Revista Municipal nº 22

Transcrição

Revista Municipal nº 22
sumário
Editorial 3
Investir no Concelho 4
Aprovada candidatura para Qualificação Urbana da Vila
Biblioteca Municipal abre ao público em Setembro
Economia do Concelho 11
Autarquia divulga apoios ao desenvolvimento rural
Município apoia consolidação do Cluster Agrícola do Cadaval
Ambiente & Protecção Civil 14
Novas energias: um apelo do ambiente e da economia
Recolha “porta-a-porta” prossegue com balanço positivo
Informar o Munícipe 15
Balcão Único Municipal: em prol da qualidade do atendimento
História do Concelho 16
Museu Municipal promoveu “II Encontro de Cultura e Património”
Turismo no Concelho 17
CMC estabelece parceria de apoio ao “Investidor em Meio Rural”
Centrais 18
Inaugurada Rotunda dedicada ao “Cantar dos Reis”, no Cadaval
Educação no Concelho 20
ANIMARTE trouxe quatro dias de animação ao Cadaval
REVISTA DA
CÂMARA MUNICIPAL DE CADAVAL
Série III • N.º 26
EDIÇÃO DE JULHO 2009
Publicação QUADRIMESTRAL
Capa
ROTUNDA “CANTAR DOS REIS” (CADAVAL)
Propriedade e Edição
CÂMARA MUNICIPAL DE CADAVAL
Direcção
ARISTIDES LOURENÇO SÉCIO (PRESIDENTE)
Coordenação Geral
EUGÉNIA CORREIA DE SOUSA
(VICE-PRESIDENTE)
VITOR PINTO LEMOS (VEREADOR)
Coordenação e Redacção
BRUNO FIALHO
(GAB. DE INFORMAÇÃO E REL. PÚBLICAS)
Cultura & Tempos Livres 22
Cadaval comemorou 35 anos do “25 de Abril”
“VI Tocatas de Verão” trouxeram música para apreciar
Colaboraram nesta edição:
ANA PINTEUS, MARIANA RAMOS, MARLENE
CAETANO, PAULA FRANCO, RICARDO COELHO,
TÂNIA CAMILO, TÂNIA PAULO E TERESA ROCHA
Acção Social & Saúde 26
Cruz Vermelha do Cadaval promoveu “I Festa das Nações”
Cadaval distinguido pelas políticas de apoio à família
Fotografia
ARQUIVO FOTOGRÁFICO DA CMC
Desporto no Concelho 30
Rocha Forte vence “IV Campeonato Concelhio de Futsal”
Parar p’ra conversar 32
Mussolino Gomes: «Sou como o leão, tenho de morrer na selva»
Em SEPARATA:
“Deliberar sobre o Concelho”
“25 de Abril, 35 Anos” (Suplemento especial)
Composição gráfica
BRUNO FIALHO
Concepção gráfica
PAULO FIALHO
Impressão
GRAFILIPE - SOC. ARTES GRÁFICAS LDA.
CADAVAL
Tiragem 5000 EXEMPLARES
DISTRIBUIÇÃO GRATUITA
A Câmara Municipal relembra:
√ Faça reciclagem e utilize os ecopontos distribuídos um pouco por todo
o Concelho.
√ Quanto aos lixos domésticos não recicláveis, deposite-os em sacos de
plástico bem fechados, antes de os colocar nos respectivos contentores.
Juntos conseguiremos ter um Ambiente cada vez melhor!
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Depósito Legal N.º 166330/01
ISSN: 0872-22129
editorial
«Em face da época estival em que nos encontramos, nunca é de mais lembrar o cuidado a ter
com os efeitos da exposição solar, sobretudo nas crianças. O cuidado no gasto da água, que
deve ser moderado, tratando-se de um bem essencial para todos e cada vez mais escasso. E
sobretudo o cuidado a ter com a floresta, porque, cada vez mais, o tempo é propício à ignição
do material vegetativo, pelo que todos os cuidados não são demais.»
Caros Munícipes,
Com este número da Revista Municipal, encerramos um ciclo importante da comunicação do Município com os cidadãos do nosso Concelho, culminando este período com o final do mandato autárquico
que se iniciou em 2006 e que terminará, como é de conhecimento
geral, com as eleições autárquicas, que decorrem no próximo dia 11
de Outubro.
nas suas vidas profissionais e familiares, lá desenvolvem.
Em face da época estival em que nos encontramos, nunca é de mais
lembrar o cuidado a ter com os efeitos da exposição solar, sobretudo
nas crianças. O cuidado no gasto da água, que deve ser moderado,
tratando-se de um bem essencial para todos e cada vez mais escasso. E sobretudo o cuidado a ter com a floresta, porque, cada vez
mais, o tempo é propício à ignição do material vegetativo, pelo que
todos os cuidados não são demais.
Como, por certo, não passou despercebido aos nossos leitores, a
Revista Municipal tem, desde 2002, vindo a ser publicada no presente formato e de forma regular, espelhando, em cada momento,
as diversas facetas do trabalho desenvolvido, quer ao nível das obras,
quer ao nível dos eventos, que, ao longo do tempo, se têm realizado
de uma forma geral por todo o Concelho.
