Como Exportar - Belgica
Transcrição
Como Exportar - Belgica
Como Exportar Bélgica entre Como Exportar 1 Bélgica INTRODUÇÃO....................................................... 02 MAPA.................................................................... 03 DADOS BÁSICOS.................................................. 04. I - ASPECTOS GERAIS........................................... 05. 1. Geografia...................................................... 05. 2. População, centros urbanos e nível de vida........ 07 3. Transportes e comunicações............................. 09 4. Organização política e administrativa................. 10 5. Organização e acordos internacionais................ 14 . II – ECONOMIA, MOEDA E FINANÇAS................... 15 1. Conjuntura econômica..................................... 15. 2. Principais setores de atividade.......................... 15 3. Moeda e finanças............................................ 17 III – COMÉRCIO EXTERIOR GERAL DO PAÍS......... 22. 1. Evolução recente............................................ 22. 2. Direção......................................................... 22. 3. Composição................................................... 24 . IV – RELAÇÕES ECONÔMICAS BRASIL-BÉLGICA....... 26. 1. Intercâmbio comercial bilateral......................... 26 2. Balanço de pagamentos bilateral...................... 28. 3. Investimentos da Bélgica no Brasil.................... 29. 4. Principais acordos econômicos com o Brasil........ 29 V – ACESSO AO MERCADO.................................... 30. 1. Sistema tarifário............................................. 30 2. Regulamentações de importação....................... 33 3. Documentação e formalidades.......................... 40 4. Regimes especiais.......................................... 41 VI – ESTRUTURA DE COMERCIALIZAÇÃO.............. 43. 1. Canais de distribuição..................................... 43 2. Promoção de vendas....................................... 44 3. Práticas comerciais......................................... 44 VII – RECOMENDAÇÕES ÀS EMPRESAS BRASILEIRAS...47 ANEXOS................................................................ 49 I – ENDEREÇOS...................................................... 49 II – FRETES E COMUNICAÇÕES COM O BRASIL........... 55 III – INFORMACÕES SOBRE SGP............................... 57 IV – INFORMAÇÕES PRÁTICAS.................................. 58 BIBLIOGRAFIA..................................................... 60 CRÉDITOS SUMÁRIO SUMÁRIO Sumário Como Exportar Bélgica A Bélgica é um país situado no coração da Europa e foi constituído em 1830. Sua posição geográfica estratégica e a presença de vários portos importantes, incluindo o Porto da Antuérpia, o segundo maior da Europa, faz da Bélgica um país com vocação ao comércio exterior. Do ponto de vista histórico, nos anos seguintes à Segunda Guerra Mundial, e em grande parte inspirado pelo desejo de ver um fim às guerras recorrentes entre seus vizinhos, que foram muitas vezes combatidos em seu solo, a Bélgica tornou-se um dos pioneiros na unificação europeia. Em 1948, a Bélgica, os Países Baixos e o Luxemburgo formam o Benelux, abolindo barreiras alfandegárias entre os três países. Bruxelas, capital do país, é a sede da maioria das instituições européias. Desde 1967, a capital belga abriga igualmente a sede da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), da qual a Bélgica é um membro fundador e para a qual contribuiu a maior parte de sua força militar durante a Guerra Fria. Atualmente na Bélgica, há três idiomas oficiais: o holandês (ou neerlandês), o francês e o alemão. Dois importantes grupos de população vivem lado a lado: a comunidade flamenga, falando holandês, vive no norte do país, em Flandres e a comunidade francesa, falando francês, vive no sul do país, na Valônia. Em Bruxelas fala-se tanto holandês como francês, sendo este último majoritário. Existe igualmente uma comunidade de expressão germânica, que vive a leste da província de Liège, composta dos antigos cantões d´Eupen e de Saint-Vith, anexados à Bélgica ao cantão Valón de Malmedy, em 1919 (Tratado de Versailles). Existem, pois, na Bélgica quatro regiões lingüísticas: 3 regiões unilíngües (flamenga, francófona e germânica) às quais se juntam a região bilíngüe de Bruxelas-Capital. Sumário A Bélgica, ao lado da Alemanha, da Dinamarca e da República Tcheca, é também um país da cerveja. Seus habitantes adultos bebem em média 150 litros por ano. Há 50 mil pontos de venda da bebida - um para cada 200 habitantes. Como já mencionado, devido à sua posição geográfica e à presença de vários portos importantes e de uma excelente rede de infra-estrutura, a Bélgica é um excelente ponto de entrada para as mercadorias brasileiras na Europa. No lado político, entretanto, a Bélgica vive uma situação difícil. Sem governo há mais de 250 dias - igualando o recorde mundial em poder do Iraque, os sete partidos belgas tentam formar um gabinete de governo estável desde as eleições antecipadas de 13 de junho de 2010. Enquanto não há um novo governo, Yves Leterme continua como primeiro-ministro em exercício. No centro das discussões está a proposta de reforma do sistema federalista da Bélgica, que daria mais autonomia para cada uma de suas regiões – Flandres, no norte; Valônia, no sul; e a capital, Bruxelas. Do ponto de vista econômico, o PIB alcançou 344,1 bilhões de euros em 2008 e teve seu crescimento reduzido na linha do afrouxamento global. A Bélgica tem um rendimento elevado, com um Rendimento Nacional Bruto (RNB) per capita de US$ 40.710 em 2007, segundo dados do Banco Mundial. INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO 2 Como Exportar Bélgica 3 Sumário MAPA MAPA Como Exportar 4 Bélgica DADOS BÁSICOS Sumário Crescimento real do PIB (%): Bélgica Área: Superfície: 30.528 km² 2007 2008 2009 2010 2,9 1,0 -2,8 2,0 Fonte: Eurostat População: 10.839.9051 PIB “per capita” em €: Densidade demográfica: 355 hab/km² População economicamente ativa: 7.125.503 (em números absolutos)2 Bélgica 2009 2010 11.800 11.600 11.500 11.600 Comércio exterior (2010) 7: Exportações: 310,9 bilhões de euros Importações: 294,5 bilhões de euros Idiomas: Holandês3 (em Flandres e Bruxelas), francês (na Valônia e Bruxelas) e alemão. €0.718 (taxa de câmbio 1.390) Fonte: Eurostat PIB (preços correntes): US$ 505,6 bilhões5 (2008) Origem do PIB 6: Agropecuária: 0,7% Indústria: 21,7 % Serviços: 77,6 % 1 Fonte : Service Public Fédéral (SPF) Economie, P.M.E., Classes moyennes et Energie 2 Fonte Statbel 3 Também denominado neerlandês 4 Média de 2009. Banco Central Europeu 5 Economist Intelligent Unit, Country Report August 2009 6 Fonte : Banco Mundial 7 8 Fonte : UNCTAD/ITC/Trademap Fonte:UNCTAD/ITC/Trademap DADOS BÁSICOS Intercâmbio comercial bilateral (2010) 8: Exportações brasileiras: 2,6 bilhões de euros Importações brasileiras: 1,1 bilhão de euros Moeda: Euro US$1.00 2008 Fonte: Eurostat Principais cidades: Bruxelas, Antuérpia, Gand, Leuven, Namur, Liège Cotação: Países da Eurozona4 2007 Como Exportar Bélgica I – ASPECTOS GERAIS 5 Sumário 2. População, centros urbanos e nível de vida População Distâncias As distâncias entre a capital Bruxelas e as principais cidades da Bélgica: Namur: 63 km Liège: 95 km Arlon: 197 km Charleroi: 61 km Antuérpia: 46 km Gand: 57 km Clima A Bélgica possui um clima temperado, e por isso, em geral possui um verão com temperaturas pouco elevadas e úmido e um inverno não muito severo, porém chuvoso. A média da temperatura na Bélgica no ano 2009 foi de 11°C, sendo que a média da temperatura máxima foi de 15°C e a mínima 7,1° C 9. As temperaturas médias por estação são as seguintes: •5,5°C no inverno; •12,7°C na primavera; •24°C no verão e •12,7°C no outono Vale mencionar que a Bélgica é um país com chuvas frequentes. Em média há 200 dias de chuvas na Bélgica, sendo que janeiro é o mês em que há maior número de dias chuvosos (15 a 20 dias, em média). Normalmente é registrada uma média entre 8 a 25 dias de chuvas por mês na Bélgica. 9 Fonte: Institut Royal de Météorologie A Bélgica tem uma população de pouco mais de 10 milhões de habitantes; a densidade populacional média é de 355 habitantes/km². Embora esta densidade seja uma das mais elevadas da Europa, a sua distribuição é variada: a região arborizada das Ardenas tem uma média de 50 habitantes por km², ao passo que na região da capital, Bruxelas, vive mais de 10% da população total do país. Dos 905.000 estrangeiros residentes na Bélgica, a maior parte é originária dos outros países da União Europeia, sendo 23% oriundos da Itália. A língua oficial da região flamenga, que corresponde à metade norte do país, é o holandês; na região da Valônia, situada ao sul, a língua oficial é o francês; na região de Bruxelas, o francês e o holandês são línguas oficiais, embora os francófonos sejam majoritários; na parte leste das províncias de Liége e de Luxemburgo, reside uma minoria falante da língua alemã. As três línguas têm estatuto de línguas oficiais, sendo o holandês falado por cerca de 57% da população e o francês por cerca de 42%. ASPECTOS GERAIS 1. Geografia Como Exportar 6 Bélgica Sumário Centros urbanos Cidade/ Província 1 Homens Mulheres Total Antuérpia/Antuérpia 245.867 250.469 496.336 Bruxelas/ Bruxelas Capital 84.122 81.081 165.203 Louvain/ Brabant Flamand 48.463 48.920 97.383 Wavre/ Brabant Wallon 15.928 17.181 33.109 Bruges/ Flandres Ocidental 56.957 60.267 117.224 Gand/ Flandres Oriental 122.212 125.674 247.886 Mons/ Hainaut 44.316 48.022 92.338 Liège/ Liège 96.208 99.225 195.433 Hasselt/ Limbourg 36.216 37.679 73.895 Arlon/ Luxembourg 13.894 14.043 27.937 Namur/ Namur 52.946 57.092 110.038 1 Habitantes inscritos em 1° de janeiro de 2010, segundo o Registro Nacional. Evolução recente e previsões para os próximos cinco anos (população total) 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 10.584.534 10.655.423 10.730.029 10.807.396 10.886.032 10.965.473 11.044.878 11.123.330 11.199.756 Principais indicadores socioeconômicos Distribuição da renda: 2007 (€) 2008 (€) Bélgica Bruxelas Flandres Valônia Bélgica Bruxelas Flandres Valônia Mulher 2.577 2.998 2.478 2.406 2.682 3.108 2.568 2.546 Homem 2.918 3.381 2.891 2.679 3.022 3.509 2.981 2.791 Total 2.837 3.263 2.796 2.624 2.936 3.381 2.879 2.738 ASPECTOS GERAIS Composição da População por Sexo Como Exportar 7 Bélgica •1.452,80 euros para os trabalhadores com mais de 21 anos, com 6 meses de experiência,; •1.469,48 euros para os trabalhadores com mais de 22 anos, com 12 meses de experiência. Maternal Bruxelas- 40.430 Capital Primário Secundário Superior profissionalizante 69.262 75.418 27.903 292.896 54.98 368.314 82.901 Valônia 135.967 250.175 Flandres 1.014 Total 177.411 321.355 1.918 Fonte : http://www.statistiques.cfwb.be/publicationsDetails.php - Outros indicadores Taxa de equipamento em tecnologia da informação e comunicação por 100 habitantes 2009 Número de assinatura telefônicas 156,6% Número de linhas principais 40,0% Número de assinaturas de telephones celulares 116,7% Número de usuários de internet 76,2% Número de computadores 41,7% Consumo de energia elétrica 4311 kWh por família Fonte : Union internationale des télécommunications (statistiques TIC), últimos dados disponíveis Université catholique de Louvain - Taxa de alfabetização (a nível nacional, dado atualizado): A taxa de alfabetização na Bélgica é de 99%10 . - População estudantil (primário, secundário e universitário) Segundo a Unicef, a taxa de escolarização primária na Bélgica em 2008 foi de 97%11 . 10 http://www.indexmundi.com/g/r.aspx?v=39&l=fr 11 Donnée disponible sur le site internet de l’Unicef: http://www. unicef.org/french/infobycountry/belgium_statistics.html Com relação ao estudo de nível superior, em 2008 existiam na Bélgica 401.652 estudantes universitários. 3. Transportes e comunicações Transportes e infraestrutura Com três dos maiores portos da Europa, três aeroportos internacionais, uma excelente malha de transporte fluvial e ferroviário, a Bélgica se torna cada vez mais a melhor opção para o exportador brasileiro entrar no mercado europeu. Segue abaixo um resumo da rede transportes belga. a) Rede rodoviária O sistema rodoviário belga é dos mais modernos da Europa. Cada quilômetro de estrada é iluminado, livre de pedágio e, quanto aos congestionamentos de tráfego, é significativamente melhor se comparado a outros eixos rodoviários europeus. Sete vias expressas fazem ligação com os sistemas rodoviários franceses, alemães e holandeses. A proximidade do Eurotúnel, que liga o continente ao Reino Unido, é outra vantagem importante. Os operadores belgas de transporte rodoviário respondem por 20% de todo o tráfego rodoviário interno da União Europeia. ASPECTOS GERAIS anos; O salário mínimo na Bélgica é atualmente de: •1.415,23 euros para os trabalhadores com mais de 21 Sumário Como Exportar Bélgica Rodovias Estradas regionais Estradas municipais Bruxelas 11.3 320 0 Região de Flandres 883 5567 635 Região da Valônia 869 6873 714 Total 1763.3 12 760 1349 Em 2009, existiam na Bélgica 6.574.789 veículos, sendo 6.547.789 automóveis e 403.940 motos13 . b) Rede ferroviária A rede ferroviária belga apresenta um dos mais altos graus de concentração do mundo, oferecendo transporte fácil a todos os centros industriais e comerciais localizados desde a Escandinávia até a Turquia. A Bélgica conta com uma excelente rede ferroviária, cuja extensão é 3.536 km14. O transporte ferroviário é administrado pela Société Nationale des Chemins de Fer Belge (SNCB-NMBS) 15 . Devido à sua posição geográfica central, existem diversas conexões ferroviárias entre Bruxelas e as principais capitais europeias, incluindo a existência de linhas de alta velocidade ligando a capital belga a Londres, Paris, Amsterdam e Genebra. Em virtude da existência de grandes portos na Bélgica, incluindo um dos principais portos da Europa, existe um importante volume de transporte ferroviário de mercadorias, 12 www.mobilit.fgov.be/data/mobil/broroutf.pdf 13 Donnée issue de la brochure “Les Belges et leur voiture” disponible sur le site internet du SPF Economie, P.M .E., Classes moyennes et Energie : http://statbel.fgov.be/fr/modules/pressrelease/statistiques/circulation_et_transport/les_belges_et_leurs_voitures_2010. jsp 14 Dados de 2006 15 Site internet officiel de la SNCB: http://www.b-rail.be/main/F/ Sumário também administrado pela SNCB. c) Rede de hidrovias A Bélgica constitue um dos principais axes de navigação fluvial da Europa, com mais de 1.500 km de vias navegáveis. Os rios principais são o Mosa, Escalda e Yser, que nascem na França e são navegáveis na sua passagem pela Bélgica. d) Principais portos belgas A Bélgica possui quatro portos de mar e uma escala de portos inland. Os principais portos da Bélgica são os portos de Antuérpia, Gand, Oostende e Zeebrugge. Existem também outros portos de menor importância, como os de Bruxelas e Liège. Porto de Antuérpia16 O Porto de Antuérpia situa-se no delta dos rios Escalda, Mosa e Reno, na Europa Ocidental. O Porto de Antuérpia é o segundo porto da Europa e o quarto mundial. No ano de 2009, o Porto de Anutérpia tratou 157,8 milhões de toneladas de mercadoria17 . Em 2010, o porto de Antuérpia cresceu a dois dígitos - tratou cerca de 178 milhões de toneladas de mercadorias, um aumento de 13% em comparação com as toneladas movimentados em 2009. O Porto de Antuérpia é o segundo porto europeu, ficando atrás apenas do porto holandês de Roterdam. O Brasil é o principal parceiro do porto belga, situado na América do Sul, com seis milhões de toneladas de mercadorias importadas e exportadas anualmente. Entre os principais produtos exportados no ano passado pelo Brasil através do complexo de Antuérpia, destacam-se a celulose e papel, aço, alumínio e granito. 