PáGInA 5 PáGInAs 8 e 9 PáGInA 14

Transcrição

PáGInA 5 PáGInAs 8 e 9 PáGInA 14
Revista Produtor Itambé w ano 1 w número 6 w junho de 2010
Remetente CCPR/Itambé - Rua Itambé, 40 - Floresta. Belo Horizonte/MG. CEP 30150-150 - PAC
foto: gilson de souza
LEIA MAIS: Alunos do projeto APIC/
UFMG realizam visitas técnicas a
cooperados da Coopercentro
Página 5
DESTAQUE: Conheça a história e o
trabalho da Cooperativa dos Produtores de Leite de Esmeraldas
E AINDA: Compre as vuvuzelas e
vista a camisa verde e amarela, a
corrida rumo ao hexa vai começar!
Páginas 8 e 9
PÁGINA 14
Novas idéias
No mês de maio, comemoramos 61
anos de criação da CCPR/Itambé.
Não faltavam motivos para uma comemoração festiva, mas decidimos
por comemorar realizando uma
reunião de trabalho com a presença dos presidentes das nossas cooperativas singulares, quando lançamos novos projetos e programas
que darão uma melhor perspectiva
no relacionamento da Cooperativa
Central com cada uma das singulares e com os seus cooperados.
Queremos atuar em velhos temas,
com ações inovadoras.
“Com ciência,
credibilidade,
liderança e
união estamos
construindo
hoje parte do
nosso futuro”.
Lançamos o Programa Itambé de
Melhoramento Genético, que irá
possibilitar ao nosso cooperado
o acesso a fêmeas de qualidade
comprovada, produzidas por fertilização in vitro, em condições
financeiras atrativas. Também assinamos convênios com duas Unidades da Embrapa. Com a Embrapa
Gado de Leite lançamos o Projeto
Gestão Eficiente de Propriedades
Leiteiras e o Projeto Totem. Já
com a Embrapa Pecuária Sudeste,
lançamos o Projeto Irrigaleite. Assinamos nossa adesão ao Projeto
Agrotube, que tem o apoio da Fi-
nanciadora de Estudos e Projetos
– Finep, vinculada ao Ministério da
Ciência e Tecnologia. E anunciamos, ainda, a realização do Primeiro Encontro de Contabilistas
Itambé e o início da quarta etapa
do Projeto SAP.
Assim, atuaremos no melhoramento genético, irrigação de pastagem,
transferência de tecnologia, gestão
de propriedades e resgate da história de cada uma das nossas cooperativas. Também agiremos no suporte
técnico às cooperativas singulares
e na melhoria de gestão da própria
Central. Tudo isso, em parceria com
instituições e empresas respeitadas
e reconhecidas. Com ciência, credibilidade, liderança e união estamos
construindo hoje parte do nosso futuro. As próximas edições da Revista
Produtor Itambé trarão informações
sobre cada uma destas novas idéias
que estamos implantando.
Aonde Seu Leite Chega
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Cartas & Curtas
4
Giro Itambé
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Produção Sustentável
6e7
Cooperativa em Destaque
8e9
Nossa Gente
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Com a Palavra, o Técnico
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Informativo da Qualidade
12 e 13
Balaio Cultural
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foto: divulgação
Revista Produtor Itambé
Publicação mensal da
Cooperativa Central dos
Produtores Rurais de
Minas Gerais (CCPR/Itambé).
Jornalista Responsável
Diretoria
Orozimbo Souza Júnior – MG 10654/JP
Presidente:
Jacques Gontijo Álvares
Vice-presidente Administrativo:
Marcos Elias
Vice-presidente Comercial:
Valdinei Paulo de Oliveira
Vice-presidente de Abastecimento:
Carlos Batista Alves de Souza
Tiragem/Impressão
Equipe Responsável
Paulo Martins
Mônica Salomão
Priscila Martins
Mônica Salomão – MG 10543/JP
Diagramação
17.745 exemplares / Log Print
Publicidade
Priscila Martins – Tel: (31) 2126-3417
E-mail:
[email protected]
Colaboraram nesta edição
www.twitter.com/proditambe
Breno Cartaxo
Fernando Pinheiro
Flavio Luiz Fazenaro
Leandro Cardoso Sampaio
Telefone: (31) 2126-3418
Jacques Gontijo Álvares
Presidente da CCPR/Itambé
Revista Produtor Itambé, ano 1, número 6, junho 2010
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Itambé no maior São João do Brasil
foto: divulgação
Junho é mês de comer todas aquelas guloseimas típicas das
festas juninas que só de pensar já dá água na boca: pé-demoleque, canjica, cocada e muito quentão. E é claro que não
pode faltar a quadrilha com direito a casamento na roça.
Em Caruaru, cidade pernambucana conhecida pela maior
festa de São João do Brasil, as apresentações começaram no
dia 28 de maio e até o dia 29 de junho a festança rola solta.
E para adoçar ainda mais as comemorações, o município vai
contar com um carregamento reforçado de Leite Condensado Itambé, que tem nesta época a segunda maior venda do
ano na região. Ao todo, são comercializadas mensalmente
50 toneladas de produtos do mix Itambé, entre leite em pó,
creme de leite, doce de leite e achocolatado.
