Um pouco de Um pouco de História História História

Transcrição

Um pouco de Um pouco de História História História
Um pouco de História
A
origem da Igreja Metodista em Portugal resultou do
testemunho de dois leigos ingleses, Thomas Chegwin, em 1854,
e James Cassels, dez anos mais tarde. Ambos foram responsáveis pela
iniciação de pequenos grupos no estudo bíblico e na oração.
A Igreja Evangélica Metodista Portuguesa, estabelecida
oficialmente em Portugal desde 1871, tem sido fiel aos princípios do
Evangelho e aos ideais do Metodismo que emanaram de João Wesley.
Em 1868 foi construída a primeira capela Metodista em Vila
Nova de Gaia, onde se celebraram os primeiros baptismos infantis
e cultos de Sagrada Comunhão. O crescimento do Metodismo, sob
a liderança de Cassels, tornou-se evidente e sucessivos apelos
foram dirigidos à Sociedade Missionária
Metodista, de Londres, solicitando o envio
de um missionário para orientar este
trabalho. O pedido acabou por ser atendido
e um jovem ministro, Robert Hawkey
Moreton, foi enviado em 1871.
R
obert Moreton era um homem
prudente, que só recebia membros
após um período de prova prolongada. Em
poucos anos a Igreja Metodista edificava a
2
Igreja Metodista do Mirante, o seu primeiro lugar de culto na cidade
do Porto, e lançava a sua grande cruzada educacional contra a
grande taxa de analfabetismo através da
abertura das Escolas Primárias. Entretanto,
foram-se afirmando os futuros líderes
espirituais da Igreja, sendo o Dr. Alfredo
Henriques da Silva, que sucedeu a Moreton, o
mais destacado, tendo expandido a obra da
Igreja ao longo dos anos mais favoráveis da I
República. Entre 1920 e 1940, a Igreja
Evangélica Metodista Portuguesa atravessou
o seu período de expansão mais frutífero,
recrutando membros de todas as classes
sociais, aumentando o número das suas
Escolas e confirmando-se como uma das mais
dinâmicas e prestigiadas Igrejas Evangélicas do País.
Durante esta era a Igreja editou várias
publicações de boa qualidade espiritual e
intelectual, a mais notável das quais foi o
mensário «Portugal Evangélico», que é,
ainda, a mais antiga publicação evangélica
portuguesa em circulação.
O isolamento criado pela Segunda Guerra Mundial, uma
ditadura prolongada, a falta de continuidade de liderança quando
Alfredo da Silva começou a envelhecer e o
pequeno número de pastores, originaram
uma crise de liderança, que o Sínodo
procurou resolver pedindo uma vez mais, à
Sociedade Missionária Metodista, apoio
pastoral.
Isto resultou no envio do Rev. Stanley G.
Wood e, em 1954, do Rev. Albert Aspey, que
durante 29 anos assumiu a liderança da
Igreja. Ao longo deste tempo floresceram
3
novas áreas de trabalho, o número de ministros aumentou, a Igreja
envolveu-se no movimento ecuménico e, embora forçada a fechar as
suas Escolas Primárias, reorientou os seus programas sociais,
concentrando-os noutras áreas e tipos de serviço à comunidade, tais
como projectos de apoio às crianças e aos idosos.
Em 1984 a Igreja retornou à liderança
nacional, quando o Rev. Ireneu da Silva
Cunha foi eleito Superintendente-Geral e
Presidente do Sínodo.
