Análise Financeira e Econômica - Instituto de Engenharia de
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Análise Financeira e Econômica - Instituto de Engenharia de
Instituto de Engenharia de Produção e Gestão IEPG Contabilidade Gerencial EPR 30 Análise Financeira e Econômica Autores: José Henrique Freitas Gomes Silvio Francisco da Silva Professor: Edson Pamplona Itajubá, Junho 2006 12176 12190 1 Índice Introdução 03 Objetivo 04 Justificativa 04 Capitulo 1 – Revisão Bibliográfica 1. Introdução 05 2. Demonstrações Financeiras 05 3. Análise dos Índices 07 3.1. Índices de Estrutura de Capital 07 3.2. Índices de Liquidez 08 3.3. Índices de Rentabilidade 09 4. Análise Setorial / Índices Padrão 10 5. Previsão de Falência 11 6. Análise Vertical e Horizontal 12 7. Índices de Prazos Médios 13 7.1. Prazo Médio de Recebimento de vendas 14 7.2. Prazo Médio de Pagamento de Contas 14 7.3. Prazo Médio de Renovação de Estoques 14 8. Economic Value Added – EVA 15 9. Market Value Added – MVA 16 Capitulo 2 – A empresa: Marisol S.A. 1. Histórico 17 2. Marcas 18 3. Empresas 20 4. Premissas da Empresa 23 Capitulo 3 – Análise Financeira e Econômica 1. Demonstrações Financeiras 24 2. Análise dos Índices 26 2 3. Análise Setorial 29 4. Análise de Previsão de Falência 31 5. Prazos Médios 32 6. Análise Vertical e Horizontal 34 7. Análise do EVA e MVA 36 8. Análise das Ações 37 Capitulo 4 – Parecer Final 39 Bibliografia 40 Apêndices 1. Demonstrações Financeiras 41 2. Demonstrações Financeiras Padronizadas 46 3. Índices 49 4. Análise Setorial 50 3 Introdução Este trabalho faz parte do curso de Contabilidade Gerencial, oferecido pela Universidade Federal de Itajubá, sob comando do Professor Edson Pamplona. Este trabalho visa analisar a situação financeira de uma empresa através de índices reais obtidos a partir das demonstrações financeiras da empresa. O estudo de caso real torna o curso mais dinâmico e fiel à realidade da economia atual, facilitando o aprendizado e a assimilação de conceitos fundamentais para uma análise da economia. Analisando as demonstrações financeiras de uma empresa pode-se determinar qual a sua real situação econômica e financeira, através do conhecimento de pontos fundamentais de sua estrutura, como a capacidade de pagamento de dividas, rentabilidade do capital investido, possibilidade de falência entre outros. A análise financeira é fundamental para a empresa conhecer sua situação e tomar medidas de forma a sanar dificuldades, promovendo o seu crescimento. Também é fundamental para que acionistas, investidores, governo, clientes e fornecedores conheçam financeiramente a empresa. 4 Objetivos Este trabalho tem o objetivo de analisar a situação financeira e econômica da empresa Marisol S.A. nos últimos 3 anos. O macro objetivo do trabalho desdobra-se nos específicos: Analisar a composição de capital da empresa Determinar sua capacidade de pagamento de contas a curto e longo prazo Análise da rentabilidade do capital investido Posicionamento da empresa perante as demais companhias do setor Análise da possibilidade de falência num futuro próximo Análise econômica segundo as metodologias EVA e MVA Análise do histórico das ações da empresa perante o índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) Conclusão geral sobre a empresa baseando-se em fatores econômicos e financeiros Justificativa A empresa Marisol S.A. foi escolhida primeiramente por se tratar de uma empresa do ramo têxtil, sendo este requisito fundamental para permitir a comparação com outras empresas setor que foram analisadas pelos colegas. Em segundo lugar a Marisol é uma das mais importantes empresa do setor de vestuário do Brasil, sendo uma empresa totalmente nacional que surgiu como uma pequena fabrica de chapéus em Jaguará do Sul, Santa Catarina e hoje opera com fabricas no sul e no nordeste. Acrescenta-se o fato de ser uma empresa que se baseia no crescimento sustentável e no bem estar de seus funcionários e colaboradores. 5 Capitulo 1 Revisão Bibliográfica 1. Introdução As demonstrações financeiras divulgadas pelas companhias fornecem uma série de dados que permitem verificar a situação financeira e econômica da empresa. Mas para realizar uma análise de forma imparcial e correta é necessário transformar esses dados em informações. A análise financeira deve ter uma linguagem clara e descomplicada, de forma a facilitar o entendimento. O auxilio de gráficos facilita muito esta análise, pois permite a verificação visual do que esta ocorrendo. 2. Demonstrações Financeiras A coleta e registro de dados, assim como elaboração das demonstrações financeira é atribuição da contabilidade. Não é objetivo deste trabalho discutir como são obtidas as demonstrações financeiras, mas sim analisar os dados apresentados e concluir se a empresa é bem ou mal administrada, se merece ou não credito, se tem condições de pagar suas dividas, se é lucrativa, se irá falir ou continuar operando. As empresas de capital aberto são obrigadas por lei (Lei das Sociedade Anônimas 6.404/76) a divulgar suas demonstrações financeiras para toda a sociedade. Esses dados são úteis, por exemplo, para os bancos que necessitam verificar a situação da empresa antes de conceder-lhe um empréstimo. Os investidores também utilizam os dados para determinar se é interessante investir na empresa. Os fornecedores necessitam dos dados para verificar se o cliente 6 terá condições de pagar pelos produtos/serviços comprados. Os clientes também analisam os dados para determinar se o seu fornecedor tem condições de continuar operando no mercado ou se é preferível optar por outro mais sólido economicamente. Para garantir a autenticidade dos dados apresentados auditorias são realizadas nas contas da empresa por escritórios especializados e idôneos. As demonstrações mais utilizadas são: Balanço Patrimonial e Demonstração de Resultados no Exercício. O balanço patrimonial é dividido em dois grandes blocos: ativo (representa todos os bens e direitos da empresa) e passivo (representa todas as obrigações exigíveis). Ativo Passivo Circulante Compreende contas que estão constantemente em giro - em movimento, sua conversão em dinheiro ocorrerá, no máximo, até o próximo exercício social. Circulante Compreende obrigações exigíveis que serão liquidadas no próximo exercício social: nos próximos 365 dias após o levantamento do balanço. Exigível a Longo Prazo Realizável a Longo Prazo São obrigações exigíveis que serão Bens e direitos que se transformarão liquidadas com prazo superior a um ano em dinheiro após o exercício seguinte. - dívidas a longo prazo. Permanente Patrimônio Líquido São bens e direitos que não se São recursos dos proprietários destinam a venda e têm vida útil longa. aplicados na empresa. Os recursos significam o capital mais o seu rendimento - lucros e reservas. Se houver prejuízo, o total dos investimentos proprietários será reduzido. 7 3. Análise Através dos Índices Índices são relações entre contas ou grupos de contas das demonstrações financeiras, que visam evidenciar determinado aspecto econômico ou financeiro. Existe uma quantidade muito grande de índices, mas para a análise da empresa nem todos necessitam ser calculados, basta um numero reduzido para determinar a situação da empresa. Os principais índices são: 3.1. Índices de Estrutura de Capital Mostram as grandes linhas de decisões financeiras, em termos de obtenção e aplicação de recursos, caracterizados por, quanto menores forem, melhor será a condição financeira da empresa. São eles: Participação de Capitais de Terceiros: indica o quanto a empresa tomou de capital de terceiros por capital próprio investido; (CT/PL) x 100 Onde: CT – Capitais de terceiros PL – Patrimônio Líquido Composição do Endividamento: indica qual o percentual de obrigações em curto prazo em relação às obrigações totais; (PC/CT) x 100 Onde: PC – Passivo Circulante; CT – Capitais de Terceiros. 