16 Site internet du Port d’Anvers: http://www.portofantwerp. com/ 17 http://www.portofantwerp.com/portal/page/portal/POA_EN/ Focus%20op%20de%20haven/Een%20wereldhaven ASPECTOS GERAIS Em 1° de janeiro de 2009, a extensão da rede rodoviária belga, em quilômetros, era12: 8 Como Exportar 9 Bélgica Segue abaixo um gráfico exemplificativo do tipo de mercadoria comercializada a granel no Porto de Antuérpia no ano de 2010. Sumário mercadoria comercializada em geral no Porto de Gand no ano de 2010. Mercadorias a granel 2010: 60.775,230 toneladas Produtos agrícolas 8% 2% Produtos alimentares e alimentos de gados Petróleo 3% 8% 8% 9% Produtos químicos 8% Minérios Carvão 40% 5% 18% Combustíveis minerais sólidos Produtos derivados do petróleo Cereais Fertilizantes Areia e cascalho Diversos 2% 11% 5% Produtos petrolíferos 13% Minérios e resíduos metálicos 4% 16% 6% 22% 12% Minerais brutos e equipamento de construção Fertilizantes Veículos, máquinas e produtos diversos Outros Porto de Gand18 O Porto de Gand, ligado ao Mar do Norte através do Escalda Ocidental pelo canal marítimo artificial Gent-Terneuzen e pelo complexo de eclusas de Terneuzen, ocupa uma superfície de 32km². Ele pode acomodar embarcações de até 80.000 toneladas brutas e é especializado no manejo de carga a granel que inclui cereais, fertilizantes, produtos químicos, alimentos, materiais de construção. A autoridade portuária investiu pesadamente na infra-estrutura, como armazenagem refrigerada especial (-25°C) e instalações para estocagem e distribuição de sucos de frutas concentrados. O tráfico anual no porto de Gand é de 42 milhões de toneladas, das quais 25 milhões representam transporte internacional, e 17 milhões, de navegação interior. Segue abaixo um gráfico exemplificativo do tipo de 18 Site internet du Port de Gand: http://www.portofghent.be/ Porto de Zeebrugge Zeebrugge, com acesso através de eclusa livre e ancoradouros, é um dos portos de containers mais modernos da Europa e também o Terminal da Eurogás. O porto externo é especializado em operações de roll-on-roll-off e transporte por containers, ao passo que o porto interno dispõe de terminais para cargas a granel secas e cargas convencionais. Ele pode receber embarcações de até 150.000 toneladas e oferece conexões com outros 392 portos, localizados em 102 países. Zeebrugge lidera o atendimento ao setor automobilístico, com o volume médio de 1.500.000 veículos embarcados por ano. ASPECTOS GERAIS Produtos químicos Como Exportar Bélgica Reunindo cerca de 300 empresas, que empregam 12.000 trabalhadores, o Porto de Bruxelas representa um centro de primordial importância, em função das 18 milhões de toneladas de produtos que transitam anualmente por ele, transportadas por mar, rios, ferrovias ou rodovias. Ligado ao rio Escalda e ao Mar do Norte por 36 km de canais marítimos e permitindo o acesso 24 horas por dia, nos 365 dias do ano, a embarcações marítimas, barcaças e comboios de até 4.500 toneladas, o Porto de Bruxelas e sua zona industrial oferecem todas as funções ligadas ao transporte, manejo, armazenagem e administração de estocagem. Porto de Liège19 Primeiro porto interior belga e terceiro porto fluvial Terceiro porto interior da Europa, o Porto de Liège é uma das metas do plano de retomada do desenvolvimento econômico da região. Sua capacidade de tonelagem aumentou durante os últimos dez anos. Em 2003, o movimento portuário foi superior a 14 milhões de toneladas, com 9.500 embarcações de 1.500 toneladas de capacidade individual média. Dotado de uma área complementar de 900.000 m², a administração portuária planeja sua ampliação. Porto de Ostende20 O porto de Ostende é o menor dos quatro portos situados na região de Flandres. Em 2007, o tráfego deste porto ultrapassou os 7,5 milhões de toneladas21 . (principal), Oostende, Charleroi, Liège-Bierset e Deurne. Devido a pouca extensão territorial, não existem vôos domésticos na Bélgica, portanto, os voos que operam nos aeroportos belgas são com outras cidades europeias ou intercontinentais. Atualmente não existem voos de passageiros diretos da Bélgica ao Brasil. Contudo, é possível fazer conexão em quase todas as capitais europeias, sendo mais comum ir ao Brasil via Paris, Londres, Frankfurt, Amsterdam, Madrid ou Lisboa. 22 Comunicações O setor de comunicações é bastante desenvolvido na Bélgica, principalmente no que diz respeito à telefonia (móvel e fixa) e aos correios. A qualidade de conexão de internet é bem elevada e existem várias áreas cuja conexão sem fio está disponível. Seguindo à maioria dos países europeus, a Bélgica utiliza o padrão GSM para telefonia móvel. O padrão Blackberry também está disponível. O código do país é 32, e os códigos das cidades já estão incorporados ao número do assinante da linha telefônica. Para fazer uma ligação internacional da Bélgica, é necessário apenas discar 00, o código do país, código da cidade (se houver), mais o número do assinante. O preço de ligações (horários e tarifas) realizadas para Bélgica pode ser consultado no site da Anatel – Agência Nacional de Telecomunicações. http://sistemas.anatel.gov.br/SIPT/Atualizacao/N_ ConsultaTarifas/Tela.asp?SISQSmodulo=9748&LDN=false e) Aeroportos 4. Organização política e administrativa A Bélgica dispõe de cinco aeroportos: Bruxelles-Zaventem 19 20 21 tend/ http://www.portdeliege.be/ http://www.portofoostende.be/agho/index.htm http://www.investinflanders.com/fr/infrastructure/ports/os- Sumário Organização política 22 http://www.brusselsairport.be/fr/ ASPECTOS GERAIS Porto de Bruxelas 10 Como Exportar Bélgica Organização administrativa As três Regiões (Bruxelas-Capital, Flandres e Valônia) e as três Comunidades (flamenga, francesa e germanófona) possuem as respectivas assembleias legislativas, denominadas Conselhos, eleitas por sufrágio direto, e um executivo. A Região e a Comunidade Flamengas efetuaram a fusão das suas instituições e constituem atualmente uma só entidade com um Conselho e um executivo únicos. Vale mencionar que a “commune” é uma unidade de organização territorial da Bélgica equivalente aos municípios em outros países. Desde que a Bélgica se tornou um Estado federal, e pelo fato de que são as suas Entidades federais que principalmente exercem a tutela sobre as “communes”, deve-se considerar que a “commune” é também uma subdivisão da Região da Valônia, da Região de Flandres, e da Região de Bruxelas-Capital. Ministérios e órgãos principais Sumário Serviço Público Federal (SPF) SPF Chancellerie Du Premier Ministre (Gabinete do Primeiro Ministro) SPF Personnel et organisation (Recursos Humanos e organização) SPF Budget et contrôle de la gestion (Orçamento e contrôle de gestão) SPF Technologie de l’information et de la communication (Tecnologia da informação e comunicação) SPF Affaires Etrangères, Commerce extérieur et Coopération au développement (Assuntos Estrangeiros, Comércio Exterior e Cooperação ao Desenvolvimento) SPF Intérieur (Interior) SPF Finances (Finanças) SPF Mobilité et Transports (Mobilidade e transportes) SPF Emploi, Travail et Concertation sociale (Emprego, trabalho e concertação social) SPF Sécurité Sociale (Segurança social) ASPECTOS GERAIS O Reino da Bélgica, uma monarquia parlamentar, é um Estado federal constituído por regiões e comunidades. Em nível federal, o poder legislativo é exercido coletivamente pelo Rei, pela Câmara dos Representantes e pelo Senado. Nos termos da revisão constitucional de 1993, o número de deputados foi reduzido para 150, e o de senadores, para 71 (há senadores eleitos, nomeados pelos conselhos das comunidades e cooptados pelos outros senadores). Os senadores e os deputados deixaram de poder acumular as suas funções com as de membro de um conselho regional ou de uma das comunidades. O poder executivo é exercido pelo Rei e pelos ministros. O Rei tem o poder de dissolver o Parlamento Federal. Esta instituição pode obrigar o Governo federal a demitir-se se da Câmara dos Representantes e aprovar uma moção de censura e propuser, simultaneamente, um novo Primeiro-Ministro ao Rei. 11 Como Exportar Bélgica 12 Sumário SPF Santé Publique, Sécurité de la Chaîne Alimentaire et Environnement (Saúde Pública, Segurança da cadeia-alimentar e meio ambiente) Direction générale opérationnelle de l’Agriculture, des Ressources naturelles et de l’Environnement Direção Geral operacional de Agricultura, recursos naturais e do meio ambiente SPF Justice (Justiça) Direction générale opérationnelle de l’Aménagement du territoire, du Logement, du Patrimoine et de l’Energie Direção geral operacional de gestão do território, da habitação, do patrimônio e da energia Ministère de la Défense Ministro da Defesa Ministérios da Região da Valônia Secrétariat général Secretariado Geral Direction générale transversale du Personnel et des Affaires générales Direção Geral de Recursos Humanos e Assuntos Gerais Direction générale transversale du Budget, de la Logistique et des TIC Direção Geral de Orçamento, Logística e TIC Direction générale opérationnelle des Routes et des Bâtiments Direção geral operacional de rodovias e edifícios Direction générale opérationnelle de la Mobilité et des Voies hydrauliques Direção geral operacional da mobilidade e das vias hidraulicas Direction générale opérationnelle des Pouvoirs locaux, de l’Actions sociale et de la Santé Direção geral operacional dos poderes locais, da ação social e da saúde Direction générale opérationnelle de l’Economie, de l’Emploi et de la Recherche Direção geral operacional de Economia, Emprego e Pesquisa Direction générale opérationnelle de la Fiscalité Direção geral operacional de Fiscalidade Ministérios da Região e da Comunidade Flamenga Departement Coördinatie (COO) Departamento de Coordenação Departement Algemene Zaken en Financiën (AZF) Departamento de Assuntos Gerais e Finanças Departement Wetenschap, Innovatie en Media (WIM) Departamento de Ciência, Inovação e Mídia Departement Onderwijs (OND) Departamento de Educação ASPECTOS GERAIS SPF Economie, PME, Classes moyennes et Energie (Economia, PME e Energía) Como Exportar Bélgica Departement Economie, Werkgelegenheid, Binnenlandse Aangelegenheden en Landbouw (EWBL) Departamento de Economia, Emprego, Assuntos Internos e Agricultura Departement Leefmilieu en Infrastructuur (LIN) Departamento de Meio-ambiente e Infraestrutura Região de Bruxelas-Capital O Ministério da Região de Bruxelas-Capital está dividida em seis administrações distintas: Secrétariat Général Secretariado Geral Comunidade Francesa - Bélgica O ministério da comunidade francesa da Bélgica está dividida em seis entidades distintas: Secrétariat Général Secretariado Geral Administration générale de l’Infrastructure (AGI) Administração Geral da Infraestrutura Administration générale de l’Aide à la Jeunesse, de la Santé et du Sport (AGAJSS) Administração Geral da Ajuda à Juventude, à Saúde e ao Esporte Administration générale des Personnels de l’Enseignement (AGPE) Administração Geral dos Funcionários de Ensino Administration des Pouvoirs Locaux Administração dos Poderes Locais Administration générale de l’Enseignement et de la Recherche Scientifique (AGERS) Administração Geral de Ensino e Pesquisa Científica Administration des Finances et du Budget Administração de Finanças e Orçamento Administration générale de la Culture (AGC) Administração Geral de Cultura Bruxelles Mobilité Bruxelas Mobilidade Administration de l’Aménagement du Territoire et du Logement Administração da Gestão do Território e da Habitação Administration de l’Economie et de l’Emploi Administração da Economia e do Emprego Sumário ASPECTOS GERAIS Departement Welzijn, Volksgezondheid en Cultuur (WVC) Departamento do Bem-estar, da Saúde Pública e da Cultura 13 Como Exportar Bélgica 14 Sumário Comunidade Germanofônica O Ministério da Comunidade Germanofônica está dividido em três departamentos: Abteilung Allgemeine Dienste Departamento de Serviços Gerais Abteilung für kulturelle und soziale Angelegenheiten Departamento de assuntos culturais e sociais Abteilung für Unterricht und Ausbildung Departamento de Ensino e Formação A Bélgica é membro, dentre outras, das seguintes organizações internacionais: •União Europeia •OTAN •ONU •OCDE •OMC •Conselho da Europa •FMI ASPECTOS GERAIS 5. Organizações e acordos internacionais Como Exportar 15 Bélgica 1. Conjuntura econômica A Bélgica, como o restante dos países da União Europeia, está sofrendo con crise financeira iniciada em 2008. O setor financeiro se viu primordialmente afetado pela crise que ocasionou a venda de seu principal banco, Banque Fortis, ao grupo francês BNP Paribas. Durante o segundo semestre de 2010, o PIB belga a caído uma média de 0,3%. O déficit belga para o ano de 2010 é de 4,6% do PIB, isto é, 0,2% a mais do solicitado pelo pacto de estabilidade e crescimento firmado pelos países da União Europeia1. O Bureau Fédéral du Plan, estima que em 2011 o crescimento do PIB será de 1,7%.2 Indicadores macroeconômicos: Fortemente afetada pela crise financeira, a Bélgica sofreu uma contração no seu PIB de 3% em 2009, segundo o relatório anual do BNB (Banco Nacional da Bélgica), que destacou que a economia do país vai precisar de vários anos para uma recuperação completa. Taxa de crescimento real do PIB Bélgica 2007 2008 2009 2010 2,9 1,0 -2,8 2,0 Fonte: Eurostat No que diz respeito à taxa de desemprego, a Bélgica se situa dentro da média europeia, com uma taxa de desemprego com relação aos últimos seis meses de 2010 de mais de 8%. Taxa de desemprego (%) Bélgica Dez 2009 Junho 2010 Julho 2010 Agosto 2010 Set 2010 Out Nov 2010 2010 8,2 8,5 8,5 8,5 8,4 8,3 8,3 Fonte: Eurostat Taxa de inflação (preço ao consumidor) 2006 2007 2008 2009 2010 2,3 1,8 4,5 0,0 2,3 Bélgica Fonte: Eurostat 2. Principais setores de atividade 1 O Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC) constitui o enquadramento regulamentar para a coordenação das políticas orçamentais nacionais na União Econômica e Monetária (UEM). O PEC foi estabelecido com o objetivo de salvaguardar a solidez das finanças públicas, indispensável ao bom funcionamento da UEM, e comporta uma vertente preventiva e uma vertente dissuasora. 2 Comunicado de Imprensa do Bureau Fédéral du Plan, 15 de setembro de 2010: http://www.plan.be/press/press_det.php?lang=fr &TM=34&IS=67&KeyPub=988. O setor de serviços é, com diferença, o setor mais desenvolvido e de grande importânica na Bélgica. Em 2008, o volume de negócios do setor primário representava apenas 0,7% do PIB, enquanto que a indústria representava 20,7% e o setor de serviços 67,9% do PIB nacional. Agricultura A agricultura representa apenas menos de 1 % da riqueza ECONOMIA, MOEDA E FINANÇAS II – ECONOMIA, MOEDA E FINANÇAS Sumário Como Exportar da Bélgica e emprega 3% dos trabalhadores belgas. As principais regiões agrícolas da Bélgica são a Valônia e a região de Flandres. Flandres associa uma planície arenosa a pólderes conquistados ao mar. A região orientou-se mais para a produção industrial, a cultura de estufa e a horticultura. Os planaltos do centro estão consagrados à cultura de trigo, de cevada, de batata e de beterraba sacarina. As Ardenas arborizadas têm algumas clareiras que são utilizadas para produção animal, nomeadamente de bovinos. A zona este da Bélgica (Limbourg, planalto de Herve) é uma região consagrada principalmente à produção de leite. Valônia Em 2008, a Valônia tinha 15.500 explorações agrícolas, representando uma superfície total de 749.852 hectares (45% do território da Valônia), sendo as principais culturas a forragem (57,3%), o cereal (25.2%) e a batata (3,4%). Região de Flandres3 Em 2009, o número de explorações agrícolas em Flandres foi de 29.394, representando uma superfície de 620.161,37 hectares. A produção flamenga de cereal foi, em 2009, de 1.205.489 toneladas e a produção de batatas, de 1.898.403 toneladas. - Mineração: A mineração, principalmente relacionada com as minas de carvão, foi durante os dois últimos séculos, um dos grandes motores da economia belga, primordiamente da região da Valônia. Contudo, as minas de carvão foram fechadas entre 1960 e 1986. - Indústria: 3 Fonte : www.vlaanderen.be/landbouw Sumário A Bélgica é um dos países mais industrializados da Europa. Historicamente o carvão foi o principal recurso do país, mas atualmente suas reservas se esgotaram e a produção caiu a partir de 1980, fazendo com que muitas minas se fechassem. A Bélgica está entre os maiores produtores de ferro e de aço. A indústria pesada baseia-se na produção de aço, carvão, produtos químicos e petróleo, enquanto que a indústria têxtil, que data da Idade Média, produz algodão, lã, linho, e tecidos sintéticos; e sua indústria química é líder mundial, com um volume de negócios da ordem de 45,2 bilhões de euros em 2009. Outras indústrias importantes são a naval e a de construção de equipamentos ferroviários. A lapidação de diamantes é uma das mais importantes do mundo. A indústria do vidro é também muito importante na Bélgica, com a maior fabricação de espelhos mundial localizada em Zeebrugge. Outro bom exemplo da importância deste segmento na Bélgica é o fato de que na Europa um em cada cinco carros é equipado com vidro produzido em território belga. A produção de vidro na Bélgica em 2008 foi de 908.000 toneladas, representando um volume de negócios de 2687 milhões de euros4 . A indústria agroalimentar também é um importante setor de ativitidade. Com um volume de negócios de 40,4 bilhões de euros em 2008 é o segundo setor mais importante na Bélgica. A produção de cerveja é uma tradição belga e representa uma boa parte do volume de negócios da indústria agroalimentar. É necessário ressaltar também a importância da indústria siderúrgica, com a presença na Bélgica da líder mundial, Arcelor Mittal. O volume de negócios da indústria metalúrgica em 2009 foi de 5300 milhões de euros5. A indústria aeronáutica é igualmente importante, sendo a empresa belga SONACA fornecedora de grandes fabricantes de aviões como Airbus, Embraer e Dessault. A indústria de mineração de pedras também é muito importante na Bélgica com um volume de negócios de 580 milhões de euros em 2009 e uma produção de 65 milhões de 4 5 Fonte : Fédération de l’Industrie du Verre. http://www.steelbel.be/FR/contact.htm ECONOMIA, MOEDA E FINANÇAS Bélgica 16 Como Exportar 17 Bélgica - Energia: A produção de energia na Bélgica está concentrada principalmente à produção de energia nuclear e, em menor escala, à produção de energia renovável. Mais de 90% da energia produzida na Bélgica é nuclear. No que diz respeito à energia renovável, a Bélgica conta com diversos parques eólicos, tanto no norte como no sul do país, e em sua costa marítima. Em 2006, 3,9% da energia produzido na Bélgica foi de energia eólica. - Outros: O setor do turismo não é um dos principais setores da economia belga. Contudo, em virtude de sua posição geográfica no coração da Europa e de sua boa gastronomia, cidades como Bruxelas, Bruges e Antuérpia sempre atraem um bom número de turistas. Em 2009 a Bélgica recebeu o 4.131.000 de turistas, um número um pouco inferior ao de 4.140.0007 registrado em 2008. Por outro lado, também devido a sua posição geográfica privilegiada, que possibilita uma conexão rápida com o Reino Unido e todos os países localizados no coração da Europa o setor de serviços de logística na Bélgica é bastante desenvolvido. Em realidade, a Bélgica se encontra no coração do que coloquialmente se denomina “banana logistíca”, que compreende a zona que vai de Birmingham ao Reino Unido e termina na Espanha (Barcelona, Zaragoza e Madri), passando por Roterdam nos Países Baixos, Frankfurt na Alemanha, Antuérpia e Bruxelas na Bélgica, Luxemburgo, Norte da França, Paris e Marselha, incluindo também Turin e Milão. Vale dizer que todas estas cidades são consideradas como importantes centros de distribuição na Europa. O comércio de diamante ocupa um papel muito importante 6 Fonte : « Carrière, moteur du développement durable-Rapport de l’industrie extractive 2010 » http://www.fediex.be/fr/utilitaires/home.htm 7 Fonte Eurostat. na ecomomia belga, principalmente da cidade da Antuérpia, localizada na região de Flandres. O fato de a Antuérpia ser o centro mundial do diamante deve-se a que nessa cidade são negociados 80% dos diamantes brutos e 50% dos diamantes lapidados do mundo, de acordo com dados divulgados pelo Alto Conselho para o Diamante (HRD)8. A exportação de diamantes representa perto de 7% das exportações da Bélgica. 