CadernoDois
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Dois Caderno eSTe enCarTe ConTÉm CaSoS enVIadoS PeloS leIToreS do Jornal da Imagem • Parte integrante da edição 380 • aBrIl de 2010 [ Caso 1 ] História clínica Figura 1 USG de abdome: formação expansiva sólida, hiperecogênica discretamente heterogênea, apresentando limites bem definidos e regulares, medindo 5,2 x 4,7 x 5,5 cm nos maiores eixos Figura 2 Figura 3 USG de abdome: localização da lesão junto ao pólo inferior do rim esquerdo, à esquerda da aorta, em íntimo contato com o músculo psoas esquerdo TC de abdome sem contraste: lesão sólida circunscrita no retroperitônio do flanco esquerdo, no plano do hilo renal, hiperdensa, medindo 5,7 x 5,3 x 4,7 cm Feminina, 34 anos. Exames laboratorias normais. Antecedente de ressecção de tumor benigno de ovário esquerdo em 2002 (SIC). USG de abdome para check-up. Achados principais: Lesão sólida circunscrita hipervascularizada no retroperitônio do flanco esquerdo, no plano do hilo renal, levemente hiperatenuante na TC sem contraste, medindo 5,7 x 5,3 x 4,7 cm. Figura 4 TC de abdome com contraste: Realce intenso e heterogêneo da lesão, com algumas áreas hipovascularizadas Figura 6 Figura 5 Reformatação coronal da TC de abdome com contraste Aspecto anatomopatológico (HE) da biópsia percutânea da lesão Figura 1 [ Caso 2 ] História clínica Masculino, 54 anos, branco, procedente de Itapecirica da Serra, SP. Queixa-se de nódulo na região cervical esquerda há 35 dias com suspeita de cisto branquial. Realizou USG cervical no dia 2/2/2010, Radiografias de tórax e RM de pescoço no dia 5/2/2010 e TC de tórax no dia 8/2/2010. Figura 1A Figura 1B Figura 1C Figura 2A Figura 2B Figura 2C Imagens axiais de RM de pescoço – T2 (A), T1 (B) e pós-contraste(C) mostrando lesão expansiva localizada no espaço cervical posterior esquerdo, com aspecto piriforme, apresentando hipossinal em T1, hipersinal em T2, restrição à difusão e discreto realce pós-contraste, principalmente periférico Figura 2 TC de tórax – Cortes axiais – janela de pulmão (A) e de mediastino (B) / Corte coronal – janela de pulmão (C). Evidencia lesão infiltrativa com atenuação de partes moles no terço superior do hemitórax direito, originada da parede torácica, centrada no segundo arco costal e com extensão para o primeiro e segundo espaços intercostais adjacentes 2 | Jornal da Imagem [ Caso 1 ] São Paulo, abril de 2010 Autores: Dras. Bruna Schmitz Serpa (R4) e Juliana Luiza Gonçalves Souza (R4). Orientadores: Drs. Ronaldo Hueb Baroni e Adriano Tachibana – Hospital Albert Einstein, São Paulo. Struma ovarii metastático Teratomas são o tipo de neoplasia ovariana mais comum, contabilizados em 20% dos tumores em mulheres adultas e 50% dos tumores pediátricos ovarianos. São também as neoplasias germinativas mais comumente excisadas. Estes tumores abrangem diferentes tipos histológicos, porém todos eles contêm tecidos pluripotentes maduros ou imaturos. O tipo mais comum, o teratoma maduro cístico (também conhecido como cisto dermóide), contém tecidos maduros da ectoderme, mesoderme e endoderme. O teratoma monodérmico apresenta um tipo destes tecidos, os mais comuns sendo tecido tireoideano (struma ovarii), e neuroectodérmico (tumor carcinóide). As manifestações clínicas variam desde achados incidentais até metástases. Estão também associados a várias complicações incluindo torção, rotura, transformação maligna (1%), infecção e anemia hemolítica auto-imune. O struma ovarii é composto predominantemente de tecido tireoidiano maduro funcionante, que demonstra ácinos tireoidianos preenchidos por co- [ Caso 2 ] lóide. Constituem apenas 3% dos teratomas maduros, sendo extremamente raros (150 casos descritos nos EUA). De 2 a 5% das lesões são