O CarvalheirO quer ser uma referênCia nO funChal

Transcrição

O CarvalheirO quer ser uma referênCia nO funChal
1,50 €
DIRECTOR: EDGAR R. AGUIAR
tribunadamadeira.pt
SEMANÁRIO | ANO 15 | Nº 773
sexta-feira | 5 de Setembro de 2014
Representante do PNR volta
atrás na demissão
“O Carvalheiro
quer ser uma
referência no
Funchal”
8
Transportes aéreos
com mais passageiros
SPM teme
aumento do
desemprego
de docentes
23
Entrevista a Pedro
Araújo, presidente
do clube sedeado
na freguesia
do Imaculado
Coração
de Maria
10 a 13
5
PSP reclama dinheiro
e mais meios
Comandante na Madeira pede “reavaliação da inexistência de
contrapartidas para a PSP pelas coimas da legislação rodoviária” 4
«Banhos públicos» enchem
redes sociais na internet
Salários aumentam só nos
cargos de topo
6
última
Informação online em www.tribunadamadeira.pt
...a ilha da Madeira sempre
viveu de boas intenções, de
feitos mais ou menos nobres,
de empenhos e dedicações
que ainda assim subsistem,
de carolas que vão levando a
bom porto alguns valores e
concretizando alguns sonhos
e projectos.
Já tivemos excelentes eventos que
por inveja ou ciúme
acabaram
abandalhados
e
são hoje uma sombra do
passado.
Já tivemos bons escritores que pela exiguidade da
ilha foram escrever para outras
paragens. E outros finaramse...
Assim como se suspenderam eventos formidáveis
como o ON by Porto Bay, que
espero um dia voltar a ver e
nele poder participar. Já tivemos excelentes jornalistas que pelo mesmo
motivo se foram. E que por lá
continuam.
Já tivemos uma boa Feira
do Livro, que agora foi votada a um adiamento premeditado, ou a uma ostracização criminosa (ainda não se
percebeu...).
Já tivemos bons pintores e
não menos melhores músicos
que abalaram e foram exteriorizar a sua arte para bem longe daqui.
Há, todavia, os que por
cá nos mantemos. A desenhar, a pintar, a fotografar, a
musicar, a escrever, a esculpir, a olhar o mar e a ilha
regional.
Não porque faltem
boas intenções
ou bons elementos. Tão-só porque
não há dinheiro, não
existem meios técnicos, não existe motivação e continuam
a existir alguns elementos perniciosos
que nada mais são
do que uma herança podre de um passado ainda recente.
São as metástases do
sistema.
Continuamos a ter
as banalidades festivaleiras de Verão
como os concertos
playback em arraiais
e comícios de rentrée. Que também
são precisos, é certo.
Que também fazem
parte da paleta de
oferta cultural porque a kultura quando nasce é para todos e se há
coisa que não deve ser é elitista. Salve-se o bom exemplo do
Summer Opening deste ano.
Continuamos a ter momen-
A estação parva (ou pateta),
mais conhecida por Verão, já
não é o que era. O povo continua a ir a banhos, é certo, as
socialites continuam a mostrar
as maminhas de silicone nas
praias algarvias, também é verdade, os futebolistas continuam a vestir as roupas de combinações foleiras e ridículas e
desfilam os bíceps marcados
de tatuagens, também é inegável. As mesas das esplanadas
repletam-se de gente, os bailaricos gingam nos arraiais, os
homens continuam a cuspir
para o chão e as mulheres (as
deles) têm sempre uma faca
pronta a tirar da liga quando
alguma conversa aquece e os
adjectivos não são do seu agrado. Os putos correm ranhosos, o andor balança no ombro
dos fiéis e as velas seguem as
procissões. Há carros a mais
nas ruas e nas horas absurdas do dia. Há jacarandás que
sorriem em lilás e há jardins
que fazem a festa das cores e
dos perfumes. As músicas do
Anselmo andam por aí. E por
aí também andam as baladas
que nele habita como se todos
os dias fossemos acometidos
por um qualquer género de
deslumbramento.
Televisivamente falando sabemos
o quão triste e árida
é a actual produção
TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 5 de Setembro de 2014
tos grandiosos como o Raízes do Atlântico, o Festival de
Música da Madeira, o Festival
Literário da Madeira, o Rota
das Estrelas (promovido pelo
grupo Porto Bay e que reúne alguns dos melhores chef
Michelin). Continuamos a ter excelentes ideias, algumas delas
superiormente concretizadas, na área cinematográfica. Por
favor não as deixem cair, não as
abandonem, não
as assassinem! Continuamos a
ter gente que faz
de uma qualquer
expressão artística o
seu “modus vivendi”,
a sua forma de pulsarem através de uma
outra pele.
Continuamos a ter
fogos de artificio, tertúlias literárias, cantorias à flor da pele,
uma Rua de Santa
Maria que foi feita
museu a céu aberto.
E que alguns insistem
em escavacar, destruir, desprezar. Mas
outros cá estaremos
para não o permitir.
E de repente parece que uma dezena
de iluminados olhou
para o nosso litoral
grávido de calhau e
conseguir fazer em
alguns locais verdadeiros spots de
música e de convívio. Saravá para eles!
Que sejam para continuar na linha do bom gosto,
da sedução e da qualidade.
E continuamos a ter esses
excelentes e fabulosos CONCERTOS L que acontecem
num lugar mágico e único (e
que só terminam em Outubro) que dá pelo nome de
Estalagem da Ponta do Sol. Será que ainda vale a pena
acreditar no futuro da kultura praticada nesta Região
de tantos equívocos, de tantas falsas promessas, de tantas demagogias políticas, de
tantas promessas caídas em
saco roto, de tantos mentirosos autárquicos e governativos, de tantas invejas e
maledicências?
Sim, acho que vale a pena.
Porque quando a alma não
é pequena mas sim superior aos que mediocremente
vegetam e rastejam à sombra
da “nossa” kultura (a cultura que também eu produzo!)
com toda a certeza que valerá continuar a lutar por ela
e a esgrimi-la em nome próprio ou em nome de uma causa maior. giras de letras engraçadas que
levam lambretas e rainhas e
todo um mundo de criatividade e boa interpretação. E por
aí andam as sirigaitas de perna longa e saia tão curta que
deixa entrever prazeres inomináveis. Por aí anda o turista
alemão de soquete branco na
sandália aberta, um fenómeno estético onde a minha imaginação ainda não conseguiu
chegar. Por aí andam os beijos
dos apaixonados e as amarguras dos esquecidos. Por aí também andam as bebidas coloridas e com muito gelo. E uma
fartura de vazios que me provoca um arrepio assustador.
E uma fartura de falta de
ideias e de empreendedorismo regional que me preocupa e me deixa em estado
de alerta. Não me perguntem porquê, apenas o sinto. Como um corvo sombrio
que sobrevoa os meus passos… O Verão continua com
data marcada, é inquestionável. A estação da parvoíce
(ou da patetice) é que já não
é o que era…
Estou de luto! Assim como
imagino que de luto esteja
Portugal quase inteiro. Ágata,
essa cantora excepcional e de
uma enorme riqueza poética
e musical, vai “ficar por aqui”.
Ou seja, mete a viola no saco
e deixará de cantar ainda este
ano. Aguarda-se que outros/
as lhe sigam o exemplo. Tipo
Mónica Sintra, Romana, Ruth
Marlene, Joaquim Caixeiro ou
Micaela. Peço desde já desculpa aos leitores caso algum destes já se tenha retirado dos palcos e das festas televisivas de
Verão. É que a minha cultura
neste âmbito é sofrível e peca
por buracos de conhecimentos. Mas desde que se
retirem todos o ambiente agradece e os ouvidos
mais sensíveis de alguns
de nós também. Para mim
só Quim Barreiros deveria
ser canonizado em vida!
aNTÓNIO BARROSO CRUZ
[email protected]
Ilustrações de Binóculosqb [email protected]
2 semeador
Kulturalmente falando...
editorial
TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 5 de Setembro de 2014
Inquérito online
Portugal está mais “competitivo”
vados níveis de défice e dívida pública”, diz o relatório. Continua a haver
dificuldades no acesso ao crédito e é
“preciso aumentar ainda mais a flexibilidade laboral, melhorar a qualidade da educação e a sua capacidade de inovação”.
O índice avalia 12 pilares, com
várias ponderações, e ao longo dos
anos tem traçado o perfil de um Portugal sofisticado a nível tecnológico,
mas com dificuldades na eficiência.
Pelo sexto ano consecutivo, a Suíça
lidera o ranking e Singapura mantém a distinção de segunda economia mais competitiva do mundo.
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Portugal subiu 15 posições no
Índice Global de Competitividade
elaborado pelo Fórum Económico
Mundial e ocupa, agora, a 36ª posição entre 144 países. Contudo, ainda está longe dos níveis de 2002,
quando ocupava a 23ª posição. O
país tem registado quedas desde
2006, apenas interrompidas em
2011 quando subiu apenas um lugar
no ranking, na altura composto por
142 economias.
O estudo, divulgado quarta-feira
a nível mundial, combina os resultados de um inquérito a executivos com dados estatísticos oficiais e
atribuiu a recuperação deste ano ao
“ambicioso programa de reforma”,
que na ótica do Fórum Económico
Mundial parece estar a dar frutos.
“Portugal tem agora menos burocracias para a criação de empresas
(ocupa a 5ª posição neste indicador) e o seu mercado laboral mostra um aumento de flexibilidade,
apesar de ainda continuar muito
por fazer (está em 119º). A par destas melhorias, o país pode continuar
a melhorar a sua infraestrutura de
classe mundial a nível dos transportes (18ª posição) e a já muito qualificada força laboral (29º)”, lê-se no
documento.
Contudo, os bons resultados obtidos não devem levar o país a baixar a guarda. “Portugal não deve ser
complacente e deve continuar com a
implementação total do seu programa de reforma para resolver alguns
dos seus problemas macroeconómicos persistentes, provocados por ele-
Acredita que as
obras na frente
mar do Funchal
vão estar
concluídas até
ao Natal?
Vote no site:
tribunadamadeira.pt
Pergunta anterior:
A campanha interna
para a liderança do
PSD-M está a causar
danos à imagem do
partido ainda liderado
por Alberto João Jardim?
Sim - 100% | Não - 0%
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ACTUALIDADE SOCIAL MADEIRENSE
3
Rede de Mupis e Abrigos de Paragem na Ilha do Porto Santo
O clima e a Praia da Ilha do Porto Santo,
proporciona às pessoas o bem-estar e felicidade.
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nas Zonas Rurais
4
sociedade
TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 5 de Setembro de 2014
PSP reclama dinheiro
de multas e reforço de meios
Em dia de aniversário o Comando
Regional da Polícia de Segurança
Pública através do
seu comandante,
Miguel Mendes,
reivindicou ao
ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, um reforço de
meios humanos e
logísticos e “a reavaliação da inexistência de contrapartidas para
a PSP pelas coimas da legislação
rodoviária”.
Fabíola Sousa
O
[email protected]
C o m a n d o
Regional
da
Polícia de Segurança Pública
celebrou, a 1 de
Setembro, o 136º aniversário
numa cerimónia que contou,
uma vez mais, com a presença
do ministro da Administração
Interna, Miguel Macedo.
À semelhança de anos anteriores o comandante regional
da Polícia de Segurança Pública, Miguel Mendes, voltou a
reivindicar o pagamento das
multas por parte do Estado à
Região e solicitou um reforço de meios humanos e logísticos para a PSP da Madeira. “Por esta especificidade e
excepcionalidade madeirense, ao contrário de todos os
restantes comandos da PSP,
não aproveitamos nada dos
cerca de 24 mil autos de notícia por contra-ordenação que
elaborámos em 2013”, lembrou, apelando, “a reavaliação
da inexistência de contrapartidas para a PSP pelas coimas
da legislação rodoviária”.
O comandante reclamou
também o reforço de meios
humanos e logísticos, lembrando que a realidade regional mudou significativamen-
te nos últimos anos com um
aumento da população residente e dos turistas.
O ministro da Administração Interna respondeu aos
reptos lançados por Miguel
Mendes assegurando que
as reivindicações da PSP da
Madeira serão consideradas.
Sobre as multas Miguel
Macedo revelou que está a tratar com o Governo Regional, a
questão das verbas resultantes das multas emitidas pela
PSP da Madeira. “Vamos tentar ultrapassar essa situação,
na linha do que sempre se fez,
e que é também importante
para estabilizarmos e planearmos aquilo que são investimentos que temos de fazer
na capacidade operacional da
Polícia de Segurança Pública. Mas já estamos a tratar
desse assunto com o Governo Regional”, garantiu sem
adiantar pormenores.
Já no que concerne ao
reforço de meios o ministro
da Administração Interna disse que, “até ao final do ano, o
comando regional será contemplado com mais meios”.
Miguel Macedo não expli-
cou qual será o reforço em
concreto, no entanto, avançou que “estão vários lotes de
viaturas a concurso, alguns já
foram entregues e outros por
entregar. No âmbito da repartição desses meios pelo território nacional (que é uma
competência da direcção
nacional da PSP), estou certo que a Região Autónoma da
Madeira não vai deixar de ser
contemplada”, vincou.
O ministro da Administração Interna lembrou que o
processo de apetrechamento
das forças policiais teve início
no ano passado e é moroso.
Miguel Macedo esclareceu
que está a ser feito um investimento conjunto para as forças de segurança, PSP e GNR,
que totalizava 12 milhões de
euros e, “este ano, já tivemos oportunidade de reforçar ainda mais essas verbas. É um aspecto essencial
do ponto de vista operacional porque, de facto, durante
muito tempo, não se fazia um
investimento nesta matéria
e estamos a tentar recuperar
esse tempo. Mas são processos morosos, são lotes dife-
rentes em função daquilo que
são as necessidades operacionais, mas espero que, até ao
final do ano, esteja tudo concluído”, considerou.
Ainda no âmbito da cerimónia evocativa do do 136.º aniversário do Comando Regional da Polícia de Segurança
Pública na Madeira o ministro da Administração Interna
salientou o facto de a criminalidade ter diminuído nos últimos três anos.
“Apesar de ser um pouco
estranho para alguns a criminalidade participada nos últimos três anos tem registado uma tendência decrescente, quer a criminalidade geral,
quer a criminalidade violenta
e grave”, afirmou.
No caso da Madeira o
ministro referiu que “a tendência foi exactamente no
mesmo sentido daquilo que
acontece em termos gerais no
resto do país”, disse, sublinhando, que a segurança de
pessoas e bens são condições
essenciais para o desenvolvimento económico, para a
criação de riqueza e para a
criação de emprego, sobretu-
do em regiões turísticas como
o arquipélago madeirense”.
Miguel Macedo mencionou que “os números que são
conhecidos para os sete meses
do ano de 2014 vão exactamente no mesmo sentido” o
que no entender do ministro,
significa que, “num mar de
dificuldades, de constrangimentos orçamentais e financeiros por que o país tem sido
forçado a passar, não foi posta em crise, nunca, aquilo que
eram as condições essenciais
para a actividade operacional
das forças e serviços de segurança”, disse.
Depois se acentuar o “altíssimo sentido de missão e de
espírito de entrega” das forças e serviços de segurança, Miguel Macedo concluiu
que “só isso permitiu que,
neste período especialmente difícil para o país, as previsões pessimistas no domínio da segurança tenham sido
desmentidas”.
De notar que a criminalidade geral na Madeira desceu
6,8% e a criminalidade violenta e grave desceu 2,2% em
2013. l
sociedade
Madeira com
mais professores
no desemprego
ra e nas funções que desempenham”, considerou, acrescentando que é necessário
rever essa situação, “por que
quando se aplica um modelo de avaliação competitivo
os professores, naturalmente,
por uma questão de defesa da
sua carreira orientam-se nessa direcção. A questão é que
não seja o cumprimento das
tarefas burocráticas a centrar a sua atenção. Deve ser
sim uma melhoria das suas
práticas pedagógicas. Deve
ser essa a orientação seguida
pelas escolas e pelos docentes
para a melhoria da qualidade
educativa”, vincou.
Sobre o arranque do ano
lectivo 2014/2015 Sofia
Canha salientou que o ano
lectivo arrancou “sem todas
as condições desejáveis que se
exigiria em termos de recursos humanos, porque as colocações ainda se estão a processar e as listas não foram
publicadas”.
Contudo, a dirigente sindical reconhece que as orientações dadas no processo de
colocação foram mais claras
que no ano transacto. “O lançamento tardio dos concursos causou algumas restrições e mais uma vez este ano
se repete o lançamento tardio dos concursos, que tam-
5
bém se ficou a dever a alterações dos próprios diplomas”,
declarou.
A presidente do SPM,
referiu ainda que os constrangimentos no arranque
do ano escolar têm como
principal responsável o lançamento tardio dos concursos de professores, “estando
ainda por colocar os docentes vinculados e contratados, o que tem implicações
na normal e desejável preparação e arranque do ano lectivo, colocando uma grande
pressão sobre as escolas e os
docentes”.
Sofia Canha augura “um
ano lectivo conturbado a nível
laboral devido ao desmantelamento da actual estrutura
da carreira docente” e por o
Governo “ter já aprovado a
tabela remuneratória única
que irá ser aplicada a toda a
Função Pública”.
De referir que este ano lectivo será marcado por uma
redução de alunos (cerca de
1500) nas escolas da Região.
O ano lectivo 2014/2015 na
Região Autónoma da Madeira
inicia-se, para os ensino básico e secundário, entre 17 e 19
de Setembro, para as creches
e jardins-de-infância o ano
escolar arrancou no passado
dia 3 de Setembro. l
CERTIDÃO
CARTÓRIO NOTARIAL DE GABRIEL
JOSÉ RODRIGUES FERNANDES
Apesar de não haver números concretos a presidente do Sindicato dos Professores da Madeira, Sofia Canha, está preocupada com o aumento do número de
professores desempregados na Região.
A dirigente sindical declarou ao Tribuna
da Madeira que embora as colocações
ainda não estejam concluídas é de prever que o número de professores desempregados seja superior a 2013.
Fabíola Sousa
A
[email protected]
presidente do
Sindicato dos
Professores da
Madeira (SPM),
Sofia Canha, está
preocupada com o aumento do desemprego na classe
docente da Região no ano lectivo 2014/2015 que arrancou
ontem 3 de Setembro.
Em declarações ao Tribuna da Madeira a coordenadora do SPM referiu que a
principal preocupação do sindicato em termos laborais é
“as dezenas de professores”
que vão ficar no desemprego neste ano lectivo e depois
a situação das condições profissionais de quem está no
sistema”.
Sofia Canha não consegue quantificar o número
de docentes que vão ficar no
desemprego mas assegura
que são mais do que no ano
transacto, uma vez que há
mais escolas encerradas.
“Não posso estar a extrapolar mas pelas informações
que disponho serão algumas
dezenas de professores que
vão ficar sem emprego. São
mais do que no ano passado”,
avançou.
A dirigente sindical refere
que o principal problema da
classe docente, neste momento, é que há um agravamento do trabalho dos docentes
num desvio das suas funções
essenciais que são as pedagógicas. Os professores vêemse cada vez mais atolados em
burocracia. E isto não é profícuo porque desviamo-nos
do essencial que é o trabalho
com os alunos. A seguir este
caminho não nos parece que
seja benéfico tanto para alunos e crianças como para os
próprios docentes. É preciso
reverter um pouco esta orientação”, alertou.
Sofia Canha critica a “lógica de competição” que está a
ser imposta pelo ministério
de Nuno Crato que conduz,
no seu entender, a um desvio
da qualidade educativa.