3. Moeda e finanças Moeda A Bélgica faz parte da zona euro9 , da qual atualmente fazem parte 17 países dos 27 atuais estados-membros da União Europeia. Os bilhetes disponíveis são de 5, 10, 20, 50, 100, 200 e 500 euros. As moedas em circulação são de 1 e 2 euros e 1, 2, 5, 10 e 20 centavos. Taxa de câmbio10 1 euro US doláres Reais 1.3472 2.2511 8 http://www.hrdantwerp.be/en/hrd-antwerp/about-hrd-antwerp.aspx 9 A área do euro ou zona euro é o conjunto dos 17 países da União Europeia que adoptaram o Euro (€) como moeda nacional. A zona euro foi criada no início de 1999 com 11 países fundadores, (Alemanha, Áustria, Bélgica, Espanha, Finlândia, França, Holanda, Irlanda, Itália, Luxemburgo e Portugal). Foi criado o Banco Central Europeu (BCE) e as taxas cambiais dos países fundadores permaneceram fixas. Note que com a entrada na zona euro os países deixaram de poder emitir moeda. Esse poder ficou confiado ao Banco Central Europeu, a entidade responsável pelas políticas monetárias dentro da área do euro. No dia 1° de janeiro de 2002 começou a circulação da moeda única 10 Banco Central Europeu, cotação de 20 de janeiro de 2011. http://www.ecb.int/stats/exchange/eurofxref/html/index.en.html ECONOMIA, MOEDA E FINANÇAS toneladas6. Sumário Como Exportar 18 Bélgica Sumário BALANÇO DE PAGAMENTOS (US$ milhões) A. Balança comercial (líquido – fob) 2006 2007 2008(1) 3.357 2.159 -15.848 Exportações 281.135 323.940 373.019 Importações 277.778 321.781 388.867 6.266 5.933 6.324 B. Serviços (líquido) Receita 59.516 76.270 88.560 Despesa 53.250 70.337 82.236 C. Renda (líquido) 4.953 5.849 6.073 Receita 74.277 98.581 123.596 Despesa 69.324 92.732 117.523 D. Transferências unilaterais (líquido) -6.541 -6.604 -8.564 E. Transações correntes (A+B+C+D) 8.035 7.337 -12.015 F. Conta de capitais (líquido) -405 -1.715 -2.683 G. Conta financeira (líquido) -10.166 -2.694 12.543 Investimentos diretos (líquido) 7.087 16.512 -10.306 Portfolio (líquido) -9.181 -43.022 39.464 Outros -8.072 23.816 -16.615 H. Erros e Omissões 1.641 -1.703 837 I. Saldo (E+F+G+H) -895 1.225 -1.318 Elaborado pelo MRE/DPR/DIC – Divisão de Informação Comercial, com base em dados do FMI, International Financial Statistics CD August 2009. (1) Última posição disponível em 24/09/2009. ECONOMIA, MOEDA E FINANÇAS Balanço de Pagamentos e reservas internacionais Como Exportar Bélgica 19 Sumário - Reservas internacionais: No final de dezembro 2010 Ativos de reserva oficiais em milhões de Euros 20.094 Ouro monetário 7.720 SDR (direitos especiais de saque) 5.101 Posição de reserva no FMI 1.376 Reservas em moedas estrangeiras (conversíveis) 5.932 Fonte: Banque Nationale de Belgique Finanças públicas Em 2009, as receitas representaram 48,1 % do PIB, as despesas primárias constituíram 50,5% do PIB e os encargos financeiros, 3,6% do PIB. O saldo global das despesas públicas para o ano de 2009 na Bélgica foi de -6,0%11 . Com relação ao primeiro trimestre de 2010, o endividamento bruto da Bélgica (em milhões de euros) foi o seguinte: 1° trimestre 2010 2° trimestre 2010 3° trimestre 2010 Curto prazo 37.924 45.382 40.051 Longo prazo 190.235 182.235 186.235 Curto prazo 42.611 38.237 19.462 Longo prazo - - - Curto prazo 400.272 447.945 428.811 Longo prazo 38.078 36.222 34.022 Curto prazo 49.213 50.924 48.861 Longo prazo 50.044 50.768 37.022 Poderes públicos Autoridades monetárias Bancos Outros setores 11 Fonte : Banque nationale de Belgique. ECONOMIA, MOEDA E FINANÇAS Ativos de reserva oficiais Bélgica Investimentos diretos 164.136 175.504 177.801 Dívida exterior bruta 972.513 1 027 217 988.938 Fonte: Banque Nationale de Belgique - Orçamento: Em milhões de € Despesa Total Total despesas estado 12.289,5 Total despesas temas sociais 23.261,2 Total despesas temas econômicos 4.552,4 Despesas totais 55.075,4 Em milhões de € Receita total 20111 Correntes 97.132,6 Fiscal 92436,1 Contribuição 51238,9 Alfândega e imposto sobre consumos específicos (Excise Duties) 9529,5 TVA 31667,7 Receita não fiscal 4696,5 Receita em capital 2.079,5 Fiscal 1.951,9 Não fiscal 127,6 Total 99.212,0 Fonte: Service Public Féderal Bugdet et Contrôle de la Gestion 1 Estimativa para 2011 20 Sumário ECONOMIA, MOEDA E FINANÇAS Como Exportar Como Exportar Bélgica 21 Sumário Na Bélgica existem duas instituições que supervisionam o sistema bancário: (i) Banque Nationale de Belgique (BNB), que exerce o papel de um banco central e (ii) Commission bancaire financière et des assurances (CBFA), que se encarrega do controle da maioria das instituições financeiras e serviços financeiros dirigidos ao público. Estão sujeitos ao controle da CBFA: bancos e outros estabelecimentos de crédito, sociedades de seguros, sociedades abertas e outros tipos de sociedades de investimentos, sociedades de gestão de organismos de investimentos coletivos e caixas de previdência. Como a Bélgica faz parte da zona euro seu sistema bancário também está, de certa forma, submetido ao Banco Central Europeu. Vale dizer que o Banco Central Europeu e os bancos centrais nacionais constituem, no seu conjunto, o Eurosistema, o sistema de bancos centrais da área do euro. O principal objetivo do Eurosistema é a manutenção da estabilidade de preços, ou seja, a salvaguarda do valor do euro. Atualmente existem cinco grandes bancos comerciais com presença expressiva na Bélgica: (i) BNP Paribas (antigo Fortis), (ii) ING, (iii) Dexia, (iv) Delta Lloyd e (v) KBC. ECONOMIA, MOEDA E FINANÇAS Sistema bancário Como Exportar 22 Bélgica III - COMÉRCIO EXTERIOR GERAL DO PAÍS Sumário mão, o francês ou o britânico. Milhões de € O comércio internacional da Bélgica é majoritariamente com outros países da União Europeia, representando quase 80% do volume exportado. Em 2009, as exportações belgas para os países da União Europeia diminuiu em 2009, e as exportações para países fora da União Europeia tiveram, na maioria dos casos, um resultado negativo. No ano de 2009, as exportações belgas representaram 5,8% da totalidade das exportações europeias 1. Os principais parceiros comerciais da Bélgica são: Países Baixos, Alemanha, França, e Estados Unidos. De acordo com a Organização Mundial do Comércio (OMC), a Bélgica foi, em 2008, o 8° exportador de mercadorias e o 13° exportador de serviços comerciais. Em 2008, a porcentagem da Bélgica no total mundial das exportações de mercadorias atingiu 3%. Com uma porcentagem de 2,9% em termos de importações mundiais de mercadorias, a Bélgica classificou-se como 9° importador mundial. Tanto as importações como as exportações correspondem cerca de 80% do PIB nacional, o que atesta o elevado grau de abertura da economia do país. A tradição de trocas comerciais com os países vizinhos deu origem a um tecido empresarial assente em filiais, parcerias e investimentos cruzados que reforçam esta integração. A localização geográfica volta a ser determinante na hora de explicar a vocação exportadora do país, sobretudo a proximidade do poderoso vizinho germânico, que leva a Bélgica a ser considerada como o ‘subempreiteiro’ da indústria alemã. A indústria química e farmacêutica são exemplos desta proximidade. Na realidade, a abertura do país e a localização permitiram às empresas belgas se beneficiar das economias de escala proporcionadas por mercados tão importantes como o ale1 Fonte : Eurostat Período Exportação Importação 1° sem. 2009 130,0 124,2 Balança comercial 5,7 1° sem. 2010 152,0 144,0 8,0 % variação 2010/2009 17,0 15,4 Fonte: Agence pour le Commerce Exterieur 2. Direção - Importações2 : principais parceiros 2009 Pais Posição Milhões de euros Países Baixos 1 45.155,7 Alemanha 2 43.229,8 França 3 29.446,1 Irlanda 4 15.849,8 Estados Unidos 5 14.525,0 Reino Unido 6 12.810,4 China 7 10.383,4 Itália 8 8.353,8 Japão Espanha 9 6.496,3 10 5.188,4 Fonte : Agence pour le commerce exterieur 2 Nestes dados estão incluídos os países da União Europeia COMÉRCIO EXTERIOR 1. Evolução recente Como Exportar 23 Bélgica 1.741.500 euros, segundo os dados oficiais da Bélgica. Posição Milhões de euros Países Baixos 1 62.143,1 Alemanha 2 55.134,3 França 3 35.060,0 Reino Unido 4 18.122,8 Estados Unidos 5 17.656,5 China 6 13.208,1 Irlanda 7 12.731,1 Itália 8 10.077,9 Japão 9 8.370,6 Suécia 10 6.453,5 Fonte: Agence pour le commerce exterieur Posição Milhões de euros Alemanha 1 51.908,8 França 2 47.032,0 Países Baixos 3 31.393,9 Reino Unido 4 19.065,0 Estados Unidos 5 14.255,3 Itália 6 12.635,0 Espanha 7 8.682,6 Luxemburgo 8 4.541,5 India 9 4.518,4 China 10 4.330,0 Fonte : Agence pour le commerce exterieur 2007 Pais 2009 Pais Posição Milhões de euros Alemanha 1 53.520,7 Países Baixos 2 53.083,7 França 3 33.768,7 Reino Unido 4 18.756,1 Estados Unidos 5 16.343,3 Irlanda 6 14.700,2 China 7 12.526,2 Itália 8 11.293,9 Japão 9 7.582,1 Suécia 10 6.483,8 Fonte : Agence pour le commerce exterieur - Exportações: principais parceiros: O Brasil ocupa a 20ª posição na lista de principais clientes da Bélgica com relação aos nove primeiros meses de 2010, com 2008 Pais Posição Milhões de euros Alemanha 1 64.324,9 França 2 56.364,4 Países Baixos 3 39.638,8 Reino Unido 4 23.410,8 Estados Unidos 5 15.604,5 Itália 6 15.164,7 Espanha 7 10.671,1 Luxemburgo 8 6.080,8 9 5.224,8 10 4.967,3 Polônia India Fonte : Agence pour le commerce exterieur COMÉRCIO EXTERIOR 2008 Pais Sumário Como Exportar 24 Bélgica Sumário Pais Posição Milhões de euros Alemanha 1 61.587,6 França 2 52.486,1 Países Baixos 3 37.598,4 Reino Unido 4 23.999,8 Estados Unidos 5 18.029,1 Itália 6 16.411,5 Espanha 7 11.464,9 Luxemburgo 8 5.429,4 Suíça 9 5.451,2 India 10 5.399,0 Fonte : Agence pour le commerce exterieur 3. Composição - Importações: Valor em milhões de euros-% Produtos 2009 2008 2007 Produtos químicos 59.907,0 23,9 % 63.148,1 19,8 % 64.172,8 21,5 % Produtos minerais 31.826,1 12,5 % 52.914,5 16,6 % 38.751,4 12,7 % Máquinas e equipamentos 33.638,3 13,2 % 43.253,8 13,6 % 42.093,3 14,0 % Material de transporte 28.046,4 11,0 % 36.231,2 11,4 % 35.094,1 11,5 % Metal comum 17.316,2 6,9 % 27.961,4 8,8 % 29.484,6 9,8 % Plásticos 12.901,9 5,1 % 16.037,8 5,0 % 16.191,7 5,4 % Pedras e metais preciosos 8.361,5 3,4 % 12.110,6 3,8 % 14.372,4 4,7 % Produtos alimentícios 10.052,8 4,0 % 10.503,2 3,3 % 9.694,7 3,2 Têxtil 8.876,9 3,6 % 10.109,2 3,2 % 10.187,7 3,3 Fonte : Agence pour le commerce extérieur % % COMÉRCIO EXTERIOR 2007 Como Exportar 25 Bélgica Sumário - Exportações: Valor em milhões de euros-% 2009 2008 Produtos químicos 71.533,7 26,9 Produtos minerais 20.361,5 Máquinas e equipamentos 30.579,4 Material de transporte 2007 % 73.182,9 22,6 % 72.282,9 23,1 7,5 % 31.886,6 9,9 % 24.165,3 7,4 % 11,5 % 39.231,6 12,1 % 38.207,3 12,2 % 26.751,5 10,2 % 35.753,4 11,1 % 37.243,1 11,8 % Metal comum 20.321,4 7,8 % 32.390,2 10,0 % 33.928,2 10,8 % Plásticos 20.888,8 7,9 % 25.925,3 8,0 % 26.614,9 8,4 % Pedras e metais preciosos 9.871,4 3,6 % 13.021,0 4,0 % 15.927,8 5,1 Produtos alimentícios 12.510,7 4,7 % 12.842,8 4,0 % 12.601,9 4,0 % Têxtil 10.461,7 4,0 12.163,3 3,8 % 12.387,6 3,9 % Fonte : Agence pour le commerce extérieur % % % COMÉRCIO EXTERIOR Produtos Como Exportar 26 Bélgica 1. Intercâmbio comercial bilateral Evolução recente O comércio entre o Brasil e a Bélgica cresceu de forma contínua entre 2003 e 2008. Em 2009, as transações entre os dois países caíram quase 30% influenciadas pela crise global. Mas existe uma perspectiva otimista uma vez que as trocas comerciais bilaterais têm grande potencial de crescimento. Em 2009, a corrente de comércio Brasil-Bélgica somou US$ 4,29 bilhões, 28,3% abaixo dos US$ 6 bilhões de 2008, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). O Brasil exporta para a Bélgica, sobretudo, commodities, produtos minerais e metais, entre os quais fumo, café, suco de laranja, caulim e alumínio. A Bélgica exporta para o mercado brasileiro produtos químicos e vegetais, vacinas, plásticos, material de transporte, metais, máquinas e malte, entre outros produtos. Em 2009, o Brasil exportou US$ 3,1 bilhões para a Bélgica, com queda de 29,4% sobre a exportação de 2008, e importou US$ 1,15 bilhão, com redução de 29,79% sobre o ano anterior. O saldo comercial foi de US$ 1,98 bilhão. As exportações brasileiras para a Bélgica representam, por sua vez, apenas 2% das vendas externas totais do país, segundo dados de 2009. Em 2009, o Brasil não aparecia entre os principais clientes da Bélgica, já em 2010 nosso país ocupou a 20ª posição, no que tange às exportações belgas. Segue abaixo um quadro sintético do intercambio comercial entre o Brasil e Bélgica nos últimos três anos. Brasil: intercâmbio comercial com a Bélgica (em US$ 1.000-FOB) 2008 Exportações 4.422.185 Importações 1.643.545 Saldo da balança comercial 2.778.640 Fonte: SECEX/Aliceweb. (em US$ 1.000-FOB) 2009 Exportações 3.137.962 Importações 1.154.003 Saldo da balança comercial 1.983.959 Fonte: SECEX/Aliceweb. (em US$ 1.000-FOB) 2010 Exportações 3.476.931 Importações 1.508.173 Saldo da balança comercial 1.968.758 Fonte: SECEX/Aliceweb. RELAÇÕES ECONÔMICO-COMERCIAIS BRASIL-BÉLGICA IV - RELAÇÕES ECONÔMICO-COMERCIAIS BRASIL-BÉLGICA Sumário Como Exportar 27 Bélgica Composição do intercâmbio comercial bilateral COMPOSIÇÃO DO COMÉRCIO EXTERIOR 2008(1) % do total EXPORTAÇÕES (US$ milhões) Veículos automóveis, tratores, suas partes e acessórios 20.238 10,5% Produtos farmacêuticos 48.692 10,2% Combustíveis, óleos e ceras minerais 43.718 9,2% Caldeiras, máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos 38.620 8,1% Plásticos e suas obras 32.259 6,8% Proutos químicos orgânicos 28.560 6,0% Ferro fundido, ferro ou aço 28.042 5,9% Máquinas, aparelhos e materiais elétricos 19.252 4,0% Pérolas, pedras preciosas, semipreciosas 19.068 4,0% Instrumentos e aparelhos de ótica, fotografia 8.967 1,9% Produtos diversos das indústrias químicas 8.644 1,8% Obras de ferro fundido, ferro ou aço 7.261 1,5% Papel e cartão; obras de pasta de celulose, de papel ou de cartão 6.090 1,3% Borracha e suas obras 5.019 1,1% Vestuário e seus acessórios, exceta de malha 7.432 1,0% Vestuário e seus acessórios, de malha 4.534 1,0% Cobre e suas obras 4.314 0,9% Carnes e miudezas comestíveis 4.166 0,9% Extratos tanantes e tintoriais, taninos e derivados 4.160 0,9% Móveis; mobiliário médico-cirúrgico; colchões 4.089 0,9% Aluminio e suas obras 3.903 0,8% Subtotal 374.328 78,4% Demais Produtos 102.860 21,6% Total Geral 477.188 100,0% RELAÇÕES ECONÔMICO-COMERCIAIS BRASIL-BÉLGICA Sumário Como Exportar Bélgica 28 Sumário Combustíveis, óleos e ceras minerais 72.737 15,5% Veículos automóveis, tratores, suas partes e acessórios 50.298 10,7% Produtos farmacêuticos 42.105 8,9% Caldeiras, máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos 41.421 8,8% Produtos químicos orgânicos 29.992 6,4% Máquinas, aparelhos e materiais elétricos 22.325 4,7% Ferro fundido, ferro e aço 19.891 4,2% Plásticos e suas obras 18.611 4,0% Pérolas, pedras preciosos, semipreciosas 17.710 3,8% Instumentos e aparelhos de ótica, fotografia 9.740 2,1% Obras de ferra fundido, ferro ou aço 7.839 1,7% Papel e cartão, obras de pasta de celulose 6.573 1,4% Produtos diversos das indústrias químicas 5.857 1,2% Borracha e suas obras 5.168 1,1% Vestuário e seus acessórios, exceto de malha 5.139 1,1% Móveis, mobiliário médico-cirúrgico, colchões 4.976 1,1% Produtos químicos inorgânicos 4.636 1,0% Vestuário e seus acessórios, de malha 4.598 1,0% Frutas, cascas de cítricos e de melhões 4.408 0,9% Alumínio e suas obras 4.173 0,9% Subtotal 80,3% Demais Produtos 19,7% Total Geral 100,0% Elaborado pelo MRE/DPR/DIC – Divisão de Informação Comercial, com base em dados do UNCTAD/Trademap.Divergências nos dados estatísticos são explicadas pelo uso de diferentes fontes. (1) Última posição disponível em 24/09/2009. 