Untitled - Instituto Racine

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Untitled - Instituto Racine
FARMABR 2012
Qualidade, Evidência Científica e Racionalidade na Cadeia de Medicamentos:
Foco na Segurança do Usuário de Produtos e Serviços
Desde sua criação, em 1948, a Organização Mundial da Saúde considera o
medicamento um insumo essencial à resolutividade das ações de saúde. Seus
avanços tecnológicos, nos últimos 50 anos, mudaram marcadamente a prática médica,
aumentaram a esperança de vida dos indivíduos e melhoraram, sobremaneira, sua
qualidade. Todos sabemos que não é ele o único motor nos resultados em saúde, mas
é, seguramente, o de maior visibilidade.
Inserida no seio de todos e quaisquer sistemas sanitários, a cadeia de medicamentos
é complexa e multifacetada. Nela encontramos um número expressivo de atores, entre
profissionais, empresas, órgãos e instituições, que, pela importância e pelo risco
envolvidos em suas atividades, se constituíram em estruturas referência em
excelência em seus setores de origem.
A intrincada inter-relação entre esses atores faz com que uma abordagem que se
estenda da investigação ao processo de uso dos medicamentos seja benéfica e, neste
sentido, ao reunir três congressos em um único evento denominado FARMABR 2012,
o Instituto Racine pretende atender com mais qualidade a dinâmica desta cadeia,
contemplando as vertentes: científica, técnica, tecnológica, administrativa, regulatória,
logística, comercial e sociocultural.
Assim, à tradicional Semana Racine - Congresso de Farmácia, em sua 22ª edição,
somam-se o PCare 2012 - 2º Congresso Brasileiro de Farmacêuticos Clínicos e o
CONBRAF - Congresso Brasileiro de Assistência Farmacêutica, que nasce sob os
auspícios do Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos da
Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, a
quem agradecemos a confiança desta tarefa de consolidar um congresso científico
anual sobre o tema.
Sendo a tríade qualidade, evidência científica e racionalidade de importância capital
para a cadeia de medicamentos, as Comissões Científicas desenharam as
programações dos congressos sob um tema central único - Qualidade, Evidência
Científica e Racionalidade na Cadeia de Medicamentos: Foco na Segurança do
Usuário de Produtos e Serviços.
A qualidade é condição primeira para que os medicamentos possam ser
disponibilizados à população e tanto o setor produtivo quanto o regulatório se
mobilizam continuamente no sentido de sua garantia.
A evidência científica, também conhecida como evidência clínica externa, é aquela
proveniente da pesquisa clínica sistemática e relevante, realizada sob condições
controladas e publicada na literatura médica, com o intuito de demonstrar a eficácia e
a segurança dos medicamentos disponibilizados no mercado para o tratamento das
enfermidades. Cuidados em saúde não devem ser baseados apenas na opinião ou na
experiência clínica individual e, neste sentido, a evidência científica externa, utilizada
como guia e adaptada às circunstâncias de cada paciente individualmente, promove
escolhas mais seguras e mais próximas da obtenção de melhores resultados.
Contudo, medicamentos de qualidade e selecionados com base na melhor evidência
científica - para que se alcance a efetividade e a segurança dos medicamentos em
condições reais de uso disponível - podem ou não produzir, na prática, os melhores
resultados em saúde em um paciente individual e, neste sentido, a valorização da
prática clínica individual, também chamada de evidência clínica interna, e da própria
experiência do paciente com o uso de medicamentos é fundamental.
É exatamente com este sentido que a racionalidade no uso de medicamentos será
tratada na 22ª Semana Racine, no PCare 2012 e no CONBRAF. Com a lógica de
considerar os aspectos científicos, clínicos, humanísticos e fármaco-econômicos,
como condicionantes dos resultados da farmacoterapia.
Como a prática profissional focada na segurança do paciente está diretamente
relacionada à prestação de serviços qualificados, que possam contribuir tanto para
medir os resultados obtidos com o uso racional de medicamentos de qualidade quanto
para detectar, prevenir, minimizar, manejar e solucionar os problemas que possam
surgir ao longo dos tratamentos instituídos, a Comissão Científica dos congressos que
compõem o FARMABR 2012, à qual expressamos nossos sinceros agradecimentos,
procurou focar o conjunto da programação na segurança dos usuários de produtos e
de serviços, deixando claro que ambos devem caminhar juntos quando o objetivo final
é a obtenção dos melhores resultados possíveis em saúde com o uso de
medicamentos.
Se, por um lado, a programação científica é um sinalizador de caminhos, espera-se
também que os trabalhos científicos a serem apresentados, dentro dos temas
propostos nos congressos, reflitam a lógica anteriormente descrita e apontem
experiências exitosas que possam ser multiplicadas em todo o País. Estamos certos
de que os trabalhos inscritos no FARMABR 2012, que serão avaliados por uma
laboriosa comissão, sob a responsabilidade do Major-farmacêutico Dr. Luiz Carlos da
Silva, conseguirão evidenciar os esforços dos profissionais farmacêuticos em
inserirem-se, com qualidade, nesta complexa cadeia dos medicamentos. Registramos,
antecipadamente, os nossos elogios e agradecimentos aos autores e à Comissão
Avaliadora dos Trabalhos.
Pensar, elaborar e realizar a 22ª Semana Racine - Congresso de Farmácia, o PCare
2012 - 2º Congresso Brasileiro de Farmacêuticos Clínicos e o CONBRAF - Congresso
Brasileiro de Assistência Farmacêutica, com a envergadura com que eles se colocam
para a comunidade farmacêutica, somente é possível mediante um gigantesco e
silencioso trabalho coletivo que envolve centenas de pessoas, entre colaboradores,
palestrantes e entidades apoiadoras, de todo o Brasil.
Iniciamos este texto argüindo sobre a importância dos medicamentos para a
humanidade e assim queremos finalizá-lo, registrando o compromisso do Instituto
Racine, que, desde 1991, tem demandado esforços para manter este espaço de
encontro nacional, com finalidade de marcar presença política, melhorar a qualidade e
incentivar a reflexão dos farmacêuticos acerca de seu papel na cadeia sanitária, em
um genuíno exercício de respeito à profissão.
Que o FARMABR 2012 cumpra seu papel, que inspire a todos e a todas ao progresso,
impregnando-nos com um inconformismo positivo, na busca por soluções e saídas
concretas para vencer a distância que ainda separa a realidade que temos daquela
que devemos vislumbrar com otimismo e firmeza.
Sejam todos bem-vindos ao FARMABR 2012!
Nilce Barbosa é farmacêutica e presidente do Instituto Racine
Maria Denise Funchal Witzel é farmacêutica e gerente acadêmica do Instituto
Racine
Trabalhos Científicos - Pôsteres
A Comissão Avaliadora de Trabalhos Científicos saúda os participantes dos
Congressos do FARMABR 2012. Nesta edição, com a integração da 22ª Semana
Racine - Congresso de Farmácia, do PCare 2012 - Congresso Brasileiro de
Farmacêuticos Clínicos e do CONBRAF - Congresso Brasileiro de Assistência
Farmacêutica, recebemos 202 resumos para avaliação, que, após um longo processo
de avaliação, realizado pelos 33 membros da Comissão Avaliadora, resultaram no
aceite de 189 trabalhos para apresentação na forma de pôster.
Estão expostos, no local indicado para a exposição de pôsteres, 42 trabalhos da 22ª
Semana Racine, 102 trabalhos do PCare e 45 trabalhos do CONBRAF. Todos os
pôsteres aceitos devem ficar pelo menos por um dia expostos.
Os trabalhos foram divididos nas categorias de trabalhos acadêmicos de graduação,
trabalhos acadêmicos de pós-graduação e trabalhos de profissionais em cada um dos
congressos que compõem o FARMABR 2012.
Foi introduzida mais uma inovação nos eventos promovidos pelo Instituto Racine: a
apresentação oral de trabalhos selecionados pela Comissão Avaliadora. Assim, todos
os dias há a apresentação oral de 9 trabalhos no horário de almoço, das 13h30 às
14h30. As apresentações orais ocorrem nos auditórios Santana 3 (PCare), Vila Maria
(CONBRAF) e Casa Verde (22ª Semana Racine).
Dessa forma, concitamos os participantes a visitarem os painéis com os pôsteres e a
assistirem as apresentações orais, que traduzem as atividades farmacêuticas que
estão sendo desenvolvidas em todo o Brasil pelos farmacêuticos.
Por fim, no dia 7 de julho (sábado), às 16h00, ocorre a cerimônia de entrega dos
prêmios aos autores dos trabalhos vencedores nas três categorias dos 3 Congressos
que compõem o FARMABR 2012 e do prêmio principal Maria Aparecida Pourchet
Campos e da Academia Nacional de Farmacêuticos.
Desejo a todos um excelente Congresso.
MSc. Luiz Carlos da Silva é farmacêutico e Coordenador da Comissão Avaliadora
de Trabalhos Científicos do FARMABR 2012
Instituto Racine - Diretoria Executiva
Arnivaldo Dias
Marco Quintão
Nilce Barbosa
Sergio Slan
FARMABR 2012 - Comissão Organizadora
André Policastro
Carla Pedriali
Leandro Rodrigues
Mara Carvalho
Marisa Negreiros
Natasha Raggio
Nilton Santos
Ricardo Negreiros
FARMABR 2012 - Comissões Científicas - Presidente
MSc. Denise Funchal Witzel
22ª Semana Racine - Congresso de Farmácia
Presidente de Honra
Prof. Dr. Gilberto Luiz Pozetti
Comissão Científica
MSc. Anderson de Oliveira Ferreira
MSc. Cláudio de Jesus Ribeiro
MSc. Francielly Grassi
Es. Ana Paula Callejo de Souza
Dr. Anibal de Freitas Santos Junior
Dr. Daniel Rossi de Campos
MSc. Paulo Roberto Boff
Es. Antonio Geraldo Ribeiro dos Santos Júnior
Es. Bruna Malagoli Martino
Es. Clayton Mangini
Es. Gerson Appel
Es. José Vanilton de Almeida
Es. Kleber Fernandes
Es. Nilce Cardoso Barbosa
Es. Paula Renata Aparecida Nigro Rivera Carazzatto
Es. Sérgio Slan Zarwar
MSc. Gustavo Alves dos Santos
Es. Marli Menezes
Es. Rochéli Moreira Seixas Escher
Es. Tatiana Rocha Santana
PCare 2012 - 2º Congresso Brasileiro de Farmacêuticos Clínicos
Presidentes de Honra
Profª. Dra. Lúcia de Araújo Costa Beisl Noblat
MSc. Tarcísio José Palhano
Profª. Dra. Ivonete Batista de Araújo
Comissão Científica
MSc. Patrícia Sayuri Takahashi
Dr. Divaldo de Lyra Júnior
Dra. Djenane Ramalho de Oliveira
Dra. Silvia Storpirtis
Es. Daniela Vieira Baldini Batista
Es. Graziela Luppi
Es. Maria Fernanda Salomão
Es. Maristela Ferreira Catão Carvalho
Es. Fátima Regina Assunção
MSc. Mônica Cristina Santos Ricci
CONBRAF - Congresso Brasileiro de Assistência Farmacêutica
Presidente de Honra
MSc. José Miguel do Nascimento Júnior
Comissão Científica
MSc. Dirce Cruz Marques
MSc. Marco Aurélio Pereira
Dr. José Ruben de Alcântara Bonfim
Dra. Lia Lusitana Cardoso de Castro
Dra. Sônia Lucena Cipriano
MSc. Karen Sarmento Costa
MSc. Dirceu Brás Aparecido Barbano
MSc. Sandra Aparecida Jeremias
FARMABR 2012 - Comissão Avaliadora de Trabalhos Científicos Presidente
MSc. Luiz Carlos da Silva
Comissão Avaliadora de Trabalhos Científicos
Prof. Dr. Acácio Alves De Souza Lima Filho
MSc. Airton Jose Petris
Profa. Dra. Ana Alice dos Santos Dias
Prof. Dr. Anibal de Freitas Santos Jr.
Profa. Dra. Carolina Baraldi Restini
MSc. Caroline Junckes da Silva
MSc. Cláudio de Jesus Ribeiro
Es. Clayton Mangini
Prof. Dr. Daniel Rossi De Campos
Prof. Dr. Diogo Pilger
MSc. Dirce Cruz Marques
MSc. Elaine Lazzaroni Moraes
Prof. Dr. Gilberto Luiz Pozetti
Profª. Dra. Gladys Marques Santana
MSc. Gustavo Alves Andrade dos Santos
MSc. Janaína Fernanda Packer
Profª. Dra. Julieta Mieko Ueta
Profª. Dra. Karina Santos Gomes
Es. Kleber Fernandes
Profª. Dra. Luciane Cruz Lopes
Prof. Dr. Luiz Carlos Marques Luiz
MSc. Luiz Carlos da Silva
MSc. Maely Peçanha Favero Retto
MSc. Maria Eugênia C. Cury
MSc. Mariana Martins Gonzaga do Nascimento
MSc. Raniéri Carvalho Camuzi
MSc. Said Gonçalves C. Fonseca
MSc. Sandra Aparecia Jeremias
Profª. Dra. Sibila Roberta Marques Grallert
Profª. Dra. Silvana Nair Leite Contesine
MSc. Tania Maria Lemos Mouço
MSc. Thaisa Amorim Nogueira
MSc. Verônica de Franco Rennó
Programação Científica
22ª Semana Racine - Congresso de Farmácia
05/Julho/2012 (Quinta-feira)
Congresso
Curso 01
9h às 13h30
Curso 02
9h às 13h30
Curso 03
9h às 18h
Curso 04
9h às 13h30
Série: O que Você
Precisa Saber
Conferência 01
15h às 17h
Mesa-Redonda 01
15h às 17h
Painel 01
15h às 17h
Painel 02
15h às 18h30
Palestra 01
17h30 às 18h30
Palestra 02
17h30 às 18h30
Palestra 03
17h30 às 18h30
Gestão de Produtos para a Saúde: Foco na Resolução nº 549/CFF
de 08/2011
Área Temática: Gestão em Farmácia Hospitalar
Local: Expo Center Norte
Planejamento Tributário em Farmácias e Drogarias: Adequação às
Exigências Legais
Área Temática: Gestão em Varejo Farmacêutico
Local: Expo Center Norte
Radiofarmácia: Produção, Controle e Garantia de Qualidade
Área Temática: Farmacologia/Farmacoterapia/Toxicologia/Pesquisa
Clínica
Local: Expo Center Norte
Abordagem Nutracêutica do Envelhecimento: O Que Você Precisa
Saber
Área Temática: Farmácia Magistral
Local: Expo Center Norte
Planejamento de Ações de Gestão com Base em Resultados dos
Indicadores de Atividades da Farmácia Hospitalar
Área Temática: Gestão em Farmácia Hospitalar
Local: Expo Center Norte
Impacto das Fusões e Aquisições no Varejo Farmacêutico
Área Temática: Gestão em Varejo Farmacêutico
Local: Expo Center Norte
Manejo Seguro da Dor em Diversos Níveis de Atendimento à
Saúde: Hospital, Ambulatório e Domicílio
Área Temática: Farmacologia/Farmacoterapia/Toxicologia/Pesquisa
Clínica
Local: Expo Center Norte
Explorando Nichos de Mercado: Pediatria, Geriatria, Odontologia e
Veterinária
Área Temática: Farmácia Magistral
Local: Expo Center Norte
Atuação de Operadores Logísticos Farmacêuticos na Cadeia
Hospitalar
Área Temática: Gestão em Farmácia Hospitalar
Local: Expo Center Norte
Evolução dos Serviços Farmacêuticos como Diferencial no
Negócio
Área Temática: Gestão em Varejo Farmacêutico
Local: Expo Center Norte
Farmacoterapia da Hiperplasia Prostática Benigna: Em Que
Situações É Possível Ter Expectativa de Efetividade
Área Temática: Farmacologia/Farmacoterapia/Toxicologia/Pesquisa
Clínica
Local: Expo Center Norte
Cursos Extra
Curso A
9h às 18h
Curso B
9h às 18h
Curso C
Fundamentos e Processos de Logística Farmacêutica
Área Temática: Logística Farmacêutica/Atacado
Local: Expo Center Norte
Manipulação de Produtos Farmacêuticos e Dermocosméticos para
o Tratamento de Melasma e Alopécia
Área Temática: Farmácia Magistral
Local: Expo Center Norte
Solução de Problemas Farmacotécnicos Comuns em Formulações
9h às 17h
Curso D
9h às 17h
Sólidas, Líquidas e Semi-Sólidas (Teórico/Prático)
Área Temática: Farmácia Magistral
Local: Instituto Racine
Metodologias Analíticas para o Controle de Qualidade FísicoQuímico de Matérias-Primas na Farmácia de Acordo com a RDC nº
67/2007 (Parte 1 - Teoria)
Área Temática: Farmácia Magistral
Local: Instituto Racine
06/Julho/2012 (Sexta-feira)
Congresso
Curso 05
9h às 13h30
Curso 06
9h às 13h30
Curso 07
9h às 13h30
Curso 08
9h às 13h30
Curso 09
9h às 13h30
Conferência 02
15h às 17h
Conferência 03
15h às 17h
Mesa-Redonda 02
15h às 17h
Painel 03
15h às 17h
Painel 04
15h às 17h
Palestra 04
17h30 às 18h30
Palestra 05
17h30 às 18h30
Palestra 06
17h30 às 18h30
Modais de Transporte Aplicados à Saúde Humana
Área Temática: Logística Farmacêutica/Atacado
Local: Expo Center Norte
Gestão de Pessoas em Farmácia Hospitalar: Recrutamento,
Seleção, Treinamento, Integração, Avaliação de Desempenho e
Plano de Carreira
Área Temática: Gestão em Farmácia Hospitalar
Local: Expo Center Norte
Promoção no Ponto de Venda (PDV) para Produtos de Compra por
Impulso: Legislação, Merchandising e Exibitécnica
Área Temática: Gestão em Varejo Farmacêutico
Local: Expo Center Norte
Manejo de Intoxicações por Medicamentos: Apresentação e
Discussão de Casos
Área Temática: Farmacologia/Farmacoterapia/Toxicologia/Pesquisa
Clínica
Local: Expo Center Norte
Dermatologia: Casos Clínicos e Soluções Magistrais
Área Temática: Farmácia Magistral
Local: Expo Center Norte
Você, Diretor Farmacêutico
Área Temática: Gestão em Varejo Farmacêutico
Local: Expo Center Norte
Medicamentos Antiobesidade: Visão Científica dos Aspectos
Farmacoterapêuticos e Regulatórios
Área Temática: Farmácia Magistral
Local: Expo Center Norte
Contracepção de Emergência Sob a Ótica da Regulamentação e
Uso: Experiências no Brasil e no Exterior
Área Temática: Farmacologia/Farmacoterapia/Toxicologia/Pesquisa
Clínica
Local: Expo Center Norte
Desafios da Atuação do Profissional Farmacêutico em Logística
Área Temática: Logística Farmacêutica/Atacado
Local: Expo Center Norte
Impacto do Processo de Acreditação na Gestão da Farmácia
Hospitalar: O Antes e O Depois
Área Temática: Gestão em Farmácia Hospitalar
Local: Expo Center Norte
Logística como Estratégia de Negócio para a Otimização da
Tomada de Decisões Empresariais
Área Temática: Logística Farmacêutica/Atacado
Local: Expo Center Norte
Aplicabilidade da Farmacoeconomia na Tomada de Decisões
sobre Padronização de Medicamentos e Produtos para a Saúde
Área Temática: Gestão em Farmácia Hospitalar
Local: Expo Center Norte
PBM - Gerenciamento de Benefícios de Medicamentos Modelos Existentes, Processo de Implantação e
Competências Profissionais Necessárias à sua Condução
com Rentabilidade para a Farmácia
Palestra 07
17h30 às 18h30
Palestra 08
17h30 às 18h30
Área Temática: Gestão em Varejo Farmacêutico
Local: Expo Center Norte
Farmacoterapia da Síndrome Metabólica na Infância e na
Adolescência
Área Temática: Farmacologia/Farmacoterapia/Toxicologia/Pesquisa
Clínica
Local: Expo Center Norte
Polímeros Formadores de Géis: Características Químicas e
Aplicações em Farmácia Magistral
Área Temática: Farmácia Magistral
Local: Expo Center Norte
Cursos Extra
Curso D
9h às 17h
Curso E
9h às 18h
Curso F
9h às 17h
Metodologias Analíticas para o Controle de Qualidade FísicoQuímico de Matérias-Primas na Farmácia de Acordo com a RDC nº
67/2007 (Parte 2 - Prática)
Área Temática: Farmácia Magistral
Local: Instituto Racine
Prevenção de Erros e Acidentes com Medicamentos: Foco nos
Processos Críticos da Manipulação de Produtos
Área Temática: Farmácia Magistral
Local: Expo Center Norte
Prática Magistral em Formulações Sólidas (Pós e Cápsulas) e
Semi-Sólidas (Cremes, Pomadas e Géis) (Parte 1 - Teoria)
Área Temática: Farmácia Magistral
Local: Instituto Racine
07/Julho/2012 (Sábado)
Congresso
Curso 10
9h às 13h30
Curso 11
9h às 13h30
Curso 12
9h às 13h30
Curso 13
9h às 13h30
Série: O Que Você
Precisa Saber
Curso 14
9h às 13h30
Série: O Que Você
Precisa Saber
Workshop 01
09h00 às 13h30
Palestra 09
15h às 16h
Palestra 10
15h às 16h
Palestra 11
Qualificação Térmica de Embalagens: Ferramenta para a Validação
do Transporte de Produtos na Cadeia de Frio
Área Temática: Logística Farmacêutica/Atacado
Local: Expo Center Norte
Utilização Estratégica de Web Sites, E-Commerce e Mídias Sociais
como Incremento de Vendas
Área Temática: Gestão em Varejo Farmacêutico
Local: Expo Center Norte
Opções Terapêuticas para Microorganismos Multirresistentes:
Abordagens Atuais
Área Temática: Farmacologia/Farmacoterapia/Toxicologia/Pesquisa
Clínica
Local: Expo Center Norte
Terapia de Reposição Hormonal Bioidêntica: O Que Você Precisa
Saber
Área Temática: Farmácia Magistral
Local: Expo Center Norte
Novos Insumos à Base de Silicone Aplicados em Formulações
Magistrais: O Que Você Precisa Saber
Área Temática: Farmácia Magistral
Local: Expo Center Norte
Aplicação da Curva ABC e XYZ para a Resolução de Problemas de
Gestão de Materiais: Relato de Casos
Área Temática: Gestão em Farmácia Hospitalar
Local: Expo Center Norte
Logística Aplicada à Saúde Animal e Distribuição de Vacinas
Área Temática: Logística Farmacêutica/Atacado
Local: Expo Center Norte
Farmacêutico Hospitalar como Gestor: Requisitos para o Exercício
Efetivo e Eficiente desta Função
Área Temática: Gestão em Farmácia Hospitalar
Local: Expo Center Norte
Panorama da Gestão do Varejo Farmacêutico Independente no
15h às 16h
Palestra 12
15h às 16h
Palestra 13
15h às 16h
Palestra 14
15h às 16h
Palestra 15
16h30 às 17h30
Brasil: Realidade e Perspectivas - Um Estudo de Caso com 500
Farmácias Brasileiras
Área Temática: Gestão em Varejo Farmacêutico
Local: Expo Center Norte
Glaucoma Secundário a Medicamentos: Prevenção, Detecção e
Manejo
Área Temática: Farmacologia/Farmacoterapia/Toxicologia/Pesquisa
Clínica
Local: Expo Center Norte
Incompatibilidade de Excipientes em Formulações Farmacêuticas
Sólidas
Área Temática: Farmácia Magistral
Local: Expo Center Norte
Tensoativos Utilizados em Formulações de Shampoos e
Condicionadores: O Que Há de Novo
Área Temática: Farmácia Magistral
Local: Expo Center Norte
Valor Agregado ao Produto Magistral. Do Que Estamos Falando?
Área Temática: Farmácia Magistral
Local: Expo Center Norte
Curso Extra
Curso F
9h às 17h
Prática Magistral em Formulações Sólidas (Pós e Cápsulas) e
Semi-Sólidas (Cremes, Pomadas e Géis) (Parte 2 - Prática)
Área Temática: Farmácia Magistral
Local: Instituto Racine
PCare 2012 - 2º Congresso Brasileiro de Farmacêuticos Clínicos
05/Julho/2012 (Quinta-feira)
Curso 01
9h às 13h30
Curso 02
9h às 18h
Painel 01
15h às 17h
Palestra 01
17h30 às 18h30
Uso de Medicamentos em Pacientes com Insuficiência Hepática:
Cuidados e Precauções
Interferência do Uso de Medicamentos na Evolução de Feridas: Impacto
da Intervenção do Farmacêutico Clínico
Resultados em Saúde com a Prática da Atenção Farmacêutica: Clínicos,
Humanísticos e Econômicos
Barreiras de Segurança na Utilização de Medicamentos Potencialmente
Perigosos
06/Julho/2012 (Sexta-feira)
Curso 03
9h às 13h30
Workshop 01
9h às 13h30
Como Fazer
Conferência 01
15h às 17h
Mesa-Redonda 01
15h às 17h
Palestra 02
17h30 às 18h30
Palestra 03
17h30 às 18h30
Gestão da Qualidade de Serviços Farmacêuticos Clínicos Prestados a
Pacientes
Como Elaborar Documentação Clínica Farmacêutica: Registro em
Prontuário e Carta de Encaminhamento Farmacêutico
Tomada de Decisões Farmacoterapêuticas: Considerando a
Racionalidade do Paciente
Conceitos de Assistência, Atenção e Cuidado na Área Farmacêutica e na
Área da Saúde
Intervenções Farmacêuticas em Insulinoterapia a Partir de Realização de
Seguimento Farmacoterapêutico
Prescrição Eletrônica como Oportunidade para a Redução de Erros de
Medicação
07/Julho/2012 (Sábado)
Curso 04
9h às 13h30
Workshop 02
9h às 13h30
Como Fazer
Palestra 04
15h às 16h
Palestra 05
15h às 16h
Prevenção de Risco de Lesão Renal: Novos Critérios de Abordagem
Monitorização de Risco com o Uso de Novos Anticoagulantes Orais e
Antiagregantes Plaquetários: Como Fazer
Base de Dados Seguras para Apoiar as Decisões da Prática Clínica
Farmacêutica
Atuação do Farmacêutico em Transplante de Medula Óssea
CONBRAF - Congresso Brasileiro de Assistência Farmacêutica
05/Julho/2012 (Quinta-feira)
Curso 01
9h às 18h
Painel 01
9h às 13h30
Conferência 01
15h às 17h
Palestra 01
17h30 às 18h30
Avaliação de Tecnologias em Saúde
Experiências de Implantação do Sistema Nacional de Gestão da
Assistência Farmacêutica no SUS (HÓRUS)
Assistência Farmacêutica no Contexto das Redes de Atenção à Saúde:
Proposta de Integração entre Acesso, Informação e Prestação de
Serviços
Indicadores da Qualidade da Assistência Farmacêutica na Atenção
Básica
06/Julho/2012 (Sexta-feira)
Curso 02
9h às 13h30
Workshop 01
9h às 13h30
Oficina 01
15h às 18h30
Mesa-Redonda 01
15h às 17h
Palestra 02
17h30 às 18h30
Bases Conceituais e Técnicas para a Seleção, Prescrição e Aquisição de
Fitoterápicos no SUS
Ferramentas de Apoio à Prescrição de Medicamentos: o Uso Racional da
Evidência Científica
Construindo uma Proposta de Implantação do Sistema Hórus em
Serviços Municipais de Saúde
Ciência, Tecnologia e Inovação no SUS: uma Agenda Estratégica
A Lei 12401/2011 e a Criação da Comissão Nacional de Incorporação de
Tecnologia no SUS (CONITEC)
07/Julho/2012 (Sábado)
Painel 02
9h às 13h30
Painel 03
9h às 13h30
Conferência 02
15h às 17h
Palestra 03
15h às 16h
Palestra 04
16h30 às 17h30
Experiências de Êxito no Âmbito do Ciclo da Assistência Farmacêutica:
Escolha, Aquisição, Logística e Estruturação de Serviços de Farmácia
Estratégias de Capacitação de Recursos Humanos para a Assistência
Farmacêutica no SUS
Novos Marcos Regulatórios da Assistência Farmacêutica no SUS
Importância da Difusão de Centros de Informação de Medicamentos no
SUS
Insulinas Análogas: Existe Justificativa para seu Uso Corrente?
RESUMO DOS TRABALHOS APRESENTADOS
22ª Semana Racine - Congresso de Farmácia
SR 01 - ASPECTOS FARMACOLÓGICOS DO IDOSO E O USO DE MEDICAMENTOS
INADEQUADOS
MASCARENHAS, GEYSA DONÁRIA DE MIRANDA1; SILVA, KELLE OLIVEIRA2 FARIA,
LUCIANA AMARAL DE2 SILVA, PATRÍCIA AZEVEDO DA1
1
Discente do Curso de Farmácia da Faculdade Independente do Nordeste
Farmacêutica, Docente do Curso de Farmácia da Faculdade Independente do Nordeste
2
Com o envelhecimento, algumas mudanças nas funções fisiológicas devem ser consideradas,
pois podem interferir nos mecanismos homeostáticos do idoso e em sua resposta orgânica,
diminuindo a capacidade de reserva, defesa e adaptação, tornando-o mais vulnerável a
estímulos traumáticos, infecciosos ou psicológicos. Por isso, as doenças se desencadeiam
mais facilmente, além de interferir na atividade dos medicamentos. Neste contexto, os objetivos
deste trabalho foram caracterizar as alterações fisiológicas provocadas pelo envelhecimento
humano, avaliar as alterações farmacocinéticas e farmacodinâmicas sofridas pelos idosos, e
descrever os fármacos inadequados para esse grupo populacional. Entre os meses de janeiro
e fevereiro de 2012, foram analisados 43 artigos selecionados nas bases de dados Scielo e
Lilacs e indexados por descritores previamente determinados. A partir das análises, ficou
evidenciado que o envelhecimento humano provoca o declínio funcional em vários órgãos e
sistemas, como alterações cardiovasculares, metabólicas, respiratórias, na pele, no sistema
digestivo, ósseo neurológico, genitourinário e muscular.
Os idosos possuem maior
probabilidade de apresentar reações adversas a medicamentos devido às alterações
farmacocinéticas e dinâmicas. As alterações farmacocinéticas ocorrem na capacidade de
absorção intestinal, depuração renal dos fármacos, redução do fluxo plasmático hepático,
alteração do volume de distribuição dos fármacos, e na concentração de albumina sérica e
aumento da gordura corporal. E as alterações farmacodinâmicas relacionam-se ao número de
receptores e à capacidade de ligação a eles, bem como a diminuição dos mecanismos
homeostáticos que modifica a sensibilidade aos fármacos. Dentre os medicamentos
considerados impróprios para o consumo por idosos, destacam-se os benzodiazepínicos de
longa ação empregados como agentes sedativos, tal como Diazepam, que podem causar
sedação durante o dia e aumento do risco de quedas e fraturas ósseas. A Amitriptilina, um
antidepressivo tricíclico, além de gerar hipotensão ortostática, possui efeitos anticolinérgicos
mais intensos e pouco tolerados por pacientes idosos. O hipoglicemiante Clorpropamida
apresenta meia-vida longa podendo causar hipoglicemia prolongada. Anti-hipertensivos como a
Metildopa podem causar bradicardia e exacerbar depressão em pacientes idosos. A Hioscina,
um antiespasmódico, é pouco tolerada por idosos, levando a efeitos adversos anticolinérgicos,
além de sua efetividade nas doses toleradas ser questionável. Conclui-se que as alterações
fisiológicas ocorridas em pessoas idosas implicam também em alterações farmacocinéticas e
farmacodinâmicas que devem ser consideradas pelos profissionais de saúde, para que possa
ser evitado o uso de fármacos inadequados e que a farmacoterapia possa trazer benefícios à
saúde e à qualidade de vida do idoso.
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SR 02 - ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA AOS PORTADORES DE HEPATITE C DO
HOSPITAL DE CLÍNICAS GASPAR VIANNA
ALVARES, ALCIR1; PORFÍRIO, ROSEANE2; TRAVASSOS, AMÉLIA2; SMITH, DANIELA2;
HABER, CLAÚDIA2; DOS SANTOS, MARINA2.
1-Estudante do Curso de Farmácia-Bolsista da Fundação Hospital de Clínicas Gaspar Vianna
2-Farmacêutica - Servidora Pública da Fundação Hospital de Clínicas Gaspar Vianna
Introdução: Atualmente estima-se que 170 milhões (3%) dos indivíduos no mundo estão
infectados pelo vírus da hepatite C, sendo três milhões de pessoas só no Brasil. A hepatite C é
uma inflamação no fígado causada pelo vírus da hepatite C (VHC) transmitida através de
contato com sangue contaminado. Essa inflamação dependendo da intensidade e do tempo
pode levar à cirrose e evoluir para câncer de fígado Objetivo: Apresentar o perfil dos pacientes
portadores de Hepatite C assistidos pelo programa do componente especializado da
Assistência Farmacêutica na Fundação Pública Estadual Hospital de Clínicas Gaspar Vianna
Métodos: O presente estudo utilizou para análise, 109 APAC’s (Atendimento para
Procedimento de Alta Complexidade) de pacientes cadastrados no programa no período de
2007 a 2011 usando algumas variáveis como: gênero (Masculino e Feminino), faixa etária (<45
e >45 anos), situação do tratamento (em curso, interrompido ou finalizado), genótipo do VHC
(1a, 1b, 2 e 3) e terapia medicamentosa (interferon alfa e interferon peguilado, ambos
associados à ribavirina) Resultados e Conclusão: Neste trabalho constatamos que existem
(48%) do gênero masculino e (52%) do gênero feminino, (79%) da população infectada, tem
mais de 45 anos, observamos um percentual de 68% de finalizações no tratamento, uma
prevalência do genótipo 1 (72%) seguido do genótipo 3 (18%) e grande incidência na utilização
da terapia medicamentosa de interferon peguilado 180 mg associado a ribavirina 1g (70%).
Com a realização desta pesquisa verificamos o perfil dos pacientes portadores do vírus da
Hepatite C assistidos pelo Programa do Ministério da Saúde em tratamento na fundação.
Apoio Financeiro: Fundação Pública Estadual Hospital de Clínicas Gaspar Vianna-FHCGV
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SR 04 - AVALIAÇÃO DA ADESÃO AO TRATAMENTO MEDICAMENTOSO E NÃO
MEDICAMENTOSO DE PACIENTES HIPERTENSOS ATENDIDOS NO PSF GUARITÁ,
ITAPERUNA-RJ.
Bonadiman, RAPHAEL
APARECIDA**
*
**
LAIBER*;
Bonadiman,
SaMUEL
LAIBER*;
SILVA,
DENISE
Farmacêutico graduado pela Universidade Iguaçu, Campus V - Itaperuna, RJ.
Professora do Curso de Farmácia, UNIG-Campus V, Itaperuna/RJ,
Foi realizada uma pesquisa durante os meses de agosto e setembro de 2010, com 108
pacientes hipertensos atendidos no PSF (Programa Saúde da Família) Guaritá, localizado no
bairro Vinhosa, no município de Itaperuna, estado do Rio de Janeiro. O objetivo do estudo foi
verificar o grau de adesão ao tratamento medicamentoso e não medicamentoso nos quadros
de hipertensão arterial bem como avaliar os níveis pressóricos dos pacientes. Como
metodologia foi utilizada uma pesquisa de natureza exploratória, descritiva e de caráter
quantitativo. Os resultados indicaram que 63,9% dos pacientes não seguem dieta alimentar
específica para hipertensão arterial e 75% dos pacientes não praticam exercícios físicos. Em
relação ao tratamento medicamentoso, o anti-hipertensivo mais utilizado foi a hidroclorotiazida,
presente no tratamento de 63,9% dos pacientes avaliados, seguido do captopril (61,1% dos
pacientes), propranolol (27,8%), dentre outros prescritos para menos de 25% dos pacientes. A
avaliação da adesão ao tratamento medicamentoso indicou que 69,4% dos pacientes
apresentam adesão plena, 17,6% relataram omissão de doses e apenas 13% relataram não
adesão ao tratamento. Um total de 87,9% dos pacientes apresentou níveis pressóricos acima
dos limites de normalidade. De acordo com os resultados pode-se concluir que os pacientes
possuem alta adesão ao tratamento farmacológico e baixa adesão ao tratamento não
farmacológico, o que pode ser responsável pela dificuldade de controle dos níveis da pressão
arterial.
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SR 05 - AVALIAÇÃO DA ADESÃO DOS PACIENTES ENVOLVIDOS NO “ENSAIO CLÍNICO
FASE III PARA LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA. EQUIVALÊNCIA ENTRE O
ESQUEMA PADRÃO E ALTERNATIVOS COM ANTIMONIATO DE MEGLUMINA”
REIS, MONIQUE E NOVATO, MADELON
Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas - Fundação Oswaldo Cruz - Laboratório de
Vigilância em Leishmanioses
O objetivo do presente estudo é avaliar a adesão dos pacientes com leishmaniose tegumentar
americana a diferentes tratamentos propostos no “Ensaio Clínico fase III para leishmaniose
tegumentar americana. Equivalência entre o esquema padrão e alternativos com antimoniato
de meglumina”, a saber: forma cutânea (LC): 20 mg de antimonial pentavalente (Sb5+)/kg/dia
por 20 dias ou 5 mg Sb5+/kg/dia por 30 dias, contínuos ou de forma intermitente, intramuscular.
Forma Mucosa (LM): 20 mg Sb5+/kg/dia por 30 dias ou 5 mg Sb5+/kg/dia contínuos até a cura,
intramuscular. Este monitoramento é importante para demonstrar as diferenças de adesão
entre os vários esquemas de tratamento, assim como para identificar critérios sócio-econômicoculturais que possam influenciar na adesão do paciente ao tratamento proposto. São
fornecidas ampolas em número superior ao necessário para o esquema proposto, solicitandose que o paciente retorne as ampolas não utilizadas, que serão contadas e anotadas. O
paciente também responde a um questionário padronizado para coletar dados sócioeconômico-culturais e do tratamento dos pacientes. Espera-se que esquemas terapêuticos com
doses contínuas tenham maior índice de abandono quando comparadas com doses
intermitentes, assim como os esquemas com altas doses em comparação com os de baixas
doses, e que sejam encontradas diferenças do nível de adesão relacionada às características
sócio-econômico-culturais. Preliminarmente, observamos que os pacientes com LC e LM são
predominantemente homens, brancos, solteiros, LC com idade média de 41 anos, LM com
média de 55 anos, escolaridade baixa, coabitando com cerca de 3 membros da família, com
renda pessoal e familiar entre 1 e 5 salários mínimos, não fumantes, não fazem uso de drogas
ilícitas, com profissões variadas, vivendo principalmente na cidade do Rio de Janeiro e Grande
Rio, onde foram infectados devido à moradia em áreas endêmicas para leishmaniose. Estes
pacientes procuram principalmente profissionais de saúde de nível superior para aplicação da
medicação, e não são descuidados com relação ao horário das tomadas diárias do
medicamento. O estudo está previsto para terminar em 2014.Agencia Financiadora: FAPERJ
E-MAIL PARA CONTATO: [email protected]
SR 07 - ORIENTAÇÃO FARMACÊUTICA QUANTO A OCORRÊNCIA DE POLIFARMÁCIA
ENTRE IDOSOS
GUTEMBERG PASSOS DE SOUSA¹, JOSELIA MENDES LEAL MELO¹, ABRAHÃO DA SILVA
GAMA FILHO¹, KARLA NAIR DE FREITAS MARQUES ALENCAR¹, MAURICELIA DOS
SANTOS SILVA FREITAS¹, VIVIANNE RODRIGUES AMORIM².
Centro de educação tecnológica de Teresina, departamento de farmácia, ¹graduando(a),
²orientadora.
Introdução: A orientação farmacêutica no atendimento aos idosos, que em sua maioria
utilizam vários fármacos (caracterizando a polifarmácia), deve-se não só por sua fragilidade,
como também em decorrência das doenças crônicas que os acometem. As variáveis
comumente associadas à elevada utilização de medicamentos nesta faixa etária são: sexo
(principalmente o feminino), aumento da idade, viver sem companheiro, internação em clínicas
geriátricas, hospitalização, consulta a diferentes prescritores, automedicação, doenças crônicodegenerativas, uso de medicamentos para tratamento de reações adversas, erros de
administração, baixa percepção de saúde e baixa qualidade de vida, surgimento de novos
medicamentos, o fácil acesso a medicações e a baixa frequência de uso de recursos não
farmacológicos. No que diz respeito ao gênero, enquanto as mulheres utilizam mais
analgésicos, antireumáticos e psicotrópicos, nos homens há maior uso de agentes
trombolíticos, cardioterápicos e antiasmáticos. Outras investigações relataram diferenças de
gênero no uso de medicamentos prescritos e não prescritos com maior prevalência de uso
entre mulheres em ambas as situações. O incremento das prescrições nessa faixa etária pode
levar a duas situações quase idiossincráticas: a polifarmácia e a iatrogenia. No exercício diário
da farmácia, apesar da existência de rotinas institucionalizadas em relação às medicações,
pode-se e deve-se interferir na forma como a assistência é realizada para que além de prevenir
as interações medicamentosas adversas possa-se assegurar uma prática contextualizada na
ciência e no cuidado ao usuário. Assim, o presente trabalho ao expor os motivos que levam a
polifarmácia em idosos, chama a atenção para a necessidade de uma correta atenção
farmacêutica onde o farmacêutico toma para si a responsabilidade de gerenciar a
farmacoterapia de seus usuários, ofertando a eles serviços farmacêuticos e colaborando na
busca da melhoria da qualidade de vida destes. Métodos: fundamentou-se na leitura seletiva,
de periódicos e artigos científicos, entre 2005 a 2012, oriundos da base de dados Cochrane
Library, MEDLINE, SciELO, LILACS, PubMed e Google Acadêmico, sendo a busca realizada
com as seguintes palavras: “Polifarmácia”, “Idosos” e “Orientação Farmacêutica”. Resultados e
Discussão: de acordo com os dados apresentados, por haver maior incidência de agravos à
saúde em idosos, há também um aumento na prevalência de interações medicamentosas
desta faixa etária quando comparada a outras (13 a 82%). No entanto, uma correta orientação
farmacêutica pode reduzir em consideravelmente o risco de interações medicamentosas e
garantir assim um efetivo tratamento farmacoterapêutico. Conclusão: A análise dos dados
apresentados permite verificar que alterações fisiológicas e presença de patologias crônicas
nos idosos, são fatores colaboradores para a ocorrência da polifarmácia, nesse contexto a
orientação farmacêutica se torna uma ferramenta eficaz na minimização dos riscos e melhoria
na qualidade de vida dos usuários.
E-MAIL PARA CONTATO: [email protected]
SR 08 - PREVALÊNCIA DO USO DE CONTRACEPTIVOS DE EMERGÊNCIA DE UMA
FARMÁCIA COMUNITÁRIA DE GOIÂNIA-GO.
FILHO, JOSÉ TEÓFILO MOREIRA; CARMARGO, EMELY THAIS PREIRA BUENO DE; SILVA,
BRUNO CÉSAR MENDONÇA; ALVES, LORENA RIBEIRO; SOUSA, SANDRA ALVES DE
SOUSA; GOMES, MARCELO DO NASCIMENTO.
Curso de Farmácia; Faculdade Montes Belos - FMB
O conhecimento sobre métodos contraceptivos podem contribuir para que os indivíduos
escolham o método mais adequado ao seu comportamento sexual e às suas condições de
saúde, bem como a aplicação correta do método escolhido. Assim, esse conhecimento deve
estar relacionado à prevenção da gravidez indesejada, da mortalidade materna e de outros
agravos à saúde (BRASIL, 2005). Este trabalho tem como objetivo avaliar a prevalência, o perfil
e o conhecimento dos aquisitores quanto ao uso de Contraceptivos de Emergência (CE). O
referido projeto trata-se de um estudo epidemiológico, quantitativo e transversal. Em que foi
quisto coletar dados em um roteiro específico cujo incita várias questões, subsequentes
relativas ao tema proposto e tudo conforme a Resolução 196/96 do CNS. Foram entrevistadas
56 pessoas verificando que, 62,50% são do sexo feminino e 37,50% são do sexo masculino,
predomínio de faixa etária entre 21 a 30 anos, no qual mais de 50% dos entrevistados se
denominaram solteiros e com nível superior incompleto. Entre os entrevistados que adquiriram
o CE, cerca de, 68% afirmaram obter informações de pessoas leigas sem conhecimento
técnico científico. Entretanto mesmo com a obtenção de informação de pessoas leigas, 51%
dos entrevistados afirmaram usar de forma correta indicada na bula que é até 12 horas após a
relação sexual, enquanto que, 25% fizeram o uso inadequado, o que poderia acarretar em uma
gravidez indesejada, 31,42% das mulheres disseram ultilizar o CE mesmo estando fazendo uso
dos anticoncepcionais colocando em risco a sua saúde. Verificou-se também que, cerca de,
90% dos entrevistados disseram saber o que é CE, mas foi preciso mencionar que se tratava
da “pílula do dia seguinte”. Verificando a este assunto que é notório uma lacuna existente entre
o conhecimento e a prática exata da contracepção de emergência. Ademais podemos concluir
que se faz necessário o desenvolvimento de ações que buscam informar a população quanto
aos efeitos causados pelos contraceptivos de emergência.
E-MAIL PARA CONTATO: [email protected]
SR 09 - SEGUIMENTO FARMACOTERAPÊUTICO EM PACIENTES COM DIABETES
MELLITUS TIPO 2 EM TRATAMENTO COM METFORMINA
DRIES SAMUEL; SOARES BARBARA; ANDRADE FABIANA; PERASSOLO MAGDA.
Instituto de Ciências da Saúde - Universidade Feevale, Novo Hamburgo, RS, Brasil
O seguimento farmacoterapêutico (SF) vem demonstrando grande importância no aumento da
sobrevida e da qualidade de vida de pacientes diabéticos, principalmente pelo surgimento das
complicações relacionadas à doença e a um tratamento ineficaz. As dosagens laboratoriais
destes pacientes podem apresentar mudanças significativas durante o período de
acompanhamento. Assim sendo, este trabalho teve por objetivo avaliar a influência do
seguimento farmacoterapêutico sob os parâmetros laboratoriais de pacientes com diabetes
mellitus do tipo 2 (DM2). Realizou-se um estudo, aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da
Universidade Feevale, sob protocolo nº 2.02.01.07.608, com pacientes portadores de DM2 em
monoterapia com metformina para o tratamento do diabete, que participaram de um SF por um
período de quatro meses, com encontros mensais. O controle glicêmico e o perfil lipídico foram
avaliados através das dosagens de glicose de jejum, colesterol e triglicerídeos pelo método
enzimático colorimétrico, a glico-hemoglobina, por cromatografia líquida de alta eficiência
(CLAE). Parâmetros de estresse oxidativo foram avaliados através da atividade da enzima
superóxido dismutase (SOD) pelo método de inibição da auto-oxidação da adrenalina e os
níveis de malondialdeído (MDA) por cromatografia líquida de alta eficiência com detecção por
arranjo de diodos (CLAE-DAD). A determinação de metformina plasmática foi obtida por CLAE-
DAD. Compararam-se os valores das dosagens laboratoriais no início do SF e ao final do
mesmo. Avaliou-se 24 pacientes com idade de 59 ± 9 anos e IMC de 29,8 ± 5,1 kg/m2. Os
pacientes possuíam DM há 36 (1 - 240) meses e utilizavam metformina há 36 (1 - 180) meses
em uma dose diária de 1700 (500 - 2550) mg. Os níveis de SOD (6,90 vs. 8,13 U SOD/g
proteína, P=0,674) não apresentaram alteração estatística após o SF, contudo, houve uma
pequena alteração nos níveis de glicemia (133 vs. 120 mg/dL, P=0,316), HbA1c (7,12 vs.
6,40%, P=0,224), colesterol (194 vs. 189 mg/dL, P=0,869), triglicerídeos (162 vs. 144 mg/Dl,
P=0,820) , LDL (113 vs. 117 mg/dL, P=0,361), diminuição significativa dos valores de MDA
(3,37 vs. 2,40 µM, P=<0,001) e aumento da metformina plasmática (330 vs. 594 ng/mL,
P=0,069). Desta maneira, a associação destes fatores pode ter colaborado para um resultado
positivo, sugerindo uma redução do estresse oxidativo nos pacientes após o acompanhamento.
Relacionado a isto, pode estar o fato de que, após o SF, observou-se também um aumento nos
níveis plasmáticos de metformina, sugerindo uma melhora no tratamento do DM. Auxílio
Financeiro: Universidade Feevale; CNPq
E-MAIL PARA CONTATO: [email protected]
SR 10 - USO DE MEDICAMENTOS EM TRANSTORNO DA COMPULSÃO ALIMENTAR
PERIÓDICA NO CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL
OUTA, TATIANE MAYUMI FERREIRA1, OSHIRO, MARIA DE LOURDES2, RONDON,
MARCOS JOSÉ CARDOSO3
Universidade Católica Dom Bosco 2 Universidade Católica Dom Bosco e Secretaria de Estado
de Saúde/MS 3CAPS/Secretaria Municipal de Saúde Campo Grande
1
O transtorno da compulsão alimentar periódica (TCAP) é uma nova categoria de transtorno
alimentar, caracterizado por episódios de compulsão alimentar recorrentes, ausência dos
comportamentos compensatórios inadequados para evitar o ganho de peso. O uso de
medicamentos para indivíduo obeso que apresenta comorbidade psiquiátrica com a associação
de dietoterapia, psicoterapia torna-se essencial, nesse caso a utilização de antidepressivos
como a fluoxetina, amitriptilina e a sertralina. Estima-se que a prevalência da obesidade em
pacientes psiquiátricos tratados farmacologicamente é 2 a 5 vezes maior do que na população
em geral. O objetivo do trabalho foi verificar consumo de medicamentos em mulheres com
TCAP do Centro de Atenção Psicossocial II (CAPS) em Campo Grande MS, mediante
entrevista e análise de prontuário. O trabalho foi aprovado no CEP/UCDB 030/2010. As
mulheres pertencentes ao grupo com TCAP somavam 17, com faixa etária predominante acima
de 45 anos, 70,5%. Foram inseridas no CAPS por traumas como separação, perda de
parentes, outros problemas familiares, entre outros, porém associados a algum transtorno
mental. Em 100% delas foi verificado o excesso de peso corpóreo, sendo uma com cirurgia
bariátrica. Todas estavam em tratamento no grupo TCAP no mínimo 3 meses. As mulheres
apresentavam comorbidades, tais como: Depressão (100%), Hipertensão arterial (58,8%),
Diabetes mellitus (11,8%), Hipotireoidismo (11,8%); faziam utilização de medicamentos para
TCAP: Fluoxetina (70,6%), Amitriptilina (41,2%), Sertralina (11,8%), Paroxetina (5,9%). A
maioria apresentava consumo de associações medicamentosas para comorbidades do Sistema
Nervoso, Sistema Cardiovascular, Sistema Endócrino, Sistema Músculo-esquelético e Sistema
Digestório. A fluoxetina continua sendo a primeira opção disponível para pacientes tratados no
CAPS em tratamento do TCAP. Os efeitos adversos mais relatados/observados eram azia,
queimação estomacal e agitação. O uso de antidepressivos como a fluoxetina e sertralina
demonstrou eficácia nesse grupo com TCAP porém necessita de mais estudos para resultados
terapêuticos conclusivos.
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SR 11 - UTILIZAÇÃO DE SUPLEMENTO ALIMENTAR POR PRATICANTES DE EXERCÍCIO
FÍSICO EM ACADEMIAS DE SANTARÉM-PA
Lopes Monteiro Nayara1Sousa de Alvarenga Beatriz Suellen1Aguiar Carvalho Vanessa1Maestri
Piloni Régis2
1
Acadêmicas do curso de Farmácia Generalista, VII semestre, do Instituto Esperança de
Ensino Superior
2
Orientador do projeto de pesquisa e docente do curso de Farmácia.
Os suplementos alimentares são caracterizados como gêneros alimentícios que são usados
para complementar o regime alimentar normal e que constituem fontes concentradas de
determinados nutrientes. Eles têm sido usados de forma excessiva por praticantes de
musculação como alternativa para melhorar o rendimento físico e ganhar massa muscular. O
objetivo geral desta pesquisa foi avaliar o consumo de suplementos alimentares por praticantes
de exercício físico e os específicos foram: identificar a classe de suplementos mais consumida;
pesquisar os principais motivos que levaram ao consumo de suplementos alimentares;
investigar se houve alguma orientação por profissionais da saúde para o uso de suplementos.
O estudo realizado foi uma pesquisa de campo descritiva com abordagem quantitativa, nas
academias centrais do município de Santarém - PA. A amostra de estudo foram praticantes de
exercício sem restrição de idade, os quais responderam um questionário com 12 questões
objetivas, elaborado especificamente para este estudo. Antes da aplicação dos questionários a
direção das academias recebeu um documento permitindo a realização da pesquisa no
estabelecimento. No momento da aplicação do questionário foi entregue um folder para cada
participante com imagens de vários tipos de suplementos, para que os mesmos identificassem
o(s) suplemento(s) utilizado(s) de forma correta. Todos os participantes da pesquisa assinaram
o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, conforme as normas para realização de
pesquisa em seres humanos, Resolução 196/96. Foram entrevistadas 186 pessoas, sendo
que 60% declara fazer o uso de suplementação e 70% dessas pessoas que fazem o uso de
suplementos são do sexo masculino. De acordo com os resultados a classe de suplemento
alimentar mais utilizada são os repositores energéticos, sendo 41%. Quanto à razão do uso de
suplemento alimentar, 55% alegaram consumir suplemento com o objetivo de aumentar a
massa muscular e somente 13% tem acompanhamento de um profissional da saúde. A partir
desta pesquisa pode-se constatar que a maioria das pessoas que frequentam regularmente
academias fazem o uso de suplementos e apenas uma pequena porcentagem tem um
acompanhamento profissional. A categoria é Trabalho Acadêmico (graduação) e a modalidade
Educação Farmacêutica.
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SR 12 - VARIAÇÃO DE PREÇOS DE MEDICAMENTOS EM DIFERENTES REGIÕES
SOCIAIS DE SANTOS SP
SANTOS, ANA VICTÓRIA ANDRADE DOS; LORANDI, PAULO ANGELO
Universidade Católica de Santos, curso de Farmácia
No Brasil, o preço dos medicamentos é tabelado pelo teto, mas é sabido que a indústria
controla vários aspectos do mercado, estabelecendo os preços acima do custo de produção. A
relação entre o preço final do medicamento versus capacidade de compra dos estratos da
sociedade é determinante, então alguns subterfúgios são criados para ampliar a margem de
negociação realizada nas Unidades farmacêuticas (UF). Esse trabalho investigou a variação de
preços para dez medicamentos da Rename - 2010, em cinco regiões sócio-econômicas
diferentes de Santos SP, estratificados segundo referencial teórico de Sposati. Estudou-se três
anti-hipertensivos (carvedilol, espironolactona e metoprolol), dois antimicrobianos
(claritromicina e clindamicina), um do programa anti-tabagismo (bupropiona), dois para
transtornos psiquiátricos (clomipramina e risperidona), um anti-inflamatório esteroidal
(dexametasona) e um hormônio (levotiroxina sódica). Excluíram-se medicamentos da lista do
programa “Aqui tem Farmácia Popular”. Excluíram-se as redes de drogarias. Existem 539
apresentações registradas (135 medicamentos de referência, 225 genéricos e 179 similares),
mas apenas 513 foram analisados, distribuídos entre os dez estabelecimentos. Considerandose os valores definidos na tabela da Anvisa (atualizada em 17/04), nas quatro UF dos bairros
mais inclusivos encontrou-se a maior variação de preço tanto para baixo (354) quanto para
cima (132), além de 29 medicamentos sem alteração de preço. A majoração de preço é uma
prática irregular e foi encontrada em todas as UF. Excluindo-se a claritromicina, os demais
princípios ativos foram majorados em pelo menos um tipo de medicamento e em todas as UF.
Mesmo nos estratos menos inclusivos, encontrou-se medicamentos majorados, em relação à
tabela oficial, na ordem de 7%. Em apenas uma UF não houve sobrepreço em relação à tabela.
O princípio ativo que teve a maior sobrevalorização (129%) foi a risperidona, para o
medicamento de referência, o qual também apresentou o maior deságio em um similar (86,4%). E foi o segundo em maior número de sobrepreço. Independentemente dos valores,
ressalta-se a necessidade de maior fiscalização. É fato que o medicamento é tratado como
bem de consumo e tem variações de preço conforme a condição do mercado.
E-MAIL PARA CONTATO: [email protected]
SR 13 - DISPONIBILIDADE COMERCIAL DE MEDICAMENTOS EM DIFERENTES REGIÕES
SOCIAIS DE SANTOS SP
SANTOS, ANA VICTÓRIA ANDRADE DOS; LORANDI, PAULO ANGELO
Universidade Católica de Santos, curso de Farmácia
Medicamentos adequados, disponíveis no sistema público e privado, fazem parte do acesso
integral à saúde. O acesso no sistema privado está condicionado à disponibilidade comercial e
a capacidade de compra do usuário. No Brasil, o preço dos medicamentos é tabelado pelo teto
e o valor final determinado por leis de mercado. O Estado propõe os genéricos, com ênfase nos
medicamentos essenciais, como política de controle do mercado. Há de se investigar a
qualidade do acesso aos medicamentos. No sistema privado de Santos SP, em cinco regiões
sócio-econômicas diferentes, analisou-se a disponibilidade comercial de dez medicamentos da
Rename - 2010: três anti-hipertensivos (carvedilol, espironolactona e metoprolol), dois
antimicrobianos (claritromicina e clindamicina), um do programa anti-tabagismo (bupropiona),
dois para transtornos psiquiátricos (clomipramina e risperidona), um anti-inflamatório esteroidal
(dexametasona) e um hormônio (levotiroxina sódica). Excluiu-se medicamentos da lista do
programa “Aqui tem Farmácia Popular”. Considerou-se todas as especialidades farmacêuticas
disponíveis para cada princípio ativo: o de referência em todas as formulações, os genéricos
correspondentes e os similares. Um mesmo princípio ativo apresentou mais de uma formulação
como referência. Cada laboratório do mesmo genérico foi contabilizado individualmente. A
estratificação dos bairros foi feita pelo referencial teórico de Sposati, distribuídos em ordem
decrescente de inclusão. Os estabelecimentos foram escolhidos pela lista telefônica.
Excluíram-se as redes de drogarias. Para os dez princípios ativos, existem 539 apresentações
registradas (135 medicamentos de referência, 225 genéricos e 179 similares). Dois
estabelecimentos, dos bairros dos estratos mais inclusivos, apresentaram 37% de todas as
especialidades possíveis e os demais abaixo de 19%. Só em dois estabelecimentos foram
encontrados todos os princípios ativos. O carvedilol referência não estava disponível em
nenhum estabelecimento e a levotiroxina estava presente em todos. Os demais medicamentos
de referência foram encontrados na seguinte ordem (número de estabelecimentos):
dexametasona (7), espironolactona (5), clomipramina (4), metoprolol (3), claritromicina (2),
clindamicina (2), bupropiona (2) e risperidona (1). Os bairros de melhor condição sócioeconômica abrigam estabelecimentos farmacêuticos que oferecem mais oportunidades de
escolha ao usuário. Auxílio financeiro: Pibic, CNPq
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SR 14 - PERFIL DA UTILIZAÇÃO DE ANTIBIÓTICOS NO BAIRRO DO CARANAZAL,
SANTARÉM-PA, NO PERÍODO DE JANEIRO A JULHO DE 2011
ISABELE DE AZEVEDO PORTELA; ELIENE DOS SANTOS FARIAS LIRA; MARIA MARY
AGUIAR CUNHA; MÔNICA TATIANE LIMA PINHEIRO; JUAREZ DE SOUZA; ANA CAMILA
SENA
Introdução: Antibióticos são medicamentos usados no combate ao crescimento bacteriano,
sendo prescritos nos casos de infecções. A indicação terapêutica dos antibióticos ainda é uma
questão confusa para grande maioria da população, que não reconhece a diferença e acaba
utilizando em processos inflamatórios. Referencial teórico: A utilização desses medicamentos
vem ocorrendo de forma exagerada e muitas vezes inadequada, ou pelo desconhecimento da
indicação, ou pelo uso incorreto, ou até mesmo pela prescrição inadequada. Esta prática pode
levar à resistência bacteriana, dificultando o tratamento das infecções. Objetivo: Diante da
situação, realizou-se um estudo sobre essa classe terapêutica, no Bairro do Caranazal
localizado no município de Santarém-Pará, que teve como objetivo traçar o perfil do uso dos
antibióticos na população do bairro. Metodologia: Para a realização desta pesquisa foram
aplicados questionários a 149 moradores do bairro, na faixa etária acima de 15 anos.
Resultados: Do total de participantes da pesquisa 78,5% afirmaram saber o que é um
antibiótico, mas apenas 73,5% acertaram o seu conceito, ainda do total de participantes, 72,5%
usaram antibióticos prescritos pelo médico, sendo a maior parte pertencente ao grupo dos β
lactâmicos (57,3%), seguido pelas quinolonas (19,4%) e macrolídeos (18,2%). A grande
maioria (77,8%) afirmou completar o tratamento até o fim, o restante utilizou o medicamento
por dois dias ou pararam de usar quando melhoraram. O uso de medicamentos sem prescrição
médica ainda é freqüente já que do total de participantes da pesquisa 12,1% ainda
conseguiram adquirir antibiótico sem o receituário médico, e 21,5% realizou automedicação
com antibióticos em algum membro da sua família, tendo a maioria relatado conhecer os riscos
desta prática. Quanto às reações adversas 11,4% dos participantes citaram ter sofrido dor no
estômago, mal estar e alergia ao ingerir antibióticos, a maioria ocorrendo em indivíduos jovens
(15 a 25 anos) (41,2%). A maior parte dos participantes mostrou-se a favor do controle da
venda dos antibacterianos. Dos 65,1% que concordou 63,9% acreditam que este controle pode
evitar a automedicação, os que não concordaram com a legislação (34,9%) afirmaram que o
número de médicos é insuficiente para a demanda de pacientes. Conclusão: Podemos
considerar então que o uso de antibióticos é muito freqüente na população, nesse sentido, é de
fundamental importância a presença do profissional farmacêutico em todos os locais de
dispensação desses medicamentos, para que possam orientar a população quanto à
necessidade do uso racional dos mesmos.
E-MAIL PARA CONTATO: [email protected]
SR 15 - FATORES QUE INFLUENCIAM O TRATAMENTO ANTI-HIPERTENSIVO EM UMA
ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA
OLIVEIRA, JUVANIR ANTÔNIO DE1; SOUZA, SIMONE FERNANDES DE1; SOUZA,
EMANUELLE FERREIRA DE2; PEREIRA, ANA LÍGIA DE SOUZA2; FERRARI, FERNANDA
CRISTINA2; FONTES, RENATA APARECIDA2.
Acadêmicos - Faculdade Vértice Univértix - 2 Docentes - Faculdade Vértice - Univértix
1
INTRODUÇÃO: A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) está entre patologias crônicas não
transmissíveis mais importantes. Esta é considerada como principal fator de risco para o
desenvolvimento de doença do aparelho cardiovascular e insuficiência renal. A adesão à
terapêutica anti-hipertensiva merece atenção, pois poderia evitar muitas dessas complicações.
O objetivo deste estudo foi identificar os fatores que podem interferir no tratamento antihipertensivo em um grupo de hipertensos de uma Estratégia Saúde da Família (ESF) de um
município de Minas Gerais. MÉTODO: Trata-se de uma pesquisa descritiva com abordagem
quantitativa. Os dados foram coletados através de um questionário por meio de entrevistas com
pacientes que fazem parte do grupo de hipertensos de uma Estratégia de Saúde da Família
(ESF). RESULTADOS: Dentre os 31 pacientes hipertensos, 67,7 % eram do gênero feminino e
68 % possuem o ensino fundamental incompleto. 80,6 % não faziam atividade física; 22,6 %
consomem alimentos ricos em sal e gordura, 12,9 % fumantes. 19,4 % referiram excesso e
peso ou obesidade, 12,9 % utilizam bebidas alcoólicas com frequência. Quanto à medicação,
58% utilizam de 2 a 3 medicamentos por dia. Sobre a dificuldade de tomar os medicamentos de
acordo com a posologia indicada pelo médico, 87,1% disseram não ter dificuldade e 12,9 %
disseram que esquecem. Além disso, 93,5% dos hipertensos declararam que depois que
começaram a participar do grupo de hipertensos a grande maioria das dúvidas em relação à
utilização de medicamentos e ao tratamento da doença tem sido esclarecidas contribuindo para
melhor utilização dos medicamentos. CONCLUSÃO: Apenas a distribuição gratuita da
medicação não é suficiente para garantir a adesão ao tratamento, principalmente devido aos
fatores relatados pela população referida neste trabalho. Existe a necessidade de politicas
públicas educativas para a conscientização do paciente da necessidade de modificar o estilo
de vida, além de entender e conhecer o tratamento medicamentoso.
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SR 16 - TRATAMENTO MEDICAMENTOSO E EXERCÍCIO FÍSICO PARA O CONTROLE DO
DIABETES MELLITUS
MIRANDA, RITA DE CÁSSIA DOS SANTOS1; NASCIMENTO, KELLY APARECIDA DO2;
PEREIRA, ANA LÍGIA DE SOUZA2; SILVEIRA, GLEICIELLY SANTOS2; FERRARI,
FERNANDA CRISTINA2; FONTES, RENATA APARECIDA2.
1
Acadêmica - Faculdade Vértice Univértix - 2Docentes - Faculdade Vértice - Univértix
INTRODUÇÃO: O Diabetes Mellitus (DM) é um distúrbio do metabolismo de carboidratos que
apresenta, entre outras manifestações, a hiperglicemia contínua ou intermitente. O DM tipo 1
tem como causa primária a destruição autoimune das células beta pancreáticas, responsáveis
pela produção de insulina, ao passo que a causa do DM tipo 2 é a resistência das células à
insulina. Na linha de frente do tratamento do DM estão os hipoglicemiantes orais, mas a dieta
adequada e a prática de exercícios físicos tem sido recomendados para que o diabético
mantenha glicemia normal. O objetivo deste trabalho foi verificar fatores relacionados ao
tratamento dos diabéticos da Estratégia Saúde da Família (ESF) de uma cidade de Minas
Gerais. METÓDO: Foi realizada uma pesquisa descritiva de abordagem quantitativa com 32
participantes cadastrados em um grupo de pacientes diabéticos no programa de ESF de Abre
Campo, no interior de Minas Gerais. Os participantes responderam a um questionário
previamente padronizado. RESULTADOS: 31,3% dos diabéticos são do tipo 1 e 62,5% do tipo
2 e a maior parte dos investigados referiram ser acometidos pela doença a mais de três anos
(59,3%). Para o tratamento da DM 53% da população referida declarou fazer uso de
hipoglicemiantes orais e/ou uso de insulina. Apenas 21,8% dos investigados disseram realizar
uma alimentação saudável para ajudar no controle da doença e 50% destes apresentam
fatores de risco para o desenvolvimento e progressão da doença (obesidade, hereditariedade e
sedentarismo). A partir do cálculo do Índice de Massa Corpórea (IMC) foi detectado que mais
de 70% apresentam sobrepeso e obesidade. E foi detectado que mais de 90% da população
investigada estão pouco ativos ou sedentários, o que contribui para maior complicação do
tratamento. CONCLUSÃO: São necessárias intervenções para estimular a prática de hábitos
saudáveis por indivíduos diabéticos a fim de aumentar a sobrevida e o sucesso do tratamento
farmacoterapêutico.
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SR 17 - FARMACÊUTICO GERENTE E/OU ASSISTÊNCIA AO PACIENTE. REAÇÃO
ADVERSA?
PRADO1,2, FERNANDO ANDRE REZENDE; CERQUEIRA2, WENDELL TORRES.
1
Gestão de Resíduos / Departamento de Patologia Clínica, Instituto Fernandes Figueira,
Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, RJ.
2
Sindicato dos Farmacêuticos do Estado do Rio de Janeiro, Rua da Lapa, 120 salas 603/605 Centro, Rio de Janeiro, RJ.
Descrição do caso: O presente trabalho visa colaborar com os profissionais farmacêuticos na
decisão de assumir a gerência comercial do estabelecimento, sem que haja solução de
continuidade nas suas atividades de responsabilidade técnica e assistência farmacêutica. Visa
estabelecer os atores nas relações empregado/empregador, considerando a farmácia um
estabelecimento de atenção primária, como também um estabelecimento comercial. Visa
ainda, gerar o debate da comunidade farmacêutica a respeito desse novo perfil profissional.
Avaliação: O estudo foi baseado nos relatos de caso dos profissionais farmacêuticos, assim
como na experiência profissional de alguns membros do sindicato, no período entre 2009 e
2011. Intervenção: Os resultados obtidos evidenciam que o farmacêutico tem condição plena
de orientar os funcionários, e os clientes/pacientes através de um atendimento diferenciado,
mais humano. O planejamento das atividades diárias é o ponto de partida para esse sucesso.
A criação de procedimentos operacionais, agenda institucional, correio eletrônico dentre outros
recursos eletrônicos, aceleram esse processo. Além disso, a necessidade do cumprimento de
dispositivos legais, tais como mapas de controle, SNGPC, PGRSS, corroboram a visão da
necessidade do farmacêutico gerente como elo fundamental entre a empresa, a equipe de loja,
e os clientes/pacientes. Verificou-se assim, que não há incompatibilidade nas
atividades/atribuições em relação a gerência e a assistência farmacêutica, há apenas o agregar
de mais um aspecto desconhecido de alguns profissionais das redes dos grandes centros, mas
que é uma tarefa rotineira para os proprietários de estabelecimentos de pequeno porte, em
especial, daqueles das cidades do interior.
Conclusões: O desafio da mudança de paradigma profissional começa pela atitude do
farmacêutico. A existência de grade curricular atualizada com as necessidades do mercado de
trabalho, pode ampliar a visão do farmacêutico. A universidade deve ampliar o escopo dessas
atividades, sem que se perca o horizonte acadêmico. O estreitar de laços entre a universidade
e as entidades de classes favorece esse processo. Existe hoje uma grande demanda pelo
desenvolvimento da habilidade de gestor, tornando o farmacêutico um profissional mais apto. O
mercado necessita que o farmacêutico agregue a gestão comercial ao perfil do profissional
interessado na promoção saúde.
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SR 18 - INTERVENÇÕES EDUCATIVAS REALIZADAS PELA AFEP A JOVENS DE UMA
ESTRATÉGIA DA SAÚDE DA FAMÍLIA
AGUIAR DE ALMEIDA, LARISSA1; OLIVEIRA MAGALHÃES, NATHÁLIA1; HARUMI GOLIN,
RAISSA1; SAYURI SATO, NATÁLIA1; Farache FILHO, Adalberto1; MASTROIANNI, PATRICIA1
1
Universidade Estadual Paulista - Câmpus de Araraquara - Faculdade de Ciências
Farmacêuticas
Introdução: A AFEP - Atenção Farmacêutica Estudantil Permanente - é uma entidade
vinculada à Faculdade de Ciências Farmacêuticas - Unesp Araraquara em parceria com a ESF
- Estratégia Saúde da Família - das Hortências. A AFEP tem como metas acompanhamento
farmacoterapêutico de pacientes polimedicados, organiza feiras sobre saúde no bairro e
intervenções educativas aos jovens adolescentes, por meio do Cine AFEP. O Cine AFEP é um
evento realizado na UNESP duas vezes ao ano pelos alunos de graduação o qual consiste
em apresentar e fomentar temas de saúde coletiva relacionados aos problemas de jovens de
12 a 16 anos. Objetivos: Promover discussão sobre a problemática de gravidez na
adolescência cujo tema foi considerado uma necessidade pela equipe da ESF. Métodos: Foi
proposta a discussão do tema Gravidez na adolescência a 25 jovens por meio de apresentação
de um filme - Juno que relata a problemática da gravidez na adolescência e seguida de uma
aula sobre métodos contraceptivos e posterior discussão em grupo sobre o tema e seu
contexto familiar e social. A fim de avaliar o impacto da intervenção proposta foi elaborado um
questionário a ser respondido antes e depois do filme. O primeiro questionário abordava
perguntas sobre métodos contraceptivos e apoio familiar, e o segundo questionário sobre sua
percepção de gravidez na adolescência e suas consequências e como este fato interferiria em
sua vida. Resultados: 21 jovens responderam os questionários. No primeiro questionário 10
sabiam o que era anticoncepcional, 2 pílula do dia seguinte, 21 camisinha e 15 aborto. Doze
havia aprendido estas informações na escola, 4 com os pais, 3 na mídia e 2 com os amigos. E
17 tinham o apoio dos pais. Já no segundo questionário, todos os jovens acharam que gravidez
na adolescência seria um problema e caso ocorresse com algum deles nenhum iria tentar o
aborto e iriam pedir ajuda principalmente aos pais, mas para que isso não ocorresse 17
respondeu camisinha, 9 anticoncepcional oral, 5 pílula do dia seguinte. Conclusão: Após as
intevenções percebeu-se que a opinião dos jovens mudou: “Agora que vimos o filme sabemos
o quanto é difícil ter um filho na nossa idade, ter tanta responsabilidade e uma vida nas mãos”.
A maioria foi a favor do uso da camisinha e anticoncepcional oral, porém o uso da pílula do dia
seguinte não foi bem aceito. Dados demonstram que intervenções educativas por meio de
filmes e discussões permitem reflexões e agrega conhecimentos relacionados à saúde
podendo ser uma ferramenta efetiva para promoção a saúde. Apoio: Proex.
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SR 19 - TECNOVIGILÂNCIA COMO FERRAMENTA PARA A REDUÇÃO DE CUSTOS
HOSPITALARES
Autores: SOUZA, VANESSA KASUBECK; SOUZA, DAMARIS DE LIMA; TERUEL, BRUNA
SANTOS; CONCEIÇÃO, VANESSA DE ANDRADE
Instituição: Hospital Bandeirantes
A Tecnovigilância é um conjunto de ações com objetivo de promover medidas de segurança à
saúde da população através do acompanhamento de notificação relacionadas a queixas
técnicas e eventos adversos de produtos em fase de pós comercialização.1 A prática de
Tecnovigilância garante a compreensão quantitativa e qualitativa de produtos para saúde e de
medicamentos que apresentaram algum tipo de problema, envolvendo a segurança e a eficácia
destes.1 O processamento de dados, segundo rotinas técnicas pré-estabelecidas que envolvam
indicadores, permite a rastreabilidade de perdas financeiras evitadas e, consequentemente, a
redução de custos ao hospital.2 Além da importância da Tecnovigilância em aspectos que
envolvam medidas de proteção e segurança à saúde, essa prática influencia nos aspectos
econômicos. Um bom planejamento, monitoramento e investigação das notificações
proporcionam medidas necessárias para evitar perdas financeiras.1 Objetivo: Demonstrar a
importância do processo de Tecnovigilância para proporcionar resultados econômicos efetivos.
Método: Trata-se de um estudo retrospectivo de análise das notificações espontâneas
encaminhadas ao serviço de Tecnovigilância, entre janeiro de 2011 a março de 2012, em um
hospital filantrópico da região central de São Paulo. Após análise dessas notificações, os
produtos que apresentaram queixa técnica ou desvios de qualidade foram contabilizados e
precificados, para comparação e compreensão dos valores reembolsados. Resultados: No
período do estudo foram notificadas 82 ocorrências, que somaram o valor de R$ 22.526,49 em
produtos segregados por queixa técnica ou desvio de qualidade. Através do contato com os
fornecedores, o serviço de Tecnovigilância obteve o reembolso de 97% desses itens, o que
representa R$ 21.766,13, a perda financeira foi de R$ 760,36, devido algumas ocorrências
notificadas serem consideradas pontuais, por suspensão de determinado fabricante ou até
mesmo por falta de retorno do fornecedor. Conclusão: Os resultados demonstram que além da
importância da atuação do farmacêutico juntamente ao corpo clínico, esse profissional também
pode auxiliar em processos econômicos relacionados à Tecnovigilância, garantindo a
segurança do paciente, através da qualidade de produtos para a saúde, monitoramento de
ocorrências para redução de perda financeira, visando eficiência na economia dos custos, e
contribuindo para uma gestão econômica sustentável.
