produtos orientados ao
consumidor com mais de
60 anos.”
Para Enilce há uma forte tendência no consumo
de linhas orgânicas, devido ao novo cenário
de conscientização do consumidor e a visão de
sustentabilidade. Tratamento de cabelos, cosméticos
direcionados ao público masculino, o uso de produtos
para a beleza de dentro para fora, cosméticos associados
à tecnologia, produtos orientados ao consumidor
com mais de 60 anos em virtude do envelhecimento
populacional, também despontam como importantes
tendências. “O mercado brasileiro de cosméticos vem
sendo impulsionado por alguns aspectos, tais como:
migração do consumidor das camadas “E” e “D” para
a classe de maior abrangência de consumo devido o
aumento do poder aquisitivo; pelo forte crescimento
da classe “C”; pela ascendência do poder de compra
do público feminino devido a maior participação no
mercado de trabalho e também observamos as crianças
Revista Espuma - Julho/Agosto 2012
como fator de decisão de compras”, analisa a executiva
da Encosmética.
O executivo da Norscent reforça que apesar do
desenvolvimento do mercado de cosméticos masculinos,
o grande responsável ainda por impulsionar o setor
brasileiro é o público feminino da classe “C”, que
vem adquirindo mais produtos, exigindo também
mais sofisticação e maior valor agregado. “A nossa
empresa exerce um constante trabalho de pesquisa,
acompanhando os lançamentos no Brasil e no exterior
para identificar as atuais tendências e assim entregar
o que há de melhor em fragrâncias para o setor de
cosméticos”, afirma Marcelo.
Quanto às perspectivas para o mercado brasileiro de
cosmetologia, Enilce diz que são de contínuo crescimento,
tendo em vista os investimentos das empresas
internacionais trazendo suas marcas para o Brasil, a
exemplo da Clinique e Sephora, além do considerável
aumento dos produtos importados nas prateleiras do país.
UM PARCEIRO PARA A INDÚSTRIA
NACIONAL
A consultoria Encosmética atua no ramo das
indústrias de todo porte, cuja estratégia está orientada
para a expansão e o desenvolvimento de negócios
no setor. “Facilitamos a implantação de unidades de
negócios, viabilizando os processos da cadeia produtiva,
agregando valor com qualidade e eficiência”, destaca
Enilce.
A empresa, que recentemente investiu na área de
capacitação profissional, marketing e comunicação,
presta assessoria nos procedimentos operacionais
específicos das áreas comercial, marketing e técnica. Os
serviços estendem-se à gestão de projetos, treinamentos
técnico-comerciais, análise mercadológica de produtos,
área técnica, desde implantação das etapas dos projetos
ao produto final, nos mais variados modelos de negócios.
“Atuamos com o conhecimento, com a capacidade de
análise, com a proposição e implantação dos processos,
de acordo com as necessidades dos clientes. Nossas
projeções estão embasadas no crescimento do mercado
cosmético. Para tanto, nossa metas estão alinhadas
para tornar a Encosmética uma empresa de consultoria
reconhecida e diferenciada no segmento, com soluções
eficientes agregando valor à cadeia produtiva de nossos
clientes e parceiros”, finaliza Enilce.
37
Revista Espuma - Julho/Agosto 2012
Revista Espuma - Julho/Agosto 2012
Revista Espuma - Qual é o cenário atual do
setor de cosméticos no Brasil?
Alberto Keidi Kurebayashi - Bastante positivo.
O Brasil é destaque no cenário internacional. A
indústria brasileira de cosméticos ocupa o terceiro
lugar no ranking mundial do setor. Apresentou
um crescimento anual médio de 10,7% nos últimos
15 anos. Para 2012, a estimativa é que haja um
crescimento de 7,4%. Entre os chamados “top
ten”, que são dez países que mais crescem no setor
mundial de cosméticos, o Brasil fica em segundo
lugar, atrás apenas da Rússia.
Entrevista
38
Revista Espuma - Qual é o potencial deste
mercado?
