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Coinfra novembro de 2006 novembro de 2006 A necessidade de investimentos para a infra-estrutura gaúcha O Brasil e o RS estão diante de um grande desafio: como viabilizar recursos para obras em infra-estrutura. Como se sabe, uma melhor infraestrutura é fator vital para a competitividade da indústria e fundamental para um novo ciclo de crescimento. Nos últimos anos tivemos um investimento medíocre em obras de infra-estrutura em no país e, em especial, no estado, com os conseqüentes baixíssimos índices de crescimento. Nessa linha, torna-se imprescindível aos novos governantes, recentemente eleitos, assumir seus mandatos com propostas claras para um setor que se constitui num dos principais indutores do crescimento econômico. Evidencia-se uma inegável insuficiência de recursos para infra-estrutura no orçamento do estado para 2007, que enfrenta uma grave crise fiscal/estrutural. Um exemplo de como enfrentar esta deficiência é do estado de São Paulo que, segundo o governador eleito, José Serra, pretende realizar 15 grandes projetos de PPPs, que devem atrair vultosos recursos privados para o setor de infra-estrutura paulista O governo federal, segundo se anuncia, também deverá buscar investimentos por meio das concessões e PPPs, para poder atender demandas que não contam com recursos do orçamento da União. No RS é necessário que o novo governo se atenha a esta questão, visto que os projetos de PPPs e de concessões devem dispor de estudos que garantam não somente a viabilidade econômica dos empreendimentos, mas também segurança jurídica. E o estado - é preciso registrar - não conta com um bom histórico nessa questão dado o não cumprimento de contratos em passado recente. Por tudo isso, é necessária urgência por parte do novo governante gaúcho na definição dos novos projetos, o que poderá ajudar na atração de investimentos privados sem os quais o RS não conseguirá impedir o "apagão logístico" que se prenuncia. André Loiferman Coordenador do Grupo de Logística do Coinfra FIERGS no Conselho de Consumidores da CEEE Em 10 de outubro passado, Francisco Queiroz Jr, da FIERGS, foi eleito presidente do Conselho dos Consumidores da CEEE, por unanimidade. Além da FIERGS, o Conselho é formado pela Farsul, Federasul, Fracab, Famurs, Trensurb e Procon. O novo presidente anunciou que, em seu mandato de um ano, juntamente com os interesses dos consumidores em geral, irá defender a retomada do programa de eficiência energética para indústria, comércio e lavouras de arroz. O Conselho atua junto às empresas a fim de assegurar a qualidade dos serviços presta- dos. Acompanha ações de fiscalização e o atendimento às reclamações dos usuários. A resolução da ANEEL de número 138/ 2000 que regulamentou os conselhos, prevista no Artigo 13 da Lei nO 8.631 de 1993, atribui às empresas de energia a iniciativa de organizar estes grupos. Coinfra 2 O Jornal do Coinfra é uma publicação mensal do Conselho de Infra- Estrutura da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS) Avenida Assis Brasil, 8787 CEP- 91140-001 Porto Alegre -RS Fone 51 3347-8749 [email protected] Missão Estimular o desenvolvimento regional e global do RS, através de proposições necessárias para a eliminação de entraves no âmbito de infra-estrutura esta-dual, como telecomunicações, Logística, saneamento e energia. Presidente do Sistema Fiergs Paulo G. F. Tigre Coordenador do Coinfra Ricardo Lins Portella Nunes Grupo Temático Logística André Loiferman Grupo Temático Energia Carlos W. Faria Grupo Temático Telecomunicações Carlos Garcia Grupo Temático Saneamento Edgar Cândia Responsável Técnico Francisco Queiroz Junior Editor Milton Wells Projeto gráfico e editoração Lavoro C&M (51) 3233-2612 Tiragem: 3 mil exemplares Publicação Principal Comunicação fone: (51) 3328-8229 Comercialização Scheyla DeCruz fone: (51) 8406-5211 e 3347-8787 ramal 8370 Coinfra 3 Grupo de Telecomunicações Os efeitos das novas tecnologias das teles na competição As novas tecnologias da área de telecomunicações em transmissão de dados via Internet, voz e imagem, e o que representam os novos serviços da telefonia celular e da fixa na redução de custos de comunicação e no aumento da competitividade