Os supermercados Atacadão, Bonanza e Bompreço são alguns dos pontos de venda de Caruaru abastecidos com a
linha de produtos Itambé, que vai tornar as comemorações
de São João ainda mais saborosas.
Quero nesta oportunidade, parabenizar a Família ITAMBÉ pela
iniciativa da criação dessa revista
fantástica! Estou fascinada com as
matérias publicadas! Espero que
ela continue crescendo cada vez
mais, pois é muito importante para
quem está no mercado agropecuário. Não esquecendo de ressaltar
a importância de outras matérias
formais. Um abraço a todos que fazem a revista.
Maria da Conceição Maciel Alves
Leitora e assinante
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Em Caruaru-PE, os produtos Itambé são encontrados
nos supermercados Atacadão, Bonanza e Bompreço
Cooperabaeté promove I Torneio
de Truco entre os Núcleos Cooperativistas
A disputa segue acirrada entre as
duplas que participam do I Torneio
de Truco entre os Núcleos Cooperativistas, promovido pela Cooperativa dos Produtores Rurais de
Abaeté e Região. A dupla vencedora de cada núcleo vai disputar
a segunda fase do torneio na Cooperabaeté e depois os ganhadores
seguem para Belo Horizonte, onde
irão representar a cooperativa no
Coopsports, evento organizado
pela Ocemg.
A primeira etapa do Coopsports
está marcada para o período de
6 a 8 de agosto, a segunda fase
acontece de 10 a 12 de setembro
e a final do campeonato no dia 25
do mesmo mês. Os jogos serão realizados no Sesc Venda Nova.
Participe também. Envie suas
críticas, elogios e sugestões para:
Revista Produtor Itambé
Rua Itambé, 40 – Floresta.
Belo Horizonte/MG
Cep 30.150-150 ou para o
nosso endereço eletrônico:
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Revista Produtor Itambé, ano 1, número 6, junho 2010
Coopercentro recebe projeto
APIC/UFMG em Guanhães
Foto: Augusto Nunes
Alunos de medicina veterinária da UFMG
visitam associados da Coopercentro
Promover a integração dos estudantes
com a realidade rural, possibilitando
a eles o aprimoramento técnico e a
oportunidade de levar ao produtor o
conhecimento gerado nos centros de
ensino e pesquisa. Essas são as propostas do Projeto APIC (Aulas Práticas
Integradas de Campo), desenvolvido
pelo Centro de Extensão da Escola de
Veterinária da Universidade Federal
de Minas Gerais (UFMG).
Por meio de parceria com a Cooperativa Regional dos Produtores do
Centro Nordeste Mineiro (Coopercentro), 43 alunos do 7º período e
cinco professores do curso de Medicina Veterinária visitaram, no período de 24 a 28 de maio, propriedades de produtores cooperados da
CCPR/Itambé. Antes de ir à campo,
o grupo orientado pelo professor de
Tecnologia em Inspeção de Leite e
Produtos Derivados, Marcelo Resende de Souza, passou pela fábrica da
Itambé em Guanhães/MG, onde são
fabricados leite em pó e manteiga.
Recebidos pelo médico veterinário
e gerente industrial Alexnaldo Alves
Dias, os estudantes conheceram toda
a parte estrutural da unidade, acompanharam o processo de fabricação
do leite em pó e, no Controle da
Qualidade, as análises físico-químicas realizadas na matéria-prima e no
produto acabado. “Como ex-aluno
da UFMG e por já ter participado do
APIC, fiquei muito feliz em receber o
grupo e possibilitar a eles a oportunidade de conhecer uma fábrica que
prima pela qualidade de produção”.
Para o professor Souza, essa troca
de experiências promove um conhecimento maior da realidade do meio
rural, impossível de ser aprendido
em sala de aula. “Essas visitas permitem que os alunos acompanhem
as rotinas produtivas e também observem a conduta dos professores
junto aos produtores”, avalia.
Divididos em grupos coordenados
também por professores das disciplinas de Bovinocultura de Leite,
Forragicultura, Medicina Veterinária
Preventiva e Nutrição, os estudantes percorreram 25 fazendas próximas ao município de Guanhães.
Para o estudante Henrique Pinho de
Freitas, a possibilidade de conhecer
a realidade do produtor rural e a diversidade dos sistemas de produção,
além de poder aplicar o conteúdo
teórico na prática foram os maiores
Revista Produtor Itambé, ano 1, número 6, junho 2010
ganhos dessa experiência. “É muito
importante levar ao produtor o conhecimento gerado na universidade.
Na prática, percebemos que muitos
problemas podem ser resolvidos com
medidas simples, muitas vezes de
baixo custo, que melhoram consideravelmente os índices zootécnicos e
a rentabilidade da produção”.
Na Fazenda Eldorado, localizada no
município de Frei Inocêncio, além
das orientações sobre criação de
bezerros e rotina de ordenha, o cooperado José Xavier Coelho Neto
foi aconselhado a aumentar a área
de sombreamento dos piquetes e a
adubar a pastagem para aumentar o
número de animais por área e, com
isso, alcançar maior produtividade
da terra. “Gostei muito de receber os
estudantes aqui, toda recomendação
que possa aumentar nossa produção
é muito bem-vinda”, avalia.
Todos os produtores que participaram
do projeto irão receber, via Correios,
um relatório com as recomendações
a serem seguidas a partir do diagnóstico de situação das fazendas.
