APLICAÇÕES DA HIPNOSE m 6IEC0L0GÍA

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APLICAÇÕES DA HIPNOSE m 6IEC0L0GÍA
APLICAÇÕES DA HIPNOSE m 6IEC0L0GÍA
Or. DAVID AKSTEif.
Em todas as condições psicogênicas tratadas dentro desta e s p e c i a l i d a d e , a
rapia é
psicote
a terapêutica p r i n c i p a l . Diz mesmo, PLATONOV que, nestes casos, a p s i c o t e r a p i a
é o único meio de tratamento patogênico. Não só os distúrbios psicogênicos, mas
os orgânicos, podem ser i n f l u e n c i a d o s por t a l terapêutica, quando f a t o r e s
também
psicológicos
intervêm modificando para p i o r o quadro. I s t o f o i o b j e t o de estudos por p a r t e de
VAN, que descreveu a importância de f a t o r e s psicológicos i n f l u i n d o no desenvolvi
no curso de doenças ou sintomas ginecológicos. Mostrou e l e cono estes
DONO
monto
stMam
f.í*r>roc
e
co
cno, por exemplo, quando são p r a t i c a d o s h i s terectomi as .
A h i p n o t e r a p i a pode t e r enorme sucesso na restauração do d e l i c a d o e q u i l T b r i o pçiro
neurendócrino
da mulher, quando afetado p r i n c i p a l m e n t e por causas psicológicas.
A sugestão hipnótica e a hipnose prolongada são armas soberanas para todos
os
c£
S O S que iremos t r a t a r .
Muitas das afecções aqui estudadas poderiam ser melhor cuidadas se merecessem
mesmo tempo a atenção de um g i n e c o l o g i s t a
ao
e de um p s i q u i a t r a . Na apreciação dos d i s t u ^
bios da menopausa somente abordaremos os casos mais leves, não os evoluídos para a cais
franca neurose e para a psicose. Estes serão tratados no capítulo r e f e r e n t e ã
t r i a , bem como os casos de f r i g i d e z psicógena, os quais devem ser cuidados
Psiquia
prevalente
mente por um p s i q u i a t r a conhecedor da s e x o l o g i a .
Deixaremos também de abordar aqui o emprego da hipnose na c i r u r g i a
pois uma apreciação s u c i n t a já f o i f e i t a no capítulo precedente.
(•)
Capítulo do l i v r o , no p r e l o , de " H i p n o l o g i a " Vol I I , do a u t o r .
(**)
Fundador e Ex-presidente da Sociedade B r a s i l e i r a de Hipnose Médica.
ginecológica
DISMENORRflA P S I C O G F N I C A
Inúmeros magnetizadores e h i p n o t i s t a s a n t i g o s como o barão O U POTET e mais tarde ,
WETTERSTRANS. FONTAN, S E G A R D , ALFREDO BARCELLOS e o u t r o s , r e f e r i r a m - s e ao tratamento da
dismenorréIa.
O u l t i m o , b r a s i l e i r o , curou pela sugestão hipnótica uma paciente portado
ra de menstruação dolorosíssima que já durava sete anos.
O tratamento da dismenorréia psicogênica tem s i d o sempre o b j e t o da maior
atenção
dos h i p n o t e r a p e u t a s . KROGER, por exemplo, sceit» a t e o r i a de que as mulheres com
insta
b i l i d a d e emocjonal são mais susceptíveis à dor. De acordo com AMBROSE e SEWBOLO,
deve-
ser f e i t o um completo exame ginecológico para se e x c l u i r qualquer causa orgânica do di£
gnóstico. Estes autores afirmam que em muitos casos a sugestão d i r e t a bastará para
uma
cura, após não muito grande número de sessões. ERY também assim o f a z , no tratamento da
dismenorréia psicogênica, empregando sugestões hipnóticas d i r e t a s para i n d u z i r
s i a e para d i m i n u i r a tensão, além de i n s t r u i r a paciente na auto-h1pnose.
analgeKROGER e
FREED aconselham o uso da hipnose, levando em consideração que são fracos os resultados
do tratamento hormonal das dismenorréias.
Para SOLOVEY e MILECHNIN
o f a t o r psicológico tem um v a l o r muito s i g n i g i c a t i v o
em
muitos casos de menstruações dolorosas, nos quais são se encontra causa orgânica evideji
t e , ou se encontra uma causa orgânica de importância duvidosa, por exemplo, uma pequena anormalidade na posição do útero, ou um pequeno c i s t o de ovário, que são
insignifj_
cantes em relação com as lesões que o u t r a s mulheres toleram p e r f e i t a m e n t e .
ABREZOL c i t a ce-^-os seus e de o u t r o s colegas europeus, nos quais o b t i v e r a m grande sucesso mediante o uso de s u g e s t i t e r a p i a , relaxação e persuasão. ZORAVOMiSLOV, c i t a d o
PLATONOV, r e l a t o u um grande número de casos desta natureza t r a t a d o s pala
por
hipnoterapia.
Devemos acrescentar que no tratamento da dismenorréia psicogênica p e l a
hipnose
ê
de grande importância o estabelecimento de um a l t o l i m i a r da s e n s i b i l i d a d e d o l o r o s a . S £
bcmos
que este l i m i a r é diminuído em c e r t a s condições nervosas, cansaço, fome, e t c .
Por i s o , nesses casos.o tratamento pela hipnose prolongada deve s e r o desejável,
pois,
além de e l e v a r o umbral da s e n s i b i l i d a d e d o l o r o s a , proporciona o d e b i I i t a m e n t o ou a ex
tinsão das ligações patológicas côrtico-v!scerais. Assim o tem f e i t o C E P E L A K e
HOS^
K O V E C . Eles têm p r e f e r i d o f a z e r a hipnose prolongada èm g e r a l duas vezes por d i a , às 9
horas e às 14 horas, sendo que a p a c i e n t e desperta espontaneamente umas 2 a 3 horas de
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po i s.