do setor produtivo. Foram estes os principais temas discutidos no seminário "Como ganhar dinheiro usando as telecomunicações", realizado em 5 de outubro último pelo Grupo Temático de Telecomunicações (Gttel) do Conselho de Infra-estrutura da FIERGS. Na abertura do evento, Ricardo Portella, do Coinfra, destacou a iniciativa do Gttel, coordenada por Carlos Garcia, de proporcionar ao setor produtivo a demonstração das mais modernas ferramentas de telecomunicações. O programa foi aberto com palestra de Alberto Dias, gerente de projetos Digistar Telecomunicações, que detalhou os serviços da empresa premiada pelo Distinção Indústria 2006 da FIERGS com o VoIP XT-74 IP – produto inovador por ser único em sua concepção, unindo as características de uma central telefônica digital e a tecnologia VoIP. Com apenas sete anos de existência, a Digistar é considerada uma provedora de soluções em telecomunicações, porque produz e desenvolve com tecnologia própria uma linha completa de equipamentos, soluções e serviços para empresas de todos os portes no mercado nacional e internacional. Na seqüência foram apresentados cases relacionados ao uso das telecomunicações como ferramenta de empreendedorismo da Diveo do Brasil, Brasil Telecom S/A, Tim, Vivo e Sim Telecom. No encerramento, Saul Brandalise Júnior, presidente da TV Barriga Verde, fez a palestra "Como não perder uma empresa". 4 Coinfra novembro de 2006 novembro de 2006 Coinfra 5 Grupo de Telecomunicações A aposta da Tim no BlackBerry Com mais de 4 milhões de usuários em todo o mundo, no Brasil a TIM aposta no avanço do BlackBerry - um computador de mão que tem na versatilidade a sua principal característica. A navegação na Internet e o uso de e-mails são os pontos fortes do produto desenvolvido pela canadense Resarch in Motion. Outra vantagem é o acesso aos contatos e agendas do computador pessoal ou do trabalho. Enquanto o BlackBerry é usado em outros países por profissionais liberais de maior poder aquisitivo, no Brasil o público-alvo são os empresários engajados às novas tecnologias e, principalmente, quem depende do e-mail e da comunicação instantânea para o trabalho. "Trata-se de um recurso de acesso online a e-mails que, em 2006, será massificado", prevê Giovani Rimolo Anele, consultor de soluções corporativas da TIM. Atualmente, dos serviços oferecidos pelas operadoras de celular no país, a mensagem de texto ou torpedo é o que apresenta a maior demanda com cerca de 60% do mercado. Em segundo lugar aparece o acesso a Internet/ transmissão de dados, em terceiro, o acesso a músicas e em quarto, a opção é por canais de notícias. No evento da FIERGS, Anele apresentou o case de uma empresa do setor de alimentação que implantou um sistema online de comunicação por meio do BlackBerry. "Inicialmente foram comprados 200 aparelhos, o que resultou na melhoria da comunicação entre os diferentes departamentos e maior rapidez na tomada de decisões. Hoje, a companhia é uma dos "top 20" da TIM no Brasil", informou. O avanço da SIM Telecomunicações no mercado Entrevista com Alexandre da Rosa, gerente de projetos da Sim Telecom. O que é o Simphonia? Simphonia é o serviço de telefonia IP da Sim Telecomunicações, de Porto Alegre, que oferece tráfego de voz ponto a ponto ou multiponto, com qualidade digital, utilizando rede de dados sobre o protocolo TCP/IP. Simphonia é um sistema de telefonia privado que utiliza a internet para originar e receber ligações telefônicas por meio de um equipamento ou software específico. As ligações originadas no sistema Simphonia podem ser enviadas para um telefone Simphonia sem custo, ou para qualquer telefone fixo ou móvel independente de sua operadora, com tarifas mais atraentes que os valores atuais de mercado O Simphonia é atrativo para as empresas? O Simphonia é muito atrativo para empresas que têm seus custos com ligações entre matriz e filiais ou ligações interurbanas acima de R$ 200,00. A partir de qualquer ponto de rede Internet dedicada, com tráfego garantido de pelo menos 15 Kbps "full-duplex", o cliente Simphonia poderá falar com outros clientes da Sim Telecom ou até mesmo de outras operadoras de telefonia fixa ou móvel.: basta solicitar o seu número do Simphonia, escolher um plano de