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SR 20 - FARMÁCIAS MAGISTRAIS NO DISTRITO FEDERAL: EVOLUÇÃO DO SETOR NO
PERÍODO DE 2000 A 2010
OLIVEIRA FILHO, JOSÉ BATISTA DE2; LUSTOSA, FERNANDA LAÍSA FERREIRA3;
GODINHO, MARÍLIA GABRIELA3; TAVEIRA, RODRIGO ABRÃO VELOSO2; NAVES, JANETH
OLIVEIRA SILVA1
Instituição: 1. Professora UnB; 2. Aluno pós-graduação UnB; 3. Aluna graduação UnB.
Introdução: As farmácias magistrais possuem um papel complementar às indústrias e são
muito importantes quando manipulam produtos que não apresentam formulação industrializada
em concentrações ou formas adequadas a pacientes cujo estado clínico particular exige uma
medicação que foge à padronização. O DF apresenta o maior PIB per capita do Brasil e
concentra 93,16% deste no segmento de serviços. O presente trabalho tem por objetivo avaliar
o setor farmacêutico de varejo no DF, nos aspectos de distribuição geográfica e densidade de
farmácias, aberturas e fechamentos no período de 2000 a 2010 e o tipo de proprietário.
Métodos: Realizou-se um Estudo Transversal Descritivo, do tipo Levantamento de Dados. As
informações sobre o setor farmacêutico de varejo foram obtidas do Banco de Dados do sistema
informatizado do CRF-DF. Para determinação da densidade de farmácias por habitantes foram
utilizados Dados Populacionais do Censo de 2000 e 2010, realizado pelo IBGE. Resultados: O
total de farmácias passou de 34 estabelecimentos em 2000 para 72 em 2010. Apenas 12 das
30 Regiões Administrativas (RA) do DF têm farmácias. As RAs com maior nº de farmácias no
DF são Brasília e Taguatinga com 44 e 11 farmácias, apresentando taxas de crescimento neste
período de 76 e 83%, respectivamente. A maior taxa de crescimento do nº de farmácias
ocorreu na RA do Gama que passou de 1 a 4 farmácias em 2010. Os picos de abertura de
farmácias ocorreram nos anos de 2004, 2007, 2008 e 2010, sendo maior em 2008. A RA
Brasília possui o maior nº de farmácias em atividade e o maior nº dessas lojas abertas durante
o período, 20 farmácias. As taxas totais de abertura de farmácias para o DF foram maiores que
as de fechamento para o mesmo período. Porém nos anos de 2002, 2003, 2006 e 2009, o nº
de fechamento foi superior ao de abertura e em 2007 e 2008 o nº de farmácias fechadas e
abertas foi igual. Em Brasília no ano 2000 tínhamos 1 farmácia para cada 7.936 habitantes e,
no ano de 2010, esta razão passou a 1/4.769; Ceilândia 1/344.039 em 2000 e 1/134.243 em
2010; Gama 1/130.580, 2000 e 1/33.930, 2010; Guará 1/115.385, 2000 e 1/142.833, 2010 e em
Taguatinga 1/40.595 em 2000 e 1/32.823 em 2010. Entre as farmácias, 43% são de
propriedade exclusiva de farmacêuticos; 40% são sociedades entre farmacêuticos e leigos; e
17% são de propriedade de leigos. Conclusão: Na presente pesquisa verificou-se que na
última década houve crescimento de 112% no nº de farmácias magistrais no DF que são, em
sua maioria, de propriedade de farmacêuticos. Houve mais aberturas do que fechamentos de
estabelecimentos no período avaliado. O nº de farmácias é maior nas RAs de maior poder
aquisitivo e nas de menor poder aquisitivo não há farmácias, podendo ser locais para expansão
do setor. Auxílio financeiro: CNPQ / PNIC.
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SR 21 - ESTUDO DA ESTABILIDADE PRELIMINAR DO SABONETE LÍQUIDO BASE
PRODUZIDO NA FARMÁCIA-ENSINO DA UNIARARAS.
GUIZZO, PEDRO LUIS; SPATTI, MARINA CECÍLIA; BREDDA, THAIS CRISTINA CUBBA;
MALAFATTI, LUSIANE; MARTINI, PAULA CRESSONI; NAVARRO, FERNANDA FLORES.
Fundação Hermínio Ometto- UNIARARAS.
Sabonetes líquidos são responsáveis pela limpeza e higienização das mãos e/ou parte do
corpo de local de aplicação e sua aceitação pelo público tem aumentado atualmente. A
estabilidade consiste em ser o período a partir da data de fabricação e empacotamento da
formulação até que a sua atividade química e biológica não seja menor que um nível prédeterminado de potência rotulada e suas propriedades físicas não tenham mudado
apreciavelmente e de forma deletéria. Este trabalho teve como objetivo o estudo da
estabilidade preliminar do sabonete líquido base produzido na farmácia-ensino da
UNIARARAS. Foram analisadas características físicas (cor e odor) e características físicoquímicas (densidade, viscosidade e pH) mediante quatro temperaturas diferente: ambiente (25
± 2ºC); geladeira (8 ± 2ºC); estufa (34 ± 2ºC) e luz através de técnicas farmacopéicas e não
farmacopéicas. Não foram observadas modificações quanto a cor e odor; o valor de pH
diminuiu em todas as amostras, está alteração entretanto, manteve-se dentro das
especificações para sabonetes líquidos (pH 5,5-6,5); houve aumento da viscosidade da
amostra na geladeira e diminuição da viscosidade nos outros ambientes; quanto a densidade
não houve alteração significativa em todas as amostras. O estudo de estabilidade procurou
demonstrar a importância do correto armazenamento de bases farmacêuticas em diversas
condições, porém ainda são necessários testes químicos, microbiológicos, toxicológicos e
segurança de uso.
E-MAIL PARA CONTATO: [email protected]
SR 22 - ELABORAÇÃO DE GRANULADO EFERVESCENTE DE ESPINHEIRA SANTA
USANDO DESENHO FATORIAL
CUNHA-FILHO, MARCÍLIO1; GUSTMANN, PRICILA CASTILHO2; GARCIA,
SANCHES2; LIMA, ELIANA MARTINS3; SÁ-BARRETO, LÍVIA CRISTINA LIRA2
FELIPE
Faculdade de Ciências da Saúde, Universidade de Brasília (UnB), DF, Brasil; 2Instituto de
Ciências da Saúde, Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), MT, Brasil; 3Laboratório de
Nanotecnologia Farmacêutica e Sistemas de Liberação de Fármacos, Universidade Federal de
Goiás (UFG), GO, Brasil.
1
A Espinheira Santa (Maytenus ilicifolia) é uma planta de extenso uso popular em fitoterápicos
comercializados no Brasil. Sua alta dose terapêutica obrigam os pacientes a fazer a ingestão
diária de um elevado número de cápsulas contendo extrato seco. O objetivo deste estudo foi
desenvolver uma alternativa farmacotécnica viável para veiculação de extratos secos de
Espinheira Santa, através do desenvolvimento de granulados efervescentes. Neste estudo
utilizou-se um desenho experimental do tipo fatorial completo 23. Foram elaboradas 8
formulações em escala de bancada (50g), contendo 50% de extrato seco de Espinheira Santa.
Foram estudados três fatores experimentais: composição da mistura efervescente, % de
mistura efervescente no granulado e tamanho do granulado elaborado. Os granulados obtidos
foram caracterizados quanto a sua granulometria (microscopia eletrônica de varredura e
tamisação ultrassônica); reologia (ângulo de repouso e compressibilidade) e tempo de
efervescência. O extrato seco de Espinheira Santa apresentou resultados de fluxo
extremamente deficientes, com valores de ângulo de repouso e compressibilidade de 54,4° (±
3,9) e 37,3% (± 2,0) respectivamente, confirmando a elevada coesividade deste material. Já os
granulados efervescentes elaborados a partir dos extratos secos apresentaram bons resultados
quanto a sua reologia, com ângulos de repouso inferiores a 40° e compressibilidades menores
que 8%. Os tempos de efervescência também se situaram dentro dos limites farmacopêicos.
Diferenças significativas foram observadas entre os granulados elaborados. A granulometria
revelou ser o fator mais importante sobre o tempo de efervescência dos granulados. As
formulações elaboradas com tamis de 2mm apresentaram tempos de efervescência próximos a
120s, enquanto que os granulados extrusados no tamis de 1mm tiveram sua desintegração em
80s. Em contrapartida os granulados com maior tamanho médio de partícula apresentaram
fluxo superior devido a sua menor coesão e aderência, e ao seu formato mais regular,
conforme dados de tamisação e microscopia eletrônica. As fotomicrografias revelam ainda um
aspecto mais compacto dos granulados de 2mm, em oposição à elevada porosidade vista nos
granulados de 1mm, o que justifica a melhor umectação e rápida desintegração destes. O
percentual de mistura efervescente e a sua composição exercem apenas uma influência
secundária nos fatores físicos e mecânicos avaliados. Pode-se concluir que a manipulação de
granulados efervescentes de Espinheira Santa demonstrou ser uma alternativa promissora
devido à sua facilidade de elaboração e ao baixo custo de manipulação.
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SR 23 - CONTROLE DE QUALIDADE DO BOLDO-DO-CHILE (Peumus boldus molina)
COMERCIALIZADO EM COLATINA - ES
ZAMPROGNO, TATIANA TONINI*; GIMENEZ, ANA CLÁUDIA MARCELINO
Centro Universitário do Espírito Santo - UNESC
A utilização de plantas para finalidades medicamentosas é milenar, bem como sua
comercialização. Países desenvolvidos, como Alemanha e França, reconhecem oficialmente a
utilização de plantas para fins terapêuticos e possuem farmacopéias especializadas no
assunto. No Brasil, um dos grandes problemas no mercado de fitoterápicos está relacionado ao
controle de qualidade. Fraudes e adulterações são muito comuns e ocorrem por diversos
fatores, tais como a falta de conhecimento dos produtores e distribuidores e a fiscalização
deficiente. Dentre as plantas medicinais mais utilizadas encontra-se o Boldo-do-Chile (Peumus
boldus Molina) tendo ampla aplicação na medicina popular e científica, indicado para inúmeras
situações, dentre elas problemas na vesícula biliar e fígado. Desse modo, este trabalho tem
como propósito avaliar a qualidade microbiana e a autenticidade do Boldo-do-Chile (Peumus
boldus Molina) comercializado na forma de folha seca, no município de Colatina-ES. Para
tanto, foram realizadas, em duplicata, análises organolépticas, macroscópicas, microscópicas e
cromatográficas em três amostras comerciais de Peumus boldus Molina, adquiridas no mês de
junho de 2011, sob a forma de folha seca. A investigação também abrangeu a verificação da
contaminação microbiana das amostras, por meio da contagem quantitativa de bactérias
aeróbias totais e fungos totais, além da análise qualitativa das bactérias patogênicas
Staphylococcus aureus, Salmonella sp e Escherichia coli. Em relação à identificação os
resultados obtidos evidenciaram que 100% das amostras apresentaram as características do
Peumus boldus Molina descritas na Farmacopéia Brasileira (2010) e literaturas da área,
exibindo o alcalóide boldina na análise cromatográfica. Nas análises microbianas, embora
todas as amostras tenham apresentando crescimento de fungos e 75% delas tenham
apresentado crescimento de bactérias aeróbias, a contagem se situou dentro do especificado
pela Organização mundial de Saúde (1998) e em nenhuma delas houve crescimento das
bactérias patogênicas investigadas. Os resultados refletiram uma boa qualidade do Peumus
boldus Molina nas amostras analisadas, uma vez que todas se enquadraram nos padrões
preconizados pelas literaturas especializadas na área. Apesar de sua intensa utilização,
existem poucos estudos envolvendo Peumus boldus Molina, o que ressalta a necessidade da
realização dos mesmos visando estabelecer parâmetros de qualidade e maior padronização
desta planta medicinal.
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SR 24 - AVALIAÇÃO DA ESTABILIDADE DE EMULSÕES CONTENDO KEFIR DE LEITE
SCHMIDT, TUANNY PRISCILA1; BARZOTTO, IONETE LÚCIA MILANI1; OLIVEIRA, SIMONE
MARIA MENEGATTI1
1
Curso de Farmácia - Universidade Estadual do Oeste do Paraná
INTRODUÇÃO: O grão de Kefir é um conjunto de leveduras e bactérias que fermentam o leite
em temperatura ambiente, dando origem a um produto líquido e viscoso conhecido como Kefir.
Trata-se de um alimento probiótico, seguro para o consumo humano, possuindo atividade
imunomoduladora, antibacteriana e antioxidante. Contudo, apesar de existirem estudos
demonstrando que o mesmo possui atividade clareadora para cloasmas e melasmas, ainda é
pouco empregado na área cosmética. O objetivo deste trabalho foi encontrar uma emulsão
físico-quimicamente estável para o princípio ativo Kefir obtido do leite e estabelecer seu prazo
de validade. MÉTODOS: O Kefir foi adicionado a dois tipos de emulsão: uma aniônica (creme
Lanette N®) e uma não-iônica (creme Polawax®). Após o preparo, cada emulsão foi dividida
em duas partes iguais, sendo que em uma delas foi feita a incorporação do kefir de leite a frio
numa proporção de 10%. Assim, obtiveram-se quatro emulsões: não iônica com e sem o ativo;
aniônica com e sem o ativo. Com base no Guia de Estabilidade de Produtos Cosméticos da
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), os seguintes procedimentos, em triplicata,
foram realizados para avaliar a emulsão: análise do pH, densidade, aspecto macroscópico
(diariamente durante 90 dias) e análise de separação/sedimentação realizada em centrífuga a
3000 RPM (Rotações Por Minuto). Para a verificação da estabilidade, foram realizados os
seguintes testes físicos de estabilidade acelerada, por três meses: exposição à radiação
luminosa usando como fonte a luz solar; teste em estufa à temperatura de 45 ± 2º C; teste em
geladeira à temperatura de -5 ± 2º C. Ciclos de congelamento e descongelamento: ciclos de 24
horas à 45 ± 2º C, e 24 horas à -5 ± 2º C, durante os primeiros 12 dias. RESULTADOS: média
do pH: 4,18 no Lanette N® com ativo (LCA)/7,11 no Lanette N® sem ativo (LSA)/4,14 no
Polawax® com ativo (PCA)/5,92 no Polawax® sem ativo (PSA). Densidade: 0,785 (LCA)/0,906
(LSA)/0,762 (PCA)/0,823 (PSA). Após centrifugação: todos homogêneos. Aspecto
macroscópico e ciclo de 12 dias: todos normais. Estabilidade de 90 dias à -5 ± 2º C: todos
inalterados. À 45 ± 2º C: LCA e PCA: amarelados, espumosos, opacos e heterogêneos após 40
dias. Exposição à luz em temperatura ambiente: LCA e PCA: amarelados, espumosos, opacos
e heterogêneos após 70 dias. LSA e PSA: inalterados. CONCLUSÃO: o princípio ativo teve
boa incorporação, mas reduziu o pH e densidade das emulsões que só permaneceram estáveis
por três meses à -5 ± 2º C e em temperatura ambiente, por 70 dias. Portanto, seu prazo de
validade deve ser de 60 dias nestas condições. Temperaturas acima de 45ºC devem ser
evitadas.
E-MAIL PARA CONTATO: [email protected]
SR 25 - AVALIAÇÃO DO FATOR DE PROTEÇÃO SOLAR DE PROTETORES SOLARES
MANIPULADOS NO MUNICÍPIO DE CASCAVEL-PR
FERREIRA, FABIANA SARI; OLIVEIRA, SIMONE MENEGATTI DE OLIVEIRA, BARZOTTO,
IONETE LÚCIA MILANI.
Universidade Estadual do Oeste do Paraná
INTRODUÇÃO: O Brasil esta na maior parte localizado entre o Trópico de Capricórnio e o
Equador e nesta área a intensidade dos raios solares são maiores. Os danos causados pela
radiação UV à saúde podem ser minimizados com o uso freqüente de protetores solares. Para
determinar o fator de proteção solar (FPS) dos filtros solares, muitos métodos foram
desenvolvidos, sendo eles métodos in vivo e in vitro. Para ser feita a avaliação do fator de
proteção solar por um método in vitro, pode ser feito a espectrofotometria na região UV. De
acordo com a Resolução RDC nº 237/2002, a determinação do Fator de Proteção Solar deve
ser realizada utilizando estritamente uma das seguintes normas: Metodologia FDA (Food and
Drug Administration) (a variação dos valores de FPS não pode ser maior que 5%) ou
Metolodogia COLIPA (a média do FPS obtido permitem uma variação de +20% e -20% em
relação ao FPS declarado. MÉTODOS: Foram adquiridas amostras de todas as farmácias
magistrais do município de Cascavel que disponibilizaram formulações de protetores solares
FPS 15 em emulsão cremosa sem a adição de filtros físicos. Foi também analisado um protetor
solar FPS 15 emulsão industrializado para fins de comparação e controle. A determinação do
fator de proteção solar foi feito por espectrofotometria no ultravioleta através do método
desenvolvido por Mansur (1986). Os dados resultantes da análise espectrofotométrica foram
aplicados na seguinte fórmula para determinação do fator de proteção solar (FPS):
FC.Σ(320/290).EE( ).I( ).Abs( ). Onde: EE (λ) = Efeito eritematogênico da radiação solar em
cada λ; I (λ) = Intensidade da radiação solar em cada λ; Abs (λ) = Absorbância em cada λ; FC
= Fator de correção (= 10) (MANSUR, et al., 1986). RESULTADOS: Relação de FPS médio
obtido na análise: Farmácia A: 9,31 / Farmácia B: 7,54 / Farmácia C:3,16 / Farmácia D: 6,57 /
Farmácia E: 24,63 / Farmácia F: 12,58 / Farmácia G: 5,12 / Farmácia H: 17,16 / Industrializado:
16,43.CONCLUSÃO: De acordo com a análise dos resultados encontrados, cinco (62,50%)
dos protetores analisados apresentaram FPS menor que a variação permitida pelas normas da
COLIPA, dois (25,00%) apresentaram FPS dentro das normas e um dos protetores (12,50%)
apresentou FPS acima das mesmas normas. Portanto, segundo a norma da COLIPA, duas
formulações analisadas foram aprovadas. Se considerarmos as normas do FDA, a qual
considera variação de 5%, nenhuma das formulações foram aprovadas, incluindo a
industrializada. Auxílio financeiro: Fundação Araucária.
E-MAIL PARA CONTATO: [email protected]
SR 26 - DESENVOLVIMENTO DE MÉTODO INDICATIVO DE ESTABILIDADE PARA
AVALIAR SUSPENSÕES ORAIS DE AMOXICILINA
MARKMAN BLANCA ELENA ORTEGA, KOSCHTSCHAK MARIA REGINA WALTER, WU
ELIZABETH MEIHUE, MORAES PAULO SERGIO DAVID DE.
Núcleo de Ensaios Físicos e Químicos em Medicamentos. Centro de Medicamentos,
Cosméticos e Saneantes. Instituto Adolfo Lutz
Amoxicilina é um antibiótico betalactâmico, com excelente biodisponibilidade. Dentro da
classe, é de primeira escolha na indicação para infecções das vias aéreas superiores devido a
facilidade em ser absorvida quando administrado oralmente e por apresentar estabilidade
significativa em pH ácido. As propriedades das suspensões possibilitam a veiculação deste
fármaco que é instável em solvente aquoso, e de sabor desagradável. O Núcleo de Ensaios
Físicos e Químicos em Medicamentos do Instituto Adolfo Lutz (IAL) tem recebido queixas de
usuários particulares e de Unidades Básicas de Saúde do SUS com relatos de ineficácia
terapêutica e aspecto alterado de suspensões de amoxicilina. O objetivo deste trabalho foi
desenvolver e validar um método indicativo de estabilidade por CLAE-UV em sistema isocrático
visando avaliar a estabilidade de suspensões orais extemporâneas de amoxicilina, detectar
seus compostos de degradação e aplicá-lo com eficiência na verificação da estabilidade das
suspensões mediante avaliação diária durante o período de uso (07 dias), conforme indicado
pelo fabricante. Os materiais utilizados foram: excipiente para suspensão, padrão primário
(USP) de amoxicilina, 06 amostras de pó para suspensões de amoxicilina (genéricos) de
diferentes fabricantes e o medicamento referência. Desenvolveu-se um sistema cromatográfico
isocrático com fase móvel de tampão KH2PO4 50 mM e metanol (95:5); 30 °C, fluxo 1,5
mL/min; 230 nm; coluna C-18 RP Select B de 250x4mm, 5μm. Durante período dos sete dias
determinou-se o pH das suspensões em potenciômetro. O tempo de eluição da amoxicilina foi
de 4,9 minutos. Sob condições de stress (40ºC por 4 horas), padrão e amostra de suspensão
de amoxicilina analisados individualmente apresentaram produtos de degradação com unidade
de área significativa nos tempos de retenção de 1,58 2,84 e 3,17 . O excipiente analisado sob
as mesmas condições não apresentou nenhum pico. O método validado apresentou uma
recuperação entre 100,63 % a 99,96%, linearidade com r^2 = 0,9990 e precisão menor que
2%. A avaliação da estabilidade das suspensões apresentou os seguintes resultados: variação
de pH entre o primeiro e o sétimo dia foi em média da ordem de 0,2 para todas as amostras;
em relação ao teor de amoxicilina a amostra referência apresentou uma queda de 1,15%
enquanto as amostras genéricas demonstraram uma taxa de degradação mínima de 2,5%
máxima de 14,85% durante o período. Estes resultados evidenciaram que três amostras
genéricas no sétimo dia não atenderam a especificação de teor amoxicilina de 90% enquanto
outras três corresponderam a especificação, assim como o medicamento referência. Dentre as
três amostras genéricas que não atenderam a especificação somente uma apresentava teor
de 77,6% no primeiro dia e constatou-se uma degradação de 9,5% no sétimo dia.
Considerando que um dos focos principais do uso racional de medicamentos é a segurança
de uso, a taxa encontrada de produtos de degradação da amoxicilina nas formulações
estudadas causa preocupação em relação a possível toxicidade e/ou ineficácia terapêutica
podendo causar riscos sanitários aos usuários. O método desenvolvido e validado mostrou-se
eficaz para avaliar a estabilidade das suspensões orais de amoxicilina, evidenciado mediante
uma diminuição do pico principal e aumento dos picos de compostos resultantes da
degradação da amoxicilina.
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SR 27 - AVALIAÇAO DA ESTABILIDADE DE CREMES CONTENDO VITAMINA C E
VITAMINA C NANOENCAPSULADA
NUNES, ROBERTA DA SILVA; BARBOSA, CARLANA; NUNES, MARISA FERNANDA
Universidade da Região da Campanha
O estudo da estabilidade de um produto farmacêutico mostra o seu comportamento, em
determinado intervalo de tempo, frente às condições ambientais a que possa ser submetido,
desde sua fabricação até o término de sua validade. A vitamina C (ácido ascórbico) é uma
vitamina instável em variações de temperatura e facilmente oxidada, logo surge à constante
preocupação em relação à incorporação deste ativo em cosméticos. O objetivo deste estudo foi
comparar a estabilidade de formulações de cremes não-iônicos contendo vitamina C nas
concentrações de 5% e 15% e vitamina C nanossomada (Activespheres Vit C PMg®) nas
concentrações de 2% e 5%, conforme especificações do fornecedor. O estudo foi realizado
durante um período total de 45 dias (tempo zero, 15 dias, 30 dias e 45 dias) onde as amostras
de creme foram analisadas em diferentes condições de temperatura (45°C, temperatura
ambiente e -5°C) observando aspectos como a aparência, cor, odor e ph apresentados pelas
formulações. Observou-se que as amostras contendo a vitamina C nanossomada nas duas
concentrações apresentaram maior estabilidade quando comparadas com as amostras
contendo a vitamina C não nanossomada, que por sua vez tiveram sua aparência, cor e odor
intensamente modificados e ph levemente modificado. As amostras contendo o ativo protegido
pela ação da nanotecnologia apresentaram-se estáveis frente aos parâmetros analisados,
mostrando-se ideais para a utilização em formulações cosméticas, sugerindo assim uma boa
eficácia de penetração na pele, além de serem produzidas com tecnologia que não utiliza
solventes orgânicos ou qualquer composto químico, o que garante maior segurança para o
consumidor. A nanotecnologia mostra-se como uma ciência que traz inúmeras possibilidades
dentro da tecnologia farmacêutica e desenvolvimento de novos fármacos.
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SR 28 - AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE EXTRATOS SECOS DE ACEROLA
COMERCIALIZADOS
POR
DISTRIBUIDORES
NACIONAIS
DE
INSUMOS
FARMACÊUTICOS
NUNES, ROBERTA DA SILVA; NUNES, MARISA FERNANDA
Universidade da Região da Campanha
De acordo com as Boas Práticas em Farmácia, os produtos farmacêuticos devem possuir
qualidade compatível com especificações determinadas por códigos oficiais, visando assegurar
seu uso. A qualidade das matérias-primas empregadas em formulações de medicamentos e
cosméticos é fator primordial para se alcançar eficiência e segurança. O objetivo deste trabalho
foi avaliar a qualidade de três amostras de extrato seco de acerola fornecida por diferentes
distribuidores nacionais através do doseamento de vitamina C por HPLC e avaliação da
atividade antioxidante pelo método DPPH. Antes da realização dos testes foram observados os
dados dos fornecedores, lote, origem e laudo de controle de qualidade. Quando realizados os
testes pode-se observar que a concentração de vitamina C das amostras de dois fornecedores
apresentou resultados inferiores aos apresentados no laudo, apresentando em uma delas
menos da metade da quantidade indicada. Logo, apenas uma das amostras estava dentro do
especificado em relação à concentração de vitamina C quando analisada por HPLC. Além
destas variações as amostras apresentaram picos que não se sobrepõe, demonstrando
possível presença de distintos compostos em cada amostra. Em relação à atividade
antioxidante, todas as amostras apresentaram atividade, porém com intensidades diferentes e
não se podendo relacionar com a concentração de vitamina C apresentada nas amostras, pois
a amostra que apresentou maior concentração de vitamina C não apresentou maior atividade
antioxidante. Os resultados apresentam uma notável diferença entre os resultados
encontrados, estando à vitamina C presente em todas as amostras e as mesmas apresentando
atividade antioxidante, porém em quantidades e intensidades diferentes. Observando os
resultados encontrados, surge então uma imensa preocupação com a padronização dos
fornecedores e até mesmo a variação da qualidade existente entre os próprios fornecedores
utilizados por farmácias de manipulação e indústrias farmacêuticas, ficando assim a dúvida em
relação à qualidade dos atuais fornecedores de extrato seco de acerola encontrados no país.
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SR 29 - DOSEAMENTO DE MALEATO DE ENALAPRIL EM CÁPSULAS MANIPULADAS EM
FARMÁCIAS DO MUNICÍPIO DE CASCAVEL - PR
ROCHA, IARA FERNANDA; OLIVEIRA, SIMONE MARIA MENEGATTI DE; BARZOTTO,
IONETE LÚCIA MILANI.
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ - UNIOESTE
INTRODUÇÃO: O maleato de enalapril é um pró-fármaco e potente inibidor da ECA (enzima
conversora de angiotensina), utilizado no tratamento da hipertensão arterial sistêmica e pode
ser encontrado em forma de cápsulas manipuladas. O controle de qualidade é ferramenta
indispensável para obter um produto manipulado com qualidade farmacopêica. O objetivo
desta pesquisa foi avaliar a qualidade de cápsulas manipuladas contendo maleato de enalapril
20 mg quanto ao peso médio, coeficiente de variação e uniformidade de conteúdo. MÉTODOS:
As cápsulas de Maleato de Enalapril 20 mg manipuladas foram adquiridas em sete farmácias
magistrais do município de Cascavel - PR. Foram verificados o peso médio e o coeficiente de
variação das cápsulas por pesagem em balança analítica. A metodologia adotada é a
preconizada pela Farmacopéia Brasileira, consistindo na pesagem individual de 10 cápsulas,. A
avaliação da uniformidade de conteúdo das cápsulas foi realizada doseando-se o conteúdo de
dez cápsulas individualmente, utilizando espectrometria de absorção no ultravioleta (UV),
metodologia desenvolvida e validada por Kulamp (2003). RESULTADOS: Os limites de
variação de peso médio permitidos são de ±10%, e em uma das amostras (14,3%) o peso de
uma amostra ficou abaixo do limite adequado. Quanto ao desvio padrão relativo (DPV), uma
amostra (14,3%) apresentou 5,1%, tendo ultrapassado o limite permitido de 4 %. O valor
permitido para a concentração do princípio ativo nas cápsulas varia de 90,0 a 110,0 %. Em três
amostras (42,9%), a média das concentrações das cápsulas ficou acima de 110,0%; em uma
amostra (14,3%) a média ficou abaixo de 90,0 %; nas demais (42,9%) as médias ficaram
dentro do intervalo adequado. O desvio padrão das concentrações do fármaco foi maior que
5% em todas (100%) as amostras analisadas. CONCLUSÃO: O método espectrofotométrico
proposto é simples e específico, podendo ser usado facilmente nas rotinas de um laboratório
de controle de qualidade. O trabalho demostra a importância da realização do controle de
qualidade de cápsulas, o qual assegura a credibilidade do medicamento manipulado, o que é
de extrema importância para a saúde pública.
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SR 30 - ARMAZENAGEM E TRANSPORTE TERCEIRIZADOS AO SETOR FARMACÊUTICO:
NECESSIDADE DE UMA LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
Silva, Glória Cristina de Albuquerque Cabral da
As características dos medicamentos devem manter-se íntegras, através de toda a cadeia
produtiva e de distribuição, mediante a fidelidade às premissas estabelecidas para cada uma
das fases que integram o sistema, incluindo o transporte e a armazenagem de produtos finais e
matérias-primas. A logística de distribuição e de armazenagem são atividades dentro da cadeia
de suprimentos que sempre podem ser melhoradas para contribuir com o desempenho da
empresa e com o alto nível de atendimento prestado ao cliente final através de uma gestão
eficiente. A decisão de terceirizar parte do estoque permite que a indústria farmacêutica otimize
o uso do espaço de sua planta para a produção, além de ser uma forma de manter um estoque
estratégico de segurança. Essa prática, cada vez mais adotada, atina para as vias da incerteza
quando o produto sai das mãos do fabricante. O presente estudo teve por objetivo identificar,
no setor farmacêutico, os principais pontos críticos na terceirização do transporte e
armazenagem de suas matérias-primas e produtos acabados, no que diz respeito à falta de
uma normativa específica. Realizou-se, para esta pesquisa, coleta de material bibliográfico,
procedendo-se à leitura do material coletado, no sentido de selecionar aqueles que tratam dos
fatores voltados aos objetivos já mencionados. Realizou-se, também, uma análise das várias
abordagens dos autores que tratam do assunto, explorando os aspectos conceituais,
estabelecendo pontos-de-vista e argumentos pessoais. Os dados coletados revelaram que a
indústria farmacêutica tem como maior barreira na terceirização de serviços de transporte e
armazenagem a falta de uma legislação específica e os desafios para essa atualização, uma
vez que o setor reporta-se atualmente à RDC 17/2010 - Boas Práticas de Fabricação, que
aborda uma visão normativa geral, sem discutir os impactos específicos desses aspectos.
Enfatiza-se que, no âmbito do transporte, deve-se levar em consideração o monitoramento da
variação de temperatura durante todo o transporte, as condições sanitárias no
desmembramento da carga em outros terminais, as variações de temperatura do
armazenamento temporário nos pátios aéreos e a falta de contêineres dedicados ao transporte
de medicamentos. Já no armazenamento, detalhes técnicos voltados à terceirização na
armazenagem de produtos ativos e radioativos, bem como o seu transporte deveriam ser
especificados na normativa proposta. Nesse sentido, necessário se faz uma resolução
específica voltada às Boas Práticas de Transporte e Armazenagem de medicamentos para que
a terceirização de serviços voltados ao setor farmacêutico seja confiável.
E-MAIL PARA CONTATO: [email protected]
SR 31 - OPERADORES LOGÍSTICOS
FARMACÊUTICOS TERMOSENSÍVEIS.
ESPECIALIZADOS
EM
PRODUTOS
CASTRO, PRISCILA MONTEIRINHO DE.
UNIVERSIDA DE SANTO AMARO
INTRODUÇÃO: Observou-se que nos últimos tempos, as empresas estão cada vez mais
entendendo a importância da manutenção das condições ideais de temperatura e umidade, em
todos os processos logísticos, para que um princípio ativo não sofra alterações,
comprometendo futuramente á efetividade do fármaco, e para isso estão se especializando
através de profissionais qualificados, tecnologia, estruturas e equipamentos adequados. É de
fundamental importância, á conservação das propriedades do produto ao longo da cadeia de
distribuição, desde a fabricação até o consumidor final, visto que o estado da matéria-prima ou
produto acabado, o manuseio e o método utilizado para armazenar e transportar irá influenciar
na qualidade do produto final. Este trabalho tem por objetivo conhecer os processos de um
operador logístico, como também entender as dificuldades que são encontradas no decorrer da
cadeia logística, com relação á faixa de conservação, já que cada produto possuí uma
particularidade específica de temperatura estabelecida pelo fabricante, que deve ser mantida.
Dessa forma o profissional terá orientações técnicas sobre como organizar e gerenciar com
segurança os produtos farmacêuticos. MÉTODO: O estudo teve como base a pesquisa em
literatura científica e experiências obtidas em campo. RESULTADO: Espera-se que o tema
abordado, que é de suma importância, sirva como base de conhecimentos aos profissionais
atuantes e os não atuantes, e também á aqueles que simplesmente demonstrem interesse, por
necessidade ou por curiosidade, mas que de alguma maneira contribua para agregar
conhecimento. CONCLUSÃO: Podemos concluir que todo esforço relacionado á interação da
cadeia de abastecimento, seja ele o armazenador, distribuidor, transportador, operador
logístico, sempre serão os elos necessários e fundamentais na conexão entre as empresas que
fabricam e os estabelecimentos que vendem para o consumidor final. A qualidade dos produtos
de interesse á saúde pode ser afetada pela falta de vários controles, nas inúmeras atividades
realizadas durante as operações, sendo a de maior relevância: a temperatura e o tempo de
estocagem. Pode-se observar que estamos na diretriz correta, pois existem normatizações e
leis estabelecendo controles e orientações para corrigir e aprimorar os processos da cadeia do
frio, porém estamos longe da perfeição, pois o Brasil por ser um país com grande extensão
continental e variações de temperatura, se torna um desafio constante para os profissionais.
E-MAIL PARA CONTATO: [email protected]
SR 32 - VALIDAÇÃO DE
FARMACÊUTICO REGULADO
SISTEMAS
COMPUTADORIZADOS
EM
AMBIENTE
DRAGVA FILHO, ROBERTO; TRAVERSO, MARIA ROSSANA ALMEIDA; NOGUEIRA,
LETÍCIA DE SOUZA; HAJJAR, CELINA SHIZUKA OITA; LIMA, GUILHERME
VASCONCELLOS DE SOUZA; LOURENÇO, ANDRÉIA CRISTINA SANTOS
Ophthalmos, São Paulo, Brasil
O objetivo da validação de sistemas computadorizados (VSC) foi estabelecer práticas que
garantam com alto grau de certeza a exatidão das operações dos sistemas e a integridade dos
seus registros de dados, não comprometendo a qualidade do produto e a segurança do
paciente. Para atender as exigências regulatórias da Resolução da Diretoria Colegiada número
17/2010 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e aplicar a VSC em seus
sistemas computadorizados com impacto nas Boas Práticas de Fabricação (BPF), a
Ophthalmos cumpriu as orientações do GAMP5 (Good Automated Manufacturing Pratice - 5),
um guia elaborado pelo International Association for Pharmaceutical Engineering, referência
mundial em VSC. O sistema escolhido foi o gerenciador de documentos denominado SE
Documentos, sistema integrante da plataforma SE Excellence Suite, desenvolvido pela
empresa Softexpert S/A. Considerou-se este sistema, devidamente inventariado e identificado
como de impacto BPF através de análise de risco inicial (gerenciamento de risco fase 1 GAMP5) e classificado como categoria 4 no GAMP5 e categoria 3 no manual de VSC da
Anvisa. A VSC evidenciou de forma segura que o sistema atende aos requisitos ao qual foi
adquirido, atende ao processo que suporta tanto do ponto de vista de negócio quanto às
exigências regulatórias. Ademais, o modelo proposto pelo GAMP5, mostrou-se eficiente,
prático e objetivo, apresentando de forma clara e pragmática as fases da VSC, padronizando
termos, definindo papéis e responsabilidades e, principalmente, padronizando o processo de
gerenciamento de riscos. Finalizando, outro aspecto observado foi a mudança cultural
promovida pela VSC na Ophthalmos, onde este processo deve ser entendido como a adoção
de uma cultura e não simplesmente como exigência regulatória, promovendo o conhecimento
através da capacitação, controle e qualificação da infraestrutura de tecnologia da informação,
cultura de gerenciamento de mudanças, maturidade na gestão de projetos e relacionamentos
com fornecedores. Apoio financeiro: Ophthalmos.
E-MAIL PARA CONTATO: [email protected]
SR 33 - ESTUDO DO CORANTE NATURAL DO AÇAI COM POTENCIAL APLICAÇÃO EM
OFTALMOLOGIA
LOURENÇO, ANDRÉIA CRISTINA SANTOS1; PERIS, CRISTIANE SIQUEIRA2; TRAVERSO,
MARIA ROSSANA ALMEIDA1; GAZZO, ALESSANDRA1; GUSMÃO, ROBERTO DA SILVA1;
MAIA, MAURÍCIO2
1
Ophthalmos, São Paulo, Brasil; 2Departamento de Oftalmologia, Escola Paulista de Medicina,
Instituto da Visão, Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, Brasil
O açaí (Euterpe oleracea) é um fruto brasileiro que possui alta quantidade de antocianinas em
sua polpa. Desta forma, este fruto gera um grande interesse de estudo. O objetivo deste
trabalho foi avaliar o uso do corante natural extraído do fruto açaí como corante da membrana
limitante interna (MLI) em olhos cadavéricos humanos. Preparou-se uma solução do corante,
concentração de 5 mg mL-1 do fruto açaí. Esta solução foi injetada na cavidade vítrea de 12
olhos cadavéricos humanos após 24 horas de morte. Aguardou-se um minuto para a remoção
do corante por aspiração mecânica. Assim, removeu-se a MLI utilizando fórceps intra-ocular, e
posteriormente, foi examinada por miscrocopia óptica e de transmissão. A MLI em contato com
o corante produziu uma coloração rosácea, facilitando assim a sua identificação e extração. A
microscopia óptica, utilizando hematoxilina-eosina e azul de toluidina, mostrou o contorno da
MLI e a microscopia de transmissão apresentou a visão transversal da MLI. Desta forma, estas
técnicas indicam que a remoção da MLI com o auxílio do corante do açaí foi eficiente em todos
os casos. Entretanto, as alterações histológicas de todas as camadas da retina estão
associadas com o processo fisiológico degenerativo após a morte. As imagens demostraram
que nenhum dano estrutural significativo na morfológia ocorreu com a coloração e extração da
MLI. O método para a extração da MLI utilizando antocianinas presente no corante natural açaí
mostrou-se eficiente em olhos cadavéricos humanos. Portanto, este resultado indica que este
procedimento pode ser utilizado como ferramenta em cirurgias vitreoretinianas. No entanto, a
cor e a toxicidade ocular do corante em oftalmologia ainda serão avaliadas. Apoio financeiro:
Ophthalmos.
E-MAIL PARA CONTATO: [email protected]
SR 34 - INTEGRAÇÃO FARMACÊUTICO E ENFERMEIRO NO CUIDADO A PACIENTES
COM TERAPIA MEDICAMENTOSA VIA SONDA
Souza, Vanessa Kasubeck e Carvalho, Cristiana Nunes
Hospital Bandeirantes
Quando o paciente encontra-se com o trato gastrintestinal comprometido e desnutrido, muitas
vezes emprega-se a nutrição enteral 1,2. Como é papel do Farmacêutico garantir o uso racional
e seguro de medicamentos, quando o paciente faz uso de Sonda para Nutrição Enteral (SNE) é
sua responsabilidade orientar a equipe multiprofissional quanto à sua administração correta.
Sempre ao avaliar a prescrição de um paciente com SNE devem-se verificar as possíveis
falhas farmacológicas para então, direcionar condutas 3. Preferivelmente deve-se analisar a
possibilidade de utilização de vias alternativas (retal, transdérmica ou parenteral) e caso não
seja possível, instruir a melhor maneira para alteração da forma farmacêutica a ser utilizada . A
farmacoterapêutica via SNE pode acarretar em problemáticas como obstrução da sonda,
ineficácia terapêutica, ou até mesmo a interação entre fármaco-nutriente, portanto a equipe
multidisciplinar é essencial para monitorar esses potenciais erros 2. Objetivo: Demonstrar a
importância do Farmacêutico Clínico e a troca de informações com a Enfermagem para garantir
a prevenção de erros e a eficácia terapêutica em pacientes com medicamentos via sonda.
Método: Trabalho prospectivo, observacional e descritivo. Foram avaliados 100% dos pacientes
com SNE hospitalizados nas Unidades de Internação de um hospital filantrópico da região
central de São Paulo, no período de dezembro/2011 a fevereiro/2012. As prescrições foram
analisadas e condutas farmacêuticas direcionadas, baseadas na possibilidade de alteração de
via, alteração do item, ou ainda instrução à equipe de enfermagem em como realizar o preparo
do medicamento para manter sua eficácia terapêutica. Resultados: No período descrito foram
realizadas 343 evoluções, das quais foram necessárias 62 instruções relacionadas ao
medicamento. Das indicações, 29% são para administração de pantoprazol, 13% para
levotiroxina, 11% para óleo mineral, 10% para fenitoína, 8% para hidralazina e micofenolato de
sódio, 6% para lactulose, 5% para levodopa + benserazida, 3% para carbonato de cálcio, 2%
para fluoxetina, ranitidina, tiamina + piridoxina + cianocobalamina e 1% para ciprofloxacino.
Conclusão: Quando o paciente possui um quadro clínico debilitado, muitas vezes o uso de SNE
é necessário. Para que medicamentos sejam administrados por essa via são precisos cuidados
especiais e para evitar erros é necessário contar com toda a equipe multidisciplinar, sendo que
o enfermeiro desempenha um papel importante. Devido seu contato constante com o paciente,
esse será os olhos do Farmacêutico durante a administração da terapia medicamentosa,
supervisionando tanto o modo de preparo, quanto os possíveis problemas que a administração
inadequada pode desenvolver.
E-MAIL PARA CONTATO: [email protected]
SR 35 - FARMACÊUTICO CLÍNICO: EDUCADOR DAS EQUIPES DE SAÚDE
Souza, Vanessa Kasubeck e Carvalho, Cristiana Nunes
Hospital Bandeirantes
O conceito de disciplinaridade muito utilizado devido à rápida proliferação de informações é a
cada dia mais visto em sua nova vertente: a interdisciplinaridade. Desenvolvido por Jean Piaget
na década de 20, hoje é aplicável rotineiramente devido à complexidade dos acontecimentos e
da necessidade de uma análise mais completa de qualquer fato. Na área da saúde torna-se
indispensável, visto que o cuidado a vidas é algo que envolve riscos e depende do
conhecimento de diversos profissionais para formar a melhor terapêutica possível 1. O
Farmacêutico além de atuar junto ao corpo clínico deve direcionar condutas baseadas na
reconciliação medicamentosa, análise da prescrição e do acompanhamento de protocolos
clínicos. Também pode atuar garantindo a qualidade do medicamento utilizado pelo paciente
através de validações medicamentosas e da análise de fornecedores, atuar em
Farmacoeconomia, analisar Reações Adversas Medicamentosas (RAMs) e exercer a
farmacovigilância 2. Devido aos conhecimentos adquiridos durante a graduação, esse
profissional será o expert em medicamentos e está preparado a auxiliar as demais equipes com
informações de qualidade e que garantam a preparação, prescrição e administração da
farmacoterapêutica corretamente 3. Objetivo: Demonstrar a importância da atuação do
Farmacêutico Clínico como prestador de informações farmacológicas. Método: Trabalho
retrospectivo, observacional e descritivo. Foram mensuradas as informações prestadas pela
equipe de Farmácia Clínica através do Serviço de Informação do Medicamento, em um hospital
filantrópico de São Paulo, durante o período de março de 2011 a março 2012. Resultados.
Durante o período citado foram prestadas 1945 informações, das quais 70% foram à
Enfermagem, 19,1% ao Corpo Clínico, 6,8% aos colaboradores da dispensação de
medicamentos, 2,8% aos pacientes (tanto internados, quanto pós-alta), 0,7% aos
colaboradores do Serviço de Nutrição e Gastronomia e 0,1% aos colaboradores de setores
administrativos (Auditoria, Cadastro de Informações Técnicas, Central de Autorizações,
Compras e Faturamento). Também foi possível verificar as maiores dúvidas que acometem aos
nossos clientes, sendo mais frequentes quando relacionadas à Padronização e de menor
frequência quando relacionadas às RAMs. Conclusão: Em um ambiente onde a segurança do
paciente é o foco de diversas equipes, as informações disseminadas possuem um alto valor.
Quando o assunto é medicamento, o Farmacêutico é o profissional mais indicado. Devido ao
conhecimento adquirido em sua formação esse está preparado para informar as demais
equipes em diversos aspectos como preparação e administração de injetáveis, efeitos
colaterais, estratégia terapêutica, padronização, entre outros. Promover segurança ao paciente
é possível devido à integração farmacêutico - equipe multidisciplinar, onde as informações
prestadas são absorvidas e utilizadas da melhor maneira possível.
E-MAIL PARA CONTATO: [email protected]
SR 37- ANÁLISE DO CONSUMO E CUSTOS COM MEDICAMENTOS EM UNIDADES DE UM
HOSPITAL CARDIOLÓGICO
VIEIRA, KATIA DOS SANTOS¹; UCHOA, YELENA DINIZ COSTA¹; MACEDO, ANA LIVIA
SANTIAGO¹.
1- Hospital Prontocárdio
A gestão de custos leva à adoção de medidas racionalizadoras e o equilíbrio entre a qualidade
dos serviços prestados e seus custos torna-se um evidente desafio. O processo de
gerenciamento de custos mensais com medicamentos torna a gestão de recursos uma das
grandes preocupações do farmacêutico atuante na área hospitalar. O objetivo do estudo foi
utilizar a classificação ABC para analisar o consumo/custos com medicamentos em UTI,
Unidade Semi Intensiva e Clínica. Este é um estudo descritivo, exploratório, retrospectivo,
quantitativo feito por meio de estatística descritiva simples. A coleta de dados foi referente ao
ano de 2011 nas unidades UTI, Semi Intensiva e Clínica de um hospital privado cardiológico
em Fortaleza-Ceará, utilizando-se a classificação ABC. O custo médio leito/mês das Unidades
UTI, Semi-intensiva e Clínica foram respectivamente R$ 2.031,58, R$ 864,69 e R$502,62. Os
três medicamentos da classe A de maior custo representaram 22,38%, 37,03% e 29,77% do
orçamento das Unidades UTI, Semi intensiva e Clínica respectivamente. O item de maior custo
consumido na UTI foi a Nitroglicerina 50mg/10ml, enquanto na Semi intensiva e Cliníca foi a
Enoxaparina Sódica 40mg. Na Semi intensiva dos três medicamentos mais consumidos, dois
correspondem à Classe B (Propatilnitrato 10mg e Clopidogrel 75mg) e um da Classe C (Acido
Acetilsalicílico 100mg), representando um total de 7,73% do orçamento. Na UTI e Clínica os
custos dos itens mais consumidos resultaram em 6,21% e 2,02% respectivamente. Dos três
medicamentos mais consumidos na UTI, um pertence a classe A (Soro Fisiológico 0,9% 500ml)
e dois a classe C (Água destilada 10ml e Cloreto de Sódio 10ml) e na Clínica um pertence a
classe B (Propatilnitrato 10mg) e dois correspondem à Classe C (Acido Acetilsalicílico 100mg,
Água destilada 10ml). A classificação ABC permitiu conhecer o consumo e os custos com
medicamentos favorecendo a gestão desses recursos nas unidades avaliadas.
E-MAIL PARA CONTATO: [email protected]
SR 38 - AVALIAÇÃO DA UTILIZAÇÃO DE MEDICAMENTOS ARMAZENADOS EM
DOMICÍLIOS EM UMA COMUNIDADE ATENDIDA PELO PROGRAMA DE SAÚDE DA
FAMÍLIA EM ARACAJU/SE
OLIVEIRA, RAYSA KARLA RODRIGUES DE 1; SANTANA, DANILO DE SOUZA 1;SOUZA
FERRO, ÍTALO TAIRONE DE 1; BELIZÁRIO-SOUSA, ANA PAULA 2; LAURINDO-SILVA, ANA
MARIA 2
1 Acadêmicos do curso de Farmácia da Universidade Tiradentes - UNIT; 2 Docentes do curso
de Farmácia da Universidade Tiradentes - UNIT
INTRODUÇÃO: A concretização dos benefícios terapêuticos possibilitados pelo
aperfeiçoamento da clínica médica pelo desenvolvimento técnico-científico aplicado à
descoberta e desenvolvimento de novos fármacos, transformou o medicamento em uma
referência para o restabelecimento das condições de saúde da população. A sua ampla
inserção trouxe benefícios para a evolução das condições de saúde da população, porém, esta
realidade tem propiciado, de maneira concomitante, sua utilização inadequada, constituindo um
sério problema de saúde coletiva. O trabalho teve como objetivo conhecer a forma de
armazenamento, descarte e o uso de medicamentos de uma comunidade residente na área de
cobertura do Programa de Saúde da Família. METODOLOGIA: A pesquisa caracteriza-se
como um estudo descritivo com abordagem quantiqualitativa e enfoque transversal. Fizeram
parte do estudo famílias residentes em uma zona de cobertura PSF/Aracaju/SE, tendo sido
estabelecida por sorteio a microárea a ser visitada. Um universo de oitenta residências para o
estudo foi determinado, sendo selecionados por amostra probabilística sistemática. Foram
incluídos os domicílios onde houve concordância, por parte dos moradores, para participação,
mediante assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Um questionário era
preenchido durante a visita domiciliar e as condições de armazenamento dos medicamentos
eram observadas e registradas. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A maioria das famílias
(32,5%) possuiu renda de dois a três salários mínimos e apenas 53,75% dos indivíduos
concluiu o ensino médio. Entre as famílias estudadas foram detectadas 98 doenças crônicas,
predominando, entre estas, hipertensão arterial sistêmica (29,59%) e diabetes mellitus
(17,34%). Os analgésicos/antitérmicos (15,71%) e antimicrobianos (10,57%) foram as
principais classes terapêuticas encontradas e a cozinha foi o principal local para a guarda de
medicamentos em 57,3% dos domicílios. Outros dados relevantes foram: medicamentos
vencidos (6,2%), sobras de medicamentos para reutilização (43,05%), descarte em lixo
doméstico (23,61%) e uso concomitante de plantas medicinais e fitoterápicos (52,5%).
CONCLUSÃO: Os resultados obtidos mostraram que o armazenamento de medicamentos em
domicílio é uma prática presente na comunidade pesquisada, indicando o desconhecimento da
população em relação aos riscos que estes podem causar quando da utilização indevida e/ou
automedicações, interações medicamentosas e descarte inapropriado.
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SR 39 - ESTUDO DE ESTABILIDADE DE CREMES O/A
HIDROALCOOLICO DE AUSTROPLENCKIA POPULNEA
E GÉIS COM EXTRATO
MENEZES, LARISSA DIAS; GOMES, GÚBIO OLIVEIRA; NETO, JOSÉ ANTÔNIO PAIXÃO DA
SILVA; ESPINDOLA, LAILA SALMEN; MESQUITA, MARIANA LAUNDRY DE; SILVA, MÔNICA
VALERO DA.
Departamento de Ciências Farmacêuticas - Faculdade de Saúde. Universidade de Brasília
(UnB)
Austroplenckia populnea é uma planta brasileira, do cerrado, que pertence à família
Celastraceae, conhecida como “marmelinho do campo, mangueira brava, mangabarana, vime e
Maria mole”. É utilizada na medicina popular para tratar disenterias e transtornos inflamatórios,
tais como reumatismo. O extrato hidroalcóolico foi obtido por maceração em álcool etílico 96%
seguido por rota-evaporação. Foi desenvolvido uma formulação semi-sólida para uso tópico
empregando-se duas concentrações do extrato hidroalcóolico bruto de Austroplenckia
populnea a 4% e 8%. A preparação dos cremes O/A foi realizada pela técnica de inversão de
fase, enquanto que para os géis hidrofílicos foi utilizado carbopol® 940, empregando a técnica
de preparação a frio. Os cremes e os géis foram submetidos à avaliação da estabilidade físicoquímica durante 180 dias, avaliando pH, aspectos organolépticos das preparações
armazenadas a temperaturas de 4±2ºC, 40±2°C e temperatura ambiente, centrifugação para os
cremes O/A e teste gelo-desgelo para os géis hidrofílicos. O estudo de estabilidade aplicado
mostrou que os cremes mantiveram-se estáveis durante o período de avaliação, enquanto os
géis apresentaram sinérese. Baseado nos resultados avaliados concluiu-se que os cremes O/A
seriam a forma farmacêutica semi-sólida de escolha para continuidade dos estudos com o
extrato de Austroplenckia populnea. Auxílio financeiro da Finatec (Fundação de
Empreendimentos Científicos e Tecnológicos)
E-MAIL PARA CONTATO: [email protected]
SR 40 - IMPUREZAS QUÍMICAS EM MEDICAMENTOS MANIPULADOS PODEM SER UM
RISCO PARA A SAÚDE
GOMES*, TATIANA CRISTINA BOMFIM; LEAL, ALEXANDRE SOARES; SEPE, FERNANDA
PEIXOTO; MENEZES, MARIA ÂNGELA DE BARROS CORREIA; SILVA, MARIA APARECIDA.
Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear/Comissão Nacional de Energia Nuclear,
CDTN/CNEN
INTRODUÇÃO: O crescente número de casos de intoxicação por medicamentos manipulados,
falsificados ou contaminados, tem chamado atenção da Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (ANVISA). A questão fica ainda pior com a proliferação de farmácias de manipulação
no país e a falta de um sistema eficiente de controle da qualidade. Um dos problemas
provocados por estes medicamentos é que a dose de cada composto ativo não pode ser
totalmente assegurada; e ainda a presença de impurezas não incluídas na fórmula original que
podem estar presentes no produto final. Tendo este cenário em mente, uma avaliação de
alguns elementos químicos em vários medicamentos manipulados vem sendo realizada a fim
de se determinar as impurezas químicas e avaliar os potenciais riscos a saúde do paciente. A
exposição em longo prazo mesmo a baixas concentrações de metais, por exemplo, pode
causar lesões aos seres humanos, principalmente quando estes elementos não são essenciais
ao organismo. MÉTODOS: Utilizou-se a análise por ativação neutrônica para quantificar e
avaliar a presença de alguns elementos químicos aplicando o método de padronização k0 no
Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear (CDTN). RESULTADOS: Os resultados
preliminares para o medicamento manipulado Omeprazol mostraram a presença de elementos
como Al, Br, Sb, U, Ta, Sr e Ti, que pode representar risco para a saúde do paciente que o
utiliza continuamente, mesmo em baixas concentrações. CONCLUSÃO: A ingestão em longo
prazo de elementos não essenciais pode levar à contaminação endógena no organismo. A
legislação atual não requer teste para avaliar a presença de impurezas químicas em
medicamentos manipulados e há dificuldades na obtenção de registros com os limites da
concentração dos elementos permitidos específicos para medicamentos em geral. Este estudo
reforça a necessidade de uma ação imediata por parte das autoridades para garantir a
qualidade e segurança recomendada para o consumo dos medicamentos manipulados. Auxílio
financeiro: CNEN, CDTN, CNPq, FAPEMIG, CAPES.
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SR 41 - INFLUÊNCIA DA PROIBIÇÃO DE ANOREXÍGENOS PELA RESOLUÇÃO NÚMERO
52 NO CONSUMO DE SIBUTRAMINA
LAILA, HANAN; NUNES, ROBERTA DA SILVA; SOARES, MARIANA; NUNES, MARISA
FERNANDA; ZAGO, ANA CAROLINA;
Universidade da Região da Campanha - URCAMP
O consumo elevado e abusivo de anorexígenos levou a necessidade de efetivação de medidas
reguladoras, dentre elas a de maior destaque foi a RDC nº 52 que restringe a venda de drogas
anoréticas, como a anfepramona, femproporex e mazindol e possibilita um maior controle sobre
a venda da sibutramina. Deste modo, o objetivo deste estudo foi verificar a influência desta
resolução no consumo de sibutramina antes e após a vigência desta lei. Para isto, foram
analisados, em uma farmácia de manipulação no município de Pelotas-RS, todos os
receituários de controle especial de medicamentos anoréticos entre os meses de janeiro a abril
de 2010 (342) bem como entre os meses de janeiro a abril de 2012 (34). Do total de
receituários dispensados no ano de 2010, a sibutramina representou de 4% das prescrições.
Quando analisados os receituários de anorexígenos no ano de 2012, 23,5% continham a
sibutramina como medicamento emagrecedor. Conclui-se assim que, após a proibição do uso
dos anorexígenos anfepramona, femproporex e mazindol no Brasil, o consumo de sibutramina
obteve um significativo aumento, quando comparado o período anterior e posterior a proibição
desta classe medicamentosa, mesmo com a adoção de medidas restritivas para a venda da
sibutramina. Observou-se ainda a inclusão de outros fármacos para este fim medicamentoso
em substituição aos derivados de anfetaminas cuja venda foi proibida pela RDC nº 52.
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SR 42 - PERFIL DE QUEIXAS TÉCNICAS EM UM HOSPITAL GERAL DE FORTALEZA
CARMO, LUANA DAVID¹; SALMITO, GEYSA ANDRADE¹; UCHOA, YELENA DINIZ COSTA¹;
BASTOS, MAYARA MENDONÇA¹; GOMES, ROSEMEIRE SOUZA¹; COSTA, JUNIANA
TORRES¹;
1 - Hospital Geral Dr. Waldemar Alcântara
Tecnovigilângia é o conjunto de ações necessárias para alcançar objetivos como estudos,
análise, investigações do somatório de informações reunidas a respeito do desempenho de um
produto durante a fase pós-comercialização. Este estudo tem por objetivo definir o perfil de
queixas técnicas em um hospital geral de Fortaleza, Ceará. Trata-se de um estudo descritivo,
retrospectivo onde a coleta de dados foi realizada através das informações contidas nas fichas
de registro de queixas técnicas utilizada no hospital durante os meses de janeiro, fevereiro e
março de 2012. No período relatado foi observada uma média de 1,57% de queixas técnicas
no hospital referentes a medicamentos e material médico hospitalar (MMH). Observou-se que o
MMH apresentou maior parte das queixas técnicas realizadas com 62,41%, sendo que os MMH
mais notificados foram tubo endotraqueal, agulha para aspiração, sonda para aspiração, tubo
de traqueostomia e equipo macrogotas, 3,9% cada um. As queixas técnicas relacionadas a
medicamentos (37,6%) que mais prevaleceram foram devido a mau uso de bolsa de
medicamento de uso intravenoso.Os profissionais que mais notificaram foram às enfermeiras
(70,56%). Em relação ao preenchimento da ficha técnica pelo notificador foi observada que
62% tiveram seu preenchimento completo. O estudo possibilitou a verificação do perfil de
queixas técnicas do hospital, permitindo que os profissionais de saúde observem quais os
materiais médicos hospitalares requerem maior atenção na compra e na correta utilização.
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SR 43 - PERFIL DE PRESCRIÇÕES DE METOTREXATO EM UMA FARMÁCIA MAGISTRAL
EM CARUARU-PE
TIMÓTEO, TAYSA RENATA RIBEIRO1; SIQUEIRA, LIDIANY DA PAIXÃO1; CAMPELO, JOSÉ
DURVAL COSTA2; SANTOS, ROSIEL1.
1.
Faculdade Asces, Caruaru-PE, Brasil. 2. A Fórmula, Caruaru-PE, Brasil.
INTRODUÇÃO: A artrite reumatóide é uma doença auto-imune de etiologia desconhecida,
caracterizada por poliartrite periférica, simétrica, que leva à deformidade e à destruição das
articulações por erosão do osso e cartilagem. O diagnóstico precoce e o início imediato do
tratamento são fundamentais para o controle da atividade da doença e para prevenir
incapacidade funcional e lesão articular irreversível. O Metotrexato (MTX) é um potente agente
citotóxico, desenvolvido inicialmente para o tratamento de câncer, mas que atualmente também
é usado em doenças não-neoplásicas, principalmente no tratamento da artrite reumatóide.
Admite-se que ele atua na via da síntese “de novo” das purinas intracelularmente inibindo a
adenosina deaminase e, dessa forma, inibe a inflamação nesses pacientes por elevar a
estimulação do receptor de adenosina A2a pelo aumento intracelular desta substância. O
trabalho teve como objetivo observar o perfil das prescrições e dispensação do MTX, em uma
farmácia de manipulação para o tratamento da artrite reumatóide. METODOLOGIA: Estudo
descritivo, transversal, realizado em uma farmácia de manipulação no município de CaruaruPE. Realizado através do levantamento de prescrições de Metotrexato no período de maio a
novembro de 2011. Foram analisadas 62 prescrições com analise da especialidade do médico
prescritor, dose média prescritas, dentre as fórmulas aviadas pela farmácia. RESULTADOS E
DISCUSSÕES: A manipulação e dispensação de Metotrexato compreendidas durante o
período de estudo, dentre as especialidades dos médicos prescritores, observou-se que o
maior quantitativo era de reumatologistas, ortopedistas, clínicos gerais, pediatras
reumatologistas e cirurgião médico.
A apresentação do metotrexato industrializado em solução injetável: frasco-ampola é de 50 e
500 mg. Comprimidos de 2,5 mg. Verificou-se que na maior parte das fórmulas analisadas 84%
das formulações apresentavam posologia de 2,5 mg e 16% 5 mg. CONCLUSÃO: O
metotrexato é um dos medicamentos utilizados pela maioria dos reumatologistas para o
tratamento da artrite reumatóide. As fórmulas dessas substâncias manipuladas proporcionam a
personalização da fórmula, fazendo com que o paciente realize o tratamento com a dose
prescrita.
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SR 44 - USO DE ANOREXÍGENOS E A AUTO PERCEPÇÃO DAS CONDIÇÕES FÍSICAS
POR USUÁRIOS DE ACADEMIAS EM CARUARU-PE
TIMÓTEO, TAYSA RENATA RIBEIRO1,*; SILVA, CARLOS HENRIQUE TABOSA PEREIRA1.
1.
Faculdade asces, Caruaru (PE), Brasil.
INTRODUÇÃO: A imagem do corpo bonito resulta em uma preocupação que perpassa todos
os segmentos da sociedade, tais como a publicidade e a mídia em geral. Há aqueles que se
preocupam com um organismo saudável, protegido de doenças e outros males. E outros que
consideram a aparência o principal ponto a ser trabalhado. Entre os parâmetros relacionados a
beleza corporal está a quantidade de gordura, que tende a ser reduzido o máximo possível,
pelos modelos impostos pela atual indústria da beleza. A redução do peso corpóreo pode ser
através: de atividades físicas, diminuição na ingestão calórica, mudanças de hábitos e, uma
das mais procuradas, o uso de medicamentos inibidores do apetite. Inibidores de apetite
seduzem por prometer velocidade muito acima da média na redução das medidas do corpo,
porém atuam no sistema nervoso central causando efeitos adversos e graves no sistema
fisiológico. O presente trabalho teve por objetivo avaliar o consumo de medicamentos
anorexígenos por pessoas que praticam atividade física e avaliar sua auto avaliação quanto à
percepção de seus corpos. METODOLOGIA: Foi realizada uma coleta de dados sob forma de
questionário com preenchimento realizado pela pesquisadora, com analise sobre peso
adequado, dieta e consumo de medicamentos anorexígenos praticado por pessoas que estão
em busca de boa forma, freqüentadoras de academias, sendo eles 115 mulheres e 103
homens, em Caruaru-PE. RESULTADOS E DISCUSSÕES: Do grupo de pessoas avaliadas
43,5% se consideram no peso adequado e 56,5% não, sendo 35,4% mulheres e 21,1%
homens. Dos que se consideraram no peso adequado 17,85% já fizeram dieta e 4,1% já
fizeram ou fazem uso de medicamento. Dos que não se consideraram no peso adequado
37,2% já fizeram dieta para perder peso, sendo 27,1% mulheres e 10,1% homens e 23,3% já
fizeram ou fazem uso de medicamentos anorexígenos dentre eles Sibutramina e Femproporex.
Segundo trabalhos realizados pôde-se observar que em uma drogaria o consumo de
Sibutramina representava 72% e 25% de Femproporex da venda de anorexígenos, enquanto
que em uma farmácia de manipulação a Sibutramina representava 12% e o Femproporex 72%.
16,5% dos que se consideram no peso adequado e 17,8% dos que não se consideram no peso
adequado acham que os medicamentos anorexígenos são seguros. Embora HALPERN (2000)
tenha percebido que tantas pessoas tiveram efeitos colaterais pelo uso sem orientação
adequado de medicamentos que auxiliavam o processo de emagrecimento. CONCLUSÕES:
Existe um consumo significativo de inibidores de apetite por usuários de academias físicas,
pois há uma forte conexão entre o uso desta classe de medicamentos com a busca por
padrões estéticos estabelecidos apesar da divulgação e recomendação da ANVISA acerca dos
riscos para a saúde destes usuários.
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SR 45 - ASSUNTOS REGULATÓRIOS APLICADOS À LOGÍSTICA FARMACÊUTICA
TANIGAKI, CÉLIA
UNIVERSIDADE DE SANTO AMARO - UNISA
INTRODUÇÃO: A logística farmacêutica diferencia-se por lidar com medicamentos e seus
insumos, produtos que muitas vezes demandam específico controle nos seus processos de
armazenamento, distribuição e transporte. A Lei Federal n° 6360, de 23 de Setembro de 1976,
foi regulamentada pelo Decreto n° 79.094, de 05 de Janeiro de 1977 que trata no Artigo 2° que
as empresas deste ramo dependerão de autorização específica do Ministério da Saúde e de
licenciamento dos estabelecimentos pelo órgão competente da Secretaria de Saúde dos
Estados, do Distrito Federal e dos Territórios. Para a concessão do Licenciamento é necessário
que a empresa esteja atendendo às especificações técnicas do Ministério da Saúde em relação
ao planejamento e organização do armazenamento de medicamentos que são a estrutura
física, a estrutura organizacional e funcional e os recursos humanos. Após esta concessão,
publicada em Diário Oficial, o profissional farmacêutico poderá peticionar a Autorização de
Funcionamento da empresa na ANVISA. A empresa atuante na cadeia logística de
medicamentos deverá ter os Procedimentos Operacionais Padrão (POP´s) e o Manual de Boas
Práticas em Distribuição e Transporte. Este trabalho tem como objetivo o conhecimento dos
assuntos regulatórios dentro da cadeia logística de medicamentos no território nacional.
MÉTODOS: Todas as documentações referentes aos órgãos de Vigilância Sanitária e ao
Conselho de Farmácia e a qualificação da empresa, deste ramo, junto à ANVISA é
responsabilidade do farmacêutico e com isso, a interpretação da Legislação aplicada à logística
farmacêutica vinda das consultas às Leis, Decretos, Portarias, Resoluções e Medidas
Provisórias, as especificações dos órgãos competentes permitiram o desenvolvimento deste
estudo. RESULTADOS: Definiu aos profissionais, atuantes ou não na cadeia logística, a
importância do gerenciamento dos assuntos regulatórios da empresa e que dentre todas as
obrigatoriedades, a primordial é o cumprimento da legislação vigente que trata. CONCLUSÃO:
Conclui-se que todos os documentos e procedimentos deverão estar dentro das normas
regulatórias da empresa, do fabricante e da legislação vigente para manter a garantia nos
processos logísticos e a segurança, a eficácia e a qualidade dos medicamentos desde o
processo industrial até a sua dispensação.
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PCare 2012 - 2º Congresso Brasileiro de Farmacêuticos Clínicos
PC 01 - A IMPORTÂNCIA DA ATENÇÃO FARMACÊUTICA NO USO DE ÁCIDO
ASCORBICO (VITAMINA C)
ABRAHÃO, FELÍCIA MACIEL LIMA; GAETA, MARIANA GARCIA; GALINDO, STEFANIE
SILVA NEVES; SANTOS, VALTER GARCIA; DUTRA, LUANA; ALONSO, THABATA
ROBERTO
Universidade Santa Cecília - UNISANTA
As vitaminas formam um grupo de substâncias químicas não relacionadas que são essenciais
em pequenas quantidades para a regulação do metabolismo, crescimento e função normal do
corpo humano. Nem todas as vitaminas podem ser sintetizadas no organismo, de modo que
algumas precisam ser obtidas de uma fonte externa, através de uma dieta apropriada e bembalanceada ou através de suplementos dietéticos. O objetivo do trabalho foi demonstrar a
importância da Atenção Farmacêutica quanto ao uso indiscriminado de ácido ascórbico. Tratouse de um estudo prospectivo realizado através da aplicação no mês de junho de 2011 de 80
questionários a estudantes da área da saúde (odontologia, fisioterapia e farmácia) da
Universidade Santa Cecília e a indivíduos com idade superior a 18 anos que adquiriram
vitamina C sem prescrição medica em drogarias localizadas na Ponta da Praia e no bairro
Boqueirão em Santos/SP. O trabalho obteve aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da
UNISANTA sob o número 15/2011. Como resultado obteve-se que 55% eram do gênero
feminino e 45% masculino; 50% compreendiam a faixa etária entre 18 e 35 anos, seguidos por
37% acima de 50 anos e 13% entre 36 e 50 anos; 24% utilizavam o medicamento como
suplemento, 19% no combate a gripe e 13% visando melhoras na imunidade; dentre os que
faziam uso associado a algum outro medicamento de uso contínuo encontramos que 27%
fazem uso de medicamentos anti-hipertensivos, 20% uso de anticoncepcionais e 18% de
antidiabéticos; 48% fazem uso de doses diárias de 500mg, 47% de 1g e 5% de 2g/dia; 51%
fazem uso contínuo da droga, seguido por 24% pelo período de 30 dias. Os dados encontrados
demonstram a importância do acompanhamento de pacientes diabéticos, uma vez que
resultados falso positivos podem ser detectados, e os pacientes portadores de hipertensão
renal devem ser acompanhados com maior peridiocidade uma vez que cristais de oxalato
podem se depositar no tecido renal. Os dados obtidos confirmam a necessidade de que se
estabeleça uma política de medicamentos em que o farmacêutico deve ser o elemento
essencial na promoção da saúde e do uso racional dos medicamentos.
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PC02 - ADESÃO AO TRATAMENTO ANTI-RETROVIRAL EM PACIENTES VIVENDO COM
HIV-AIDS
DE UMA REGIÃO NO SUL DE MINAS GERAIS
RESENDE, RENATA CUNHA DE1; BARROSO, THAISA OLIVEIRA2; PODESTÁ, MÁRCIA
HELENA MIRANDA CARDOSO3.
1. Farmacêutica - Residente do Sistema Único de Saúde - Ministério da Saúde e Unifal-MG.
2. Acadêmica de Farmácia da Unifal-MG;
3. Docente do curso de farmácia da Unifal-MG.
Introdução: A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) é considerada um grande
problema de saúde pública devido ao seu caráter pandêmico, gravidade e complexidade.
Embora não haja ainda a cura para a infecção pelo HIV, o diagnóstico precoce, a prevenção
primária e a terapia correta (adesão) perfazem ações positivas na sobrevida do paciente. Os
métodos utilizados para aferição da adesão incluem medidas como: o auto-relato, os
questionários, contagem de comprimidos, registros sobre a retirada de medicamentos da
farmácia e os marcadores biológicos de linfócitos T-CD4 e carga viral. Objetivos: Determinar a
adesão ao tratamento farmacoterapêutico dos portadores de AIDS, atendidos pelo SUS no
município de Alfenas-MG, através do Teste de Morisky (Morisky, Green e Levine; 1986),
Questionário CEAT-VIH (Remor; 2006), análise dos registros da farmácia, além de realizar a
caracterização sociodemográfico e determinar os principais medicamentos utilizados.
Metodologia: Trata-se de uma pesquisa quantitativa, exploratória, analítica e descritiva. A
pesquisa foi realizada na Unidade de Dispensação de Medicamentos Anti-retrovirais (UDM) e
no Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) do município de Alfenas, onde foram
entrevistados 129 pacientes usuários de medicamentos anti-retrovirais. Para a análise dos
resultados foi feito o teste qui-quadrado, a 5% de significância. Este estudo foi aprovado pelo
Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Alfenas - MG (protocolo nº128/2011).
Resultados: Houve predomínio de pacientes do sexo masculino (57,4%), 39% apresentaram
idade entre 39 a 48 anos, a maioria solteiro (37,2%), 23% não completaram o primeiro grau e
42% apresentaram renda familiar de até um salário mínimo. Os principais medicamentos
utilizados foram: Biovir® (lamivudina+ zidovudina) (64,3%), Efavirenz® (45,7%) e Lamivudina
(34,9%). A maioria dos pacientes adquiriu a doença através de sexo sem proteção (77%), têm
o diagnostico a mais de 5 anos (33,3%), não bebe e não fuma (58% e 63% respectivamente).
Em relação aos testes de adesão, respectivamente Morisky e CEAT-VIH: são altamente
aderentes 45% e 37%, medianamente aderente 8% e 30%, baixa adesão 47% e 33%; já sobre
a retirada dos medicamentos na farmácia, somente 34% pacientes se mostram aderentes.
Conclusão: É importante que se identifique, no início do tratamento, os pacientes com
tendência a não-adesão. Torna-se necessário que os profissionais e serviços de saúde
assumam a corresponsabilidade nesse processo e que novos estudos sejam desenvolvidos
para implementação de estratégias para minimizar o problema da não-adesão ao tratamento
anti-retroviral.
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PC 03 - ANÁLISE DA FREQUÊNCIA DE EFEITOS ADVERSOS E GRAUS DE TOXICIDADE
EM PACIENTES ONCOLÓGICOS
Souza, Cinthia Madeira1; Visacri, Marília Berlofa1; Papis, Isabella Velloso1; Ferrari, Graziele
Baldan1; Lima, Carmen Silvia Passos2; Moriel, Patrícia1.
