- Instituto Queiroz Jereissati

Transcrição

- Instituto Queiroz Jereissati
A SEGUNDA VIA: PRESENTE E FUTURO DO BRASIL @, ,- ,
"Se o tolo persistisse em sua tolice, ficaria s&bio."
A CHAMADA \nur,bd.nd
2
disposi@ de construir novo Estado e novo projeto nacional? Por enquanto só há túnel. O resto C
fantasia. Boa sorte, disse-me, com um 9osriso triste, meio emire bemvoknte e e
comigo, o velho militante de idkias e reformas.
Se te parecer, leitor, que o retrato traçado por meu hkrlocutor é pecuik, estás
engtmmdo. Ele t complihdo, em d o r ou menor grau, pelos homens e pelas mulheres mais
prepasdos e consckn&s do país, no governo e na oposição, desde o anial Presidente da
República a~ alguns de seus aidv-OB
mais í?medms;pelos mu prti.e9 no empmmbb, na
mldia,nasartcsenas19ciademia;eportodoa~seor~&rea~Bsihisões&épocaseian
negar as hqmiçoes da realidade.
Eeu?Eusei~aquehegtótiacontapartcvetdadtirae~~&m~~e
descreve muito do Bmil atual. Era preciso r e c o w - 1 0 sem medo, vendo, cara a m a , o que
somos. Falta-íhe, porún, um ebmmto asmciil: a im@mçb das &urw altexrmtivos que
convivem dentro do presente brasileiro, a W ç ; a O da excia h m b e a que corre m país, a
certezadequea história, taato no Bmibquântoem todoommdo, e & q e m s c o ~ u m
grande momento de M e x b . POP conta desta inflexh, a rebeldia WWe democrática
parecer&,outra vez, nno apeaas justa, mas tEMbCm sensata e &ia. I? o que procuro mostrar,
para o Brasil & hoje, neste Fntigo nibjomaWc0 de jonaal.
Saí da visita possuido por uma de@ que reconheço haver sido kmcdrhe p r w w ,
c o m se meu interlocutor, sem querer nem saber, houvesse colocado ean minha mibo uimi toctisi.
Eratudoo~epiq~:ap~ckt~hitademuito9arios,mimvastoe~~
mundo de @, que anda L tom,mw ÇOIlt8 com o prCdiCBdo mais importante, a vitalidade.
poeta H o e k l h , ama o que tem mais vida.) Uma
( Q U l e m ~ d p - ,
lutacontra~q23c~todo
,=p-,~-,fracns,porque
E I l . l e u s ~ ~ o $ ? B J O i o ~ , ~ o s ~ , q u e &a ~ ~ sairdestaou~h
s~eipl.'~&md.aparte,ai&~.titroohçbiano
caminho.
a
-
. .
"Happydays are hcre a@." Grande parte & elite de dinbioiroe poder rio Brasii fb@a
~ ~ ~ ~ ~ ~ f i n i l l c e i r a q u e s e a b a t e u 4 o b r e 0 p i ú s ~ 4 ~ ~ ~ ~
da Asia e pela R*.
A
C de niflnr3cn sob ccmtrofe,
de b
v
de ~
tblgmS-&w d . a w - ) , - d o
aescimcnto.
podfxoIcertodri~hNow~(os
C B B T ~ , p o r W 9 U ~ e p e l o ~
~~.'~caminho,dizan,~dnicoeatmibo.~sddda~~xiasaiatos
u m p ~ a i & r c c e n t e e ~ m i g e n d e q u z ~ e a t u a & ~ c a m ~ ~ d a N o v a ~ , p v 6 e m a l c n t a ~ ~ p a f s c o a n : r e & m o M , reaiismo
previdencikb, realismo dariai, redimo sobre o que o
e n b é capaz de fazer pelo
Brasil.
3
Os juros baixarão lenhmentc e, com ela, a dinienatio do problema do endividamento do
Estado. ii queda das importaçücs, seguir-se&,p m a paatco, o fortalecimento das
A reorgmizaç4o da indústria e da agricultura, jB em curso antes do cohpso do dmbio,
recomeçará sem o bnus de um regmie crunbiai i n s d ~ lAntcs
.
que o g o v e ~possa
~ ) investir
pesado no social, os brasileiros mais didmicus, em todas as classes, começarão novamente a
enriquecer. Depois da riqueza, viril a *ia
sociai.
Vêem o povo brasileiro cano ainda borda de gente dexigências da vida coem
â
l dm mazelas
~
~
no mundo.
A r e s & que teremos (ou tivemos) de enfrentar s d , pensam, parte do preço a pagar
pela destruiçiio dos obstácuh que nos desvhm do caminho único e estreito. N b seremos em
fumo previsível um pais de primeiro mundo, embom ji co-,
sobmudo em S o Paulo, com
uma elite de m
o numdo. Não vegc#ammm,porém, em
aftiamsou
nicaraguenses. Quem.sabe se um dia O Brasil niio seri um Estados Unida menor, dinâmico e
desigual com o mxklo, mxm podcnwso e
do que ele, porém tambh menos
enveaenado por anhosi*
e olxsdks?
~~
O lobby & alegria
Nem tudo na nova tnmpWde &M abastadoa é qcma e psicologia; algo C dinheiro no
bolso agora. O lobby mais pakr080 no Brasil hoje t o loBy dos immmcs fhmcciw,
constituido pelos &e$
do Eertadu. Ccmpüem-no nfEo
os~qucoperaunm,Br~il
s e n ã o t a m b e m ~ ~ ~ q U e q u e , ~ ~ , a g ~ ~ , ~
dizer todo o rimdo que teaba dinheiro. a eias que o Estado p a d ~ a m q
, mstmm& exigidos
pelos "m&",que rncada mdi&eM em "mtkr".
A n t e s d o r c a l , e ~ t e ~ ~ ' ~ w d a ~ ~ e d a s c o n t a s d o
"overnight". Agora, sob o regime da nuaada d v e l , os mesmos se tmefkkn, mb a fornra das
contasespeciais,do~nulsrgrr:danailtip~~p-ães,eóquesean~~es~tos&
inflaçb. Havia dois dinheiros naquela época. E há dois diãheirss agora. Algum poucoip lucraram
, cantra o real. Muitos outros
-,i#)-
Emdo. Éuma
cspisão
veio com Roosevdt. Nós
ainda*-.)
I
~
h
t
e
r
~
e
cercamopod.ererepetidritodosl~
f a l k i a e o descaddito do Estado, e
contasse com a m
w intelemud dc sam ~~.
desse lobby plutocrático. eporWdiSnxt,aprovadsina p r o - ~ ~ c p u e
reail.OlobbyoPEotenn~~na0
Classe média a.irrlnrls
E a c l w m é d i a , ~ e o o e a t r o d e p ~ d a ímdeh?
p o ~ Crescem w iakios
de que ficou forri da festa. Parece, pelo conühio, estar azedado. Basta olhar em volta e
conversar em qualquer cidade brasileira. O emprego sob ameaça, o crédito inviiivel, a viajem h
DisneyMia fora de cogitaçb. O pequem problema quotidiano - como reconcih o que quero
comprar com o que minha mulher e meu iiiho querem comprar? - tomou-se ainda menos
solucbnável do que antes.
A escola particular e o plano de saúde continuam bdiqemlveis à classe média. Pagá-los
6 um supkio que coloca cada família de classe média no fia de urna navalha social. O Estado
parececadava&loqedad~içi9oe~cãip9ci~de~ums~p6blEco&
edwa@o e saúde capaz de servir a classe média e, portanto, de ser re~madapor ela.
Sobre as privimediatas, pairam as humilh-(ies implplveb. Revelou-se mentirosa a
promessa de que o Brasil ostium num atalho un dk#io ao primeiro mudo. A intuiçh
predomhmíe é que o B m i l se recuperarsi sem deixar de ser mais ou menos o mesmo Brasil de
sempre: um pais no qual umri minoria tem como imitar e repmduzir os padrks mais prestigiosm
e lucrativos da mdemkhk americana c européia enquanto o resto da popdaçb segue B
distância.
Em toda parte, os grandes interesses privados continuam a monopolizar os favores áo
Estado. O nepohm permaikecc r regra nos mg6cb @v&.
HP certo63 cmhhos & fuga. Um jovem de
mCdjadegrriodeambiçheencr@;ia
p o d e ~ 0 ~ 1 ~ e g u i r b o h p a u r i ~ i 9 m i a W ~ & ~ m ~ U n i d o
ao mefinameir0 q d o volta. Enmpaah,
ser vaz respeitaia, dado que
nadanoBrasilconfixetantarespeitab~qiibmt0
com êxito mundano. Tais escapes, porém, alún dc serem poucos e
incompatíveis cani qualquer demio de ori@&Ue
de
Ê escravlo, e sue d a p r n& u m q u e obscurecer,para seus próprios benefickios, seu sl9pecto
comqmr e humihmte.
ia, sobrna capacidade
& reivindicar tanto contra
oontra o E&do og direitos que
seriamasarmasda
indi-.
A htbh$bC ainda hoje no Brsrsil o &o dot~
poder-.
. .
