diferença entre a contabilidade gerencial e a contabilidade

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diferença entre a contabilidade gerencial e a contabilidade
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ASSOCIAÇÃO DE EDUCAÇÃO E CULTURA DE GOIÁS – AECG
FACULDADE PADRÃO III
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
Cláudia Horrana Rodrigues da Silva
DIFERENÇAS ENTRE A CONTABILIDADE GERENCIAL E A
CONTABILIDADE FINANCEIRA PARA TOMADA DE DECISÕES
Goiânia / 2014
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FACULDADE PADRÃO III
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
Cláudia Horrana Rodrigues da Silva
DIFERENÇAS ENTRE A CONTABILIDADE GERENCIAL E A
CONTABILIDADE FINANCEIRA PARA TOMADA DE DECISÕES
Artigo apresentado como requisito
parcial de avaliação da disciplina de
TCC II, para obtenção do título de
bacharel em Ciências Contábeis, da
faculdade Padrão.
Profª. MS. Uianã Cruvinel Borges
(Orientadora)
Gisele de Oliveira Silva César
(Convidado)
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Sumário
INTRODUÇÃO ................................................................................................... 4
1. CONTABILIDADE GERENCIAL ..................................................................... 8
1.1 - O CONTADOR GERENCIAL ........................................................... 10
1.2 - SISTEMAS DE INFORMAÇÃO COMO FERRAMENTA DE GESTÃO
................................................................................................................. 11
1.3 - ÁREAS ABRANGIDAS PELA CONTABILIDADE GERENCIAL....... 13
2. CONTABILIDADE FINANCEIRA .................................................................. 14
2.1 - BALANÇO PATRIMONIAL .............................................................. 16
2.2 - DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO .................. 17
2.3 - DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA ..................................... 18
3. DIFERENÇAS ENTRE A CONTABILIDADE GERENCIAL E A
CONTABILIDADE FINANCEIRA PARA TOMADA DE DECISÕES. ................ 19
CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................. 21
REFERÊNCIAS ................................................................................................ 23
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Diferenças entre a contabilidade gerencial e a contabilidade financeira para
tomada de decisões1
Claudia Horrana Rodrigues da Silva2
Resumo: A palavra chave para o mundo hoje é informação. Sem informação
não teríamos a oportunidade de estar conectados ao que acontece em todas
as partes do globo. Para as organizações a informação também é fundamental.
Estas estão buscando, através da informação, aperfeiçoamento em suas
rotinas, seja na produção, na prestação de serviços ou no comércio. O uso da
informação deve ser sempre precedido pelo cuidado na produção de um
conhecimento fidedigno, para que não ocorram erros de comunicação pois,
sem esses cuidados, as organizações podem não resistir às mudanças sofridas
com as demandas do mercado. Com a finalidade de produzir informações
precisas, para a tomada de decisões, a organização tem como ferramenta
fundamental a contabilidade gerencial e a contabilidade financeira. Desta feita,
a contabilidade gerencial e financeira são campos distintos: a contabilidade
gerencial está centralizada no que ocorre dentro da empresa e nos impactos
que a organização pode sentir devido a suas escolhas, analisando os dados e
apresentando à gestão as opções do melhor caminho a ser percorrido;
enquanto a contabilidade financeira é o campo onde todo o investidor procura
informação sobre a saúde financeira da empresa, através de demonstrações
contábeis, nas quais é possível observar como está o balanço patrimonial, se a
entidade está lucrando ou não, entre outras informações. Ambas possuem o
mesmo objetivo, qual seja, gerar informações precisas para os seus usuários,
sendo estas informações obrigatórias ou não. Existem algumas diferenças
entre essas duas áreas e este artigo vai analisar cada modelo de contabilidade,
além de identificar as características que diferencia as duas doutrinas, com
conceitos de cada uma sendo apresentados.
Palavras Chave: Contabilidade gerencial, Contabilidade financeira, gestão,
organização
Introdução
Para uma organização estar bem conceituada no seu ramo, atualmente,
ela precisa estar à frente no mercado com o seu produto ou serviço. Essa
necessidade de destacar-se das demais empresas exige das organizações um
1
Artigo apresentado como um dos requisitos para obtenção do título de bacharel em ciências contábeis,
sob orientação da Prof.ª. Orientadora Ms. Uianã Cruvinel Borges.
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Discente de ciências contábeis da Faculdade Padrão
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conhecimento amplo sobre seu funcionamento interno. Portanto, torna-se
fundamental que as empresas tenham informações adequadas e eficazes para
o caminho correto a ser percorrido. Para isso, a gestão empresarial conta com
a contabilidade que vem crescendo cada vez mais de acordo com a sua
importância.
A
contabilidade
gerencial
proporciona
entendimento
das
informações econômicas e financeira, através da qual, o gestor pode entender
a real situação da sua companhia. Este artigo tem como tema a “Contabilidade
gerencial”. Como problema de pesquisa pretende-se “evidenciar a diferença
entre a contabilidade gerencial e a contabilidade financeira para tomadas de
decisões”. Entretanto, para analisar essas diferenças, é preciso entender o
conceito de contabilidade, qual a finalidade, objetivo, quando surgiu.
