MANUAL PRÁTICO DE CAPRINOVINOCULTURA Joseane Vieira

Transcrição

MANUAL PRÁTICO DE CAPRINOVINOCULTURA Joseane Vieira
 MANUAL PRÁTICO DE CAPRINOVINOCULTURA Joseane Vieira de Andrade Médica Veterinária APRESENTAÇÃO A região Nordeste brasileira abriga o maior rebanho de caprinos e o segundo maior rebanho de ovinos do país. A carne de caprinos e ovinos é considerada de excelente qualidade e o leite de alto valor nutritivo. E para o bom andamento desta atividade é importante à adoção de práticas simples de alimentação e manejo de rebanho e pasto. O sistema de produção atual retrata produtores que fazem uso da mão de obra familiar, dispondo de rebanhos pequenos compondo cerca de 30-­‐50 cabeças e com exploração do fundo de pasto na alimentação dos animais. Normalmente são pessoas desmotivadas pelo desenvolvimento lento e falta de perspectivas. O cenário desejado é de produtores motivados com disposição para trabalhar, com assistência técnica qualificada e aplicando boas e corretas práticas de manejo. Desta forma é possível otimizar e maximizar a produção, gerando trabalho e aumento renda. RAÇAS DE OVINOS ESPECIALIZADAS PARA CORTE As características gerais dos ovinos especializados para corte são: animais compactos com evidenciado arqueamento de costelas, linha dorso lombar e garupa com boa cobertura muscular, grande velocidade de ganho de peso. Assim em criações cujo objetivo for apenas o corte, compensará ter raças especializadas, bem precoces e que alcancem rapidamente pesos elevados. MORADA NOVA Origem: Portugal ou de raças africanas, foi primeiramente descrita no Município de Morada Nova (CE). Avenida do Cruzeiro, S/N, Parque Santo Antônio, CEP: 44718-­‐000, TEL: 55 (74) 3681-­‐2366, Ourolândia │ Bahia │ Brasil www.ibrafocco.org.br │ [email protected] Características raciais: • Pelagem vermelha ou branca com manchas vermelhas; • Deslanados, cauda com extremidade branca; • Cabeça larga, alongada, com perfil sub-­‐convexo, mochas, orelhas pendentes em forma de concha (± 9 cm); presença ou não de brincos; • Tórax profundo e costelas pouco arqueadas; linha dorsal cortante; ventre pouco desenvolvido; • Pele escura e cascos pretos. SANTA INÊS Origem: Nordeste brasileiro Características raciais: • Pelos brancos, vermelho, chitado (branco e vermelho ou preto) e preto; • Tronco, peito e membros vigorosos, porte grande; • Cascos escuros ou brancos, seguindo as mucosas oculares e nasais; • Partos duplos são frequentes, ovelhas com boa habilidade materna e produção leiteira. DORPER Origem: África Características raciais: • Alta prolificidade; • É uma raça de manejo a pasto, produzindo carne e cordeiros em manejo de baixo custo; • Boa condição corporal mesmo sob condições adversas; Avenida do Cruzeiro, S/N, Parque Santo Antônio, CEP: 44718-­‐000, TEL: 55 (74) 3681-­‐2366, Ourolândia │ Bahia │ Brasil www.ibrafocco.org.br │ [email protected] • Ótimas qualidades maternas RAÇAS CAPRINAS PRODUTORAS DE CARNE BOER Origem: África do Sul Características raciais: Pelos vermelhos da cabeça, orelhas e pescoço, com o restante do corpo coberto por pelos brancos. ANGLO-­‐NUBIANA Origem: África, Ásia e Índia A pele é predominantemente escura, solta e de espessura mediana. MOXOTÓ Origem: Vale do Moxotó em PE Características raciais: cor baia e suas tonalidades, até o lavado; linha dorso lombar com faixa preta (terço médio pescoço à cauda). Avenida do Cruzeiro, S/N, Parque Santo Antônio, CEP: 44718-­‐000, TEL: 55 (74) 3681-­‐2366, Ourolândia │ Bahia │ Brasil www.ibrafocco.org.br │ [email protected] CANINDÉ Origem: Zona Piauí e Ceará (Rio Canindé) Características raciais: castanho escuro a preta por todo o corpo, exceto no ventre; o períneo tem pelos curtos e finos. Variedade da Canindé vermelha, avermelhada ou castanha. INSTALAÇÕES PARA OVINOS E CAPRINOS Constituídas basicamente de cercas, piquetes, apriscos, curral de manejo ou centro de manejo e creche. 