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Coinfra novembro de 2006
novembro de 2006
A necessidade de investimentos
para a infra-estrutura gaúcha
O Brasil e o RS estão diante de um grande
desafio: como viabilizar recursos para obras em
infra-estrutura. Como se sabe, uma melhor infraestrutura é fator vital para a competitividade da
indústria e fundamental para um novo ciclo de
crescimento. Nos últimos anos tivemos um investimento medíocre em obras de infra-estrutura em
no país e, em especial, no estado, com os conseqüentes baixíssimos índices de crescimento.
Nessa linha, torna-se imprescindível aos novos
governantes, recentemente eleitos, assumir seus
mandatos com propostas claras para um setor que
se constitui num dos principais indutores do crescimento econômico. Evidencia-se uma inegável insuficiência de recursos para infra-estrutura no orçamento do estado para 2007, que enfrenta uma
grave crise fiscal/estrutural. Um exemplo de como
enfrentar esta deficiência é do estado de São Paulo que, segundo o governador eleito, José Serra,
pretende realizar 15 grandes projetos de PPPs,
que devem atrair vultosos recursos privados para o
setor de infra-estrutura paulista
O governo federal, segundo se anuncia,
também deverá buscar investimentos por meio
das concessões e PPPs, para poder atender demandas que não contam com recursos do orçamento da União. No RS é necessário que o novo governo se atenha a esta questão, visto que
os projetos de PPPs e de concessões devem dispor de estudos que garantam não somente a
viabilidade econômica dos empreendimentos,
mas também segurança jurídica. E o estado - é
preciso registrar - não conta com um bom histórico nessa questão dado o não cumprimento de
contratos em passado recente. Por tudo isso, é
necessária urgência por parte do novo governante gaúcho na definição dos novos projetos, o
que poderá ajudar na atração de investimentos
privados sem os quais o RS não conseguirá impedir o "apagão logístico" que se prenuncia.
André Loiferman
Coordenador do
Grupo de Logística do Coinfra
FIERGS no Conselho de Consumidores da CEEE
Em 10 de outubro passado,
Francisco Queiroz Jr, da FIERGS,
foi eleito presidente do Conselho
dos Consumidores da CEEE, por
unanimidade. Além da FIERGS,
o Conselho é formado pela Farsul, Federasul, Fracab, Famurs,
Trensurb e Procon.
O novo presidente anunciou
que, em seu mandato de um ano,
juntamente com os interesses dos
consumidores em geral, irá defender a retomada do programa de
eficiência energética para indústria,
comércio e lavouras de arroz.
O Conselho atua junto às
empresas a fim de assegurar a
qualidade dos serviços presta-
dos. Acompanha ações de fiscalização e o atendimento às reclamações dos usuários. A resolução da ANEEL de número 138/
2000 que regulamentou os conselhos, prevista no Artigo 13 da
Lei nO 8.631 de 1993, atribui às
empresas de energia a iniciativa
de organizar estes grupos.
Coinfra
2
O Jornal do Coinfra é uma
publicação mensal do Conselho de
Infra- Estrutura da Federação das
Indústrias do Estado do
Rio Grande do Sul (FIERGS)
Avenida Assis Brasil, 8787
CEP- 91140-001
Porto Alegre -RS
Fone 51 3347-8749
[email protected]
Missão
Estimular o desenvolvimento regional e global do RS, através de
proposições necessárias para a
eliminação de entraves no âmbito de infra-estrutura esta-dual, como telecomunicações, Logística,
saneamento e energia.