A contabilidade é uma ciência e tem como objetivo de fornecer
informações conforme sua variação. “A contabilidade é uma das ciências mais
antigas do mundo. Existem diversos registros de que as civilizações antigas já
possuíam um esboço de técnicas contábeis” (CREPALDI, 2011, p.1).
A técnica utilizada até hoje na contabilidade, teve surgimento em meados
do século XIV, são as partidas dobradas. Para este método onde houver
existência de um debito devera existir um crédito, ou seja, “[...] requer que cada
registro seja acompanhado de dois lançamentos: um indicativo da origem do
valor em questão e, simultaneamente, outro alusivo a seu destino”
(HASTINGS, 2010, p.4). Quem criou este mecanismo foi o Frade Luca Pacioli
em 1494 e desde em tão a contabilidade vem sendo feita com várias
ferramentas para uma melhor analise e mensuração das informações obtidas
(HASTINGS, 2010).
A contabilidade, tal como a conhecemos hoje, percorreu um longo
caminho. A partir do século XIII até o início do século XX existiram escolas de
pensamento contábil, com domínio e influência, que se espalharam pelo
mundo. A Escola Italiana ganhou grande impulso na Europa, com
desenvolvimento de várias correntes de pensamentos como: o Contismo, o
Personalismo,
o
Neocontismo,
o
Controlismo,
Patrimonialismo (HAMILTON, 2011).
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o
Aziendalismo
e
o
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O Contismo foi a primeira corrente de que se tem informações e surgiu
através de estudos feitos com base no método das partidas dobradas. A ideia
central do mecanismo das contas era basicamente o processo de escrituração
com objetivo registrar valores, a receber ou a pagar, e assim foi criada a teoria
das cinco contas gerais por Edmundo Degranges, são elas: “mercadorias;
dinheiro; efeito a receber; efeito a apagar; e lucros e perdas” (HAMILTON,
2011, p12).
O Personalismo surgiu relacionado ao Contismo, enfocando a importância
das contas. Esta escola de pensamento tinha como o objetivo explicar as
relações entre direito e obrigação das contas. A base para esse estudo foi a
teoria da logismografia. De acordo com Pezzoli, essa era a teoria que retratava
o nascimento da combinação dos pensamentos econômicos, administrativo e
contábil (HAMILTON, 2011).
A Corrente do Neocontismo teve os estudos mais avançado sobre a
analise patrimonial e dos fenômenos decorrentes da gestão empresarial. Fabio
Besta foi o principal crítico da escola personalista, segundo Hamilton (2011).
Besta observou que a contabilidade pode ser tratada diferente, sua ideia inicial
afirmava que “[...] o importante seria avaliar a riqueza patrimonial e não
personificar as contas” (HAMILTON, 2011, p15).
O Controlismo surgiu e Fabio Besta ainda teve uma grande participação
em seu desenvolvimento. Considerou o objeto da contabilidade sendo o
controle econômico das aziendas, considerando um avanço em termos de
organização do processo contábil. Essa teoria passou a ser questionada a
medida em que muitos fatos escapavam da lógica contábil (HAMILTON, 2011).
O Aziendalismo compreende estudos feitos que trouxera grande evolução
para a época. Gino Zappa, que sucedeu Besta, percebeu que as ideias
anteriores estavam muito restritas e que a contabilidade não era apenas um
método de controle (HAMILTON, 2011).
O Patrimonialismo preconizava que o patrimônio era o objeto da
contabilidade. Vicenzo Masí definiu o patrimônio como “[...] uma grandeza real
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que se transforma com o desenvolvimento das atividades econômicas”
(HAMILTON, 2011, p.20). Essa definição é considerada até hoje.
Como consequência das teorias criadas e desenvolvidas na escola
italiana, houve o surgimento da escola norte-americana no começo do século
XX. Os avanços da sociedade, da economia, do capitalismo em alguns países,
tornaram os Estados Unidos da América território para inovações na teoria
contábil. Tanto o mercado de capitais quanto investidores insatisfeitos,
contribuíram para que ocorressem as primeiras discussões sobre a
promulgação dos Princípios de contabilidade (HAMILTON, 2011).
Afim de simplificar e ampliar as informações contábeis a metodologia
utilizada pelos norte-americanos dizia que, para um melhor entendimento dos
alunos sobre a contabilidade, era necessário apresentar primeiro os relatórios
contábeis e depois os lançamentos que compõem o relatório, ou seja, o aluno
teria uma visão geral e depois iria reconhecer lançamento por lançamento
(HAMILTON, 2011). A escola norte-americana também direcionou para duas
distintas visões: “(a) geração de informações aos usuários externos
(Contabilidade Societária ou Financeira) e (b) geração de informação aos
usuários internos (Contabilidade Gerencial ou de Gestão)” (HAMILTON, 2011,
p.24). Vale ressaltara importância de todos esses pensadores ao longo do
tempo.