A sugestão hipnótica, s e j a em hêtero-hipnose ou seja em auto-hipnose,
produzindo
a n a l g e s i a , e e x t i n g u i n d o a tensão e o espasmo, tem s i d o usada com bons r e s u l t a d o s .
O simples auto-relaxamento, p r a t i c a d o umas q u a t r o vezes por d i a , pode a l i v i a r e
eli-
minar as dores durante o menstruo.
LEUCORRÉIA PSICOGÊNICA
Também os a n t i g o s hipnostas como L I E B E A U L T , W E T T E R S T R A N O
e muitos o u t r o s ,
aborda
ram e t r a t a r a m desta condição patológica. Como r e s u l t a d o de um mais evoluído conhecinien
to da sua patogenia, os casos de leucorréia esta espécie passaram a merecer maior
ateji
ção dos h i p n i a t r a s .
Vários autores têm apresentado casos deste tipó de leucorréia curados pela
hipno
se. Assim, ERICKSON curou diversos casos de leucorréia pela hipnose, que foram refratãr i o s a o u t r o s métodos terapêuticos. ROGERS, a p l i c a n d o somente uma p s i c o t e r a p i a
superfj_
c i a i , curou dois casos deste t i p o de leucorréia. Para KROGER, esta leucorréia,
caract£
rizada por uma p e r s i s t e n t e descarga mucosa, está na dependência de c o n f l i t o s mentais.
Certos f a t o r e s podem determinar a formação da leucorréia neurogênica:
ejaculação
precoce do marido, masturbação, excitações sexuais, determinadas emoções e o u t r o s .
gundo
AMBROSE e NEWBOLD, as emçções que aparecem nestes momentos servem para
l a r as glândulas v a g i n a i s para p r o d u z i r a sua secreção e, assim, apresentar a
réia.Dizem estes autores
que a prova da importância dos f a t o r e s mentais e
Se
estimu
leucor^
emocionais
na e t i o l o g i a deste t i p o de leucorréia é o f a t o de poder aparecer durante sonhos
erótj_
cos.
Observamos que quando f a t o r e s emocionais se tornam ligados ã descarga vaginal - C £
da vez mais, por condicionamento mais f o r t e s - mais p e r s i s t e n t e é a leucorréia
difícil é a sua cura.
e mais
ROGERS c i t a o caso de uma p a c i e n t e , que t i n h a condicionado o apa
recimento daquela descarga ã presença de um homem que e l a desejava sexualmente. Diremos
mais, que o u t r o s elementos t n t e r c o r r e n t e s podem também se t o r n a r condicionantes no
sencadear daquela descarga vaginaI .Assim,tivemos uma paciente que t i n h a grandes
gas,que e l a imediatamente notava,no i n s t a n t e de qualquer grande emoção,
d£
descar^
aparentemente
não l i g a d a ã e s f e r a sexual.Poctanto,possivelmente um condicionamento de 2-ordem.KROGER,
muito sensatamente clama por um estudo psicológico
mais profundo, bem como uma
avalia
çio estatística dos r e s u l t a d o s o b t i d o s , para que se possa d e f i n i r p e r f e i t a m e n t e a
leu
c o r r e i a neurogênica.
AHENORRCIA PSICOGÊNICA
i
Foi e l a também o b j e t o de i n t e r e s s e de vários a n t i g o s magnetizadores e h i p n o t i s t a s .
7
Já o. a n t i g o magnetizador LAFONTAINE d e s c r e v i a os passos necessários àquela cura. Também
o famoso barão OU POTET déla se ocupou,dizendo que no seu tratamento h a v i a
de magnetizar três ou q u a t r o d i a s antes da época na n a t u r a l
necessidade
. ..
LIEBEAULT, BERNHEIM, FONTAN, SEGARD, SPERLING, GARCARD, BRIAND, WETTERSTRANO e VOI
SIN demonstraram de maneira cabal que a terapêutica s u g e s t i v a podia i n f l u e n c i a r a
men£
truação. VOISIN, por exemplo, conseguia bons r e s u l t a d o s sugerindo a p a c i e n t e com ameno£
réia deste t i p o , que d e n t r o de t a n t o s d i a s , âs t a n t a s horas e l a s t e r i a m suas regras.Com
e f e i t o , i s t o aconteceu, conforme três observações r e l a t a d a s por JOIRE.MEDEIROS e
ALBU
QUERQUE usava e s t a mesma estratégia, e uma o u t r a , bem i n t e r e s s a n t e , em que deixava a pa
c i e n t e h i p n o t i z a d ? a decisão de dar a data do aparecimento da menstruação. Assim,
d i z i a ã p a c i e n t e que sabia que e l a i r i a
mos t r i n t a d i a s ,
" ser de novo menstruada d e n t r o d o s m a i s próx!
mas ignora a data exata e quer que e l a d i g a .
la como uma decisão f a t a l
ele
Se e l a d i s s e r ,
aceitá-
irrevogável. Se e l a não d i s s e r , sugerí-ta: — Admira que não
e s t e j a vendo que a data de sua p r i m e i r a menstruação será a . . . "
DUNBAR, montrou a importância dos f a t o r e s sócio-psicológicos na amenorréla
l a b i l i d a d e do sintoma ê provada pela rapidez com que e l e pode desaparecer por
extrema
meio
de
uma simples sessão de hipnose. Esta a u t o r a c i t a também o caso de uma mulher, c u j o c i c l o
menstrual e r a de três semanas, que com uma sessão hipnótica apenas, passou a ser
perma
nentemente de q u a t r o semanas.
Não só a amenorréla psicogênica, mas tairibém a oligomanorréla da mesma origem podem
'
ser t r a t a d a s pela terapêutica hipnótica
ções:
traumas r e r v o s o s , ansiedade,
inúmeras causas podem determinar aquelas condJ_
medo ( de e n g r a y i d a r - s e , por exemplo ) , e t c . Entre
os traumas nervosos estão comumente aqueles r e s u l t a n t e s da compreensão f a l s a «cerce
da
função s e x u a l , por mã educação e por r e l i g i o s i d a d e e x c e s s i y a .