1
Departamento de Patologia Clínica, Faculdade de Ciências Médicas
Departamento de Clínica Médica, Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp;
2
-
Unicamp;
Introdução: Os efeitos adversos (EA) tóxicos podem surgir quando um paciente é submetido
ao tratamento antineoplásico, afetando a qualidade de vida. Estudos científicos que
demonstram a incidência destes efeitos na literatura ainda são escassos, dificultando o real
entendimento da gravidade e frequência com que ocorrem na prática clínica. Objetivo:
Embasado no problema relatado, teve-se como objetivo avaliar a frequência de EA
relacionados ao tratamento antineoplásico e os graus de toxicidade. Métodos: Trata-se de um
estudo quantitativo, descritivo e exploratório na área de farmacovigilância, realizado no
Ambulatório de Quimioterapia do Hospital de Clínicas da Unicamp, com duração de seis
meses, em que pacientes oncológicos foram questionados sobre os EA ocorridos durante e
após as sessões de quimioterapia. Os EA investigados foram: alopecia, azia, constipação,
diarréia, distúrbio do paladar, dor, fadiga, febre, insônia, mucosite, náusea, soluço, sonolência,
tontura, tremor e vômito e foram avaliados também quanto ao grau de toxicidade segundo os
Critérios Comuns de Toxicidade/CCT. Resultados: Foram entrevistados 102 pacientes, dos
quais 61 eram homens (59,8%). Pacientes oncológicos sentem em média 3,8 ± 2,4 efeitos. Os
cinco efeitos mais incidentes foram náusea (59,8%), alopecia/fadiga (46,1% cada), diarréia
(39,2%), distúrbio do paladar (31,4%) e vômito (30,4%). Náusea, o efeito mais freqüente,
apresenta-se em 60,7% dos casos como grau I (leve). Fadiga parece ser o EA mais severo,
pois apresenta 19,2% de pacientes com toxicidade grau IV (confinamento a cama ou
incapacitante). Ainda, observou-se que 57,7% dos sintomas tiveram grau I de toxicidade,
26,5% grau II, 11,1% grau III e 4,7% grau IV. Alguns pacientes apresentaram efeitos com grau
III e IV que deveriam ser notificados no sistema de farmacovigilância, porém estes não são
reportados, contribuindo para a subnotificação em oncologia. Conclusão: Portanto, o
acompanhamento do farmacêutico na quimioterapia é essencial para caracterização dos EA
podendo auxiliar na prevenção, detecção, notificação e resolução destes eventos. Apoio
Financeiro: CNPq; FAPESP
E-MAIL PARA CONTATO: [email protected]
PC
04
ANÁLISE
DA
SATISFAÇÃO SOBRE
O ACOMPANHAMENTO
FARMACOTERAPÊUTICO: A PERCEPÇÃO DOS PACIENTES HIV+
REIS, HENRY PABLO LOPES CAMPOS1SILVA, VIRNA TALIGIAN GOMES DA1;; ALENCAR,
ANA VALÉRIA SILVA2; LIMA, LÍVIA FALCÃO1; CARLOS, JULIANA DE OLIVEIRA1;
FONTELES, MARTA MARIA DE FRANÇA1
Centro de Estudos em Atenção Farmacêutica (CEATENF/Universidade Federal do Ceará UFC)1; Centro de Especialidades Médicas José de Alencar (CEMJA)2
No Brasil, o tema da satisfação com usuários vem crescendo em importância especialmente a
partir da segunda metade da década de 90, que coincide com o surgimento da Atenção
Farmacêutica. O paciente com HIV+ requer um atendimento especializado, dada complexidade
de sua terapia e a inserção do cuidado farmacêutico neste cenário é algo inadiável, bem como
avaliar o grau de satisfação dos seus usuários em prol de sua ampliação. Neste sentido, o
presente estudo teve por objetivo analisar a satisfação dos pacientes HIV+ em uma unidade
secundária de saúde em Fortaleza quanto ao Programa de Atenção Farmacêutica. Trata-se de
um estudo longitudinal de AFT realizado de acordo com Método Dáder (2003) em 45 pacientes
HIV+ em uma unidade secundária de saúde de Fortaleza de novembro/2008 a junho/2010. Os
pacientes eram, na sua maioria, do sexo masculino, idade média de 38 anos, solteiros, com
nível de escolaridade entre fundamental incompleto e médio completo, renda individual entre 1
e 2 salários mínimos. Para aferição da satisfação sobre o Serviço de Atenção Farmacêutica
(AFT) foi utilizado o questionário validado para avaliação de serviços farmacêuticos (Lyra Jr,
2005). O mesmo era aplicado no último mês do AFT (9° mês) pela assistente social da Unidade
para evitar vieses de aferição e intimidação pelo paciente. Dados migrados para Excel e SPSS.
Projeto aprovado pelo Comitê de Ética da UFC com Protocolo nº 191/08 (Of. Nº624/08). Acerca
da satisfação com o Acompanhamento Farmacoterapêutico, a maioria dos pacientes (95,6
%=43) afirmou sempre estar satisfeito com o atendimento recebido do farmacêutico. Quando
perguntados sobre o significado do farmacêutico para o paciente e sua saúde, houve relatos
como: “Peça fundamental para a boa saúde"; "Me sinto muito segura com a farmacêutica";
"Orientação sobre o remédio, diz para nunca deixar de tomar o remédio"; "Extrema importância
neste período de adaptação, cria laços"; "É um orientador sobre os medicamentos e sempre
tira as dúvidas". De uma forma geral, a satisfação geral com o AFT teve nível máximo positivo
por quase todos os pacientes estudados, o que demonstra que o modelo de assistência
farmacêutica realizado contribui de forma eficiente para a melhoria da qualidade de vida dos
pacientes com HIV/AIDS, bem como reafirma o papel educativo do farmacêutico na atenção à
saúde. Apoio: CNPq
E-MAIL PARA CONTATO: [email protected]
PC 05 - ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO DE NUTRIÇÃO PARENTERAL EM HOSPITAL DE
REFERÊNCIA EM ONCOLOGIA NO PIAUÍ
ROBERTA CANUTO DO RÊGO MONTEIRO¹, ILUSKA MARTINS PINHEIRO2, VIRNA
PATRÍCIA SÁ3, RAQUEL MOTA DE SOUSA MACEDO4, VIRGÍNIA MARTA SOUSA BATISTA
5
, ALESSANDRO CARVALHO MONTEIRO6
Farmacêuticos do Hospital São Marcos -Teresina/PI(1,2,3,4,5,6)
INTRODUÇÃO: A nutrição parenteral em pacientes com câncer é motivo de grande debate na
literatura, devido ao seu uso freqüente, principalmente pelas toxicidades dos medicamentos
que desencadeiam efeitos agressivos sobre o trato gastrintestinal. Assim, a necessidade de
nutrir o paciente com câncer que, freqüentemente, apresenta algum grau de desnutrição,
associada às dificuldades da alimentação pela via enteral, devido a distúrbios gastrintestinais
graves, leva ao seu maior uso. A prática de terapia nutricional em pacientes com câncer visa
melhorar a resposta ao tratamento, as chances de cura e a sobrevida sem, no entanto,
aumentar os riscos.
OBJETIVOS: O Objetivo deste trabalho visa abordar algumas
considerações fundamentais direcionadas ao uso de nutrição parenteral em hospital de
referência em oncologia no Piauí, visando relacionar a dispensação destas formulações com o
potencial de utilização entre 2009 e 2011. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de
literatura realizada por meio das bases de dados Lilacs (Literatura Latino Americana e do
Caribe em Ciências da Saúde), além de pesquisa bibliográfica de 10 artigos científicos na base
de dados SCIELO, confrontando com os dados estatísticos de utilização destas formulações na
Associação Piauiense de Combate ao Câncer/Hospital São Marcos(APCC/HSM) no período de
julho de 2009 à dezembro de 2011. RESULTADOS: A terapia nutricional parenteral (TNP)
consiste na administração de todas ou parte das exigências nutricionais diárias através da via
intravenosa. A administração de todas as necessidades nutricionais, incluindo calorias,
aminoácidos, lípides, vitaminas e minerais é denominada Nutrição Parenteral Total (NPT). A
administração de apenas parte das necessidades nutricionais é denominada Nutrição
Parenteral Parcial (NPP). Em estudo realizado pela Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral
e Enteral (SBNPE), observou-se que aproximadamente 30% dos pacientes hospitalizados
tornavam-se desnutridos nas primeiras 48 horas de internação. Em três a sete dias esse
porcentual aumentava em 15%, chegando a 60% depois de quinze dias de internação . De
acordo com os dados coletados na APCC/HSM, observou-se uma crescente utilização destas
formulações, visto que, associada a estas preparações, o paciente apresenta melhoras
consideráveis no quadro clínico, e que, por vezes, são necessárias na conduta clínica. O
número reduzido de profissionais especializados em terapia nutricional na Instituição, melhor
dizendo, no estado do Piauí, acarreta ainda limitada prescrição destas preparações. A
utilização da terapia nutricional passou de 75 unidades em 2009 para 90 unidades em 2010,
evoluindo em 209 unidades de dispensação no ano de 2011. É importante afirmar que o
suporte nutricional é imprescindível nas neoplasias, principalmente em casos cirúrgicos e na
constatação de perda de peso e desnutrição. CONCLUSÃO: A terapia nutricional tem um papel
fundamental para estes pacientes, visando: prevenir a desnutrição calórico-protéica e avaliar e
determinar as necessidades nutricionais de forma mais adequada possível. Portanto,
reconhece-se, atualmente, o impacto causado pela formação de equipes ou comissões
multidisciplinares de suporte nutricional parenteral, formadas por médicos, enfermeiros e
farmacêuticos, sobre a racionalização da terapêutica nutricional, como a escolha de nutrientes
específicos e a padronização das formulações nutritivas.
E-MAIL PARA CONTATO: [email protected]
PC 07 - ANTICORPOS MONOCLONAIS: O USO DO TRASTUZUMABE NO CANCÊR DE
MAMA
OLIVEIRA, ANDRÉ LUIZ (1); SILVA, NICE MARIA OLIVEIRA (1); CARVALHO, ROBERTA
PARO (1); CRUZ, ALINE (2); MAZZOLA, PRISCILA GAVA (2); ARCIERI, RUBENS MOREIRA
(3).
(1) Serviço de Farmácia do Hospital da Mulher Prof. Dr. José A. Pinotti, UNICAMP; (2)
Departamento de Patologia Clínica, Faculdade de Ciências Médicas, UNICAMP; (3) Instituto de
Ciências da Saúde, Universidade Paulista, UNIP.
O câncer de mama é a neoplasia maligna mais comum entre as mulheres em todo o mundo.
Embora tenham sido feitos grandes progressos no tratamento de vários tipos de câncer, muitos
destes tratamentos apenas permitem uma sobrevida de 40% dos pacientes. Cinco anos após o
diagnóstico da doença, destaca-se a necessidade de novas opções terapêuticas para o
tratamento desta patologia. Nos últimos vinte anos tem-se visto uma grande evolução na
compreensão dos mecanismos moleculares e da fisiopatologia do câncer, tendo sido descritas
múltiplas estratégias para o desenvolvimento de novas drogas, com o objetivo de alcançar uma
maior atividade antitumoral e menor toxicidade em relação às drogas atualmente utilizadas. Em
1975, Kohler e Milstein, desenvolveram a técnica de hibridomas, a qual permitiu a produção de
anticorpos monoclonais contra um determinado antígeno em grandes quantidades e por esta
descoberta lhes foi concedido o prêmio Nobel de Medicina em 1984. Hoje, os anticorpos
monoclonais são produzidos por meio de técnicas de engenharia genética. O objetivo deste
estudo foi descrever por meio de revisão bibliográfica as principais características do emprego
do trastuzumabe no tratamento adjuvante no câncer de mama, observando seus benefícios e
sua toxicidade em comparação a outros quimioterápicos e a utilização de métodos de imunohistoquímica para identificar a superexpressão de HER-2 (Human Epidermal Growth Factor
Receptor 2) na membrana citoplasmática. Foi realizada a revisão bibliográfica em livros,
revistas, artigos científicos e sites acadêmicos nacionais e internacionais, dos últimos 10 anos,
por meio da base de dados Thomson Micromedex™, consultada por intermédio da biblioteca
da Universidade Estadual de Campinas. Os resultados levantados mostram que grandes
avanços vêm sendo feitos no sentido de aumentar a chance de cura para pacientes com
câncer de mama em estágios precoces. Até recentemente, a quimioterapia e o tratamento
hormonal eram os únicos tratamentos sistêmicos capazes de aumentar tais chances. O maior
conhecimento sobre biologia molecular vem permitindo melhor compreensão dos mecanismos
envolvidos no surgimento e na progressão dos tumores, bem como a descoberta de alvos
terapêuticos mais específicos para tratá-los. Os resultados significativamente positivos do uso
de trastuzumabe no câncer de mama metastático levaram à sua avaliação também no câncer
de mama inicial, ou seja, sem metástases para órgãos distantes. Cinco estudos multicêntricos
e randomizados, os quais geram o melhor nível de evidência científica disponível para
avaliação de novos tratamentos, mostraram redução de 39 a 52% no risco de recorrência do
câncer de mama e redução de 33% no risco de morte pela doença. Levando-se em conta todos
os estudos avaliados, mais de 12 mil pacientes foram acompanhadas, inclusive pacientes
brasileiras. O trastuzumabe mostrou-se não estar associado aos eventos adversos que
normalmente ocorrem com a quimioterapia convencional, tais como: alopecia,
mielossupressão, náuseas e vômitos. Porém, são relatados outros efeitos, tais como a
hipersensibilidade e, ocasionalmente, a cardiotoxicidade (principalmente insuficiência cardíaca
congestiva), mais importante reação adversa ao trastuzumabe. Esta tem sido relatada em 1,4%
das mulheres que receberam a droga como único agente para o tratamento de doença
metastática. Desta maneira, o trastuzumabe mostra-se como um dos principais resultados do
avanço do conhecimento nas áreas da biologia molecular e da engenharia genética,
representando um dos maiores avanços recentes na terapia oncológica. Apoio financeiro:
AFPU/UNICAMP.
E-MAIL PARA CONTATO: [email protected]
PC 08 - ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NA FARMÁCIA ESPECIAL DA 3ª REGIONAL DE
SAÚDE
HALILA, GERUSA CLAZER1; PASSOS NETO, JOSÉ DOS2; MACHINSKI, MIKI ISHIZAKA2;
DAHER, JOSÉLIA BORBA1,2
1Docentes do curso de Farmácia da Universidade Estadual de Ponta Grossa; 2. Farmacêuticos
da Farmácia Especial da 3ª Regional de Saúde de Ponta Grossa.
Descrição do caso: A dispensação de medicamentos na Farmácia Especial da 3ª Regional de
Saúde de Ponta Grossa requer orientação específica para atender aos Protocolos Clínicos e
Diretrizes Terapêuticas do Ministério da Saúde. A orientação farmacêutica constante se faz
necessária, uma vez que tais pacientes possuem patologias crônicas e utilizam medicamentos
de alto custo, os quais necessitam de armazenamento especial, bem como algumas técnicas
de administração para os medicamentos injetáveis. Avaliação: Os acadêmicos do curso de
Farmácia da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) não conhecem a realidade da
dispensação dos medicamentos na Farmácia Especial. Por outro lado, alguns pacientes que
fazem uso de medicamentos especiais têm dificuldade na adesão da terapia. Intervenção: O
projeto de extensão “Assistência Farmacêutica na Farmácia Especial da 3ª Regional de Saúde
de Ponta Grossa” tem base na promoção da orientação da farmacoterapia dos pacientes
cadastrados, promovendo a dispensação adequada dos medicamentos para o tratamento de
doenças crônicas. Este projeto é uma parceria desenvolvida entre o curso de Farmácia da
UEPG e a Farmácia Especial da 3ª Regional de Saúde, cujo objetivo é promover a
dispensação dos medicamentos, beneficiando os usuários com a assistência farmacêutica
especializada e gratuita para o tratamento. Além disso, o projeto visa contribuir para a
formação profissional dos acadêmicos através das orientações técnicas aos pacientes, bem
como a integração junto aos profissionais especialistas das diversas áreas da prescrição
medicamentosa. Para tal, os nove acadêmicos envolvidos foram distribuídos em grupos, que
desenvolveram um atendimento farmacêutico especializado, na dispensação dos
medicamentos e na educação em saúde. Foram atendidos cerca de 150 pacientes ao mês, no
período de março de 2011 a fevereiro de 2012. As orientações aos pacientes eram realizadas
de forma mais clara e objetiva possíveis, seguindo um protocolo de dispensação desenvolvido
pelos integrantes deste projeto, a fim de garantir a adesão à terapêutica e o cumprimento das
prescrições médicas, utilizando-se de comunicação oral e escrita. Conclusões: Os resultados
do projeto de extensão demonstram que as orientações direcionadas ao paciente auxiliam o
cumprimento das prescrições médicas atendidas, uma vez que os pacientes, ao retornarem
pegar seus medicamentos, relataram melhor aderência ao tratamento e melhora dos sintomas.
Os acadêmicos realizaram seminários, oportunidade em que puderam dar auxílio aos demais
profissionais da farmácia com as informações sobre assuntos escolhidos. A interação dos
acadêmicos com os demais profissionais da Farmácia pode incentivar os acadêmicos a
participar de equipes multidisciplinares e entender um pouco mais das políticas de saúde
pública, bem como conhecer parte de sua profissão. Para os acadêmicos, o desenvolvimento
de protocolo de atendimento e suas aplicações práticas, o convívio com os pacientes são
insubstituíveis por quaisquer outras técnicas didático-pedagógicas que pudessem ser utilizadas
para tal fim.
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PC 09 - AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO FARMACÊUTICO NA ADMINISTRAÇÃO DE
MEDICAMENTOS INJETÁVEIS EM DROGARIAS
SANTOS, MARCOS GONÇALVES BORGES; SOUSA, ANDRÉ RODRIGO SILVA; SANTOS,
VALTER GARCIA; DUTRA, LUANA; ALONSO, THABATA ROBERTO
Universidade Santa Cecília - UNISANTA
Os fármacos costumam ser administrados por diversas vias. Essas vias podem ser
classificadas como intra ou extravasculares. A intravascular refere-se à administração do
fármaco diretamente no sangue, tanto na forma intravenosa quanto na intra-arterial. As formas
de administração extravasculares incluem as vias intradérmica, intramuscular, oral, pulmonar,
subcutânea, retal e sublingual. O presente estudo teve por objetivo avaliar o conhecimento
farmacêutico na administração de medicamentos injetáveis em drogarias localizadas na cidade
de Santos/ SP. Tratou-se de estudo descritivo, realizado no mês de Maio de 2011, através da
aplicação de 40 questionários a farmacêuticos que trabalham em drogarias nas regiões do
centro comercial, na cidade de Santos/SP e a farmacêuticos que atuam em drogarias de bairro
de Campo Grande, Marapé e Zona Noroeste na cidade de Santos/SP. O trabalho obteve
aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da UNISANTA sob o número 06/2011. Como
resultado obteve-se que 17,5% faziam aplicação de injetáveis; 100% das aplicações eram
realizadas por via IM; 85,5% utilizavam medicamentos de referência no momento da aplicação;
na ausência do farmacêutico 76,5% das aplicações eram realizadas pelo balconista; 72,4% das
aplicações foram realizadas em indivíduos com idade superior a 21 anos; 47% informaram
corretamente o volume máximo permitido para a aplicação de drogas injetáveis; 42,2%
conheciam o local anatômico adequado para aplicação; fatores como higiene, solicitação de
receita, preenchimento do livro/formulário de injetáveis, conferência da receita e validade do
medicamento, foram apontados como fatores que devem ser observados desde a escolha do
medicamento até a sua aplicação. Através dos dados obtidos com a pesquisa é possível
concluir que, existe uma procura para o serviço de aplicação de medicamentos injetáveis
oferecidos em drogarias, onde se faz necessário que, o farmacêutico possua as habilidades e
conhecimentos das técnicas de aplicação, descarte e higiene para que não cause danos
graves e irreversíveis à saúde do cliente. A administração de medicamentos injetáveis, feito
com a técnica correta muitas vezes ajuda a salvar vidas, combater doenças, trazendo
benefícios para a população.
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PC 10 - AVALIAÇÃO DA INFORMAÇÃO SOBRE O USO CORRETO DE ANTIBIÓTICOS NA
FARMÁCIA MUNICIPAL DE MONGAGUÁ
KOUKDJIAN, ALESSANDRA FLÁVIA SOUTELO ALVES; ABREU, BRUNA REGINA
SOUTELO; CAMARGO, LUCIANA COSTA FERNADES; SANTOS, VALTER GARCIA; DUTRA,
LUANA; ALONSO, THABATA ROBERTO
Universidade Santa Cecília - UNISANTA
As primeiras descrições sobre o uso de antimicrobianos datam de 3000 anos, quando os
médicos chineses usavam bolores para tratar tumores inflamatórios e feridas infectadas, mas
só em 1942, quando a penicilina G passou a ser utilizada na prática médica, iniciou-se a nova
era na história da terapêutica clínica. O objetivo do trabalho foi verificar o nível de informação
de pacientes, no que diz respeito à utilização segura de antibióticos. Tratou-se de estudo
prospectivo realizado através de levantamento dos dados durante os meses de maio e junho
de 2011, por meio de questionário aplicado a 107 indivíduos com idade superior a 18 anos que
retiraram antibióticos através de prescrição médica na Farmácia e Almoxarifado Municipal de
Mongaguá/SP. O trabalho obteve aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da UNISANTA
sob o número 08/2011. Como resultado obteve-se que 57% informaram corretamente qual era
o principal órgão ou sistema em que o medicamento atua; 89% relataram ter recebido
orientação; 21% responderam que fazem uso de outro medicamento; 88% desconhecem seus
efeitos colaterais; 21% responderam que já abandonaram o tratamento; 77% não possuem
conhecimento sobre os efeitos na interrupção do tratamento e 58% não tem conhecimento
sobre o porquê da venda desses medicamentos ser feita somente com receituário. Para a
inversão da realidade apresentada acima se faz necessária uma atenção médico-farmacêutica
mais clara e adequada à realidade do paciente; também deve-se ter consciência de que é
preciso que, no momento da consulta e/ou da dispensação, que se esclareça dúvidas sobre
dose, freqüência de administração, duração do tratamento, efeitos adversos e
incompatibilidades medicamentosas. Por isso o papel do farmacêutico é fundamental. Ele deve
praticar a dispensação orientada e prestar serviços de atenção farmacêutica, seja pelo
acompanhamento farmacoterapêutico, ou por ações educativas, participando de campanhas de
saúde, ou na detenção de erros de prescrição e realizar intervenções farmacêuticas quando
necessário.
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PC 11 - AVALIAÇÃO DE INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS POTENCIAIS EM PACIENTES
ONCOLÓGICAS SOB CUIDADOS PALIATIVOS
SILVA, NICE MARIA OLIVEIRA (1); BERNARDES, ADÉLIA CORINA ALVES (1); SILVA, ANA
ELISA RIBEIRO (1); CARVALHO, ROBERTA PARO (1); CRUZ, ALINE (2); MAZZOLA,
PRISCILA GAVA (2).
(1) Serviço de Farmácia do Hospital da Mulher Prof. Dr. José A. Pinotti, UNICAMP; (2)
Departamento de Patologia Clínica, Faculdade de Ciências Médicas, UNICAMP
Os cuidados paliativos devem basear-se em uma abordagem que promova a qualidade de vida
de pacientes e seus familiares, prevenindo e aliviando o sofrimento, por meio do tratamento da
dor e de outros problemas físicos, psicossociais e espirituais. Para tal, toda a equipe de saúde
necessita estar envolvida com o cuidado destes pacientes, especialmente na área de
oncologia. Inserido nesta equipe, o farmacêutico clínico atua de forma a solucionar problemas
relacionados à terapia medicamentosa. O objetivo deste trabalho foi avaliar Interações
Medicamentosas Potenciais (IMPs) nas prescrições de pacientes sob cuidados paliativos na
Unidade de Internação de Oncologia Clínica - (UI Onco) do Hospital da Mulher Professor
Doutor José A. Pinotti - CAISM-UNICAMP. O profissional farmacêutico, como parte da equipe
de cuidados paliativos, participou semanalmente das visitas à pacientes internadas na UI Onco
e das discussões multidisciplinares dos casos clínicos, fazendo a avaliação das prescrições
médicas, por meio da base de dados Thomson Micromedex™ para identificação e classificação
das IMPs em graus de severidade. Em um período de 4 meses, foram avaliadas as prescrições
de 124 pacientes sob cuidados paliativos, com média de idade de 56,5 ± 17,4 anos. O número
médio de medicamentos foi de 8,2 ± 2,9 por paciente e a média de IMP foi de 2,1 por paciente,
sendo que 71,0% (n=88) delas apresentou ao menos uma IMP em sua prescrição. Em relação
à severidade, as interações medicamentosas distribuíram-se de forma que as contraindicadas
representaram 2,3% (n=6) do total, as importantes representaram 27,9% (n=72), as moderadas
56,2% (n=145) e as secundárias 13,6% (n=35). Os resultados obtidos permitiram traçar o perfil
de IMPs presentes nas prescrições de um grupo de pacientes oncológicas sob cuidados
paliativos. As IMPs mais presentes foram as de moderada severidade e exigiram medidas de
monitoramento e conhecimento por parte da equipe sobre seus possíveis riscos. Ressalta-se
que as IMPs aqui identificadas são previsíveis e durante o estudo não foi observada a sua real
ocorrência. O farmacêutico mostrou-se de grande relevância na equipe de cuidados paliativos,
por contribuir na discussão das medidas de segurança e efetividade da farmacoterapia. Apoio
financeiro: AFPU/UNICAMP.
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PC 12 - AVALIAÇÃO DO CONSUMO DE CREME DE PAPAÍNA E POMADA COLAGENASE
PARA TRATAMENTO DE ÚLCERA POR PRESSÃO EM HOSPITAL GERAL DA GRANDE
PORTO ALEGRE
WINTER, JULIANA DA SILVA; ALVES, LAURA BOCKMANN; ALICE CAROLINE ZINN VELHO
Introdução:Uma ferida é representada pela interrupção da continuidade de um tecido
corpóreo, causada por qualquer tipo de trauma físico, químico, mecânico ou desencadeada por
uma afecção clínica. As feridas podem ser classificadas, de acordo com o tempo de reparação
tissular, em agudas e crônicas. Neste estudo, as feridas crônicas, tais como úlceras por
pressão, foram o foco para a padronização do creme de papaína 2% (PP 2%) e papaína 10%
(PP 10%) associadas à uréia 5%. A escolha das diferentes concentrações de papaína baseou
se em relatos da literatura, os quais mostram que papaína a 2% tem o objetivo de promover a
granulação e epitelização do tecido, enquanto papaína a 10% auxilia o desbridamento de
tecido desvitalizado. Anteriormente à introdução dos cremes de papaína, a única opção de
tratamento para úlceras por pressão na instituição era pomada de colagenase associada à
cloranfenicol (CC). O objetivo do estudo foi proporcionar tratamento eficaz e seguro, para
úlceras por pressão, associado à redução de custos hospitalares. Metodologia: Este é um
estudo retrospectivo que avaliou o consumo de creme de PP 2% e creme PP10% após a
padronização destes medicamentos no GRAÇAS a partir de agosto de 2011. Logo, foi
realizado o monitoramento do consumo dos três tipos de tratamento para úlcera por pressão,
disponibilizados pela Farmácia Hospitalar: pomada de CC, creme de PP 2%e creme de PP
10%. Resultados: Após introdução do creme de papaína nas apresentações de 2% e 10% foi
observada uma redução de 66,29% no consumo da pomada de CC, a qual tem um custo
11,76% mais elevado que as novas opções de tratamento. O número de pacientes que
realizaram tratamento para úlcera por pressão na instituição, durante o período de internação
por outros motivos, nos meses de agosto de 2011 até abril de 2012 foram: 46, 34, 40, 32, 45,
62, 69, 70 e 29, respectivamente. O consumo de creme de PP 2%, creme de PP 10% e
pomada CC foi de 15,22%, 30,43% e 54,35% (agosto/2011), 20,59%, 58,82%, 20,59%
(setembro/2011), 45%, 30% e 25% (outubro/2011), 31,25%, 25% e 43,75% (novembro/2011),
31,11%, 40% e 28,89 (dezembro/2011), 43,55%, 32,26% e 24,19 (janeiro/2012), 39,13%,
33,33% e 27,54 (fevereiro/2012), 31,43%, 34,29% e 34,29% (março/2012) e 20,60%, 34,48% e
44,83% (abril/2012), respectivamente. Conclusão: A introdução dos cremes de papaína, além
de considerar os benefícios cientificamente comprovados, otimiza os custos para o tratamento
de úlcera por pressão na instituição.
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PC 13 - AVALIAÇÃO DO USO DE VASOCONSTRITORES NASAIS À BASE DE
NAFAZOLINA E OXIMETAZOLINA
COELHO, DANIELLA SALGADO SILVA; SANTOS, VALTER GARCIA; DUTRA, LUANA;
ALONSO, THABATA ROBERTO
Universidade Santa Cecília - UNISANTA
Descongestionantes nasais são fármacos que promovem a vasoconstrição da mucosa nasal,
com redução do edema e da congestão, sendo indicado nos períodos críticos com resultado
meramente sintomático. Se utilizados inadequadamente podem gerar problemas a longo prazo,
como dependência ou mascarar outras enfermidades. O objetivo desse estudo foi avaliar o uso
de descongestionantes nasais a base de nafazolina e/ou oximetazolina. Tratou-se de estudo
descritivo realizado entre julho e agosto de 2011, através da aplicação de 200 questionários a
indivíduos com idade superior a 18 anos que adquiriram descongestionantes nasais sem
prescrição médica em drogarias dos bairros da Ponta da Praia e Boqueirão no município de
Santos e no bairro Vila Melo no município de São Vicente, ambas no Estado de São Paulo. O
trabalho obteve aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da UNISANTA sob o número
16/2011. Como resultado obteve-se que, 58% dos entrevistados eram do gênero masculino;
83% fazem uso de nafazolina e 17% oximetazolina; 89,5% informaram que não é a primeira
vez que fazem a compra do medicamento; 81% fazem uso do medicamento por influência de
terceiros; 55% informaram que fazem uso concomitante de outros medicamentos; 61% não
receberam orientação farmacêutica; 80% possuem o hábito de comprar medicamentos sem
receita médica. Através da pesquisa realizada conclui-se que, por tratar-se de um medicamento
isento de prescrição (MIP), sendo de fácil acesso e com possibilidade de indicação de público
leigo, pode contribuir para o aumento da probabilidade de interações medicamentosas e
outras complicações. A devida orientação técnica ao usuário do serviço de saúde promove uma
maior interação médico/paciente/farmacêutico, baseado nos dados de que paciente assumam
a responsabilidade de ajudar na monitorizarão dos efeitos do tratamento, visando melhores
resultados com o plano terapêutico.
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PC 14 - AVALIAÇÃO DOS INDICADORES DE PRESCRIÇÃO DE MEDICAMENTOS
ANTIMICROBIANOS EM UMA REDE DE DROGARIAS DA CIDADE DE MANAUS
NASCIMENTO, PRISCILA DE SOUZA; MAGALHÃES, IGOR RAFAEL DOS SANTOS
FACULDADE DE CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO
AMAZONAS
A prescrição constitui um instrumento que direciona o paciente para o uso adequado e racional
dos medicamentos. O presente trabalho teve por finalidade a análise de prescrições contendo
antimicrobianos em uma rede de drogarias da cidade de Manaus. O estudo foi aprovado pelo
Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Amazonas (CAAE nº
0377.0.115.000-11). No total, 729 prescrições foram coletadas no período de Maio a Outubro
de 2011 e analisadas com relação aos indicadores de prescrição propostos pela Organização
Mundial da Saúde (OMS). O número médio de medicamentos por prescrição foi de 1 (63% dos
receituários). A porcentagem de medicamentos prescritos pelo nome genérico foi de 45,8%. Do
total, 84,7% dos medicamentos constavam na Relação Nacional de Medicamentos Essenciais
(RENAME). A porcentagem de medicamentos injetáveis foi de 1,2%. A especialidade do
prescritores esteve ausente em 54,6% dos receituários analisados. As classes de
antimicrobianos mais frequentes foram quinolonas, penicilinas e aminoglicosídeos (nesta
ordem). Foi verificada a ausência da duração do tratamento em 19,5% das prescrições, 2,0%
estavam ilegíveis, 3,3% não apresentavam posologia, 0,8% não continham assinatura e/ou
carimbo do prescritor e a forma farmacêutica e/ou a concentração dos medicamentos estavam
ausentes 3,8%. Os resultados obtidos no estudo são preocupantes e reforçam a necessidade
de estratégias direcionadas para a educação e/ou esclarecimento dos profissionais prescritores
para que haja o cumprimento das normas vigentes quanto à prescrição de medicamentos e,
consequentemente, o alcance do sucesso terapêutico.
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PC 15 - AVALIAÇÃO FARMACOECONÔMICA PARA O TRATAMENTO DA LEISHMANIOSE
VISCERAL - RESULTADO PARCIAL
SANTOS, JOÃO LUIZ ALVES1; SANTOS, ANDRÉ LUIZ LIMA MENEZES2; SILVA, ELAINE
DUARTE3; LINO, MICHELLE TELES BARBOSA4; NOGUEIRA, JOSÉ BARRETO CRUZ5;
ALMEIDA, ROQUE PACHECO6.
1Farmacêutico Residente Multiprofissional em Saúde do Adulto e do Idoso com Ênfase em
Infectologia; 2 Mestrando de Biotecnologia de Produtos Naturais; 3 Graduanda em Farmácia da
UFS; 4 Graduanda em Medicina da UFS; 5 Prof. Mestre de Farmácia Hospitalar e Chefe do
Setor de Farmácia; 6 Prof. Doutor do Departamento de Medicina da UFS.
Universidade Federal
Negligenciadas - DNDi
de
Sergipe
-
UFS;
Iniciativa
Medicamentosa
para
Doenças
Introdução: A Leishmaniose Visceral (LV) é uma doença infecciosa relevante para a saúde
pública, tanto pela sua magnitude quanto pela elevada morbidade e letalidade. As medicações
utilizadas para o tratamento são eficientes, todavia apresentam efeitos colaterais e com
resistência do parasita. Por outro lado, a combinação de medicamentos para o tratamento vem
sendo empregada com sucesso, pois permite que cada uma das drogas do esquema
terapêutico seja utilizada em dose ou duração menor, o que reduz o tempo e a toxicidade do
tratamento, com melhora da adesão e redução do risco potencial de desenvolvimento de
resistência. O farmacêutico clínico, neste contexto, pode atuar praticando atenção
farmacêutica, farmacovigilância e avaliação dos custos para a farmacoterapia. O objetivo deste
estudo é avaliar a custo-efetividade do tratamento da LV como monoterapia ou em uma
proposta de esquema de combinação. Metodologia: Trata-se de um estudo multicêntrico, de
fase IV, randomizado, tendo como população-alvo 25 pacientes, adultos e crianças com LV,
que foram randomizados em 4 grupos: 1º- antimoniato de meglumina por 20 dias, 2ºdesoxicolato de anfotericina B por 14 dias, 3º- anfotericina B lipossomal por 7 dias e o 4ºanfotericina lipossomal por 1 dia+ meglumina por 10 dias. Foi realizado o acompanhamento
farmacoterapêutico dos pacientes durante 180 dias, tanto a nível hospitalar quanto
ambulatorial, sendo utilizado o algoritmo de Naranjo para a definição das reações adversas ao
medicamento (RAM) e sua intensidade foi avaliada segundo os critérios da ACTG (AIDS
Clinical Trial Group). Para avaliação dos custos da farmacoterapia, materiais, tratamento e
monitoramento das RAM´s foi utilizado o valor da último processo licitatório do hospital e para
os exames diagnósticos foi consultado o SIGTAP um programa que define o custo destes para
o SUS. Resultados: Levando-se em consideração os valores de diária específica da doença, o
tempo de hospitalização, o risco potencial e o tratamento das RAM’s, o grupo 4 foi o que
obteve resultados mais promissores (R$ 378,40) comparado com o grupo 1 (R$415,31), grupo
2 (R$ 508,15), e o grupo 3 (R$ 383,45). Considerando-se a segurança do paciente, o grupo 2
obteve piores resultados (2 RAM/paciente, grau 3 e 4) e os grupos 1 e 4, os melhores, com
uma média de 1 RAM/paciente (grau 1 ou 2). Conclusões: O esquema terapêutico dos
pacientes do grupo 4 mostrou-se o mais seguro e custo-efetivo até o presente momento. A
coleta destes dados é de suma importância para a realização de uma razão custo-efetividade
incremental (RCEI) e análise de decisão a respeito de um novo tratamento para a LV no Brasil.
Apoio Financeiro: FINEP)
E-MAIL PARA CONTATO: [email protected]
PC 16 - COST EFFECTIVENESS OF PHARMACEUTICAL FOLLOW UP IN HIV POSITIVE
PATIENTS
CARNEVALE, RENATA CAVALCANTI; COSTA, CAROLINE GODOI RESENDE; HOLSBACK,
VALÉRIA; MAZZOLA, PRISCILA GAVA; MORIEL, PATRÍCIA
Faculty of Medical Sciences - University of Campinas (Unicamp), Clinical pathology department,
Campinas,
Brazil;
Introduction: Patients under pharmacy care are prone to experience improvements in their
health status as well as cause less costs to the health system. The objectives of this study are
to investigate if one year of pharmaceutical follow-up in a group of HIV-positive patients can
decrease the incidence of drug related problems (DRPs), improve clinical and immune
response outcomes and decrease the costs generated by these patients to health system ,
when compared to a control group. Methods: A prospective controlled study, with a systematic
sample by quota controls paired according to random characteristics amongst cases with 64
HIV-positive outpatients. Patients were divided in Control Group and Intervention Group
(receiving pharmacy care). Clinical outcomes were analyzed based on CD4+ lymphocyte
(CD4+) and viral load counts, immune response based on lymphocyte CD4+count and
development of new infections during the study and costs based on attendings, laboratory
exams, procedures and hospitalizations performed by each patient, all obtained from the
medical charts. Drug related problems were identified during pharmaceutical follow-up.
Results: Forty six (71.8%) patients were included in this study and were allocated in Control
Group (n=23) and Intervention Group (n=23); 28.1% patients discontinued. After one year, drug
related problems count presented a statistically and clinic significant reduction in Intervention
Group: 6.1 to 3.1 DRP/patient (p<0.001). CD4+ had a statistically (p<0.01) and clinic significant
augmentation in Intervention Group: 233.6±69.8 (α=0.05) to 318.4±73.0 (α=0.05); whereas it
was not observed differences in Control Group. It was observed a clinic significant difference in
viral load counts: initially 56% of both groups had undetectable viral load counts, one year
latter, 74% of Intervention Group reached viral load <50 and Control Group remained the same.
The Intervention Group had an improvement in immune response when compared with Control
Group: CD4+ higher than 200 cells/mm3 (68.2 vs 63.7 %) and absence of new infections (77.0
vs 50.0 %), respectively. Mean total patient costs (range) were U$ 429.81 (22.45-1312.12) to
Control Group and US$418.13 to Intervention Group (125.86-1589.33). The intervention was
dominant (less costly and more effective). Conclusions: The study suggests pharmacy care
may be effective, with a reduced overall cost to the health system. Support: FAPESP; CAPES
E-MAIL PARA CONTATO: [email protected].
PC 18 - ESTOQUE DOMICILIAR DE MEDICAMENTOS: UMA ABORDAGEM ENTRE
USUÁRIOS DO PROGRAMA SAÚDE DA FAMÍLIA
SANTOS1*, PALOMA OLIVEIRA; MORAIS1, TAYANE COSTA; ALENCAR1, TATIANE DE
OLIVEIRA SILVA; ALENCAR1, BRUNO RODRIGUES; ALMEIDA2, MAYRA BATISTA DE.
1
Curso de Ciências Farmacêuticas da Universidade Estadual de Feira de Santana.
Enfermeira, Preceptora PET-Saúde da Família, Universidade Estadual de Feira de Santana
2
Armazenar medicamentos nos domicílios é prática rotineira, podendo representar um potencial
risco para o surgimento de agravos à saúde individual e coletiva, pois nenhum medicamento é
inócuo ao organismo. Os estoques domiciliares podem ser constituídos tanto por
medicamentos em uso, como por aqueles decorrentes de sobras de tratamentos anteriores, ou
por medicamentos comumente utilizados para a automedicação, o que pode gerar, dentre
outros prejuízos, gastos supérfluos, atraso no diagnóstico e na terapêutica adequada,
possibilidades de reações de hipersensibilidade e intoxicações (SÁ; BARROS; SÁ, 2007).
Quando acondicionados em ambientes e recipientes inadequados, os medicamentos sofrem
influência na sua eficácia, comprometendo a sua estabilidade, ou seja, a qualidade do produto
(RIBEIRO, 2005), provocando consequências graves à saúde do usuário. Neste contexto, esse
estudo teve o objetivo de traçar o perfil do estoque domiciliar de medicamentos entre usuários
de uma Unidade de Saúde da Família em um município baiano. A pesquisa seguiu um modelo
transversal e foi realizada em 84 domicílios, escolhidos em um sorteio aleatório, no período de
janeiro a março de 2010. Utilizou-se como instrumento de coleta de dados um formulário e a
análise dos dados deu-se por tratamento estatístico. O presente trabalho foi submetido e
aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa sob protocolo nº 159/2009. Quanto aos
resultados, verificou-se que das residências visitadas, 98,8% possuíam medicamentos em
estoque, sendo que 100% destes medicamentos estavam em local de fácil alcance de crianças.
Do total de medicamentos encontrados 29,75% estavam vencidos. 65,88% dos entrevistados
afirmaram que os medicamentos em estoque foram prescritos por médicos e 31,79% foram
adquiridos por meio da compra em farmácias comunitárias. 75,29% afirmaram não receber
orientações dos profissionais de saúde sobre acondicionamento correto dos medicamentos.
Este estudo permitiu evidenciar o desconhecimento dos usuários quanto ao uso e descarte
correto de medicamentos, o que implica em riscos à saúde dos mesmos e denota também
ausência de ações relacionadas a medicamentos por parte da equipe de saúde da família. Fato
este que pode ser justificado pela ausência do farmacêutico na equipe de saúde. Assim, estes
resultados apontam para a necessidade de adoção de medidas estratégicas para promoção do
uso racional de medicamentos, que envolva gestores, profissionais de saúde, e usuários
(RAMOS, SILVA, ALENCAR, 2010), dentre as quais podemos destacar: educação continuada
da equipe de saúde sobre descarte correto de medicamentos e sobre prescrição racional, já
que a prescrição inadequada de medicamentos provoca o estoque domiciliar e/ou o descarte
indevido; orientação aos usuários sobre o estoque domiciliar e automedicação responsável;
criação de postos de coleta de medicamentos e demais resíduos químicos nas unidades de
saúde; inserção do farmacêutico nas equipes de saúde para que o mesmo oriente diretamente
os usuários no momento da dispensação e em domicílio, bem como promovendo atividades
educativas que visem minimizar o estoque domiciliar de medicamentos.
E-MAIL PARA CONTATO: [email protected]
PC 19 - DRUG RELATED PROBLEMS: A PROSPECTIVE AND OBSERVATIONAL STUDY
IN A PEDIATRIC EMERGENCY UNIT
CARVALHO, INDIRA VALADÊ a(1), SOUSA, VANESSA MARCILIO DE b(1), AMBRÓSIO,
ROSIANE DE FÁTIMA LOPES c(1), REIS, MARCELO d(2), QUEIROZ, RAQUEL ALVARENGA
DE d(2), MORIEL, PATRÍCIA e(1)
(1) Department of Clinical Pathology, School of Medical Sciences, State University of
Campinas-SP
(2) Department of Pediatric, School of Medical Sciences, State University of Campinas-SP
a
Master Degree Student, bDegree Student, cPharmaceutical, dTeachers of medicine course,
Leader
e
Pediatric Patients are one of the most vulnerable patient populations. There are many
unlicensed medicines or even the so-called 'off-label' usage that are prescribed to them which
can increase the risk of drug-related problems (DRPs) such as therapeutic inefficacy and
adverse drug reaction (ADR). The objectives of this paper is determine the incidence of DRPs
for those admitted to the hospital pediatric emergency unit, and provide information about drug
use, with the purpose of improving the rational use of medicines. The present study is a
prospective observational one. It took place from July/2011 to March/2012, in the Pediatrics
Pharmacoepidemiology/Pharmacovigilance area.Pharmacists interviewed the people who were
responsible for children up to 15 years old, without race restrictions, from both sexes, to obtain
information about the drugs that were used. This study was approved by the UNICAMP Ethics
Committee in Research under the number 918/2011. The results were evaluated and the DRPs
were related to the hospital admission in the “Hospital de Clínicas” of the “Universidade
Estadual de Campinas” (UNICAMP). The obtained DRPs were classified as ineffective therapy,
adverse drug reaction, inappropriate use, compliance, drug interaction, intoxication and
technical defect. The ADRs were classified based in severity and causality. It was interviewed
1280 patients and the rate of hospital admission due to PRMs was 13.7% (175 patients).
Among the identified PRMs, 38.3% (67) were due to ineffective therapy, 25.1% (44) to
inappropriate use, 17.2% (30) of ADRs, 14.3% (25) for non-compliance, 2.3% (4) intoxication,
1.7% (3) a technical defect and 1.1% (2) for drug interactions. The respiratory system and
infectious disease were the most commonly affected organs, and antipyretic/analgesic were the
most common drugs associated with ADRs. The data may be used for designing the
epidemiology profile in pediatric patients, showing that there is a high incidence of DRPs that
cause hospitalization, adding unnecessary cost to the health system. More study is necessary in
both of Pharmacoepidemiology and Pharmacovigilance in Pediatrics area to design the DRPs
involved for an improvement of safe use medicines in pediatric patients. Support: CNPq
E-MAIL PARA CONTATO: [email protected]
PC 20 - FARMACOTERAPIA DE USO CONTÍNUO: AVALIAÇÃO DO GRAU DE ADESÃO EM
PACIENTES PEDIÁTRICOS
CARVALHO, INDIRA VALADÊ a (1), SOUSA, VANESSA MARCILIO DE b(1), AMBRÓSIO,
ROSIANE DE FÁTIMA LOPES c(1), REIS, MARCELO d(2), QUEIROZ, RAQUEL ALVARENGA
d
(2), MORIEL, PATRÍCIA e
(1) Depto. Patologia Clínica, Faculdade de Ciências Médicas, Universidade Estadual de
Campinas, UNICAMP-SP
(2) Depto. Pediatria, Faculdade de Ciências Médicas, Universidade Estadual de Campinas,
UNICAMP-SP
a
Aluna de pós-graduação do curso de Farmácia da UNICAMP, bAluna de graduação do curso
de Farmácia,
c
Farmacêutica, dDocentes do curso de Medicina, eOrientador;
A adesão ao tratamento é fundamental para o sucesso da terapia instituída pelo médico e
equipe multidisciplinar. Segundo a OMS, adesão ao tratamento “é a medida com que o
comportamento de uma pessoa corresponde às recomendações de um profissional de saúde”.
Os pacientes pediátricos são mais vulneráveis a falhas de adesão, pois estão submetidos aos
cuidados de terceiros. Estudos comprovam que a baixa adesão é uma das principais causas de
ineficácia terapêutica, afetando diretamente a qualidade de vida do paciente, o resultado
terapêutico e até causar um problema de saúde pública. O estudo teve por objetivo determinar
a incidência, grau de adesão e causas da não adesão à farmacoterapia de pacientes admitidos
na Unidade de Emergência Referenciada (UER) Pediátrica do Hospital de Clínicas - UNICAMP.
Trata-se de um estudo prospectivo, descritivo e exploratório conduzido na UER Pediátrica, de
setembro/2011 a março/2012, período em que se contou com a presença diária do
farmacêutico clínico. Os critérios de inclusão do estudo foram pacientes de ambos os sexos
com até 15 anos, admitidos na UER, que faziam uso de pelo menos um medicamento em
regime contínuo, independente de etnia e doenças pré-existentes. Excluíram-se os pacientes
cujos responsáveis não aceitaram participar do estudo. Após a consulta médica, o farmacêutico
realizava uma entrevista com os responsáveis dos pacientes para obter informações adicionais
sobre a utilização destes medicamentos, preenchendo-se o questionário de Morisky-Green. Os
resultados foram computados semanalmente em uma planilha do Excel® e análises
estatísticas foram realizadas. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da
Instituição de Ensino sob o parecer 918/2011. Entrevistaram-se neste estudo, responsáveis por
162 pacientes e constatou-se o uso de 117 fármacos diferentes. Os resultados obtidos
mostraram que os motivos mais frequentes para a não adesão à terapia medicamentosa são o
estado clínico do paciente, ou seja, a melhora (86,7%) ou a piora (86,4%) durante a terapia;
descuido com o horário de administração (80,9%); esquecer-se de tomar (76,6%) e repor o
medicamento (8,0%). Constatou-se ainda que em 35,0% dos casos em que a terapia foi
interrompida, o paciente estava ciente da importância e benefício do medicamento. Este estudo
determina o perfil de adesão à farmacoterapia de uso contínuo, demonstrando que há uma
incidência significativa de falhas na administração dos medicamentos (28,0% média adesão e
8,7% baixa adesão). Ressalta-se assim, a necessidade de atuação do farmacêutico clínico
para orientar o uso adequado dos medicamentos, reduzir as falhas de adesão na terapia
proposta, evitando prejuízos para o sistema de saúde pública. Auxílio financeiro: CNPq
E-MAIL PARA CONTATO: [email protected]
PC 21 - GERENCIAMENTO FARMACOTERAPÊUTICO NA AUDITORIA FARMACÊUTICA:
UMA PERSPECTIVA ECONÔMICA E CLÍNICA
REIS, HENRY PABLO LOPES CAMPOS E1; MAGALHÃES, DANIELLE DE PAULA1; VIEIRA,
JOEL BEZERRA1; FREIRE, CAMILA PEIXOTO DE LIMA1; FONSECA, DIEGO BARROS DA1;
LUZ, PRISCILLA BARBOSA DA1.
1-Área de Assistência e Auditoria Farmacêutica (ASSFAR), Unimed, Fortaleza.
O farmacêutico auditor exerce entre outras atividades, ações de gerenciamento da
farmacoterapia e atenção farmacêutica em prol do uso racional do medicamento e redução de
custos. O objetivo do estudo foi descrever a implantação, estruturação e desenvolvimento da
prática de gerenciamento farmacoterapêutico através da Auditoria Farmacêutica em uma
operadora de planos de saúde de Fortaleza (OPS) na perspectiva econômica e clínica. Tratase de estudo descritivo em que a unidade de análise foi uma OPS localizada em Fortaleza Ceará. Foram coletados e analisados dados qualitativos e quantitativos que corresponderam
ao período de 2007 a 2010. Para o acompanhamento farmacoterapêutico e intervenções foi
utilizado o método Medication Therapy Management - MTM (ASHP, 2006). Trabalho aprovado
no Conselho Gestor da OPS e nos Hospitais, bem como pelo Comitê de Ética da Universidade
de Fortaleza (Protocolo N°252/2009). Para a implantação da ASSFAR foi utilizada como
primeira estratégia sua formalização na estrutura organizacional da OPS em janeiro de 2007.
Com o reconhecimento do trabalho desenvolvido pela área, a equipe anteriormente com 1
farmacêutico e 2 estagiários (2007), chegou em 2010 com 1 coordenador, 2 farmacêuticos
clínicos, 2 assistentes de farmácia e 5 estagiários. A auditoria farmacêutica resultou na
implantação de pareceres técnicos para inclusão de medicamentos (método OMS, 2005) em
tabela definida pela OPS e de solicitação para medicamentos de alto custo (quimioterápicos,
biológicos, outros) e de reserva terapêutica (antimicrobianos - ATM). A intervenção do
farmacêutico em seis meses de experiência (ATM) mostrou uma economia de R$ 279.153,80
(Jan-jun/2010) e melhoria nos indicadores clínicos (tempo de tratamento e solicitação de
cultura). No âmbito da monitorização dos oncológicos foram detectadas 205 não conformidades
nas quimioterapias requisitadas à operadora com as devidas intervenções clínicas realizadas e
emitidos os feedbacks aos solicitantes. A gestão clínica de quimioterápicos resultou em uma
economia total de R$ 2.502.278,31 para a OPS em 2010. O gerenciamento farmacoterapêutico
através da auditoria farmacêutica mostrou-se uma ferramenta estratégica de gestão e favorece
o uso racional de medicamentos e minimização de custos, devendo ser ampliada em diferentes
cenários de prática.
E-MAIL PARA CONTATO: [email protected]
PC 22 - IDENTIFICAÇÃO DE PROBLEMAS RELACIONADOS A MEDICAMENTOS EM UMA
FARMÁCIA PRIVADA DO INTERIOR DA BAHIA
MENEZES, SABRINA PEREIRA1; SANTOS, LUANA ANDRADE DOS1; PRADO, NÍLIA MARIA
DE BRITO LIMA2 PRADO, FREDERICO MESSIAS DO3
1
Discentes do curso de farmácia da Universidade Federal da Bahia, Instituto Multidisciplinar
em Saúde, Campus Anísio Teixeira,2 Docente do curso de farmácia da Universidade Federal da
Bahia, Instituto Multidisciplinar em Saúde, Campus Anísio Teixeira,3 Farmácia comunitária
privada Farmacenter (conveniada a UFBA/IMS/CAT)
Introdução: Os Problemas Relacionados a Medicamentos (PRMs) compreendidos como “uma
experiência indesejada, envolvendo a terapia medicamentosa do paciente que interfere real ou
potencialmente com os resultados esperados” podem ser identificados através do Seguimento
Farmacoterapêutico (SFT) no contexto da Atenção Farmacêutica. No Brasil ainda é escassa a
realização de estudos para detecção e resolução de PRMs em farmácias comunitárias
privadas, com necessidade de estímulo desta prática no país. Este trabalho objetivou identificar
e caracterizar PRMs em pacientes inseridos em um programa de SFT de uma farmácia
comunitária privada de Vitória da Conquista, no Sudoeste da Bahia. Método: Foi realizado um
estudo observacional descritivo, entre setembro de 2011 a março de 2012. O SFT foi realizado
utilizando-se formulários de documentação baseados no proposto pelo Método Dáder e
estruturado nas seguintes etapas: Oferta do serviço, no estabelecimento, por telefone ou
utilizando os dados do sistema informatizado de gestão de estoque da farmácia, que contém o
perfil dos usuários; Recrutamento mediante Triagem Farmacêutica com aferição da pressão
arterial e glicemia capilar; Entrevista Farmacêutica estratificada em quatro entrevistas; Análise
Situacional; Definição do Plano Farmacoterapêutico e Monitorização com avaliações
sucessivas. A identificação dos PRMs aconteceu durante as entrevistas e análise situacional.
Para classificação considerou-se as três necessidades básicas de uma farmacoterapia:
indicação, efetividade e segurança, assim os PRMs foram delineados em sete diferentes
categorias.Os dados foram armazenados no Microsoft Excel® e analisados no pacote
estatístico R. Resultados: Foram acompanhados 54 pacientes, 30 (56,6%) do sexo feminino, a
média de idade foi 51 anos (sexo feminino) e 49 anos (sexo masculino). Encontrou-se a
frequência das seguintes patologias: Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) 48 (88,88%),
Diabetes Mellitus (DM) 06 (11,22%) e Dislipidemias 07 (13,2%). Dentre os pacientes 47
(87,04%) estavam em tratamento farmacológico no início do SFT e 39 (73,6%) apresentaram
pelo menos um PRM, com média de 04 PRM/paciente. O principal PRM identificado foi de
segurança, com frequências absoluta e relativa de 17 e 33,33 % respectivamente, seguido dos
PRM de indicação 11 (31,49%), eficácia 11 (20,37%) e adesão 08 (14,81%). Para resolução
foram realizadas intervenções junto aos prescritores com solicitação de substituição de
medicamentos 14 (25,92%), 06(11,11%) inclusão de novo medicamento e 01 (1,85%) retirada
de medicamento, com base em evidência científica. Com os pacientes foram realizadas ações
educativas e introduzidas medidas não-farmacológicas para facilitar a adesão a farmacoterapia
18 (33,33%) e alteração horários tomada de medicamentos 10 (18,52%). Ao final do SFT
houveram 24 (44,5%) avaliações de resolução dos PRMs, melhora em 16 (29,60%), 03(5,55%)
mantiveram estável, com continuação tratamento, 02 (3,7%) não houve melhora, com
necessidade novo medicamento e 06 (11,11%) foram sem resultado, por abandono do SFT.
Conclusão: Os resultados sugerem que o farmacêutico, com sua formação específica em
farmacoterapia, pode colaborar para a melhoria de resultados terapêuticos, através da
identificação e resolução de PRMs oferecendo a comunidade uma alternativa de cuidado, para
controle de doenças crônicas como a HAS e DM. Ofício n° 073/2011: Número de aprovação do
Trabalho ao Comitê de Ética em Pesquisa da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia SESAB. Auxílio financeiro: Farmácia Farmacenter
E-MAIL PARA CONTATO: [email protected]
PC 24 - AUTOMEDICAÇÃO EM PEDIATRIA: ESTUDO PROSPECTIVO EM UNIDADE DE
EMERGENCIA
CARVALHO, INDIRA VALADÊ a(1), SOUSA, VANESSA MARCILIO DE b(1), AMBRÓSIO,
ROSIANE DE FÁTIMA LOPES c(1), REIS, MARCELO d(2), QUEIROZ, RAQUEL ALVARENGA
d(2), MORIEL, PATRÍCIA e(1)
(1)
Depto. Patologia Clínica, Faculdade de Ciências Médicas (FCM), UNICAMP,SP.
(2)
Depto. Pediatria, Faculdade de Ciências Médicas, UNICAMP, SP.
a
Aluna de pós-graduação do curso de Farmácia da UNICAMP, bAluna de graduação do curso
de Farmácia,
c
Farmacêutica, dDocentes do curso de Medicina, eOrientador;
A automedicação abrange as formas pelas quais os indivíduos decidem qual medicamento será
usado sem avaliação médica. O uso de medicamentos pode ser considerado um indicador
indireto de qualidade das políticas de saúde, sendo que crianças e adolescentes representam
um grupo susceptível. De acordo com a OMS, a automedicação consciente ajuda a prevenir e
tratar sintomas e distúrbios que não necessitam de consulta médica, reduzindo o custo sobre o
sistema de saúde. É dever do farmacêutico, auxiliar o paciente no processo de automedicação
e na seleção dos medicamentos isentos de prescrição (MIPs). Objetivou-se determinar a
incidência dos problemas associados à automedicação em pacientes admitidos na Unidade de
Emergência Referenciada (UER) Pediátrica do HC-UNICAMP; quantificar os principais
medicamentos envolvidos e identificar erros de uso. Trata-se de um estudo descritivo e
prospectivo conduzido na UER, de julho/2011 a março/2012. Os critérios de inclusão foram
pacientes ≤15 anos, independente de sexo, etnia ou doença pré-existente, que fizeram o uso
de medicamentos sem prescrição, cujos responsáveis aceitaram participar da pesquisa.
Excluíram-se os pacientes cujos responsáveis não aceitaram participar do estudo. Após
consulta médica, o farmacêutico realizava entrevista com o responsável pelo paciente obtendo
informações adicionais sobre o uso dos medicamentos. Os dados foram coletados em uma
ficha criada pela equipe de farmácia clínica. Os resultados foram computados em Excel® e
análises estatísticas realizadas. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da
Instituição de ensino sob o parecer 918/2011. Avaliaram-se 1280 questionários, sendo que
17% atendiam aos critérios de inclusão do estudo. Detectaram-se 48 fármacos usados na
automedicação, sendo que 83,3% tratavam-se de MIPs e 12,7% não MIPs. As principais
classes terapêuticas envolvidas foram 76,9% analgésicos, 4,6% antimicrobianos (uso sistêmico
e oftálmico), 4,6% antiespasmódicos, 3,6% anti-histamínicos (uso sistêmico) e 2%
antiinflamatórios. Os principais medicamentos apontados foram dipirona (40,4%), paracetamol
(25,1%), ibuprofeno (5,5%), isentos de prescrição. Em 28,7% dos casos, a automedicação
seguia a bula (automedicação consciente) e em 71,3% constatou-se problemas associados ao
uso, como sobre-dose (17%), sub-dose (25,5%), posologia (28,4%), indicação (11,5%) e
contra-indicação (17,6%). Nos resultados apontados observa-se um elevado índice de
problemas associados à automedicação, sendo a maioria medicamentos de venda livre. Tais
evidências reforçam a necessidade de informar a população sobre o uso racional dos
medicamentos, além de que os profissionais de saúde envolvidos com estas questões
proponham medidas que garantam a oferta de produtos necessários, eficazes e seguros à
população. Apoio financeiro: CNPq
E-MAIL PARA CONTATO: mailto:[email protected]
PC 25 - INTERVENÇÃO FARMACÊUTICA NA DISPENSAÇÃO DE ANTIMICROBIANOEM
FARMÁCIA COMUNITÁRIA: RELATO DE CASO.
ALMEIDA, ANA KELLEN MOTA DA COSTA1; VIANA NETO, ALOISIO MARTINS2.
Farmacêutica Comunitária - Farmácias Pague Menos1, Farmacêutico Comunitário - Farmácias
Pague Menos2,.
Descrição do caso: Criança de 4 anos, sexo feminino, com 18kg, com o diagnóstico de
Faringite, chega a Farmácia com os seus responsáveis apresentando uma receita de
amoxicilina 874mg com a posologia de 12h em 12h. Ao analisar a prescrição entregue e
argumentar sobre a idade e o peso do paciente, o Farmacêutico presente observou que a
dosagem não estava de acordo com a literatura. Os responsáveis pela criança afirmaram que
também acharam estranha aquela prescrição, mas não argumentaram nada com o médico.
Avaliação: A obtenção de sucesso em um tratamento medicamentoso está relacionado com a
correta prescrição e as informação que o paciente possui do medicamento prescrito. Em
terapias envolvendo antimicrobianos, conhecimentos como dose, frequência de administração
e duração do tratamento é de fundamental importância. O Farmacêutico é o profissional que
entra em contato por ultimo com os pacientes que recebem prescrição, podendo ser também o
primeiro quando falamos em orientação de medicamentos. Intervenção: O Farmacêutico
entrou em contato com o prescritor, por telefone, e explicou o caso. O mesmo atendeu a
ligação e disse que pensou em uma dosagem e escreveu outra, o médico pediu para que a
paciente retornasse para pegar outra prescrição com a dosagem correta do medicamento. A
paciente retorna à Farmácia com os pais com a prescrição correta, amoxicilina 250mg/5mL,
4ml a cada 8 horas. Conclusão: Observamos a importância da atenção do prescritor na hora
de realizar a prescrição, para que não ocorram equívocos. A importância do Farmacêutico é
evidente durante a dispensação de medicamentos, seja esse de controle especial ou não. Esse
é o profissional que pode orientar quanto ao uso correto e racional dos medicamentos.
E-MAIL PARA CONTATO: [email protected]
PC 26 - INTERVENÇÕES CLÍNICAS DO FARMACÊUTICO PARA RACIONALIZAÇÃO DE
ANTIMICROBIANOS: PROGRAMA STEWARDSHIP
REIS, HENRY PABLO LOPES CAMPOS E1; FREIRE, CAMILA PEIXOTO DE LIMA1;
MAGALHÃES, DANIELLE DE PAULA1; VIEIRA, JOEL BEZERRA1; FONSECA, DIEGO
BARROS DA1; ALVES, SARAH DE CARVALHO1.
1-Área de Assistência e Auditoria Farmacêutica (ASSFAR), Unimed, Fortaleza.
Programas de manejo antimicrobianos (Stewardship) são importantes ferramentas para a
racionalização do uso e tem como finalidade otimizar a prescrição, melhorar o cuidado ao
paciente, potencializar os saberes do time multidisciplinar, bem como reduzir custos. A atuação
do Farmacêutico Clínico é fundamental nestes Programas que têm como estratégias: terapia
sequencial oral (TSO - Switch Therapy), redução do tempo de tratamento, descalonamento,
outras. O objetivo deste trabalho foi identificar as principais intervenções clínicas do
farmacêutico para racionalização de antimicrobianos através Programa Stewardship de Gestão
Clínica. Foi realizado um estudo retrospectivo, no qual 640 pacientes foram acompanhados em
seis hospitais particulares credenciados a uma Operadora de Planos de Saúde em FortalezaCe, em uso de antimicrobianos de reserva terapêutica. O estudo foi realizado em
dezembro/2011 a março/2012. Os dados foram coletados através da auditoria farmacêutica
presencial nos hospitais conveniados, em seguida realizado discussões colegiadas com os
infectologistas, médico auditor e médico assistente para definição da melhor estratégia. As
sugestões para racionalização da terapia antimicrobiana foram realizadas tendo como base os
métodos do programa Stewardship (IDSA, 2007). Os dados foram armazenados e processados
uma planilha informatizada (Excel for Windows®). Foram realizadas neste período 242
intervenções farmacêuticas de otimização da terapia antimicrobiana, na qual 78,93% (n=191)
foram aceitas pelo médico assistente. Em relação ao perfil qualitativo das estratégias, 84,71%
foram relacionadas ao tempo de tratamento; 9,5% a TSO e 5,79% ao descalonamento. Entre
as estratégias aceitas foi impactada uma economia de R$ 391.846,36 em relação ao tempo de
tratamento; R$ 9.483,97 relacionados ao descalonamento e R$ 669,60, no que diz respeito à
terapia sequencial oral, com total de R$ 401.999,91. As intervenções farmacêuticas no
Programa Stewardship mostraram-se importantes ferramentas para a racionalização
antimicrobianos, visto que otimiza a farmacoterapia e reduz gastos aos sistemas de saúde.
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PC 27 - INTERVENÇÕES DE UM FARMACÊUTICO CLÍNICO JUNTO À EQUIPE
MULTIPROFISSIONAL EM UM HOSPITAL DE SERGIPE
SANTOS, JOÃO LUIZ
BARROS DA SILVA3.
ALVES1;
RAMIRO-OLIVEIRA,DÉBORA2;
SILVA,WELLINGTON
1 Farmacêutico Residente da Residência Multiprofissional em Saúde do Adulto e do Idoso com
Ênfase em Infectologia; 2 Graduanda em Farmácia da Universidade Federal de Sergipe; 3 Prof.
Doutor Tutor da Residência Multiprofisisonal.
Introdução: O farmacêutico clínico é responsável por cuidar do paciente através da otimização
da terapia medicamentosa. Ele atua como fonte de informação aos pacientes e profissionais de
saúde sobre o correto uso dos medicamentos. Apesar de inquestionáveis avanços em todas as
áreas médicas, muitos erros continuam acontecendo e podem causar danos para os pacientes.
Entre estes, estão os relacionados à medicação, desde a prescrição até a administração, que
pode aumentar o risco de eventos adversos. Sendo assim, este trabalho é um estudo
exploratório de seguimento de pacientes que visou mostrar a importância de um farmacêutico
clínico no âmbito multiprofissional em uma enfermaria de infectologia referência no estado.
Metodologia: 32 pacientes de ambos os gêneros entre 19 e 69 anos foram acompanhados
durante 42 dias. Para avaliação da farmacoterapia, foi utilizada a base de dados terciária
MICROMEDEX®. Os critérios avaliados foram: indicação, duplicação da terapia, ausência de
medicamentos necessários, dose adequada, horário e vias de administração e interação entre
medicamentos, com macro e micronutrientes e exames laboratoriais. As intervenções
realizadas pelo farmacêutico foram estratificadas e avaliadas quanto a sua aceitação pela
equipe de saúde e efetividade. Resultados: Das 243 prescrições distintas analisadas, foi
encontrada em média 8 medicamentos/prescrição e 15 medicamentos/paciente. Quanto às
interações medicamentosas, foram identificadas 14 interações potencialmente graves, sendo
que as intervenções realizadas pelo farmacêutico tiveram aceitação de 87% pela equipe de
saúde; 26 interações moderadas, com aceitação de 79% e 47 interações leves, com aceitação
de 100%. Nos casos em que não foi possível ou necessária a substituição ou modificação da
farmacoterapia procedeu-se a monitoração dos parâmetros clínicos específicos, a fim de se
evitar eventos adversos. No total foram detectados 202 problemas relacionados à
farmacoterapia, sendo realizadas 142 intervenções com aceitação de 91%. Conclusão: Os
resultados obtidos sugerem que a intervenção do farmacêutico clínico é uma ferramenta efetiva
na detecção, resolução e prevenção de problemas relacionados aos medicamentos, sendo
acolhida em 91% dos casos pela equipe de saúde. (Agradecimento: Ministério da
Educação/SESU/CNRMS)
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PC 28 - INTERVENÇÕES REALIZADAS PELA EQUIPE DE FARMÁCIA CLÍNICA DE UMA
FARMÁCIA PRIVADA DO INTERIOR DA BAHIA
SANTOS, LUANA ANDRADE DOS1; TAVARES, LUDMILA SANTANA1; PRADO, NÍLIA MARIA
DE BRITO LIMA2; PRADO, FREDERICO MESSIAS DO3
1
Discentes do curso de farmácia da Universidade Federal da Bahia, Instituto Multidisciplinar em
Saúde, Campus Anísio Teixeira, 2 Docente do curso de farmácia da Universidade Federal da
Bahia, Instituto Multidisciplinar em Saúde, Campus Anísio Teixeira, 3Farmacêutico da Farmácia
comunitária privada Farmacenter (conveniada a UFBA/IMS/CAT)
Introdução: A Intervenção Farmacêutica (IF) é definida como todas as ações da qual o
farmacêutico participa ativamente na tomada de decisão, na terapia dos pacientes e também
na avaliação dos resultados ao realizar a atenção Farmacêutica. Diante disto, o farmacêutico
realiza intervenções visando aumentar a efetividade e diminuir os riscos da farmacoterapia. No
Brasil, a implantação de serviços de atenção farmacêutica em farmácias comunitárias é muito
difícil, principalmente, porque as pessoas ainda vinculam o estabelecimento como unidade
comercial. Este trabalho objetivou identificar as principais intervenções realizadas junto aos
prescritores e pacientes através de Seguimento Farmacoterapêutico (SFT) em uma farmácia
privada do interior da Bahia, descrever os resultados do SFT e caracterizar a adesão do
paciente ao tratamento. Método: Trata-se de um estudo transversal descritivo que incluiu
pacientes diabéticos, dislipidêmicos e hipertensos, usuários de uma farmácia comunitária
privada do município de Vitória da Conquista, Bahia, no período de setembro de 2011 a março
de 2012. Foram incluídos somente indivíduos adultos (idade entre 18 a 65 anos). Os dados
foram obtidos das entrevistas farmacoterapêuticas. Método adaptado ao proposto por Dáder.
Os pacientes que atendiam aos critérios de inclusão foram triados através de um software, da
própria empresa e em caso de interesse, assinava um termo de consentimento. A seguir
entrevistas farmacêuticas e mensuração de parâmetros clínicos e laboratoriais foram realizadas
para monitoramento. Com a identificação de algum Problema Relacionado ao uso de
Medicamentos (PRMs) procediam-se as intervenções, levando em consideração os objetivos
terapêuticos. Para caracterizar a adesão do paciente ao tratamento prescrito utilizou-se o teste
de Morisky, classificando em Alto Grau de Adesão (AGA) ou Baixo Grau de Adesão (BGA). A
análise estatística foi realizada através do programa R versão 2.11. Resultados: Foram
acompanhados 54 pacientes, em que houve maior proporção de mulheres 30(56.6%), com a
raça branca mais prevalente. A maioria da população era hipertensa, 48 pacientes (88,8%). Em
relação à faixa etária, verificou-se maior frequência entre 50 a 60 anos (31,4%), média de idade
51 anos. Dado que, 46 (86,8%) IF foram realizadas, as causas mais frequentes foram inclusão
de medidas não farmacológicas 18(33,33%) e substituição por medicamento mais efetivo 14
(25,62%). Quanto ao tipo de intervenção, orientações verbais foram mais frequente 26 (49,1%),
seguida de carta ao prescritor 14 (26,4%). A avaliação dos resultados das IF, utilizando o
código de impacto e significação obteve-se pontuação (três) (apropriada), categorizada em
Extremamente Significativa 16,2 (30%), gera um aumento importante na efetividade da terapia;
Muito Significativa 5,4 (10%), aumenta a efetividade e melhora na qualidade de vida do
paciente e Significativa 3,24(6%), melhora a atenção ao paciente e gera aumento da qualidade
da assistência. Quanto à adesão a terapia medicamentosa 48 (88,8%) BGA, antes das IF, e
após IF 52(96,3%) AGA. Não houve desistência durante o SFT. Conclusão: Ao analisarmos o
impacto positivo das intervenções no processo de cuidado aos pacientes inseridos no
programa de SFT, evidencia-se a necessidade da presença ativa desse profissional, atuando
também em funções clínicas, dentro das farmácias comunitárias privadas, que são no nosso
país os estabelecimentos de saúde de mais fácil acesso da população. Ofício n° 073/2011:
Número de aprovação do Trabalho ao Comitê de Ética em Pesquisa da Secretaria de Saúde do
Estado da Bahia - SESAB. Apoio financeiro: Farmácia comunitária Farmacenter
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PC 29 - ATENÇÃO FARMACÊUTICA A PACIENTES COM CÂNCER DE MAMA EM
TRATAMENTO HORMONAL
BERNARDES, ADÉLIA CORINA ALVES (1); CRUZ, ALINE (2); SANTOS, JACQUELINE
MARQUES (2); CARVALHO, ROBERTA PARO (1); TEIXEIRA, LUIZ CARLOS (3); MAZZOLA,
PRISCILA GAVA (2).
(1) Serviço de Farmácia do Hospital da Mulher Prof. Dr. José A. Pinotti, UNICAMP (2)
Departamento de Patologia Clínica, Faculdade de Ciências Médicas, UNICAMP; (3)
Departamento de Tocoginecologia, Faculdade de Ciências Médicas, UNICAMP
O tamoxifeno, antagonista de receptores de estrógeno (RE), é atualmente o hormonioterápico
de escolha para o tratamento do câncer de mama precoce em pacientes com tumor RE+. Por
se tratar de um medicamento administrado por via oral, a paciente tem papel primordial no
correto cumprimento da terapia (adesão), assumindo grande parte da responsabilidade pelo
seu tratamento. Sendo assim, a Atenção Farmacêutica tem subsídios para influenciar
positivamente o tratamento destas pacientes, identificando, prevenindo e resolvendo problemas
farmacoterapêuticos (PFTs). O presente trabalho objetivou fazer a identificação dos principais
PFTs, bem como avaliar o grau de adesão ao tratamento de pacientes com câncer de mama
em tratamento com tamoxifeno. Foram realizadas consultas farmacêuticas (método de
seguimento farmacoterapêutico de Minnesota) com 30 pacientes com câncer de mama em
hormonioterapia com tamoxifeno e aplicados questionários de avaliação de adesão ao
tratamento de Morisky-Green. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da
Universidade Estadual de Campinas (protocolo nº 1200/2011). A média de idade das pacientes
atendidas foi de 54,1 ± 10,9 anos e mais da metade delas (66,7%) ainda encontram-se nos
primeiros 30 meses de tratamento. Em relação aos parâmetros clínicos, a Neoplasia maligna
do quadrante superior externo da mama foi a mais prevalente, acometendo 50,0% (n=15) das
pacientes, sendo que a maioria (n=21;70,0%) teve diagnóstico de câncer em estádio inicial de
doença (I e II). Um total de 63,3% (n=19) das pacientes apresentou ao menos uma comorbidade e 90,0% (n=27) relataram ter experimentado reações adversas ao tamoxifeno.
Desta forma, o PFT de Segurança foi identificado quase que na totalidade das pacientes
acompanhadas. Em relação à adesão ao tratamento hormonioterápico, 36,7% (n=11) das
pacientes foram consideradas como tendo alta adesão e 63,3% (n=19), como média adesão.
Não houve pacientes com baixa adesão. A Atenção Farmacêutica poderá contribuir de forma
importante para o tratamento hormonal de pacientes com câncer de mama, principalmente no
que se refere à adesão ao tratamento. Apoio financeiro : AFPU/UNICAMP e bolsa de
mestrado CAPES.
