mundo invisível

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mundo invisível
APRESENTAÇÃO
MUNDO INVISÍVEL é um longa-metragem com concepção e direção geral de Leon Cakoff e
Renata de Almeida, produzido pela Mostra Internacional de Cinema de São Paulo e pela
Gullane.
A obra apresenta distintas percepções sobre a invisibilidade no mundo contemporâneo em um
longa-metragem composto de vários segmentos sob o olhar de diferentes cineastas.
Cada um dos curtas tem duração entre 3 e 15 minutos e para a direção foram convidados
importantes realizadores mundiais, como Atom Egoyan, Gian Vittorio Baldi, Guy Maddin, Jerzy
Stuhr, Marco Bechis, Maria de Medeiros, Theo Angelopoulos e Wim Wenders.
O diretor português Manoel de Oliveira dirigiu o primeiro episódio do filme, chamado “Do
Visível ao Invisível”. O curta foi selecionado como filme de abertura do 65º Festival de Veneza.
O Brasil é representado em MUNDO INVISÍVEL pela cineasta Laís Bodanzky e pela dupla Beto
Brant e Cisco Vásquez.
SINOPSE CURTA
Distintas variações sobre invisibilidade no mundo contemporâneo através do olhar de
importantes cineastas de diversos países. O submundo do centro de uma grande cidade, um
gato preto no cemitério, índios no jardim da cidade, a tecnologia e o ritmo incessante da
metrópole, a arte do ator, a espiritualidade da favela, um garçom de hotel de luxo, um elogio à
loucura entre a vida e a morte, um tributo ao público de cinema, os desafios da visão residual,
um genocídio escondido.
SINOPSE LONGA
MUNDO INVISÍVEL é um longa-metragem que apresenta distintas percepções sobre a
invisibilidade no mundo contemporâneo. A partir de ideia original do jornalista Serginho
Groisman e com direção geral de Leon Cakoff e Renata Almeida, importantes realizadores
mundiais participam do filme com seus olhares, apresentados em diferentes segmentos.
Os diretores convidados são: Atom Egoyan, Beto Brant, Cisco Vasquez, Gian Vittorio Baldi, Guy
Maddin, Jerzy Stuhr, Laís Bodanzky, Manoel de Oliveira, Marco Bechis, Maria de Medeiros, Theo
Angelopoulos e Wim Wenders.
LEON CAKOFF
Concepção e direção geral
Idealizador da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, Leon Cakoff nasceu na Síria em
1948. Posteriormente, naturalizou-se brasileiro.
Formado pela Escola de Sociologia e Política de São Paulo, começou a atuar como crítico de
cinema em 1969 e escreveu para periódicos como Diário da Noite, Diário de São Paulo e Diários
Associados. Em 1974, dirigia o Departamento de Cinema do Museu de Arte de São Paulo e em
1977 realizou a primeira edição da Mostra Internacional de Cinema, como parte das
comemorações dos 30 anos da fundação do MASP. Foi articulista da Folha de S. Paulo entre
1996 e 2000 e colaborador do jornal Valor Econômico. Fundou a Filmes da Mostra, que lançou
no Brasil trabalhos de importantes cineastas. Em parceria com a Fundação Padre Anchieta, foi
responsável pelo projeto Mostra Internacional de Cinema na TV Cultura.
Notas de Direção Geral
No mundo moderno, a invisibilidade é uma doença predominante. Em vários setores de
atividades e serviços, não se é visto por simples desnecessidade da interlocução e imposição de
ritmos de velocidade. Na interlocução de personagens socialmente distintos, o mais
desfavorecido é o mais provável a desaparecer às vistas do mais poderoso.
Deixar de enxergar, não ver mais, é uma doença social que conta cada vez mais com a
cumplicidade da tecnologia e de seus inevitáveis avanços.
Serviços e tarefas devem ser executadas cotidianamente para os nossos confortos e somente se
apercebemos delas quando deixam de ser cumpridas e oferecidas. O instinto de enxergar é uma
necessidade vital. Mas enxergar tornou-se um critério avaliado pela comodidade individual.