Na avaliação do presidente da Coopercentro, Colifeu Andrade Silva,
a assistência técnica é a bandeira
mais importante de uma cooperativa. “A vinda dos alunos da UFMG,
que em pouco tempo estarão no
mercado de trabalho, foi de grande valia para que nossos produtores possam, daqui pra frente, melhorar o manejo, a alimentação e a
sanidade de seu rebanho leiteiro.
O diagnóstico já foi feito, agora
basta que eles sigam as orientações deixadas”, ressalta.
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Produtor reduz custos de produção
com irrigação de pastagem
fotos: gilson de souza
Jônadan Ma, cooperado da CCPR/Itambé
Ainda pouco explorada no Brasil,
a tecnologia de irrigação em pastagens vem caindo nas graças dos
produtores que precisam reduzir os
custos de alimentação do rebanho
leiteiro, um dos maiores gargalos da
produção, e aumentar a rentabilidade do negócio. No caso do produtor
Jônadan Ma, investir na implantação
do sistema de irrigação por aspersão
em malha em sua área de pastagem
foi o que possibilitou sua permanência na atividade.
Localizada em Conquista/MG, a Fazenda Boa Fé está situada em uma
região de terras férteis, com aptidão
para produção de grãos, principalmente soja, milho e cana-de-açúcar,
culturas cultivadas por sua família
desde 1973. A produção de leite,
em sistema confinado, começou em
1998, mas diante dos altos custos
para manter o rebanho recebendo
alimentação no cocho o cooperado
da CCPR/Itambé conta que em 2000
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se viu diante de duas possibilidades:
interromper a produção leiteira ou
fazer uso de alguma tecnologia que
o permitisse continuar na atividade.
“Como tinha interesse em continuar
produzindo leite, coloquei os custos
no papel e, felizmente, constatei
que com a implantação de um sistema de pastagem que pudesse ser
utilizado durante todo o ano o lucro
do leite por hectare seria maior do
que o das demais culturas”.
Com a comprovação de que a produção de leite a pasto, com sistema
de irrigação de malhas era a melhor
opção para diminuir suas despesas
com a alimentação do rebanho, o
produtor implantou 25 hectares de
pasto com Tifton 85, dividido em
dois sistemas de 22 piquetes rotacionados, um com áreas de 3.600
m² e o outro com 6.600 m². Desde
2001, quando começou a utilizar as
11 malhas de irrigação, a lotação
por piquete nas estações de prima-
vera e verão atinge lotação média
de 16 a 22 animais/ha e no outono/
inverno o espaço passou a alimentar até sete cabeças/ha. “Na época
das águas consegui diminuir integralmente os gastos com volumoso
e concentrado e na seca as despesas
foram reduzidas em 40%”.
O investimento com a implantação
do sistema de irrigação na Fazenda
Boa Fé, que hoje corresponderia ao
valor de R$ 2,5 a R$ 3 mil por hectare, foi pago em 18 meses. “Comparativamente, o custo de instalação do
sistema é o mesmo da produção de
um hectare de milho para silagem de
alta produtividade, com a ressalva
de que o milho tem que ser plantado
todo ano e a forragem não”, destaca
Jônadan. Segundo ele, a manutenção do equipamento é simples, envolve apenas cuidados com a bomba
e eventuais trocas dos aspersores; e
os custos com a utilização de energia
elétrica trifásica ficam em torno de
R$ 130/ha/mês, com potência média
instalada de 1,25 cv por hectare.
A água que irriga a pastagem da
Fazenda Boa Fé é oriunda de uma
represa da propriedade e sua utilização obedece a todas as especificações exigidas pelos órgãos de licenciamento ambiental. Satisfeito
com a decisão tomada há dez anos,
o cooperado faz um alerta aos produtores que pretendem intensificar
a produção de leite a pasto por meio
da irrigação. “Se a pessoa não sabe
manejar o pasto no sequeiro não
adianta implantar a irrigação. A irrigação só é viável para quem encara
a pastagem como uma lavoura que
precisa de cuidados diários”.
Revista Produtor Itambé, ano 1, número 6, junho 2010
Na ponta do lápis
Para produzir 1250 toneladas de Matéria Seca (MS) por ano em 25 hectares irrigados com Tifton 85, volume
para alimentar 230 vacas, o custo é
de R$ 106.250. Já para produzir a
mesma quantidade de uma boa silagem de milho (1250 toneladas de
MS) seria necessária uma área três
vezes maior (75 hectares) e os gastos subiriam para R$ 275 mil a cada
período de 12 meses.
Ao optar pela pastagem irrigada, o produtor Jônadan Ma alcançou uma economia em 25 hectares de R$ 168.750
por ano ou R$ 733 a menos na alimentação de cada vaca do seu rebanho.
Sistema de irrigação por aspersão em malha
CCPR/Itambé capacita técnicos em curso de irrigação em pastagens
Vinte membros do corpo técnico envolvidos com atividade de campo da
Cooperativa Central dos Produtores
Rurais de Minas Gerais (CCPR/Itambé) participaram do Curso Teórico-Prático de Manejo e Projetos de
Irrigação em Pastagens, ministrado
pelo pesquisador da Embrapa Pecuária Sudeste e doutor em Irrigação e
Drenagem pela Esalq/Usp Fernando
Campos Mendonça. No período de
10 a 14 de maio, os profissionais tiveram aulas teóricas e práticas realizadas no auditório da Cooperativa
dos Produtores Rurais de Sete Lagoas
(Coopersete) e na Fazenda Salvador,
do cooperado Mauro Vaz de Melo.
