amigão corrigido março
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O AMIGÃO do Pastor Um Periódico em Prol da Pregação do Evangelho de Jesus Cristo - VOL. 22 - Nº 03 MAR/2012 LIX O N A CALÇAD A LIXO NA CALÇADA Joe McKeever Aconteceu novamente essa manhã. Antes do clarear, acordei e não consegui voltar a dormir. Ansiedades povoavam o quarto como fantasmas à noite, tentando me amedrontar e alarmar, e estavam conseguindo, até certo ponto; a certeza é que me roubavam o descanso. Como sempre, continuei deitado e enviando pequenas orações ao Pai. “Perdoe meu pecado, Pai. Ajude-me, O senhor é a minha Rocha. O Senhor é a minha força.” Ali deitado, pensei em todos os motivos que Deus tinha para não me ouvir. Sou um crente tão fraco. Minha vida de oração é tão rasinha. Leio a Bíblia de manhã e praticamente a esqueço durante o dia. Deus cuida de minhas finanças, mas ainda assim me preocupo. Que tipo de cristão sou eu? Por que Deus me perdoaria? E se as pessoas que trabalham comigo soubessem que sou um crente tão fraco? E, então, essa manhã Deus mandou a resposta. Ouvi o caminhão de lixo em sua rotina habitual dos sábados de manhã. O motor roncava enquanto os lixeiros recolhiam o lixo. Alguém gritou. Uma lata atingiu o asfalto. O motor ronronou quando o caminhão se afastou lentamente. De modo estranho, o barulho era reconfortante, e o Espírito Santo me mostrou o porquê. Os trabalhadores estavam retirando nosso lixo. O sistema sanitário tem maneiras de lidar com o lixo, lugares para despejá-lo, métodos de se livrar dele. O lixo desaparecerá; nunca mais o veremos. O sistema funciona — nossas ruas estão limpas e nossas casas estão livres do acúmulo de lixo e das condições insalubres que ele produz. Devemos muito aos lixeiros que dificilmente vemos. Da mesma forma, Deus remove o pecado que confessamos. Ele some. Mais tarde no dia, recolheremos as latas de lixo que pusemos na calçada ontem à noite. Elas estarão vazias. Serão recolocadas em seus lugares no quintal, prontas para receber o lixo de hoje e o de amanhã. O processo é este; nós o aceitamos e raramente o questionamos. Não deveríamos acreditar em Deus desta mesma maneira tão segura e certa? Não deveríamos aceitar sem duvidar que “se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (1Jo 1.9)? Quando tira nosso pecado, Deus o remove totalmente e lida com ele de modo completo. Enterra-o no mais profundo do oceano (Mq 7.19). Esquece-o (Hb 10.17). Prega-o à cruz (Cl 2.14). O certo é que nunca mais veremos aquele pecado de novo. “Quanto está longe o Oriente do Ocidente, assim afasta de nós as nossas transgressões” (Sl 103.12). Mas existe uma condição aqui. Um “mas divino”. Os lixeiros — os trabalhadores do sistema sanitário — só removem o que foi posto na calçada. Não entram na minha casa e vão de cômodo em cômodo limpando os cestinhos que encontram pela frente. Esta tarefa é minha. O que determino como lixo, coloco no contêiner apropriado e ponho na rua, é isto que os lixeiros levam embora. Minha tarefa diante de Deus é identificar e separar o lixo da minha vida, qualquer coisa sem valor para Deus, qualquer coisa que interfira em minha adoração e obediência a ele, tudo que não leva seu nome, tudo que me puxa para baixo e impede a minha fé. “E tudo que não é de fé é pecado”, lemos em Romanos 14.23. Decidi mencionar tudo o que o Espírito Santo trouxe à minha atenção — porque é ele Quem sabe o que devo colocar na calçada — e então orei: “Perdoa todos os meus pecados, ó Senhor”. Ao confessar ao Pai, não estou removendo meus pecados. Estou simplesmente empacotando-o e colocandoo na calçada para que o Espírito Santo pegue e lide com ele. Por causa do fantástico e misterioso processo ocorrido quando o Senhor Jesus Cristo morreu na cruz, e ressuscitou três dias mais tarde, o sistema funciona. Seu sangue expia meus pecados. Sua morte pagou por meus erros. Ele morreu em meu lugar, Ele, e só ele, é o Salvador. Sou o beneficiário, o herdeiro de seus bens. Sou abençoado pela blasfêmia da cruz. Somente no céu é que conheceremos a total dimensão das bênçãos que recebemos no Calvário. A linguagem humana não consegue decifrar nem condensar nem descrever tudo o que é nosso como resultado daquele evento na colina nos arredores de Jerusalém há mais de dois mil anos. Sei que não é só questão de dizer o que é certo, de agir corretamente em tudo, mas de pedir que o Pai limpe e perdoe e que me encha com seu Espírito, e use nesse dia. Peço isto no precioso sangue de Jesus, no inigualável nome de Jesus, por amor ao maravilhoso Jesus. Agora estou pronto a encarar o novo dia. (Pulpit Helps) CORPO HUMANO O corpo é, sem dúvida nenhuma, o deus de milhões de pessoas, e os hospitais, sanatórios e penitenciárias estão repletos de seus adoradores. Se você é escravo de qualquer apetite, você é idólatra. Desvencilhe-se dos deuses estranhos e retorne a Betel! (Vance Havner - Hearts Afire) Página 2 MAR/2012 O AMIGÃO do Pastor O NOME DE JESUS Editorial Prezado leitor, “Pregador destemido” nesta edição, nos mostra um dos segredos da vida bem sucedida de um verdadeiro pregador. João Batista é esse exemplo de pregador bem sucedido. Mas, como