Alguns autores têm dado também como causa deste t i p o de amenorréla a f a l t a de r e l a
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ções sexuais por muito tempo. AMBROSE e NEWBOLD referem-se a casos de amenorréia
em mu
lher«« Internadas em canHm de concei<-ração durante a Segunda Grande Guerra Mundial, com
duração de meses e, mesmo, de anos, que foram dramaticamente cwradas ante a chegada das
tropas de libertação. Dizem também estes autores que algumas moças, quando entram
para
um h o s p i t a l para se prepararem para a profissão de enfermeiras podem t e r uma súbita ame
norréia f r e n t a a un ambiente ao qual elas não estão ainda f a m i l i a r i z a d a s .
Mesmo a sugestão d i r e t a tem a oportunidade de alcançar õtimos resultados nos casos
da anenorrêla psicógena. Muitas vezes, a menstruação normal, em c i c l o s de q u a t r o
na«,
é ur^ questão d« educação ou reeducação f u n c i o n a l .
Assim, por sugestões
^^"li.
diretas
podemos, i n c l u s i v e , determinar o d i a e iiora para a eclosão de descarga menstrual e
béffl a duração da mesma. Em g e r a l , t a i s pacientes s u j e i t a s a estes
«as sob o ponto de v i s t a hipnótico.
car
tam
distúrbios são õti_
E n t r e t a n t o , em algumas mais rebeldes, podemos aplj^
as sugestões t n d i r e t a s , fazendo também uma boa p s i c o t e r a p i a r a c i o n a l e x p l i c a t i v a
e
procurando vencer as causas determinante*, com v i s t a s a uma cura permanente.
NETftORIWCIA riMCtONAL
Já em 1851,
LAFONTAINE apresentava um caso de cura desta condição patológica por
meio do " seu" magnetismo.
Também LICBEAUL, BERNHEIM, VOISIN,
S E G A R O . VAN REMTERGHEM, VAN EEOEN,
gia« u t e r i n a s neurogênicas.
WETTERSTRANO. FONTAN,
FOREL e o u t r o s , conseguiram o b t e r a cura de hemorra
FOREL, por exemplo, r e l a t o u a cura desta condição em
um.>
moça, que devido ao seu extremo estado de anemia e exaustão i a abandonar o seu emprego.
O grande h i p n o t i s t a suíço,apôs h i p n o t i z a r a sua p a c i e n t e , s u g e r i u a suspensão
imediata
da menstruação, tocando-lhe no b a i x o v e n t r e e dizendo também que o sangue i a r e f l u i r pa
ra os braços e as pernas.
O sangramento cessou em poucos minutos.
Segundo
MEDEIROS c
A L B U Q U E R Q U E , s u p r i m i r a menstruação é sempre mais fácil do que provocã-la.
Certas condições nervosas t e n s i o n a i s podem determinar a produção destas
hemorragj^
as uterlnas:proxímidades de exames e s c o l a r e s , querela e n t r e namorados, atos s o c i a i s
im
portantas, a t e .
PodaaKMT d i a a r como PIERRE ABRAMI. célebre p a t o l o g i s t a c i t a d o por LAFITTE. que: "Es^
tudar os distúrbios f u n c i o n a i s é. sobretudo, estudar a
açóas nervosas na economia".
Influência preponderante
das
DUNBAR, AMBROSE e NEWBOtD, SARBIN e o u t r o s , têm estudado e d e s c r i t o as técnicas do
t r a t a m e n t o hipnótico da hemorragia f u n c i o n a l u t e r i n a . -FIGUEIRA r e l a t a o caso de uma nw
ça que, aos 19 anos de idade, se lhe apresentou com m e t r o r r a g l a f u n c i o n a l , tendo já se
submetido a todos os exames e tratamentos sem r e s u l t a d o .
Sua doença s e i n i c i o u
desde
pouco tempo depois da menarca.
>
A p a c i e n t e f o i t r a t a d a mediante sugestões m i n i s t r a d a s e n estado de relaxação
hi£
nótica ( que a a u t o r a chama de sofrônica), que a t i n g i u nível profundo. E l a usou as
g u i n t e s sugestões, e n t r e o u t r a s :
"Esses vasos sanguíneos que estão produzindo
g e n i t a l , se fec"am convenientemente,
impedindo a perda anormal, f a c i l i t a n d o a recupera-
ção de todo o seu organismo, e t c . " Na p r i m e i r a semana a p a c i e n t e submeteu-sè
sessões,
a
três
na segunda, as duas seguindo-se uma. sessão por semana. Após d o i s meses, foram
o b t i d o s c i c l o s de 6 d i a s em 3 0 , com plena recuperação psico-física da p a c i e n t e . O
trole
se
sangue
con-
durante os d o i s anos s e g u i n t e s p e r m i t i u v e r i f i c a r e s t a r a paciente apresentando
c i c l o s de 5 d i a s em 3 0 .
As sugestões d i r e t a s são realmente e f i c i e n t e s em um bom número de p a c i e n t e s . E^
tretanto,
sabendo-se que sobre as condições i n i c i a i s podem cavalgar o u t r o s condiciona
<nentos, é f o r a de dúvida que em muitos casos aquelas sugestões não têm uma ação
e f i c i e n t e ou duradoura.
Por e s t a razão, faz-se m i s t e r que se conheçam
multo
os f a t o r e s i n i
c i a i s desencadeadores daquela disfunção para que, sobre os mesmos, possamos a t u a r com a
nossa p s i c o t e r a p i a .
C i n t e r e s s a n t e r e l a t a r brevemente ao caso de uma senhora com hemorragia u t r i n a fun
c i o n a l , i n t e r n a d a na SANTA CASA DE MISERICÓRDIA, aos cuidados do OR. INDALÉCIO IGtESIAS
( Já f a l e c i d o ) .
guimos
DALÍCIO.