minutos que seja adequado ao seu perfil de uso e pronto. "Como não perder uma empresa" Saul Brandalise Júnior, 57, presidente da TVBarriga Verde, um dos três filhos do fundador da Perdigão, de Videira (SC), aprendeu muitas lições de vida com o seu pai. Mas a maior delas, segundo ele mesmo – a importância do mérito na conquista – foi assimilada muito tempo depois. A seguir, os principais trechos da entrevista que resume a palestra que encerrou o evento "Como ganhar dinheiro usando as telecomunicações": Como não perder uma empresa? Não deixe de considerar a energia na tua atuação. Confie nela. Qual energia? A energia do teu trabalho, a maneira como você faz as coisas. Qual o aspecto principal? É preciso cuidar do aspecto satisfação. É preciso saber que as nossas desigualdades não significam inferioridades. Elas são necessárias para evoluir. Se existe um concorrente que está melhor do que a minha empresa, isso deve ser olhado de forma positiva. Por que? Assim vou saber porque não estou tão bem quanto ele. É esse o sentido da energia, da troca da causa e efeito. Esses princípios podem ser convertidos também ao nível dos colaboradores da empresa? Sem dúvida. Todos devem progredir, aprender inglês, adquirir cultura. Não podemos achar que as coisas devem vir de cima, prontas e acabadas – que deve ter bolsafamília. A solução não passa por aí. Brasil Telecom apresentou case de gestão integrada Frederico Alvarez, diretor da Brasil Telecom do RS, explica o case apresentado pela empresa no seminário das teles: Qual foi a solução apresentada pela empresa ao cliente? O cliente, a Tecnocred, operava uma solução A , onde a TI era tratada numa área, e as telecomunicações e a gestão da empresa em áreas diferentes. Fizemos uma consultoria para mostrar que a integração dessas áreas seria importante do ponto de vista tecnológico e de inovação. O objetivo era otimizar a gestão? Há uma ano estamos fazendo esse trabalho que inclui também a integração com os médicos, visto que se trata de uma cooperativa de médicos. O objetivo é otimizar a gestão. O novo sistema inclui quais itens? Envolveu móvel, fixo, Datacenter, TI, enfim um sistema global. Estamos numa fase intermediária que saiu do zero e visa a implantação de um plano de gestão integrado de telecomunicações e TI. Esse é case é novo no portfólio da empresa? No RS contamos com cerca de 4 mil clientes corporativos e um total de mais de 2 milhões clientes. O case apresentado é apenas um deles. A própria FIERGS é um case nosso de integração total. Trata-se de um trabalho que leva tempo e requer espírito aberto das corporações, devido à quebra paradigmas, o que sempre representa uma ruptura com culturas administrativas anteriores. Essa integração possibilita ganhos efetivos? Prefiro responder assim: as vezes os custos irão aumentar, mas as corporações poderão ganhar mais dinheiro por meio de novos serviços. Os ganhos serão muito maiores porque as empresas irão sair do patamar antigo. A empresa vai ganhar mais com aquilo que fizer de diferente no mercado em que atua. Diveo implanta projeto de inclusão digital Jeremias Rohde, gerente de produtos da Diveo do Brasil, relata case apresentado no evento "Como ganhar dinheiro usando as telecomunicações": Qual o mais recente case da Diveo no Brasil? Ainda em 2005, na prefeitura de São Caetano do Sul, estabelecemos uma rede de integração entre secretarias, delegacias, postos de saúde, escolas e também gerenciar o acesso à Internet nas autarquias, a partir de um ponto central. Qual foi a missão da empresa? Um dos serviços seria a aplicação da Internet na comunicação. O outro, a instalação de uma rede privada de comunicação para o tráfego do sistema de gestão da prefeitura. Isso viabilizaria a integração de central telefônica e também a oferta de acesso à Internet para as escolas. A Diveo fez todo o projeto da prefeitura, além de prestar serviços de rede em Internet e garantir disponibilidade mínima de serviço e tempo máximo de reparo. Quais as próximas eta- pas? A primeira etapa foi a implantação de todo o sistema de interligação das secretarias e escolas através da estrutura Wimex que a Diveo instalou. A fase dois inclui a instalação de câmeras para a vigilância da cidade. Hoje a prefeitura