O Planeta Terra e a Preservação Ambiental

X Reunión de la RED POP y IV Taller "Ciencia, Comunicación y Sociedad"
9 al 11 de mayo del 2007 en San José, Costa Rica
O Planeta Terra e a Preservação Ambiental
Wilson Teixeira (apresentador)
Francisco J. L. S. Medeiros
Palavras chave:
Preservação Ambiental
Estação Ciência – USP
www.eciencia.usp.br
[email protected]
Resumo:
O projeto “Ano Internacional do Planeta Terra” (www.yearofplanetearth.org) (AIPT), sob os auspícios da União
Internacional das Ciências Geológicas, foi proclamado recentemente pela assembléia geral das Nações Unidas.
O ápice das comemorações ocorrerá em 2008, em todos os países do mundo. Este projeto global tem por
objetivo demonstrar os modos e as potencialidades do conhecimento das Ciências da Terra para o
desenvolvimento sustentável e próspero de futuras gerações em nosso planeta. Os 10 temas selecionados para
as ações multiplicadoras e ampla divulgação são: 1. Água subterrânea; 2. Desastres naturais; 3. Terra e Saúde;
4. Clima; 5. Recursos naturais e energia; 6. Mega-cidades; 7. Núcleo e Crosta terrestres; 8. Oceanos; 9. Solos e
10. Terra e Vida. No caso do Brasil este projeto conta com o apoio oficial do Ministério da Ciência e Tecnologia
e da Academia Brasileira de Ciências.
Em sintonia com os propósitos educacionais deste projeto, a Estação Ciência (www.eciencia.usp.br), com o
apoio financeiro da Petrobras, idealizou uma nova exposição interativa denominada “O Planeta Terra e a
Preservação Ambiental”. Esta exposição, de caráter permanente, inaugurada em 25 de janeiro de 2007, marca
também o lançamento oficial do AIPT no Brasil. O seu projeto arquitetônico foi especialmente idealizado, com a
produção de materiais inéditos: experimentos interativos, animações computacionais, jogos educativos sobre os
fenômenos naturais que ilustram de maneira lúdica e divertida o funcionamento dos três grandes sistemas da
Terra (atmosfera, hidrosfera, litosfera), em cuja interação a vida humana sobrevive em frágil equilíbrio.
Entre os vários temas tratados estão: a origem do planeta no universo, os fenômenos de origem interna (e.g.,
sismicidade e terremotos, vulcanismo, tsunamis, formação de montanhas), os de origem externa (e.g., efeito
estufa, ciclos do oxigênio, carbono, água, intemperismo, formação de solo, fenômenos erosivos,
escorregamentos, etc.), os recursos naturais não renováveis (petróleo, gás, metais básicos), minerais, rochas,
viagem simbólica ao passado, réplicas de fósseis (e.g. Allossaurus fragilis, Pterossaurus). Além disso, outras
atrações sonoras, visuais e sensoriais são apresentadas em dioramas, maquetes interativas, salas-show,
réplicas de fósseis em tamanho natural, mapas, painéis, e vídeos educacionais em TVs de plasma,
outdoors/backlights, fotografias aéreas ampliadas.
O conteúdo expositivo é fundamentado na adaptação de livros didáticos sobre a Terra e vídeos sobre
fenômenos da natureza. O método pedagógico inclui uma linguagem cientificamente adequada aos alunos de
ensino fundamental e médio, e conta com a curadoria científica de especialistas na temática da exposição,
docentes da Universidade de São Paulo, e com a colaboração de outros museus de ciência brasileiros. Outro
aspecto interessante está na participação de universitários-monitores da Estação Ciência que dialogam com o
público e apresentam os diversos aspectos das Ciências da Terra a esses escolares e ao público em geral.
Espera-se que a exposição atinja um público superior a 500 mil pessoas em 2007.
Apresentação
A Estação Ciência é o Centro de Difusão Científica, Tecnológica e Cultural da
Universidade de São Paulo, subordinada à Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária.
Tem como principal objetivo promover a divulgação e popularização da ciência,
aproximando, por meio de exposições interativas, cursos, eventos, mostras de vídeos
científicos, publicações e outras ações, o público em geral e especialmente, os estudantes
dos Ensinos Fundamental e Médio das pesquisas realizadas dentro e fora da Universidade..