Iniciamos o seu tratamento empregando a média hipnose prolongada.
Se
o curso do seu t r a t a m e n t o por dois d i a s , sendo após, seguido-pelo próprio O r . l t i
Durante uns dez d i a s a p a c i e n t e esteve sob aquele tratamento e j á no
passou a não t e r mais hemorragia. F o i - l h e dada a l t a do Serviço, em
início
boas condições.Toda
v i a , i n f e l i z m e n t e , não mais se obteve notícias da p a c i e n t e .
Reputamos muito mais seguro o tratamento pela hipnose prolongada, que irá a t u a r pe
la produção de inibição
p r o t e t o r a e eliminação dos' r e f l e x o s condicionados
pato1óg_i
cos.
Devemos chamar a atenção dos h i p n i a t r a s para os escrúpulos que devemos t e r ao l a n çarmos mão da h i p n o t e r a p i a para e s t e s t i p o s de tratamento: somente após c m ^ l a t o
- 30 -
exame
pelo especialista,
quando todas as o u t r a s causas, d i t a s orgânicas, forem a f a s t a d a s ,
é
que devemos i n i c i a r a nossa atuação.
TENSAO PRÉ-MENSTRUAL
Nas pacientes em que a t e r a p i a clássica f a l h a r , é de todo o i n t e r e s s e se fazer
hipno-sugesti t e r a p i a ou, melhor ainda,
tores
a liipiiose prulongadv<. Z
^ouiou
,>
H^-C .a.-iados l a
psicológicos atuam profundamente na mulher neste período; a sua resistência ne£
vosa ê mais débil e o equilíbrio côrtico-visceral é extremante a f e t a d o .
Pará este equ_i_
líbrio, para a cura da t e n s i o pré-menstrual, o sono prolongado hipnótico é o tratamento
soberano.
E , na r e a l i d a d e , p e l o descanso da c o r t i c a l idade, aonde vêm t e r as influênc^.
as do meio e x t e r i o r e do meio i n t e r i o r ( órgãos, glândulas, e t c ) , que conseguimos
ob
t e r uma cura duradoura deste e de o u t r o s distúrbios f u n c i o n a i s .
ESTERILIDADE PSICOGÊNICA
Desde há multo que se tem conhecido este t i p o de e s t e r i l i d a d e .
a esterilidade
JOIRE já d i z i a que
podia ser r e a l ou aparente;que este último t i p o e r a essencialmente
c i o n a l , dependia do " equilíbrio g e r a l do sistema nervoso ".
veram curas de d i v e r s a s casos desta condição.
LlíBEAULT e VOISIN
KROGER tem mostrado a importância do .es
pasmo tubário r e s u l t a n t e de estados emotivos na produção da chamada e s t e r i l i d a d e
gênica. Outros a u t o r e s , como
FRIEDGOOD e
furi
obtj^
RUBENSTEIN, têm também d i s c u t i d o este
psico
tipo
de estéril idade.
£ sabido que o espasmo tubário pode aparecer em c e r t a s mulheres nervosas,
tando muitas vezes a Insuflação tubária, a q u a l ,
nestes caos, pode ser melhor
sob a ação do p e n t o t a l sódico ou de o u t r o barbitúrico endovenoso.
tem s i d o usada para
A hipnose
dificuj_
feita
também
este f i m .
VOLLMER acha que se o espasmo tubário f o r prevenido por meio de s e d a t i v o s , estando
a mulher quase que dormindo
da a g r a v i d e z .
durante as realações s e x u a i s , ê possível que s e j a conseguj,
Porém, KROGER pensa que o emprego das sugestões põs-hipnóticas
durante o c o i t o terão melhor êxito, pois o relaxamento das trompas será mais
ro.
atuando
duradou
Tem s i d o observado que muitas mulheres casadas, t i d a s como astareis.apôs algum tem
- 31 -
po de adoção de uma criançd, engravidam-se. I s t o tem s i d o ol'servado muitas vezes.
mesmos,
Nós
tivemos uma colega que, alguns meses após t e r aclotado uma criança observou,
admirada, e s t a r grávida'.
Desde há muitos anos que a sua
comprovada e c e r t a . . . AMBROSE e NEWBOLD explicam que t a i s
" esterilidade
" era
coisa
"es t e r i 1 idades" são, em par
t e , devidas a uma errónea a t i t u d e com r e s p e i t o ã questão sexual desde a infância
e a
adolescência por p a r t e de jovens casais. A t i m i d e z , o acanhíimenlo, a i n t r a n q u i l i d a d e , o
c o n c e i t o de que aquele
ato é
" f e i o " , geram um estado de tonsão durante a cópula, que
conduz ao espasmo das trompas de F a l l o p i o impedindo a fecundação.
razoável, este <?stado n i o é mudado, não havendo
Se, após um
tempo
o aparecinento de g r a v i d e z , então apa
rece um novo e i n q u i e t a n t e problema, causa de ansiedade,que é o medo da e s t e r i l i d a d e .
Desta forma se estabelece um verdadeiro c T r c u l o v i c i o s o que destrói as
de uma g r a v i d e z .
possibilidades
Explicam aqueles autores que quando a mãe "estéril" resolve
adotar
.^ma criança, seus temores e ansied.ides são grandemente a l i v i a d o s , produzindo, em
conS£
guência, durante o c o i t o relaxação tubária.
O espasmo das trompas de F a l l o p i o tem s i d o também exper i menta liren te provado
observação f e i t a mediante uma injeção de l i p i o d o l , o qual p r o g r i d e onde antes f o r a
pela
es
p a s t i c o e o b l i t e r a d o , após sedação medicamentosa ou hipnose da p a c i e n t e .