No ano seguinte o Sínodo, numa
reunião em Aveiro, tomou a decisão de que
a Igreja devia preparar-se para a sua
autonomia. Com a aproximação do 125º.
aniversário da chegada do Reverendo
Moreton ao Porto, e após uma consulta com
a Sociedade Missionária Metodista, o
Sínodo de 1994 deliberou redigir os
necessários Estatutos e Regulamentos, e abordar a Conferência da
Igreja Metodista da Grã-Bretanha com vista a assumir a
autonomia como Igreja Evangélica Metodista em 1996. O que veio
a verificar-se, tendo sido esse ano marcante na vida da Igreja
Metodista Portuguesa. Em 18 de Fevereiro, no Fórum da Maia,
celebraram-se os 125 Anos da Igreja Metodista com metodistas de
todo o País, em 16 de Março, no Sínodo realizado em Braga, foi
aprovada a «Constituição e Disciplina da I.E.M.P.» (novos Estatutos
e Regulamentos) e foi eleito o 1º. Bispo. Com esses novos Estatutos a
Igreja passou a reger-se com uma nova Estrutura Administrativa −
os Circuitos que, no nosso país, foram definidos nos distritos de
Aveiro, Braga e Porto. A região de Lisboa, onde ainda não existia
um número de comunidades que justificasse a constituição de um
Circuito, foi denominada Área Missionária.
Na Casa Diocesana de Vilar, em 26 de Outubro, procedeu-se ao
acto solene da Autonomia da Igreja Metodista Portuguesa com
assinatura de representantes da Igreja Metodista da Grã-Bretanha
e de Portugal. Ainda nesse dia em Culto Solene na igreja do Mirante
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foi consagrado o primeiro Bispo Metodista, Rev. Ireneu da Silva
Cunha, com a presença de Bispos de Angola, Brasil e Suíça, do
Presidente da Igreja Metodista da Grã-Bretanha e de um
representante do Conselho Metodista Europeu.
No
Sínodo de 2000, realizado em
Braga, chegava novamente o tempo da
eleição de um novo Bispo para os
próximos cinco anos, que assumiria esta
função, somente, em 1 de Setembro de
2001. Desta feita, foi eleito o Reverendo
José Sifredo Oliveira Linhares Teixeira,
consagrado Bispo, na igreja do Mirante,
no dia 30 de Setembro desse mesmo ano,
tendo estado presentes, entre outros,
Bispos do Brasil, Estados Unidos, Portugal e o representante da
Igreja Metodista de Inglaterra, que também representou o
Conselho Europeu Metodista.
D
esde sempre tem sido uma igreja viva, pronta a ir ao
encontro das necessidades que a rodeiam, tanto a nível
espiritual como social. Foi e é uma igreja aberta, pensando e
deixando pensar, mas tendo uma directriz certa da sua missão.
A sua obra educacional foi marcante pelas Escolas Primárias no
Porto, por onde passaram muitos milhares de crianças a quem
foi dada não só instrução elementar mas também educação
cívica e moral, o que foi decisivo para que a nossa Igreja não só
fosse o núcleo que frequentava os serviços religiosos mas um
grupo alargado representativo de todos os sectores da sociedade.
Sempre aparece como uma Igreja aberta às mulheres, às
crianças, aos mais desfavorecidos. No seu seio vamos encontrar
um vasto grupo de pioneiras dos direitos e necessidades destes.
Mulheres preparadas intelectual e espiritualmente tiveram
sempre uma postura natural, sem arroubos de personalização,
mas bem conscientes da sua missão de proporcionar auxílio e
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concorrer para o bem-estar das suas concidadãs e filhos. Porque
não recordar Helena D. Wright, Patrocínia Fernandes,
Diamantina da Conceição, Arnaldina Santos Pinto, Haidée
Maria Judite e Ester Andrade Melo, Maria Sofia Araújo, Elisa
Amaral, Berta Anes de Almeida, Marta Gonçalves, Maria
Helena Ribeiro, Arminda Rosa Gonçalves e tantas e tantas
outras, que alegremente se deram ao ensino, à educação, à
promoção da dignidade e direitos dos seus semelhantes.
Outra vertente fiel aos princípios metodistas tem sido a
actuação dos leigos na Igreja. A Igreja Metodista Portuguesa
tem uma grande dívida de gratidão a um grupo muito vasto de
homens que com o seu talento, o seu saber, a sua experiência e o
seu entusiasmo puseram à disposição da Igreja, dons e bens.