podemos dizer tal coisa de João, o Batista, se ele foi decapitado? Mas o segredo de um pregador bem sucedido não está na sua comodidade; não é viver sendo querido por todos; mas sim, viver para fazer a vontade de DEUS e cumprir o Seu propósito. Esse é o segredo do profeta do SENHOR: Não viver para si mesmo, mas para o SENHOR somente. Podemos ver na Palavra de DEUS que, todos os profetas do SENHOR abriram mão de seus interesses pessoais para proclamar os interesses de DEUS; Não consideraram a vida preciosa para si mesmos. Ser homem de DEUS, significa literalmente pertencer a DEUS estando totalmente disponível em Suas mãos. Só assim o pregador será destemido para anunciar o que DEUS lhe ordenar. Isso é ser um pregador bem sucedido. Boa leitura! Pr. Cleber R. Neves “E eu já não estou mais no mundo; mas eles estão no mundo, e eu vou para ti. Pai santo, guarda em teu nome aqueles que me deste, para que sejam um, assim como nós.” João 17.11 Todos nós já ouvimos falar de alguém que viajou a outro país e recebeu tratamento especial e privilégios incomuns por ser amigo de gente importante ou de uma autoridade daquela nação, e, assim, usufruiu da proteção do nome dessa pessoa. Nesses casos, é comum os regulamentos alfandegários serem ignorados, leis serem deixadas de lado, meios de transporte serem arranjados imediatamente e a burocracia ser esquecida. Tudo porque o prestígio de um nome abre todas as portas. Mas nunca na história da humanidade existiu um passaporte que ofereça segurança e favores como o que é dado ao mais humilde filho de Deus, como lemos na oração do versículo acima. Jesus nos colocou debaixo da proteção do maravilhoso e eterno Nome de Deus! Sendo bem honesto, e humanamente falando, o cristão não tem nenhuma chance, entre milhares, de ser bemsucedido em sua nova vida em Cristo. Forças poderosas se unem contra ele, determinadas a derrotá-lo e, possivelmente, destruí-lo. Ele jamais pode abaixar a guarda contra as tendências naturais da carne e seus desejos, herdados de Adão, e presentes em cada ser humano desde então. Embora a regeneração nos dê uma nova natureza e tenhamos um novo espírito, o “novo homem” habita no corpo do homem velho, e seus instintos e vontades são contrários ao Espírito de Deus. Por si só isto já é problemático, mas é intensificado pela animosidade de Satanás, que nos odeia porque é inimigo de Deus. Como é incapaz de atingir Deus, o diabo tenta destruir seus filhos, e sua animosidade em relação aos crentes nunca relaxa nem diminui. Fazemos bem em temer Satanás e fugir para os braços de Cristo quando somos objetos das tentações do inimigo. A pessoa forte teme apenas quem é mais forte do que ela, e Satanás tem ciência de que Jesus domina sobre ele. Só estamos verdadeiramente seguros nos braços do Filho de Deus. Mas Jesus dobrou a segurança ao nos entregar aos cuidados e poder de Deus Pai, e em suas mãos e sob seu nome temos refúgio seguro e certo. (Harry Rimmer) UM PR ODUT O D AS PRODUT ODUTO DAS EMOÇÕES É comprovado cientificamente que entre milhares de pacientes tratados anualmente por doenças estomacais, a maioria não tem causas físicas. As doenças são resultados de medo, ódio, raiva, inveja e egoísmo. “O coração alegre serve de bom remédio, mas o espírito abatido virá a secar os ossos” (Pv 17.22), mas o oposto é veneno para a alma e o corpo. (Sword of the Lord) Dos 4 aos 17 anos as crianças estão em seu pico mental. Aos 4, elas têm todas as perguntas, e aos 17, sabem todas as respostas. Algum pai discorda? (Sparks) O AMIGÃO do Pastor Um Periódico em Prol da Pregação do Evangelho de Jesus Cristo Batista, Fundamentalista Expediente: Editor Chefe: Pr. Jaime King. Editor: Pr. Cleber Rodarte Neves. Assistentes: Ana Lúcia de Almeida Rodarte, Patrícia Elaine King. Arte: Pr. Cleber Rodarte Neves. Ofertas podem ser enviadas através de ordem de pagamento na conta número 295-4, agência 0103, oper. 003, da Caixa Econômica Federal ou cheque nominal à Editora Maranata. Correspondência: Caixa Postal 74, 37270-000 Campo Belo - MG. Telefone e Fax: (0xx 35) 3832-2704. E-mail: [email protected] Aviso: Os editores do Amigão do Pastor, somente se responsabilizam pela publicação de artigos que solicitarem previamente aos seus autores. A responsabilidade pelos artigos assinados é dos seus próprios autores, não expressando necessariamente a posição dos editores deste periótico. O AMIGÃO do Pastor é um ministério da Editora Maranata. MAR/2012 O AMIGÃO do Pastor Página 3 “Tudo aquilo é verdade mesmo?” “Sinto muito, senhor, mas não posso retirar nada do que lhe disse sobre os julgamentos de Deus e a impossibilidade de união entre um Deus santo e o homem rebelde, manchado pelo pecado. Não que não haja algo a ser dito, mas o senhor colocou uma restrição em nossa conversa, negando-me o privilégio de falar sobre Jesus Cristo”. “Ah, então cometi um erro”, disse o moribundo. “Conte-me se há salvação para uma pessoa igual a mim”. “Pois não”, respondeu o pastor, e do seu Novo Testamento, ele apresentou as mais preciosas verdades sobre a misericórdia em nome de Jesus. Ao entender como poderia se reconciliar com Deus por meio de Jesus Cristo, o estadista aceitou a doce verdade e, com a fé de uma criança, entregou sua alma nas mãos de seu Pai celeste. (W.B.Riley) O QUE É PIOR? PREGUE A CRIST O COM SU A VID A CRISTO SUA VIDA “Vós sois a nossa carta, escrita em nossos corações, conhecida e lida por todos os homens.” 