Alberto Keidi Kurebayashi – O setor brasileiro de
cosméticos representa um grande potencial, tanto que
no Plano Brasil Maior, lançado pelo Governo Federal,
uma das plataformas de negócios estratégicos
refere-se ao setor de Higiene Pessoal, Perfumaria e
Cosméticos. Nas grandes categorias do mercado, o
Brasil é líder mundial no comércio de desodorantes e
“Na cosmetologia as áreas de biotecnologia e nanotecnologia têm sido bastante estudadas. Este desenvolvimento busca
eficácia e segurança”, Alberto Keidi Kurebayashi.
Alberto Keidi Kurebayashi
Por: Lia Freire
Farmacêutico -Bioquímico formado pela Universidade de São Paulo e pós - graduado em M arketing pela ESPM,
especialista em Dermato -Cosmética pela Vrije Universiteit Brussel -Bélgica , A lberto K eidi Kurebayashi é
desde 2011 o presidente da A ssociação Brasileira de Cosmetologia , cargo que ocupará até 2013. Kurebayashi
atua também como consultor nas áreas Cosmética e Farmacêutica , é Diretor das empresas Protocolo
Consultoria em Personal e Health Care e da Biosphere Serviços Especializados em Co -Packing. Em 2010
assumiu a vice -presidência da FELASCC – F ederación L atinoamericana de Sociedades de Ciências Cosméticas.
Em entrevista à Revista Espuma, A lberto K eidi Kurebayashi analisa o atual cenário brasileiro de cosméticos,
aponta os aspectos que progredimos , quais ainda exigem esforços , observa o nível técnico científico dos
profissionais brasileiros e quais as perspectivas futuras para a cosmetologia brasileira .
fragrâncias e vice-líder em produtos infantis, higiene
oral, produtos masculinos e para cabelo e banho. Nas
subcategorias, somos líderes em protetores solares,
coloração, condicionadores, permanentes/alisantes,
sabonetes e cremes para o corpo.
Revista Espuma - Sob quais aspectos
obtivemos importantes evoluções e
quais
ainda necessitam de melhorias?
Alberto Keidi Kurebayashi – No Brasil, o nível
de tecnologia e desenvolvimento dos cosméticos
cresce a cada ano. Pesquisadores brasileiros são
altamente criativos. Além disso, o setor conta com
importantes contribuições como da Associação
Brasileira de Cosmetologia (ABC) que promove
em seus eventos, novos produtos, tecnologias e
tendências. Os produtos brasileiros não são apenas
inovadores, como seguem estritamente a principal
diretriz de um cosmético: ser seguro. Aliado a estas
inovações, conta com uma legislação moderna e
atuante, gerida por meio da ANVISA - Gerência
Geral de Cosméticos.
39
Entrevista
40
Revista Espuma - Julho/Agosto 2012
Por outro lado, o mercado brasileiro poderia ser
muito maior e competitivo se as taxações sobre estes
produtos fossem moderadas. Difícil aceitar que um
cosmético seja considerado algo supérfluo e taxado
como tal. O setor necessita das autoridades um
tratamento coerente em relação à parte tributária.
Vemos hoje uma alíquota de ICMS (referência SP)
aplicada aos cosméticos tanto quanto é aplicada
para as bebidas alcoólicas, fumo, cachimbos,
piteiras, asa-delta, balões dirigíveis, embarcações
de esporte, armas e munições, fogos de artifício,
trituradores domésticos de lixo, walkie-talkie,
“O nível de tecnologia
e desenvolvimento dos
cosméticos brasileiros
cresce a cada ano.
Nossos pesquisadores
são altamente
criativos.”
aparelhos de sauna, confetes, serpentinas etc.
Com uma atualização e uma taxa mais justa de
tributação nosso setor seria muito mais dinâmico e
com certeza chegaríamos muito rápido na primeira
colocação em consumo de cosméticos.
Revista Espuma - Em relação ao nível técnico
científico dos profissionais brasileiros, qual é
hoje a nossa situação?
Alberto Keidi Kurebayashi – Os nossos
pesquisadores são respeitados e admirados no setor
de cosmético. No ranking técnico-científico, segundo
a IFSCC - International Federation of Societies of
Cosmetic Chemists - o Brasil representado através
Revista Espuma - Julho/Agosto 2012
da Associação Brasileira de Cosmetologia conseguiu
conquistar o 4º lugar. Figurando nas primeiras
posições estão: Japão, EUA e França. Este cenário
tem feito com que muitos profissionais brasileiros
sejam requisitados e recrutados por matrizes e
empresas de outros países.