De acordo Mendonça, as principais
vantagens da irrigação são o aumento da receita e a redução do custo
de produção de leite. “Apesar dos
investimentos com a implantação da
tecnologia, o aumento da produtividade compensa com folga, pois ganhamos de dois a três meses a mais
por ano no tempo de utilização ple-
na da pastagem”, defende. Ainda de
acordo com ele, a irrigação também
é importante no período de inverno,
já que permite ao produtor fazer a
sobressemeadura com aveia e azevém, espécies forrageiras de maior
desempenho nos meses mais frios.
Na avaliação do líder de fomento
das regiões de Abaeté e Pompéu,
Júlio César Gama Dias, o curso não
apenas foi importante, como também serviu para mudar sua opinião
sobre o assunto. “O conhecimento que eu tinha sobre irrigação era
muito superficial e, por isso, eu não
acreditava muito nos benefícios desse recurso. Hoje penso que esse é o
melhor caminho para que muitos de
nossos produtores possam alcançar
melhorias na produção”.
Para o pesquisador, a capacitação
do corpo técnico promove o conhecimento e domínio de uma tecnologia que, aliada ao pastejo rotacionado e à adubação intensiva,
Revista Produtor Itambé, ano 1, número 6, junho 2010
foto: gilson de souza
Fernando Campos Mendonça, pesquisador da Embrapa Pecuária Sudeste
permitirá aos cooperados da CCPR
utilizar a irrigação com sabedoria
para obter excelentes resultados
econômicos e ambientais. “Econômicos devido ao aumento da receita líquida e ambientais devido
à menor necessidade de área para
produzir leite, o que facilita ao
produtor a demarcação das áreas
de proteção permanente e de reserva legal”, observa Mendonça.
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Coopes, 62 anos a serviço dos cooperados
fotos: gilson de souza
O posto da Coopes foi eleito um dos 12
melhores do país pela bandeira de
combustíveis que comercializam
A ata da 5ª Assembléia Geral Extraordinária da Cooperativa dos
Produtores de Leite de Esmeraldas
(Coopes), realizada em 31 de outubro de 1948 e que à época tinha
como presidente o cooperado José
de Lima Géo, traz a nomeação dos
delegados eleitos para representála na reunião de constituição da Cooperativa Central dos Produtores de
Leite de Belo Horizonte.
Essa comissão formada pelo então
presidente e pelos cooperados José
Saturnino da Costa, Rubens Costa Romanels e João Rennó Moreira,
juntamente com representantes das
cooperativas de Brumadinho, Pará de
Minas, Pedro Leopoldo e Sete Lagoas, escreveu importantes páginas da
história do leite no Brasil ao participar da fundação do sistema que mais
tarde ganharia o nome de Cooperativa Central dos Produtores Rurais de
Minas Gerais (CCPR/Itambé).
Em 1996, 48 anos depois da mencionada
assembléia, André Luiz Costa, filho do
diretor comercial à época José Saturnino da Costa, ocupou o mesmo cargo
do pai, dando início à sua trajetória na
Coopes. Em 2002, foi eleito presidente
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da cooperativa e hoje, ao lado do diretor executivo Geraldo Paiva da Silva,
cumpre seu segundo mandato.
Diante da proximidade com a capital mineira, a Coopes foi criada com
o propósito de vender o leite produzido para Belo Horizonte. E para isso
investiu alto ao adquirir um terreno
de 7.800 m² no centro de Esmeraldas para a instalação da sua sede.
Hoje com 30 funcionários e um estagiário, a cooperativa está entre os
maiores empregadores do Município
e abriga em suas dependências o armazém de produtos agropecuários e
veterinários, um posto de gasolina
– eleito em 2009 entre os 12 melhores do país num universo de cinco
mil estabelecimentos avaliados pela
bandeira de combustíveis que comercializam - e oito lojas alugadas.
O bom relacionamento e a parceria
com as outras entidades rurais trazem benefícios aos produtores, que
contam, na área de propriedade da
Coopes, com um posto da Cooperativa de Crédito de Esmeraldas; Associação Comercial, Industrial, Agropecuária e de Serviços de Esmeraldas
(Aciase); e com o Sindicato Rural do
Município. “Desde que deixamos as
divergências políticas de lado, o relacionamento com as outras entidades tem sido sempre muito bom. Isso
ajuda muito a desenvolver atividades
conjuntas em benefício do produtor.
Promover a interação do meio rural
é uma das ações que avaliamos como
mais importantes”, pondera o presidente André Costa.
Em uma das lojas alugadas pela cooperativa funciona a lanchonete da Associação dos Agricultores Familiares e
da Agroindústria de Esmeraldas, onde
são comercializados gêneros alimentícios processados e in natura. Formada por 22 membros, a Associação
recebe o acompanhamento da extensionista da área de Bem-Estar Social
da Emater Marisa Nogueira Souto
Camargos e, de acordo com ela, alguns fornecedores chegam a receber
três salários mínimos, por mês, com
as vendas. Como era de interesse da
cooperativa instalar uma loja que não
vendesse bebidas alcoólicas, o espaço
foi cedido gratuitamente ao grupo por
um ano, a título de experiência. De
acordo com o presidente da Coopes,
o retorno superou as expectativas já
que pessoas que nunca tinham visitado as dependências da cooperativa se
tornaram clientes assíduos, não só da
lanchonete, mas também do armazém e do posto de gasolina.