malignas. Cerca de 95% do struma ovarii ocorrem em mulheres na pré-menopausa, os sintomas são insidiosos e as lesões raramente excedem 6,0 cm, porém podem causar ascite e hidrotórax (síndrome de Meigs). Tireotoxicose é uma complicação rara nesses pacientes, porém o struma ovarii pode causar hipertireoidismo (5% dos casos); nesses casos, há redução do TSH e supressão da glândula tópica. O diagnóstico diferencial deve considerar outras causas de hipertireoidismo. Em casos raros, o tecido tireoideano benigno pode disseminar-se para a cavidade peritoneal, podendo estes implantes ser múltiplos e de dimensões variadas, associados ou não com struma ovarii. No exame histopatológico é demonstrado tecido tireoideano maduro similar ao struma ovarii. Essa condição é nominada “estrumose peritoneal”. A aparência histopatológica macroscópica consiste em tecido tireoidiano de coloração âmbar, com hemorragia, necrose e fibrose. São tipicamente preenchidos por material fluido claro a marrom. O exame microscópico mostra folículos e cistos de vários tamanhos separados por septos fibrosos. À USG, as características não são específicas, em geral um tumor sólido e heterogêneo, com múltiplas áreas sólido-císticas. Na TC, uma maior atenuação pode ser identificada no exame sem contraste, devido a presença de iodo do tecido tireoideano. Os achados de imagem por RM são mais característicos: os espaços císticos demonstram alto sinal nas sequências ponderadas em T1 e T2. Alguns dos espaços císticos podem demonstrar baixo sinal em T2, devido ao material gelatinoso colóide do estroma. Estas lesões não apresentam gordura. Apenas 17 casos foram descritos com metástases, entre elas metástases ósseas na calota craniana. O padrão de envolvimento abdominal geralmente segue o padrão dos demais tumores ovarianos, com comprometimento peritoneal e do ovário contralateral. Comprometimento retroperitoneal é muito raro, atribuível à disseminação hematogê- nica da lesão primária germinativa ovariana (benigna ou maligna). A remoção cirúrgica é o tratamento de escolha. Referências bibliográficas 1.Eric K. Outwater, Evan S. Siegelman, and Jennifer L. Hunt Ovarian Teratomas: Tumor Types and Imaging Characteristics Radiographics 2001 21:475-490. 2. Sung Bin Park, Jeong Kon Kim, KyuRae Kim, and Kyoung-Sik Cho Continuing Medical Education: Imaging Findings of Complications and Unusual Manifestations of Ovarian Teratomas Radiographics 2008 28:969-983. 3.Seung Eun Jung, Jae Mun Lee, Sung Eun Rha, Jae Young Byun, Jung Im Jung, and Seong Tai Hahn CT and MR Imaging of Ovarian Tumors with Emphasis on Differential Diagnosis Radiographics 2002 22:1305-1325. 4.Mikio Akai, Hiroyoshi Isoda, Satoshi Sawada, Izumi Matsuo, Hideo Kanzaki, Noriko Sakaida, Akiharu Okamura, and Takako Kiyokawa A Case of Struma Uteri Am. J. Roentgenol., Jul 2005; 185: 216-218. Autores: Drs. Fábio de Vilhena Diniz (R2), Caio Giometti Grassi (R2). Orientadores: Drs. Rodrigo Caruso Chate, Rodrigo Bastos Duarte Passos e Marcelo Buarque de Gusmão Funari - Hospital Albert Einstein, São Paulo. Linfoma não-Hodgkin acometendo a parede torácica Linfoma Não-Hodgkin (LNH) é um grupo heterogêneo de doenças malignas dos linfócitos, onde não estão presentes as células de Reed-Sternberg. A etiologia é desconhecida. Pode haver associações com AIDS, lupus, uso de agente alquilantes, radioterapia e alguns vírus (HTLV1, EBV). Ocorre em indivíduos de todas as idades, embora a incidência aumente progressivamente com a idade. A incidência entre 20 e 25 anos é de 2,5 casos por 100.000 habitantes. Aos 60 anos de idade, esta taxa aumenta para 43,7 casos por 100.000, e aos 75 anos, sobe para 100 casos por 100.000. A média de idade de apresentação é de 55 anos. Antes da idade de 50 anos, a incidência