8 Imobilização do Patrimônio Líquido: indica o quanto a empresa aplicou no ativo permanente por cada $100 de capital próprio; (AP/PL) x 100 Onde: AP – Ativo Permanente PL – Patrimônio Líquido Imobilização dos Recursos Não-Correntes: indica qual o percentual de recursos não correntes a empresa aplicou no ativo permanente; [AP/(PL+ELP)] x 100 Onde: AP – Ativo Permanente PL – Patrimônio Líquido ELP – Exigível a Longo Prazo 3.2. Índices de Liquidez Mostram a base da situação financeira da empresa, procurando medir quão sólida é esta. Uma empresa com bons índices de liquidez tem condições de pagar suas dívidas Liquidez Geral: indica a condição da empresa pagar as suas dívidas em longo prazo. Quanto maior melhor. [(AC+RLP)/(PC+ELP)] Onde: AC – Ativo Circulante; RLP – Realizável a Longo Prazo; PC – Passivo Circulante; ELP – Exigível a Longo Prazo. 9 Liquidez Corrente: indica a condição da empresa pagar suas dívidas de curto prazo. Quanto maior melhor. LC = AC/PC Onde: AC – Ativo Circulante PC – Passivo Circulante Liquidez Seca: indica o quanto a empresa é dependente de seus estoques para pagar suas dívidas de curto prazo. Quanto maior melhor. [(AC – Estoques)/PC] Onde: AC – Ativo Circulante PC – Passivo Circulante 3.3. Índices de Rentabilidade Os índices de rentabilidade mostram o quanto renderam os investimento realizados pela empresa e, desta forma, qual o seu grau de êxito econômico. Giro do Ativo: indica quanto a empresa vendeu para cada $1,00 de investimento total. Quanto maior melhor. V/AT Onde: V – Vendas Líquidas AT – Ativo 10 Margem Líquida: indica quanto a empresa obtém de lucro para cada $100 vendidos. Quanto maior melhor. (LL/V) x 100 Onde:LL – Lucro Líquido; V – Vendas Líquidas. Rentabilidade do Ativo: indica quanto a empresa obtém de lucro para cada $100 de investimento total. Quanto maior melhor. (LL/AT) x 100 Onde: LL – Lucro Líquido AT – Ativo Rentabilidade do Patrimônio Líquido: indica quanto a empresa obteve de lucro para cada $100 de capital próprio investido. Quanto maior melhor. (LL/PL) x 100 Onde: LL – Lucro Líquido; PL – Patrimônio Líquido Médio 4. Análise Setorial / Índices Padrão A avaliação intrínseca dos índices nos dá uma noção de como está a situação da empresa, mas para uma analise mais aprofundadas e necessário comparar estes índices com outras empresas do mesmo ramo de atividade. 11 Recomenda-se para esta avaliação a utilização de decis. Para realizar esta analise toma-se o maior número possível de empresas de um setor qualquer e faz-se a listagem dos índices a serem comparados, colocando-os em ordem crescente. A partir da posição ocupada pela empresa atribui-se uma nota para cada índice avaliado. De acordo com a nota alcançada pela empresa atribui-se um conceito que varia de insuficiente até ótimo, para cada índice. Para avaliar a empresa de maneira global existem varias fórmulas na literatura que relacionam os diversos índices através de equações. Para Matarazzo a fórmula que descreve a situação global da empresa é dada pelas equações: Estrutura de Capital EC = 0,6*(CT/PL)+0,1*PC/CT+0,2*AP/PL+0,1*AP/(PL+ELP) Liquidez L = 0,3*(AC+RLP)/CT+0,5*AC/PC+0,2*(AC-EST)/PC Rentabilidade R = 0,2*V/AT+0,1*LL/V+0,1*LL / AT+0,6*LL/PL Nota Global NG = 0,4*EC+0,2*L+0,4*R Cada autor utiliza equações distintas, dando maior importância para os índices que julga mais significativos na avaliação da empresa. 5. Previsão de Falência Utilizando a analise discriminante pode-se determinar a potencialidade da empresa entrar em processo de falência ou continuar atuando no mercado por um longo período. 12 Diversos trabalhos foram realizados com o objetivo de determinar equações matemáticas capazes de dizer se a empresa corre risco de falência no futuro próximo. Dentre os autores na área podemos citar Kanitz, Altman, Elizatsky, Matias e Perreira. Cada autor estabelece uma metodologia própria para previsão de falência baseando-se em seus estudos e pesquisas. Um dos modelos mais aceitos pela comunidade acadêmica é o apresentado por Kanitz. Fórmula de Kanitz Fi = 0,05X1 + 1,65 X2 + 3,55 X3 - 1,06X4 - 0,33 X5 Onde: Fi = Fator de Insolvência X1 = Lucro Líquido/Patrimônio Líquido; X2 = (Ativo Circulante + Realizável a Longo Prazo )/ Exigível Total; X3 = (Ativo circulante – Estoques) / Passivo Circulante; X4 = Ativo Circulante / Passivo Circulante; X5 = Exigível Total / Patrimônio Líquido; Segundo esse modelo, a empresa estará insolvente se Fi for inferior a -3; a sua classificação estará indefinida entre -3 e 0 e acima de 0 estará na faixa de solvência. 6. Análise Vertical e Horizontal A análise vertical e horizontal presta-se fundamentalmente ao estudo de tendências. A análise vertical baseia-se em valores percentuais das demonstrações financeiras. Para isso se calcula o percentual de cada conta em ralação a um valor base. Por exemplo, na análise vertical do balanço calcula-se o percentual de cada conta em ralação ao total do ativo. Na analise vertical das demonstrações de resultado calcula-se o percentual de cada conta em relação às vendas. Obviamente, o valor de vendas é igual a 100. 13 A análise horizontal baseia-se na evolução de cada conta em uma serie de demonstrações financeiras em relação à demonstração anterior e/ou a uma demonstração financeira básica (geralmente a mais antiga da série). É recomendável que estes dois tipos de analise sejam usados conjuntamente. São se deve tirar conclusões exclusivamente da análise horizontal, pois determinado item, mesmo apresentando variação de 2.000%, por exemplo, pode continuar sendo irrelevante dentro da demonstração financeira. 7. Índice de Prazos Médios Uma das descobertas mais interessantes da Análise de Balanços é a de que, através dos dados das demonstrações financeiras, podem ser calculados, por exemplo, quantos dias, em média, a empresa terá de esperar para receber suas duplicadas. Este é o chamado índice de Prazo Médio de Recebimento de Vendas. Outros índices que podem ser calculados são os de Prazo Médio de Renovação de Estoque e Prazo Médio de Pagamento de Compras. Os índices de prazos médios não devem ser analisados individualmente, mas sempre em conjunto. Também não é recomendável misturar a análise dos índices de prazos médios com a dos índices econômicos e financeiros. A conjugação dos três índices de prazos médios leva à análise dos ciclos operacional e de caixa, elementos fundamentais para a determinação de estratégias empresariais, tanto comerciais quanto financeiras, geralmente vitais para a determinação do fracasso ou sucesso de uma empresa. A partir dos ciclos operacionais e de caixa são construídos modelos de análise do capital de giro e do fluxo de caixa. Basicamente existem três índices de prazo médios que podem ser encontrados a partir das demonstrações financeiras. 14 7.1. Prazo Médio de Recebimento de Vendas Determina o volume de investimentos de duplicatas a receber. PMRV=360.(DR/V) [dias] Onde: DR - Duplicatas a receber V – Vendas 7.2. Prazo Médio de Pagamento de Compras Mostra em quanto tempo as compras, isto é, as dívidas vão ser pagas. É importante para a empresa controlar o recebimento de vendas. PMPC=360.