Presidente do Sistema Fiergs
Paulo G. F. Tigre
Coordenador do Coinfra
Ricardo Lins Portella Nunes
Grupo Temático Logística
André Loiferman
Grupo Temático Energia
Carlos W. Faria
Grupo Temático
Telecomunicações
Carlos Garcia
Grupo Temático Saneamento
Edgar Cândia
Responsável Técnico
Francisco Queiroz Junior
Editor
Milton Wells
Projeto gráfico e editoração
Lavoro C&M (51) 3233-2612
Tiragem: 3 mil exemplares
Publicação
Principal Comunicação
fone: (51) 3328-8229
Comercialização
Scheyla DeCruz
fone: (51) 8406-5211 e
3347-8787 ramal 8370
Coinfra 3
Grupo de Telecomunicações
Os efeitos das novas tecnologias
das teles na competição
As novas tecnologias da área de telecomunicações em transmissão de dados via Internet, voz e imagem, e o que representam
os novos serviços da telefonia celular e da
fixa na redução de custos de comunicação
e no aumento da competitividade do setor
produtivo. Foram estes os principais temas
discutidos no seminário "Como ganhar dinheiro usando as telecomunicações", realizado em 5 de outubro último pelo Grupo
Temático de Telecomunicações (Gttel) do
Conselho de Infra-estrutura da FIERGS.
Na abertura do evento, Ricardo Portella, do Coinfra, destacou a iniciativa do
Gttel, coordenada por Carlos Garcia, de
proporcionar ao setor produtivo a demonstração das mais modernas ferramentas de telecomunicações.
O programa foi aberto com palestra
de Alberto Dias, gerente de projetos Digistar Telecomunicações, que detalhou os
serviços da empresa premiada pelo Distinção Indústria 2006 da FIERGS com o
VoIP XT-74 IP – produto inovador por
ser único em sua concepção, unindo as
características de uma central telefônica
digital e a tecnologia VoIP.
Com apenas sete anos de existência,
a Digistar é considerada uma provedora
de soluções em telecomunicações, porque produz e desenvolve com tecnologia
própria uma linha completa de equipamentos, soluções e serviços para empresas de todos os portes no mercado nacional e internacional.
Na seqüência foram apresentados cases
relacionados ao uso das telecomunicações
como ferramenta de empreendedorismo
da Diveo do Brasil, Brasil Telecom S/A,
Tim, Vivo e Sim Telecom. No encerramento, Saul Brandalise Júnior, presidente da
TV Barriga Verde, fez a palestra "Como
não perder uma empresa".
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Grupo de Telecomunicações
A aposta da Tim no BlackBerry
Com mais de 4 milhões de
usuários em todo o mundo,
no Brasil a TIM aposta no
avanço do BlackBerry - um
computador de mão que tem
na versatilidade a sua principal
característica. A navegação na
Internet e o uso de e-mails são
os pontos fortes do produto
desenvolvido pela canadense
Resarch in Motion. Outra vantagem é o acesso aos contatos
e agendas do computador
pessoal ou do trabalho.
Enquanto o BlackBerry é
usado em outros países por
profissionais liberais de maior
poder aquisitivo, no Brasil o
público-alvo são os empresários engajados às novas tecnologias e, principalmente,
quem depende do e-mail e
da comunicação instantânea
para o trabalho. "Trata-se de
um recurso de acesso online
a e-mails que, em 2006, será
massificado", prevê Giovani
Rimolo Anele, consultor de
soluções corporativas da TIM.
Atualmente, dos serviços
oferecidos pelas operadoras de
celular no país, a mensagem de
texto ou torpedo é o que apresenta a maior demanda com
cerca de 60% do mercado. Em
segundo lugar aparece o acesso
a Internet/ transmissão de dados, em terceiro, o acesso a
músicas e em quarto, a opção é
por canais de notícias.
No evento da FIERGS,
Anele apresentou o case de
uma empresa do setor de alimentação que implantou um
sistema online de comunicação
por meio do BlackBerry. "Inicialmente foram comprados
200 aparelhos, o que resultou
na melhoria da comunicação
entre os diferentes departamentos e maior rapidez na tomada de decisões. Hoje, a
companhia é uma dos "top 20"
da TIM no Brasil", informou.