Revista Espuma - Como o Brasil está
posicionado em termos de normatização/
regulamentação?
Alberto Keidi Kurebayashi – A legislação do Brasil
é uma das mais modernas e coerentes, isso propicia
um desenvolvimento de produtos sustentado na
segurança com um crescimento sólido.
Revista Espuma – Dentro da cosmetologia
qual área está despontando? A que se deve
este cenário?
Alberto Keidi Kurebayashi – As áreas de biotecnologia
e nanotecnologia têm sido bastante estudadas. Este
desenvolvimento busca eficácia e segurança.
Revista Espuma – O mercado brasileiro de
cosméticos vem sendo impulsionado por
qual tipo de consumidor? A que se deve esta
demanda?
Alberto Keidi Kurebayashi – Segundo uma
pesquisa realizada pelo Instituto Data Popular, no
ano passado, a classe “C” foi responsável por metade
do consumo dos produtos de beleza no Brasil. Esse
público encara o cosmético como um investimento
para melhorar a própria aparência, ser aceito na
sociedade e ascender profissionalmente.
A pesquisa comparou o consumo de produtos de
beleza entre as classes, durante um período de sete
anos. A liderança na preferência das mulheres
da classe “C” ficou para o perfume (81%), quase
empatado com os esmaltes (80%) e em terceiro
lugar, estão os cremes faciais (60%). Já itens
como os protetores solares estão mais presentes na
vida dos consumidores das classes “A”e “B”, com
49%, enquanto a classe “C” responde por 27%. O
sabonete, presente em todas as classes, obtém
índices acima de 80%.
41
Entrevista
42
Revista Espuma - Julho/Agosto 2012
Revista Espuma - Julho/Agosto 2012
“Segundo pesquisa realizada pelo Instituto
Data Popular, em 2011, a classe “C” foi
responsável por metade do consumo dos
produtos de beleza no Brasil.”
SOBRE A ABC
A Associação Brasileira de Cosmetologia (ABC) é uma entidade sem fins lucrativos, fundada em 10 de
abril de 1973, com objetivo de promover o desenvolvimento da cosmetologia nacional. Formada por um grupo
de profissionais das áreas de Farmácia, Química e afins, ligados a universidades e empresas de produto
acabado e matérias-primas para a indústria de higiene pessoal, cosméticos e perfumes, a ABC promove
atividades tecnológicas, científicas e de regulamentação em prol do setor. Regida por seu Estatuto, a Diretoria
da ABC é voluntária e eleita pelos associados para uma gestão bienal.
Sua atuação efetiva ao longo deste período foi de suma importância para o desenvolvimento dos setores
tecnológico, científico e regulamentar do âmbito cosmético e de seus profissionais, participando de comitês,
grupos técnicos, grupos de trabalhos e aconselhamento para as áreas de Vigilância Sanitária, Metrologia e
Meio Ambiente, e no processo de integração ao Mercosul.
Revista Espuma – Desde que o senhor assumiu
a presidência da Associação Brasileira
de Cosmetologia, em 2011, quais foram as
prioridades?
Alberto Keidi Kurebayashi – A principal
prioridade é a capacitação do profissional deste
setor. Capacitar todas as empresas e profissionais
que buscam crescimento e diferencial é o nosso
objetivo, assim criamos um mercado altamente
qualificado, com lançamentos de produtos,
conceitos e tecnologia.
Revista Espuma - Destaque-nos as principais
conquistas deste período.
Alberto Keidi Kurebayashi – No cenário
mundial, a Associação Brasileira de Cosmetologia
é reconhecida por seu trabalho junto à comunidade
científica, sempre incentivando os pesquisadores
brasileiros a apresentarem trabalhos em
Congressos no exterior. E esse reconhecimento
trouxe à ABC a representação oficial do Brasil
junto à IFSCC - International Federation of
Societies of Cosmetic Chemists - e à FELASCC
- Federación Latinoamericana de Sociedades de
Ciencias Cosméticas, entidade que atuamos como
vice-presidente.