(F/C) [dias] Onde: F – Saldo de Fornecedores de pagamento de compras C – Compras 7.3. Prazo Médio de Renovação de Estoque Mostra de quanto em quanto tempo a empresa faz compras para o estoque. Com o cálculo deste prazo pode-se analisar como funciona a rotatividade do estoque. PMRE=(E/CMV).360 [dias] Onde: E – Estoques CMV – Custo das Mercadorias Vendidas Através da determinação dos prazos médios pode-se determinar qual o ciclo operacional da empresa que é a soma do prazo médio de renovação de estoques mais o prazo médio de recebimento de contas. Se compararmos o prazo 15 médio de recebimento de contas com o ciclo operacional a diferença resultante é o ciclo de caixa da empresa, ou seja, o prazo médio que a empresa tem que se manter através do seu capital de giro. Ciclo Operacional COMPRAS RECEBIMENTOS VENDAS PMRV PMRE PAGAMENTOS PMPC Ciclo de Caixa Para a empresa é interessante reduzir ao máximo seu ciclo de caixa, pois desta forma menor será seu capital de giro. Para tanto a empresa busca sempre prazos mais longos para pagamento de suas contas e prazos o mais curtos possível para receber suas duplicatas. 8. Economic Value Added - EVA O EVA, ou Economic Value Added (Valor Econômico Agregado), é um conceito desenvolvido pela consultoria Stern Stewart & Co. no início da década de 80 que se baseia na idéia de lucro econômico (lucro residual). Este conceito afirma que lucro só existe após a remuneração do capital empregado pelo seu custo de oportunidade.O EVA é uma medida de desempenho que considera todos os custos de operação, inclusive os de oportunidade. De uma maneira simples, ele é o resultado operacional depois de impostos da empresa, menos o encargo pelo 16 uso do capital fornecido por terceiros e por acionistas; mede o quanto foi gerado em excesso ao retorno mínimo requerido pelos fornecedores de capital da empresa (terceiros e acionistas). O EVA é determinado através da relação: EVA = Lucro operacional líquido depois dos impostos – (Custo médio ponderado de capital) * (Patrimônio Líquido + Exigível a Longo Prazo) EVA = NOPAT – WACC * Capital Investido Se o valor obtido for positivo a empresa está agregando valor ao capital investido, caso negativo a empresa esta destruindo o capital. 9. Market Value Added É a diferença entre o valor de mercado do patrimônio líquido da empresa e a quantia de capital próprio que foi fornecida pelos acionistas. É obtido através da relação: MVA = (ações em circulação)*(preço da ação) – Patrimônio Líquido total 17 Capitulo 2 A Empresa: Marisol S.A. 1. Histórico A Marisol S.A. é considerada uma das maiores e mais importantes indústrias do vestuário no Brasil. A empresa possui, hoje, capacidade instalada de produção de mais de 30 milhões de peças de roupas e 3,2 milhões de pares de calçados infantis por ano, através da dedicação de mais de seis mil colaboradores. A Marisol foi fundada em 1964, na cidade de Jaraguá do Sul, em Santa Catarina. Surgiu como uma empresa familiar para a fabricação de chapéus de praia de fibra e sintéticos. O nome Marisol foi formado pela junção das palavras “mar” e “sol”. Quatro anos mais tarde adquire a empresa Tricotagem e Malharia Jaguará e passa a atuar no mercado de vestuário. Nas décadas de 70 e 80 a empresa expandiu-se com a incorporação de varias fabricas têxteis na região sul do país e com a construção e ampliação de seu parque fabril. Na primeira metade da década de 90 lança no mercado suas marcas infantis mais vitoriosas: a Lilica Ripilica e Tigor T. Tigre. Em 1996 surge a Marisol S.A. Argentina com sede em Buenos Aires. A empresa na tentativa de ampliar seus mercados funda a Fabrica da Marisol Nordeste no Ceará, em 1998. Com o novo milênio a Marisol continua sua escalada de crescimento. Em 2001 entra no mercado de calçados ao incorporar as empresas Frasul e Babysul. 18 Em 2005 a empresa passa a atuar amplia sua atuação no exterior com o criação da Marisol México e Marisol Europe. 2. Marcas A Marisol S.A. é considerada uma das maiores e mais importantes indústrias do vestuário no Brasil. A empresa possui alta tecnologia e dedica todos seus esforços para oferecer produtos diferenciados, confortáveis e de qualidade através das marcas: Marisol, Lillica Ripilica, Tigor T. Tigre, Worghon, Pakalolo e Mineral. 19 2.1. Marisol A MARISOL oferece uma linha completa atendendo desde dos recémnascidos até infanto-juvenil, sem esquecer os bebês e os primeiros passos. É a marca que oferece o melhor visual e conforto para meninos e meninas de 0 a 12 anos. Coordena praticidade e segurança nos calçados, meias e acessórios com atualidade e modernidade nas roupas, vestindo as crianças “da cabeça aos pés”, de forma coordenada. 2.2. Lilica Ripilica LILICA RIPILICA é moda para meninas de 0 a 10 anos. A marca é personificada na Lilica Ripilica, uma coala. Seguindo o sucesso das roupas, foi criada uma completa linha de calçados e meias, além de outros acessórios que complementam o vestuário e são coordenáveis. O conceito diz tudo: “É divertido vestir”. 2.3. Tigor T. Tigre Seguindo o caminho de sucesso da marca para meninas Lilica Ripilica foi lançada a marca TIGOR T. TIGRE, para atender o publico masculino com idade entre 0 e 10 anos.Representada por um tigrinho, a marca completam a linha de produtos calçados e meias, além de outros acessórios. O visual moderno e o posicionamento do Tigor T. Tigre são resumidos no slogan “A marca do ferinha”. 2.3. Mineral Posicionada como “Essential Wear”, MINERAL é a marca da roupa que se posiciona atendendo o publico jovens. 2.4. Pakalolo Famosa marca que fez muito sucesso nas décadas de 70 e 80 foi adquiria em 2005 pela Marisol que passou a gerenciar a marca e cuidar da confecção das 20 roupas. Com enfoque voltado para o publico jovem a Marisol pretende revitalizar a marca que perdeu muito mercado nos últimos anos. 2.5. Worghon Lançada com o intuito de agradar ao publico adolescente, com idade entre 10 e 16 anos. A logomarca, que utiliza o Grifo como elemento principal, mistura de leão alado com cabeça de águia, remete a coisas místicas, mágicas e misteriosas, que faz parte do imaginário das tribos de RPG e de histórias mitológicas como. 3. Empresas O grupo Marisol é formado por um grande numero de centros de confecção além de empresas criadas especialmente para gerir as marcas. 3.1. Marisol Matriz A Marisol S.A. está em constante evolução. Seus parques fabris ocupam uma área total de 278.813 m², sendo 88.046 m² de área construída, com matriz em Jaraguá do Sul e unidades de confecção em Benedito Novo, Corupá, Massaranduba, Schroeder e Jaraguá do Sul, todas em Santa Catarina. Operadas por mais de 3.000 colaboradores, possuem capacidade instalada para produzir 19 milhões de peças de roupas por ano, destinadas aos mercados internacional. Fabrica Matriz nacional e 21 Matriz Confecção Benedito Novo Unidade de Confecção Corupá Confecção Massaranduba Confecção Schroeder 3.2. Marisol Calçados Localizada em Novo Hamburgo, Rio Grande do Sul, a Marisol Calçados possui área de 137.300 m², sendo 19.980 m² construídos, com capacidade de produção de 3,2 milhões de pares de calçados infantis por ano. A Marisol S.A. complementa seu portfólio de produtos com esta unidade, onde trabalham 1.250 colaboradores. Marisol Calçados Novo Hamburgo 22 3.3. Marisol Nordeste A Marisol Nordeste está localizada em Pacatuba, região metropolitana de Fortaleza, no Ceará. São 181.206 m² de área total, sendo 23.928 m² de área construída, com uma capacidade de produção de 6 milhões de peças de roupas por ano. Nesta unidade trabalham 1.100 colaboradores. Marisol Nordeste 3.4. Marisol Franchisng A Marisol Franchising opera um eficiente canal de distribuição, proporcionando grande visibilidade para as marcas Lilica Ripilica e Tigor T. Tigre. As lojas franqueadas temáticas, predominantemente em shoppings centers, utilizam o nome fantasia Lilica & Tigor. Já são mais de 52 lojas em operação, em todo o Brasil. A meta é atingir 180 lojas franqueadas em cinco anos. Sede Marisol Franchising 23 4. Premissas da Empresa 4.1. Visão “Vestir o corpo e a alma das pessoas” 4.2. Missão “Encantar clientes e consumidores no segmento de vestuário” 4.3. Crenças Acreditamos que para realizar uma grande mudança é preciso crer e sonhar, para então transformá-la numa nova realidade. Acreditamos que são as pessoas os grandes agentes das mudanças e que elas sempre podem superar os seus limites. Acreditamos que o sucesso do negócio é diretamente proporcional ao grau de envolvimento e comprometimento das pessoas. Acreditamos que o cliente não tem razão. Ele é a própria razão. Por isso, precisamos não só satisfazê-lo, mas encantá-lo. Acreditamos que para distribuir é preciso gerar a riqueza. Por isso, precisamos obstinada e equilibradamente gerar lucro. 