Por um lado vemos o dedicado e emocionado esforço da medicina em resgatar e preservar a
visão de crianças nascidas com deficiências. De outro, constatamos e reproduzimos situações
em que enxergar, ver os outros, perceber, não tem importância alguma nas ações de
relacionamento.
Este é um projeto que conta com a participação de diversos diretores, que nos trazem
diferentes visões sobre esta mesma temática.
GULLANE
Produção
Fundada em 1996, a Gullane é uma produtora de conteúdo para cinema e televisão que
mantém participação ativa no crescimento do audiovisual brasileiro.
Suas obras conquistaram reconhecimento da crítica e de um público cada vez maior. A
qualidade técnica e artística identificada em cada produção tornou-se referência, garantindo à
Gullane um espaço conceituado no mercado cinematográfico.
Sua dedicação na produção é igualmente aplicada nas etapas de lançamento em festivais e no
circuito comercial. Esse empenho permitiu à Gullane acumular mais de 100 prêmios em sua
carreira, além de ter seus filmes nas seleções oficiais dos mais importantes festivais de cinema
do mundo, como os de Cannes, Veneza e Berlim.
Além de produções próprias, a Gullane amplia a carteira de projetos com parcerias importantes
no Brasil e no exterior, com a busca de financiamento e venda de filmes brasileiros junto ao
mercado estrangeiro e com a realização de coproduções internacionais. Essas ações se refletem
na ampla divulgação das obras e em uma rede formada por talentos de diversas partes do
mundo.
Por seu perfil empresarial, seu histórico criativo e seu expressivo volume de realizações
audiovisuais, a Gullane está posicionada entre as principais produtoras de conteúdo do Brasil.
MOSTRA INTERNACIONAL DE CINEMA
Produção
Criado em 1977 para integrar as comemorações dos 30 anos de fundação do Masp – Museu de
Arte de São Paulo, a Mostra Internacional de Cinema/ São Paulo International Film Festival
converteu-se rapidamente num polarizador de tendências e uma vitrine de excelência com o
melhor do cinema mundial. Seja antecipando tendências, seja apostando no talento de
revelações internacionais, a Mostra Internacional de Cinema firmou-se no calendário cultural do
país e logo passou a ser um dos eventos mais atendidos anualmente por uma variada gama de
espectadores. Em 2012, de 19 de outubro a 01 de novembro, na sua 36ª edição consecutiva,
cerca de 300 filmes da Mostra serão programados em mais de 20 cinemas da cidade. .
Estado e Município destacam a Mostra como evento oficial no calendário de São Paulo. E desde
o seu primeiro ano de realização, o público da Mostra participa ativamente com o seu sucesso.
Nos anos da ditadura chegou a parecer uma provocação (lembrada em artigo no Jornal da
Brasil) o fato da Mostra ser o único lugar do país onde se podia exercer o direito do voto. De
fato, o público da Mostra, desde o primeiro ano do festival, interage no evento votando nos
filmes para eleger os melhores de cada edição. O vencedor do Prêmio do Público da 1ª Mostra
Internacional de Cinema em São Paulo foi “Lúcio Flávio, o Passageiro da Agonia”, de Hector
Babenco. Este foi o primeiro festival internacional de cinema a instituir o prêmio do público que,
anos depois, foi incorporado a muitos outros pelo mundo.
Outra inovação do Festival de São Paulo foi à criação da fórmula do Júri Internacional,
integrando e fazendo interagir as opiniões do público e do júri anualmente composto por
personalidades reconhecidas no mundo cinematográfico. A lista dos filmes de novos diretores
que concorrem aos troféus ‘Bandeira Paulista’ (criação da artista Tomie Ohtake) também é
decorrente dos votos do público.
A Mostra Internacional de Cinema tem entre as suas atrações anuais à realização de
retrospectivas dedicadas a grandes autores e temas relevantes da história do cinema. A festa
para os cinéfilos inclui ainda sessões de filmes mudos restaurados com música ao vivo,
lançamentos de livros (em parceria com a Imprensa Oficial e a Cosac Naify), palestras e aulas
com cineastas, artistas e técnicos de cinema (em parceria com a Faap) e sessões gratuitas em
salas espalhadas pela cidade. A Mostra promove ainda sessões gratuitas para estudantes
secundaristas, uma fórmula para atrair novos e jovens espectadores para este que é um dos
mais antigos e queridos eventos cinematográficos do país.