de linfoma não tem predileção racial. Após a idade de 50-55 anos, a incidência é maior em brancos do que em afro-americanos. O envolvimento do parênquima pulmonar e linfadenopatia mediastinal são manifestações menos comuns do LNH do que no Linfoma Hodgkin (LH). O tórax está envolvido em 85% dos casos de LH e de 45% dos casos de LNH. O LNH pode apresentar-se de formas variadas, desde linfadenopatia assintomática até envolvimento de sítios extranodais (trato gastroinstestinal, parede torácica etc.). Febre e perda de peso são menos comuns que na Doença de Hodgkin. Avaliação laboratorial pode revelar apenas anemia leve. O Linfoma Difuso é a forma mais comum do LNH no adulto (50%). Pode ser de células B (80%) e células T pós-tímicas (20%). Tem uma maior frequência de acometimento extralinfonodal, mas o envolvimento da medula óssea e a leucemização são raras. Tem mau prognóstico e um caráter mais agressivo. Após identif icada a lesão em uma radiografia convencional, a TC é a modalidade preferida para melhor avaliação das características e da extensão. A RM é preferível quando há envolvimento dos nervos periféricos ou da coluna vertebral. O PET/CT tem alta sensibilidade para a detecção de envolvimento nodal em LNH e geralmente detecta a atividade em todos os gânglios linfáticos anormais identificados pela TC. Também tem a vantagem de detectar a doença nodal adicional, que pode ser perdida na TC por causa de critérios de dimensão, isto é particularmente verdadeiro para os pequenos linfonodos mesentéricos. O uso de métodos de imagem no diagnóstico, seguimento e controle de cura dos pacientes com diagnóstico de linfoma vem, cada vez mais, assumindo papel fundamental no manuseio desta doença. O estadiamento, por si só, segundo o sistema de Ann Arbor, justifica o uso dos métodos de imagem, já que se baseia na análise sistematizada da extensão da doença. A TC, pela rápida aquisição das imagens, quando comparada à RM, permite estadiamento rápido e amplo, o que é essencial para a definição da conduta clínica. Relatos de literatura descrevem, por exemplo, modificação do planejamento em até 10% dos casos a partir dos dados da TC, assim como a identificação de locais não-suspeitos de doença intratorácica ou o esclarecimento de anormalidades radiológicas questionáveis que podem inclusive alterar decisões terapêuticas. A terapêutica se baseia na quimioterapia, inclusive para aqueles em estágios avançados da doença, que necessitam de tratamento hospitalar, bem como o apoio agressivo por uma equipe experiente no tratamento de pacientes com imunossupressão. Referências bibliográficas 1.Guermazi A, Brice P, de Kerviler EE, et al. Extranodal Hodgkin disease: spectrum of disease. RadioGraphics 2001;21:161–179. 2.Ramadan KM, Shenkier T, Sehn LH, et al. A clinicopathological retrospective study of 131 patients with primary bone lymphoma: a population-based study of successively treated cohorts from the British Columbia Cancer Agency. Ann Oncol. Jan 2007;18(1):129-35. São Paulo, abril de 2010 CadernoDois | 3 [ Caso 3 ] História clínica Figura 5 Corte sagital ponderado em T1, com supressão do sinal de gordura, após a injeção de gadolínio. Notase o realce perivascular e a falha de enchimento intraluminal Masculino, 43 anos, corredor. Refere dor na região plantar do retropé, com irradiação para o tornozelo. Sem antecedentes patológicos significativos. Ao exame físico: dor à palpação local. Solicitada RM do tornozelo. Figura 6 US-Doppler mostrando ausência de fluxo na veia plantar lateral, que se encontra espessada e não compressível Figuras 1 a 4 Imagens sagitais (a,b), coronal (c) e axial (d), ponderadas em T2 com supressão do sinal de gordura. Nota-se o edema dos planos musculares e perivasculares, além da