Inaugurada em 1987 pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico - CNPq, a Estação Ciência passou a ser administrada pela Universidade de São
Paulo a partir de 1990. O Centro conta com exposições permanentes nas áreas de
Astronomia, Física, Meteorologia, Geologia, Biologia, Geografia, Matemática, entre outras
(e.g. Corpo Humano), ocupando área de aproximadamente 3.200 m². Além destas, ocorrem
exposições temporárias de temas variados, havendo uma área de 500 m² reservada para
esta atividade. Ao percorrer as exposições, os visitantes contam com o auxílio de estagiários,
estudantes universitários, capacitados para o esclarecimento de dúvidas e fornecimento de
informações importantes à realização de uma visita proveitosa e agradável. Além das
exposições a Estação Ciência conta com atividades externas, como apresentações teatrais
de temática científica, exposições itinerantes e participação em eventos de difusão científica
em geral.
A Estação Ciência também desenvolve projetos na área de Educação. São trabalhos
de pesquisa na alfabetização científica, de desenvolvimento de projetos de iniciação
científica por alunos do ensino fundamental visando a inclusão social, de acesso à ciência
através da Internet e de utilização de linguagens artísticas na difusão científica e cultural. A
importância deste trabalho está no despertar do interesse científico nos estudantes, da préescola ao ensino médio. Tal papel é fundamental para uma nação em desenvolvimento como
o Brasil, que necessita formar jovens que irão alavancar nosso crescimento científico e
tecnológico.
A presente contribuição detalha e comenta os aspectos de concepção temática, de
planejamento arquitetônico e cenográfico, de projeto luminotécnico, bem como do
investimento financeiro na implantação de um projeto expositivo que é único no Brasil. Cabe
também ressaltar a qualificação da equipe de planejamento e execução do projeto que
reuniu alguns dos principais pesquisadores na área de conhecimento temático no país, bem
como de profissionais de renome na área museológica e de arquitetura. A seguir
apresentamos os principais participantes no projeto:
Curadoria Geral
Fernando Pires
Coordenação Geral
Wilson Teixeira
Curadoria Científica
Wilson Teixeira; Ian McReath; Thomas R. Fairchield.
Colaboração
Álvaro Henrique Arouca de Castro; Antonio Luciano Gandini; Célia Maria Fernandes; Claudio
Riccomini; Colombo Celso Gaeta Tassinari; Edmar Mamini; Edson Ferraz da Silva Sobrinho;
Francisco Yukio Hiodo; Gergely A. J. Szabo; Hilda Valdete Barbosa; Jesus Antonio Berrocal
Gomez; João Batista Moreschi; Jorge Hachiro; Jorge S. Bettencourt; José Barbosa Madureira
Filho; José Moacyr Vianna Coutinho; Kenitiro Suguio; Luis Galhardo Filho; Luiz Alberto Lima;
Luiz Antonio Chieregati; Luiz Eduardo Anelli; Marcelo Fischer Gramani; Márcia Ernesto;
Maria Cristina M. de Toledo; Maria Dolores de Carvalho; Paulo César Boggiani; Renato de
Morais; Ricardo Hirata; Simone Falconi.
Cooperação
ABAS Associação Brasileira de Águas Subterrâneas; CPRM Serviço Geológico do Brasil
Minerações Brasileiras Reunidas; Mineração Caraíba; Museu de Ciência e Tecnologia da
Escola de Mineralogia da Universidade Federal de Ouro Preto; Museu de Geociências IGcUSP; SAG/OEA: Sistema Aqüífero Guarani; Vale Verde Associação de Defesa do Meio
Ambiente.
Projeto Arquitetônico e Cenográfico
Haron Cohen; Rodrigo Velasco; André Nucci.
Acompanhamento técnico
Francisco José Lazaro Soares Medeiros (Estação Ciência)
Objetivos
A proposta apoiada pela Petrobras é um projeto inédito na maneira de apresentar os
diferentes fenômenos naturais do Planeta Terra, isto porque o tema geralmente não faz parte
do cotidiano das pessoas. Além disso, a divulgação da Geologia representa um meio
interessante de estímulo à ciência. Em adição, mesmo no caso dos museus de ciência, o
mecanismo de funcionamento do planeta é um tema pouco tratado no Brasil.
A nova exposição utiliza como eixo condutor a separação continental entre América do
Sul e África para explicar os processos naturais internos e externos. O conceito do Sistema
Terra é ilustrado pela dança das placas tectônicas e proporciona entender fenômenos como
o vulcanismo, os terremotos, a construção das montanhas, a modificação das paisagens no
tempo e no espaço, o efeito estufa, o ciclo do carbono e a formação do petróleo, a formação
dos aqüíferos, entre outros assuntos que fazem parte ou condicionam o desenvolvimento
social e tecnológico.