A partir deste panorama histórico é possível afirmar que a contabilidade é
focada em gerar informação para a organização, e que existem os usuários
que utilizam essas informações, que são os seguintes:
 Proprietários: utilizam a contabilidade para verificar o desempenho de
seus investimentos. São os sócios, cotistas, acionistas (HASTINGS,
2010);
 Credores: são os investidores, bancos, onde as informações podem
indicar como está a evolução econômico-financeira da empresa
(HASTINGS, 2010);
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 Fisco: o seu interesse é voltado à arrecadação para o governo, a qual é
apurada com base em legislações. É de caráter obrigatório, assim sendo,
o não cumprimento pode acarretar penalidades (HASTINGS, 2010);
 Administradores: são os gestores das empresas, os quais buscam em
relatórios um entendimento sobre a situação da empresa (HASTINGS,
2010).
No Brasil, a contabilidade sempre foi voltada para leis que regulamentam
impostos. A contabilidade mensura as informações e envia para o fisco para,
regularizar as empresas, no âmbito fiscal, no estado, a fim de manter a
condução de suas atividades. “[...] além da legislação tributária, também à
legislação
societária
e
a
regulamentação
editada
por
organismos
governamentais” (NIYAMA, SILVA, 2011, p.85).
Como vimos toda a evolução da contabilidade e como ela é definida no
Brasil nos deixou claro que sem este caminho percorrido não chegaríamos à
concepção que temos hoje. O foco deste artigo é a contabilidade gerencial e a
contabilidade financeira para tomada de decisões na organização, vamos
entender o conceito da contabilidade gerencial, seus objetivos e ferramentas.
1. Contabilidade gerencial
A definição para a contabilidade gerencial segundo ATKINSON (et al,
2000, p.36) “é o processo de identificar, mensurar, reportar e analisar
informações sobre os eventos econômicos das empresas”. Podemos identificar
na contabilidade gerencial, algumas disciplinas.
A contabilidade gerencial utiliza-se de temas de outras
disciplinas, ela se caracteriza por ser uma área contábil
autônoma, pelo tratamento dado a informação contábil,
enfocando planejamento, controle e tomada de decisão, e por
seu caráter integrativo dentro de um sistema de informação
contábil (PADOVEZE, 2010, p.29).
Na história da evolução industrial a contabilidade gerencial já fazia parte
das organizações. Para os administradores as informações gerenciais
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contribuíam para a tomada de decisões sobre sua produtividade, sobre o custo
de cada material por funcionário e quanto podia recompensá-los pelos esforços
e também para aumentar as metas e garantir sempre um rendimento. “Os
proprietários usavam tal informação gerencial contábil para dois propósitos
diferentes: 1.Para controlar e melhorar a eficiência. 2. Para decisões de preços
e de mix de produtos” (ATKINSON et al, 2000, p.39).
Diante da constante mudança no ambiente econômico e na concorrência
do mercado a contabilidade gerencial gera fontes de informações através, do
processo de identificação, mensuração, acumulação, analise, preparação e
interpretação para a comunicação dos resultados, para usar e preparar um
planejamento, avaliar e controlar (ATKINSON, et al, 2000).
O planejamento consiste em “quantificação e interpretação dos efeitos
de transações planejadas e outros eventos econômicos na empresa”
(ATKINSON et al, 2000, p.67). O planejamento é uma das peças mais
importantes para a contabilidade gerencial, pois faz parte no desenvolvimento
“estabelecer metas alcançáveis e escolhendo meios apropriados de monitorar
o processo em direção das metas” (ATKINSON et al, 2000, p.67).
No decorrer de um período são gerados dados, formando um histórico da
empresa. Assim o processo de avaliar, na contabilidade gerencial, proporciona
“a tradução de dados em tendências e relações: comunicação das conclusões
derivadas, efetivamente e prontamente, das análises” (ATKINSON et al, 2000,
p.67).
Em qualquer organização seja qual for seu tamanho o controle é
fundamental, no processo da contabilidade gerencial. O controle pode
“assegurar a integridade da informação financeira relativa as atividades e aos
recursos da empresa” (ATKINSON et al, 2000, p.67). Planejamento, avaliação
e controle fazem parte da construção da organização de qualidade.
Em seus primórdios, a contabilidade tinha como objetivo informar aos
seus donos à situação do lucro ou prejuízo na entidade. Atualmente, tornou-se
necessário não apenas esse tipo de informação, mas também a demonstração
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de como a empresa está produzindo e sendo conduzida ao longo de um
período. Um exemplo disto seria um relatório solicitado pelo gerente de
produção no qual gostaria de saber como vão os gastos referentes à matériaprima – quanto é consumida em um determinado período e como é gasto.