Recordamos Henrique Maxwell Wright, J. P. da Conceição,
Aurélio de Araújo, Abel Mário Lehmann, Herbert Cassels,
Bernardino de Sousa Pereira, Luís Henriques da Silva, Albino
Andrade Melo e tantos e tantos outros.
Outra linha tem sido o espírito de colaboração interdenominacional. Encontramos na nossa história como
metodistas um trabalho de rede em que os braços se estendem
aos obreiros e crentes não importando qual a denominação, mas
sim se os princípios que os norteiam são idênticos aos nossos. No
nosso contexto interno a pregação itinerante e, portanto, os
pregadores leigos tiveram lugar muito destacado que tem
servido de elo de ligação entre as diferentes comunidades
metodistas. Eles têm sido o suporte do trabalho pastoral e aqui,
também, porque não mencionar Avelino Evangelista de Lima,
José Coelho Júnior, Augusto de Freitas, Fernando Castro Maia,
Adelino de Almeida, Samuel da Cunha Matos e quantos mais
poderíamos nomear…
Sempre nas lides ecuménicas a nossa Igreja foi pioneira pelo
seu espírito no passado e participação no presente, a nível
nacional e internacional tomando parte num grande número de
actividades e instituições pela instrumentalidade dos seus
Pastores e leigos.
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Em anos mais recentes a I.E.M.P. tem tido a preocupação de
se abrir à comunidade através do seu serviço de apoio social às
crianças, em creches, infantários, ATL’s e também no apoio aos
idosos em Lares e Centros de Dia. Também aí a sua acção tem
sido muito meritória.
Tudo isto tem feito da Igreja Metodista Portuguesa, uma
Igreja personalizada, com força, com acção, com missão, onde
se prega o puro Evangelho de Jesus Cristo, não só nas igrejas
mas nas suas múltiplas e públicas manifestações de actividade
cristã.
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COMUNIDADES LOCAIS
Em Portugal existem 13 igrejas e algumas missões. O espaço
geográfico é constituído por 3 Circuitos e uma Área Missionária.
CIRCUITO DO PORTO
IGREJA
E
DO
MIRANTE
foi e ainda é o motor do Metodismo em Portugal.
Foi estabelecida por um Pastor Metodista que a Igreja-mãe da
Grã-Bretanha enviou ao nosso País no ano de 1871. Robert Moreton
foi uma figura marcante do pastorado em terras portuguesas. Teve
esta igreja a inauguração do seu templo em 1877 e desde então tem
pregado o Evangelho de Cristo do
seu púlpito, tem instruído,
ensinando nas suas Escolas tanto
Públicas como Bíblicas, tem
educado o seu povo promovendo
palestras e conferências nos seus
vários Departamentos. A sua
acção tem sido notória na inserção
na vida da cidade do Porto, e até
no plano nacional. O Senhor tem abençoado grandemente esta
comunidade com a presença e a direcção dos responsáveis máximos
da I.E.M.P., sucessores de Robert Moreton, com Pastores como
Alfredo Henriques da Silva, Albert Aspey, Ireneu da Silva Cunha, e
presentemente Sifredo Teixeira.
STA IGREJA
IGREJA
DO
MONTE PEDRAL
O
utra importante igreja no Porto. O início do trabalho deu-se
em 1893 e a inauguração do templo em 1908. Esta igreja
inseriu-se desde o início na comunidade pelo seu trabalho com
crianças e jovens, devido à dinâmica da notável família Conceição,
e do seu patriarca J. P. da Conceição. As suas Escolas Primárias
começaram a funcionar para ambos os sexos em 1893, sempre
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pautando a instrução pelos programas oficiais, sendo das
primeiras a dar uma feição prática e a introduzir tudo aquilo que
a pedagogia aconselhava.
Também o ensino religioso foi marcante na acção da Escola
Dominical (Escola Bíblica) que
chegou a ser uma escola modelo para
todo o País. Como exemplo, podemos
dizer que em 1923 esta escola
funcionava com 13 classes bíblicas,
com uma frequência de 250 alunos.
