Provas Escrita e de Proficiência
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Provas Escrita e de Proficiência
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação Centro de Ciências Naturais e Tecnologia Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais – Mestrado PROCESSO SELETIVO – 2015 PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS AMBIENTAIS EM NÍVEL DE MESTRADO ACADÊMICO BOLETIM DE QUESTÕES Prova Escrita e de Proficiência em Inglês Nº DE INSCRIÇÃO CPF PROPESP – Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação DAA – Diretoria de Acesso e Avaliação Belém – Pará Janeiro de 2015 INSTRUÇÕES AO CANDIDATO Leia com atenção as instruções a seguir: 1. A duração desta prova é de 04 (quatro) horas, exceto para os candidatos portadores de necessidades especiais cuja duração da prova é 05 (cinco) horas (Aviso Circular do MEC – 277/96 e Portaria 1679/99). 2. NÃO ESCREVA O SEU NOME NO BOLETIM DE QUESTÕES. Ele deverá ser identificado apenas na folha de rosto com seu número de inscrição e CPF. 3. O Boletim de Questões, destinado à prova escrita e de proficiência, é constituído de: folhas destinadas às questões relativas à prova escrita; folhas destinadas às questões relativas à prova de proficiência; quatro folhas destinadas ao rascunho (use-as se você assim o desejar). Não serão fornecidas folhas adicionais; as folhas de rascunho não deverão ser retiradas do Boletim de Questões. 4. Verifique se o Boletim de Questões, destinado à prova escrita e de proficiência, contém algum defeito. Em caso positivo, solicite ao aplicador que proceda a troca por outro. 5. As respostas das questões deverão ser feitas na mesma folha, logo abaixo do comando da questão e no espaço delimitado. 6. Para responder as questões, use apenas caneta esferográfica de tinta azul ou preta. 7. Ao concluir a prova, entregue o Boletim de Questões ao aplicador. 8. Assine a lista de presença à prova escrita e de proficiência na linha correspondente ao seu nome, do mesmo modo como foi assinado no seu documento de identidade. 9. É terminantemente proibida nesta prova: a comunicação entre os candidatos; a consulta a qualquer tipo de material diferente do estabelecido no Edital do Processo Seletivo; a utilização de qualquer aparelho eletrônico, inclusive telefones celulares, que deverão ser desligados durante o período de realização da prova. 10. O candidato será eliminado caso sua prova: seja escrita a lápis ou de forma ilegível; contenha nome ou marca que a identifique; contenha qualquer tipo de ofensa aos membros da banca examinadora e a outros; incorra em qualquer uma das situações descritas no item 9. 2 1. (2 pts.) – De acordo com o artigo “Educação ambiental a partir da valorização da cultura regional do estado do Pará”, de Silva et al. (2013), analise e responda as questões a seguir: (a) Cite as concepções ambientais em que o artigo se baseia. (b) Que concepção ambiental está baseada nas seguintes palavras: mudança comportamental, técnica, solução, desenvolvimento sustentável? (c) Após análise das histórias em quadrinhos de A Turma do Açaí, produzidas por Pinheiro (2013), foi constatado o predomínio de que concepção de Educação Ambiental? (d) Qual a concepção de Educação Ambiental retratada na Figura? Fonte: Pinheiro (2013). 3 2. (2 pts.) – A perda de biodiversidade na Amazônia é tratada nas questões a seguir. Segundo o texto “Estratégias para evitar a perda de biodiversidade na Amazônia”, de Vieira et al. (2005), a sociedade brasileira recebe, anualmente, a estimativa de perda de floresta na Amazônia por meio da taxa de desflorestamento divulgada pelo Inpe. O que não se conhece é o quanto de recursos naturais se perde a cada quilômetro quadrado de floresta destruída. A perda de biodiversidade é a principal consequência do desflorestamento regional e é, também, totalmente irreversível. Sempre é possível evitar a erosão dos solos e recuperar corpos d’água e ciclagem de nutrientes utilizando sistemas ecológicos simplificados, mas é impossível trazer de volta espécies extintas. Quanto ao texto mencionado acima, responda as questões a seguir: (a) O que visa a proposta do desmatamento zero, abordada no texto de Vieira et al. (2005)? (b) As áreas públicas na região Amazônica podem ser classificadas em dois grupos: as que já tiveram um destino definido e as que não o tiveram, e nesse contexto: Quais são as que já tiveram um destino definido? Quais são as que não tiveram seus destinos definidos? Segundo Vieira et