2Coríntios 3.2 Numa cidade grande, um cego, sentado na esquina de uma rua, tinha uma lanterna ao lado. Alguém lhe perguntou por que carregava uma lanterna, já que era cego. “É para que ninguém tropece em mim”, foi a resposta. Enquanto uma pessoa lê a Bíblia, uma centena lê você e eu. Paulo disse que devemos ser cartas vivas de Cristo, conhecidas e lidas por todas as pessoas. Não espero muito resultado dos sermões, se não anunciarmos a Cristo por intermédio de nosso viver. Se não testemunharmos do Evangelho pelo nosso caminhar e falar santo, não conquistaremos ninguém para Jesus. (D. L. Moody) O POLÍTICO ALEMÃO Conta-se que um estadista alemão à beira da morte mandou chamar um pastor. “Estou muito doente, meu amigo, e vou morrer. Gostaria de conversar com você sobre religião, mas peço que não mencione o nome de Jesus Cristo.” “Assim será”, respondeu o pastor. “Começarei falando sobre Deus. Deus é amor”. Então, com muita eloqüência, o pastor falou sobre essa maravilhosa verdade até se levantar para ir embora. O enfermo segurou-lhe a mão e pediu que voltasse o mais breve possível. Na segunda visita, o pastor conversou sobre a sabedoria e o poder de Deus. O enfermo ficou ainda mais satisfeito, e disse que os retratos descritos pelo pastor eram lindos e sublimes. Na terceira visita, o pastor se concentrou na santidade de Deus, afirmando que ele era tão santo que não suportava nem olhar para o pecado com complacência; que embora Deus amasse o pecador, odiava o pecado. Quando o pastor se levantou, o estadista perguntou: “Como você pode me deixar nesta situação? Se Deus é tão justo e santo como você afirma, estou perdido! Não se vá!” Mas o pastor saiu rapidamente, orando para que a convicção de estar “perdido”, levasse o enfermo à luz. Depois de alguns dias o pastor voltou, e foi logo confrontado com a pergunta: “Naamã, chefe do exército do rei da Síria, era um grande homem diante do seu senhor e de muito respeito; porque por ele o SENHOR dera livramento aos siros; e era este varão homem valoroso, porém leproso” 2Reis 5.1. O que é pior: a lepra do pecado ou a lepra física? Prefiro muito mais ver a lepra comendo minha carne, meus olhos, meus pés e meus braços! Prefiro ser repugnante aos olhos dos meus semelhantes do que ser morto pela lepra do pecado na minha alma, e ser banido da presença de Deus para sempre. A lepra física é ruim, mas a lepra do pecado é mil vezes pior. Ela tem atirado anjos para fora do Céu. Tem arruinado os homens mais fortes e melhores que já viveram. Ah, como ela tem derrotado os seres humanos! (D. L. Moody) Queremos as bênçãos de Cristo sem sua cruz. Queremos usar Cristo em vez de permitir que ele nos use. A pergunta que interessa não é: “Jesus Cristo é relevante para nós?”, e sim, “Somos relevantes para os planos de Cristo?:” (Leighton Ford) Ninguém se machuca quando o Espírito Santo está orientando o trânsito. (Sword of the Lord) É fácil entreter algumas pessoas: basta ouvi-las. (Spark) Página 4 MAR/2012 O AMIGÃO do Pastor A OPOR TUNID ADE DOS OPORTUNID TUNIDADE FUNERAIS James E. Blubaugh Em mais de 20 anos de pastorado, já realizei mais funerais do que gostaria de lembrar. Porém a verdade é que me lembro de muitos deles. O primeiro foi de uma mãe de meia-idade que morreu de câncer. Oramos fervorosamente para que fosse curada, mas, obviamente, esta não era a vontade de Deus. Passei horas na UTI com seu desolado marido e com sua mãe. Depois de meses de sofrimento, a mulher era sustentada por aparelhos, e os médicos acabaram com todas as esperanças da família. Tentando ser forte, perguntei se os familiares estavam prontos a deixar aquele ente querido partir. As lágrimas e a dor só lhes permitiram um aceno de cabeça. Segurando-lhes as mãos, comecei a orar. Geralmente fecho os olhos quando oro, mas naquele dia não fiz isto, e fiquei observando o monitor. Não me lembro exatamente do que disse, e a oração foi curta. Ao entregarmos a mulher à vontade de Deus e pedir sua paz e consolo para a família, a linha no monitor ficou reta. Os soluços do marido pareciam tanto de alívio quanto de sofrimento. A mãe agarrou minhas mãos e afirmou suavemente: “Essa foi a melhor oração que já ouvi”. Sei que minha participação naquela oração foi muito pequena. Às vezes a morte é um alívio — tanto para o morto quanto para os vivos. Como pastores, nossa tarefa não é questionar Deus, mas levar esperança e consolo aos queridos que ficam. Eu sabia exatamente para onde a morta tinha ido. Daquela UTI, ela foi diretamente para junto do Senhor Jesus Cristo. Toda a sua dor teve fim. Mas para a família a dor continuava. Preguei sobre a ressurreição, e o plano de Deus para fazermos parte dela. Ao lado da cova, abracei os familiares e lembrei-os de onde a querida estava. Durante meu primeiro pastorado, havia na igreja uma doce velhinha que simplesmente irradiava o amor de Cristo. Todos os