1. ABRIGOS: Os mais rústicos constituem-­‐se de galpões simples com água, piso ripado e distante 1,0 m do solo. Orientação leste-­‐oeste com proteção dos ventos sul. Há também as proteções naturais com vegetação ou pedras amontoadas. Avenida do Cruzeiro, S/N, Parque Santo Antônio, CEP: 44718-­‐000, TEL: 55 (74) 3681-­‐2366, Ourolândia │ Bahia │ Brasil www.ibrafocco.org.br │ [email protected] 2. APRISCOS Destinados mais às matrizes e reprodutores são usados para proteger os animais de predadores. Podem ter paredes até 1,0 -­‐1,5m de altura, com o restante acima semifechado com gradil ou grandes janelas que se abrem para fora (tipo alçapão), pé direito de 2,50m, coberta preferencialmente com telhas de barro ou fibrocimento. Área de 1,5m2/cab. Fazenda M arfim 3. CURRAIS DE MANEJO: São curraletes com 1m2/cab quando os animais ficarem recolhidos à noite, caso contrário calcular 0,3-­‐0,5m2/cab, neste local faz-­‐se a vermifugação, marcação, casqueamento, desmama e eventuais curativos. Sua localização deve ser estratégica. No final da seringa possui um corredor de imobilização, com ou sem reversão, com tronco de contenção. A altura é 0,9 -­‐1,0m, seu piso tem 0,3 de largura e sua parte superior 0,5m. As porteiras geralmente são dispostas nos cantos. 3.1. Tronco de contenção: feito em tábuas cujas portas são de correr (parecido com o de bovinos). Sua altura interna é de 0,85m, largura interna 0,45m e pode medir entre 6-­‐10m de comprimento. Avenida do Cruzeiro, S/N, Parque Santo Antônio, CEP: 44718-­‐000, TEL: 55 (74) 3681-­‐2366, Ourolândia │ Bahia │ Brasil www.ibrafocco.org.br │ [email protected] 3.2. Pedilúvio: construído em cimento queimado (liso) no piso do tronco, com ligeira declividade e profundidade entre 0,10-­‐0,15m. 3.3. CRECHE: Quando se fizer necessário deverá ser construído junto ou separado aos apriscos, sendo mais fechados e providos de fonte de aquecimento artificial para os recém-­‐
nascidos. Usar ente 0,3-­‐0,5m2/cab. MANEJO SANITÁRIO DE OVINOS E CAPRINOS Algumas práticas básicas a serem consideradas: • Observar o plantel com a finalidade de encontrar irregularidades como desvio e hábitos e costumes característicos dos ovinos. Ex. animas isolados. • Examinar conjuntiva e mucosa ocular, bem como mucosa oral, perianal, vaginal e peniana, na busca por anormalidades na coloração, aspecto, odor. • Observar a andadura dos animais, pois a claudicação (manqueira) pode ser indicativos de afecções do casco e ocasionar muitos prejuízos. Avenida do Cruzeiro, S/N, Parque Santo Antônio, CEP: 44718-­‐000, TEL: 55 (74) 3681-­‐2366, Ourolândia │ Bahia │ Brasil www.ibrafocco.org.br │ [email protected] • Apetite depravado geralmente ocasionado por endoparasitismo ou deficiências minerais. • Procurar adquirir a animais de boa procedência que apresente uma aparência saudável, que possua pelos lisos, brilhantes e tamanho de acordo com idade e raça. • Todos os caprinos, reprodutores e