Foi destacado Pastor desta igreja
durante muitos anos o Rev. José
António
Fernandes,
um
dos
fundadores e primeiro redactor do
«Portugal Evangélico».
O primeiro templo foi demolido
na década de 70. O novo lugar de Culto foi inaugurado, em 5 de
Julho de 1998.
IGREJA
DE
LORDELO
E
sta igreja fundada em 1907, situada na altura na periferia do
Porto, teve uma acção muito meritória através das suas
Escolas Primárias para ambos os sexos. Teve também numa família
metodista inglesa o suporte para a
sua actividade, no carinho que
Herbert Cassels deu a esta Igreja
durante 44 anos, carinho que foi
continuado por seu filhos, Mary e
Cristóvão Cassels. Foi seu Pastor e
professor durante muitos anos o
Rev. António Tavares, coadjuvado
por sua esposa, também notável
professora, D. Zulmira Tavares.
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Funciona com um grupo de crentes fiéis e tem uma linda
igreja construída por iniciativa do Rev. Ireneu Cunha, e
inaugurada a 7 de Junho do ano de 1964.
IGREJA
DE
P
ÁGUAS SANTAS
rincipiou por ser uma Missão da igreja do Mirante. Em 1910
já há informação de um trabalho regular. Em 1925 regista-se
a inauguração de uma Casa de Oração
como trabalho metodista. Na altura tinha
a média de presenças de 28 pessoas,
funcionando também já uma classe de
Escola Dominical com a frequência de 15
crianças. Até ao momento esta igreja
permanece entusiasta na proclamação do
Evangelho e continua fiel, apesar do
número dos seus membros não ser muito
grande.
CIRCUITO DE BRAGA
IGREJA
S
DE
VALDOZENDE
itua-se no noroeste do País, na Província do Minho. Pertence
ao Distrito de Braga e dista desta
cerca de 33 quilómetros. É uma das
comunidades mais recentes da
I.E.M.P. Situa-se numa aldeia, onde o
catolicismo-romano impera em todas
as
regiões
envolventes.
Esta
comunidade foi constituída em 1971,
quando os habitantes da aldeia
deixaram de receber assistência
religiosa por parte da Igreja Católica,
que decidiu encerrar a Igreja-matriz
do lugar, e foram por conhecimento
de alguns emigrantes da terra
procurar apoio junto da Igreja
10
Metodista de Braga. É então implantada, em 28 de Fevereiro de
1971, a Igreja Metodista Portuguesa em Valdozende.
Foram Pastores desta igreja, o Rev. Francisco Abel Lopes,
fundador da comunidade e Pastor até 1989, tendo sido substituído
pelo Rev. Sifredo Teixeira, que acompanhou este trabalho durante 9
anos. No ano de 1998, foi colocado em Valdozende o Rev. Eduardo
Hermenegildo de Castro Meixieira, que permaneceu até 2001.
Actualmente, esta comunidade que tem aproximadamente 170
membros é dirigida pelo Rev. Emanuel Gonçalves Dinis.
Esta igreja através da sua acção educativa e social, tem
contribuído significativamente para o desenvolvimento da aldeia.
IGREJA
DE
BRAGA
E
sta comunidade está instalada, como o próprio nome indica na
cidade de Braga. A sua sede actual é na Travessa Dr. Francisco
Owen, número 45, no Bairro Social de Santa Tecla, mas o
trabalho evangélico existe nesta cidade há mais de 90 anos,
precisamente desde o dia 21 de Julho de 1912, quando se realizou ali
uma campanha de evangelização promovida por crentes da Igreja
Metodista da cidade do Porto. Esta campanha decorreu num salão do
edifício número 127, do antigo
Campo
da
Vinha,
hoje
denominada Praça Conde de
Agrolongo, e foi nesse mesmo
espaço que durante vários anos
funcionou a Igreja Evangélica
Bracarense, que viria a estar
inteiramente ligada à Igreja
Evangélica Metodista Portuguesa,
a partir de 25 de Julho de 1926. Esta igreja funcionou ao longo dos
anos, em diversos espaços, e só em 1991, após muitos anos de esforço
e dedicação, os metodistas de Braga viram construído o seu primeiro
templo, na actual localização e inaugurado em 1 de Novembro do
mesmo ano.