conta com seis câmeras instaladas e a Díveo deverá ampliar para 60 o número de postes de vigilância, além de outros mais 10 pontos. Na fase três será a vez da telefonia. Vamos instalar uma central única na prefeitura, provendo serviços de central telefônica e demais facilidades de voz para todos os órgãos públicos. Grandes decisões de negócios surgem no campo de batalha Entrevista com Fabiano Machado Corrêa, gerente da Vivo. Quais as principais tendências no mercado corporativo? Hoje o mercado está passando por uma reestruturação. A grande preocupação do setor empresarial é a racionalização dos custos. Depois da fase de redução de custos, hoje o setor produtivo quer racionalizar. O que se detecta no mercado é que a agilidade dos processos vem passando cada vez mais pela rede móvel. A mobilidade de poder tomar decisões não se restringe mais ao executivo. Ele precisa delegar isso também para as suas equipes. Por isso, de uma maneira geral, o mercado demanda soluções móveis. Cada vez mais a decisão deve estar no campo de batalha. Dentre essas especificações, qual o produto de maior demanda? Hoje o acesso a Internet de alta velocidade, o Vivo Zap é o carro-chefe. Somente no Brasil já foram comercializados alguns milhões de unidades. O produto foi lançado há dois anos, mas vem amadurecendo porque é um produto de base. Trata-se de um produto que permite toda a parte de telemetria, de rastreamento, de acesso a e-mails e automação de força de vendas. 6 Coinfra novembro de 2006 novembro de 2006 Grupo de Energia Grupo de Logística Até 2015, RS vai atrair R$10 bilhões de investimentos em energia Cerca de R$ 10 bilhões serão investidos no estado até 2015 em novos projetos de hidrelétricas, fontes alternativas, termelétricas a gás e a carvão, anunciou o secretário de Energia, Minas e Comunicações, José Carlos Elmer Brack, no seminário de Avaliação e Perspectivas do Potencial Energético do RS, nos dias 18 e 19 de outubro último, na FIERGS. Para uma demanda máxima de 4.582 MW registrada no verão, o RS opera atualmente com uma capacidade de geração interna de 1.529 MW de hidrelétricas e de 1.371 MW de termelétricas, segundo dados do Organizador Nacional do Sistema (ONS). Com os novos investimentos serão agregados 3.362 MW até 2015, o que levará o estado a um patamar de geração interna de 6.252 MW. "Nesse ritmo, tudo indica que o RS alcançará a auto-suficiência no suprimento de energia elétrica", afirmou Brack. "Um fator de alta relevância na atração de novos empreendimentos produtivos e geração de renda". Para chegar a esta condição, Brack estimou em 2% o crescimento anual da economia gaúcha e um crescimento de demanda em torno de 4,5% médios. Nesse quadro, o acréscimo anual de energia, a partir de 2012, deverá ser de 315 MW ao ano. Dentre as medidas necessárias para o setor continuar a avançar: a) inventário hídrico; b) atração de investimentos privados: c) estimulo à implantação de usinas para a produção de biodiesel; d) uma política permanente do carvão. O pedágio e a relação custo-benefício Moacyr Duarte * Ao trafegar por uma rodovia não pedagiada, o motorista tende a pensar que não paga pelo seu uso. Esse é um engano comum, mas é necessário esclarecer que não há rodovias gratuitas em nenhum lugar do mundo. Mesmo depois de pronta, a manutenção, modernização, ampliação e administração de uma estrada exigem recursos que podem vir das tarifas de pedágio ou de recursos do orçamento público. No primeiro caso, paga apenas quem usa e, no segundo, paga toda a sociedade, inclusive os que não usam a rodovia ou a usam raramente – e que, no Brasil, representam cerca de 60% da população. Em países como os Estados Unidos, onde os impostos são claramente expressos, ao contrário dos nossos que não são claros para os cidadãos, já foram conduzidas várias pesquisas para saber se os habitantes de determinadas regiões preferiam pagar o custo das rodovias via pedágio ou por tributos. A decisão tem sido favorável à primeira opção, pela certeza de que Coinfra 7 os recursos ficam na rodovia. E hoje a tendência mundial é claramente favorável às rodovias auto-sustentáveis nos principais eixos. Mais de 50 países tem rodovias pedagiadas. Assim, o fundamental na discussão sobre rodovias