Para a t e s t i r a importância que tem os f a t o r e s psicogênico; no espasmo das
trompas
de F a l l o p i o , levando ã e s t e r i l i d a d e , podemos aqui r e l a t a r o i n t e r e s s a n t e caso de nossa
paciente N . l . de 30 anos de idade, p r o f e s s o r a de curso primíirio, casada há q u a t r o
sem t e r Jamais engravidado.
ram
anos
Os exames e s p e c i a l i z a d o s a que e l a e seu marido se submet£
não denot..ram qualquer anormalidade i m p e d i t i v a da fecundação.
A p a c i e n t e v e i o nos p r o c u r a r pela seguinte razão: s o f r i a de insónia rebelde, ansie
dade, tensão e f o r t e depressão; e r a obsessiva e
e na e s c o l a , o que lhe causava
preocupada com os seus afazeres no l a r
uma tensão que se prolongav;i até a hora de dormir. Med_i_
dada com ànsiolftico ( Librium=benzodiazepina ) e a n t i - d e p r c s s i v o ( Stelapar » t r a n i c i j _
promina + s t e l a z i n e ) , e submetida a uma série de sessões semanais de relaxamento.
A paciente passou também a fazer auto-relaxamento em sua casa,
conforme nosso mé
todo.
Apôs c i n c o meses de tratamento e l a obteve a l t a , mas continuava a p r a t i c a r
regula^
mente o auto-relaxamento.
Três meses depois, mostrando
a
a l e g r i a estampada no r o s t o , informou-nos que e s t a
va grávida.
PSEUOOCIESE OU GiUWIDEZ I H A G I N A I ^ Í A
E ufli quadro bastante c u r i o s o e de extremo i n t e r e s s e em que a amenorréia está
pre
sente além de o u t r o s sintomas como a pigmentaçio e o aumento dos s e i o s , pi rose, vómitos
e aumento do abdomem, em geral por gases e por excessivo desenvolvimento do
painculo
adiposo, podendo mesmo, a paciente chegar em ocasiões a t e r as "dores do p a r t o " .
Por v o l t a de I89O, no B r a s i l , já o Or. SILVA SANTOS ( c i t a d o por FAJARDO),
empre
gava com bons r e s u l t a d o s as sugestões hipnóticas em um caso de gravidez imaginária.
Diversos autores têm se r e f e r i d o , desde há muito, aos bons r e s u l t a d o s do emprego
sugestões hipnóticas nesta condição
djs
patológica.H. VIGDOROVICH, de Leningrado, confonví
r e l a t a PLATONOV, durante 20 anos curou, mediante a sugestão hipnótica 126 casos de gr£
v i d e z imaginária.
É um estado l i g a d o indubitavelmente ã auto-sugestão por p a c i e n t e neurótica, em ge
r a l histérica, de acentuada d e b i l i d a d e c o r t i c a l .
O h i p n o t e r a p e u t a somente deverá encetar o v e r d a d e i r o e d i r e t o tratamento da pseudo
ciese após e s t a r seguro da aceitação pela paciente por meio de uma p s i c o t e r a p i a explic£
t i v a r a c i o n a l , em vigília, das causas r e a i s do seu estado. O tratamento hipnótico de^e
rá compreender, além da repetição da p s i c o t e r a p i a r a c i o n a l e x p l i c a t i v a , a aplicação
de
sugestões tendentes a fazer desaparecer os sintomas.Ao mesmo tempo,sugestoes também de
vem
s e r dadas para a obtenção da r e g u l a r i d a d e mentrual e da adpatação da p a c i e n t e
r e a l i d a d e . Devemos e s c l a r e c e r
mente vencendo
.ã
que essa p s i c o t e r a p i a deverá s e g u i r por estágios,graduaJ^
a a r r a i g a d a auto-sugestão da paciente.Devemos lembrar que devemos tirá-
l a de uma situação que para e l a ê real,agradável e desejável, e levá-la para a sua v e ^
dadeira situação, geralmente insatisfatória e i n f e l i z . O médico jamais deverá
colocar
no ridículo os seus sintomas, mas sim tratá-la como uma doente que n e c e s s i t a de
forte
apoio compreensão e a f e t o .
O número de' sessões é variável de indivíduo para indivíduo, de acordo com a
ção
dos sintomas e a resposta
obtida.
dur£
- 33 ~
PRURIDO
VULVAR
PSICOGENICO
Distúrbios enxjcionais podem dar origem ao p r u r i d o
dos a u t o r e s . Assim entende
v u l v a r segundo os mais
abaliza
ROSEN, que t r a t a esta condição em uma série de sessões
noterápicas, procurando vencer a causa emocional.
hi£
'
O p r u r i d o v u l v a r , muitas vezes , é consequência da periianência longa do c o r r i m e n t o
v a g i n a l , (que pode t e r o r i g e n s
d i v e r s a s ) , o qual por irritação l o c a l , leva ao p r u r i d o ;
o p r u r i d o v u l v a r , depois de fortemente i n s t a l a d o , tem uma tendência a permanecer apesar
de todas as medidas terapêuticas e dietéticas.
A causa, i s t o é, o c o r r i m e n t o , pode desaparecer, mas a conexão condicionada patolô
gica.com ponto de p a r t i d a na região v u l v a r e sua correspondente zona de reflexão no c6r_
tex,
tem a p o s s i I i b i I i d a d e de se manter graças à persistência da estimulação
excitató
ria.
Alguns autores a c r e d i t a m em uma causa que nos parece lógica para muitos casos.
As^
sim, c e r t o s p r u r i d o s neurogenicos v u l v a r e s se i n s t a l a m em muitas pacientes com f o r t e an
siedade devida ã masturbação, â qual e l a s recorrem, como um meio para alívio da
tensão
sexual. P o r t a n t o , é a tensão s e x u a l , o a u t o - e r o t i smo e também a iras turbação atuando
cO
mo causas desencadeantes do p r u r i d o v u l v a r neurogênico. Se a causa decorre da tensão se
x u a l , então é lógico que após debelarmos o p r u r i d o devemos o r i e n t a r a paciente para
c o n t r a r uma solução para a causa básica daquela
en
tensão.