As atividades da ABC, porém, não se restringem
aos treinamentos técnicos. Nossa atuação junto às
questões regulatórias dos cosméticos é muito próativa, contando com dois representantes oficiais
que participam das convocatórias de reuniões
da ANVISA, inclusive as reuniões do Grupo de
Trabalho SGT-11 para harmonização do Mercosul.
A ABC compila as manifestações dos associados
por meio de grupos de discussão e todo tema que for
pertinente ao setor é discutido para que estejamos
sempre atualizados com os mais recentes conceitos
mundiais, assim foi, por exemplo, com a questão
dos Cosméticos Orgânicos e Naturais, tema para o
qual a ABC abriu espaço para discussões a fim de
entendermos melhor sobre o conceito, que muitas
vezes é mal empregado e desafiava a eficiente e
atualizada legislação da ANVISA. Hoje em relação
a isto, temos um interessante e lógico caminho se
abrindo. Estes grupos de discussões jamais visam
um foco regulatório, mas sim fomentar a livre
colocação de opiniões e o material resultante deste
grupo estará sempre à disposição do setor cosmético.
A ABC também apresenta seu posicionamento de
entidade e de seus associados junto à ANVISA,
atendendo às publicações de Consultas Públicas,
sempre com embasamento técnico-científico.
No intuito de levar as novidades técnicas
e científicas aos técnicos que trabalham em
empresas sediadas em outros Estados, a ABC
mais uma vez inovou criando as “regionais” em
diferentes capitais do Brasil. Estes núcleos
têm como objetivo verificar as necessidades,
classificar as prioridades e solicitar à ABC o tipo
e/ou modalidade de evento que precisam, assim
como indicar os locais, as datas e carga horária
apropriados. A Associação se encarrega ainda da
formatação, diagramação e divulgação de cursos,
dando todo o apoio às regionais. Atualmente, a
ABC conta com representantes em Minas Gerais,
Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, no Nordeste e
Ribeirão Preto (SP).
Realizamos o Simpósio Internacional Temático;
Congresso Brasileiro de Cosmetologia; Dia do
Fornecedor; Prêmio Reconhecimento ABC e Jantar
A ABC é representante oficial do Brasil junto à IFSCC (International Federation of Societies of Cosmetic
Chemists) sociedade que congrega cerca de 35 entidades internacionais, além de representar o Brasil
junto à comunidade internacional científica da Cosmetologia, participando e promovendo atividades para o
aperfeiçoamento da integração mundial e troca de informações.
Em 2010, o Brasil passou a ocupar o 4° lugar no ranking da IFSCC colocando o país em posição de
destaque perante à comunidade científica internacional. Para compor o ranking são considerados o número de
associados de cada entidade membro e as respectivas contribuições científicas nos congressos da Federação.
A ABC também é a representante oficial do Brasil na FELASCC – Federação Latinoamericana de
Associações de Ciências Cosméticas – que congrega cerca de 10 entidades do setor na região, tendo o
associado e Presidente da gestão 2011-2013 Alberto Keidi Kureayashi como Vice-Presidente da FELASCC.
As indústrias e universidades do Brasil estão preocupadas com a qualidade técnica dos produtos e
processos e a ABC está cada vez mais empenhada em promover a cosmética nacional. Para isso, realiza
intensivamente cursos de aprimoramento para os profissionais do setor e incentivado os autores de trabalhos
para submeterem resumos nos eventos internacionais.
A ABC realiza regularmente conferências, palestras, workshops e cursos, além do tradicional Congresso
Brasileiro de Cosmetologia, que acontece simultaneamente a FCE Cosmetique - evento que abrange os setores
de matéria-prima, componentes, tecnologia e equipamentos de laboratório.
Informações extraídas do site da ABC.