Os gestores necessitam de informações de custos e
lucratividade de suas linhas de produtos, segmentos do
mercado e de cada produto e cliente. Necessitam de um
sistema de controle operacional que acentue a melhoria de
custos, de qualidade e de redução de tempo de processamento
das atividades desenvolvidas por seus funcionários
(CREPALDI, 2011, p.2).
A contabilidade gerencial tem como objetivo, de acordo com Crepaldi
(2011, p.3), “[...] planejar e colocar em prática um sistema de informações para
uma organização, com ou sem fins lucrativos”. As informações gerenciais vêm
da necessidade que é solicitada de diferentes áreas para várias finalidades
como: para tomadas decisões relativas aos fornecedores, clientes, custos de
produtos lucratividade, para assim a organização formar uma estratégia para o
futuro.
1.1 - O Contador Gerencial
O Contador gerencial precisa estar apto a utilizar a informação gerencial
para amenizar as dificuldades que a organização encontra na sua rotina, ou
seja, o contador gerencial precisa apresentar a capacidade de ser um contador
com uma visão gerencial.
Todo procedimento, técnica, informação ou relatório contábeis
feitos “sob medida” para que a administração os utilize na
tomada de decisões entre alternativas conflitantes, ou na
avaliação de desempenho, recai na contabilidade gerencial
(IUDÍCIBUS, 1998, p.20).
O perfil do contador é amplo, deve sempre estar preparado para várias
situações, além de conhecimento para fazer a sua análise afim de auxiliar o
gestor na tomada de decisões. Este contador dever ser um profissional com
conhecimentos em estatística, matemática, pesquisas operacionais, técnicas
em planejamento, controle. Sempre atualizado, deve permanecer seguindo os
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princípios contábeis. Sem essas atribuições o contador pode fazer com que o
gestor tome decisões fora do contexto da empresa, podendo até levar ao
encerramento das atividades (CREPALDI, 2011). Isso demonstra a importância
do profissional contábil e da necessidade de manter-se diferenciado em níveis
de conhecimento de gestão estratégica.
A contabilidade gerencial conta com o uso do sistema de informação,
para produzir relatórios e atender a seus vários usuários. O sistema de
informação se torna a peça fundamental para a organização tornar-se mais
competitiva.
1.2 - Sistemas de informação como ferramenta de gestão
Para atender os usuários, é necessário um planejamento para a produção
de relatórios exigidos, isso exige alguns aspectos: “[...] níveis empresariais,
ciclo administrativo e nível da estruturação da informação” (CREPALDI, 2011,
p.16). O sistema de informação é de uso da contabilidade gerencial, pois dele
vem à estrutura que é apresentado para o gestor. Para compreender melhor
esta importância para a contabilidade gerencial, a definição de sistema de
informação é:
Como um conjunto de recursos humanos, materiais,
tecnológicos e financeiros agregados segundo uma sequencia
lógica para o processamento dos dados e tradução em
informações, para com seu produto, permitir as organizações o
cumprimento de seus objetivos principais (PADOVEZE, 2010,
p.48).
O sistema de informação contábil-gerencial é divido em três aspectos que
tem um papel fundamental na organização, que são: Orçamento, Custo e
Contabilidade (FIGUEIREDO; CAGGIANO, 2008).
Orçamento tem a capacidade de simular em uma visão futura com base
no passado e também através de planos especifica para alcançar as metas
estabelecidas para a empresa em determinado período.
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É um instrumento direcional. Constitui-se de planos específicos
em termos de datas e de unidades monetárias, visando orientar
a administração para atingir os fins específicos em mente, ou
seja, os objetivos empresariais (FIGUEIREDO; CAGGIANO,
2008, p.21).
Os objetivos do orçamento são o planejamento, a coordenação e o
controle. O orçamento pode ser definido em duas etapas: Orçamento de longo
prazo que é estabelecido para objetivos estratégicos, e para crescimento e
expansão
estabelecidas
na
caracterização
dos
modelos
propostos
(FIGUEIREDO, CAGGIANO, 2008); E o orçamento de curto prazo que é
definido pelo os planos da empresa por meio de metas operacionais,
respondendo a questões como, o que fazer? Como fazer e utilizar
(FIGUEIREDO, CAGGIANO, 2008). O Contador gerencial utiliza o orçamento
para empresa estar preparar para qualquer situação.
Já os custos são medidas monetárias dos sacrifícios com que a empresa
tem que arcar para alcançar seus objetivos; as informações também auxiliam
na avaliação e nas mudanças patrimoniais. Deve considerar e contemplar a
natureza do processo produtivo para as informações aos gestores. A função
principal é produzir informações sobre: Custeio de produtos, serviços,
atividades; Controle de custos por áreas de responsabilidade; Avaliação de
desempenho (FIGUEIREDO, CAGGIANO, 2008).
Para o contador enxergar o valor do custo de um produto utiliza-se
métodos. Através da despesa que é rateada, os produtos custeados por seu
valor de mercado, podemos calcular a margem de contribuição que é feito
considerando
suas
receitas
e
seus
custos
variáveis
(FIGUEIREDO,
CAGGIANO, 2008). Custo tem uma grande importância na organização, pois “o
subsistema de custos deve ser formalmente estruturado e integrado com os
outros subsistemas do sistema de informação e, naturalmente, com o processo
de gestão” (FIGUEIREDO, CAGGIANO, 2008, p.22).