O c o n t r ~ ~ ~ a s ~ s t a s d o s e a d i n h t i r ae da
& classe
o s média h sim@o do
llmchp.As~
na hiÉlsória do Brasil
peio diartPI8Eiamem polftico
elites proprie&h e a
a aboiiçHo da eercrvaúua,
liberal contra a velha república, o dmmvolAclaseremkdiaeopovb
Opov~-amassapopwlarbraskh-~deixou&~aclassenaédianos
~ e m q u c d a p r o d i a u ~ y e , s p o s e ~ W W ~ a o 8 e ~
p l ~ , & t ~ ~ ~ & ~ & u m n ~ ~ a d a c ~ ~ d o c a m i a b
..
idtsiãdeumsocdmlo m p d a
~dogmeimde~entmuesaiu
dâ~do&ehBroi9ilscmguc~Wfomia~\releatualaop~sera
aspiraÇ&o&dezcna9&~dtfamilias~:~h~&mai0~
~iaecon&micae@tabW~qibtelmrsid~coánavid9&eh
média.
h conieúdo a esta aspimçh, t m a p d h h tanto pela classe média quanto pelo poviio,
através um Estado que cíamm&c a economia de mercado e 1ev;anteo brasileiro ajoelhado, é a
5
chave para a solu@o de nossos problema. É por isso que espas a (pinde maioria Q país, ainda
desalentada e desorientada. Continua, por enquanto, a ser umri espicra no silêncio e ira
Coexiste, tanto no operariado quanto na classe média, com o floreschneato de mil formas de
auto-ajuda, desde os cursos noturnos até os cultos evq&lioo$,praticada por gente que reconhece
que a auto-ajuda não basta, mas que
sabe o que mais fazer.
Falta dar a essa frustra@bvoz política: estmiégh, foqps, (ugmkiyihe agentes político6
confi8veis. A frustraçh não será por si só txpacta8ora se niio vier acompanhada de sohições.
Falta partido. Falta abertura e iuâcpemhcia nos meios de [email protected], contrarhente, ao
que se insinua todo dia na d i a , jA não faltam idbias, comojB niio faltam no mundo as condiçoeS
necessárias h aceitaçiio de um m o d i m t e tomado por países camo o Brasil.
A fantasia desfeita
Entre o conkntamento ~ Q Sendinheirados e o azedume da classe média, qual 6 a realida&
do país? As oposi@es erraremi em supor que a
CELmbjSr~~assegurariaa
ruína do situacionisrno. Bastou mudar o regime
mmtmtiva ii imQp@o da
eco~mmia k á o trabalho da polftim: sem dar vw,
vimdado-a a veiculo e projeto políticoe, não M síiída para o Brasil.
Nenhum dos problemas cemtrais da econamiii brasileira foi cquacionado oom a mhuça,
m e b r tardia do que nunca, do regime cambial insensato que o gcmmo temia em impor ao pâis.
Olugar&uma~luçllorealista~~~~~porumfisçal~~oquerepreseatiro
triunfo do dogma sobre a aritmética.
A a r i ~ m ~ ~ ~ q u e o ~ ~ ~ ~ ~ d o d i n h e i r o ~ E s t a d o v ~
juros da dívida interna. O que o Estado gasta rio social, embora repartido cam injustiça e usado
com ineficiência, é sobretrado pouco. Nenhum grau de aperto no gasto social e nos saihios e nas
pem&s dos serdores públicos re9qlvcri o problema.
A divida pública *ma
A dívida pública interna c o m a crescer e a comprometer, com o pagamem de seus
juros,pertodamcWtdaredíafederal. P e s o ~ o i m p â c t o d a d e 8 v a l ~ ~ a p a r t e
d o l a r i z a d a i d a ~O. ~ m a t r i ~ , ~ , t a s i m p 1 ~ ~ 1 4 ~ ~ j u r o s ~ t o s e d e s
capitalkaçh. ~ v m ~ q u c o ~ j u r o s p o d e r i a m c o ~ a b a a i u a p o a t o d e n ~ o ~
~ ~ t a m b é m m r ~ ~ ~ ~ d o e a t õ q i t e d a d i * , ~ ~ ~
finaaceiroqueodsisnxiaado.
~ a r a ~ i s s o & f a t o ~ , ~ ~ , n 8 o ~ t a o b o m ~ . É ~ r e c i
c r e s c e r ~ e e x p o r t m Apesa~darmidançacambial,
~.
ocmnhbcoatimupbl~.
O bloqueio das exportaç6cs
A s m i p o ~ c a i r i o u n , c o m â ~ r i l o ~ d o d , ~ ~ ~ e ~ ~
Atrbuempartedoatrasoa
e p a r t c a o ~ d e ~ ~ c
oneroxs (o "custo Brasil"
Bi~mameia-verddt,~v~aumn~.~doisespectoadopr~b
um, noplanodaconjuntura; outro, n o ~ d a ~ a u b ~ . O d s d o c a m ~ é u m
d@imentoeloqueníe&que,~~deMgrimasquetod,obom~~niQ compensa-
No auge da crise cortarim as iinhas de d d i t o m r c i a i do Brasil. medida extrema,
6
reservada a paks considerados mendigos (como certos pabs afrhm) ou mafio8os (como a
R k i a de hoje). Até hoje, com toda a demo& amfhbilidade que o governo e a
economia brasileira A
j deram, esses cdditm só foram p i a i n m t e restiiufdos e, mesmo assim,
sob pram e condiçoeS. Sem crédito cumerciiai nào h4 cmpmha eqmiahra que funcione, num
país como o nowm em que tomar dinheiro de banco equivak a confissb de desespero.
O que muiitiplica o sigmfído destc com&mgmm&o
conjunniralC que, por todas as
razões ue lembro em seguida, n4Lo umseguima ainda prneaimma &ucandiçdes
n
m a um surto duradouro & crescimento econômico, a nòlo ser a indispensável e
p d i m i n a r , de nos haver Qesvinciihado de uma moeda s o b d & .
E m apresentamos
para exportar mais rmm momento em que mitos países, menos bem t x i n p o m porém melhor
apareihados do que o Brasil, precisam fazer o mesmo.
O crescimento ausente
Parte da euforia do momento m
u
i
t
a da conviqb & que o Brasil voltar$ a crescer depois
d e s o ~ m r e c e s 9 ã o r m a o s v i o ~ d o ~ i p e ~ ~ ~ n o i i 8 o n m e n o o p i o r d abvapemsdo
crise.
a ecmcmh
colapso cambial dc janeiro, oBrasil jbi vivia, h4 algum tempo, crise r& dec-:
crescia a rítmo medíocre. A
ociosa da indústria jB era air#mt. O desenqmgo
declarado c~uinitlzivao alastramento do gubemprego.
Dig~qiaeaeconomiape~~i2%domBemvadc~4ou6%e~emseguidii
r ~ , l ~ , o ~ p e r d e r â e ~ m a i s u m ~ . h o , e m c i m a & s i ~
antecedente de
ego, nibCprogmm. É t r a g f i . ss não étratadarissim,
primeiro,
BasastrtaháamEUs&am8ticoe,segundo,porquco
es~~~c9ntimi9acoMircomapr~docapital~oporum
governo rendi& a ele.
-1
Estaum orieatados pua o ~esciinento,elevando a reiadsi per c q h do país a um rítmo de
pelomen0e~ou4%ouS%ao~,~Bsiverm~ooque~,~dias&
euiludida, a perder? N b estamos, e
estarmos sem uma grande reoriem@bdas idCias,
dos~csedasf0rçasquecomndamopBfS.
O CAMINHO
Por que n b cresce a econcrmia brasileira?
O q i l e ~ â ~ o c r ~ ~ ~ ? A A h c c o n e m i c â & b j e ~ ~ w m b
sem~qutIhcdeixapouco&6itiladizcrsobreumticaruique&rcctntemnteIheEtervira&
pr~~.UmrespoertasmipM,po&,éa~.Aarrto~,o~
causa o crescimento econômico C o nivcl dean reL qxtud&s de ganho. A
médio prazo, é o nívcl de coopera*. A longo prazo, é o nível dc W.
~bastarite~f~oprimeuofPtOr:~dvel&~gnre~bapo~es&
gânho;umpoiicombreo~ceiroEdtor:onfveldesaber; eqursenada
sobre o segundo fator: o nível dc axpemgw. Este,porém, 6 decisivo: capmçib entre
trabdhadores, entre empresas (ainda que concorrentes), entre empresas e governos, entre o
governo central e governos locais e sobretudo entre cidadãos no meio social em que se insere a
atividade produtiva. Sem cmperaçiio, os outros dois fatores ou &I ocorrem ou deixam de
produzir seus efeitos benéficos sobre o crescimento.Instituiçb - na0 96 econômicas mas
tambh políticas e sociais fazem o esqueleto da cooperqb. Idbias, atitudes e disposições silo seu
sangue. Éjustamente neste campo que a tradiw dominante, inglesa e americana, do pensamento
econômico, pobre c o m é de imagimçb Maicional, revela sua limita#h mais onerosas.