Os principais objetivos da exposição são:
∞ Divulgar a importância da área das Ciências da Terra, em benefício do
desenvolvimento sustentável;
∞ Difundir posturas responsáveis para o uso racional dos recursos naturais;
∞ Enriquecer o entendimento sobre o planeta Terra - elo do desenvolvimento
sustentável;
∞ Capacitar professores do Ensino Fundamental e Médio, no conhecimento geológico e
ambiental.
A exposição apresenta aspectos lúdicos, exercícios educativos virtuais, vídeos e
experiências interativas. Ela contempla também o acesso franco à internet, para pesquisas
em bibliotecas, museus de ciência e sítios educacionais. A temática é multidisciplinar, e
abrange assuntos da Geologia, Geografia, Geofísica, Biologia, Química, Oceanografia,
Ecologia entre outras áreas de conhecimento. Para tanto os estudantes-monitores
receberam, em paralelo à montagem da exposição, treinamento temático especializado pelos
curadores científicos do projeto. Com isso pretende-se que a nova exposição atenda aos
diferentes perfis de público (nível de conhecimento introdutório, médio e avançado).
Justificativas
O projeto ilustra o abrangente conceito do Sistema Terra em contínua interação com a
atmosfera e a hidrosfera, como meio de divulgação das Geociências e sua importância
estratégica para o desenvolvimento sustentável. Como tal, ela se insere integralmente nas
ações no AIPT.
A nova exposição propõe uma linha conceitual que orienta o visitante e, ao mesmo
tempo, amplia o espaço dedicado às Ciências da Terra na Estação Ciência. A diversificação
temática é estratégica, pois também permite melhor integração com as exposições em outras
áreas de conhecimento.
Os objetivos atendem à missão institucional, em sintonia com as ações sociais e
culturais da Petrobras.
Descritivo da exposição
A exposição foi montada de forma que o visitante possa percorrê-la sem,
necessariamente, seguir um trajeto pré-determinado, já que os temas estão dispostos de
maneira integrada, em sintonia com a complexidade do Sistema Terra. Desse modo, apesar
da clara ligação entre os vários temas da exposição, há ampla liberdade de trajetórias para
visitá-la em função dos interesses de cada visitante ou grupo escolar.
Os principais temas que compõem a exposição são os seguintes:
As Origens do Planeta
O Planeta Terra é apresentado, destacando-se aspectos relativos á sua formação e a
de seu satélite, as estações do ano e sua estrutura interna. Neste espaço um grande globo
suspenso representa o planeta, com a Lua em sua órbita, e uma fonte de luz representa o
sol. Ainda há uma estrutura interativa que mostra as camadas internas do planeta (crosta,
manto e núcleo) e amostras de rochas representativas da crosta continental, crosta oceânica
e do manto.
Forças Tectônicas
Mostra a posição atual das massas continentais da Terra, reflexo da dinâmica
Tectônica de Placas + Espalhamento do Fundo Oceânico. Uma maquete acionada por
manivela mostra a formação do Atlântico. Outro equipamento é o quebra-cabeça das placas
tectônicas construído em EVA. Painéis com imagens apresentam as dobras e falhas em
rochas destacando a formação da Serra do Mar no sudeste do Brasil, bem como exemplos
reais em amostras de rocha. Os conceitos são complementados com vídeos e animações.
Terremotos e Tsunami
Um protótipo interativo em tamanho natural (casa-terremoto; 12m2) recria a sensação
provocada por tremores de terra de várias intensidades ao visitante. A exposição das causas
e conseqüências dos sismos se dá através de painéis, documentário, programa mostrando o
princípio de um sismômetro eletromagnético, além de um sismógrafo e uma animação com
os principais sismos recentes. Um simulador de ondas interativo (10m2) mostra a formação
de Tsunamis. Isto é completado com painéis e animações sobre este fenômeno.
Vulcão
Grande maquete de um vulcão traz informações surpreendentes quanto à dinâmica
interna terrestre e a formação de geisers. Painéis explicativos, vitrine com amostras
geológicas e vídeo complementam a exposição.
Viagem ao Tempo Profundo
Percorrendo o Túnel do Tempo o visitante toma contato com os principais
acontecimentos e cenários do Planeta através de ilustrações e textos que demarcam estes
fatos. Neste percurso a idade do planeta é comparada com uma escala anual. Amostras de
rochas e fósseis exemplificam alguns dos principais momentos da evolução do planeta. Em
complemento, há uma atração denominada “Elevador do Tempo Profundo” onde é simulada
uma viagem através de camadas rochosas com a visualização de quatro cenários
marcantes do passado do planeta. Completa esta viagem uma vitrine com fósseis e um
grande painel sobre fossilização.