2. Balanço de pagamentos bilateral Nenhuma instituição belga monitora a balança de pagamentos bilateral entre a Bélgica e o Brasil. RELAÇÕES ECONÔMICO-COMERCIAIS BRASIL-BÉLGICA IMPORTAÇÕES (US$ milhões) Como Exportar 29 Bélgica Título O nível atual dos investimentos da Bélgica no Brasil é o seguinte: US$ milhões País 2007 Bélgica 83,13 Fonte: Banco Central do Brasil 2008 2009 72,58 91,73 O investimento direto estrangeiro da Bélgica no Brasil, no período Jan/2002 – Mar/2007, concentrou-se nos seguintes setores: US$ milhões Setor Total do Fluxo Fabricação de produtos alimentícios e bebidas 647,86 Alojamento e alimentação 250,07 Comércio 39,05 Electricidade, gás e água quente 20,33 Serviços prestados principalmente a empresas 15,66 Fabricação de produtos químicos 12,80 Atividades imobiliárias 6,44 Atividades de informáticas e conexas 5,35 Transporte 4,92 Fabricação de produtos de metal 4,78 Demais setores 14,99 Fonte: Banco Central do Brasil 4. Principais acordos econômicos com o Brasil A Bélgica e o Brasil celebraram os seguintes atos bilaterais: Entrada em vigor Acordo Sanitário que passa a regular o comércio de carnes e derivados de carnes bovinas 12/10/1965 Convenção para Evitar a Dupla Tributação e Regular outras Questões em Matéria de Impostos sobre a Renda 12/07/1973 Acordo sobre Transporte Aéreo 23/12/2002 RELAÇÕES ECONÔMICO-COMERCIAIS BRASIL-BÉLGICA 3. Investimentos da Bélgica no Brasil Sumário Como Exportar Bélgica 1. Sistema tarifário Estrutura da tarifa A Bélgica, como Estado-membro da União Europeia (“UE”), possui a mesma estrutura tarifária que foi estabelecida para todos os membros da UE. A estrutura da tarifa da União Europeia tem como base o Sistema Harmonizado (SH) e a Nomenclatura combinada. En outras palavres, a Nomenclatura Combinada da Comunidade Europeia (NC) integra a Nomenclatura SH e abrange subdivisões adicionais de 8 dígitos e notas legais criadas especialmente para lidar com as necessidades da Comunidade. As mercadorias, quando declaradas para a alfândega em um país da UE, geralmente devem ser classificadas de acordo com a Nomenclatura Combinada. Mercadorias importadas e exportadas devem ser declaradas informando em qual subtítulo elas se enquadram. Isto determina qual imposto de importação se aplica e como as mercadorias são tratadas para fins de estatística. Um determinado país pode se beneficiar de um ou mais regimes preferenciais (por exemplo, SPG e Acordos de Parceria Econômica ou Acordo Euro-Mediterrâneo e SPG). A Nomenclatura Combinada é a nomenclatura pautal e estatística da união aduaneira. A Pauta Aduaneira Comum é a pauta externa aplicada aos produtos importados na União. A Pauta Integrada das Comunidades Europeias, denominada Taric, contém as medidas comunitárias e comerciais aplicadas às mercadorias importadas e exportadas pela Comunidade. A Comissão Europeia é responsável pela sua gestão e propõe uma versão atualizada diariamente no site oficial da TARIC1. 1 A TARIC não tem o status de um instrumento legal, porém seus códigos de 10 dígitos devem ser utilizados nas declarações aduaneiras e estatísticas no comércio com países terceiros. Sumário http://ec.europa.eu/taxation_customs/dds2/taric/taric_ consultation.jsp?Taric=&Lang=pt&Screen=0&Description=&Area =&redirectionDate=20100713&Level=&LangDescr=en&Expand= false&SimDate=20100713 O Brasil, como os demais países-membro da Organização Mundial do Comércio (OMC), beneficia-se, na UE, da pauta convencional. A tarifa comum da UE de 2008 contém 9.699 linhas no nível de oito dígitos. A União Europeia continua a aplicar diversos tipos de tarifa: (i) taxas ad valorem, que são as mais utilizadas (89,9%); (ii) seguidas das específicas (6,5%); (iii) compostas (2,9%); (iv) encargos alternativos (combinados) com um mínimo e um máximo (0,8%); e (v) “tarifas por variação”, que podem ser modificadas de acordo com as variações do “preço de entrada” de c.i.f. (0,6%). Além disso, tarifas periódicas se aplicam a certos produtos, principalmente produtos agrícolas. Alguns produtos agrícolas estão sujeitos a quotas tarifárias. As tarifas ad valorem são aplicadas sobre o valor aduaneiro de c.i.f.2 A média simples aplicada à tarifa MFN é estimada em 6,7% para 2008 (6,9% em 2006), com taxas que vão de zero a 604,3% (um equivalente ad valorem). Aproximadamente 81,8% de todas as linhas tarifárias possuem taxas que vão de zero a 10%. A tarifa zero se aplica a 25,3% de todas as linhas tarifárias (18,1% das linhas de tarifa agrícola da OMC e 27,1% das linhas de tarifas não agrícolas), incluindo madeira, polpa, papel e móveis (75,4% do total das linhas tarifárias do grupo do produto); metais (53,9%); e produtos minerais, pedras preciosas e metais preciosos (41,1%). Aproximadamente 9,6% das linhas possuem taxas de menos de 2% (taxas de distúrbio). Todas as tarifas acima de 100% são relacionadas a produtos agrícolas, conforme definido pela Organização Mundial de Comércio e a proteção média acima de 30% continua a ser aplicada em quase todos os produtos agrícolas (carne, laticínios, cereais, açúcars) (Capítulos 02, 04, 10 e 17 do Sistema 2 WTO Document, European Comisión Trade Policy Review, WT/ TPR/S/214/Rev.1, 8 June 2009. ACESSO AO MERCADO V- ACESSO AO MERCADO 30 Como Exportar Bélgica Território Aduaneiro O território aduaneiro da União Europeia abrange: •Bélgica, •Bulgária, •República Tcheca, •Dinamarca, exceto pelas Ilhas Faroé e Groelândia, •Alemanha, exceto pela Ilha de Heligoland e o território de Büsingen, •Estônia, •Irlanda, •Grécia, •Espanha, exceto Ceuta e Melilla, •França, exceto a Nova Caledônia, Mayotte, Saint-Pierre e Miquelon, Ilhas de Wallis e Futuna, Polinésia Francesa e Sul da França e Territórios Antárticos, •Itália, exceto os municípios de Livigno e Campione d’Italia e as águas nacionais do Lago de Lugano que estão entre o banco e a fronteira política da área entre Ponte Tresa e Porto Ceresio, •Chipre (com um acordo pendente sobre o problema de Chipre, o pedido da Comunidade ‘acquis’ está suspenso naquelas áreas nas quais o Governo da República de Chipre não exerce o controle eficaz), •Látvia, •Lituânia, •Luxemburgo, •Hungria, •Malta, •Países Baixos (Holanda), •Áustria, •Polônia, Sumário •Portugal, •Romênia •Eslovênia, •A República Eslovaca, •Finlândia, •Suécia, •O Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte, as Ilhas do Canal e a Ilha de Man. O território aduaneiro da União Europeia inclui as águas territoriais, as águas marítimas nacionais e o espaço aéreo dos Estados Membros, exceto pelas águas territoriais, as águas marítimas nacionais e o espaço aéreo daqueles territórios que não fazem parte do território aduaneiro da União Europeia, conforme elencado acima. Sistema Geral de Preferências O Sistema Geral de Preferências da UE é um acordo comercial pela qual a UE fornece acesso preferencial ao mercado da UE a 176 países e territórios em desenvolvimento, na forma de tarifas reduzidas para suas mercadorias no momento em que elas entram no mercado da UE. Não há expectativa ou exigência de que este acesso seja recíproco. Ele é implementado por um Regulamento do Conselho aplicável por um período de três anos. O SGP abrange três regimes distintos de preferências: •O SGP padrão, que dá preferência a 176 Países e Territórios em Desenvolvimento sobre mais de 6200 linhas de tarifas; •O acordo de incentivo especial para desenvolvimento sustentável e boa governança, conhecido como SGP+, que oferece reduções adicionais de tarifa para manter os países em desenvolvimento vulneráveis nas suas implementações e ratificações de convenções internacionais nestas áreas; •O Everything but Arms (EBA), que fornece acesso isento de encargos e de cotas para todos os produtos aos 49 Países Menos Desenvolvidos (“LDCs”). ACESSO AO MERCADO Harmonizado) . Os valores da tarifa da CE indicam aumento combinado, com taxas médias de 8,1% para a primeira fase de processamento, 5,0% sobre mercadorias semi-processadas e 7,3% sobre mercadorias totalmente processadas. 31 Como Exportar •O novo Regulamento do SGP entrou em vigor em 1o de janeiro de 2009, renovando por mais três anos (a partir de 1o de janeiro de 2009) os três acordos separados e garantindo que sua essência permaneça inalterada, a fim de garantir a continuidade da implementação dos princípios orientadores do SGP durante o período de 10 anos, de 2006 a 2015. A Nomenclatura Combinada da Comunidade, conforme a última atualização no final de 2008, contabiliza 9.568 linhas de tarifas, das quais 2.405 possuem tarifa MFN zero. A tabela abaixo fornece uma visão geral da cobertura do produto dos respectivos acordos. Acordo Número de linhas tarifárias Acordo Geral 6244 SGP+ 6336 EBA 7140 O SGP abrangeu produtos que são divididos em produtos sensíveis e produtos não sensíveis: − Os produtos não sensíveis (abaixo de 3.200 e representam um pouco mais da metade dos produtos abrangidos) desfrutam do acesso isento de impostos; − Os produtos sensíveis (uma mistura de produtos agrícolas, têxteis, de vestuário, confecções, tapetes e calçados) se beneficiam de uma redução de tarifa de 3,5 pontos percentuais sobre impostos ad valorem comparados à tarifa padrão da Nação Mais Favorecida (MFN) ou uma redução de 30 por cento nestes encargos calculados com base específica. Para produtos têxteis e de vestuário, a redução é de 20 por cento de imposto de importação MFN ad valorem. Em 2007, as importações preferenciais do SGP totalizaram 58,6 bilhões de Euros, com o Brasil (€4,4 bi) como um dos maiores usuários. Os setores de produto mais importantes para Sumário o GSP em 2007 foram Produtos Têxteis e de Vestuário (€13,1 bi), Máquinas (€5,8 bi), Produtos Minerais (€5,1 bi), Produtos de Plástico e Borracha (€4,5 bi), Metais de Base (€3,8 bi), Calçados (€3,6 bi) e Animais e Produtos de Animais (€3,5 bi). Um dos maiores beneficiários individuais em termos de encargos nominais MFN foi o Brasil com 142 milhões de euros. Conforme calculado no final de 2008, entre os principais beneficiários do GSP está o Brasil com 68,3%. É possível verificar se um produto procedente e originário do Brasil recebe o tratamento preferencial no âmbito do SGP da UE por meio da Tarifa Integrada da Comunidade - TARIC (em português), através da NC do produto: http://ec.europa.eu/ taxation_customs/dds/tarhome_pt.htm Para que o importador beneficie-se das reduções tarifárias do SGP, é exigida a apresentação de um certificado de origem, denominado Form A (Formulário A). Este documento atesta o cumprimento dos requisitos de origem do produto. Trata-se de documento providenciado pelo exportador e emitido por agências do Banco do Brasil. O atual esquema do SGP da UE está em vigor até 31 de dezembro de 20113 . Recentemente, a UE propôs um novo conjunto de regras para melhor adaptar as regras de origem SPG às necessidades dos países beneficiários. Esta reforma vai ser aplicada a partir de 2011 e o principal destaque é a diferenciação especial em relação aos Países Menos Desenvolvidos (PMD). Foi feito um esforço específico para simplificar os procedimentos. Ao simplificar várias condições e ao permitir aos operadores serem eles próprios a estabelecer os certificados de origem, o novo regulamento proporcionará maior previsibilidade e será menos gravoso para as autoridades do país beneficiário. Os atuais certificados, emitidos pelas administrações públicas, serão substituídos por avaliações emitidas por 3 REGULAMENTO (CE) N.o 732/2008 DO CONSELHO de 22 de Julho de 2008 que aplica um sistema de preferências pautais generalizadas para o período compreendido entre 1 de Janeiro de 2009 e 31 de Dezembro de 2011 e que altera os Regulamentos (CE) n.os 552/97 e 1933/2006 e os Regulamentos (CE) n.os 1100/2006 e 964/2007 da Comissão ACESSO AO MERCADO Bélgica 32 Como Exportar exportadores registrados – auto-certificação – após um período de transição (2017). Até lá, as autoridades aduaneiras dos dois lados irão trabalhar no reforço da cooperação. 2. Regulamentação de importação Regulamentação geral Enquanto membro da Organização Mundial do Comércio, a UE adopta a regra da “livre importação” no seu regime comum de importação. Segundo esta regra, a UE fomenta políticas comerciais liberais para facilitar a circulação das mercadorias e serviços através das suas fronteiras, aplicando os princípios da consolidação dos direitos aduaneiros e da não discriminação entre parceiros comerciais. Regime comum aplicável às importações Regulamento (CE) nº 3285/94 do Conselho, de 22 de Dezembro de 1994, relativo ao regime comum aplicável às importações e que revoga o Regulamento (CE) nº 518/94, conforme alterações posteriores. Existem, no entanto, algumas exceções a esta regra geral, em que a UE aplica instrumentos de defesa comercial concebidos em conformidade com alguns acordos da OMC, que reconhecem aos membros desta organização o direito de lutar contra as práticas comerciais desleais. Os instrumentos definidos pela UE são os seguintes: •Medidas de vigilância, que não são instrumentos para limitar as importações, mas constituem um sistema de licenças de importação obrigatórias, emitidas pelas autoridades dos Estados-Membros da UE para fins de vigilância. Estas medidas são aplicadas em princípio a certos produtos agrícolas, têxteis e siderúrgicos. •Limites quantitativos à importação de alguns produtos originários de determinados países terceiros, que visam proteger os produtores europeus dos efeitos prejudiciais de importações maciças efectuadas a preços muito baixos. Sumário •Medidas de salvaguarda (Reglamento (CE) do Conselho n° 260/2009), aplicadas, caso a caso, às importações que causam ou ameaçam causar um prejuízo à indústria da UE e é um instrumento de defesa comercial. Consistem em limitar temporariamente e com carácter de urgência determinadas importações. O procedimento de instituição destas medidas pode ser iniciado a pedido de um Estado Membro ou por iniciativa da Comissão Europeia. O sector industrial não pode apresentar pedidos directamente. No entanto, medidas devem respeitar sempre o acordo da OMC sobre as medidas de salvaguarda. •Medidas Antidumping (Regulamento (CE) do Conselho n° 1225/2009) Para que a Comissão possa aplicar um direito antidumping é preciso, de maneira geral, que seja demonstrado que o preço de exportação pelo qual o produto é vendido no mercado comunitário seja inferior ao preço pelo qual é vendido no mercado interno no país do exportador e que as importações desses produtos causaram prejuízo material à industria comunitária. Ademais, prevê a aplicação do princípio do “interesse da comunidade”, pelo qual os custos para a Comunidade, como um todo, da aplicação de direitos antidumping não devem ser desproporcionais aos benefícios para os produtores afetados. A União Europeia ocupa o segundo lugar dos principais utilizadores de medidas antidumping, ficando atrás apenas dos EUA. Os setores mais afetados por tais iniciativas são os setores de ferro, aço, eletrônicos e químicos. Em 12 de Julio de 2008, a Direção Geral de Comércio da Comissão Europeia iniciou uma investigação contra as importações de papel de aluminio (CN 7607111910) procedentes, entre outros países, do Brasil. Atualmente são aplicáveis direitos anti-dumping de 27,6%, em princípio, até 7 de outubro de 2014. •Medidas Compensatórias (Regulamento (CE) do Conselho n° 2026/974 ). As Medidas Compensatórias visam compensar uma das práticas mais onerosas e de distorção das trocas comercias: os subsídios. No comércio internacional, entende-se por subsídio todo benefício econômico concedido por um governo, suas autarquias e/ou suas empresas a produtores 4 Conforme alterado pelo Regulamento (CE) n.o 461/2004 do Conselho de 8 de março de 2004 ACESSO AO MERCADO Bélgica 33 Como Exportar Bélgica 5 Conforme alterado pelo Regulamento (CE) n.o 125/2008 do Conselho de 12 de fevereiro de 2008. http://ec.europa.eu/trade/ tackling-unfair-trade/trade-barriers/index_en.htm Sumário Além das medidas de defesa comercial citadas acima, são aplicadas restrições à importação nos seguintes sectores: Produtos agrícolas Para a importação na UE de certos produtos agrícolas pode ser obrigatório apresentar um certificado de importação, emitido pelas autoridades competentes dos Estados-Membros da UE, antes da sua introdução em livre prática, a pedido do importador e mediante a prestação de uma garantia reembolsável contra apresentação da prova de importação. Os certificados da importação servem para vários fins, por exemplo, para o controle dos fluxos comerciais e a gestão dos contingentes pautais ou medidas de salvaguarda. A legislação aplicável consta do Regulamento (CE) n.