A sua programação, sempre agendada para as duas últimas semanas de outubro, é tão
tradicional e certa para os cinéfilos que atrai legiões de espectadores de vários pontos do Brasil.
Muitos deles tiram férias no período para poder dedicar-se integralmente ao acompanhamento
de sua programação.
EPISÓDIOS
Yerevan – O Visível
Direção – Atom Egoyan
Um homem vai a Yerevan, Capital da Armênia, para resgatar a história de seu avô, desaparecido
no Genocídio Armênio provocado pelo Império Otomano há quase um século. Ele leva um cartaz
e uma série de fotos, à procura de mais informações até a praça central da cidade. Lá, chama
atenção de um senhor que encontra, entre suas fotos, um velho amigo, morto naquela mesma
praça, em uma repressão nunca divulgada no Brasil.
Kreoko
Direção – Beto Brant e Cisco Vásquez
Kreoko, entre a vida e a morte, faz um elogio da loucura.
Fábula - Pasolini em Heliópolis
Direção – Gian Vittorio Baldi
Em 1968, o cineasta Pier Paolo Pasolini e seu produtor Gian Vittorio Baldi queriam filmar a vida
do apóstolo São Paulo na periferia de uma grande cidade. A partir dessa memória, 40 anos
depois, Baldi decide visitar Heliópolis e ter contato com os moradores da comunidade.
Gato Colorido
Direção – Guy Maddin
A movimentação dos visitantes do cemitério da Consolação, em São Paulo, durante um feriado
de Finados em contraste com as imagens de um gato preto que vive entre aqueles muros. O
vazio e o movimento entre jazigos, imagem sacras e transeuntes.
Tributo ao Público de Cinema
Direção – Jerzy Stuhr
O diretor polonês Jerzy Stuhr presta uma homenagem às platéias de cinema, filmando o público
de uma das sessões de seu filme “O Tempo de Amanhã”, na 28ª Mostra Internacional de Cinema
de São Paulo em 2004. Assim, observamos as reações da audiência na sala de cinema e através
da mudança de suas feições durante a projeção podemos acompanhar como eles são
conduzidos pela narrativa que está sendo projetada.
O Ser Transparente
Direção – Laís Bodanzky
Para o japonês Yoshi Oida, criador do conceito do “ator invisível”, um ator consegue uma grande
interpretação quando o espectador não o enxerga em cena. Misturando arte e documentário, o
filme faz uma investigação sobre o trabalho do ator por meio de entrevistas como a de Monja
Coen e performances como a do ator Lee Taylor.
Do Visível ao Invisível
Direção – Manoel de Oliveira
Com ironia e fino humor, acompanhamos o reencontro surpreendente de dois amigos, Ricardo e
Leon, na Avenida Paulista, coração da cidade de São Paulo. Um é português, de passagem pelo
Brasil, e o outro é brasileiro. Eles tentam conversar, mas hora o celular de um, hora o do outro,
toca, impedindo a conversa de se completar. Finalmente, eles decidem telefonar um ao outro
para poder se comunicar. Falam da vida, da ética, do amor, da amizade e dos tempos que
correm, cercados pelo ritmo incessante da cidade, com seus automóveis e pessoas que não
podem parar.
Tekoha
Direção – Marco Bechis
A mata nativa do Parque Trianon, em plena Avenida Paulista, no coração de São Paulo, é
redescoberta por índios Guarani-Kaiowá em sua visita à cidade. Quando saem do parque, são
cercados por transeuntes curiosos.
Aventuras do homem invisível
Direção – Maria de Medeiros
Um café da manhã servido numa bandeja avança pelos corredores de um hotel de luxo, num
tilintar de louça. Abre portas de intimidades expostas sem pudor sob o olhar de um garçom, o
homem que deve ser invisível e que por vezes vê mais do que queria.
Céu Inferior
Direção – Theo Angelopoulos
O submundo do Centro e do subterrâneo de São Paulo e seus habitantes quase imperceptíveis,
o colorido da arte de rua pelo grafite, na melancolia do mundo exterior sem redenção e no peso
da consciência divina.
