Teoria e Prática
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Teoria e Prática
Teoria e Prática O conhecimento liberta da ignorância. Todavia, somente a aplicação do que se aprendeu liberta do sofrimento. Há uma expressiva diferença entre a teoria e a prática, em todos os segmentos da Humanidade. A teoria ensina, mas a prática afere o valor. Não basta saber. É imprescindível utilizar o que se conhece. O conhecimento amplia os horizontes do entendimento. A sua aplicação alarga as paisagens da vida. A mente conhecedora deve movimentar as mãos no uso desses preciosos recursos. Conhecimento valioso é aquele que pode mover essas conquistas em favor do bem de seu possuidor e do meio social em que este se encontra. A informação que não produz bênçãos e nem dispõe à ação útil é nula. Ao conhecer, você saberá que a sua renúncia auxilia a comunidade, sem que espere a abnegação dos outros em seu benefício. O conhecimento superior estimula à imediata atividade. O hábito de acumular informações sem finalidade prática facilmente se converte em presunção. Todo homem tem a obrigação de conhecer para viver em um mundo que cada vez mais se sofistica. Sem amor pelo conhecimento, ele logo se torna desatualizado e começa a viver do passado. Mas não basta se dedicar a assimilar informações dos mais variados setores da cultura humana. Simultaneamente, o homem deve praticar os salutares conhecimentos que armazena. O conhecer necessita contribuir para uma existência realizadora, humana e feliz. Sempre que ler, exercite a praticidade do contributo cultural que assimila. A vida terrena passa com muita rapidez e traz oportunidades que nem sempre se repetem. Movimente os seus recursos renovados pelas leituras que faz. Ao agir de forma lúcida em favor do progresso, próprio e alheio, você concretiza suas chances de paz e ventura. Conta-se que célebre monge budista, estudando determinado livro, descobriu que não era lícito utilizar a pele de animais para conforto pessoal. De imediato, levantou-se do catre e dali retirou o couro de urso que lhe servia de apoio macio sobre as ripas da cama áspera. Prosseguindo a leitura, encontrou assinalado que a pele dos animais eventualmente poderia ser utilizada. Essa utilização seria lícita por parte de quem estivesse enfermo, esquálido ou envelhecido, a fim de ter diminuídas as penas e dores. Ato contínuo, recolocou o couro do urso no lugar de onde o retirara, deitou-se sobre ele e continuou a ler. * * * É preciso estudar e aprimorar o intelecto constantemente. Contudo, conhecimento que não se transforma em utilidade pode ser qual um sepulcro caiado por fora. Embora a beleza exterior, oculta podridão e morte por dentro, na forma de orgulho e ostentação. Pense nisso. Redação do Momento Espírita com base no cap. 17, do livro Momentos de felicidade, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal. Em 06.07.2010.