Para contribuir com o aumento da
segurança à população de Esmeraldas, a cooperativa vai ceder uma
loja à Polícia Militar de Minas Gerais para a instalação de um posto
de atendimento à comunidade. O
convênio já foi firmado e o funcionamento da unidade está previsto
para acontecer até o fim do primeiro semestre deste ano.
Revista Produtor Itambé, ano 1, número 6, junho 2010
Atenção ao pequeno produtor
Esq. para dir.: Geraldo Paiva da Silva,
Diretor Executivo, e André Luiz Costa,
Presidente da Coopes
Com faturamento mensal superior a
R$ 1 milhão, a Coopes tem 110 associados que fornecem diariamente
27 mil litros de leite captados em
Esmeraldas e Contagem. Os produtores contam com a assistência de um
médico veterinário e dos técnicos da
CCPR/Itambé Leonardo Augusto Moura Braga e Wandeir de Morais Pinto.
Segundo Costa, o mais importante
serviço oferecido pela cooperativa
é a atenção aos pequenos produtores que entregam menos de 200
litros de leite por dia e respondem
por 50% dos cooperados. “Desse total, 45% precisam da cooperativa e
aqui eles têm espaço garantido para
negociar e prazo para pagar as compras que fazem. Esse é o principal
ponto do trabalho social que a cooperativa desenvolve há 62 anos”.
Engenheiro agrônomo formado pela
Universidade Federal de Viçosa, o
presidente da Coopes diz que sempre que pode faz visitas aos seus associados, que aproveitam sua forma-
ção para pedir dicas sobre plantio.
“Quando chego a alguma fazenda é
comum o produtor pedir orientações
e com isso acabo fazendo consultas
grátis”, conta em meio a risos.
mento em tanques de expansão e,
para convencer os mais resistentes,
mostrei no papel os ganhos que já
haviam sido conquistados pelos novos adeptos”, lembra o dirigente.
Como membro do Conselho de Administração da CCPR/Itambé há 11 anos,
André Costa avalia que a fidelidade
dos cooperados à Central se deve à receptividade, segurança no pagamento
e nas compras, estabilidade e honestidade do sistema. Para ele, esses são
os fatores que diferenciam a CCPR dos
demais compradores e fazem com que
ela exerça um papel fundamental na
vida de seus associados. “Tenho muito
respeito pela Central e acredito que a
única forma de crescermos cada vez
mais é por meio dela”.
Reformulação do site
Uma das novidades preparadas para
2010 é a reformulação do site da cooperativa, que tem como proposta
aumentar a comunicação entre a Coopes e seus associados. No endereço
eletrônico que está em fase final de
implantação, os internautas vão encontrar a história da cooperativa e as
últimas notícias do setor de leite no
Brasil e no mundo.
Atuante, a Coopes foi uma das pioneiras do Sistema Itambé na coleta
de leite a granel, um divisor de águas
na organização da cadeia produtiva
do leite brasileiro. “Fui pessoalmente ao encontro de vários cooperados
falar sobre as vantagens do resfria-
Revista Produtor Itambé, ano 1, número 6, junho 2010
Por meio de links, os produtores terão acesso aos sites das empresas
fabricantes dos produtos comercializados no armazém e também das
mais importantes entidades do meio
rural. Na área restrita do cooperado,
serão fornecidos dados sobre os rendimentos da venda do leite, compras
realizadas e recados da cooperativa.
Acompanhe: www.coopes.com.br
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A nova geração do leite
foto: gilson de souza
Família Lara, união em torno
da produção de leite
Na família Lara a última palavra é do
patriarca Luiz, mas quem está à frente da produção de leite na Fazenda
Santo Antônio, localizada na zona rural de Esmeraldas/MG, são os filhos
Arnaldo, de 33 anos, e os gêmeos
Adriano e Alexandro, de 30. Com mais
anos de estudo e atenta às novas tecnologias de auxílio à produção, essa
nova geração de produtores investe
pesado para aumentar a produtividade e os rendimentos da atividade.
10
R$ 0,09 a mais no litro de leite pelo
Programa Itambé de Pagamento pela
Qualidade. “Procuro ficar atento a
todo o processo porque já percebi
que quando há falha na higiene as
perdas são sentidas diretamente no
bolso, faz uma diferença danada”,
observa Arnaldo.
Diferente dos tempos do pai, hoje a
ordenha é mecânica e para dar agilidade ao manejo da propriedade de
65 hectares utilizam trator, carreta
e roçadeira, equipamentos adquiridos por meio de financiamentos do
Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).
Segundo o produtor, além do cuidado, acompanhar os informativos da
Itambé e buscar informações na internet ajuda muito quem quer produzir mais e melhor. “Procuro ler,
estar sempre informado e não deixo
de fazer as anotações das datas de
monta, parição, desmame e peso do
leite”. O rebanho conta com 55 vacas em lactação que produzem 670
litros/dia. A média de produção por
animal é de 13 litros.