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PC 32 - O FARMACÊUTICO CLÍNICO PREVENINDO ERROS DE ADMINISTRAÇÃO DE
ANTIMICROBIANOS EM UNIDADE PEDIÁTRICA
ENGRACIA, GABRIELA VANINI; SCARMELOTE, NADJLA PIPINO; RIZZO, MARIANA
CARVALHO; DE PAULA, GABRIEL HENRIQUE PEREIRA; FABRETTI, SANDRA DE
CARVALHO; MONTEIRO, VANESSA VIEIRA
Hospital Alvorada, São Paulo - SP
Introdução A segurança do paciente pediátrico representa um grande desafio para as equipes
de saúde devido à vulnerabilidade e fragilidade característica dessa faixa etária. Assim, este
estudo tem por finalidade demonstrar a estratégia utilizada pelo Hospital Alvorada para prevenir
os erros de medicação relacionados à diluição e tempo de infusão de antimicrobianos após a
implantação do Serviço de Farmácia Clínica na Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica.
Métodos Estudo observacional descritivo realizado a partir da elaboração de uma tabela de
diluição de antimicrobianos e da análise dos dados de pacientes internados na UTI Pediátrica.
Utilizou-se como instrumento de coleta as fichas de triagem de prescrições pediátricas
preenchidas pelo farmacêutico clínico no período de 26/10/2011 à 22/12/2011. Posteriormente
tabulou-se o número de antimicrobianos prescritos e o percentual de antimicrobianos sem
diluente, sem tempo de infusão e/ou volume de diluente inadequado. Após o período de coleta,
o Serviço de Farmácia Clínica elaborou um plano de ação no qual o farmacêutico clínico
passou a validar diariamente as prescrições médicas. Resultados Foram analisadas 241
prescrições no período de coleta, evidenciando 301 antimicrobianos prescritos. Desses, 116
não continham diluentes e/ou tempo de infusão, caracterizando 93 prescrições não conformes
(38,5%). A partir desse cenário, o Serviço de Farmácia Clínica formulou e disponibilizou uma
tabela de diluição de antimicrobianos com tempo de infusão e concentração máxima de infusão
de todos antimicrobianos padronizados no hospital. Concomitantemente, o farmacêutico clínico
passou a validar 100% das prescrições médicas, solicitando a adequação da prescrição caso
detectasse alguma inconsistência relacionada aos critérios citados anteriormente. Conclusão
A diluição de medicamentos, principalmente de antimicrobianos é fator determinante para
garantir eficácia terapêutica e prevenir riscos de flebites e reações alérgicas. Assim, a presença
do farmacêutico clínico nas equipes multidisciplinares contribuiu para a redução da ocorrência
de erros de medicamentos. Aprovação do trabalho: o trabalho foi submetido e provado pela
Diretoria Clínica do Hospital Alvorada.
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PC 33 - O FARMACÊUTICO CLÍNICO PREVENINDO RISCOS ASSOCIADOS AO USO DE
VARFARINA ORAL
SCARMELOTE, NADJLA PIPINO; FABRETTI, SANDRA DE CARVALHO; RIZZO, MARIANA
CARVALHO; ENGRACIA, GABRIELA VANINI; DE PAULA, GABRIEL HENRIQUE PEREIRA;
MONTEIRO, VANESSA VIEIRA
Hospital Alvorada, São Paulo - SP
Introdução O uso de anticoagulantes orais exige um controle rigoroso em razão das
complicações hemorrágicas e trombóticas. Os fatores que influenciam em possíveis
complicações dependem do tempo que o medicamento é utilizado, do controle de INR e do uso
concomitante com outros medicamentos. Desta maneira, o trabalho tem como objetivo
apresentar a atuação do farmacêutico clínico na prevenção dos riscos associados ao
tratamento com varfarina oral em pacientes internados no Hospital Alvorada. Métodos O
estudo possui característica prospectiva, não probabilística por contabilização das intervenções
realizadas pelo farmacêutico clínico em prescrições de pacientes internados em uso de
varfarina oral. Na coleta de dados utilizou-se como instrumento norteador a ficha de
intervenção farmacêutica. Foram avaliadas 30 prescrições médicas no período de 15 de janeiro
à 20 de abril de 2012. Resultados Das 30 prescrições analisadas, 22 apresentavam de 1 a 3
interações medicamentosas com varfarina oral. Destas, 6 continham interações não
significativas e 15 apresentaram interações moderadas, onde o farmacêutico clínico monitorou
os valores de INR diariamente, não sendo necessário substituir nenhum medicamento
prescrito. Em uma prescrição houve interação grave entre cetoprofeno e varfarina aumentando
o risco de sangramento. Após a intervenção farmacêutica, o cetoprofeno foi suspenso. Durante
o estudo houve dois eventos hemorrágicos dos quais a varfarina não teve relação direta. Em
um caso o paciente sofreu um episódio de epistaxe devido uma ruptura de vasos da mucosa
nasal provocados por rinite alérgica pré-existente. No segundo caso, o paciente sofreu uma
gengivorragia após a escovação bucal. Nos dois casos os pacientes foram reorientados sobre
o autocuidado durante o tratamento com varfarina oral. Conclusão O farmacêutico clínico tem
papel fundamental na manutenção dos valores ideais de INR em pacientes em uso de varfarina
oral, antevendo as principais interações medicamentosas e prevenindo eventos hemorrágicos e
trombóticos nesta população. O trabalho foi submetido e provado pela Diretoria Clínica do
Hospital Alvorada.
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PC 34 - O CONSUMO DE ANTIBIÓTICOS EM UMA FARMÁCIA COMUNITÁRIA DE
FORTALEZA, CEARÁ.
ALMEIDA, ANA KELLEN MOTA DA COSTA1; VIANA NETO, ALOISIO MARTINS2; RABELO,
LUCIANA QUEIROZ3; SALES NETO, MANOEL RIBEIRO DE4.
Farmacêutica Comunitária - Farmácias Pague Menos1, Farmacêutico Comunitário - Farmácias
Pague Menos2, Farmacêutico Comunitário - Farmácias Pague Menos3, Estagiária de Farmácia
Comunitária - Farmácias Pague Menos4.
Introdução: O surgimento de bactérias resistentes aos antimicrobianos tem sido objeto de
preocupação, sendo o uso abusivo e indiscriminado desses fármacos uma das causas mais
freqüentes para esse problema. As conseqüências que o uso irracional de antibióticos pode
acarretar alertam para a necessidade de estudos que proporcionem um melhor conhecimento
das realidades locais. Objetivos: Descrever o consumo de antibióticos em uma Farmácia
Comercial, incluindo, entre outros, a quantificação dos agentes mais dispensados e da
automedicação. Metodologia: Um estudo transversal e descritivo foi desenvolvido com auxílio
de um formulário que foi aplicado às pessoas que foram à Farmácia para adquirir algum
antibiótico durante a primeira semana de junho de 2009. Resultados e Discussão: Dos 70
formulários obtidos, 12 foram excluídos por inconsistências nos dados, totalizando 58. As
mulheres representaram 58,6% dos entrevistados e os homens 41,4%, com idade média de
30,4 anos. Os usuários adquiriram antibióticos para tratar principalmente infecções respiratórias
(56,9%), assim como foi identificado em outros estudos, seguindo as infecções urinárias
(12,1%), dérmicas (8,6%), dentárias (6,9%), otológicas (3,4%) ou outras (12,1%). O antibiótico
mais solicitado foi a amoxicilina (32,7%), o que está de acordo com outros estudos. Também
foram dispensados azitromicina (19%), cefadroxila (6,8%), levofloxacino (5,2%), cefalexina
(5,2%), ciprofloxacino (3,4%), norfloxacino (3,4%) e outros (23,7%). Entre os usuários, 72,4%
afirmaram que o antibiótico foi prescrito por médico ou dentista, mas a prescrição só foi
apresentada por 53,5% deles, ou seja, quase metade (46,5%) dos entrevistados adquiriu
antibióticos sem prescrição. Dados como esse justificam as recentes discussões da Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) para incluir os antibióticos na Lista de Medicamentos
de Controle Especial. Entre casos em que o medicamento não foi prescrito por médico ou
dentista, a escolha do fármaco foi feita pelo próprio usuário em 62,5%, o que se caracteriza
como automedicação. Também é preocupante o fato de 39,7% dos entrevistados admitirem
que interrompam o tratamento assim que os sintomas da infecção melhoram e antes de
completar o tempo previsto para duração do tratamento, pois essa prática pode levar à
resistência bacteriana. Além disso, os usuários que admitiram não tomar o antibiótico de
acordo com o horário que foi indicado representaram 34,5%, sendo o esquecimento a causa
mais comum (85%) para esse descumprimento. Conclusão: A amoxicilina foi o antibiótico mais
utilizado. A automedicação foi admitida por parcela considerável dos entrevistados e a receita
não foi apresentada em quase metade das dispensações. Assim, podemos perceber a
importância da educação da população quanto à antibioticoterapia, assim como a implantação
das formas de controle que evitem o consumo de antibióticos sem prescrição, para que o uso
racional desses fármacos realmente aconteça.
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PC 35 - O PAPEL DO FARMACÊUTICO CLÍNICO NA EQUIPE DE TRANSPLANTE DE
ÓRGÃOS: RELATO DE EXPERIÊNCIA.
VIANA, ALOISIO MARTINS1; MACHADO, JOSÉ MÁRCIO BATISTA2, PINHEIRO, HELENA
CARMEM GUERRA3.
Farmacêutico do Serviço de Farmácia Clínica do Hospital Geral de Fortaleza 1, Farmacêutico
do Serviço de Farmácia Clínica do Hospital Geral de Fortaleza2, Chefe do Setor de Farmácia
do Hospital Geral de Fortaleza3
Introdução: O programa de transplantes no Brasil se destaca pelo crescimento no número de
transplantes realizados nos últimos anos e pelo investimento publico na especialização das
equipes multidisciplinares. A maioria dos pacientes transplantados utiliza vários medicamentos,
entre eles os imunossupressores, indicados para diminuir o grau de rejeição do enxerto. A
assistência farmacêutica clínica objetiva a otimização da terapia medicamentosa, a
recuperação e a promoção da saúde do paciente. Esse serviço diferenciado se baseia em
ações como a farmácia clínica e o seguimento farmacoterapêutico, junto aos pacientes do setor
de transplantes no Hospital Geral de Fortaleza - HGF. Esse trabalho tem o objetivo de relatar a
experiência da atuação do farmacêutico clínico na equipe multidisciplinar de transplante de
órgãos de um hospital de ensino. Métodos: Trata-se em um relato de experiência da atuação
do farmacêutico junto a equipe multidisciplinar de transplante de órgãos no HGF, no período de
setembro de 2011 a janeiro de 2012. O farmacêutico participou da equipe multidisciplinar
através da realização de seguimento/acompanhamento farmacoterapêutico, detecção de
reações adversas, análise de prescrições, verificação de interações medicamentosas, análise
de exames laboratoriais, orientação de alta hospitalar, participação em sessões clínicas com a
equipe multiprofissional, entre outras atividades. Resultados: Observou-se a inserção do
processo de orientação farmacêutica no alta hospitalar de pacientes transplantados renais,
trabalho esse em conjunto com os profissionais de enfermagem do referido hospital, onde é
preenchida uma planilha de orientação farmacêutica junto com os pacientes e
acompanhantes/familiares, repassando orientações medicamentosas necessárias na fase de
pós-transplante em cerca de 25-30 pacientes/mês. Outro resultado obtido pelo farmacêutico, foi
a participação nas sessões clínicas para análise e discussão dos casos dos pacientes
transplantados hepáticos, com repasse de opiniões e sugestões sobre terapia medicamentosa
de escolha adequada, detecção de alguns problemas relacionadas a medicamentos (PRM),
resultados negativos a medicamentos (RNM), estudo de casos clínicos, análises de prescrições
quanto a interações medicamentosas e sugestão de exames complementares à clínica. O
acompanhamento dos pacientes pós-transplantados hepáticos realizou-se através do
seguimento farmacoterapêutico, com formulário preenchido junto ao prontuário do paciente, e
quando necessária, sendo realizada alguma intervenção farmacêutica junto a equipe
multidisciplinar. Essas ações foram gradativamente sendo aceitas pelas equipes profissionais
de saúde do serviço de transplante. Conclusão: Os resultados obtidos no presente estudo
sugere que a inserção do farmacêutico clinico na equipe multidisciplinar de transplante
hepático e renal do hospital tem grande relevância, contribuindo para o contínuo
aprimoramento da qualidade da assistência prestada e a segurança dos pacientes.
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PC 37 - O USO DE DOMPERIDONA, METOCLOPRAMIDA E SULPIRIDA NO AUXÍLIO DA
PRODUÇÃO DE LEITE
SILVA, GABRIELA DOS SANTOS DA; FONSECA, PATRICIA DOS SANTOS; VALTER
GARCIA; DUTRA, LUANA; ALONSO, THABATA ROBERTO
Universidade Santa Cecília - UNISANTA
O aleitamento materno é o ato de fornecer o alimento ideal para o crescimento e
desenvolvimento saudáveis de lactentes, tendo também uma influência biológica e emocional,
nessa prática tem sido utilizadas substâncias prolactogogas que auxiliam na produção do leite.
O objetivo do trabalho foi observar a ação das substâncias prolactogogas metoclopramida,
domperidona e sulpirida e auxiliar o prescritor na escolha desses medicamentos. Tratou-se de
estudo prospectivo realizado entre 1 de julho e 14 de agosto, através da aplicação de
questionário composto de 8 perguntas, aplicado as mulheres puérperes internadas na
maternidade do Hospital Guilherme Álvaro, localizado na Cidade de Santos/SP e que
receberam indicação do uso de domperidona, metoclopramida e ou sulpirida como drogas
galactagogas. O trabalho obteve aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital
Guilherme Álvaro sob o número 163/11. Como resultado obteve-se que 34% das pacientes
avaliadas possuíam idade inferior a 20 anos e em iguais proporções (34%) idade entre 21 e 30
anos e 31 a 40 anos; 60% das pacientes faziam uso de metoclopramida 10mg três vezes ao
dia, seguida de domperidona 10mg três vezes ao dia; 20% apresentaram sintomas
extrapiramidais como efeito indesejável com o uso dos galactagogos; em porcentagem
idênticas (25%) as pacientes faziam uso do medicamento há 1 dia, 2 dias, 1 semana e acima
de 1 semana; 80% não faziam uso de nenhum outro medicamento; dentre os medicamentos
associados observou-se captopril, dipirona e glibenclamida. Chaves, 2008 informa em seu
trabalho que a metoclopramida na dose de 10 mg três vezes ao dia por 7 a 10 dias tem
demonstrado um aumento na produção de leite. Gabay, 2002 informa que a grande maioria
dos dados clínicos publicados para avaliar o uso de terapia medicamentosa para a produção
de leite materno concentra-se na droga metoclopramida, que promove a lactação,
antagonizando a liberação de dopamina na região central sistema nervoso. Esses dados
demonstram o papel do profissional farmacêutico junto a equipe multidisciplinar e com a própria
paciente avaliando o uso incorreto do fármaco, sua ineficácia e interação com outras drogas,
podendo dessa forma contribuir para uma melhor eficácia na terapêutica e escolha correta do
medicamento pelo prescritor, uma vez que a cinética dessas drogas são diferentes e sua
disponibilidade na rede pública também.
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PC 38 - PERFIL DA FARMÁCIA DOMICILIAR EM BAIRROS DA CIDADE DE SANTOS/SP E
DA CIDADE DE ITANHAEM/SP
GARCIA, CECÍLIA GONÇALVES; SILVA, ISIS HELENA; CONCEIÇÃO, RAQUEL OLIVEIRA;
SANTOS, VALTER GARCIA; DUTRA, LUANA; ALONSO, THABATA ROBERTO
Universidade Santa Cecília - UNISANTA
A farmácia caseira é definida como o acúmulo doméstico de medicamentos, seja os em uso, os
de uso esporádico e os que estão fora de uso, que quando depositados em ambientes e
recipientes inadequados, propiciam diversas possibilidades de consumo irracional e
desperdício, facilitando a automedicação e o aumento do risco de exposições tóxicas. Trata-se
de um estudo descritivo, exploratório, transversal de abordagem quantitativa, realizado entre
maio e junho de 2011, baseado na técnica de entrevista domiciliar a 75 moradores do bairro
Campo Grande, município de Santos e 75 moradores do bairro Jardim Ivoty, município de
Itanhaém, ambos do Estado de São Paulo. Como critérios de inclusão foram adotados: idade
superior a 18 anos e guarda de medicamentos no domicílio. O trabalho obteve aprovação do
Comitê de Ética em Pesquisa da UNISANTA sob o número 05/2011. Os resultados
demonstraram que 52% possuíam ensino médio completo; 63% eram do gênero feminino;
73,3% faziam uso de medicamentos sem prescrição médica; 49,2% dos medicamentos
pertenciam ao grupo dos analgésicos, antitérmicos e antiinflamatórios, seguidos pelos
sedativos da tosse, expectorantes (14%) e antigripais (12%); 69% utilizam o medicamento por
orientação de um parente; 73% guardam os medicamentos que sobram para usá-los
novamente; 51% utiliza a cozinha como local de guarda dos medicamentos, 27% o quarto e
22% o banheiro; 2% declararam que os medicamentos ficam expostos a luz solar; 70% utiliza o
lixo doméstico para descarte de medicamentos, 18% a bacia sanitária e 15% encaminham para
uma instituição de saúde; 41% não foram orientados sobre dose e administração no ato da
compra comparados a 31% que receberam a orientação do farmacêutico. Concluímos que a
farmácia domiciliar encontra-se presente e entre suas características destacam-se aquisição de
grande número de fármacos sem prescrição, armazenamento em local inadequado e descarte
incorreto. Cabe ao farmacêutico orientar a população sobre os perigos da automedicação,
precauções no manuseio e formas de armazenamento afim de melhorar a eficácia e segurança
nos tratamentos. Também é importante informar o usuário sobre a revisão periódica dos
medicamentos que constituem a farmácia caseira para eliminar medicamentos cujo prazo de
validade tenha expirado evitando assim possíveis intoxicações.
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PC 39 - ANÁLISE DAS DEVOLUÇÕES DE MEDICAMENTOS MANIPULADOS POR DOSE
UNITÁRIA À FARMÁCIA EM HOSPITAL NO PIAUÍ
VIRGÍNIA MARTA SOUSA BATISTA1, ROBERTA CANUTO DO RÊGO MONTEIRO2, VIRNA
PATRÍCIA SÁ3, ILUSKA MARTINS PINHEIRO4, RAQUEL MOTA MACÊDO5, ANTÔNIO DE
PÁDUA MENDES6
Farmacêuticos dos Hospital São Marcos - Teresina/PI(1,2,3,4,5)
Analista de Sistema do Hospital São Marcos-Teresina/PI(6)
INTRODUÇÃO: No Sistema de Distribuição de Medicamentos por Dose Unitária, a solicitação
de medicamentos é feita a partir da cópia da prescrição (ou por algum tipo de sistema
informatizado), por paciente e para 24 horas. A medicação é preparada em dose e
concentração determinadas na prescrição médica, sendo administrada ao paciente diretamente
de sua embalagem unitarizada, ou seja, dose prescrita como dose de tratamento a um paciente
em particular, cujo envase deve permitir administrar o medicamento diretamente ao paciente.
Destaca-se no Sistema de Distribuição por Dose Unitária melhores condições para uma
segura distribuição de medicamentos, onde se verifica a redução dos erros na administração
dos medicamentos e também oferece maior qualidade e segurança ao paciente internado. O
sistema de distribuição de medicamentos por dose unitária, além de evitar erros é uma fonte de
economia para a instituição. OBJETIVOS: Analisar o perfil de devoluções de medicamentos
das unidades de internação do Hospital São Marcos, verificando quantos podem ser
reaproveitados e comparando a quantidade devolvida com o consumo de medicamentos no
mesmo período. MÉTODOS: Foi realizado um estudo observacional, quantitativo, descritivo
nos meses de janeiro à março de 2012.Os dados foram obtidos através da quantificação dos
medicamentos devolvidos através de formulário próprio separado por principio
ativo.Posteriormente, foi feita uma análise das devoluções quanto à embalagem e validade
para verificar a possibilidade de reutilização. Através do programa de controle de estoque
foram obtidos os dados de consumo desses medicamentos no período em questão e
comparados com as devoluções. RESULTADOS: A busca pela atenção farmacêutica dentro de
um hospital passa sem sombra de dúvida pela forma de distribuição de medicamentos que um
hospital instala, por isso que é importante o sistema de distribuição de medicamentos em uma
unidade hospitalar.Com o sistema de distribuição de dose unitária, ao retirar os estoques das
unidades de enfermagem e ao aproveitar os medicamentos não administrados aos pacientes,
conseguiu diminuir as perdas de medicamentos para o hospital e oferecer melhores condições
para um adequado seguimento da terapia medicamentosa do paciente. Estudos demonstraram
que em hospitais que adotaram o sistema de distribuição por dose unitária, houve uma
importante redução de gastos com medicamentos variando de 25% a 40%. Observou-se neste
estudo que do total de 2030 diárias manipuladas, 16% foram de Ranitidina injetável; 13,7%
doses de Dipirona injetável; 3,2 % doses de oxacilina injetável; 3,5% doses de imipenem; 6,9%
doses de metoclorpramida injetável; 4,9% doses de heparina subcutânea; 4,1% doses de
cefepima injetável; 4,7% doses de ondansetrona injetável; 7,6% doses de tramadol e 4% doses
de ceftazdima. Dos medicamentos devolvidos, 6% foram de Ranitidina injetável; 5% de dipirona
injetável; 5% de metoclopramida injetável; 5% de ondansetrona e tramadol injetáveis e 4%
cefepima e ceftazidima injetáveis. CONCLUSÃO: Conclui-se que a quantidade de
medicamentos devolvidos à farmácia é pequeno comparado à quantidade de doses preparadas
por sistema de distribuição de dose unitária e a maioria dos medicamentos devolvidos ocorre
devido recusa do paciente ou alta hospitalar. Graças à supervisão Farmacêutica, a maioria dos
medicamentos devolvidos à Farmácia pode ser reaproveitada dada a viável estabilidade destes
produtos, gerando economia para a instituição.
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PC 40 - PERFIL DE UTILIZAÇÃO DE BENZODIAZEPÍNICOS EM UM HOSPITAL
PSIQUIÁTRICO DE TERESINA (PI)
OLIVEIRA, ELAINE TEIXEIRA; SOUSA, VIVIANE RIBEIRO; SOUSA, DAYANA MARIA
PESSOA; CARVALHO, ANDRÉ LUIS MENESES
Curso de Farmácia - Departamento de Bioquímica e Farmacologia - Universidade Federal do
Piauí.
Introdução: Os ansiolíticos são os medicamentos psicotrópicos mais usados no manejo de
doenças mentais no âmbito hospitalar, dos quais os benzodiazepínicos (BDZs) são os mais
prescritos. Apesar de serem drogas relativamente seguras, restrições à sua utilização tem sido
estabelecidas devido à incidência dos efeitos colaterais, como a diminuição da atividade
psicomotora, o prejuízo na memória, a desinibição paradoxal, a tolerância e dependência e a
potencialização do efeito depressor pela interação com outras drogas depressoras. Diante
disso, o presente trabalho objetiva conhecer o perfil de utilização de BDZs em um Hospital
Psiquiátrico em Teresina (PI). Métodos: No período de janeiro a abril de 2010 foram coletados
dados em 121 prontuários dos pacientes do Hospital Areolino de Abreu em Teresina (PI).
Foram incluídos os prontuários que na sua prescrição mais recente houvesse pelo menos um
BDZ. Coletaram-se os seguintes dados: quantidade de medicamentos por prescrição, qual o
BDZ prescrito, posologia, suas interações com outros fármacos e gravidade da interação. O
projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí
(CAAE n° 0217.0.045.000-10). Os dados foram processados e analisados com o software
SPSS® 12.0 e as interações medicamentosas analisadas através do Micromedex® Healthcare
Series 2.0. Resultados: Dos prontuários analisados, obteve-se 474 medicamentos prescritos.
A média de medicamentos por paciente foi de 3,92±1,23, com mediana de 4, mínima de 2 e
máxima de 9. Verificou-se que 71,9% dos prontuários possuía em sua prescrição mais recente
de 1 a 4 medicamentos e 28,1% deles com mais que 4 medicamentos. Os BDZs disponíveis
para uso no hospital são alprazolam, clonazepam e diazepam. O uso de BDZs concentrou-se
no clonazepam (54,5%) e diazepam (38%). A frequência do uso de dois benzodiazepínicos foi
de 6,6%. Quanto à posologia, houve predominância de uso uma vez ao dia (54,5%), seguido
de três vezes ao dia (24%) e duas vezes ao dia (21,5%). Vale ressaltar que o uso de dois BDZs
concentrou sua posologia em três vezes ao dia. Foram encontradas 27 potenciais interações
medicamentosas entre o BDZ presente e outro fármaco; 24 eram interação entre clonazepam e
carbamazepina, considerada moderada e as outras 3 interações eram entre um BDZ e o
fenobarbital, considerada grave. Conclusão: Detectou-se acentuado uso de BDZs e a
presença de potenciais interações farmacológicas, fato que ressalta a necessidade de inserção
da Farmácia Clínica e estratégias multiprofissionais a fim de prevenir o aparecimento da
tolerância e dependência resultante do uso prolongado de BDZs e diminuir os efeitos adversos.
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PC 41 - PERFIL DOS FARMACÊUTICOS DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE
MANAUS QUANTO AO EXERCÍCIO DA ATENÇÃO FARMACÊUTICA
BRITO, MARCELO AUGUSTO MOTA1; SILVA, HERBENYA SILVA2; MAGALHÃES, IGOR
RAFAEL DOS SANTOS MAGALHÃES1
FACULDADE DE CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO
AMAZONAS1; SECRETARIA DE SAÚDE DO ESTADO DO AMAZONAS2
Vários estudos têm sido realizados no Brasil durante a última década em nível de atenção
farmacêutica, do comprometimento do farmacêutico perante sua prática, do grau de interesse
pelo tema que os mesmos demonstram, o grau de dificuldades encontradas pelos profissionais
para praticá-la, o impacto gerado pela atuação do farmacêutico junto ao paciente, além do grau
de aceitação e confiabilidade do paciente em relação ao profissional. Deste modo, o presente
estudo verificou o perfil dos farmacêuticos atuantes em farmácias da Secretaria Municipal de
Saúde da cidade de Manaus (SEMSA) quanto à prática da Atenção Farmacêutica, no intuito de
apontar as peculiaridades e dificuldades que o profissional encontra na realização desta
atividade essencial para o uso racional de medicamentos. O instrumento utilizado para
obtenção dos dados foi um questionário padronizado, com perguntas fechadas e de
autopreenchimento, com 53 questões, desenvolvido com base em outros trabalhos da área. Os
profissionais farmacêuticos atuantes em unidades das quatro grandes zonas do município
foram questionados a respeito das particularidades da unidade em que atuavam, da prática da
atenção farmacêutica e das dificuldades impostas ao serviço de atenção ao paciente. O estudo
foi autorizado pela SEMSA e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade
Federal do Amazonas (CAAE nº 0432.0.115.000-11). Foram entrevistados 16 farmacêuticos
atuantes em farmácias ambulatoriais, o que corresponde a 66% do total de farmacêuticos
vinculados à SEMSA. A maioria das unidades contava com o serviço de três farmacêuticos
(69%). Em 31% das farmácias visitadas, o farmacêutico trabalhava sozinho, sem o auxílio de
um técnico administrativo ou técnico em farmácia. Metade (50%) dos farmacêuticos possuía
área exclusiva de atendimento ao paciente. Do total, 69% dos farmacêuticos classificaram o
conhecimento deles em atenção farmacêutica suficiente e apenas 6% afirmaram conhecer
pouco o tema; 88% dos farmacêuticos disseram interessar-se muito e 69% afirmaram praticar a
atenção farmacêutica. Adicionalmente, os fatores como a falta de tempo disponível, de
funcionários, de local exclusivo para a prática e de interesse do público foram considerados
obstáculos relevantes para a prática da atenção farmacêutica. O estudo realizado demonstra
que os farmacêuticos que atuam em unidades da SEMSA encontram diversas dificuldades no
exercício da atenção farmacêutica, principalmente em relação a variáveis estruturais e
organizacionais, as quais comprometem a realização desta atividade essencial para o uso
racional de medicamentos.
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PC 42 - PERFIL TEÓRICO E CLÍNICO DE INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS EM UNIDADE
DE TERAPIA INTENSIVA
RODRIGUES, ALINE TEOTONIO1; BERNARDES, ADÉLIA CORINA ALVES2; MARIALVA,
MÉCIA DE3; FALCÃO, ANTONIO LUIS EIRAS3; MORIEL, PATRICIA1; MAZZOLA, PRISCILA
GAVA1
1 Departamento de Patologia Clínica - Faculdade de Ciências Médicas - UNICAMP; 2 Hospital
da Mulher Prof. Dr. José A. Pinotti - UNICAMP; 3 Hospital de Clínicas da Universidade Estadual
de Campinas - UNICAMP
É sabido atualmente que as chances de ocorrência de eventos adversos a medicamentos
podem ser correlacionadas com a presença de Interações Medicamentosas Potenciais
Teóricas (IMPT) em prescrições médicas. Em unidades de terapia intensiva (UTI) o uso de um
elevado número de medicamentos por prescrição é necessário e geralmente inevitável, assim o
potencial de risco associado à farmacoterapia utilizada em UTI torna imprescindível uma
análise detalhada das possíveis interações medicamentosas presentes em prescrições dessa
área, visando assim assegurar o manejo adequado das IMPT e seus possíveis riscos. Este
trabalho tem por objetivo avaliar a existência de IMPT em prescrições de pacientes internados
em uma UTI de um hospital da rede pública de saúde, quantificá-las e classificá-las quanto ao
seu grau de severidade, utilizando a base de dados Micromedex®, traçando com isso um perfil
das IMPT mais recorrentes nesta unidade e sua relevância clínica. Trata-se aqui de um estudo
piloto, prospectivo, realizado no período de janeiro a junho de 2011, no qual foram coletadas e
avaliadas prescrições de 195 pacientes. Os critérios de inclusão de pacientes basearam-se na
idade maior ou igual a 18 anos e no período de internação mínimo de 24 horas na UTI adulto
em que o estudo estava sendo realizado. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em
Pesquisa da Universidade Estadual de Campinas (n° 1128/2010). No período avaliado foram
prescritos 172 diferentes tipos de medicamentos, estabelecendo-se a média de 12,9 ± 4,3
(média ± desvio padrão) por prescrição. Entre as prescrições avaliadas 88,2% apresentaram
interações medicamentosas potenciais teóricas, obtendo-se uma média por prescrição de 4,7 ±
4,9 IMPT. As 915 IMPT observadas nas prescrições foram classificadas em: contra-indicadas
(20), maiores (257), moderadas (516) e menores (122), sinalizadas à equipe médica de acordo
com a sua severidade e necessidade de manejo clínico. Este estudo colabora com o
delineamento do perfil da farmacoterapia utilizada em terapia intensiva, demonstrando que há
uma elevada incidência de interações medicamentosas potenciais teóricas em prescrições
dessa área e ressaltando a necessidade de cuidadosa avaliação da terapia medicamentosa
pela equipe multidisciplinar, para otimização do tratamento e redução de risco ao paciente
crítico. Apoio financeiro: AFPU/UNICAMP e na forma de bolsa de mestrado CNPQ; FAPESP.
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PC 43 - PROCESSO DE ELABORAÇÃO DE INTERVENÇÕES
MULTIDISCIPLINARES PARA PACIENTES DO HIPERDIA
EDUCATIVAS
SOUSA, DAYANA MARIA PESSOA; CAMPOS, ADNNY FERNANDA LIMA; CARVALHO,
ROSSICLÉIA DIAS; SILVA, DENISE LOUREIRO; CARVALHO, ANDRÉ LUIS MENESES
Curso de Farmácia - Departamento de Bioquímica e Farmacologia - Universidade Federal do
Piauí.
Introdução: O complexo tratamento da Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e do Diabetes
Mellitus (DM) requer um monitoramento regular que envolve um conjunto de atividades.
Considerando que a educação é fundamental para o autogerenciamento dos cuidados em HAS
e DM, este trabalho objetiva descrever a experiência da elaboração de intervenções educativas
multidisciplinares do projeto “Avaliação do impacto das intervenções educativas na adesão
terapêutica de pacientes hipertensos e diabéticos cadastrados no programa HIPERDIA em
Teresina (PI)”, com CAAE nº 0093.0.045.000-11, realizado em três Unidades Básicas de Saúde
com baixos índices de adesão terapêutica. Este trabalho, realizado por alunos de Farmácia,
Nutrição e Educação Física encontra-se na fase de elaboração das intervenções educativas
para posterior aplicação das mesmas. Métodos: Inicialmente foi feita uma caracterização dos
pacientes através de dados sociodemográficos, clínicos e de adesão farmacoterapêutica
coletados através de questionário estruturado. Foi realizado levantamento bibliográfico e
elaboraram-se intervenções educativas utilizando-se materiais impressos, dinâmicas em grupo,
vídeos e teatro. Resultados: Através de grupos de discussão da equipe multidisciplinar, foram
elaboradas seis ferramentas de intervenções educativas direcionadas a pacientes idosos, de
baixa renda e escolaridade e com baixa adesão ao tratamento: folderes sobre uso correto de
medicamentos, fisiopatologia, orientações nutricionais e físicas e controle de comorbidades
(dislipidemia, osteoporose); vídeo sobre armazenamento e descarte de medicamentos; teatro
de bonecos sobre automedicação; dinâmica de conhecimento sobre a doença para
demonstração prática de medidas de controle e prevenção das complicações agudas e
crônicas; atividade em grupo com exposição e degustação de alimentos balanceados
(explicando os benefícios destes no controle da doença) e oficina de atividades físicas que
podem ser realizadas em casa. Considerando que estudos prévios tem mostrado o impacto de
ações educativas sobre a capacitação de indivíduos e grupos, espera-se que este material
permita ao paciente o entendimento da sua doença e da importância da adesão ao tratamento
e das medidas de controle da HAS e do DM, o que será observado através dos níveis de
adesão detectados após a aplicação das intervenções. Conclusão: O estudo contribuiu com a
formação da equipe acadêmica envolvida proporcionando o trabalho multidisciplinar de
Farmácia, Nutrição e Educação Física e melhor preparo para atuação no contexto da
assistência integral aos pacientes hipertensos e diabéticos. Incentivo: Programa de Extensão
Universitária (ProExt) - MEC/SESU-PROEXT/2011
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PC 44 - “QUASE-ERROS” DE MEDICAÇÃO: CAUSAS E AÇÕES TOMADAS - RELATO DE
EXPERIÊNCIA DO HOSPITAL ALVORADA
FABRETTI, SANDRA DE CARVALHO; DE PAULA, GABRIEL HENRIQUE PEREIRA; RIZZO,
MARIANA CARVALHO; ENGRACIA, GABRIELA VANINI; SCARMELOTE, NADJLA PIPINO;
MONTEIRO, VANESSA VIEIRA
Hospital Alvorada, São Paulo - SP
Introdução O uso de medicamentos em uma instituição hospitalar é um sistema complexo,
com vários processos interligados e de caráter multiprofissional naturalmente propensa ao erro.
A ocorrência de um erro de medicação segue o modelo de “queijo suíço” no qual uma
sequência de barreiras possuem pontos de fragilidade. A ocorrência de um “furo”, ou de um
“quase-erro”, pode permitir uma trajetória de oportunidades que levam ao efetivo erro de
medicação.
A monitorização dos “quase-erros” de medicação é uma ferramenta essencial para a prevenção
de erros que possam atingir o paciente. Desta maneira, o presente trabalho trata-se de um
relato de experiência oriundo do acompanhamento e das medidas tomadas em relação aos
“quase-erros” de medicação notificados no Hospital Alvorada. Métodos O estudo foi realizado
por contabilização das notificações de “quase-erros” realizadas no Hospital Alvorada no
período de 01 de agosto de 2011 à 30 de março de 2012. Ressalta-se que o “quase-erro” de
medicamento é todo erro ocorrido que não atingiu o paciente. Após a classificação de cada tipo
de “quase-erro”, ações corretivas e preventivas foram adotadas em toda instituição a fim de
aumentar as barreiras para o erro e mitigar os eventos que poderiam de fato atingir o paciente.
Resultados
Das 286 notificações de “quase- erro” de medicamento, 57% envolveram prescrições
incompletas (falta de diluente, falta de dose, falta de aprazamento, falta de via de
administração); 22% envolveram falhas no sistema de distribuição de medicamentos (erro de
dispensação e erro de transcrição da prescrição médica); 15% envolveram prescrições
contendo erros (dose errada, medicamento contra indicado, medicamento em duplicidade, via
de administração errada); 6% ocorreram por falhas menos prevalentes. Durante o
monitoramento dos “quase-erros”, a instituição adotou como medida corretiva e preventiva: a
implantação de prescrição eletrônica para diminuição das falhas relacionadas a prescrições
incompletas; melhorias no sistema de dispensação de medicamentos, eliminando a etapa da
transcrição da prescrição médica; iniciar o “serviço de atendimento a prescrição” a fim de
diminuir os erros encontrados em prescrições a partir da triagem de 100% das prescrições
médicas pelo farmacêutico clínico antes da dispensação pela farmácia. Conclusão A
identificação das causas mais prevalentes de falha no processo medicamentoso foi importante
para a execução de planos de ação que aumentassem as barreiras ao erro. A partir do
monitoramento contínuo dos “quase-erros” de medicamentos e das ações tomadas, espera-se
uma diminuição do número de ocorrências, principalmente aquelas relacionadas à prescrição
médica, maior causa das notificações no hospital. O trabalho foi submetido e provado pela
Diretoria Clínica do Hospital Alvorada.
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PC 45 - RECONCILIAÇÃO MEDICAMENTOSA: EXPERIÊNCIA EM UNIDADES CLÍNICAS
DO HOSPITAL SIRIO LIBANÊS
COELHO, THAYS OLIVEIRA NEVES1; BARBOSA, LÍVIA MARIA GONÇALVES1; BAUPTISTA1,
GRAZIELA M.; CARVALHO, DEBORA. C. M. F. 1
1. Farmacêuticas Hospital Sírio Libanês
INTRODUÇÃO: Segundo a Joint Commission International (JCI) reconciliação medicamentosa
é um processo formal onde a prescrição médica inicial é comparada à lista de medicamentos
que o paciente fazia uso antes da internação. Este elemento de mensuração é uma etapa
importante da segurança no uso de medicamentos e atualmente possui o farmacêutico clinico
como elemento essencial. Este processo deve ser realizado no momento admissão do paciente
na unidade hospitalar, bem como nas transferências de setores de internação e também na
alta. Sendo uma das formas de se evitar erros de medicação como: omissão, duplicidade
terapêutica, erros de doses e interação medicamentosa. Este trabalho tem como objetivo
avaliar a necessidade de reconciliação medicamentosa em pacientes internados e a
importância do farmacêutico clínico neste processo. MÉTODOS: Estudo prospectivo realizado
durante o período de 15 dias no mês de fevereiro de 2012 em duas unidades de internação do
Hospital Sírio Libanês. Foram realizadas entrevistas farmacêuticas com todos os pacientes
admitidos no período. Nas entrevistas foram coletados dados como: relato de alergias e uso de
medicamentos habituais. Dos medicamentos constavam: nome, dose, via, posologia e horário
de administração. Após a entrevista, o farmacêutico comparava a ficha de entrevista com a
prescrição médica atual do paciente. A necessidade de introduzir os medicamentos de uso
habitual era avaliada levando em consideração as condições clínicas dos pacientes. O
farmacêutico clínico entrava em contato com o médico pessoalmente ou por telefone, havendo
ainda uma ficha para avaliação do médico quanto à inclusão dos medicamentos a ser anexada
à prescrição, quando não era possível o contato com o médico no dia da entrevista.
RESULTADOS: Foram admitidos 78 pacientes dos quais 9 (12%) não foi possível realizar a
entrevista. Os demais 69 pacientes admitidos foram entrevistados e destes: 20 (29%) já
estavam totalmente reconciliados, 16 (23%) a reconciliação medicamentosa não se aplicava
pela condição clínica do paciente e 33 (48%) necessitavam de reconciliação. Dos pacientes
que necessitavam de reconciliação 16 foram acompanhados e sugeridos aos médicos para que
avaliasse a inclusão na prescrição médica. Dos quais 9 (53%) foram aceitas e 8 não aceitas
(47%).CONCLUSÃO: A reconcialiação medicamentosa é um dos processos de garantia de
segurança do paciente no uso de medicamentos e a participação do farmacêutico clínico
mostrou-se essencial para que haja continuidade do cuidado do paciente internado em um
hospital. Torna-se um desafio ao profissional farmacêutico garantir sua participação integral
nesse processo. A entrevista farmacêutica proporcionou a aproximação do farmacêutico com o
paciente, fortalecendo a humanização do cuidado e a aumentando o reconhecimento diante da
equipe multidisciplinar.
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PC 46 - SEGURANÇA DE PACIENTES GESTANTES E PUÉRPERAS EM UNIDADE DE
TERAPIA INTENSIVA
COSTA, LARISSA SAITO1; FERRACINI, AMANDA CANATO4; BERNARDES, ADELIA CORINA
ALVES2; NETO, ANTONIO FRANCISCO DE OLIVEIRA3; CARVALHO, ROBERTA PARO2;
MAZZOLA, PRISCILA GAVA1
1
Departamento de Patologia Clínica, Faculdade de Ciências Médicas, Unicamp. 2 Serviço de
Farmácia, Hospital da Mulher Prof. Dr. José A. Pinotti, Unicamp. 3 Unidade de Terapia
Intensiva, Hospital da Mulher Prof. Dr. José A. Pinotti, Unicamp. 4 Faculdade de Farmácia,
Pontífice Universidade Católica de Campinas;
Durante o ciclo grávido-puerperal, a mulher pode desenvolver complicações que requerem a
sua admissão em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Neste contexto, a atuação do
farmacêutico clínico nas reuniões multidisciplinares à beira leito pode contribuir para a
prevenção e a detecção precoce de erros de prescrição. Os objetivos foram quantificar e
classificar as intervenções realizadas junto à equipe multidisciplinar da UTI, para demonstrar a
importância do farmacêutico na segurança de pacientes gestantes e puérperas. O trabalho
autorizado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da FCM - UNICAMP (projeto 1285/2011) foi
desenvolvido na UTI do Hospital da Mulher Prof. Dr. José Aristodemo Pinotti - UNICAMP
durante fevereiro a abril/2012. Foram realizadas intervenções por meio da análise de
prescrições de pacientes (maiores de 18 anos, gestantes e puérperas, internadas por mais de
24h) e da discussão de casos clínicos durante as reuniões multidisciplinares. Estas
intervenções foram classificadas utilizando um modelo adaptado da metodologia de
Classificação de Intervenções Farmacêuticas da Sociedade Espanhola de Farmácia Hospitalar,
e elas foram divididas em aceitas ou não pelo corpo clínico. Um total de 29 pacientes (n=11
gestantes; n=17 puérperas; n=1 pós-aborto) foi acompanhado ao longo do estudo, das quais
foram avaliadas 153 prescrições. As médias de idade e de tempo de internação foram
28,07±7,49 anos e 5,28±3,27 dias, respectivamente. Foram realizadas 18 intervenções,
obtendo-se 0,62±0,44 intervenções por paciente. O número de intervenções em pacientes
puérperas (n=12 intervenções) foi maior do que em pacientes gestantes (n= 6 intervenções).
Do total, 94,44% foram aceitas e 5,56% não foram aceitas, sendo que 38,89% foram
classificadas como dosagem, 22,22% risco na lactação, 16,67% interações medicamentosas,
5,56% forma de administração, 5,56% ajuste de frequência, 5,56% via intravenosa para via oral
e 5,56% contraindicação na gravidez. Concluiu-se que as intervenções quantificadas durante o
estudo contribuíram para a segurança das pacientes por meio da redução de riscos
provenientes da terapia medicamentosa, demonstrando a importância do farmacêutico inserido
na equipe multidisciplinar. Este trabalho teve auxílio financeiro da CAPES.
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PC 47 - SUPERVISÃO FARMACÊUTICA DOS MEDICAMENTOS NOS POSTOS DE
ENFERMAGEM EM HOSPITAL DE TERESINA PI
ILUSKA MARTINS PINHEIRO¹, ROBERTA CANUTO DO RÊGO MONTEIRO2, VIRNA
PATRÍCIA SÁ3, RAQUEL MOTA DE SOUSA MACEDO4, VIRGÍNIA MARTA SOUSA BATISTA
5
, PAULO LEAL PEREIRA6
Farmacêuticos do Hospital São Marcos -Teresina/PI(1,2,3,4,5,6)
Introdução: Os medicamentos em um hospital, independente da sua complexidade, são
essenciais no sucesso da terapia, representando uma parcela muito alta dos custos
hospitalares. A Farmácia Hospitalar tem por finalidade garantir a segurança dos pacientes na
utilização da medicação. Para tanto, promove o uso seguro e racional de medicamentos,
pesquisando, produzindo e distribuindo produtos de qualidade com a supervisão do profissional
farmacêutico em todas as etapas até o momento imediato à administração ao paciente. No
processo de atenção farmacêutica, o farmacêutico interage com a equipe de enfermagem, não
só na dispensação, mas incorporando à rotina de trabalho todas as providências adequadas
como orientações de acondicionamento e conservação de medicamento. Objetivo: O objetivo
deste trabalho é acompanhar a qualidade dos medicamentos dispensados pelo Sistema de
Dose Unitária em hospital de referência em oncologia em Teresina PI. Material e método: Os
farmacêuticos formularam check-list de supervisão farmacêutica aos postos de enfermagem e
aplicaram-no durante doze meses. Os itens a ser analisados no check-list de inspeção de
qualidade foram: capacidade suficiente para assegurar a estocagem ordenada e racional dos
materiais e medicamentos; controle de temperatura e umidade; higiene e conservação do
ambiente; ventilação local; presença de geladeira para estocagem refrigerada, quando
necessário; presença de medicamentos a serem devolvidos para a farmácia; organização das
caixas dos medicamentos por ordem de leito; supervisão de enfermeiro na conferência dos
medicamentos e no momento da administração. Os parâmetros analisados foram observados
duas vezes por semana, em horários aleatórios e atribuía-se resposta SIM ou NÃO ao
cumprimento dos mesmos. Resultados: Observou-se que os postos de enfermagem têm
capacidade suficiente para assegurar a estocagem ordenada e racional dos materiais e
medicamentos, boa condição de assepsia e ventilação e supervisão de profissional enfermeiro
na conferência e na administração dos medicamentos. Porém, observou-se dificuldade em
executar diariamente o registro da temperatura e umidade do ambiente em todos os postos,
apesar de todos estarem munidos com termohigrômetro. Os profissionais lotados nos postos
(enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem) justificam o fato devido a grande
quantidade de atividades desenvolvidas. Conclusão: No ambiente hospitalar, é importante que
o farmacêutico interaja com a equipe de enfermagem acompanhando as medicações
dispensadas para assegurar ao paciente a qualidade dos medicamentos até o momento de sua
administração.
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PC 48 - USO DE MEDICAMENTOS ENTRE PORTADORES CRÔNICOS DE HEPATITES
VIRAIS
CRUZ, Letícia Gonçalves1,2; SILVA, Luciana Diniz1,3; TEIXEIRA, Rosângela1,3; SANTOS,
Tayane Oliveira 1,2; NASCIMENTO, Yone de Almeida1,2
¹Ambulatório de Hepatites Virais (AHEV/IAG/HC/UFMG); 2Centro Universitário Newton Paiva
(CUNP); 3Departamento de Clínica Médica (UFMG);
Introdução: Os pacientes com hepatites crônicas virais cursam com comorbidades as quais
muitas vezes exigem o uso de medicamentos. O fígado desempenha papel fundamental na
eliminação da maioria dos fármacos. Assim, as doenças hepáticas, principalmente aqueles que
cursam com cirrose, podem provocar alterações significativas na farmacologia de vários
medicamentos e, consequentemente, em sua resposta terapêutica. Mas essa é difícil de
prever, uma vez que inúmeros fatores interligados podem alterar o efeito esperado, tornando o
tratamento farmacológico nesses pacientes um desafio. Ainda, existe uma lacuna acerca das
informações que possam guiar um ajuste de doses adequado. Os objetivos desse trabalho
foram: 1) avaliar o perfil de utilização de medicamentos pelos pacientes com hepatites crônicas
virais, 2) a adequação das alternativas usadas, considerando o grau de disfunção hepática e as
características farmacológicas do medicamento. Métodos: Foram realizados contatos
telefônicos com os pacientes agendados para consulta médica no ambulatório e para aqueles
que relataram o uso de medicamentos de uso crônico ou de uso eventual nos últimos 15 dias
foi solicitado que levassem as prescrições médicas e todos os medicamentos que estavam
usando. Avaliou-se uma amostra aleatória simples de 76 pacientes. Utilizou-se um questionário
estruturado para avaliação da farmacoterapia. Para verificar a adequação dos medicamentos
usados pelos pacientes com cirrose foi considerado o grau de disfunção hepática de acordo
com o escore de Child-Pugh e as características farmacocinéticas do fármaco usado. Esse
trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do CUNP, protocolo 212, de 06/10/11.
Resultados: Foram avaliados 48 (63,2%) pacientes do sexo masculino; 38 (50,0%) com
hepatite C. A idade média foi de 51 + 12 anos; 61 (80,3%) possuíam algum tipo de
comorbidade, totalizando 200 distúrbios (média de 3,0 + 2,0); 62 pacientes (81,5%) relataram
ter usado ao menos um medicamento nos quinze dias anteriores a realização da pesquisa,
totalizando 316 medicamentos (média 4,1 + 3,4). Do total de medicamentos, 37 (11,7%)
exigiam cuidados especiais em relação à sua administração com alimentos, pois poderiam ter a
sua biodisponibilidade diminuída. Desses, 25 (67,5%) eram usados de forma incorreta pelos
pacientes, podendo comprometer a efetividade dos mesmos. Verificou-se que 43 (69,4%)
pacientes utilizavam de forma incorreta os medicamentos em relação à posologia e/ou
alimentação. Dez pacientes usaram medicamentos por automedicação e 13 (17,1%) relataram
usar 18 tipos de plantas diferentes com o intuito medicinal e por automedicação. Por fim, os
pacientes com cirrose usaram 23 fármacos diferentes; desses dois eram contra indicados e 5
exigiam ajuste de dose. Conclusão: Pacientes com hepatite crônica usam um número
significativo de medicamentos; ainda o grande número de inconsistências em relação ao uso
dos medicamentos relatadas pelos pacientes atendidos indica a contribuição do farmacêutico
em um contexto multidisciplinar. Apoio financeiro: FUNADESP
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PC 49 - USO DE SOLUÇÕES EXTEMPORÂNEAS EM PACIENTES DA UNIDADE DE
TERAPIA INTENSIVA NEONATAL
OLIVEIRA, ANDRÉ LUIZ (1); SILVA, NICE MARIA OLIVEIRA (1); SOUZA, MÁRCIO LOPES
(1); CARVALHO, ROBERTA PARO (1); CRUZ, ALINE (2); MAZZOLA, PRISCILA GAVA (2).
(1) Serviço de Farmácia do Hospital da Mulher Prof. Dr. José A. Pinotti, UNICAMP; (2)
Departamento de Patologia Clínica, Faculdade de Ciências Médicas, UNICAMP
A administração de medicamentos orais e via sonda em pacientes internados na Unidade de
Terapia Intensiva Neonatal e Semi-Intensivo (SEMI E UTI NEO) deve ocorrer de forma racional
e segura, uma vez que muitos problemas podem surgir se esta prática for executada de
maneira inadequada. O objetivo do estudo foi avaliar as doses prescritas dos medicamentos
orais padronizados no Semi e Uti Neo do Hospital da Mulher Prof. Dr. José Aristodemo Pinotti
(CAISM - Unicamp), visando adequar as concentrações dos medicamentos preparados
através de soluções extemporâneas. Durante o período de janeiro de 2010 a agosto de 2011
foram avaliadas todas as prescrições dos medicamentos orais padronizados e dispensados à
Unidade de Terapia Intensiva Neonatal e Semi-Intensivo quanto à dose, concentração e via de
administração e posteriormente os resultados foram analisadas com o auxílio do software
Microsoft Excel. Foram analisados 19 medicamentos orais diferentes prescritos no período,
sendo que cinco deles (26,3%) possuem um consumo regular, sendo eles captopril,
furosemida, metadona, metildopa e sildenafil. De todas as soluções atualmente preparadas no
serviço de farmácia do hospital estudado seis (31,6%) devem sofrer alterações nas
concentrações para adequação de acordo com a dose prescrita. O principal fator de
complicação foi a presença de prescrições para recém-nascidos de baixo peso e o cálculo de
dose e volume a ser administrado. Com os dados obtidos, foram desenvolvidas tabelas para
consulta rápida antes do processo de manipulação. A compilação e divulgação destes dados
auxilia a equipe do Serviço de Farmácia e Semi e Uti Neo a implementar uma terapia
farmacológica de forma racional, prevenindo problemas relacionados a administração de
medicamentos por via oral e sonda. Apoio financeiro: AFPU/UNICAMP.
E-MAIL PARA CONTATO: [email protected]
PC 51 - UTILIZAÇÃO DE MEDICAMENTOS E RISCO DE INTERAÇÕES
MEDICAMENTOSAS EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS DA CIDADE DE BARRETOSSP.
EGUCHI, FLAVIA COLTRI1.; DE SANTIS, ISABELI1.; CHUKR, MONIQUE FERNANDA
VIDOTTI1; RODELLA, PATRICIA2
1- Acadêmicas do Curso de Farmácia - Unifeb; 2- Docente do Curso de Farmácia - Unifeb
INTRODUÇÃO: O envelhecimento da população é um fenômeno de amplitude mundial. O
número de indivíduos idosos vem aumentando e o consumo de medicamentos por esta
população acompanha esta tendência. A frequência do uso de medicamentos nesta faixa etária
é elevada, com valores entre 60% a 90%, dos quais um terço utiliza-se da polifarmácia (uso de
vários medicamentos concomitantes). O risco de interação entre fármacos aumenta
exponencialmente com o aumento do número dos mesmos. Os medicamentos representam um
dos itens mais importantes da atenção à saúde do idoso, porém os riscos pertinentes à
utilização inadequada são maiores nessa faixa etária, pois esses usuários tornam-se mais
vulneráveis às reações adversas aos medicamentos (RAM) e interações medicamentosas, por
apresentarem alterações nas farmacocinética e farmacodinâmica. Com relação aos
medicamentos inapropriados para idosos, existem critérios que nos permitem identificá-los,
sendo o de Beers-Fick o mais utilizado, categorizando os medicamentos como “Alto Risco” e
“Baixo Risco”. Diante disso, este trabalho teve como objetivo estudar a utilização de
medicamentos e risco de interações medicamentosas em idosos institucionalizados no Lar dos
Pobres, em Barretos-SP. MÉTODOS: Foi realizado um estudo transversal descritivo,
analisando os prontuários referentes a abril de 2011. RESULTADOS: Foram analisados os
prontuários de 49 idosos institucionalizados, sendo 29 mulheres e 20 homens, corroborando os
dados na literatura que demonstram um perfil de feminilização do idoso. Os medicamentos
mais utilizados pelos idosos do sexo masculino foram anti-hipertensivos, analgésicos,
anticonvulsivos, antipsicóticos e antineoplásicos, e os medicamentos mais utilizados pelos
idosos do sexo feminino foram analgésicos, anti-hipertensivos, anticonvulsivos,
antidepressivos, ansiolíticos e antipsicóticos. Foram observadas possíveis interações
medicamentosas em 87,75% das prescrições. Aproximadamente 75% dos idosos utilizavam
algum tipo de psicofármaco, sendo que em 57,14% das prescrições foi encontrado mais de um
tipo de depressor do Sistema Nervoso Central. Existem mais desvantagens nessas
associações para o idoso do que vantagens, já que há soma de efeitos indesejáveis quando os
fármacos associados tem o mesmo perfil toxicológico. Considerou-se polifarmácia o uso de
quatro ou mais medicamentos. Esta foi averiguada em 73,5% das prescrições analisadas. Dos
75 tipos de medicamentos utilizados, 22 estão inclusos no critério de Beers-Fick, sendo que
75% dos pacientes do sexo masculino e 58,62% dos pacientes do sexo feminino utilizam algum
desses. CONCLUSÃO: Devido à alta frequência de medicamentos inapropriados para idosos,
tornam-se necessárias estratégias para tentar diminuir seus usos e assegurar um melhor
tratamento para este paciente. Faz-se claro, portanto, que a presença de um profissional
farmacêutico poderia minimizar os problemas inerentes às medicações.
E-MAIL PARA CONTATO: [email protected]
PC 52 - UTILIZAÇÃO DO MAT PARA A INVESTIGAÇÃO DA ADESÃO AO TRATAMENTO
MEDICAMENTOSO DE USUÁRIOS DO HIPERDIA
DA SILVA, BRUNO FELIPE ALVES; SOUSA, DAYANA MARIA PESSOA; CARVALHO,
ANDRÉ LUIS MENESES
Curso de Farmácia - Departamento de Bioquímica e Farmacologia - Universidade Federal do
Piauí.
Introdução: A adesão ao tratamento é definida como o grau de concordância entre as
recomendações do prestador de cuidados de saúde e o comportamento do paciente
relativamente ao regime terapêutico proposto. Dentro das morbidades de grande prevalência
na população brasileira, ocorre um destaque para o diabetes melitus (DM) e a hipertensão
arterial (HA), que apesar de serem de baixa gravidade, caracterizam-se por sua cronicidade e
pela pouca existência de sintomas específicos. Além de serem fatores de risco para diversas
morbidades cardiovasculares, gerando enormes danos socioeconômicos para o país e
tornando o seu controle um desafio para o sistema público de saúde. Sendo assim, o objetivo
desse trabalho foi avaliar o MAT como método de obtenção do nível de adesão à terapêutica
de usuários do programa HIPERDIA. Métodos: O questionário foi aplicado entre Agosto de
2011 e Janeiro de 2012 em uma Unidade Básica de Saúde, no município de Teresina.
Participaram deste estudo 216 pacientes (174 hipertensos e 42 diabéticos) cadastrados no
programa HIPERDIA sob prévia assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.
Utilizou-se o teste de Medida de Adesão ao Tratamento (MAT), desenvolvido, adaptado e
validado por Delgado e Lima (2001) em Lisboa, Portugal e que visa determinar a adesão ao
tratamento medicamentoso prescrito. O trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em
Pesquisa da Universidade Federal do Piauí (CAAE n° 0093.0.045.000-11). Os dados foram
processados e analisados com o software SPSS® 17.0. Resultados: O teste demonstrou-se
bastante prático e os entrevistados não apresentaram dificuldades para respondê-lo. Os níveis
de adesão obtidos foram elevados quando comparados aos observados em outro projeto
realizado no ano de 2010, o qual utilizou o teste de Morisky-Green como ferramenta de medida
da adesão. Conclusão: Concluiu-se que a forma como o entrevistador elabora as perguntas
pode afetar ou induzir uma resposta do entrevistado assim podendo gerar uma medida de
adesão incorreta. Incentivo: Programa de Extensão Universitária (ProExt) - .MEC 2011.
E-MAIL PARA CONTATO: [email protected]
PC 53 - ABORDAGEM FARMACÊUTICA A UMA PACIENTE COM DISTÚRBIO DE HUMOR
1
SOUSA NETA, MARIA DEUSA;
MENDES
1
SOUSA, LIVIA QUEIROZ;
2
FREITAS; RIVELILSON
1
Acadêmicas de Farmácia da Universidade Federal do Piauí; 2Docente do curso de Farmácia
da Universidade Federal do Piauí.
Prescrição inadequada, reações adversas, não adesão ao tratamento, superdosagem ou subdosagem, ausência de farmacoterapia necessária, inadequado seguimento de sinais e
sintomas e erros de medicação constituem as principais causas de morbidade previsíveis
relacionadas a medicamentos. A atenção farmacêutica é uma prática dentro do âmbito da
assistência farmacêutica que consiste na interação direta do farmacêutico com o usuário,
visando uma farmacoterapia racional e a obtenção de resultados definitivos e mensuráveis,
voltados para a melhoria da qualidade de vida. O objetivo deste trabalho foi realizar o
acompanhamento farmacoterapêutico, durante a prática da atenção farmacêutica a uma
usuária do Centro de Atenção Psicossocial II (CAPS II) da cidade de Teresina, Piauí, para
identificar, registrar e resolver os problemas relacionados com medicamentos. Trata-se de um
estudo exploratório descritivo em abordagem quantitativa, com emprego da técnica de
observação direta por meio da análise prospectiva do prontuário e entrevistas diretas com a
usuária atendida na unidade CAPS II Leste, no município de Teresina, durante o período de
Janeiro a Abril de 2012. O protocolo foi realizado de acordo com as exigências da Resolução
196/96 e autorizado no CEP-UFPI com nº CAAE: 0093.0.045.000-93. A partir do prontuário da
usuária e do acompanhamento farmacoterapêutico foi possível identifcar o seguinte perfil:
usuária portadora de transtorno do humor, cor da pele auto referida como parda, 24 anos,
solteira e com ensino superior completo. Os principais problemas relacionados aos
medicamentos encontrados foram o uso de álcool e drogas ilicitas, adesão parcial a
farmacoterapia e reações adversas ao medicamento. A partir das informações obtidas,
orientou-se que a usuária diminuisse a ingestão de álcool e o uso de outras dorgas, uma vez
que essas substâncias poderiam interagir com a medicação, trazendo riscos a sua saúde, bem
como foi alertada sobre as possíveis reações adversas ao medicamento e a importância do uso
racional de medicamentos, por meio da elaboração de materiais informativos para a usuária e
para a médica responsável. A intervençao foi eficiente uma vez que resultou na mudança da
farmacoterapia da usuária, contribuindo para uma melhor qualidade de vida desta usuária.
Apoio: FAPEPI
E-MAIL PARA CONTATO: [email protected]
PC 54 - DIFICULDADES NA PRÁTICA DA ATENÇÃO FARMACÊUTICA A USUÁRIOS DO
CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL II
1
SOUSA, LÍVIA QUEIROZ; 1MACÊDO, TAMYRES DE ANDRADE; 1SILVA, ALEXANDRE
XAVIER DE LIRA; 1CIRÍACO, SHAYARA LOPES; 1GOMES, KÁSSIA KAROLINE LEAL
BARROS; 2FREITAS, RIVELILSON MENDES.
Acadêmicos de Farmácia da Universidade Federal do Piauí; 2Docente do curso de Farmácia
da Universidade Federal do Piauí
1
O crescente aumento da frequência de diagnósticos de transtornos psiquiátricos acarreta em
uma maior utilização de psicofármacos e consequentemente o aparecimento de diversos
problemas, como: polifarmácia, eventos adversos, interações medicamentosas e baixa adesão
ao tratamento. O tratamento dos usuários portadores de transtorno psicossocial pode ser
caracterizado pela utilização de psicotrópicos em grande quantidade e por um longo período,
que somado ao agravamento relativo da desorganização mental, dificulta aspectos
relacionados ao cuidado com a medicação. O profissional farmacêutico pode desenvolver
ações que auxiliem aos usuários a obterem resultados positivos em sua farmacoterapia e
contribuir significativamente para a Saúde Mental. A partir disso, a Atenção Farmacêutica está
diretamente associada à prevenção, identificação e resolução dos problemas relacionados ao
uso de medicamentos, contribuindo para garantia de uma farmacoterapia efetiva, segura e
conveniente para cada paciente. O presente trabalho se propôs identificar e relatar as
principais dificuldades encontradas na prática da Atenção Farmacêutica em usuários do Centro
de Atenção Psicossocial II (CAPS-LESTE II) na cidade de Teresina, Piauí. . O protocolo foi
realizado de acordo com as exigências da Resolução 196/96 e autorizado no CEP-UFPI com nº
CAAE: 0093.0.045.000-93. O estudo foi realizado no período de janeiro a abril de 2012 e
desenvolvido por meio da análise dos prontuários e aplicação de questionários. Foram
entrevistados seis usuários, sendo três do sexo feminino e três masculinos. Entre as
dificuldades relacionadas à adesão deficiente dos usuários destacam-se: inexistência de um
profissional farmacêutico, falta de conhecimento sobre a Atenção farmacêutica, desinteresse
em um acompanhamento farmacoterapêutico, desmotivação a comparecer ao CAPS e a
continuidade do tratamento psicológico. Com o estudo realizado, observou-se que cada usuário
não aceitou de forma voluntária participar do programa de Atenção Farmacêutica por fatores
diversos (desinteresse, desconhecimento da prática, disponibilidade de tempo, entre outros),
dificultando cada vez mais a implantação do acompanhamento farmacoterapêutico. Apoio:
FAPEPI
E-MAIL PARA CONTATO: [email protected]
PC 55 - ATENÇÃO FARMACÊUTICA A UMA USUÁRIA DO CENTRO PSICOSSOCIAL:
PROBLEMAS RELACIONADOS COM MEDICAMENTOS
CIRÍACO, SHAYARA LOPES; 1SOUSA, LÍVIA QUEIROZ; 1GOMES, KÁSSIA KAROLINE
LEAL BARROS; 1SOUSA NETA, MARIA DEUSA; 1SILVA, ALEXANDRE XAVIER DE LIRA;
2
FREITAS, RIVELILSON MENDES
1
Acadêmicas de Farmácia da Universidade Federal do Piauí; 2Docente do curso de Farmácia
da Universidade Federal do Piauí.
1
Interação medicamentosa é o resultado de uma interferência no efeito de um medicamento por
outro medicamento, alimentos, bebidas ou ainda por alguns agentes químicos ambientais. A
ocorrência de interações medicamentosas e suas implicações clínicas despertam particular
interesse nas áreas de psicofarmacologia, pela frequente prática da polifarmácia nesses
pacientes, justificada pela dificuldade de diagnóstico das patologias que as envolvem. Dessa
forma, é imprescindível o exercício da atenção farmacêutica no momento da dispensação de
medicamentos, principalmente de fármacos que atuam no sistema nervoso central (SNC), os
psicotrópicos, uma análise criteriosa pode prevenir possíveis interações. A consequência de
uma interação medicamentosa pode ser perigosa quando promove aumento da toxicidade de
um fármaco. Este trabalho teve como objetivo identificar as principais interações entre
fármacos prescritos a um usuário com transtorno psicossocial. . O protocolo foi realizado de
acordo com as exigências da Resolução 196/96 e foi autorizado no CEP-UFPI com protocolo
Nº CAAE: 0093.0.045.000-93. Por meio da análise retrospectiva no prontuário de uma usuária
do Centro Psicossocial, no período de março a abril de 2012, bem com foi realizado um
levantamento das medicações e possíveis interações. As interações entre os fármacos
prescritos foram classificadas de acordo com a gravidade através das ferramentas
Micromedex® e Drugs.com. Foram identificados seis psicotrópicos prescritos: Fluoxetina,
Citalopram, Bromazepam, Cloxazolam, Clomipramina e Trazodona. Foram observadas nesse
trabalho interações graves que podem representar perigo à vida e/ou requerer intervenção
médica para diminuir ou evitar efeitos adversos graves. Problemas cardíacos, efeitos centrais
e síndrome serotoninérgica, foram os possíveis riscos decorrentes das interações,
encontrados. Percebe-se que o elevado número de medicamentos utilizados contribui para
existência de interações. Um fator importante para reduzir as interações em uma prescrição é a
abordagem multidisciplinar focada no paciente a fim de elaborar uma proposta concisa e
racional da farmacoterapia, bem como o acompanhamento farmacoterapêutico, com isso a
atenção farmacêutica pode prevenir e identificar interações medicamentosas com
consequências muitas vezes perigosas constituindo parte essencial de um conjunto de ações
dos profissionais de saúde. Foram identificadas interações potencialmente perigosas, que
necessitaram de uma avaliação e intervenção. Esse trabalho demostra a importância que se
atue de forma preventiva e rapidamente sobre à análise das prescrições médicas a fim de
evitar e/ou solucionar interações medicamentosas. Apoio: FAPEPI
E-MAIL PARA CONTATO: [email protected]
PC 56 - SEGUIMENTO FARMACOTERAPÊUTICO DE PACIENTE HIPERTENSO E
DIABÉTICO EM FARMÁCIA PRIVADA: RELATO DE CASO
COSTA, DÉBORA BOMFIM1; MENEZES, SABRINA PEREIRA1; NOVAES, PAULINA1; NÍLIA
MARIA DE BRITO LIMA2; PRADO, FREDERICO MESSIAS DO3
1
Discentes do curso de farmácia da Universidade Federal da Bahia, Instituto Multidisciplinar
em Saúde, Campus Anísio Teixeira,2 Docente do curso de farmácia da Universidade Federal da
Bahia, Instituto Multidisciplinar em Saúde, Campus Anísio Teixeira,3 Farmácia comunitária
privada Farmacenter (conveniada a UFBA/IMS/CAT)
Descrição do caso: R.M.C.A., 68 anos, sexo feminino, mulata, foi atendida no serviço da
farmácia para aferição da Pressão Arterial (PA) e convidada a participar do Programa de
Seguimento Farmacoterapêutico (SFT). A paciente apresenta Hipertensão Arterial Sistêmica
(HAS) e Diabetes Mellitus (DM) tipo 2. Seus dados antropométricos obtidos foram: Peso-68 kg;
Altura-1,50 metros; IMC-30 Kg/m2 e Circunferência abdominal-105 cm. Nega tabagismo,
etilismo e prática de atividades físicas. A paciente relata os seguintes problemas clínicos: Dores
nas pernas e edema, micção durante a noite, problemas de memória, labirintite, gastrite e
sinusite. Tem histórico familiar de HAS, câncer, infarto, AVC. Seu tratamento medicamentoso
atual prescrito consiste em: Atenolol 25 mg 24/24h + Glibenclamida 5 mg 12/12 h + Metformina
850 mg 8/8h + AAS 100 mg 24/24 h. Durante o SFT a paciente relatou que não utilizava todos
os medicamentos prescritos por medo de intoxicação.Avaliação do caso:A paciente está acima
do peso ideal (obesidade grau 1) e a circunferência abdominal está acima do recomendado.
Possui alguns fatores de risco cardiovascular como, idade > 65 anos, obesidade grau 1, DM,
histórico familiar de doenças cardiovasculares, sendo sua classificação de fator de risco: Alto
Risco Adicional, e devido aos seus valores da PA, Hipertensão Estágio 1. A DM tipo 2
apresenta um perfil não controlado de acordo com as aferições de glicemia capilar de jejum
feita no serviço da farmácia. Foram identificados na terapia os seguintes problemas
relacionados a medicamentos (PRM): Adesão - paciente prefere não tomar o medicamento,
eficácia - frequência inadequada e farmacoterapia inefetiva - outro medicamento é mais
indicado. Durante o acompanhamento observou-se que a paciente não seguia o esquema
posológico proposto para o tratamento da DM, o que foi comprovado com a aplicação do teste
de Morisky. Intervenção: Foi orientada quanto à necessidade de adesão ao tratamento
prescrito através ficha de orientação farmacêutica e folders. Uma comunicação ao prescritor
através de carta foi enviada indicando a necessidade das intervenções: substituição do atenolol
por enalapril ou losartana, pois ele não demonstra em estudos, redução de acidente vascular
encefálico, em pacientes com idade superior a 60 anos e o enalapril e a losartana em baixas
doses, demonstram eficácia no tratamento da HAS e redução da morbidade e a mortalidade
por doenças cardiovasculares e insuficiência renal crônica. Além disso, sugeriu-se a solicitação
da dosagem de hemoglobina glicosilada, glicemia de jejum e pós-prandial a fim de se avaliar a
eficácia do tratamento da DM tipo 2 e sumário de urina, creatinina, ácido úrico plasmático,
uréia, colesterol total, HDL, triglicérides, eletrocardiograma convencional para
acompanhamento da HAS.Conclusão: O SFT permitiu a resolução de alguns PRMs como a
melhora na adesão ao tratamento da DM tipo 2 ( com redução do valor da glicemia capilar de
jejum (de 214 mg/dl para 156 mg/dl). A intervenção realizada junto ao médico não teve
resposta mas a paciente obteve melhora significativa na terapia, havendo ótima aceitabilidade
do SFT pela mesma, além da adesão à terapia farmacológica, passou a fazer atividades físicas
e reeducou a sua alimentação. Entretanto, a interação entre farmacêutico-paciente-prescritor
deve ser um processo contínuo para possibilitar o desenvolvimento de atividades comuns: o
cuidado integral, em qualquer âmbito da atenção a saúde. Ofício n° 073/2011: Número de
aprovação do Trabalho ao Comitê de Ética em Pesquisa da Secretaria de Saúde do Estado da
Bahia - SESAB. Apoio financeiro: Farmácia Farmacenter
E-MAIL PARA CONTATO: [email protected]
PC 57 - CARATERIZAÇÃO E CINÉTICA DE LIBERAÇÃO IN VITRO DE FORMULAÇÃO
MAGISTRAL DE PROGESTERONA BIOIDÊNTICA
*CARVALHO, IVANA PEREIRA SANTOS1; CÉSAR, TALYTA DOLORES DO BONFIM1;
CIRÍACO, SHAYARA LOPES1, SÁ, THAMYS LAYARA BANDEIRA1; TERCEIRO-NETO, JOSÉ
ALVES1; CARVALHO, ANDRÉ LUIS MENEZES2.
1
Acadêmico(a) de Farmácia da Universidade Federal do Piauí - UFPI; 2Docente do curso de
Farmácia da Universidade Federal do Piauí - UFPI
Os hormônios bioidênticos são fármacos derivados de plantas e modificados para serem
estruturalmente idênticos aos endógenos humanos. A progesterona bioidêntica (P4) é um
hormônio utilizado na pós-menopausa e está associado a benefícios no tratamento de
osteoporose e problemas cardiovasculares. A incorporação de hormônios bioidênticos em
formulações galênicas tornou-se popular e útil na adesão do paciente ao tratamento. A
administração tópica é conhecida como rota alternativa à administração oral de ativos
medicamentosos e oferece vantagens, como a ausência de efeito de primeira passagem e
redução da toxicidade dose-dependente. A pesquisa teve como objetivo, avaliar a viabilidade
de preparações galênicas de progesterona bioidêntica usualmente preparadas em Farmácia
Magistral através da obtenção e caracterização de gel alcoólico de progesterona bem como
aplicação em cinética de liberação in vitro. A obtenção da formulação envolveu a elaboração de
gel alcoólico à base de carbopol, contendo progesterona bioidêntica a 6%. As preparações
galênicas foram submetidas à centrifugação em temperatura ambiente à 3000rpm por 30
minutos.
Os testes realizados para caracterização físico-química incluíram ensaios
organolépticos, viscosidade aparente / relativa, pH e espalhabilidade. As amostras derivadas
de cinéticas de liberação in vitro foram obtidas de experimento com células de difusão de Franz
com membrana artificial de acetato de celulose (0,45μm), no intervalo de 6h, em sextuplicada.