alteração de sinal intraluminal [ Caso 4 ] História clínica Feminina, dois meses e 26 dias. Apresentava desenvolvimento neuropsicomotor normal. Há um mês iniciou crises convulsivas tônico-clônicas generalizadas. Exame neurológico sem particularidades. Exame físico evidenciava nevos melanocíticos esparsos (Figura 7). Realizou RM do encéfalo (Figuras 1, 2, 3, 4, 5 e 6) para investigação. LCR sem alterações. Figura 1 Figura 2 Figura 3 Figura 7 Nevos melanocíticos Figura 4 Figura 5 Figura 6 Áreas de alto sinal em T1 (Figuras 1, 3, 4, 5 e 6) e tênue hipossinal em T2 (Figura 2) comprometem de maneira relativamente simétrica os corpos amigdalóides e, com extensão variável, as folias cerebelares, pedúnculos cerebelares e parte da medular dos hemisférios cerebelares, a base pontina e tegmento bulbar 4 | Jornal da Imagem [ Caso 3 ] São Paulo, abril de 2010 Autor: Dr. Mauricio Álvares Salum Ximenes (R3). Orientadores: Drs. Frederico Celestino Miranda e Hamilton Picolo Guidorizzi – Hospital Albert Einstein, São Paulo. Trombose venosa plantar profunda O plexo venoso plantar profundo está localizado profundamente ao arco plantar e é formado por múltiplas veias. As veias plantares medial e lateral cursam lado a lado às artérias correspondentes na face plantar do pé, até se juntarem profundamente ao músculo abdutor do hálux, formando uma veia única. Esta por sua vez recebe como tributárias as veias metatarsais, formadas pela união das digitais correspondentes. Porções das safenas se juntam às veias plantares medial e lateral, atrás do maléolo medial, para formar a veia tibial posterior. O envolvimento do plexo venoso não é comum nas tromboses venosas profundas, sendo a trombose venosa plantar uma causa rara de dor local, de etiologia [ Caso 4 ] muitas vezes incerta. O quadro clínico é inespecífico, geralmente cursando apenas com dor plantar, por isso, muitas vezes esses pacientes são referenciados para exames de RM, e o radiologista deve conhecer os achados dessa afecção. Os fatores etiológicos propostos são: traumas repetidos, que podem estar relacionados à atividade física; síndromes paraneoplásicas, complicações pós-operatórias, imobilização prolongada, e estados de hipercoagulabilidade. Os principais achados de RM incluem: edema perivascular; edema muscular; alteração de sinal intraluminal, com sinal intermediário nas sequências ponderadas em T2 e T1, algumas vezes pode ser também identificado o trombo com hipersinal em T1. Após a injeção do contraste notase realce perivascular e falha de enchimento intraluminal. Outros achados que podem estar associados são a ectasia da veia envolvida e a demonstração de colaterais. A presença de acentuado edema e realce dos tecidos perivenulares sugerem atividade inflamatória superposta (tromboflebite). Os principais diagnósticos diferenciais incluem: fasciite plantar, fibromatose plantar, fraturas de stress dos metatarsos, sesamoidites, bursite intermetatársica, cistos gangliônicos e tendinopatias. A USG constitui ferramenta extremamente útil na confirmação do diagnóstico, através da caracterização de veias alargadas e hipoecogê- nicas, não compressíveis e sem fluxo ao estudo com Doppler colorido. Referências bibliográficas 1.Bernathova M, Bein E, Bendix N, Bodner G. Sonographic diagnosis of plantar vein thrombosis: report of 3 cases. J Ultrasound Med 2005; 24: 101-103. 2.Siegal DS, Wu JS, Brennan DD, Challies T, Hochman MG. Plantar vein thrombosis: a rare cause of plantar foot pain. Skeletal Radiol 2008; 37: 267-269. 3.Barros MVL, Labropoulos N. Plantar Vein Thrombosis: Evaluation by Ultrasound and Clinical Outcome. Angiology 2010; 61(1):82-5. 