matrizes, com idade acima de um ano deve vir acompanhado de exame sorológico negativo para CAEV (CAPRINO ARTRITE ENCEFALITE VÍRUS). • Todos os ovinos machos devem vir acompanhados de atestado negativo para epididimite ou exame sorológico negativo para Brucelose. • Fazer quarentena dos animais recém adquiridos por período mínimo de 30 dias, • Promover vacinação, vermifugação e tratamento contra as doenças que mais ocorrerem na região. • Evitar superlotação de pastos e currais. • Prender e avaliar os animais pelo menos duas vezes por semana para observar problemas como: bicheira, cegueira, caroço, podridão do casco e outras. • Promover limpeza de currais. CUIDADOS COM O NEONATO Os cabritos e borregos nascem, em geral, sadios, normais, com pêlos e com os olhos abertos e para garantir que continuem com bom desenvolvimento são necessários alguns cuidados simples, porém muito importantes. O período inicial de vida de caprinos e ovinos é considerado o as importante, pois as práticas de manejo empregadas neste período vão refletir no futuro próximo o borrego ou cabrito que se pretende obter. • Limpar suas narinas, retirando o muco que aí se encontre, permitindo a boa respiração. • Normalmente a cabra ou ovelha lambe a cria com a finalidade de ativar a sua circulação sangüínea periférica, caso a mãe ainda não tenha realizado este ato é importante que o produtor o faça para promover a mesma finalidade. Avenida do Cruzeiro, S/N, Parque Santo Antônio, CEP: 44718-­‐000, TEL: 55 (74) 3681-­‐2366, Ourolândia │ Bahia │ Brasil www.ibrafocco.org.br │ [email protected] • É interessante pesar as crias, uma por uma, para controlar a qualidade de seus pais e o seu futuro desenvolvimento. Outra medida a ser tomada é garantir que o recém nascido ingira o colostro nas primeiras seis horas até as 36 horas de vida e este pode ser fornecido até o 4-­‐5 dias. O colostro é um liquido com uma consistência espessa e cor amarela apesar de ser produzido em pequena quantidade, tem na sua constituição todos os nutrientes necessários todos os animais no inicio de vida. O colostro reúne uma grande quantidade de proteínas e de agentes de defesa contra infecções como imunoglobulinas A, lactoferrina, células brancas (leucócitos), citoquinas, entre outros, facilitando, também, a digestão e a eliminação intestinal do borrego ou cabrito. É considerado a primeira e a melhor vacina que se conhece, Tem um aspeto cremoso/viscoso e é de fácil digestão, Tem uma função protetora do tubo digestivo, Tem um efeito laxante que vai ajudar na evacuação do mecônio. A cura do cordão umbilical é outra etapa muito importante. Durante a vida intra-­‐
uterina, o cordão umbilical exerce papel fundamental já que unindo o feto à mãe, permite a passagem de nutrientes e outros elementos necessários à sua sobrevivência. Quando o filhote nasce, o cordão umbilical se rompe em um comprimento variável, tornando-­‐se uma porta de entrada para germes indesejáveis que através da corrente sanguínea, atingem diversos órgãos causando afecções, como artrites (poliartrites), pneumonia, abscessos no fígado e pulmão, febre, diarreia, onfaloflebite (infecção do umbigo), etc. A desinfecção ou “cura” do umbigo acelera a cicatrização desta porta de entrada de germes. Tomando como referência o ventre da cria, com uma tesoura limpa, devemos cortar o cordão a 2 centímetros de distância. Em seguida, mergulhar o cordão umbilical em um vidro de