Ver ou Não Ver
Direção – Wim Wenders
Há algum tempo, Yasmin, Ytamara e Dandara teriam ido para uma escola de cegos. Graças ao
pioneiro programa desenvolvido pela Dra. Silvia Veitsman, do Departamento de Oftalmologia da
Santa Casa de São Paulo, que ensina crianças a usarem a visão residual desde pequenas.
DIRETORES
ATOM EGOYAN
Canadense de origem armênia, nasceu no Cairo em 1960 e cresceu no Canadá. Estudou
na Universidade de Toronto e começou sua carreira no teatro. No cinema, realizou
diversos curtas-metragens antes de realizar seu primeiro longa-metragem, Speaking
Parts, em 1989. Dirigiu depois Family Viewing, seleção da 12a Mostra; O Corretor
(1991), exibido na 16a Mostra; Calendário (1993), seleção da 17a Mostra; Exótica (1994,
18a Mostra), Prêmio da Crítica no Festival de Cannes; O Doce Amanhã (1997, 21a
Mostra), Grande Prêmio do Júri em Cannes; O Fio da Inocência (1999, 25a Mostra);
Ararat (2002, 26a Mostra); Verdade Nua (2005, 29a Mostra); e Adoração (2008, 32a
Mostra). É membro do Júri Internacional e receberá o Prêmio Humanidade da 35a
Mostra.
BETO BRANT
Beto Brant nasceu em Jundiaí, em 1964. Em 1995, filmou Os Matadores, rodado na
fronteira do Brasil com o Paraguai. O filme deu início à parceria do diretor com o
escritor e roteirista Marçal Aquino. Ação Entre Amigos, 1998, narra a história de exguerrilheiros que se reencontram 25 anos depois. Criou a produtora Drama Filmes junto
a Bianca Villar e Renato Ciasca para produzir O Invasor, 2002, que retrata o crime e a
violência como pontos de contaminação entre classes sociais. Crime Delicado, 2005,
adaptação de um romance de Sérgio Sant'anna, narra um relacionamento amoroso que
expõe mecanismos de controle e manipulação. Ao lado de Renato Ciasca, em 2007
dirigiu Cão sem dono, roteiro adaptado do livro Até o dia que o cão morreu de Daniel
Galera. Em 2010, lançou o filme O amor segundo B. Schianberg, uma adaptação para o
cinema da série de TV produzida pela Drama Filmes, TV Cultura e SESC TV. Lançado em
abril de 2012, Eu receberia as piores notícias dos seus lindos lábios, versão
cinematográfica do romance homônimo de Marçal Aquino, foi dirigido novamente em
parceria com Renato Ciasca.
CISCO VÁSQUEZ
Nascido em Porto Alegre, Cisco Vasques trabalhou como fotógrafo e diretor de arte
desenvolvendo identidade visual para vários artistas, marcas e veículos como Lee,
Folha de São Paulo, Lobão, Camila Pitanga, Sonia Braga entre outros.
Após se aventurar no cinema, depois de ter trabalhado na equipe de arte da produção
do último filme de Beto Brant e Renato Ciasca, Eu receberia as piores notícias de seus
lindos lábios, Cisco está trabalhando em seu primeiro longa-metragem intitulado
Absurdo Fantástico. Sua mais recente produção, o primeiro filme que dirige junto a
Beto Brant, é "Kreuko".
GIAN VITTORIO BALDI
Nasceu em Lugo, Emília-Romanha, na Itália, em 1930. Formou-se no Centro Nacional
Experimental de Cinematografia de Roma. Foi produtor de Pier Paolo Pasolini em
Pocilga (1969) e Notas para uma Oréstia Africana (1970). Como diretor, realizou os
curtas-metragens Parabola d’Oro (1956), premiado em Cannes; Il Pianto delle Zitelle
(1958) e La casa delle tredici vedove (1960), vencedores do Leão de Ouro de melhor
curta em Veneza. Seus trabalhos ganharam uma retrospectiva em 2009 na 33ª Mostra,
incluindo seu primeiro longa-metragem, Luciano, una vita bruciata (1962); Fuoco!