A contabilidade como sistema de informação tem a tarefa de transformar
dados em informações, acompanhando sempre o modelo de decisão do
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usuário, ou seja, a informação que usuário necessita o contador tem a
capacidade de extrair e evidenciar de uma forma mais clara para o usuário.
O sistema contábil proporciona aos gestores e também aos
usuários externos visão geral da organização, servindo de
ligação entre os outros sistemas de informação, como
marketing, recursos humanos, pesquisas e desenvolvimento e
produção; nele as informações produzidas pelos outros
sistemas são expressas em termos financeiros, tomando
possível desenvolver uma estratégia para atingir os objetivos
das organizações (FIGUEIREDO, CAGGIANO, 2008, p.22).
A grande função da contabilidade gerencial é trazer os problemas da
gestão à tona, evidenciados por uma análise, para que assim a gestão possa
soluciona-los. O Orçamento, o custo e a contabilidade deve estar disponíveis
para que toda a informação seja colhida e levada para a gestão para a melhor
tomada de decisão. Para uma melhor avaliação, e com um objetivo de reduzir
os gastos a contabilidade gerencial é abrangente em todas as áreas possíveis.
1.3 - Áreas abrangidas pela contabilidade gerencial
Segundo Padoveze (2010) a informação contábil tem como objetivo
atender a todas as áreas de uma empresa, ou seja, a cada nível hierárquico
administrativo, pois isso terá um impacto de como a informação será usada.
Para uma análise melhor, existem três blocos de informações. O primeiro bloco
é focado para administração, será a visão total solicitada geralmente pela alta
escalação da empresa. “[...] gerenciamento contábil global, objetivando
canalizar informações que sejam apresentadas de forma sintética, em grandes
agregados, com a finalidade de controlar e planejar a empresa dentro de uma
visão de conjunto” (PADOVEZE, 2010, p.41).
O segundo bloco é para a média administração, esta é a parte setorial,
cada departamento necessita de informações para melhorar a rotina. “[...] Os
seguimentos que a empresa definiu em termos de divisões ou linhas de
produtos. São informações para canalizar os conceitos de contabilidade por
responsabilidade” (PADOVEZE, 2010, p.41).
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O terceiro bloco é para o gerenciamento de cada produto na empresa. É
gerada a informação para diminuir os gastos e aprimorar o produto/serviço.
“Denominamos esse segmento da Contabilidade Gerencial de gerenciamento
contábil especifico. São informações que descem a um grau maior de
detalhamento, em nível operacional” (PADOVEZE, 2010, p.42). Para todos os
blocos as informações serão administradas para planejamento estratégico e
orçamentário, visando o desenvolvimento para o futuro (PADOVEZE, 2010).
Podemos perceber que a contabilidade gerencial, é voltada para a rotina
da organização atende a todo tipo de situação que seja solicitada, através do
seu planejamento, controle, analise. Aperfeiçoando os resultados utilizando o
sistema de informação para captar e reportar a gestão com dados colhidos
através das áreas de custo, contabilidade e de orçamento. Todo esse sistema
constitui em trazer a melhor informação.
2. Contabilidade Financeira
A contabilidade Financeira tem como a função de prestar todas as
informações necessárias para os usuários apresentando um espelho da real
situação da organização em forma de relatórios.
[...] A contabilidade Financeira, que desempenha os
mecanismos básicos de acumulação de dados, registros,
relatórios e análises dentro da empresa, mas não deixará de
fornecer visão embrionária das funções da contabilidade de
Custos e da Análise e Interpretação de Balanços, que se
acham intimamente ligadas aquela e que são, de certa forma,
uma sequencia natural da contabilidade financeira (IUDÍCIBUS,
et al, 2010, p.8).
As informações que são geradas na contabilidade Financeira são
direcionadas para os usuários externos, podemos citar eles como sendo os
acionistas, sócios e proprietários de quotas. O objetivo e o interesse das
informações contábeis para esses usuários, geralmente é para o retorno que é
esperado, pois nenhum acionista comprara ou vai manter ações cuja empresa
não estiver um bom resultado. Mas não é só para os acionistas e sócios que
essas informações existem. As informações podem ser geradas para entidades
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e pessoas que podemos considerar como sendo os Bancos, Capitalistas e
emprestadores de dinheiro (IUDÍCIBUS, 2010). Por exemplo, quando uma
empresa precisa fazer um investimento em sua estrutura precisa apresentar
aos bancos registros de como está a situação da empresa, para que o mesmo
tenha a confiabilidade que o empréstimo seja pago pelo solicitante.