Os Ciclos Biogeoquímicos e o Meio Ambiente
São apresentados os ciclos da matéria (ciclos da Água, do Carbono do Oxigênio e do
Nitrogênio) através de painéis back-light. A cada um destes elementos estão associadas
suas utilizações e os problemas ambientais causados pela interferência do homem.
A água é apresentada na exposição através de um vídeo que mostra sua variedade na
natureza: nuvens, chuva, rios, lagos, águas subterrâneas, mares, etc. Uma maquete e
painéis mostram a importância do Aqüífero Guarani e uma experiência interativa mostra a
quantidade de água utilizada em alguns equipamentos domésticos.
As alterações na camada de ozônio são retratadas junto ao ciclo do oxigênio através
de painel explicativo e animação computacional. O efeito estufa é retratado através de uma
comparação dos planetas Terra e Vênus e animação computacional. Em uma vitrine são
mostradas diferentes formas do carbono componente da atmosfera, biosfera, hidrosfera e
litosfera.
O Ciclo das Rochas, os Minerais e os Recursos Minerais não Renováveis
As rochas e minerais são tratados de maneira a mostrar sua diversidade e utilidade.
São apresentados os processos de sedimentação eólica, pluvial e fluvial através de
maquetes interativas. O intemperismo é retratado através de amostras de solo que mostram
a transição rocha-solo, acompanhado de uma animação computacional. Duas vitrines
mostram a diversidade das rochas e minerais.
A vitrine De Onde Vem Sua Casa apresenta os diversos materiais utilizados no
cotidiano das pessoas e os minerais de onde estes materiais são retirados. Junto à vitrine,
uma maquete mostra alguns dos minerais que são utilizados nos elementos construtivos.
Os recursos minerais não renováveis são apresentados em um grande mapa interativo
no qual o visitante pode localizar os principais minérios brasileiros, através do acionamento
de um sistema de leds. Amostras dos minerais também são expostas.
Energia e Petróleo
O tema é mostrado através de perfis geológicos, painéis e vitrines com amostras
geológicas e de produtos derivados do petróleo. A maquete Fontes de Energia mostra as
diversas fontes de energia utilizadas pelo homem, a maquete Do Poço ao Posto mostra
caminho do petróleo desde sua extração até a utilização de seus derivados e uma outra
maquete mostra o funcionamento de um cavalo mecânico exploratório.
Intervenção Humana
Este aspecto do SistemaTerra é ilustrado pela interferência humana na ocupação do
meio ambiente. Isto é exemplificado por uma grande maquete da metrópole de São Paulo
que mostra diversos aspectos desta intervenção e ainda uso e dependência dos recursos
naturais.
Outro exemplo da intervenção humana são os painéis sobre Fluxos Gravitacionais,
que, acompanhados de vídeos e fotos, permite entender como ocorrem os escorregamentos
de rochas e de solo, principalmente em locais urbanos.
Plataforma Petrobras
Em um ambiente interligado à exposição os visitantes têm acesso via computador a
informações complementares sobre a exposição, jogos educacionais, bem como consulta a
sites da internet, publicações referentes ao tema e manuseio de amostras geológicas.
O Processo Construtivo
O projeto visou ampliar a área de Geologia e Meio Ambiente da Estação Ciência,
diversificando os temas e implantando equipamentos com maior interatividade. Para tanto foi
contratada uma equipe de profissionais especializados para desenvolver o projeto
arquitetônico e cenográfico com o apoio de consultores das diversas áreas que compõem a
exposição. Este projeto sofreu, ao longo do tempo, inovações técnicas devido às
intervenções construtivas e criativas da curadoria visando ampliar o entendimento dos
diversos temas e uma maior interatividade dos equipamentos. A partir do desenvolvimento
do projeto foram contratados técnicos para a construção dos equipamentos e maquetes.
Dada a especificidade dos equipamentos construídos, o acompanhamento de sua execução
teve uma curadoria científica e técnica permanente. Este procedimento visou identificar o tipo
de funcionamento (elétrico, interativo), a praticidade de utilização e coerência conceitual com
o tema ao qual estavam vinculados.
Paralelamente foram feitas algumas viagens para Museus de Ciências que
contemplavam temas pertinentes à exposição e que, de alguma forma serviram como apoio
ao desenvolvimento de alguns equipamentos. Outras viagens, da curadoria da exposição
para o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Petrobras (CENPES) e dos técnicos deste
centro para a Estação Ciência visaram o aprofundamento dos temas ligados ao petróleo e a
construção de uma sala multimídia, que ainda está em desenvolvimento.