“Esta lógica que lança os
professores e as próprias instituições educativas no cumprimento do mérito, numa
lógica de competição pode
não ser salutar e faz com que
as próprias instituições e os
docentes centralizem um pouco a sua actividade na carrei-
Notário em substituição, conforme deliberação da Ordem dos Notários
Praça da ACIF, 9000-044 Funchal
(POR CIMA DA LOJA DO CIDADÃO)
(publicado no Tribuna da Madeira a 05-09-2014)
Certifico narrativamente, para efeitos de publicação, que no meu Cartório
Notarial e no livro de notas para escrituras diversas número DEZ-G, exarada a partir
de folhas quinze, se encontra exarada uma escritura de JUSTIFICAÇÃO NOTARIAL,
outorgada hoje, na qual Izilda Gonçalves de Sá, NIF 116.205.563, solteira, maior,
natural da freguesia do Jardim da Serra, concelho de Câmara de Lobos, onde reside
à Estrada da Corrida, nº 60, titular do cartão de cidadão nº 08873647, válido até
4 ZZ7, válido até 10/10/2016, emitido pela República Portuguesa, se afirma dona
e legítima possuidora, com exclusão de outrém, de um prédio rústico (terreno
agrícola e suas benfeitorias), com a área de setecentos e dezassete metros
quadrados, sito em Corrida, freguesia do Jardim da Serra, (anteriormente
pertencente à freguesia do Estreito de Câmara de Lobos), concelho de Câmara
de Lobos, a confrontar a norte com João de Abreu, sul e leste com o Caminho e
oeste com João de Abreu Andrade, inscrito na matriz predial em nome de Augusta
Gonçalves Diogo, sob o artigo cadastral 1/202 da secção D6, com o
valor patrimonial de € 7,13, não descrito na Conservatória do Registo Predial
de Câmara de Lobos; ao qual atribuem o valor de mil euros. Mais declara,
nos termos do n.º 4 do art.º 112.º do Código do Registo Predial, que não obstante o
prédio identificado e objeto desta escritura, oferecer semelhanças com os descritos
naquela mesma Conservatória sob os números dois mil quinhentos e cinquenta e um
e dois mil seiscentos e vinte e três, daquela freguesia, não existe qualquer relação
entre os mesmos. Que o identificado prédio veio à posse da justificante, no ano de
mil novecentos e setenta e seis, por doação verbal e não titulada, feita por seus
pais Manuel Andrade de Sá e mulher Augusta Gonçalves Diogo, esta última a titular
inscrita matricialmente, residentes ao dito sítio da Corrida. Assim, desde aquele
ano, a justificante está na posse e fruição do aludido imóvel, posse que manteve
sem interrupção até hoje, usufruindo de todas as suas utilidades, cultivando e
colhendo todos os seus frutos e suportando os respectivos impostos e encargos,
tendo adquirido e mantido a sua posse sem oposição de quem quer que fosse e com
conhecimento de toda a gente, agindo sempre por forma correspondente ao exercício
do direito de propriedade, sendo por isso uma posse pública, pacífica, contínua e
de boa-fé, que dura há mais de vinte anos, pelo que o adquiriu por usucapião, não
tendo, dado o modo de aquisição, documento que titule o seu direito de propriedade.
É parte certificada e vai conforme o original, declarando que da parte omitida nada
consta que altere, prejudique, modifique ou condicione a parte transcrita.
Funchal, vinte de Junho de dois mil e catorze.
O Notário,
(Notário em substituição da Notária Teresa Maria Prado de Almada Cardoso Perry Vidal, por
motivos de vacatura de lugar, cuja utilização do selo branco foi concedida por despacho da
Ministra da Justiça)
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TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 5 de Setembro de 2014
6
sociedade
TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 5 de Setembro de 2014
A febre do «banho público»
Vídeos dos banhos gelados estão a ser partilhados nas redes sociais
A campanha
começou em
Julho e pode-se
dizer que o banho
de balde com
água gelada já se
tornou “moda”. O
objetivo é angariar fundos para a
Associação Portuguesa de Esclerose Lateral Amiotrófica (APELA),
através da publicação de vídeos
nas redes sociais.
SARA SILVINO
O
[email protected]
que à partida
poderia ser uma
brincadeira já
se tornou quase um “vício”.
Há quem diga que o “banho
público” já é uma moda, face
à facilidade com que se estendeu, tanto na Madeira como
por vários países.
O jogo é simples. Uma pessoa escolhe três amigos do
Facebook e lança o desafio.
Em 48 horas, devem publicar
um vídeo nas redes sociais
em que apareçam a tomar
um banho. Mas para dificultar um pouco há uma regra a
cumprir por todos, o banho
tem de ser com água fria e
num lugar público.
Com uma mangueira, um
balde ou mesmo numa fonte,
o ‘jogo do tibu’, nome original da corrente, tem tido muitos adeptos. São centenas os
vídeos partilhados nas redes
socias e até alguns famosos já
aderiram.
A mensagem começou
assim: «Desafia os teus amigos a tomarem um banho em
público ou são obrigados a
pagar-te um jantar. Regras:
Não são aceites Piscinas, mar,
ou rios. Diverte-te :)».
São nomeadas quatro pessoas que vão ter de fazer o
mesmo ou têm de pagar o jantar a quem os nomeia.
Diz a “lenda” virtual que a
brincadeira começou nos EUA
como uma forma de demonstrar solidariedade com uma
criança com cancro, mas
depressa o conceito foi deixando o seu cariz solidário e
tornou-se um simples desafio
entre amigos.
Várias figuras conhecidas
já aderiram ao “banho público”. Cristiano Ronaldo foi a
mais recente personalidade a
aderir ao «Ice Bucket Challenge» e contou com a ajuda de Fábio Coentrão para o
fazer.
O jogador do Real de
Madrid deixou-se filmar a
tomar banho de água e gelo
em prol da causa de solidariedade que pretende angariar
fundos para apoiar a investigação médica em esclerose
lateral amiotrófica. Ronaldo
cumpriu as regras e desafiou
Beyoncé, Jennifer Lopez e o
rapper Lil Wayne. Os nome-
ados tinham 24 horas para se
molharem.
O treinador português do
Zenit, André Villas-Boas,
também entrou nesta onda
de solidariedade, assim como
José Mourinho.
«Banho público»
já regista mortes
Porém, nem tudo correu
como previsto. O que deveria ser um ato de solidariedade e brincadeira já registou mortes. Um jovem de 18
anos morreu afogado numa
pedreira abandonada, no Reino Unido. O jovem estava a
cumprir o desafio de tomar
um banho com um balde de
água como parte da campanha viral a favor da investigação da Esclerose Lateral
Amiotrófica.
De acordo com a imprensa britânica, Cameron Lancaster saltou de uma parede de pedra para uma pedreira abandonada coberta com
água, numa tentativa de realizar de maneira diferente o
«desafio do banho público».
Em comunicado citado pelo
«Daily Mail», a polícia limitou-se a informar que está em
curso uma investigação «para
determinar as circunstâncias
do que aconteceu».
Testemunhas afirmam que
o jovem saltou para a pedreira numa versão diferente
do desafio do balde de gelo:
optou por saltar para a água
gelada ao invés de despejá-la
sobre a cabeça.
Desafio do “banho público”
já levou à publicação de 2,4 milhões
de vídeos no facebook
A campanha viral que suporta a ALS, associação que apoia as pessoas que têm a doença
degenerativa também conhecida como doença de Lou Gehrig, já regista 2,4 milhões de vídeos
no facebook que comprovam os “banhos públicos” realizados.
Há dois tipos de banhos públicos: uns em que os utilizadores molham-se e desafiam outras
três pessoas a fazer o mesmo sob pena de terem que pagar um jantar; e depois há o desafio do
banho público/água gelada, conhecido como Ice Bucket Challange na versão original. Este último tem atraído a atenção de centenas de celebridades de todo o mundo e a viralidade está à
solta.
De acordo com os dados oficias do Facebook, foram publicados na rede social, até ao final
de 17 de Agosto, cerca de 2,4 milhões de vídeos que apoiam a campanha da ALS Research. Ao
todo a campanha já foi responsável por 28 milhões de interações entre vídeos publicados, gostos e comentários gerados.
EUA, Nova Zelândia e Austrália estão entre os países que mais têm contribuído para a viralidade dos banhos públicos. Desde o início da campanha no princípio de Julho que a ALS já conseguiu reunir mais de 5 milhões de dólares em donativos, aos quais se acrescentam agora os resultados sobre a exposição mundial da entidade e da doença que representa.
Outro caso reporta a quatro
bombeiros que ficaram feridos, e um deles em risco de
vida, depois de terem sido eletrocutados num banho público. Tony Grider, de 41 anos,
lutava pela vida depois do seu
camião ter ficado muito perto de fios de alta tensão, perto da Universidade Campbellsville, nos Estados Unidos,
onde a sua equipa ajudava
alguns alunos a participar no
‘Ice Bucket Chalenge’.
Segundo o CM, Simon
Quinn, de 22 anos, também
ficou gravemente ferido. Os
outros dois bombeiros ficaram feridos ao tentar salvar
os colegas. Tinham acabado
de completar o banho público
que atirou água sobre toda a
banda da universidade e apanharam um choque elétrico
quando desciam as escadas
do camião.
Donativos
para os Bombeiros
A onda de solidariedade ultrapassa fronteiras. O
“banho público” também já
chegou aos Bombeiros. Após
a nomeação, os nomeados
devem tomar o respectivo
banho público, doar no mínimo 5 euros aos Bombeiros da
sua área e nomear três pessoas, tendo 48 horas para o
fazer. Cada um que recuse o
desafio deve doar aos Bombeiros da sua área um mínimo de 10 euros e nomear três
pessoas.
A regra diz que tudo deve
ficar devidamente filmado e
partilhado obrigatoriamente
neste evento, podendo ainda e devendo ser partilhado
nas páginas pessoais para que
os novos nomeados tenham
oportunidade de tomarem
conhecimento.
É realçado que esta iniciativa foi criada para os Bombeiros de Elvas, podendo ser
alargada a todo o país.
A maioria das pessoas aderiu, de imediato, ao banho.
Mas há quem garanta que não
vai a banhos, mas ajuda na
mesma. A Associação Ajuda
a Alimentar Cães tem recebido mensagens de pessoas a
afirmar que em vez do “banho
público” estão a fazer donativos para a associação. l
af imp nos quatro agosto 250x325 tribuna.pdf
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29/08/14
17:44
TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 5 de Setembro de 2014
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política
TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 5 de Setembro de 2014
Representante do PNR
voltou atrás na demissão
Coordenador diz que texto sobre homosexualidade
nao fez perder confiança em Fábio Henriques
Um artigo de opinião, intitulado «É preciso acabar com a discriminação sexual nas escolas da RAM», levou à demissão, na semana passada, do representante do Partido Nacional Renovador
(PNR) na Madeira. Fábio Henriques disse ter sido “alvo de injúrias, mentiras
e ataques pessoais» que fizeram mossa na sua família e vida pessoal». Entretanto mudou de ideias e voltou ao partido nacionalista.
L
PUB
uís Ornelas, o coordenador do PNR na
Madeira (PNR-M),
garantiu no início
desta semana que a
demissão de Fábio Henriques
«nunca foi aceite». Depois da
polémica causada pela defesa da não discriminação sexual nas escolas, o representante
do PNR-M recebeu assim um
apoio ao mais alto nível do par-
tido a nível regional.
«Deixei claro a minha posicao e do PNR-M e não concordei com o texto sobre a homosexualidade da autoria do Fabio,
mas em nenhum momento
perdi a confianca na pessoa»,
justificou o dirigente regional
do partido nacionalista.
O coordenador do PNR-M
garantiu não ter pactuado com
«os ataques pessoais do PNR
nacional a Fabio Henriques
e sua familia», mas também
insurgiu-se contra o «aproveitamento da Esquerda (PS)
e Extrema Esquerda (PCP/
CDU, BE, PTP) a toda esta
situacção».
«Infelizmente estavam se
aproveitando da inexperiência de um jovem corajoso, trabalhador e com bom coracão,
abalando uma família inteira
de pessoas de bem. Ninguém
merece tanto por tão pouco aos
24 anos de idade. O Fabio é
um jovem com enorme potencial e com a guia de Deus ainda
vai dar muito a Regiao Autónoma da Madeira», apontou Luís
Ornelas.
«Credos pessoais»
postos atrás das costas
O volte-face na demissão de
Fábio Henriques ter-se-à dado
após conversas mantidas com
a cúpula regional do PNR, no
início desta semana, resultando na decisão de «voltar a trabalhar em conjunto para que a
Madeira possa ter uma alternativa viável à oposição e ao
Governo».
«O entendimento é sempre possivel, quando valores
fundamentais para a Região
estão acima de qualquer ideia
pessoal», sublinhou o PNR-M
em comunicado enviado às
redações.
Tal como o partido, Fábio
Henriques também veio
a público para justificar a
mudança de ideias ocorrida
no espaço de sensivelmente
uma semana.
«Existem situações na vida
em que é necessário colocar os
credos pessoais atrás das costas em benefício de todo um
povo e de uma Região. O texto que deu origem à minha
demissão do PNR foi um texto
escrito com paixão, mas igualmente com precipitação», assinalou. «O foco que foi dado ao
assunto partiu de uma generalização que não devia em qualquer circunstância se restringir
apenas aos homossexuais.»
Fábio Henriques reconhece
que incorreu na «crítica fácil»,
mas que o seu objectivo «não
foi promover a homossexualidade, tão só falar do fenómeno bullying». Um «mea culpa» feito antes do regresso ao
seio do partido.
«Devido ao projecto ambicioso do PNR-M, liderado pelo
doutor Luís Ornelas, resolvi esclarecer o assunto junto
dos mesmos, e conjuntamente decidimos voltar a trabalhar
de maneira a prosseguir com
o projeto que vai claramente
revolucionar a política madeirense e permitir aos madeirenses uma escolha seria, competente e profissional sem nunca
abdicar da ética e integridade»,
apontou esta semana em comunicado. «Um bom partido não é
aquele em que não existe liberdade de escolha nem diálogo,
mas sim aquele que escuta as
diversas opiniões internas, que
sabe perdoar e admitir erros de
forma a não repeti-los.»
Demissão por defender
homossexuais
Fábio Henriques disse a
semana passada ter sido «alvo
de injúrias, mentiras e ataques pessoais» devido ao artigo de opinião «É preciso acabar com a discriminação sexual
nas escolas da RAM». Devido
à «posição de protecção contra a agressão psicológica sistemática que os homossexuais
sofrem nas escolas», disse ter
sido «chamado à atenção pelos
responsáveis do partido».
«A verdade é que senão fosse a minha acção, de que hoje
me arrependo profundamente,
nunca ninguém saberia quem
era o PNR aqui na Madeira»,
apontou. «É com muita tristeza
que anuncio que deixei o cargo
de representante do PNR-M.»
No texto de opinião, Fábio
Henriques considerou que
«é necessária uma completa
mudança de tratamento social»
concedida aos cidadãos que são
discriminados sexualmente.
«O PNR-M defende que é
necessária uma educação nas
escolas para a liberdade sexual responsável, uma educação
que vise romper com os preconceitos de raça, sexo ou credo», escreveu.
De acordo com o documento, os homossexuais «continuam a ser maltratados nas escolas da RAM, econtinuam a ser
vítimas de uma escola que os
desprotege e acima de tudo os
rotula».
«O PNR- M tem conhecimento de vários casos em que
os jovens são perseguidos, são
vítimas de ofensas físicas e
psicológicas. Estas perseguições originam muitas vezes o
abandono escolar, fomentam
as crises psiquiátricas e fazem
com que muitos acabem por
se refugiar nas drogas e no
álcool», afiançou então Fábio
Henriques. l
ricardo soares
sociedade
Renascença promoveu a Madeira
durante uma semana
A Rádio Renascença esteve em
directo, na Madeira, com o programa “Olá Manhã” e
o repórter Renato Duarte durante
uma semana fez
reportagens nos
locais mais emblemáticos da ilha.
Fabíola Sousa
[email protected]
O
programa “Olá
Manhã”
da
Rádio Renascença esteve
durante uma
semana na Madeira com o
repórter Renato Duarte a
fazer reportagens em directo
todos os dias dos pontos mais
importantes da ilha.
Na segunda-feira, dia 2
de Setembro, o repórter da
Renascença começou a viagem pela Madeira no Cabo
Girão onde viu o nascer do sol
e logo de seguida esteve à conversa com um bananicultor
na Madalena do Mar e ficou
a saber tudo sobre a plantação da banana da Madeira.
Também teve a oportunidade
de falar com Lígia Correia da
Gesba que explicou porque é
que a banana madeirense é a
melhor do mundo.
No segundo dia de viagem as reportagens de Renato Duarte centraram-se nas
casas típicas de Santana onde
teve oportunidade de falar
com Regina Ribeiro Sobre as
típicas casas de Santana.
De forma triangular e telhado de colmo, as casas são uma
imagem de marca da região
e tem havido uma preocupação dos poderes públicos e
dos proprietários em reabilitar e conservar estas casas
que fazem parte do património da ilha.
A terceira incursão do
repórter do “Olá Manhã” foi
no Curral das Freiras, um
local com uma beleza natural
extraordinária, com mais de
224 anos de história. No século XVI quando a cidade do
Funchal foi atacada por corsários franceses, fez com que
as religiosas do convento de
Santa Clara ali se refugiassem,
dando origem ao nome Curral das Freiras. Odete Santos,
cozinheira da Casa do Povo,
esteve a falar com o Renato
Duarte sobre as especialidades daquela região: broa da
castanha, ginja e licor de castanha. O repórter e os locutores do “Olá Manhã” ficaram
com água na boca, mas ao que
parece ainda não foi desta que
provaram a iguaria.
Na quarta-feira as reportagens de foram feitas nos Car-
ros de Cesto do Monte e nas
Piscinas do Porto Moniz onde
Renato falou com o nadador salvador Norberto e com
alguns veraneantes do Funchal e do Machico.
Todas as reportagens áudio
e vídeo podem ser revistas no
facebook e no site da Renascença e através do seguintes
links :
https://soundcloud.com/
grupo-rcom/renato-duartena-madeira-cabo-girao
https://soundcloud.com/
9
grupo-rcom/renato-duarte-na-madeira-banana-damadeira
https://soundcloud.com/
grupo-rcom/renato-duartena-madeira-porque-e-quea-banana-da-madeira-e-amelhor-do-mundo
https://soundcloud.com/
grupo-rcom/renato-namadeira_casas-de-santana
https://soundcloud.com/
grupo-rcom/renato-namadeira_curral-das-freiras
PUB
TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 5 de Setembro de 2014
10 entrevista
TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 5 de Setembro de 2014
“O Carvalheiro quer ser uma
referência pela sua intervenção
social e desportiva no Funchal”
Fundado a 13 de Junho de 1937, por
Ulrique Diogo Veríssimo, César Vieira
Gomes, José Tiago de Almeida, João de
Oliveira e Manuel Policarpo de Sousa,
o Clube de Futebol Carvalheiro desde
sempre assumiu-se como um “agremiação de desportistas amadores, conforme determinam os seus estatutos, ainda hoje em vigor. Após um período conturbado na década de 90, que levou ao
encerramento de toda a actividade desportiva, o Carvalheiro é hoje uma referência no Imaculado Coração de Maria,
a freguesia que o acolhe. Pedro Araújo, dirigente com experiência no mundo
do futebol, aceitou em 2012 o desafio
de candidatar-se à presidência do clube
e, desde então, o reconhecimento desta instituição tem sido uma constante,
seja pelos resultados, pela formação ou
pela forte componente social que esta
direção instituiu.
Aproximar o clube das pessoas da freguesia, e não só, foi o primeiro passo
para a notoriedade do Carvalheiro. Para
o efeito as instalações foram alvo de
melhoramentos tendo sido criada uma
biblioteca, reaberto o centro de convívio e renovada a sala de troféus. A forte aposta na formação, em novas modalidades e a comunicação constante através da internet foram determinantes
para a imagem que o clube tem hoje.
Natália Faria
T
ribuna - Como
é que o Pedro
Araújo,
que
esteve tantos
anos ligado ao
futebol profissional, vem
parar à presidência de
um clube de desportistas amadores como é o
Carvalheiro?
Pedro Araújo - O Carvalheiro é, em termos de fundação, uma agremiação amadora. A minha ligação ao Carvalheiro começou na altura
em que eu coordenei o futebol jovem do C. S. Maríti-
Fotos: Fábio Marques
Pedro Araújo, Presidente do Clube de Futebol Carvalheiro
entrevista
TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 5 de Setembro de 2014
mo. Nessa ocasião, criei aqui
um núcleo de futebol. Para
além disso, eu sou residente
aqui na zona. Depois há também o facto de haver um grupo de amigos meus que têm
um passado ligado ao Carvalheiro e a determinada altura
colocou-se esta possibilidade
e foi-me lançado este desafio
de criar uma lista para liderar
os destinos do clube. Em função, quer da minha experiência ligada ao desporto (após
duas décadas ligadas ao treino desportivo e também à
coordenação de departamentos desportivos), bem como
em função da experiência que
tenho na gestão empresarial,
havia condições para que eu
acreditasse que tinha potencial para poder fazer um trabalho que podesse contribuir
para o desenvolvimento do
Carvalheiro.