boca larga contendo tintura de iodo a 10% e deixar imerso durante um a dois minutos. A utilização de produtos na forma de “spray” não é recomendável. Isto se explica porque a solução deve atuar não só externamente como também penetrar no cordão, para promover uma “cura” perfeita. E dificilmente conseguiremos esta penetração profunda com produtos em “spray”. Avenida do Cruzeiro, S/N, Parque Santo Antônio, CEP: 44718-­‐000, TEL: 55 (74) 3681-­‐2366, Ourolândia │ Bahia │ Brasil www.ibrafocco.org.br │ [email protected] Castração: Feita entre 30 e 60 dias de vida. Com o auxilio de um burdizzo apertar o plexo e o cordão espermático durante 1m em cada testículo. Realizar esta prática em dia em que o animal não vá sofrer qualquer prática de manejo que o deixe agitado. Após realizar a castração deixar o animal no curral onde lhe seja ofertado, água, volumoso e concentrado à sua vontade. Avenida do Cruzeiro, S/N, Parque Santo Antônio, CEP: 44718-­‐000, TEL: 55 (74) 3681-­‐2366, Ourolândia │ Bahia │ Brasil www.ibrafocco.org.br │ [email protected] Sinalamento: Usa-­‐se tatuagem no pavilhão auricular esquerdo, brincos plásticos ou metálicos. Esta prática pode ser realizada a partir dos 30 dias de vida. MANEJO SANITÁRIO São todos os meio físicos de propiciar saúde aos animais, seja dos alojamentos, dos animais ou dos alimentos: Das instalações: inicia pelos detalhes construtivos, depois pela limpeza e desinfecção. • Retirada do esterco pode ser feita a cada 15 ou 30 dias. • Após a retirada dos dejetos usar um desinfetante (amônia quaternária a 4%, cal virgem no solo 10g/50m2). • Higienização dos bebedouros e comedouros (lavar com água e sabão). • Retirar as sobras de alimentos que por ventura possam fermentar de maneira inadequada e trazer prejuízos para os animais. • Casqueamento: com o tempo o casco dos ovinos começam a crescer de forma a prejudicar sua locomoção, estes também podem ser acometido por afecções podais que normalmente aparecem no período chuvoso. O hábito de aparar os cascos Avenida do Cruzeiro, S/N, Parque Santo Antônio, CEP: 44718-­‐000, TEL: 55 (74) 3681-­‐2366, Ourolândia │ Bahia │ Brasil www.ibrafocco.org.br │ [email protected] diminui essa ocorrência. CONTROLE E PREVENÇÃO DAS ENDOPARASITOSES VERMINOSE: Responsáveis por mortalidade entre 20 e 40% nos rebanhos, perdas de peso, na produção de leite, etc. Os hematófagos podem sugar até 10% do sangue em um dia, levando ao óbito muito rapidamente (Haemonchus contortus). Controle: evita-­‐se o parasitismo sub-­‐clínico com 4 everminações/ano: 1ª junho/julho, 2ª 20 dias após; 3ª novembro ou penúltimo mês de seca; 4ª meados de março (final das chuvas), podendo ser maior para animais mais novos (6 a 10/ano). 1ª 2ª 3ª 4ª Junho Agosto Outubro Fevereiro COCCIDIOSE ou EIMERIOSE: É caracterizada pelo aparecimento de enterites, hemorragias da parede intestinal normalmente escuras, pode cursar com anemia, o animal apresenta-­‐se desidratado, sem apetite, apresenta perda de peso rápida podendo vir a morte. Avenida do Cruzeiro, S/N, Parque Santo Antônio, CEP: 44718-­‐000, TEL: 55 (74) 3681-­‐2366, Ourolândia │ Bahia │ Brasil www.ibrafocco.org.br │ [email protected] Os adultos são portadores assintomáticos, sendo os mais novos os, mas afetados pelas coccidioses. Nessas ocorrências é recomendado rever a lotação do aprisco, curral e pastagens, pois o excesso de animais pode favorecer a ocorrência dos casos no