Os economistas costuman representar as prdtic85 cooperativas como resposta a falhas de
mercado: as pessoas cooperam quando niio podem comerciar. O inverso é mais verdadeiro: o
mercado é uma forma simplificada de uxpmçh entre estranhos. S6 floresce num contexto
hospitaleiro a praticas cooperativas e atitudes de confiança. Confiançae woperaçAo t
h misturam
bem com desigualdade. Com k,chegamos ao Brasil.
Quanto mais desigual a sociedade e mais dividida a econo&, maiores os obstádos à
organizqh abrangente & coopcraç&io.A defesa dos priviit5gios, o
do controle
sobre os subordinada e a resisdnica destes, tipicamente passiva, contra o miinnnnismo ocupam o
- e
cooperativo. A aqmação tem de ser
lugar que deveria ser tomado pelo
organizada. A necessidade de , o r g W - h se traduz, mrma socbbdc t%o desigual c p n t c ~a nossa,
num impenitivo de i n o v hmthcioaal.
~
R e c W de ~ t uccon6
i - ~ que
democraiizem a economia de mercado, descentmhndo o acesso Bs oportmi&des e aos
recursos.
21 luz de tais crWos, o Brasil está mal posicionado para iniciar um periodo duradouro de
crescimento econbmko. O ideárh domhmk do moniMlto é o fiscalsimo fí.nmceiro,uma
regressão Bs idéias p d - k e y n e s h e Bg i l W b & época do psdrtio ouro. Ele i d d f h , nos
sinais de 8usterkWe fiscal daidos pelo governo, razões suf~cateapara acreditar na volta do
crescimento depois de duu décadas de nmíiocridade. E prefert tratar o retomo de capitais
tinanceiros, ap6s a crise de jwiro, &mo a c
o pelos "mercados"
~
desta reviravolta
saneadora. A realidade, porém, diz o contsário.
~~
O capital financeiro revisita (mas
por muito tcmpo) o Brasil
Os capitais financeiros e8t8o voltando menos porque apreciem o u n n p r h anunciado
com a mkridade fiscal e o bom comdo que porque, num contexto de bom
umportanto, jui&em irresi9dveis os juros pagos pelo governo brasilcIl.0 r seu9 cred~res.O mcdo
se conteve o baspara pemitir, novmmtc, a m
oda gmhcia.
Os juros podem contiiiuar b a h d o até quc, fidmmte, debem de seduzir o capital
fhmceiro. Podem, porém, b a h r o znificonte pua cortar o
austeridadtfíscal,~~~mPisoEstadoe~Pioda~ogasto~.O
cortar o nó góráio da divida intcrnsi, fbçmdo a bixa dos juro8 e o
Para isso, tem de conirok, temporarta t s e l e t i v m , a
enfmw o grupo maia pdemso no Bnuil hoje, que é o lobby dos credores in&cmosdo Estrrdo.
A prheira sol*
invbtilizá um cksenvolvmaento dumdouro porque impede O Estado brasileiro
de investir no homem brasileiro e abgndona o pais B moníanha-rwa do
e&
r&e!liao. A segula soluç& exige uma idéia difhnte do r u m a seguir e uma base politia a ser
inventada para sustmtA-10.
Antes de os juros terem baixado o suficiente para libería~o ímpeto produtivo do pais já
8
tedo baixado o suficiente para esfriar o interesse do capital fhweiro. Esse espaço intermediário
é o espaço do recrudescimento da crise. Quando o Brasil começar a passar por ele, resmgiriio
duas conversas que o arrefecimento da crise adiou: uma,sobre a dolarbçb, para sustentar de
qualquer jeito o câmbio quando
se consegue soerguer a prodtqiio, e outra sobre o
parlamentarismo, para evitar o desastre politico nas próximas eleiçks gerais se a economia f6r
para O ChilO. & para passar rapidamente por esse espaço 0-,
em que os juros baixos
são demais para os qmstakres e altos demais pâra os plodutms e d d o r e s , que
precisaum ultrapassar os limites do íkalism í i m m x h e forçar urilii mlwiçao do problema da
dívida interna
N b se trata apenas de uma hipótese. Trata-se de uma descriw.Multiplicam-se os
indícios de que jA entramos no deserto dos juros baixos demais para os apostadores e altos
demais, em relaçh As o p o r t u n i d
~e ganho, para OB produtores.
Os estudos que mostram of &citorelativo de "ajusteskcais" orientados para a austeridade
- - a u s ~ p a r a o p o v onbparaosdinhehdos-tratamde
,
comaAustráhea
Dinamarca. Neles, a produ@o jB se orgimbu, o rrabalbador jB ficou de pé e a distância entre o
que uns querem para jogar e outros precisam para produzir é bem mew# do que entre h.
Como sahos sam
l ossa? Q problema está na rehçib entre conjuntura e projeto. O que precisa
ser feito agora para libertar o Estado do jugo fhccko implica riscos e m d i t o s . S6 faz sentido
enfrenta-la para poder des& logo umapr a executar uma esimtégia de desenvolvimento que
rompa desisivamente com o fwalbso Biuinceiro ma9 qut se reconcilie com o resiliamo fiscal. E
só faz sentido p a r nesse p r o m dando solução ao problema imediato da dívida interna e de
seusjuros. Só assim sairá o Brasil do deaerto de desinve estagnaç& em que está
vagando.
A reorganbç& da dívida e seu esqido protetor
Tema de reorganizar a dívida inttnia,a l o q p i o os prauis e baixado ainrlsr mais os
juros. Para que a opem@o dê certo, temos de pratic8-la sob o escudo protetor de controles
temporários e seletivos das saSdais de dinheiro. Do contrhio, o g o v m f i a 6 sob o peso de uma
chantagem: se d o contiwât a repetir, em proveito de todos os encünheirados o milagre da
muitiplbçb dos pae8, o dinheim ir& embora.
Contra esta opem$b preliminar de salvamento, l w ~ - s duíw
e comparahuw:
unta, q u e o o n f u n d e t o á a r e a e ~ ~ d a d f v i d a c o m c d loriaa,
l ~ ; queafinnaa
impossibilidade prática de controlar as saí&s de dinheiro. A fiacc m que estas teses
corremsem~çãlomBrasilrevelaatéqutpontoo~fi~d~~hme~& defesailltel~~os~~islrtrrr~dsid~~. Umcoissié~~a~;outra,CnwdarocaiYaextognqcic~k~com
eles. Uma c o k é resp&r o direito do investidor estmgcW de wihr piuri casa;outra, gcrmEtK
queob~eiroIllts~o~lo~rumahoni&ripertoiIricianrilesímncio~.U~co~
é t m t a r c a m s e r i e d r p d c c s ~ d o ~ ; ~ , c ú a f f u d g ~ c i c ã n ~
dodireiaopodc~,~thomcIia&boaE,o~~da9rnuStas
maneiras de disthguir, na m
r
g da dívida
~ pública, entre categorias de nedores e de
.. .
Sóa
situaçiks,
público.
doodanoaos~osm~epreserv~a~docrédito
Ot e m > ~ d a p r o p a g a n d â ~ i s t a ~ c o m p h ~ a f e s e c o n v ~ d e ~ e
ninguem mais controla saídas de dinheiro; divisas voarismi por amputmhe8. Se fosse assim,
nenhum sentido E a r b os nurikerss<w estudos emgíricw qut c o ~ t emcxmpam ss
expdbiias de países que sc abriram ou se íixhmm, em maior ou ~aerrcmgmu, As
do
dinheiro. O que é verdade C que o controle eficaz das saídas repousa sobtc duas premissas
kicas: que o Estâdo tcnha capacidade e vontade para frrzer valer, com polícia e cadeia, as leis e
que a taxa de ctlmbio não seja t8o irrealista que crie incentivas imstíveis ao crime. Nosso Banco
Central sabe, ou tem como saber, de toda m o v h iqmtmte
~
de dinheiro que entre ou sâia
dopaís. SóLhefailtao~deumg~veraocapõlz&trocarofirEaliim#,coWpelo
compromisso com o Brasil.
Hh um resquício de verdade no terrorismo financista. A discuss3lio no mundo se or$anziou
de~iraa~tarquequcmraãoest8comoFMIecamo~dieTesourodos
Estados Unidos tem de estar com hillâhathir, o déspota ultra-keynesh da Msilbia,que
suspendeu a liberdade do capitai de ir e vir e armou, atrás das novas baureiras, um "boom" de
cn5dii.obarato em proveito de invcstkkms e comumUnres l d . Niio he podemos, iiem
~ , s e g u i r o e x c m p l o . N ã o d e ~ p & e m ~ n eesüiUkkdorealnema
ma
abertwa da ecowrmirr brasileira.
Entr~,aWdeque~dtesco~entreoriaisrl~hdobom
co~eocal~b,~auonacio~tPticoetardiob
ideol6gkaa~e~riçodeunag
nal. Como muito8 outxw grandes
intcresset?m~onimo
opçõariIlaC&&eiscomqlle~~~~~
""2.~ d o d í v i d a i a t e n i m r s o b e r r c u d o ~ ~ r e p ~ ~ d e
crescimento. a p a s prelimbr p pader agir. N B resolve
~
nada. ~ o m apossíveis as
soluções. A ponte cmúz as essas pn,emer8enciah e a artiailação de uma novo modelo
de ~ v o l v i m e e t oé a mobilbaçb doer reamos m c h a i s .