O avanço da SIM Telecomunicações no mercado
Entrevista com Alexandre
da Rosa, gerente de projetos
da Sim Telecom.
O que é o Simphonia?
Simphonia é o serviço de
telefonia IP da Sim Telecomunicações, de Porto Alegre, que
oferece tráfego de voz ponto a
ponto ou multiponto, com
qualidade digital, utilizando rede de dados sobre o protocolo
TCP/IP. Simphonia é um sistema de telefonia privado que
utiliza a internet para originar e
receber ligações telefônicas por
meio de um equipamento ou
software específico. As ligações
originadas no sistema Simphonia podem ser enviadas para
um telefone Simphonia sem
custo, ou para qualquer telefone fixo ou móvel independente de sua operadora, com tarifas mais atraentes que os valores atuais de mercado
O Simphonia é atrativo
para as empresas?
O Simphonia é muito
atrativo para empresas que
têm seus custos com ligações
entre matriz e filiais ou ligações
interurbanas acima de R$
200,00. A partir de qualquer
ponto de rede Internet dedicada, com tráfego garantido de
pelo menos 15 Kbps "full-duplex", o cliente Simphonia poderá falar com outros clientes
da Sim Telecom ou até mesmo de outras operadoras de
telefonia fixa ou móvel.: basta
solicitar o seu número do Simphonia, escolher um plano de
minutos que seja adequado
ao seu perfil de uso e pronto.
"Como não perder
uma empresa"
Saul Brandalise Júnior, 57, presidente da TVBarriga Verde, um dos
três filhos do fundador da Perdigão,
de Videira (SC), aprendeu muitas lições de vida com o seu pai. Mas a
maior delas, segundo ele mesmo – a
importância do mérito na conquista
– foi assimilada muito tempo depois.
A seguir, os principais trechos da entrevista que resume a palestra que
encerrou o evento "Como ganhar dinheiro usando as telecomunicações":
Como não perder uma empresa?
Não deixe de considerar a energia na tua atuação. Confie nela.
Qual energia?
A energia do teu trabalho, a
maneira como você faz as coisas.
Qual o aspecto principal?
É preciso cuidar do aspecto satisfação. É preciso saber que as nossas
desigualdades não significam inferioridades. Elas são necessárias para
evoluir. Se existe um concorrente
que está melhor do que a minha
empresa, isso deve ser olhado de
forma positiva.
Por que?
Assim vou saber porque não estou tão bem quanto ele. É esse o
sentido da energia, da troca da causa e efeito.
Esses princípios podem ser
convertidos também ao nível
dos colaboradores da empresa?
Sem dúvida. Todos devem progredir, aprender inglês, adquirir cultura. Não podemos achar que as
coisas devem vir de cima, prontas e
acabadas – que deve ter bolsafamília. A solução não passa por aí.
Brasil Telecom apresentou case de gestão integrada
Frederico Alvarez, diretor da Brasil Telecom do RS,
explica o case apresentado
pela empresa no seminário
das teles:
Qual foi a solução apresentada pela empresa ao
cliente?
O cliente, a Tecnocred,
operava uma solução A , onde
a TI era tratada numa área, e
as telecomunicações e a gestão
da empresa em áreas diferentes. Fizemos uma consultoria
para mostrar que a integração
dessas áreas seria importante
do ponto de vista tecnológico e
de inovação.
O objetivo era otimizar
a gestão?
Há uma ano estamos fazendo esse trabalho que inclui
também a integração com os
médicos, visto que se trata de
uma cooperativa de médicos.
O objetivo é otimizar a gestão.
O novo sistema inclui
quais itens?
Envolveu móvel, fixo, Datacenter, TI, enfim um sistema
global. Estamos numa fase intermediária que saiu do zero e
visa a implantação de um plano de gestão integrado de telecomunicações e TI.
Esse é case é novo no
portfólio da empresa?