Anual de Confraternização; e temos parcerias com
o Conselho Regional de Farmácia - São Paulo,
o Conselho Regional de Química – IV Região, a
Sociedade Brasileira de Profissionais de Pesquisa
Clínica, a Nürnberg Messe Brasil, a Revista
Cosmetics & Toiletries, o Congresso Científico
Internacional de Estética, a BeautyFair – Feira
Internacional de Cosméticos e a ABISA. E ainda
destacamos as parcerias com as Universidades.
Como uma das principais difusoras do
conhecimento no segmento, a ABC fomenta a
participação acadêmica em Congressos nacionais
e internacionais, com apresentações de trabalhos
técnicos e intercâmbio de palestrantes. Professores
e alunos de instituições como USP e USP/RP,
UNIARARAS,
UNIFESP,
UNIALFENAS,
UNAERP, UNIOESTE, Universidade Lusófona de
Portugal e Vrije Universiteit Brussel da Bélgica.
Revista Espuma - Quais as perspectivas para
o mercado brasileiro de cosmetologia?
Alberto Keidi Kurebayashi – O Brasil tem todos
os requisitos para ser uma potência neste segmento.
Como comentamos, além de uma tributação mais
justa, a necessidade de ter uma política clara
no acesso do patrimônio genético brasileiro,
segundo regras do governo, é fundamental para o
crescimento do mercado.
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Em Foco 1
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Revista Espuma - Julho/Agosto 2012
Revista Espuma - Julho/Agosto 2012
Co-Geração de Energia e Biomassa
Alternativas ao Consumo
M
uito se fala hoje em dia em alternativas
para otimizar o consumo de energia elétrica,
especialmente no universo brasileiro, onde a
indústria sofre fortemente com esse insumo de alto
preço, em sua cadeira produtiva.
O Brasil, com sua matriz energética predomi­
nantemente hidráulica conhece bem as dificuldades
resultantes da demanda em confronto com as
deficiências sistêmicas. Assim, as empresas privadas
estão voltando seus esforços a novos investimentos
em crescimento sustentável, com destaque para os
investimentos em projetos de energia eólica, biomassa,
pequenas centrais hidrelétricas e energia solar.
Tal cenário convida cada vez mais o consumidor
industrial a conhecer em profundidade o potencial
que existe na exploração das fontes renováveis, sendo
certa que nesta oportunidade, nosso olhar volta-se
para a co-geração de energia e biomassa, como forma
de aproveitamento eficaz e altamente sustentável.
Trata-se da produção simultânea e de forma
seqüenciada, de duas ou mais formas de energia
com um único combustível. A co-geração visa ao
aproveitamento desse material que seria perdido
para o ambiente.
A forma mais conhecida e usual é a produção de
energia térmica a partir do uso de gás natural e/ou
biomassa.
O aumento sustentado de demanda de energia
elétrica vem exigindo complementação da matriz
e diante disso surge uma tendência a favor dos
“sistemas de geração distribuída”, por meio do qual a
indústria, comércio e serviços, utilizam-se de fontes
de energia primária disponíveis, ou seja, biomassa e/
ou gás natural, para permitir a produção e o consumo,
administrando concomitante as suas necessidades
de energia, contando com padrão excelente de
eficiência energética e de custos otimizados.
Considerando que energia é um insumo básico à
qualquer empresa e tendo em conta os altos preços
praticados, além da baixa qualidade no fornecimento
e a insegurança por conta de riscos sistêmicos e
regulatórios, tudo isso motivou os empresários a
buscar novas alternativas e por certo, gerar a própria
energia é uma opção extremamente interessante e
bastante utilizada entre os usuários atualmente.
Conclui-se que a co-geração é uma ótima
ferramenta para solução do problema, porque além
de diminuir os custos da geração de energia, passa a
evitar os custos da transmissão.
Muitas vantagens são auferidas com os sistemas
de co-geração, posto que seja indiscutivelmente
ou internacional e há quem fale que a biomassa
é uma das mais importantes alternativas para
diversificação da matriz energética nacional, fato
que possibilitará menor dependência de geração a
partir de combustíveis fósseis.
A partir da biomassa é possível obter-se energia
elétrica e biocombutíveis, como biodiesel e o etanol,
sendo considerada atualmente como alternativa
energética de vanguarda, mesmo não tendo grande
expressão em termos de quantidade no contexto global.