-1
A mobiíhç9o dos r e c u s a naçbnaIs:a tributa$o
N b vamos nunca botar o Brasil para trabalhar, depois de duas décadas de medio&iade e
e m g m ç h , se fíamms parada, agmdmh entrar de novo na moda dus capitais internacionais.
AidéUi&frrzeítudo~~aelca,aindhiquepruafazt-lo~desacrificara
aritméth ao Qgm e substhk
ilusb ruinosa. Só
sobrevive porque um
dc W a s quc ele
as~samopodePio~
10cup1@r parte
wiiberosaqi#,coirao~doEstpdo,hc~aim
abdicações da polfticai oficial.)
A
~
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~ , & ~ ~ , d í i d i v i d a p O b k ~ - e o i n i c i o d R m ~ > i n n & d e
~
~
0
1
~
.-
Nh ~~comorealiemionscalepoítantocoma&Wdr~,~iemcomapoupaniça p
10 interna e portanto com a didnuiçib da vuiner&ilW a
&-e-.
Nb
&ta para o crescimento deamcmh2e - e só irm c r w
dtmoemdemocrwte
poderá ser, a longo prazo, sustentável - porque 83K, garante que o crescimento amplie sua base
social h @ida que acelere seu ritmo.
Depois de encurralar o lobby dos credores internos m ~ u n e r a d o so, W o precisa
cullseguir muito dinheiro com um xnínixw de t
r
r
i
m piua a produçh. S6 M,a curto prazo, um
modo de fazê-lo: organizar um shxna tníthio que iracida sobre o consumo e q m t o vá h caga
mab grakia. A única m e i r a de produzir
dos sonegadores e wmeçe a '
r a p i d m e ~muito dinheiro
indireta do coaslumo (via imposto sobre o vâlru
aagregsido) con dlquota alta. A esquerda
gosta porque 6 tributo rqpmivo. A q u e d a ,
contudo, est4 emganada: o que wmi, a curto prazo, é o nível da receita e â maneira de @-ia.
A redistri'buiçb se faa do lado do gasto.
0 8 ~ & 2 0 %
. Afxlmdam~os
do amkto. Eke tese,
ajuda. ~ o q u e g m ~ ~ m o o r e s u l t a d o 6 a o r g ~ d e
segunda ponte entre íluaqa e
c o ~ wque, b m o adiante.
A mobilinçh dos recursos nacionais: M o e emprego
A mobilização dos recursos nacionak exige, por fim, dinlneiro w bolso do trabalhador.
Num país como o Brasil, a política social r d i m i W r a mpls impmmte é dário. E salário
si@a também poder aquisitivo para swtentau o ímpeto de crescimento.
Os agentcs do aitmcionismo a i e p M anos atar p r w a substihii@ da âncora
câmbialdamoedaporumaflncorafiacâl. A g m q u e a p o ~ d o ~ í d i o c a m b i a l ( o p o p u l i s m o
dos abwidos) ruiu, depois de roubar tanto &abalho e rkpm ao H,o dinheiro do que seria a
hcoril fwd vai, em massa, para pagar os juros dadívida irmtenia. Os ~orhcsno social,
insignibníea na c o n t a b W e ainda que
diante do altar dos mer&
flmutcciros.
previdhia e nos &os
pública serviu
A verdadeira âncora do mal
trabrilh9doa brasileiro. Nabo seria nem pmdso contestar o
ganhos dariais acima.de ganhos de produtividade: evdwu o
ganhos & produtividade e seu decllnio
defmqxeo.
Como,naestehdabuadosjuro8,aj&a&aaro~~&uma~qut shdamplie sua base? A sohyao é procurar êsr fcmmw de autmtm o saiárb e o
poder aquisitivo que,por mas amctmWcas especiai9, maxuniwm o efeito rmiltiplicador sobre a
atividade econhnka e minimizem w &itos de
e dcshcmtho m emprego. Cinco
medidas taiam, &W, o resultado desejado.
Aprimeirp~~decamporodirccwso
-da -"Qcxi'blizPção"hmercâdo&
traóalhoemdoisehmmtos. H A u m s i p m t e b o % , a s c r ~arrboii@o&todosm
~ :
m l b u t o s e ~ p q u e o n e r m a ~ d e ~ e ~ ~ p h ~ ~ g e n
indireta do coois1~10.E M ume parte ruim, a ser também pm&um$c qudháa e revertida: a
flexibibçiio camo
descrever o c n f h q m c w h didm t m h h i m s ,
sobretudo os direitoa de
los,~&cieaicobrir
COnlo ~
1
0
s
-.
A terceira rrmedida é a d u p h ç i b do saiário mhhm, a ser pmdkh pela desvínd@b
do mUrh minirtmo de q u k p r d * W r a p 1 W trixrto no s&ur @&lPco (ilusive
prevkienci8tlo) quanto, acima de tds sdhio8 xnhhtos, no privado.
A ~ ~ é o u s o ~ v o d e a n i b ~ ~ a o ~ ó g o d ~ m b a l h a d o r e
bdiixa~,inc1~8ivenaformade~do~~,&~ailEa,~oval
a!??egado.
A quinta medida é um ~ 0 ~niaclç8
1
.c
k pru&&xpúblicos an todo o
remmtm@bdocen8niofiicodr~papnrlrir-~,
e
centrosde&s&mmto-eoqajmdrpaconainidEides
& e m de trabalho. Trariam u q q p , ireimmmto e
12
Entre o "Iriissez-faire" e o conluio
C r e s c m sustentável é to pelo amemto de produtividade, &I apenas pelo
aumento do montante dos recursos físicos, financeiros e humanos investidos na produçb.
Aumento de produtividade, porém, continua a ser, como observou seu mais influente teoria
conttxnporheo, "a medida de nossa ignorância". Ningúem sabe explicá-la.
Teconologia conta. Mas para usar tccnologb cada v a maig avançada
basta ter
-0,
é preciso ter capacidade: I& só capact h i c a rnrts tsmibém capacidade
organhíora e associativa. É preciso tramforillar a atividade produtiva, pouco a pouco, numa
forma de aprendizagem, de expmhmmiisrnoprático.
Dcntro&cadaempresâ,&cgda~or&acoriamia,&câda~dadeedo~~
um todo, C preciso cooperar. preciso &Ificar paralisado pela desconfiança e pelo conflito. As
pessoas tem de cooperar dentro de empresas e as empre~88de cooper;u entre si enquanto também
competem. As empresas têm de coaperar com os governos. E toda a atividade produtiva tem de
prospem em ambiente de coopaaCão social.
No Brasil hoje a coopersiçilo econ&mLc9 nib vai para frente porque toda a cooperaçh
. .
entre os e d m h a m h e os
virsi um coniuio contrao interesse da maioria. Em cada
setor & política eoonbmicapqux m c c d r i o e s c o k entre o laiesez-Mre e o umcluio. Para
acabarcomoduioparece~it8velgcribrir~ir~.
Basta -1
um dos e s c h x h h focalizados ha pouco tempo nos jornais, n h porque seja
excepciodmasjwtmmtcporcpraeétipico.A d e s v ~ c c l m b i a l ~ n w i t a s d a s
maiomempre888h~coaiumperglo~&cndi~cm~%t,esem~
de exercer as opçües que reorp-,
de maneira proveitaxa para elas, esta dívida.
Intereso Banco.do
. Bmil e o BNDES em p m t k i i , junto oom um brtnco de niv-,s
emmgeiro, dese seus "eurobondsW. ( A ~ j a f o i a b a o d o a a d anpmmnte
por insuficiencia de interesse do mtmxdo. Por ser, porem, tplico o caso, sobrevivem as licoes.)
Dívidas em dólares Wariãm,
reais e dívidas de
prazomaiscurto~a
banca p~lblicos
fomxerh um "credii"-e
( u m vdorbçho d a créditos securitiz;ados) na forma de
garantias p ú b W contra a i m d b p l W por certo período.
A objaSio C que se a
ibmeira e o "credit-"
estão sendo
los
e compradores
doEstado.Seng0
i n t o ~ v e lUm
. pequeno
continuando o antigo jogo de capitalizar os lucros e soe
empmwkb com fiivom polftims. Dir-se-á que o &seme pablico está eqmbado no
ver~~0secessoaO
..
mercadointernacianalde
devc€hspri*-
C m , ~ p e n m i t u p a n n o m e d e g s e ~ i n d i r e t o e ~ ~ ~ v
ener@e~pSbW~fi~1ã~amdeum~cMo&poderúsc#ie
anapigriados? Se a apmta &h m endidokizdo tivesse dado cato, teriam
~ o h i ç a r , c o r n o ~ , 9 o b o 8 ~ ~ d e q u e o ~ o h l ~
implici-,
contra o malogro?
A Mpnapfiadadc da intcrvfrvmcedoni nilmmhi quando se descobrem no topo da
lista de favor&ioa os grandes o i i g o p ó ~de mídia no parb. (LevpnSada a celeuma, o maia bateu
em retirada.) Jd C subversivo da demomicia que se haja t o k d o a c o n s o l i m desses
13
oligqólios. Permitir agora que se associem, amo parceira, ao Estrido 6 desmontar os últimos
tijolos da muralha que deve separar o Estado e os meios de cmmkaçh. O pior Roer é o Poer
da mídia.