No RS contamos com cerca de 4 mil clientes corporativos
e um total de mais de 2 milhões clientes. O case apresentado é apenas um deles. A própria FIERGS é um case nosso
de integração total. Trata-se de
um trabalho que leva tempo e
requer espírito aberto das corporações, devido à quebra paradigmas, o que sempre representa uma ruptura com culturas administrativas anteriores.
Essa integração possibilita ganhos efetivos?
Prefiro responder assim: as
vezes os custos irão aumentar,
mas as corporações poderão ganhar mais dinheiro por meio de
novos serviços. Os ganhos serão
muito maiores porque as empresas irão sair do patamar antigo. A
empresa vai ganhar mais com
aquilo que fizer de diferente no
mercado em que atua.
Diveo implanta projeto de inclusão digital
Jeremias Rohde, gerente
de produtos da Diveo do
Brasil, relata case apresentado no evento "Como ganhar
dinheiro usando as telecomunicações":
Qual o mais recente
case da Diveo no Brasil?
Ainda em 2005, na prefeitura de São Caetano do Sul,
estabelecemos uma rede de integração entre secretarias, delegacias, postos de saúde, escolas
e também gerenciar o acesso à
Internet nas autarquias, a partir
de um ponto central.
Qual foi a missão da
empresa?
Um dos serviços seria a
aplicação da Internet na comunicação. O outro, a instalação de uma rede privada
de comunicação para o tráfego do sistema de gestão da
prefeitura. Isso viabilizaria a
integração de central telefônica e também a oferta de
acesso à Internet para as escolas. A Diveo fez todo o
projeto da prefeitura, além
de prestar serviços de rede
em Internet e garantir disponibilidade mínima de serviço
e tempo máximo de reparo.
Quais as próximas eta-
pas?
A primeira etapa foi a implantação de todo o sistema
de interligação das secretarias
e escolas através da estrutura
Wimex que a Diveo instalou.
A fase dois inclui a instalação
de câmeras para a vigilância
da cidade. Hoje a prefeitura
conta com seis câmeras instaladas e a Díveo deverá ampliar
para 60 o número de postes
de vigilância, além de outros
mais 10 pontos. Na fase três
será a vez da telefonia. Vamos
instalar uma central única na
prefeitura, provendo serviços
de central telefônica e demais
facilidades de voz para todos
os órgãos públicos.
Grandes decisões de
negócios surgem no
campo de batalha
Entrevista com Fabiano Machado
Corrêa, gerente da Vivo.
Quais as principais tendências no
mercado corporativo?
Hoje o mercado está passando por
uma reestruturação. A grande preocupação do setor empresarial é a racionalização dos custos. Depois da fase de redução de custos, hoje o setor produtivo
quer racionalizar. O que se detecta no
mercado é que a agilidade dos processos
vem passando cada vez mais pela rede
móvel. A mobilidade de poder tomar decisões não se restringe mais ao executivo.
Ele precisa delegar isso também para as
suas equipes. Por isso, de uma maneira
geral, o mercado demanda soluções
móveis. Cada vez mais a decisão deve
estar no campo de batalha.
Dentre essas especificações, qual
o produto de maior demanda?
Hoje o acesso a Internet de alta velocidade, o Vivo Zap é o carro-chefe.
Somente no Brasil já foram comercializados alguns milhões de unidades. O
produto foi lançado há dois anos, mas
vem amadurecendo porque é um produto de base. Trata-se de um produto
que permite toda a parte de telemetria,
de rastreamento, de acesso a e-mails e
automação de força de vendas.
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Coinfra novembro de 2006
novembro de 2006
Grupo de Energia
Grupo de Logística
Até 2015, RS vai atrair R$10 bilhões
de investimentos em energia
Cerca de R$ 10 bilhões serão investidos no
estado até 2015 em novos projetos de hidrelétricas, fontes alternativas, termelétricas a gás e a
carvão, anunciou o secretário de Energia, Minas e Comunicações, José Carlos Elmer Brack,
no seminário de Avaliação e Perspectivas do
Potencial Energético do RS, nos dias 18 e 19
de outubro último, na FIERGS.
