compostos de polipropileno e fibra de polpa de eucalipto

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compostos de polipropileno e fibra de polpa de eucalipto
COMPOSTOS DE POLIPROPILENO E FIBRA DE POLPA DE EUCALIPTO:
PROCESSO DE DISPERSÃO DE POLPA MODIFICADA POR
POLIMERIZAÇÃO ADMICELAR EM MATRIZ DE POLIPROPILENO
Luiz Carlos Cambuim Machado (IC)1, Eliane Trovatti1,2 e Antonio José
Felix Carvalho1
1 - Departamento de Engenharia de Materiais – SMM, Escola de Engenharia
de São Carlos – EESC, Universidade de São Paulo – USP, 2 - Instituto de
Química de São Carlos, Universidade de São Paulo – USP
[email protected], [email protected]
Objetivos
O trabalho visa produzir um compósito de
polipropileno e fibras de eucalipto, no qual as fibras
encontrem-se muito bem dispersas, evitando a sua
aglomeração, e com boa adesão à matriz.
Métodos/Procedimentos
Foi preparado um total de nove amostras,
utilizando dois tipos de compatibilizantes (coprecipitação com poliestireno e recobrimento com
ácido esteárico) e sua combinação, além de duas
condições de extrusão diferentes. As amostras
foram processadas em uma extrusora de rosca
simples, com velocidade de 40 rpm e temperaturas
de 185 °C (zona de alimentação), 190 °C (zona
intermediária) e 195 °C (zona de saída) ao longo
da extrusora.
Resultados
Os corpos de prova apresentaram característica
pouco homogênea quanto à observação a olho nu,
com aglomerados de fibras distribuídos no interior
da matriz, como pode ser observado na Figura 1.
Por outro lado, quando observados ao microscópio
eletrônico, observou-se além dos grandes
aglomerados, certa quantidade de fibras isoladas
bem distribuídas na matriz em regiões próximas
aos aglomerados.
Este resultado indicou que existe influência do
compatibilizante na interação entre a fibra e a
matriz e das condições de extrusão na dispersão
das fibras.
Conclusões
Embora em nenhum dos métodos utilizados tenha
sido observada dispersão completa, foi possível
notar que ocorreu dispersão parcial das fibras, o
que demonstra o potencial do método. Percebemse aglomerados de celulose em todas as amostras
extrudadas, que acabam tornando-as frágeis.
Pode-se afirmar que, aumentando-se o tempo do
polímero na extrusora, melhora-se a mistura, como
se pode perceber pelo método de reprocessamento
e de extrusão com tela. Porém, a adesão entre as
duas fases do compósito ainda deve ser melhorada
e um compatibilizante mais eficiente deve ser
encontrado.
Referências Bibliográficas
ASKELAND, D. R.; PHULÉ, P. P.; Ciência e
Engenharia dos Materiais; Cengage Learning, São
Paulo, 2008; p. 525-527, 535-546.
CARVALHO, A.J.F. et al, Soda-Treated
Sisal/Polypropylene Composites, 2008.
MANRICH, S.; Processamento de Termoplásticos;
Artliber, São Paulo, 2013; p. 121-126.
RAUWENDAAL, C.; Polymer Extrusion 5E; Hanser
Publishers, Munich, 2014; p. 1-2.
Figura 1 – Corpo de prova processado na extrusora. Os
aglomerados estão destacados por círculos.

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