A busca de soluções energéticas encontra amparo
no crescimento de alternativas ao desenvolvimento
sustentável e o território nacional é rico e oferece aos
consumidores essa gama de possibilidades, basta que
os mecanismos institucionais e regulatórios sejam
sustentáveis, por produzirem baixos níveis de emissão,
além da mitigação dos impactos já comentados.
Sabe-se que o sistema necessita de complementação
com fontes sustentáveis e portanto a biomassa
assume importante papel na produção de energia
e com grande potencial estimado de crescimento
para um futuro próximo, seja no mercado brasileiro
desenvolvidos permanentemente, para permitir que
as indústrias que investem na inovação contínua
possam obter a necessária reciprocidade.
UniAmerica Brasil
Divisão de energia
www.uniamerica.com.br
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Revista Espuma - Julho/Agosto 2012
Revista Espuma - Julho/Agosto 2012
Em Foco 2
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REFORMA TRIBUTÁRIA
VOLTA À AGENDA
Uma luz no fim do túnel surgiu com a possibilidade de
acordo entre os estados para mudanças no ICMS no
âmbito do próprio Confaz.
A
necessidade de uma reforma tributária é
quase uma unanimidade nacional. Na área federal,
a que mais pesa na carga tributária, certamente
é possível simplificar a estrutura de impostos e
contribuições, que incide sobre os mesmos fatos
geradores. Mas é a esfera estadual que concentra as
maiores dificuldades do sistema produtivo no que se
refere a tributos. É como se o país estivesse dividido
em 27 “nações”, cada qual com uma interpretação da
legislação que deveria ser comum a todas. Não deixa
de ser salutar que as unidades da federação tenham
políticas de atração de investimento. Na China,
embora governada por um regime centralizador,
existe hoje uma disputa entre as províncias, e o
país não se ressente dessa competição. É o que
poderia ocorrer também no Brasil, mas para isso
é preciso uma reforma que estabeleça novas regras
de convivência tributária entre os entes federativos.
A tentativa de se promover a reforma por meio
de um projeto do governo federal não avançou no
Congresso. Governadores se mostraram temerosos
diante das mudanças, ainda que a União se
dispusesse a compensar eventuais perdas durante
um período de transição. Como as bancadas
estaduais se mantiveram relutantes diante do
projeto, criou-se o impasse. A reforma poderia ter
sido feita em uma conjuntura de vacas gordas,
quando a arrecadação bateu sucessivos recordes
nas várias esferas de governo. Perdeu-se essa
oportunidade, pois a economia está sendo afetada
pela crise que atingiu os países mais desenvolvidos,
sem que haja perspectiva de solução no curto prazo.
Mas essa crise obriga a todos a olhar mais para o
futuro e nesse horizonte fica claro que a estrutura
tributária no Brasil é inadequada. Sendo um fator
de perda de competitividade, pode asfixiar a galinha
dos ovos de ouro, o contribuinte. Os governantes
também se vêem pressionados por decisões judiciais
que puseram em questão a atual estrutura. O STF
chegou a definir uma data para que se busquem
novos critérios para o Fundo de Participação dos
Estados e Municípios, além de uma redefinição dos
chamados incentivos fiscais. Nesse clima surgiu
uma luz no fim do túnel, com a possibilidade de os
estados chegarem a um acordo no âmbito do próprio
Confaz.
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Revista Espuma - Julho/Agosto 2012
Revista Espuma - Julho/Agosto 2012
Informe Técnico
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Cosméticos: Mais do que
uma questão estética
C
Por Marcello Bressan – Coordenador de Marketing da Norscent Fragrâncias
om faturamento de R$ 29,4 bilhões em 2011
segundo a Abihpec – Associação Brasileira da Indústria
de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos -, o setor
cresceu 7,9% em relação a 2010 no país e tem projeções
otimistas para este ano.
Observando os vários lançamentos para atender a um
público cada vez mais exigente e diversificado, podemos
enxergar com rapidez a importância das fragrâncias
na concepção dos produtos do setor de HPPC – Higiene
Pessoal, Perfumaria e Cosméticos-.