O tratamento em todos os casos de p r u r i d o v u l v a r psicogênico deve ser g l o b a l , i s t o
é, deve-se empregar todos os recursos necessários, conforme as características de
cada
caso. A medicação ansiolítica deverá ser sempre empregada, comuir«nte ã base de
benzo
diazepínicos, a qual visará a abolição da ansiedade, da tensão e do p r u r i d o ; as
suge£
toes hipnóticas e pós-hipnóticas terão por função a normalização da região ou sua
t e s i a : a hipnose
prolongada,
o sono
medicamentoso e o sono
ane£
reflexo-condicionado te
rão por o b j e t i v o o d e b i I i t a m e n t o e a abolição do r e f l e x o condicionado patológico.
Assim, por exemplo, quando empregamos sugestões hipnóticas e
SOS antigos
põs-hipnóticas em c£
deste t i p o de p r u r i d o , muitas vezes os r e s u l t a d o s são nulos ou pouco produ
centes, p o i s a concexão
patológica já está firmemente e s t a b e l e c i d a . A melhor t e r a p i a ,
no caso, será a hipnose prolongadá;a maior produndidade hipnótica deve ser
desejável.
Não sendo o b t i d o o grau profundo, então deveremos i n d i c a r a p a c i e n t e para o sono p r o l o n
- 34 ~
gado r e f l e x o - c o n d i c i o n a d o ou para o medicamentoso. Foi o que ocorreu com uma
nossa
c i e n t e de c e r t a idade, portadora de um p r u r i d o v u l v a r há mais de s e i s anos. Era
pa
pouco
suscetível ã hipnose, e as sugestões no estado h i p n o i d a l nenhum e f e i t o t i v e r a m . F e i t o
sono medicamentoso prolongado,
o
f i c o u completamente curada daquele p r u r i d o .
VAGINISMO
O vaginismo r e s u l t a de uma anormal resposta condicionada
ta resposta se apresenta
através da f o b i a ao a t o de c o p u l a r , na l u t a contra a plena
trega amorosa ou no medo condicionado
cu
da violação. Para FUCHS e Col . , ê o r e s u l t a d o d(>
um d e f e i t u o s o desenvolvimento psico-sexua1,
desencadeando um processo fõbico c que podo
ser comparado com a impotência no homem. O vaginismo,
t e r i z a d o petas
aos estímulos s e x u a i s . E:;
dizem e l e s , é c 1 ín i camei to
c-írac
contrações espásticas da v a g i n a e dos músculos do assoalho pélvico.
e
adução das coxas como uma r e a ç a o c o n t r a o a t o sexual. Consequentemente, a penetração d.»
vagina
torna-se
impossível ou difícil, e dolorosa. Por i s s o , a d i s p a r e u n l a - dor profun
da na vagina, ao c o i t o - acompanhada comumente o v a g i n i s n K j , o q u a l , por seu t u r n o aconipa
nha geralmente a f r i g i d e z .
Algumas p a c i e n t e s , como medida terapêutica, tem mesmo, que ser d e f l o r a d a s
cirurgi
camente, t a l a d i f i c u l d a d e que podem apresentar desde o início do casamento.O vaginismo,
segundo aqueles a u t o r e s , é
t r a t a d o com a p a c i e n t e em estado de
rela
xação hipnótica, " i n v i t r o " e " i n v i v o " . Tanto no p r i n i e i r o como no segundo usa'ii a h i p
no- dessensibilização, sendo que " i n v i t r o " a paciente é subn)etida a uma
zaçáo sistemática através
d'.'^son-, i b i I i
de visualizações das carícias amorosas e do a t o s e x u a l , " i n
v i v o " , e l e s instruem a paciente na auto-hipnose,
e e l a , depois de observar q j e pode
pe
n e t r a r um de seus dedos na vagina, é levada, desta vez, a penetrá-la com uma v e l a d<' he
gar, de igual diâmetro. A p a c i e n t e , em seguida, é i n s t r u i d a p . i r a , em sua casa,
na vagina a vela de Hegar
duas vezes ao d i a , após a indução da
inserir
to-h i pnose. Na v i s i t a
s e g u i n t e , o médico pede licença ã paciente para, e l e mesmo, i n i i o d u z i r a vela de
Hcjar
em sua vagina. Sem que e l a note, uma vela de diâmetro um pouco maior é i n t r o d u z i d a .
A
paciente repete a auto-penetração sem notar que o d i l a t a d o r já ê um pouco maior. Assim,
vai sendo f e i t o até que d e n t r o de 7 a 10 dias a paciente está hábil para i n t r o d u z i r
vela de Hegar de 27-28 mm. Neste estágio, é pedido ã paciente para colocar <j
o
dil.itdifor
-.56
-
estando e l a em posição v e r t i c a l . Após i s t o , e l a é informada que está
lacões sexuais adotando a posição s u p e r i o r . O marido ê o r i e n t a d o
apta para
t e r re
separadamente,explican
do que e l e deverá adota um papel passivo no início e deixar t o t a a i n i c i a t i v a para
a
sua mulher.
Eles o b t i v e r a m êxito em 37 das
5 anos, de 35 p a c i e n t e s , r e v e l o u uma
pacientes t r a t a d a s . I\o f e i t a , de
conduta sexual
1 a
normal.
OEXEUS t r a t a do vaginismo com o auxílio da a n a l g e s i a hipnótica (que e l e
denomina
sofrônica).Assim, na presença do esposo e l e i n t r o d u z um molde de acrílico " de
adequado " na vagina da paciente
paciente manter-se
tamanho
h i p n o t i z a d a . Em seguida, i;le emprega sugestões para a
relaxada durante as próximas relações s i ! x u a Í 5 t a l como durante o mo
mento da introdução do molde de acrílico.
A paciente ê des i pnot i zada, sendo e l a informada
que sua relaxação p e r m i t i u a pas^
sagem do molde sem d i f i c u l d a d e e sem mal e s t a r . O molde ê então r e t i r a d o , e
mostrado ã
paciente e ao seu esposo, fazendo-os convencer da poss i b i 1 i cjade de e f e t u a r a cópula.