auto-sustentáveis é a relação custo- benefício para o usuário. Uma pesquisa de dezembro de 2005 realizada pela FIA/USP (Fundação Instituto de Administração da Universidade de São Paulo) demonstra que, a cada R$ 1,00 pago em pedágios nas rodovias concedidas de SP, a sociedade recebe de volta R$1,84 em benefícios sócioeconômicos. No Balanço Sócioeconômico do Programa de Concessões, a FIA/USP considerou como benefícios a economia de combustível, o barateamento dos custos de transporte resultante da rodagem em pistas bem conservadas e a redução da emissão de carbono. Diretamente para o usuário, o retorno se dá com o socorro médico e mecânico, atendimento nas pistas e a diminuição da ocorrência de acidentes. Além disso, há os tributos arrecadados e a geração de empregos. O benefício das concessões também foi demonstrado por uma pesquisa elaborada pela consultoria TECTRAN (Técnicos em Transporte Ltda), em 2004, no Estado do Paraná. O estudo "Avaliação de custo-benefício para os usuários de rodovias concedidas" demonstra que na avaliação de cenários "com concessão" em comparação com o "sem concessão", ficou provado que há uma redução de 8,7% nos custos operacionais quando a viagem é feita numa rodovia concedida. Já o Instituto de Pós-graduação e Pesquisa em Administração da Universidade Federal do Rio de Janeiro realizou um trabalho que mostrou que uma carreta de 25 toneladas gasta R$ 2,24 quando trafega numa estrada sem manutenção e R$ 1,60 quando suas condições são consideradas boas. Além da vantagem financeira, todos que trafegam em rodovias concedidas ganham tempo, segurança e conforto. Também estão incluídos na relação custo-benefício os serviços de atendimento a veículos e usuários prestados pelas concessionárias. No ano passado, foram 1.354.507 atendimentos a veículos e 115.016 a usuários. Foram mais de 160 atendimentos por hora em 2005. Ainda em 2005, as 36 concessionárias em operação investiram R$ 1,3 bilhão em obras de ampliação e melhorias da malha viária. Esses investimentos e o trabalho contínuo das concessionárias têm se refletido nos resultados da Pesquisa Rodoviária da CNT (Confederação Nacional dos Transportes). A edição de 2006 revelou que as 23 rodovias melhor colocadas no ranking da pesquisa são pedagiadas. Desse total, 20 são concedidas à iniciativa privada. Essa é mais uma comprovação que a relação custo-benefício da administração privada das rodovias favorece à sociedade e, em especial, aos usuários. Por isso é muito importante que a população saiba que o valor pago nos pedágios tem destino certo: investimentos em obras, segurança e serviços para os usuários. * Presidente Termelétricas multiplicam valor de mercado da CRM Um excepcional incremento nos próximos quatro anos, na produção da Companhia Riograndende de Mineração (CRM), previu o presidente da estatal, David Chazan, em entrevista ao Jornal do COINFRA no seminário sobre as perspectivas do potencial elétrico do RS. Leia a entrevista abaixo: Quais os investimentos da CRM para atender a demanda? Vamos investir entre R$ 80 e R$100 milhões no aumento da capacidade de mineração da CRM. A entrada em operação da "Fase C" da Usina Presidente Mé- dici vai exigir mais do que o dobro da capacidade atual de produção de carvão nos próximos 30 meses. Com isso, a produção da CRM passará de 2 milhões toneladas para 5 milhões por ano. E a Elétrica Jacuí? A mina Leão será a fornecedora de 1,2 milhão de toneladas carvão para a Eleja, mas existe um descompasso entre o início de operação da usina, janeiro de 2009, e a capacidade de produção plena da mina de subsolo. Será necessária uma solução tampão que garantirá o fornecimento de carvão por meio de uma outra jazida, o que está em negociações. Qual será o patamar de produção? É preciso levar em conta ainda um contrato de 1,2 milhão toneladas com a Ctsul, de Cachoeira. Com isso, a CRM irá triplicar a produção nos próximos 30 meses, passando de 2,1 milhões de toneladas para 6,3 milhões por ano. E se somarmos a Fase 2 da Eleja e "Fase D" de Presidente Médici? Se forem confirmados esses dois projetos, de 650 MW e de 350 MW, respectivamente, a CRM irá alcançar, em quatro anos, um patamar de produção entre 12 e 14 milhões de toneladas por ano. Seminário de energia