Ai dos que usurpam a dignidade dos pobres!

Sugestões para
Liturgia Dominical
25 de Setembro de 2016 | 26º Domingo do Tempo Comum – Ano C
Ai dos que usurpam a dignidade dos pobres!
Textos Bíblico-litúrgicos: Am 6,1a.4-7 // Sl 145 // 1Tm 6,11-16 // Lc 16,19-31.
Antífona de Entrada: “Senhor, tudo o que fizestes conosco, com razão o fizestes, pois pecamos contra vós
e não obedecemos aos vossos mandamentos. Mas honrai o vosso nome, tratando-nos segundo vossa misericórdia.”
Oração do dia: “Ó Deus, que mostrais vosso poder, sobretudo no perdão e na misericórdia, derramai sempre
em nós a vossa graça, para que, caminhando ao encontro das vossas promessas, alcancemos aos bens que
nos reservais. [...]”.
Aclamação ao Evangelho: “Jesus Cristo, sendo rico, se fez pobre, por amor; para que sua pobreza nos, assim,
enriquecesse.”
Oração sobre as oferendas: “Ó Deus de misericórdia, que esta oferenda vos seja agradável e possa abrir
para nós a fonte de toda a bênção. [...]”.
Antífona da comunhão: “Nisto conhecemos o amor de Deus: Jesus deu sua vida por nós; por isso nós também devemos dar a nossa vida pelos irmãos.”
Oração depois da comunhão: “Ó Deus, que a comunhão nesta Eucaristia renove a nossa vida para que, participando da paixão de Cristo neste mistério, e anunciando a sua morte, sejamos herdeiros da sua glória. [...]”
A Liturgia da Palavra desse domingo poderia ser resumida no “ai de vós os ricos...”. A crítica do profeta Amós (I
Leitura) e de Jesus (Evangelho) vai ao encontro daqueles que depositaram sua esperança nos bens do mundo,
em detrimento dos pobres. A ética bíblica é toda ela marcada pela exigência da pratica da justiça para com
os pobres e excluídos. A justiça é expressão prática do encontro com os pobres em suas necessidades, por
meio de ações concretas de acolhimento ao estrangeiro, de amparo à viúva e ao órfão, de socorro aos famintos, mas não só. Um homem e uma mulher são justos quando põem os seus bens em favor da dignidade de
outrem, acolhendo aqueles que nada têm. Por isso, a parábola que Jesus conta no Evangelho quer provocar
a consciência dos que não se deixam afetar pelo Reino, porque estão agarrados aos bens que possuem (cf.
Evangelho, v.31). Nesse sentido, Paulo orienta os cristãos a promoverem a justiça, o amor e a fé (cf. II Leitura,
v.11), como prática dos que acorrem à vida eterna entregando a vida pelos irmãos e irmãs, conforme Jesus
(cf. Antífona de Comunhão). A vida plena é promessa que Deus faz a todos: aos pobres, aos oprimidos, aos
famintos, aos cativos, aos cegos, aos caídos, aos justos, aos estrangeiros, aos órfãos (cf. Salmo responsorial),
como realidade da sua Justiça, essa a que somos chamados a realizar no agora de nossa história, inspirados
por Jesus, Ele mesmo, que se desapegou da sua dignidade de Filho de Deus por amor, a fim de, pobre na cruz,
garantir-nos a vida plena e abundante (cf. Aclamação ao Evangelho).
Sugestões litúrgicas
1. A saudação presidencial seja a opção “f” do Missal: “Irmãos eleitos segundo a presciência de Deus Pai, pela
santificação do Espírito para obedecer a Jesus Cristo e participar da bênção da aspersão do seu sangue, graça
e paz vos sejam concedidas abundantemente”
2. Os leitores se preparem bem, a fim de bem proclamarem a palavra de Deus. A equipe de canto entoe, de
modo orante, um refrão meditativo antes da Liturgia da Palavra. Sugerimos o refrão: “Deus não está longe de
cada um de nós, nele vivemos, nos movemos e existimos”.
3. Sugerimos a oração eucarística VI-D, “Jesus passa fazendo o bem”. A comunidade seja incentivada a responder as partes que lhe cabe na oração, por meio de respostas cantadas.
Homilia e Sugestões litúrgicas: Tânia da Silva Mayer | Revisão: Maria Lúcia Carvalho Alves