O a u t o r d i z que deve-se também m i n i s t r a r uma p s i c o t e r a p i a ampla e segura,
além de
um completo interrogatório clínico prévio.
FRIEDMAN, c i t a d o por GRANONE, d i s t i n g u e três
diferent>;s t i p o s de
personalidade
nas mulheres que sofrem de vaginismo: o da bela adormecida do bosque sempre
à
espera
do príncipe que venha libertá-la de seus tabus; o da g u e r r e i r a B r u n i l d a que não deseja
submeter-se
ao homem e o
da rainha das abelhas, que quer os f i l h o s , mas não o macho.
D I S T O B I O S DA MENOPAUSA
O período de involução ou climatério i n i c i a - s e e n t r e o:; ' 4 O e 50 anos de idade, po
dendo se estender até os 60 anos. Este período vai desde o momento em que a
das glândulas sexuais começa a d e c l i n a r até o
atividade
i n s t a n t e em que cessa t o t a l m e n t e . A
mu^
Iher ainda capacitada para a v i d a moderna a g i t a d ^ , ao perceber que está e n t r a n d o e m uma
fase da existência que s i g n i f i c a envelhecimento, pode ser tomada de súbito estado de at\
gústia e depressão.
Sabemos, pelos t r a b a l h o s de BIKOV sobre
glândulas e o córtex
glândulas
o equilíbrio cortiço - v i s c e r a l , que
as
c e r e b r a l se regulam mutuamente. Devido também ao f a t o de todas as
de secreção i n t e r n a se i n f l u e n c i a r e m
reciprocamente, o quadro clínico .dos
fenómenos de insuficiência hormonal da menopausa é multo variável; o sistema
I n t e i r o está desajustado devido ã Insuficiência
se fazem responsáveis
endócrino
de hormónios, e as ligações ao
córtex
pelos Inúmeros distúrbios: insónia, ondas de c a l o r , suores
abun
dantes, palpitações, n e v r a l g i a s , v e r t i g e n s , p r u r i d o v u l v a r , espasmos vascuiares,transtor_
nos a r t i c u l a r e s , craurose v u l v a r , neurose e psicose.
A adoção pelo g i n e c o l o g i s t a de uma hormonioterapia J u d i c i o s a a l i a d a ao sono
hipno
t i c o prolongado parece-nos ser a t e r a p i a mais r a c i o n a l , pois que e 11 s l o i o g i ca ,al cançar»
do-se,assim, mais f a c i l m e n t e , o equilíbrio córtico-visceral. Todavia, i n f e l i z m e n t e , nem
todas as pacientes têm p o s s i b i I idades,principalroente devido ãs
t r a t a r e m pela hipnose prolongada. Assim, levando
suas ocupações, para se
em conta estas d i f i c u l d a d e s , o
t i s t a poderá
empregar sessões de sugestões hipnóticas, dando ainda ã paciente
sono de meia
a duas
KROGER,
horas
hipno
pequeno
de duração.
c o n t r a r i a n d o muitos (>ontos de v i s t a , a f i r m o u
ser
de pouco v a l o r a a t ^
ação hormonal em c e r t o s distúrbios da menopausa. Assim, por exemplo, e l e observou
mulheres sofrendo as p i o r e s
ondas de c a l o r tinham
dos, como f o i demonstrado p e l o t e o r de cornificação
vou, ao contrário, que aquelas que
mente passavam pela menopausa
se deve
associar
t r a n q u i l i z a n t e , sendo que a Junção de o u t r o s
e os a n t i - psicóticos
medicainentosa tem ensejado
psicofármacos, como
os
( quando houver componentes depressivos ou psj_
com o g i n e c o l o g i s t a ( v e j a em
que
deve
Neuro p s i q u i a t r i a ) . To
simplesmente a h i p n o t e r a p i a ,
sem qualquer
ajuda
excelentes r e s u l t a d o s , ãs vezes surpreendentes pela rapidez
da cura. £ o que podemos observar nos exemplos que
se seguem.
J.V., 50 anos de idade, b r a s i l e i r a , casada, doméstica, branca. Com vários
b i o s da menopausa: insónia, palpitações, m i a l g i a , " t o n t e i r a s ao andar depressa",
de prisão
ob^
uma pequena quantida
cóticos no quadro), ficará sempre na dependência da avaliação do p s i q u i a t r a ,
sempre t r a b a l h a r de comum acordo
hi£
de relaxamento nestes distúrbios.
que o g i n e c o l o g i s t a medique a paciente para
t e r o seu equilíbrio hormonal. Em muitos casos
d a v i a , em um r e g u l a r número de casos
frequente
importância da t e r a p i a pela sugestão
nosso método
Na maior p a r t e das vezes é necessário
adequ£
v a g i n a i s .Obser^
ondas de c a l o r .
Nossa experiência tem mostrado a grande
anti-depressivos
de seus esfregaços
mostravam acentuada cornificação v a g i n a l
l i v r e s das
nótica, pela hipnose prolongada e pelo
de de medicação
geralmente níveis hormonais
que
dislúr^
além
de v e n t r e ( tomando s u l f a t o de sódio para evacuar o v e n t r e d i a r i a m e n t e ) . Já
- 37 _
após a p r i m e i r a s e s s i o
de h i p n o t e r a p i a , quando se revelou uma ôtima p a c i e n t e , tinha to
dos os seus sintomas desaparecidos, i n c l u s i v e a constipação
i n t c s t i n a l . A p ô s uma
série
de sessões f o i considerada curada.