º 376/2008 da Comissão que estabelece normas comuns de execução do regime de certificados de importação, de exportação e de prefixação para os produtos agrícolas. Produtos têxteis O regime de importação de produtos têxteis na UE é livre, embora sejam aplicados diferentes controles ou sistemas de vigilância a algumas categorias de produtos têxteis originários de determinados países. Podem consistir num sistema de duplo controle (uma licença de exportação emitida no país de origem, mais uma licença de importação emitida no Estado-Membro da UE) ou num simples pedido de um documento previamente à importação. Produtos siderúrgicos As importações na UE de certos produtos siderúrgicos estão sujeitas a diferentes medidas de controlo, que podem consistir numa vigilância prévia efectuada pela Comunidade Europeia ou num sistema de duplo controlo acompanhado ou não de restrições quantitativas. São aplicados diferentes regimes consoante o país de ACESSO AO MERCADO e/ou exportadores com o objetivo único de oferecer vantagens para torná-los artificialmente mais competitivos. Esse benefício econômico, configurado como subsídio, pode ser concedido direta (por meio de desembolso monetário) ou indiretamente (juros reduzidos, créditos, financiamentos abaixo do custo etc.). Atualmente não há na União Europeia medidas compensatórias aplicadas contra produtos brasileiros. •Barreiras ao comércio A União Europeia vem implementando, desde fevereiro de 1996, uma nova estratégia de acesso a mercados de terceiros países, que repousa sobre o chamado “Regulamento sobre Barreiras ao Comércio” (Regulamento (CE) do Conselho n° 3286/945 ), mecanismo que institui procedimento especial para investigar obstáculos ao comércio existentes em terceiros países, que violem claramente regras internacionais de comércio, em especial as estabelecidas pela Organização Mundial do Comércio. Por esse regulamento, exportadores europeus são encorajados a apresentar uma queixa formal à Comissão cada vez que se deparem com restrições desse tipo. À Comissão, por sua vez, cabe realizar uma investigação, dividida em várias etapas, com prazos prefixados, que compreende inclusive a visita de missão ao país alvo da queixa. Finalizada a investigação, a Comissão pode concluir pelo arquivamento da queixa, caso não haja mérito, pela busca de solução amigável ou o envio do contencioso ao mecanismo de solução de controvérsias da OMC. Como exemplos de casos recentes atualmente em andamento contra o Brasil, temos Exporter taxes on hides and skins (Caso ID 970033), Increase on tariffs applying import of textile and shoes (Caso ID 085175). •Imposto sobre Consumo (Excise Duty): o imposto sobre consumo aplica-se a três grupos específicos de produtos, bebidas alcoólicas, produtos a base de tabaco e combustíveis. As tarifas são determinadas de acordo com a natureza dos produtos. 34 Como Exportar Bélgica Contingenciamentos ou cotas: Existem várias cotas aplicadas pela UE. Com relação ao Brasil, podemos citar a denominada cota Hilton para a exportação de vacuno de qualidade superior, na qual o Brasil possui 10.000 toneladas6 para cada exercício (1º de julho até 30 de junho do ano subsequente7 e cota do frango e peru8. Importações proibidas ou suspensas temporariamente: Em 2004 foi proibida a entrada de cítricos originários da Argentina e do Brasil por motivo de doenças nas respectivas produções. As medidas contra Argentina foram levantadas em 2007 e as do Brasil continuam em vigor9 . Regulamentação específica 6 10.000 toneladas de carne de bovino desossada dos códigos NC 0201 30 00 e 0206 10 95, que corresponda à seguinte definição: «Cortes seleccionados provenientes de novilhos ou novilhas exclusivamente alimentados com pasto desde o desmame. As carcaças são classificadas “B” com cobertura de gordura “2” ou “3” de acordo com a classificação oficial de carcaças de bovino do Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil.» 7 Regulamento (CE) n. o 810/2008 da Comissão, de 11 de Agosto de 2008 , relativo à abertura e modo de gestão dos contingentes pautais para carne de bovino de alta qualidade, fresca, refrigerada ou congelada, e carne de búfalo congelada 8 Regulamento (CE) n. o 616/2007 da Comissão, de 4 de Junho de 2007 , relativo à abertura e modo de gestão de contingentes pautais comunitários no sector da carne de aves de capoeira originária do Brasil, da Tailândia e de outros países terceiros 9 DECISÃO DA COMISSÃO de 29 de Abril de 2004, relativa a medidas de emergência temporárias respeitantes a determinados citrinos originários da Argentina e do Brasil Sumário - Normas técnicas: Segurança Alimentar O objetivo central da legislação da UE em matéria de segurança dos alimentos é garantir um nível elevado de proteção da saúde humana e dos interesses dos consumidores em relação aos produtos alimentares; as regras da UE relativas aos alimentos para animais visam proteger a saúde humana e animal e também, em até certo ponto, o ambiente. O Regulamento (CE) n.º 178/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, que estabelece os princípios e normas gerais da legislação alimentar, aplica-se a todas as fases da produção, transformação e distribuição dos géneros alimentícios e dos alimentos para animais. Os importadores de gêneros alimentícios e de alimentos para animais devem ser capazes de identificar e indicar o nome da pessoa que forneceu o produto para exportação no país de origem, tendo em vista satisfazer as exigências de rastreabilidade. A Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (AESA)10 fornece à Comissão Europeia pareceres científicos independentes sobre todas as questões que têm uma influência direta ou indireta na segurança dos alimentos. Trata-se de uma entidade com personalidade jurídica, que é independente das demais instituições da UE. A importação dos gêneros alimentícios tem de respeitar condições gerais e medidas, que incluem: •os princípios e normas gerais da legislação alimentar estabelecidos no Regulamento (CE) n.º 178/ 2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, •as regras gerais de higiene dos gêneros alimentícios e as regras específicas de higiene aplicáveis aos gêneros alimentícios de origem animal em conformidade respectivamente com o Regulamento (CE) n.º 852/2004 do Parlamento Europeu e do Conselho e com o Regulamento (CE) n.º 853/2004 do Parlamento 10 http://ec.europa.eu/food/efsa_pt.htm ACESSO AO MERCADO origem e o tipo de produto. Informações adicionais sobre a política comercial da União Europeia, inclusive os textos dos regulamentos relevantes, podem ainda ser encontrados na “home page” da Direção-Geral de Comércio da Comissão Europeia: http://ec.europa.eu/trade/ 35 Como Exportar 36 Bélgica Encontram-se mais abaixo alguns sites que podem ser úteis na hora de exportar à UE gêneros alimentícios: Alimentação animal: http://ec.europa.eu/food/ animal/animalproducts/index_ pt.htm Legislação alimentar geral: http://ec.europa.eu/food/ food/foodlaw/index_pt.htm Documento de orientação sobre determinadas questõeschave relativas às exigências de importação e às novas regras em matéria de higiene e controlos oficiais dos gêneros alimentícios: http://ec.europa.eu/ food/international/trade/ interpretation_imports.pdf Normas Fitossanitárias O principal objetivo das medidas fitossanitárias é evitar a introdução e/ou a propagação de parasitas e organismos nocivos para as plantas ou produtos vegetais em toda a União Europeia. A Diretiva 2000/29/CE do Conselho estabelece a legislação de base neste domínio, que assenta nos princípios da Convenção Fitossanitária Internacional (CFI) e do Acordo sobre a Aplicação de Medidas Sanitárias e Fitossanitárias da Organização Mundial do Comércio. A importação de plantas e produtos vegetais deve respeitar determinadas medidas fitossanitárias, que exigem que as mercadorias sejam: •acompanhadas por um certificado fitossanitário emitido pelas autoridades competentes do país de exportação; •submetidas a controlos aduaneiros no posto de inspeção fronteiriço designado para o efeito no ponto de entrada na UE; •importadas para a UE por um importador registado no registro oficial de um Estado Membro; •notificadas à estância aduaneira antes da chegada ao ponto de entrada. Sempre que as remessas de plantas ou produtos vegetais provenientes de países terceiros possam representar um risco para o território da UE, os Estados-Membros ou a própria UE podem tomar medidas de emergência temporárias. Para além destas disposições obrigatórias, a colocação de sementes e material de propagação das plantas no mercado da UE deve obedecer a requisitos de comercialização específicos ACESSO AO MERCADO Europeu e do Conselho, •as medidas relacionadas com a presença de resíduos, pesticidas, medicamentos veterinários e contaminantes nos alimentos; •as disposições especiais relativas aos organismos geneticamente modificados destinados à alimentação humana e animal, às bioproteínas e aos novos alimentos, •as regras especiais relativas a certos grupos de produtos alimentares (por exemplo, águas minerais, cacau, alimentos congelados) e aos alimentos destinados a satisfazer as necessidades nutricionais de grupos específicos da população (alimentos para bebês e crianças pequenas), •exigências especiais em matéria de comercialização e rotulagem das matérias primas para alimentação animal, de alimentos compostos para animais e dos alimentos com objetivos nutricionais específicos destinados a animais, •condições gerais relativas aos materiais e objetos destinados a entrar em contato com os gêneros alimentícios, •o controle oficial destinado a garantir a conformidade com as disposições da UE relativas aos alimentos destinados ao consumo humano e animal. •Se um problema que possa representar um risco grave para a saúde humana ou animal ou para o ambiente surgir ou se propagar pelo território de um país terceiro, a Comissão Europeia pode, em função da gravidade situação, adoptar de imediato medidas de proteção, estabelecendo condições especiais ou suspendendo as importações de produtos de todo ou parte do território do país terceiro em causa. Sumário Como Exportar Bélgica - Embalagem e rotulagem: Embalagem As embalagens comercializadas na UE devem respeitar os requisitos gerais destinados a proteger o ambiente, assim como as disposições específicas destinadas a evitar eventuais riscos para a saúde dos consumidores, por exemplo: •reciclagem de materiais, prevenção dos resíduos de embalagens; •dimensões, quantidade e capacidades nominais; •composição e constituintes de materiais destinados a entrar em contato com gêneros alimentícios. Assim, esses tipos de produtos são afectados por: 11 http://ec.europa.eu/food/efsa_pt.htm Sumário •Requisitos gerais relativos a embalagens e resíduos de embalagens, definidos na Directiva 94/62/CE do Parlamento Europeu e do Conselho; •Disposições específicas relativas às dimensões das embalagens, estabelecidas nas Directivas 75/106/CEE e 80/232/ CEE do Conselho; •Regras especiais relativas aos materiais e objectos destinados a entrar em contacto com os alimentos, objecto do Regulamento (CE) nº 1935/2004 do Parlamento Europeu e do Conselho. Além destas disposições obrigatórias, as importações para a UE de embalagens feitas de madeira e outros produtos vegetais podem estar sujeitas a medidas fitossanitárias estabelecidas na Diretiva 2000/29/EC. No que respeita às embalagens de madeira, as disposições introduzidas na Diretiva 2004/102/CE da Comissão estabelecem que a madeira utilizada em embalagens de qualquer tipo (caixas, paletes, paletes-caixas ou outras madeiras para carga, esteiras, separadores e suportes, etc.) deve ser sujeita a um dos tratamentos aprovados, especificados no Anexo I da norma internacional nº 15 da FAO relativa às medidas fitossanitárias e apresentar a marca correspondente especificada no Anexo II. Rotulagem Requisitos de rotulagem Tendo em vista assegurar a proteção dos consumidores, só podem ser comercializados no interior da UE os produtos que respeitem os requisitos europeus em matéria de embalagem. Em geral, rótulo deve estar na língua oficiais dos Estados membros em que o produto final será colocado em circulação. Assim sendo, um produto de consumo que terá sua distribuição feita na Bélgica deverá ter o rótulo nos três idiomas oficiais no país; francês, holandês e alemão. A legislação europeia estabelece normas obrigatórias em matérias de rotulagem para setores específicos, nomeadamente, ACESSO AO MERCADO concebidos para garantir que estes produtos satisfazem critérios de sanidade e de elevada qualidade. A legislação da UE estabelece condições específicas para as plantas oleaginosas e de fibras, os cereais, os produtos hortícolas, a batata de semente, as sementes de beterraba, a vinha, as fruteiras, as plantas forrageiras, as plantas ornamentais e os produtos florestais. A legislação da UE estabelece também um regime de proteção das variedades vegetais. Ao abrigo deste regime, um criador pode obter um direito único de propriedade intelectual, aplicável em toda a Comunidade Europeia. O Instituto Comunitário das Variedades Vegetais (ICVV)11 é responsável pela aplicação deste regime. Mais informações no site: http://ec.europa.eu/food/plant/ organisms/index_pt.htm Contudo, vale dizer que as empresas que queiram ser ativas na Bélgica e que possuem atividades relacionadas com a cadeia alimentar, devem estar registradas na AFSCA (Agence fédérale pour la sécurité de la chaîne alimentaire) http://www.afsca.be/home-fr/ 37 Como Exportar Bélgica Rótulo ecológico da União Europeia O sistema do rótulo ecológico da UE ou “logotipo da flor” é um sistema voluntário. Podem beneficiar desse rótulo os produtos que contribuam de forma significativa para melhorar determinados aspectos fundamentais ligados ao ambiente e que contenham informações simples e precisas dirigidas aos consumidores sobre o respectivo impacto ambiental. As regras básicas que regem o sistema do rótulo ecológico são definidas no Regulamento (CE) nº 66/2010 do Parlamento Europeu e do Conselho. Os critérios em matéria de rótulo ecológico são definidos em função de grupos de produtos diferentes (tais como, têxteis, calçado, produtos de limpeza, electrodomésticos, produtos de papel, etc.). O logotipo da flor pode ser utilizado como um instrumento de comercialização para informar os consumidores de que a qualidade de um dado produto em termos ambientais é superior à de outros produtos do mesmo grupo. Os fabricantes, importadores, prestadores de serviços, comerciantes ou retalhistas interessados podem pedir ao organismo competente do Estado-Membro de comercialização do produto que lhes seja atribuído o rótulo ecológico. Para maiores informações, consultar os seguintes site: http://ec.europa.eu/environment/ecolabel/index_en.htm: http://www.eco-label.com/portuguese/ - Marcas e patentes: Marcas Sumário Marca Benelux O registro de marca na Bélgica é harmonizado a nível do Benelux , não existindo uma marca belga. Todas as marcas registradas no Benelux figuram no Registro do Bureau Benelux de marcas. Existe um formulário disponível na internet http://www. boip.int/en/merken/actionRegister.html. Como ocorre em outros países, antes do registro é realizado uma investigação de antecendentes para verificar se a marca ainda está disponível para a categoria solicitada. Vale dizer que os três países do Benelux12 aderiram ao Protocolo de Madri13 . Marca Comunitária Outra possibilidade é o registro da marca comunitária. As marcas podem ser registradas em cada estado membro da UE, mas também pode-se registrar a marca a nível europeu, é a chamada marca comunitária. A marca comunitária é válida em toda a União Europeia e não é possível limitar seu alcance geográfico apenas a alguns Estados membros. A marca comunitária confere a seu titutlar o derecho exclusivo de utilizar a marca e impedir seu uso não autorizado nos 27 Estados membros da UE. A marca comunitária é válida por 10 anos e pode ser renovada indefinidamente por períodos de dez anos. No caso de ampliação da União Europeia a proteção da marca se estende automaticamente ao nuevo Estado membro. 12 BENELUX é um bloco econômico europeu formado por Bélgica, Luxemburgo e Holanda. Este bloco econômico foi instituído em 1958 e entrou em operação em 1960. Tem sua origem num acordo firmado em Londres pelos governos dos respectivos países, no ano de 1944. Esta união econômica tem como objetivo facilitar e aumentar o comércio de mercadorias entre os três países, diminuindo a burocracia e reduzindo impostos e taxas de comércio exterior. 