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Vários foram os Pastores responsáveis por este trabalho, mas
muito poucos foram residentes. Só a partir de 1984, com a vinda
para Braga do Obreiro Fraterno, Rev. Filipe Mesquita, esta igreja
beneficiou da presença permanente de um Pastor. Em 1992, foi ali
colocado pelo Sínodo o Rev. Emanuel Gonçalves Dinis que dirigiu
esta comunidade até 2000, quando foi substituído pelo Pastor,
também Obreiro Fraterno brasileiro, o Rev. Ayres Teixeira da
Silva, que mais tarde foi substituído pelo Rev. Eduardo Meixieira.
Actualmente esta igreja está a ser acompanhada pastoralmente
pela Revª. Eunice Alves.
É interessante notar que as nossas várias comunidades, tendo
todas um denominador comum, o espaço em que se têm movido é
bastante diversificado. A igreja de Braga tem uma forte
componente de resistência, de auto-afirmação como Igreja
Evangélica. Na terra chamada dos Arcebispos ela sempre se
afirmou pelas suas posições radicalmente protestantes.
Esta igreja tem-se mantido fiel há quase um século.
CIRCUITO DE AVEIRO
IGREJA
E
DE
AVEIRO
m 10 de Junho de 1935 teve lugar a
Reunião Inaugural de uma Sala de
Culto à responsabilidade da Igreja
Metodista e pela acção generosa do Sr.
Álvaro Dias de Melo e esposa. O
Evangelho já vinha sendo anunciado
anos antes nesta cidade pelo Sr. Eric
Barker, da Igreja dos Irmãos, e seus
colaboradores.
No Sínodo de 1946 foi exposta a
grande aspiração de ser erigido um
templo próprio na cidade de Aveiro,
tendo o Sr. Álvaro de Melo oferecido o dinheiro necessário para a
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compra do terreno, que foi adquirido na Rua Engº. Oudinot. Foi
o grande dinamizador da construção do templo o Sr. Aurélio de
Araújo, membro do Mirante e na altura Tesoureiro do Sínodo. A
sua inauguração solene deu-se no dia 18 de Junho de 1950 e foi
um momento alto na vida da Igreja Metodista. No ano de 1955 a
igreja recebeu como seu primeiro Pastor residente o Rev.
Francisco Abel Lopes que pôde contar com a colaboração
dedicada e profícua de sua esposa Arminda Rosa Gonçalves. Teve
como seus Pastores também o Rev. Ireneu da Silva Cunha e Rev.
Diamantino Lemos, que desenvolveu nos arredores de Aveiro,
desde a década de 70, notável Projecto Social de Apoio à 3ª.
Idade.
Hoje esta igreja é uma congregação madura, experimentada,
que pode contar no seu activo com a dinâmica do pastorado
actual do Rev. Eduardo Conde e com muitos membros com
vivências cristãs reveladoras da acção do Espírito Santo.
IGREJA
DE
AGUADA
DE
CIMA
E
m 1904, é pela primeira vez anunciado o Evangelho nesta vila,
pensa-se que por instrumentalidade do Sr. Albano J. de
Oliveira, convertido no Brasil. Em 1905, o Rev. Alfredo Henriques da
Silva prega aí o Evangelho pela primeira vez, e em 1914, a 6 de
Janeiro, foi celebrada pela primeira vez a Sagrada Comunhão.
É uma igreja com fortes tradições que
tem tido a bênção de contar no seu seio com
servos do Senhor de têmpera e acção
evangelística. Por lá têm passado muitas
gerações que a seu modo têm deixado
marcas indeléveis não só na igreja como na
vila onde a igreja é bem conhecida e aceite.