C o m distinguir coordestratégica de rendição aos lobbii
O fundo do problema é sempre e em toda a parte o mesnro. A c o o r d estratégica
~
entrego~eempr~~~~~fiDfm9igb8sicrier~~deqiatvive
progresso prtbco. Empobrece o pds ter de optar entre o ~-~
e a r e d i ç h aos lobbies,
conmo forma
da ~
0
0 O resultado
~
. prserá um pouco de laissez-faire aqui
e um pouco de clientclismo ali. Mesmo os que nunca se dehmm seduzir pelo hissa-faire ter80
r&
pua preferi-lo h altemath comptom. Pois dessa corrupção mwc a desconfiança e da
desconfiança a incapacidade de cmpcm.
O mesmo dilema se repete em escaia maior quando se teoaa fwmular alkmmtiva
d e s c n v o l v ~ t sao
i í?imlh firisnaeiro. o pais suspeh
sigdíca
prtari£grias a m í s t b s e fila especial QO BNDES e no
W
escolher entre a turma da fila eqeciai e os pmeptmm iamrida su*
do Brasil e da
passividade de scai &iado.
Para quebrar esse diiemri
idéia, de governo e de
de mercado &o tareb
Aprimeh
ccrmerçial aos pcqucràaa e
paratodaa~aiquiloquc
UnidoseaDimmíma-pauaa
A ~ ~ a 6 u m ~ ~ d u s p o d c r e s â e ~ i n v e s t i d o s
Ministério Pdb
A terfh,
a com6çar pelo fbmcitammüo ptíblico
das camphas e b i W e pelo desmonte des oligopób da midia.
A quarta iniciativa t o ~
m
v de o
~
li@
por f
m e ptxspdva, & idéh e
A renovzbçãU produtiva i h d a
depdritopradçrtvo
a s m ~ d o
que suns anrtrizea,vem a l m c h m h .
A ~ v ~ ~ w n o ~ i i ~ ~ . S 6 u a i a r p a r c e r a ã ~ c
governos e eqmms, a r t m h b poor um nivcl htmmdM0 de h d c m e centros de apoio,
e padro-,
14 descentdizdos e mdepe-,
pode ~
~
-E só assim
h deixaremos
.
de encena o papel
modesto c pobre que o roteiro de c v o e ~c o n ô escrito
~
p
t
h arquitetos c teóricas da nova
ordem mundial nos m a .
O saber deswistido
U m econcuniia cresce a curto p m movida por ummi refavortive1entre o nível de
j w e = ~ ~ & ~ . A d o p r r i z o , - p ~ b n f v e l d e ~ a ç a O q u e
seusb~ec~-@~.Alongoprezo,~,oqiiepesanaaism
c r ~ i m a ü o e c o n ~ m i tganhoniwicooperm.
co~
l ? o ~ ~ e n t r e t o d a a
eencaniadoemcapai~~ttoricrtaqrtanto~.~parãassimitar, reinwntar e reconstruir as idéias, as tcm01e as pr;gticrts d ~ n í v e i no
s mundo. porumsipolfticadeb hk@ksedepa~uenas in.ençtiesdcr+xamns. Talé, porém, aúnica
pollsica edwacid que teznas. Ela nos condeaairia, por si só, a um f&um de medi~]~~~~osoutn#,fato~~itosjioiio~~o~odeum~tos
dw-.
Dequepreç~q~rriequipprosbm~camsfbd!UmEsttdocomrmiironmis
dkrida iamta); nmri
e reavahdos ra,
&tahmoseqW
s M t i c o d o s m a
escola e o hospital servir& parta todos. Por ser be&ki&b da p s í q i b social do Estcido, ser4
~ r % ~ ~ ~ c m p v ~ d c ~ o p o v o .
faltam na M i a ou passam por ela com c o m p h h tt.zuisit6rios.
Dessa situzqh multam muitos de nod m :a repetébia e a ev&
escolama, o
to
no crime e, atk mesmo,a dqg
desvio de c o g l p ~ ~ e nacabando
fiica dos brasileiros.
Pvlull~~eg,
divididas entre a knkativa de defender os filhos e a
&ganhar o p b ,
.resp'rali esteio de humanidade. Homem, humilhados por fiilta de d
e
b com que manter
o r-ito
a si pr6prics,
qiiewm.
AtrEisdesseckxmme
dua8 hist6rh diiNwas ~w,rdsn
: u m , sobe a áivisão da
economia; outra, sobre a
vpúutiva, vasta pwikrh esfomeada de
industriai e agrária, que
recursos e empregos. EstB c o m p r d , tsunbh, pelos limites h bii9íWb de orgmizag&~
regligiosas e comuniíárias que susúmtan a resisihcia m a l do povo. Tanto as dum hkt6rias
podem divergir que vi, em muitos higams, a pdtiea wocisativa sobrey~w-wao ewaziamento
Assim, no Brasil e na nova meia, a des
da &mii&riko quadro da
física e $ocial cEo dia-adia e a
que~&&e~nãOãgmrdeo~rcitodo
tom da escola
nilro eil-
e de insegrii-lw nas
comuniw.
ztdndns-p
i l l t e w ~ c o ~ .
àbwcadoEstaBo
segmcb ilaindo que fom hoje, junto com a f%dihq d r i a , a maioria brasileira.
e semi-profbiomb, de "self-nmkmen d woinàen",
d a s c ~ ~ e n m d d i í a s d o ~ e ~ ~ m , ~ ~
dfsmhec*hbur
tradkbnd. Comiram, com
que parecem haver escapoido,~
o
rdas bm
~
twlrarileurs.
,
A política e a rcligi8o deles C a -ajuda.
Cldekm os
~~
corporativistas que coníimm r sufocair o pais. Imnirjan-se contra o nepocisnio extr
transformou nom peudo-liberaiho, liberaiimm scan gente livre, ~iainrae p k i e de
da doutrina do "karma". Sabem que o Estado n&o Ihes pertmce e ~~de tê-lo a seu lado.
Esíib,conludo, e q m d o s : e l e s t a m b ú n p r ~ & u m ~ q u e p c # i s a i n v e s t u n a s
~ ~ ~ p c s s ~ e ~ ~ o ~ ~ ~ e ~ ~ d a p
~eló~o~p~~knCiário8do@xitoque~~~nisnperaçlbdaesco~entr
laissez-fairee o conluio e nã c r i q i h de escolas e hospitais públicos &v&
h dase &lia. Um
mvhato~
v
o
l e -te v
~
no Brasil de hoje tiem de conquistá-los para
ganhar o poder e realizar sua obra.
Para isso, basta capneçrir pelo mais tangívd: a pmi@bOstcmiva de t r f i c a ~ ~de& ~
infiuenCia e sonegaáom de hpostois, r reoricnbçb, em favor Qie erilerpntes, da ajuda do
Estadodcstinadaaofomenhoclaproduçlb,sobecrit&im
objetivos, e o resgate do &leo público cle eduaçb e &.
Oquea~iraAgrícoIwdoBulcodo
oagrhhindependentc
quandoselibertoudo~pe~edri
numprimeiromamenlto,detwrfeitopamtodoa,oa~da
tecnol@co e umxcial, ndb apenas cmditkio. O objetivo não C
subsíâios. f.demxrabr maadoa, dtipliamcb o múmm de
~ ~ d R ~ e ~ e d i v e r s i f t d u ~ d e d e h
uxpmçh entre eles.
Dda~idadede~endreosgovemase
m$diasemprw-
profissional, disciplina, Earrto do rrprlrcrdo
naprop3iadadeem
~o*-~pracaafpetire
quando
a íddhar
me!nAo.
~~
Do~code~iaaoimpCriododireito
HBem todo o@, e sobrddo na classe medippditizlid;i, ochcjo htemo & libertar o
Est;idodoabraçoas~bgraadts~~ede~ruirotráfico&inRu&acLa pelo impQiododireito. Amtmgadocernedo E a t a d o a u m p p o d c ~ ~ ~ ,
compassadoefuturona
h j
,c~i~jtlrídicrqucgnnilaas
dfxmaacisis niodaans, agravou r fIlWqs0 lldmal.
OpntocnccinlamqucabuscaQ~odo~tocnuloama~~~do c r e s c b t o ecom3mico C a necessidade de elevar o nível de caapagh m pds, escapando da
esmbempobrecedoraeirtreo laissez-faireeocahio. O p m t o ~ i v o c m q u e c r u z a c o m a
demxmh C a gmmth de um apqo público, de debette e ckcido, &tiatrelado do dinheiro.
S
! ó que, em nossa democracia tosca, de país desorhüab,
e 0-,
a
~~
17 campanha pelo *rio
do direito e pela d e s p r i v do
~ ~Estado só surtir6 o efeito desejado se
avanpir no bojo de inovaçbs imtitucionais que ponham a d o i r a pobre e ignorante do pais de
pé, dando-lhe os instrumentos econ6micos e culturiais de que precisam o trabalhador e o cidadao.