al. (2005 ), a integração das ações de ciência e tecnologia passa pelo desenvolvimento de grandes projetos temáticos via criação e expansão de redes de colaboração interinstitucional amazônica. Projetos temáticos deste tipo precisam ser desenvolvidos por um consórcio de organizações que formem grupos de pesquisa multidisciplinares. A princípio, seis projetos seriam apoiados, devendo estar distribuídos de acordo com a proposta de divisão geopolítica da Amazônia de Becker (2001) que distingue três grandes unidades sub-regionais: a Amazônia oriental e meridional, que abarca o arco do desmatamento, a Amazônia central e a Amazônia ocidental. Essa distribuição dos projetos-piloto permitirá cobrir, de forma adequada, a maioria dos padrões de uso da terra da região. (c) Quanto ao assunto abordado, descreva a distribuição dos 6 (seis) projetos propostos pelos autores. 4 3. (2 pts.) – Esta questão aborda os artigos: “Meio século de mineração industrial na Amazônia e suas implicações para o desenvolvimento regional” e “É possível superar a herança da ditadura brasileira (19641985) e controlar o desmatamento na Amazônia? Não, enquanto a pecuária bovina prosseguir como principal vetor de desmatamento”. Com base no artigo, “Meio século de mineração industrial na Amazônia e suas implicações para o desenvolvimento regional”, de Monteiro (2005), analise e responda os itens (a) e (b) a seguir: (a) Segundo o texto, “Certos procedimentos que envolvem a valorização de recursos minerais podem representar gravíssimos problemas ambientais”. Para o autor, no momento em que se pratica a valorização de recursos minerais, a sociedade e mesmo os próprios responsáveis pelas atividades desconsideram um importante princípio. Que princípio é esse? (b) Sob a ótica do acesso aos inputs (insumos) energéticos, que recursos naturais existentes na região foram decisivos para a instalação na Amazônia de unidades industriais destinadas à transformação industrial de bens minerais que efetivam a produção de alumínio primário, de silício metálico e de ferrogusa? De acordo com o artigo “É possível superar a herança da ditadura brasileira (1964-1985) e controlar o desmatamento na Amazônia? Não, enquanto a pecuária bovina prosseguir como principal vetor de desmatamento”, de Meirelles Filho (2014), responda os itens (c) e (d) a seguir: (c) Do que trata o Decreto-Lei n. 1.164/71? (d) O autor informa que “o boi, energeticamente, é o animal mais ineficiente que a humanidade poderia escolher.” Cite 3 (três) fatos que corroboram com esta afirmação. 5 4. (2 pts.) – Esta questão abrange dois artigos: “Clima e endemias tropicais” e “Manifestações neurológicas em ribeirinhos de áreas expostas ao mercúrio na Amazônia brasileira”. Com base no artigo de Barros (2006), intitulado “Clima e endemias tropicais”, responda os itens (a) e (b) a seguir: (a) Como o autor relaciona a natureza com a terceira Lei de Newton? (b) Cite e explique os quatro pilares que apoiam o paradigma do desenvolvimento. Em atenção ao artigo “Manifestações neurológicas em ribeirinhos de áreas expostas ao mercúrio na Amazônia brasileira”, de Khoury et al. (2013), responda os itens (c) e (d) a seguir: (c) A Tabela apresenta um pequeno fragmento de uma maior disposta no texto em epígrafe. Interprete os resultados sobre as queixas da população relacionadas ao sistema nervoso dispostas nesta Tabela, com base no valor de p. Barreiras São Luiz do Tapajós Furo do Maracujá Sintomas Valor de p [n = 78 (%)] [n = 30 (%)] [n = 49 (%)] Dificuldade para engolir 6 (7,7) 4 (13,3) 8 (16,3) 0,59 Cefaleia 65 (83,3) 27 (90,0) 42 (85,7) 0,78 Alteração de memória 49 (62,8) 13 (43,3) 31 (63,3) 0,02 Adormecimento das mãos 28 (35,9) 4 (13,3) 21 (42,9) 0,03 Fonte: Khoury et al. (2013), com modificações. (d) O que os autores sugerem para auxiliar na prevenção de acometimentos neurológicos em populações expostas ao metal? 6 5. (2 pts.) – “Logística reversa no comércio eletrônico: um estudo de caso” e “As moedas dos índios: um estudo de caso sobre os significados do patrimônio arqueológico para os moradores da Vila de Joanes, ilha de Marajó, Brasil” são temas tratados na presente questão. De acordo com o artigo “Logística reversa no comércio eletrônico: um estudo de caso”, de Araujo et al. (2013), responda os itens (a) e (b) a seguir: (a) Cite e explique 2 (duas) novidades introduzidas na fase 3 da empresa estudada. (b) Qual a principal limitação deste trabalho? Cite 2 (duas) consequências relacionadas a esta limitação. Com base no artigo “As moedas dos índios: um estudo de caso sobre os significados do patrimônio arqueológico para os moradores da Vila de Joanes, ilha de Marajó, Brasil”, de Bezerra (2011), responda os itens (c) e (d) a seguir: (c) De acordo com Bezerra (2011), “Os moradores da vila de Joanes se dividem em relação ao interesse por esse conjunto de coisas que formam o patrimônio arqueológico”. Cite 3 (três) concepções dos moradores a esse respeito. (d) Cite os fatores que mais contribuem para a degradação do patrimônio? 