24 Capitulo 3 Analise Financeira e Econômica 1. Demonstrações Financeiras As demonstrações financeiras da empresa Marisol S.A., obtidas na Comissão de Valores Monetários (CMV), foram a base de dados para a análise da estrutura financeira e econômica da empresa. No apêndice 1 são apresentados as demonstrações de resultados e o balanço patrimonial do consolidado da empresa para os últimos 3 anos. Também á apresentado os dados referentes a analise horizontal e analise vertical da empresa. Para facilitar a análise e comparação entre as diversas empresas do setor, tanto o balanço patrimonial quanto a demonstração de resultados foram padronizados de acordo com os critérios apresentados por MATARAZZO (1998). Os valores padronizados podem ser observados no apêndice 2. A análise dos dados (ver gráficos 1 e 2) indica que o passivo total da empresa cresceu 18% nos últimos 3 anos, com destaque para o patrimônio liquido que teve um aumento de 25% neste período. O aumento do patrimônio líquido se deve principalmente aos lucros acumulados neste período, que cresceram 29%. A maior parte do ativo da empresa é bancado pelo capital próprio, sendo que a maior parte de seus ativos se concentram no ativo circulante. Verifica-se, portanto que o capital próprio financia todo o ativo permanente da empresa e ainda contribui para o ativo circulante, ou seja, para o capital de giro da empresa. 25 Parcelas do Ativo Total 350.000 (em milhares de reais) 300.000 Circulante 250.000 Realizável a Longo Prazo 200.000 Permanente 150.000 100.000 50.000 0 2005 2004 2003 Gráfico 1 Parcelas do Passivo Total 350.000 (em milhares de reais) 300.000 Circulante Exigível a Longo Prazo Patrimônio Líquido 250.000 200.000 150.000 100.000 50.000 0 2005 2004 Gráfico 2 2003 26 A receita líquida de vendas cresceu no período (20%), conseqüentemente as despesas com custos de produtos vendidos também aumentaram (07%), mas este aumento ocorreu de forma menos acentuada, o que leva a conclusão que a empresa reduziu os custos de produção no período. O que acarretou em um crescimento de 39% do resultado bruto da empresa. As vendas no exterior tiveram um incremento de 84% nas vendas contra um crescimento de 24% nas vendas no mercado interno. Mas o volume total de vendas no exterior ainda é muito pequeno quando comparado as vendas no mercado interno. Os custos com propaganda tiveram um incremento significativo nos últimos 3 anos com um aumento de 73%. Esse acréscimo no investimento é resultado da estratégia da empresa em aumentar sua participação no mercado nacional e internacional através do fortalecimento de suas marcas. 2. Análise dos Índices A análise dos índices permite verificar com maior clareza a situação da empresa. Os índices da Marisol são apresentados no Apêndice 3, esses dados serviram de base para a confecção dos gráficos apresentados a seguir. O gráfico 3 mostra a estrutura de capital da empresa. Nele podemos verificar que a Marisol não tem um alto índice de endividamento, a ainda tem diminuído a dependência do capital de terceiros nos últimos anos. O mesmo gráfico mostra também a composição de endividamento da empresa: a maior parte da dividas realizadas são de longo prazo. A empresa tem baixos valores para o índice de imobilização de recursos não correntes, mostrando que não houve aplicação de recursos não correntes para formação do ativo permanente. 27 Estruturas de Capital 80% 70% Composição do endividamento 60% Participação de Capitais de Terceiros 50% 40% 30% 20% 10% 0% 2005 2004 2003 Ano Gráfico 3 Liquidez 3,5 3 2,5 Liquidez Geral Liquidez Corrente 2 Liquidez Seca 1,5 1 0,5 0 2005 2004 Ano Gráfico 4 2003 28 O gráfico 4 mostra a situação financeira da empresa através dos índices de liquidez. Os índices mostram que a companhia tem capacidade de cumprir seus contratos tanto a longo quanto em curto prazo, mesmo quando são quando não são considerados os estoques de produtos. Os valores da liquidez não tiveram grandes variações nos últimos anos, possivelmente estes sejam os valores que a alta direção definiu como aceitáveis para manter em dia as finanças e não há necessidade de melhorar estes índices. Rentabilidade 120% 100% Giro do Ativo 80% Margem líquida 60% Rentabilidade do Ativo 40% 20% 0% 2005 2004 2003 Ano Gráfico 5 A rentabilidade do capital investido pode ser avaliada através do gráfico 5. O giro da empresa é em torno de 1, semelhante as demais companhias do setor e não apresentou variação expressiva no período em questão. A margem liquida mostra que para cada 100 reais em produtos vendidos a empresa obteve 8 reais de retorno. Todos os valores referentes a rentabilidade tiveram um desempenho superior no ano anterior (2005), mas a empresa não conseguiu manter esse patamar e os índices de rentabilidade tiveram um recuo quando comparados ao ano anterior, mas cresceram quando leva-se em consideração um universo de 3 anos. 29 3. Análise Setorial Para melhor avaliar a situação real da empresa deve-se comparar seus resultados com outras empresas do setor. Neste trabalho foi feita uma análise comparativa entre 10 empresas brasileiras do setor têxtil. As empresas analisadas foram: Alpargatas Vicunha Coteminas Marisol Grazziotin Santista Hering Guararapes Carlos Renaux Grendene Avaliação dos Índices Conceito 2005 2004 2003 Satisfatório Bom Bom Bom Satisfatório Satisfatório Bom Bom Satisfatório Bom Bom Bom Bom Ótimo Bom Bom Ótimo Ótimo Satisfatório Bom Bom Ótimo Satisfatório Ótimo Satisfatório Bom Ótimo Ótimo Ótimo Satisfatório Bom Satisfatório Satisfatório Estrutura de Capital Participação de Capitais de Terceiros Composição do endividamento Imobilização do Patrimônio Líquido Imobilização de recursos não correntes Liquidez Liquidez Geral Liquidez Corrente Liquidez Seca Rentabilidade Giro do Ativo Margem líquida Rentabilidade do Ativo Rentabilidade do Patrimônio Líquido Quadro 1 Foram atribuídas para a Marisol notas que variavam de 1 a 10, dependendo de sua colocação relativa as outras empresas. O apêndice 4 mostra a posição da empresa com relação a cada índice analisados. Com base nestas notas pode-se 30 atribuir um conceito para cada índice da empresa quando comparado com as demais companhias do setor, conforme apresentado no quadro 1. Verifica-se que a maior parte dos conceitos atribuídos foram bons ou ótimos, sem a presença de nenhum conceito fraco ou insuficiente. Para conhecer a empresa de maneira global será utilizado o modelo de avaliação proposto por MATARAZZO (1998), onde os índices são avaliados de acordo com sua categoria. NE = Nota da Estrutura NR = Nota da Rentabilidade NL = Nota da Liquidez NGE = Nota Geral Avaliação Geral Est. de Capital 2005 2004 2003 CT/PL 66% 73% 75% PC/CT AP/PL 44% 58% 50% 55% 48% 61% AP/(PL+ELP) Liquidez 42% 2005 40% 2004 44% 2003 (AC+RLP)/CT AC/PC (AC-EST)/PC Rentabilidade 1,64 3,2 2,25 2005 1,62 2,79 2,14 2004 1,53 2,76 2,12 2003 V / AT 106% 107% 105% LL / V LL / AT 8% 9% 12% 12% 8% 8% LL / PL 15% 21% 14% NE NL NR NG Conceito Global 2005 2004 2003 6,2 5,5 5,6 2005 2004 2003 8,2 8,4 7,4 2005 2004 2003 7,6 9,4 6,8 2005 2004 2003 7,2 7,6 6,4 Bom Quadro 2 A estrutura de capital da empresa obteve no último ano nota 6,2 considerada satisfatória segundo a classificação de Matarazzo. No período analisado a empresa melhorou este indicador. 