rebanho. Tratamento: sulfas, amprólio, antibióticos ionofóricos e nitrofuranos. Fazer limpeza periódica das instalações inclusive, comedouros e bebedouros, manter as crias afastadas dos adultos. CONTROLE E PREVENÇÃO DAS INFECÇÕES BACTERIANAS TÉTANO (Clostridium tetani): Frequente após a castração, assinalação (marcação) e tosquia. A higienização das instalações e equipamentos constitui-­‐se na principal forma de prevenção. É importante assinalar que antes de realizar o método cirúrgico de castração ou qualquer procedimento que envolva corte, que a animal receba uma dose do soro antitetânico para que desta fora possamos prevenir a doença. Nos casos de marcação ou tosquia é indicado que sejam realizados em dias quentes e que o equipamento utilizado seja esterilizados, minimizando desta forma os riscos. BOTULISMO (Clostridium botulinum): É comum a distribuição dos esporos do Clostridium botulinum na matéria orgânica em decomposição e água parada contendo matéria orgânica e pastos contendo carcaças de animais abandonados. ENTEROTOXEMIA (Clostridium perfrigens): São frequentes em animais jovens e é de rápida evolução. É caracterizada por diarréia amarela, podendo ter linhas sanguinolentas, animal com aparência de cansado, triste e com dores agudas. As enterotoxemias podem ser facilmente controladas aplicando boas práticas de manejo dispensando mudanças repentinas tanto no ambiente como na alimentação. Avenida do Cruzeiro, S/N, Parque Santo Antônio, CEP: 44718-­‐000, TEL: 55 (74) 3681-­‐2366, Ourolândia │ Bahia │ Brasil www.ibrafocco.org.br │ [email protected] QUERATOCONJUNTIVITE: Aparecimento comum nos períodos muito secos ou de umidade excessiva que podem ser agravados se a região for despigmentada e se o animal for exposto à radiação solar. O tratamento consiste em isolar o animal, lavar os olhos com solução fisiológica e aplicar medicamento recomendado por um profissional técnico habilitado. LINFODENITE GASOSA: Doença infectocontagiosa caracterizada pelo aumento de linfonodos (langla) tem potencial zoonotico e é responsável por 15 – 20% de condenação de carcaças dos rebanhos. É indicado que um técnico faça a incisão e drenagem do caroço quando estiver flutuante (maduro) e que o material drenado bem como tudo o que foi utilizado para está prática seja incinerado e posteriormente enterrado. Nos casos em que o caroço ainda não estiver flutuante (maduro) é possível injetar solução de iodo a 5% para que ocorra a regressão do mesmo. Atenção: A retirada do caroço ou injeção de iodo no mesmo não elimina a possibilidade de o ovino ou o caprino apresentarem novamente a linfadenite, pois, uma vez a bactéria causadora presente no animal, esta estará presente até o fim do ciclo de vida do animal. Avenida do Cruzeiro, S/N, Parque Santo Antônio, CEP: 44718-­‐000, TEL: 55 (74) 3681-­‐2366, Ourolândia │ Bahia │ Brasil www.ibrafocco.org.br │ [email protected] CONTROLE E PREVENÇÃO DAS INFESTAÇÕES A VÍRUS ECTIMA CONTAGIOSO (boqueira, dermatite pustular, falsa varíola): apresenta crostas e ulcerações na boca, membros e úbere. Normalmente faz-­‐se o tratamento com tintura de iodo a 10% + glicerina (1:3). CAEV-­‐ CAPRINO ARTRITE ENCEFALITE VIRUS: é a causa de grandes prejuízos econômicos e que acomete o sistema nervoso, as articulações, pulmão e úbere. É transmitida pelo consumo do leite de animais acometidos pela doença e pelo contato com os mesmos bem como materiais contaminados. Não