Hoje alegra-se no novo templo
inaugurado em 17 de Julho de 1990,
construído pela acção do Rev. Diamantino
Lemos. Teve como seus Pastores o Rev.
Francisco Abel Lopes, Rev. Ireneu da Silva
13
Cunha e Rev. Eduardo Conde. Presentemente é seu responsável o
Rev. Carlos Jaime Nunes Bueno.
IGREJA
DE
FROSSOS
pregado o Evangelho pela primeira vez no ano de 1905,
É numa
sala alugada e adaptada pelo Sr. João Nunes Pinheiro,
tendo sido pregador o Sr. J. P. da Conceição, do Porto, da Igreja
Metodista do Monte Pedral. Em 1920 já consta da Tabela de
Cultos da I.E.M.P. e em 1923 há notícia de 15 membros em plena
comunhão e 8 à prova.
Hoje conta com um grupo de membros experimentado,
conscientes da sua missão naquele lugar. Anos atrás pôs mãos à
obra e construiu edifício próprio que foi inaugurado no dia 10 de
Abril de 1988, quando era o seu Pastor, o Rev. Diamantino
Lemos, onde podem cultuar ao Senhor com mais dignidade.
IGREJA
DA
MOURISCA
DO
E
VOUGA
m 26 de Dezembro de 1929, foram os crentes desta igreja
de Aguada de Cima visitados por um grupo de pessoas da
vila de Mourisca do Vouga, para que ali fosse pregado o
Evangelho. Assim se fez logo no dia 1 de Janeiro de 1930, em
que Mourisca do Vouga foi
visitada pela Igreja Metodista,
tendo
sido
calorosamente
recebida por larga assistência,
ávida da Palavra. O trabalho de
evangelização no início foi
promissor, muito abençoado, e o
povo recebeu o Evangelho com
muita alegria, que era expressa
na sua vivência diária, pois o cantar dos hinos se ouvia durante as
suas lides agrícolas. Em Abril desse ano já se realizavam cultos
todos os Domingos e a Missão de Mourisca do Vouga entra na
Tabela de Cultos no terceiro trimestre de 1931. Em Outubro,
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ainda do mesmo ano, um grupo entusiasta de 54 pessoas visita a
igreja no Porto.
Em 1 de Janeiro de 1932 é oficialmente instituído o trabalho:
fizeram profissão de fé 25 pessoas que ficaram a constituir a
igreja naquela vila. Dirigiu o serviço o Rev. Alfredo Henriques da
Silva. Em 1945, no dia 24 de Julho, tiveram a alegria de
inaugurar templo próprio, que há poucos anos atrás viram
beneficiado pela acção do Pastor local actual, Rev. Carlos Bueno.
É uma igreja que até aos nossos dias mostra alegria na sua forma
de cultuar e amor na simplicidade da sua conduta cristã.
IGREJA
DE
OLIVEIRA
DE
AZEMÉIS
O
trabalho evangélico nesta vila é bastante antigo. Em
Dezembro de 1925 a igreja do Monte Pedral, por
instrumentalidade do Sr. J. P. da Conceição e do Pastor Eduardo
Moreira, começa a fazer trabalho de evangelização com um
pequeno grupo existente neste lugar e anima-se vivamente com o
interesse que encontra. No entanto já
antes destes obreiros, o Pastor José
Ilídio Freire, da Igreja dos Irmãos,
tinha
aí
feito
trabalho
de
evangelização, tendo igualmente sido
muito bem recebido. No decorrer dos
anos a congregação foi passando por
várias fases e durante algum tempo
ficou à responsabilidade da Igreja
Presbiteriana. Em 1932, a pedido
desta Igreja, a Igreja Metodista ficou
definitivamente
responsável
pelo
grupo de crentes existente na altura,
um grupo pequeno mas muito zeloso.