Uma fragrância diferenciada deve mascarar o cheiro
da base do produto, afinal certos ativos podem ser
desagradáveis ao nariz.
No entanto, sua maior contribuição, principalmente
para este setor, é de promover sensações e transmitir a
ideia de cuidado, conforto, bem-estar e limpeza.
Para exercer este papel, não basta “cheirar bem”. È
necessário um intenso trabalho criativo por parte dos
perfumistas e equipes de pesquisa e desenvolvimento, que
coletam dados acerca das expectativas do consumidor em
relação ao produto, como ele será utilizado, os ingredientes
que podem ou não ser utilizados e os demais custos
envolvidos, sem contar que a fragrância deve se integrar
quimicamente com a formulação do produto final.
Um dos exercícios que os chamados F.D.G.s –
Fragrance Development Group-, exercem é o constante
mapeamento olfativo do mercado.
Eles são responsáveis por identificar tendências
e trazerem referências de mercado, em conjunto com
especialistas de marketing e com os executivos de conta
que acompanham os clientes, para os perfumistas,
que irão criar as fragrâncias seguindo um briefing,
construído a partir das necessidades dos clientes e em
fase com as informações do mercado.
Em entrevista com o F.D.G. da Norscent Fragrâncias,
levantamos algumas características olfativas comuns
que demonstram a predominância de certas escolhas de
fragrâncias para itens de HPPC.
Em primeiro lugar, nota-se que “uma diferença que
notamos entre artigos de perfumaria e cosméticos é
que na perfumaria fina temos um destaque nas notas
de saída, enquanto nos cosméticos as notas de fundo,
responsáveis pela fixação, tem uma importância maior
na percepção geral do produto.” Afirma Thays Tanaka,
especialista em perfumaria do F.D.G. da Norscent.
“Geralmente nos produtos de cuidados para o
corpo, vemos combinações de notas frutais com traços
evidentes de perfumaria fina, já que este tipo de produto
é utilizado por uma parte maior do corpo e fica bastante
tempo na pele.” Diz Samuel Moraes, igualmente do
F.D.G. da empresa.
Os cuidados para cabelo, categoria na qual o Brasil
é um dos líderes mundiais no ranking de consumo,
observamos uma presença relevante de notas cítricas e
notas verdes, que geralmente são associadas a frescor
e limpeza e promovem saúde, bem-estar e vigor,
características muito ligadas a como a mulher brasileira
deseja se sentir em relação aos seus cabelos – saudável,
limpa, fresca e segura.
Já a categoria de desodorantes, responsável por
um faturamento de R$ 3,6 bilhões, tem o Brasil em
primeiro lugar no ranking mundial de consumo e possui
características específicas para o público masculino e
para o público feminino.
Os desodorantes masculinos podem conter perfis
olfativos bastante diversificados, uma vez que o homem
prioriza o uso do desodorante em sua limpeza diária,
logo o papel de protagonista exige maior elaboração e
melhor desempenho das fragrâncias para esta categoria,
na qual vemos notas como musk, cítricos, lavandas e
amadeiradas, geralmente acompanhadas de uma nota
talcada para transmitir a sensação de cuidado.
Já o público feminino tende a suavizar cada vez mais
as fragrâncias nos desodorantes, pois a mulher tende
a combinar hidratantes corporais, cremes capilares e
águas de banho ou perfumes.
A mulher brasileira gosta de se sentir cheirosa. Ela
associa essa sensação a status, segurança e bem-estar e
está disposta a investir nisso tanto quanto em cuidados
estéticos e artigos de moda.
Essa noção de feminilidade é traduzida nas
fragrâncias pela presença de notas florais, acompanhadas
de notas de talco para reforçar a sensação de cuidado.
Podemos deduzir a partir desses depoimentos que,
de um modo geral, o consumidor espera que os produtos
entreguem mais que uma solução para um problema
estético, como hidratação da pele, aumento no brilho dos
cabelos ou a prevenção da aparição de rugas.
Por isso, os fabricantes de artigos de HPPC devem estar
sempre atentos às rotas olfativas mais adequadas para
cada tipo de produto, contando com a expertise das casas de
perfumaria para garantir o sucesso de seus lançamentos.
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