7 Biopiratary From the capture to prison The animals you see behind the bars of the zoos, in the circus shows, sleeping in pet shops or swimming in aquariums do not belong to the man-made captive species, but are captured in their own natural environment. The capture methods are very violent and cruel, and often involve killing the parents or other member of the group of a young individual while they try to defend their offspring. The traffickers profit from the poverty of the locals and convince them for a few dollars to catch and give them animals, most of the times endangered ones. After being captured the animals are put into cages for days, without water or food, until they reach the western merchants. Due to the stress, denutrition and aggressive behaviours caused by overcrowded cages, only 10 to 50% of the animals arrive alive to destination. Many animals don't even survive to the capture and to the time just after that. Once arrived at destination animals have to face new climatic conditions and an inadequate nutrition. The stress is so severe that many animals, particularly in circus and zoos, let themselves die. Fish from south American rivers are sorted out in Bogotà and Florida. They are left without food for weeks. Loaded on an aeroplane in pressurised bags, only 5% gets to destination. Some fish are fished in tropical seas using faked coral reefs. Less than a half arrive alive to European aquariums. The legal and illegal traffic How do animals get to Europe? Parrots are captured in Amazonian forests, stop in the States before getting to Europe, where they go through some sorting centres like Holland. Iguanas from the farms in central America travel to the Sates, where they attend a 3 days quarantine, stuffed with antibiotics. The exotic animal boom also lives on a traffic run by organised criminality. It's a millions of Euro business, just behind the drug and weapon traffic. You can find illegally imported animals with faked documents in markets or by certain agencies. In order to make a regular sale the animal needs to be delivered together with a particular certificate called CITES, and a receipt. The CITES can be falsified or it can belong to a dead animal. There are then animals which cannot be sold, like some small monkeys, because of the Ebola virus. If they are found by the authorities they end up in primate recovering centres or in zoos, and like the other sequestred exotic animals, they cannot go back to the wild because there isn't money enough. Another example is the Trachemys-case, the red striped terrapins that threaten the European ones by colonising their territory. The import had been prohibited by law, but they still come to Europe going through Holland. The animal products market Beside the live animal commerce, there also is a flourishing market of skin, horns, tusks, claws, internal organs extracts (like gland extracts) and much more. Combs, jewels, knick-knacks made of turtle carapace, elephant's tusks, zebra's and leopard skin, shark tooth, shells, seastars and seahorses, ivory things, are just few examples of a stupid fashion made with animal body parts. Capture and killing methods are particularly cruel since what counts in this market it's just a part of the animal and not the alive being. It's about careless poachers that have little time and cannot always wait until the animal is dead before skinning it or taking the parts that they need. The last data from KWS (Kenya Wildlife Service) reveal that local poaching is increasing with a rhythm of 5% yearly. An average of an elephant every hour is 8 killed for the ivory of its tusks. The products coming from protected species (leopard, turtle, ocelot, elephant, rhino) cannot be legally imported, unless it's possible to prove that they come from authorised breeding farms. Human vanity reaches the extent of buying dried monkeys hands or heads to use them as knickknacks, in order to satisfy the greed of "unique and exotic objects". International Organization for Animal Protection (OIPA). Disponível em: http://www.oipa.org/international/exotic/introduction.html. Acesso em: 06/01/2015. Com base no texto acima, responda as questões a seguir, em Português. 