Naio há salvaçh sem o direito, desfechado contra a privathçh do poder: contra o
mundo crepuscular dos financistas enriquecidos
pelas infoniaa9oes priviiegiadas sobre
os pormenores e o "timingwda falência cio Estado, contra OS emprdnos politiqueiros bafejados
pelos favores do governo privahâor, contra OS fundos de pen&o manejados como armas de
pilhagem pelos agentes dos principais homens da corte, contra o Banco Central, administrado
como i n s m de social^ dos prejuízos dos g r a W e g a r d a da c a p i t a l ~ doe seus
lucros. O direito, porém, C apenas condiçb. Niio C caminho.
--- -
Do império do direito h inovaçilo iastituciona1
O caminho C a r e c o n s m , pduaüsta p o r h cumulativa, das instituiçiks brasileiras.
Um projeto desenvolvimcntista e demom&ante w Brasil hoje há de amta quatro ordens de
compromisso.
O primeiro c o m p r h C libertar o EMado do jugo financeiro, assegurando receita
pública alta porém pcnpdmb produSb, porque incidente sobre o consumo, e assegurando,
i do9 recursos nacionais.
inclusive pela popnça privada cmpdsóriei, a d
O seguiado compromisso C o resgate de um n6Çleo pbblico de educaçh e saúde, grande e
boa bastante para incorpora, como bemfkiária e íiahm, a classe média.
O terceiro ~ o m i s a Coa c k z m a a w da C C O de~mercrtdo no Brasil.
s i p i k a apenas reg@-h. -S
reinventar sua fwma
Democratizar o mercado
institucional para rtdicalizar o expcrhaWismo dcxmtraiizador, a anarquia organizada e
fecwida, que C seu coraç4Q.
NW lmdemos crescer com-=ia,
como eco-,
ou corno nac;ão, se crewmms
apenas através de uma ilha exportadora, r e l a t i v m &vinculada do resto do pais e integrada
na rede internacional de viqpmiw produtivas que se vai tornando o motor da esmomia
mundial. Só através de unia ptmxh desceníralizada,- e
e prticipdva entre os
governos e os pequenos e m0diaa produtores C que se começara a supenir o fosso entre setores
prosutivcs & vaquarda e
Para isso, n8obastamliplkar as filas de dinheiro barato m, BNDES e no Bancodo
~rasil.É grechdtip~psrwma~1defwlcntoeapobrmspequemis,aiandoentreo9
governos e as empmas todo um conjunto de centros de f
me
tanto para levantar
aretâguardaprodutivaedtip~~~mcama~quontoprira~as
e
eqmiêecias locais mais bem sucedidas. Esta C a tr&duçgO, para as codçiks
para a economia cama um todo, daquilo que t m h s dammdm do sbculo dezmove í k m m na
o r g ~ d a ~ & d f j n m i l i a r m v Q d a ~ ~ p - e I r r ~ .
~~
OquartocompramissoCoapro~~~hcomo~da
~ & 8 ~ 0 ~ & ~ . 0 a p r o ~ d a ~ i a c ã m p o r t a , p o r s u
vez,~skies&&.
A primeira grupo de iniciativas destba-se a elevar o nível de engajamento cfvico por
medidas como o fbanchmento público dai campanhíis eleitorais e a disciplina ou o desmonte dos
e m ~ m s i s t c m a d e -listas,que
maiores oligopólios da mia. E quanto mais
ao partido definir a hierarquia de cândidatos em suas
obriga o eleitor a votar «npartido e
chapas, meihor.
.
O segundo conjunto de reformas é a acbçfw de regras
que equipem o
regime presidencialhmde memhms para a resoluçb pronta de impesses entre os pdacs
politicos do Estado, ora por plebiscitos e referedos, ora por eleiçtk
e simultâneas
para o Congrm e a PresBdência. O nrturo pode ser o par
Por -0,
precisamos do potencial plebbcitiirio e tmidancista do presideilcbdismo. Sem as reviravoltas que
ele propicia, tamm a consalidaçiio do poder wma c b e p o l f b praowpada com a repfoduçHo
do poder local em vez de ttrripgis um ~Wmadeperrtidoãf m e
.O~nilopodaanos
Unidos para
d e s a x h a trari9da sociedssdc pela política.
O terceiro ekmmto no
da democracin é a
de meiras p6blicas
de elite,-lib
qualibumcmcia de
h4 deocracia,
porque na0 h4 capacidade de baduzk projeto em aça0.
Aquârtaparteéum&oqueli~,~d&~bmil~cail9insmmeb~~
p a r a c o ~ e r e i v ~ e m 9 e u s d m i ~ n o a l u ~ e m ~ ~ e
reivirmdicatóno propício a um mrrmento de rebeldia e ~OCOIM@U@O. & a arma do hainem comum
c o m a ~ e o m e d o .
UmEsaado~ieatuanet,livreda~ck
tribuagressiva cio ,ca elevatç#o txmpuíw da poupmp e a v
instiaicic d h d a d a 8 ~ , e ~ & c o l m g e n s e d e t e n ~ o
*@bli=quc,
plessoâadomaw-,
pra-pcur
~~
m,
w
n
i
-
p4m-aocópia
pela rebeldia e tnmíbma o
âo
- e
formas iiistituciomah, sob a imph@o da demofilia, o
demn&o, pela ramde
c a r i n h ~ ~ l ~ ~ c o n u m i . É ~ r o a o p i m e n t o ~ ~ ~ ~
democracisrs~do*~,queppnram&a~nsmmem<1nescauzama9d~
d o p g r e s s o e c o a b m i c o e d a ~ i a d i v i d n iB
. a ~ d a p i l o q u e ~ a s e r
p r ~ s * n o ~ ~ ~ - s c e u
definitiva da liberdarde politicri e ecdimka.
Como sohqito bmikira para o Brasil,
;eáeques6vgotbEo~est&beleocrcm
A LUTA
Um falso & W o : a Nova Rama e os Estados UnhW
19 Os Estados Unidos d o a Nova Roma -- um poder na posse do mundo. Temos & persistir
no caminho ruinoso do fiscaliano íinanceiro porque C isso o que quer a Nova Roma. Um
governo que procure resistir a ela, fiado no apoio fiágil do empretariado nacional verá a
resistência acabar rapidamente em desastre. Primeiro, desastre econ6mico,pelo preço que os
m d o s ikanceiros internacionais, semdados pelo FMI e pela miprensá internacional de
negócios, cobrar&ao país em troca de sua apostasia. Dcpois, daame político, pela desintegrdos apoios que sucedarb ii perda do dinheiro.
Tudo isso parece realismo, mas C apenas áiibi, alimeatcido pela desorienta@io, pelo medo
e pela ignorância. A Nova Ronia a que se rende o atual governo d o sHo os Estados Unidos. É
um grupinho, unasi aliança menos de ordo que de indivMuos, emastelados no
Deparbmento de Tesouro dos M o s Unidos, na dlleçgo do FMI e em algum grandes bancos
comerciais e de invesíhato. Meia dúzia de pessoas formula a política r e c o m m a países
c o m a Rússia e o Brasil e, em toda a m@o, menos de uma centena a cosnpreende. N h C tema
de dta politica nos Estados Unidos.
A essência da proposta do $ny>inhoC a fixaçh, para economias vistas como mentes de
a u í o - m m e autodke@o e parri governos tidos como suscetíveis a recaídas populistas,
de um equivalente fuociod qo "pai& ouro. " O rauitado, num pais coano o Brasil, foi a
resurreiçh da economia polftica de Salazar sem a homsW& de SalPPar.
O~ãoouro~osistcma&~~todsr~em~ie~caquevigiana
economias ricas em finais do século dezmove e inícios h século vinte. Seu verdadeiro objetivo
era criar um mecanismo que mtmmticamente fízase o nível de atividade econômica depender do
nível de c o d h ç a exibida pelos controladores do capital, ce4ce9ndo,portainto, o poder dos
governos de redircciom a economia. A demoaacha e a catbtrofe, de dieprcssao e guerra,
juntaram-se para quebrar o regime do @O owo.
Mas a antiga ortodoxia dos f9rtes esth virando, por obra do gnipinho e de seus aliados
nos países obedientes e ma,-r
a nova ortodoxia dos fr-.
O futuro dos países de
segundo e terceiro mundo seria o passado dos p9ises de primeiro mundo. O fim desse caminho t
a dolariz-.
JB aparecem as divisões mesmo dentro do gnipinho. Diante da experiência de
vulnerabiiidade fbmceir
ecodmica e regrewiio socizil que a nova o W x i a dos
fracos ajudou a produzir,
dizendo: niio é comigo. A
da op&
adhka
jii se posicionou
contra ela, junto com a maioria tanto de progressistas quanto de ccrm-es
no Congresso
americano.
Persiste, porém, como
do gnipinho, cm nome do governo americano,pela
conjugalgo de ds fatoles. O pP.iriheiro 6 a influência c a q h h d a dentro do partido demiecrata
pelos grandes intcmscs nnnnccirm9, em contraste com a relativa
política dos
inmescs industriais. O país qm recebe nuais incsümph, inclusive mais
Nunca levou a &rio a.nova
invmericano, 6, üe longe, a China
. ortodoxia
dos ihm. Estabelece, com dcsewolvutura, aliança com os interej9es indumm dw,
€Tlqwm maa8a88fawos--iros.
