Número de transplantados do Paraná está acima da média nacional

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Número de transplantados do Paraná está acima da média nacional
Agência Estadual de Notícias -
Número de transplantados do Paraná está acima da média nacional
Saúde
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Postado em:13/01/2006 15:32
A média do Paraná é de nove transplantados por milhão de habitantes ao ano, enquanto no país é
de seis
O número de transplantados no Paraná no primeiro semestre de 2005 foi maior que a média
nacional, conforme informações divulgadas pelo Registro Brasileiro de Transplantes. O documento
informa que no Paraná a média foi de nove transplantados por milhão de habitantes ao ano,
enquanto que a média nacional ficou em seis. O Paraná ainda ficou acima da média nacional em
notificações de potenciais doadores no mesmo período. No Estado a média foi de 32 notificações
por milhão de habitantes ao ano, enquanto a média nacional ficou em 26. Estes resultados se
devem ao trabalho desenvolvido pelo Governo do Paraná, que incentiva cada vez mais a doação de
órgãos e tecidos. Em 2004 houve no Paraná um aumento de 22,8% no total de transplantes em
relação a 2003. Embora o número tenha caído em 2005 após esse crescimento, a perspectiva é
boa. Em fevereiro um novo programa de incentivo e captura de órgãos que entrará em
funcionamento será mais um recurso para incentivar as doações e melhorar a vida de quem
precisa. “A intenção é diminuir as filas de espera por um órgão. Queremos agilizar esse processo o
quanto antes”, enfatiza o secretário da Saúde, Cláudio Xavier. O objetivo é que os hospitais
informem às autoridades de saúde cada vez que forem internados pacientes com algumas
enfermidades, para que se mantenha uma vigilância firme e constante. Outras ações ainda devem
ser tomadas em 2006, como a normatização do funcionamento das Organizações de Procura de
Órgãos (OPOs) e das Organizações de Procura de Córneas (OPC). Além disso, a Secretaria está
investindo em exames mais modernos que proporcionam mais agilidade ao diagnóstico de morte
cerebral, bem como o treinamento e reciclagem de intensivistas e a criação da central de
transplantes de Cascavel. Para o diretor médico da Secretaria da Saúde, Manoel Guimarães,
perder uma pessoa querida ou próxima abala emocionalmente toda a família. “A doação de órgãos e
tecidos pode amenizar a dor ao salvar a vida de outra pessoa”, salientou. Guimarães explica que de
maneira ou outra as pessoas sentem como se estivesse mantendo viva a esperança. Assim também
pensa o vendedor Ivan Pegorazo, 50, que perdeu a filha em um acidente automobilístico. A intenção
de doar os órgãos da filha foi prioridade assim que o médico anunciou a morte encefálica. “Sempre
estive envolvido com essa causa. Saber que outras pessoas estão vivendo bem por causa da minha
filha é uma satisfação muito grande”, explica. Foram doados as duas córneas, os dois rins e duas
válvulas do coração. “Não tem o porque desses órgãos serem enterrados, se existe gente
precisando”, completa. Ivan também trabalha na conscientização de jovens, com palestras
ministradas em escolas e empresas sobre o perigo de dirigir alcoolizado. Entrentato, quem aguarda
na fila sofre com a angústia da espera. Vera Regina Sampaio Hungerbülher, 55, dona de casa,
precisa de um transplante de rim há três anos. “Acho que falta conscientização das pessoas”,
desabafa. Por conta dessa espera prolongada Vera, às vezes, precisa ser internada devido a
encefalopatia, doença hepática causada pelo excesso de produtos tóxicos provenientes da
alimentação e do próprio fígado. Do outro lado está a satisfação de quem já passou por todo o
processo e saiu vencedor. Ana Rita Rodrigues conta com alegria sobre o transplante de córnea que
fez. “Apesar de esperar aproximadamente um ano e meio, estou satisfeita e tenho uma vida normal”,
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comemora. Ana ainda está na fila de transplantes para receber uma córnea para o outro olho.
Campanha - Uma parceria do Governo do Estado a iniciativa privada possibilitou ao a produção de
campanha institucional intitulada "Existe Vida Pós a Morte", veiculada em outubro e novembro do
ano passado. Feita pela agência de publicidade Fonte Criativa, a campanha tem como objetivo
incentivar à doação de órgãos e tecidos, promover a conscientização e o debate sobre o assunto na
sociedade. Ao todo foram 12 empresas de comunicação que participaram gratuitamente da
campanha, economizando aos cofres públicos aproximadamente R$ 350 mil. Rede Paranaense de
Comunicação (RPC); Clear Channel Adshell, empresa de mídia exterior; Enox, empresa de mídia
indoor; Sindicato das Empresas de Publicidade Externa do Estado do Paraná (Sepex); Color
Outdoor; Associação das Emissoras de Radiodifusão do Paraná (Aerp); Rádio 96 Rock, de Curitiba;
Rádio Líder Fm, de Maringá; Studio 100 Fm, de Umuarama; Tacco Outdoor e as gráficas MPV7 e
Art mix foram as empresas parceiras. As peças publicitárias feitas para campanha foram vídeo,
spot para rádio, outdoor, cartaz em mobiliário urbano e top sights, estrategicamente posicionados
nos principais pontos de Curitiba. “Com esse apoio, conseguimos mobilizar pessoas leigas no
assunto e despertar a curiosidade para que se informem melhor sobre esse ato tão importante e
necessário para a vida humana”, disse Xavier.
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