membros da igreja amavam muito essa mulher. Eu havia perdido minha avó alguns anos antes, então pedi que ela me “adotasse” como neto. Quando sua família me telefonou, lembrei-me de seu lindo sorriso. Ela morreu em seu apartamento, sentada em sua poltrona favorita, com a Bíblia no colo. Aquele funeral foi difícil pra mim. Eu precisava da paz de Deus tanto quanto a família — pois ela havia sido mesmo parte de minha família. Alguém perguntou se os pastores se acostumam com funerais. Geralmente fico chocado com a pergunta. Como alguém se acostumaria com uma experiência dessas? No entanto, alguns funerais têm um tom de alegria. Um senhor mandou avisar que precisava falar comigo. Fui ao hospital visitá-lo, e ele disse que tinha de fazer as pazes com Deus. Depois que o ajudei nisto, o homem segurou minhas mãos e disse: “Estou me sentindo bem melhor”. Um ano depois, em seu funeral, contei a história à sua família. A esposa havia sido uma crente fiel, e morrera anos antes. Tenho certeza que a recepção foi maravilhosa quando ele chegou ao Lar. Como muitos dos familiares não eram convertidos, aproveitei o culto fúnebre para incentiválos a se preparar para o encontro com Deus. Jamais fique constrangido nem tenha medo de pregar a salvação durante um funeral. Provavelmente seu auditório de não crentes nunca será tão grande. Não, não fica mais fácil, mas é uma tremenda oportunidade de anunciarmos Jesus Cristo como Salvador. Claro que afirmações pessoais são agradáveis e ajudam a família em sua dor, contudo o que realmente necessitam é de esperança e como obter esta esperança. Incentive os familiares e amigos a guardarem as boas lembranças em seus corações, porém lhes dê a oportunidade convidarem Jesus a fazer parte de suas vidas. Eu também explico que Deus o Pai conhece a dor que estão atravessando. Ele experimentou o mesmo sofrimento quando seu Filho morreu na cruz. Sua dor foi tão real quanto a nossa — mas ele entregou seu Filho voluntariamente. Isto é amor de verdade, então cite João 3.16. E quando o morto não é crente no Senhor Jesus? Deixe isto com Deus e anuncie a graça e a paz aos que estão vivos. Afinal, não é nossa responsabilidade anunciar para onde o ente querido foi, pois não temos o privilégio de saber isso com exatidão. Deus continua aceitando os clamores e o arrependimento apresentados no leito de morte — como aconteceu com o ladrão da cruz ao lado. Assim, pastor, não esconda seus sentimentos, Jesus também chorou junto ao túmulo de um amigo. Que as pessoas digam o mesmo que disseram de Jesus: “Vejam como ele o amava”. Não há melhor ocasião para mostrar seu amor, ou compartilhar a mensagem do evangelho, do que num funeral. (Pulpit Helps) QUE DIA! “E Deus limpará de seus olhos toda lágrima.” Apocalpse 21.4 Uma Cidade sem lágrimas — Deus enxuga todas elas no além. Hoje é tempo de chorar, mas haverá um dia em que Deus nos chamará para onde não há lágrimas. Uma Cidade sem sofrimentos, uma Cidade sem dores, sem doenças, sem morte... Imagine um lugar onde as tentações não entram. Imagine um lugar onde estaremos livres do pecado ... e onde os justos reinarão para sempre. Imagine uma Cidade construída não por mãos, onde os edifícios não se gastam com o tempo, uma Cidade cujos habitantes são enumerados não por um censo, mas pelo livro da vida... Imagine uma Cidade onde nenhum carro funerário luzidio segue lentamente com seu triste fardo para o cemitério; uma Cidade sem tristezas nem túmulos, sem pecados nem arrependimentos, sem casamentos nem luto, sem nascimentos nem enterros; uma Cidade que se gloria em ter Jesus como Rei, anjos como guardas, e cujos cidadãos são santos. (Dwight L. Moody) Diante da necessidade, a última coisa de que um trabalhador abriria mão seria suas ferramentas, pois perdê-las significaria perder tudo. Estudar a Bíblia e orar são as ferramentas de trabalho do cristão; ele é inútil sem elas. Então, por que em tempos de necessidade, o cristão, muitas vezes, se esquece delas ou encurta-as? Isto não é o mesmo que vender as ferramentas? (Charles Spurgeon) É preciso coragem para se levantar e falar, mas também é preciso coragem para sentar e ouvir. (Winston Churchill) A SABEDORIA DE SALOMÃO “A falsa testemunha não ficará impune; e o que profere mentiras perecerá.” PV. 19:9 MAR/2012 O AMIGÃO do Pastor PA USA REFRESCANTE PAUSA James Rudy Gray O evangelista Vance Havner, falecido, costumava dizer aos pastores: “Se vocês não separarem um pedaço de tempo para descansar, acabarão em pedaços”. É um bom conselho para os conselheiros. Jesus costumava se afastar das multidões que o seguiam. Era um costume dele. Por exemplo, Lucas 22.39 afirma: “E, saindo, foi, como costumava, para o monte das Oliveiras...”