A constante preocupação com a limpeza do curral tem garantido aos
produtores bonificação média de
Os gêmeos Adriano e Alexandro chegaram a trabalhar na cidade, mas
logo perceberam que o melhor era
se dedicar ao leite e retornaram.
Já o outro irmão, Arnaldo, nunca
exerceu outra profissão e diz com
convicção que pretende continuar
na atividade enquanto agüentar a
lida. Casado recentemente, o carro
e a casa que tem foram conquistados com o dinheiro do leite. “Ficaria
feliz se meus filhos seguissem meu
caminho, mas quero que façam faculdade primeiro”.
Para Luiz Lara, cooperado da CCPR/
Itambé há 50 anos, o maior ganho
que o leite lhe trouxe foi a união da
família em torno da produção que
o permitiu criar os seis filhos, cinco
homens e uma mulher, ao lado da
esposa Vanda. “Passei por momentos
difíceis para cuidar da família, mas
valeu à pena, minha esposa me ajudou muito e por muito tempo foi para
o curral comigo”, conta orgulhoso.
Afastado do trabalho desde 2000 por
motivos de saúde, o cooperado diz que
faz questão de acompanhar o desempenho dos filhos de perto. “Fica tudo
por conta deles, mas quando alguma
decisão mais séria precisa ser tomada
a experiência fala mais alto. A palavra
final ainda é minha”, afirma Luiz.
“Já percebi que
quando há falha na
higiene as perdas são
sentidas diretamente
no bolso, faz uma
diferença danada”.
Arnaldo Lara
Revista Produtor Itambé, ano 1, número 6, junho 2010
Bases do melhoramento genético
foto: gilson de souza
Leandro Cardoso Sampaio
Médico Veterinário, formado pela PUC-MG e
Gerente de Compra de Leite da CCPR Itambé
Para que um programa de melhoramento genético obtenha o sucesso almejado, deve estar baseado em metas
muito bem definidas, coerentes com o
mercado vigente e em equilíbrio com
o meio ambiente, combinando as características presentes no animal com
os objetivos buscados.
O Brasil apresenta alta produção de
leite, mas a sua produtividade é baixa quando comparada a outros países.
São várias as opções de raças e cruzamentos para o melhoramento genético da bovinocultura leiteira, sendo as
mais exploradas:
Raças européias especializadas como Holandês, Jersey e
Pardo Suíça;
Raças zebuínas leiteiras, como
Gir Leiteira e Guzerá Leiteira;
Vacas mestiças, resultantes
do cruzamento de raças européias com zebuínas, em seus diversos graus de sangue.
Para avaliar a característica de uma
vaca leiteira e o tipo ideal devem ser
observados: aparência geral, produtividade leiteira, capacidade corporal
e o sistema mamário. Em relação ao
touro, o animal deve ser selecionado,
provado no teste de progênie* para
sua raça e pertencente a uma central
de inseminação idônea.
Assim sendo, as principais ferramentas disponíveis para o melhoramento
genético são: a seleção, que consiste
em determinar as características que
serão mensuradas e registradas para
cada indivíduo da população e o acasalamento, elemento complementar
fundamental no processo de seleção,
onde se “cruza” ou “insemina” a vaca
selecionada ou não do rebanho, com
um touro melhorador, provado que irá
potencializar as características desejadas (aumento no volume de leite, com
alta porcentagem de gordura e proteína; vida produtiva longa; eficiência reprodutiva, menor intervalo entre partos; redução na incidência de mastite
e doenças de casco; conversão alimentar eficiente) nesta fêmea para a cria
almejada. O programa de acasalamento deve ser planejado para um longo
período de tempo, pois o processo de
mudança genética é lento.
A intensidade de seleção depende
exclusivamente da fração da população que é escolhida para serem os
pais. Mesmo quando o desempenho
reprodutivo é bom, a intensidade de
seleção das vacas em um rebanho é
mínima se comparada à aplicada aos
touros. Assim, a maioria do progresso
genético em um rebanho provém do
sêmen de touros altamente selecionados. O ganho genético potencial
devido à seleção das vacas é limitado, pois a maioria das vacas precisa
ser mantida no rebanho para a viabilidade econômica do produtor e o
crescimento do mesmo.
Desta forma, o alcance da competitividade do agronegócio em uma
economia global depende da capacidade do sistema produtivo de disponibilizar produtos que atendam aos
crescentes critérios de qualidade e
especialidade. Isso quer dizer que
o desenvolvimento de técnicas inovadoras no melhoramento genético
da bovinocultura de leite tem contribuído para o aumento da produtividade nas atividades dos laticínios
e, como conseqüência, a melhoria
da qualidade dos produtos lácteos
no cenário mundial.
* Teste de progênie é um critério de
seleção segundo o qual o valor genético aditivo de um animal é estimado
com base na média dos valores fenotípicos de seus filhos.
Cooperbom realiza repasse de novilhas para cooperados
Mais de 500 cooperados participaram do Repasse de Novilhas realizado dia 8 de maio na Fazenda da
Cooperativa Agropecuária de Bom
Despacho (Cooperbom). Durante o
evento foram oferecidos três lotes
de animais, num total de 80 novilhas selecionadas, todas prenhas
ou paridas. Cada lote teve seu valor definido por uma comissão que
seleciona apenas animais de alto
nível genético e fixa os preços conforme os valores de mercado.