31 Os índices de liquidez são os melhores indicadores alcançados pela empresa, que obteve classificação bom no último ano, embora esse valor tenha recuado em relação ao ano anterior. A rentabilidade de empresa obteve conceito satisfatório em 2005. Nesta categoria destaca-se o ótimo resultado obtido no ano de 2004, com uma nota de 9,4 pontos (bom tendendo a ótimo). No exercício posterior (2005) a empresa não conseguiu manter-se e a nota recuo 1,8 pontos. A nota geral da empresa apresenta tendência de crescimento, aumentando de 6,4 em 2003 para 7,2 em 2005. No ano de 2004 a empresa alcançou a melhor nota do período analisado devido aos ótimos resultados obtidos nos índices de rentabilidade. Avaliação geral 10 9,4 9 8 8,2 7,6 7 8,4 Est. de Capital 7,6 7,4 Liquidez 6,8 Rentabilidade 7,2 6,4 6 6,2 5,6 5,5 5 4 2005 2004 2003 Gráfico 6 Nota geral 32 4. Análise da Previsão de Falência Existem vários modelos e fórmulas propostas para determinar se uma empresa corre risco de entrar ou falência ou se continuará operando por um longo período. Para analisar a situação da empresa estuda neste relatório utilizaremos o modelo proposto por Kanitz. Previsão de Falência Previsão de falência 2005 2004 2003 Fórmula de Kanitz: FI = 0,05X1+1,65X2+3,55X3-1,06X4-0,33X5 FI FI = Fator de Insolvência 7,09 7,10 6,89 X1 = Lucro líquido/Patrimônio líquido X2 = Ativo circulante + realizável a longo prazo / exigível total X3 = Ativo circulante - estoques / passivo circulante X4 = Ativo circulante / passivo circulante X5 = Exigível total / patrimônio líquido Empresa SOLVENTE Quadro 3 De acordo com o modelo a empresa estará insolúvel se o valor obtido for menor que -3, portanto a Marisol não apresenta risco eminente de falência. O índice calculado apresenta tendência de elevação, mostrando que a empresa está em processo de crescimento. 5. Prazos Médios Os índices de prazos médios referentes aos três últimos exercícios são apresentados no quadro 4 abaixo. 33 Índices de Prazos Médios 2005 2004 2003 Prazo médio de renovação de estoques: (E/CVM) * 360 (dias) PMRE 105 85 74 Prazo médio de recebimento de vendas: (DR/V) * 360 (dias) PMRV 94 93 91 Prazo médio de pagamento de compras: (F/C) * 360 (dias) PMPC 29 32 30 Ciclo Operacional (dias) 199 178 165 Ciclo de Caixa (dias) 170 146 135 Quadro 4 Constata-se que os prazos médios de pagamento de contras são muito pequenos quando comparados ao ciclo operacional total da empresa. Isso gera a necessidade de grande capital de giro para manter a empresa em funcionamento. Analisando o último ano verifica-se que para um ciclo operacional de 199 dias a empresa dispõe de apenas 29 dias para pagar as compras realizadas, gerando a necessidade de capital de giro para manter a empresa funcionando por 170 dias. A empresa oferece em média 3 meses para que seus cliente paguem pelas mercadorias vendidas, mas consegue um prazo de apenas um mês para pagar a matéria prima e outros produtos comprados. Ciclo Operacional = 199 dias PMRE = 105 dias PMPC= 29 dias PMRV = 94 dias Ciclo de Caixa = 170 dias Gráfico 7 – Prazos médios em 2005 34 A empresa tem aumentado o seu ciclo operacional, sobretudo em decorrência do aumento do prazo médio de renovação de estoques. Esse aumento pode ser decorrente do aumento do estoque total existente, seja de produto acabado ou estoque em processo. Isso mostra uma deficiência do setor produtivo que necessita de grandes estoques para atender o aumento da demanda de produção. Índices de Prazos Médios 250 200 199 178 165 Dias 150 Ciclo Operacional (dias) Renovação de Estoques 105 100 85 74 50 0 2005 2004 2003 Ano Gráfico 8 6. Análise Vertical e Horizontal Pode-se observar no apêndice 1 todos os valores referentes a análise vertical e horizontal. O ativo total da empresa cresceu 18% nos últimos 3 anos, passando de um total de 267 milhões de reais para 317 milhões em 2005. Apresentado um crescimento de 23% em seu imobilizado devido ao processo de ampliação e renovação de seu parque industrial. Esse crescimento foi impulsionado principalmente pelo aumento do patrimônio liquido da empresa que cresceu 28% no período. O aumento do 35 patrimônio líquido ocorreu devido ao incremento do capital social investido na empresa e a reserva de lucros acumulados no período. A maior parte do ativo da empresa encontra-se na forma de ativo circulante (56%), principalmente na forma das duplicatas a receber com clientes e créditos. Isso é reflexo do grande ciclo de caixa da empresa, já discutido anteriormente, que necessita de grande capital de giro para manter suas contas em dias. A maior parte do passivo é patrocinada pelo capital próprio (60%), o que é um bom indicador visto que mostra a independência financeira da empresa frente a seus fornecedores e instituições financeira. A receita operacional bruta consolidada alcançou 425 milhões de reais, um crescimento de 26% em relação a 2003, destacando-se o seguimento infantil com participação de 80%. A receita com exportações ainda representa um valor muito pequeno (6,2%) quando comparado a receita total da empresa. O aumento nas vendas foi decorrente da estratégia da empresa em lançar seis novas coleções por anos para cada marca e redução no preço dos produtos ao consumidor. As despesas operacionais tiveram um pequeno aumento no período. Esse acréscimo se deve, segundo o relatório da administração a necessidade de adequação da estrutura organizacional para suportar as expansões dos novos negócios no país e exterior. A receita não operacional não apresenta grande influência nas contas totais da empresa, representando apenas 4% da receita de vendas. O lucro líquido de 8,4% em 2005 (11,8% em 2004) foi afetado pelo aumento das despesas operacionais e pela necessidade de redução dos preços de venda praticados no decorrer do segundo semestre, ante as dificuldades do mercado, decorrentes da contínua perda de poder aquisitivo dos consumidores e das condições climáticas desfavoráveis. Foram investidos 30,6 milhões de reais no ultimo ano, sendo que 61% deste total patrocinado pó capital próprio. Deste total 15,4% milhões de reais foram destinados a expansão e modernização dos parques fabris com a aquisição 36 de maquinas e equipamentos, 8,9 milhões para a expansão de área físicas, e outros 2,1 milhões com propagandas e o restante com investimentos diversos. 7. Análise do EVA e MVA EVA e MVA Cálculo do EVA 2005 2004 2003 EBIT (Lucro operacional antes dos res. financeiros) 28.118 41.990 8.379 NOPAT (Lucro operacional depois dos impostos) 18.558 27.713 5.530 WACC (Custo de Capital) 10,2% 10,2% 10,1% 261.865 239.942 212.789 -8.096 3.229 -16.000 2005 2004 2003 -79.543 31.649 -158.134 Capital Investido (PL + ELP) EVA = NOPAT - WACC * Capital Investido Cálculo do MVA MVA = EVA / WACC Quadro 5 O cálculo do EVA da empresa apresenta valores negativos para os anos 2005 e 2003. Segundo esta metodologia de analise a empresa não esta agregando valor ao capital investido, mesmo tendo gerado lucros neste período. A empresa no ano de 2004 obteve resultado positivo, refletindo o ótimo desempenho obtido neste ano. O valor do EVA em 2005 diminui quando comparamos ao exercício de 2003, o que mostra que a empresa tem melhorado e apresenta tendência de crescimento. 