. Jesus não se afastou por medo. É possível que ele se cansasse. No entanto, Jesus não estava correndo de alguma coisa, mas para alguma coisa: a vontade do Pai. Ele procurava honrar o Pai em tudo o que fazia. Nós, também, precisamos nos recolher. Precisamos disto mais do que Jesus porque somos mais necessitados do que ele. Por que as pessoas que exercem o ministério cristão precisam ir sossegar de vez em quando? Para organizar os pensamentos, renovar os corações e repor as energias. Quando a pessoa desfalece, simplesmente deixa de se importar com tudo. Muitos obreiros de Cristo estão correndo com o tanque vazio. Muitos de nós precisamos deixar as atividades por um tempo. As férias devem ser propositais e planejadas. Não deve ser um escape, mas um exercício de refrigério espiritual. Eu e minha esposa tiramos alguns dias e fomos participar de uma conferência no Centro de Treinamento Billy Graham. Descansamos, conversamos, compartilhamos, oramos e fomos alimentados com a Palavra de Deus por John MacArthur, um de meus estudiosos da Bíblia preferidos. Tivemos tempo para ficar sozinhos e refletir. Tivemos tempo para descansar. Recebemos uma carga nova de energias e renovamos o espírito. Foi bom para o nosso casamento e para nossas almas. Realizo anualmente vários retiros para casais. É sempre uma boa ocasião para os casais deixarem de lado a vida atribulada e a agenda cheia. Quase todos conseguem relaxar, revigorar a alma e renovar o casamento. A ideia do retiro é ajudar as pessoas a ver Deus trabalhando e aprender os ensinos do Senhor. Precisamos descansar e relaxar, e estas necessidades não podem ser menosprezadas. Mas para equilibrar a vida, precisamos do refrigério oferecido pela Bíblia. Os retiros de Jesus não eram iguais aos nossos hoje. Porém seu modo de descansar é um exemplo maravilhoso para aplicarmos ao nosso viver. Jesus também se afastou das multidões para ficar sozinho consigo mesmo. Se Jesus gastou um período de tempo especial em oração, quanto mais nós não deveríamos fazer isso! Martinho Lutero afirmou que quanto mais ocupado ficava, mais tempo gastava em oração. Parece um tanto paradoxal, mas é verdade. O tempo gasto em oração diligente nunca é perdido. Mas temos de orar de verdade em nosso tempo de oração. O povo de Deus recebeu o privilégio maravilhoso de ter comunhão com o Senhor do universo. Ele fala conosco por meio da Bíblia. Ele ministra a nós de várias formas por meio do Espírito Santo. Somos propensos a ficar cansados, desgastados, até desencorajados — e quando nos sentimos estressados ou tensos, isto talvez seja sinal de que precisamos de umas férias ou pelo menos de passar um tempo a sós em oração. Os servos de Deus não conseguem ser eficientes no ministério se não se abastecerem do poder do Espírito de Deus. Nosso trabalho não tem a ver somente com as tarefas, mas envolve nosso relacionamento com o Senhor. Ele nos deixou um exemplo marcante de como se afastar das multidões e voltar o foco para sua missão. Não podemos deixar por menos. (Pulpit Helps) VALE A PENA ESPERAR Nesta época de café instantâneo e comida rápida, ficamos acostumados a não esperar muito pelas coisas. Lutamos diariamente contra a impaciência; ficamos agitados. Por quê? Porque Deus não segue nossa agenda. Esperamos, mas com pressa, e ele pede que sejamos pacientes e esperemos nele. William Carey, pai das missões modernas, teve de ser paciente antes que o primeiro convertido hindu fosse batizado na Índia. Ele esperou alguns meses? Foi paciente por um ou dois anos? O Senhor lhe deu graça para esperar sete anos até ver o fruto de seu trabalho. Da próxima vez que você tiver de esperar pelo farol lento de trânsito, vista a roupa da paciência — e use o tempo para orar, meditar ou planejar. Faça bom uso do tempo, com paciência. Desfrute da espera! (Practical Illustrations) Felicidade é um estado mental; contentamento é um estado de alma. (The Church Mouse) Página 5 DE ONDE VEIO ISSO? Um garoto estava levando um pão para casa, e alguém lhe perguntou: “O que é isso aí?” “Um pão.” “Onde você conseguiu esse pão?” “Com o padeiro.” “Onde o padeiro conseguiu o pão?” “Ele fez.” “O que ele usou pra fazer o pão?” “Farinha.” “Onde ele conseguiu a farinha?” “No supermercado.” “Onde o dono do supermercado arranjou a farinha?” “Do lavrador.” “Onde o lavrador pegou a farinha.” De repente o menino entendeu, e respondeu logo: “De Deus”. “Então, onde você conseguiu esse pão?” “Ah, foi de Deus.” Em última instância, o menino entendeu que Deus é o Doador das coisas boas. Na época materialista em que vivemos, as pessoas dizem: “Meus negócios sustentam a mim e minha família”. Mentira. Deus sustenta você e sua família. O ser humano lida com Deus em última instância, e espera se esgueirar para dentro do reino do Senhor quando deixar o mundo. Porém o Deus do Sinai brada a este mundo: “Deem a MIM o primeiro lugar, e ao padeiro, o segundo”. (Sparks) Falar é uma tremenda perda de tempo, a não ser que tenhamos algo a dizer! (Spark) Página 6 O AMIGÃO do Pastor MAR/2012 LID ANDO COM A LIDANDO VELHICE SE VOCÊ BEBE, ABRA SEU PRÓPRIO BAR O dono de uma adega fez uma avaliação honesta da mercadoria que vende, e colocou o seguinte anúncio no jornal de sua cidade: Se você gosta de beber, construa seu próprio bar. Como você não consegue se refrear, então monte um bar na sua casa. Seja o único freguês, e você não precisará de licença para funcionar. Dê 200 dólares à sua esposa para ela comprar um engradado de uísque; há umas 240 doses em cada um. Compre as doses de sua esposa a dois dólares cada, e em 12 dias, quando o uísque acabar, sua