Para uma demanda máxima de 4.582 MW
registrada no verão, o RS opera atualmente
com uma capacidade de geração interna de
1.529 MW de hidrelétricas e de 1.371 MW de
termelétricas, segundo dados do Organizador
Nacional do Sistema (ONS). Com os novos investimentos serão agregados 3.362 MW até
2015, o que levará o estado a um patamar de
geração interna de 6.252 MW.
"Nesse ritmo, tudo indica que o RS alcançará a auto-suficiência no suprimento de energia elétrica", afirmou Brack. "Um fator de alta
relevância na atração de novos empreendimentos produtivos e geração de renda".
Para chegar a esta condição, Brack estimou
em 2% o crescimento anual da economia gaúcha
e um crescimento de demanda em torno de
4,5% médios. Nesse quadro, o acréscimo anual
de energia, a partir de 2012, deverá ser de 315
MW ao ano.
Dentre as medidas necessárias para o setor
continuar a avançar: a) inventário hídrico; b)
atração de investimentos privados: c) estimulo à
implantação de usinas para a produção de biodiesel; d) uma política permanente do carvão.
O pedágio e a relação custo-benefício
Moacyr Duarte *
Ao trafegar por uma rodovia não
pedagiada, o motorista tende a pensar
que não paga pelo seu uso. Esse é um
engano comum, mas é necessário esclarecer que não há rodovias gratuitas
em nenhum lugar do mundo. Mesmo
depois de pronta, a manutenção, modernização, ampliação e administração
de uma estrada exigem recursos que
podem vir das tarifas de pedágio ou
de recursos do orçamento público. No
primeiro caso, paga apenas quem usa
e, no segundo, paga toda a sociedade,
inclusive os que não usam a rodovia
ou a usam raramente – e que, no
Brasil, representam cerca de 60% da
população.
Em países como os Estados Unidos, onde os impostos são claramente
expressos, ao contrário dos nossos
que não são claros para os cidadãos,
já foram conduzidas várias pesquisas
para saber se os habitantes de determinadas regiões preferiam pagar o
custo das rodovias via pedágio ou por
tributos. A decisão tem sido favorável
à primeira opção, pela certeza de que
Coinfra 7
os recursos ficam na rodovia. E hoje a
tendência mundial é claramente favorável às rodovias auto-sustentáveis nos
principais eixos. Mais de 50 países tem
rodovias pedagiadas.
Assim, o fundamental na discussão sobre rodovias auto-sustentáveis é
a relação custo- benefício para o
usuário. Uma pesquisa de dezembro
de 2005 realizada pela FIA/USP (Fundação Instituto de Administração da
Universidade de São Paulo) demonstra que, a cada R$ 1,00 pago em pedágios nas rodovias concedidas de SP,
a sociedade recebe de volta R$1,84
em benefícios sócioeconômicos. No
Balanço Sócioeconômico do Programa de Concessões, a FIA/USP considerou como benefícios a economia de
combustível, o barateamento dos custos de transporte resultante da rodagem em pistas bem conservadas e a
redução da emissão de carbono. Diretamente para o usuário, o retorno se
dá com o socorro médico e mecânico,
atendimento nas pistas e a diminuição
da ocorrência de acidentes. Além disso, há os tributos arrecadados e a geração de empregos.
O benefício das concessões
também foi demonstrado por uma
pesquisa elaborada pela consultoria
TECTRAN (Técnicos em Transporte
Ltda), em 2004, no Estado do
Paraná. O estudo "Avaliação de custo-benefício para os usuários de rodovias concedidas" demonstra que
na avaliação de cenários "com concessão" em comparação com o
"sem concessão", ficou provado que
há uma redução de 8,7% nos custos
operacionais quando a viagem é feita numa rodovia concedida.