(1969), seu filme mais aclamado pela crítica; e Nevrijeme. O Temporal (1999).
GUY MADDIN
Nasceu em Winnipeg, Canadá, em 1956. É formado em economia pela Universidade de
Winnipeg. Foi pintor de casas e caixa de banco antes de começar sua carreira como
diretor. Em 1986 fez o primeiro curta, The Dead Father. Desde então realizou mais de
30 filmes, influenciados pela estética de Murnau e Fritz Lang, com roteiros insólitos que
exploram a sexualidade e o grotesco. Teve uma retrospectiva de seus trabalhos
apresentada na 28ª Mostra, com filmes como Arcanjo (1990), Crepúsculo Das Ninfas de
Gelo (1997), The Heart of the World (2000), Drácula: Páginas Do Diário de uma Virgem
(2002), A Música mais Triste do Mundo (2003) e Covardes Se Ajoelham (2003).
Também dirigiu o curta-metragem Meu Pai Tem 100 Anos (2005, 29ª Mostra) e os
longas Brand Upon the Brain (2007, 31ª Mostra) e My Winnipeg (2007, 32ª Mostra).
JERZY STUHR
Nasceu na Cracóvia em 1947. Depois de se formar em filologia pela Universidade de
Jagiellonian, decidiu estudar teatro. Começou a carreira como ator no cinema no
começo da década de 70, em filmes como A Cicatriz (1976, 21ª Mostra), Amador (1979,
5ª Mostra), e A Igualdade é Branca (1994) - os três de Krzysztof Kieslowski; Rough
Treatment (1978), de Andrzej Wajda; e Provincial Actors (1979), de Agnieszka Holland.
Dirigiu os longas-metragens Histórias de Amor (1997, 21ª Mostra), Uma Semana na
Vida de um Homem (1999, 23ª Mostra), O Grande Animal (2000, 24ª Mostra), e O
Tempo de Amanhã (2003, 28ª Mostra).
LAÍS BODANZKY
Diretora de cinema e teatro, desde 2004 coordena o projeto Cine Tela Brasil,
promovendo o encontro entre cinema e educação nas comunidades de baixa renda, que
já levou mais de 850 mil pessoas ao cinema. Formada em cinema pela FAAP, seu
primeiro trabalho no cinema foi o curta-metragem Cartão Vermelho (1994, 18a
Mostra). Dirigiu os documentários Cine Mambembe, o cinema descobre o Brasil (1999,
23a Mostra) e A Guerra dos Paulistas (2002) para a TV Cultura. Em 2000, dirigiu seu
longa-metragem de estreia, Bicho de Sete Cabeças (24a Mostra), vencedor do Festival
de Brasília. Dirigiu ainda os longas-metragens Chega de Saudade (2008) e As Melhores
Coisas do Mundo (2010).
MANOEL DE OLIVEIRA
Nasceu no Porto em 1908. Com 104 anos, é o cineasta mais velho em atividade na
história do cinema. Iniciou a carreira como atleta e piloto de corridas e dirigiu seu
primeiro curta mudo, Douro, Faina Fluvial, em 1931. Depois de um fracasso em 1942,
deixou o cinema para tornar-se vinicultor. Votou ao cinema em 1972, e a partir de então
realizou inúmeros filmes autorais, alguns com a participação de estrelas como Marcello
Mastroianni, Catherine Deneuve e Michel Piccoli, que fizeram dele um dos diretores
mais singulares do cinema. Teve todos os seus filmes exibidos na Mostra.
MARCO BECHIS
De nacionalidade italiana, nasceu em 1955 em Santiago do Chile. Foi criado em São
Paulo e Buenos Aires, onde trabalhou como professor numa escola primária. Durante a
ditadura militar na Argentina, exilou-se em Milão. Mais tarde, trabalhou como fotógrafo
e videomaker em Nova York. Entre 1983 e 1987, dirigiu cinco curtas. Em 1991, dirigiu
Alambrado, sua estreia na direção de longas, seguido de Garagem Olimpo (1999, 23ª
Mostra), Filhos (2001, 27ª Mostra) e Terra Vermelha (2008, abertura da 32ª Mostra).