esposa terá em mãos 280 dólares, e mais 200 para outra compra. Se você viver mais dez anos, e continuar comprando uísque de sua esposa, e então bater as botas, ela terá pouco mais de 85 mil dólares no banco — quantia suficiente para terminar de criar os filhos, pagar algumas dívidas, casar com um fulano decente e esquecer que conheceu um bebum igual a você. (Sword of the Lord) NÃO SEJ A NEUTR O! SEJA NEUTRO! Uma pessoa sem opinião é alguém sem coragem. Jesus disse: “Quem não está comigo está contra mim”. Os habitantes de Meroz foram amaldiçoados porque se mantiveram neutros no dia da batalha (Jz 5). Os cristãos nascidos de novo têm uma responsabilidade tremenda nos dias de hoje. É impossível ficar neutro. Nossos inimigos surgem de duas fontes: 1. Externa — Atos 20.29 Isto se refere ao modernismo, aos apóstatas, aos que negam a morte de Cristo, aos bem intencionados, porém mal orientados, e a SEGURE O ABRAÇO O que vou explicar agora se refere aos grandes amigos e aos familiares. Nunca fui o que você poderia chamar de “abraçador”, porém à medida que envelheço, e especialmente durante uma doença séria, os abraços se tornaram importantes para mim, e me pego abraçando gente que nunca abracei antes. O abraço garante a uma criança que você a ama. O mesmo acontece com parentes, amigos chegados e, especialmente, o cônjuge. Tenho pelo menos dois netos que, quando veem o vovô aqui, dão-lhe um longo abraço; claro que seguro o abraço pelo tempo que eles querem. Adoro isso. Sempre deixo que eles sejam os primeiros a “desabraçar”. Se alguém o abraça e você solta primeiro, o recado parece ser: “Já deu”. É como se você não quisesse o abraço da pessoa. Há exceções à regra, especialmente quando nos sentimos desconfortáveis ou temos uma sensação ruim enquanto estamos sendo abraçados. (Dr. Curtis Hutson) todas as forças não cristãs. Essas forças estão atacando o cristianismo do Novo Testamento. 2. Interna — Atos 20.30. Essas forças estão em busca de glória pessoal. Não se interessam em fazer a vontade de Deus, mas sim o que querem e bem entendem. Não importa quantas mentiras tenham de dizer ou quantos inocentes sejam Thomas Edison, o gênio que disse coisas assim: “Nada substitui o trabalho duro”, “Genialidade é um por cento inspiração e 99 por cento transpiração” e “Não fracassei; simplesmente descobri dez mil maneiras de isto não funcionar”, foi um grande planejador e inovador. No fim da vida, ele ficou completamente surdo. À medida que a audição piorava, sua esposa traduzia as conversas das visitas em código Morse, nos joelhos dele, por baixo da mesa de jantar. O inventor tinha ensinado o código a ela quando namoravam. (Russel Dennis Jr) envolvidos; não importa quantos corações sejam endurecidos e quantas pessoas se afastem; não importa quantas crianças sejam magoadas; não importa quanto a evangelização mundial sofra ou a causa de Cristo seja, de algum modo, ferida, tais homens (e mulheres) vão realizar suas próprias vontades, custe o que custar! E continuarão até que Deus os destrua! Em relação a isso, lembre-se de que o moinho de Deus gira lentamente, porém a moagem é espetacular! Nossa cidade está repleta de gente assim, como acontece em todos os lugares! De acordo com a Bíblia, esses homens e mulheres pagarão um preço altíssimo. Nenhum cristão verdadeiro pode se unir a pessoas ou organizações que remam contra a Bíblia, nem tampouco ser seus amigos. Somos guiados pela Bíblia e o Espírito Santo, e não por celebridades, emocionalismo ou desejos pessoais. O retrato que Paulo fez do cristão é o de um soldado militante, e não o de uma pessoa neutra, bajuladora, fofoqueira, mordaz, covarde, mentirosa, desordeira, volúvel e que despreza os pastores. Não dá pra ter o Evangelho no coração e a fofoca nos lábios! (Howard A. Kilpatrick) MAR/2012 PREGADOR DESTEMIDO João 1.1-39; Lucas 3.1-22; Mateus 3.117;11.2-19; João 3.22,23 João Batista era pregador, evangelista e profeta. Ele foi a pessoa mais intrigante de sua época. Era um pregador caipira nascido em circunstâncias estranhas, um gigante montanhês criado no deserto que se alimentava de gafanhoto e mel silvestre. Vestia-se muito mal, era cabeludo e viva com as pernas e os braços descobertos. Sua voz bradava as denúncias afiadas de Deus contra a hipocrisia, mas sua voz era suave e amorosa ao insistir que os pecadores se arrependessem. João foi enviado por Deus e era cheio do Espírito. Seu púlpito era as encostas dos montes da Judeia; seu auditório eram os vales e a abóboda celeste; sua audiência era composta de todos os tipos de pessoas: publicanos, gente de má fama, fariseus, escribas, saduceus, soldados; pessoas da cidade, planícies e montanhas. Reis e governadores iam ouvi-lo e voltavam para casa amedrontados. Ele era grande em ternura; parecido com um leão em coragem; era simples, pungente, convincente, poderoso como a tempestade vinda das montanhas. Não era artista nem cantor nem apologista. Era profeta de Deus anunciando uma nova época e a chegada do reino. Era a voz de uma mensagem diferente e nova: pecado, arrependimento, fé, confissão, Messias Cordeiro de Deus pronto ao sacrifício, batismo, nova doutrina de