O gestor inteligente, sabe utilizar bem as informações contábeis, e saberá
fazer com que essas sejam evidenciadas para tomada de decisões, Podemos
descrever a situação quando é apresentado um balanço patrimonial com
qualidade, a organização pode aumentar sua credibilidade diante de um
investidor. A organização pode, ainda, utilizar ainda o Balanço patrimonial para
apresentação aos bancos, tendo a possibilidade de um valor de credito
considerável para os seus investimentos futuros na entidade. Basta uma
estratégia para fazer a melhor tomada de decisão, para fazer a diferença.
Na contabilidade financeira existem as demonstrações contábeis que têm
como objetivo fornecer informações para uma correta avaliação dos gestores,
para um melhor desempenho na empresa, ou como citado anteriormente para
aqueles que têm um relacionamento com a empresa.
A Lei n. 6.404/76 descreve de forma clara os dispositivos básicos para as
demonstrações contábeis. “A legislação fiscal estendeu os dispositivos básicos
da Lei n. 6.404/76, relativos às demonstrações contábeis, para todo tipo de
sociedade que estiver enquadrada no regime de tributação pelo lucro real”
(REIS, 2009, p.56).
Os dados que apresentam o desempenho financeiro e econômico de uma
organização utilizam as demonstrações contábeis. Destacam-se três relatórios
básicos para apresentação destes dados, como sendo: “[...] o balanço
Patrimonial, a Demonstração de Resultados e a Demonstração dos Fluxos de
Caixa” (IUDÍCIBUS et al, 2010, p.3). Existem outras demonstrações contábeis
que tem como função de fornecer outros tipos de informações: Demonstrações
dos lucros ou prejuízos acumulados; demonstração das mutações do
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patrimônio líquido; demonstrações das origens e aplicações de recursos;
demonstrações do valor adicionado (REIS, 2010).
2.1 - Balanço Patrimonial
Como vimos anteriormente o patrimônio pode ser considerado como
sendo o conjunto de bens, direitos e obrigações de uma entidade, sendo assim
temos que registrar essa movimentação, considerando um determinado
período e evidenciar esses fatos em relatório, os dados são colhidos e
apresentados no que chama de relatórios contábeis.
O Balanço Patrimonial é uma das mais importantes
demonstrações contábeis, por meio do qual podemos apurar a
situação patrimonial e financeira de uma entidade em
determinado momento, dentro de certas regras (IUDÍCIBUS, et
al, 2010, p. 17).
No balanço patrimonial conseguimos ter uma visão geral das aplicações
de recursos que a empresa tem e quantos de recursos são devidos a terceiros,
procura evidenciar, em determinada data e natureza dos valores que compõem
o patrimônio da empresa, conseguimos também fazer uma análise comparativa
dos balanços consecutivos para a visão da movimentação ocorrida nesse
período. Existem algumas companhias e instituições financeiras que possui
balanços diferenciados e padronizados de acordo com normas especiais e a
Lei nº 6.404/76 que regulamenta as sociedades por ações trouxe inovações
inclusive para conteúdos referentes ao Balanço Patrimonial (IUDÍCIBUS, 2010).
Dentro do Balanço Patrimonial, podemos desmembrar as seguintes
aplicações do balanço patrimonial: “o Ativo, o Passivo e o Patrimônio Liquido
da entidade” (IUDÍCIBUS et al, 2010, p. 17).
O ativo de uma forma simplificada é definido pelos seus bens e os direitos
da entidade expressos em moeda (IUDÍCIBUS, 2010). Podemos encontrar
dentro do ativo, contas que são classificadas como sendo: ativo circulante e;
ativo não circulante, onde, dentro dessas categorias temos contas como: caixa,
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banco, estoque, imobilizado, imóveis, investimentos, etc. É são apresentados
de forma ordenada decrescente de liquidez (JUNIOR; BEGALLI, 2009).
O passivo basicamente se trata das obrigações a pagar, ou seja, o que se
deve a terceiros (IUDÍCIBUS, 2010). Podemos encontrar no passivo contas que
classificam como: passivo circulante e passivo não circulante dentro dessas
categorias temos contas como: Contas a pagar, Fornecedores, financiamentos,
empréstimos, impostos, folha de pagamentos etc., que são apresentados com
critérios a época de vencimentos da obrigação (JUNIOR; BEGALLI, 2009).
O patrimônio líquido trata da diferença entre o valor do ativo com o
passivo, em determinado momento (IUDÍCIBUS, 2010). Nele podemos
apresentar a riqueza que pertence aos proprietários. No patrimônio líquido
encontramos o Capital social, as reservas de capital e evidenciar o lucro ou
prejuízo acumulado gerado pela empresa que ainda não foram distribuídos aos
sócios ou acionistas (JUNIOR; BEGALLI, 2009).