Foi com o presuposto de
que estava a abraçar um desafio muito aliciante que cá
entrei em 2012, percebendo
que poderia dar o meu contributo para levar o Carvalheiro a honrar o seu historial, porque estamos a falar
de uma coletividade fundada em 1937, que tinha acabado de completar 75 anos.
Normalmente para mim estas
questões têm muito a ver com
desafios.
Tribuna - E como encontrou o clube quando chegou à presidência? Tornou o clube mais visível.
Pedro Araújo – Isto,
como em tudo na vida, há
ciclos melhores e ciclos menos
positivos e, em função da conjuntura financeira que se vive,
o Carvalheiro estava a passar
por uma fase de maior dificuldade, sem qualquer desprimor pelo trabalho que vinha
sendo desenvolvido, até porque quem cá estava é também
uma pessoa que tem uma vida
ligada ao clube que é o senhor
José Gregório Gonçalves. Mas
de facto, em função desta conjuntura, o clube estava numa
situação de dificuldade. Havia
a equipa de futebol sénior,
havia a secção de ciclismo já
com muitas dificuldades, só
com dois ou três atletas, e
havia também uma secção de
bilhar. Aquilo que nos propusemos fazer foi um trabalho também virado para a formação. Porque o clube não
tinha esta vertente e achamos
que esse é um papel fundamental que os clubes devem
ter. Ou seja, não faz sentido ter uma modalidade ao
nível sénior, se não tiver um
alicerce que lhe dê sentido.
Portanto, entendi que devíamos, em todas as modalidades, se possível, criar estruturas destinadas à formação.
Por outro lado, o nosso entendimento é que o trabalho dos
clubes deve extravasar a vertente desportiva e ter também uma componente social
e a área da formação tem também essa característica. Além
disso essa componente social
pode se estender a outras formas, nomeadamente na colaboração com outras instituições que prosseguem os mesmos objetivos. E decidimos
ter também aqui uma vertente cultural e recreativa, para
não estarmos focados exclusivamente naquilo que é o desporto formal. O objetivo foi
instituir um conjunto de actividades vocacionadas para os
sócios, para os simpatizantes
e para a população em geral,
que tornassem o objeto social
do clube mais enriquecedor.
Tribuna – As pessoas
aqui da zona voltaram a
frequenter o clube e aderem às actividades que
este disponibiliza?
Pedro Araújo - Temos
uma participação muito interessante, até porque uma das
coisas que fizemos, logo em
2012, foi reabrir o centro de
convívio, numa perspetiva de
abrir o clube às pessoas, para
que estas participassem activamente. E temos, felizmente,
algumas atividades em que as
pessoas têm uma participação
muito activa, nomeadamente uma secção de zumba fitness que funciona aqui durante a semana (neste período
de verão apenas às quartas
feiras, mas no período normal aos sábados também). E
depois, pontualmente, vamos
fazendo algumas actividades
de cariz social, recreativo e
cultural às quais as pessoas
aderem com muita satisfação. Nós, por exemplo, quando fizemos aqui em 2013 a
comemoração do 76º aniversário, que foi o nosso primeiro
arraial, notamos a satisfação
e adesão das pessoas. Desde que tomámos posse assinalamos os nossos aniversários com um arraial popular e
temos tido aqui muitas pessoas. Nas conversas que fomos
tendo, apercebemo-nos que
voltaram pessoas que já não
vinham ao clube à trinta anos
e portanto houve aqui manifestações de grande satisfação
e saudosismo, que realmente
nos deixam felizes, porque vão
de encontro áquilo que eram
as nossas pretensões, não só
chamar as pessoas ligadas ao
passado, mas trazer também
pessoas mais jovens que possam garantir o futuro do clube. Se não houver este trabalho vocacionado para a juventude, digamos que o futuro do
clube também fica ameaçado. Tinhamos e continuamos
a ter esse objetivo de recuperar e trazer todas aquelas pessoas que podessem ter estado ligadas ao passado do clu-
“Tínhamos e continuamos a ter
o objetivo de recuperar e trazer
todas as pessoas que podessem
ter estado ligadas ao passado
do clube. E também renovar a
participação no clube com pessoas
mais jovens”
be. E também renovar a participação no clube com pessoas
mais jovens.
Tribuna - Estas modalidades que o clube tem
foram instituídas quando
chegou à presidência ou
já existiam?
Pedro Araújo - Temos
novas modalidades também
na perspetiva de aumentar
a oferta desportiva. Ao fazer
isso, vamos à procura de
outros segmentos de mercado
que possam contribuir para
que por um lado o Carvalheiro seja cada vez mais útil para
a sociedade (portanto com-
11
plementando aqui a sua oferta desportiva) e por outro lado
contribuindo também para a
divulgação da marca Carvalheiro. Aquilo que se fez em
relação ao futebol, por exemplo, foi apostar ao nível da
formação e começámos por
criar escolas de futebol. Em
2013 constituímos a primeira
equipa de sempre de iniciados
do clube, e este ano no seguimento desse trabalho criamos uma equipa de juvenis.
No espaço destes dois anos, o
Carvalheiro, para além de ter
a sua equipa senior, passou
a ter escolas de futebol onde
movimentamos cerca de 40
crianças. Temos a equipa de
iniciados, a equipa de juvenis
e a equipa de futebol sénior.
No futebol tentamos também
conciliar o nosso papel social
com uma perspetiva de tentar
melhorar os nossos desempenhos desportivos. Porque é uma questão que tem
de estar sempre associada
ao nosso trabalho. Tem que
haver um pouco esta ambição
pelos bons resultados, porque embora assumindo que o
nosso projeto tem sobretudo
uma forte componente social,
no desporo tem que haver um
pouco esta ambição. Criámos
aqui condições para que também a equipa sénior podesse
ter um desempenho mais condigno com a história do clube e o resultado foi a classificação que alcançámos na época passada, que é das melhores classificações dos últimos
20 anos, suponho eu. Não há
memória no passado recente de uma classificação tão
positiva.
Em relação às modalidades, no ciclismo, para além de
mantermos o ciclismo sénior,
fizemos também uma aposta na formação, criando aqui
uma escola de ciclismo.
No bilhar, por ser uma
modalidade que não tem tradição de formação, tentamos
criar uma escola de formação, mas ainda não conseguimos implantá-la. É uma
situação que neste mandato
vamos insistir porque acreditamos que é possivel. Não digo
uma iniciação para crianças,
mas junto dos jovens poderá ser uma aposta interessante. É um dos objetivos que
nós temos porque achamos
que faria mais sentido termos
uma secção de bilhar vocacionada para os jovens do que ter
apenas o bilhar para os mais
velhos.
Entretanto criamos também uma secção de matraquilhos, que visa dinamizar o
nosso centro de convívio, através da realização das competições aqui nas instalações.
Criámos uma secção de
voleibol vocacionada para as
crianças, que é o gira-volei
12 entrevista
(designação que a Federação
de Voleibol atribui à iniciação, um projeto a nível nacional para crianças ds 8 aos 14
anos). A Associação de Voleibol da Madeira teve abertura
para connosco e tem tido uma
postura que temos de enaltecer, incentivando e colaborando com o Carvalheiro no
sentido de constituir esta secção de gira volei, que tem
neste momento cerca de 15
crianças, não obstante ser um
projeto recente, lançado em
Novembro de 2013. A ideia
para o voleibol é, gradualmente e em função deste trabalho de base que estamos a
lançar, ir dando outros frutos,
de forma a que o Carvalheiro
possa, no futuro, apresentarse com outros escalões.
Estamos também a analisar (e as coisas estão bem
encaminhadas nesse sentido),
a possibilidade do Carvalheiro, em parceria com a associação Aura, iniciar uma secção
de Futsal. Mas vamos fazê-lo,
nesta primeira fase, através
do Inatel e não da Associação
de Futebol. Isto tem a ver com
uma questão de controlo de
custos, porque através do Inatel o envolvimento financeiro é substancialmente menor
e portanto numa primeira
fase achamos que, atendendo
aos objetivos que pretendemos, faz o mesmo papel estarmos filiados através do Inatel.
Quem sabe, no futuro então
poderemos avançar através
da Associação de Futebol.
Outra situação que esta
nova direção está a equacionar, também na perspetiva da rentabilização do seu
polidesportivo, é a possibilidade de iniciar uma secção
vocacionada para a iniciação,
para as crianças, ou de andebol ou de basquetebol. Em
relação ao andebol as condições estavam criadas porque
o nosso recinto tem todas os
requisitos para isso. Mas, por
outro lado, existem aqui à volta alguns projectos já ligados
ao andebol e o Carvalhleiro
pretende apresentar uma proposta que seja diferenciadora. Ao nível do Andebol há o
Infante cá em cima, a Bartolomeu Perestrelo aqui em baixo,
a Levada, portanto tudo projetos que já têm andebol. Em
relação ao basquetebol isso
não se verifica. A dificuldade
seria fazer uma adaptação no
nosso espaço, de modo a ter
aqui as tabelas para podermos
iniciar uma escola de basquetebol, É um possibilidade na
qual estamos já a trabalhar,
porque de fato, dentro de um
pressuposto de sustentabilidade administrativa, organizacional e financeira, gostaríamos de avançar aqui com
mais uma modalidade.
Tribuna - Como se finan-
TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 5 de Setembro de 2014
“Sou da opinião que um clube
com a história e longevidade do
Carvalheiro tem que ter esta visão
mais alargada, mais global de ser
um clube de cidade e não apenas
de um clube de freguesia”
cia um clube desta natureza? Sabemos que pôs as
contas em ordem…
Pedro Araújo - Esse é de
facto um dos trabalhos mais
difíceis e é uma das minhas
principais preocupações, quer
quando assumi este projeto
em 2012, quer agora em 2014
quando me recandidatei. Mas
aquilo que temos procurado
fazer é um trabalho no sentido de diminuir o peso das
subvenções oficiais do orçamento do clube. E isso progressivamente tem sido conseguido, em primeiro lugar
com o contributo dos nossos sócios. Em 2012 reativamos o sócio do Carvalheiro e
neste momento temos cerca
de 200 sócios pagantes, que
é um número muito interessante, atendendo à dimensão
social da nossa coletividade.
Por outro lado, temos tentado criar condições de visibilidade para os nossos parceiros, de modo a que tenhamos ações de parceria em que
as empresas que colaborem
connosco sintam que as suas
marcas estão a ser valorizadas por esta aliança que fazem
com o Carvalheiro. Digamos
que há aqui um trabalho conjunto. Não é aquela perspetiva de uma empresa que apenas dá um determinado valor
para ter em contrapartida um
recibo para efeitos de dedução fiscal. Há sim uma parceria que tem vai mais além do
que isso, no sentido de que
as marcas que se associam ao
Carvalheiro sentem que estar
ligado ao Carvalheiro também
incrementa a sua actividade
e o reconhecimento da sua
marca.
Para quem está, como eu,
ligado à outra vertente, à das
empresas, sabe que nos dias
de hoje as empresas para
poderem estar associadas a
este tipo de projetos desportivos têm que sentir que há
retornos efetivos também em
relação à visibilidade da sua
marca. E é um pouco isto que
o Carvalheiro está a fazer.
Tribuna - Uma das vossas apostas é uma forte
presença nas redes sociais
e internet. Têm os resultados que esperavam?
Pedro Araújo - Se não
houvesse atividade para
divulgar não valia a pena ter
todos esses canais de comunicação com o exterior, portanto seria algo sem substância. Por outro lado, também
é importante que, estando o
Carvalheiro a desenvolver a
atividade que está a desenvolver que é multifacetada,
possa divulgar tudo isso junto dos seus sócios e simpatizantes e a melhor forma de o
fazer é recorrer a todos estes
canais de comunicação que
hoje são quase que imprescindíveis na vida de uma
organização. O Carvalheiro,
tendo essa percepção, tem de
facto apostado bastante nas
questões relacionadas com o
marketing e tem, alias, uma
estratégia de marketing claramente definida e delineada. Seis meses depois de termos tomado posse, lançamos
o site do clube, embora constantemente sujeito a melhorias, procurando adaptar a
imagem àquilo que tem sido
também uma perspetiva de
rejuvenescer a marca Carvalheiro. Também aderimos às
redes sociais, que já não são
uma moda mas uma realidade na vida das pessoas. Entendemos que há que aproximar
o Carvalheiro da comunidade
e a forma de o fazer tem a ver
com as atividades que desenvolvemos, mas também com
a promoção dessas mesmas
atividades.
Tribuna - Outra vertente que o Carvalheiro também assumiu foi a de realizar ações de solidariedade. Vão continuar?
Pedro Araújo - Sim.
Além dos departamentos desportivos temos um departamento sócio-cultural, que tem
3 grandes áreas de intervenção: ação social, ação cultural/educativa ou formativa e
a parte recreativa. Dentro da
ação social estão essas iniciativas com fins solidários, em
que o Carvalheiro associa-se a
outras instituições que prosseguem objetivos sociais, desenvolvendo campanhas que possam ajudá-las no cumprimento da sua missão. E já versamos a Liga Portuguesa contra
o Cancro, o Centro da Mãe,
a Associação Monte de Amigos. Temos desenvolvido aqui
algumas iniciativas cujo objetivo é colaborar com essas
instituições.
Fizemos, por exemplo, em
Janeiro de 2013, por ocasião
do Dia de Reis, uma visita ao
lar de Santa Isabel em que
associamos alguns elementos ligados à música, levamos
as nossas escolas de formação. Foi uma ação intergeracional, em que proporcionámos aos utentes deste lar
um momento de diversão e
de contacto dierente. E temos
algumas ideias para tentar
realizar, ao longo deste biénio, no sentido de dar seguimento a este papel social. Em
termos culturais e educativos, criamos uma biblioteca
aqui no clube. Consideramos
que era de toda a pertinência termos aqui uma biblioteca que pudesse ser frequentada pelas crianças que utilizam
as nossas instalações, nomeadamente as escolas de futebol, as escolas de voleibol,
bem como os nossos sócios e
simpatizantes que visitam o
nosso centro de convívio, conferindo assim uma perspetiva mais cultural ao clube. Em
termos recreativos temos aqui
a modalidade do zumba, que
é uma modalidade não formal, portanto não tem associação, mas é uma modalidade que se insere nessa perspetiva de desenvolver ações com
fins recreativos para a comunidade. Cedemos também um
espaço à radio Metronic FM,
com a qual temos uma parceria e fazemos um programa
sobre o clube.
Tribuna - Fale-nos um
pouco da actividade que
está prevista para amanhã, dia 6, o Open Day.
Pedro Araújo – Amanhã
vamos fazer, aqui no nosso
polidesportivo, um open day,
uma aula de classe movimento, ação associada ao dia Mundial da Fisioterapia. Estas
aulas são um tipo de ginástica muito adaptado a pessoas
com algumas dificuldades de
locomoção, fundamentalmente público sénior que, através
de exercícios muito específicos, que são ministrados por
um fisioterapeuta, criam condições para melhorar a sua
qualidade de vida. Para além
daquilo que isto representa
em termos sociais, as pessoas poderem conviver, partilhar momentos diferentes e
em conjunto, saírem das suas
casas e participarem em coletivo. E a nossa ideia é verificar, em função deste open
day se existe público suficiente para podermos desenvolver
aqui uma actividade regular
desta natureza, com pessoas em número suficiente para
termos aqui uma actividade
regular de classe movimento
ou se ficamos por este tipo de
iniciativas mais pontuais.
Tribuna - O Clube tem
apenas estas infraestruturas. Como fazem quando chove?
Pedro Araújo - Neste momento as infraestruturas resumem-se a este pequeno campo. Quando chove não
temos alternativa. Nós fizemos uma abordagem junto
da câmara municipal do Funchal com o objetivo de colocar
uma cobertura no nosso polidesportivo, em que a primeira colaboração da parte desta seria apenas a possibilidade de um arquiteto ligado à
CMF fazer o desenho e nós
trabalhávamos depois a parte do orçamento junto de 3 ou
4 empresas especializadas, só
para ficarmos com uma noção
de que valor é que precisamos. Até porque antes disso
temos uma outra preocupação
relacionada com a vedação do
polidesportivo, que carece de
uma requalificação, de modo
a que a segurança não possa
ser minimamente posta em
causa. Esta é de facto uma
conjuntura adversa. Acredito
que há 15 anos atrás ou talvez
nem tanto, há 10 anos atrás,
o Carvalheiro com a dinâmica
que tem hoje, com o reconhecimento social que há hoje da
nossa intervenção, se calhar
até poderia aspirar a ter um
espaço mais condigno com o
seu historial, na freguesia do
Monte, que é a sua freguesia
de origem. Porque, de facto,
o Funchal está muito carenciado em relação a recintos
para a prática de futebol de 11,
como se sabe. Neste momento e verificando as dificuldades que as familias passam e
as próprias entidades oficias
também para poderem cumprir os seus propósitos, naturalmente que é impensável
estar a ponderar uma infraestrutura dessa envergadura.
Aquilo que vamos tentar fazer
é arranjar espaços que, não
sendo do Carvalheiro, possam
não estar a ser devidamente potenciados e dessa forma
dar o nosso contributo para
com as entidades oficiais, que
procuram que os clubes um
forma de substituir o estado
no cumprimento de determinadas funções sociais, que são
importantíssimas.
Tribuna - O Pedro pensa
recandidatar-se quando
terminar este mandato?
Pedro Araújo - É muito prematuro porque acabei
de me recandidatar. A noção
que eu tenho é que, para projetos desta natureza funcionarem, há períodos de tempo
que são ideais. E esses períodos de tempo vão dos 4 aos
6 anos porque depois há um
desgaste, que é perfeitamente natural, mas se não houver uma renovação corre-se o
risco que o clube possa sofrer
com isso.
Como o meu propósito é,
sobretudo, que o clube possa continuar a crescer, independentemente das pessoas
que cá estiverem, o entendimento que eu terei que
ter na altura é se o ciclo se
fechou, se os níveis motivacionais se mantêm, se há condições para manter os índices de crescimento. Essa ava-
liação só poderá ser feita em
2016, que é quando termina este mandato. Mas a perspetiva que eu tenho é que
não se deve eternizar pessoas
ao comando de instituições,
sem que estejam garantidas
as condições para uma renovação constante. Essa renovação pode, por vezes, ser feita com as mesmas pessoas na
liderança, mas é um trabalho
naturalmente mais difícil, em
função daquilo que eu disse
anteriormente.
Tribuna - Como gostaria de ver o clube após
deixar de ser presidente?
Pedro Araújo - Para
este mandato assumimos um
objetivo que tem a ver um
pouco com a visão que eu
tenho do Carvalheiro em termos de futuro, que é criar
condições para que a médio
prazo o Carvalheiro possa
ser uma referência pela sua
intervenção social e desportiva na cidade do Funchal.
A minha visão do Carvalheiro é que este sendo hoje uma
referência indiscutível na freguesia do Imaculado Coração de Maria (a sua freguesia de implantação geográfica), poderá ter todas as condições, dando seguimento ao
trabalho que está a ser desenvolvido, para no futuro ser
uma referência na cidade do
Funchal, tendo uma papel
cada vez mais interventivo
ao nível da formação. Tentamos perceber para onde
caminham os gostos e as apetências da juventude e apostamos nessas modalidades,
também com uma crescente
intervenção social, cultural
e recreativa junto da comunidade, num contexto cada
vez mais global. Procuramos
também, dentro das possibilidades financeiras, porque isto, quer se queira quer
não, está sempre associado à
parte financeira, ir progressivamente imcrementando os
resultados das nossas prestações desportivas. São estes
resultados que ajudam a veicular mais facilmente a mensagem, sem nunca nos desviar de um papel que tem
de ser sobretudo social. Posto isto no futuro, espero que
o Carvalheiro seja uma referência em todas as freguesias
do Funchal, sem por em causa o trabalho que cada clube,
nas suas respetivas freguesias, vai desenvolvendo.