13 O Protocolo de Madri relativo ao registro internacional de marcas é um Tratado administrado pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI), com sede em Genebra. O Protocolo de Madri entrou em vigor em 1996 e foi ratificado por vários países, entre eles Estados Unidos, Japão, Austrália, China, Rússia. A UE ratificou o Protocolo de Madri em 2004. ACESSO AO MERCADO alimentação, electrodomésticos, calçado, têxteis, etc. Para maiores informações, consultar o seguinte site: http://europa.eu/legislation_summaries/consumers/ product_labelling_and_packaging/index_pt.htm. 38 Como Exportar É importante salientar que desde a adesão da União Europeia ao Protocolo de Madri, existe um vínculo entre o sistema de marca comunitária e o denominado Sistema de Madri, o que significa dizer que é possível apresentar uma solicitação internacional de registro de marca na Organização Mundial da Propriedade Intelectual com base na marca comunitária e indicar a UE nesta solicitação de registro internacional de marca. O preço do registro é de 900 € se o pedido é feito por internet (e-filing) e 1050 € se o pedido é feito com formulário em papel. Em ambos casos, se o pedido abrange mais de três classes de produtos e serviços, se aplicará uma taxa de 150 € por cada classe adicional. Registro de Domínio “.be” é o sufixo ideal para todas as empresas que desejam proteger a sua marca na Bélgica. A gestão dos nomes de domínio « .be » é assegurada por DNS.be14 e no seu site encontra-se uma lista de agentes autorizados. Patentes Em geral, existem três metodologias para apresentar uma patente que será protegida nos Estados membros da UE: •através do procedimento nacional, na competente autoridade nacional; •através do processo unitário, disponível na Oficina Europeia de Patentes (OEP), para obter uma patente europeia; e •através do procedimento internacional, disponível no Patent Cooperation Treaty (PCT). Na Bélgica o seu registro de uma patente deverá ser realizado junto ao Office de la Propriété intellectuelle. A solicitação de registro de patente é um procedimento técnico e complicado e recomenda-se a contratação de um 14 h t t p : / / w w w. d n s . b e / r e g i s t r a r s / S e a r c h A l p h a b e t i c a l . htm?lang=fr Sumário professional especializado autorizado a fazer este tipo de solicitação. O site da Oficina de Propriedade Intelectual possui uma lista de professionais credenciados http://economie.fgov.be/ fr/entreprises/propriete_intellectuelle/Aspects_institutionnels_ et_pratiques/Besoin_expert/index.jsp As patentes europeias são concedidas pela OEP para todas as invenções, do setor tecnológico, sempre que sejam novas, suponham um passo inventivo e sejan suscetíveis de aplicação industrial. O prazo de uma patente europeia é de 20 anos, contados da data de apresentação do pedido, podendo ser extendido através de um certificado suplementar de proteção para produtos farmacêuticos ou vegetais por um período que não exceda os 5 anos, sempre que se cumpram as condições para as patentes nacionais. As violações à patente europeia são regulamentadas pelas legislações nacionais. É importante ressaltar que em 4 de dezembro de 2009, o Conselho de Ministros da UE adotou suas conclusões sobre o sistema europeu de patentes aprimorado. O acordo facilita a existencia de uma patente europea única. Em 1° de julho de 2010, uma proposta de tradução das futuras patentes europeias foi apresentada pela Comissão Europeia. Marcação CE A Marca CE é representada pelo símbolo “CE”, corresponde à abreviatura da frase francesa Conformité Européene que significa “Conformidade Europeia”. A “Marcação CE” colocada nos produtos constitui a única marcação que atesta a conformidade dos produtos com todas as disposições regulamentares aplicáveis, as exigências essenciais da legislação europeia no que se refere a saúde, segurança e proteção ambiental, definidas nas diretivas do produto em questão. Os produtos estão sujeitos à marcação CE são os seguintes: •Produtos que utilizem baixa tensão, como electrodomésticos, aparelhos de iluminação, condutores e cabos ACESSO AO MERCADO Bélgica 39 Como Exportar Bélgica Sumário telecomunicações; •Instalações por cabo para transporte de pessoas; •Instrumentos de medição; A marca CE indica, ainda, aos oficiais governamentais que o produto pode ser legalmente comercializado em todos os Estados-membros da UE. O registro deverá ser efetuado por pessoa jurídica com endereço na UE. Os fabricantes brasileiros poderão nomear uma empresa europeia como seu representante, que se responsabilize pela aplicação da marca em todos os produtos. As informações sobre as diretivas da marcação CE estão disponíveis no site http://ec.europa.eu/enterprise/newapproach/standardization/ harmstds/reflist.html Regime cambial Em geral, não há restrições nem controle cambial nas importações. Poderão ser aceitos créditos dos fornecedores e os pagamentos poderão ser feitos em qualquer moeda conversível. Contudo, segundo o Art. 169º do Regulamento (CEE) n. 2454/93 (aplicação do Código Aduaneiro Comunitário), quando um dos fatores usados para determinar o valor aduaneiro de bens é definido numa moeda diferente do euro € deve ser utilizada, na conversãoa taxa de câmbio constatada e publicada pela autoridade aduaneira. 3. Documentação e formalidades Embarques (no Brasil) Em geral, os documentos exigidos nos embarques para a Bélgica são: • fatura comercial; •conhecimento de embarque (Bill of Lading); •certificado de origem para o SGP (quando aplicável); ACESSO AO MERCADO eléctricos; •Recipientes sob pressão simples; •Brinquedos, qualquer produto concebido ou manifestamente destinado a ser utilizado em jogos, por crianças de idade inferior a 14 anos); •Produtos para construção •Materiais de construção em geral •Produtos com Compatibilidade Electromagnética; •Máquinas; •Equipamentos de proteção individual; qualquer dispositivo ou meio que se destine a ser envergado ou manejado por uma pessoa para defesa contra um ou mais riscos susceptíveis de ameaçar a sua saúde ou a sua segurança; conjunto constituído por vários dispositivos ou meios associados de modo solidário pelo fabricante com vista a proteger uma pessoa contra um ou vários riscos susceptíveis de surgir simultaneamente; dispositivo ou meio protector solidário, dissociável ou não, do equipamento individual não protector, envergado ou manejado com vista ao exercício de uma atividade; •Instrumentos de pesagem de funcionamento não automático: •Dispositivos medicinais implantáveis activos; qualquer dispositivo médico activo que seja concebido para ser total ou parcialmente introduzido no corpo humano através de uma intervenção cirúrgica ou médica ou por intervenção médica num orifício natural e destinado a ficar implantado; •Aparelhos a gás; •Explosivos para utilização civil; •Dispositivos médicos; •Aparelhos e sistemas de proteção destinados a serem utilizados em atmosferas potencialmente explosivas; •Embarcações de recreio; •Elevadores; •Equipamentos sobre pressão; como recipientes, tubos, acessórios de segurança e •acessórios sob pressão; •Dispositivos médicos de diagnóstico in vitro; •Equipamentos de rádio e equipamentos terminais de 40 Como Exportar Bélgica O romaneio de embarque (packing list) não é obrigatório, mas a sua apresentação facilita a liberação das mercadorias. A fatura comercial, o conhecimento de embarque, o certificado de origem (para os produtos importados sob o regime preferencial do Sistema Geral de Preferências) e os demais certificados devem ser providenciados pelo exportador brasileiro e remetidos ao importador, diretamente ou via remessa bancária. Desembaraço alfandegário A atribuição de um destino aduaneiro às mercadorias efetua-se através do Documento Administrativo único (DAU), um formulário comum a todos os Estados-Membros da UE adoptado em conformidade com o código aduaneiro comunitário e o Regulamento (CEE) n.º 2454/93 da Comissão. O DAU pode ser apresentado às autoridades aduaneiras pelo importador ou pelo seu representante. A representação pode ser: •direta: o representante age em nome e por conta de outrem; •indireta: o representante age em nome próprio mas por conta de outrem. O DAU consta de 8 exemplares. O operador preenche todas ou parte das folhas em função do tipo de operação. Nas importações utilizam se, em geral, três exemplares: um dos exemplares deve ficar na posse das autoridades do Estado Membro em que são cumpridas as formalidades no destino; outro deve ser utilizado para as estatísticas do Estado-Membro de destino e o último deve ser devolvido ao destinatário depois de visado pelas autoridades aduaneiras. O DAU pode ser apresentado por via eletrônica, através de Sumário sistemas informáticos diretamente ligados à autoridade aduaneira belga ou mediante entrega nos locais designados da autoridade aduaneira. Na Bélgica este sistema se denomina “Paperless douanes et accises” (http://plda.fgov.be/fr/bienvenue ) Na Bélgica existe um helpdesk para questões relativas ao DAU, que funciona de segunda-feira à sexta-feira de 6h às 22h e sábado de 8h às 17h: Tel: + 32 257 933 33 Fax: + 32 257 966 71 4. Regimes especiais As mercadorias importadas no território aduaneiro da UE devem ser acompanhadas de uma declaração sumária, que é apresentada às autoridades aduaneiras do local onde devem ser descarregadas. Em seguida, são colocadas em depósito temporário (durante um período máximo de 45 dias, no caso das mercadorias transportadas por via marítima, ou de 20 dias, nos outros casos), o que significa que permanecem sob fiscalização aduaneira até que lhes seja atribuído um destino aduaneiro. Os principais destinos aduaneiros são os seguintes: A introdução em livre prática As mercadorias são “introduzidas em livre prática” quando estiverem preenchidas as condições para a importação na UE (pagamento de direitos aduaneiros e aplicação de medidas não pautais de política comercial). Quando os direitos aduaneiros, o imposto sobre o valor agregado (IVA) e todos os impostos especiais de consumo aplicáveis tiverem sido pagos, as mercadorias são introduzidas no consumo, uma vez que satisfazem as condições de consumo no Estado Membro de destino. Trânsito aduaneiro O regime de trânsito aduaneiro facilita a circulação das mercadorias entre as diferentes estâncias aduaneiras dos ACESSO AO MERCADO •certificado sanitário ou fitosanitário (quando aplicável); •outros certificados (quando aplicáveis). 41 Como Exportar Bélgica Estados-Membros da UE, suspendendo temporariamente os direitos e certas medidas de política comercial e transferindo as formalidades de desalfandegamento para a estância aduaneira de destino. Entreposto aduaneiro Este regime permite armazenar as mercadorias importadas em instalações designadas, suspendendo temporariamente os direitos, os impostos e as medidas de política comercial até que lhes seja atribuído outro destino aduaneiro. 42 Sumário Não existem zonas francas localizadas em território belga. - Importações via postal (“colis postaux”, “mail orders”, etc.): A importação de determinadas mercadorias, especialmente se a dimensão, o peso e o volume forem limitados, pode ocorrer por meio do serviço postal. As importações de bens enviadas por correio estão sujeitas ao mesmo imposto e ao regime aduaneiro, assim como todas as outras importações. Este regime permite a entrada de mercadorias na União Europeia sem sujeição a direitos, impostos ou outras medidas de política comercial, para transformação sob controle aduaneiro e posterior reexportação para fora da UE. Se os produtos acabados não chegarem a ser exportados, devem ser sujeitos aos direitos e medidas aplicáveis. Importação temporária A importação temporária permite a entrada das mercadorias na UE com isenção de direitos, desde que se destinem a ser reexportadas sem terem sofrido qualquer alteração. O período máximo durante o qual as mercadorias podem permanecer ao abrigo deste regime é de dois anos. Zona franca ou entreposto franco As zonas francas são zonas especiais no interior do território aduaneiro da UE onde as mercadorias podem ser introduzidas sem aplicação de direitos aduaneiros, medidas de política comercial, IVA e impostos especiais de consumo, até que lhes seja atribuído outro destino aduaneiro ou até serem reexportadas. As mercadorias podem ser submetidas a operações simples como, por exemplo, a transformação ou a reembalagem. ACESSO AO MERCADO Aperfeiçoamento ativo Como Exportar Bélgica 1. Canais de distribuição Considerações gerais Os canais de distribuição na Bélgica são divididos no comércio varejista e no atacado, e a única peculiaridade que podemos ressaltar é o fato de que em virtude de sua situação política e linguística, os canais de distribuições a nível regional ganham relevância. Contudo, no setor da alimentação existe um grande número de cadeias de distribuição de nacionalidade belga, como Delhaize e Colruyt e internacionais como Carrefour, Lidl ou Aldi. Vale também ressaltar que os últimos anos aparaceu no mercado belga uma nova forma de distribuição de produtos, principalmente no setor alimentário os supermercados onde cada vez mais os contatos com o produtor são realizados diretamente, sem a presença de intermediadores. Como a Bélgica é um país com três regiões com características distintas, existem diversos canais a nível regional. Muitas empresas também recorrem ao sistema de franquias. Não existe na Bélgica a mesma quantidade de shopping centers que no Brasil, sendo muito normal que cada cidade tenha sua rua de comércio. Outro canal de distribuição que cresce de maneira bastante rápida é o das vendas on-line, que atingem a diversos setores como alimentação (supermercados), vestuário, eletro-domésticos e outros produtos de consumo. Canais recomendados Não há canais específicos para produtos provenientes de países não-membros. O canal de distribuição mais adequado depende do mercado ao qual o produto pertence. Assim, por exemplo, há boutiques e lojas de varejo de vestuário, bem como supermercados e lojas de varejo para produtos alimentícios no Sumário atacado. Um canal muito utilizado na Bélgica atualmente é a venda por internet. É importante salientar que a Bélgica é considerada um excelente mercado de teste para produtos novos, em virtude de seu tamanho e da diversidade de sua população. Compras governamentais As compras governamentais são regidas pela “Loi relative aux marchés publics et à certain marchés de travaux, de fournitures et de services” ou Lei de 24 de dezembro de 1993. Existem também duas outras leis que ainda não entraram totalmente em vigor, mas que regulam a questão das compras governamentias ; a Lei de 15 de junho de 2006 sobre compras governamentais e a Lei de 16 de junho de 2006 sobre informação aos candidatos e etc. Por ser país membro da União Europeia, a Bélgica tem regras rígidas em se tratando de processos licitatórios para contratos públicos e teve que adaptar seu direito nacional ao disposto nas Diretiva 2004/17/CE do Parlamento Europeu e do Conselho de 31 de Março de 2004 relativa à coordenação dos processos de adjudicação de contratos nos sectores da água, da energia, dos transportes e dos serviços postais e Diretiva 2004/18/CE do Parlamento Europeu e do Conselho de 31 de Março de 2004 relativa à coordenação dos processos de adjudicação dos contratos de empreitada de obras públicas, dos contratos públicos de fornecimento e dos contratos públicos de serviços. As empresas estabelecidas num país da UE podem participar nos concursos públicos de todos os restantes países da UE. Em toda a UE, as autoridades públicas utilizam procedimentos harmonizados e transparentes para seleccionarem os contratantes. Além disso, o Small Business Act for Europe promove iniciativas que facilitam a participação das PME nos concursos públicos em pé de igualdade com as grandes empresas concorrentes. Atualmente o único monopólio que resta nas mãos do Estado é o serviço postal. Contudo, desde janeiro de 2011 o serviço postal para correspondências de até 50 gramas já podem ser explorados por uma empresa privada. Em realidade, a Diretiva ESTRUTURA DE COMERCIALIZAÇÃO VI - ESTRUTURA DE COMERCIALIZAÇÃO 43 Como Exportar Bélgica 2. Promoção de vendas Considerações gerais A principal forma de promoção de produtos e de alguns serviços é ainda a publicidade, que por sua vez, é uma atividade bastante regulamentada. Por exemplo, não é permitido na Bélgica a existência de publicidade comparativa. Por outro lado, está cada vez mais presente a publicidade via internet e emails. Como a Bélgica é um país rico, com forte inclusão social, este publicidade obtem um bom resultado. De forma mais local, existe uma grande utilização de envio de material publicitário pelos correios. Feiras e exposições Na Bélgica se realizam durante todo o ano inúmeras feiras e exposições, algumas delas, como a European Seafood, são consideradas as mais importantes a nível tanto europeu, como mundial. O calendário das principais feiras para este ano de 2011 encontra-se no Anexo I, 6. Caso seja de interesse de uma empresa brasileira participar de uma das feiras que ocorrem no território belga, recomenda-se contatar o SECOM da Embaixada do Brasil na Bélgica, cujos dados de contato estão no Anexo I deste Guia. Vale ressaltar que o Brasil, por intermédio de seu SECOM na Bélgica, participa ativamente de diversas feiras importantes como a European Seafood, Franchising & Partnership 2011 e o Salon de Vacances. - Veículos publicitários Um dos melhores meios de fazer publicidade na Bélgica é a por meio da imprensa escrita, seja nacional ou regional. Sumário Esta realiadade acontence tanto na parte da Valônia quanto em Flandres. As cinco principais agências de publicidade da Bélgica são BBDO, Duval Guillaume, TBWA Group, Emakina e Euro RSCG. Os principais meios de comunicação estão descritos no Anexo I, 7. Consultoria de “marketing” Existem muitas empresas de consultoria de marketing na Bélgica internacionais e locais a ABMD (Association Belge du Marketing Direct) agrupa um bom número dessas empresas. Para obter mais informação sobre as consultorias de marketing ver Anexo I. 8. 