1. (2 pts.) – Qual é o objeto do comércio mencionado e quais materiais são comercializados? 2. (2 pts.) – Que informações os dados do Kenya Wildlife Service revelam? Qual é o trâmite do tráfego de papagaios para Europa? 3. (2 pts.) – O que acontece com animais que não podem ser vendidos, como pequenos macacos, quando são encontrados pelas autoridades? 9 Marine defaunation: Animal loss in the global ocean BACKGROUND Comparing patterns of terrestrial and marine defaunation helps to place human impacts on marine fauna in context and to navigate toward recovery. Defaunation began in earnest tens of thousands of years later in the oceans than it did on land. Although defaunation has been less severe in the oceans than on land, our effects on marine animals are increasing in pace and impact. Humans have caused few complete extinctions in the sea, but we are responsible for many ecological, commercial, and local extinctions. Despite our late start, humans have already powerfully changed virtually all major marine ecosystems. ADVANCES Humans have profoundly decreased the abundance of both large (e.g., whales) and small (e.g., anchovies) marine fauna. Such declines can generate waves of ecological change that travel both up and down marine food webs and can alter ocean ecosystem functioning. Human harvesters have also been a major force of evolutionary change in the oceans and have reshaped the genetic structure of marine animal populations. Climate change threatens to accelerate marine defaunation over the next century. The high mobility of many marine animals offers some increased, though limited, capacity for marine species to respond to climate stress, but it also exposes many species to increased risk from other stressors. Because humans are intensely reliant on ocean ecosystems for food and other ecosystem services, we are deeply affected by all of these forecasted changes. Three lessons emerge when comparing the marine and terrestrial defaunation experiences: (i) today’s low rates of marine extinction may be the prelude to a major extinction pulse, similar to that observed on land during the industrial revolution, as the footprint of human ocean use widens; (ii) effectively slowing ocean defaunation requires both protected areas and careful management of the intervening ocean matrix; and (iii) the terrestrial experience and current trends in ocean use suggest that habitat destruction is likely to become an increasingly dominant threat to ocean wildlife over the next 150 years. OUTLOOK Wildlife populations in the oceans have been badly damaged by human activity. Nevertheless, marine fauna generally are in better condition than terrestrial fauna: Fewer marine animal extinctions have occurred; many geographic ranges have shrunk less; and numerous ocean ecosystems remain more wild than terrestrial ecosystems. Consequently, meaningful rehabilitation of affected marine animal populations remains within the reach of managers. Human dependency on marine wildlife and the linked fate of marine and terrestrial fauna necessitate that we act quickly to slow the advance of marine defaunation. Timeline (log scale) of marine and terrestrial defaunation. The marine defaunation experience is much less advanced, even though humans have been harvesting ocean wildlife for thousands of years. The recent industrialization of this harvest, however, initiated an era of intense marine wildlife declines. If left unmanaged, we predict that marine habitat alteration, along with climate change (colored bar: IPCC warming), will exacerbate marine defaunation. Douglas J. McCauley; Malin L. Pinsky; Stephen R. Palumbi; James A. Estes; Francis H. Joyce. Marine defaunation: Animal loss in the global ocean. Science 16 January 2015: Vol. 347 no. 6219. DOI: 10.1126/science.1255641. (Com adaptações). 10 Com base no texto acima, responda as questões a seguir, em Português. 4. (2 pts.) – Quais as lições que emergem quando se compara as experiências de perdas de fauna terrestre e marinha? 5. (2 pts.) – A perda de fauna tem sido menos severa nos oceanos do que na terra. Nesse sentido, por que a preocupação dos cientistas com os oceanos? 11 RASCUNHO 12 RASCUNHO 13 RASCUNHO 14 RASCUNHO 15