Para seleção da fase receptora realizou-se análises da solubilidade da progesterona nos
seguintes meios: etanol 100%, soluções hidro alcoólicas de etanol a 50%, 30% e 20%. As
amostras foram analisadas quantitativamente através de leitura direta em espectrofotômetro
UV/VIS no comprimento de onda de 240nm. Após centrifugação, as formulações
permaneceram inalteradas. Quanto às características organolépticas apresentaram aspecto
homogêneo e odor alcoólico. Os parâmetros viscosidade e espalhabilidade não variaram
significativamente na presença do hormônio bioidêntico. O pH das formulações permaneceu-se
dentro dos limites para utilização tópica de 5,46 (ausência de P4) e 5,51 (presença de P4) . A
solução hidroalcoólica a 20% foi escolhida como fase receptora por apresentar 49,11+/- 0,39
µg/ml de solubilidade e manter as “condições sink” necessárias para o meio receptor. A
quantidade total liberada de P4 após 6h de cinética de liberação in vitro foi de 28.44 +/- 2.59
μg/ml. A quantidade do fármaco no meio receptor aumentou proporcionalmente com o tempo
demonstrando que o gel alcoólico não aprisiona o fármaco. Desta forma, pôde-se concluir que
a incorporação de progesterona bioidêntica no gel alcoólico não interfere significativamente nas
condições iniciais da formulação magistral, assim como, pode-se verificar que o veículo possui
potencial para veiculação da progesterona. Futuros estudos poderão comprovar a efetividade
da forma farmacêutica para liberação transdérmica da progesterona bioidêntica. Apoio:
FARMÁCIA ESCOLA - UFPI
E-MAIL PARA CONTATO: [email protected]
PC58 - ADESÃO COMBINADA DE DISTINTOS MÉTODOS DE ADESÃO AO TRATAMENTO
ANTIRRETROVIRAL DE PACIENTES HIV/AIDS
FERREIRA, PABLO RICARDO BARBOSA1; CARNEIRO, MONICA LETÍCIA MORAES1;
*CARVALHO, IVANA PEREIRA SANTOS1; GUIMARÃES, SANDRA DA SILVA²; CARVALHO,
ANDRÉ LUIS MENEZES3
1
Acadêmico(a) de Farmácia da Universidade Federal do Piauí - UFPI; 2Farmacêutica da
Fundação Municipal de Saúde - FMS / Teresina - PI; 3Docente do Curso de Farmácia da
Universidade Federal do Piauí - UFPI
A infecção pelo HIV, pelas suas características de transmissão, vem atingindo proporções
preocupantes no mundo, e é considerada uma pandemia pela Organização Mundial de Saúde
(OMS). É necessária alta taxa de adesão ao tratamento antirretroviral (95% de seguimento das
doses prescritas) para garantir supressão viral máxima e, dessa forma, evitar a falha
terapêutica. A adesão terapêutica pode ser entendida como a extensão com que um paciente
toma os medicamentos, seguindo a prescrição recomendada pelo seu médico. A utilização de
diferentes métodos para investigação é importante para aumentar a sensibilidade e
especificidade da ferramenta de medição. O objetivo do presente trabalho foi comparar a
viabilidade de utilização dos métodos de Morisky, Autorrelato da quantidade de doses perdidas
e retirada de medicamentos na farmácia na adesão ao tratamento antirretroviral de pacientes
HIV/AIDS. Foi realizado estudo observacional, descritivo, quantitativo e transversal. Um total de
85 pacientes (maiores de 18 anos) atendidos em hospital de referência na cidade de TeresinaPI participou do estudo. O trabalho foi autorizado pelo CEP-UFPI com protocolo SISNEP Nº
0072.0.045.000-11. A adesão dos pacientes foi medida através de três métodos distintos:
autorrelato da quantidade de doses perdidas (Autorrelato), registro da retirada na farmácia e
teste de Morisky. Para os dois primeiros métodos citados foi adotado como ponto de corte a
adesão de pelo menos 95% das doses prescritas, devido ao fato de os documentos oficiais do
Ministério da Saúde sobre HIV/AIDS considerarem como sendo essa a quantidade necessária
para supressão viral máxima e sustentada. Foi realizada análise bivariada entre os resultados
encontrados nos três métodos utilizados, sendo considerado como associação significativa o
valor de p<0,05 calculado pelo teste do Qui-Quadrado, o programa utilizado para as análises
estatísticas foi o S.P.S.S 9.0, sendo adotado nível de confiança de 95%. Os resultados
indicaram que as taxas de adesão obtidas pelo método de Morisky não apresentaram qualquer
relação com os outros dois métodos utilizados, os valores de p obtidos foram os seguintes:
Autorrelato x Morisky p=0,271, Retirada na Farmácia x Morisky p=0,711, Autorrelato x Retirada
na Farmácia p=0,032. Dessa forma, como os métodos do autorrelato da quantidade de doses
perdidas e o registro da retirada na farmácia classificam como aderentes os pacientes com
adesão de pelo menos 95% das doses prescritas, sendo assim uma ferramenta confiável para
medição da adesão a esse grupo de pacientes específicos, e tendo o teste de Morisky não
apresentado relação significativa com nenhum dos dois métodos (p>0,05), pode-se concluir
que o método de Morisky possui limitação para medição da adesão ao tratamento antirretroviral
de pacientes HIV/AIDS, pois tal método não leva em consideração a complexidade terapêutica
desta morbidade. Apoio: FARMÁCIA ESCOLA - UFPI; INSTITUTO DE DOENÇAS TROPICAIS
NATAN PORTELA - IDTNP
E-MAIL PARA CONTATO: [email protected]
PC 59 - INVESTIGAÇÃO DE INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS EM PRONTUÁRIOS DE
IDOSOS EM UM ABRIGO DE LONGA PERMANÊNCIA
*CARVALHO, IVANA PEREIRA SANTOS1; CÉSAR, TALYTA DOLORES DO BONFIM1;
MACÊDO, TAMYRES DE ANDRADE1; SILVA, GUBBIO MATOS1; BRAÚNA, CARINA DA
COSTA1; FREITAS, RIVELILSON MENDES2
1
Acadêmico(a) de Farmácia da Universidade Federal do Piauí - UFPI; 2Docente de Farmácia da
Universidade Federal do Piauí - UFPI
Os idosos são, possivelmente, o grupo etário mais polimedicado na sociedade, devido ao
aumento de prevalência de doenças crônico-degenerativas o qual requer tratamento com
múltiplos
fármacos.
A
polifarmácia
é
a
administração
concomitante
de
diversos medicamentos relacionada ao uso de pelo menos uma droga desnecessária num
grupo de prescrições supostamente necessárias por um mesmo indivíduo, que pode acarretar
no risco de interações medicamentosas e possibilidade de aumento dos efeitos colaterais. A
atenção farmacêutica ao idoso requer comprometimento, uma vez que eles necessitam de
orientação especial, verbal e/ou escrita, para aperfeiçoar o tratamento e reduzir riscos à saúde.
O trabalho teve como objetivo analisar prontuários de idosos de um abrigo de longa
permanecia da cidade de Teresina, Piauí considerando-se a relação dos medicamentos e
respectivas posologias e a investigação da prevalência de potenciais interações
medicamentosas. Foram analisados os prontuários de 35 idosos com faixa etária de 58 a 102
anos, sendo 17 mulheres e 18 homens, todos fazendo uso de no mínimo três medicamentos
por dia. Foi investigada a prevalência de interações medicamentosas entre medicamentos e
medicamentos após elaboração de uma lista com todos os medicamentos utilizados pelos
idosos. O trabalho foi autorizado CEP-UFPI com protocolo CAAE Nº 0345.0.045.000-10. Os
dados levantados evidenciaram uma elevada utilização de medicamentos por mês, uma média
de 170 comprimidos para os homens e 142 comprimidos para mulheres. Dos fármacos listados
os mais frequentes foram Captopril, Polivitamínicos e Diazepam para os homens e Fluoxetina,
Digoxina e Ácido Acetil Salícilico para mulheres. Na investigação dos riscos de interações
medicamentosas pôde-se observar que 14% dos idosos apresentam risco de interação entre os
medicamentos AAS e Captopril pela diminuição da ação anti-hipertensiva do Inibidor da ECA.
Dos pacientes, 11% apresentam prevalência de interações entre Captopril e Metformina e
Glibenclamida intensificando a ação hipoglicemiante. Com base nos resultados pode-se
concluir a importância da presença do farmacêutico em um abrigo de longa permanência para
melhorar a qualidade de vida dos idosos e reduzir o numero de interações e reações adversas
ao medicamento, bem como reduzir os custos com tratamentos farmacológicos
desnecessários. Apoio: FAPEPI
E-MAIL PARA CONTATO: [email protected]
PC
60
ATENÇÃO
FARMACÊUTICA:
MINIMIZAÇÃO
DE
GASTROINTESTINAL EM PACIENTES PÓS-TRANSPLANTE ALOGÊNICO
TOXICIDADE
RODRIGUES, DIANE(1); SANTOS, CAROLINA FERREIRA(1); ALEGRE,
RAMOS(1); MARUMO, KAMILA TAMIE(1); DULLEY, FREDERICO LUIZ(1)
VALESKA
(1) Serviço de Transplante de Medula Óssea do Hospital das Clínicas da Faculdade de
Medicina da USP
INTRODUÇÃO O Transplante de Células Tronco Hematopoiéticas (TCTH) é um tratamento
para pacientes com doenças onco-hematológicas. Nesta terapia é realizada aplasia medular do
receptor e posteriormente infusão venosa de células do tecido hematopoiético, de doador
compatível, com a finalidade de restabelecimento da hematopoiese. Durante este processo, os
pacientes são submetidos a protocolos de tratamentos com diversos medicamentos. No TCTH
complicações podem ocorrer devido à complexidade do regime de condicionamento, onde os
pacientes são submetidos a altas doses de quimioterapias. Nesta fase há efeitos colaterais,
como náuseas e/ou vômito, xerostomia, alteração de paladar, diarréia e mucosite, podendo
levar à comorbidade e redução da qualidade de vida. O TCTH requer um acompanhamento
especializado, fundamental na orientação aos pacientes. Os pacientes submetidos ao TCTH
Alogênico formam uma população de alto risco para desenvolver Problemas Relacionados a
Medicamentos (PRM), devido também à quantidade de fármacos administrados por via oral. O
farmacêutico realiza Atenção Farmacêutica (ATF) individualizada, com o propósito de
identificar, previnir e resolver fatores que possam interferir no tratamento terapêutico do
paciente. O objetivo deste trabalho é avaliar a prescrição de medicamentos, aumentar a
adesão do paciente aos regimes farmacoterapêuticos e intensificar a participação do
farmacêutico junto á equipe multidisciplinar. MÉTODOS O estudo foi desenvolvido no
Ambulatório de Transplante de Medula Óssea de um Hospital Público de São Paulo, a partir de
visitas diárias, sistematizadas e individualizadas beira leito utilizando “Formulário de
Acompanhamento Farmacoterapêutico (ACF)”, onde consta a identificação do paciente,
diagnóstico, dias pós-transplante e toda terapia medicamentosa. Após a visita beira leito, é feita
a adequação de horários dos medicamentos, prevenção ou minimização de reações adversas
e identificação de prováveis interações medicamentosas. RESULTADOS Foi possível
minimizar efeitos secundários a quimioterapia, bem como identificar os medicamentos com
potencial de interação interferindo na eficácia do tratamento, através dos Formulários do ACF.
CONCLUSÃO
O Acompanhamento Farmacoterapêutico é um desafio para o farmacêutico clínico, a fim de se
tornar uma ferramenta importante na Atenção Farmacêutica. É possível disponibilizar
alternativas terapêuticas, sinalizar os ajustes de dose e verificar dose cumulativa, contribuindo
para a melhoria dos regimes terapêuticos, propiciando um acréscimo direto na qualidade e
segurança do tratamento, melhorando a qualidade de vida dos pacientes.
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PC 61 - ATENÇÃO FARMACÊUTICA EM PACIENTES COM CÂNCER DE CABEÇA E
PESCOÇO
PIMENTEL, RAFAELA1; VISACRI, MARÍLIA BERLOFA2; TEIXEIRA, NOELLE BREDA2;
DEMOCH, MÉCIA MARIALVA3; LIMA, CARMEN SILVIA PASSOS4; MORIEL, PATRICIA2
1
Instituto de Biologia, Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) 2Departamento de
Patologia Clínica, Faculdade de Ciências Médicas (FCM)/UNICAMP 3Serviço de Farmácia,
Hospital de Clínicas/UNICAMP 4Departamento de Clínica Médica, FCM/UNICAMP
Introdução: Pacientes em tratamento antineoplásico necessitam de atenção especial no que
diz respeito aos Problemas Relacionados ao Medicamento (PRMs), reações adversas e
interações medicamentosas (IMs). Objetivo: O objetivo deste estudo foi caracterizar os PRMs e
descrever as intervenções farmacêuticas (IFs) durante o acompanhamento de pacientes
portadores de câncer de cabeça e pescoço, recebendo tratamento à base de cisplatina e
radioterapia. Método: Acompanharam-se 10 pacientes que passaram por consultas no dia do
Caso Novo, na liberação da quimioterapia, na avaliação do primeiro ciclo e liberação do
segundo ciclo de quimioterapia, no período de setembro de 2011 a fevereiro de 2012, em
hospital universitário no interior de São Paulo. Os PRMs foram classificados em: indicação,
efetividade, segurança e cumprimento. Para resolvê-los e preveni-los foram realizadas IFs
(classificadas em prevenção, resolução de PRM e qualidade de vida), sendo aplicados
questionários de qualidade de vida e testes de Morisky (avaliação de cumprimento). As IMs
foram checadas na base de dados Micromedex®. O projeto foi aprovado pelo comitê de ética
(n°: 859/2010). Resultados: Todos pacientes eram do sexo masculino, média de idade
54,2±11,3 anos e 80,0% eram brancos. Foram encontradas 15 IMs, 80,0% potenciais e 20,0%
reais, 80,0% envolvendo medicamento-medicamento e 20,0% envolvendo medicamentoalimento, com prevalência das de severidade moderada (73,3%). No dia do Caso Novo, 20
PRMs foram identificados (Reais: 45,0% e Potenciais: 55,0%; 20,0% de indicação, 35,0% de
efetividade, 30,0% de segurança e 15,0% de cumprimento) e 32 IFs foram realizadas, 53,1%
para prevenção e 15,6% para resolução de PRMs. No primeiro retorno, foi visto uma redução
de PRMs (Total de 12 PRMs; Reais: 41,7% e Potenciais: 58,3%), já que parte deles foram
resolvidos por meio das IFs (75,0% delas foram seguidas pelos pacientes). Na terceira consulta
observa-se o maior número de PRMs (36 PRMs; Reais: 72,2% e Potenciais: 27,8%) com
predomínio do PRM de segurança (61,1%) e 67,3% das IFs foram seguidas. Conclusão: Por
meio deste estudo, nota-se que o farmacêutico clínico em oncologia pode melhorar
significativamente a qualidade do tratamento oncológico. Projeto financiado pelo PIBIC;
FAPESP, CNPq.
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PC 62 - ATUAÇÃO DO FARMACÊUTICO CLÍNICO NO
TROMBOEMBOLISMO VENOSO EM UMA UNIDADE ONCOLÓGICA
PROTOCOLO
DE
MENDROT, BIANCA; AZEVEDO, MARIA FERNANDA SALOMÃO; MORENO, GRAZIELA
BAUPTISTA; KROKOSCZ, DANIELLA:, MATTAR ,JORGE; CARVALHO;DÉBORA CECÍLIA
MANTOVANI FAUSTINO DE
Sociedade Beneficente de Senhoras - Hospital Sírio Libanês, SP
Introdução: O câncer é um estado pré-trombótico, eventos vasculares podem ocorrer antes
mesmo do diagnóstico estabelecido e podem ser agravados pelo início da terapêutica. Os
eventos vasculares mais frequentes incluem
tromboses venosas profundas (TVP) e
tromboembolias pulmonares (TEP), atualmente é a segunda causa de morte e está associada
a uma piora significativa da sobrevida em pacientes com câncer. A existência de um protocolo
de profilaxia de tromboembolismo venoso no Hospital Sírio-Libanês se torna uma ferramenta
indispensável para evitar complicações no quadro clínico dos pacientes. Nesse contexto, o
farmacêutico clínico contribui de forma a avaliar e sugerir adequação às profilaxias prescritas,
levando em consideração as contraindicações, como plaquetopenia e sangramento ativo, muito
comum nesse grupo de pacientes. Objetivo: Analisar a atuação do farmacêutico no
monitoramento do protocolo institucional. Método: Foram avaliados 389 pacientes no período
de setembro/2011 a fevereiro/2012 com base no protocolo institucional utilizando como critérios
da avaliação farmacêutica: o risco de tromboembolismo e a profilaxia prescrita e a existência
de contraindicação. Identificando alguma inconsistência, o farmacêutico sugeria à equipe
médica a profilaxia adequada, e essas intervenções eram registradas no prontuário. As
intervenções não aceitas foram discutidas semanalmente em reuniões com o grupo de
gerência do protocolo. Resultados: Dos 389 pacientes avaliados durante os 6 meses, 34 (9%)
não estavam com a profilaxia adequada. Após a intervenção do Farmacêutico Clínico, do total
dos pacientes que não estavam adequados, 22 (65%) pacientes foram adequados ao
protocolo, sendo desses, 17 (77%) através de quimioprofilaxias e 5 (22%) de profilaxias
mecânicas, totalizando 97% de adesão ao Protocolo. Conclusão: A atuação do Farmacêutico
Clínico junto aos demais profissionais mostrou efetiva para aperfeiçoar o processo e ampliar a
adesão ao Protocolo Clínico de Tromboembolismo Venoso.
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PC 63 - A IMPORTANCIA DA RECONCILIAÇÃO MEDICAMENTOSA DE ADMISSÃO NA
PREVENÇÃO DE ERROS
SOUZA, VANESSA KASUBECK; NOWAK, LAÍS VIEIRA; CRUZ, RAQUEL FERNANDA;
CONCEIÇÃO, VANESSA DE ANDRADE
Hospital Bandeirantes
INTRODUÇÃO: Os erros de medicações e reações adversas em ambiente hospitalar estão
cada vez mais numerosos, contudo, na maioria das vezes são evitáveis. Por isso, é de suma
importância a implantação de ferramentas para detecção e prevenção de erros nas instituições
a fim de garantir a segurança do paciente (NUNES, 2008). O método Dáder é uma ferramenta
utilizada para realizar o acompanhamento farmacoterapêutico de pacientes hospitalizados
(MACHUCA, 2003). A omissão de medicamentos contínuos do paciente em prescrição
hospitalar no momento da admissão é um erro verificado frequentemente, (VIRA, 2006) e a
Reconciliação Medicamentosa de Admissão (RMA) constitui uma das atividades do
farmacêutico clínico, a fim de correlacionar os medicamentos que o paciente faz uso domiciliar
com a prescrição médica garantindo um tratamento efetivo e seguro durante internação e alta
hospitalar (COFFEY, 2009). O objetivo deste trabalho foi quantificar os erros encontrados
através da RMA e quantos pacientes tiveram sua terapêutica corrigida, evitando Problemas
Relacionado ao Medicamento (PRM) de acordo com método Dáder. METODOLOGIA: Estudo
retrospectivo observacional, realizado no período de Maio/2011 à Março/2012 onde foram
avaliadas as intervenções farmacêuticas referentes às RMA realizadas aos pacientes
internados via Pronto Socorro. Todas as intervenções foram devidamente registradas em
sistema informatizado e analisadas de acordo com o Problema Relacionado ao Medicamento
(PRM) de Necessidade, conforme o consenso de Granada, classificado como PRM 1.
RESULTADOS: Durante os 11 meses foram realizadas 638 intervenções farmacêuticas
referentes à RMA, dessas, 44% foram acatadas pelos médicos, 53% não foram aceitas e 3%
não se obtiveram resposta devido alta hospitalar ou óbito. As intervenções acatadas foram
classificadas em três tipos: inclusão, suspensão ou alteração (modificação na prescrição de
algum item por nomenclatura, dose ou substituição de medicamento). As reconciliações
realizadas para inclusão de medicamentos foram as mais aderidas pela equipe médica com
72% de intervenções. De acordo com o método Dadér, foi possível avaliar que 203 pacientes
tiveram erros evitados do tipo PRM 1 (não utilizar medicamentos necessários) e 21 pacientes
do tipo PRM 2 (uso de medicamentos não necessários). CONCLUSÃO: Por este trabalho,
conclui-se que através das intervenções farmacêuticas realizadas junto à equipe medica, foi
possível evitar PRM. Portanto, o processo de RMA deve ser executado fielmente, evitando
discrepâncias nas medicações de uso continuo, piora no quadro clinico do paciente e
prolongamento de sua internação.
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PC 64 - AVALIAÇÃO DO PERFIL CIRURGICO E DISPENSAÇÃO DE MATERIAIS DE ALTO
CUSTO EM BLOCO CIRURGICO DE HOSPITAL GERAL DA GRANDE PORTO ALEGRE
ALVES, LAURA BOCKMANN; WINTER, JULIANA DA SILVA; VELHO, ALICE ZINN
Serviço de Farmácia, Hospital Nossa Senhora das Graças, Canoas, Rio Grande do Sul, Brasil
Introdução: O Hospital Geral Nossa Senhora das Graças (GRAÇAS), da região da Grande
Porto Alegre, disponibiliza 300 leitos, atendendo a convênios, SUS e particulares. O Centro
Cirúrgico oferece 8 salas, com diversas especialidades. Este estudo objetivou analisar o
número de especialidades cirúrgicas realizadas e relacioná-las com a utilização de materiais de
órtese e prótese (OPME), avaliando a eficiência dos protocolos que otimizam a dispensação
racional. Métodos: Analisaram-se protocolos de registro de saída de OPME e o registro da
quantidade de cirurgias realizadas no período de janeiro a abril de 2012. O estudo estratificou
percentualmente os diferentes tipos de OPME dispensados, avaliando, concomitantemente, a
quantidade de cirurgias realizadas mensalmente de acordo com as suas especialidades.
Resultados: Foram realizadas 2740 cirurgias em um período de quatro meses. Sendo 836 em
janeiro, 449 em fevereiro, 856 em março e 599 em abril. Avaliaram-se 101 dispensações de
OPME sendo em janeiro 30, fevereiro 38, março 24 e abril 9. Em janeiro, 64% das
dispensações foram telas de polipropileno (sistema duplo e simples),10% trocateres e 26%
grampeadores cirúrgicos. Em fevereiro, a dispensação de telas de polipropileno foi 63%, 10%
trocateres e 26% grampeadores cirúrgicos. Em março, verificou-se a dispensação de 66%
telas de polipropileno, 22% trocateres e 10% grampeadores lineares cortantes. No mês de
abril, a dispensação de tela de polipropileno representou 34%, 12% trocateres, 23%
grampeadores lineares cortantes. Referente ao número de cirurgias, em janeiro, obtivemos
35% em cirurgia geral, 24% em traumatologia, 17% em oftalmologia, 8% em ginecologia, os
outros 6% distribuídos em plástica, urologia, entre outras. Em fevereiro, 36% em traumatologia,
11% vascular, 5% em cirurgia geral, 27% oftalmologia, 7% em plástica 3% ginecologia, 3%
urologia, 6% proctologia, 2% buco-maxilo facial. Em março, 1% em cirurgia pediátrica, 4% em
plástica, 25% em traumatologia, 4% em proctologia, 28% em cirurgia geral, 7% em ginecologia,
4% em urologia, 8% em vascular, 15% em oftalmologia, 1% em buco, 3% divididos em buco,
otorrino, entre outras. Em abril, 27% das cirurgias foram geral, 3% plástica, 4% urologia,
27%traumatologia, 1% otorrino, 2% buco, 14% oftalmologia, 10% vascular, 4% proctologia, 7%
ginecologia e 1% de outras especialidades. Conclusão: Observou-se o perfil de procedimentos
cirúrgicos realizados no GRAÇAS, avaliando a dispensação de OPME através de protocolos
eficientes, promovendo a dispensação controlada e racional de materiais de OPME.
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PC 65 - ESPECIALIZAÇÃO, RESIDÊNCIA E A PRÁTICA DE FARMÁCIA CLÍNICA NO
BRASIL
FREITAS, CAROLINA GOMES1; STORPIRTIS, SÍLVIA2; STRASSER, MARC3
1
Graduanda da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (FCFUSP); 2Professora Associada do Departamento de Farmácia da FCF-USP; 3Doutorando da
FCF-USP
INTRODUÇÃO: A Farmácia Clínica surgiu na década de 1960 e o reconhecimento de seus
benefícios clínicos e econômicos levou à sua expansão nos Estados Unidos e países
europeus, enquanto no Brasil seu desenvolvimento foi tardio. Considerando-se a importância e
o potencial da Farmácia Clínica no Brasil, este trabalho corresponde à avaliação preliminar do
ensino e prática nessa área, buscando-se dados sobre cursos de especialização, residência e
hospitais que dispõem ou estão implantando Serviços de Farmácia Clínica. MATERIAIS E
MÉTODOS: Para avaliação dos cursos de especialização e residência foi realizada
Amostragem Aleatória Estratificada Sistemática a partir do cadastro do Ministério da Educação
para Instituições de Ensino Superior (IES), resultando em amostra de 81 estabelecimentos.
Consultou-se o sítio eletrônico das instituições sobre oferecimento de Pós-graduação lato
sensu (Especialização em Farmácia Clínica) e Residência Multiprofissional com vagas para
farmacêuticos. Na investigação da prática de Farmácia Clínica utilizou-se o mesmo método de
amostragem no Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde (amostra de 99
hospitais). Foi elaborado e enviado questionário com questões fechadas sobre características
do hospital e da Farmácia, atividades dos Farmacêuticos e seu nível educacional. Realizouse inferência dos dados quantitativos por meio de Intervalo de Confiança de uma proporção e
investigação de associação estatística entre as variáveis categóricas por meio dos Testes QuiQuadrado, Qui-Quadrado com Correção de Yates, Teste Exato de Fisher e Log-likelihood
(α=0,05). RESULTADOS: A avaliação de prescrição é desenvolvida em 22-57% dos hospitais e
o monitoramento da farmacoterapia em 6-34%. O número estimado de residências em
estabelecimento hospitalar para farmacêuticos é de 5 a 48 (1-11% das IES) e o número de
cursos de especialização em Farmácia Clínica é de 18 a 78 (4-18%). Hospitais brasileiros que
visam implantar Farmácia Clínica (1.440 a 3.677) correspondem a 22 a 57%; 13 a 46% dos
hospitais possuem farmacêutico com especialização em Farmácia Clínica e 6 a 34% com
residência. Da amostra de 99 hospitais brasileiros, 10% não possuíam o farmacêutico presente
diariamente em tempo integral. Há associação entre Serviços de Farmácia Clínica (11 a 42%
dos hospitais) e maior número de auxiliares em serviços farmacêuticos (p = 0,03).
CONCLUSÃO: Constatou-se que ainda são poucos hospitais que possuem Serviço de
Farmácia Clínica no Brasil e realizam seguimento farmacoterapêutico, embora haja avaliação
de prescrições. Há alta demanda de hospitais que pretendem implantar Farmácia Clínica e
baixo oferecimento de especialização e residência na área, o que demonstra o atual déficit
para capacitação de farmacêuticos em atividades clínicas. CAAE: 0041.0.018.000-11. Auxílio
financeiro: FCF-USP
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PC 66 - ELABORAÇÃO DE DOCUMENTAÇÃO CLÍNICA FARMACÊUTICA PARA
REGISTRO EM PRONTUÁRIO
PINHEIRO, CAMILA TEIXEIRA; SILVA, VEDILAINE APARECIDA BUENO DA; WALCZAK,
SUZANA ZABA; MARIN, MARCIA LÚCIA DE MÁRIO PINTO, VANUSA BARBOSA; SFORSIN ,
ANDREA CÁSSIA PEREIRA.
Divisão de Farmácia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo
Introdução: Toda avaliação de prescrição médica poderá originar propostas de modificação de
conduta médica e/ou da equipe de enfermagem visando ofertar aos pacientes alternativas
terapêuticas disponíveis e estabelecidas em protocolos institucionais e evidências científicas. O
Conselho Federal de Farmácia pela Resolução nº 555 de 30 de novembro de 2011,
regulamenta o registro, a guarda e o manuseio de informações resultantes da prática da
assistência farmacêutica nos serviços de saúde. O registro de orientações à equipe de saúde,
resultantes do processo da assistência farmacêutica, a adoção de medidas e ações
recomendadas possibilitam melhorias na qualidade da assistência à saúde,permitem redução e
minimização da ocorrência de resultados negativos associados à medicação e a eventos
adversos, contribuindo para a promoção do uso racional do medicamento, segurança e
reabilitação do paciente. O objetivo do estudo foi elaborar frases para padronizar condutas de
registros em prontuários pelos farmacêuticos clínicos. Métodos: Foi realizado na UTI do
Trauma do Instituto Central do Hospital das Clínicas da FMUSP, no período de janeiro a março
de 2012, um levantamento das intervenções farmacêuticas realizadas nas prescrições
médicas, pelo farmacêutico da farmácia clínica e registradas na Tabela de Intervenção
Farmacêutica (criada e validada pela Divisão de Farmácia do Hospital das Clínicas da
FMUSP). As intervenções foram classificadas em indicação, posologia, via de administração,
interações, efeitos adversos, medicamentos não padronizados e outros. A partir dessa
classificação foram elaboradas frases objetivas, de modo a padronizar a informação do
farmacêutico nos prontuários dos pacientes. Resultados: Foram elaboradas 18 frases para
os sete tipos de intervenções realizadas, distribuídas da seguinte forma: indicação- 4 frases;
posologia -4 frases; interações -4 frases; via de administração- 2 frases; efeitos adversos -2
frases; medicamentos não padronizados -1 frase e outros-1 frase. Conclusão: As frases
propostas possibilitaram padronizar o registro de intervenções farmacêuticas realizadas nos
prontuários propiciando comunicação mais eficiente entre os profissionais da saúde e melhor
atendimento ao paciente.
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PC 67 - PACIENTE COM DISTÚRBIO HIDROELETROLÍTICO E MÁ ABSORÇÃO
INTESTINAL: RELATO DE CASO
RESENDE, STEFANE CRISTINA PAIXÃO OLIVEIRA; MYAMOTO, MARIA DE FÁTIMA SIVA;
MARIN, MÁRCIA LÚCIA DE MÁRIO; PINTO, VANUSA BARBOSA; MINARI, ARIANE
BOCCOLI, WALCZAK, SUZANA ZABA
Divisão de Farmácia do Instituto Central do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da
Universidade de São Paulo
Descrição do caso: Paciente 61 anos, acompanhado por duas diferentes especialidades,
portador de distúrbios hidroeletrolíticos de repetição, má absorção intestinal, Insuficiência
Cardíaca Congestiva, Insuficiência Renal Crônica (IRC) não dialítica, hérnia estrangulada
operada com lesão de alça e necessidade de reoperação, ileostomia com alto débito, duas
internações por choque hipovolêmico, hipercalemia e agudização da IRC. Utiliza 12
medicamentos e foi encaminhado para seguimento farmacoterapêutico por baixo grau de
adesão ao tratamento medicamentoso. Na primeira consulta, apresentou baixo grau de
entendimento, uso inadequado dos medicamentos, relatou frio nas extremidades (mãos e pés)
e outros 17 sinais e sintomas. Avaliação: As prescrições foram avaliadas quanto à posologia,
necessidade, efetividade, via de administração e segurança. Dos medicamentos prescritos por
ambas as especialidades, houve duplicidade de posologia para um mesmo medicamento.
Foram observados nos exames laboratoriais alteração dos índices de magnésio, cálcio iônico e
total. As metas definidas foram racionalizar a prescrição, reduzir os sinais e sintomas relatados
em 30%, normalização dos níveis dos eletrólitos alterados, aumentar o grau de entendimento e
adesão ao tratamento, em três meses. Intervenção: As intervenções junto com os prescritores
ocorreram durante discussão do caso clínico e antes das consultas médicas. Com os paciente,
as intervenções foram desenvolvidas em quatro consultas farmacêuticas e plano de educação,
com utilização do guia “Saiba mais sobre seus medicamentos”, associada à tabela de
orientação farmacêutica impressa, a identificação das cartelas dos medicamentos e adequação
da posologia aos hábitos de vida do paciente. Foram realizadas 30 intervenções farmacêuticas,
sendo que destas, 28 foram aceitas e resultaram na normalização dos índices de magnésio,
cálcio iônico e total. Houve diminuição em 78% no número de sinais e sintomas; racionalização
da prescrição médica pela uniformização do perfil farmacoterapêutico do paciente; aumento do
grau de adesão e entendimento à farmacoterapia, dentro do prazo estabelecido. Conclusões:
A atuação do farmacêutico no seguimento de pacientes com distúrbios hidroeletrolíticos e má
absorção intestinal, de alta complexidade, aliado ao baixo grau de entendimento à terapia e
adesão é de fundamental importância para a redução de riscos à saúde, normalização de
parâmetros bioquímicos, propiciando melhora na qualidade de vida do paciente e uma
farmacoterapia segura e eficaz.
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PC 68 - ESTUDO DE BIOEQUIVALÊNCIA AMIODARONA, EM PACIENTES EM JEJUM E
ALIMENTAÇÃO
OLIVEIRA, PABLO REZENDE DE 1,2; RINCON, LEONOR GARCIA1,2,3; PAULA CHELLINI 1,2,
SIQUEIRA, ARMINDA LUCIA2; SOUZA, JEISLAN CARLOS DE 1,2; PIRES, MARCO TÚLIO
BACCARINI 1,2,3.
CEBIO - Centro de Biotecnologia (Belo-Horizonte, MG), 2 Hosp. Belo Horizonte - Hospital Belo
Horizonte (Belo Horizonte - MG), 3 UFMG - Universidade Federal De Minas Gerais (Belo
Horizonte - MG)
1
Introdução: A Amiodarona é um antiarrítmico indicado para pacientes com distúrbios graves
de ritmo cardíaco. O medicamento referência no mercado é o Atlansil®. Visando o lançamento
de um novo medicamento deve-se pesquisar a biodisponibilidade relativa entre esse e o
medicamento de referência. Logo, o objetivo desse trabalho foi a avaliação desta
bioequivalência em voluntários saudáveis, em jejum e em estado alimentado. Métodos: A
avaliação da bioequivalência em relação ao estado alimentar ocorreu em dois estudos
diferentes, em datas diferentes, mas utilizando os mesmos métodos: abertos, randomizados
(aleatorizados), cross-over, sendo 2 administrações dos medicamentos em 2 períodos, nos
quais os voluntários receberam, em cada período, um comprimido da formulação teste ou
referência. De forma a atender o que determina a ANVISA, como prevenção de desistências e
considerando a variabilidade do fármaco, foram recrutados 52 voluntários (26 de cada sexo)
para cada estudo. Devido às perdas, o estudo em jejum terminou com 42 voluntários, e o em
alimentação com 44 voluntários. O fármaco estudado apresenta grande meia vida tecidual (25
+ 12 dias nos tecidos), o que levou a necessidade de um grande período de washout. Dessa
forma, o segundo período deveria ocorrer em, no mínimo, 70 dias após o primeiro (adotamos o
intervalo de 14 semanas - 98dias). A longa meia-vida plasmática (3-10 dias) também levou à
necessidade de um período de coleta de 144 horas. Essas dificuldades foram muito bem
contornadas pela equipe multidisciplinar da CEBIO que ofereceu amplo suporte aos
voluntários. Resultados: As principais medidas farmacocinéticas do medicamento referência e
do medicamento teste foram: pico da concentração plasmática (Cmax); tempo até atingir o
Cmax (Tmax); constante de eliminação (Ke); meia vida (t1/2); área sob a curva até o tempo t
(ASCt). As diferenças médias (± DP) entre o medicamento referência e o teste para o estudo
em estado de jejum foram, respectivamente: 2,9793 ± 6,8118 (ng/mL); -0,5362 ± -0,0329
(ng/mL); -0,0008 ± -0,0033 (ng*h/mL); -0,0201 ± -1,6870; -7,8983 ± -131,2382. A razão média
entre ASCt e ASCinf e o desvio padrão foi de 93,42% ± 4,08% para o referência e 94,38% ±
1,58% para o teste. Para o estudo em alimentação as diferenças médias (± DP) foram,
respectivamente: 35,2398 ± 46,4887 (ng/mL); -0,1136 ± 0,0611 (ng/mL); -0,0042 ± -0,0064
(ng*h/mL); 0,2489 ± -1,1235; 119,4288 ± 71,9044. A razão média entre ASCt e ASCinf e o
desvio padrão foi de 89,07% ± 4,65% para o referência e 89,12% ± 4,54% para o teste.
Conclusão: Não houve violação dos pressupostos dos métodos estatísticos, o planejamento
amostral e a condução foram realizados correta e eficientemente. Não houve diferença de
efeitos adverso-colaterais devido à troca do medicamento teste para o referência. Embasado
nos resultados acima, o medicamento teste foi considerado bioequivalente ao referência tanto
para uso no estado alimentado, quanto em jejum.
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PC 69 - QUESTIONÁRIO DE ADESÃO PARA PACIENTES PORTADORES DE HEPATITE B
CRÔNICA
ABREU, RODRIGO MARTINS; FERREIRA, ALINE SIQUEIRA; ABREU, GISELLE MARTINS;
FERREIRA, CAMILA SILVA; CARRILHO, FLAIR JOSÉ; ONO, SUZANE KIOKO.
Departamento de Gastroenterologia, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo,
São Paulo, Brasil.
Introdução: As evidências mostram que com o tratamento da infecção crônica pelo vírus da
hepatite B (VHB) conseguimos suprimir a carga viral. Entre os fatores ligados diretamente ao
sucesso terapêutico, encontra-se a adesão ao tratamento. Diversos instrumentos de avaliação
da adesão estão disponíveis, porém não existe nenhum validado para uso na hepatite B
crônica. Esse estudo avaliou a confiabilidade e a validação do “Questionário para Avaliação da
Adesão ao Tratamento Antiretroviral” em pacientes portadores de hepatite B crônica. Métodos:
Trata-se de um estudo transversal, aprovado pela CAPPesq sob o número 0581/10. Foram
avaliados 183 pacientes com diagnóstico de infecção crônica pelo VHB, em tratamento há pelo
menos três meses com antivirais. Foi aplicado o “Questionário para a Avaliação da Adesão ao
Tratamento Antiviral” e o Teste de Morisky. A carga viral de VHB foi compilada diretamente do
prontuário. A avaliação da confiabilidade do questionário foi testada por meio do valor de alfa
de Cronbach. A validação foi estabelecida através das validades de critério, conteúdo e
constructo. Resultados: A confiabilidade do instrumento demonstrou uma consistência interna
adequada no escore global do questionário (alfa de Cronbach = 0,734). O método empregado
no desenvolvimento do instrumento assegurou validação de conteúdo excelente. As validades
de critério e do constructo do tipo convergente do instrumento proposto foram testadas pelas
correlações das medidas obtidas com os resultados do Teste de Morisky e do nível de carga
viral de VHB. Foi evidenciada correlação negativa boa (r = -,615; p < 0,001) do domínio “grau
de adesão ao tratamento antiviral” com o Teste de Morisky e correlação negativa moderada (r =
-,417; p < 0,001) do domínio “fatores que podem interferir na adesão”com o nível de carga viral.
Na capacidade discriminativa do constructo, os pacientes foram estratificados em função do
desfecho clínico (carga viral de VHB detectável ou indetectável), que demonstrou diferença
estatisticamente significativa (p < 0,001). Como vimos na capacidade discriminativa do
constructo, que escores maiores ou iguais a 80 detectam nível de adesão ao tratamento ótimo,
necessário para a predição de uma carga viral de VHB indetectável, fixamos o ponto de corte
da curva ROC o valor 80,50. Assim, encontramos um valor de sensibilidade de 81,43% e
especificidade de 67,26%. Conclusão: O questionário é o primeiro instrumento validado para
medir o grau de adesão ao tratamento antiviral e predizer o desfecho clínico (carga viral de
VHB detectável ou indetectável), além de ser uma ferramenta diagnóstica útil na prática clínica,
para uso na língua portuguesa.
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PC 70 - AÇÕES
COMUNITÁRIAS
EDUCATIVAS
POPULARES
EM
SAÚDE
NAS
FARMÁCIAS
SILVA, MARQUES DEBORAH E ARRUDA, SOUZA LIZIENE
Desde 2003, o Ministério da Saúde incorporou dentro de suas ações o campo da educação
popular em saúde. Esse espaço visa à participação de sujeitos sociais, ativos, criativos,
transformadores e com o intuito de desenvolver práticas que fortaleçam a constituição desses
sujeitos. Esse processo está vinculado ao movimento de reflexão crítica, ressignificação e
redescoberta de outras práticas de educação, que aconteciam no âmbito dos serviços de
saúde e dos movimentos populares. A partir destes movimentos, as ações de educação em
saúde têm como prática a participação ativa da comunidade, proporcionando informação,
educação sanitária e aperfeiçoamento das atitudes indispensáveis para a sua vida. Essas
ações são estratégicas na orientação do serviço de saúde pelo norte de integralidade da
atenção e do fomento da participação popular, contribuindo para a construção de um modelo
comprometido com princípios do Sistema Único de Saúde e a melhoria da qualidade de vida
como fundamento do direito à saúde. A educação popular é baseada na metodologia ativa que
provoca a participação do sujeito através da problematização do tema proposto com finalidade
de fortalecer o protagonismo do sujeito e estimular a reflexão sobre o tema. Diante deste
contexto, a inserção da prática de educação popular nas ações de educação em saúde é
fundamental para construir um sujeito que tem capacidade de refletir sobre a sua própria saúde
através da proposta de metodologia ativa. Infelizmente as ações educativas realizadas nas
farmácias comunitárias não têm esse olhar e deparamos com ações educativas que promovem
apenas aferições de pressão arterial e glicemia capilar sem nenhuma orientação e/ou palestras
educacionais para a população. Portanto, justifica-se a necessiddae de eleborar instrumentos
capazes de auxiliar no desenvolvimento das ações educativas em saúde nas farmácias
comunitárias. Neste trabalho iremos apresentar as ferramentas desenvolvidas para atividades
em grupos, baseadas na educação popular do Ministério da Saúde; tais como: dinâmicas de
grupo e recursos audivisuais. Este trabalho vem sinalizando uma melhor percepção do
processo saúde e doenca pelo usuário envolvido no projeto e possibilitando uma maior
compreensão da importância do autocuidado.
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PC 71 - INTERVENÇÃO FARMACÊUTICA EM PACIENTES EM USO DE NUTRIÇÃO
PARENTERAL: ANÁLISE RETROSPECTIVA
ARAUJO, HOLCILENE CARVALHO1; ABREU, LORENA PATROCÍNIO1; GOMES, DANILO
REIS1, 2; VASCONCELOS, THAÍSE SOUZA1, 2.
1.
2. HOSPITAL SÃO RAFAEL - SALVADOR/BAHIA.
3. FACULDADE DE FARMÁCIA - UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA.
Introdução: A Farmácia Clínica é uma realidade cada vez mais presente nas instituições
hospitalares, e se fortalece, por somar resultados positivos frente à farmacoterapia e
consequentemente à melhora da qualidade de vida dos pacientes. É incluída na Farmácia
Clínica, a análise das prescrições e evoluções dos pacientes, e, se necessário, a Intervenção
Farmacêutica. De acordo com o Consenso Brasileiro de Atenção Farmacêutica (2002), a
Intervenção Farmacêutica (IF) é uma ação planejada, documentada, e realizada junto à equipe
de saúde e ao paciente, com a finalidade de prevenir ou solucionar problemas (reais ou
potenciais) relacionados a medicamentos. Tratando-se de Nutrição Parenteral, não é diferente,
já que é um produto de responsabilidade da Farmácia, e está sujeito a apresentar não
conformidades (potenciais geradoras de PRM), que podem ser prevenidos ou solucionados
pelo Farmacêutico. O Objetivo do presente trabalho é analisar retrospectivamente as
Intervenções Farmacêuticas realizadas em pacientes em Uso de Nutrição Parenteral, bem
como a importância destas intervenções. Métodos: O trabalho foi desenvolvido por uma
análise retrospectiva que se define como um estudo onde o que esta sendo avaliado já
ocorreu, ou seja, os pontos analisados são seguidos do “efeito” para a “causa”. Analisaram-se
as Intervenções Farmacêuticas em pacientes em uso de Nutrição Parenteral tanto manipulada
quanto em bolsa pronta no Hospital São Rafael - Salvador/Bahia. Foram analisadas as
intervenções feitas no período de nove meses (Agosto de 2011 a Março de 2012). Coletado os
números de intervenções verificaram-se quantas foram acatadas pela equipe médica, e feita
uma análise crítica dos devidos resultados. Resultados: No período analisado, as intervenções
realizadas atingiram números de 33 (agosto), 77 (setembro), 95 (outubro), 141 (novembro), 75
(dezembro), 85 (janeiro), 98 (fevereiro) e 159 (março), totalizando 763 IF em pacientes em uso
de Nutrição Parenteral no período de nove meses. As intervenções realizadas foram acerca de
incompatibilidades físico-químicas na composição da solução, dose dos insumos conforme
resultados de exames laboratoriais, orientação sobre administração, via adequada conforme
osmolaridade e velocidade de infusão da Nutrição Parenteral. Todas as intervenções foram
acatadas pela equipe médica de nutrologia e de enfermagem. Conclusão: É imprescindível a
análise da prescrição da Nutrição Parenteral pelo Farmacêutico, uma vez que é o profissional
responsável, dentre outros, pela sua produção. O mesmo possui conhecimentos sobre a
estabilidade química, interações e peculiaridades dos componentes do produto, contribuindo
para a prevenção de um possível evento adverso. De acordo com a porcentagem de IF
acatadas (100%), podemos inferir ao bom relacionamento dos farmacêuticos com a equipe de
saúde e sua atuação constante na Equipe Multidisciplinar de Terapia Enteral e Parenteral
(EMTN), corroborando a idéia de que a Farmácia Clínica vem conseguindo seu espaço com
bastante êxito. Além disso, as intervenções 100% acatadas refletem a importância de se ter um
acompanhamento farmacêutico no uso de Nutrição Parenteral, com a finalidade de evitar os
erros de medicação e alcançar a melhoria da qualidade de vida dos pacientes.
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PC 72 - PREVALÊNCIA DE MEDICAMENTOS INADEQUADOS PARA IDOSOS DE ACORDO
COM OS CRITÉRIOS DE BEERS-FICK
FRANCO, CARLOS JOSÉ MATOS1 NOBRE, ARLÂNDIA CRISTINA LIMA2 MEDEIROS, MARIA
ANGELINA DA SILVA2 FRANCO, CRISTIANE FERREIRA PIRES3
1. Hospital Geral de Fortaleza (hgef) 2. Universidade de Fortaleza (unifor) 3. Faculdade
Metropolitana de Fortaleza (fametro)
Introdução: No Brasil, nos últimos 50 anos, fatores médicos, como melhor controle das
epidemias e das doenças infecciosas, e fatores socioeconômicos, como urbanização e
saneamento básico, têm contribuído para um significativo aumento da longevidade da
população. Um desafio a ser enfrentado com o aumento da população idosa é a terapêutica
farmacológica, que, para o paciente idoso, assim como para qualquer outro grupo etário, deve
ser eficaz, segura e racional. Há duas décadas, surgiram critérios visando detectar os
potenciais riscos de iatrogenia em idosos, sendo o de Beers-Fick o mais utilizado deles. Este
instrumento é baseado em trabalhos publicados sobre medicamentos e farmacologia do
envelhecimento, para definir uma lista de fármacos potencialmente inadequados para adultos
com 65 ou mais anos de idade O objetivo deste trabalho é determinar a prevalência de
medicamentos potencialmente inadequados para idosos em um hospital público de acordo com
os critérios de Beers-Fick. Métodos: Trata-se de um estudo observacional, retrospectivo e de
coorte transversal realizado após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da instituição
(parecer nº 050/2011) e do coética/unifor (parecer nº 349/2011) e que envolvendo a análise das
prescrições de pacientes idosos (> 65 anos) e que permaneceram internados por 15 dias nos
meses de março, abril e maio de 2010, nas alas das enfermarias norte e sul e na UTI de um
hospital geral. Para cada paciente incluído na pesquisa, foram analisadas as suas prescrições,
nas quais todos os medicamentos empregados foram caracterizados como inadequados ou
não, segundo os critérios estabelecidos por Beers-Fick. Resultados: A população do estudo é
constituída de 36 idosos (15 homens e 21 mulheres). Utilizaram medicamentos inadequados:
28 (77,8%) pacientes, destes, 15 (53,6%) são homens e 13 (46,4%) são mulheres. O total de
medicamentos utilizados em 540 prescrições durante o estudo foi de 680. Desse total, foram
encontrados 51 medicamentos incluídos nos critérios de Beers-Fick, equivalendo a 1,8
medicamentos por paciente (n=28) com idade média de 77,5 anos para os homens e 77,3 anos
para as mulheres. Os medicamentos inadequados mais utilizados foram o óleo mineral
(13,7%) e a dexclorfeniramina (11,8%). Os medicamentos mais utilizados, reunidos por
grupamento anatômico, segundo classificação anatomical therapeutic chemical (atc), foram do
aparelho digestório (25,5%) e do sistema nervoso (25,5%) totalizando 51% das prescrições.
Conclusão: Os dados analisados neste estudo demonstram não somente a existência de
medicamentos inadequados para idosos dentro da padronização do hospital, mas também, a
importância da incorporação dos critérios de Beers-Fick nas práticas médicas de assistência ao
idoso como um passo fundamental para a promoção do uso racional de medicamentos nesta
população.
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PC 73 - PERFIL FARMACOTERAPÊUTICO DE PACIENTES PEDIÁTRICOS COM ARTRITE
IDIOPÁTICA JUVENIL
FRANCO, CARLOS JOSÉ MATOS¹ AZEVEDO, MARIA DE FÁTIMA MENEZES¹ COELHO,
FRANCISCO XAVIER SABOIA² FRANCO, CRISTIANE FERREIRA PIRES³
1. Hospital Infantil Albert Sabin/SESA-CE 2. Hospital Universitário Walter Cantídio/UFC 3.
Faculdade Metropolitana de Fortaleza (fametro)
Introdução: A artrite idiopática juvenil (AIJ) é a denominação de um grupo de doenças distintas
que ocorre em crianças abaixo dos 16 anos e se manifesta principalmente por artrite
persistente, por não menos de seis semanas, descartadas outras doenças que levam ao
acometimento articular. É a segunda doença reumática em incidência na infância, suplantada
apenas pela febre reumática. É uma doença de pré-escolares, com início raro antes dos seis
meses. Existe uma ligeira predominância no sexo feminino, com uma relação de 1 a 3 meninas
para 1 menino. Sua etiologia não é totalmente compreendida, mas parece haver interação
entre fatores genéticos e ambientais. No primeiro mundo a AIJ é a doença reumática mais
comum na infância e uma das doenças crônicas mais frequentes nessa faixa etária. Apesar de
nenhum dos medicamentos disponíveis até o momento apresentar potencial curativo, o
prognóstico tem melhorado de forma significativa nos últimos anos, em especial após a
introdução dos agentes anti-citocinas. O objetivo deste trabalho é determinar o perfil
farmacoterapêutico dos pacientes assistidos no ambulatório de reumatologia do Hospital Infantil
Albert Sabin, com diagnóstico de AIJ e que sejam cadastrados na farmácia ambulatorial deste
hospital. Método: Trata-se de um estudo descritivo e transversal, realizado durante o período
de maio a outubro de 2011, através da análise de prescrições médicas de pacientes pediátricos
portadores de artrite idiopática juvenil, assistidos no ambulatório deste hospital. Foi elaborado
um formulário padronizado para o estudo onde reunimos os dados necessários ao estudo:
Nome do paciente, Número do prontuário, data de nascimento, medicamentos envolvidos no
tratamento da artrite idiopática juvenil. No processo de cadastramento dos pacientes na
farmácia são exigidos o laudo de solicitação e a receita médica destes pacientes. Resultados:
Dos 125 pacientes acompanhados durante o período do estudo, 61,5% era do sexo feminino e
38,5% do sexo masculino. A idade variou de dois anos de idade até aos 17 anos. Foram
analisadas 125 prescrições com a seguinte frequência de medicamentos: 27,4% de
antimetabólitos, principalmente o metotrexato; 24,1% de antianêmicos, principalmente o ácido
fólico; 18,5% de imunossupressores, principalmente o etanercepte; 14,5% de anti-inflamatórios
não esteroidais, principalmente o naproxeno; 7,2% de anti-reumáticos, principalmente a
leflunomida e 8% outras classes terapêuticas. Conclusão: Todos os medicamentos das
prescrições analisadas seguiam os protocolos clínicos e as diretrizes terapêuticas do Ministério
da Saúde e pela Portaria nº3439/2010/MS que preconiza o tratamento para a artrite idiopática
juvenil, portanto, observou-se uma farmacoterapia racional. A predominância do sexo feminino
descrito na literatura se repetiu na amostra estudada.
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PC 74 - CASE - SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO DE MEDICAMENTOS DO IMPERIAL
HOSPITAL DE CARIDADE FLORIANÓPOLIS
FACCIN, ARLINE CYBELLE BARCELLOS; SILVEIRA, LÚCIA MARIA PEREIRA; HENZ,
REJANE
IMPERIAL HOSPITAL DE CARIDADE
O sistema de distribuição de medicamentos é um dos fatores preponderantes para o sucesso
farmacoterapêutico do paciente. O assunto foi tema do estudo de caso devido à percepção de
falhas no fluxo de dispensação de medicamentos e materiais da farmácia do Imperial Hospital
de Caridade, Florianópolis, Santa Catarina. A observação da rotina pelos profissionais
farmacêuticos e o resultado de um questionário de satisfação dirigido à enfermagem levaram à
criação de estratégias para melhorar o fluxo de distribuição de medicamentos. Atualmente, a
distribuição de medicamentos é de forma mista, isto é, parte coletiva e parte individualizada. As
prescrições têm validade de 24 horas, iniciando às 16 horas e terminando as 15:59 do dia
seguinte, os médicos prescrevem os medicamentos nas unidades de internação em horários
não padronizados, gerando alguns atrasos na terapia medicamentosa do paciente. Não há um
padrão na forma das prescrições médicas, sendo que há cerca de 65% das prescrições
manuais e 35% eletrônicas. Após a prescrição médica ser efetuada, a enfermagem realiza o
aprazamento e solicita os materiais necessários. A farmácia recebe em média 200 prescrições
por dia, resultando, uma média de 180.000 unidades de medicamentos e materiais separados
e lançados na conta dos pacientes por mês. A proposta de melhoria implica no
comprometimento de cada profissional envolvido neste processo. Desta forma como propostas
tem-se: - A padronização dos horários de prescrição médica. - Investimento na conscientização
e no treinamento do corpo clínico para uma adesão maior da prescrição eletrônica. - A equipe
da enfermagem aprazar as prescrições logo após o retorno da farmácia com as medicações e
materiais já dispensados. - Padronizar os materiais necessários para o preparo dos
medicamentos não sendo mais necessária a solicitação da enfermagem ficando aos cuidados
da farmácia. - Quanto ao serviço de farmácia, sugere-se que seja modificado o processo de
recolhimento e entrega dos medicamentos, procurando agilizar o tempo que a prescrição fica
fora do setor de internação. Este processo pode ser melhorado com a contração de dois
estagiários específicos para este fim. O fluxo de distribuição de medicamentos possui várias
etapas e depende da responsabilidade dos profissionais envolvidos. As propostas de
reestruturação do fluxo chegaram ao conhecimento das gerências envolvidas e, a partir disso,
medidas foram tomadas. No que diz respeito à prescrição médica, padronizou-se o horário de
prescrição, porém ainda há falta de adesão por parte do corpo clínico. A padronização dos
materiais necessários para o preparo dos medicamentos está em fase de elaboração. Quanto
ao aprazamento das prescrições, manteve-se o fluxo descrito. O setor da farmácia hospitalar
fez algumas modificações na rotina de recolhimento e entrega dos medicamentos e
contratação de estagiários, o que agilizou o fluxo de distribuição. Para um sistema de
distribuição mais otimizado e a busca da segurança na farmacoterapia, é necessário mudar a
forma de comprometimento de cada profissional em relação ao sistema de medicação, pois a
responsabilidade deixa de ser exclusivamente do serviço de farmácia para passar a ser de um
serviço multidisciplinar no hospital.
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PC 75 - PROBLEMAS E RESULTADOS NEGATIVOS EM RECÉM NASCIDO COM
DISPLASIA BRONCO-PULMONAR : RELATO DE CASO
KAMILA
MARIA
MARANHÃO
SIDNEY;SUYANNE
PONTES
MELO;ISABELLA MATEY,SABRINA SÁ;CESAR GOMES PINHEIRO
LEITÃO;NAIANA
1-Universidade de Fortaleza-UNIFOR ; 2- Hospital e Maternidade Gastroclínica;
Recém nascido de mãe com pré-eclampsia e proteinúria, apresentou quadro de displasia
bronco-pulmonar devido a um déficit respiratório tardio. RN foi mantido na UTI neo-natal de um
hospital privado de Fortaleza-CE com evolução para acidose respiratória e hiperóxia,
apresentando,também, episódios de hipoglicemia assintomática . Aos exames apresentou PCR
levemente aumentado, neutropenia e plaquetopenia intensa, leucocitose e posteriormente
anemia,eosinofilia,hipermagnesemia. Diagnosticado sepse tardia e hipertensão pulmonar, com
quedas de saturação freqüentes, feito ventilação mecânica prolongada. As medicações
utilizadas foram ampicilina 100mg( 12/12h) e amicacina 500mg (48/48h),inicialmente como
método de profilaxia. Posteriormente,iniciou tratamento com Tazocin 2,25g (8/8h) bactericida
de amplo espectro,atuante em septicemia e infecções do trato respiratório inferior; Pulmicort
0,5 (12/12h) como corticosteróide substituído para sildenafila devido aos episódios de
hipossaturação; dexametasona 4mg/ml (12/12h) como adreno-corticóide antiinflamatório e
Fentanil (2ml) como sedativo.Não foi realizado cultura, porém suspeitava-se de sepse fúngica
substituindo Tazocin 2,25g por Meropenem 500mg (8/8h); bactericida de amplo espectro e
infecções do trato respiratório superior; Vancomicina 500mg (8/8h); bactericida para bactérias
gram positivas e bacteriostático para Enterococos; e Anfotericina B (24h),antifúngico de amplo
espectro. Para a displasia bronco pulmonar foram utilizado os diuréticos Furosemida, e
Espironolactona, Sildenafila como potente atuante facilitador das trocas gasosas. As
hemoculturas e urino-culturas realizadas não apresentaram fungos nem bactérias, contrariando
quadro clínico, sendo suspenso Anfotericina B. Devido a presença de eosinofilia causada pela
Vancomicina,evidenciando um resultado negativo a medicação, esta foi substituída pela
Teicoplanina 200mg em associação com Meropenem, já em uso. Além disso, foi observado
que a hipermagnesemia é um resultado negativo do uso de Meropenem,porem seu uso não foi
suspenso. A neutropenia e plaquetopenia presente foram causados pelo uso de Tazocin,
também caracterizando um resultado negativo a medicamentos, sendo necessário avaliação
periódica através de exames. A displasia bronco pulmonar é uma doença resultante de lesões
pulmonares ocasionadas por infecções ou acúmulo de líquidos,dificultando a respiração. Em
recém nascidos prematuros, é feito uso de ventilação mecânica,podendo causar uma
inflamação pulmonar danificando o desenvolvimento normal dos pulmões. A hipertensão
pulmonar ocorre quando a pressão arterial encontra-se elevada nos pulmões,dificultando as
trocas gasosas podendo ocorrer episódios de alcalose e acidose respiratória,bem como
excesso de oxigenação(hiperóxia) causado por uso prolongado de ventilação mecânica. É de
extrema necessidade e importância a atuação de uma Comissão de Controle de Infecções
Hospitalares mais rigorosa e presente, de uma equipe multidisciplinar na unidade de terapia
intensiva com a atuação do Farmacêutico Clínico identificando e solucionando os
PRMs,potencias ou reais, e RNMs; e intervindo na terapia farmacológica para uma melhoria do
quadro clínico do paciente.
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PC 76 - ANÁLISE DAS PRESCRIÇÕES DE ANTIMICROBIANOS EM UTI’s DE UM
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
CLÉCIA MARIA CARVALHO DE OLIVEIRA, 1LUCIANE COSTA CALDAS, 2JULIANA SANTOS
ROCHA
1
1
Farmacêuticas do Hospital Universitário Oswaldo Cruz, Recife-PE
Aluna do curso de Mestrado em Ciências Farmacêuticas da Universidade Federal de
Pernambuco
2
Introdução Uma das principais preocupações mundiais quanto ao uso racional de
medicamentos está relacionada à utilização de antimicrobianos. Seu uso inadequado é fator
determinante para a disseminação da resistência bacteriana, principalmente em hospitais, onde
sua utilização é mais prevalente. Dentre as diversas estratégias na área da utilização e
monitorização do uso de medicamentos, destacam-se os estudos de controles de
antimicrobianos. Os prescritores exercem um importante papel na promoção do uso racional de
medicamentos, de modo que a análise de seus hábitos de prescrição proporciona o
conhecimento de aspectos da qualidade da terapia. Consequentemente, permite identificar
problemas, implantar medidas corretivas e educativas e avaliar o impacto da adoção dessas
medidas. A UTI concentra os pacientes clínicos ou cirúrgicos mais graves da população
hospitalar, de maneira que quase todos apresentam doenças ou condições de clínicas
predisponentes às infecções, desta forma, o uso de antimicrobianos nessa unidade hospitalar é
bastante disseminado. Objetivo Este trabalho teve como objetivo descrever o perfil de
consumo de antimicrobianos nas Unidades de Terapia Intensiva do Hospital Universitário
Oswaldo Cruz, no período de julho a setembro de 2011. Material Foi realizado um estudo
descritivo e retrospectivo onde foi avaliada a utilização de antimicrobianos de uso restrito nas
Unidades de Terapia Intensiva do Hospital Universitário Oswaldo Cruz. Esses dados foram
coletados através do Sistema informatizado de dispensação de antimicrobianos para os
pacientes internados e consulta de dados obtidos nos controles de antimicrobianos
encaminhados à Farmácia de Dispensação Interna. Resultados Nos dados obtidos,
identificamos que 69% dos pacientes em uso de antimicrobianos eram do sexo masculino, com
idade entre 0-21 anos. Em relação ao perfil dos antimicrobianos, foi observado que 98% destes
foram prescritos de forma empírica sem a análise do antibiograma e que as classes mais
prescritas foram Penicilinas, Carbapenênicos e Antifúngicos, e dentre eles destacaram-se:
Fluconazol, Meropenem, Piperacilina+tazobactam e Vancomicina. Registramos também que o
tempo de uso em 75% dos casos está entre 7 a 14 dias de tratamento. Conclusão Após a
análise dos dados obtidos, pudemos verificar que devido à gravidade dos pacientes atendidos
nas UTI´s deste hospital, os médicos prescrevem antimicrobianos mais potentes sem esperar o
resultado do antibiograma, aumentando com isso, a probabilidade de resistência bacteriana.
Por outro lado, com o conhecimento do perfil de sensibilidade do agente bacteriano,
estaríamos promovendo o uso racional de medicamentos e evitando o aumento da resistência
bacteriana no ambiente hospitalar.
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PC 77 - A CONTRIBUIÇÃO DA ATENÇÃO FARMACÊUTICA PARA A RACIONALIZAÇÃO
DA FARMACOTERAPIA: UM RELATO DE CASO
QUIRINO, CRISTIANE GARGANO ETEROVICK; PEREIRA, ANA PAULA OLIVEIRA1;
NASCIMENTO, YONE DE ALMEIDA.2
1
: Bolsista da Clínica de Atenção Farmacêutica do Centro Universitário Newton Paiva (CUNP);
: Professora responsável pela Clínica de Atenção Farmacêutica do CUNP
2
Descrição do caso: C.B.F., 85 anos, sexo feminino, foi encaminhada para o serviço de
atenção farmacêutica em 2011; paciente compreende a farmacoterapia e usa os medicamentos
corretamente. Apresenta: 1) hipertensão arterial em uso de espironolactona 50mg 1/0/0 (PA de
130 x 70mmHg; 2) dislipidemia (CT 144 LDL 68 HDL 45 TG 144 mg/dL) em uso de
pravastatina; 3) anemia ferropriva em uso de ferromaltose 100mg ferro elementar 0/0/1 (VCM
77,7; HCM 25,2; Ferritina 8,5; RDW 16,0%; microcitose e anisocitose); 4) hipotiroidismo em uso
de levotiroxina 75mcg 1/0/0 (TSH=2,66 μUi/mL); 5) osteopenia (densitometira em 09/05/2007
escore T= -2,0; em 12/04/2011 escore T - 2,3, ambos em fêmur total) em uso de fosfato de
cálcio tribásico 600mg+vitamina D 400UI 0/1/0; 6) história de trombose venosa profunda há 5
anos; em uso de cilostazol 100mg 1/0/1, AAS 100mg 0/1/0, buflomedil 300mg 0/1/0; 7) hérnia
de hiato e DRGE em uso de lanzoprazol (IBP) 15mg 1/0/0 e sucralfato 1g 0/1/0 (sem queixas
gástricas); 8) osteoatrite em uso de glucosamina+condroitina 1500+1200mg 1/0/0; 9) usa
cianocobalamina 5000mcg associada (vitamina B12 216 pg/mL). Os medicamentos para os
distúrbios 1, 2 e 3 foram prescritos pelo cardiologista, para os distúrbios 4 e 5 pelo
endocrinologista, para o 6 pelo angiologista, para o 7 pelo gastroenterologista, para os
distúrbios 8 e 9 pelo ortopedista. Avaliações: Para cada um dos medicamentos verificou-se a
necessidade, efetividade, segurança e conveniência: 2) a pravastatina pode ter o seu efeito
aumentado pelo lanzoprazol, mas dentre as estatinas é uma opção com menor potencial de
interação e é efetiva; 3) PRM 4 (interação entre o ferro e o lanzoprazol); os íons de ferro
requerem meio ácido para serem absorvidos; 4) Risco PRM 4 (interação entre sucralfato e
levotiroxina); o sucralfato diminui a absorção da levotiroxina; separar o horário de
administração parece não prevenir essa interação, recomenda-se evitar o uso ou aumentar a
dose da levotiroxina; 5) PRM 4 (interação do cálcio com o lanzoprazol); os sais fosfato
requerem meio ácido para sua absorção; o uso crônico de IBP se associa com o aumento do
risco de fraturas, mas a paciente não tolera a retirada do mesmo; 7) PRM 1 (ausência de
indicação - sulcralfato); estudos em DRGE mostram resultados inconsistentes, não sendo
recomendado; os sais de alumínio se associam com a osteoporose; sua administração deve
ser separada de outros fármacos em pelo menos duas horas; 9) Risco 4 (interação): o uso
crônico de IBP podem diminuir a absorção da vitamina B12 proveniente dos alimentos; não se
sabe se o mesmo ocorre com a cianocobalamina por via oral. Intervenções: a paciente foi
encaminhada para um geriatra e foram realizadas sugeridas as seguintes alterações em sua
farmacoterapia para resolver/prevenir os PRM descritos: usar o ferro por via injetável; usar o
citrato de cálcio, que é absorvido na presença de acloridria; suspender o sucralfato; fazer a
reposição de vitamina B12 por via intramuscular. Conclusões: o farmacêutico, ao se
responsabilizar pela farmacoterapia do paciente, contribui de forma significativa para a
racionalização da farmacoterapia.
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PC 78 - ATENÇÃO FARMACÊUTICA NA ASSISTÊNCIA AO PACIENTE COM HEPATITE
VIRAL CRÔNICA: RELATO DE CASOS
Autores: NASCIMENTO, YONE DE ALMEIDA1,2; TEIXEIRA, ROSÂNGELA1,3; CRUZ, LETÍCIA
GONÇALVES1,2; SANTOS, TAYANE OLIVEIRA1,2; SILVA, LUCIANA DINIZ1,3.
¹Ambulatório de Hepatites Virais (AHEV/IAG/HC/UFMG); 2Centro Universitário Newton Paiva
(CUNP); 3Departamento de Clínica Médica (UFMG);
DESCRIÇÃO DOS CASOS Caso 1: Mulher, 41 anos, com história familiar de diabetes mellitus
e câncer gástrico. Apresenta HCB, glaucoma e depressão. Relatou dor em membros inferiores
e sensação de fraqueza e tontura, aliviados pela ingestão de alimentos, sintomas que surgiram
com a introdução do tenofovir 300mg (0/0/1). Usa amitriptilina 25mg (0/0/2) e fluoxetina 20mg
(2/0/0). Foi prescrito timolol 0,5% (1/0/1), que usa a dose da manhã e travoprosta 0,04%
(0/0/1), que relata esquecer de usar. Usa omeprazol 20mg (1/0/0), à refeição. Caso 2: Mulher,
62 anos, com história de câncer de intestino e múltiplas fraturas, apresenta HCB, artrite
reumatóide, osteoartrite, osteoporose, labirintite, depressão e constipação crônica. Usa
entecavir 0,5 mg (1/0/0) às refeições. Não usa a prednisona 5mg (1/0/0). Prescrito cálcio
elementar 600 mg + vitamina D3 400UI (0/2/0). Usava ainda fluoxetina 20mg (2/0/1) e
omeprazol 20mg (1/0/0) à refeição. AVALIAÇÕES Caso 1: Suspeitou-se de dois PRM 5A
(efeito indesejável não relacionado à dose): hiperglicemia e miosite com o uso de tenofovir. Foi
identificado PRM 2 (necessidade de profilaxia), pois tanto o tenofovir como o omeprazol se
associam com o desenvolvimento de osteoporose. Em relação aos antidepressivos,
considerou-se a presença de um PRM 1 (uso de múltiplos medicamentos quando apenas um
resolveria). Em relação aos colírios, identificou-se dois PRM 7 (paciente não compreendeu as
instruções e se esquece de utilizar). Ainda, identificou-se um PRM 4 (interação do omeprazol
com alimentos), uma vez que esse medicamento deve ser administrado uma hora antes das
refeições. Caso 2: Identificados dois PRM 4 (interação do entecavir e do omeprazol com
alimentos); o entecavir deve ser usado duas horas antes ou depois das refeições pois a AUC
pode ser reduzida em 20%. Verificou-se ainda a presença de um PRM 7 (paciente prefere não
usar a prednisona). Novamente verificou-se a presença de PRM 4 (interação entre o cálcio e o
omeprazol); o carbonato de cálcio é melhor absorvido em pH ácido. Verificou-se a presença de
um PRM 2 (necessidade de medicamento adicional) para tratamento da osteoporose, uma vez
que a paciente apresenta um quadro grave devido a presença de múltiplas fraturas. A
fluoxetina estava em dose alta (PRM 6), uma vez que esse medicamento deve ser ajustado na
presença de disfunção hepática; recomenda-se uma redução de 50% da dose.
INTERVENÇÕES Caso 1: Foram solicitadas glicemia de jejum e creatinofosfoquinase para
confirmação dos problemas de segurança. Foi encaminhada para a psiquiatria para avaliação
dos antidepressivos. Em relação aos PRM identificados com o uso dos colírios e do omeprazol,
a paciente foi orientada em relação ao uso correto dos mesmos. Caso 2: paciente orientada
em relação ao uso correto do entecavir e da necessidade da prednisona. Sugerido a prescrição
de sal de cálcio mais solúvel na presença de acloridria. CONCLUSÕES: Verificou-se a
presença de PRM na maioria dos transtornos apresentados pelas pacientes. Vários problemas
foram resolvidos por meio da orientação ao paciente, mas o trabalho em equipe propiciou
rapidez às intervenções que necessitam de alterações na farmacoterapia prescrita. Os
exemplos alertam para a alta prevalência de PRM no tratamento das comorbidades associadas
às hepatites e reitera a importância do gerenciamento da terapia farmacológica e da atenção
farmacêutica na atividade clínica interdisciplinar e multiprofissional.
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PC 79 - UTILIZAÇÃO DAS FERRAMENTAS DA QUALIDADE PARA DEFINIÇÃO DAS
ESTRATÉGIAS DE GESTÃO
SILVA, R.C.G; CAMARGO, A.L.R.F.;GALANTE, M.C.; MONTANO, L.C.C.; SANTOS, V.G.;
CUNHA, G.W.B.
Instituto do Coração - HC- FMUSP
Introdução: Os serviços farmacêuticos hospitalares têm por objeto o conjunto de atividades
farmacêuticas exercidas para assegurar a qualidade, eficácia e segurança à terapia
medicamentosa. Cada vez mais a implementação da melhoria dos serviços farmacêuticos e
uma melhor exposição do bom profissional, responde à carência do sistema e cumpre uma
exigência global do setor. Deste modo, os líderes dos sistemas de saúde devem escolher
métodos para examinar como implementar seus recursos, a fim de garantir que os esforços do
serviço de farmácia estejam alinhados com as necessidades mais urgentes dos pacientes e
das instituições. O objetivo é utilizar as ferramentas da qualidade com propósito de coletar,
processar e explorar informações necessárias para manter ou melhorar resultados, buscando
aprimorar a integralidade nas ações de saúde, incluindo o acesso com qualidade aos
medicamentos. Metodologia: Utilização de estratégias e ferramentas de gestão para
qualidade, tais como: análise SWOT [Stregths (pontos fortes), Weaknesses (pontos fracos),
Opportunities (oportunidades), Threats (ameaças)]; brainstorming (tempestade de idéias);
matriz GUT (Gravidade, Urgência e Tendência); e, 5W2H [What (o quê implementar), Why (por
quê), How (como), Where (onde), Who (quem), When (quando), How much (quanto custará),
How (como executar)]; para elaboração de plano de melhorias em um Consultório
Farmacêutico do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da
Universidade de São Paulo. Resultados: Realizamos um brainstorming e seu resultado passou
por uma análise quanto sua aplicabilidade para o plano de melhorias. A partir das idéias
selecionadas, utilizamos a análise SWOT, e, então foi elaborada uma planilha com
classificação do problema quanto “Externo/Interno” para identificar o setor responsável pela sua
causa/implementação. Devido à necessidade consensual de priorização dos processos,
realizou-se a análise crítica dos dados coletados, através da matriz de decisão GUT. Com a
utilização das ferramentas da qualidade, foi elaborado um plano de ação no formato 5W2H. A
partir dele, as propostas a serem colocadas em prática tiveram o embasamento e
direcionamento necessário. Comunicamos e treinamos a equipe para a implementação do
mesmo e o controle das ações de melhoria será realizado pelo gerente, que deverá garantir a
execução e o alcance dos resultados. Conclusão: A necessidade de se adequar às exigências
atuais, a otimização e a garantia de qualidade tornam-se condições básicas para a
implementação de melhoria nos serviços farmacêuticos prestados. A utilização das ferramentas
da qualidade é fundamental para identificação das dificuldades e deficiências dos processos.
São, portanto, essenciais facilitadoras e, ao mesmo tempo, organizadoras dos projetos a serem
cumpridos.
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PC 80 - INCOMPATIBILIDADES ENTRE MEDICAMENTOS INTRAVENOSOS EM UMA
UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
SOARES, DANIELLY BOTELHO1,2; LEITE, GABRIELA PEREIRA3; ROSA, MÁRIO
BORGES2,4;NASCIMENTO, MARIANA MARTINS GONZAGA DO2,5; PEREIRA, MARIANA
LINHARES1
1 - Faculdade de Farmácia - Universidade Federal de São João Del-Rei, Campus Centro-Oeste
(UFSJ-CCO), 2 - Instituto para Práticas Seguras no Uso de Medicamentos (ISMP Brasil) 3 Hospital Israelita Albert Einstein, 4- Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (FHEMIG),
5 - Centro de Pesquisa René Rachou/Fundação Oswaldo Cruz (CPqRR/FIOCRUZ)
Erros de Medicação (EM) graves costumam estar associados à administração intravenosa (IV)
de medicamentos. Este é um recurso indispensável em Unidades de Terapia Intensiva (UTI)
que proporciona uma biodisponibilidade sanguínea imediata do fármaco e, assim, expõe
pacientes a um risco mais elevado de danos. Neste contexto, incompatibilidades entre
medicamentos IV são identificadas como um EM que deve ter prioridade em medidas de
melhorias da assistência prestada. No entanto, a carência de informações específicas sobre
sua prevalência em UTI justifica a realização de estudos como este, com o objetivo de
determinar o perfil de uso de Medicamentos Potencialmente Perigosos (MPP) e outros
medicamentos IV além da frequência de EM envolvendo incompatibilidades. Trata-se de um
estudo descritivo, transversal, quantitativo, realizado na UTI de um hospital geral público de
urgência-emergência em Belo Horizonte-MG. Foram incluídos no estudo todos pacientes
adultos no seu segundo dia de admissão na UTI. Realizou-se uma coleta de 37 dias em
formulário próprio validado de dados a respeito dos medicamentos administrados via IV no
momento da observação, detalhes sobre via e forma de administração, bem como dados sobre
incompatibilidades entre os pares de medicamentos co-administrados (na mesma bolsa, via
conexão Y ou torneira de três vias) e instabilidades físico-químicas. Os medicamentos
obsevados foram classificados como MPP ou não de acordo com a lista de “High-Alert
Medications” do ISMP. A identificação das incompatibilidades e instabilidades foi realizada a
partir de consulta às bulas das especialidades e ao software Micromedex. Foram observados
100 pacientes aos quais estavam sendo administrada uma média de 3,6 medicamentos IV. Do
total de 355 medicamentos administrados, 83% foram classificados como MPP. 99% dos
pacientes fazia uso de pelo menos um MPP. Das bulas analisadas, 58% não possuía
informações sobre incompatibilidade medicamento-diluente, 44% sobre incompatibilidade
medicamento-medicamento e 68% sobre instabilidade. Levando-se em conta a velocidade de
infusão, dois medicamentos apresentaram instabilidade potencial. Apenas uma
incompatibilidade medicamento-diluente e quatro incompatibilidades medicamentomedicamento foram detectadas. Por meio da observação direta dos medicamentos
administrados, detectou-se uma reduzida frequência de instabilidades e incompatibilidades; um
cenário menos preocupante quando comparado a estudos que avaliam incompatibilidades
potenciais via análise da prescrição. A ausência de dados nas bulas foi um fator limitante do
estudo que levou à consulta de uma referência internacional (Micromedex) que, por sua vez,
apresenta dados sobre marcas não comercializadas no Brasil que devem ser avaliados de
forma crítica e ter seu impacto clínico devidamente acompanhado.