3. Práticas comerciais Negociações e contratos de importação A Bélgica possui três idiomas oficiais: françês, holandês e alemão. O ideal seria comunicar num desses idiomas, dependendo dos conhecimentos linguístico da outra parte negociadora. Contudo, como regra geral a comunidade de negócios tem um bom conhecimento do idioma inglês e tem o hábito de celebrar contratos nesta língua. O português não é um idioma muito difundido na comunidade de negócios na Bélgica. Designação dos agentes Se uma empresa brasileira desejar nomear um agente comercial na Bélgica deverá ser celebrado entre as partes um contrato de agência. Este tipo de contrato é regido pela Lei de Agência Comercial de 13 de abril de 1995 alterado pelas leis de 4 de maio de 1999 e 1° de junho de 1999. No que diz respeito à remuneração do agente comercial, a lei belga permite que o agente seja remunerado por comissão, ou através de uma remuneração fixa ou pela combinação dos dois ESTRUTURA DE COMERCIALIZAÇÃO 2008/06/CE obriga aos Estados Membros da União Europeia a liberalizar os serviços postais entre 2010 e 2012. 44 Como Exportar Bélgica Abertura de escritório de representação comercial As empresas brasileiras que queiram possuir um escritório de representação na Bélgica poderão fazê-lo através da abertura de uma sucursal ou da constituição de uma sociedade, de preferência uma sociedade limitada. Segue abaixo informação preliminar sobre a constituição de uma sucursal ou uma sociedade limitada. Contudo, é importante ressaltar que esta é uma informação básica e que um profissional deverá ser sempre consultado para a constituição de uma sucursal e/ou sociedade na Bélgica. Sumário Sucursal As sociedades que foram constituídas de maneira idônea nos seus países de origem e que possuem seu estabelecimento principal no exterior, podem operar na Bélgica por meio de uma sucursal. A sucursal é definida como um centro de operações permanente que nada mais é que um prologamento da sociedade mãe ou principal, que tem a possibilidade de negociar e estabelecer negócios jurídicos com terceiros. Em geral, a sucursal não possui personalidade jurídica. Para que uma sociedade estrangeira possa abrir uma sucursal na Bélgica deverá preencher as seguintes condições: •a sociedade estrangeira deverá ser representada na Bélgica por um mandatário que possua poderes para assumir compromissos com terceiros; •o mandato deverá cobrir a um número ilimitado de operações; •o mandatário deverá possuir uma instalação fixa. No momento da constituição da sucursal, a sociedade brasileira deverá fornecer no Registro de Comércio (o equivalente às Juntas Comerciais no Brasil) os seguintes documentos e informações: • ato constitutivo e contrato social ou estatuto consolidado; •endereço, denominação e indicação da atividade da sucursal; •pessoa(s) que poderá(ão) representar a sucursale contrair obrigações •indicar a junta comercial em que está registrada a sociedade matriz, bem como o seu número de registro (NIRE) •as últimos balanços e contas consolidadas Constituição de uma sociedade limitada (SPRL em francês e BVBA em holandês) Segundo a lei belga, uma sociedade limitada debe ser consitituída por uma escritura pública que será posteriormente registrada num Registro de Comércio. Não existe na Bélgica ESTRUTURA DE COMERCIALIZAÇÃO sistemas. O contrato de agência pode ser de duração determinada ou indeterminada. Se a intenção é designar diversos agentes comerciais para o território belga, é importante definir de maneira precisa a missão e a área geográfica de cada agente (principalmente com relação à ausência de exclusividade). Segundo a lei belga, em caso de rescisão do contrato de agência, o aviso prévio deverá ser de 1 mês durante o primeiro ano de duração do contrato, ao qual deverá ser adicionado 1 mês por cada ano suplementar de contrato, com um prazo máximo de 6 meses. (Lei de 13 de abril de 1995. Contudo, as partes podem acordar um aviso prévio mais longo. Em caso de rescisão do contrato, o agente tem direito, em geral, a uma indenização que deverá ser baseada em seu desempenho, calculada pela média de remuneração dos últimos cinco anos, mas nunca deverá superar o valor de um de remuneração recebida pelo agente. Se o contrato durou menos de cinco anos, a indenização será calculada pela média de remuneração dos anos precedentes. Vale dizer que esta remuneração não é devida nos seguintes casos : •Rescisão por falta grave do agente ; •Fim do contrato por vontade do agente ; •Cessão dos direitos relativos ao contrato de agência pelo agente 45 Como Exportar Bélgica Seguros de embarques Em matéria de seguros marítimos, aplica-se na Bélgica as regras internacionais atualmente em vigor. O site da Associação Real das Seguradoras Marítimas (Association royale des assureurs maritimes belges) enumera algumas cláusulas habituais de uma apólice de seguro15 . Supervisão de embarques O objetivo da Supervisão de Carregamento é verificar durante as operações de carga e descarga que as mercadorias estejam sendo devidamente tratadas e protegidas em meios de transporte, seja container, navio ou caminhão. As principais entidades/empresas locais de supervisão de embarques encontram-se listadas no Anexo I, 11. Financiamento das importações Em geral os bancos comerciais com presença na Bélgicas, como BNP Paribas, KBC, ING possuem linha de financiamento para as importações. Também existem outras entidades financeiras 15 http://www.abambvt.be/fr/polisvoorwaarden.html Sumário que oferecem este tipo de produto. Litígios e arbitragem comercial De maneira geral, os contratos comerciais belgas estão sujeitos à revisão judicial pelos tribunais belgas e contemplam quase sempre uma cláusula de eleição de foro. Os litígios comerciais superiores a 1860 euros serão julgados em primeira instância pelo Tribunal de Comércio e os litígios inferiores a este valor por um juiz de paz. Entretando, a exemplo de outros países, também é possível estabelecer nos contratos comerciais a arbitragem como método de solução de conflitos. Vale ressaltar que, segundo o direito belga, para que uma cláusula arbitral seja válida ela terá quer feita por escrito e assinada pelas partes. Para maiores informções sobre arbitragem na Bélgica, favor consultar o site internet do Centre Belge d’Arbitrage et de Médiation CEPINA: http://www.cepani.be/FR/Default. aspx?PId=773 ESTRUTURA DE COMERCIALIZAÇÃO cartórios especializados e, em geral, qualquer cartório está habilitado a constituir uma sociedade. Uma lista de cartórios por cidade ou bairro (commune) está disponível no site oficial dos cartórios da Bélgica (http://www.notaire.be ) Com relação à constituição de sociedade, vale lembrar que na Bélgica existe a exigência de um capital mínimo, que atualmente é de 18.550 euros. No ato da constituição 6.200 euros deverão ser integralizados, no caso de mais de sócio e 12.400 euros se a sociedade for unipessoal. Outro ponto importante - e que difere da legislação brasileira – é a necessidade de apresentar um plano financeiro mencionando as perspectivas da sociedade no que se refere a gastos e rendimentos para os três próximos anos civeis. 46 Como Exportar VII - RECOMENDAÇÕES BRASILEIRAS ÀS EMPRESAS Com vistas à realização de exportações à Bélgica, primeiramente é importante saber que a Bélgica como Estadomembro da União Europeia (“UE”) possui o mesma estrutura tarifária que foi estabelecida para todos os membros da UE. A estrutura da tarifa da União Europeia tem como base o Sistema Harmonizado (SH) e a Nomenclatura combinada. En outras palavres, a Nomenclatura Combinada da Comunidade Europeia (NC) integra a Nomenclatura SH e abrange subdivisões adicionais de 8 dígitos e notas legais criadas especialmente para lidar com as necessidades da Comunidade. As mercadorias, quando declaradas para a alfândega em um país da UE, geralmente devem ser classificadas de acordo com a Nomenclatura Combinada. Mercadorias importadas e exportadas devem ser declaradas informando em qual subtítulo elas se enquadram. Isto determina qual imposto de importação se aplica e como as mercadorias são tratadas para fins de estatística. A Pauta Integrada das Comunidades Europeias, denominada Taric, contém as medidas comunitárias e comerciais aplicadas às mercadorias importadas e exportadas pela Comunidade. A Comissão Europeia é responsável pela sua gestão e propõe uma versão atualizada diariamente no site oficial da TARIC . http://ec.europa.eu/taxation_customs/dds2/taric/taric_ consultation.jsp?Taric=&Lang=pt&Screen=0&Description=&Area =&redirectionDate=20100713&Level=&LangDescr=en&Expand= false&SimDate=20100713 Ao ser um dos países-membros da União Europeia e estar localizada numa área geográfica privilegiada, a Bélgica acaba sendo uma ótima opção para os exportadores brasileiros entrarem seus produtos na Europa. Neste sentido, a Bélgica conta com uma das melhores redes de infra-estrutura da Europa, contando com excelentes malhas rodoviárias e ferroviárias, assim como como grandes e renomados portos, como o Porto da Antuérpia, o segundo porto europeu. Sumário Com vistas à auxiliar ao exportador, a Comissão Europeia criou o Export Helpdesk, que pode ser muito útil para esclarecer algumas dúvidas de como exportar para países da União Europeia, como a Bélgica. http://exporthelp.europa.eu/index_pt.html A Comissão Europeia também lançou em 2010 o ‘European Customs Information Portal (Portal europeu de informação aduaneira ), um novo site com cenários animados que explicam regras e procedimentos aduaneiros complexos. http://ec.europa. eu/ecip/ O Código Aduaneiro comunitário assegura um nível de proteção elevado e uniforme nos controlos aduaneiros de todas as mercadorias que entram no território aduaneiro da União Europeia. Este código foi recentemente objeto de profundas alterações, incluindo a obrigação de os operadores fornecerem antecipadamente às alfândegas informações sobre as mercadorias, bem como medidas de facilitação para empresas fiáveis. As novas disposições visam assegurar um comércio harmonioso, com base numa análise de risco eficaz. Neste site pode-se encontrar «cenários aduaneiros» animados que o irão guiar, passo a passo, através dos procedimentos de exportação e de trânsito. Terá acesso ao enquadramento jurídico da União Aduaneira da UE no que respeita aos procedimentos de importação, exportação e trânsito, e a ligação para sítios aduaneiros da UE e dos Estados-Membros. Os operadores que exportam mercadorias para a UE encontrarão neste sítio todas as informações necessárias em matéria de regras e regulamentação aduaneiras. Vale lembrar que na Bélgica o sistema eletrônico para obter o Documento Aduaneiro Único se denomina “Paperless douanes et accises” http://plda.fgov.be/fr/bienvenue Na Bélgica existe um helpdesk para questões relativas ao DAU, que funciona de segunda-feira à sexta feira de 06h00 às 22h00 e sábado de 08h00 às 17h00: Tel: + 32 257 933 33 Fax: + 32 257 966 71 A Bélgica é um excelente país de entrada para produtos de terceiros países, pois possui uma excelente posição geográfica e infra-estrutura portuária e logística. Estão presentes em território RECOMENDAÇÕES ÀS EMPRESAS Bélgica 47 Como Exportar Bélgica 48 Sumário SECOM – Embaixada do Brasil Avenue Louise, 350 (6° andar) B-1050 Bruxelles, Belgique Tel.: +32 (0) 2 640 20 15 Fax: +32 (0) 2 640 81 34 No Brasil, recomenda-se entrar em contato com as representações das agências comerciais das regiões de Flandres e Valônia, cujos endereços seguem abaixo: Representação Econômica da Flandres Al. Santos 705- Ed. Iporanga cj. 27-28 01419-001 Cerqueira César (SP), Brazil Tel : +55 11 31 41 11 97 Fax: +55 11 31 41 09 93 E-mail: [email protected] Representação Econômica da Valônia Nasser BELALIA | Adido comercial Avenida Paulista, 2073 Edificio « Horsa I » 13° andar CEP 01311-300 Sao Paulo SP Tel: +55 11 32 66 62 33 Fax: + 55 11 32.66.63.74 [email protected] E-mail: [email protected] RECOMENDAÇÕES ÀS EMPRESAS belga dois importantes portos europeus, o Porto da Antuérpia e o Porto de Gand (ambos localizados em território flamengo). Outro fator que tem que ser levado em consideração é a existência de três regiões que possuem bastante autonomia com relação ao governo federal assim como a existência de três línguas distintas: o francês, o holandês e o alemão. Por esta diversidade e devido ao seu tamanho – 10 milhões de habitantes - Bélgica também é considerada por professionais de marketing como um mercado teste por natureza. Na Bélgica, o exportador brasileiro pode contar com o apoio do Setor de Promoção Comercial (SECOM) localizado em Bruxelas, cujos dados de contato seguem abaixo: Como Exportar Bélgica 49 Sumário ANEXOS Fax: + 32 2 203 18 12 E-mail: [email protected] I. ENDEREÇOS Agence wallonne à l’Exportation et aux Investissements étrangers Place Sainctelette, 2 B - 1080 Bruxelas Tél: +32 2 421 82 11 Fax: +32 2 421 87 87 1.1 Na Bélgica a) Representação diplomática e consular brasileira Embaixada do Brasil na Bélgica Chancelaria e setor comercial Avenue Louise, 350 (6° andar) B-1050 Bruxelas Bélgica Tel: +32 (0)2 640 2015 Fax: +32 (0)2 640 8134 Email: [email protected] Horário de funcionamento: de segunda-feira a sexta-feira das 9h às 13h e das 14h30 às 18h Serviço Consular Avenue Louise, 350 (térreo) B-1050 Bruxelas Bélgica Tél: +32 (0)2 626 34 60 Fax: +32 (0)2 640 81 34 Horário de funcionamento: de segunda-feira a sexta-feira das 8h às 14h Flanders Investment & Trade Gaucheretstraat 90 BE-1030 Bruxelas Representação Econômica da Flandres c/o Consulado Geral da Bélgica Al. Santos 705- Ed. Iporanga cj. 27-28 01419-001 Cerqueira César (SP) Brazil Tel : +55 11 31 41 11 97 Fax: +55 11 31 41 09 93 Email: [email protected] 1.2 No Brasil a) Representação diplomática e consular da Bélgica Embaixada da Bélgica no Brasil SES – Avenida das Nações, Lote 32-Q 809 70422-900 Brasilia DF, Brasil Tel : 61 3443.1133 Fax : 61 3443.1219 Em caso de urgência: 61 8407.9756 [email protected] b) Órgãos oficiais locais de interesse para os empresários brasileiros Consulados da Bélgica no Brasil Agence pour le Commerce extérieur (Agência de Comércio Exterior) Rue Montoyer 3 B - 1000 Bruxelas Tél.: + 32 2 206 35 11 Rio de Janeiro Rua Lauro Müller, 116/602 Torre do Rio Sul - Botafogo 22290-160 Rio de Janeiro/RJ Tel : 21 2543.8558 ANEXOS 1. Órgãos oficiais Como Exportar Bélgica 21 2543.88.78 Fax : 21 2543 .83.98 Em caso de urgência: 21 9623 1755 [email protected] Tels.: (061) 2027-7562 Fax: (061) 2027-7188 Website: http://www.mdic.gov.br São Paulo - Consulado Geral Avenida Paulista, 2073 Ed. Horsa I - Conjunto 1303/1310 CEP 01311-940 - Sao Paulo/SP Tel.: 0xx 55 11 3145 7500 0xx 55 11 3171 1606 [email protected] 2. EMPRESAS BRASILEIRAS Informações sobre o mercado, inclusive condições de acesso, importadores locais e oportunidades comerciais: distribuição das publicações da “Coleção Estudos e Documentos de Comércio Exterior” do MRE: Divisão de Informação Comercial - DIC Ministério das Relações Exteriores 70.170-900 Brasília-DF Tels.: (061) 3411-8932 Fax.: (061) 3411-8954 E-mail: [email protected] Apoio a viagens e missões de empresários brasileiros ao país ou a missões econômicas e comerciais do país no Brasil: Divisão de Operações de Promoção Comercial - DOC Ministério das Relações Exteriores 70.170-900 Brasília-DF Tels.: (061) 3411-8531 Fax.: (061) 3411-6007 Informações sobre o mercado, a documentação e formalidades de embarque; emissão exclusiva de certificados de origem para o SGP (se aplicável). Departamento de Operações de Comércio Exterior – DECEX Esplanada dos Ministérios – Bloco J 70053-900 Brasília – DF Sumário Brazilian Business Affairs Avenue des Arts 19 A-D 1000 Bruxelas Tel +32 (0) 2 211 05 30 Tel +32 (0) 2 645 01 01 Fax: +32 (0) 2 648 80 40 E-mail: [email protected] [email protected] Duratex Europe NV Latem Business Park Xavier De Cocklaan 66 - Unit 8 9831 St. Martens-Latem Tel: +32 9 242 50 70 Fax: +32 9 242 50 79 Citrosuco (Fischer Group) Alphonse Sifferdok 990 9000 Gent Tel : +32 9 255 9 255 Fax: +32 9 251 4 515 Citrovita Votorantim Square de Meeûs 37 1000 Bruxelles Tel: +32 2 505 31 55 Votorantim Terminal NV Kaai 1223, Hazopweg 8 9130 Beveren, Kallo Tel: +32 3 570 98 83 Fax: +32 3 570 98 60 TAM Airlines Avenue Louise 386 1050 Bruxelles ANEXOS b) Órgãos oficiais brasileiros 50 Como Exportar Bélgica 3. CÂMARAS DE COMÉRCIO 3.1 Na Bélgica Federation Belge des Entreprises Rue Ravenstein, 4 B-1000 Bruxelas Bélgica Tel: +32/2-515-08-11 Fax: +32/2-515-09-15 Chambre de Commerce Belgo-LuxembourgeoiseBrésilienne Avenue Louise, 500 B – 1050 – Bruxelas Bélgica Tel. : +32 (0) 2 643 78 24 Fax : +32 (0) 2 640 93 28 Email : [email protected] Site web : www.brascam.be Horário de funcionamento : segunda-feira à quinta-feira 12h30 às 16h30 sexta-feira 12h30 às 15h30. 