Já o Instituto de Pós-graduação
e Pesquisa em Administração da
Universidade Federal do Rio de Janeiro realizou um trabalho que mostrou que uma carreta de 25 toneladas gasta R$ 2,24 quando trafega
numa estrada sem manutenção e R$
1,60 quando suas condições são
consideradas boas.
Além da vantagem financeira, todos que trafegam em rodovias concedidas ganham tempo, segurança e
conforto. Também estão incluídos na
relação custo-benefício os serviços de
atendimento a veículos e usuários
prestados pelas concessionárias. No
ano passado, foram 1.354.507 atendimentos a veículos e 115.016 a
usuários. Foram mais de 160 atendimentos por hora em 2005.
Ainda em 2005, as 36 concessionárias em operação investiram R$
1,3 bilhão em obras de ampliação e
melhorias da malha viária. Esses investimentos e o trabalho contínuo
das concessionárias têm se refletido
nos resultados da Pesquisa Rodoviária da CNT (Confederação Nacional
dos Transportes). A edição de 2006
revelou que as 23 rodovias melhor
colocadas no ranking da pesquisa
são pedagiadas. Desse total, 20 são
concedidas à iniciativa privada. Essa
é mais uma comprovação que a relação custo-benefício da administração privada das rodovias favorece à
sociedade e, em especial, aos
usuários. Por isso é muito importante
que a população saiba que o valor
pago nos pedágios tem destino certo: investimentos em obras, segurança e serviços para os usuários.
* Presidente
Termelétricas multiplicam
valor de mercado da CRM
Um excepcional incremento nos próximos quatro anos, na produção da
Companhia Riograndende
de Mineração (CRM), previu o presidente da estatal, David Chazan, em entrevista ao Jornal do
COINFRA no seminário
sobre as perspectivas do
potencial elétrico do RS.
Leia a entrevista abaixo:
Quais os investimentos da CRM para atender a demanda?
Vamos investir entre R$
80 e R$100 milhões no aumento da capacidade de
mineração da CRM. A entrada em operação da "Fase
C" da Usina Presidente Mé-
dici vai exigir mais do que o
dobro da capacidade atual
de produção de carvão nos
próximos 30 meses. Com
isso, a produção da CRM
passará de 2 milhões toneladas para 5 milhões por ano.
E a Elétrica Jacuí?
A mina Leão será a fornecedora de 1,2 milhão de
toneladas carvão para a
Eleja, mas existe um descompasso entre o início de
operação da usina, janeiro
de 2009, e a capacidade
de produção plena da mina de subsolo. Será necessária uma solução tampão
que garantirá o fornecimento de carvão por meio
de uma outra jazida, o que
está em negociações.
Qual será o patamar
de produção?
É preciso levar em conta ainda um contrato de
1,2 milhão toneladas com a
Ctsul, de Cachoeira. Com
isso, a CRM irá triplicar a
produção nos próximos 30
meses, passando de 2,1
milhões de toneladas para
6,3 milhões por ano.
E se somarmos a Fase 2 da Eleja e "Fase D"
de Presidente Médici?
Se forem confirmados
esses dois projetos, de 650
MW e de 350 MW, respectivamente, a CRM irá alcançar, em quatro anos,
um patamar de produção
entre 12 e 14 milhões de
toneladas por ano.
Seminário de energia foi promovido pela FIERGS e Secretaria de Minas, Energia e Comunicações
Estado é
privilegiado
em fontes
alternativas
de energia
O diretor técnico da Eletrosul, Ronaldo Custódio, declarou no seminário sobre o
Potencial Energético do RS,
realizado na FIERGS, que o
estado é um dos mais privilegiados do país em fontes alternativas de energia.
Além de deter o principal
potencial eólico – com
15.800 MW, a 50 metros de
altura, e 115 mil MW, a 100
metros de altura – conta com
uma série de alternativas como PCHs, biomassa e biocombustíveis.