Sou da opinião que um clube com a história e longevidade do Carvalheiro tem que
ter esta visão mais alargada,
mais global de ser um clube de cidade e não apenas de
um clube de freguesia, não
obstante o importante trabalho que tem que desenvolver
na sua freguesia de implantação. l
entrevista
13
CARTÓRIO NOTARIAL PRIVADO
DA PONTA DO SOL
NOTÁRIO – NUNO VIEIRA BARBOSA
Largo do Pelourinho, Ponta do Sol
Telf: 291 973 275 Fax: 291 973 276 Email:
[email protected]
(publicado no Tribuna da Madeira a 05-09-2014)
NUNO VIEIRA BARBOSA, Notário do Cartório Notarial Privado da Ponta
do Sol, CERTIFICA para efeitos de publicação, que por escritura, lavrada
hoje de folhas cinquenta e dois a folhas cinquenta e quatro do livro
de notas para escrituras diversas número sessenta e oito deste Cartório
compareceram:
FRANCISCO CRISÓSTOMO DANTAS, NIF 178 090 964, e mulher,
MARIA LINA DE SOUSA GONÇALVES ROCHA DANTAS, NIF 179 065
858, casados sob o regime da comunhão geral de bens, naturais da freguesia
e concelho de Câmara de Lobos, onde residem à Rua Padre Pita Ferreira, n.º
130, 9300-306, que declararam:
Que são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem dos
seguintes imóveis:
1) Prédio rústico, composto por terra de cultivo, localizado no Sítio da
Palmeira, na dita freguesia de Câmara de Lobos, com a área de mil seiscentos
e setenta metros quadrados, que confronta a Norte com Ribeiro e Francisco
Crisóstomo Dantas, a Sul com Vereda, Martinho Gomes de Faria e Francisco
Crisóstomo Dantas, a Nascente com António Martins Barros e João de Ponte
Rodrigues e a Poente com Pedro Leitão de Branco e Brito, Francisco Alves da
Silva e Outro, inscrito na matriz em nome João Luciano Dantas Gonçalves,
Berta Inês Gomes Dantas, João Ursicino Gomes Dantas, Maria José Gomes
Dantas, Francisco Crisóstomo Dantas, João Rafael Dantas, Josefa da Graça
Dantas, Antonino Ângelo Dantas, José Heliodoro Dantas, Arnaldo Lino Dantas,
Inês Neli Dantas e de Carlos Câncio Dantas, sob o artigo 28 da Secção “AS”,
anteriormente sob parte do artigo 365, com o valor patrimonial atual e o
atribuído de quinhentos e oitenta e seis euros e cinquenta e quatro cêntimos;
que o prédio acima identificado encontra-se descrito na Conservatória do
Registo Predial de Câmara de Lobos sob o número três mil seiscentos e vinte,
daquela freguesia, onde se acha registada a aquisição a favor de Francisco
Assis Dantas, pela inscrição apresentação seis de vinte e nove de Julho de mil
novecentos e cinquenta.
2) Prédio rústico, composto por terra de cultivo e que contém dois tanques,
localizado no Sítio da Palmeira, na dita freguesia de Câmara de Lobos, com
a área de dois mil e quatrocentos metros quadrados, que confronta a Norte
com Vereda, João Isidoro Gonçalves e outros, a Sul com João Henriques Pereira
e João Orlando Ferreira, a Nascente com Carlos Assunção Dantas “Padre”,
Martinho Gomes de Faria e outros e a Poente com João Isidoro Gonçalves,
Elisa Natividade Figueira de Freitas e outros, inscrito na matriz em nome João
Luciano Dantas Gonçalves, Berta Inês Gomes Dantas, João Ursicino Gomes
Dantas, Maria José Gomes Dantas, Francisco Crisóstomo Dantas, João Rafael
Dantas, Josefa da Graça Dantas, Antonino Ângelo Dantas, José Heliodoro
Dantas, Arnaldo Lino Dantas, Inês Neli Dantas e de Carlos Câncio Dantas, sob
o artigo 27/001 da Secção “AS”, com o valor patrimonial atual e o atribuído
de oitocentos e sessenta e nove euros e dez cêntimos;
Que o referido não se encontra descrito na Conservatória do Registo Predial
de Câmara de Lobos, embora tenha semelhanças com os ali descritos sob o
número três mil seiscentos e vinte, quarenta e nove mil quatrocentos e oitenta
e sete a folhas cento e quarenta e oito do Livro B-cento e quarenta e sete,
quarenta e três mil quinhentos e quarenta e sete a folhas cento e treze do Livro
B-cento e vinte e seis e o quatro mil duzentos e trinta e cinco, todos da referida
freguesia de Câmara de Lobos.
Que os referidos prédios vieram à posse dos justificantes, ainda no estado
de solteiros, maiores, tendo posteriormente casado, no ano de mil novecentos
e oitenta e sete, por partilhas verbais com os demais herdeiros por óbito de
Inês Neli Assunção Dantas e marido Francisco Assis Dantas, já falecidos,
residentes que foram ao Caminho do Palheiro, nº 158 a 160, freguesia de
Santa Maria Maior, concelho do Funchal.
Que desde então os referidos prédios encontram-se na posse dos
Justificantes, portanto, há mais de vinte anos, sem a menor oposição de
quem quer que seja, desde o seu início, posse essa que sempre exerceram
sem interrupção e ostensivamente, com conhecimento de todas as pessoas,
sendo consenso que os imóveis lhes pertencem, pois praticam todos os
actos inerentes à qualidade de proprietários, nomeadamente cultivando-os,
colhendo os seus frutos naturais, sendo estes bananas, usufruindo das suas
utilidades e pagando as respectivas contribuições e impostos.
Que esta posse, em nome próprio, pacífica, contínua e pública, conduziu
à aquisição dos imóveis, a título originário, por usucapião, que invocam,
justificando o seu direito de propriedade para efeitos de registo, dado que essa
aquisição não pode ser comprovada por qualquer outro título extrajudicial.
Os titulares inscritos registralmente foram notificados nos termos do artigo
99.º do Código do Notariado.
Está conforme o original aqui narrado por extrato
Ponta do Sol, vinte e oito de Agosto de dois mil e catorze.
O Notário,
Nuno Vieira Barbosa
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TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 5 de Setembro de 2014
14 opinião
TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 5 de Setembro de 2014
ROSAS E ESPINHOS DA NOVA AUTONOMIA
GREGÓRIO GOUVEIA
Joana Homem da Costa
gregoriogouveia.blogspot.pt
De Distrito do Funchal
a Região Autónoma (4)
sob a presidência do sr. Engº
Civil Manuel de Sousa, VicePresidente, estando presentes
o vogal Sr. Dr. António Eusébio Camacho Coelho e o chefe da Secção de Contabilidade,
servindo de chefe da Secretaria e na qualidade de secretário da referida Comissão Executiva. Aberta a reunião pelo
Sr. Presidente, foi lida e aprovada a acta da reunião anterior
(...)”. A reunião anterior tinha
ocorrido no dia 5 do mesmo
mês de setembro, presidida
pelo Eng. Rui Vieira e com a
presença dos vogais Dr. Rebelo Quintal e do Engº Humberto Ornelas.
Quer a reunião do dia 5,
quer a do dia 12 não trataram de assuntos fora do habitual das reuniões anteriores.
Do expediente que esteve em
análise, são de realçar dois ofícios da Intendência e Pecuária enviando dois requerimentos “em que José Egídio
da Luz Teixeira Pita, residente ao sítio da Igreja, freguesia
dos Canhas, pedia autorização
para instalar no referido sítio
um posto de cobrição. – Deferido (...) e solicita a concessão de um subsídio para construção de um estábulo, destinado a alojar 8 vacas e informando que o projecto apresentado se encontra de acordo com as normas estabelecidas por aquela Intendência
e que nos termos do regulamento o requerente tem direito a um subsídio da quantia de
12.000$00. – Pague-se”.
Como era habitual em todas
as reuniões, foi presente um
Balancete das Contas, referente
ao dia 11 de setembro, “acusando: Receita: 231.457.500$00;
Despesa: 205.846.152$00;
Saldo: 25.611.348$00”. Como
se vê, o saldo é positivo! Seguiram-se as deliberações propriamente ditas. Apenas quatro: a primeira a “Autorizar o
pagamento das importâncias
de 81.160$00, 9.140$00, e
15.809$10, relativas ao fornecimento de materiais de construção e respectivos transportes ao Património dos Pobres
da Ribeira Seca, Santo António
da Serra e Caniçal, respectivamente”. A segunda diz respeito ao arrendamento de vários
edifícios e salas em todo o Distrito “com validade a partir do
mês de Outubro próximo futuro, com destino ao Ciclo Preparatório da Telescola”. A terceira e quarta dizem respeito
à autorização de alguns pagamentos, nomeadamente “ao
pessoal remunerado pelo cofre
desta Junta, relativos ao mês
de Setembro corrente”.
Embora com novos Presidente e Vice-Presidente e com
os mesmos vogais, as reuniões da Comissão Executiva
continuaram a ser semanais
e com o mesmo modelo das
anteriores.
Como aconteceu com as
Câmaras Municipais, logo no
dia 10 de outubro de 1974, o
órgão executivo da Junta Geral
foi dissolvido e transformado em Comissão Administrativa, composta pelos mesmos
elementos. Mas quando o Dr.
Fernando Rebelo pediu a exoneração do cargo de Governador Civil, a Comissão Adminsitrativa da Junta Geral também o fez, por solidariedade.
Quadrada, totalmente quadrada, em madeira, escura,
abre e fecha com facilidade,
ali se guarda tudo, de vez em
quando abre, guarda, fecha,
abre, olha, mas não repara e
fecha, sem ordem, sem arrumação, um amontoado, abre,
fecha, não tira, não repara,
não arruma, guarda, com o
tamanho ilimitado, funda,
quadrada, em madeira, abre
e fecha, guarda…cabe, tudo
cabe, mas não arruma, não,
amontoa, o mais recente lá
colocado até tapa o antigo,
melhor ainda, abre, olha, não
repara e fecha, em madeira,
quadrada e ali sempre que é
necessária, a caixa quadrada que abre, guarda e fecha,
e em mente, nada em mente…quadrada, a caixa, porque
a mente…vazia, e abre, guarda e fecha…
Fechada, quase sempre, só
se abre para colocar algo lá
dentro, rápido, para não deixar fugir, para a mente não
reparar, não pensar, não dar
para pensar em arrumar,
abre, guarda e fecha. Fechada, num canto…para nem se
notar bem a sua presença,
para contrariar a tendência
de querer abrir, devidamente tapada, com um pano reluzente para ofuscar o olhar,
um vaso por cima, com flores,
artificiais, daquelas que nem
dão trabalho a regar, nem a
lembrar de regá-las, ainda dá
para abrir a caixa, uma vela,
apagada, sem ter que lembrar
de acender e apagar, decorativa, quadrada, ainda pode ocupar a mente, quadrada…a caixa, fechada…
Um dia, alguns, abrem,
fecham, abrem, fecham e
enchem, não fecha, tampa
obliqua, entreaberta, vem o
pano, o vaso e cai o vaso,
parte, abre a caixa, não cabe
mais, aí arruma, tira peça a
peça, recorda, decide, dissolve, assenta, converte, desembaraça, desfaz, guarda, larga,
arruma, esvazia…caixa? Quadrada? Qual caixa? Em mente, tudo, disposto, assente,
organizado…aceite…
Um dia, alguns, mais funda, abrem, fecham, abrem,
fecham e tudo…fechado, só
isso, mais nada….caixa? quadrada! Ali, sempre e em mente, nada…
A Junta Geral tinha aprovado um Plano Trienal (19741976), cujas receitas globais
estavam previstas em 822.868
contos. Apesar da nova conjuntura política, não existiu outro plano para ser executado, pelo que a administração do distrito continuou
o programa elaborado anteriormente. Em 18 de abril de
1975, a Comissão Administrativa da Junta Geral pediu a
exoneração ao Brigadeiro Carlos Azeredo, já na qualidade
de Governador Civil, que viria
a aceitá-la no dia 23. A motivação que esteve na base do
pedido de exoneração foi a de
deixar a Junta de Planeamento indicar novos elementos
para a Junta Geral tendo por
base os resultados eleitorais
da eleição para a Assembleia
Constituinte, a realizar no dia
25 daquele mês.
gregoriogouveia.blogspot.pt
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Logo após o «25 de Abril
de 1974», os saneamentos na
Administração Pública constituíram a tarefa primordial para
nela introduzir novos dirigentes. Com a revolução em marcha acelerada, a “limpeza” na
Junta Geral e nos municípios
traria novas caras não comprometidas com a ditadura do
Estado Novo para assegurarem o seu funcionamento.
Por alvará de 13 de setembro de 1974, precisamente
um mês após o Dr. Fernando Rebelo ter tomado posse
do cargo de Governador Civil,
este nomeou o Dr. António
Loja como Presidente da Junta Geral, em substituição do
Eng. Rui Vieira que solicitou
a sua exoneração do cargo que
ocupava desde 27 de fevereiro
de 1971. No fundo, o engº Rui
Vieira não tinha outra forma
mais honrosa de deixar o cargo senão como o fez. Porque a
sua substituição era inevitável
por razões revolucionárias.
Também por alvará do dia
20 de setembro de 1974, o
Governador Civil nomeou o
Dr. Gaudêncio Figueira para
o cargo de Vice-Presidente
da Junta Geral, tendo tomado posse do dia 23, substituindo o eng. Manuel de Sousa que tinha sido empossado no dia 8 de janeiro daquele ano. O cargo de Vice-Presidente, de que o Eng. Manuel
de Sousa foi o primeiro titular,
tinha sido criado pelo DecretoLei nº 421/73, de 22 de agosto. Para completar o elenco da
nova Comissão Administrativa, no dia 10 de outubro tomaram posse do cargo de vogais o
Dr. Henrique Pontes Leça e a
Prof. Maria Teresa Pinheiro.
A última reunião do mandato do Eng. Rui Vieira à frente da Junta Geral teve lugar no
dia 12 de setembro de 1974,
Mas quem presidiu foi o VicePresidente, Eng. Manuel de
Sousa. Da ata consta o seguinte: “No dia 12 de Setembro de
1974, às 15.15 horas, na sala
das sessões da Junta Geral do
Distrito Autónomo do Funchal, reuniu-se a Comissão
Executiva da mesma Junta
Era uma Caixa
Quadrada…
Cidadão Repórter
http://ww
funchal.com
w.clubenavaldo
NESTE NAVAL
Regata Canárias-Madeira
afalda
Director: M
Freitas • Coordenador: Cirilo
4
Borges • Sexta-feira, 5 de setembro de 201
Na vanguarda da vela
•••••
III Regata RIM
•••••
Ginásio AquaGym
•••••
Solidariedade
•••••
Foi o mar que deu origem
ao Clube Naval do Funchal,
no já distante ano de 1952, e
desde o primeiro momento
içou a bandeira da promoção
das atividades náuticas. A
vela, desde sempre, foi a modalidade que mais mexeu com
os navalistas, que sempre estiveram na vanguarda no tocante à organização de provas
de âmbito regional, nacional e
internacional. Passados mais
de 60 anos, continuamos a
honrar essa herança, dinamizando uma série de iniciativas
que colocam a Madeira nas
rotas internacionais da vela.
É o caso da Regata Interna-
cional Canárias-Madeira, que
desde 1978 movimentou mais
de 6 mil velejadores e cerca de
meio milhar de embarcações
cruzeiro entre os dois arquipélagos. A 18.ª edição, que
decorrerá entre os próximos
dias 9 e 14 de setembro, fará
aumentar esses números, em
mais um contributo para a
afirmação da Madeira como
um destino de turismo náutico
de excelência e promoção das
nossas mais valias – paisagem, gastronomia, etc. - junto
num arquipélago com cerca
de 2 milhões de habitantes.
Internamente, mantemonos como grande dinamiza-
dor da vela cruzeiro e a III Regata RIM foi um bom exemplo
disso: competição, espetáculo
e convívio foram as principais
qualidades da tradicional prova disputada entre a Madeira
e o Porto Santo. Como procuramos sempre ir mais além,
celebrámos um protocolo com
o Clube Naval da Horta visando precisamente um maior
desenvolvimento da vela, quer
na Madeira quer nos Açores.
Para já, vamos fomentar encontros periódicos entre as
nossas escolas de vela, que
terão lugar alternadamente
no Funchal e na Horta, mas
há também planos para orga-
nizarmos uma regata de cruzeiros que una as duas regiões
autónomas.
Ainda ligado à mesma modalidade, numa vertente onde
somos pioneiros na ilha, a vela
adaptada, registamos com
muita satisfação o contributo de imensas pessoas para a
campanha “Vamos ajudar o
Élvio”. Mais uma manifestação
de solidariedade que contribuirá para a melhoria significativa da qualidade de vida do
nosso velejador e certamente
nos deixará a todos também
um pouco mais felizes.
Mafalda Freitas
Presidente
Este Suplemento faz parte integrante da edição nº 773 do Tribuna da Madeira e não pode ser vendido separadamente.
NAVAL
TRIBUNA DA MA
2014
DEIRA Sexta-feira, 5 de Setembro de
XVIII Regata Internacional Canárias-Madeira
Na rota do intercâmbio
desportivo, cultural e social
A
XVIII Regata Internacional CanáriasMadeira será apresentada oficialmente
a hoje (5 de setembro), mas há
largas semanas que vem centrando as atenções de dezenas
de adeptos da vela duma e
doutra ilhas. Este evento que
o Naval e o Real Club Náutico
de Gran Canaria dinamizam
desde 1978, num molde bienal, contará este ano com cerca de 30 embarcações e aproximadamente 150 velejadores,
a grande maioria canarianos,
que aproveitarão esta prova
para ficar na Madeira durante
quase uma semana. Um intercâmbio insular que vai muito
além da vertente desportiva,
tornando-se num evento importante entre arquipélagos
vizinhos.
A XVIII Regata Internacional Canárias-Madeira foi
apresentada no início desta
semana em Las Palmas, na
sede social do Real Club Náutico de Gran Canaria, numa
conferência de imprensa com
Óscar Bergasa e Mafalda Freitas, presidentes dos clubes organizadores, e representantes
oficiais locais. Óscar Bergasa realçou a importância de
manter esta «tradição com
mais de 30 anos» e vincou o
«excelente
relacionamento
entre as duas ilhas e os dois
clubes», ao passo que Mafalda
Freitas apontou como principais objetivos a «promoção
da vela, do Funchal e de Las
Palmas de Gran Canaria como
cidades de mar, sem esquecer
o intercâmbio cultural e social
entre as duas capitais».
Sublinhe-se a importância do patrocínio do BPI e do
apoio do Turismo da Madeira
para a realização desta XVIII
Regata Internacional Canárias-Madeira. A parceria com
aquela prestigiada instituição
bancária consubstanciou-se
pelo terceiro ano consecutivo
e a assinatura do documento
mereceu a atenção dos órgãos de comunicação social.
Na oportunidade, António
Miguel Gouveia, Diretor Regional do BPI, não escondeu
satisfação por ver, uma vez
mais, o banco associado à Regata Internacional CanáriasMadeira. «Para o BPI é muito
importante estarmos representados neste grande evento
desportivo que terá lugar na
Madeira, pois trata-se de uma
A apresentação da XVIII Regata Internacional Canárias-Madeira em Las Palmas mereceu atenção da comunicação social.
Mafalda Freitas e António Miguel Gouveia não esconderam satisfação pela celebração do protocolo.
regata com longo historial que
promove a ilha em termos sócio-turísticos por esse mundo
fora», apontou António Miguel Gouveia. «Dentro de 2
anos, estaremos com certeza a
assinar novo protocolo de patrocínio», prometeu.
Mafalda Freitas relevou
a importância das parcerias
com entidades públicas e
privadas. «Estes eventos internacionais só são possíveis
graças a apoios como este do
BPI, ao qual se junta neste
caso também o Turismo da
Madeira. O programa social
é vasto, haverá promoção do
destino Madeira em Canárias,
entre os dias 6 e 9 de setembro, e aqui na região divulgaremos a nossa gastronomia,
as levadas e o golfe. Teremos
ainda a Festa da Cerveja na
Marina do Funchal e a tradicional Festa Branca na Quinta
Calaça», avançou a Presidente da Direção do CNF. Entre
as diversas iniciativas, realce
para a Semana Gastronómica
da Madeira que decorrerá este
fim de semana na sede do Real
Club Náutico.