3.2 No Brasil Belgalux, Camâra de Comércio e Indústria Belgo-Luxemburguesa-Brasileira Av. Paulista, 2.073, Horsa 1, Cj, 1113/1114 01311-300 – Cerqueira César São Paulo-SP Tel. 0055 11 3284 9557 Fax 0055 11 3283 3601 E-mail: [email protected] Site web: http://www.belgalux.com.br 4. PRINCIPAIS ENTIDADES DE CLASSE LOCAIS Sumário 4.1 Comércio atacadista: FEDIGRO (Confédération belge du commerce en gros) Excelsiorlaan 91 1930 Zaventem Belgique Tel: 00xx 32 (0) 2 720 40 80 Fax 00xx 32 (0)2 720 20 60 http://fedigro.be/fr/index.htm 4.2 Comércio varejista: COMEOS (Fédération belge de la distribution) Av. Edmond Van Nieuwenhuyse 8 1160 Bruxelles Tel : 00xx 32 (0) 2 788 05 00 fax : 00xx 32 (0) 2 788 05 01 http://www.comeos.be/home.asp?id=0&lng=fr&m=0&m=0 5. PRINCIPAIS BANCOS BNP PARIBAS General Switchboard Montagne du Parc, 3 B-1000 Bruxelles Belgique Tel: +32/(0)2-518-08-11 Fax: +32/(0)2-518-08-72 ING Avenue Marnix, 24 B-1000 Bruxelles Belgique Tel: +32/(0)2-547-21-11 Email: [email protected] Delta Lloyd Bank Avenue de l’Astronomie, 23 B-1210 Bruxelles Belgique Tel: +32/(0)2-229-76-00 Fax: +32/(0)2-229-76-99 ANEXOS Tel: +32 2 648 69 00 Fax: +32 2 648 73 21 51 Como Exportar Bélgica KBC Bank Avenue du Port, 2 B-1080 Bruxelles Belgique 6. PRINCIPAIS FEIRAS E EXPOSIÇÕES Fax: +32 (0)2 474 84 39 Para informações mais completas sobre a eventual participação oficial brasileira em feiras e exposições locais, rogase aos empresários interessados dirigir consulta à: Divisão de Feiras e Turismo (SFT) Ministério das Relações Exteriores 70.170-900 Brasília-DF Tels.: (61) 3411-8960 Fax.: (61) 3411-8957 7. MEIOS DE COMUNICAÇÃO 7.1 Principais jornais: Datas 2011-2012 Feira e local de realização 12-02-2011 - 20-02-2011 Belgian Boat show - Flanders Expo 24-02-2011 - 25-02-2011 Batibouw (construção civil, reforma e decoração) - Brussels Expo 04-03-2011 - 06-03-2011 Foodle (Produção ecológica) Charleroi Expo 20-03-2011 - 23-03-2011 Meat and Fresh Expo - Kortrijk Xpo 03-05-2011 - 05-05-2011 European Seafood - Brussels Expo (Bruxelles) 30-03-2011 – 31-03-2011 Franchising & Partnership 2011 - Tours & Taxis (Bruxelas) Le Soir Magazine (em francês) Le Vif/L’Express (em francês) Knack (em holandês) Focus Knack (em holandês) Trends (em holandês) 17-05-2011 - 19-05-2011 Breakbulk (transport) 02-02-2012 - 06-02-2012 Salon des Vacances 7.3 Canais de TV: Uma lista completa das feiras e exposições realizadas na Bélgica pode ser encontrada no site: http://www.exhibitions.be/ en/index.asp. Muitas das feiras são organizadas por Brussel Expo cujo contato segue abaixo: Brussels Fairs and Exhibitions npo Place de Belgique 1 BE-1020 Bruxelles (Belgique) Tél.: +32 (0)2 474 84 24 Sumário Le Soir (em francês) La Libre Belgique (em francês) L’Echo (em francês) Het Nieuwsblad (em holandês) De Standaard (em holandês) Gazet van Antwerpen (em holandês - Antuérpia) Vers l’Avenir (em francês-Valônia) 7.2 Principais revistas RTBF (em francês) RTL(em francês) VTM (em holandês) Een (em holandês) Canvas (em holandês) 7.4 Estações de rádio: La Première (em francês) Viva-Cité (em francês) ANEXOS Dexia Boulevard Pachéco, 44 B-1000 Bruxelles Belgique Tel: +32/(0)2-222-11-11 52 Como Exportar Bélgica 7.5 Principais agências de publicidade: BBDO Belgium Rue de l’Escaut Bruxelas Tel : +32 (0) 2 421 2360 Duval Guillaume Brussels Antwerpselaan 40, 1000 Bruxelas Tel : +32 (0)2 412 08 88 Fax : +32 (0)2 412 08 58 TBWA\GROUP 165 av. de la Couronne 1050 Bruxelas T +32 (0) 2 679 75 00 F +32 (0) 2 679 75 10 EMAKINA 64A Rue Middelbourg 1170 Bruxelas Tel +32 (0)2 400.40.00 EURO RSCG Brussels Rue du Doyenné 1180 Bruxelas Tel: +32(0)2.348.38.00 Fax: +32(0)2.347.59.11 Entidade de classe: Conseil de la Publicité Rue Bara 175 1070 Bruxelles Tel : +32 (0) 2 502 70 70 Fax : + 32 (0)2 502 77 33 Sumário 8. CONSULTORIA DE “MARKETING” ABMD - Association Belge du Marketing Direct Noordkustlaan 1 BE-1702 Groot-Bijgaarden Tel: +32 (0)2 477 17 97 Fax: +32 (0)2 479 06 79 E-mail : [email protected] 9. AQUISIÇÃO DE DOCUMENTAÇÃO Para obter documentação oficial sobre tarifas aplicadas e estatísticas sobre comércio exterior, a melhores fontes são o site da Agence pour le commerce extérieur (http://www.abh-ace. be/fr/), do Helpdesk da Comissão Europeia (http://exporthelp. europa.eu/index_pt.html) e do Eurostat (http://epp.eurostat. ec.europa.eu/portal/page/portal/eurostat/home). 10. COMPANHIAS DE TRANSPORTE COM O BRASIL 10.1 Marítimas Samskip NV Haven 200 Antuérpia Schouwkensstraat 9 2030 Antwerp, Belgium Tel: +32 3 545 9191 Fax: +32 3 545 9197 [email protected] Samskip Salvador Ltda. Av.Centenario 2883 Sala 302, Edificio Victoria Center Chame-Chame CEP 40155-150 Salvador – Bahia, Brazil Tel: +55 713332 1940 Fax: +55 713332 8454 [email protected] ANEXOS Bel-RTL (em francês) Radio Contact (em francês) Radio 1 (em holandês) Radio 2 (em holandês) Studio Brussel (em holandês) Klara (em holandês) 53 Como Exportar Bélgica Ziegler Group Dieudonné Lefèvrestreet 160, 1020 Bruxelas Tel : +32 (0) 2 422.22.99 http://www.zieglergroup.com/websites/zieglerw.nsf/ IP/0DACDF9645727476C12567B4 10.3 Aéreas Não existem vôos diretos entre o Brasil e Bélgica. Contudo, companhias aéreas com TAM, TAP, Lufthansa, Air France, Iberia e British Airlines possuem vôos sainda de Bruxelas com destino às principais cidades brasileiras, mas com escalas em Paris, Frankfurt, Lisboa, Madri e Londres. Com relação ao transporte de mercadorias, as seguintes empresas possuem linhas com o Brasil: Brucargo Air Freight Building 740 1931 Brucargo (Machelen) Tel: +32 (0) 2 752 14 10 Fax: +32 (0) 2 751 43 02 http://www.brucargoairfreight.be/Frans/Brucargo%20 Air%20Freight%20Fr.html DHL Building 720 1931 Brucargo (Machelen) Tel: 02 808 74 22 http://www.dhl.com/en.html?utm_source=truvo&utm_ medium=internet&utm_campaign=goudengidspagesdor British Airways Cargo http://www.baworldcargo.com/index.shtml Sumário 11. SUPERVISÃO DE EMBARQUES SGS Belgium NV - SGS House Noorderlaan 87 2030 Antwerpen Belgium Tel: +32 3 545 44 00 Fax: +32 3 545 44 99 SGS do Brasil Ltda. Av. das Nações Unidas, 11633 Cj. 41A - Brooklin 04578-000 São Paulo - SP Brasil Tel: +55 11 3883-8800 Fax: +55 11 3883-8900 Bureau Veritas Mechelsesteenweg 128/136 Antuérpia 2018 Tel.: + 32 3 247 94 00 Fax : + 32 3 247 94 99 Bureau Veritas - Brasil Praça Pio X, nr. 17-9° andar - Centro Rio de janeiro 20040-020 Tel: + 55 21 2206 9200 Fax: + 55 21 2206-9314 / + 55 21 2206-9331 ANEXOS CMA-CGM CMA CGM do Brasil Agência Marítima Ltda São Paulo Rua Funchal, 263 Bloco Anexo 04551-060 Vila Olímpia -SP PABX: 55-11-3708-0088 Fax: 55 11 3708-0080 54 Como Exportar 55 Bélgica Sumário II. TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES COM O BRASIL 1. Informações sobre fretes 1.1 Marítimos Para informações específicas e atualizadas sobre fretes marítimos Brasil-Bélgica, os empresários brasileiros interessados deverão dirigir consulta, no Brasil, às empresas de transportes marítimos relacionadas no Anexo I, item 10. 1.2 Aéreos Segue abaixo uma tabela com a simulação do preço de envio de encomendas por via área a São Paulo. Peso Empresa Transportadora UPS TNT DHL FedEx Poste (correiros) 45kg 872,58 € 821,09 € 917,6 € 1132 € (4dias) 800,53 € (7dias) 100 kg 543,54 € 2721,79 € 2460.15 € (4dias) 1466,85 € (7dias) 300 kg 1228,64 € 3982,63 € 500 kg 1928,94 € 6504,31 € Até 100kg : 2155,29 € à partir de 100 kg, + 10,29 € por meio quilo adicional Envio até 30 kg. As tarifas estão indicadas acima. 7380 € (4dias) 4400,55 (7dias) 12300,75 (4dias) 7334,25 (7dias) Para informações atualizadas, os empresários deverão, todavia, dirigir consulta à seção de carga das companhias aéreas relacionadas no Anexo I ou às empresas listas na tabela acima. ANEXOS Como Exportar Bélgica 2. Comunicações: Tarifas (da Bélgica) Pacotes Telefone Kilopost International (envio não urgente) 0 à 5kg : 60 € 5-10 kg: 120 € 10-20kg: 180 € 20-30kg: 240 € Tarifas telefônicas da Bélgica para o Brasil Preço em € / minuto Peakhours Preço em € / minuto Off-Peakhours Taxa da ligação Fixo -fixo 0,5104 0,1083 Fixo-celular 1,0658 1,56 Fonte: Belgacom 2011 56 Sumário Kilopost standard (envio não urgente menos de 2 kg) <350g: 12 € Entre 350g e 1kg: 20 € Entre 1kg e 2kg: 40 € Telegrama O envio de telegramas ainda é possível na Bélgica e é administrado pela companhia de telefone Belgacom. Para maiores informações sobre tarifas, favor consultar a empresa através dos contatos abaixo indicados: E-mail : [email protected] Tel :00xx32 078 15 1325 Correspondência postal As tarifas postais são as seguintes: Envio fora do padrão Depende do peso (até 2kg), entre 3,30 € e 30,80 € Envio especial internacional A partir de 5,50 € ANEXOS Envio padrão normal Internacional Envio padrão normal (de 0 à 50 g) - 1,10 € Como Exportar Bélgica III - INFORMAÇÕES SOBRE SGP SGP 57 Sumário 2) EDIÇÕES ADUANEIRAS: Rua Rego Freitas, 498 - Vila Buarque - São Paulo. Dada a extensão da lista de produtos beneficiados pelo SGP na Bélgica, bem como as alterações periódicas a que está sujeita, recomenda-se aos empresários brasileiros interessados dirigir consulta específica a um dos seguintes órgãos (Vide Anexo I, item 1): 1) Divisão de Informação Comercial (DIC), do Ministério das Relações Exteriores, em Brasília. 2) Divisão de Acesso a Mercados (DACESS), do Ministério das Relações Exteriores, em Brasília. 3) Departamento de Negociações Internacionais (DEINT), da SECEX/MDIC, em Brasília. 4) Escritório Comercial da Embaixada/Consulado da Bélgique em Brasília/Rio de Janeiro e São Paulo, etc.). 5) Câmara de Comércio BELGALUX no Rio de Janeiro ou em São Paulo. 6) CNI, FIESP e AEB. Editoras que publicam, no Brasil, as “Listas”. de acordos na ALADI (assinatura): 1) AGENCO: Rua Senador Dantas, 75 - 4° andar - Rio de Janeiro. ANEXOS 7) Entidades de Classe. Como Exportar Bélgica IV - INFORMAÇÕES PRÁTICAS 1. Moeda e subdivisões: moedas inteiras: 1 e 2 € moedas de centavos: 1, 2, 5, 10, 20 e 50 centavos notas: 5, 10, 20, 50, 100, 200 e 500 € A cotação com o US dólar em 18.03.2011: 1 € = 1,4130 US dolar 58 Sumário o horário de verão no Brasil) e +5 (durante o horário de verão europeu) 5. Horário comercial: O horário comercial é normalmente das 10h-18h30 (19h), podendo ter variações de até 1 hora dependendo do tipo de comércio. Os supermercados ficam abertos na sexta-feira até às 21h. 6. Corrente elétrica: 220 volts e 50 ciclos 2. Pesos e medidas: A Bélgica, como maioria dos Estados Membros da UE, adota sistema Métrico Decimal. 7. Períodos recomendados para viagem: Em geral, deve-se evitar viagens de negócios durante o período de férias de verão europeu (julho e agosto). Ano Novo 1° de janeiro, Sábado Páscoa 25 de abril, Segunda-feira Ascenção 2 de junho, Quinta-feira Pentecostes 13 de junho, Segunda-feira Festa Nacional 21 de julho, Quinta-feira Ascenção do Senhor 15 de agosto, Segunda-feira Todos os santos 11 de novembro, Sexta-feira Natal 25 de dezembro, Domingo 4. Fusos horários: Não há diferença de fuso horário no território belga. O fuso horário da Bélgica com relação à hora de Brasília é de + 4. Contudo, vale lembrar que este fuso pode varia entre +3 (durante 8. Visto de entrada: Em geral, não é necessário visto para estada na Bélgica por um período máximo de 90 dias. 9. Vacinas: Não é exigido nenhum tipo de vacinação para entrar na Bélgica 10. Alfândega e câmbio: O câmbio em euros e dólares é efetuado, sem restrições, nos bancos, agências especializadas, casas de câmbio e nos principais aeroportos do país. Outras moedas conversíveis ANEXOS 3. Feriados: Como Exportar 59 Bélgica também são aceitas. 5. NH Hotel du Grand Sablon 4* Rue Bodenbroekstraat, Bruxelas Tel. +32 2 518 11 00 Fax: +32 2 512 6766 11. Lista de hotéis. Bruxelas, capital da Bélgica, possui vários hotéis. Contudo, devido ao fato de possuir várias instituições internacionais, os preços das diárias podem ser bem elevados e, por isso, recomenda-se fazer as reservas com antecedências. A diária para um hotel, dependendo da categoria, pode variar entre 85-150€ (3 estrelas); 150-250€ (4 estrelas) e 250-400€ (5 estrelas). Existe um site de reservas por internet por meio do qual é possível reservar hotéis em Bruxelas: www.booking.com Hotéis em Bruxelas 6. Crowne Plaza Brussels Europa 4* Rue de la Loi 107, Bruxelas Tel : + 32 2 2301333 Fax: + 32 2 2300326 7. NH Brussels City Centre Chaussée de Charleroi 17 Bruxelas Tel. +32 2 539.01.60 Fax: +32 2 537.90.11 4* 8. The White Hotel 3* Avenue Louise 212, 1050 Bruxelas Tel : +32 0 2 644 29 29 Fax : +32 0 2 644 18 78 2. Stanhope Hotel 5* Rue du Commerce 9, Bruxelas Tel.: +32 2 506 91 11 Fax: +32 2 512 1708 3. Eurostars Montgomery 5* 134 Av de Tervueren, Bruxelas Tel: +3227418511 Fax: +3227418500 4* 9. Novotel Brussels Centre Tour Noire Rue de la Vierge Noire 32 Bruxelas Tel : +32 2 50 55050 Fax : +32 2 50 55000 10. Thon Hotel Brussels City Centre Avenue du Boulevard 17 Bruxelas Tel.: +32 2 205 15 11 Fax: +32 2 201 15 15 11. Eurostars Sablon 3* Rue de la Paille 2-8 Bruxelas Tel. : +32 0 2 513 60 40 Fax : +32 0 2 511 81 41 3* 3* ANEXOS 1. Conrad Brussels 5* Avenue Louise 71, Bruxelas Tel: 02/542 42 42 Fax: 02/542 42 00 4. NH Grand Place Arenberg Rue d’Assaut 15, Bruxelas Tél. +32 25 011616 Fax: +32 25 011818 Sumário Como Exportar Bélgica 60 Sumário BIBLIOGRAFIA Agence pour le commerce extérieur Aéroport d’Anvers Aéroport de Bruxelles Aéroport de Charleroi Aéroport de Liège Aéroport d’Oostende Banque Centrale Européenne Banque Nationale de Belgique Banco Central do Brasil Bureau Fédéral du Plan Centre Belge d’Arbitrage et de Médiation (CEPINA) Commission Bancaire, Financière et des Assurances Direction Générale opérationnelle de l’agriculture, des ressources naturelles et de l’environnement- Région Wallonne. Eurostat Flanders Investment and Trade Fédération Belge de l’Industrie textile, du bois et de l’ameublement (FEDUSTRIA) Fédération belge du secteur financier (FEBELFIN) Fédération de l’industrie du verre (FIV) Fédération des industries extractives et transformatrices de roches non combustibles (FEDIEX) Groupement de la sidérurgie (GVS) Institut Royal Météorologique Landrbouw en Visserij- Vlaamse Overheid (Agricultura em Flandres) Ministério das Relações Exteriores (Brasil) Ministério da Indústria e Comércio (Brasil) Service Public Fédéral (SPF) Economie, PME, Classes moyennes et Energie Service Public Fédéral (SPF) Economie, PME, Classes moyennes et Energie, Direction générale Statistique et Information économique Service Public Fédéral Finances Service Public Fédéral (SPF) Mobilité et Transport Société Nationale des Chemins de Fer Belges (SNCB) Port d’Anvers Port de Gand Port d’Oostende BIBLIOGRAFIA Sites internet Como Exportar Bélgica 61 Sumário BIBLIOGRAFIA Port de Zeebrugge Port de Bruxelles Port de Liège Royale Association Belge des Assureurs maritimes (ABAM) Unicef Como Exportar Bélgica 62 Sumário MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES Departamento de Promoção Comercial e Investimentos Divisão de Informação Comercial Brasília, 2011 Coleção: Estudos e Documentos de Comércio Exterior Série: Como Exportar CEX:205 Elaboração: Ministério das Relações Exteriores - MRE Subsecretaria-Geral de Cooperação, Cultura e Promoção Comercial - SGEC Departamento de Promoção Comercial e Investimentos - DPR Divisão de Informação Comercial - DIC Embaixada do Brasil em Bruxelas Setor de Promoção Comercial - SECOM Coordenação: Divisão de Informação Comercial Distribuição: Divisão de Informação Comercial Os termos e apresentação de matérias contidas na presente publicação não traduzem expressão de opinião por parte do MRE sobre o “status” jurídico de quaisquer países, territórios, cidades ou áreas geográficas e de suas fronteiras ou limites. Os termos “desenvolvidos” e “em desenvolvimento” empregados em relação a países ou áreas geográficas, não implicam tomada de posição oficial por parte do MRE. O DPR, que é titular exclusivo dos direitos de autor, permite a reprodução parcial, desde que a fonte seja devidamente citada. CRÉDITOS Direitos reservados.