A estrutura do balanço patrimonial é elaborada de forma que o ativo fique
em uma coluna à esquerda e o passivo fique a direita juntamente com o
patrimônio líquido. O balanço patrimonial tem como obrigatoriedade levantar o
balanço pelo menos uma vez a cada período de doze meses, pode ou não
coincidir com ano civil (IUDÍCIBUS, 2010). Mas existem outras ocasiões em
que
precisa-se
fazer
esse
levantamento
do
balanço:
“liquidações,
transformações, incorporações, fusões e cisões” (IUDÍCIBUS et al, 2010,
p.169). O balanço patrimonial se torna uma das peças mais importante na
contabilidade financeira, pois é onde conseguimos visualizar, em cada campo,
os resultados de uma organização em determinado período.
2.2 - Demonstração do resultado do exercício
A demonstração do resultado do exercício para Junior e Begalli (2009)
nada mais é que a apresentação das contas de receitas e despesas, feita de
modo ordenado. A demonstração do resultado do exercício é definida como
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“uma peça contábil que mostra o resultado das operações sociais – lucro ou
prejuízo” (REIS, 2009, p.98). E que pode destacar o resultado operacional do
período dos valores aplicados no Ativo; os resultados líquidos do período, que
efetivamente a disposição dos sócios (REIS, 2009). Para o usuário externo
como os acionistas a informação produzida pela demonstração contábil é
considerada importantíssima, pois nela consegue identificar o rendimento
obtido e para os gestores fonte de informações para tomada de decisões.
Nessa demonstração conseguimos identificar o resultado através de uma
análise, onde definimos a “diferença entre os débitos e créditos da conta
“Resultado do exercício”” (JUNIOR; BEGALLI, 2009, p.129). Nesse sentido se
a receita for maior que a despesa terá um lucro e, se a despesa for maior que a
receita, terá um prejuízo. Na visão desse esquema, a estrutura do sistema de
demonstração do resultado do exercício é vertical, compreende a receita bruta,
e por meio de adições e subtrações sucessivas, podemos identificar qual é o
resultado líquido do exercício (REIS, 2009). A demonstração de resultado do
exercício tem como papel ser apurada e finalmente ser feito o levantamento
para as reservas.
2.3 - Demonstração do Fluxo de Caixa
Para uma organização controlar e observar a movimentação de entradas
e saídas de valores monetários utiliza-se o fluxo de caixa. “[...] engloba todas
as “disponibilidades monetárias” da empresa, quer se encontrem sob a forma
de dinheiro, de saldo bancário ou até mesmo de aplicações financeiras de livre
movimentação”(REIS, 2009, p.158). Através dessa demonstração conseguimos
elaborar um planejamento para as necessidades da empresa e para que os
recursos sejam suficientes para com os seus compromissos e despesas (REIS,
2009).
Para a realização da demonstração do fluxo de caixa existem dois
métodos como forma de apresentação. O método direto é mais utilizado por
apresentar informações mais precisas sobre a efetiva movimentação de valores
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numerários, é baseado no regime de caixa onde apresenta todos os
pagamentos e recebimentos em determinado período (REIS, 2009). Já no
método indireto a apuração do movimento de caixa originário das operações
considera os acréscimos ou diminuições aos ativos e passivos circulantes
operacionais (REIS, 2009). Existe uma diferença básica entre esses dois
métodos que é o processo de cálculo do fluxo de caixa, onde, “no formato
indireto, realiza-se uma reconciliação do Resultado Liquido, por meio de
adições ou subtrações, para chegar ao Caixa Liquido resultante das
operações” (REIS, 2009, p.166).
Descrevemos as três demonstrações contábeis que são consideradas as
básicas. Porém o Balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado serve
de base para a construção da Demonstração dos fluxos de Caixa (REIS, 2009).
Para uma tomada de decisão de qualidade é preciso considerar vários
fatores. Como destacamos a contabilidade gerencial é voltada para a gestão e
para um bom funcionamento dos setores, para análise de custos e etc.
Dependendo dos desejos da gestão o contador gerencial precisa estar
preparado para colher os dados e apresentar para a gestão. Já na
Contabilidade Financeira a tomada de decisão tem uma perspectiva diferente,
pois a finalidade de colher dados e apresentar é questão de obrigatoriedade e
é utilizada para usuários externos. Vamos entender melhor a definição dessas
diferenças.
3. Diferenças entre a Contabilidade gerencial e a contabilidade financeira
para tomada de decisões.
Como citado neste artigo a contabilidade gerencial é a contabilidade
financeira, se torna muito importante, pois as informações geradas têm um
reflexo muito grande na tomada de decisões. Para isso são destacadas
algumas
características
básicas
que
podemos
considerar
relativas
à
contabilidade gerencial e a contabilidade financeira para a tomada de decisões.
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A contabilidade gerencial é voltada para os gestores, diretores e
funcionários, ou seja, é direcionada para a entidade. Tem como propósito gerar
informações para decisões internas, utilizando o feedback e controle sobre o
desempenho, mas sempre com o objetivo de orientar a gestão para as
decisões futuras com base no histórico (ATKINSON, 2000).