4.Kyrle PA, Eichinger S. Deep vein thrombosis. Lancet 2005; 365: 1163-1174. Autores: Drs. Cristiane Wosny, Marco da Cunha Pinho, Marcelo de Maria Felix, Alcino Alves Barbosa Júnior – Hospital Albert Einstein, São Paulo. Melanose neurocutânea Trata-se de afecção congênita rara caracterizada pela presença de grandes ou múltiplos nevos melanocíticos cutâneos congênitos associados com melanocitose leptomeníngea intracraniana. Foi descrita inicialmente por Rokitanski em1861, em uma adolescente de 14 anos, com nevo congênito, retardo mental e hidrocefalia, mas somente em 1948 este termo foi empregado por Van Bogaert. A maioria dos casos é esporádico e ocorre preferencialmente em caucasianos sem predilação por gênero. Em 1972, Fox propôs critérios diagnósticos para a MNC que foram revisados recentemente. Critérios diagnósticos da MNC 1) Nevos congênitos múltiplos ou grandes em associação com melanose ou melanoma das meninges. Os nevos devem ter mais que 20 cm de diâmetro em adultos. Em neonatos e crianças: 9 cm na cabeça ou 6 cm no corpo. Múltiplos se referindo a três ou mais lesões. 2) Sem evidência de melanoma cutâneo, exceto em pacientes cujas lesões meníngeas examinadas sejam histologicamente benignas. 3) Sem evidência de melanoma meníngeo, exceto em pacientes cujas lesões cutâneas examinadas sejam histologicamente benignas. A melanose neurocutânea possivelmente decorre de um erro congênito na formação da crista neural durante o desenvolvimento embriológico, onde as células precursoras dos melanócitos cutâneos e leptomeníngeos, conhecidos por melanoblastos, são formadas. Outras anormalidades congênitas, como má-formação de Dandy-Walker, síndrome de SturgeWeber e hipoplasia vermiana inferior, têm sido descritas em associação com MNC. Depósitos parenquimatosos de melanina mais comumente representam melanócitos ao longo dos espaços perivasculares. A porção anterior do lobo temporal, particularmente o corpo amigdalóide, é a localização mais frequente do acúmulo parenquimatoso melanocítico. Outros sítios incluem o cerebelo, o tálamo e a base do lobo frontal. O quadro clínico pode ser assintomático, mas usualmente sintomas e sinais associados a hipertensão intracraniana como hidrocefalia (66%), irritabilidade, letargia, vômitos recorrentes e crises epilépticas surgem antes dos dois anos de vida. Complicações como hemorragia subdural, siringomielia, aracnoidite espinhal e hemorragia intracraniana, distúrbios psiquiátricos, lesões intracranianas e compressões da medula espinhal também foram relatados. Apesar da confirmação do diagnóstico poder ser feita apenas por necrópsia, o diagnóstico presuntivo pode ser estabelecido por estudos de RM ou através de identificação de células melanoblásticas imaturas no líquido cefalorraquidiano. Achados de RM de melanose neurocutânea incluem focos (tipicamente 3 cm ou menor em tamanho) de alto sinal em T1 no parênquima cerebral e meninges. Estes focos são mais comumente encontrados no lobo temporal mesial (corpo amigdalóide), cerebelo e tronco encefálico. Realce leptomeníngeo tem sido relatado na MNC e quando associado a hidrocefalia pode sugerir acometimento leptomeníngeo difuso. Hipoplasia do cerebelo ponte pode ser vista e é geralmente associada com melanose nestes locais. A presença de realce em lesão leptomeníngea ou intraparenquimatosa tem sido correlacionada com degeneração maligna, porém alguns autores sugerem que realce em lesão nodular ou espessamento em placa são mais indicativos de degeneração maligna. Referências bibliográficas 1.Juang J.M, Silva A.C.L.G, Pires M.C., et al. Melanose neurocutânea. Relato de caso com melanoma maligno do sistema nervoso central. Rev Ass Med Brasil 1998; 44(1): 50-2. 2. Smith, AB ,• Rushing, EJ,. Smirniotopoulos, JG. Pigmented Lesions of the Central Nervous System: Radiologic-Pathologic Correlation. RadioGraphics 2009; 29:1503–1524.