MARIA DE MEDEIROS
Nasceu em Lisboa, Portugal, em 1965. Iniciou carreira de atriz em 1982 em Silvestre, de
João César Monteiro. Participou de dezenas de produções de Portugal, Espanha, França
e nos EUA. Em seu país, trabalhou com os principais realizadores portugueses, como
Manoel de Oliveira, em A Divina Comédia (1991), exibido na 15a Mostra. Em 1994,
ganhou a Copa Volpi de Melhor Atriz no Festival de Veneza pelo filme português Três
Irmãos (1994), de Teresa Villaverde, exibido na 18a Mostra. Atuou também em Henry &
June (1990), de Philip Kaufman, e Pulp Fiction (1994), de Quentin Tarantino. Estreou na
direção com A Morte do Príncipe (1991, 16a Mostra). Dirigiu ainda o longa-metragem
Capitães de Abril (2000), Prêmio do Júri de Melhor Filme na 24a Mostra; o
documentário Bem me quer... Mal me quer (2004, 28a Mostra) e um segmento do
documentário Bem-Vindo a São Paulo (2004), criação coletiva da Mostra.
THEO ANGELOPOULOS
Nasceu em Atenas em 1936. Formou-se em direito e estudou cinema no IDHEC em
Paris. De volta a Atenas, trabalhou como crítico de cinema e em 1968 dirigiu seu
primeiro curta, A Emissão (1968). Estreou em longas-metragens com Reconstrução
(1970). No Brasil, tornou-se conhecido com Viagem a Cithera, de 1984, exibido na 8a
Mostra. Seus mais importantes filmes são Paisagem na Neblina (1988, 15a Mostra), O
Passo Suspenso Da Cegonha (1991, 15a Mostra), Um Olhar a Cada Dia (1995, 19a
Mostra) e A Eternidade e Um Dia (1998, 22a Mostra), vencedor da Palma de Ouro em
Cannes. Faleceu este ano, durante pesquisa de locação para um de seus filmes.
WIM WENDERS
Nasceu em 1945 em Düsseldorf, na Alemanha. Estudou na Escola de Cinema e Televisão
de Munique. É um dos expoentes do Novo Cinema Alemão dos anos 70. Dirigiu os
longas O Amigo Americano (1977, 3a Mostra); Hammett (1978/1982, 8a Mostra); O
Estado das Coisas (1982, 8a Mostra), Leão de Ouro do Festival de Veneza; Tokyo-Ga
(1984, 10a Mostra); e Paris, Texas (1987, 13a Mostra), Palma de Ouro no Festival de
Cannes. Asas do Desejo (1988) venceu o Prêmio do Público na 12a Mostra. Realizou
também Até o Fim do Mundo (1991, 16a Mostra), os documentários O Filme de Nick
(1980, 15a Mostra) e Ode a Colônia (2000, 26a Mostra). Seus filmes mais recentes são
Terra de Fartura (2004, filme de abertura da 28a Mostra) e Estrela Solitária (2005, 29a
Mostra). Veio a São Paulo em 2008 a convite da Mostra para apresentar Palermo
Shooting e uma Carta Branca com filmes escolhidos por ele na 32a Mostra.
Um projeto concebido por LEON CAKOFF e RENATA DE ALMEIDA
a partir de uma ideia de SERGINHO GROISMAN
Produtores
LEON CAKOFF - RENATA DE ALMEIDA - CAIO GULLANE - FABIANO GULLANE
DEBORA IVANOV - GABRIEL LACERDA
Diretores Convidados
ATOM EGOYAN - BETO BRANT - CISCO VASQUEZ - GIAN VITTORIO BALDI - GUY MADDIN
JERZY STUHR - LAÍS BODANZKY - MANOEL DE OLIVEIRA - MARCO BECHIS
MARIA DE MEDEIROS - THEO ANGELOPOULOS - WIM WENDERS
Produção:
MOSTRA INTERNACIONAL DE CINEMA DE SÃO PAULO - GULLANE
Coprodução
HBO
Apoio Institucional
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO – ANCINE - GOVERNO FEDERAL
Patrocínio
BNDES - INSTITUTO ELEKTRO - CLARO
SANTANDER - SABESP

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