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PC 81 - AVALIAÇÃO DAS DIFERENTES
FARMACOTÉCNICA
HOMEOPÁTICA
PARA
HOMEOPÁTICOS
METODOLOGIAS
IMPREGNAÇÃO
UTILIZADAS NA
DE
GLÓBULOS
SOARES, MARIANA; NUNES, ROBERTA DA SILVA; LAILA, HANAN; CRUZ, CARLANA;
MENEZES, ANA PAULA
Universidade da Região da Campanha
A ciência Homeopatia preconizou um medicamento sob forma diluída e dinamizada capaz de
estimular a força vital orgânica embasado no principio da similitude, ou seja, a mesma
substância que é capaz de levar a doença também é capaz de curar. Dentre as fórmulas
farmacêuticas homeopáticas disponíveis, os glóbulos homeopáticos se destacam pela grande
facilidade na administração, principalmente a pacientes infantis. Existem critérios padronizados
de produção que asseguram a qualidade das formas farmacêuticas aviadas em todo o âmbito
nacional que estão descritos na Farmacopéia Homeopática Brasileira (FHB) e no Manual de
Normas Técnicas (MNT). O objetivo deste estudo foi avaliar a homogenidade do processo de
preparo dos glóbulos homeopáticos após a impregnação de insumo ativos, através dos
métodos de impregnação descritos na literatura, correlacionando os caracteres organolépticos
(cor e odor) com o tempo de homogeneização e tipo de secagem do produto final (ambiente ou
estufa). Para impregnação dos glóbulos foi utilizada solução hidroalcóolica (96%) com azul de
metileno a 10%. Os glóbulos foram impregnados pelos métodos de impregnação simples (IS)
(FHB) e tríplice (IT) (FHM e MNT). Para cada método fez-se dois grupos de glóbulos (20g),
sendo um destinado à secagem em ambiente (1h a 25ºC) e outro em estufa (10’ a 50ºC). Em
ambos, durante o processo de homogenização, utilizou-se os tempos de 20’’ e 1 minuto que
não estão padronizados pelas literaturas. Cinco voluntários observaram as características
relacionadas ao odor a álcool do produto acabado e a uniformidade da coloração azul. Do total
de participantes, tanto para os métodos de IS quanto IT, a secagem estufa resultou em
ausência em odor a álcool (100%), já na secagem ambiente, um dos sujeitos sentiu cheiro a
álcool nos glóbulos homeopáticos. Em relação a uniformidade de cor, verificou-se que no
método da impregnação simples 60% dos participantes acharam melhor a uniformidade de cor,
glóbulos com o maior tempo de homogenização (1 minuto), sendo que para a impregnação
tríplice, todos os sujeitos concordaram que o maior tempo de homogenização levou a melhor
uniformidade de cor. Quando comparados os métodos de impregnação (IS e IT) para os dois
tempos de homogenização dos glóbulos, todos tiveram a percepção de que o método da
impregnação tríplice resultou em maior uniformidade de coloração. Os achados sugerem que
padronizar o tempo de homogenização nas literaturas descritas se faz necessário uma vez que
o maior tempo levou a melhor uniformidade de cor nos glóbulos homeopáticos.
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PC 82 - MANEJO TERAPÊUTICO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM ANEMIA
FALCIFORME NO NORTE DO ESPIRÍTO SANTO
SABINO , MAYARA FERREIRA ¹, NASCIMENTO, LUCIANA DE CÁSSIA NUNES 2
¹ Aluna do Curso de Graduação em Farmácia, CEUNES/UFES; 2 Docente do Curso de
Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Espírito Santo, UFES.
A anemia falciforme é a doença de caráter hereditário monogênico mais prevalente no Brasil.
As manifestações clínicas dessa doença podem ser atribuídas às alterações da reologia
sangüínea, ou seja, alterações físicas no fluxo sangüíneo ao nível da microcirculação devido,
principalmente, à rigidez das hemácias, resultante da mutação da molécula de hemoglobina.
Assim, este trabalho teve por objetivo conhecer a rotina terapêutica de crianças e adolescentes
portadores de anemia falciforme, internados em um hospital geral do norte do Espírito Santo,
além de caracterizá-los. A população foi composta por nove prontuários de crianças e
adolescentes internados no setor da pediatria com diagnóstico de anemia falciforme, no
período de Julho de 2011 a Fevereiro de 2012. As variáveis estudadas foram: sexo, faixa
etária, raça, tempo de internação, complicações, resultados laboratoriais e terapia
farmacoterapêutica. Os resultados demonstraram que 03 dos pacientes estudados são do sexo
feminino e 06 do sexo masculino. Quanto a faixa etária, houve uma maior freqüência de casos
de internações na faixa etária de 0 a 4 anos, cujo tempo de internação foi de até a 04 dias.
Quanto à raça das crianças e adolescentes internados, a maioria é de pardos, 02 prontuários
não tiveram esses dados preenchidos. Quanto às complicações, 06 dos pacientes
apresentaram crise álgica intensa, 02 pacientes apresentaram crise álgica moderada e 01
paciente não apresentou a dor como causa da internação ou dor presente durante o tempo em
que esteve internado. Estes resultados vêm ao encontro dos dados encontrados na literatura,
que referem a dor como uma complicação bastante frequente na população portadora de
anemia falciforme. Neste sentido, a analgesia foi uma terapia muito presente nas prescrições
dos internados. Entre os medicamentos prescritos estavam a dipirona ou paracetamol para os
09 pacientes. Em 08 crianças foi administrado o ibuprofeno e em 05 crianças o naproxeno.
Outro dado relevante é a utilização de terapia de reidratação para corrigir os déficits e cobrir as
perdas em andamento. Além disso, a antibioticoterapia esteve presente na maioria das
prescrições. Verificou-se que 08 pacientes fizeram o uso de antibióticos de diferentes classes
(beta-lactâmicos e cefalosporinico) e estes dados também coincidem com o que pode ser
encontrado na literatura. Sabe-se que qualquer infecção bacteriana no indivíduo com anemia
falciforme tem grande potencial de evoluir para septicemia, muitas vezes com êxito letal, se não
for tratada precocemente. Os exames laboratoriais realizados nesses pacientes mostraram
uma leucocitose presente em todos os casos, juntamente com uma redução das taxas de
hemoglobinas, características da doença. Neste contexto, pode-se afirmar que os antibióticos
foram prescritos para quase todos os pacientes estudados provavelmente devido à
susceptibilidade a infecção característica desta população e aos riscos associados. Faz-se
necessário ressaltar que não foi constatada hemocultura positiva em nenhum dos casos nos
quais esta investigação esteve prescrita. Conclui-se que os dados coletados neste estudo
foram compatíveis com os achados na literatura no que diz respeito à causa de internação e
manejo medicamentoso de modo geral. Número de registro no Comitê de Ética em Pesquisa:
98/2010
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PC 83 - ATUAÇÃO DO FARMACÊUTICO NO TRATAMENTO DE TRANSTORNOS MENTAIS
EM CENTROS DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL ADULTO
ZANELLA, CAROLINA GOMES; AGUIAR, PATRICIA MELO; STORPIRTIS, SILVIA
Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil
Introdução: Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) podem oferecer diferentes tipos de
atividades terapêuticas que vão além de consultas e do fornecimento de medicamentos, pois
visam também à integração dos pacientes com transtornos mentais na sociedade. A escassez
de estudos no Brasil sobre a atuação do farmacêutico no tratamento de transtornos mentais, o
recente estabelecimento dos CAPS e da prática da Atenção Farmacêutica, mostraram a
necessidade de abordar como o farmacêutico atua e contribui nesse contexto. Desta forma, o
objetivo do presente estudo foi avaliar a infraestrutura disponível em CAPS do Município de
São Paulo; avaliar a atuação do profissional farmacêutico neste ambiente e também a
contribuição de ambos os objetos de estudo no tratamento de pacientes com transtornos
mentais. Métodos: Foram realizadas visitas a oito CAPS do Município de São Paulo para
coleta dos dados que teve como base uma lista de verificação dos itens mínimos de
infraestrutura física, material e de recursos humanos para o funcionamento da unidade, que
foram listados conforme descrito no Guia Saúde Mental no SUS: Os Centros de Atenção
Psicossocial (2004), bem como um questionário aplicado ao farmacêutico responsável de cada
unidade a fim de avaliar sua prática profissional. Para o estudo foram selecionadas duas
unidades CAPS Adulto de cada região do Município de São Paulo: Mandaqui e Brasilândia
(Zona Norte), Vila Clementino e Itaim (Zona Sul), Vila Matilde e Sapopemba (Zona Leste) e
Lapa e Perdizes (Zona Oeste). A região central não dispõe de CAPS, razão pela qual não fez
parte do estudo. Resultados: Verificou-se que a infraestrutura de todas as unidades está de
acordo com as normas exigidas para o seu bom funcionamento, e, portanto, não causam
prejuízo ao tratamento dos pacientes, contribuindo para a inserção dos mesmos na sociedade.
Também foi verificado que todos os CAPS analisados dispõem de um farmacêutico na equipe
multiprofissional que atende o paciente, exceto para um CAPS Adulto avaliado. Observou-se
que não há padronização das atividades que abrangem a Atenção Farmacêutica,
principalmente quanto à Intervenção Farmacêutica e ao Seguimento Farmacoterapêutico,
ficando a critério do profissional farmacêutico realizá-las ou não. Conclusão: No guia de
funcionamento do CAPS Adulto não está declarado que a Atenção Farmacêutica está no
escopo das atividades a serem prestadas, o que pode justificar o fato desta prática não estar
completamente sistematizada e documentada em todas as unidades visitadas e de que não
haja clareza entre os farmacêuticos em relação às definições dos conceitos avaliados. Isto
reforça a necessidade do aprimoramento do farmacêutico para que esteja adaptado à prática
clínica voltada aos pacientes com transtornos mentais.
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PC 84 - ACOMPANHAMENTO FARMACOTERAPÊUTICO DE PACIENTES EM UMA
UNIDADE DE PÓS-TRANSPLANTE: FARMÁCIA CLÍNICA
Martins, B. C. C.; Souza, T. R.; Belarmino, L. R.; Néri, E. D. R.; Fernandes, P. F. C. B. C.;
Garcia, J. H. P.
Hospital Universitário Walter Cantídio - Fortaleza, Ceará
O tratamento farmacoterapêutico instituído no pós-transplante envolve terapias profiláticas,
tratamento de infecções secundárias e controle de rejeição com fármacos imunossupressores.
A partir da monitorização farmacoterapêutica, podem ser realizadas intervenções farmacêuticas
na terapia dos pacientes e avaliação dos resultados. O trabalho obejtiva descrever e analisar o
Acompanhamento Farmacoterapêutico (AFT) realizado pelo farmacêutico clínico em uma
unidade de pós-transplante renal (Tx Renal) e hepático (Tx Hepático) em um Hospital
Universitário de Fortaleza-Ceará. O trabalho avaliou o AFT realizado no período de
janeiro/2012 a abril/2012, na enfermaria de Tx Renal e Tx Hepático, focando o uso de
antimicrobianos e a terapia imunossupressora instituída. Os Resultados Negativos
Relacionados aos Medicamentos (RNM) identificados foram classificados de acordo com o
Terceiro Consenso de Granada (2007). Foram acompanhados 36 pacientes (Tx Hepático:
n=17, 47,2%; Tx Renal: n=19, 52,8%), a média de dias de internação pós-transplante foram de
14 dias e a principal causa de transplante hepático foi a hepatite B (n=6; 35,3%), enquanto que
no transplante renal foi Insuficiência Renal Crônica de causa indeterminada (n=8; 42,1%). Os
antimicrobianos mais prescritos foram: ganciclovir (n=16; 21,6%), meropenem (n=12; 16,2%),
teicoplanina (n=11; 15%) e piperacilina+tazobactam (n=7; 9,4%). Já o perfil do uso de
imunossupresores ficou da seguinte maneira: prednisona (n=34; 94,4%), tacrolimus (n=36,
100%) e micofenolato de sódio (n=21; 58,3%). No período do estudo foram identificados 66
RNM, onde destacaram-se problema de saúde não tratado (n=40; 60%), insegurança
quantitativa (n=9; 13%) e inefetividade quantitativa (n=6; 9%). Sendo as principais Intervenções
Farmacêuticas (IF) realizadas foram: alteração na concentração do medicamento (n=9; 13,6%);
substituição por outro medicamento (n=8; 12,9%) e alteração na dose do medicamento
prescrito (n=7; 10,7%). Todas as IF foram realizadas junto a equipe médica. Conclui-se que o
farmacêutico clínico vem contribuindo ao intervir em situações em que o paciente está em risco
de sofrer um problema de saúde associado ao uso de medicamentos pela farmacoterapia
instituída no pós-transplante, evitando o fracasso do tratamento e as complicações da terapia
combinada.
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PC 85 - ATUAÇÃO DO FARMACÊUTICO RESIDENTE EM UMA MATERNIDADE-ESCOLA:
FOCO NAS INTERVENÇÕES FARMACÊUTICAS
Loureiro, Catarine Vitor1; Araújo, Antônio Emmanuel Paiva De1; Martins, Bruna Cristina
Cardoso1; Mascarenhas, Mylenne Borges Jácome2; Dias, Hannah Iório2; Firmino, Paulo Yuri
Milen3;
1- Residência Integrada Multiprofissional em Assistência Hospitalar à Saúde,
Universitários - Universidade Federal do Ceará. 2 - Serviço de Farmácia,
Universitários/Maternidade-Escola Assis Chateaubriand - Universidade Federal do
Programa de Pós-graduação em Ciências Farmacêuticas, Departamento de
Universidade Federal do Ceará.
Hospitais
Hospitais
Ceará; 3Farmácia,
Introdução: A atuação clínica do farmacêutico tem se tornado uma prática cada vez mais
imprescindível no âmbito hospitalar, tendo as intervenções farmacêuticas como instrumento de
orientação para os demais membros da equipe multidisciplinar, além de permitir uma
farmacoterapia segura e eficaz. Diante disso, o presente trabalho tem como objetivo descrever
as intervenções farmacêuticas realizadas pelo residente de Farmácia em uma MaternidadeEscola de Fortaleza-CE. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo, transversal e
retrospectivo no qual foram analisadas as intervenções farmacêuticas realizadas pelo
farmacêutico residente durante a rotina de atividades clínicas no período de junho de 2011 a
abril de 2012. As intervenções realizadas foram registradas em um formulário elaborado pelo
Serviço de Farmácia da Instituição. Os dados registrados foram inseridos e analisados no
programa Excel 2007. As Intervenções Farmacêuticas foram classificadas segundo Sabater
(2005). Os Problemas Relacionados a Medicamentos (PRM) e os Resultados Negativos
Associados à Medicação (RNM) identificados foram classificados de acordo com o Terceiro
Consenso de Granada (2007). Resultados: Durante o período analisado, foram identificados
82 PRM dentre os quais se destacaram erro de prescrição (29,3 %), acesso ao medicamento
(17,1%) e interação medicamento-alimento (12,2%). A análise dos PRM revelou que 64 (78%)
representavam RNM com potencial risco de ocorrerem e 18 (22%) se classificaram como RNM
reais. Os RNM mais prevalentes se apresentaram como inefetividade quantitativa (25,6%),
problema de saúde não tratado (21,9%) e insegurança não quantitativa (18,3%). Foram
realizadas 60 Intervenções Farmacêuticas (IF), sendo a maioria (91,7%) realizada de forma
verbal. Os principais profissionais contatados durante as IF foram o médico (73,3%) e o
enfermeiro (20%). As principais intervenções realizadas foram mudança do esquema de
administração (26,6%), substituição de um fármaco (21,7%) e adição de um fármaco ao
tratamento (18,3%), sendo 66,6% das intervenções aceitas. Conclusão: Os resultados
apresentados demonstram a importância do farmacêutico residente em unidades hospitalares,
uma vez que o mesmo realiza atividades clínicas que visam à eficácia do tratamento proposto,
segurança do paciente e melhoria da qualidade de vida do mesmo durante a internação
hospitalar.
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PC 86 - CONCILIAÇÃO MEDICAMENTOSA NA ADMISSÃO HOSPITALAR DE PACIENTES
PÓS-TRANSPLANTE RENAL E HEPÁTICO
Martins, Bruna Cristina Cardoso; Souza, Thalita Rodrigues; Belarmino, Lívia Romão; Néri,
Eugenie Desirèe Rabelo; Fernandes, Paula Frassinetti Castelo Branco Camurça; Garcia, José
Huygens Parente
Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC)
A conciliação de medicamentos tem demonstrado ser uma importante estratégia para reduzir
erros de prescrição, riscos potenciais ao paciente e custos no atendimento. Consiste no
processo formal de adequação do plano farmacoterapêutico a partir da comparação entre a
lista exata e completa de medicamentos que o paciente estava utilizando previamente e a
prescrição farmacoterapêutica na admissão hospitalar ou na alta. O objetivo do trabalho é
apresentar os resultados obtidos com a conciliação medicamentosa na admissão de pacientes
pós-transplante renal e/ou hepático pelo farmacêutico em um Hospital Universitário em
Fortaleza, Ceará. Caracteriza-se como um estudo retrospectivo e descritivo das conciliações
medicamentosas realizadas por residentes farmacêuticos durante a admissão na unidade de
transplante renal e/ou hepático no Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC) FortalezaCeará, durante o período de março/2010 a abril/2012. A lista de medicamentos utilizados pelos
pacientes transplantados foi obtida através da prescrição médica e entrevista com os
pacientes. Todas as conciliações foram registradas em formulário apropriado baseado no
instrumento utilizado no Hospital Universitário San Dureta localizado na Espanha e
posteriormente analisadas no programa Epi Info v. 3.5.1. Nessa ficha são registrados os
seguintes dados: o nome do medicamento; concentração; posologia; indicação do tratamento.
Na admissão, esses dados são obtidos diretamente com o paciente quando questionados
quais medicamentos são utilizados em seu domicílio, sendo então, esses dados confrontados
com a prescrição atual do paciente, analisando-se individualmente cada medicamento e
observando se estes eram discrepantes. No período do estudo, foram conciliados os
medicamentos de 80 pacientes (n=43 pós-transplante hepático e n=37 pós-transplante renal).
Sendo conciliados 213 medicamentos que estavam discrepantes. Os medicamentos mais
conciliados pertencem a classe dos normoglicemiantes orais e os antivirais utilizados para
profilaxia da hepatite B nos transplantados. Todas as conciliações foram efetivadas, a partir de
contato com a equipe médica. Conclui-se que através das intervenções realizadas, durante a
conciliação medicamentosa, sobre as discrepâncias na farmacoterapia pelo farmacêutico
possibilita a interceptação e correção dos erros.
E-MAIL PARA CONTATO: [email protected]
PC 87 - FARMACÊUTICO CLÍNICO: ÊXITO INTEGRAL
Abi-Haila Rodrigues, Mitzi
Este trabalho teve o propósito de revisar a literatura e avaliar o êxito da intervenção
farmacêutica na terapia medicamentosa dos pacientes hospitalizados, assim como os pontos
deficientes na interdisciplinaridade durante a prescrição, dispensação e administração dos
medicamentos. Pois a qualidade da melhoria do paciente e o uso adequado de medicamentos
estão diretamente relacionados à qualidade do serviço de saúde prestado no local hospitalar.
Sabe-se que a cada ano mais fármacos são descobertos e prescritos, com isso a variedade
terapêutica aumenta. Precisam-se avaliar os medicamentos mais adequados para as
patologias de diversos pacientes. Sendo assim, nada melhor que um bom farmacêutico clínico
estudando o paciente concomitante ao médico. O presente estudo baseou-se em 80 artigos
presentes na literatura científica, desde 1993. Notou-se a escassez de registros das
intervenções realizadas, pois os farmacêuticos têm atuado apenas no âmbito administrativo,
entretanto precisa ser clínico e interdisciplinar. Nas atuações clínicas realizadas, obteve-se a
diminuição do tempo de internação do paciente, economia com medicamentos, e tornaram-se
raros os efeitos adversos das interações medicamentosas. Contudo, muitos farmacêuticos
aconselham friamente o paciente e/ou o médico, ou seja, sem ações que aprimorem o uso
adequado dos fármacos. Todavia, entende-se por Pharmaceutical Care Service (seguimento
farmacoterapêutico) como identificação e resolução das dúvidas medicamentosas ou enfermas,
concomitante do planejamento de cuidados que melhorem a qualidade de vida do paciente.
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PC 88 - ATENÇÃO FARMACÊUTICA PARA
INTERVENÇÕES FARMACÊUTICAS REALIZADAS
PACIENTES
TRANSPLANTADOS:
Martins, B. C. C.; Souza, T. R.; Néri, E. D. R.; Luna, A. M. P. T.; Fernandes, P. F. C. B. C.;
Garcia, J. H. P.
Hospital Universitário Walter Cantídio - Fortaleza, Ceará
A abordagem multidisciplinar é essencial para garantir um atendimento adequado à realidade
do paciente transplantado. O farmacêutico pode realizar as atividades clínicas voltadas aos
pacientes pós-transplante que não estão hospitalizados através do serviço de Atenção
Farmacêutica no ambulatório. O objetivo desse trabalho é apresentar as Interverções
Farmacêuticas (IF), realizadas em um serviço de Atenção Farmacêutica (ATENFAR) nos
ambulatórios de pós-transplante renal e hepático de um Hospital Universitário em Fortaleza-Ce.
Trata-se de um estudo de intervenção, descritivo e retrospectivo, realizado durante o
atendimento farmacêutico nos ambulatórios de pós-transplante do Hospital Universitário Walter
Cantídio da Universidade Federal do Ceará (HUWC/UFC), em Fortaleza-Ceará no período de
abril de 2011 a outubro de 2011. As IF foram classificadas de acordo com Sabater et al. (2005)
e a significância destas de acordo com Farré et al (2000) e os Resultados Negativos
associados a Medicamentos (RNM) de acordo com o Terceiro Consenso de Granada (2007).
Foi utilizado o programa Epi Info v. 3.5.1 para realizar as análises dos dados e os testes de
hipótese foram feitos no programa SigmaPlot v. 10.0. O teste estatístico utilizado para análise
da amostra foi o qui-quadrado (X²). O valor de significância considerado para as análises
comparativas foi de p<0,05. Foram acompanhados 97 pacientes, sendo realizadas 54
intervenções nas quais 63,0% (n=34) no pós-transplante renal e 37% (n=20) no pós-transplante
hepático, na realização destas intervenções somente 3,7% (n=2) não foram aceitas, a principal
classe contatada foi a médica (48,1%; n=26). Foram identificados os seguintes RNM: Problema
de saúde não tratado (48%, n=26); Inefetividade quantitativa (18%, n=10); Insegurança não
quantitativa (17%, n=9); Insegurança quantitativa (13%, n=7); Inefetividade não quantitativa
(4%, n=2). Os medicamentos envolvidos com maior frequencia foram: tacrolimus (n= 6; 11,1%);
nistatina (n=5; 9,2%); insulina, omeprazol, prednisona, sulfametoxazol+trimetoprima (n=4;
7,4%). De acordo com a classificação realizada por Sabater et al. as principais IF realizadas
foram na educação do paciente sobre o tratamento (n=26; 48%); intervenção na dose do
medicamento (n=15; 27,8%); intervenção na estratégia farmacológica (n=13; 24,2%) (p<0,05).
Já enquanto a significância, classificada segundo Farré et al. todas as intervenções foram
apropriadas, sendo que 57,4% (n=31) das IF realizadas no período do estudo mostram ser
significantes, 18,5% (n=10) foram classificadas como muito significantes e 24,1%(n=13)
categorizadas como extremamente significantes (p<0,05). Conclui-se que o farmacêutico,
através do exercício da ATENFAR tem papel fundamental na obtenção de resultados clínicos
favoráveis, ao monitorar a farmacoterapia e intervir quando for necessário, além da integração
do farmacêutico a equipe multiprofissional.
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PC 89 - SERVIÇO DE SEGUIMENTO FARMACOTERAPÊUTICO
CORONARIANA DE UM HOSPITAL DE BELO HORIZONTE
EM
UNIDADE
BARROSO, VANUSE DE PAULA RAMOS1; NASCIMENTO, MARIANA MARTINS GONZAGA
DO2
1 - Hospital Madre Teresa
2 - Centro de Pesquisa René Rachou/Fundação Oswaldo Cruz (CPqRR/FIOCRUZ)
No Brasil, as doenças cardiovasculares têm sido a principal causa mortis. O controle das
doenças cardiovasculares envolve, na maioria das vezes o uso de múltiplos medicamentos,
conferindo elevada complexidade ao processo de prescrição e gerando a necessidade de
avaliação deste processo bem como o delineamento de um serviço de seguimento
farmacêutico que vise otimizar e individualizar a farmacoterapia e reduzir as chances de
ocorrência de eventos adversos. Frente a todas estas questões, o presente estudo teve por
objetivo descrever um serviço de seguimento farmacoterapêutico de pacientes internados na
unidade coronariana de um hospital geral filantrópico de Minas Gerais. O Estudo observacional
descritivo do serviço de seguimento farmacoterapêutico dos pacientes internados na Unidade
Coronariana foi realizado em um hospital geral filantrópico de grande porte de Belo Horizonte Minas Gerais. Foi analisado o perfil demográfico dos pacientes incluídos no serviço bem como
os problemas farmacoterapêuticos (FT), identificados e classificados segundo método “The
Pharmacist’s Workup of Drug Therapy” (PWDT) e as intervenções farmacêuticas realizadas
(classificadas como aceitas ou não aceitas) no período de setembro/2011 a março/2012. No
período analisado, foram incluídos 779 pacientes no serviço (52,6% do sexo masculino) com
idade média de 65 anos. Foram avaliadas 1868 prescrições e identificados 311 PF sendo 40%
(126) relacionados a problemas de indicação (PRM 1 - 13%; PRM 2 - 27%), 28% (86) a
efetividade (PRM 4 - 28%); 23% (71) a segurança (PRM 5 - 2%; PRM 6 - 21%) e 9% (28) a
conveniência. Cada PRM identificado gerou uma intervenção junto à equipe médica das quais
81% (252) foram acatadas, 17% (52) não foram acatadas e 2% (7) foram aceitas pela equipe,
mas a prescrição não foi alterada por seleção de conduta alternativa. Apesar de não terem sido
analisados os resultados clínicos da terapêutica, o número elevado de PF detectados e
intevernções realizadas apontam a necessidade da implantação e expansão de um serviço
como o aqui descrito, sobretudo quando se tem em vista a vulnerabilidade da população
acompanhada em unidades coronarianas. Além disso, o estudo aponta a necessidade da
atuação crescente do farmacêutico enquanto co-responsável pela farmacoterapia de seus
pacientes em ambiente nosocomial.
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PC 90 - QUALIDADE DE VIDA E ADESÃO EM PACIENTES COM ARTRITE REUMATOIDE
DO HOSPITAL DE CLINICAS/UNICAMP
DANTAS, LARISSA CORDEIRO1, BERTOLO, MANOEL BARROS2, MAZZOLA, PRISCILA
GAVA1, MORIEL, PATRICIA1
1 Departamento de Patologia Clínica, Faculdade de Ciências Médicas, UNICAMP, Campinas,
SP, Brasil
2 Departamento de Clínica Médica, Faculdade de Ciências Médicas, UNICAMP, , Campinas,
SP, Brasil
Introdução: A artrite reumatoide é uma doença autoimune sistêmica, que se caracteriza por
uma sinovite crônica, que atinge principalmente as articulações periféricas das mãos e punhos,
de modo simétrico e progressivo, podendo levar a deformidades significativas. O tratamento
médico normalmente é instituído precocemente para impedir a progressão da doença evitando
assim possíveis deformidades permanentes. O objetivo deste estudo foi avaliar o grau de
adesão ao tratamento e o perfil dos pacientes com artrite reumatoide a fim de discernir
diferenças nos escores de qualidade de vida entre eles. Metodologia: Os pacientes com artrite
reumatoide (n=45) avaliados no Hospital de Clinicas da Universidade Estadual de Campinas
foram comparados nos oito domínios de qualidade de vida pelo SF-36 (Medical Outcomes
Study 36-item Short-Form) e a adesão ao tratamento foi avaliada pelo teste de Morisky-Green.
Tratou-se de um estudo transversal, no qual todas as informações obtidas foram
estatisticamente avaliadas com p-valor <0,05. Resultados: No estudo havia 86,7% de
mulheres, idade média de 51,8 anos, caucasianos 62,2%, morando com marido/esposa ou
companheiro 73,3% e baixo grau de escolaridade 17,7%. A média de medicamentos prescritos
foi de 6,2 com um intervalo de confiança de 95% variando 5.4 ≤ μ ≤ 6.9 por paciente. Os
escores no teste de qualidade de vida mostraram uma baixa pontuação tanto nos quesitos
físico (36,9) como mental (46,7). No teste Morisky-Green 35,6% dos pacientes apresentaram
um alto grau de aderência ao tratamento farmacológico e 93,1% dos que tiveram baixa e média
aderência apresentaram-na de forma não intencional. Conclusão: A maior parte dos pacientes
com artrite reumatoide não apresenta um alto grau de adesão ao tratamento com
medicamentos assim como se pode observar em pacientes com outras comorbidades crônicas.
Os componentes de qualidade de vida apresentaram baixos escores nos quesitos físico e
mental.
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PC 91 - SEGURANÇA DO PACIENTE: FOCO DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA
GARANTIDA PELA INTERVENÇÃO
SOUZA, VANESSA KASUBECK; CARVALHO, CRISTIANA NUNES; SENE, GABRIELA
SIMÕES DIAS; NOWAK, LAIS VIEIRA; ARAUJO, STELA MARIS ANTUNES
Instituição: Hospital Bandeirantes
A Assistência Farmacêutica é uma atividade que tem como foco central a segurança do
paciente, sendo papel do Farmacêutico assegurar o uso racional dos medicamentos. Atuando
em Farmácia Clínica, esse deve realizar a anamnese do paciente junto à reconciliação
medicamentosa, análise das prescrições e dos protocolos inseridos, para então gerar um plano
de intervenções quais devem ser apresentadas à equipe multidisciplinar, equipe essa,
responsável pelas decisões na terapia 1. Esse processo é possível graças aos princípios de
interdisciplinaridade de Jean Piaget, sendo cada dia mais necessário devido a oportunidade de
integração dos conhecimentos 2. A partir do acompanhamento farmacoterapêutico e integração
das equipes, as intervenções farmacêuticas serão ações tomadas para aumentar a efetividade
da terapia e diminuir seus riscos, realizadas por um profissional qual possua noção exata de
seus conhecimentos e do impacto dessa sugestão 3. Objetivo: Demonstrar a importância da
intervenção farmacêutica realizada junto à equipe multidisciplinar para garantir a segurança do
paciente. Método: Trabalho retrospectivo, observacional e descritivo. Foram avaliados em
média 64,34% dos pacientes internados no Hospital Bandeirantes no período de outubro/2011
a março/2012. Esses foram avaliados através da anamnese e de suas prescrições com foco na
estratégia terapêutica. Também foram verificadas as intervenções necessárias para serem
expostas à equipe multidisciplinar. Resultados: Foram acatadas 471 intervenções
farmacêuticas, sendo dessas 47% referentes à estratégia terapêutica (ajuste de dose,
interações medicamentosas, intercambialidade farmacêutica e risco de obstrução de sonda),
9,8% referente a protocolos (broncoaspiração, profilaxia antimicrobiana, risco de queda,
tromboembolismo venoso e úlcera de estresse) e 43,3% referentes a reconciliações
medicamentosas (de transferência, com pacientes internados via Pronto-Socorro e com
pacientes internados em Unidades de Terapia Intensiva).
Através das intervenções
farmacêuticas acatadas, são formuladas novas condutas em toda equipe envolvida. Conclusão:
Garantir a segurança do paciente é papel da equipe multidisciplinar. O Farmacêutico Clínico
como integrante dessa equipe, é responsável pela farmacoterapêutica e pelas intervenções
necessárias para evitar erros e a exposição do paciente a riscos. Com seus conhecimentos
específicos, o Farmacêutico garante o seu espaço, atingindo um maior índice de aceitação das
intervenções o que resulta em um tratamento eficaz.
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PC 92 - O PAPEL DO FARMACÊUTICO JUNTO A EQUIPE MULTIDISCIPLINAR NO
CUIDADO A PACIENTES EM TRATAMENTO CLÍNICO
SOUZA, VANESSA KASUBECK; CARVALHO, CRISTIANA NUNES; SOUZA, DAMARIS DE
LIMA; ARAUJO, STELA MARIS ANTUNES
Instituição: Hospital Bandeirantes
A equipe multidisciplinar está cada dia mais presente nos hospitais devido às acreditações e
aos princípios de integração do conhecimento. Através da ação em conjunto, é possível realizar
a assistência integral ao paciente viabilizando uma terapêutica segura e uma recuperação mais
rápida, mesmo que no cuidado em si haja divisão das responsabilidades 1. Como membro
integrante da equipe, além de responsável pela dispensação de medicamentos, o
Farmacêutico será responsável por garantir a farmacoterapêutica através da entrevista com o
paciente comparando as medicações de uso domiciliar com as da internação, da análise da
prescrição, dos eventuais exames realizados e das observações dos demais membros da
equipe 2. Caso sejam necessárias intervenções nesse processo, o Farmacêutico é o
profissional mais indicado, pois representa uma das possibilidades de corrigir possíveis erros
na farmacoterapêutica 3. Através de um plano de condutas demonstrado à equipe assistencial
e da reestruturação na terapia, é possível atingir sua eficácia. Objetivo: Demonstrar a
importância da atuação do Farmacêutico Clínico na equipe multidisciplinar, garantindo a
eficácia no tratamento dos pacientes assistidos. Método: Trabalho prospectivo, observacional e
descritivo. Foram avaliados 100% dos pacientes selecionados pela equipe e hospitalizados
para tratamento clínico, no período de fevereiro a abril de 2012 em um hospital filantrópico da
região central de São Paulo. Esses pacientes foram avaliados através da anamnese, análise
dos documentos de prontuário e discussões de caso pela equipe multidisciplinar. Em caso de
necessidade de intervenção as mesmas foram realizadas no momento de encontro da equipe.
Resultados: Foram avaliados 65 pacientes, dos quais 53 fizeram uso de medicamentos de alto
risco, 34 de substâncias psicotrópicas, 25 estavam sujeitos a interações medicamentosas e 45
fizeram uso de anti-infecciosos durante a sua internação. A realização da reconciliação
medicamentosa junto à análise da prescrição focada nos itens supracitados foi realizada para
atingir uma terapia eficaz e evitar erros como sobredosagens, exposição ao risco de queda,
emprego incorreto da farmacoterapêutica em geral, ou seja, Problemas Relacionados aos
Medicamentos (PRMs). Conclusão: Como profissional responsável pelo medicamento, cabe ao
Farmacêutico orientar as demais áreas assistenciais quanto ao seu uso racional e seguro. Com
a integração dos conhecimentos e troca dos mesmos, realizados nos encontros promovidos
pela equipe multidisciplinar, contribui-se de forma positiva ao tratamento devido à minimização
da exposição do paciente a riscos e de uma potencial ineficácia terapêutica.
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PC 93 - ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE INTERNAÇÃO POR DOENÇA
FALCIFORME NO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
SABINO , MAYARA FERREIRA ¹, TERESA-GRADELLA, DÉBORA BARRETO2
¹ Aluna de graduação do curso de Farmácia, CEUNES/UFES;
Saúde, CEUNES/UFES
2
Departamento da Ciências da
A anemia falciforme é a doença de caráter hereditário monogênico mais prevalente no Brasil.
As manifestações clínicas dessa doença podem ser atribuídas às alterações da reologia
sangüínea, ou seja, alterações físicas no fluxo sangüíneo ao nível da microcirculação devido,
principalmente, à rigidez das hemácias, resultante da mutação da molécula de hemoglobina.
Assim, este trabalho teve por objetivo verificar o perfil epidemiológico dos casos de internação
por doença falciforme no Estado do Espírito Santo. A coleta de dados foi realizada a partir dos
registros de pacientes internados em hospitais públicos e privados do Estado do Espírito Santo
com diagnósticos de doença falciforme, nos anos de 2001 a 2012. Os dados foram obtidos na
base de dados anuais do SIH/SUS, na versão reduzida. Os casos foram selecionados pela
morbidade, de acordo com a 10ª revisão da Classificação Internacional de Doenças (CID 10).
As informações levantadas no SIH sobre os casos de internações por doença falciforme foram:
sexo, faixa etária, tempo de permanência, freqüência de internação e óbito. A partir dos dados
do SIH/SUS, foram obtidas 1.637 internações, sendo 731 pacientes do sexo feminino e 906 do
sexo masculino. Quanto a faixa etária, os resultados demonstraram que houve uma maior
freqüência de casos de internações na faixa etária de 0 a 4 anos (29,7%), seguida da faixa
etária de 5 a 9 anos (22%), sendo as menores proporções entre 30 e 39 anos (3,2%) e acima
de 40 anos (3,4%). De acordo com a microrregião, 73,3 % dos casos foram encontrados em
Vitória, seguido por 9,8% em São Mateus. Em relação aos óbitos hospitalares, foram
encontrados 16 óbitos no período estudado, sendo o maior número de óbitos na faixa etária de
20 a 29 anos (37,5%), seguida da faixa etária de 0 a 4 anos (25%) e acima de 40 anos (25%).
Os óbitos significaram uma proporção de 0,98% do total das internações. De acordo com o
tempo de permanência hospitalar, na faixa etária de 0 a 9 anos houve predomínio no tempo de
internação de até 4 dias e na faixa etária acima de 15 anos, a freqüência maior do tempo de
permanência hospitalar foi acima de 4 dias. Apesar das limitações envolvendo pesquisa à
banco de dados, este trabalho pode contribuir oferecendo resultados epidemiológicos acerca
de pacientes com doença falciforme no estado do Espírito Santo.
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PC 94 - QUALIDADE DE VIDA E ADESÃO AO TRATAMENTO DE USUÁRIOS DE
PSICOFÁRMACOS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA
SIQUEIRA, GRASIELA RACHEL DE CARVALHO1; VALVERDE, INGRID AMBRÓSIO PIRES
MORAIS1; JORGE, LINCOLN NARDI1; SILVA, MOISES SANTANA1; PAULA, BRUNO FARIA1;
SIMÕES, MARIO HENRIQUE1; SOUZA, WALNÉIA APARECIDA2; PODESTÁ, MÁRCIA
HELENA MIRANDA CARDOSO2.
1. Acadêmicos do curso de farmácia da UNIFAL-MG. 2. Docente da faculdade de ciências
farmacêuticas da UNIFAL-MG
Introdução: É crescente a tendência de utilização de serviços na atenção primária, por
portadores de transtornos mentais. Ainda são escassos os estudos que avaliem o uso dos
serviços com foco na adesão ao tratamento com psicofármacos. Este estudo tem como objetivo
avaliar a qualidade de vida (QV) e adesão ao tratamento medicamentoso dos usuários de
psicofármacos do SUS. Métodos: Trata-se de uma pesquisa quantitativa, exploratória, analítica
e descritiva realizada com usuários de psicofármacos, desenvolvida na Central de Distribuição
de Medicamentos (CDM) de Alfenas-MG onde foram entrevistados 208 usuários de
psicofármacos atendidos no SUS, que responderam aos questionários de caracterização
sóciodemográfica, questionário de QV SF-36, assim como ao Teste de Morisky, Green &
Levine (1986) de adesão ao tratamento. Para a análise dos resultados de QV foi utilizado o
teste t para a diferença entre médias, e para a adesão, teste qui-quadrado a 5% de
significância. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Unifal - MG
(protocolo nº 149/2010). Resultados: Houve predomínio de pacientes do sexo feminino
(72,1%%), 20,2% apresentaram idade superior a 60 anos, 37,5% não completaram o primeiro
grau e 65,4% apresentaram renda familiar de um a dois salários mínimos. Os principais
psicofármacos utilizados foram Clonazepam (19,29%), Fluoxetina (14,47%) e Amitriptilina
(14,15%). A pesquisa revelou que adesão ao tratamento medicamentoso é 39,4%. Não há
diferença estatística da adesão em relação à faixa etária, 40,4% e 35,7 para adultos e idosos
respectivamente (p=0,3533), ou sexo, 40% e 38% para mulheres e homens respectivamente
(p=0,4724). A não adesão ocorre por motivos intencionais (29,37%) e não intencionais (35,7%).
Em relação à QV, o domínio do SF-36 que apresentou mais comprometida foi o aspecto
emocional (43,9) e o melhor índice foi encontrado no domínio aspectos sociais (73,1).
Comparando a QV entre os sexos, houve diferença significativa em três domínios do SF-36:
capacidade funcional (66 ±30 e 77,7± 28,1), dor (58,7±32,1 e 60,4±32,4) e aspectos
emocionais (39,7 ±44,2 e 54±46,7) para sexo feminino e masculino respectivamente, onde os
pacientes do sexo masculino apresentaram valores maiores. Houve diferença significativa nos
domínios aspecto físico (42,3± 44,6 e 57,1± 44,8), estado geral de saúde (58,9± 27 e
66,6±21,8), aspectos emocionais (39±44 e 64,1±45,5) entre adultos e idosos respectivamente,
onde os idosos apresentaram maiores valores dos domínios. Conclusão: A adesão aos
psicofármacos no SUS de Alfenas é baixa e os usuários de psicofármacos apresentaram um
comprometimento geral em sua qualidade de vida. A necessidade de um tratamento contínuo
constitui fator importante na adesão ao tratamento e determinação da QV dessa população.
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PC 95 - A PRÁTICA PROFISSIONAL FARMACÊUTICA EM FARMÁCIAS COM ÊNFASE NA
FILOSOFIA DA ATENÇÃO FARMACÊUTICA
MACHADO, DANUTA ANTUNES1,2; NEVES, LUCIANA LIMA VERDAN1,2; SANTOS, RAFAEL
CAIRÊ DE OLIVEIRA1,2; SANTANA, GLADYS MARQUES2,3; QUEVEDO, MICHELE
PEIXOTO2,4; TAKAHASHI, PATRÍCIA SAYURI KATAYOSE2,4.
1
Especializandos em Atenção Farmacêutica do Instituto Racine; 2 Grupo de Estudo e Pesquisa
em Assistência Farmacêutica do Instituto Racine; 3 Grupo de Investigación en Farmacoterapia
y Atención Farmacéutica (CTS 528) Universidad de Sevilla; 4 Assessoria Técnica de Saúde
Mental Atenção Primária à Saúde (APS) Santa Marcelina; 4 Hospital Universitário da
Universidade de São Paulo;
Introdução. Nos últimos anos, têm sido identificadas muitas iniciativas de implantação da
Atenção Farmacêutica, inclusive no âmbito da farmácia comunitária, em várias regiões do
Brasil. Apesar dos esforços empreendidos no sentido de vencer as barreiras e fomentar as
mudanças necessárias na prática profissional no ambiente das farmácias, estas alterações
ocorrem lentamente. Os usuários continuam desconhecendo os serviços assistenciais que
podem ser prestados pelo farmacêutico e os profissionais continuam, em seu conjunto,
exercendo um papel inexpressivo dentro do sistema de saúde. Objetivo: Descrever o perfil dos
farmacêuticos que atuam em farmácias públicas e privadas, com relação a sua formação e
atuação profissionais com ênfase em atividades relacionadas à filosofia da atenção
farmacêutica. Método: Estudo exploratório e descritivo submetido ao Comitê de Ética em
Pesquisa da Universidade do Norte do Paraná, realizado entre abril e agosto de 2011 durante
cursos e eventos promovidos pelo Instituto Racine em São Paulo, Brasil, com farmacêuticos
que exercem atividades em drogarias, farmácias com ou sem manipulação, serviço público de
saúde ou farmácias-escola, que aceitaram participar do estudo mediante assinatura do termo
de consentimento livre e esclarecido. Como instrumento de coleta de dados, foi utilizado um
questionário auto administrado com perguntas abertas e fechadas sobre as variáveis
pesquisadas. Resultados: Dos farmacêuticos que responderam o questionário (n=83) 66%
eram do sexo feminino, com idade média de 32,9 ± 9,12 anos (48,2% tinha idade entre 21 e 30
anos), sendo a maioria procedente de São Paulo (39,8%) e os demais 60,2 % de outros
Estados, consideram-se satisfeitos a muito satisfeitos com seu trabalho (62,7%). Em geral,
apresentavam formação em “farmácia” e “generalista” (63,8%) entre 4 a 6 anos (56,6%) tendo
concluído ou cursando aprimoramento técnico em 85,5% dos casos. Os entrevistados atuam
em: drogaria de rede (12%), drogaria independente (25,3%), farmácia com manipulação
(30,1%), farmácia de unidade de básica de saúde (UBS) (28,9%), sendo que a localização
destes estabelecimentos se divide entre bairro e centro de maneira equivalente (50%), e 56,6%
alegam possuir um local reservado para atendimento ao usuário. Com relação à prática de
serviços, seguindo a lógica da atenção farmacêutica, 68,7% relatam não realizar e dos que os
realizam somente 33,7% dedicam a maior parte do tempo de seu trabalho ao atendimento ao
usuário. Conclusão: O conjunto das variáveis resultantes do presente estudo demonstra que a
maioria dos profissionais é do sexo feminino, jovens e com pouco tempo de formação, atuam
profissionalmente em UBS ou manipulação, com carga horária superior a 40 horas semanais.
Como responsáveis técnicos, tem espaço reservado para o atendimento ao usuário, porém
somente uma pequena parte destes realiza e registra este atendimento. Observa-se que a
prática da Atenfar é dificultada pela inexistência de grade curricular sobre o tema, e as
responsabilidades administrativas dos profissionais farmacêuticos, como fator limitante de tal
prática.
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PC 96 - A INTERVENÇÃO DO FARMACÊUTICO NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA DE
MOLÉSTIAS INFECCIOSAS
Autores: Minari, Ariane Boccoli1; MARIN, MÁRCIA LÚCIA DE MáRIO; Rocha, Priscilla Alves1;
Pinto, Vanusa Barbosa1; sforsin, andrea cassia1; HO, YEH-LI2
1- Divisão de Farmácia do Instituto Central do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina
da Universidade de São Paulo; 2- Divisão de Moléstias Infecciosas e Parasitárias da Faculdade
de Medicina da Universidade de São Paulo.
Introdução: Medicamentos são ferramentas terapêuticas fundamentais na assistência à saúde.
Porém, na presença de efeitos adversos ou interações farmacológicas podem levar a
consequências que contribuem para o aumento da mortalidade e morbidade. A intervenção
farmacêutica é o suporte dos dois principais pilares da farmácia clínica, que são a orientação
clínica e a investigação. Esta atuação viabiliza as atividades do farmacêutico para a máxima
efetividade dos tratamentos, minimizando os riscos associados aos mesmos e contribuindo
para o uso racional de medicamentos. O objetivo deste estudo foi avaliar a contribuição do
farmacêutico clínico na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), no manejo das intervenções junto à
equipe da saúde. Métodos: Foram coletados, na Unidade de Terapia Intensiva da Divisão de
Moléstias Infecciosas e Parasitárias do Instituto Central do Hospital das Clínicas da Faculdade
de Medicina da Universidade de São Paulo, no período de janeiro a junho de 2011, as
intervenções farmacêuticas, os dados referentes ao tempo de permanência dos pacientes na
unidade, o número de prescrições avaliadas pelo farmacêutico e a evolução dos pacientes
internados. As intervenções foram classificadas conforme a Tabela de Intervenção
Farmacêutica, utilizada na instituição, em indicação; posologia; via de administração;
interações, efeitos adversos, medicamentos padronizados e outros. As informações foram
tabuladas em planilhas no formato Excel. Resultados: Foram acompanhados 77 pacientes
com 13,58 dias em média de permanência na UTI. Destes, 20 (26%) evoluíram para óbito. Das
1.046 prescrições do período, 662 (63%) foram avaliadas, sendo monitoradas 445 interações
medicamentosas, das quais 227 medicamento-medicamento e 218 medicamento-alimento.
Realizou-se 489 intervenções farmacêuticas (64% aceitas), das quais: 109 (22,3%)
relacionadas à indicação; 126 (26%) à posologia; 151 (30%) à via de administração; 27 (6%) à
interação; 14 (3%) à efeitos adversos; 1 (0,2%) à medicamentos padronizados e 61 (12,5%)
outras orientações à equipe da saúde. Conclusão: Ficou evidenciada, pela representatividade
das intervenções farmacêuticas aceitas pela equipe multidisciplinar, a importância da
contribuição do farmacêutico clínico na Unidade de Terapia Intensiva, no manejo das
intervenções, fundamentais para a qualidade da assistência aos pacientes.
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PC 97 - ALTA HOSPITALAR MULTIPROFISSIONAL PARA O PACIENTE COM DOENÇA
HEMATOLÓGICA
SILVA, ANA VLÁDIA BRASILEIRO DE ARAÚJO1; VASCONCELOS, HELAINE CRISTINA
ALVES DE1; FREIRE, NATÁLIA COSTA BEZERRA 1; BARBOSA, ISADORA MARQUES1;
NERI, EUGENIE DESIREÉ RABELO1
Hospital Universitário Walter Cantidio - Fortaleza/Ceará
INTRODUÇÃO: Os pacientes com hemopatias sejam elas benignas ou malignas, necessitam
de atenção especial após a internação, pois constantemente necessitam de tratamentos de
suporte, profilático e específico. Percebe-se a cada dia que o modelo biomédico vem sendo
cada vez mais substituído por um modelo centrado nas necessidades do paciente, sejam elas
de cunho biológico, psicológico ou espiritual. A alta hospitalar multiprofissional é um momento
em que se deseja reforçar as informações dadas ao paciente hematológico durante internação,
para que o mesmo possa realizar em domicílio, de maneira mais efetiva, os cuidados de saúde
necessários após a alta. Detectou-se a necessidade de estruturar um serviço diferenciado,
após a manifestação por pacientes internados, de diversas dúvidas após a alta hospitalar
convencional. Esse trabalho objetiva relatar a implantação do Plano de Alta Hospitalar
realizado por residentes multiprofissionais em oncohematologia. MÉTODO: Trata-se de um
relato de experiência em serviço, realizado na unidade de hematologia de um hospital
universitário em Fortaleza/Ceará, no ano de 2012. RESULTADOS: A implantação ocorreu no
mês de abril, após divulgação e sensibilização do assunto aos profissionais da instituição,
planejamento e estruturação dos instrumentos a serem utilizados no procedimento de alta
hospitalar. O serviço é ofertado aos 20 leitos de internação da enfermaria de hematologia do
hospital, e realizado por residentes da equipe multiprofissional (2 enfermeiros, 2 farmacêuticos
e 2 psicólogos), em parceria com 3 médicos residentes e 1 nutricionista. Cada membro da
equipe orienta ao paciente sobre aspectos pertinentes aos cuidados na pós-internação com
conteúdos de ação educativa em saúde. O fluxo inicia-se com a decisão da alta hospitalar pela
equipe médica, onde o médico fornece ao paciente/familiar, instruções gerais de sua patologia
e o como será o seguimento do tratamento ambulatorial. Após esse momento o paciente é
referenciado para o contato com o enfermeiro, a fim de aprender a registrar a ocorrência de
sinais/sintomas e receber folders, contendo informações sobre como lidar com os sinais de
alerta, higiene pessoal, ambiental e orientações nutricionais (folder elaborado pela
nutricionista). Em seguida é referenciado ao farmacêutico para realizar a conciliação de
medicamentos, análise individual das doses, posologias e administração da farmacoterapia
prescrita para alta, enfatizando a importância da adesão e ensinando o paciente a registrar em
um cartão as reações aos medicamentos que ocorram. Concluídas as etapas anteriores, o
farmacêutico detecta o conhecimento que o mesmo assimilou sobre os medicamentos e após o
referencia ao psicólogo para que seja providenciado suporte caso necessário. CONCLUSÃO:
O plano de alta é uma atividade multidisciplinar que busca motivar os pacientes a conhecer e
reter informações que garantam a continuidade da assistência ao paciente após sua
hospitalização e promovam o uso seguro e adequado dos medicamentos utilizados.
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PC 98 - ANÁLISE QUANTITATIVA DE ERROS RELACIONADOS A MEDICAMENTOS E
INTERVENÇÃO FARMACÊUTICA NA UTI GERAL DO HOSPITAL UNIMED DE MACEIÓALAGOAS
FERREIRA, ALINE ALVES; JULIÃO JULIANA DE ARAUJO; AMORIM KARLA DANIELLE;
MELO, MONICA ROCHA
HOSPITAL UNIMED DE MACEIÓ-ALAGOAS
Introdução: O erro de medicação é definido como qualquer incidente evitável relacionado ao
uso de medicamento, que pode causar dano ou levar ao uso inadequado dos mesmos.
Basicamente existem três tipos de erros de medicação: erros de prescrição, erros de
dispensação e erros de administração. Assim, todos da cadeia do uso do medicamento devem
ser monitorados com objetivo de identificar, mensurar e prevenir erros relacionados a
medicamentos. O objetivo do trabalho foi analisar quantitativamente erros de prescrição e
dispensação e realizar intervenção farmacêutica com a finalidade de monitorização
farmacoterapêutica em um processo contínuo, para identificar e prevenir erros relacionados a
medicamentos na UTI Geral do Hospital Unimed Maceió. Metodologia: Foram analisadas 550
prescrições médicas e as respectivas fitas de dispensação (dose individual) da UTI Geral, no
período de novembro de 2011 a abril de 2012. O levantamento dos dados foi realizado em
mapa diário que abordava os diferentes tipos de erros de prescrição e dispensação. As
intervenções farmacêuticas foram inicializadas apenas em março de 2012. Resultados:
Constatou-se que do total das prescrições analisadas, 285(51,82%) apresentaram erros de
prescrição e foram detectados 39(7,09%) erros de dispensação. Dos erros detectados foram
realizadas 47 (14,5%) intervenções farmacêuticas, devido a estas apenas terem inicialização
num período posterior a origem da análise de erros. Conclusão: Diante de mais de 50% de
erros relacionados a medicamentos, verificou-se a necessidade da atividade clínica regular do
profissional farmacêutico com a finalidade de interceptação desses erros a tempo de impedir
que atinjam os pacientes, pois os mesmos podem gerar risco a segurança e diminuir a
qualidade da assistência ao paciente.
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PC 100 - MODELO DE SEGUIMENTO FARMACOTERAPÊUTICO PARA PACIENTES
HOSPITALIZADOS
MINARI, ARIANE BOCCOLI; PINTO, VANUSA BARBOSA; WALCZAK, SUZANA ZABA;
MARIN, MÁRCIA LÚCIA DE MÁRIO; SFORSIN, ANDREA CASSIA; ROCHA, PRISCILLA
ALVES
Divisão de Farmácia do Instituto Central do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da
Universidade de São Paulo.
Introdução: Seguimento farmacoterapêutico é o processo assistencial que avalia e monitora a
farmacoterapia centrada no paciente. Seu objetivo é melhorar e alcançar resultados favoráveis
na saúde dos mesmos em função de suas necessidades particulares. Pretende-se obter o
máximo benefício da medicação administrada, para promover uma terapia eficaz e segura para
cada situação clínica. O objetivo deste estudo foi estruturar o modelo de seguimento
farmacoterapêutico com aplicação para pacientes internados. Métodos: O estudo foi realizado
no Instituto Central do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São
Paulo e foram utilizados para estruturar o modelo: o seguimento farmacoterapêutico
ambulatorial validado na instituição, a metodologia de avaliação de prescrição utilizada na
farmácia clínica, o cenário interno das unidades de internação e revisão bibliográfica. Por meio
de reuniões semanais, com três farmacêuticos do projeto de farmácia clínica ao paciente
internado, desenhou-se o modelo para aplicação ao paciente hospitalizado. Foi utilizado para a
avaliação, o ciclo PDCA. Resultados: Em janeiro de 2011, o modelo foi aplicado e avaliado,
resultando em vinte e três melhorias. Foram definidas duas etapas principais para o modelo:
Seleção do paciente para seguimento, com critérios de inclusão pautados no uso de protocolos
clínicos, ajustes de doses para pacientes pertencentes aos grupos/ fatores de risco e na
monitorização da iatrogenia medicamentosa e o Seguimento farmacoterapêutico que
compreende as etapas de fase de estudo, monitorada em sete critérios de avaliação da
farmacoterapia do paciente; anamnese farmacêutica; análise das informações coletadas;
estabelecimento de metas terapêuticas; plano de seguimento; monitorização e intervenção
farmacêutica. Conclusão: o seguimento farmacoterapêutico estruturado para pacientes
internados promove o entendimento e acompanhamento integral dos mesmos. O
estabelecimento de objetivos (metas terapêuticas) são fundamentais para a obtenção de
resultados definidos na promoção do uso racional de medicamentos.
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PC 101 - PERFIL DE SENSIBILIDADE ANTIMICROBIANA DE Pseudomonas aeruginosa
ISOLADAS DOS PACIENTES DO SERVIÇO DE ASSISTÊNCIA DOMICILIAR DA UNIMED
MACEIÓ - UNICARE
MELO, MONICA ROCHA.; CABRAL, MICHELLE MEDEIROS. ; FERREIRA, ALINE ALVES
Introdução: A bactéria Pseudomonas aeruginosa é um patógeno nosocomial frequente, com
elevada letalidade, principalmente em pacientes imunocomprometidos. É responsável por
infecções em diversos sítios do corpo humano onde existem tendências ao acúmulo de
umidades, como traqueostomia, feridas cutâneas e outros. Esta bactéria destaca-se dentre as
Gram-negativas pela facilidade de resistência aos antibióticos e atualmente pela diminuição de
sensibilidade aos carbapenêmicos. Objetivo: Avaliar o perfil de sensibilidade antimicrobiana da
Pseudomonas aeuroginosa em pacientes assistidos pelo Unicare no período de 2011. Método:
Análise dos resultados de 221 antibiogramas dos pacientes internados no serviço, advindos do
Laboratório do Hospital Unimed Maceió, no período de janeiro a dezembro de 2011, avaliando
os positivos para bactéria estudada e assim quantificando quanto a sensibilidade. Resultado:
Constatou-se que dos exames analisados, coletados de diversos sítios infecciosos 41(19%)
apresentaram infecções causadas por Pseudomonas aeuroginosa e destas apenas 30 %
mostraram sensibilidade ao norfloxacino, seguida de 74% a imipenem, 77% a cefepima e 77%
a meropenem, 83% tazobactam+piperacilina, 86% ciprofloxacino, 87% aztreonam, 88%
ceftazidima e 100% a amicacina. Conclusão:Verificou-se que amicacina é um fármaco que
apresenta excelente sensibilidade, visto dentre os exames analisados não ter sido verificada
nenhuma resistência e que medicamentos de amplo espectro como meropenem já apresentam
resistência significativa (36%) e o norfloxacino considerado medicamento de escolha para
tratamento de infecção urinária para o patógeno em questão, já não apresenta mais esta
característica(ANVISA). Portanto, observa-se a necessidade da racionalização do uso dos
antimicrobianos, no intuito de promover maior segurança ao paciente e ao prescritor e
conseqüentemente redução nos custos com esta terapêutica, como também a monitorização
epidemiológica e a criação de protocolos terapêuticos.
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PC 102 - REAÇÕES ADVERSAS A MEDICAMENTOS NOTIFICADAS EM UM HOSPITAL DE
ENSINO: 13 ANOS DE FARMACOVIGILÂNCIA
ALCÂNTARA NETO, JOSÉ MARTINS DE1; LIMA, JOÃO GABRIEL COSTA2; NERI, EUGENIE
DESIREÉ RABELO1; ARRAIS, PAULO SERGIO DOURADO2; FONTELES, MARTA MARIA DE
FRANÇA2;VASCONCELOS, HELAINE CRISTINA ALVES DE 1
1 - Hospital Universitário Walter Cantídio/Universidade Federal do Ceará
2 - Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem/ Universidade Federal do Ceará
INTRODUÇÃO: As Reações Adversas a Medicamentos (RAM) têm constituído um dos
problemas importantes na prática clínica, justificando os estudos farmacoepidemiológicos. No
Brasil, os estudos sobre Farmacovigilância são poucos e recentes, sendo necessário mais
estudos nacionais para estimar as taxas de RAM, fármacos e as queixas mais freqüentemente
relacionadas às reações. Os hospitais universitários, por possuírem, geralmente corpo técnico
capacitado para o desenvolvimento de pesquisas farmacoepidemiológicas podem contribuir
com esses estudos. O trabalho objetivou analisar dados de 13 anos de notificação de RAM
registradas em um banco de dados pertencentes à gerência de riscos de um hospital
universitário do Ceará. MÉTODO: Estudo descritivo, retrospectivo, realizado a partir da
exploração do banco de suspeitas de RAM BD-RAMWC, compreendendo as atividades
realizadas no período de 1997 a 2009. Entre as variáveis analisadas estão: sexo, idade, RAM,
medicamentos envolvidos, causalidade e gravidade. As reações adversas foram classificadas
conforme metodologia proposta pela Organização Mundial da Saúde. RESULTADO: No
período avaliado, um total de 1283 reações adversas a medicamentos foram notificadas (sendo
61,7% realizadas por busca ativa) e envolveram 645 pacientes, predominando o sexo feminino,
com média de 37,7 anos, variando entre 19 e 59 anos. Reações prováveis (42,04%) e
moderadas (67,61%) preponderaram. O grupo farmacológico dos anti-infecciosos foi o mais
implicado nas RAM (56,66%) e as reações dermatológicas foram as mais notificadas (43,49%).
Ao todo foram 23 órgãos-sistemas afetados, prevalecendo como manifestação o rash
(18,71%), prurido, febre, náusea e vômito. Dentre os medicamentos envolvidos nas RAM,
destacaram-se a oxacilina, vancomicina, anfotericina B, diatrizoato de meglumina e antimoniato
de meglumina, considerados “fármacos problema”. CONCLUSÃO: A análise do banco de
dados permitiu identificar o sexo feminino como o mais envolvido nas RAM, a pele como o
órgão mais afetado e os anti-infecciosos como a classe farmacológica mais implicada. A
prevalência dos efeitos adversos encontrados aponta a necessidade de monitorização
intensiva dos fármacos considerados “problema” e justifica as ações intensivas de
farmacovigilância.
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PC 103 - VALIDAÇÃO PARA O PORTUGUÊS DO INSTRUMENTO PARA AVALIAR A
COMUNICAÇÃO DE FARMACÊUTICOS NA DISPENSAÇÃO
MESQUITA, ALESSANDRA REZENDE1; ALMEIDA-SANTOS, EMANUELLE DE1,2; PORTO,
JARDEL GRANJA1; LYRA JÚNIOR, DIVALDO PEREIRA1
1
Universidade Federal de Sergipe, Laboratório de Ensino e Pesquisa em Farmácia Social LEPFS, Sergipe, Brasil.
2
Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, Lisboa, Portugal.
Introdução: Nas últimas décadas, a automedicação adquiriu grande importância no sistema de
auto-cuidado e está associada ao empoderamento dos pacientes. Diante disso, o farmacêutico
é considerado um profissional de saúde estratégico na orientação aos pacientes sobre a
automedicação racional. Para tanto é necessário a estes profissionais, além dos
conhecimentos sobre farmacoterapia, diversas habilidades de comunicação. Partindo desta
premissa, vários estudos têm sido conduzidos para avaliar a comunicação do farmacêutico na
dispensação de medicamentos. No entanto ainda não há, no Brasil, instrumentos específicos
para tal propósito. Objetivo: Traduzir para o Português do Brasil e validar um instrumento de
avaliação das habilidades de comunicação do farmacêutico na dispensação de medicamentos.
Métodos: O instrumento em estudo consiste em uma adaptação do questionário proposto por
Berguer et al. (2005). Primeiramente o instrumento foi traduzido, re-traduzido e as versões
geradas foram comparadas por um Comitê de Juízes, de acordo com a equivalência
semântica, idiomática, cultural e conceitual. A versão traduzida foi submetida à validação de
conteúdo por uma equipe de expertos. Por fim, o instrumento foi avaliado por 162 estudantes
do curso de Graduação em Farmácia e foram realizados os testes psciométricos. Resultados:
O instrumento validado possui duas questões, com doze itens avaliados por escala Likert. As
etapas de tradução, re-tradução e avaliação pelo comitê de juízes foram satisfatórias e apenas
três itens foram alterados. Na validação de conteúdo, três itens foram alterados para
adequação semântica. Na avaliação psicométrica, o instrumento apresentou consistência
interna total (α de Cronbach = 0,83). O teste de esfericidade de Bartlett foi estatisticamente
significativo (p <0,001) e o índice Kaiser-Meyer-Olkin (KMO) foi de 0,89 confirmando a
factoriabilidade da matriz de correlações. A análise fatorial exploratória ratifica a existência de
dois fatores, equivalente às questões do questionário original. Conclusão: Os resultados
obtidos demonstram que o instrumento apresenta validade de conteúdo e consistência interna
para ser utilizado na avaliação das habilidades de comunicação dos farmacêuticos. Apoio
Financeiro: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
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PC 104 - ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL FARMACÊUTICO NA RECONCILIAÇÃO
MEDICAMENTOSA
WIT, TALITHA; ZAPPULLA MARTINS, JULIANA PATRICIA; BOLEAN CORDEIRO, ANDRÉIA;
MASSELLI RODRIGUES, CRISTIANE; MATEUS, MARIA CRISTINA
Hospital 9 de julho
Introdução: Segundo o IHI (Institute for Healthcare Improvement), reconciliação
medicamentosa consiste na entrevista do paciente para a criação de uma lista com todas as
medicações que o mesmo faz uso no domicilio (incluindo nome do fármaco, dose, frequência e
via de administração) e conforme conduta médica e comparação desta com a prescrição
médica, garantir a farmacoterapia adequada. Muitas organizações já demonstraram que
implementar o processo de reconciliação medicamentosa é uma estratégia efetiva para
prevenir erros de medicação e reações adversas a medicamentos. Acredita-se que mais de
40% dos erros com medicamentos são resultados de reconciliações medicamentosas
inadequadas realizadas durante admissão, transferência e alta dos pacientes. O trabalho em
questão mostra a importância da inserção do farmacêutico na tríade composta pelo paciente,
médico e enfermeiro para a aderência à rotina e garantia da segurança no processo de
reconciliação medicamentosa. Métodos: À partir de Outubro de 2012, num hospital privado do
estado de São Paulo, foi inserido o profissional farmacêutico na rotina de reconciliação
medicamentosa admissional (até 24h após a internação). Neste processo o farmacêutico, ficou
responsável em conferir o preenchimento do impresso de reconciliação medicamentosa,
analisar os medicamentos de uso próprio através de entrevista com o paciente completando as
informações quando necessário, checar a conduta médica assinalada no impresso comparando
com a prescrição médica, para realizar as intervenções conforme irregularidades e/ou
divergências observadas. Cada intervenção farmacêutica foi classificada como Erro, quando
esta atingiu o paciente ou Quase Falha, quando não atingiu o paciente. Esses dados foram
compilados e analisados para propor ações de melhorias nos processos. Resultados: De
outubro á dezembro/2011, 2905 pacientes foram reconciliados na admissão (nas primeiras 24h
de internação). A taxa mensal de análise da reconciliação medicamentosa pelo farmacêutico
mostra um aumento de 64,6% (outubro) para 99,6% (dezembro). Esse crescimento é explicado
pelo aumento do quadro de farmacêuticos, implementação da rotina conforme dificuldades
encontradas no processo, consolidação do papel do farmacêutico na equipe multiprofissional
pelo expertise na execução da rotina. Em relação às intervenções farmacêuticas, tivemos um
maior índice em outubro, início das atividades do farmacêutico na rotina com 35,3%, seguido
de 27,1%, em novembro e, 21% em dezembro. Na classificação das intervenções em erro e
quase-falha, somente 37 (4,8%) impactaram no paciente, porém, sem dano e, 732 intervenções
foram preventivas (95,18%).Conclusão: Os dados mostram que o farmacêutico é essencial no
processo de reconciliação medicamentosa, para a orientação a equipe multiprofissional,
garantia da aderência à rotina, prevenção de erros potencias e melhoria contínua do processo.
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PC 105 - REAÇÕES ADVERSAS A PSICOFÁRMACOS DE UMA USUÁRIA COM
DEPRESSÃO EM UM CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL
1CIRÍACO, SHAYARA LOPES; 1MACÊDO, TAMYRES DE ANDRADE; 1SILVA, ALEXANDRE
XAVIER DE LIRA; 1GOMES, KÁSSIA KAROLINE LEAL BARROS; 1SOUSA NETA, MARIA
DEUSA; 2FREITAS, RIVELILSON MENDES.
1Acadêmicos de Farmácia da Universidade Federal do Piauí; 2Docente do curso de Farmácia
da Universidade Federal do Piauí
A Organização Mundial da Saúde (OMS) define reação adversa a medicamento (RAM) como
sendo “qualquer resposta prejudicial ou indesejável e não intencional que ocorre com
medicamentos em doses normalmente utilizadas no homem para profilaxia, diagnóstico,
tratamento de doença ou para modificação de funções fisiológicas”. Substâncias psicotrópicas
também conhecidas como psicofármacos, atuam no sistema nervoso central (SNC), e,
portanto, podem ser usadas no tratamento de distúrbios psíquicos. Tendo largo emprego na
medicina clínica, a farmacoterapia dos transtornos mentais é uma das áreas de mais rápida
evolução. O profissional farmacêutico tem por objetivo auxiliar a prescrição médica, tornando o
conhecimento sobre o medicamento mais disponível à equipe de saúde e auxiliar na prestação
da farmacoterapia, com o objetivo de alcançar resultados terapêuticos definidos na saúde e na
qualidade de vida do paciente. Dentre as classes de medicamentos, os psicofármacos
apresentam elevado potencial de causar reações adversas. O presente trabalho teve como
objetivo identificar em prontuários médicos de um Centro de Atenção Psicossocial, as reações
adversas ocorridas com a utilização dos psicotrópicos e fazer uma busca ativa de quais
medicamentos pode ocasioná-las. Trata-se de um estudo descritivo, exploratório, por método
de pesquisa documental, no qual foi analisado um prontuário de uma usuária do Centro de
Atenção Psicossocial II (CAPS II) da cidade de Teresina, Piauí, no período Janeiro de 2007 a
Dezembro de 2010. O trabalho foi autorizado CEP-UFPI com protocolo CAAE: 0093.0.045.00093. A partir do prontuário de uma usuária foi identificado o seguinte perfil: usuária
diagnosticada com depressão há mais de duas décadas, 59 anos, casada e com ensino
fundamental incompleto. Os medicamentos listados foram em ordem cronológica: fluoxetina,
bromazepam, clomipramina, trazodona, citalopram, e cloxazolam. As reações adversas aos
medicamentos encontradas foram: episódios diarreicos, anorexia, náuseas, diminuição da
libido, irritação, agitação psicomotora, alteração de humor, cefaleia, mãos e pés hipotérmicos e
episódio de humor deprimido. De acordo com a literatura, todas as RAM’s notificadas
apresentam correlação com algum dos medicamentos indicado no prontuário médico e
precisam ser analisados pelo Algoritmo de Naranjo para estabelecer a relação causal entre os
mesmos.
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PC 106 - ATENÇÃO FARMACÊUTICA A IDOSOS COM DEPRESSÃO EM UM ABRIGO DE
LONGA PERMANÊNCIA EM TERESINA-PIAUÍ
1MACÊDO, TAMYRES DE ANDRADE; 1SOUSA NETA, MARIA DEUSA; 1SOUSA, LÍVIA
QUEIROZ; 1GOMES, KÁSSIA KAROLINE LEAL BARROS; 1SILVA, ALEXANDRE XAVIER DE
LIRA; 2FREITAS, RIVELILSON MENDES.
1Acadêmicos de Farmácia da Universidade Federal do Piauí; 2Docente do curso de Farmácia
da
Universidade Federal do Piauí
Atenção Farmacêutica é uma prática profissional que consiste na provisão responsável da
farmacoterapia com o objetivo de alcançar resultados definidos em resposta à terapêutica
prescrita, que melhorem a qualidade de vida do paciente, que busque prevenir ou resolver os
problemas farmacoterapêuticos de maneira sistematizada e documentada. A atenção
farmacêutica ao idoso requer mais comprometimento, pois eles necessitam de orientação
especial, verbal e/ou escrita, para aperfeiçoar o tratamento e reduzir riscos à saúde. O
crescimento da população idosa está relacionado à prevalência elevada de doenças crônicodegenerativas, dentre elas aquelas que comprometem o funcionamento do sistema nervoso
central, como as enfermidades neuropsiquiátricas, particularmente a depressão. O trabalho
teve como objetivo coletar, registrar, subsidiar dados para a realização do acompanhamento
farmacoterapeutico de idosos com depressão de um abrigo de longa permanecia da cidade de
Teresina. O levantamento das informações sobre os idosos foi realizado pela á analise dos
prontuários e por uma entrevista descritiva quantitativa. O trabalho foi autorizado CEP-UFPI
com protocolo CAAE Nº 0345.0.045.000-10. Através dos dados levantados constatou se que
dez pacientes sofriam de depressão, sendo 60% do sexo masculino e 40% do sexo feminino,
com faixa etária entre sessenta e quatro anos e noventa e três anos, sendo em sua maioria
analfabetos e todos possuíam outra patologia concomitantemente com a depressão. O estudo
foi realizado no período de janeiro de 2012 a abril de 2012. Pela analise dos prontuários
verificou-se que todos os idosos fazem uso de uma politerapia medicamentosa, com uso de
mais de três medicações ao dia, sendo 22,5% das medicações ansiolíticos e 27%
antidepressivos, dentre os outros medicamentos utilizados estão anti-hipertensivos, Alzheimer,
antiparkisonianos, anti-inflamatório, polivitamínicos e outros. A partir do estudo realizado,
percebeu-se a importância do farmacêutico e da implantação de um serviço de atenção
farmacêutica (ATENFAR) em um abrigo de longa permanecia, a fim de melhorar a eficácia do
tratamento, melhorar a qualidade de vida dos idosos e reduzir o numero de interações e
reações adversas ao medicamento e reduzir os custos com o tratamento farmacológico. Apoio:
FAPEPI
E-MAIL PARA CONTATO: [email protected]
PC 107 - ADESÃO À TERAPIA ANTIRRETROVIRAL POR PORTADORES HIV/AIDS: COM A
PALAVRA OS USUÁRIOS.
CARNEIRO, NÁJARA FERNANDES1; *MACEDO, TAMYRES DE ANDRADE;CARVALHO,
IVANA PEREIRA SANTOS1; NUNES, GEANDRA BATISTA LIMA2 ; GUIMARÃES, SANDRA DA
SILVA3; CARVALHO, ANDRÉ LUIS MENEZES4.