Através do repasse o cooperado
teve a oportunidade de comprar
Revista Produtor Itambé, ano 1, número 6, junho 2010
novilhas de alta qualidade. A escolha dos animais pelos cooperados
foi definida por sorteio, garantindo
chances iguais para todos. As novilhas compradas no repasse puderam ser pagas à vista com desconto
máximo ou em até 24 parcelas, à
escolha do cooperado.
11
Cuidados com o Tanque de Expansão
foto: arquivo
Fernando Ferreira Pinheiro
Médico Veterinário e Analista
de Captação da CCPR/Itambé
Prezado produtor,
O correto resfriamento do leite é
fundamental para a manutenção da
qualidade da matéria-prima. No úl-
timo informativo foram mostrados
os cuidados com a limpeza e com a
sanitização dos tanques de expansão.
Porém, há cuidados que devem ser
levados em consideração quando da
aquisição e instalação do tanque, pois
desta forma o equipamento funcionará de maneira correta e que atenda as
demandas de refrigeração.
Com relação à aquisição, é preciso
estar atento à capacidade do tanque no que se refere ao volume e à
capacidade de resfriamento, atento
à qualidade da fabricação do tanque, dos materiais utilizados e da
montagem do tanque. Com relação
à instalação, é importante escolher
o local correto, observar correta-
mente as instruções do fabricante e
as recomendações técnicas.
Neste informativo serão mostrados alguns cuidados a serem observados na
hora de comprar e instalar o tanque.
Cuidados na aquisição do tanque
Na escolha de um tanque de expansão, devem ser observados alguns conceitos básicos antes da aquisição. Entre
eles, a capacidade e a qualidade dos materiais, e se o projeto do tanque atende as regulamentações. Sendo assim,
o produtor deve observar os seguintes pontos:
O tanque deve ter o tamanho adequado para a produção da propriedade. Dependendo da freqüência de coleta, recomenda-se que o tanque tenha
a capacidade igual a 5 ou 6 ordenhas,
permitindo a coleta a cada 48 horas.
As superfícies internas e todas as
partes que estejam em contato
com o leite deverão ser fabricadas com
aço inoxidável apropriado, dentro das regulamentações. É importante também que
essas superfícies não tenham rugosidades.
As soldas não deverão prejudicar
a limpeza dos tanques e, por sua
vez, a qualidade do leite. A superfície
do local das soldas não deverá apresentar saliências e/ou rugosidades.
Os materiais usados na vedação
devem ser atóxicos, resistentes à
gordura, agentes de limpeza e sanitização, em condições normais de dosagens
e temperatura.
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O tanque e os equipamentos associados deverão ser projetados de
maneira a possuir resistência mecânica
suficiente para o manuseio e operação
segura sob condições normais. Deverão
ser construídos de forma a evitar qualquer corrosão dos materiais e permitir
que a limpeza e a sanitização sejam realizadas de forma eficiente.
A superfície externa deverá ser
rígida, evitar o ingresso de água
e ter escoamento livre.
permitir a visualização de todas as partes que entrem em contato com o leite.
O agitador deverá proteger contra
qualquer contaminante do leite
oriundo de agente externo e ser protegido para que o operador não entre em
contato com as partes em movimento.
O tanque deve possuir uma drenagem eficiente tanto para o leite como para as soluções de limpeza.
As tampas deverão permitir a fácil
inspeção e amostragem do leite.
No caso dos tanques de limpeza manual,
as tampas devem ser abertas de forma
a possibilitar a fácil limpeza de todas as
partes. Nos casos dos modelos com dobradiças, as mesmas deverão ser providas de suporte para a posição aberta.
No caso dos tanques de limpeza
automática, as tampas deverão
Revista Produtor Itambé, ano 1, número 6, junho 2010
Cuidados com a instalação do tanque
O bom funcionamento do tanque de expansão depende de um adequado suprimento de energia elétrica e de
alguns cuidados durante a sua instalação.
O local da instalação deve ser de
fácil acesso ao caminhão de coleta, tomando-se o cuidado para que o condensador do tanque não fique obstruído, o
que impede a troca de calor e pode provocar o superaquecimento do equipamento.
O tanque deverá ser fornecido
com instruções que citem: a tensão, freqüência, se é monofásico ou trifásico e o consumo de energia.
A sala do tanque deve ser próxima à sala de ordenha e, além
disso, ser de acesso restrito, oferecendo
segurança à estocagem do leite.
O desempenho do tanque de expansão
Quanto ao desempenho é importante o produtor estar atento se o tanque usado na propriedade é um tanque de
duas ordenhas (ou 24 horas) ou de quatro ordenhas (ou 48 horas), pois esses equipamentos possuem desempenho
diferente de refrigeração.
No caso de um tanque de duas ordenhas vazio, se for adicionado 50% do
volume de leite a 35ºC de uma só vez, todo o volume do tanque deverá ser
refrigerado a 4ºC em até 3 horas.
No caso do tanque de quatro ordenhas vazio, se for adicionado 25% do volume de leite a 35ºC de uma só vez, todo o volume do tanque deverá ser
refrigerado a 4ºC em até 3 horas.