M.F.S., U2 anos de idade, b r a s i l e i r a , s o l t e i r a , domestica,preta.Apresentando
restes ia e alguma dor no s e i o esquerdo, dormência no braço
lor.Amenorréia ã
três meses. I n i c i a d o
exclusão de qualquer
obteve um grau leve
o tratamento por sugestões
hipnóticas, após a
malignidade no s e i o esquerdo. Jã após a p r i m e i r a sessão, que
de hipnose,
deprimido, libertã-la da
Após
hipe
do mesmo lado e onda de ca
a segunda sessão
conseguiu-se l e v a n t a r o ânimo da p a c i e n t e que
hiperestesia,
atenuar a dor do s e i o e a dormência do
apresentou-se l i v r e de todos
se
estava
braço.
aqueles distúrbios. Hais duas se£
soes foram f e i t a s , consolidando-se a cura.
M. C. P.,
IfS anos de idade, b r a s i l e i r a , casada, doméstica, parda. Além de
sintomas o c o r r e n t e s ( ondas de c a l o r , insónia, a e r o f a g i a ) , apresentava-se com .uma
outros
hiper
tensão de Mx 22- Mn I 1 .
Apôs somente três sessões,em hipnose profunda, teve
alguns do seus
sintomas des£
parecidos e o u t i o s bem atenuados. A sua pressão a r t e r i a l ,
t r a t a d a por um
especialista
que empregou medicação a n t i - h i p e r t e n s i v a r o t i n e i r a , manteve-se em Mx.l3 • Mn.8.
A.C.O., 'i'» anos de idade, b r a s i l e i r a , s o l t e i r a , domes t i ca, branca. Sentia um
ape£
to na garganta, dor no lado d i r e i t o do pescoço ( s i c ) , ondas de c a l o r .
Já na p r i m e i r a sessão, quando se obteve a hipnose profunda,a p a c i e n t e pôde
ficar
l i v r e daqueles sintomas. No d i a s e g u i n t e , nova sessão. Antes da mesma estava com
cef£
léia, dor no pescoço, ondas de c a l o r , "nervosismo". Após- a sessão; sem os sintomas.
o u t r o d i a relatou-nos e s t a r sem qualquer o u t r o s o f r i m e n t o além
d i r e i t o do pescoço. Submetida
sintoma
mais
novamente
No
lado
sem qualquer
molesto. Mais algumas sessões e demos a l t a ã p a c i e n t e .
Três meses depois
do para
ã hipnose profunda, deixamo-la
de pequena dor no
v a r r e r a casa)
a p a c i e n t e nos procurou com dores lombares ( após ter se abajxa
e cefaléia. Referiu-nos
também,
nessa mesma ocasião,
nunca
t e r s i d o incomodada por aqueles sintomas t r a t a d o s anteriormente.Fizemos nova »e£
são hipnoterápica
- 33 -
e novamente a p a c i e n t e
deixou a nossa Clínica l i v r e da sintomas
da
sagradâveis .
A p a c i e n t e , como f a c i l m e n t e se pode observar por sua variável s i n t o m a t o l o g i a
lou-se-nos como características
observado
nitidamente h i s ter i forrres . Aliás,
associarem-se sintomas histéricos a quadros
capítulo r e f e r e n t e ã
NEUROPSIQUIATRIA
reve
muitas vezes
tenos
de distúrbios da menopausa.
é estuda com detalhes essa associaçio
No
patolõgj^
ca.
M. V. C ,
'45 anos de idade, b r a s i l e i r a , casada, doméstica, parda. Insónia,
de c a l o r , ânimo deprimido
de hipnose profunda,
anos
depois
tunidade
No
e constipação crónica i n t e s t i n a l . Submetida a s e i s
viu-se l i v r e
esta paciente
em que se r e f e r i u
campo da Ginecologia
completamente daqueles
sintomas
nos procurou trazendo uma sua f i l h a
e s t a r , até então,
ondas
sessõ:'^
iixalestos. Quat^u
para tratat;iento, cii-fj;
completamente curada.
a hipnose pode ser ainda a p l i c a d a em diversas
condições como enxaqueca menstrual ( * ) , no alívio de
certos
t i p o s de dores
outras
pélvicas,
em o u t r a s várias i r r e g u l a r i d a d e s menstruais, assim como na ajuda a c e r t o s diagnósticos:
exair.es ginecológicos
veis como certos
bária;
em pacientes nervosas
como meio de exclusão
(*) Tivemos um caso
te o
menstruo,
e tensas; exames dolorosos
toques e apal pações, i ntrodução
de
ou
desagrada
especulo v a g i n a l , e insuflação t t j
das condições de origens psicogênica ou histérica.
em que desde a p r i m e i r a sessão
de h i p n o t e r a p i a , f e i ta
não mais apareceu a enxaqueca, a qual f o i f r e q u e n t e durante
durari
muitos
meses.
- 39 -
RESUMO
O autor
descreve
no seu t r a b a l h o ( um dos capítulos do I I ? volum?
l i v r o " H i p n o l o g i a " ) todas as mais conhecidas aplicações
Principalmente para os que se i n i c i a m
d i f i c u l d a d e s desta aplicação
da hipnose
de seu
na g i n e c o l o g i a .
na h i p n o t e r a p i a , as amplas p o s s i b i l i d a d e s e as
na g i n e c o l o g i a
são, de imediato, mostradas.
SUMMARY
The
gia"
author
describes
i n h i s work ( one o f the chapters of h i s boolc" Hipnolo
, V o l . I I ) a l i the b e t t e r known
cially
applications
o f hypnosis i n gynecology
f o r those who s t a r t w i t h hypnotherapy, the ample poss ib i I i t ies
c u l t i e s o f i t s a p p l i c a t i o n s i n gynecology
Espe
and the
diffj^
are cleãrly shown.
RESUME
L'auteur décrit dans son t r a v a i l ( l'un des c h a p i t r e s du 11^ volunne de son
l i v r e " Hipnologia " ) toutes l e s a p p l i c a t i o n s de 1'hypnose en gynécologie
les plus corj
nues.
Principaiement pour ceux qui s ' i n i t i e n t en hypnothérapie, les amples
possibj^
lités e t l e s difficultês de c e t t e a p p l i c a t i o n en gynécologie s o n t , d'immédiat,montrées.
«
~ 40 ~
V «
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