Esta comunidade entra na Tabela de Cultos da I.E.M.P. no
primeiro trimestre desse ano, e logo em Abril, pelos Srs. Abílio de
Sousa e Adelino de Almeida, foi organizada a Escola Dominical
para crianças e adultos.
15
Esta congregação tem edifício próprio projectado pela
arquitecta D. Maria Júlia Soares e inaugurado no dia 19 de Maio
de 1968, quando era o seu Pastor, o Rev. Francisco Abel Lopes.
MISSÃO
DE
RAMILOS
D
esde o seu início em 1939 foi apoiada pela igreja de Oliveira
de Azeméis e visitada regularmente pelos Pastores do Porto.
Reuniu durante muitos anos num modesto edifício à margem da
estrada, mas desde a década de 60, dispõe de um bom Salão de
Cultos legado pela família Aguiar.
ÁREA MISSIONÁRIA DE LISBOA
IGREJA
R
DE
LISBOA
eúne na Alameda das Linhas de Torres, 122, nas
instalações da Liga Evangélica Missionária, em Lisboa,
mas o trabalho missionário desta igreja foi iniciado nos fins da
década de 80. É a comunidade mais recente da Igreja
Evangélica Metodista Portuguesa. É na sua maioria, senão
totalidade, constituída por crentes angolanos radicados na
região de Lisboa. Vários dos seus
membros são jovens, com muito
dinamismo e espiritualidade.
Esta igreja foi dirigida pela
Pastora, Revª. Miriam Priscila
Lopes Agostinho, a primeira
mulher metodista ordenada ao
Presbiterato no nosso País.
Actualmente é acompanhada
pastoralmente pelas Pastoras
Presbiterianas, Revªs. Idalina
Sitanela e Eva Michel ao abrigo
da cooperação existente entre as
16
Igrejas Metodista e Presbiteriana. É grande o anseio desta
comunidade por um espaço próprio, para o que estão a ser
desenvolvidos esforços e contactos.
IGREJA
DA
MOITA
E
sta igreja foi iniciada por um Pastor angolano, Rev.
António Fernandes Carlos, que em 1987 integrou o grupo
de crentes na sua maioria angolanos na Igreja Metodista
Portuguesa. O trabalho auspicioso no seu início, passou por
diversas vicissitudes, mas no
núcleo de crentes mantém-se
fiel. É pastoreada em lugar
propriedade da Igreja pelas
Revªs. Miriam Priscila Lopes
Agostinho e pela Pastora
Presbiteriana Rute Salvador.
17
A
OBRAS SOCIAIS
I.E.M.P. traz de herança de João Wesley a solidariedade,
um serviço em prol de todos, que desenvolve nalgumas
regiões do nosso país. A obra social tem sido sempre um
pilar de afirmação da Igreja Metodista e, em rigor, um “viveiro”
de evangelização.
A Fundação Centro de Solidariedade Social de Valdozende
(CSSV), tem dois pólos muito activos, um em Braga, denominado
“Arca de Noé” e outro em Valdozende que é a sede.
A Fundação CESDA em Aveiro desenvolve também um
trabalho de solidariedade que consideramos muito significativo
essencialmente para quem dele beneficia.
PARTICIPAÇÃO NOUTRAS ORGANIZAÇÕES
A I.E.M.P. tem mantido ao longo da sua existência relações com
várias organizações nacionais e internacionais, nas quais tem uma
participação directa:
CONSELHO MUNDIAL METODISTA
Como a sigla assim o define é a reunião de todas as Igrejas
Metodistas do Mundo, do qual a I.E.M.P. faz parte. O Bispo
Ireneu Cunha fez parte durante alguns anos do Comité
Executivo.
CONSELHO METODISTA EUROPEU
Esta organização reúne todas as igrejas metodistas da Europa,
incluindo a portuguesa. Divide-se em várias Comissões de
trabalho.
18
CONFERÊNCIA
DAS IGREJAS
EUROPEIAS
Deriva do Conselho Mundial de Igrejas. É uma organização
ecuménica, onde a Igreja Evangélica Metodista Portuguesa tem
assento.
