Acerca de Lulu.com

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Acerca de Lulu.com
Acerca de Lulu.com
Luís Mendes Gomes
Açoriano Oriental (Bits & Bytes) de 19 de Maio de 2007.
A maior parte das pessoas já ouviu falar do The Man Booker Prize, que é o
mais importante e prestigiado prémio literário atribuído, anualmente, à 39
anos, a uma obra de ficção escrita por um cidadão da Commonwealth ou da
República da Irlanda. O ano passado ganhou “The Inheritance of Loss” da
indiana Kiran Desai, cuja tradução para o português já está disponível, até
num hipermercado perto de si, com o título “A Herança do Vazio”.
Mas, certamente, muitas pessoas ainda não ouviram falar sobre o Lulu (!)
Booker Prize, atribuído pelo Lulu.com, que pertence a uma empresa norteamericana de impressão a pedido (do inglês print-on-demand), isto é, a
impressão de um livro, por exemplo, é realizada somente aquando da sua
encomenda. Mas de que livros estamos a falar? Segundo as contas do
Lulu.com, neste momento, já se encontram disponíveis cerca de 170 mil
títulos escritos por blookers em blogs, que publicam os seus livros através do
Lulu.com sem custos iniciais, sem tiragens mínimas, detendo o controlo dos
seus direitos editoriais e fixando o preço da obra. Lema: faça você mesmo
sem precisar de um editor. Para o ajudar existe um vídeo que guia facilmente
o futuro blooker em todo o processo de publicação e venda de um livro no
Lulu.com, que oferece também outros serviços tais como produzir calendários
ou CD/DVDs com música e/ou imagens.
O Lulu Booker Prize 2007, na categoria de melhor blooker de não ficção, vai
(foi) para ... o norte americano Colby Buzzell com o livro My War: Killing Time
in Iraq. O soldado Colby, de um regime de infantaria em missão no Mossul
(Iraque), iniciou em 2004 um blog para relatar episódios avulso da
actualidade da guerra, que depois deram origem ao livro. Durante o tempo de
colocação daqueles episódios no www.cbftw.blogspot.com, o Sr. Colby foi
sempre sujeito a advertências (ou, melhor, ordens) superiores para deixar de
colocar aquilo na blogosfera, que podia pôr em causa a segurança. Por cá,
como não existe este problema e à falta de melhor, há sempre material para
fazer um livro de receitas da mamã ou um refinamento, talvez por um escritor
a soldo, do adorado “querido diário” numa história da minha vida.

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