1
Acadêmico(a) de Farmácia da Universidade Federal do Piauí - UFPI; 2Aluna da PósGraduação da Rede de Biotecnologia - ( RENORBIO); 3Farmacêutica da Fundação Municipal
de Saúde -FMS; 4Docente do curso de Farmácia da Universidade Federal do Piauí - UFPI
A taxa de adesão para tratamento de doenças crônicas é, em geral, baixa, e isso se agrava
significativamente quando associado a uma doença com limitada perspectiva de sobrevida. O
que torna necessário no contexto HIV/AIDS buscar-se as causas da não adesão ao tratamento
para o desenvolvimento de alternativas terapêuticas que melhorem a adesão dos pacientes a
terapia antirretroviral. A pesquisa teve como objetivo conhecer os saberes e práticas de
portadores do HIV/Aids residentes em abrigo de longa permanência de Teresina- PI sobre a
Terapia Antirretroviral (TARV) considerando os fatores que facilitam e que dificultam o uso da
medicação. Trata-se de uma pesquisa de campo com abordagem qualitativa exploratória
descritiva. Foram entrevistados pacientes de ambos os sexos, maiores de 18 anos, portadores
do vírus HIV assistidos pela instituição mencionada. Os dados foram coletados a partir de
entrevistas semiestruturadas na qual o entrevistado teve oportunidade de discorrer livremente
sobre o tema, com auxilio de gravadores de voz. Foram realizadas quatro perguntas
norteadoras comuns a todos os pacientes quanto aos nomes dos medicamentos e horário do
tratamento, assim como apresentação de efeitos colaterais e o que achavam do tratamento. A
pesquisa foi aprovada pelo comitê de ética em pesquisa da UFPI, sob o nº de CAAE
0071.0.045.000 -11. Dos medicamentos utilizados, os mais frequentes entre os entrevistados
foram: Lopinavir + Ritonavir, Efavirez e Lamivudina. Os dados levantados evidenciaram
dificuldades quanto à compreensão dos pacientes sobre o tratamento antirretroviral. A maioria
deles não conseguiu lembrar os nomes corretos dos medicamentos com também o horário
para utilização. Quando perguntados sobre possíveis efeitos adversos da terapia antirretroviral
a maioria respondeu que não sentiam nada, mas quando perguntados sobre o inicio do
tratamento todos revelavam efeitos que variaram de tonturas a dores de cabeça. Quando
perguntados sobre o que achavam do tratamento, o paciente aprovava a terapia e um dos
entrevistados respondeu da seguinte maneira. “Menina, é como diz minha mãe: é que nem
Deus botar a mão. Se não fosse esse remédio a gente não existia não.” Outro paciente
respondeu: “O tratamento, ele é bastante evoluído”. Desta forma, pôde-se concluir que apesar
da grande aceitação dos pacientes a TARV existe muita falta de informação, problemas
relacionados ao uso do medicamento e RAM que poderiam ser minimizadas com a inserção de
um serviço de cuidados farmacêuticos para consegui alta efetividade e segurança nesta
complexa terapia. Este trabalho motiva a utilização de novos cenários para atuação do
Farmacêutico clínico.
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PC 108 - ADESÃO AO TRATAMENTO FARMACOLÓGICO EM HIPERTENSOS DE
COMUNIDADES RIBEIRINHAS DE BARCARENA-PA.
MIRANDA, LUIZA. CRISTINA. FIMA.; SOUSA, PAULIANE. EMANUELA. SILVA. SOUSA,
PATRICK LUIS CRUZ DE SOUSA; RODRIGUES, LUIZ MÁRIO PARÁ.
Centro Universitário do Estado do Pará.
A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é a mais comum das doenças cardiovasculares, além de
ser o principal fator de risco para outras doenças. Um controle eficaz da HAS através da
adesão ao tratamento farmacológico evita ou impede a maioria das complicações causadas
pela variação da pressão sanguínea e prolonga a vida dos pacientes.. Este estudo descritivo
transversal teve como objetivo identificar, entre os pacientes hipertensos de comunidades
ribeirinhas do município de Barcarena-PA proximo a Belém, os fatores relacionados ao
abandono do tratamento ou ao não cumprimento das orientações terapêuticas. A coleta de
dados foi realizada no periodo de abril e maio de 2012, a populaçao estudada foi composta por
moradores de 25 a 75 anos totalizando 35 hipertensos sendo 71,43% do sexo feminino e
28,57% do sexo masculino, aplicando-se os Teste de Morisky-Green (TMG) e Teste de Batalla
para avaliar o grau de adesao ao tratamento farmacologico. A analise dos dados foi realizada
utilizando-se o programa estatistico Bioestat versão 4.0. A maioria dos entrevistados é do sexo
feminino, sendo 40% de cor parda, 31,43% analfabetas e 37,14% trabalhavam como ”do lar”.
Na analise do Teste de Batalla verificou-se que 20% dos hipertensos não tem conhecimento
sobre a doença, apenas 45,71% acreditam ser uma doença para a vida toda, e 37,14% não
sabem informar quais os principais órgãos afetados pela pressão alta, sendo que a minoria
34,29% acreditam atingir o coração e a cabeça e 40% do total de entrevistados faziam uso de
Captopril 25mg. No teste de TMG constatou-se que apenas 25,72% dos hipertensos aderem ao
tratamento farmacológico sendo a maioria 66,6% do sexo feminino. O restante da populacao
74,28% se encaixa no perfil das pessoas que não aderem ao tratamento destes 73,08% do
sexo feminino. Nesse contexto fica evidente a necessidade de se trabalhar estratégias para
melhorar a adesão ao tratamento farmacológico em hipertensos como a Atenção Farmacêutica
e o seguimento farmacoterapêutico. Essa pesquisa foi autorizada pelo comite de ética em
pesquisa do instituto de ciências da saude - da faculdade da universidade do estado do Pará
(Parecer n. 103/09)
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PC 109 - ANÁLISE DE PRESCRIÇÕES DE ANTIBIÓTICOS AVIADAS EM UMA FARMÁCIA
COMUNITÁRIA DE FEIRA DE SANTANA - BA
CARNEIRO, PATRÍCIA REGINA DE SOUZA; FREITAS, INALVA VALADARES; COSTA,
SONIA CARINE COVA; SANTOS, PALOMA OLIVEIRA; ALENCAR, TATIANE DE OLIVEIRA
SILVA; ALENCAR, BRUNO RODRIGUES
Curso de Ciências Farmacêuticas da Universidade Estadual de Feira de Santana, Bahia, Brasil
Os antibacterianos constituem um grupo de medicamentos amplamente prescritos na atenção
primária, só no Brasil cerca de 40% dos medicamentos utilizados são antibióticos (TAVARES,
2001). Porém, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS, 2003), mais de 50% das
prescrições de antimicrobianos mostram-se inapropriadas. O uso inadequado destes traz
diversas implicações, pois está associado ao aumento das taxas de resistência microbiana e a
custos sociais e pessoais desnecessários que envolvem gastos diretos de tratamentos,
internações, dias não trabalhados, faltas escolares, invalidez e morte. Tais implicações
justificam esforços empreendidos no sentido de conhecer e racionalizar a utilização de
antimicrobianos (ABRANTES et al., 2007). Os prescritores exercem um importante papel na
promoção do uso racional de medicamentos, de modo que a análise de seus hábitos de
prescrição proporciona o conhecimento de aspectos da qualidade da terapia.
Consequentemente, o estudo de hábitos de prescrições médicas permite identificar problemas,
implantar medidas corretivas e educativas e avaliar o impacto da adoção dessas medidas.
Baseado em critérios pré estabelecidos na legislação do Brasil, esta pesquisa teve como
objetivo identificar as falhas mais frequentes nas prescrições e apontar quais as classes
(isoladas ou associadas) de antibióticos foram mais prescritas durantes os meses de junho e
julho de 2010. Trata-se de um estudo descritivo com delineamento transversal, que utilizou
como fonte de dados secundários as prescrições que continham antibióticos que foram
dispensados em uma farmácia comunitária privada localizada no município de Feira de
Santana-BA. Nos resultados obtidos, verificou-se que a maioria dos medicamentos (67,50%)
foram prescritos pelo nome comercial. Sendo que a classe de antimicrobiano com maior
número de prescrição foi as penicilinas (43,44%). Houve um percentual relativamente pequeno
(15%) de prescrições com associação de antimicrobianos. Quanto ao preenchimento da
prescrição constataram-se as ausências: do endereço dos pacientes em 100% das prescrições;
das instruções complementares (90,8%) como interação com alimentos ou outros
medicamentos e quanto ao modo de conservação dos fármacos; da via de administração
(35,8%); da quantidade do medicamento (21,7%); e da duração do tratamento (16,7%). É
importante ressaltar que desvios na qualidade da prescrição podem levar a ineficácia
terapêutica, portanto, não basta apenas o diagnóstico preciso e a seleção adequada do
antimicrobiano. A prescrição deve ser rigorosamente elaborada e completa em todos os seus
aspectos, principalmente com respeito às informações que devem ser seguidas pelo paciente
para o uso racional do medicamento, como posologia, dose e duração de tratamento. Com isso
o ato da dispensação farmacêutica é fundamental para a terapêutica, pois é o momento em
que o farmacêutico complementa as informações das prescrições, intervém nos casos onde
foram detectadas falhas e convida os clientes para o acompanhamento farmacoterapêutico e
demais serviços farmacêuticos.
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CONBRAF - Congresso Brasileiro de Assistência Farmacêutica
AF 01 - A FITOTERAPIA NA ATENÇÃO BÁSICA: OLHARES DOS GESTORES EM SAÚDE
DE TERESINA-PI
FONTENELE, RAFAEL PORTELA; SOUSA, DAYANA MARIA PESSOA
Curso de Farmácia - Departamento de Bioquímica e Farmacologia - Universidade Federal do
Piauí.
Introdução: A utilização de plantas como recurso terapêutico confunde-se com o próprio
surgimento da humanidade. Desde 1978, o uso da fitoterapia passou a ser oficialmente
reconhecido pela Organização Mundial da Saúde. No Brasil, a legitimação e a
institucionalização das chamadas Práticas Integrativas e Complementares (PICs), como a
fitoterapia, tem expressão histórica fazendo parte de demandas coletivas desde a criação do
Sistema Único de Saúde (SUS), até recentes políticas públicas e normatizações específicas.
Dessa forma, o presente trabalho objetiva conhecer e analisar como os gestores em saúde de
Teresina-PI enxergam uma possível inserção da fitoterapia na Assistência Farmacêutica do
município. Métodos: O projeto de pesquisa foi aprovado no Comitê de Ética em Pesquisa da
Universidade Federal do Piauí (nº 0139.0.45.000-09). A coleta de dados foi realizada no
período de setembro de 2009 a junho de 2010, através de entrevista e questionários qualiquantitativos semiestruturados. A população estudada constituiu-se de 8 gestores de
Coordenadorias e Gerências da Fundação Municipal de Saúde de Teresina-PI (FMS). A
pesquisa englobou questões relativas a dados pessoais e ao conhecimento sobre fitoterapia,
bem como políticas públicas relacionadas, e a sua respectiva opinião sobre o potencial de
implantação da fitoterapia na FMS. Resultados: O perfil dos entrevistados é de aceitação da
fitoterapia como recurso terapêutico, sendo que a maioria faz uso próprio desta (87,5%).
Destaca-se a formação acadêmica variada deles (Serviço Social, Economia, Letras,
Odontologia, Enfermagem, Nutrição e Medicina), com 2 especialistas em Saúde Pública. Os
gestores demonstraram plena abertura para a discussão da introdução da fitoterapia na FMS,
inclusive elencando justificativas e estratégias: redução de custos, alternativa à
medicamentalização excessiva, aproximação com a população e suas tradições, reforço de
orientações sobre o uso racional de plantas medicinais, possibilidade de intersetorialidade e
parcerias com instituições de ensino, além de ser uma iniciativa apoiada pelo Ministério da
Saúde. Também foram reconhecidas as principais dificuldades: A) de ordem política, em se
discutir nas instâncias cabíveis a inserção de políticas públicas locais que envolvam a
fitoterapia; B) de ordem estrutural, em agrupar atores capacitados para construir conjuntamente
essa inserção e de como operacionalizá-la no SUS em Teresina. Conclusão: Apesar da
grande abertura e apoio dos gestores entrevistados à inserção da fitoterapia na FMS, etapas
imprescindíveis ainda são necessárias, como uma maior capilarização das políticas públicas
envolvidas e capacitação dos profissionais de saúde, para que se inicie um processo de
construção dialética sobre o tema, envolvendo todos os atores (gestores, profissionais e
usuários).
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AF 02 - A HUMANIZAÇÃO DOS SERVIÇOS FARMACÊUTICOS PARA QUALIFICAR O
ACESSO AO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
CAVALCANTI, MAÍSA1; ALBUQUERQUE, GLÓRIA2; CONRADO, MAYSA2
1
Universidade Federal de Pernambuco, Programa de Pós-Graduação em Inovação
Terapêutica.2 Grupo Ser Educacional
Introdução: O farmacêutico é um profissional-chave nos serviços públicos de saúde visto que
está estrategicamente bem posicionado, tornando-se mais acessíveis para fornecer
informações aos usuários. Além disso, ele detém o conhecimento técnico para acompanhar os
tratamentos e identificar os problemas relacionados à farmacoterapia em cooperação com
outros profissionais de saúde. No entanto, o maior problema enfrentado na qualificação dos
serviços farmacêuticos no sistema público brasileiro está, predominantemente, relacionado a
dois aspectos de gestão: a disponibilidade de medicamentos e a falta de farmacêuticos. O
presente estudo teve como objetivo descrever as situações ou fatores que, na perspectiva dos
farmacêuticos dos serviços públicos de saúde, são barreiras potenciais para o acesso aos
serviços farmacêuticos. Método: Realizou-se um estudo descritivo com abordagem
quantitativa, utilizando-se a técnica de pesquisa documental. Como fonte de dados, utilizaramse as postagens de um fórum sobre acesso aos serviços farmacêuticos do Curso de
Especialização em Gestão da Assistência Farmacêutica- modalidade EAD. Nesse fórum,
existiam postagens de 87 farmacêuticos da Região Nordeste do Brasil (Alagoas, Ceará,
Paraíba e Pernambuco) que trabalhavam na rede municipal ou estadual do SUS. As situações
e fatores identificados nas postagens como barreiras foram agrupados em quatro categorias
relacionadas às dimensões do acesso aos medicamentos essenciais e aos serviços
(acessibilidade, capacidade aquisitiva, disponibilidade, aceitabilidade/adequação). Resultados:
No total, foram analisadas 188 citações nas postagens do fórum analisado. A categoria
aceitabilidade/adequação foi a mais frequente (66%), seguida pela categoria da disponibilidade
(29%). As situações e fatores mais destacados, com impacto negativo, nessa categoria mais
frequente foram: a burocracia, a desorganização dos serviços, estrutura física inadequada,
entrosamento e treinamento da equipe, a falta de auxiliares qualificados, farmacêuticos em
quantidade insuficiente para prestar um bom serviço. O problema da comunicação representou
14% das citações nessa categoria que descreveram situações negativas relacionadas às
informações prestadas de forma insuficiente, ao pouco conhecimento do usuário do serviço, ao
desconhecimento e à resistência dos prescritores no tocante às normas do serviço e à baixa
integração da equipe de saúde. Conclusão: Vários os aspectos da dimensão da
aceitabilidade/ adequação se apresentaram como barreira crítica para promover a qualificação
e o acesso ao cidadão aos serviços farmacêuticos. Enfatiza-se que a necessidade de melhoria
do processo da comunicação é evidente. Nesse sentido, a proposta de humanização dos
serviços farmacêuticos para qualificar o acesso, nessa região pesquisada, deve ser orientada
de modo considerar tanto aspectos que dizem respeito aos cuidados com os pacientes
(atenção integral, informações adequadas e suficientes), quanto os que dizem respeito aos
profissionais (condições de trabalho, relacionamento no ambiente profissional, estresse
profissional, treinamentos).
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AF 03 - ADULTERAÇÃO DE MATÉRIA-PRIMA ATIVA DE USO CONTROLADO EM
FARMÁCIA DE MANIPULAÇÃO
YANO HELENA MIYOCO, FARIAS FERNANDA FERNANDES, DEL BIANCO MARCELO
BEIRIZ, AURICCHIO MARIANGELA TIRICO, TRUJILLO LUZ MARINA
Instituto Adolfo Lutz.
Introdução: Poucos setores da economia, nestes últimos anos, passaram por uma expansão
tão grande e rápida como o da farmácia magistral. O aumento de número de estabelecimentos,
de profissionais empregados e de fórmulas dispensadas demonstra o crescimento do setor,
embora nem sempre as Boas Práticas de Manipulação tenham acompanhado esta evolução. O
Centro de Medicamentos, Cosméticos e Saneantes do Instituto Adolfo Lutz de São Paulo
recebeu, no segundo semestre de 2011, cinco amostras de matérias-primas de substâncias
controladas (uma contendo anfepramona, três de diazepam e uma de femproporex) coletadas
pela Vigilância Sanitária do Estado de São Paulo, como objeto de suspeita por substituição
fraudulenta do conteúdo por amido de milho. Este trabalho tem como objetivo apresentar os
resultados analíticos destas amostras. Métodos: Microscópio óptico (Zeiss mod. ® Primo Star);
Espectrofotômetro: espectrofotômetro UV-Vis (Hewlett Packard® modelo 8453A, série US
53400277); Sistema de cromatografia líquida de alta eficiência Agilent 1200 LC acoplado a
espectrômetro de massas- model 3200 (Applied Biosystems, Concord, Ontario, Canada) e
ionização por electrospray ionization (LC-ESI-MS/MS). Amido de milho para comparação
microscópica com as amostras, solução de lugol para identificação do amido. Padrões de
referências das substâncias correspondentes aos declarados nos rótulos das amostras para
identificação por cromatografia em camada delgada, espectrofotometria na região do
ultravioleta e espectrometria de massas.Resultados: A análise microscópica revelou presença
de amido em quatro das cinco amostras analisadas. Os resultados de não autenticidade das
amostras foram ainda analisadas por cromatografia em camada delgada CCD e confirmadas
por cromatografia líquida acoplada a espectrometria de massas (LC-ESI-MS/MS). Somente
uma das amostras revelou tratar-se de Anfepramona, conforme indicado no rótulo,
apresentando teor de 97% em peso tal e qual, atendendo aos requisitos farmacopeicos quanto
ao teor para esta matéria-prima ativa. As outras quatro amostras analisadas, contendo amido,
não corresponderam ao conteúdo declarado na rotulagem ou em bem menor quantidade.De
um modo geral, as formulações de medicamentos manipulados contendo anfepramona e
femproporex estão entre os anorexígenos mais prescritos pelos médicos sendo que a maior
parte do consumo destes fármacos se dá por meio de fórmulas manipuladas e aviadas por
farmácia magistrais, enquanto o diazepam é um dos fármacos do grupo dos benzodiazepínicos
mais utilizados no tratamento da ansiedade. Conclusão: As amostras que continham amido
caracterizaram-se como material falsificado, segundo legislação. É importante, portanto, o
estabelecimento da RDC n°67/2007 acerca das boas práticas de manipulação para o setor de
farmácias magistrais para a garantia da qualidade na produção de medicamentos manipulados
evitando até que as farmácias possam ser enganadas quando da aquisição principalmente dos
insumos ativos. É imprescindível que os gestores e profissionais técnicos das empresas
tenham compromisso ético com a saúde, considerando que cada profissional colabore com a
sua parte para a promoção da Assistência Farmacêutica do País, vinculada ou não ao Sistema
Único de Saúde (SUS).
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AF 05 - AS “FARMÁCIAS CASEIRAS” DOS USUÁRIOS ASSISTIDOS POR UMA EQUIPE
DE PROFISSIONAIS DA ATENÇÃO BÁSICA
LOCH, ANA PAULA¹, MISSUGIRO, EDSON MACHADO SIRAI ², DAMO, NEVONI GORETTI ¹,
SANTA HELENA, ERNANI TIARAJU DE ² .
Universidade Regional de Blumenau (FURB) ¹ Departamento de farmácia ² Departamento de
medicina
Com a consolidação das equipes de Estratégia Saúde da Família (ESF) nas últimas décadas,
como uma política de Estado tivemos ampliação dos recursos financeiros vindos de diversas
fontes, como o Pró-saúde e Pet-saúde. Desta forma, estudos relacionados com assistência
farmacêutica, acesso, adesão, uso racional de medicamentos, entre outros se tornaram
relevantes, porque estão relacionados com os serviços, a clínica e também com gestão. A
quantidade de medicamentos prescritos, patologias associadas à senescência com déficits
visuais, cognitivos e motores, facilidade de aquisição de medicamentos sem receita médica nas
farmácias comunitárias, automedicação por indicação de amigos, vizinhos e familiares,
gratificações a balconistas de farmácias pela venda de medicamentos, distribuição gratuita,
falta de controle na dispensação pelas farmácias ou “espaços” destinados a farmácias nos
serviços públicos em que o farmacêutico encontra-se ausente, entre outros são fatores que
favorecem a formação do estoque domiciliar de medicamentos, denominado também como
“farmácias caseiras”. Nesse sentido o interesse para esse estudo surgiu a partir da presença
de acadêmicos e tutores, membros dos grupos pet-saúde, na Atenção básica, onde o objetivo
do estudo foi conhecer aspectos relacionados ao armazenamento, conservação, validade,
descarte, grupos terapêuticos e as formas de aquisição dos medicamentos que compõem as
“Farmácias caseiras” de pacientes assistidos, por uma equipe da Estratégia Saúde da Família
(ESF), na cidade de Blumenau/SC. A metodologia compreende um estudo epidemiológico
descritivo transversal cuja amostra foi composta de 100 domicílios visitados durante os meses
de fevereiro e março/2012 pela pesquisadora, e o projeto foi aprovado no comitê de ética da
FURB sob nº 196/11. Para a coleta dos dados foi adaptado o questionário do estudo de
Bueno, Weber e Oliveira (2009), sendo excluídos da pesquisa os moradores ausentes no
momento da visita ou que se recusaram a participar. O principal local utilizado no domicílio para
o armazenamento foi o armário superior da cozinha em 36% do total de questionados. No total
de 282 medicamentos (média de 2,82 medicamentos/domicilio), os grupos terapêuticos
baseados no código ATC (Anatomical Therapeutic Chemical) que prevaleceram foram o dos
anti-inflamatórios não esteroides totalizando 36 tipos de princípios ativos (12,77%), antihipertensivos, verificou-se 21 tipos (7,45%) e antibióticos um total de 18 tipos (6,38%). Em
relação a conservação em 33% dos domicílios foi verificada a presença de luz direta sobre os
medicamentos e em 55% ausência de ventilação adequada. Entre os medicamentos que
sobraram de tratamentos anteriores ou com o prazo de validade expirado, 30% dos
entrevistados relatam descartar no lixo comum, apenas 16% devolve a unidade, enquanto 15%
guardam para utilizar novamente. Quanto ao uso, 12% afirmam não observar o aspecto físico
do medicamento antes de utilizar e 74% adquirirem nas farmácias da cidade e junto à equipe
de ESF, 72% adquirem mediante apresentação da receita médica, 22% por indicação na
farmácia. O estudo aponta que são escassas as informações sobre conservação,
armazenamento e descarte de medicamentos para a população desse estudo. Destaque para
a quantidade de antibióticos disponíveis, pois esses só podem ser adquiridos através de
retenção de receita médica e em farmácias onde o farmacêutico esteja presente.
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AF 06 - ATUAÇÃO DO NÚCLEO DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA DE UM DISTRITO
SANITÁRIO DO MUNICÍPIO DE JOÃO PESSOA ATRAVÉS DE OFICINA DE CAPACITAÇÃO
PARA PROFISSIONAIS DE EQUIPES DE SAÚDE DA FAMÍLIA
SOUSA, CRIS SLAYNE MIRANDA; PEREIRA NETO, PEDRO CELESTINO; JATAÍ, NATHÁLIA
BRITO
Secretaria Municipal de Saúde de João Pessoa - Paraíba
A Política Nacional de Medicamentos prioriza, dentre outros, o uso racional de medicamentos.
Tendo como base esta prioridade e a realidade da Assistência Farmacêutica Básica no Brasil,
onde ainda não é obrigatória a inserção do farmacêutico na equipe mínima da Estratégia de
Saúde da Família (ESF), o Núcleo de Assistência Farmacêutica do Distrito Sanitário III do
Município de João Pessoa, vem trabalhando no sentido de capacitar os profissionais
responsáveis por gerir os insumos nas Unidades de Saúde da Família (USF) deste município,
através de Oficinas Pedagógicas de Capacitação.
A ausência do profissional farmacêutico e a alta rotatividade dos demais profissionais nas
USF’s geram a fragmentação do ciclo da Assistência Farmacêutica e o uso irracional dos
medicamentos, acarretando em perda dos insumos por expiração do prazo de validade,
entrega de medicamentos sem a devida orientação e fragilidade no que tange as boas práticas
de armazenamento.
Desta forma, utilizamos as Oficinas Pedagógicas como ações estratégicas para disseminar a
esses profissionais informações sobre Boas Práticas, utilizando como material didático, folders,
listas de medicamentos pactuados por serviço de referência e Manual de Boas Práticas em
Farmácia. Esse material foi elaborado pelo Núcleo de Assistência Farmacêutica do DSIII e
trabalhado de forma dialógica e dinâmica com os referidos profissionais.
A partir desta oficina, foi possível vivenciar as dúvidas e angústias destes profissionais,
compartilhar saberes com os mesmos e perceber a necessidade do profissional farmacêutico
atuando efetivamente no cotidiano da ESF.
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AF 07 - AUTOMEDICAÇÃO POR IDOSOS E FATORES RELACIONADOS
FARIAS, Andrezza Duarte; MAIA, Túlio Salgado; MARTINS, Rand Randall.
Curso de Bacharelado em Farmácia, Centro de Educação e Saúde, Universidade Federal de
Campina Grande
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a automedicação pode ser entendida como
o ato de comprar e utilizar medicamentos sem prescrição médica a fim de tratar um sintoma ou
doença auto-diagnosticada. Pode trazer inúmeros prejuízos como gastos desnecessários,
atrasos no diagnóstico e terapêutica, reações adversas, alérgicas e intoxicações. Com o
processo de envelhecimento, os idosos desenvolvem várias doenças crônicas, o que pode
contribuir para a prática da automedicação. Assim, o objetivo do estudo foi identificar a prática
da automedicação por idosos e os fatores relacionados. Para tanto, foi realizado um estudo
descritivo e transversal, durante os meses de março e abril de 2012 junto aos 50 idosos
participantes de um grupo de terceira idade do município de Currais Novos, RN. Para a coleta
de dados, foram feitas entrevistas utilizando questionário semi-estruturado, o qual continha
informações sócio-demográficas e variáveis referentes à saúde dos idosos, utilização de
medicamentos e fatores relacionados à automedicação. A análise dos dados foi feita pelos
programas Microsoft Office Excel® e SPSS versão 17.0, os medicamentos foram classificados
conforme a Classificação Anatômico Químico e Terapêutico (ATC). A pesquisa foi aprovada
pelo Comitê de Ética em Pesquisas com Seres Humanos do Hospital Universitário Alcides
Carneiro da Universidade Federal de Campina Grande registrado pelo processo nº 20121403017. Os entrevistados tinham uma média de idade de 69,7 anos, sendo 92,0% do sexo
feminino, 34,0% viúvos, com renda de até um salário mínimo (42,0%). Dos idosos, 94,0%
declararam ter problemas de saúde, sendo os mais freqüentes: problemas cardiovasculares
(70,0%) e no sistema músculo-esquelético (34,0%). Foi identificada uma média de 3,0
medicamentos utilizados por idoso. Em relação à automedicação, 94,0% afirmaram usar
medicamentos sem prescrição médica, com uma freqüência de uma ou mais vezes no ano
(66,0%) e no mês (23,5%). Os medicamentos mais utilizados para automedicar-se foram os
que atuam no sistema músculo-esquelético (76,0%), respiratório (22,0%) e trato alimentar e
metabólico (16,0%). As situações mais freqüentes para a automedicação foi dor (72,3%) e
gripe (14,9%), por considerar o problema de saúde simples (44,7%) e falta de acesso aos
serviços de saúde (27,7%). A experiência própria (40,4%) e a orientação de amigos e parentes
(29,8%) foram as principais formas de indicação. O local onde os idosos adquirem os
medicamentos para a prática da automedicação foi na farmácia comercial (83,0%) e farmácia
caseira (6,4%). Assim, podemos considerar a automedicação uma prática bastante comum
entre os idosos. Atentou-se para o fato do principal local de acesso aos medicamentos para a
automedicação ser a farmácia comercial, tendo em vista que é freqüente a ausência do
farmacêutico, fato que pode contribuir para o uso errôneo dos medicamentos adquiridos, em
virtude da falta de orientação. Evidenciou-se também a necessidade de orientar os idosos
sobre os riscos da automedicação.
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AF 08 - AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE PRODUTOS SANEANTES E ANTISSÉPTICOS
UTILIZADOS EM HOSPITAIS DA REDE PÚBLICA
SANTA BÁRBARA MARIA CRISTINA1*; MIYAMARU LÍGIA LURIKO1; ALMODOVAR ADRIANA
APARECIDA BUZZO1; YANO HELENA MIYOCO1; LIMA RENATA DE FRANÇA2; BUGNO
ADRIANA1.
1
Instituto Adolfo Lutz
COVISA - Coordenação de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal da Saúde, São
Paulo, SP.
2
A infecção hospitalar é definida como toda infecção adquirida após a admissão do paciente e
que se manifesta durante a internação ou após alta podendo resultar em risco ao paciente.
Com o intuito de detectar problemas relacionados a produtos de interesse à saúde, bem como
a sua eficácia na prevenção e controle das infecções nos hospitais públicos, foi estabelecido o
Programa Municipal de Monitoramento da Qualidade de Produtos Saneantes Domissanitários e
de Antissepsia, entre o Instituto Adolfo Lutz e a Coordenação de Vigilância em Saúde do
Município de São Paulo. Foram realizados os ensaios de rotulagem de acordo com a
legislação vigente, teor do ativo, pH e ensaios microbiológicos conforme métodos oficiais em
amostras correspondentes a 22 saneantes, 25 antissépticos e 07 saneantes diluídas no
hospital a fim de avaliar a adequação dos procedimentos de preparação para higienização,
limpeza e desinfecção dos ambientes hospitalares. Das amostras analisadas, 07 desinfetantes
estavam insatisfatórias quanto ao teor, ausência de atividade antimicrobiana e/ou por
rotulagem. Com relação às amostras diluídas de desinfetantes, foi observado que 42,86% dos
produtos não apresentaram atividade antimicrobiana, o que demonstrou carências no
treinamento de pessoal envolvido com o manuseio dos produtos e como este despreparo pode
contribuir para a falta de eficácia na desinfecção de utensílios e ambientes hospitalares, além
de ter indicado a necessidade de constante treinamento por parte dos responsáveis pelos
procedimentos de limpeza e desinfecção nestes estabelecimentos de saúde. A presença de
contaminação microbiana evidenciou problemas de atendimento às Boas Práticas de
Fabricação e Controle, o que deve ser alvo de intervenções futuras de autoridades sanitárias, a
fim de melhorar o perfil de qualidade e eficácia de produtos saneantes. O Programa se mostrou
importante instrumento de intervenção proativa da autoridade sanitária ao verificar a qualidade
de produtos pós-comercialização e contribuir para implementação de rotinas adequadas de
limpeza e desinfecção nos ambientes hospitalares. No que se refere à antissepsia, ainda que
para alguns casos de suspeitas de desvios de qualidade ligadas às reações nos pacientes não
se justificaram pelos resultados satisfatórios das análises, sugerindo que estas reações
estariam ligadas às susceptibilidades individuais que podem ocorrer mesmo que o produto
atenda às especificações de qualidade.
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AF 09 - AVALIAÇÃO DO USO DE ANTIDEPRESSIVOS DISPONIBILIZADOS NA REDE
BÁSICA DE SAÚDE EM SÃO MIGUEL DO OESTE
BERNARDI, CAMILA ANDREIA1; CUNICO, CÁSSIA1,2; SPENGLER, ANA QUELI HORST
TRAZEL1.
1
Secretaria Municipal de Saúde de São Miguel do Oeste, Santa Catarina, Brasil;
Regional de Saúde, São Miguel do Oeste, Santa Catarina, Brasil.
2
Gerência
Introdução: De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a depressão afeta cerca de 121
milhões de pessoas em todo o mundo. Estima-se que nas próximas décadas o número de
novos deprimidos sofrerá um grande aumento, sendo que em 2020, a depressão representará
a segunda afecção que mais perpassará os anos de vida útil da população mundial. Desta
forma, o consumo de medicamentos antidepressivos tem apresentado significativo aumento
nas últimas décadas. Porém, existem poucos estudos brasileiros de base populacional a fim de
investigar o consumo destes medicamentos. Assim, avaliou-se a utilização de 03
antidepressivos disponíveis na rede básica pela população do município de São Miguel do
Oeste, SC, analisando-se o número de unidades dispensadas, alterações no consumo ao
longo de um determinado período e o perfil da população usuária desta classe farmacológica
em relação à faixa etária e ao gênero. Métodos: Foi realizada análise retrospectiva dos
Balanços de Medicamentos Psicoativos e Outros Sujeitos a Controle Especial (BMPO) da
Farmácia Básica da Secretaria Municipal de Saúde de São Miguel do Oeste durante o período
de 2009 a 2011. Avaliou-se o consumo trimestral e anual, em unidades, de 03 medicamentos
antidepressivos de maior demanda, sendo eles, Fluoxetina 20 mg, Amitriptilina 25 mg e
Sertralina 50 mg. Ainda, foi verificado, por meio de relatórios do sistema informatizado de
controle de estoque, o perfil dos usuários destes medicamentos em relação à faixa etária e ao
gênero. Resultados e Conclusão: No ano de 2009, Fluoxetina, Amitriptilina e Sertralina foram
responsáveis por 42,3% da demanda em comprimidos por medicamentos sujeitos a controle
especial dispensados à população pela Farmácia Básica, sendo 20,7%, 17,9% e 3,7% para
cada um, respectivamente. Ressalta-se que este último resultado foi obtido em virtude da
inserção deste item na lista básica ter ocorrido no final do ano anterior, o que também justifica o
resultado a seguir. Nos anos de 2010 e 2011, observou-se um aumento expressivo na
demanda dos 03 antidepressivos estudados em relação ao ano de 2009, principalmente para a
Sertralina (28,4% e 42,1% para Fluoxetina, 30,8% e 52,6% para Amitriptilina e 270,5% e 578%
para Sertralina). Quando avaliado a faixa etária, a Fluoxetina mostrou perfil diferente dos
usuários, com maior demanda na faixa etária acima de 65 anos no sexo masculino e entre 4045 anos para as mulheres, enquanto a Amitriptilina e a Sertralina foram mais utilizadas na faixa
etária acima de 65 anos em ambos os gêneros. Entre os gêneros, a população feminina
apresentou maior consumo dos antidepressivos, correspondendo a 80,6%, 72% e 83,8% para
Fluoxetina, Amitriptilina e Sertralina, respectivamente. Tais resultados evidenciam o aumento
crescente do consumo de antidepressivos e ressaltam a importância do farmacêutico no
atendimento a este grupo de pacientes, uma vez que os principais usuários são idosos, que
utilizam polifarmacoterapia e estão, portanto, sujeitos a maior risco de manifestação de eventos
adversos aos medicamentos.
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AF 10 - CONTRIBUIÇÕES DO PET-SAÚDE PARA A FORMAÇÃO PROFISSIONAL
LOCH, ANA PAULA¹, MISSUGIRO, EDSON MACHADO SIRAI ², DAMO, NEVONI GORETTI ¹,
SANTA HELENA, ERNANI TIARAJU DE ² .
Universidade Regional de Blumenau (FURB)
¹ Departamento de farmácia
² Departamento de medicina
O Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde - PET-Saúde de acordo com seus
princípios e necessidades, visa a educação para o trabalho, disponibilizando bolsas para
tutores, preceptores (profissionais dos serviços) e estudantes de graduação da área da saúde,
sendo uma das estratégias do Programa Nacional de Reorientação da Formação Profissional
em Saúde, o PRÓ-SAÚDE, que esta em implementação no país desde 2005. Na Universidade
Regional de Blumenau (FURB) realizado em parceria com a Secretaria de saúde do município
(SEMUS), dez cursos de graduação da área da saúde estiveram envolvidos com o Pet-saúde
através de grupos. O projeto desenvolvido no período de três anos (2009/2011) contou com a
participação de 4 grupos que desenvolveram atividades de forma integrada nas unidades da
Estratégia de Saúde da Família (ESF) do município, inicialmente aprovado no comitê de ética
da FURB sob nº 043/09. Cada grupo formado por 1 (um) tutor acadêmico, 30 estudantes sendo 12 estudantes monitores e 1 (um) preceptor. O grupo B: Uso racional de medicamentos
e adesão terapêutica desenvolveu atividades de ensino/pesquisa/extensão em seis unidades
de saúde. O objetivo desse estudo foi descrever as percepções dos acadêmicos acerca de
contribuições que o pet-saúde proporcionou para sua formação. A Metodologia para esse
trabalho foi às anotações feitas sobre as observações e falas dos acadêmicos/petianos pela
tutoria durante o último encontro entre acadêmicos/petianos, preceptores e tutores em que os
acadêmicos/petianos tiveram a oportunidade de avaliar sua participação nas atividades durante
o período em que participaram. Nesse sentido cabe destacar aqui algumas das falas: i) “...
melhorou minha relação com o paciente e com a equipe de saúde”; ii) “Proporcionou a reflexão
sobre minha prática”; iii) “oportunidade de compreender a prática da ESF”; v) “...colocar o
conhecimento a prova”. Cabe destacar que as reflexões aqui contidas são preliminares,
portanto, apenas registram impressões. Diante do exposto conclui-se que o Pet-Saúde, na
medida em que promove inserção de acadêmicos de diferentes áreas da saúde, desde os
primeiros períodos do curso, nas atividades desenvolvidas nas unidades da ESF, favorecem a
formação profissional apto para atuar na perspectiva interdisciplinarmente, explorando
potencialmente os recursos que esse nível de complexidade de atenção em saúde pode
oferecer. A passagem do acadêmico pelo pet-saúde pode contribuir também com mudanças no
processo educacional na medida em que proporciona a reflexão sobre a forma de se “fazer
saúde” nas equipes de ESF.
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AF 11- DESENVOLVIMENTO E VALIDAÇÃO DE METODOLOGIA ANALÍTICA, PARA
DETERMINAÇÃO DE BROMIDRATO DE FENOTEROL
1
YANO HELENA MIYOCO, 1FARIAS FERNANDA FERNANDES, 1DEL BIANCO MARCELO
BEIRIZ, 2GARCIA PEDRO LOPEZ
1-Instituto Adolfo Lutz,
2-Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo/SP.
Introdução: O bromidrato de fenoterol BF é um agente simpatomimético com ação seletiva no
receptor beta 2 adrenérgico, utilizado como broncodilatador e também como tocolítico. No
Brasil, as formas farmacêuticas que contém o princípio ativo são principalmente encontradas
em forma de solução, comprimidos e aerossol dosificados para inalação. Na literatura há
poucos trabalhos sobre validação de métodos e não temos metodologia oficial na Farmacopéia
Brasileira sobre o composto. O presente estudo consiste no desenvolvimento e validação de
método analítico por HPLC, para determinação de BF em soluções inalatórias. Métodos: Padrão utilizado: BF. Amostras: três soluções inalatórias (5mg/mL FN) de indústrias
farmacêuticas distintas. Equipamento: cromatógrafo líquido de alta eficiência Gilson®, coluna
Thermo® C18 (150 X 3,9 mm, 5 µm). Fase móvel constituída de acetonitrila - solução aquosa
de trietilamina a 0,1% (30:70) com pH ajustado para 5.0 com ácido fórmico, uso de sistema
binário, sendo o fluxo de 1.0 mL/min. Injetor automático com loop fixado para 10 µL, detector
UV a 276 nm. Foram analisados parâmetros como linearidade, contendo soluções diluídas do
padrão na faixa de 0,025 até 0,15 mg/mL. Precisão com solução a 0,06 mg/mL repetindo-se
cada amostra 10 vezes ao dia por 3 dias consecutivos, em duplicata. Recuperação avaliada em
3 concentrações diferentes, em triplicata. Seletividade: preparou-se placebo de acordo com
formulações declaradas por fabricantes. A robustez foi avaliada com mudança de composição
da fase móvel, fluxo e leitura em diferentes comprimentos de onda. A estabilidade: degradação
neutra, ácida, alcalina e oxidação com H2O2.. Resultados: O método analítico proposto foi
adequado e robusto por HPLC para a determinação de BF. Boa quantificação foi atingida com
detecção UV a 276 nm, curva analítica com coeficiente de correlação >0,999, indicando
linearidade adequada. O limite de detecção e quantificação de BF foram 0,00388479 e
0,01177209 mg/mL respectivamente. Tanto para repetibilidade como precisão intermediária (3
dias consecutivos), o desvio padrão relativo obtido foi < 2.00%, o que revelou boa
reprodutibilidade do método. A recuperação do método resultou em uma média de 97,24 101,40%, demonstrando não interferência dos excipientes, o que também revela sensibilidade
do método com a análise de comparação com placebo. A estabilidade foi estabelecida
forçando a degradação do fármaco, sendo a maior porcentagem, 45% por pH alcalino. Para a
robustez foram feitas análises em triplicatas para cada variação e os valores obtidos mostraram
que as mudanças com a fase móvel e decção UV foi praticamente invariável, abaixo de 102%.
Mesmo com a alteração maior para o fluxo, o método não mostrou alterações significantes. O
método apresentado foi considerado robusto, rápido, preciso, sensível e linear na faixa de
0,025 mg/mL até 0,15 mg/mL. Conclusão: O método proposto pode ser considerado simples,
rápido, preciso, e sensível, para ser aplicado em análisew de controle de qualidade do BF em
solução inalatória de amostras comerciais.
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AF 12 - FARMACOVIGILÂNCIA DE FITOTERÁPICOS CONTENDO CYNARA SCOLYMUS
COMERCIALIZADOS EM FARMÁCIAS VIRTUAIS
SILVA, CF1; SILVA, CFTS2; XIMENES, RM3; MARTINS, RD4
1
Nutricionista da Secretaria de Saúde de Olinda, Olind/PE;
Universidade Federal de Pernambuco, Centro Acadêmico de Vitória, Núcleo de Enfermagem;
2
Universidade Federal do Ceará, Pós-graduação em Farmacologia, Departamento de
Fisiologia e Farmacologia;
4
Universidade Federal de Pernambuco, Centro Acadêmico de Vitória, Núcleo de Nutrição;
2
Introdução: Cynara scolymus L., conhecida popularmente como alcachofra, é uma das plantas
medicinais com maior número de produtos farmacêuticos comercializados. Suas folhas são
frequentemente utilizadas na medicina popular de muitos países, para tratar várias doenças
como hepatite, hiperlipidemia, obesidade e distúrbios dispépticos. A regulamentação dos
medicamentos fitoterápicos no Brasil é realizada pela ANVISA e muitos fitoterápicos são
comercializados pela internet, através das farmácias virtuais, de forma descontrolada e sem
fiscalização, levando riscos à saúde do consumidor como intoxicações, surgimento de reações
adversas, ineficácia terapêutica e interações medicamentosas e/ou alimentares. O objetivo
deste trabalho foi analisar a comercialização de fitoterápicos à base de Cynara scolymus L. em
farmácias virtuais brasileiras. Método: O estudo, do tipo descritivo observacional, ocorreu no
primeiro semestre de 2011, através do levantamento dos fitoterápicos cadastrados na ANVISA
contendo a planta medicinal estudada com posterior investigação sobre a comercialização
destes fitoterápicos em 44 farmácias virtuais na internet. Resultados: Foram encontrados 50
medicamentos fitoterápicos à base de alcachofra registrados na ANVISA, comercializados
através de 360 especialidades farmacêuticas, sendo 18 fitoterápicos compostos (36%) e 32
simples (64%). Os valores cobrados pelas farmácias virtuais no momento da comercialização
variaram conforme as preparações, formas farmacêuticas e marketing comercial,
considerando-se promoções realizadas pelos sites destas farmácias. As indicações
terapêuticas prevalentes foram ações colagoga e colerética (94%), seguidas de
hepatoprotetora e lipotrópica (6%). A presença de fitoterápicos com registros vencidos foi
observada em 64% das preparações, dentre os quais, alguns desde 2003. Também se
observou a comercialização de 02 fitoterápicos não registrados na ANVISA e comercializados
em 18,2% das farmácias virtuais pesquisadas, dentre as quais apenas 7,8% disponibilizavam
as bulas para consultas. Conclusão: A comercialização de produtos à base de Cynara
scolymus L. em farmácias virtuais necessita de atenção com relação às
formulações/indicações, validade dos registros e atenção farmacêutica adequada, com
comercialização criteriosa e notificação de eventos associados ao uso destes, contribuindo
para o uso seguro e racional de fitoterápicos.
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AF 13 - FORMULÁRIO DE SOLICITAÇÃO DE ANTIMICROBIANOS: FERRAMENTA PARA O
CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR?
ALENCAR, BRUNO RODRIGUES; ALENCAR, TATIANE DE OLIVEIRA SILVA; SANTOS,
PALOMA OLIVEIRA DOS
Curso de Ciências Farmacêuticas da Universidade Estadual de Feira de Santana, Bahia, Brasil
A resistência antimicrobiana causada pelo uso irracional de medicamentos tanto em nível
comunitário ou hospitalar tem sido motivo de preocupação para profissionais de saúde em todo
o mundo. O aparecimento de cepas multirresistentes a antibióticos, gerando inclusive óbitos de
pacientes por falta de alternativa farmacoterapêutica causou alerta nos organismos de saúde.
Podemos mencionar como exemplos, a “superbactéria” Klebsiella pneumoniae carbapenemase
(KPC), os enterococos resistentes à vancomicina, as enterobactérias produtoras de betalactamases, a Pseudomonas aeruginosa resistente ao imipenem e os casos de Staphylococcus
aureus com resistência aumentada à vancomicina. No ambiente hospitalar nota-se que os
prescritores, principalmente os internos e residentes, sentem-se inseguros perante casos
agudos de alta complexidade e a fim de evitar desastres nas 24 horas seguintes prescrevem
antibióticos de amplo espectro ou a combinação de vários de pequeno espectro e também
repetem as prescrições prolongando o uso além do necessário. Além da falta de informação, os
médicos são pressionados pelos fabricantes a prescrever o que é mais novo e mais caro
(WANMACHER, 2002, 2004). Dessa forma, cabe às Comissões de Controle de Infecção
Hospitalar (CCIH) a vigilância e controle no uso de antimicrobianos, seja por meio da criação
de protocolos para a solicitação de antimicrobianos de uso reservado ou até mesmo do
trabalho cooperativo entre os prescritores, os médicos da CCIH e os farmacêuticos hospitalares
e bioquímicos. Neste sentido, o objetivo deste trabalho foi analisar como se configura o
processo de solicitação de antimicrobianos de uso reservado em um hospital público da Bahia,
Brasil. Trata-se de um estudo descritivo que tem como fonte de dados secundários os
Formulários de Solicitação de Antimicrobianos de Uso Reservado, dos meses de janeiro a abril
de 2012. Para análise dos dados utilizou-se a estatística descritiva. A pesquisa foi autorizada
pelo Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento do Hospital (Processo № 0265/2012). Foram
analisados 312 formulários, sendo que 56,1% foram solicitações para pacientes do sexo
masculino. Todos os formulários possuíam assinatura do médico solicitante e apenas três não
possuíam o carimbo. No total foram solicitados e dispensados pela farmácia 383 antibióticos de
uso reservado, sendo os mais requeridos: ciprofloxacino (16,2%), imipenem (14,1%),
ceftriaxona (13,8%), cefepime (12,8%), clindamicina (11,7%), vancomicina (9,4%) e piperacilina
+ tazobactam (9,1%). Os diagnósticos mais frequentes foram de infecções do trato respiratório
(27,6%), sepse (18,7%) e infecção do trato urinário (7,9%). Quanto às omissões no
preenchimento destaca-se: 51,6% dos formulários não constavam a solicitação de cultura e
87,8% as justificativas para tal; 21,6% dos diagnósticos; 79,5% o uso de outros antibióticos
pelo paciente e 20,2% o tempo provável de duração do tratamento requerido. Diante disso,
verifica-se que não há uma adesão dos prescritores quanto ao preenchimento de todos os
campos do formulário que poderia constituir-se em uma das ferramentas da CCIH para o uso
racional de antimicrobianos. Assim, para que os pacientes sejam tratados de forma segura e
que a seleção de bactérias resistentes no ambiente hospitalar não coloque em risco a
sociedade é preciso haver uma integração entre os profissionais e uma política institucional que
tenha como diretriz o uso racional de medicamentos.
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AF 14 - GESTÃO FARMACEUTICA: UM INSTRUMENTO PARA MINIMIZAR BARREIRAS
AO SUCESSO DA TERAPIA ANTIRRETROVIRAL
ANDRÉ, ANA PAULA ALVES; SOUSA FILHO, MARTINHO DE MENESES; NASCIMENTO,
SÔNIA TEREZINHA ALBUQUERQUE; GOMES, GIULIANA RODRIGUES PEREIRA FERRARI;
COSTA, KELEN FIDELES DA; NERI, VALÉRIA CRISTINA CARVALHO.
Prefeitura Municipal de Conselheiro Lafaiete(PMCL), Secretaria Municipal de Saúde (SMS),
Centro de Promoção da Saude (CPS)
INTRODUÇÃO E OBJETIVOS: Qualidade e eficiência na gestão da Assistência Farmacêutica
(AF) estão condicionadas ao processo de trabalho, recursos humanos e utilização adequada
dos medicamentos, englobando conhecimentos que conduzam à redução de perdas e custos,
adequação de serviços e maximização de resultados (BRASIL, 2001). Após a criação do SUS,
o Ministério da Saúde passou a garantir o fornecimento dos antirretrovirais (ARV’s) aos
portadores de HIV que se enquadram nas recomendações terapêuticas e a gestão
farmacêutica ganhou importância, devido ao custo elevado dos ARV´s e à necessidade de
incentivo à adesão ao tratamento para sucesso da terapia. A responsabilidade pela
dispensação dos ARV’s passa a ser das Unidades Dispensadoras de Medicamentos (UDM),
que em Conselheiro Lafaiete está inserida no Centro de Promoção da Saúde (CPS), serviço
que disponibiliza acompanhamento multiprofissional às pessoas que vivem e convivem com o
vírus HIV. Este trabalho objetiva descrever a implantação da AF na UDM/CPS com vistas ao
sucesso da terapia antirretroviral. METODOLOGIA: Trata-se de estudo descritivo com
abordagem qualitativa. À partir de 2004 a UDM passou por reformulações administrativas e
principalmente em 2009, após a contratação de outro farmacêutico, a gestão farmacêutica vem
desenvolvendo ações que permitiram: regularizar cadastro dos ARV’s e pacientes no Sistema
de Controle Logístico de Medicamentos (SICLOM); reorganizar processos de gerenciamento de
estoques e viabilizar ações voltadas à adesão ao tratamento, adequar a área física da UDM.
RESULTADOS: Desde o início da implantação do gerenciamento farmacêutico da UDM até a
inauguração do novo prédio do CPS em 2011, várias ações dos farmacêuticos com
contribuição da gestão administrativa resultaram em premiação para a UDM/CPS no IV
Encontro Estadual de Farmacêuticos (2009) como a segunda melhor UDM do estado de Minas
Gerais. Destas destacamos: dispensação de ARV’s por farmacêuticos em tempo integral, com
incentivo à adesão; implantação de prontuário farmacêutico individualizado e de Procedimentos
Operacionais Padrão para dispensação e programação ascendente, o que normatizou ações e
facilitou a logística; registro de informações relativas à adesão no prontuário médico e
farmacêutico; busca ativa de pacientes em abandono de tratamento e adequação da
estocagem dos ARV's. A dispensação em tempo real com controle de validade e lotes,
conferência diária pelo SICLOM, remanejamento para evitar perdas e participação no inventário
nacional anual, melhorou o controle de estoque e garantiu a continuidade dos tratamentos. A
UDM/CPS tem 181 pacientes cadastrados e com demanda crescente, a nova sede melhorou a
organização e estrutura física da UDM, com duas salas de atendimento, sendo um consultório
individualizado. O almoxarifado, separado da área de atendimento, possibilitou controle e
aumento de itens e volumes em estoque. CONCLUSÃO: As melhorias estruturais,
administrativas e dos processos de trabalho da UDM possibilitaram atender critérios legais e
identificar interações medicamentosas, melhorando o manejo de toxicidade das drogas,
barreiras importantes ao sucesso da terapia antirretroviral. Como evolução deste trabalho,
objetivando o reforço à adesão ao tratamento com base em dados epidemiológicos, está sendo
desenvolvido neste serviço um projeto de mestrado cuja perspectiva é identificar fatores
associados a não adesão ao tratamento.
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AF 15 - NECESSIDADE DA IMPLANTAÇÃO DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA EM UM
MUNICÍPIO DO INTERIOR DO MATO GROSSO
OLIVEIRA, ARIELLY FURTADO BENTO1; SCHWAB, ELIENE MARIA1; DOLCE, VANESSA
BERGO HIDALGO2; DOLCE, ANDERSON VALNEI3.
INTRODUÇÃO: Em 1988 foi estabelecido pela Constituição Federal o Sistema Único de Saúde
(SUS), que passou a integrar Assistência Farmacêutica (AF) como atividade relacionada a
medicamentos, envolvendo uma equipe multidisciplinar; constituída pelas etapas de seleção,
programação, aquisição, armazenamento, distribuição e dispensação de medicamentos.
MÉTODOS: A pesquisa se caracteriza como observacional de corte transversal. Utilizou-se a
documentação indireta. Do tipo quantitativo-qualitativa, que levantou uma análise sobre a
deficiência do farmacêutico nas atividades do SUS e os prejuízos causados por esta.
Aplicaram-se questionários com perguntas abertas e fechadas aos funcionários públicos
mediante o esclarecimento sobre os objetivos, garantindo sigilo da sua identificação. Os dados
foram coletados nos meses de janeiro a abril de 2012 e avaliados em porcentagens.
RESULTADOS: De acordo com a análise dos questionários nenhum PSF possui farmacêutico
na dispensação de medicamentos, sendo que 96,93% dos entrevistados relataram sobre a
necessidade deste, assim a dispensação ocorre em 93,86% por técnicos de enfermagem. É
inexistente atenção farmacêutica, por isso vários relatos de problemas e intoxicações por
medicamentos poderiam ser evitadas com a presença deste profissional. As Infraestruturas das
farmácias dos PSFs são inadequadas, atingindo resultados insatisfatórios, de acordo com a
ANVISA. Nenhuma das unidades possui controle de temperatura e umidade, ar condicionado e
seguimento de POPs, com exceção do CAF. Nos PSFs o armazenamento dos medicamentos
encontra-se com presença de poeiras e contaminantes, 14,30% em contato com a parede e
71% com outros produtos. Na ausência deste profissional os medicamentos essenciais faltam à
população, pois não há seleção de acordo com o perfil epidemiológico local. O farmacêutico
não participa das licitações não cumprindo com o objetivo de suprir as unidades em
quantidade, qualidade e menor custo/efetividade, visando manter a regularidade e
funcionamento do sistema. CONCLUSÃO: Para satisfazer a necessidade da (AF) é
imprescindível à presença do farmacêutico nos PSF e no CAF, para cumprir cada etapa do
ciclo. Este profissional pode assegurar melhores condições de acondicionamento, transporte e
atenção farmacêutica. O ciclo sendo cumprido pelo farmacêutico gera aumento dos cofres
municipais e segurança à saúde da população.
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AF 16 - O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO SITUACIONAL COMO FERRAMENTA DA
PRÁTICA FARMACÊUTICA
FONTENELE, RAFAEL PORTELA
Curso de Especialização a Distância em Gestão da Assistência Farmacêutica - Universidade
Federal de Santa Catarina
Introdução: O Planejamento Estratégico Situacional (PES) é um método de planejamento em
que ação, situação e ator formam um todo complexo, centrado em problemas e em operações
que deverão ser desencadeadas para o enfrentamento desses problemas. O processo de PES
é concebido através de 4 momentos fundamentais e dinâmicos: momento explicativo,
normativo, estratégico e tático-operacional. Assim, objetiva-se mostrar a aplicabilidade do PES
na prática farmacêutica, a partir de uma experiência em Teresina-PI. Métodos: O objeto de
estudo constitui-se na análise de um Plano Operativo (PO) desenvolvido como parte da
aplicação do PES na prática do serviço de um farmacêutico do território de Teresina-PI. Foi
priorizado um problema central para o PO a partir de uma oficina realizada em setembro de
2011, onde participaram atores envolvidos no serviço de Supervisão de Farmácia da
Coordenadoria Regional de Saúde Leste/Sudeste (CRS): um auxiliar de Farmácia e um
administrador de uma Unidade Básica de Saúde (UBS); um enfermeiro supervisor de Equipes
de Saúde da Família; além do farmacêutico supervisor de farmácia da CRS. Resultados: Os 4
momentos do PES foram realizados e geraram instrumentos e matrizes para sintetizar as
informações obtidas ou elaboradas: no momento explicativo procedeu-se a análise do território,
identificação e priorização dos problemas, bem como a definição da imagem-objetivo e
explicação do problema priorizado, através de um diagrama de descritores, causas e
consequências tipo espinha de peixe; no momento normativo houve a definição de objetivos
específicos, operações e ações a serem desenvolvidas; no momento estratégico analisou-se a
viabilidade e factibilidade do PO, com recursos necessários e responsáveis; e no momento
tático-operacional, traçou-se o acompanhamento e avaliação do PO. Dessa forma, a
comunicação e integração do setor de farmácia das UBS com demais setores do serviço e com
a supervisão de farmácia foi o problema priorizado. A partir dele foram gerados 4 objetivos
específicos: 1) definição de periodicidade de reuniões para articular o serviço e torná-lo
resolutivo; 2) estabelecimento de atribuições específicas por setor para que este atenda a
necessidade dos usuários e seja integrado aos outros serviços; 3) capacitação os recursos
humanos envolvidos para que tenham conhecimento de suas atribuições e os fluxos
interrelacionados dentro do SUS; e 4) disponibilização de subsídios infraestruturais e
operacionais para o desenvolvimento das atribuições definidas. Estes, por sua vez,
desencadearam operações, ações e atividades estratégicas bem definidas. Conclusão:
Apesar de certa complexidade e dinamicidade do PES, este pode ser perfeitamente aplicado
na prática diária do serviço farmacêutico, gerando produtos concretos da sua aplicabilidade.
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AF 18 - PERFIL DA AUTOMEDICAÇÃO ENTRE OS ACADÊMICOS DO ÚLTIMO ANO DOS
CURSOS DE ENFERMAGEM NO MUNICÍPIO DE CAMPO GRANDE - MATO GROSSO DO
SUL
CHAGAS, VIRGINIA OLIVEIRA1; TOFFOLI- KADRI, MÔNICA CRISTINA 2; CARDOSO FILHO,
NORMANDIS3
1
Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO)
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
3
Universidade Anhaguera - Uniderp
2
Introdução: A automedicação é uma prática comum de auto - atenção à saúde, consistindo no
consumo de um produto que o indivíduo acredita que lhe trará benefícios no alívio dos
sintomas em determinada situação, sem prescrição médica. Objetivo: Este estudo teve como
objetivo avaliar o perfil da automedicação entre os acadêmicos do último ano dos cursos de
Enfermagem no município de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, sendo desenvolvido em
três universidades que oferecem o curso de Enfermagem: Universidade para o
Desenvolvimento do Estado e da Região do Pantanal - UNIDERP, Universidade Católica Dom
Bosco - UCDB e Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - UFMS. Métodos: O
instrumento para coleta dos dados foi um questionário semi-estruturado com perguntas abertas
e fechadas sobre automedicação contendo questões relacionadas à aquisição, conhecimento e
uso de medicamentos. Resultados: Foram entrevistados 211 acadêmicos. A porcentagem de
acadêmicos que afirmaram ter praticado a automedicação foi de 97%. Foi observado que 46%
dos entrevistados se automedicaram por conta própria, seguido da indicação de um balconista
(14%), e 10% receberam orientação de um farmacêutico. Os grupos terapêuticos mais
utilizados na automedicação foram os analgésicos, antitérmicos e antiinflamatórios. Os
principais motivos que geraram automedicação foram cefaleia (89%), febre (73%) e
resfriado/gripe (72%). Dentre os acadêmicos entrevistados, 26% afirmaram já trabalhar na área
de Enfermagem. A porcentagem de acadêmicos que já adquiriram medicamento de tarja
vermelha sem receita foi de 47%. Conclusão: Os dados encontrados demonstram que há um
elevado consumo de medicamentos sem prescrição médica pelos acadêmicos do último ano
dos cursos de Enfermagem de Campo Grande, MS. Observou-se que a prática de
automedicação está relacionada com as informações dos usuários sobre medicamentos,
associado com a autoconfiança dos acadêmicos, em relação ao conhecimento teórico/prático
adquirido na graduação, sugerindo então que estes podem ser fatores determinantes na prática
da automedicação.
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AF 19 - PRESCRIÇÕES PEDIÁTRICAS EM UM PRONTO-SOCORRO DE UMA CIDADE DO
INTERIOR DE SÃO PAULO
Soraya Ayres Pedroso; Luciane Cruz Lopes; Maria Inês de Toledo
Instituição: Universidade de Sorocaba-Uniso
Introdução: A prescrição na faixa etária pediátrica muitas vezes baseia-se em extrapolações e
adaptações do uso em adultos, informações obtidas de raros estudos populacionais e
consensos de especialistas. A avaliação da segurança dos medicamentos para crianças não
pode ser extrapolada de dados obtidos em adultos, pois os medicamentos tendem a ter
toxicidade distinta nesta população.Objetivo: Identificar o padrão de utilização de
medicamentos em uma unidade regional de emergência pediátrica e relacionar com uso off
label, suspeitas de reações adversas (RAM) e indicações clínicas sem evidências.Métodos:. A
amostra foi composta por 100 pacientes entre 0 e 12 anos, admitidos por um período mínimo
de 4 horas de permanência na Unidade Regional de Emergência (URE) de Pediatria do
Conjunto Hospitalar de Sorocaba. O cuidador responsável pelo paciente foi entrevistado com o
auxílio de instrumento semi-estruturado para verificação de dados sociodemográficos,
antecedentes familiares e fatores de risco para RAM. Os prontuários e as prescrições médicas
foram examinados durante a coleta de dados. O algoritmo de Naranjo et al. (1981) foi utilizado
para estabelecer o nexo causal entre o fármaco e a suspeita de RAM. A análise estatística foi
realizada através do programa Graph Pad In Stat, versão 3.0 para Windows. O trabalho foi
aprovado pelo Comitê de Ètica em Pesquisa em Seres Humanos sob o nº 019/09. Resultados:
A maioria dos pacientes tinha mais de dois diagnósticos (56%). Foram prescritos 744
medicamentos aos pacientes, o que corresponde a 82 fármacos, distribuídos em 35 classes
terapêuticas. A prevalência de uso global de medicamentos foi de 65,9% e 93% utilizaram
quatro ou mais medicamentos após a admissão na URE. Houve prevalência dos medicamentos
com ação sobre o sangue e órgãos hematopoiéticos e daqueles que atuam sobre o sistema
nervoso (85%); antiinfecciosos para uso sistêmico (58%) e finalmente os que atuam sobre o
sistema digestório (27%). Em relação ao uso racional dos medicamentos, verificou-se que o
uso não foi apropriado na maioria dos casos; a dose e a frequência foram adequadas em
menos de 25% dos casos, para todos os medicamentos de uso mais prevalente. As suspeitas
de RAM ocorreram em três pacientes, envolvendo o sistema dermatológico. Os prescritores
modificaram o uso registrado na Anvisa quanto a indicação clínica, dose e frequência de
utilização da maioria dos medicamento, caracterizando assim o uso off label, estatisticamente
significativo entre os grupos (p<0,0001). Conclusão: Houve uso off label de medicamentos
relacionado principalmente a faixa etária, frequência e doses utilizadas, evidenciando a falta de
conhecimento dos prescritores, a utilização de fontes de consulta não fidedignas ou mesmo a
inexistência de estudos mais detalhados sobre a utilização de medicamentos em crianças. Os
medicamentos foram prescritos de maneira inapropriada na maioria dos casos. A padronização
de medicamentos no hospital, bem como protocolos clínicos deveriam ser elaborados com
critérios rígidos e definidos em condutas baseadas em evidências. Torna-se necessário
melhorar o nível educacional dos futuros prescritores e enfatizar a necessidade de cursos de
reciclagem para os profissionais que já se encontram em atividade.
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AF 20 - PROMOÇÃO DO USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS: ARTICULAÇÃO ENTRE
EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA, ENSINO E SERVIÇO
ALENCAR, TATIANE DE OLIVEIRA SILVA; ALENCAR, BRUNO RODRIGUES; SANTOS,
PALOMA OLIVEIRA DOS; OLIVEIRA, SILVANA MARIA DE; ARAÚJO, JANAY STHEFANNY
CARNEIRO; SILVA, DAIANA SANTOS DA
Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), Pró-Reitoria de Extensão, Departamento
de Saúde.
A Organização Mundial de Saúde (1985) define que o Uso Racional de Medicamentos (URM)
ocorre quando o paciente recebe o medicamento apropriado à sua necessidade clínica, na
dose e posologia corretas, por um período de tempo adequado e com o menor custo para si e
para a comunidade. Contudo, o valor simbólico de cura dos medicamentos é tão grande que
eles tornaram-se uma ferramenta familiar, o que tem aumentado o risco na sua utilização
(MELO, 2006). O URM é uma diretriz da Política Nacional de Medicamentos (BRASIL, 1998) e
um dos eixos estratégicos da Política Nacional de Assistência Farmacêutica (BRASIL, 2004),
que exige responsabilidade e integração dos profissionais de saúde em prol do melhor
resultado terapêutico (AIZENSTEIN, 2010). A promoção do URM é responsabilidade dos
gestores, trabalhadores, serviços de saúde e universidades, por meio da prestação de serviços
de qualidade, da formação adequada dos profissionais da saúde e da articulação com a
comunidade. Nesta perspectiva, o objetivo deste trabalho é descrever a experiência da UEFS
na realização do I Simpósio sobre o Uso Racional de Medicamentos organizado por três
programas de extensão. No que se refere ao método, o I Simpósio foi organizado por docentes
e discentes integrantes dos programas de extensão Promoção do URM na Atenção Básica,
Promoção do Uso Adequado de Plantas Medicinais e Programa de Educação pelo Trabalho
para a Saúde (PET-Saúde da Família), todos desenvolvidos em parceria com a Secretaria de
Saúde do município. O evento ocorreu no campus da UEFS, nos dias 1 a 4 de junho de 2011 e
teve como público, profissionais e estudantes da área de saúde. Foram realizadas
conferências, palestras e mesas de discussão com trabalhadores e gestores Assistência
Farmacêutica de diferentes municípios baianos e representantes da gestão estadual. Como
resultados, destacamos que o Simpósio teve 430 participantes entre profissionais e estudantes.
Os temas discutidos foram: URM na Atenção Básica e no Ambiente Hospitalar, Instrumentos
para Promoção do URM, Ações de Municípios e do Estado em prol do URM, Assistência
Farmacêutica e Controle Social na Saúde. Tais temáticas favoreceram uma discussão
proveitosa e reflexiva entre os participantes denotando que o uso racional de medicamentos é
responsabilidade de todos os envolvidos na assistência à saúde. Além disso, estimulou a
adoção de práticas adequadas pelos profissionais e contribuiu para a divulgação das ações
desenvolvidas por municípios, estados e Ministério da Saúde em prol do URM. A realização do
Simpósio foi, portanto, bastante oportuna por ter provocado discussões importantes para o
cenário da saúde. Vale destacar o ineditismo desta temática promovida pela UEFS para as
regiões do semi-árido baiano e metropolitanas de Feira de Santana e Salvador. Certamente por
isso teve adesão significativa dos profissionais o que denota, por sua vez, o interesse pelo
tema. Diante disso, novas atividades de educação continuada, incluindo desde ações diretas
com a comunidade usuária do SUS, até cursos de aperfeiçoamento para médicos, dentistas,
enfermeiros, agentes comunitários de saúde e farmacêuticos estão sendo planejados e
executados pelos referidos programas de extensão visando aprofundar tais discussões e
fomentar mudanças nas práticas de prescrição, dispensação, administração e
acompanhamento profissional no uso de medicamentos.
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AF 22 - CRIAÇÃO DO NATS JUNTO AO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE PERNAMBUCO
GUEDES, DIEGO1; CORIOLANO, JACIANA2; VELLOSO, FABIANA1, MACIEL, LAÍS1;
GONÇALVES, ADMÁRIO1; AYRES, CÉSAR1.
1 Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco. 2 Advogada - Núcleo de Assistência Técnica
em Saúde
Introdução: A interpretação ampla, por parte dos magistrados, do disposto no Art. 196, da
Constituição Federal de 1988 que assegura a saúde como um direito de todos e um dever do
Estado, assim como a falha no abastecimento e desconhecimento das políticas públicas de
saúde pela população e pelos prescritores, estão contribuindo para um elevado número de
demandas judiciais envolvendo a assistência à saúde no âmbito do Poder Judiciário do Brasil,
e, por conseguinte, a significantes dispêndios de recursos públicos resultantes desses
processos judiciais. Como proposta para equacionar os problemas existentes entre a
efetivação do Direito à Saúde e os excessivos gastos públicos, que compromete a própria
estrutura do SUS, e com base na Recomendação nº 31, de 30 de março de 2010, do Conselho
Nacional de Justiça, os Tribunais estão, juntamente, com as Secretarias de Saúde dos
Estados, criando os Núcleos de Assistência Técnica em Saúde - NATS. Estes, por sua vez,
objetivam, basicamente, subsidiar os magistrados - com informações técnicas, especializadas e
precisas, de médicos, farmacêuticos, nutricionistas, entre outros - nas demandas relativas à
saúde, e, por conseguinte, contribuir para uma célere e efetiva prestação jurisdicional. Diante
de tal inovação, pretendemos descrever a experiência do NATS Pernambuco. Métodos: É um
estudo descritivo e qualitativo, cujo intuito é relatar a criação do NATS no Estado de
Pernambuco. Resultados: A criação do NATS, segundo o Convênio n.º 048/2011 - TJPE,
celebrado entre o Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco e a Secretaria Estadual de
Saúde, em 03 de novembro de 2011, que tem por objeto o apoio mútuo entre os contratantes
nas ações que tenham por finalidade compelir o Estado de Pernambuco ao fornecimento de
medicamentos, insumos para a saúde, exames diagnósticos, tratamentos médicos e insumos
nutricional. O NATS inicialmente será composto por três farmacêuticos, um médico e uma
advogada, todos cedidos pelo Estado de Pernambuco. Conclusão: Espera-se que com a
criação do NATS as decisões judiciais possam ser mais precisas e melhor embasadas, a
diminuição de fornecimento de medicamentos já disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde
- SUS nas políticas de assistência farmacêutica e a apresentação de alternativas terapêuticas,
previstas pelo SUS, às prescrições pleiteadas em Juízo. O NATS possui um caráter consultivo
e de uso opcional pelos magistrados, em momento algum será da alçada deste a defesa do
Estado, e sim puramente a prestação de subsídios técnicos que possam lastrear a decisão
judicial.
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AF 23 - ANÁLISE DOS MEDICAMENTOS DEMANDADOS JUDICIALMENTE AO ESTADO
DE PERNAMBUCO EM 2011
GUEDES, DIEGO1; AYRES, CÉSAR1; GONÇALVES, ADMÁRIO1, MACIEL, LAÍS1; VELLOSO,
FABIANA1.
1
Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco
Introdução: O crescente número de ações judiciais propostas por usuários do Sistema Único
de Saúde para garantir o fornecimento de medicamentos tem sido motivo de preocupação para
os gestores de saúde em todos os níveis federativos. A judicialização da saúde é um fenômeno
que pode prejudicar a execução de políticas de saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde
(SUS), uma vez que o cumprimento de determinações judiciais para fornecimento de
medicamentos, insumos e serviços de saúde acarreta gastos elevados e não programados. O
objetivo deste estudo é realizar uma análise das demandas judiciais envolvendo medicamentos
no ano de 2011. Metodologia: Foram avaliadas todas as demandas judiciais, em que o Estado
de Pernambuco foi réu, tendo como objeto de solicitação os produtos farmacêuticos. O período
de avaliação está compreendido entre os meses de janeiro e dezembro de 2011. Os
medicamentos foram classificados de acordo com a metodologia da Curva ABC, onde para o
presente estudo ficará evidenciado apenas os medicamentos constantes na curva A.
Resultados: Durante o período analisado, foram impetradas 943 ações contra o Estado de
Pernambuco, cujas demandas solicitaram o equivalente a 1229 objetos de demanda (produtos
farmacêuticos). Verificou-se também que dentre os 1229 objetos solicitados, visualizamos 237
medicamentos diferentes. Após aplicação da metodologia da Curva ABC, destacamos 29
destes medicamentos, que representaram 70% de toda a demanda. Os medicamentos e sua
demanda foram: Insulina Glargina: (13,2%); Ranibizumabe: (11,5%); Trastuzumabe: (11,5%)
Insulina Asparte: (3,7%); Insulina Glulisina: (3,6%) Palivizumabe: (2,4%); Temozolamida:
(2,2%); Bortezomibe: (2,0%); Insulina Lispro: (2,0%); Rituximabe: (2,0%); Sorafenibe: (2,0%);
Sunitinibe: (1,9%); Bosentana: (1,7%); Ácido Zoledrônico: (1,4%); Tocilizumabe: (1,2%);
Bevacizumabe: (1,0%); Pregabalina: (0,8%); Insulina Detemir: (0,8%); Somatropina: (0,7%);
Cetuximabe: (0,7%); Oxcarbazepina: (0,6%); AAS: (0,6%), Enoxaparina Sódica: (0,6%);
Erlotinibe: (0,6%); Tansulosina: (0,5%); Micofenolato de Mofetila: (0,5%); Omeprazol: (0,5%);
Sinvastatina: (0,5%) e Lenolidomida: (0,5%). Conclusão: Diante do exposto, fica evidente a
miscelânea da demanda judicial no Estado de Pernambuco, porém há de salientar a solicitação
discrepante de três medicamentos: A Insulina Glargina, análogo da Insulina NPH; o
Trastuzumabe, medicamento utilizado para o tratamento do câncer de mama e o
Ranibizumabe, medicamento utilizado oftalmologicamente no tratamento de Degeneração
Macular Relacionado à Idade. Ressaltamos que apenas estes três medicamentos foram
responsáveis por 36% de todas as demandas judiciais no ano de 2011, no Estado de
Pernambuco.
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AF 24 - AVALIAÇÃO ECONÔMICA ESTIMADA DE USO DO TRASTUZUMABE POR AÇÕES
JUDICIAIS EM PERNAMBUCO EM 2010-1
GUEDES, DIEGO1; LINS, DÉBORA2,1.AYRES, CÉSAR1. GONÇALVES, ADMÁRIO1. MACIEL,
LAÍS1. VELLOSO,FABIANA1.
1
Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco.
Pernambuco.