A
DOS
PAÍSES
sigla
desta
organização
quer
dizer,
CONSELHO DAS IGREJAS PROTESTANTES
LATINOS DA EUROPA. A Igreja Metodista, através
do Conselho Português de Igrejas Cristãs, é um dos seus membros.
Para um relacionamento mais aprofundado, especialmente na área
da Teologia, este Conselho vai-se reunindo, para de alguma forma
tornar mais Una a Igreja Universal.
CONSELHO PORTUGUÊS DE IGREJAS CRISTÃS
Os membros fundadores desta organização são a Igreja Lusitana,
Metodista e Presbiteriana. Tendo assento, como observadores, outras
igrejas. Todas as presenças ecuménicas da Igreja Metodista
acontecem em representação deste organismo e também as verbas
oriundas de organizações internacionais não Metodistas, são
canalizadas para a I.E.M.P., através do COPIC. Esta organização
tem um Conselho Executivo, cuja presidência é assumida
rotativamente por cada uma das igrejas-membro.
SOCIEDADE BÍBLICA
DE
PORTUGAL
Esta instituição tem como finalidade a elaboração e difusão de
todo o tipo de material teológico para as Igrejas.
19
RELAÇÕES COM OUTRAS IGREJAS
IGREJA METODISTA DO REINO UNIDO
O relacionamento entre esta igreja e a I.E.M.P. é muito mais
profundo do que qualquer outra organização, visto que a Igreja
Metodista Portuguesa foi, ao longo de mais de cem anos, um
distrito da Conferência da Igreja Metodista da Grã-Bretanha.
Com a nossa autonomia, oficialmente, declarada em 1996,
deixámos de pertencer a esta “Igreja-mãe”, mas relações
existentes não se quebraram. A nossa Igreja
continua, ainda hoje, a depender financeiramente
desta grande organização pois, cerca de 23,50% do
total das nossas receitas (dados do Sínodo 2002),
provém da Sociedade Missionária Metodista deste
país.
I G R E J A M E T OD I S T A D O B R A S I L
As relações entre este país e a I.E.M.P. surgiram com o
envio de Obreiros Fraternos do Brasil para trabalhar em
Portugal. Este processo iniciou-se com a vinda do Reverendo
Filipe Mesquita, em 1984, para dirigir, ao longo de 8 anos, a
comunidade de Braga. Também vindo do Brasil, chegou ao
nosso país, o Reverendo Oswaldo Sousa que, apesar de cá ter
estado pouco tempo, liderou o trabalho na igreja do
Monte Pedral durante alguns anos. Ainda hoje, a
I.E.M.P. beneficia desta cooperação com a
permanência em Portugal do Reverendo Carlos
Jaime Nunes Bueno, desde 1993, tendo a seu cargo,
as igrejas de Mourisca do Vouga e Aguada de Cima
e, já tendo servido, durante algum tempo, a
comunidade de Frossos.
20
IGREJA METODISTA DOS ESTADOS UNIDOS
A I.E.M.P. também tem mantido relações com esta
Igreja, nomeadamente através do “Global Board of
Ministries”, apresentando projectos para apoio
financeiro.
I G R E J A M E T O D I S T A D A A L EM A N H A
Várias organizações deste país têm dado um
contributo muito importante à Igreja Metodista
Portuguesa. Entre outras destacamos a Diakonisches
Werk e a Gustav-Adolf-Werk.
A Igreja Evangélica Metodista Portuguesa continua, nesta
nova era, empenhada em ser responsável pelo seu próprio
futuro, honrando sempre os valores do Evangelho e a
influência da visão dos seus prévios dirigentes. Partilhar
Cristo na Palavra e na acção continua a ser o grande objectivo
a atingir. Assim nos continue Deus a abençoar, inspirar e
guiar pelo poder do seu Santo Espírito.
Praça Coronel Pacheco, 23
4050-453 PORTO

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