foi promovido pela FIERGS e Secretaria de Minas, Energia e Comunicações Estado é privilegiado em fontes alternativas de energia O diretor técnico da Eletrosul, Ronaldo Custódio, declarou no seminário sobre o Potencial Energético do RS, realizado na FIERGS, que o estado é um dos mais privilegiados do país em fontes alternativas de energia. Além de deter o principal potencial eólico – com 15.800 MW, a 50 metros de altura, e 115 mil MW, a 100 metros de altura – conta com uma série de alternativas como PCHs, biomassa e biocombustíveis. "Segundo estimativas, o RS detém mais de 500 MW em PCHs, mas não dispõe de um inventário como foi feito no segmento de energia eólica. O governo estadual deveria providenciar um Atlas de todos os energéticos do estado", sugeriu. Custódio citou ainda a necessidade de o RS promover levantamento sobre o potencial de geração por meio de biomassa e de energia do mar. "O RS possui um potencial de 20 mil MW em energia do mar, o que é uma tecnologia ainda em desenvolvimento", explicou. 8 Coinfra novembro de 2006 A PEDIDO Missão Simecan à Ásia foi um sucesso As duas únicas empresas brasileiras presentes na Hong Kong Electronics Fair 2006, a maior feira de eletrônica do mundo, já começaram a ampliar os contatos iniciados durante o evento realizado recentemente. Integrantes da Missão Simecan, que levou um grupo de empresários e representantes do poder público à Ásia, a Urano Indústria de Balanças Eletrônicas e a Full Gauge Controls, ambas com sede em Canoas, receberam a visita de representantes de vários países, incluindo Índia, Turquia, Dubai, Jordania, Austrália, Inglaterra, Romênia, Canadá, África do Sul, Itália, México, Estados Unidos, Chile, Paraguai e Colômbia. Além da possibilidade da venda de produtos para estes países, as indústrias canoenses mantiveram contatos com possíveis fornecedores, o que pode representar reduções significativas de custos. "Sempre que possível participamos de feiras no mundo todo. A exemplo de outros eventos, aproveitamos para conhecer as últimas novidades do mercado, oferecer nossos produtos e prospectar no- vos fornecedores, que permitam a composição de preços mais competitivos neste mercado globalizado", afirma o diretor da Full Gauge, Flávio Perguer. Já o diretor da Urano, Zenon Leite Neto, acredita que sua empresa poderá ampliar em breve o seu mercado internacional. "Foram contatos excelentes, de grande qualidade, e que certamente vão se transformar em negócios. Até mesmo os chineses ficaram interessados em alguns itens de nossa linha", explica Zenon, que também é presidente do Sindicato das Indústrias MetalMecânicas e Eletro-Eletrônicas de Canoas e Nova Santa Rita. PODER PÚBLICO - Representado pelo presidente da Câmara de Vereadores, Nedy de Vargas Marques, e pelo Diretor Geral da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, João Pierotto, o município de Canoas ganhou destaque novamente em nível internacional por apoiar de forma efetiva uma missão empresarial. De acordo com os organi- zadores da Hong Kong Electronics Fair 2006, o apoio dos órgãos públicos às missões empresariais causam ótima impressão aos visitantes internacionais, que consideram este fato extremamente positivo. "Podemos sentir orgulho por isto e também porque as únicas empresas brasileiras expondo em Hong Kong eram de Canoas. Isto prova que o Poder Legislativo está no caminho certo ao aprovar o apoio a iniciativas como esta do Simecan", avalia o presidente da Câmara de Vereadores, Nedy de Vargas Marques. João Pierotto também retornou entusiasmado da Ásia. "Canoas está na rota do desenvolvimento econômico. Os resultados das missões empresariais são positivos em vários aspectos, principalmente no que diz respeito à competitividade das empresas", ressalta. A presença dos canoenses em Hong Kong foi destaque ainda na publicação oficial da feira, que circulou entre todos os estandes inclusive com foto colorida dos integrantes da missão. Coinfra Publicação mensal do Conselho de Infra-estrutura novembro de 2006 ano 6 número 60 Centro de Pesquisa em Tecnologias Wireless da PUCRS /Foto de Marcos Colombo/PUCRS O que todo empresário deve saber sobre as novas tecnologias das teles
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