Para a implantação de determinadas atrações foram estabelecidas parcerias com
organizações não governamentais, museus e empresas, objetivando ampliar e enriquecer o
conteúdo expositivo com agilidade, bem como oferecer maior interatividade de maquetes e
outros itens.
Finalmente, cabe ressaltar a complexidade inerente à implantação deste projeto como
uma modernização gradativa do espaço pois, na maior parte do tempo, este permaneceu
aberto à visitação pública. Esta complexidade operacional exigiu envolveu múltiplas ações e
estratégicas para mantê-lo em condições de manutenção e limpeza suficientes para o trato
com o público, inclusive com a prática de manutenções preventivas e corretivas em horários
noturnos.
Recursos financeiros.
Os recursos alocados originaram-se fundamentalmente da Petrobras, porém houve
apoio financeiro complementar do próprio orçamento da Estação Ciência. A maior parte dos
recursos foi gerenciada pela Fundação de Apoio à USP o que permitiu dar ágil aplicação da
dotação financeira do projeto e em conformidade com a legislação de aplicação de recursos.
A seguir discriminamos os principais itens do projeto e respectivo custo:
Item
R$
US$
Concepção e Curadoria temática
10.000,00
5.000,00
119.400,00
59.700,00
15.000,00
7.500,00
229.300,00
114.650,00
7.800,00
3.900,00
237.500,00
118.750,00
23.500,00
11.750,00
4.000,00
2.000,00
Vitrines
54.000,00
27.000,00
Viagem ao centro da Terra
48.700,00
24.350,00
Sala Terremoto
49.000,00
24.500,00
Instalação Sala O Planeta e suas Origens
6.300,00
3.150,00
Ilustração
5.800,00
2.900,00
Impressão de painéis
59.700,00
29.850,00
Backlights
23.600,00
11.800,00
Construção de itens especiais
11.500,00
5.750,00
6 TVs Plasma (42”)
36.000,00
18.000,00
Suporte para TV de Plasma
2.500,00
1.250,00
Computadores e vídeo LCD (17”)
9.600,00
4.800,00
DVDs
1.000,00
500,00
Edição de vídeos
9.500,00
4.750,00
Importação de equipamentos
7.000,00
3.500,00
Passagens aéreas,
6.500,00
3.250,00
29.400,00
14.700,00
164.200,00
82.100,00
1.170.800,00
585.400,00
Projeto arquitetônico e cenográfico
Projeto luminotécnico
Projeto construtivo
Pesquisa de material e de informação
Maquetes
Equipamentos
Amostras
Iluminação
Infraestrutura
TOTAL
Considerações finais:
No dia 25 de janeiro de 2007, dia do aniversário de fundação da cidade de São Paulo,
mais de trezentas pessoas prestigiaram a inauguração de “O Planeta Terra e a Preservação
Ambiental”. Além de abrir ao público a nova exposição, a Estação Ciência também
oficialmente iniciou no Brasil as comemorações pelo Ano Internacional do Planeta Terra, sob
os auspícios da UNESCO e da IUGS (União Internacional de Ciências Geológicas).
O evento foi marcado por um imenso balão de ar quente que sobrevoou a Estação
Ciência anunciando o evento. Diversas autoridades prestigiaram a abertura, dentre eles o Dr.
Eduardo de Mulder, presidente do Comitê de Gerenciamento do Ano Internacional do
Planeta Terra, vindo especialmente da Inglaterra.
Grande parte dos visitantes demonstrou especial interesse ao perceber a relação
entre os mais diversos fenômenos naturais e a ação do homem. O recente deslizamento de
terra ocorrido numa obra do Metrô em São Paulo e diversos acontecimentos puderam ser
mais compreendidos na nova exposição.
É importante destacar também o grande interesse que a novidade gerou na mídia,
conquistando espaço de divulgação em veículos de grande expressão, seja no âmbito geral
dos principais jornais do país como em revistas e na internet e na televisão aberta. Estima-se
que um público de vários milhões de pessoas tenha tido acesso ou soube da nova
exposição. O amplo destaque na mídia tem atraído um número ainda mais numeroso de
visitantes dos mais variados perfis para a Estação Ciência, cumprindo assim a proposta do
projeto, ou seja, de que todos tenham racionalidade no uso dos recursos naturais não
renováveis e adotem posturas responsáveis em relação ao meio ambiente, em benefício das
futuras gerações.
Bibliografia
Decifrando a Terra, 2000. Editora oficina de textos.
Para entender a Terra, 2006. Editora Bookman. Tradução Ronaldo Menegat et al.