O segundo fiitor éoúnismoeodescaso do Presiámícdos Estarlos Unidos, queaceita
d e l e p ao grupinho, como cmcesdb ao mercado nnnnceiro ameriam, poder sobre asuntos
que,emboraimportantcspiracrsfmncWta9,sBo~nopsúS.
O terceiro fator t a coíifusfCo dentro da pcnsaniento econômico, que nib conseguiu
~~
20
forriaulrir uma concqçh simples e forte das condiçdes do d e s e n v o l democmíhnte
~
para
substhh a nova ortodoxia dos fracos. O ripelo B pblogh da connImça e Bs meias-verdades do
fisdismo hmceiro ocupou o lugar deixado vazio pela falta de um entendimento das economias
reais e de suas possibilidades de trans-.
Niio e preciso que se alterem nenhum dos três fatores que a sustentam para que a política
do lupinho e de seus clicntej nas e i c o h perifi%riclaclvenha abaixo. l b t a que o "Federal
Reserve"(o hnco Centd dos W o s Uni&) e& decisivamente os juros e que a boba
ameriranP caia da9 alturas. Isso C mais do que probabilkkk. É s6 qwstib de tempo.
O capital estrangeiro C tanto mais 8tii quanto menos se precisa dele. Nenhum país fica
rico com o dinheiro dos outros se Iigo soube mobilizar seus própios reamm de capital e gente.
Na hora do aperto, quem nigo apr&
a andar com as PTópk pmms vira tapete em vez de virar
~.Taigl~asverdrrdes~~~ad~doppinho,riahmdo~~con
em Washington e N m Iorque, nos fiar2io lembrar. O exemplo dos E s t a h Unidos, que
~desanandoos~eosinseresseJemque~~aheg~niain~w
sécuio dezenove,
deve falru mais alto do que as d t o y , soporífi~8~1
que alguns de seus bummtas e banqueiros
gostam de aviar.
Um obdcdo v a k o : os descahminhos do p a m m t o econbmico
Mnisoniaosasdoqucasexigtncia9daNowR~&as~hda~
i.ntelectd. Assktimos a um co5ap4lo na cagacdo
eccmômh de explicar
rcalidadeare~pl~vo~s.A~~~~evirdiaiciou~muitoso
1 i m a e s d o ~ ~ e s u g e r M a ~ a ~ ~ d e ~
umaasma~as~epoiítbsreiiisnte9.
vejam, porém, qualoKeynmqucess«rqiiaserebe~reclmhecan.
ÉoKeynes
a m e r i ~ q u e e s h i d a r a m ~ v ~ d a ~ ~ p e l s ~ & ~ : o ~
d o s ~ d o 5 i d c n a t t n d a i ~ a n t f t a d < i s r P q u e d a d o n i v e l & s r t iPodeteralgo
v~~.
abhojeaoJsipão.M~~~~~~a~aosbmileheaos-,aos~em
ildiams?
F~-mooutroK~,o~co~com~~gençESoofrisdnoplas
c o W e 8 i t r e ~ m o n e t .8 n a e ~ r e a l e t r s t o u a o r ~ d a ~ , s e m p r e
cmdumha-e, c o n L o ~ o q u e ~ p o l l b k , e refhz. Sem esse
olho, o pawmm&oecomhko est8 condtnapdo a
eerrgiediernwr.mvcoma&
financeiro: pstemems,
p a g w i i o e c r ~ e ~ m j u f i o d o Es x~p!d h & s o a n i l o o c o ~ l e d a s ~ c t e
dinheim, que nHo rcpPesen$im súlugões, rPinrla q w d o ajudem a ~
~
~
b
.
PreCW*&do.autra~
vidapolftiu e c u h d que se presta& a @os de dor
Aíddca#nhirdiaobrsidopensrmhentobntsilciro.Hgunsa
&pcmarmbrea
~ ~ ~ ~ q u e c o n t i w i a p r e s r i n o c a d 8 v e r p u r t r e f i a t o d a s rmmtivw faralbm
como o marxismo. Hii também uma c i h i a snd e econbmh pisiva, assenta& na
u n i v e imeri-,
que fáz a arpologia dns btitu&&s e s t d m m , como exprestdks céo
racionéil e do necessgrio. Aioda não existe, traduzi& em d i r m m e proposta, ~ l maa
neira
de pmar criticama@ sobre a estmtw~blhtitucionaia e sua reinven#o. Construi-la é nossa
tarefa, a tar& do pmsamento brasileiro.
Falta @o
O s o e r w do país passa pela política. S6 pela pl$tica da poiítka pode vingar o
projeto rebelde que descrevi. JA est8 çriada a condiçiio essencial prira umsz reviravolta no Brasil,
que é a orientaçlb oposicionista da cbwc mália. Sem a
media, C possfvel $anhar a maioria
pobre e desinformada do pais, mas n b C possível ganhá-la em m da i&ia de um rumo
diferente. N b é pwsivel gmhá-ia em cmdi@a que permitam wamüuh as instituições
brasileiras.
AmvaWdaesquienSafoiquea~polib~ri9p-8eor~doBrasil:m
sindicatos, as asmciaçõe%empmmbk, as
de bâirro e os p p a r e m . 0 s
~~
semomtoumph. Q u a n q u i a r e i r r r a a r t n r o ~ i l t c m , U i r d g q u c ~ p a r ~ t B - h ~ ,
a t r a v Q ~ , ~ P @ - ~ . S e n i b ,
mBLOsekansefazan
~ d e ~ ~ r a e m v c z & ~ + w e r n n o m t d e
incharrmi-se, dali-=
e quebmm-se i medida q u se
~ apmbmmcb poder.
P r e c i s a n i r > k i d e u m p a t i d o d e ~ q u c ~ a ~ .:
do
políticos riao se movem. Com a pmpxtiva do poder, eles se momm demais. O implortante t que
a m o ~ o c u r r a e a i v o l t a d e ~ 1 1 3 a ~ ~ ~ ~
traasmisir ao resto do povo briarsneiro. A base política
anmxxh a base social. Tem de ser inventada e cowtruh junto cosn ela=
Nem dessa vez vamos: o F
T
Não ternos no PT uma oposição capaz de desempenhar este papel. Por isso, o Brasil, que
já deixou de ter governo, ainda
tem oposiç4io.
O PT não consegue libertar-se da candidatura de Lula: é o cemento que hpeúe a jun*
de seitas de espalaçar-se.É a única marca conhecida p l o eleitorado & massa. É, p o r h , ao
mesmo tempo um ardil e umsi iiush. Lula nito pode, Avo em condições ememas, que incluem
a crise do sistema e a falta de qualquer alternativa mais eitilvel, ser eleito Presidente da
República. Inspirada por pesquisas de opinião que traduzem tanto o repúdio do situacionismo
pelo país quanto o desconhecimento de outros nomes, reaparece sempre, entre os petistas e seu
llder, a miragem do poder: "dessa vez vamos". Que nada: nem dessa vez.
No veto que a maioria dhcontente do país imp6e h candidatura Lula juntam-se
preconceito e iníuigb. Preconceito contra o antigo operário sem letras. W ç 4 i o da falta de um
projeto consistente de reconstniS& nacional e de vontades f m capa;ecs de m&ntA-10. htui@o
de que nem o PT nem o seu bico líder nacionalmente conhecido conseguiram distanciar-se dos
interesses minorithh e
que, tangida por uma pequem burguesia radicrilizada,
constituem sua base W i c a .
Daí a cor&
de acertos corporativhas, cano as &mas &oriais, e gestos de ajuda
aos pobres, como o apoio Bs pequenas cooperativas, que marcam a pregqib econ&nica do PT.
Dai a falta de qualquer v b h míista de como refinaracipr e r e o r p i m o Estado brasileiro. Daí a
perigosa jwtqwiçHo de uma retórica amea@ora, com a ansiedade, nos mmmtos eleitorais, de
demonstrar confí&i#iiadc aos g m c b ernpresdrios, como se a tarefa nHo fosse justanem a
inversa, de combinar mderq& nas palavras com arrojo nos atos.
Entre Femmáo Hemique Cârdoiw e Lula hB como que um acordo tácito. O Prdente
parece pensar entre seus botoes: =eu malograr compl-,
batido por o& avassaidora de
m~vemo,veino~.~,pruaoatualpresidentc,uma
que claramente une os dois, produtos de W e s diferentes
mas de temperaahcn5os ~~,
nutridosi no mesmo período histbrico e em meios políticos
comunicantes. Segundo,por mero -"
" : que bela vingaimça contra a elite ingrata
seria a eleiçilo do metdúrgico. Terceiro,pela segurança antecipada do fracasso do Ptista, que
ajudaria a recuperar a reputqh do predecessor.
Oa dois, po9,esquecerrun de acertar o coaibcom o eleitorado, que persistirá na
busca de uma alternativa de poder mais sériri do que a faca no peito da burguesia brasileira. Nesta
busca, intervém outro eiemam, C N C e~ignorado,
~
a interromper o caminhn entre intenções e
resultaia na p o l í b brasileira.