"Segundo estimativas, o
RS detém mais de 500 MW
em PCHs, mas não dispõe
de um inventário como foi
feito no segmento de energia
eólica. O governo estadual
deveria providenciar um Atlas
de todos os energéticos do
estado", sugeriu.
Custódio citou ainda a
necessidade de o RS promover levantamento sobre o
potencial de geração por
meio de biomassa e de energia do mar. "O RS possui um
potencial de 20 mil MW em
energia do mar, o que é uma
tecnologia ainda em desenvolvimento", explicou.
8 Coinfra novembro de 2006
A PEDIDO
Missão Simecan à Ásia foi um sucesso
As duas únicas empresas brasileiras presentes na Hong Kong Electronics Fair 2006, a
maior feira de eletrônica do mundo, já começaram a ampliar os contatos iniciados durante o
evento realizado recentemente. Integrantes da
Missão Simecan, que levou um grupo de empresários e representantes do poder público à
Ásia, a Urano Indústria de Balanças Eletrônicas e a Full Gauge Controls, ambas com sede
em Canoas, receberam a visita de representantes de vários países, incluindo Índia, Turquia, Dubai, Jordania, Austrália, Inglaterra, Romênia, Canadá, África do Sul, Itália, México,
Estados Unidos, Chile, Paraguai e Colômbia.
Além da possibilidade da venda de produtos para estes países, as indústrias canoenses mantiveram contatos com possíveis fornecedores, o que pode representar reduções
significativas de custos. "Sempre que possível
participamos de feiras no mundo todo. A
exemplo de outros eventos, aproveitamos para conhecer as últimas novidades do mercado, oferecer nossos produtos e prospectar no-
vos fornecedores, que permitam a composição de preços mais competitivos neste mercado globalizado", afirma o diretor da Full
Gauge, Flávio Perguer. Já o diretor da Urano,
Zenon Leite Neto, acredita que sua empresa
poderá ampliar em breve o seu mercado internacional. "Foram contatos excelentes, de
grande qualidade, e que certamente vão se
transformar em negócios. Até mesmo os chineses ficaram interessados em alguns itens
de nossa linha", explica Zenon, que também é
presidente do Sindicato das Indústrias MetalMecânicas e Eletro-Eletrônicas de Canoas e
Nova Santa Rita.
PODER PÚBLICO - Representado pelo
presidente da Câmara de Vereadores, Nedy
de Vargas Marques, e pelo Diretor Geral da
Secretaria de Desenvolvimento Econômico,
João Pierotto, o município de Canoas ganhou destaque novamente em nível internacional por apoiar de forma efetiva uma missão empresarial. De acordo com os organi-
zadores da Hong Kong Electronics Fair
2006, o apoio dos órgãos públicos às missões empresariais causam ótima impressão
aos visitantes internacionais, que consideram este fato extremamente positivo. "Podemos sentir orgulho por isto e também porque as únicas empresas brasileiras expondo
em Hong Kong eram de Canoas. Isto prova
que o Poder Legislativo está no caminho
certo ao aprovar o apoio a iniciativas como
esta do Simecan", avalia o presidente da
Câmara de Vereadores, Nedy de Vargas
Marques. João Pierotto também retornou
entusiasmado da Ásia. "Canoas está na rota
do desenvolvimento econômico. Os resultados das missões empresariais são positivos
em vários aspectos, principalmente no que
diz respeito à competitividade das empresas", ressalta. A presença dos canoenses
em Hong Kong foi destaque ainda na publicação oficial da feira, que circulou entre todos os estandes inclusive com foto colorida
dos integrantes da missão.
Coinfra
Publicação mensal do Conselho de Infra-estrutura
novembro de 2006 ano 6 número 60
Centro de Pesquisa em Tecnologias Wireless da PUCRS /Foto de Marcos Colombo/PUCRS
O que todo empresário deve saber sobre as
novas tecnologias
das teles

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