No total das dezassete edi-
ções realizadas, a Regata Internacional Canárias-Madeira
contou com mais de 6000 velejadores e 500 embarcações
participantes. Esta 18.ª edição
terá largada a 9 de setembro,
estando a chegada ao Funchal
prevista para a madrugada
do dia 10 para 11, após 290
milhas náuticas, ou seja, 537
quilómetros.«Este evento que
o Naval dinamiza, com a ajuda
dos patrocinadores, visa promover a Madeira como destino de excelência para o turismo náutico, essencialmente
da vela, numa promoção que
junta o azul do mar ao verde
da serra e o golfe», destacou
Mafalda Freitas.
Acrescente-se que o vencedor conquistará o Troféu
Alivar Jones Cardoso, numa
homenagem da Câmara Municipal do Funchal ao antigo
presidente do CNF e um dos
principais impulsionadores
desta regata, que venceu em
1983. No troféu, permanentemente exposto na sede social do Naval, será gravado
o nome da embarcação vencedora, sendo entregues aos
seus tripulantes réplicas. l
4
TRIBUNA DA M
ADEIRA Sexta-feira, 5 de Setembro de 201
NAVAL
Convívio e espetáculo foram principais ingredientes
Frederica Devónia vence III Regata RIM
doso e com o emblema do
Naval no casco, completou
as 65 milhas náuticas com o
tempo compensado de 11 horas, 17 minutos e 56 segundos, enquanto o seu adversário mais direto, o Bombay,
do skipper André Abreu, fez
o tempo de 11:53.32. Tempos
demonstrativos da superio-
ridade do Frederica Devónia
que, sublinhe-se, venceu as
duas etapas. O Funchalinho,
de João Sousa, classificou-se
no 3.º lugar, com aproximadamente mais 40 minutos do
que o vencedor.
Com este triunfo, o Frederica Devónia consolidou a liderança no Circuito Regional
de Cruzeiros, mas continua a
ser perseguido de perto pelo
Cash A Lot, outra embarcação que representa o Naval.
Acima de tudo, esta III Regata RIM resultou na habitual festa da vela madeirense,
com excelentes momentos
de espetáculo no mar e grande ambiente em terra. Real-
ce para a realização da Festa Vermelha, numa alusão à
RIM Construções, principal
patrocinadora da regata,
no “Só de Verão”, momento
onde organização, parceiros,
sponsors e velejadores puderam conviver e conversar
sobre essa sua grande paixão
que é a vela. l
PUB
A embarcação Frederica
Devónia foi a vencedora da
III Regata RIM, 6.ª Prova do
Circuito Regional de Cruzeiros, aquela que é a tradicional prova de ligação entre a
Madeira e o Porto Santo que
o Naval dinamiza há largas
décadas. A embarcação comandada por Martim Car-
NAVAL
TRIBUNA DA MA
2014
DEIRA Sexta-feira, 5 de Setembro de
Ginásio AquaGym volta a melhorar as condições para os utentes
Naval Box dá-lhe mais espaço
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Enquanto muitos gozavam as férias, o Ginásio
AquaGym trabalhou em mais
um projeto tendo em vista a
melhoria das condições para
os seus utentes, como que
para dar-lhes mais incentivo no regresso ao ativo.
Trata-se da Naval Box, um
espaço fundamentalmente
vocacionado para potenciar
as aulas de treino funcional.
Conhecidas por serem mais
exigentes do que a maioria
das modalidades fitness, na
Naval Box pretende-se criar
um conjunto de soluções
que proporcionem o acesso a
mais pessoas a esta vertente,
independentemente da sua
idade ou condição física.
De resto, o Ginásio AquaGym continua a primar
pela grande variedade de
serviços, que vão desde as
diversas aulas fitness, desde as mais populares como
Zumba, Power Jump e Body
Pump, até às mais exigentes, casos do GRIT, Boxe e
Naval Fit, destinados ao tal
novo espaço, sem esquecer
a inigualável oferta nas piscinas, como a hidroginástica, natação e hidrobike, que
garantem a desejada queima
de calorias com impacto reduzido. l
Confraria Gastronómica adere à campanha de solidariedade
Élvio junta mais amigos
O jantar promovido no passado sábado, no Restaurante
Many, em São Vicente, pela
Confraria Gastronómica da
Madeira, no âmbito da campanha de solidariedade “Vamos ajudar o Élvio”, resultou
na angariação de 370 euros.
Foram cerca de 20 pessoas que aderiram à iniciativa,
registando-se a presença de
José António Garcês, Presidente da Câmara Municipal
de São Vicente, Martim Cardoso, Comodoro do Naval, e
Gregório Freitas, Presidente
da Confraria. Para atingir-se
aquele valor, muito contribuiu o Restaurante Many, que
decidiu aumentar a doação à
causa, bem como a Confraria,
que juntou receita de uma iniciativa anterior.
Recorde-se que a campanha “Vamos ajudar o Élvio”,
dinamizada pelo Naval há um
par de meses, visa angariar
fundos para ajudar aquele
seu atleta da vela adaptada na
aquisição de uma nova cadeira de rodas. Um equipamento que, pelas suas caraterísticas específicas (tecnologia
de ponta, construída em materiais compósitos, de maior
qualidade e menor peso), lhe
dará maior autonomia tanto
no acesso ao mar como no
seu quotidiano, em suma,
melhorar a sua qualidade de
vida. Recorde-se que Élvio
Barradas foi contemplado
pela Associação Salvador, no
âmbito da Ação Qualidade de
Vida, com um apoio de 90%
do valor para a aquisição de
um nova cadeira de rodas, estando o Naval a tentar reunir
o restante 10%. l
opinião
TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 5 de Setembro de 2014
19
Eduardo Luís
Reflexologo e presidente Ordem
Mundial de Reflexologia
[email protected]
Importância do Reflexólogo
Morreu a “Nonô”
vítima de cancro
Um dos sorrisos mais brilhantes na luta contra
o cancro em Portugal faleceu aos
cinco anos.
A Leonor era princesa cor
de rosa. O seu sorriso era
um dos mais brilhantes na
luta contra o cancro em Portugal mas esta quarta-feira,
3 de Setembro, aos 5 anos,
a “Nonô” como era conhecida entre os amigos, perdeu
a guerra que travava contra
o tumor que tinha no rim
direito (denominado Willms
bi-lateral) que lhe foi diagnosticado em estado avançado em Junho de 2013.
Este verão, o tumor foi
removido numa cirurgia que
também lhe tirou todo o rim.
A Leonor tirou também um
tumor no pulmão. No entanto, após análise os médicos
perceberam que o tumor
ainda estava ativo. Leonor
atravessou vários ciclos de
quimioterapia e estava agora em tratamento com células dendríticas, na Alemanha
mas não conseguiu resistir aos últimos tratamentos
acabando por falecer na noite do dia 3 de Setembro. As
mensagens de apoio à família estão a “invadir” as redes
sociais. l FS
O TRIBUNA não é apenas feito para
si, também é feito por si. Envie-nos
sugestões, informações, comentários,
fotografias e as suas opiniões para o
e-mail:
[email protected]
Pensando e sentido o que
posso dizer, se abro o coração direi que amo o que faço e
feliz pelos resultados obtidos
através desta terapia válida
que esta emergindo cada vez
mais em Portugal e no mundo. Porque será? Será que há
uma tomada de consciência
em relação aos seus profissionais? Ou em relação a terapia? Eu se fosse um leigo e
se pretende se pedir ajuda ou
consultar um Reflexólogo o
que devia fazer? Para saber se
esse terapeuta é certificado e
onde estudou? Meus amigos
hoje ser reflexologista é ser
amigo, manter sempre uma
escuta ativa em relação ao
cliente ou doente, dar bons
conselhos, e ser bom profissional cumprindo a ética e
deontologia profissional onde
mostra a seu cartão de certificação Internacional e onde
tirou formação.
Na Reflexologia há duas
regras importantes, nunca diagnosticar nem prescrever, a partir deste momento
mais uma pista e qualidade
do terapeuta.
Cada vez mais as pessoas
recorrem a Reflexologia podal
ou facial ou nas mãos ou nos
animais e nunca tentam saber
que formação tem o terapeuta
se tem certificado onde estudou, e acontece para quem
quer estudar Reflexologia.
Alerto a todos para consultar
site europeu da RIEN (rede
europeia de Reflexologia) ou
ICR (Internacional council of
reflexologist) que tenho orgulho em ser Presidente.
Hoje ligavam me para inscrever se no curso de Reflexologia e ter mais informações sobre Reflexologia. Aler-
to sempre consultem os sites
da RIEN e ICR.
Ao virar esquina encontramos sempre alguém que resolve comprar um livro e dar formação ou tendo na sua formação base área da saúde já
pensam que podem ensinar.
Meus amigos cuidado devem
despertar e tomar consciência do que andam a fazer e
não colocar seus pés em mãos
alheias.
Numa área que falta mais
gnose nunca devemos baixar os braços e o Reflexólogo faz tudo, trata da divulgação da terapia que muitas
vezes acontece em grupo com
demonstrações em determinados sítios, escolas, jardins,
praias, campos de futebol,
bem como podem imaginar
o importante são as sementes que deitamos em prol da
Reflexologia e do respeito
que deve haver para com o
Reflexólogo e pelas terapias
complementares.
Vivemos numa sociedade
civilizada em que e nos negado alguns direitos da saúde
e pergunto porque? Se tenho
um familiar no hospital porque não posso fazer Reflexologia ou pedir ajuda algum
profissional qualificado das
terapias complementares?
Será crime?
NÃO, falta conhecimento
em relação as terapias complementares e seus profissionais e esta na hora da mudança de paradigma e por em
prática como alguns hospitais
em Lisboa e Porto já o fazem,
seguindo exemplo de outros
hospitais pelo Mundo fora
Dois inquéritos nacionais foram realizados em
1990 e 1997 para entender
o uso da medicina alternativa ou complementar nos
Estados Unidos. Em 1990,
os resultados mostraram que
33,8% dos americanos usaram pelo menos 1 das 16 terapias alternativas listadas. Em
1997, outro estudo foi realizado através de perguntas
semelhantes e descobriu que
42,1% dos americanos usaram a medicina alternativa. Resultados de duas pesquisas descobriram que as pessoas eram mais propensas
a usar terapias alternativas
para condições crônicas, tais
como dor, ansiedade, depressão e dores de cabeça. O estudo também constatou que
houve um aumento de 47,3%
nas visitas a profissionais de
saúde alternativa entre 1990
e 1997. Estima-se que, em 1997,
US $ 27 bilhões foram gastos em medicina alternativa.
Estes estudos mostram que
entre 1990 e 1997, um número maior de pessoas estava
buscando formas alternativas
de terapia (Eisenberg, Davis,
Ettner, Appel, Wilkey, Van
Rompay, & Kessler, 1998). Chegaram conclusão que
a reflexologia e outras terapias, ajuda as pessoas a aliviar o sofrimento associado
a distúrbios físicos e mental. O processo visa sensibilizar e reduzir assim o impacto negativo sobre o corpo e
a mente. Alguns pesquisadores descobriram que a redução de esforço foi utilizada e
os benefícios foram realizados em pessoas que sofriam
de dor, cancro, doenças cardiovasculares, ansiedade e
depressão. Estamos esperando porque? Pensem no que o terapeuta de reflexologia pode
fazer e ajudar.
Procurem sempre terapeutas qualificados no centro de
reflexologia da Madeira.
Boa semana tratando bem
os seus Pés.
20 opinião
TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 5 de Setembro de 2014
Roberto N. A. Fernandes
Delegado do Sindicato Nacional
de Oficiais de Polícia (SNOP) no
Comando Regional da Madeira
Das turbamultas
insulares dos anos 30
e da ordem securitária
IV Parte (continuação)
AS REPERCUSSÕES DAS
REVOLTAS INSULANAS
A vexação final chegou
aos islenhos na forma de um
Decreto governamental1 que
estabeleceu que os dispêndios “ (...) de ordem pública
resultantes dos motins havidos na Ilha da Madeira em
Agosto de 1936 serão reembolsados pelo Tesouro (...)
por meio de lançamento de
um adicional às contribuições industrial e predial e
aos impostos sobre a aplicação de capitais (...) liquidados nos concelhos do respectivo distrito onde se verificaram aqueles motins”. Estas
despesas incluíam as custas com a Polícia de Vigilância e Defesa do Estado
(PVDE)2, Exército e Marinha, bem como a reconstituição das matrizes prediais
e a totalidade das reparações
dos edifícios e bens danificados durante as revoltas.
Simultaneamente e com
força de lei 3, criou-se um
regime tutelado por um Tribunal Militar Especial olisiponense para julgar e
punir os “(...) implicados em
motins ou tumultos populares, de carácter sedicioso,
que afectem a ordem e a disciplina social”. Cabia aos juízos criminais da comarca de
Lisboa julgar “(...) os crimes
de peculato e os de invasão,
fogo pôsto ou dano, em edi-
fício do estado ou repartição
pública, quando cometidos
no Arquipélago da Madeira (...)”.
Concomitantemente,
assistiu-se ao recrudescimento da vigilância da atividade político-social e à
restrição das liberdades de
expressão e reunião por parte da PVDE, no que foi uma
fiel aplicação do arquétipo
do “Grande Irmão”, criado
por Sir Eric Arthur Blair4.
O apertado controlo financeiro e a política de monopólios do governo central
asfixiou ainda mais a frágil
economia insulana e agravou as condições de vida das
populações.
DAS REFORMAS À SEDIMENTAÇÃO NACIONAL DA
POLÍCIA PORTUGUESA
Foram, pois, tempos difíceis para uma Polícia (de
Segurança Pública) urbana, próxima da comunidade
madeirense e solidária com
as suas dores e preocupações, mas igualmente vinculada aos desígnios do regime
ditatorial que governava as
suas missões desde a longínqua metrópole.
Daí as sucessivas reformas impostas ao aparelho
policial da Madeira desde 1934, incluindo a realização, ao mais alto grau,
de um inquérito à Corpo-
1 - Decreto-lei n.º 26982, de 5 de setembro
de 1936.
2 - A PVDE foi criada pelo Decreto-lei n.º
29992, de 29 de agosto de 1933.
3 - Decreto-lei n.º 26981, de 5 de setembro
de 1936.
4 - Reputado escritor britânico, mundialmente conhecido pelo pseudónimo de George
Orwell e pela sua obra ‘1984’.
5 - Decreto-lei n.º 23651, de 9 de março de 1934.
ração da PSP do Funchal
e a consequente ordem de
dissolução, purga e de imediata reorganização da polícia, mediante proposta do
Comandante interino, acompanhada de parecer da Junta Geral do distrito do Funchal, submetida ao ministro
do Interior.5
Sublinhe-que que, efetivamente, só a partir daquela altura é que, por fim, o
governo gizou uma revolucionária e estratégica visão
para a PSP, enquanto força de segurança de genuíno
âmbito nacional – continental e arquipelágico – e com
um Comando-Geral próprio
(estabelecido em 1935, como
vimos anteriormente), mandando integrar, em setembro de 1939, as Polícias do
distrito autónomo do Funchal, Ponta Delgada e Angra
do Heroísmo no quadro geral
de pessoal6 da PSP, cujo quadro único seria aprovado seis
anos volvidos, em 1945.7
Enquanto isso, na vizinha Espanha, a Guerra Civil
(1936-1939) terminava, com
a instauração de um regime ditatorial, de caráter fascista, liderado pelo general
Francisco Franco.
Portugal emergia do
final da 2ª Guerra Mundial
(1939-1945) com uma economia que, apesar de debilitada, apresentava algum
crescimento. A sua política
de neutralidade num conflito que devastou meia Europa, permitiu-lhe manter um
Império Colonial – Ultramar
– que contrariava a tendência contra o domínio europeu nos vastos e ricos territórios coloniais. O elo com as
colónias era reforçado através de avultados investimentos na modernização e recuperação de cidades, portos,
caminhos-de-ferro, estradas
e infraestruturas de toda a
ordem, que brotavam entre
África e a Oceânia.
Para manter a tranquilidade pública naqueles espaços ultramarinos, recorreuse à implementação de Corpos da PSP e das suas “companhias móveis de polícia
6 - Decreto-lei n.º 29940, de 25 de setembro de 1939. Nesta altura, a PSP do Funchal
tinha o seguinte efetivo: 1 Capitão, 1 Tenente,
3 Chefes de Esquadra, 8 Subchefes, 8 Ajudantes, 60 Guardas de 1.ª classe, 74 Guardas de 2.ª
classe e 5 elementos em funções de secretaria.
O Comando Distrital da PSP do Funchal era, à
data, o único responsável pelo serviço de investigação criminal insulano.
7 - Conforme o Decreto-lei n.º 34882, de 4
de setembro de 1945.
8 - Criadas pelo Decreto-lei n.º 43603, de 15
do ultramar”8, sobretudo em
Angola, Moçambique e Guiné Bissau.
A aproximação e equivalência da PSP às forças
armadas, sobretudo entre as
décadas de 40 a de 60 do
século passado, permitiu a
sua modernização, regulação interna9 e recomposição
pátria, segundo um padrão
militarizado;
recrutando
mais pessoal e adquirindo
instalações e meios; alargando progressivamente o leque
de competências e de influência no campo específico da
segurança e ordem interna,
restringindo, por essa via, a
latitude da ação militar para
eventos do foro da defesa
nacional ou de exceção da
ordem social interna.
E deste modo estabeleceu-se a emergência de uma
esfera propriamente policial
e a sua tradução institucional na arquitetura públicoestatal da segurança interna,
onde a PSP assume especial
e inequívoca preponderância, sedimentando-se como a
principal POLÍCIA PORTUGUESA do Portugal urbano,
ao nível do continente e dos
arquipelágos Atlânticos.
Em fevereiro de 1954, o
novo Regulamento da PSP10
revolucionou a constituição do Comando do Funchal, com um efetivo de 234
elementos policiais, com
sede na capital funchalense e distribuído por três Postos – em São Gonçalo, Santo António e São Martinho
– e, pela primeira vez, sete
Subpostos (fora do concelho do Funchal) – na Calheta, Ponta do Sol, São Vicente, Ribeira Brava, Câmara de
Lobos, Santa Cruz e Machico
– territorialmente implantados junto da população.
Este foi o embrião que
culminaria, anos mais tarde, numa configuração muito próxima da atual disposição do Comando Regional da
PSP da Madeira11, hoje presente, “do vale à montanha
e do mar à serra”12, em todos
os municípios da Região
Autónoma da Madeira.
Ordinem et Patria.
de abril de 1961. No mesmo ano, seriam aprovadas as ‘Instruções provisórias para a manutenção da ordem’, através da Portaria n.º 18629, de
31 de julho. Em 1962, um despacho do ministro do Interior de 20 de dezembro aprovava as ‘Instruções provisórias sobre a organização e emprego da companhia móvel e unidades da PSP’.
9 - Veja-se, por exemplo, o ‘Regulamento para o serviço das esquadras, postos e subpostos da PSP’, aprovado por despacho do
ministro do Interior datado de 7 de dezembro de 1961.
Post-scriptum: O DIA
DO COMANDO REGIONAL
DA POLÍCIA DA MADEIRA
é comemorado, anualmente, a 1 DE SETEMBRO, em
razão da invocação da data
de instalação do Comissariado da Polícia Civil no Funchal, corria o ano de 1878.13
Em 2014, a PSP na Madeira comemorou o seu 136.º
ANIVERSÁRIO, promovendo diversas iniciativas de
foro interno e outras especificamente vocacionadas para
o público, dando a conhecer as suas diferentes valências operacionais na defesa
dos interesses da legalidade
democrática, das suas instituições e das populações que
passam por este arquipélago
da Macaronésia.
A delegação do Sindicato Nacional de Oficiais de
Polícia aproveita este ensejo
para congratular todo o pessoal com funções policiais –
Oficiais, Chefes e Agentes –
e com funções não policiais,
bem como o pessoal técnico
de apoio à atividade operacional do Comando Regional
de Polícia da Madeira pela
efeméride suso.
Fontes:
Elucidário Madeirense,
Fernando Augusto da Silva e
Carlos de Azevedo de Menezes, 1978.
História da Polícia de
Segurança Pública – Das origens à atualidade, João Cosme, 2006.
1931: O ano de todas as
revoltas, Francisco Lopes
Melo, 2010.
A História do Funchal,
Rui Carita, 2013.
Portugal à Coronhada:
protesto popular e ordem
pública nos séculos XIX e
XX, Diego Palacios Cerezales, 2011.
Modernização policial: as
múltiplas dimensões de um
objeto historiográfico, Gonçalo Rocha Gonçalves, 2011.