~~
-
SãoPaulose~coriaoBr3Sil
S&o Pauio separou-se Q Brasil, menos nas c-ias
do que rias atitwh. Hoje, há
trêscul~po~m~il:ab$rtIidescidadeg,adoinscrioreadt&Pauilo,
priucipimutteacidadedeSãaoPauloe, emmenor grau, orestodo Estado. Cfdrsdescom Porto
Alegre e Foriaia jB se tassemena dtura política. N e h predomh, a v a s s a l o r ~ t e o,
sentimento oposicionista. Todais as capitais do Nordeste libertarm-se tanto do coronclbmo
quauto da despoiithçb. HA dwrcosfiaoçri contra o govem e a p l ~ u a c eh p & p s @ b para
ouvir mensagens & rebeldia nacional. H4 d e % c r vnos pariidoar existentes e bysca ansiosa dos
i n s m poliths para uma reviravolta na país. H&E na política e dezrédito de seus agentes
atuais.
Sb Paulo &Ié objetivamente diferente do resto do pais. Tudo que existe no Brasil está
também dentro da cidade e do Estzrdo de Sao Paulo. hrli3s a cultura política de Sao Paulo se
american izou, acolhendo o ideal da gestao eficiente e e m p m , o ceticismo para com as
iddias e os estilos d o identificáveis con as experiências de "primeiro mundo" (isto 6, com a
&pia dos Estados Unidos e da Europa) e o fascínio pela celebPTdiide de mídMi, no vazio deixado
por lidmnças associadas com propostas c o n - m . O Brasil p i s a do oposto de tudo isso
traduzidas no esforço de
para forjar um nova interpretaçh da rebeldia e a h n a ç h ~~,
construir instituiçiks próprias.
Nunca se sabia direito o que era o "pqpulisrno" que geraçks de intelectuais paulistas,
preocupados em ver seu canto do país cano elo entre o Brasil e o mundo do Atlhiico norte,
atribuioim B vida pública brasileira fora & São Paulo. Agora sêberibos: 6 o d o despolitizado de
politica que ameqa consolidar-se no nosso maior Estado e m nossa &r cidade.
Foi Sao Paulo, a maior vftmisr da política situacionista, que r d u z i u o atual Presidente
ao poder w, primeiro turno das eleiSjes de 1998, anuhdo, com o p de seu voto, o
. E C SHo Paulo hoje que
oposicionidmio que crescia nos outros csbdos populosos da
está mais associada, aos olho$ de grande piarte do Brasil, a
plítica que ela julga ruimsa. Ou
Sao Paulo acorda e se &ata,
ou a saida p o W e pqpmíbtera dt artidar-se fora de Sato
Paulo,paradepobacordar~10$~0~maisimpolcante.
-
-
A traição da ciammach brasileira pelo jomaibmo brasileiro
H&dois obstikulos hoje h fbrmq& de umsr alternativa ao s i t m c i o q~ue coloque o
p a i s n o r u m á , d a ~ ~ e d o d e a o n v o l afmdqbdeumpcrrtiâode
v~:
c e n t r ~ q u e c u m p r a o p a p e l q u e m oPMDB m o PSDBccmeguiramdesempenhare
a q u ~ d o b l ~ b ~ t o p e h o f d i a s o ~ ~ ~ g ~ d e ~ e p r ~ . O s e g u n
obstáculo pesa ainda mais do que o p r i d i .
Para formar @do
precisa de poiíticus e ati-.
Uns e outros respondem a um siuai de
movimentqib em dhq&o ao poder. A rmvbata@bmais impoPÉainçe t hoje a & grande maioria
desorganizslda, inclusive a maioria de cM i a , db a movkmt@b das minorias
organizada8 em assoch@3es e sinâkatus. Os
tradichais de m o b m poIftica comfcios e marchas - tom-se,
salvo em situqtks iimite, arcaiamrw irrelevauks.
Paracomoçrrtamo-,
tpdsoapmcer. ~ e ~ ~ i o n masa m ,
não resolvem o problema de escala.Doi a bporüb% & mídia. O bloquemo que ela impõe hoje B
niudançrinacionalCodtsdo&dois~res,~~~:o~dos~,
no~xtodo~egimeatual&re~entreamíriiaeo~,ea~bjornalistas.
OBrasilocupai~extreiriirono~univdcntremfdi9e~.Osmales q u e o c m e m e m t o d a ~ , ~ & c o a ~ & t n i E a r a ~ n o a s ~ d e
co~comosefo9seprap~emfigbncasde
,aqui&gamBcaricaturada
crimimllegalizada. O regime qu4ete disakiodrio dt cmmssks de tekvisb e W,a falta
de regras P n t i t u s t e q u e ~ a ~ , n o a r ~ ~ , d e p r a p r i ~ e m
diferentes &os de cammkqh, a participaçh das "holdings" de mfdia em negócios com as
empresas públicas privathda e, ad mesmo, o uso de dinheiro, público e privado, para obter a
benevolCrmcia de jornalistas e v e h h & mídia deixam a deanomch brcisileiiã desfalcada de seu
aliadomaisMiporcante,um~indepeadente.
. . . Bastam deehcia e bom seam para encontrii-las. Tomar
As soluções IlaO sao
-
-
24
o regime de licenças e concessks completamente dependente do poder político. Proibir a
combinaçi$ode p r o p r i e em diferentes meios de comunicq20, escritos e eletrdnim, nus
mesmos mercados regionais. Limitar o número de horas que um oligopólio dominante, como a
TV Globo, pode estar no ar. Impedir si peirticipqh de conglomerados que abranjam empresas de
d i a em qualquer negócio, direto ou ixídireto, com o fitado. Vedar iguahente qualquer
Transfomm em
propagada do governo ou de entidades públicas nos meios de
crimes imúhçáveis, sob a mira de quadros especializah do Ministério Ptíblico, o
financWnt0 de empresas de mídia ou jornalistas por interesses privados que, estranhos ao
jornalismo, dia ousam deixar suas atividades comrptoras tnmprecer. E, no &um, promover
uma grande diversificação das fomm de propriedade nos meios de comunicaçb em massa, para
incluir o estimulo hs fuiadaç&s independenies e As cooperativas de jomaihtas e de produtores de
programas, com a ajuda de fhd@ks, caiadas com dinheiro público e srlministtariaspor grupos
de curadores Mependentes que-r
as diferentes k @ e s da vi& e da opiniao nacionais.
O~dosdo3i08~,cwnido,a~a~doprob~.A0~m~Cu
cultura de cinismo que define, em todo a parte, a d
o
e
mprofissid dos jornalistas.
Três fatores hdependentes se juníam para proctuzir o resuitado. Primeiro, a relativa
passividade a que est8 txmchab o jomhta. Assim como a e q e m q a resulta da q&, a postura
& obervador acalenta o distanciamento ir8nic0, que só a
c a geaerosidadt podem
corrigir. O segundo fator C íambém intrlnseco B situaç& do jomabta: vendo de perto os defeitos
das pessoas, só v&de longe os rcs1uta-b ~ f o ~ o rdee8eus
s atos. Deii a facilidade com que
cai na idéia de serem aproveitárddms todos os que manejam o sistema establecido e
os que de fora o &h
Estes.
dois fatures emmtmn,no Bmil, terreno fértil
noterceiro: o a f ã d o j o ~ d e c ~ n i e d i a d e ~ 8 t v i s r ~ d e n u m d o q u e n ã o o l e v e a m
colisb suicida com os preconceitos e interesses do pdiWLo.
Umadastarcfasxnah3'
d o j o ~ ~ r u m a ~ é ~ r o ~
emdimem coletivo da &
r=
a imaghqh coletiva do possível. A escola tem de
falar pelo futuro. O jornalismo, pelo possível. A culturajornalística do cinismo C a tmiçib desta
tarefa.
O problema dos donos só tesn sohição na mudança do regime de conúbio mafios0 entre
seus donos e o poder. Temos, equanto isso; de apovdtm a rivaiidade que ap&m aos dois grandes
oligopólim - a Globo e Abril - todos as outras esnpresais de mídia. Jh o cinismio dos jomabta
t e m & ~ e n f i r m t e d o ~ ~ b d a ~ ~ i r r & u 1 i 3 a c ~ ~ q u e ~ a c u l n
da desihdh política sem haver antes hnporbdo as garantias do d b h e a & i da
liberdade. JMkd-10 faz parte da mesma t9tefri de levar a classe média a
*pess<#rpOr
pessoa, e menos por vergonha do que por esperaihça, pela desilush da dtsihurão.
de.
~~
Como emcontar esperança
De tanto rcbakados e enganados, os hileiros passaram, em grande númem, a
deseqcm. Esperança,nahistória&umpovo, ttudo:só&&
,*&=dWsXe,
felizme&e,íYhadaa@o. ~ p e q u e n a , n a d e r s c o b e r t a d e q i m e a ~ w w ~ m m e d o
e ao f a t â l b empmto ti rwkthcia desmbre seus pn@riacamhhos. Hoje, o inicio e fim de
nacional C reatthlecer entre os braskbos a W da
todo trabalho fecund~de levgrandeza do Brasil.
Advertiu o poeta Blake: se o tolo persistisst em sua tolice, ncaria sábio. Precisamos de
umpeq~nfunet.Í,dehomeasemulhcresquepersistamnaidéi9tolado~do

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