Utiliza do sistema de informação como ferramenta que determina as
necessidades estratégicas e operacionais da organização. A natureza dessas
informações é subjetiva, relevantes e validas. Sua mensuração pode ser física
e operacional, tecnológica (ATKINSON, 2000). Essas informações podem ser
apresentadas em formas de relatórios que podemos denominar como sendo
orçamentos, relatórios de desempenhos, relatórios de custos, relatórios que
facilite a tomada de decisão que são apresentados conforme sua necessidade
(PADOVEZE, 2010). Tem como base outras disciplinas para atender as
exigências da organização. Essas disciplinas são economia, finanças,
estatística, pesquisa operacional entre outras (PADOVEZE, 2010).
As características da contabilidade financeira são determinadas e
voltadas para acionistas, credores, instituições bancárias e autoridade
tributaria. Tem como finalidade reportar o desempenho em determinado
período para a parte externa, como proprietários, credores e tem como objetivo
de apresentar a parte histórica da empresa em demonstrações contábeis
(ATKINSON, 2000).
A Contabilidade financeira é regulamentada dirigida por regras e
princípios fundamentais da contabilidade e por autoridades governamentais. A
natureza e tipo de informação são definidos como objetiva, auditável, confiável,
consistente e precisa, e é direcionada para a mensuração financeira
(ATKINSON, 2000). As informações são apresentadas em relatórios como
balanço patrimonial, demonstração dos resultados, demonstração das origens
e aplicações de recursos e demonstrações das mutações do patrimônio líquido
a
frequência
desses
relatórios
são
geralmente
ocasionalmente mensal (PADOVEZE, 2010).
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anual,
trimestral
e
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As Informações são geradas de acordo com as técnicas e teorias da
ciência contábil e com os princípios contábeis. Essas características tornam
essencial para o entendimento dessas duas doutrinas que tem como a função
de gerar informação para seus usuários seguindo os requisitos que cada uma
tem, mas com o mesmo objetivo de auxiliar os gestores e investidores para a
tomada de decisões, para que a empresa produza um retorno satisfatório.
Considerações finais
Este artigo teve como objetivo analisar, os conceitos sobre a
contabilidade gerencial e a contabilidade financeira, além de evidenciar a
importância da contabilidade para as organizações. A contabilidade está
presente desde o surgimento da empresa até o seu fechamento. Assim, ela é
responsável pelas movimentações e modificações que aconteceu.
O gerenciamento de informação compõe-se por doutrinas que destacam
o seu grau de importância, para a vida de uma organização. A contabilidade
gerencial é importante para aqueles, que mensura a informação e apresentam
as mesmas, acompanhados de estratégias para os gestores decidirem pela
melhor decisão. A contabilidade financeira também se destaca na organização
devido a sua importância, pois sem as demonstrações contábeis, os usuários
externos não saberiam como está a saúde da organização.
As características básicas da contabilidade gerencial na forma de
tratamento na informação contábil, que têm base em outras disciplinas, tem o
poder de auxiliar a gestão dando um enfoque na construção de planejamento,
controle e disciplina na organização. Todo contador gerencial tem como
objetivo analisar e reportar as informações obtidas. E para colher essas
informações a contabilidade gerencial tem como ferramenta o sistema de
informações. O sistema de informação contábil-gerencial tem como aspectos
as áreas de custos, orçamento e contabilidade como fonte de dados para as
análises. A contabilidade gerencial abrange todas as áreas de uma empresa,
composta do alto escalão de uma organização e vai até a um setor especifico,
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de modo geral a contabilidade gerencial é capaz de atender a todas as
necessidades em relação a informação para a organização.
A contabilidade financeira através das demonstrações contábeis tem
como objetivo, de acumular informações e apresentar em relatórios, já préestabelecidos na legislação sua forma, ou seja, sempre utilizando padrão de
determinados relatórios. Os relatórios que pode ser considerado os mais
importantes são o balanço patrimonial, demonstração do resultado do exercício
e a demonstração do fluxo de caixa, estes relatórios são direcionados
especificamente para os usuários externos, como os acionistas, e instituições
financeiras como os bancos. Tanto para a contabilidade gerencial tanto a
financeira são necessárias para a organização continuar crescendo no
mercado econômico.
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Referências
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FIGUEIREDO, Sandra; CAGGIANO, Paulo Cesar. Controladoria: Teoria e
Pratica. São Paulo: Atlas, 4.ed. 2008.
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IUDÍCUBUS, Sergio de. Contabilidade introdutória. São Paulo: Atlas, 11.ed
2010.
IUDÍCIBUS, Sérgio de; MARION, José Carlos. Curso de contabilidade para não
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NIYAMA, Jorge Katsumi; SILVA, Cesar Augusto Tibúrcio. Teoria da
Contabilidade. São Paulo: Atlas, 2.ed. 2011.
PADOVEZE, Clovis Luis. Contabilidade gerencial: um enfoque em sistema de
informação. São Paulo: Atlas, 7ed, 2010.
REIS, Arnaldo Carlos de Rezende. Demonstrações contábeis: estrutura e
analise. São Paulo: Saraiva, 3. ed. 2009.
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