No caso do leite da segunda ordenha, quando este for adicionado, o volume
total deverá ser refrigerado de 10ºC para 4ºC dentro do tempo de refrigeração especificada.
O controle de temperatura do leite deverá operar de forma satisfatória com
qualquer volume entre 10 e 100% da capacidade e com o leite em temperatura entre 0ºC e 35ºC.
O tanque de expansão não deve ser desligado durante a noite, essa prática
além de não trazer economia de energia elétrica, resulta em aumento da multiplicação bacteriana no leite, prejudicando a qualidade do produto.
O tanque de expansão é o local onde o produtor armazena o produto de seu trabalho, ou seja, o leite. Desta
forma, o produto deve estar de acordo com a capacidade, funcionamento e segurança do tanque, cuidados que
evitam perda de qualidade do produto.
Fonte e Fotos: Manual da Qualidade do Leite Itambé, Estratégias para Controle de Mastite e Melhoria da Qualidade do Leite- Marcos Veiga dos
Santos e Luis Fernando Laranja da Fonseca, REGULAMENTO TÉCNICO PARA FABRICAÇÃO, FUNCIONAMENTO E ENSAIOS DE EFICIÊNCIA DE TANQUES
REFRIGERADORES DE LEITE A GRANEL – MAPA, Brasil 2002.
Revista Produtor Itambé, ano 1, número 6, junho 2010
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Torcida rumo ao hexa
Por Aluísio Gonzaga
Pegue a corneta, compre as vuvuzelas, prepare a sala de televisão e vista
a camisa verde e amarela! A Copa do
mundo chegou! E será disputada pela
primeira vez no continente africano,
mais precisamente na África do Sul.
As 32 seleções que vão participar da
competição já divulgaram a lista dos
jogadores que vão entrar em campo
a partir do dia 11 de junho. Inclusive
a seleção brasileira, que nunca ficou
de fora de nenhuma edição da Copa
do Mundo. Tá certo que muitos nomes escolhidos pelo técnico Dunga
foram questionados, mas é inegável que temos um bom time e que
a chance de o país conquistar o 6º
título é muito grande.
Somos favoritos, é fato! Mas outras seleções tradicionais também
estão com boas chances de chegar
à decisão. Ao lado do Brasil, Espanha, Holanda, Inglaterra e Argentina aparecem como as principais
forças, mas não podemos esquecer
a Itália, atual campeã, França,
uma pedra no sapato canarinho
há quase duas décadas, Alemanha, Portugal, que está no grupo
do Brasil, e quem sabe os Estados
Unidos corram por fora, por conta
da boa campanha na Copa das Confederações do ano passado.
Para o Brasil ficar com o troféu de campeão novamente, o caminho não é fácil. São sete jogos até a decisão. Nosso
país está no grupo G, considerado por
muitos como o grupo mais forte, o mais
difícil porque a Costa do Marfim, do atacante Drogba, e Portugal, do galáctico
Cristiano Ronaldo, estão no caminho.
A Coreia do Norte, nossa adversária na
estréia, no dia 15 de junho, em Joanesburgo, não deve oferecer resistência a
nenhuma seleção do grupo.
Para piorar, a trajetória na segunda
fase também não terá moleza. Se
terminar a fase de grupos em primeiro, o Brasil poderá ter o Chile
pelo caminho, uma seleção que já
se mostrou competitiva nas eliminatórias sul-americanas.
A partir das oitavas de final, é só pedreira pela frente! Só as equipes com
muita qualidade costumam seguir na
disputa. E foi exatamente nesta fase
que o Brasil foi eliminado na última
Copa do Mundo. A França venceu e
nossa seleção deu um adeus precoce
da Alemanha, país-sede.
Brasil Pentacampeão
Mesmo que o grupo que vai disputar a Copa do Mundo não seja o
mais desejado pela torcida brasileira, agora é torcer, sem preconceitos. Vale à pena dar um voto de
confiança a quem tanto agradou
o treinador da seleção. Eles todos
sabem da responsabilidade que é
representar uma nação de quase
200 milhões de habitantes, dona
de 5 das 18 Copas do Mundo disputadas até hoje, um recorde! Os
jogadores estão cientes de que ser
hexacampeão poderá consagrar
na seleção brasileira uma geração
talentosa, de Robinho, Kaká, Maicon e Júlio César. Então, prepare
a sua torcida para nossos craques!
Este time tem tudo para estar na
grande final, no dia 11 de julho!
Rumo ao hexa, Brasil!
Jogos do Brasil na Copa 2010
1958 – Suécia
Grupo G
1962 – Chile
15 de junho - terça-feira - 15h30
Brasil x
Coréia do Norte
20 de junho - domingo - 15h30
Brasil x
Costa do Marfim
25 de junho - sexta - 11h
Brasil x
Portugal
1970 – México
1994 – Estados Unidos
2002 – Coréia do Sul/Japão
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Agora, o clima é outro. As grandes estrelas estão sob a tutela de
Dunga, técnico sem muita experiência, mas que já mostrou resultados e, principalmente, provou que
tem o grupo na mão. Ou seja, ele
é respeitado pelos jogadores e é
disciplinador. A alegria estará presente em nossos atletas, mas sem
exageros, sem badernas, como foi
visto em 2006.
Revista Produtor Itambé, ano 1, número 6, junho 2010

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