37 8. Analise das ações Investimentos no Ibovespa e na Marisol enre 2003 e 2006 R$ 4,00 R$ 3,50 R$ 3,00 R$ 2,50 Ibovespa R$ 2,00 Marisol R$ 1,50 R$ 1,00 R$ 0,50 ja n/ 0 m 3 ar /0 m 3 ai /0 3 ju l/0 3 se t/0 no 3 v/ 03 ja n/ 0 m 4 ar /0 m 4 ai /0 4 ju l/0 4 se t/0 no 4 v/ 04 ja n/ 0 m 5 ar /0 m 5 ai /0 5 ju l/0 5 se t/0 no 5 v/ 05 ja n/ 0 m 6 ar /0 m 6 ai /0 6 R$ 0,00 Gráfico 9 Verifica-se que no período de janeiro de 2003 até maio de 2004 as ações da empresa praticamente não tiveram variações significativas, decorrentes da retração do mercado e das incertezas quanto ao rumo da economia. Segundo o relatório da administração essa retração foi decorrente do ínfimo crescimento da economia e a queda do poder aquisitivo do consumidor, agravada pela falta de credito em condições adequadas e pelas taxas de juros básicas elevadas. Com a melhoria da economia e as perspectivas de crescimento as ações da Marisol valorizaram-se, mas com um resultado ainda inferior ao índice Ibovespa. No início de 2005 percebe-se uma brusca elevação das ações da empresa, resultado da divulgação do relatório da administração que mostrou o excepcional desempenho da empresa no ano de 2004. Associado a isso a empresa expandiu sua atuação no exterior com a criação da Marisol México (sediada em Guadalarara) e Marisol Europe (sediada em Gallarate, Itália). 38 Ações Análise das ações Ibovespa Marisol Variação Média 3,21% 3,76% Desvio Padrão 6,8% 13,2% 1 0,2795 Beta 2 R (não confiável) 0,0209 Custo de Capital Retorno esperado pelos acionistas 11,2% WACC 2006 9,6% No período analisado as ações da Marisol apresentaram um rendimento médio de 3,76%, superior ao índice ibovespa que apresentou variação media de 3,21% ao mês. Mas o risco em se investir na Marisol é maior, devido as grandes variações, para mais ou para menos, sofrida pelas ações. Essa variação reflete em um desvio padrão mais alto para a empresa quando comparado com o índice da Bolsa. Como o risco em se aplicar na Marisol é mais elevado os investidores esperam um prêmio, representado na forma de maior retorno sobre o capital investido, para aplicar na empresa. Utilizando o Modelo de Precificação de Ativos chega-se a uma rentabilidade média esperada de 11,2%. Esse valor representa o quanto os acionistas esperam ganhar por investir na empresa. 39 Capitulo 4 Parecer Final A empresa Marisol S.A. apresenta índices positivos, mostrando ser uma empresa sólida e confiável, com tendência de crescimento de suas atividades e melhoria de seus índices. Quando se analisa a empresa utilizando a metodologia do EVA nota-se que para este indicador a empresa não obteve bons resultados, não agregando valor ao capital investido, mas a tendência de crescimento da empresa pode reverter esse quadro. A empresa tem a meta de aumentar sua receita para 1 bilhão de reais até 2010, para atingir seu objetivo vem investido pesado em campanhas de marketing de forma a aumentar as vendas pelo fortalecimento de suas marcas. A empresa também busca adquirir marcas já consagradas como é o caso da Pakalolo, linha de roupas voltada para o público jovem e adolescente. A empresa esta investindo na marca buscando revitalizá-la. No último ano a Marisol também firmou acordo com a grife Rosa Chá. A Marisol passou a produzir as peças de roupa e a gerir a marca, aproveitando sua ampla rede de distribuição a empresa também cuida da distribuição das peças. Com o objetivo de reestruturar a empresa, grande parte da produção foi deslocada para a fabrica do Ceará, que atualmente recebe os maiores investimentos. Investir na Marisol S.A. pode ser uma boa aplicação se as condições econômicas e políticas não perturbarem a economias. 40 Bibliografia Matarazzo, D. C.; Análise Financeira de Balanço – Abordagem Básica e Gerencial; Editora Atlas, 5º Edição; São Paulo, 1998. http.:// www.cvm.gov.br http.:// www.marisolsa.com.br http.:// www.yahoofinancas.com.br 41 1 Apêndice Demonstrações Financeiras Balanço Patrimonial 2003/2004/2005 (em milhares de reais) ATIVO Código Descrição da Conta 31/12/05 1 Ativo Total 317.356 100% 118% 1.01 Ativo Circulante 177.548 1.01.01 Disponibilidades 23.550 1.01.01.01 Caixas e Bancos 1.01.01.02 Aplicações Financeiras (nota 05) 19.210 1.01.02 Créditos 1.01.02.01 1.01.03 AV AH 56% 117% 7% 99% AV AH 303.598 100% 113% 31/12/03 AV AH 267.943 100% 100% 177.387 58% 117% 151.993 57% 100% 36.554 12% 153% 23.840 9% 100% 1% 100% 4.674 2% 211% 2.215 89% 31.880 11% 147% 21.625 8% 100% 87.681 28% 124% 83.886 28% 119% 70.755 26% 100% Clientes (nota 06) 87.681 28% 124% 83.886 28% 119% 70.755 26% 100% Estoques 52.694 17% 150% 40.852 13% 117% 35.023 13% 100% 1.01.03.01 Produtos Acabados (nota 07) 30.056 9% 156% 21.796 7% 113% 19.283 7% 100% 1.01.03.02 Produtos em Elaboração (nota 07) 11.834 4% 130% 10.690 4% 118% 9.087 3% 100% 1.01.03.03 Matérias Primas (nota 07) 8.635 3% 138% 7.635 3% 122% 6.254 2% 100% 1.01.03.04 Outros Estoques (nota 07) 1.215 0% 305% 90 0% 399 0% 100% 641 0% 0 0% 100% 5% 1.01.03.05 Em Trânsito (nota 07) 1.01.04 Outros 1.01.04.01 Adiantamento a Empregados 1.01.04.02 4.340 1% 196% 31/12/04 6% 954 0% 13.623 4% 23% 61% 16.095 72% 22.375 8% 100% 591 0% 134% 479 0% 109% 440 0% 100% Adiantamento a Fornecedores 3.639 1% 305% 1.518 1% 127% 1.192 0% 100% 1.01.04.03 Impostos a Recuperar (nota 08) 5.020 2% 25% 6.863 2% 35% 19.701 7% 100% 1.01.04.04 Despesas do Exercício Seguinte 1.345 0% 177% 1.378 0% 182% 758 0% 100% 1.01.04.05 Outras Antecipações (nota 06a) 332 0% 117% 562 0% 198% 284 0% 100% 1.01.04.06 Outros Créditos a Receber (nota 06a) 0 0% 100% 1.02 Ativo Realizável a Longo Prazo 29.787 9% 128% 29.172 10% 126% 23.206 9% 100% 1.02.01 Créditos Diversos 11.643 4% 189% 6.578 2% 107% 6.167 2% 100% 3.901 1% 74% 5.299 2% 100% 2.696 1% 5.295 2% 1.02.01.01 Outros Créditos (nota 06a) 8.374 3% 158% 1.02.01.02 Impostos a Recuperar (nota 08) 3.269 1% 377% 2.677 1% 308% 868 0% 100% 1.02.02 Créditos com Pessoas Ligadas 0 0% 1.203 0% 0 0% 100% 1.02.02.01 Com Coligadas 0 0% 0 0% 0 0% 100% 1.02.02.02 Com Controladas 0 0% 1.203 0% 0 0% 100% 1.02.02.02.01 Partes Relacionadas - Mútuo 0 0% 1.203 0% 0 0% 100% 1.02.02.03 Com Outras Pessoas Ligadas 0 0% 0 0% 0 0% 100% 17.039 6% 100% 18.144 6% 106% 21.391 7% 126% 1.02.03 Outros 1.02.03.01 Depósitos Judiciais 6.995 2% 90% 7.653 3% 99% 7.769 3% 100% 1.02.03.02 Despesas Diferidas 811 0% 86% 1.311 0% 139% 946 0% 100% 1.02.03.03 Impostos Diferidos (nota 19) 6.134 2% 88% 5.541 2% 6.967 3% 100% 80% 42 1.02.03.04 Aplicações Incentivos Fiscais 1.119 0% 1.02.03.05 Aplicações Financeiras 3.085 1% 1.03 Ativo Permanente 1.03.01 Investimentos 1.03.01.01 Participações em Coligadas 1.03.01.02 Participações em Controladas 418 1.03.01.02.01 Marisol Ind. do Vestuário Ltda. 1.03.01.02.02 1.03.01.03 1.03.02 Imobilizado 1.03.02.01 Terrenos (nota 11) 82% 1.136 0% 5.750 2% 84% 1.357 1% 100% 0 0% 100% 110.021 35% 119% 97.039 32% 105% 92.744 35% 100% 744 0% 177% 446 0% 106% 420 0% 100% 0 0% 100% 0 0% 0% 215% 145 0% 75% 194 0% 100% 145 0% 75% 145 0% 75% 194 0% 100% Enlaces de Modas Internacional S.A. 273 0% 0 0% 0 0% 100% Outros Investimentos 326 0% 144% 301 0% 133% 226 0% 100% 101.695 32% 123% 87.898 29% 106% 82.587 31% 100% 16.996 5% 105% 14.801 58.564 18% 111% 116.034 37% 115% 9.239 0 0% 16.154 6% 100% 53.249 18% 101% 5% 92% 52.920 20% 100% 106.164 35% 105% 101.234 38% 100% 3% 123% 7.934 3% 106% 7.495 3% 100% 919 0% 123% 777 0% 104% 745 0% 100% 1.03.02.02 Construções (nota 11) 1.03.02.03 Máquinas e Equipamentos (nota 11) 1.03.02.04 Móveis e Utensílios (nota 11) 1.03.02.05 Veículos (nota 11) 1.03.02.06 Instalações e Ferramentas (nota 11) 12.258 4% 107% 11.073 4% 97% 11.415 4% 100% 1.03.02.07 Equip./Programas de Computador 15.126 5% 154% 13.407 4% 136% 9.822 4% 100% 1.03.02.08 Outros (nota 11) 10.458 3% 160% 9.667 3% 148% 6.545 2% 100% 1.03.02.09 (-) Depreciações Acumuladas -137.899 -43% 111% -129.174 -43% 104% -123.743 -46% 100% 1.03.03 Diferido 9.737 4% 100% 7.582 2% 78% 8.695 3% 89% 43 Balanço Patrimonial 2003/2004/2005 (em milhares de reais) PASSIVO Código Descrição da Conta 31/12/05 2 Passivo Total 317.356 2.01 Passivo Circulante 55.491 2.01.01 Empréstimos e Financiamentos 10.455 2.01.01.01 Empréstimos e Financiamentos 10.455 2.01.02 Debêntures 2.01.03 Fornecedores 2.01.04 Impostos, Taxas e Contribuições 2.01.04.01 ICMS 290 2.01.04.02 PIS/COFINS 255 2.01.04.03 INSS/FGTS AV AH AV 2.02.02 Debêntures 2.02.03 Provisões 9.723 2.02.03.01 Para Contingências (nota 22) 7.810 2.02.03.02 IR/CSSL (nota 14b) 1.913 2.02.04 Dívidas com Pessoas Ligadas 2.02.05 Outros 17.256 2.02.05.01 11.293 5.963 2% 103% 5.871 2.03 PAES - Parcelamento Especial Depósitos Judiciais/ Outros (nota 22) Resultados de Exercícios Futuros 0 0% Participações Minoritárias 0% Patrimônio Líquido 84% 125% 428 2.05 0% 0% 60% 0 2.04 0 15.646 4.924 2.540 2.01.04.04 PAES - Parcelamento Especial 2.01.04.05 Outros Impostos 2.01.05 Dividendos a Pagar 2.01.06 Provisões 2.01.06.01 Imposto de Renda 2.01.06.02 Contribuição Social s/Lucro 2.01.06.03 Férias 5.601 2.01.06.04 Para Contingências (nota 22) 2.060 2.01.06.05 Outras Contas 2.01.07 Dívidas com Pessoas Ligadas 2.01.08 Outros 2.01.08.01 Comissão a Pagar 1.208 2.01.08.02 Salários a Pagar 1.907 2.01.08.03 Paticipações no Resultado 3.464 2.01.08.04 Juros s/Capital Próprio (nota 13) 5.928 2.01.08.05 Credores Diversos 2.227 2.01.08.06 Outras Contas a Pagar 2.02 Passivo Exigível a Longo Prazo 70.976 2.02.01 Empréstimos e Financiamentos 43.997 2.02.01.01 Financiamentos (nota 12) 43.997 2.02.01.02 Fornecedores no Exterior 0 2.02.05.02 1.737 102 0 8.762 240 75 786 0 15.704 970 0 0 634 190.255 118% 101% 92% 92% 31/12/04 100% 17% 3% 3% 0% 5% 2% 0% 0% 1% 1% 0% 0% 3% 0% 0% 2% 1% 0% 0% 5% 0% 1% 1% 2% 1% 0% 22% 14% 14% 0% 0% 3% 2% 1% 0% 5% 4% 81% 48% 150% 173% 30% 346% AV AH 63.656 21% 115% 55.154 21% 100% 14.033 5% 124% 11.307 4% 100% 14.033 5% 124% 11.307 4% 100% 0 0% 100% 0% 267.943 100% 100% 15.724 5% 111% 14.146 5% 100% 4.612 2% 104% 4.443 2% 100% 266 0% 283% 94 0% 100% 364 0% 80% 455 0% 100% 2.312 1% 124% 1.867 1% 100% 1.601 1% 109% 1.464 1% 100% 563 0% 100% 0 0% 100% 69 0% 0 0% 7.764 3% 72% 10.762 4% 100% 37 0% 7% 498 0% 100% 2 0% 4% 50 0% 100% 4.186 1% 130% 3.231 1% 100% 2.779 1% 41% 6.756 3% 100% 0% 335% 227 0% 100% 0 0% 100% 760 0 108% 49% 123% 92% 108% 258% 291% 119% 106% 108% 0% 31/12/03 100% 113% 0 111% 111% 309% 56% 136% 119% 18% AH 303.598 12% 0% 21.523 7% 148% 14.496 5% 100% 4.131 1% 167% 2.480 1% 100% 1.745 1% 113% 1.549 1% 100% 4.077 1% 108% 3.763 1% 100% 8.039 3% 146% 5.507 2% 100% 3.155 1% 365% 864 0% 100% 376 0% 113% 333 0% 100% 64.124 21% 108% 59.586 22% 100% 39.314 13% 95% 41.380 15% 100% 39.237 13% 96% 40.799 15% 100% 77 0% 13% 581 0% 100% 0 0% 0 0% 100% 6.931 2% 0 0% 100% 6.931 2% 0 0% 100% 0 0% 0 0% 100% 0 0% 0 0% 100% 95% 91% 17.879 6% 98% 18.206 7% 100% 12.008 4% 97% 12.443 5% 100% 2% 102% 5.763 2% 100% 0 0% 100% 175.390 57% 751 0% 100% 58% 115% 152.452 57% 100% 44 2.05.01 Capital Social Realizado 90.000 28% 129% 80.000 26% 115% 69.760 26% 100% 2.05.01.01 Capital Social (nota 14) 90.000 26% 115% 69.760 26% 100% Reservas de Capital 3.907 2.05.02.01 Reservas de Incentivos Fiscais 3.907 129% 51% 84% 0% 80.000 2.05.02 28% 1% 1% 0% 0% 0% 0% 30% 4% 0% 0% 0% 25% 3.907 1% 51% 7.594 3% 100% 3.907 1% 84% 4.632 2% 100% 0 0% 0% 2.962 1% 100% 0 0% 0 0% 100% 0 0% 0 0% 100% 0 0% 0 0% 100% 2.05.02.02 Correção Monetária Especial 0 2.05.03 Reservas de Reavaliação 0 2.05.03.01 Ativos Próprios 0 2.05.03.02 Controladas/Coligadas 0 2.05.04 Reservas de Lucro 96.348 2.05.04.01 Legal 13.593 2.05.04.02 Estatutária 0 2.05.04.03 Para Contingências 0 2.05.04.04 De Lucros a Realizar 0 2.05.04.05 78.970 2.05.04.06 Retenção de Lucros Especial p/ Dividendos Não Distribuídos Outras Reservas de Lucro 3.785 0% 1% 0 2.05.04.07 5.876 0 0% 3.785 0 2.05.04.07.01 Ações em Tesouraria 2.05.04.07.02 Reserva Especial de Lucros 2.05.05 Lucros/Prejuízos Acumulados 0 128% 132% 91.483 30% 122% 75.098 28% 100% 12.190 4% 118% 10.307 4% 100% 0 0% 0 0% 100% 0 0% 0 0% 100% 0 0% 0 0% 100% 64.791 24% 100% 0% 0 0% 100% 2% 0 0% 100% 0 0% 0 0% 100% 1% 5.876 2% 0 0% 100% 0% 0 0% 0 0% 100% 122% 73.417 24% 113% 45 Demonstração de Resultados Código Descrição da Conta 3.01 3.01.01 3.01.02 3.02 3.03 3.04 3.05 3.06 3.06.01 3.06.01.01 3.06.01.02 3.06.01.03 3.06.01.04 3.06.01.05 3.06.01.06 3.06.01.07 3.06.02 3.06.02.01 3.06.02.02 3.06.02.03 3.06.02.04 3.06.02.05 3.06.02.06 3.06.02.07 3.06.02.08 3.06.02.09 3.06.02.10 3.06.02.11 3.06.02.12 3.06.03 3.06.03.01 3.06.03.02 3.06.03.02.01 3.06.03.02.02 3.06.04 3.06.05 3.06.05.01 3.06.06 3.07 3.08 3.08.01 3.08.02 3.09 3.10 3.11 3.12 3.12.01 3.12.01.01 3.12.02 3.13 3.14 3.15 Receita Bruta de Vendas Mercado Interno Mercado Externo Deduções da Receita Bruta Receita Líquida de Vendas Custo de Bens e/ou Serviços Vendidos Resultado Bruto Despesas/Receitas Operacionais Com Vendas Salários e Encargos Depreciações Propaganda Comissões Fretes Despesas de Viagens Outras Despesas Gerais e Administrativas Remuneração da Administração Salários e Encargos Assistência Médica Comunicações Depreciações Programa Alimentação Trabalhadores Serviços Terceiros Comunicação Institucional Transporte de Funcionários Previdência Privada (nota 20) Outras Despesas Administrativas Participação dos Colaboradores Financeiras Receitas Financeiras Despesas Financeiras Juros s/Capital Próprio (nota 13) Outras Despesas Financeiras Outras Receitas Operacionais Outras Despesas Operacionais Amortização do Ágio Resultado da Equivalência Patrimonial Resultado Operacional Resultado Não Operacional Receitas Despesas Resultado Antes Tributação Provisão para IR e Contribuição Social IR Diferido Participações/Contribuições Estatutárias Participações Participações dos Administradores Contribuições Reversão dos Juros sobre Capital Próprio Participações Minoritárias Lucro/Prejuízo do Exercício 01/04 a 01/05 425.216 405.261 19.955 -89.710 335.506 -180.917 154.589 -142.476 -71.468 -10.948 -823 -19.696 -21.169 -8.559 -1.667 -8.606 -55.003 -3.360 -16.266 -1.489 -504 -4.450 -4.031 -6.123 -2.667 -2.860 -813 -8.841 -3.599 -16.005 8.265 -24.270 -11.273 -12.997 0 0 0 0 12.113 12.279 13.007 -728 24.392 -7.311 593 -791 -791 -791 0 11.273 -105 28.051 AV AH 127% 121% 6% -27% 100% -54% 46% -42% -21% -3% 0% -6% -6% -3% 0% -3% -16% -1% -5% 0% 0% -1% -1% -2% -1% -1% 0% -3% -1% -5% 2% -7% -3% -4% 0% 0% 0% 0% 4% 4% 4% 0% 7% -2% 0% 0% 0% 0% 0% 3% 0% 8% 126% 124% 182% 158% 120% 107% 139% 117% 114% 119% 105% 173% 90% 108% 166% 98% 138% 131% 138% 103% 74% 117% 153% 164% 146% 168% 125% 150% 112% 84% 59% 74% 188% 48% 0% 0% -112% 43% 43% 66% 136% 93% 10% 157% 157% 157% 188% 1750% 129% 01/03 a 01/04 400.412 379.094 21.318 -75.916 324.496 -173.822 150.674 -133.621 -61.848 -8.436 -746 -14.584 -21.332 -8.955 -1.242 -6.553 -46.836 -3.023 -13.343 -1.230 -552 -3.911 -2.988 -4.478 -3.836 -2.112 -695 -6.543 -4.125 -24.889 5.590 -30.479 -14.000 -16.479 0 -48 -48 0 17.053 12.499 15.443 -2.944 29.552 -7.028 1.898 -730 -730 -730 0 14.000 -29 37.663 2003/2004/2005 (em milhares de reais) AV AH 123% 117% 7% -23% 100% -54% 46% -41% -19% -3% 0% -4% -7% -3% 0% -2% -14% -1% -4% 0% 0% -1% -1% -1% -1% -1% 0% -2% -1% -8% 2% -9% -4% -5% 0% 0% 0% 0% 5% 4% 5% -1% 9% -2% 1% 0% 0% 0% 0% 4% 0% 12% 119% 116% 194% 134% 116% 102% 136% 110% 99% 92% 95% 128% 91% 113% 123% 75% 117% 118% 114% 85% 81% 102% 113% 120% 209% 124% 107% 111% 129% 130% 40% 92% 233% 61% 49% 49% -157% 43% 52% 269% 164% 89% 31% 145% 145% 145% 233% 483% 174% 01/02 a 01/03 337.390 326.414 10.976 -56.832 280.558 -169.707 110.851 -121.686 -62.541 -9.200 -782 -11.401 -23.434 -7.935 -1.006 -8.783 -39.931 -2.566 -11.753 -1.452 -682 -3.817 -2.641 -3.743 -1.832 -1.702 -650 -5.892 -3.201 -19.117 13.894 -33.011 -6.000 -27.011 0 -97 -97 0 -10.835 28.815 29.910 -1.095 17.980 -7.888 6.089 -503 -503 -503 0 6.000 -6 21.672 AV 120% 116% 4% -20% 100% -60% 40% -43% -22% -3% 0% -4% -8% -3% 0% -3% -14% -1% -4% -1% 0% -1% -1% -1% -1% -1% 0% -2% -1% -7% 5% -12% -2% -10% 0% 0% 0% 0% -4% 10% 11% 0% 6% -3% 2% 0% 0% 0% 0% 2% 0% 8% AH 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 46 2 Apêndice Demonstrações Financeiras Padronizadas Balanço Patrimonial Padronizado 2003/2004/2005 (em milhares de reais) ATIVO CIRCULANTE Disponível Aplicações Financeiras Contas a Receber de Clientes Estoques Impostos a Recuperar Outros Créditos Despesas do Exercício Seguinte REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 31/12/05 31/12/04 31/12/03 177.548 177.387 151.993 4.340 19.210 87.681 52.694 5.020 4.674 31.880 83.886 40.852 6.863 2.215 21.625 70.755 35.023 19.701 7.258 1.345 7.854 1.378 1.916 758 29.787 29.172 23.206 Aplicações Financeiras Depósitos Judiciais Partes Relacionadas Impostos Diferidos Aplicações Incentivos Fiscais Despesas Diferidas 3.085 6.995 0 6.134 1.119 811 5.750 7.653 1.203 5.541 1.136 1.311 0 7.769 0 6.967 1.357 946 Impostos a Recuperar Outros Créditos 3.269 8.374 2.677 3.901 868 5.299 110.021 97.039 92.744 418 326 145 301 194 226 101.695 7.582 87.898 8.695 82.587 9.737 317.356 303.598 267.943 PERMANENTE Investimentos Controladas Outros Investimentos Imobilizado Diferido TOTAL DO ATIVO 47 Balanço Patrimonial Padronizado 2003/2004/2005 (em milhares de reais) PASSIVO CIRCULANTE Fornecedores Instituições Financeiras Contingências Judiciais Obrigações Sociais Obrigações Tributárias Dividendos/Juros s/ Capital Próprio Outras Obrigações EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 31/12/05 31/12/04 31/12/03 55.491 63.656 55.154 15.646 10.455 2.060 13.512 2.699 15.724 14.033 2.779 12.320 2.339 14.146 11.307 6.756 10.447 3.226 5.928 5.191 8.039 8.422 5.507 3.765 70.976 64.124 59.586 Fornecedores no Exterior Instituições Financeiras Partes Relacionadas 0 43.997 0 77 39.237 0 581 40.799 0 Contingências Judiciais 13.773 12.802 5.763 Obrigações Tributárias 13.206 12.008 12.443 634 428 751 PARTICIPAÇÃO DOS MINORITÁRIOS PATRIMÔNIO LÍQUIDO 190.255 175.390 152.452 Capital Social 90.000 80.000 69.760 Reservas de Capital Reservas de Lucros 3.907 96.348 3.907 91.483 7.594 75.098 317.356 303.598 267.943 TOTAL DO PASSIVO 48 Demonstração de Resultados Padronizada 2003/2004/2005 (em milhares de reais) RECEITA OPERACIONAL BRUTA Impostos e Devoluções 01/01/05 a 31/12/05 425.216 01/01/04 a 01/01/03 a 31/12/03 31/12/04 400.412 337.390 -89.710 -75.916 -56.832 RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 335.506 324.496 280.558 Custo dos Produtos Vendidos -180.917 -173.822 -169.707 LUCRO BRUTO DESPESAS OPERACIONAIS Gerais e Administrativas Honorários dos Administradores Participação dos Colaboradores 154.589 150.674 110.851 -142.476 -133.621 -121.686 -48.044 -39.688 -34.164 -3.360 -3.023 -2.566 -3.599 -4.125 -3.201 -71.468 -61.848 -62.541 8.265 5.590 13.894 Despesas Financeiras -12.997 -16.479 -27.011 Juros s/ Capital Próprio -11.273 -14.000 -6.000 0 0 0 LUCRO OPERACIONAL 12.113 17.053 -10.835 Resultado não Operacional 12.279 12.499 28.815 0 -48 -97 24.392 29.552 17.980 -6.718 -5.130 -1.799 -791 -730 -503 11.273 14.000 6.000 28.156 37.692 21.678 -105 -29 -6 28.051 37.663 21.672 0,25 0,34 0,19 Vendas Receitas Financeiras RESULTADO DA EQUIV. PATRIMONIAL Amortização de Ágio LUCRO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA Provisão para IR e Contribuição Social Participação dos Administradores Reversão de Juros s/ Capital Próprio LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO Participação dos Minoritários LUCRO LÍQUIDO CONSOLIDADO Resultado por Ação 49 3 Apêndice Índices Análise dos Índices Estrutura de Capital Participação de Capitais de Terceiros Composição do endividamento Imobilização do Patrimônio Líquido Imobilização de recursos não correntes 2005 2004 2003 CT/PL PC/CT AP/PL AP/(PL+ELP) Liquidez Liquidez Geral Liquidez Corrente Liquidez Seca 73% 50% 55% 40% 75% 48% 61% 44% 2005 2004 2003 (AC+RLP)/CT AC/PC (AC-EST)/PC Rentabilidade Giro do Ativo Margem líquida Rentabilidade do Ativo Rentabilidade do Patrimônio Líquido 66% 44% 58% 42% 1,64 3,2 2,25 1,62 2,79 2,14 1,53 2,76 2,12 2005 2004 2003 V / AT LL / V LL / AT LL / PL 1,06 8% 9% 15% 1,07 12% 12% 21% 1,05 8% 8% 14% 50 4 Apêndice Análise Setorial Avaliação Geral Est. de Capital 2005 2004 2003 CT/PL 66% 73% 75% PC/CT AP/PL AP/(PL+ELP) Liquidez 44% 58% 42% 2005 50% 55% 40% 2004 48% 61% 44% 2003 NE (AC+RLP)/CT AC/PC 1,64 3,2 1,62 2,79 1,53 2,76 NL (AC-EST)/PC Rentabilidade 2,25 2005 2,14 2004 2,12 2003 V / AT 106% 107% 105% LL / V LL / AT 8% 9% 12% 12% 8% 8% LL / PL 15% 21% 14% NR NG Conceito Global 2005 2004 2003 6,2 5,5 5,6 2005 2004 2003 8,2 8,4 7,4 2005 2004 2003 7,6 9,4 6,8 2005 2004 2003 7,2 7,6 6,4 Bom 51 Analise Setorial Ano 2003 1º Decil CT/PL 33% PC/CT 22% AP/PL 25% AP/(PL+ELP) 22% (AC+RLP)/CT 0,63 AC/PC 0,60 (AC-EST)/PC 0,16 V / AT 0,46 LL / V 0,3% LL / AT 0,3% LL / PL 4,0% Ano 2003 1º Decil 2º Decil 37% 48% 32% 30% 0,63 0,97 0,70 0,59 1,6% 1,5% 8,0% 2º Decil 3º Decil 4º Decil 43% 43% 49% 51% 55% 61% 39% 44% 0,90 1,11 1,18 1,50 0,73 0,81 0,91 0,91 3,9% 4,8% 1,8% 4,4% 8,5% 10,8% 3º Decil 4º Decil 5º decil 6º Decil 76% 87% 54% 69% 69% 69% 46% 59% 1,51 1,52 1,69 2,12 0,90 1,64 0,98 1,05 4,8% 6,6% 4,7% 8,1% 11,4% 12,1% 5º decil 6º Decil 7º decil 8º Decil 87% 93% 72% 73% 90% 118% 63% 64% 1,63 1,72 2,44 2,76 1,89 2,12 1,13 1,15 7,6% 7,7% 8,6% 8,8% 14,2% 16,1% 7º decil 8º Decil 9º Decil 10º Decil 2968% 3448% 77% 85% 571% 1287% 70% 79% 1,84 3,25 3,09 6,62 2,19 5,15 1,29 1,63 15,0% 19,2% 10,7% 22,0% 29,3% 61,6% 9º Decil 10º Decil Nota 2003 Ano 2004 5 CT/PL 8 PC/CT 6 AP/PL 6 AP/(PL+ELP) 6 (AC+RLP)/CT 8 AC/PC 8 (AC-EST)/PC 6 V / AT 8 LL / V 6 LL / AT Nota 2003 Ano 2004 1º Decil 38% 30% 23% 20% 0,28 0,32 0,00 0,12 -36,3% -21,0% 7 LL / PL 1602,6% 2º Decil 42% 46% 32% 29% 0,50 0,88 0,63 0,58 -5,3% -3,6% -85,1% 2º Decil 3º Decil 45% 50% 49% 34% 0,92 1,38 0,64 0,63 0,8% 0,7% 2,1% 3º Decil 4º Decil 5º decil 51% 73% 50% 51% 55% 64% 40% 58% 1,08 1,40 1,45 1,89 0,79 1,14 0,68 0,95 3,4% 5,6% 3,4% 6,4% 6,4% 9,2% 4º Decil 5º decil 6º Decil 86% 59% 70% 59% 1,60 2,00 1,52 0,99 7,7% 7,8% 9,8% 6º Decil 7º decil 87% 61% 93% 61% 1,61 2,64 1,75 1,01 10,5% 9,0% 10,7% 7º decil 8º Decil 178% 72% 114% 61% 1,70 2,65 2,11 1,07 11,6% 10,0% 16,7% 8º Decil 9º Decil 362% 82% 304% 75% 1,78 2,79 2,14 1,15 11,6% 12,4% 18,8% 9º Decil 10º Decil 47757% 84% 20448% 109% 2,81 4,77 4,04 1,16 12,4% 20,0% 21,5% 10º Decil 1º Decil Nota 2004 5 7 6 6 7 9 9 8 9 9 10 Nota 2004 Ano 2005 CT/PL PC/CT AP/PL AP/(PL+ELP) (AC+RLP)/CT AC/PC (AC-EST)/PC V / AT LL / V LL / AT LL / PL Ano 2005 1º Decil 36% 37% 22% 18% 0,36 0,29 0,00 0,47 -7,2% -6,1% -20,4% 1º Decil 2º Decil 47% 44% 29% 28% 0,53 0,84 0,64 0,47 1,9% 1,7% 3,1% 2º Decil 3º Decil 62% 45% 43% 31% 0,81 1,18 0,64 0,69 5,2% 3,6% 5,8% 3º Decil 4º Decil 67% 48% 58% 42% 1,10 1,60 0,91 0,85 7,5% 5,0% 8,9% 4º Decil 5º decil 6º Decil 68% 72% 51% 61% 67% 68% 56% 59% 1,49 1,51 1,83 1,99 1,37 1,60 0,89 0,92 8,0% 8,0% 5,3% 6,7% 10,0% 11,5% 5º decil 6º Decil 7º decil 80% 63% 92% 68% 1,63 2,47 1,84 1,02 8,4% 7,4% 14,7% 7º decil 8º Decil 235% 73% 144% 70% 1,78 3,14 2,25 1,04 9,7% 8,3% 25,0% 8º Decil 9º Decil 635% 76% 447% 77% 2,34 3,20 2,58 1,06 10,6% 8,8% 33,7% 9º Decil 10º Decil 1435% 89% 686% 100% 3,17 6,17 5,53 1,19 12,2% 14,5% 96,6% 10º Decil Nota 2005 6 8 6 6 7 9 8 9 7 9 7 Nota 2005 52
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