10 - Decreto n.º 39550, de 26 de fevereiro de 1954.
11 - Definida pela Portaria n.º 434/2008, de
18 de Junho, alterada e republicada pela Portaria n.º 2/2009, de 2 de Janeiro.
12 - Passagem do ‘Hino da Região Autónoma
da Madeira’, instaurado com o Decreto Regional n.º 12/80/M, de 16 de setembro de 1980.
13 - A Lei de 2 de julho de 1867, subscrita por
D. Luís I, criou corpos da Polícia Civil em todas
as capitais de distrito.
opinião
21
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TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 5 de Setembro de 2014
RICARDO FREITAS
Dirigente sindical
CONSERVATÓRIA DOS REGISTO CIVIL, PREDIAL, COMERCIAL E CARTÓRIO
NOTARIAL DE PORTO MONIZ
EXTRATO PARA PUBLICAÇÃO
(Conforme Art.º 100 Código do Notariado)
Moscovo
não fala verdade
Estamos em guerra e, ainda, não percebemos.
A partir do apoio que a UE
e, em particular, os Alemãs
deram às posições dos sublevados da Ucrânia e à sua vontade de adesão à NATO, as
coisas precipitaram-se e eis
que a Crimeia passou para a
Russia.
Mesmo após a legitimação
do novo poder na Ucrânia e
com a eleição Presidencial era
previsível que a vontade de
anexação dos territórios da
Ucrânia, com forte presença
Russófona, seria tentado.
Criar uma zona tampão
entre a Russia e a Ucrânia ou,
se preferirem, entre a Russia
e a Nato, seria a opção estratégica de Moscovo.
Para isso, tudo tem feito
e fará para ou anexar directamente esses territórios ou
criar um estado, nesses territórios com o mesmo objectivo, mesmo que, eventualmente, possam depender, formalmente da Ucrânia.
Moscovo, quase desde a primeira hora, afirmou essa possibilidade ao propor negociar
um regime federal, com muita
autonomia para a Ucrânia.
Sendo alvo de sanções, por
parte da UE e dos Estados
Unidos, a Russia protela a
querela e retalia, mas prossegue o seu plano.
Hoje é evidente que existe,
naquele território da Ucrânia,
uma invasão de forças russas e ninguém ficará espantado que a materialização desse
facto seja em breve proclamado por todos os interessados.
Recordando tempos antigos, onde pontificava, a existência do chamado equilíbrio
do terror, onde o muro de
Berlim se erguia, insultando
o paradigma das liberdades
e o regime totalitário (mesmo não esquecendo que hoje
foram construídos outros, por
exemplo, na Palestina ou no
Mexico, e advinha-se novos...)
parece que os novos tempos e
com sinais de regime diferentes, continua a ter sentido
aquela máxima “ ...Moscovo
não fala verdade”.
O problema é que não é
Moscovo o único a faltar a
essa dita.
Infelizmente, são todos os
principais actores deste mundo global que não falam verdade, ou que a omitem ou
deturpam.
Existe no mundo global e
nos vários sistemas a convicção de que o povo deve ficar
só pseudo informado, pseudo formado, ser, de resto, um
pseudo povo.
Acordem, estamos em
guerra. Acordem estamos
num conflito, em perda
económica.
Estamos, e isso sabemos,
sem rumo e sem moral.
O sistema financeiro, mais
uma vez poderá, para desviar atenções, alimentar esse
e outros conflitos. Mais uma
vez, gente de perfil ditatorial, poderá ganhar relevo nos
próximos tempos. Ao povo,
esse empecilho, caberá por
arcar com as consequências.
Nada disto é uma qualquer
teoria da conspiração. Basta olhar para a amarga situação que vivemos, para percebermos que as coisas não ficarão, por muito tempo, sem
mudança.
E como sabemos, muitos defendem que é preciso
mudar alguma coisa para que
tudo fique na mesma... .
Não é só Moscovo que não
fala Verdade. E, muitos de
nós, nem a procuramos.
(publicado no Tribuna da Madeira a 05-09-2014)
MARIA DA CONCEiÇÃO MOURINHO, Ajudante do Cartório Notarial de Porto Moniz, certifica narrativamente para fins de
publicação, que por escritura lavrada em vinte e cinco de Agosto de 2014 de folhas 11 a folhas 13 VO do livro de notas número 61-C
deste Cartório:
ANTÓNIO FERNANDE5 PORTUGAL, NIF 233 512 233 e mulher MARIA MARCELlNA DA CONCEiÇÃO JARDIM PORTUGAL, NIF 233
512 144, casados no regime da comunhão geral, naturais da freguesia e concelho de Porto Moniz, onde residem acidentalmente
ao sítio da Santa e habitualmente em Júpiter, Estado da Forida, Estados Unidos da América do Norte, se declararam donos e
legítimos possuidores com exclusão de outrem dos seguintes bens imóveis situados na freguesia e concelho de Porto Moniz:
Número um: Um décimo de um prédio rústico ao sítio dos Pombais - Ninões do armazém, com a área de seiscentos e sessenta
metros quadrados, a confrontar do Norte com a Levada dos Pombais, Sul com o Caminho, Leste com herdeiros de Claudino da
Costa e Oeste com o Caminho, inscrito na matriz sob o artigo número 15901, em nome de António Fernandes Portugal, com o
valor patrimonial e atribuído correspondente à Fracção de 2,34 Euros e descrito na Conservatória do Registo Predial de Porto
Moniz sob o número novecentos e trinta e dois barra dois mil e um zero nove vinte e seis e ali inscrito um décimo a favor de
Manuel Fernandes Portugal pela Ap. 01 de 26 de Setembro 2001.
Número Dois: Um décimo de um prédio rústico ao sítio da Cova do Pomar, Fajã dos Nunes, com a área de cento e trinta e
cinco metros quadrados, a confrontar do Norte com Albino Pereira Jorge, Sul com a Rocha, Leste com o Dr. João França Cosme
e Oeste com o Caminho e Levada, inscrito na matriz sob o artigo número 9807, em nome de António Fernandes Portugal, com o
valor patrimonial e atribuido correspondente à fracção de 3,00€, e descrito na Conservatória do Registo Predial de Porto Moniz
sob o número mil setecentos e vinte e sete barra dois mil e nove zero sete zero oito e ali inscrito cinco de quarenta avos a favor
de Inês Pereira Jorge pela Ap. 965 de 08 de Julho de 2009.
Número três: Um décimo de um prédio rústico ao sítio da Silveira da Fajã de Nunes, com a área de trezentos metros
quadrados, a confrontar do Norte com Herdeiros de Francisco Gonçalves da Costa, Sul com o Caminho e Levada, Leste com
o Caminho e Oeste com João de Sousa e outros, inscrito na matriz sob o artigo número 9765, em nome de António Fernandes
Portugal, com o valor patrimonial e atribuído correspondente à fracção de 0,78 Euros, e descrito na Conservatória do Registo
Predial de Porto Moniz, sob o número novecentos e noventa e sete barra dois mil e um doze vinte e oito e ali inscrito um décimo em
comum e sem determinação de parte ou direito a favor de Cecília Lúcia Delgado, João Luís Delgado, Madalena Ângela Delgado,
Maria Fátima Delgado Abreu de Jesus e Maria Ângela de Sousa Helena Delgado, pela Ap. 2261 de 21 de Maio de 2013.
Número Quatro: Um décimo de um prédio rústico ao sítio dos Arredores da Santa - Fazenda, com a área de trezentos e
trinta metros quadrados, a confrontar do Norte com a Levada e Caminho, Sul com Manuel de França da Câmara Júnior, Leste
com herdeiros de Carlos de Lima Rulhas e Levada e Oeste com o Caminho, inscrito na matriz sob o artigo número 13337,
13338,13340, 13341 e 13339, em nome de António Fernandes Portugal, com o valor patrimonial e atribuido correspondente à
fracção de 0,78 €, e descrito na Conservatória do Registo Predial de Porto Moniz sob o número novecentos e trinta e três barra
dois mil e um zero nove vinte e seis e ali inscrito um décimo a favor de Manuel Fernandes Portugal pela Ap. 1 de 26 de Setembro
de 2001.
Número Cinco: Um Décimo da parte rústica do prédio misto ao sítio dos Pombais, ou Vale do Poço Novo, com a área de
vinte e sete mil metros quadrados, a confrontar do Norte com o Caminho, Sul com o Caminho Velho e Levada do Moinho, Leste
com o Caminho do Carro e vários herdeiros e Oeste com o Caminho do carro, Silvério Fernandes e outros, inscrito na matriz sob
o artigo número 17119, com o valor patrimonial e atribuido correspondente à fracção de 32,38 €, e descrito na Conservatória do
registo Predial de Porto Moniz sob o número trezentos barra mil novecentos e noventa e dois doze dezoito, como prédio misto e
ali inscrito um de quinze avos a favor de Manuel Duarte Xavier Garcês; um de cinquenta avos a favor de Isabel Pereira Perestrelo
de Ornei as; um de vinte e cinco avos a favor de Leonel de Lima; Um de quinze avos a favor de João Pereira Jorge; um quinto a
favor de António Pereira Jorge; Um de trinta avos a favor de Manuel Fernandes Portugal; Um de trinta avos a favor de Maria da
Conceição Roque França; Um de trinta avos a favor de Maria Ângela de Sousa Helena Delgado e um vinte avos a favor de Maria
Conceição Brito Câmara.
Número Seis: Um Décimo de um prédio rústico ao sítio dos Pombais, Roçadas, com a área de mil oitocentos e oitenta
metros quadrados, a confrontar do Norte com herdeiros de Francisco de França da Câmara Cosme; Sul e Oeste com o
Ribeiro e Leste com a Beira, inscrito na matriz sob o artigo número 16742, em nome de António Fernandes Portugal,
com o valor patrimonial e atribuído correspondente à fracção de 1,85€, e descrito na Conservatória do Registo Predial
de Porto Moniz sob o número mil e quatro barra dois mil e um doze vinte e oito e ali inscrito um décimo em comum e sem
determinação de parte ou direito a favor de Cecília Lúcia Delgado; João Luís Delgado; Madalena Ângela Delgado, Maria
Fátima Delgado Abreu de Jesus e Maria Ângela de Sousa Helena Delgado, pela Ap. 2261 de 21 de Maio de 2013.
Que os identificados prédios vieram à posse e propriedade dos justificantes por partilhas efectuada de modo verbal
no ano de mil novecentos e oitenta e sete dos bens deixados por óbito dos pais do justificante marido António Fernandes
Portugal e mulher Albina Pereira Jorge, casados no regime da comunhão geral, residentes que foram ao sítio dos
Pombais, não tendo os justificantes ficado a dispor na altura, nem dispondo actualmente de documento algum que lhes
permita fazer a prova do seu direito de propriedade, nem sendo possível actualmente recorrer aos seus meios normais
para os legalizar em seu nome, pelo facto de haver herdeiros ausentes, sem manterem contactos e pretendendo registar
os referidos prédios em seu nome, recorreram á presente escritura de justificação.
Que desde então entraram na posse dos mencionados prédios, cultivando-os, colhendo os seus frutos, gozando de todas as
utilidades por eles proporcionadas e pagando os respectivos impostos, com ânimo de quem exercita direito próprio, à vista e com
conhecimento de toda a gente, posse que sempre exerceram sem oposição de quem quer que fosse, agindo sempre por forma
correspondente ao exercício do direito de propriedade, ininterrupta e ostensivamente, ignorando lesar direito alheio, sendo por
isso uma posse pública, pacífica, contínua e de boa fé que dura há mais de vinte anos, pelo que os adquiriram por usucapião.
Está conforme o original.
Cartório Notarial de Porto Moniz, 25 de Agosto de 2014
Vila do Porto Moniz, 9270 - 095 Porto Moniz * Tel.: 291 852001 * Fax: 291852002
E-mail: [email protected]
22 economia
TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 5 de Setembro de 2014
Mercado automóvel
cresce 31,1% em agosto
Até o mês passado foi a Renault a marca que mais automóveis vendeu no país.
Juan Andrade
N
[email protected]
o mês de agosto foram vendidos em Portugal 9.363 veículos automóveis
ligeiros e pesados, ou seja,
mais 31,1 por cento do que em
igual mês do ano anterior.
Em termos acumulados,
nos primeiros oito meses do
ano, foram vendidos 115.025
veículos automóveis, o que
representou uma variação
homóloga positiva de 38,7
por cento. Conforme a ACAP
tinha previsto, confirma-se a
desaceleração do crescimento do mercado que se vinha a
verificar nos primeiros meses
do ano, a qual se deve ao facto do mercado automóvel ter
iniciado a sua recuperação
na segunda metade do ano
anterior.
Mesmo com a variação
positiva registada em Agosto, o mercado continua a
manter-se abaixo dos níveis
registados em anos anteriores a 2012. Constata-se que
o volume de vendas observado no mês de agosto situa-se
claramente abaixo da média
dos últimos dez anos (12.352
veículos).
O mercado de veículos
ligeiros (ligeiros de passageiros mais comerciais ligeiros),
em agosto de 2014 evidenciou
um crescimento de 31,8 por
cento relativamente a igual
mês do ano anterior, ascendendo a um total de 9.218
veículos. Nos primeiros oito
meses de 2014, o mercado
ascendeu a 113.315 veículos a
que correspondeu um crescimento homólogo de 38,7 por
cento.
Ligeiros
No mês em análise, foram
vendidos 7.739 automóveis
ligeiros de passageiros, o que
correspondeu a um crescimento de 26 por cento face
ao mês homólogo do ano
anterior.
Nos primeiros oito meses
de 2014 as vendas de veículos
ligeiros de passageiros totalizaram 97.699 unidades, o
que se traduziu numa variação positiva de 35,7 por cento relativamente ao período
homólogo de 2013. Já nos
comerciais, verificou-se a venda de 1.479 veículos comerciais ligeiros, o que representou um crescimento de 73 por
cento.
Pesados
Quanto ao mercado de veículos pesados de passageiros e de mercadorias, verificou-se um decréscimo de 0,7
por cento por cento em relação ao mês homólogo do ano
anterior, tendo sido comercializados 145 veículos desta
categoria.
Nos primeiros oito meses
de 2014 as vendas situaramse nas 1.710 unidades, o que
representou um acréscimo do
mercado de 35 por cento relativamente ao período homólogo do ano anterior. l
Top 5 dos
veículos
ligeiros
vendidos
até agosto
por marca
1 – Renault: 14,923*
2 – Volkswagen: 10,745*
3 – Peugeot: 10,695*
4 – Mercedes: 7,755*
5 – Citroën: 7,273*
* unidades
Compra de material escolar pela internet ganha adeptos
O Observador Cetelem questionou os consumidores portugueses sobre as suas intenções
de compra para o Regresso às
Aulas e constatou que são cada
vez mais as famílias a comprarem o material escolar na internet (22%, +10 p.p do que em
2013). Ainda assim, as papelarias (92%) e os hiper/supermercados (80%) continuam a
0,2
ser os locais de compra mais
procurados para a aquisição de
material escolar. Uma percentagem residual (8%) tenciona
adquirir o material através da
venda direta/catálogo.
De facto, as papelarias são
o local de eleição para as compras do Regresso às Aulas, quer
para os pais com filhos em idade escolar (92%), como para
os portugueses que ainda estudam (91%). Os hiper/supermercados são também procurados por um número considerável de pais (81%) e de indivíduos em formação académica (71%). É na Internet que se
encontra uma maior diferença: 38% dos consumidores que
ainda estudam fazem aí as suas
compras contra 19% dos por-
tugueses com filhos em idade
escolar.
O estudo questionou ainda os
consumidores sobre o momento de compra do material escolar. A maioria das famílias portuguesas (57%) prefere repartir
a compra ao longo do ano, mas
uma percentagem considerável
(41%) adquire todo o material
num momento único. De facto,
tanto os pais com filhos em idade escolar, como os indivíduos
que ainda estudam preferem
comprar o material ao longo do
ano (54% e 74% respetivamente). Relativamente à compra
num único momento, os consumidores com filhos em idade
escolar parecem mais recetivos
(45%) do que aqueles que ainda estudam (21%). l
A economia alemã recuou 0,2% no segundo trimestre do ano segundo dados do instituto oficial de estatística alemão.
economia
TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 5 de Setembro de 2014
23
Transportes aéreos com mais passageiros
Movimento e carga também registou aumento
Juan Andrade
[email protected]
De acordo com os último
dados apurados pela Direção Regional de Estatística, os
transportes coletivos de passageiros por meio de autocarro registaram no primeiro
semestre de 2014 uma variação
positiva de 4,1% nos passageiros transportados. Nos urbanos, foram transportados 9,0
milhões de passageiros entre
janeiro e junho de 2014, +5,1%
em comparação com o período
homólogo. Nos interurbanos, o
aumento foi de 1,8%, contabilizando-se 4,0 milhões de passageiros transportados.
No que diz respeito aos
transportes aéreos, é de referir
que os aeroportos da Madeira
registaram no primeiro semestre de 2014 um movimento de
1,2 milhões de passageiros,
+6,5% que no mesmo período
do ano passado. No aeroporto da Madeira, o movimento de passageiros entre janeiro e junho de 2014 cresceu
6,8% enquanto no aeroporto
do Porto Santo observou-se
uma redução de 4,0%, acentuada pela redução de 15,3%
nos passageiros em trânsito, pois as quedas no número de passageiros desembarcados (-1,9%) e embarcados
(-1,2%) foram, por compara-
ção, pouco expressivas. No
que diz respeito à carga aérea
registou-se no aeroporto da
Madeira, nos primeiros seis
meses do ano, um aumento
significativo nas mercadorias
carregadas (+12,5%), evolução contrária à das mercadorias descarregadas que apresentaram uma diminuição de
4,1%.
No domínio dos transportes
marítimos, contabilizou-se no
primeiro semestre de 2014 apenas menos um navio de cruzeiro entrado no porto do Funchal
face a igual período de 2013
(total de 146 navios em 2014),
embora se observasse nos passageiros em trânsito neste tipo
de navios um ligeiro aumento
(+0,1%).
240371 passageiros
passaram pelo porto
Nos primeiros seis meses de
2014, o porto do Funchal recebeu 240 371 passageiros em
trânsito, sendo a larga maioria (91,2%) dos quais constituída por europeus. As nacionalidades predominantes foram a
alemã (43,5% do total, +39,5%
que nos primeiros seis meses
de 2013), a britânica (29,6% do
total, sendo a variação homóloga de -17,0%) e a italiana (quo-
Investimento estrangeiro representa
21% das transações imobiliárias em Portugal
Na Madeira, a cidade do Funchal acompanha esse crescimento
De acordo com os dados do
Gabinete de Estudos da APEMIP – Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal, no
primeiro semestre de 2014, cerca de 10.040 cidadãos estrangeiros investiram no imobiliário português, o que representa
cerca de 21% do total das transações imobiliárias em Portugal
neste período.
Só no segundo trimestre deste ano, cerca de 6.540 estrangeiros compraram imóveis no nosso país, registando um aumento de, aproximadamente, 90%
face ao trimestre anterior.
Faro é o distrito que regista
um maior número investimentos realizados (37% do total do
segundo trimestre) tendo sido
maioritariamente procurado por
Britânicos, Franceses, Belgas e
Alemães.
Por outro lado, o distrito de
Lisboa surge com 26% das transações efetuadas, com uma redominância de investimento feito
por cidadãos Chineses, Franceses, Brasileiros e Angolanos.
Os distritos de Leiria, Setúbal, Porto, Coimbra e Funchal
registaram também um número considerável de investimentos. Em termos concelhios Lisboa, Loulé, Albufeira, Lagos e
Cascais estiveram no topo das
preferências neste segundo trimestre do ano.
De acordo com o Presidente da
APEMIP, Luís Lima, estes números “confirmam a importância do
Regime Fiscal para os Residentes
Não Habituais e do Programa de
Autorização de Residência para
Investimento (Vistos Gold) que
têm atraído um número crescente de investidores que acreditam
no imobiliário português como
um investimento seguro, e a prova disso é que quase duplicamos
o número de transações feitas a
estrangeiros só no segundo trimestre. Agora a
APEMIP consegue também
identificar as regiões onde são
concretizadas as transações, o
que nos ajuda a avaliar o perfil
de quem investe”.