2
Discente - Universidade Federal de
Introdução: A judicialização tornou-se um grande problema para gestores no SUS, visto que
os recursos utilizados no cumprimento das ações geram uma individualização da demanda em
detrimento do planejamento. No Estado de Pernambuco, dentre as ações judiciais pleiteando
medicamentos, o Trastuzumabe ocupa o terceiro lugar em número de ações. O Trastuzumabe
(Herceptin®) é um anticorpo monoclonal indicado para o tratamento do câncer de mama, cuja
eficácia está relacionada à superexpressão do oncogene HER 2 envolvido com o fator de
crescimento tecidual. Pacientes em tratamento quimioterápico buscam o Trastuzumabe como
terapia adjuvante para o controle da doença. Consta em bula que o tratamento é baseado em
dose ataque (8mg/kg) e doses de manutenção (6mg/kg) durante 12 meses em ciclos de 21 dias
e a embalagem do medicamento contém um frasco multidose com 440mg de pó liofilizado de
Trastuzumabe. A análise econômica realizada neste estudo consiste em estimar o quantitativo
teórico dos resíduos do medicamento durante o tratamento, visto que a dose é variável para
cada paciente sendo baseada em seu peso corporal. Metodologia: Para o estudo foram
selecionadas todas as mulheres impetrantes de ação judicial no Estado de Pernambuco, no
período de outubro de 2010 a Abril de 2012, requerendo o Trastuzumabe. Os dados foram
coletados dos autos das ações judiciais onde verificamos a presença ou citação em petição
inicial e/ou decisão judicial do receituário médico indicando a posologia do tratamento. A partir
da posologia definida coube analisarmos as sobras e as consequências econômicas com o
desperdício. No caso das pacientes cujo peso, nem posologia foram informados,
consideraremos o uso de 1 ampola por sessão, na havendo sobras. Resultados: Foram
analisadas 178 pacientes que solicitaram judicialmente o medicamento no período estudado.
Consideramos necessários 4.125 frascos-ampola para o tratamento completo, o que nos dá um
total teórico de 1.815.000mg dispensados e como sobra verificamos o total de 543.564mg
(29,95%). Conclusão: Apesar dos vieses metodológicos, constatamos um desperdício em
torno de 30 % com os resíduos do medicamento. Uma forma de otimizar o uso deste é o
compartilhamento de doses entre as pacientes do Trastuzumabe, permitindo a redução do
desperdício e por conseguinte redução dos custos ao Governo.
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AF 25 - ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NO CAPS II ADULTO CIDADE ADEMAR - SP.
DIAS, MÁRCIA MARIA AFONSO LIMA DIAS; ANDRADE, MARIA FLÁVIA PRADO DE;
NOVAES, ADAILTON; FREITAS, DIEGO.
Organização Social Associação Congregação de Santa Catarina - OSACSC
O Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) é um serviço comunitário que tem como papel
oferecer assistência as pessoas que sofrem com transtornos mentais, em especial os
considerados severos e persistentes. O CAPS II Adulto Cidade Ademar é um serviço da
Prefeitura de São Paulo sob gestão da OS Associação Congregação de Santa Catarina, que
atende em média 200 pacientes/mês. No acompanhamento a pacientes psiquiátricos percebese a importância da garantia de uma correta e eficaz farmacoterapia, uma vez que o uso de
medicamentos nestes transtornos é muito alto e os efeitos maléficos da utilização inadequado
destes são observados freqüentemente. Neste trabalho apresenta-se as estratégias
desenvolvidas a fim de contribuir para o aumento da adesão dos pacientes e de suas famílias
as terapias medicamentosas. São elas: elaboração de dose individualizada (tiras); atendimento
farmacêutico individualizado e abordagem em grupo. A medicação em tiras é uma estratégia
proposta para os pacientes com comprometimentos cognitivos e/ou risco de abuso. Nestes
casos a farmácia separa os comprimidos a serem administrados para cada paciente em tiras
com horários e dias definidos. Hoje, por volta de 25% (60) dos pacientes acompanhados no
serviço recebem suas medicações desta forma e 3 estão em acompanhamento para mudança
deste sistema para o de dispensação orientada. A segunda e a terceira estratégias trabalham a
idéia de oferecer conhecimento aos usuários e cuidadores para que estes se apropriem da
importância e dos cuidados que o tratamento medicamentoso requer. A abordagem individual
vem no sentido de oferecer um espaço reservado para que sejam expostas situações do
cotidiano que às vezes não aparecem no coletivo e para propor alternativas especificas para
cada paciente. As palestras ou grupos são abertos a todos os pacientes e tratam de questões
relacionadas ao uso correto de medicamentos, conservação, interpretação de prescrições,
entre outros. A implantação destas estratégias de assistência farmacêutica tem mostrado
resultados qualitativos significativos não só com relação a pacientes e familiares mais
comprometidos e conscientes da importância de uma farmacoterapia segura e eficiente, mas
também contribuindo como uma importante ferramenta de acompanhamento aos pacientes por
ser mais um canal de conhecimento e comunicação entre serviço e usuário.
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AF 26 - LOGÍSTICA DE DISTRIBUIÇÃO DE MEDICAMENTOS PELA CENTRAL DE
ABASTECIMENTO FARMACÊUTICO DE COLATINA-ES
BONATTO, HELAINE APARECIDA; LUCAS, VERIDIANO
O município de Colatina-ES conta com 32 unidades de dispensação de Medicamentos
(UDM’s), além da Farmácia Municipal. Foi identificada uma situação-problema em relação à
logística de distribuição de medicamentos para estas UDM’S, devido à inexistência de veículo
exclusivo para a Central de Abastecimento Farmacêutico (CAF). Para atender a rotina mensal
de distribuição de medicamentos a todas as UDM’s, a CAF utiliza um veículo tipo utilitário
disponibilizado pelo setor do Almoxarifado da Saúde nos primeiros 10 dias de cada mês, o que
não é suficiente para a manutenção do índice de cobertura e para evitar a perda de
medicamentos por vencimento. Com todo esse transtorno, o paciente fica desprovido de
atendimento na sua localidade e acaba por buscar atendimento na farmácia municipal,
localizada no centro da cidade. Diante deste fato, este trabalho teve como objetivo providenciar
meios para a aquisição de um veículo tipo utilitário, com recursos da Assistência Farmacêutica
(AF) para uso exclusivo da CAF. De acordo com a Portaria nº 4217/2010, as Secretarias
Municipais de Saúde, anualmente, poderão utilizar um até 15% da soma dos valores dos
recursos financeiros estaduais e municipais para atividades destinadas à adequação de espaço
físico das farmácias do SUS nos municípios, à aquisição de equipamentos e mobiliários
destinados ao suporte das ações de AF, entre outras atividades, desde que aprovadas e
pactuadas pelas Comissões Intergestores Bipartites (CIB’s). Assim, após detalhamento dos
recursos da Assistência Farmacêutica Básica (R$ 62.143,20), detalhamento dos gastos com
material permanente e equipamentos para o ano de 2011(R$ 8.126,00), existência de recurso
disponível junto ao setor de contabilidade ( R$57.000,00) e análise da estimativa de orçamento
com os gastos para aquisição do veículo utilitário (R$ 48.000,00), considerando que a
estimativa da soma dos valores que serão pagos na aquisição de materiais permanentes e
equipamentos com o valor médio aproximado do veículo especificado totaliza um valor médio
de R$ 56.126,00, verificou-se a possibilidade da aquisição do veículo utilitário com Recursos da
Assistência Farmacêutica previsto para o ano de 2011. Sendo assim, por autorização do
Conselho Municipal de Saúde e das CIB Microrregional e CIB Estadual, deu-se início o
processo licitatório em janeiro de 2012. A Logística de distribuição é uma das ferramentas que
provêem a disponibilidade de produtos “onde” e “quando” são necessários, coordenando fluxos
de mercadorias e de informações de milhares de pontos. A estruturação do gerenciamento
logístico otimizará o uso das instalações, atentando para que não haja interrupção no
fornecimento dos medicamentos.
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AF 27 - ACOMPANHAMENTO FARMACOTERAPÊUTICO DE PACIENTES DIABÉTICOS
TIPO 1 NA 3ª REGIONAL DE SAÚDE
HALILA, GERUSA CLAZER1; PASSOS NETO, JOSÉ DOS2; MACHINSKI, MIKI ISHIZAKA2;
DAHER, JOSÉLIA BORBA1,2
Docentes do curso de Farmácia da Universidade Estadual de Ponta Grossa; 2. Farmacêuticos
da Farmácia Especial da 3ª Regional de Saúde de Ponta Grossa
1
Descrição do caso: Diabetes mellitus (DM) é uma doença crônica associada com sérias
complicações e morte, sendo considerado um problema de saúde pública prevalente, em
ascendência, oneroso do ponto vista social e econômico e com reconhecido potencial para
prevenção. DM tipo 1, a forma presente em 5 - 10% dos casos, é o resultado de uma
destruição das células beta pancreáticas com consequente deficiência de insulina e tendo em
vista a história natural do diabetes tipo 1, o uso de insulina imediatamente após o diagnóstico é
obrigatório, mas de difícil adesão terapêutica. Avaliação: O acompanhamento do paciente
deve ser realizado para garantir a eficácia do plano de cuidado. O Estado do Paraná, através
da Deliberação n. 118/2006 da CIB/PR (Comissão Intergestores Bipartite do Paraná), em 15 de
agosto de 2006, aprova o Protocolo Clínico para Dispensação de Análogos de Insulina para
Atendimento de Pacientes com Diabetes mellitus Tipo 1, na Rede Pública de Saúde - Programa
de Otimização do Diabetes Tipo 1 - destinado ao tratamento de pacientes instáveis ou de difícil
controle. Intervenção: Este trabalho foi desenvolvido na forma de projeto de extensão pelos
acadêmicos do curso de Farmácia da Universidade Estadual de Ponta Grossa, no ano de
2011, e teve como objetivo a implantação do acompanhamento farmacoterapêutico em
pacientes com DM tipo 1 insulinizados atendidos na Farmácia Especial da 3ª Regional de
Saúde de Ponta Grossa, estabelecendo um protocolo clínico de atendimento para estes
pacientes. Foram atendidos 100 pacientes usuários de análogos de insulina, cadastrados na 3ª
Regional de Ponta Grossa, cujo acompanhamento foi realizado em diversas etapas:
inicialmente foram prestadas orientações gerais sobre a doença, e na sequência sobre a
dispensação; armazenamento e administração correta das insulinas prescritas. O
acompanhamento das determinações diárias de glicemia capilar; estímulo para adesão à
terapêutica, educação à família, encaminhamento à nutricionista e orientações nãofarmacológicas, foram realizadas durante todo o período. O monitoramento da glicemia, a
correção dos índices glicêmicos e contagem de carboidratos foram capazes de reduzir
significativamente os valores de hemoglobina glicada (A1c) calculadas dos pacientes
atendidos, de 10,3 ± 2,02 para 8,4 ± 1,52 (p < 0,001; teste ”t” de Student). Conclusão: Os
resultados obtidos nos pacientes acompanhados pelos acadêmicos envolvidos no Projeto
Extensionista, denotam que estes foram induzidos pela melhoria da adesão à terapêutica e a
diminuição dos riscos das complicações induzidas pelo diabetes bem como a melhoria da
qualidade de vida, serão as consequências naturais. Para os acadêmicos, o desenvolvimento
de protocolo de atendimento e suas aplicações práticas, o convívio com os pacientes são
insubstituíveis por quaisquer outras técnicas didático-pedagógicas que pudessem ser utilizadas
para tal fim.
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AF 28 - UTILIZAÇÃO DE PLANILHAS INFORMATIZADAS PARA ANÁLISE DO USO DE
ANTIBIÓTICOS EM HOSPITAL PÚBLICO EM SÃO PAULO
ISHIKI OTA, DENISE KEIKO; LOPES, ADRIANA MARIANO; BUTENAS, MAGALI; MARTINS
ANTONIO JORGE
Hospital Geral de Vila Nova Cachoeirinha ”Dr Álvaro Simões de Souza” - Secretaria de Estado
da Saúde SP
A Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) de cada hospital, acima de 50 leitos,
define as ações de prevenção e controle de infecção através da utilização de indicadores
diversos. Um deles se refere à mensuração do uso de antibióticos (ATB) conjuntamente com o
monitoramento da resistência bacteriana hospitalar. O objetivo deste estudo foi analisar dados
obtidos de três planilhas informatizadas disponíveis no ano de 2011, referentes aos ATB
utilizados na Unidade de Terapia Intensiva Adulto (UTIA) de um hospital público com 180 leitos
de atendimento secundário da região norte do município de São Paulo. Foram consultados o
Relatório de Consumo Geral de Medicamentos dispensados pela farmácia para o setor de
UTIA, o Boletim Estatístico de Internações e a planilha de consumo mensal (para ATB) cálculo DDD - dose diária dispensada, do serviço de controle de infecção hospitalar do hospital,
conforme sistema de vigilância epidemiológica do centro de vigilância paulista. Em unidades de
frasco-ampola, os ATB vancomicina, imipinem, piperacilina-tazobactam e ceftriaxona foram os
mais dispensados para a UTIA. Com estes valores realizou-se cálculo do indicador DDD, que
leva em conta dose diária padrão de cada ATB e ocupação dos leitos da UTIA. Demonstrou-se
que o valor indicativo de maior consumo na UTIA foi o da ceftriaxona, uma cefalosporina de
terceira geração. A utilização das três planilhas foi efetiva para a mensuração do consumo de
ATB, fornecendo dados importantes para racionalização do uso de ATB monitorados pela
CCIH.
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AF 29 - USO DE ANTIDEPRESSIVOS E BENZODIAZEPÍNICOS EM PESSOAS COM
DEPRESSÃO MAIOR
FULONE, IZABELA1; CRUZ, LUCIANE LOPES1;
1
Universidade de Sorocaba (UNISO) / Mestrado em Ciências Farmacêuticas
Introdução: A depressão esta entre as dez enfermidades mais prevalentes no mundo, estimase que 30% a 60% dos casos não são identificados e que a maioria dos pacientes não
recebem tratamento apropriado. Combinações de antidepressivos (ADT) e benzodiazepínicos
(BDZ) são frequentemente utilizadas para tratamento da depressão maior e evidências
sugerem que a combinação é mais efetiva do que a monoterapia com ADT apenas início do
tratamento (até quatro semanas), reduzindo 50% ou mais os sintomas depressivos e a taxa de
abandono. No entanto, os benefícios da terapia combinada se perdem após 30 dias, e o uso
prolongado de BDZ pode acarretar danos ao paciente como tolerância, dependência,
propensão a acidentes, quedas, teratogenicidade e custos. Objetivo: investigar o perfil de
tratamento dos pacientes diagnosticados com depressão maior atendidos no sistema público
de saúde (SUS) de Porto Feliz-SP e relacioná-los com indicadores de uso racional
(medicamento apropriado, posologia e duração adequadas). Métodos: trata-se de um estudo
observacional, transversal, retrospectivo, analítico, desenvolvido no SUS de Porto Feliz, Estado
de São Paulo, Brasil. A população de estudo foi composta por pacientes em tratamento com
antidepressivos (n=870) com diagnóstico de depressão (n=265), atendidos no período de
janeiro de 2008 a dezembro de 2009. Os dados foram extraídos das fichas de retirada de
medicamentos da farmácia municipal, dos prontuários médicos e de informações obtidas com a
equipe de saúde. As frequências foram analisadas por meio dos testes de comparação de
proporções, qui-quadrado e exato de Fisher. Resultados: das 4.813 prescrições contendo
ADT, 33,2% foram destinadas a tratar depressão maior, sendo 53,7% (p<0,05) por meio de
terapia combinada e 42,3% em monoterapia. Em geral, os inibidores seletivos da recaptação
de serotonina (73,2%) foram os mais prescritos, sendo a fluoxetina responsável por 58,4% das
prescrições (p<0,001). O diazepam (41,65%) foi o BDZ mais utilizado, destacando-se a
combinação de fluoxetina+diazepam (23,7%). Interação medicamentosa grave foi encontrada
em 37,2% das prescrições, sendo 40,2% fluoxetina+amitriptilina (p=0,008), que representa
maior risco de cardiotoxicidade e toxicidade com tricíclicos. Doses acima da faixa usual
recomendada foi encontrada em 2,2% das prescrições, sendo 91,4% para idosos. A maioria
dos pacientes em terapia combinada (98,6%) excederam a duração de uso segura e
recomendada (até 4 semanas), 45,5% utilizaram por mais de 360 dias ininterruptamente, e
surpreendentemente em apenas 1,4% foi constatado uso racional da terapia combinada.
Medicamento apropriado 94,3% (p=0,002) e posologia adequada 94,3% (p=0,01) prevaleceram
nos pacientes em monoterapia. Conclusão: os pacientes diagnosticados com depressão maior
neste sistema de saúde apresentam alto risco de uso inapropriado de BDZ. A constatação de
pacientes utilizando por longo tempo terapia combinada não reflete a melhor evidência
científica e não se relacionam aos critérios de racionalidade de uso. Sugere-se reavaliação do
tempo de terapia combinada, educação de pacientes quanto ao risco de dependência dos BDZ,
treinamento aos usuários já dependentes de BDZ, a fim de fortalecer a possibilidade de
interrupção com sucesso, maior capacitação dos prescritores e dos serviços prestados e
protocolos clínicos para tratamento da depressão maior no Brasil.
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AF 30 - O IMPACTO DA ATIVIDADE DE ATENÇÃO FARMACÊUTICA NA INDÚSTRIA
FARMACÊUTICA: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
1 VIEIRA DANIELLE CRISTINA RODRIGUES, 1 EV LISIANE DA SILVEIRA, GUIMARÃES
ANDREA GRABE, 2 TAVARES ANDREA IABRUDI
Universidade Federal de Ouro Preto
1 Programa de pós-graduação e ciências farmacêuticas
2 Departamento de computação
Ampliar o acesso da população a medicamentos tem sido um dos grandes desafios impostos
ao poder público brasileiro. Logo, a criação de mecanismos que facilitem a terapêutica vem de
encontro a essa necessidade. A Atenção Farmacêutica contribuiu no acompanhamento e
controle da utilização de medicamento. A otimização da produção na indústria farmacêutica
aliada a uma melhor interação entre prescritor, farmacêutico e paciente, mais próximo se está
de alcançar uma terapêutica eficaz. Assim, o estudo abordou a teoria das novidades em
Atenção Farmacêutica junto ao setor de produção farmacêutica e impacto causado por esta
interação, por meio de busca bibliográfica de artigos nas bases de dados Pubmed, Scielo e
Lilacs. As principais fontes de dados utilizadas foram atenção farmacêutica e produção
farmacêutica. Os resultados apontam a necessidade de estudos de maior complexidade, à
medida que a otimização do processo de produção na indústria farmacêutica embasada na
interação entre prescritor, farmacêutico e paciente contribui para o alcance de uma terapêutica
eficaz.
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AF 31 - PROJETO AVANÇA FARMÁCIA: AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE (ACS)
PROMOVENDO A ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NO SUS.
MOREIRA, JULIE FONSECA DO VALE1; SOUZA, RIENZE LUCENA1; LAURINDO-SILVA, ANA
MARIA2; RIOS, MARCOS CARDOSO 2; LIMA, ADRIANA KARLA2; BELIZÁRIO-SOUSA, ANA
PAULA2.
.Acadêmicos do Curso de Farmácia, Universidade Tiradentes (UNIT); 2.Docentes do Curso de
Farmácia, Universidade Tiradentes (UNIT).
1
INTRODUÇÃO: Segundo a organização do sistema de atenção à saúde do Brasil, os ACS são
responsáveis pelo desenvolvimento de atividades de prevenção de doenças e promoção da
saúde por meio de ações educativas individuais e coletivas nos domicílios e na comunidade e,
por isso, tidos pelo Ministério da Saúde como fomentadores do uso racional de medicamentos,
interferindo no processo saúde-doença dos usuários de medicamentos. Contudo, a
implementação de um programa de treinamento sobre o uso de medicamentos visa preparar
esses profissionais para atuarem de maneira adequada alcançando resultados preconizados
pela OMS, de forma a evitar os problemas relacionados com medicamentos. Neste sentido o
projeto Avança Farmácia, uma das atividades do Grupo de Estudos da Assistência
Farmacêutica da UNIT, buscou capacitar os ACS, inicialmente quanto a forma correta de
administração e o armazenamento de medicamentos nas diversas formas farmacêuticas
comumente dispensadas no SUS, além disso, foram abordados temas como o uso correto de
plantas medicinais e fitoterápicos, e drogas de abuso lícitas e ilícitas. METODOLOGIA: Os
discentes e docentes envolvidos na atividade realizaram um levantamento sobre quais
medicamentos eram dispensados nas unidades de saúde da família (USF). Em seguida, os
acadêmicos prepararam as atividades a serem desenvolvidas com os ACS, sempre tentando
vincular o conhecimento técnico-científico adquirido na academia com a vivência e dificuldades
descritas pelos ACS. RESULTADOS: Nos dias previamente marcados, 75 ACS de três USF’s
foram transportados para as dependências da UNIT e encaminhados para as diversas oficinas
oferecidas. Foi possível observar que a utilização de atividades lúdicas, como simulações sobre
as dificuldades mais encontradas no dia-a-dia do ACS foram capazes de oportunizar a
participação efetiva destes profissionais, gerando discussões importantes sobre qual a melhor
forma de atender o usuário do sistema. CONCLUSÃO: Percebeu-se facilmente a
sensibilização e a conscientização da responsabilidade e do papel dos ACS no ciclo do
medicamento. Este profissional se caracteriza como o elo direto entre a população e o sistema
de saúde. Salientamos que o profissional farmacêutico deve monitorar todas as etapas e atores
envolvidos no ciclo da Assistência Farmacêutica, visando a promoção do uso correto de
medicamentos.
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AF 32 - EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA E A FORMAÇÃO DO FARMACÊUTICO: PROJETO
SAÚDE NA FEIRA-FARMACÊUTICOS EM AÇÃO!
BENÍCIO-SANTOS, ELISSON DA CONCEIÇÃO; MOREIRA, JULIE FONSECA DO VALE1;
BARBOSA, SHÁSKYA TANYARA ALVES NASCIMENTO; SANTOS, HUGO JOSÉ XAVIER;
BELIZÁRIO-SOUSA, ANA PAULA2 LIMA, ADRIANA KARLA2
1
Acadêmicos do Curso de Farmácia,
Tiradentes (UNIT).
2
Docentes do Curso de Farmácia- Universidade
INTRODUÇÃO: Na busca da formação do perfil “Seven-Star Pharmacist”, recomenda-se
atividades que desenvolvam o pensar crítico, visando favorecer, na solução de problemas, o
trabalho em equipe, as habilidades de comunicação e liderança e a integração de
conhecimentos. Defende-se que na formação do farmacêutico é imprescindível sua interação
com a sociedade de forma a posicioná-lo histórico e culturalmente e referenciar a sua formação
técnica à realidade. A extensão universitária surge como instrumento formativo para um
farmacêutico de perfil renovado, generalista, com visão crítica e reflexiva. O projeto “Saúde na
Feira: Farmacêutico em Ação” realizado junto a feirantes de um mercado municipal em
Aracaju-SE, teve como objetivo a Educação em Saúde visando a prevenção de doenças
crônicas não transmissíveis (DCNT) como hipertensão arterial e diabetes e as suas
complicações. METODOLOGIA: Foram realizados os diagnósticos: ambiental, comportamental
e social através da metodologia PRECEDE-PROCEED. Entrevistas semi-estruturada
identificaram fatores de risco para DCNT, perfil do consumo de medicamentos, IMC e
circunferência abdominal e o recordatório alimentar. RESULTADOS: A maioria dos feirantes
são mulheres casadas com ensino fundamental incompleto (70,4%). Quanto ao sedentarismo,
94,73% das mulheres e 62,5% dos homens eram inativos Muitos têm hábitos tabagísticos e
consomem bebidas alcoólicas. Dos medicamentos consumidos, 23% são antihipertensivos e
78,3% dos feirantes praticam automedicação. Os problemas de saúde mais citados são os de
origem músculo-esquelética, 66,7% apresentam algum grau de obesidade e 85,2% estavam
com circunferência de abdominal acima do ideal. Ingestão elevada de carboidratos em 97,2%;
deficiência no consumo de vitaminas (27,8%), proteínas (22,2%), e sais minerais (5,6%).
CONCLUSÃO: As atividades desenvolvidas (campanhas sobre uso correto de medicamentos,
reeducação alimentar e oficina sobre reaproveitamento de alimentos) visaram estimular
mudanças nos hábitos que possam impactar na redução das taxas das DCNT. O projeto se
caracterizou, de forma muito evidente, como um dos alicerces para que este futuro profissional
farmacêutico desempenhe intervenções eficazes que contribuam verdadeiramente no processo
de adoção de hábitos de vida saudáveis reduzindo, assim, a incidência das DCNT.
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AF 33 - A ATUAÇÃO DO FARMACEUTICO NA ASSISTENCIA DOMICILIAR EM SAÚDE DA
FAMILIA NA REGIÃO SUL DE SÃO PAULO
UNO, PATRICIA MIYASHIRO
Organização Social Santa Catarina
A atenção farmacêutica engloba ações do farmacêutico visando à promoção do uso racional de
medicamentos. Na ESF (Estratégia Saúde da Família), a atenção farmacêutica pode ser
realizada na dispensação de medicamentos e nas visitas domiciliares, que são indispensáveis
para muitos pacientes idosos com dificuldades de locomoção e também para melhor avaliar o
armazenamento e uso dos medicamentos. O objetivo deste trabalho é destacar a importância
do profissional farmacêutico junto à população, apresentando dados de uso de medicamentos
pelos pacientes e estimulando seu uso racional. O trabalho foi realizado em unidade básica de
Saúde da Família - UBS Jardim Três Corações, região da Capela do Socorro, região Sul de
São Paulo-SP. Os dados foram coletados do período de abril de 2010 a abril de 2012, através
de análise do formulário farmacoterapêutico, baseado no método Dáder. Os instrumentos
foram aplicados a 38 pacientes, em uma média de três visitas domiciliares por paciente. Foi
realizada análise quantitativa, obtendo-se os seguintes resultados: 78% pacientes entre 60-90
anos; 63% do sexo feminino; 47% dos pacientes não tem companheiros (viúvo, divorciado,
solteiro). Com relação aos hábitos de vida, apenas 10% dos pacientes praticam alguma
atividade física, 18% são fumantes e 5% são etilistas. As patologias prevalentes foram
Hipertensão arterial (58%), Diabetes (36%) e associação de Hipertensão e Diabetes (34%),
além da hipercolesterolemia (26%). As queixas mais freqüentes foram: 39,5% dores nas pernas
e 21% dores de cabeça. Os medicamentos mais utilizados são Hidroclorotiazida 25mg, Acido
Acetilsalicilico 100mg, Metformina 850mg, Glibenclamida 5mg e Maleato de Enalapril 20mg.
Dos entrevistados, 36,84% utilizam algum tipo de medicamento sem prescrição médica; cada
paciente utiliza em média 5 medicamentos/dia; 63,16% tomam de 1 a 6 medicamentos
erroneamente e 39,5% esquecem de tomar pelo menos um. O armazenamento dos
medicamentos estava inadequado em 63,16% dos casos e 52,63% apresentavam algum
remédio vencido. Os pacientes participantes do Programa Remédio em Casa eram 28,9% do
grupo estudado. Foi feito para cada paciente entrevistado, uma caixa para organização dos
medicamentos com materiais da própria farmácia, como caixas vazias de preservativo. Na
atenção farmacêutica há uma maior preocupação com os idosos devido à grande quantidade
de medicamentos prescritos para essa faixa etária, levando a reações adversas, interações
medicamentosas freqüentes e não-adesão ao tratamento. O farmacêutico ainda não é um
profissional inserido nas equipes multiprofissionais de SF, são poucas as unidades que
possuem um farmacêutico fixo. No entanto, esses resultados evidenciam a necessidade de
atuação direta do farmacêutico, orientando a população a utilizar racionalmente os
medicamentos e, com isso, garantir a eficácia do seu tratamento.
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AF 34 - ATUAÇÃO DO SERVIÇO DE FARMÁCIA NA PREVENÇÃO DE ERROS NA
UTILIZAÇÃO DE ANTIMICROBIANOS
GRUTZMACHER, LAYNARA¹; BITENCOURTE, JACQUELINE²; NUTTI, CAMILE³
1. Unimed de Blumenau - Coordenadora do Serviço de Farmácia; 2 e 3. Hospitais Unimed de
Blumenau - Farmacêuticas do Serviço de Farmácia
Os erros de medicação já são considerados um problema de saúde pública. Sabe-se que não
basta um medicamento ser seguro, no seu sentido intrínseco, deve-se também garantir a
segurança no seu processo de uso e que, falhas nesta etapa de utilização levam a importantes
agravos à saúde dos pacientes, com relevantes impactos econômicos e sociais. Detectamos a
necessidade de suprir, de forma objetiva, os questionamentos diários, feitos pela equipe de
enfermagem acerca da utilização dos antibióticos utilizados nos pacientes atendidos pelo
nosso Serviço de Atenção Domiciliar. A partir de então, elaboramos e implantamos um sistema
simples de disseminação de informações, objetivando disponibilizar orientações farmacêuticas
relevantes e subsídios mínimos à equipe de saúde, reforçando a prevenção de problemas que
interfiram ou possam interferir na farmacoterapia, com consequente aumento da qualidade e
segurança no processo executado. De posse sobre os principais questionamentos da equipe
de enfermagem, envolvendo o preparo e a administração dos antimicrobianos, realizamos
pesquisas nas fontes de informações clássicas para um serviço dessa natureza: textos
fundamentais de farmacologia básica e clínica, bases de dados, guias terapêuticos, entre
outros. As orientações formuladas, contendo informações como vias de administração, tempo
de infusão, diluições e reconstituições padronizadas, bem como a estabilidade que deve ser
respeitada após cada diluição, foram disponibilizadas na forma de etiquetas adesivas, afixadas
nas embalagens individuais destes medicamentos. À medida que a equipe de enfermagem se
conscientizava da importância das orientações disponibilizadas e o impacto das mesmas em
sua prática diária, outros questionamentos passaram a ser feitos; o processo trouxe tamanha
confiabilidade e aumento da segurança no manuseio destes medicamentos, que, a equipe
solicitou suporte às atividades de administração de outras classes terapêuticas. Como solução
para mensurar a eficácia do processo, além da percepção das equipes, analisaram-se
inicialmente as notificações de eventos direcionadas ao Comitê de Gerenciamento de Riscos;
contudo, diante do material coletado, observou-se que a amostra era insuficiente para a
análise comparativa. Além disso, não era possível estabelecer significativa correlação entre
o conteúdo das notificações recebidas e o material informativo disponibilizado pela
farmácia. Os próximos passos serão então a elaboração de uma pesquisa de satisfação
utilizando a metodologia da Escala de Likert, baseada em critérios de opinião, com alternativas
graduadas que são mais ricas em informações. De qualquer modo, ficou claro que a prática
adotada, apesar de artesanal, contribui para a promoção do uso racional dos antibióticos e está
em consonância com as políticas nacionais de Medicamentos e de Assistência Farmacêutica;
foi possível ainda a percepção da viabilidade de sua incorporação, visto que foi desenvolvido
com ferramentas simples e de baixo custo, embora de grande impacto para a melhoria.
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AF 35 - EVOLUÇÃO DOS CUIDADOS FARMACEUTICOS ATRAVÉS DA ANÁLISE DE
ARTIGOS PUBLICADOS NAS REVISTAS INFARMA, 2005-2010.
THEISEN, PRISCILLA; NUNES, ROBERTA DA SILVA; MENEZES, ANA PAULA
Universidade da Região da Campanha
A reprofissionalização da prática farmacêutica tem sido motivo de discussões desde meados
do século XXI, onde o cuidado farmacêutico tornou-se prioridade no contexto social, sendo
este a solução para a valorização do profissional como agente de saúde. Uma das maneiras de
ser verificado o interesse do farmacêutico por ações voltadas ao cuidado aos usuários de
medicamentos é através de levantamento das publicações envolvendo as esferas: atenção
farmacêutica, educação farmacêutica e assistência farmacêutica. Dessa forma, o objetivo do
estudo foi realizar uma revisão de literatura em uma publicação de circulação nacional
considerando aspectos sobre evolução dos cuidados farmacêuticos. Como base de dados foi
utilizada a Revista Infarma, uma publicação do Conselho Federal de Farmácia, a qual tem
periodicidade trimestral e publica artigos envolvendo toda a área das Ciências Farmacêuticas.
O levantamento bibliográfico foi realizado baseado em revisão retrospectiva da literatura e
publicações de dados da Revista Infarma, limitando-se às publicações de 2005 a 2010. Esta
pesquisa seguiu modelo analítico que possibilitou o processo da síntese dos resultados de
estudos independentes, no qual as informações foram categorizadas de forma sistemática. Os
termos utilizados como norteadores para a inclusão dos artigos publicação na Revista Infarma
foram: assistência, educação e atenção farmacêutica. Os dados foram extraídos após analise
de literatura e compilados através do Microsoft Excel, no qual foram levantados 264 artigos em
32 revistas. Neste período de estudo foram encontradas 22 publicações (8%) com as temáticas
propostas, estado a proporção disposta: Atenção Farmacêutica com 13 artigos (59,09%),
Educação farmacêutica com 3 (13,63%) e Assistência farmacêutica com 6 publicações (27,28
%). A temática das pesquisas apresentou um percentual baixo de publicação e restringiu-se a
apenas uma publicação no ano 2007. A partir de 2009 e 2010 o número de publicações teve
um pequeno acréscimo, mas continuou baixo quando comparado as outras temáticas
publicadas na revista. Esta investigação revelou o pouco interesse referente ao assunto,
fazendo refletir a dificuldade do farmacêutico quanto ao exercício dos cuidados relacionados ao
uso de medicamentos e permitindo notar a imensa necessidade da existência de uma maior
massa crítica capaz de implantar e programar a prática da AF no país.
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AF 36 - GESTÃO DA GARANTIA DA QUALIDADE NA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA DO
MUNICÍPIO DE HORTOLÂNDIA / SÃO PAULO
Daniel, Helquemara Fátima.
Prefeitura Municipal de Hortolândia / S.P.
Devido à grande complexidade dos procedimentos realizados pelo Sistema Único da Saúde
(SUS) na Saúde Pública do Brasil, o uso de ferramentas de gestão administrativa se torna cada
vez mais indispensável para que os objetivos propostos pelo SUS sejam alcançados e para
que o “Art. 196 da CF/88” (A saúde é um direito de todos e um dever do Estado, ...), passe de
uma “mera” Norma Constitucional Programática para uma Norma Constitucional de Eficácia
Plena. A Padronização dos serviços e a Capacitação dos colaboradores são os “pilares” que
garantem a melhoria na qualidade. Focada na excelência dos seus serviços, a Assistência
Farmacêutica do Município de Hortolândia criou o Grupo de Assistência Farmacêutica,
composto por todos os profissionais farmacêuticos da rede SUS do Município, o qual toma
decisões de forma colegiada e por isso com mais propriedade o que garante uma Assistência
Farmacêutica mais eficaz, uma vez que, todas as decisões tomadas são postas em prática
quase que instantaneamente pelos profissionais, já que, participaram efetivamente do processo
decisório. O Grupo de Assistência Farmacêutica tem aplicado ações de gestão da “Garantia da
Qualidade” que vem repercutindo para a melhoria não somente na área farmacêutica, mas
também na área da Saúde como um todo. Os resultados alcançados em 1 ano de trabalho são
expressivos e comprovam que com Dedicação, Padronização e Capacitação, mesmo com
poucos recursos, melhorias na Assistência Farmacêutica Municipal podem ser alcançadas
como: 1- Padronização dos atendimentos nas unidades farmacêuticas dos PAs e das UBSs por
meio do Manual da Qualidade de Boas Práticas de Dispensação, dos POPs e da
Capacitação dos servidores; 2- Padronização dos procedimentos realizados no Almoxarifado
Central - CAS - por meio do Manual da Qualidade de Boas Práticas de Armazenagem e dos
POPs relacionados o que resultou na diminuição em 80% das perdas e das faltas dos
medicamentos. Outros resultados alcançados foram a otimização das requisições dos
medicamentos ao Ministério da Saúde o que contribuiu para diminuir o desperdício e um maior
entrosamento entre os municípios vizinhos o que permitiu aumentar as permutas e as doações
dos medicamentos; 3- Criação de Protocolos e Procedimentos em conjunto com outros
profissionais da saúde que objetivam a aplicação da “Atenção Farmacêutica” na sua forma
plena. Ex: Criação do Protocolo Diabetes / Hipertensão juntamente com a Enfermagem focado
no cadastramento, no acolhimento, na farmacoterapia e no acompanhamento “on line” do
seguimento terapêutico o que permitiu otimizar a requisição dos medicamentos utilizados e
diminuir em mais de 90% as faltas destes medicamentos antes geradas pelo simples
desconhecimento da demanda real; 4- Integração dos profissionais farmacêuticos dos PAs e
das UBSs com os da Farmácia Popular do Brasil para realizarem a Assistência Farmacêutica
de uma forma complementar contribuindo desta foram para a melhoria na Atenção
Farmacêutica destinada aos usuários da rede pública da saúde no Município.
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AF 37 - ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA HEMOTERÁPICA: UMA NOVA PERSPECTIVA
PARA O PROFISSIONAL FARMACÊUTICO
FERREIRA, Pedro Henrique Cordeiro 1 CORDEIRO, Benedito Carlos 2
1 - Instituto Nacional de Câncer (INCA) - Rio de Janeiro - RJ
2 - Universidade Federal Fluminense (UFF) - Niterói - RJ
Introdução: os hemocomponentes são considerados medicamentos e, a despeito das atuais
Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Farmácia (Res. CNE/CNS
2/2002) preconizarem a Hemoterapia como matéria de sua formação pedagógica, ainda é
muito discreta a presença de disciplinas sobre o tema nas mais de 450 graduações em
Farmácia no Brasil. A importância da Assistência Farmacêutica Hemoterápica fica evidenciada
pela recente incorporação do conceito de Boas Práticas de Fabricação (BPF) já mandatório na
Indústria Farmacêutica à produção de hemocomponentes, pela inclusão dos
hemocomponentes na Farmacopéia Brasileira (FB5) e pelas inúmeras interações
medicamentosas encontradas na prática hemoterápica. A evolução na legislação sanitária no
país converge à obrigatoriedade da prestação da Assistência Farmacêutica (AF) nos Serviços
de Saúde que manipulem ou dispensem medicamentos, o que representa o cumprimento das
Leis 5991/1973 e 8080/1990 e de um dos eixos prioritários do próprio Sistema Único de Saúde
(SUS). O presente estudo teve por objetivo verificar a oferta de disciplinas de Hemoterapia nas
faculdades de Farmácia de maior destaque no Brasil, tendo em vista a importância da atuação
do farmacêutico nos bancos de sangue. Métodos: com base nos dados do Exame Nacional de
Desempenho de Estudantes (ENADE) do ano de 2011, procedeu-se uma busca pela presença
de disciplinas (obrigatórias ou eletivas) relacionadas à “hemoterapia”, “hemocomponentes” e
“banco de sangue” nas matrizes curriculares e ementas disponíveis nos sítios eletrônicos dos
trinta cursos mais bem pontuados, em ordem decrescente, de acordo com a disponibilidade
dos dados nos sítios oficiais das respectivas universidades, no mês de abril de 2012.
Resultados: verificou-se o sítio eletrônico de trinta e oito cursos, dentre os quais, dos trinta que
dispunham informações de disciplinas e ementas, apenas dois cursos (7%), de estados da
Região Sul do país, ofertavam disciplinas relacionadas ao tema “hemoterapia”,
“hemocomponentes”, “banco de sangue”. Os estados cujos cursos de Farmácia obtiveram
melhor desempenho no ENADE foram São Paulo (20%), Minas Gerais (17%), Paraná (17%) e
Rio Grande do Sul (9%). Conclusão: a oferta de disciplinas na formação pedagógica para o
desenvolvimento de habilidades e competências para atuação do farmacêutico no banco de
sangue é deficitária e tal lacuna pode ser ainda mais crítica se considerarmos os cursos menos
pontuados no ENADE. É imperativa a inclusão da Hemoterapia na formação do profissional
farmacêutico com vistas a atender uma tendência na legislação de tornar obrigatória a
presença do farmacêutico nos bancos de sangue, tendo em vista o caráter medicamentoso do
hemocomponente.
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AF 38 - HIPERTENSÃO ARTERIAL: PERIGOS DA INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA
ASSOCIADA A ESTILO DE VIDA INADEQUADO
1
CARVALHO, FLÁVIO ALEXANDRE; 1BIELLA, CARLA; 2GRACIANI, FERNANDA SILVA
1 Universidade Paulista - Unip/Bauru;
2 Universidade Estadual Paulista - Unesp/Araraquara
Introdução: A hipertensão arterial acomete milhares de pessoas, é um grande problema de
saúde pública, causando danos à qualidade de vida. Em hipertensos, como em outras
patologias crônicas, a interação medicamentosa é frequente, pois tais pacientes fazem uso de
fármacos de outras classes concomitantemente. Efeitos da interação iniciam no momento que
ação de um fármaco é alterada na presença de outra substância em contato, seja fármaco ou
alimento, ocorrendo interações físico-químicas, farmacocinéticas ou farmacodinâmicas. Quanto
maior número de interações, maior o risco de efeitos adversos, por falta de eficácia ou efeito
tóxico. Vários fatores contribuem para o aumento dos casos de hipertensão arterial, bem como
alguns hábitos de vida ajudam no controle. Sendo assim, o objetivo deste estudo foi verificar a
existência de possíveis interações medicamentosas como também investigar como estes
pacientes estão conduzindo seu estilo de vida. Métodos: O estudo foi aprovado no Comitê de
Ética em Pesquisa do Instituto Lauro de Souza Lima de Bauru/SP, protocolo n° 031/2011,
realizando aplicação de questionário claro e objetivo, em pacientes hipertensos residentes em
Pirajuí/SP. Resultados: Mais da metade dos pacientes entrevistados, 85%, usam antihipertensivos por mais de um ano, 45% usam outras medicações, podendo acarretar algum
tipo de interação medicamentosa, 97,5% relacionam-se bem com médicos e 80% dos
pacientes recebem orientações do farmacêutico quanto ao uso de medicações, mas 85%
declaram consumirem altos teores de sal e não recebem orientações sobre o assunto.
Pacientes fumantes totalizaram 10% e outros 10% usam medicações com bebidas alcoólicas.
Cerca de 55% dos pacientes não tem nenhum sintoma desagradável após usarem
medicamentos, mas 15% mencionaram sintomas como: tonturas, náuseas, enjoos e dificuldade
no controle da pressão arterial, sendo que 5% relataram que a retirada de medicamentos
(antidepressivos), possibilitou um maior controle sobre a pressão arterial. Conclusões: Os
pacientes hipertensos investigados apresentam boa qualidade de vida, mesmo apresentando
hábitos inadequados (tabagismo, sedentarismo e excesso de sal na dieta), mas poderiam
melhorar, caso praticassem hábitos mais saudáveis, como exercícios físicos regulares e
alimentação adequada, os quais praticados diariamente proporcionam a diminuição da
dosagem de medicamentos, acarretando menores efeitos adversos, ou a retirada dos mesmos
para aqueles de tratamento inicial. A melhora no controle arterial pela retirada de
antidepressivos, em pequena parcela dos pacientes, pode estar relacionada ao aumento dos
níveis de neurotransmissores que estes últimos provocam, levando assim uma dificuldade no
controle da pressão arterial. Desta forma, o uso concomitante destas duas medicações deve
ser feita com cautela e monitoramento frequente, além disso, um estudo mais amplo com
relação ao número de pacientes investigados e regiões abordadas devem ser feitos para
melhor confirmação dos resultados.
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AF 39 - AVALIAÇÃO DA QUALIDADE METODOLÓGICA DE REVISÕES SISTEMÁTICAS
SOBRE COMUNICAÇÃO FARMACÊUTICO-PACIENTE
ALMEIDA-SANTOS, EMANUELLE DE1,2; MESQUITA, ALESSANDRA R.2; LYRA JUNIOR,
DIVALDO PEREIRA 2
1
Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, Lisboa, Portugal.
Universidade Federal de Sergipe, Laboratório de Ensino e Pesquisa em Farmácia Social LEPFS, Sergipe, Brasil.
2
Introdução: As revisões sistemáticas tornaram-se a abordagem padrão em avaliar e resumir a
pesquisa em saúde, por isso à necessidade de analisar a probabilidade da revisão sistemática
gerar resultados imparciais. Objetivo: Avaliar a qualidade metodológica de revisões
sistemáticas sobre comunicação farmacêutico-paciente, utilizando o instrumento AMSTAR.
Métodos: O estudo foi realizado em 2 etapas: 1 - Busca por revisões sistemáticas sobre
comunicação farmacêutico-paciente. Foi realizada uma busca nas bases Embase e Scopus,
por revisões publicadas entre 2000 e 2009, em inglês. Para tanto, foram usados os descritores:
“communication skills” and “pharmacist” and “patient communication” and “pharmacist-patient.
Os artigos encontrados foram avaliados por dois pesquisadores, e os que preencheram os
critérios de inclusão foram denominados amostra. 2 - Análise da qualidade metodológica das
revisões sistemáticas pelo instrumento AMSTAR. Este instrumento analisa 11 itens nas
revisões: descrição do desenho metodológico, seleção e extração dos dados por 2
pesquisadores independentes, abrangência da pesquisa bibliográfica, utilização do tipo de
publicação como critério de inclusão, listagem de estudos incluídos e excluídos, descrição dos
estudos incluídos, avaliação da qualidade científica dos estudos, utilização adequada da
qualidade científica para a formulação das conclusões, método adequado para combinar os
resultados dos estudos, avaliação do viés da publicação, descrição de conflito de interesse. O
índice Kappa foi calculado para verificar a concordância dos pesquisadores. Resultados:
Foram encontrados 50 artigos, mas apenas 2 atenderam os critérios de inclusão. O índice de
Kappa para artigo 1 foi: k = 0,515, p = 0,005 (95% CI: 0,159; 0,87). Para artigo 2, k = 0,45; p =
0,017 (95% CI: 0,082; 0,818). Embora o índice de kappa seja moderado, o valor de p é
estatisticamente significante (p <0,05), representando existência de concordância na avaliação.
As revisões sistemáticas analisadas apresentaram 5 itens: desenho metodológico, pesquisa
abrangente, tipo de publicação utilizado para inclusão, lista de estudos incluídos e excluídos, e
descrição das características dos estudos incluídos. O único item não verificado nos dois
artigos foi: utilização de método adequado para combinar os resultados. Conclusão: O estudo
ressalta a importância da aplicação de instrumentos que avaliem a qualidade das revisões
sistemáticas, e apresenta o AMSTAR como uma ferramenta útil para avaliar a qualidade
metodológica de revisões sistemáticas. Auxílio financeiro: CNPq.
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AF 40 - PREVALÊNCIA DA UTILIZAÇÃO DE MEDICAMENTOS EM GESTANTES
ATENDIDAS EM DUAS UNIDADES DE SAÚDE PÚBLICA NO MUNICÍPIO DE BAGÉ- RS
BIANCHI, TANISE; ZAGO, ANA CAROLINA; NUNES, ROBERTA DA SILVA, MENEZES, ANA
PAULA
Universidade da Região da Campanha-URCAMP
Durante a fase gestacional a mulher precisa ter cuidado redobrado com o uso de determinados
medicamentos, pois alguns atravessam a barreira placentária atingindo diretamente o feto.
Sendo assim, o objetivo desse estudo foi verificar a prevalência da utilização de medicamentos
entre gestantes do município de Bagé, RS. Trata-se de um estudo descritivo transversal,
através de questionário composto por questões abertas e fechadas, no qual foram
entrevistadas 130 gestantes que fazem o acompanhamento pré-natal em duas unidades de
saúde pública no município de Bagé-RS. A pesquisa, após ser aprovada pelo comitê de ética
da instituição (ata 05-2011) foi realizada no período de agosto a outubro de 2011. Os
resultados encontrados nesse estudo mostram que a maioria das gestantes entrevistadas
possuía idade entre 21 a 30 anos (49,23%), eram brancas (69,23%), solteiras (58,46%),
possuíam o ensino fundamental incompleto (28,46%), renda familiar até um salário mínimo
(53,84%) e não tinham filhos (44,61%). Em relação aos desconfortos relacionados à gestação,
a maioria apontou o enjoo e a anemia. Grande parte delas (90%) fez uso de pelo menos um
medicamento durante a gravidez, sendo antianêmicos os mais utilizados, principalmente o
sulfato ferroso. Poucas gestantes (20%) fizeram uso da automedicação. O medicamento mais
utilizado nessa prática foi o paracetamol, 40,76% das entrevistadas afirmaram guardar algum
medicamento em casa, 83,07% das gestantes entrevistadas sabem os riscos que a
automedicação pode oferecer a saúde tanto para si quanto para o feto. Das gestantes que
conhecem os riscos de administrar medicamentos por conta própria, 60% foram alertadas por
algum profissional da saúde. Em relação ao hábito de fumar, 16,92% declararam serem
fumantes. Esse estudo mostrou que as gestantes atendidas nessas duas unidades de saúde
pública estão conscientes que não se deve utilizar medicamentos sem orientação médica. Esse
trabalho buscou também conscientizar as gestantes através da distribuição de um folder
mostrando alternativas não-farmacológicas para problemas intercorrentes da gestação,
tentando assim reduzir o consumo de medicamentos.
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AF 41 - FONTES DE INFORMAÇÃO COMO FERRAMENTAS USADAS NA DISPENSAÇÃO
DE MEDICAMENTOS: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA
ALMEIDA-SANTOS, EMANUELLE DE1,2; ROCHA, CHIARA ERMINIA.2; LYRA JUNIOR,
DIVALDO PEREIRA2
1
Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, Lisboa, Portugal
Universidade Federal de Sergipe, Laboratório de Ensino e Pesquisa em Farmácia Social LEPFS, Sergipe, Brasil
2
Introdução: O uso de medicamentos é um processo complexo, com várias etapas,
contemplando uma série de decisões e ações inter-relacionadas que envolvem profissionais de
várias disciplinas, bem como o próprio paciente, necessitando de conhecimentos atualizados
sobre os medicamentos e de acesso no momento necessário de informações completas e
exatas sobre o medicamento e paciente. Uma dessas etapas é a dispensação farmacêutica
que envolve a orientação ao paciente sobre o uso correto de seus medicamentos. Para que
isto aconteça, é preciso que o farmacêutico se envolva na dispensação. Por esta razão, é
necessário avaliar a qualidade dessas fontes, a fim de que as mesmas sirvam de suporte para
o processo dinâmico de construção do conhecimento e das novas práticas profissionais.
Objetivo: Identificar e analisar artigos científicos que abordam as fontes de informação como
ferramentas usadas na dispensação de medicamentos em farmácias comunitárias.
Metodologia: Foi realizada a busca nas bases de dados: Embase, LILACS, IPA, Medline,
ProQuest, Scielo, Science Direct e Scopus, publicados em inglês no período de 1989 a 2009,
utilizando como descritores: “drug information”, “community pharmacy”, “information source”,
“community pharmacy services” e “drug information services”. Os artigos foram analisados por
2 pesquisadores independentes, para evitar vieses. Foram incluídos na amostra, os artigos que
preencheram os critérios de inclusão. No caso de discrepância, um terceiro pesquisador foi
consultado. A concordância na seleção entre os pesquisadores foi calculada pelo índice Kappa.
Os artigos indexados repetidamente em 2 ou mais bancos foram considerados apenas uma
vez. Resultados: Foram identificados 476 artigos, mas somente 6 preencheram os critérios de
inclusão. Não foram encontradas publicações na base de dados Lilacs. O índice de Kappa
apresentou concordância moderada e boa. Os artigos incluídos eram teórico e descritivos,
sendo originários da Ásia (04), Europa (01) e América (01). Nesta revisão apenas 4 artigos
identificaram e relataram as fontes de informação citadas pelos farmacêuticos, sendo 31
classificadas como terciárias, nenhuma secundária e 5 primárias. Conclusão: Foram
encontrados poucos estudos que atenderam o critério de inclusão da revisão sistemática.
Deste, foi observado que a maior parte era do tipo descritivo e/ou observacional, o que ressalta
a necessidade de novas pesquisas sobre a importância da busca de informações para
dispensação de medicamentos nas farmácias comunitárias.
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AF 42 - A COMISSÃO FARMACOTERAPÊUTICA E A RELAÇÃO DE MEDICAMENTOS
ESSENCIAIS DA CIDADE DE SÃO PAULO
BONFIM, JOSÉ RUBEN DE ALCÂNTARA; FERRAZ, DAISY DE CASTRO; JEREMIAS,
SANDRA APARECIDA; MARQUES, DIRCE CRUZ; NAKANO, LAURA SATIKO YANO
Secretaria Municipal da Saúde - São Paulo
Introdução: O estabelecimento de uma Comissão Farmacoterapêutica (CFT) tem sido
recomendado pela Organização Mundial da Saúde como fundamental para que os sistemas de
saúde garantam à população acesso a medicamentos essenciais com uso racional. A
Comissão Farmacoterapêutica da SMS- São Paulo é constituida por equipe multiprofissional
cujo trabalho se desenvolve sob a ótica da Medicina Baseada em Evidências na avaliação de
tecnologias em saúde. O trabalho da CFT tem por objetivos principais estabelecer e manter
atualizada a Relação Municipal de Medicamentos Essenciais (Remume). A CFT tem as
seguintes atribuições: Elaborar a Relação Municipal de Medicamentos Essenciais (Remume)
com discriminação dos medicamentos utilizados nos diferentes níveis de atenção; Estabelecer
os critérios de prioridade para orientar a área de aquisição de medicamentos; Analisar
periodicamente as estatísticas de morbidade e mortalidade com o objetivo de identificar as
necessidades de alterações da Remume;Participar da elaboração de normas para prescrição e
uso dos medicamentos da Remume;Atualizar as informações relacionadas a indicações,
contra-indicações, duração do tratamento e doses dos medicamentos da Remume;Colaborar
na descrição técnica dos produtos farmacêuticos a serem adquiridos;Promover a capacitação
dos profissionais da SMS para a utilização da Remume e dos protocolos de
tratamento;Elaborar as análises de solicitações de medicamentos não constantes da Remume.
Métodos: A CFT possui fluxo de solicitações institucionalizado. O processo de trabalho
engloba as seguintes etapas: 1- solicitação de inclusão, exclusão ou substituição de
medicamentos por parte dos profissionais da SMS ou indústria farmacêutica através de um
formulário; 2- análise inicial da solicitação por um dos membros da CFT com consulta à
literatura científica; 3- encaminhamento da análise inicial para todos os membros da CFT; 4manifestação dos membros da CFT a respeito do parecer inicial; 5- sistematização das
análises pela secretaria executiva da CFT; 6- solicitação de análise de consultores externos à
SMS quando necessário; 7- discussão da análise na reunião ordinária da CFT e definição do
parecer final; 8- envio da resposta da CFT ao solicitante. Periodicamente a CFT/SMS elabora a
revisão geral da Remume, o que aconteceu no ano de 2011 quando foram formados grupos de
trabalho por temas para analisar as necessidades de alterações da lista, tanto identificadas
pelos membros da CFT e pelas áreas técnicas, quanto pelas solicitações recebidas de toda a
rede. Resultados: O processo de atualização teve como produto a Remume reorganizada em
grupos: Rede de Atenção Básica, Serviço de Atendimento Médico de Urgência - SAMU, Saúde
Bucal e Rede de Atenção Hospitalar. O produto da revisão propôs exclusões, substituições e
inclusões resultando em 605 apresentações farmacêuticas de 381 fármacos, além de 34
imunoterápicos e 27 produtos relacionados a fármacos. Conclusão: A instituição da CFT é
uma estratégia importante para a gestão da incorporação de medicamentos no SUS,
promovendo o uso racional dos recursos.
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AF 43 - ATENÇÃO FARMACÊUTICA QUANTO AO USO DE MEDICAMENTOS EM
CRIANÇAS COM DIABETES
ERALENE SILVA ABREU1, IONEIDE RODRIGUES DUARTE1, RICARDO DA SILVA MOTA1,
THIARA LORENNA BEZERRA DA SILVA1, VIVIANNE RODRIGUES AMORIM².
Centro de Educação Tecnológica de Teresina, departamento de farmácia,
¹acadêmicos do 8° período do Curso de Farmácia, ²orientadora.
Introdução: De acordo com a Associação Americana de Diabetes e a Sociedade Brasileira de
Diabetes (2008), há quatro classes clínicas de diabetes mellitus (DM): tipo 1 (5% a 10% dos
casos), tipo 2 (90% a 95% dos casos), Diabetes Mellitus gestacional e outros tipos. Quando o
público alvo do diabetes são crianças, existem uma série de dificuldades sobre as quais seus
tutores precisam superar como: financeiras, emocionais, viagens de férias, proteção excessiva,
festas e reuniões familiares, insegurança, atividades escolares e administração de insulina, /ou
hipoglicemiantes orais daí a necessidade de uma correta atenção farmacêutica que, de acordo
com o Consenso Brasileiro de Atenção Farmacêutica, tem por finalidade aumentar a
efetividade do tratamento medicamentoso, concomitante à detecção de Problemas
Relacionados a Medicamentos (PRM). Assim, capacitar e dar suporte à pessoa diabética para
o autocontrole domiciliar é uma responsabilidade conferida aos profissionais de saúde. Ocorre
que na maior parte dos serviços de atendimento ao diabético, no Brasil, esses profissionais
nem sempre encontram-se adequadamente preparados ou disponíveis. Assim, de acordo com
a realidade do Brasil, o presente trabalho tem por finalidade avaliar como tem sido feita a
atenção farmacêutica dentro do âmbito familiar em famílias que tem crianças portadoras do
diabetes. Métodos: Neste trabalho foi realizada uma pesquisa quantitativa, com artigos no
período de 2005 a 2012, nas seguintes bases de dados Cochrane Library, SciELO, LILACS,
PubMed e Google Acadêmico, com as palavras-chave “ atenção farmacêutica”, diabetes,
crianças. Resultados e Discussão: Observou-se um aumento da incidência de Diabetes em
crianças, especialmente DM2 no período analisado, isso se deve entre outros fatores à
mudanças no estilo de vida e hábitos alimentares; além das dificuldades de integração familiar
com a equipe de saúde em especial o farmacêutico no tratamento e apoio a esses pacientes.
Percebeu-se também que ainda existe uma carência muito grande da participação do
farmacêutico com relação à terapia medicamentosa de crianças portadoras de diabetes e que
esse profissional pouco tem interagido com outros (como médicos, enfermeiros, nutricionistas)
e com a própria família desse público alvo. Conclusão: Apesar de a atenção farmacêutica ser
indispensável tanto para o esclarecimento da doença quanto para adesão ao tratamento, o
farmacêutico tem interferido muito pouco na clínica de crianças portadoras do diabetes; que de
fato na maioria das vezes não existe um acompanhamento terapêutico aos usuários de
medicamentos hipoglicemiantes, no entanto esse quadro pode ser revertido através de
iniciativas públicas direcionadas a esses pacientes e dos próprios profissionais nesse sentido.
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AF 44 - RACIONALIDADE NA SELEÇÃO E CONSUMO DE ANTIDEPRESSIVOS E
BENZODIAZEPÍNICOS NOS SISTEMAS DE SAÚDE
FULONE, IZABELA1; SANTOS, MICHELE FELIX2; CRUZ, LUCIANE LOPES1;
1
2
Universidade de Sorocaba (UNISO) / Mestrado em Ciências Farmacêuticas
Universidade São Francisco (USF) / Especialização em Farmacologia Clínica
Introdução: o número excessivo de medicamentos no mercado, acompanhado do aumento
dos problemas relacionados ao seu uso, exige racionalidade e adequação na seleção e
padronização de medicamentos no Brasil. Além disso, o acesso e o uso racional de
psicofármacos para portadores de transtornos mentais representam um problema de saúde
pública, principalmente em países em desenvolvimento. Objetivos: verificar a adequação da
seleção e o consumo de medicamentos antidepressivos (ATD) e benzodiazepínicos (BDZ) em
quatro cidades brasileiras. Métodos: os medicamentos ATD e BDZ selecionados nas listas
municipais de medicamentos essenciais (Remume) foram comparados àqueles constantes nas
listas de medicamentos essenciais estaduais (Resme), na Relação Nacional de Medicamentos
Essenciais do Brasil (Rename) e na lista da World Health Organization - WHO (ELM-WHO). O
consumo destes medicamentos em cada cidade, nos anos 2007-2010 foi expresso em Dose
Diária por 10.000 habitantes por dia (DDD’s) de acordo com o sistema de classificação
WHO/ATC (Anatomic Therapeutic Chemical). A amostra foi composta pelas cidades de Porto
Feliz-SP, Valinhos-SP, Jundiaí-SP e Barra dos Coqueiros-SE . Resultados: as Remume
analisadas revelam heterogeneidade e significativa variação no número de fármacos e de
apresentações padronizadas. Foram identificados sete fármacos ATD em nove apresentações
diferentes (variação 5-9/município) e sete BDZ em 13 apresentações (variação 4-8/município).
Menos de 50% dos medicamentos selecionados nas Remume constam na ELM-WHO, na
Rename e na Resme. Apenas três medicamentos, comprimidos de amitriptilina de 25mg,
clomipramina 25mg e fluoxetina de 20mg, pertencem às listas essenciais e são padronizados
nos quatro municípios analisados. Constatou-se também a presença de fármacos com eficácia
e segurança semelhantes e custo mais elevado. A imipramina e a sertralina foram identificadas
nos quatro municípios, porém não constam em nenhuma das listas, indicando falta de
alinhamento com o elenco de medicamentos essenciais. Em média, os inibidores seletivos da
recaptação de serotonina foram os ATD mais consumidos em Valinhos, Porto Feliz e Jundiaí,
destacando-se a fluoxetina (150 DDD’s) e setralina (54,2 DDD’s). Barra dos Coqueiros
apresentou os valores mais baixos de consumo de ATD e a amitriptilina foi a mais consumida
(3,04 DDD’s). O diazepam foi o BDZ mais consumido nas quatro cidades avaliadas, em média
87,35 DDD’s. Conclusões: A seleção de medicamentos das Remume avaliadas deve ser
revista e aprimorada, com base nos rigorosos critérios de essencialidade. A presença do
medicamento na lista do município determina o padrão de prescrição e, portanto, o consumo do
mesmo. Capacitação constante de Comissões de Farmácia e Terapêutica, medidas educativas
para alterar hábitos de prescrição e intervenções para aumentar a adesão dos prescritores às
listas essenciais poderiam corrigir distorções de consumo de medicamentos, principalmente
associados ao potencial de abuso, e promover uso racional. Melhores escolhas no momento da
prescrição e disponibilidade de medicamentos essenciais levam a melhores desfechos clínicos
e prestação de serviços.
E-MAIL PARA CONTATO: [email protected]
AF 45 - PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO SITUACIONAL DA ESTRUTURAÇÃO DE
COMISSÃO DE FARMÁCIA E TERAPÊUTICA
1
GUEIROS, FÁTIMA CRISTINA; CAVALCANTI, MAÍSA2
1
Universidade Federal de Santa Catarina, Bolsista da Especialização do Departamento de
Ciências Farmacêuticas;2 Universidade Federal de Pernambuco, Programa de Pós-Graduação
em Inovação Terapêutica.
Introdução: Em virtude da complexidade do processo de seleção, o eixo da Assistência
Farmacêutica, existe a dificuldade de constituir e implementar uma Comissão de Farmácia e
Terapêutica (CFT) efetiva na gestão municipal do Sistema Único de Saúde. Essa comissão
necessita da contribuição de profissionais com diferentes saberes, práticas e conhecimentos
para realizar ações que assegurem o acesso e uso racional dos medicamentos. Dessa forma, o
objetivo deste trabalho foi descrever o Planejamento Estratégico Situacional da estruturação de
uma Comissão de Farmácia e Terapêutica (CFT) no Município de Garanhuns (Pernambuco).
Método: Foi realizado um estudo de caso descritivo, utilizando-se a técnica de pesquisa
documental. As fontes de dados foram atas de reunião do Planejamento Estratégico
Situacional da Coordenação da Assistência Farmacêutica do Município, em agosto de 2011, e
o Plano Operativo (instrumento de planejamento elaborado). Resultados: A Coordenação da
Assistência Farmacêutica desse município seguiu metodologia de Matus, assim realizou o
planejamento em quatro etapas: Momentos explicativo, normativo, estratégico e táticooperacional. Os atores que participaram foram o coordenador da Atenção Básica, o gerente de
Planejamento, o gerente da Vigilância Epidemiológica e os farmacêuticos. Inicialmente, foi
elaborada uma matriz de priorização dos problemas percebidos pelos atores envolvidos nas
atividades desempenhadas na Coordenação da Assistência Farmacêutica Municipal. A partir
dos problemas elencados, eles analisaram e pontuaram cinco parâmetros: magnitude,
transcendência, vulnerabilidade, urgência e factibilidade. O problema que atingiu maior
pontuação foi “inexistência de uma CFT”. A partir do problema elencado como prioritário, eles
elaboraram o diagrama de Causa e Efeito. Nesse diagrama, a imagem-objetivo foi descrita
como “Estruturação de uma CFT efetiva”. Em seguida, foram definidos os objetivos geral e
específicos, as operações e as ações para alcançar a realidade desejada. Como objetivo geral,
foi definido: estruturação da CFT para qualificar Assistência Farmacêutica do município,
contribuindo para melhorar o acesso do cidadão aos medicamentos essenciais e promover seu
uso racional. Como objetivos específicos: definir critérios para composição da equipe
multidisciplinar da CFT; capacitar a equipe multidisciplinar, elaborar regimento interno da CFT;
propor fluxo para selecionar medicamentos que atendam às necessidades da população. Em
seguida, foram analisadas a viabilidade e a factibilidade das propostas. Nessa análise, para
todas as operações propostas, não houve déficit de recursos. Por fim, foi elaborado o protocolo
de indicadores qualitativos e quantitativos de estrutura e de processo com objetivo de
acompanhar e avaliar a execução do Plano Operativo. Conclusão: Esse processo de
planejamento participativo e descentralizado favoreceu a construção de propósitos pactuados
entre os diferentes atores envolvidos. Essa pactuação foi muito importante, pois esses atores
conheceram a importância de se construir e executar esse Plano Operativo em conjunto.
Auxílio Financeiro: Ministério da Saúde; Fundação de amparo à pesquisa e extensão
universitária da Universidade Federal de Santa Catarina.
E-MAIL PARA CONTATO: [email protected]
AF 46 - PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO SITUACIONAL DA REESTRUTURAÇÃO DA
CENTRAL DE ABASTECIMENTO FARMACÊUTICO
SILVA, LILIAN MARIANE PEREIRA1; CAVALCANTI, MAÍSA2
1
Universidade Federal de Santa Catarina, Bolsista da Especialização do Departamento de
Ciências Farmacêuticas;2 Universidade Federal de Pernambuco, Programa de Pós-Graduação
em Inovação Terapêutica.
Introdução: Apesar das iniciativas de qualificação, muitos problemas ainda comprometem a
qualidade dos serviços farmacêuticos no Sistema Único de Saúde. Na maioria dos municípios
brasileiros, as condições inadequadas de armazenamento dos medicamentos são problemas
frequentes e inter-relacionados ao controle de estoque ineficiente. Nesse contexto, o objetivo
deste trabalho foi descrever o Planejamento Estratégico Situacional da reestruturação da
Central de Abastecimento Farmacêutico (CAF) de um município de Alagoas, focando nos
processos organizacionais e estruturais. Método: Foi realizado um estudo de caso descritivo,
utilizando-se a técnica de pesquisa documental. As fontes de dados foram atas de reunião do
Planejamento Estratégico Situacional da Coordenação da Assistência Farmacêutica do
Município, em agosto de 2011, e o Plano Operativo (instrumento de planejamento elaborado).
Resultados: a Coordenação da Assistência Farmacêutica desse município seguiu metodologia
de Matus, assim realizou o planejamento em quatro etapas: Momentos explicativo, normativo,
estratégico e tático-operacional. Os atores convidados, para participarem, foram o Secretário
de Saúde, a Coordenação da Atenção Básica, farmacêutico e auxiliares. Inicialmente, foi
elaborada uma matriz de priorização dos problemas percebidos pelos atores envolvidos nas
atividades desempenhadas na CAF Municipal. A partir dos problemas elencados, eles
analisaram e pontuaram cinco parâmetros: magnitude, transcendência, vulnerabilidade,
urgência e factibilidade. O problema que atingiu maior pontuação foi o “inadequado controle
das condições de armazenamento dos medicamentos na CAF”. A partir do problema elencado
como prioritário, eles elaboraram o diagrama de Causa e Efeito. Nesse diagrama, a imagemobjetivo foi descrita como “adequação das condições de armazenamento de acordo com as
Boas Práticas Farmacêuticas”. Em seguida, foram definidos os objetivos geral e específicos, as
operações e as ações para alcançar a realidade desejada. Como objetivo geral, foi definido:
reestruturar CAF, visando à adequação das condições de armazenamento, conforme a
legislação sanitária. Como objetivos específicos: captar recursos financeiros para reestruturar
CAF, adequar a estrutura física da CAF, otimizando o fluxo; melhorar a organização e a
segurança da área de armazenamento, visando diminuir os desvios bem como o correto
acondicionamento dos produtos; realizar monitoramento sistemático das condições ambientais.
Em seguida, foram analisadas a viabilidade e a factibilidade das propostas. Nessa análise, para
todas as operações propostas, os recursos financeiros representaram um déficit. Por fim, foi
elaborado o protocolo de indicadores quantitativos de estrutura e de processo com objetivo de
acompanhar e avaliar a execução do Plano Operativo. Conclusão: Esse processo de
planejamento participativo descentralizado favoreceu a construção de propósitos pactuados
entre os diferentes atores envolvidos. Essa pactuação foi muito importante, pois esses atores
conheceram a importância de se construir e executar esse Plano Operativo em conjunto.
Auxílio Financeiro: Ministério da Saúde; Fundação de amparo à pesquisa e extensão
universitária da Universidade Federal de Santa Catarina
E-MAIL PARA CONTATO: [email protected]
AF 47 PROMOÇÃO DO USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS: PROJETO DE EXTENSÃO
DO CAMPUS DE CEILÂNDIA, UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
Autores: Danielle Gomes Fontes; Lorena de Sousa Moreira; Amanda Luzia de Araújo;
Guilherme Junió Pinheiro; Isabelle Gomes Silva; Micheline Marie Milward de Azevedo Meiners.
Curso de Farmácia, Faculdade de Ceilândia, Universidade de Brasília (FAR/FCE/UNB)
O alto consumo de medicamentos pela população, denominado medicalização, se justifica pela
influência que os mesmos exercem sobre as opções de tratamento, em quase todas as esferas
de atenção à saúde. Tanto os profissionais de saúde como a população em geral veem no
medicamento a possibilidade de cura, fato que aumenta seu consumo, muitas vezes de forma
irracional. A utilização inadequada e a automedicação sem orientação, especialmente nas
comunidades mais carentes, constituem um sério problema de saúde pública e estão
relacionados às complicações clínicas e internações hospitalares. Assim, desde o primeiro
semestre do corrente ano se estruturou um projeto de extensão na Faculdade de Ceilândia da
Universidade de Brasília denominado “Remédios, o que fazer?”, com o objetivo de desenvolver
atividades de promoção do uso racional de medicamentos nas comunidades carentes
assistidas pela Universidade. O projeto durante o primeiro semestre de 2012 tem realizado
ações de educação e orientação do uso adequado e racional dos medicamentos na
comunidade do Itapoã (DF) e nos centros de saúde de Ceilândia (DF). As atividades são
desenvolvidas por intermédio de oficinas de livre participação nas comunidades e unidades de
saúde, quando se oferece também um atendimento individualizado às pessoas polimedicadas
e/ ou com dificuldades na adesão ao tratamento. Um formulário para elaboração de plano
farmacoterapêutico, um questionário para conhecer os hábitos de armazenamento e descarte
de medicamentos, assim como uma ficha de avaliação da atividade pelos participantes foram
desenvolvidos. Até o presente momento, foram realizadas cinco oficinas: uma na comunidade
do Itapoã e quatro em centros de saúde da Ceilândia, ambas as cidades satélites de Brasília.
Durante as oficinas informou-se à população acerca do uso racional, como fazer a leitura de
bulas, identificação das embalagens, armazenamento e descarte de medicamentos. Cerca de
150 pessoas participaram das cinco oficinas. Nem todas quiseram participar do questionário ou
preencher a avaliação (~15%). Entre os que quiseram responder o questionário, 80% eram
mulheres, aproximadamente 60% estavam em uso de medicamentos, 10% relataram casos de
intoxicação ou reação adversa a medicamentos na família, 50% armazenavam
inadequadamente os medicamentos nas residências e apenas 2% faziam o descarte adequado
dos medicamentos. As oficinas foram bem aceitas pelos participantes, com grande parte
classificando-a entre boa e regular. Foram elaborados 30 planos farmacoterapêuticos após as
oficinas. Educar a população para o uso adequado de medicamentos e orientar os usuários de
medicamentos quanto a sua utilização racional pode contribuir para a promoção da saúde e
prevenção à saúde, visando diminuir os riscos relativos à intoxicação associada aos
medicamentos e à automedicação não orientada. A inserção de estudantes nessa prática de
educação e orientação à população em saúde contribui para uma formação adequada às
necessidades de sanitárias do nosso país.
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AF 48 - PERFIL DA DISPENSAÇÃO DE TALIDOMIDA NO MUNICÍPIO DE OURINHOS-SP
GERALDES,
THAIS
PEDROTTI1;
MOMESSO, LUCIANO DA SILVA1,2
NAMBU,
MAURICIO
MASSAYUKI1,2;
1
FARMACÊUTICO - ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA - SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE
- PREFEITURA MUNICIPAL DE OURINHOS-SP
2
DOCENTE DO CURSO DE FARMÁCIA - FACULDADES INTEGRADAS DE OURINHOS (FIOFEMM)
Introdução: A talidomida é um derivado do ácido glutâmico que farmacologicamente ainda
representa um enigma, agindo como agente imunomodulador. Sua dispensação é estabelecida
pela RDC 11 de 22/03/2011, que dispõe sobre o controle da talidomida e derivados. As
doenças passíveis de tratamento pela talidomida são hanseníase (reação hansenica tipo
eritema nodoso ou tipo II), DST/AIDS (ulcera aftoide idiopática em pacientes portadores de
HIV/AIDS), doença crônico-degenerativas (lúpus eritematoso sistêmico), doença enxerto contra
hospedeiro e mieloma múltiplo. O efeito devastador da talidomida é a deformidade em fetos,
incluindo defeitos cardíacos, renais, genitais e a focomelia, todos secundários ao fechamento
precoce da vascularização nestes órgãos. Objetivos: Analisar o perfil da dispensação de
talidomida, conforme a RDC 11 no município de Ourinhos-SP. Material e Métodos: Consiste
em um estudo descritivo, transversal e retrospectivo sobre a dispensação da talidomida para as
diferentes doenças diagnosticadas, compreendendo o período de julho de 2011 a abril de
2012. Resultados e Discussão: Logo após a implantação da Resolução, algumas prescrições
não seguiram a legislação, porém os medicamentos não foram dispensados e os pacientes
foram orientados a procurar o prescritor para a devida adequação. A talidomida foi prescrita
nas doses de 100 a 300 mg/dia, apenas para os casos de mieloma múltiplo, hanseníase e
lúpus eritematoso sistêmico, apesar de poder tratar outras doenças. Foi possível verificar que o
medicamento não é prescrito para mulheres em idade fértil e que não há restrição de sua
prescrição para homens, porém estes foram orientados a utilizar método contraceptivo de
barreira durante o tratamento e até 30 dias após seu termino. Para o tratamento de mieloma
(29% dos casos), ocorre periodicidade mensal na dispensação, fato não observado para as
demais patologias. Para hanseníase (575 dos casos) só há prescrição de talidomida quando
ocorrem sintomas da reação hansênica e para lúpus (14% dos casos) só quando ocorrem os
sintomas da doença. Conclusão: Devido ser um medicamento com controle especial, a
talidomida não é prescrita para mulheres em idade fértil, uma vez que pode causar
malformação fetal. Apesar de tratar outras doenças, esta somente foi prescrita a pacientes
portadores de mieloma, hanseníase e lúpus.
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