redenção pela morte e esperança de ressurreição e no poder do Espírito Santo. Ele apresentou um novo dia para os mortais. Página 7 O AMIGÃO do Pastor Sua mensagem esmagava e cortava. Sua humildade era comovente. Ele estava disposto a diminuir para que Cristo crescesse. Em sua humildade, achou-se indigno de desatar as sandálias de Cristo; mas em sua personalidade e ministério, João era poderoso o bastante para que todos deixassem as cidades e fossem ouvilo. A única coisa que João temia era ser desaprovado por Deus. Ele apontou o pecado dos reis e denunciou os pecados de soldados e dignitários. Suas mensagens eram ardentes e enfáticas. Eram inflamadas com o fogo santo. Sua pregação vibrava de doutrinas cruciais reveladas maravilhosamente nos Evangelhos que foram escritos depois dele. João anunciou que o pecado era medonho e o inferno era merecido. Ele exigia arrependimento — que tocava a alma e purificava o coração, produzindo fruto na vida e na conduta — e batismo que proclamava arrependimento do pecado e oferecia passagem à nova vida de serviço a Deus. João pregou a redenção. Ele chamou Cristo de o Cordeiro de Deus e apresentou o quadro da redenção na ordenança do batismo que realizava sob a autoridade de Deus. Embora sua vida tenha sido curta, tiramos conclusões maravilhosas dela. A vida em seu significado eterno não consiste de comida e bebida, nem de roupas, nem de honras terrenas, nem do tempo de existência. Compare a vida de João com a de Matusalém que viveu quase mil anos. No entanto, apesar desse tempo enorme, nada foi registrado sobre seus feitos; ele viveu sem muitas realizações. Assim, concluímos que a vida consiste de fazermos a vontade de Deus quando e onde ele quiser! A vida de João, passada nos montes da Judeia numa época remota, oferece glória magnificente e esperança fulgurante à futuras gerações. A Bíblia afirma que esse pregador simples foi o maior entre os nascidos de mulher (Mt 11.11). Ele apresentou o Salvador a um mundo arruinado, e levou a humanidade ao Cordeiro de Deus que tira o pecado (Jo 1.29). (C. M. O´Guin - Sword of the Lord) Ficamos animados ao falar na segunda vinda de Cristo, e fazemos bem, contudo, infelizmente, temos de notar que metade do mundo nunca ouviu sobre sua primeira vinda. (Oswald J. Smith) A CONVERSÃO DO VEM SPUR GEON JOVEM SPURGEON JO “Olhe e viva, meu jovem”, foi o apelo direto do pregador leigo na pequena capela metodista. Assim, Charles H. Spurgeon foi salvo e iniciou a caminhada para ser o grande pregador que conquistou milhares de pessoas para Jesus. Ele havia ido passar o Natal em casa, no fim de 1849, com o firme objetivo de visitar todas as igrejas da cidade para descobrir o caminho da salvação. Não se sabe quantas igrejas visitou, mas em nenhuma ele encontrou o que buscava. Os pastores expunham as grandes verdades da fé cristã. E seus sermões eram bastante apropriados àqueles voltados às coisas espirituais. Porém o que jovem queria era saber como ser perdoado de seus pecados, e isto ninguém lhe explicava. Finalmente chegou o dia em que a mão de Deus inegavelmente se estendeu para levar Charles Haddon Spurgeon por um caminho nunca imaginado. Charles havia planejado visitar uma capela distante de sua casa, e saiu estrada a fora. Mas caiu uma nevasca que o impediu se prosseguir na jornada. Ele se encaminhou por uma rua afastada e acabou se deparando com um templo pequeno lá no final. Era uma capela metodista. Esta igreja até então desconhecida na cidade estava destinada a ser famosa mundialmente como resultado da primeira visita de um adolescente de não mais de quinze anos. Charles não estava inclinado a entrar, pois tinha ouvido que o pessoal da referida igreja cantava tão alto que você ficava com dor de cabeça. Mesmo que isto fosse verdade, Spurgeon não se importou, desde que lhe mostrassem como ser salvo. Ele mesmo conta o restante da história. O pastor não apareceu naquela manhã, por causa da neve, acho eu. Finalmente um homem magrelo, que era sapateiro ou alfaiate ou coisa parecida, foi até o púlpito para entregar a mensagem. Todo mundo sabe que os pastores devem ser instruídos, mas esse homem era um ignorante total. Ele foi obrigado a ficar preso ao texto, pela simples razão de não ter mais nada o que falar. O texto bíblico era: “Olhai para mim e sereis salvos, vós, todos os termos da terra” (Is 45.22). O homem nem pronunciava direito as palavras, mas não importava. Havia naquele texto um rasgo de esperança, foi o que pensei. Continuação na próxima página Página 8 O pregador começou: Meus queridos amigos, este é um versículo bem simples mesmo. Ele diz: “Olhai”. Gente, olhar num dá quase trabalho nenhum. Num é como levantar o pé ou um dedo, é só olhar. Ninguém precisa diploma de faculdade pra aprende a olhar. Você pode ser o maior tonto, e mesmo assim pode olhar. Ninguém precisa viver mil anos pra consegui olhar. Todo mundo pode olhar, até uma criança. Mas o texto diz: “Olhai para mim”. Então. Muitos de vocês estão olhando pra vocês mesmos. Mas não adianta nada. Nunca vão achar paz em vocês mesmos. Tem gente que olha para o Deus Pai. Não; olhe para ele mais tarde. Jesus Cristo diz: “Olhe