Para Luís Lima, o potencial
destes programas não se ficará
por aqui, prevendo que este tipo
de investimento possa representar um investimento superior a
1,5 mil milhões de euros para o
país, em 2014. “O sector imobiliário tem feito um grande trabalho
para divulgar o potencial do nosso país além-fronteiras, e felizmente, este tem vindo a traduzirse nos números que agora divulgamos. Como tenho já afirmado
por diversas vezes, não nos podemos esquecer que um euro investido em imobiliário português se
ta de 4,2%, -9,6% que em igual
período do ano passado). Notese ainda que o número de norte-americanos que passou pelo
Porto do Funchal nos primeiros seis meses de 2014 caiu
32,1% em termos homólogos,
não ultrapassando os 10 054.
A variação do movimento de mercadorias no semestre em referência foi globalmente negativa em comparação com o mesmo período do
ano passado. Para esta diminuição contribuiu o decréscimo
de 6,3% na descarga de mercadorias, registando o carregamento de mercadorias nos portos regionais um acréscimo de
+4,7%. l
multiplica rapidamente por 4 ou
5, pois este é um bem que é consumido internamente, e os seus
consumidores irão, necessariamente, dinamizar a economia do
país não apenas por esta via, mas
também pelo investimento que
acaba por fazer noutros sectores
como a restauração, a saúde ou
o turismo”, diz o Presidente da
APEMIP.
Por outro lado, o mercado interno também tem vindo a ser positivamente contaminado, na medida em que se
sente um aumento da procura, “o mercado interno sente a
confiança e a segurança que os
estrangeiros têm no imobiliário português e isso acaba por
ser contagiante, especialmente
numa altura em que as pessoas começam a procurar o imobiliário como uma alternativa segura de investimento, que
pode até trazer algum retorno”
afirma Luis Lima. l J.A.
Intenções de compra aumentam no regresso às aulas
para os 84%; o equipamento desportivo estava o ano passado nos
48% e em 2014 está nos 71%; e as
despesas de educação (excluindo
material escolar) que se situavam
nos 46% subiram para os 63%.
O cenário é semelhante nas restantes categorias, nas quais também se verificou um aumento das
intenções de compra.
«Os comportamentos dos
consumidores não diferem muito em relação aos anos anteriores, pelo menos no que diz respeito às prioridades de compra.
Ano após ano, os portugueses
continuam a colocar no topo das
suas intenções de compra para
o Regresso às Aulas os mesmos
itens. A grande diferença face a
2013 está no aumento das intenções de compra em todas as
categorias», revela Diogo Lopes
Pereira, diretor de marketing do
Cetelem em Portugal.
Esta análise foi desenvolvida
em colaboração com a Nielsen e
aplicada, através de um questionário por telefone, a 600 indivíduos, de ambos os sexos, com
idades compreendidas entre os
18 e os 65 anos. O inquérito foi
realizado entre os dias 15 e 21 de
maio e o erro máximo é de +0,4
para um intervalo de confiança
de 95%. l
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À semelhança do ano passado, vestuário, artigos de desporto e despesas de educação constituem o top 3 do ranking de
produtos a comprar no início do
ano letivo.
Em 2013, o vestuário/calçado
representava 60% das intenções
de compra, tendo agora passado
24 desporto
TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 5 de Setembro de 2014
Desde 1952 perto do mar
e dos madeirenses
www.clubenavaldofunchal.com
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Atualidade
Madeira promovida em Canárias
Canárias é um dos locais
que milhares de madeirenses elegem anualmente para
gozar as suas férias. A acessibilidade rápida, a proximidade linguística e até uma certa afinidade insular, fazem
com que a Madeira contribua,
ainda que de forma modesta, para a dinâmica turística
dos nossos vizinhos. Se conseguíssemos que uma “ponte” proporcionalmente semelhante se criasse em sentido
contrário, junto de um mercado com cerca de 2 milhões
de pessoas, o impacto na nossa economia seria excelente.
A Regata Internacional Canárias-Madeira, cuja 18.ª edição
decorrerá na próxima semana, é um pequeno contributo para que a nossa ilha seja
mais conhecida pelos “nuestros hermanos”. Serão mais
de centena e meia de velejadores que virão distribuídos
em 33 embarcações da classe cruzeiro, mais outras dezenas de familiares que viajarão
para passar quase uma semana na Madeira. Para eles, preparámos uma série de iniciativas que vão promover aquilo que temos de melhor, como
as nossas paisagens, as levadas, a gastronomia inigualável, não esquecendo o golfe e a parte cultural para já
não falar da festa que se fará
na Marina do Funchal. Uma
promoção junto do arquipélago vizinho que começou já
há algum tempo e teve ponto alto no início desta semana, quando nos deslocámos a
Las Palmas para a apresentação da regata, que teve repercussão não apenas nos órgãos
de comunicação social locais,
mas também com uma reportagem na TVE. Um esforço
que esperamos paulatinamente surta efeito e para o
qual contámos com o imprescindível apoio do BPI e Turismo da Madeira.
Bom fim de semana
Mafalda Freitas
Presidente
Crónica
Vela no CNF
A vela é um desporto muito completo. Para além de
desenvolver um espírito de
equipa e de competição, sendo um desporto náutico, consegue envolver os quatro elementos que unem a natureza
à humanidade: terra, ar, fogo
(sol) e água.
O amor pela vela é nato.
Existem atletas que são velejadores naturais e desenvolvem essa paixão a partir do
momento que estão a velejar. Uma sensação de liberdade e adrenalina única e
inesquecível.
Nesta próxima época desportiva, o Clube Naval do Funchal contratou novos treinadores para a classe Optimist
de competição e de iniciação/
aperfeiçoamento.
Incentivar os atletas ao máximo nos treinos de vela, definir
objetivos desportivos para cada
atleta, não esquecendo a prática regular de exercícios cardio-respiratórios e musculares, tornam-se essenciais para
a obtenção de melhores resultados e de um desenvolvimento harmonioso do corpo.
O Pedro Correia e o Gui-
lherme Marques são os mais
recentes exemplos de sucessos desportivos e pessoais do
departamento de vela do CNF,
cujo conjunto dessas atividades contribuíram de forma inequívoca para as suas
presenças, resultados e suces-
sos em europeus e mundiais,
e em convocatórias da Seleção Nacional. O Clube Naval
do Funchal agradece a todos
os parceiros e patrocinadores
que contribuíram para viabilizar este projeto.
Durante as férias escola-
GANHE UM VOUCHER NAVAL
Em que ano se realizou a 1ª edição
da regata Canárias – Madeira em barcos
de vela de cruzeiro, e quem venceu?
res, o Clube Naval do Funchal
desenvolveu, na Quinta Calaça, cursos de iniciação à vela
durante 6 semanas e windfsurf durante 5 semanas, onde
as inscrições chegaram sempre aos limites. Foram semanas muito positivas para o
desporto e para as crianças.
Esperamos ter despertado o
“bichinho” da vela e windsurf,
aguardando novos atletas a
partir do dia 20 de Setembro,
data que iniciamos a próxima
época desportiva.
Angela Aveiro Figueira
Vice comodoro do CNF
TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 5 de Setembro de 2014
desporto
25
Francisco Ornelas garantiu o título regional na Fajã da Areia
Naval faz Moche no pódio
Franciso Ornelas surfou com estilo
para sagrar-se Campeão Regional Sub-16.
se em provas oficiais com um
excelente 2.º lugar. O terceiro
navalista no pódio foi Francisco Soares.
Nos Sub-14, Lourenço
Faria somou a terceira vitória
no circuito e teve no seu colega do Naval, Gonçalo Gomes,
o seu adversário mais direto. Nos Sub-16, para além de
o pódio ter sido açambarcado por navalistas, o grande
destaque foi para Francisco
Ornelas, que somou o quarto triunfo no circuito e garantiu a conquista do título regional. Atrás do Chico ficaram
Gonçalo Gomes — que assim
obteve dois 2.ºs lugares em
dois escalões — e Nuno Faria.
No Open Feminino, Carlota
Reis venceu categoricamente,
naquele que foi o seu terceiro êxito no circuito, e teve
ao seu lado no pódio a também navalista Mafalda Abreu,
2.ª classificada. Escaparam
ao domínio do Naval o escalão Sub-18 e o Open. O primeiro foi ganho por Rodrigo
Farinha (CAM), que foi ladeado na entrega de prémios
por dois navalistas, o “pequeno-grande” Tomás Lacerda e
Lourenço Faria, 2.º e 3.º classificados, respetivamente. Já
na competição entre os mais
velhos, que registou uma participação recorde de 21 surfistas, para o que contribuíram
decisivamente os 16 navalistas
presentes, o melhor foi Ruben
Afonso (CTM), enquanto o
melhor do Naval foi André
Pontes, um veterano que tornou-se uma revelação ao ficar
no 4.º lugar.
Acrescente-se que esta prova foi organizada pela ASRAM
em parceria com o Clube
Naval do Funchal, Desenquadrado e Diário de Notícias e
mereceu a presença de muito público, beneficiando também da realização do tradicional arraial de São Vicente.
Cirilo Borges
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O Naval foi o grande vencedor da 4.ª etapa do Moche Circuito Regional de Surf, disputada no fim de semana transato, na Fajã da Areia, em São
Vicente. Tal como as ondas
que se fizeram sentir durante a prova, constantes e regulares durante todo o dia, com
uma qualidade que subiu aos
2 metros, também os navalistas voltaram a evidenciar
superioridade, à semelhança
das três etapas anteriores do
circuito, patente nos triunfos em 4 dos 6 escalões disputados. Aliás, alguns pódios
foram totalmente preenchidos por surfistas do Naval,
como foi o caso do escalão
Sub-12, onde Tomás Lacerda
foi o natural vencedor, confirmando um nível técnico
e tático acima dos restantes
participantes. Merece realce, no entanto, Nilton Freitas que, aos 8 anos, estreou-
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26 comunidades
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ACTUALIDADE SOCIAL MADEIRENSE
TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 5 de Setembro de 2014
Venezuela vai melhorar
identificação nos aeroportos
Um sistema automatizado de identificação dos passageiros vai ser
instalado nos
aeroportos internacionais da Venezuela. O sistema inclui «scanners» de impressões digitais e leitores de cartões
de embarque. Será
eliminando o atual
formulário de imigração em papel.
O anúncio da instalação do
novo sistema de identificação
de passageiros nos aeroportos da Venezuela foi feito por
Juan Carlos Dugarte, diretorgeral do Serviço Administra-
tivo de Identificação, Migração e Estrangeiros. Segundo
aquele responsável, permitirá
aumentar a segurança e fluidez ao processo migratório.
“O sistema proporciona
mais segurança (...). Encontramos, nalguns casos, passaportes adulterados, onde
colavam uma lâmina de policarbonato, com foto, e não
tínhamos leitores que pudessem identificar a identidade da pessoa”, explicou aos
jornalistas.
O novo sistema será instalado inicialmente nos aeroportos internacionais de Santiago Mariño de Porlamar,
Arturo Michelena de Valência, Jacinto Lara de Barquisimeto e La Chinita de Maracaibo, nos estados venezuelanos
de Nueva Esparta, Carabobo,
Lara e Zúlia, respetivamente.
Juan Carlos Dugarte sublinhou que o novo sistema está
equipado com leitores que
permitem comparar a impressão digital do passageiro com
a do passaporte e fazer uma
leitura rápida dos dados do
cartão de embarque, dispensando o formulário em papel
que os passageiros preenchem ao entrar e sair do país.
Está ainda preparado para ler
os dados do «chip» incluído
em cada passaporte eletrónico venezuelano.
As autoridades não revelaram, contudo, a entrada em
funcionamento do novos sistema no Aeroporto Internacional Simón Bolívar de Maiquetía, o principal do país,
situado a norte de Caracas, a
capital da Venezuela. l
quecimento se formaram também em outras áreas, nomeadamente, no que às organizações concerne, juntando os
seus dois saberes.
Teríamos ainda, de aprofundar a reflexão, de ter em
conta: o nível de vinculação
no seio familiar desde infância e a formação individual
enquanto ser humano; a capacidade de liderança e visão
alargada à escala mundial;
a capacidade de decisão e a
incomensurável lista de atributos que comparativamente
com a particularidade apenas
e só, na formação em ciências
policiais -, onde a reducionista e jocosa analise, catalogou
os oficiais em dois grupos distintos – “nós” e os “outros” -,
sendo o primeiro sinónimo de
oficial capacitado e o segundo
oficial subalternizado, o que é
ofensivo!
O oficial submetido: a três/
quatro concursos de acesso
com números “cláusulus”;
três/quatro cursos de um ano
lectivo, aliados ao tempo de
serviço obrigatório no posto, até estarem reunidos os
pressupostos para concorrer,
não ficou com tempo para se
perder em estatísticas e com
gráficos pomposos, que ficam
sempre bem em trabalhos de
enriquecimento curricular e
acabam por dar estatuto.
Foi ao lado desses “outros”,
que o nós, ganhou, - “ser e
alma”-, aprendendo o “saber
fazer” e o “saber estar”, na
família Policial e na sociedade
civil. Haja respeito, Dignidade e Vergonha!
Lúcia Lima Mendes
direito de resposta
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Desprovida de qualquer
cientificidade, a notícia, pareceu encomendada, por quem
augura desesperadamente os
lugares cimeiros da PSP.
Esta preocupação desmesurada em encontrar alguém
com as características ímpares, está inquinada, pois assim
sendo, teríamos que restringir o grupo, o que só traria
vantagens acrescidas, - seleccionar a ´excelência` dentro
do que à partida, foi considerado bom - .
Estariam no grupo da excelência, todos quantos sendo
já agentes ou chefes se licenciariam posteriormente, em
ciências policiais, e que tantos são!
Estão melhor capacitados,
todos aqueles que civilmente,
procurando um maior enri-
Mantém-te
atualizado em...
www.diariocidade.pt
Comer frutas todos os dias
pode reduzir o risco de doenças cardíacas e acidentes vasculares cerebrais em até 40%,
afirmam investigadores britânicos da Universidade de
Oxford.
O novo estudo mostra que
quanto mais fruta uma pessoa come, menor será o risco, em comparação com a não
ingestão.
O máximo benefício obti-
do no estudo ocorreu com a
ingestão de cerca de duas porções e meia, ou aproximadamente 150g de peso. Três fatias
de maçã são suficientes.
Os resultados foram obtidos num estudo com 500 mil
chineses cuja saúde do coração foi monitorizada durante sete anos por cientistas de
Oxford.
Cientistas do Serviço de
Pesquisa Clínica da universi-
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Maçã reduz risco de enfarte
CLÍNICAS
27
MÉDICOS
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sociedade
TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 5 de Setembro de 2014
dade lembram que as doenças cardiovasculares, incluindo doença isquémica do coração (DIC) e acidente vascular
cerebral, são a principal causa
de mortes no mundo.
Os investigadores utilizaram
no estudo a ingestão de frutas
frescas e obtiveram uma redução do risco de doença cardiovascular, incluindo DIC e acidente vascular cerebral, principalmente os hemorrágicos.
Dr. Rui Pereira Vasconcelos
Especialista em:
Pediatria - Neuropediatria
Laboratório de Prótese
Dentária da Madeira
Rua João de Deus, 12-B
Telef.: 291 228 004
291 773 948
Rua Nova da Vale da Ajuda, 14
Apartamentos Ajuda, Loja C - Funchal
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Um medicamento experimental do laboratório suíço Novartis mostrou-se eficaz no aumento da esperança de vida de pacientes com
insuficiência cardíaca, reduzindo o índice de mortalidade em 20%. A nova droga,
conhecida como LCZ696,
pode vir a substituir as terapias usadas atualmente para
tratar a doença, que afeta 26
milhões de pessoas em todo
o mundo, avança a AFP.
O teste foi feito com
8.442 pacientes de 47 países, ao longo de 27 meses.
Foi avaliada a inocuidade
e a eficácia do tratamento em pacientes com insuficiência cardíaca, e a comparação com aqueles tratados com o enalapril, vendido
em marcas como Renitec® e
Vasotec®.
Foi comprovado que 21,8%
dos pacientes tratados com o
LCZ696 morreram de insuficiência cardíaca, enquanto, entre os pacientes tratados com enalapril, esta percentagem foi de 26,5%, uma
diferença de 20%. O medicamento também reduziu em
21% o número de internamentos por causa da doença. Segundo os investigadores, um dos efeitos colaterais do LCZ696, é a hipotensão, embora afirmem que o
fármaco cause menos danos
aos rins do que o enalapril.
A gigante farmacêutica
Novartis anunciou os resultados do estudo, no congresso da Sociedade Europeia de Cardiologia, em Barcelona, Espanha. Os resulta-
dos foram publicados também pela revista americana “New England Journal of
Medicine”. A Novartis deve
solicitar à Administração de
Alimentos e Medicamentos
americana (FDA) autorização para começar a vender a
nova droga no final de 2014
e obter o seu equivalente na
União Europeia em 2015.
O índice de mortalidade
por insuficiência cardíaca é
elevado. Cerca de 50% dos
pacientes morrem nos cinco
anos posteriores ao diagnóstico, segundo a Novartis.
O preço que o medicamento terá quando estiver
em circulação ainda não foi
revelado. As versões genéricas dos demais tratamentos
contra a doença custam cerca de 3 euros por dia. l
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Medicamento dá nova esperança a
doentes com insuficiência cardíaca
Este espaço
pode ser seu
E-mail: [email protected]
Telef: 291911300
28 mascotes
TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 5 de Setembro de 2014
Rações para cães e gatos
feitas à base de animais doentes
Há rações para cães
e gatos que são feitas à base de animais doentes. E há
animais que integram diariamente a dieta dos portugueses que também são alimentados com farinhas
produzidas a partir
de porcos ou vacas
com doenças.
O escândalo rebentou em
Espanha, mas já há casos reportados em Portugal. Algumas
rações para cães e gatos têm, na
sua génese, restos de outros animais doentes. Contou a edição
do jornal i que tanto as autoridades espanholas como as portuguesas sinalizaram múltiplos
casos de más práticas a nível
da transformação alimentar na
Península Ibérica.
No país vizinho, mais concretamente na cidade de Sevilha,
uma investigação levou à descoberta de que, alegadamente,
a empresa Dasy, do Grupo PGG,
faria uso de cães e cavalos mortos, bem como de outros animais
doentes, no âmbito do fabrico de
farinhas para alimentar não só
animais domésticos como vacas,
porcos e galinhas.
Os últimos são parte integrante da dieta mediterrânica,
pelo que se observa o risco da
introdução de doenças na cadeia
alimentar dos seres humanos.
De acordo com fontes do setor
contactadas pelo i, este perigo
não está circunscrito ao território espanhol, uma vez que os
subprodutos alimentares circulam livremente na Península Ibérica.
Saliente-se que em Portugal,
só nos últimos meses, a ASAE já
instaurou 20 processos contraordenacionais a operadores deste ramo, sendo que “no âmbito destas ações foram também
instaurados três processos-crime por fraude de mercadorias”,
adiantou uma fonte oficial. l
Animais domésticos com terapias «alternativas»
PUB
Os avanços da medicina
veterinária ao longo dos últimos anos tem ajudado a salvar a vida de animais de estimação que, há pouco tempo
atrás, não teriam tantas hipóteses de cura. No entanto, as
terapias alternativas também
têm feito cada vez mais parte do universo dos animais,
sendo que a acupuntura e o
uso de florais são as técnicas
que mais se destacam nesse
campo.
Embora esse tipo de terapia ainda tenha que enfrentar uma série de precon-
ceitos, podem ser de grande ajuda nos mais variados sentidos para os processos de reabilitação dos animais, mas de acordo com
os profissionais veterinários
que têm alguma familiaridade com tais terapias, jamais
devem ser utilizadas como
única ou principal forma de
tratamento, mas sim, como
um complemento.
No caso da acupuntura,
por exemplo, já é sabido que
a técnica pode ser de grande auxílio em tratamentos de
cães com problemas respira-
tórios, doenças dermatológicas, neurológicas, do sistema reprodutivo, musculares
ou relacionadas com a estrutura óssea do animal. Ela é
cada vez mais utilizada pelos
profissionais que atuam no
ramo de fisioterapia veterinária como um complemento
extremamente eficaz em processos de recuperação.
Enquanto a acupuntura
é capaz de aliviar sintomas
e promover um equilíbrio
maior na saúde do animal,
os florais atuam de uma forma diferente, podendo aju-
dar em questões mais ligadas
ao comportamento animal.