existe tratamento. Notificação obrigatória para os órgãos competentes. RAIVA: doença sem cura que deve ser prevenida por vacinação anual a partir dos 4 meses de idade. A notificação obrigatória para órgãos competentes. NUTRIÇÃO E A LIMENTAÇÃO Caprinos e ovinos são herbívoros e se alimentam com vegetais que podem ser classificados como volumosos ou concentrados. Os alimentos volumosos são fundamentais na alimentação de caprinos e devem constituir a maior parcela das dietas, pois são as principais fontes de fibra na dieta e a fibra é fundamental para a manutenção da ruminação, como as forragens verdes -­‐ gramíneas e leguminosas, as forragens conservadas em forma de silagem ou feno, palhadas e subprodutos fibrosos. Avenida do Cruzeiro, S/N, Parque Santo Antônio, CEP: 44718-­‐000, TEL: 55 (74) 3681-­‐2366, Ourolândia │ Bahia │ Brasil www.ibrafocco.org.br │ [email protected] As leguminosas são muito importantes, pois favorecem a fixação de nitrogênio (N) no solo, além de melhorar a estabilidade e fertilidade do solo. São ricas em proteínas dispondo de compostos que influenciam na produção de carne e leite. Os concentrados, por sua vez, possuem menos de 18% de fibra bruta na MS e são classificados como energéticos ou proteicos, que contêm, respectivamente, menos ou mais de 20% de proteína bruta na MS. Os grãos e seus respectivos farelos ou tortas e alguns subprodutos da agroindústria são exemplos de alimentos concentrados. Os ruminantes usualmente alimentam-­‐se em pastagens. As plantas forrageiras são fundamentais para manter as condições ideais de funcionamento do rúmen e para a digestão dos nutrientes. Os pequenos ruminantes não digere alimentos grosseiros tão bem como os grandes ruminantes, por isso é importante que recebam pastagens de boa qualidade e que facilitem a digestão, como faz em ambientes naturais, andando bastante e selecionando o alimento a ser consumido. Avenida do Cruzeiro, S/N, Parque Santo Antônio, CEP: 44718-­‐000, TEL: 55 (74) 3681-­‐2366, Ourolândia │ Bahia │ Brasil www.ibrafocco.org.br │ [email protected] A alimentação inclui o processamento dos alimentos, sua mistura e preparação e fornecimento aos animais, a limpeza e o manejo do cocho, e o monitoramento do consumo e do desempenho dos animais. REFERÊNCIA: BORGES,I; GONÇALVES, L.C. Manual Prático de Caprino e Ovinocultura.BH,2002. Daneke Club Lamb. Foot Disorders & How to Trim Hooves. Disponível em: www.danekeclublambs.com/overgrown_hooves2.JPG FERREIRA, P.M.; CARVALHO, A.U.; FACURY FILHO, A.U.; et al. Sistema Locomotor dos Ruminantes, 2005, UFMG. Disponível em: www.vet.ufmg.br/.../Sistema%20Locomotor%20dos%20Ruminantes.pdf Fonseca, C. E. M; Silva, T. L; Oliveira, C. A. Caprinocultura. Niterói: Programa Rio Rural, 2012. García, E. Diseño y construcción de alojamientos ganaderos, 2007. Disponible en: http://www.veterinaria.org/revistas/redvet/html. GECO. GRUPO DE ESTUDOS DE CAPRINOS E OVINOS Ramírez, A. Manejo y Alimentación en Pequeños Rumiantes. Editorial Félix Varela. La Habana, Cuba, 2005. RIBEIRO, S.D.A; Caprinocultura: Criação Racional de Caprinos. SP, Nobel, 1997. SOUSA JÚNIOR, A; GIRÃO, R.N;GIRÃO, E.S;GIRÃO, C.S;CAVALCANTE,V.C. Manejo Alimentar de caprinos e ovinos. Teresina: SEBRAE/PI. 2004. (aprisco,5) 44 P. Avenida do Cruzeiro, S/N, Parque Santo Antônio, CEP: 44718-­‐000, TEL: 55 (74) 3681-­‐2366, Ourolândia │ Bahia │ Brasil www.ibrafocco.org.br │ [email protected]