para mim”. Alguém pode dizer: “Qual é? Temos de esperar até o Espírito agir”. Não é hora disso agora. Olhe pra Jesus, O texto diz: “Olhai para mim”. O bom homem seguiu o texto assim: “Olhe pra mim; estou suando grandes pingos de sangue. Olhe pra mim; estou pregado na cruz. Olhe pra mim; estou subindo ao céu. Olhe pra mim; estou sentado à direita do Pai. Ai, pobre pecador, olhe pra mim! Olhe pra mim!” Ao chegar neste ponto, depois de manejar uns dez minutos ao púlpito, chegou ao fim da corda. Então ele me viu logo abaixo da galeria, e, ousou dizer que, com tão poucos presentes, ele percebeu logo que eu era visitante. Fixando o olhar em mim, como se conhecesse meu coração, ele afirmou: “Jovem, você parece infeliz”. Era verdade, mas eu não estava acostumado a ouvir observações vindas do púlpito sobre minha aparência. Mas o soco foi bom, acertou em cheio o meu coração. O homem continuou: E você continuará infeliz — infeliz na vida e infeliz na morte — se não obedecer ao meu versículo; mas se obedecer agora, você será salvo. E erguendo as mãos, exclamou: “Jovem, olhe para Jesus Cristo! Olhe! Olhe! Olhe! Você não pode fazer mais nada a não ser olhar e viver.” Enxerguei o caminho da salvação na hora. Não me lembro do que o homem disse a seguir — não prestei atenção — pois aquele pensamento dominava minha mente. Assim como na ocasião em que a serpente de bronze foi levantada no deserto, e bastava o povo olhar pra ficar curado, o mesmo aconteceu comigo. Eu esperava ter de fazer cinqüenta coisas, Mas então ouvi a palavra “Olhai!” Que palavra fascinante ela me pareceu! Ah, olhei até quase ficar cego. O AMIGÃO do Pastor Naquele instante a nuvem desapareceu, a escuridão sumiu, e vi instantaneamente o sol. Senti vontade de me levantar e cantar com os mais fervorosos ali presentes sobre o maravilhoso sangue de Cristo e a fé simples que olha só para ele. Nunca me esqueci daquele dia em que encontrei o Salvador e aprendi a me agarrar a seus amados pés. Eu, um adolescente desconhecido, sem importância, de quem ninguém nunca ouviu falar, escutei a Palavra de Deus. E aquele versículo precioso me levou à cruz de Cristo. Posso atestar que a alegria daquela ocasião foi absolutamente indescritível. Eu poderia dar saltos, poderia dançar. Porém não houve nenhuma expressão, por maior fanática que fosse, que não estivesse de acordo com a alegria do meu espírito naquele momento. Muitos dias de experiências cristãs se passaram desde então. Mas nunca houve um que trouxesse a completa alegria, a maravilha fulgurante daquele primeiro dia. Achei que iria saltar do banco onde estava e gritar com o mais impetuoso dos irmãos metodistas ali presentes: “Fui salvo! Fui salvo! Um monumento da graça; um pecador salvo pelo sangue!” Senti que fui emancipado, um herdeiro do Céu, um perdoado, aceito em Cristo Jesus, arrancado do barro imundo e da cova horrível. Com os meus pés na Rocha e o curso da minha vida estabelecido, achei que poderia dançar a caminho de casa. Entendi o que John Bunyan quis dizer quando afirmou que gostaria de contar aos corvos da lavoura tudo a respeito de sua conversão. O grande acontecimento se deu na manhã do domingo de 6 de janeiro de 1850. (Sword of the Lord) MAR/2012 diferente do outro, então por que tentaríamos imitar alguém? Deus me deu cinco filhos, e nenhum é igual ao outro. Uns precisaram ser mais disciplinados do que outros, Uns eram mais sensíveis. Outros mais musicais. Nunca tentei moldar nossos filhos para ficarem parecidos com outra pessoa, mas costumava dizer: “Farei tudo o que puder pra ajudar você a alcançar todo o seu potencial e ser tudo o que Deus quer que você seja”. Acho que os pais erram quando tentam realizar suas próprias ambições por intermédio da vida de seus filhos, ou de netos. Deixemos que, em oração, eles escolham suas profissões ou entreguem-se à suas vocações. Então, façamos tudo para ajudá-los a alcançar todo o potencial que Deus lhes deu. E seja lá o que você fizer, seja você mesmo. Aprenda com os outros, mas não tente imitar ninguém. Quando tenta ser outra pessoa, você acaba não sendo ninguém. Você se recusa a ser você mesmo, e não está, com certeza, sendo quem gostaria de ser. Assim, seja você mesmo. (Sword of the Lord) Multa é um imposto que você paga por cometer uma infração, e imposto é uma multa que você paga por fazer o que é certo. Parece que a intenção é nos pegar de qualquer jeito. O caminho dos homens leva a um fim sem esperança. O caminho de Deus leva a uma esperança sem fim. SEJ A VOCÊ MESMO SEJA De vez enquanto ouvimos a respeito de alguém: “Depois de criá-lo, Deus jogou o molde fora”. Bom, isso é verdade sobre cada pessoa que já viveu ou viverá neste mundo. Depois de criar você, Deus jogou o molde fora. Você é o único você que existe na terra. Todo mundo é peça original. Deus não faz cópias. O termo gêmeos idênticos é uma designação incorreta. Isto não existe. Cada pessoa tem RNA e DNA totalmente diferentes de qualquer outra pessoa que já existiu ou existirá. Se Deus resolveu fazer cada um de nós “O senhor não está lembrando? Eu dei um real o domingo passado!
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