Nos dias de hoje já é possível encontrar florais formulados para acalmar os cães com
hiperatividade, auxiliar terapias contra a depressão animal, ajudar em processos de
adaptação a novos ambientes, fazer com que diminuam a quantidade de latidos
e até para que se comportem
melhor, bastando, para isso,
que o dono do animal de estimação pingue algumas gotas
(geralmente, de oito a dez) da
substância na água que será
oferecida ao animal.
Além de servir como uma
ótima ferramenta de auxílio no tratamento das mais
variadas enfermidades e problemas comportamentais, as
terapias alternativas também
contam coma grande vantagem de não representar qualquer tipo de risco de efeito
colateral para o animal. Elas
oferecem uma oportunidade
para que os processos de recuperação e cura dos animais
de estimação não tenham que
ser feitos com o uso de tantos
medicamentos. l
opinião
TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 5 de Setembro de 2014
Escreve a convite do PAN-Madeira
Reflexão sobre os
direitos da criança
Disse um grande poeta (1)
que o fascínio das crianças
provém da sua proximidade
com os animais.
Não restam dúvidas que,
umas e outros, são as mais
puras criaturas do universo.
Crianças e animais enchemnos a vida de raros brilhos.
Dão-nos razões para os amarmos e sonharmos com eles
edificar um mundo melhor
para todos.
Proclamados que foram
os DIREITOS DA CRIANÇA,
pelas Nações Unidas, a 20 de
novembro de 1959, tem, um
dos seus organismos, - a UNICEF-, desenvolvido acções
em prol da concretização do
bem estar e da felicidade para
todas as crianças.
Não é um trabalho fácil
sobretudo nos países que se
encontram mergulhados em
conflitos armados e onde a
mortandade, mormente de
crianças, é grande. Todos/as
sabemos disso pelos meios de
comunicação social, que diariamente nos “bombardeiam”
com notícias sobre os constantes atropelos aos mais elementares direitos humanos
e das crianças, muitas delas
barbaramente mutiladas e
assassinadas quando não são
transformadas em soldados
e incentivadas, elas próprias,
a matar.
Nos países onde a guerra
grassa não há, para as suas
crianças, tempo para brincar, rir, cantar, ir à escola e
viver uma vida digna. Como
não lembrarmos os grandes dramas das crianças de
vários países africanos, do
Médio Oriente, e porque não
falarmos das que, entre nós,
sofrem maus tratos, muitas
vezes perpetrados pelos seus
próprios progenitores, ou são
vitimas de abusos sexuais e
do trabalho infantil ? Estima-se que, por dia, hajam 5
crianças violentadas nos seus
direitos em Portugal. Chocante o bárbaro assassinato de
uma infeliz bebé de 4 meses
(Leonor), há pouco tempo,
no nosso país, queimada com
água a ferver pelo próprio
pai. E como não lembrarmos
o caso, igualmente chocante, na nossa ilha, do pequeno Daniel, cuja mãe tentou
vendê-lo?!
Perante isto, achamos que
a justiça deveria ser mais
célere e rigorosa na aplicação
das penas a todos/as quantos/as maltratam crianças.
A liberdade é um direito inalienável dos indivíduos, mas deveria ser retirada
às pessoas de caráter violento, impedindo-as de molestar
seja lá quem for. No caso dos
maus tratos a crianças é mais
revoltante, visto estas serem
criaturas indefesas e que, por
isso mesmo, precisam de proteção. O mesmo acontece com
os animais, indefesos também, logo vítimas de indivíduos/as de má índole.
Urge que, perante tudo
isto, não fiquemos pela condenação verbal ou escrita das
violências de que são vitimas
crianças e animais em todo o
mundo. Urge que apoiemos
a luta generosa da UNICEF(
em Portugal o seu COMITÉ)
no caso das crianças, e associações zoófilas no caso dos
animais para que o nosso
mundo possa vir a ser o lugar
ideal para viver e amar sem
fronteiras, homens, mulheres, crianças e animais, porque todos/as somos criaturas
de Deus.
Meditemos maduramente
nisto e tentemos, homens e
mulheres de bem-fazer, congregar esforços no sentido de
salvar cada vez mais crianças e animais de todo o tipo
de abusos.
(1) Eugénio de Andrade
Empresa proprietária:
O. L. C. - Audiovisuais,
TV, Multimédia, Jornais e Revistas, Lda.
Contr. n.º 509865720
Matriculada na Conservatória do Registo
Comercial da Ponta Delgada, com o n.º 04795/92
Sociedade por quotas com o capital social de € 100.000,00
Sócio-gerente com mais de 10% do capital – H.S.S.A. - Unipessoal
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Edgar R. de Aguiar
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Fabíola Sousa, Juan Andrade
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Economia:
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O TRIBUNA não é apenas
feito para si, também é feito
por si. Envie-nos sugestões,
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CARTÓRIO NOTARIAL DE GABRIEL
J RODRIGUES FERNANDES
Rua das Comunidades Madeirenses, nº 7 C – 9350-210 Ribeira Brava
Tef. 291 952 230 Fax: 201 951 690
E-mail – notá[email protected]
(publicado no Tribuna da Madeira a 05-09-2014)
Certifico para fins de publicação que por escritura lavrada a dois de
Setembro de 2014, exarada de folhas treze e seguintes, do Livro de Notas
para Escrituras Diversas número 210-A, deste Cartório Notarial, Arlindo
Vieira Chá-Chá, Nif 191.604.313, solteiro, maior, natural da freguesia
dos Canhas, concelho da Ponta do Sol, onde reside na Travessa do Lombo do
Meio n.º 12, declara – se com exclusão de outrem dono e legítimo possuidor,
é dono e legítimo possuidor, de um prédio rústico, localizado ao sítio
do Pomar, freguesia dos Canhas, concelho da Ponta do Sol, com a área
de quatrocentos metros quadrados, que confronta a Norte com a Vereda e
Levada, Sul com o Caminho, Leste com Manuel da Silva Morgado e Oeste
com Noé da Silva Morgado, inscrito na matriz sob o artigo 10751º, com
valor patrimonial de € 42,25 e com o valor atribuído de cem euros, não
descrito na Conservatória do Registo Predial da Ponta do Sol. Que o mesmo
veio à sua posse, por o ter adquirido, no ano de mil novecentos e oitenta e
oito, por doação verbal (pura) e não titulada, feita por Manuel da Silva Chá
Chá, solteiro, maior, residente que foi no sítio do Lombo do Meio, freguesia
dos Canhas, concelho de Ponta do Sol, que por sua vez o havia adquirido
por partilha verbal e não titulada por óbito de seus avós Manuel da Silva
Morgado Júnior e Jacinta da Silva, tendo aquele intervindo em direito de
representação de sua falecida mãe Maria da Silva Morgado, casada com
Agostinho Vieira Chá Chá, todos residentes que foram no sítio do Lombo do
Meio, freguesia dos Canhas, concelho de Ponta do Sol.
E que a partir de então, ou seja, durante mais de vinte anos, tem vindo
a possui-lo, sem interrupção, pública e pacificamente, como coisa própria,
de boa fé e sem oposição de quem quer que fosse, amanhando e cultivando
a terra, pagando as contribuições ao Estado, retirando em seu exclusivo
proveito todos os rendimentos e utilidades, pagando as contribuições ao
Estado, pelo que o adquiriu a titulo originário, por usucapião, que invoca
para justificar o seu direito de propriedade, para fins de registo.
Esta conforme com o original. Cartório Notarial Privado do Notário
Gabriel Fernandes, sito na Ribeira Brava, 02 de Setembro de 2014.
O Notário
Gabriel José Rodrigues Fernandes
Secretariado de Redacção:
Dulce Sá
Colunistas: António Cruz,
Celso Neto, Constantino Palma,
Ferreira Neto, Francisco Oliveira
Gregório Gouveia,
Helena Rebelo, Humberto Silva,
Idalina Perestrelo,
Joana Homem Costa,
José Carvalho,
José Mascarenhas, Luísa Antunes,
Pinto Baptista, Raquel Coelho,
Ricardo Freitas, Teresa Brazão
e Rui Almeida
Paginação
e tratamento de imagem:
Miguel Mão Cheia, Miguel Reis
Departamento Comercial:
Hernani Valente
Departamento Financeiro:
Clara Vieira
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e distribuição: O. L. C., Limitada
Morada: Parque Empresarial Zona Oeste PEZO, Lote n.º 6
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FÁTIMA PITTA DIONÍSIO
29
30 frases
TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 5 de Setembro de 2014
“
“
Ainda não é
demasiado
tarde para
encontrar
uma solução
política para a
crise na Ucrânia”
Na minha
cabeça sou
o melhor”
Cristiano
Ronaldo, futebolista
– TVI
Durão Barroso,
presidente da Comissão
Europeia – Jornal Sol
“
“
Enquanto
outros
estagnaram
nós
crescemos”
A Rússia não
pode ignorar
os mortos na
Ucrânia”
Vladimir Putin,
Presidente russo – TVI
Paulo Portas, viceprimeiro-ministro –
Jornal i
“
Felizmente
introduzi
regras no PS
que permitem
detectar as
irregularidades e
corrigi-las”
“
Quando vou
para o liceu
Camões, sou um
dos melhores
alunos. No 7º ano
tive uma média de
17. E na faculdade
formei-me com
quase 15 valores”
Basílio Horta, presidente da
Câmara de Sintra – Revista
Sábado
“
A TAP
está a
sair mal
vista”
António José Seguro,
secretário-geral do Partido
Socialista – Jornal Sol
“
Paulo Portas
impediu
um erro
monumental”
Marques Mendes,
comentador – SIC
Marcelo Rebelo
de Sousa,
comentador - TVI
“
Estamos
habituados
a ganhar
e muito
mais quando
jogamos frente
ao Sporting”
Jorge Jesus,
Treinador do Benfica
– A Bola
“
Penso que
a política
monetária
do BCE não
tem instrumentos
para combater a
deflação, para ser
muito franco”
Wolfgang Schäuble,
Ministro das Finanças
alemão – Jornal de
Negócios
opinião
TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 5 de Setembro de 2014
31
Sociedade de Advogados, RL
Setembro – mês do segundo pagamento por conta
ao suprimento, correcção ou
deteção da falta que motivou
o seu retardamento.
Quanto à fórmula de cálculo, de acordo com a regra
em vigor do artigo 105.º do
Código do IRC, o valor do
pagamento por conta apurase mediante a aplicação de
uma taxa de 80% ou 95%,
consoante o volume de negócios seja inferior ou superior
a 500.000,00 €, sobre o valor
da coleta de IRC do exercício anterior, deduzido (líquido) este resultado das retenções na fonte, que deverá ser
repartido por três montantes
iguais.
Esperava-se contudo uma
alteração da forma de cálculo do pagamento por conta
para 2014. De facto, nos termos da Proposta de Lei n.º
175/XII estava incluída uma
nova fórmula de cálculo para
o pagamento por conta que
passaria a incluir a dedução
do PEC (Pagamento Especial
por Conta) o que implicaria
um decréscimo no valor a
entregar a título de pagamento por conta, acompanhado
da equivalente diminuição do
valor a ser reembolsado, caso
esta situação se verificasse.
Contudo, a redação final
do n.º 1 do Artigo 105.º do
Código do IRC dada pela Lei
n.º 2/2014, de 16 de janeiro (que veio implementar a
reforma do IRC) não prevê
qualquer dedução do PEC,
mantendo-se a fórmula de
cálculo existente antes da
referida reforma.
Neste sentido, muito embora o propósito da reforma do
IRC se centre na correcção
de um conjunto de problemas crónicos que penalizam
a competitividade do nosso
sistema fiscal, foi desconsiderada esta proposta na versão
final, mantendo-se assim as
regras já existentes. l
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Dra. Ana Pinto Morais
Área de actuação Direito Fiscal,
email: [email protected]
Termina no dia 30 de
Setembro o prazo para entrega do segundo pagamento por
conta do período corrente.
Este pagamento é obrigatório
ainda que a empresa saiba
que não vai pagar IRC por
referência a 2014 que justifique o seu pagamento.
Esta regra levanta algumas
questões de ordem financeira
para as empresas que se vêem
obrigadas a fazer o referido
pagamento mesmo não dispondo de liquidez suficiente
para o fazer e sendo mesmo previsível que a empresa
não gerará lucros suficientes
que originem o pagamento de
imposto no final do ano.
Ainda assim, é importante
ter presente que se a empresa
verificar que o valor do pagamento por conta já pago na
primeira prestação em Julho
e na segunda prestação em
Setembro é igual ou superior
ao imposto que será devido
com base na matéria coletável
do período de tributação, a
mesma pode deixar de efectuar o terceiro pagamento por
conta devido até 15 de Dezembro de 2014.
Esta análise deverá ser feita com rigor e com cuidado,
uma vez que caso não seja
paga a terceira prestação e
caso a não entrega represente
uma importância superior a
20 % da que, em condições
normais, teria sido entregue,
há lugar a juros compensatórios desde o termo do prazo
em que a entrega deveria ter
sido efetuada até ao termo do
prazo para o envio da declaração ou até à data do pagamento da autoliquidação, se
anterior.
Note-se que actualmente a
taxa dos juros compensatórios
é de 4% e os mesmos contamse dia a dia desde o termo do
prazo de entrega do imposto
a pagar antecipadamente até
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Previsão
para hoje
TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 5 de Setembro de 2014
Períodos de céu muito nublado
com abertas.
Vento em geral fraco.
Salários a duas velocidades
Escoteiros
Gestores recuperam e operários perdem poder de compra em 2014
da Madeira
assinalam 97º A retoma parece
te todos os níveis hierárquidor são os fatores que mais
cos, mas este ano os diretoinfluenciam a atribuição de
ter chegado para
aniversário
res de primeira linha e as cheaumentos. Contam igualmenOs Escoteiros de Portugal assinalam 101 anos no
próximo sábado, bem como
97 anos de presença na
Madeira. Constituída a 6 de
setembro de 1913, a Associação dos Escoteiros de
Portugal é uma associação
educativa para jovens, sem
fins lucrativos, reconhecida de utilidade pública.
O chill out Escotista será
na Fortaleza do Pico - Funchal, neste sábado, dia 06,
entre as 18h e as 20h, onde
os convidados para além
de conhecerem um espaço
histórico da nossa Região,
poderão usufruir uma vista
privilegiada para o anfiteatro e baía do Funchal, onde
não faltará um beberete/
cocktail.
O custo individual da
actividade será de 5 euros
para todos os escoteiros
(uniformizados) e antigos
escoteiros que levem colocado o seu lenço. Todas as
crianças até aos 10 anos
(escoteiros ou não) que
apresentem à entrada um
desenho, ou outro trabalho
com uma flor-de-lis têm
entrada gratuita. Para o
público em geral, a venda
no local terá o custo de 10
euros. l
Raquel Coelho
Deputada do PTP
Nem para
produzir
bananas servem
O pedido de indemnização da Associação de Produtores de Banana da RAM
(APBRAM) ao Governo pelo
fracasso da aposta na varie-
os administradores e diretores
gerais das empresas portuguesas,
os cargos de topo
que este ano estão
a ter maiores subidas de salários. A
perder poder de
compra estão os
comerciais e os
operários, revelou
o estudo «Mercer
Total Compesation
Portugal 2014».
É
fias intermédias tiveram crescimentos de 1,64% e 1,14%,
respetivamente.
Em sentido inverso, no que
aos vencimentos diz respeito,
estão os trabalhadores com
funções comerciais e vendas
ou os operários. Nestes casos,
a descida de ordenado chegou
aos 1,41% (operários) e aos
0,14% (comerciais).
“A recuperação está a acontecer nas funções de maior
conteúdo funcional e responsabilidade. É uma tendência que não é estranha:
com a crise, os salários praticados nestas funções tiveram uma maior penalização e,
quando há retoma, as empresas têm tendência para reter
estes recursos, cuja perda tem
implicações mais altas em
comparação com outros grupos de colaboradores”, explicou Tiago Borges, o responsável na Mercer pela área de
estudos de mercado e compensações salariais.
de oportunidades, permitiu
nos últimos anos às empresas baixar os ordenados. Agora que a taxa de desemprego
está em queda “as organizações já não estão a conseguir
descer os salários”.
“Há uma inversão do ciclo
e, como seria de esperar, está
a notar-se mais nas áreas de
administração e direções de
primeira linha, porque também foram as mais prejudicadas no processo de ajustamento”, diz Tiago Borges.
Para os operários ou trabalhadores nas áreas comerciais
ou de vendas a redução salarial continua a ser uma realidade. Tiago Borges acredita
que, em 2015, poderá haver
“alguma recuperação para
estes níveis hierárquicos”.
uma mudança na
tendência que se
vinha registando
nos últimos anos.
Um estudo da consultora Mercer, que analisou
as políticas salariais de 302
empresas em Portugal, mostra que, em 2014, os cargos de
direção geral e administração
conseguiram aumentos salariais na ordem dos 3,31%.
Em 2012 e 2013, os salários
desceram em praticamen-
A elevada taxa de desemprego, com consequente aumento da procura de
emprego e número reduzido
De acordo com o estudo da Mercer, os resultados
financeiros das empresas e
o desempenho do trabalha-
dade de banana Ricasa, introduzida na RAM por incentivo e aconselhamento de instituições ligadas à Secretaria Regional do Ambiente e
Recursos Naturais (SRARN),
demonstra bem o nível de
incompetência do Governo
Regional.
Quando as plantas produzidas e comercializadas
pela própria Secretaria resultam num tremendo fracasso,
acrescido de avultados prejuízos para os bananicultores, é
de bradar aos céus!
Quando a SRARN deveria servir de plataforma para
incentivar e incrementar a
nossa produção agrícola é,
pelo oposto, a causa da ruína
de muitos agricultores, dando
conselhos à toa sem testar a
viabilidade da espécie aqui na
Madeira. Agora as perguntas
que ficam no ar são: para que
serve o centro de bananicultura do Lugar de Baixo? Não
foi criado exatamente com
o intuito de evitar situações
como estas? Quais foram os
resultados agronómicos positivos que permitiram o aconselhamento à produção desta
espécie aqui na Madeira?
A situação torna-se ainda mais ridícula quando o
Secretário com a tutela desta área, Manuel António Correia, almejando vir a ser o
futuro presidente do Governo Regional, não só não ajuda
os agricultores como ainda os
prejudica. Um Secretário que
não é capaz de dar conta da
sua Secretaria terá capacidade para assumir a presidência
do governo!?
Obviamente, este senhor,
mais uma vez, veio a público sacudir a água do capote dizendo que não tem qualquer responsabilidade nesta matéria, acrescentando
que não interfere nas opções
produtivas e comerciais dos
produtores. Pois claro que
não interfere, principalmente quando dá bronca! E, claro, quem paga os prejuízos
das más políticas agrícolas
da SRARN são, novamente,
os agricultores. l
Desemprego fez baixar Gestores pretendem
ordenados
contratar mais
te o “posicionamento face ao
mercado, a equidade interna, as diretrizes da casa mãe,
o orçamento aprovado e os
acordos coletivos de trabalho”. A antiguidade ou a hierarquia “são os fatores que
menos influenciam a atribuição do incremento salarial”,
lê-se no «Total Compensation Report 2014».
As atuais intenções de contratação por parte dos gestores também podem ser um
sinal de recuperação económica. O estudo da Mercer aponta que 73% pretende
manter o seu quadro de pessoal, 19% pretende aumentar
e 8% prevê diminuir.
“É a primeira vez que isto
sucede nos últimos cinco, seis
anos”, diz Tiago Borges.
22% adiantam salários
em «emergências»
Em 2014, 22% das empresas adiantaram salários ou
concederam empréstimos a
trabalhadores com dificuldades financeiras. A grande
maioria (94%) foi justificada por “situações de emergência” ou despesas de hospitalização (67%) e educação
(17%). A percentagem diminuiu em relação ao ano anterior. Em 2012, esta prática foi registada em 27% das
empresas.
De acordo com a Mercer,
os benefícios que as organizações oferecem aos colaboradores também estão a ser
mantidos apesar da crise.
Cerca de 90% das empresas
oferecem um plano médico
e 38% concedem um complemento de subsídio de
doença.
No estudo, são analisados
igualmente os níveis salariais
dos recém-licenciados. Diz a
Mercer que estes, no primeiro emprego, recebem entre
12.600 e os 18.075 euros por
ano. l
ricardo soares