A floresta é um bem económico muito importante no nosso Concelho
e dá um forte contributo ao rendimento da nossa população. Por
outro lado, creio que todos estarão de acordo, as nossas serras estão cada vez mais bonitas, em especial a de Montejunto, com o seu
exuberante manto verde, oferecendo, a quem a visita ou a quem a
contempla de longe, uma enorme satisfação e orgulho desse incalculável património natural do nosso Concelho. Todos e cada um de
nós somos responsáveis pela sua defesa e, nessa perspectiva, apelo à maior precaução e à vigilância permanente. Qualquer descuido
pode deitar a perder tudo o que, desde 2003, a natureza, com a sua
imensa força, tem vindo repor. Para nosso bem, devemos ajudá-la e
impedir que o fogo destrua a nossa fauna e flora.
Com efeito, sempre procurámos que a Revista Municipal fosse um
órgão de comunicação sério, que reflectisse, com rigor e isenção, as
actividades desenvolvidas pela autarquia, dando notoriedade aos investimentos públicos postos ao serviço do Concelho e permitindo
conhecer figuras da nossa população que, pela sua peculiaridade,
marcaram, de alguma forma, a nossa sociedade.
É justo aqui referenciar o trabalho levado a cabo por toda a equipa
que fez da nossa Revista Municipal uma das melhores que se editam no país, pelo que será justo um especial destaque ao nosso
redactor, Dr. Bruno Fialho, pela dedicação e trabalho desenvolvido.
Estão igualmente a decorrer as colheitas, em especial a da nossa
Pêra Rocha, época de árduo trabalho que traz movimento e alegria
aos nossos campos. Espero vivamente que o resultado seja qualidade e quantidade, constituindo o coroar de todo o trabalho desenvolvido pelos nossos fruticultores e suas organizações, ao longo do ano
agrícola que está a terminar.
Gostaria agora de saudar todos os nossos emigrantes que, mais
uma vez, se encontram entre nós no gozo de merecidas férias, desejando que as mesmas sejam repletas de felicidade na companhia de familiares e amigos e esperando que o regresso aos países onde
estão radicados seja feito com saúde, com segurança e com a bagagem
cheia de forças para
enfrentar as actividades que,
Termino com a consciência de que, como director desta Revista, a
mesma cumpriu os objectivos traçados ao nível dos conteúdos e da
regularidade da sua publicação, pelo que este número constituirá
um virar-de-página na história da mesma. Ao nível do formato e da
periodicidade de publicação, dar-lhe-emos uma nova dimensão, que
seja ainda mais acessível a todos.
Sempre ao serviço do nosso Concelho, despeço-me com amizade.
O Presidente da Câmara,
Aristides Lourenço Sécio
3
investir no concelho
Aprovada candidatura para Qualificação Urbana da Vila
A Câmara Municipal do Cadaval está a lançar um conjunto de obras para a Qualificação
Urbana da Vila, designado “QualificaCadaval”, ascendendo o investimento a mais de
1,5 milhões de euros, nesta primeira fase agora aprovada pelo QREN.
QualificaCADAVAL
Operação 1 - Qualificação Urbana da Vila
(2008 - 2010)
1 - Requalificação da Rua do Vale de Abrigo
2 - Requalificação da Praça da República,
Jardim Infante D. Henrique,
Largo D. Nuno Álvares Pereira e
Avenida dos Bombeiros
(Projecto-âncora)
3 - Reabilitação do Núcleo Antigo da Vila
(1ª Fase: Rua João Santa Bárbara e
Rua do Rossio)
4 - Guia e Sinaléctica das Árvores da Vila
5 - Espaço Internet e Multimédia
6 - Instalação e Dinamização da
Biblioteca Municipal
(Projecto-âncora)
O momento pós-assinatura do protocolo
E
sta operação vem na sequência da assinatura, a 16 de Julho último, em
Coimbra, de um protocolo de financiamento relativo aos projectos aprovados pelo
QREN, no âmbito das Parcerias para a Re-
generação Urbana – Programa Operacional
da Região Centro.
Caberá ao Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) a comparticipação
de perto de 1 milhão de euros do supracitado
investimento.
A presente operação de qualificação urbana contribui para a “Estratégia de Qualificação Urbana da Vila do Cadaval (2008-2015)”,
consolidando o projecto estruturante previsto
no “Plano de Acção CADAVAL 2015”, que
visa “afirmar a Vila do Cadaval no espaço
regional, enquanto centro urbano com potencial e identidade, que importa valorizar
de forma competitiva”.
Ao Cadaval, enquanto centro urbano complementar da Região Oeste, caberá prestar
um leque de funções urbanas fundamentais
à sustentação da coesão territorial e à consolidação de redes de proximidade.
O Cadaval visa alcançar um modelo de centro urbano equilibrado e competitivo, de pe-
4
quena dimensão demográfica e territorial,
mas que ambiciona, do ponto de vista funcional, constituir um elemento de coesão no
contexto regional, impondo uma dinâmica de
modernidade.
A concretização dos dois projectos-âncora,
contemplados na recém-aprovada operação,
assume um carácter nuclear e motor na
implementação desta Estratégia da Vila, sendo os restantes sete, projectos e acções de
natureza complementar.
Assim, na tipologia “Qualificação do Espaço Público e Ambiente Urbano” estão contemplados: “Requalificação da Rua do Vale
de Abrigo”; “Requalificação da Praça da
República, Jardim Infante D. Henrique,
Largo D. Nuno Alvares Pereira e Renovação Urbana da Avenida dos Bombeiros”
(projecto-âncora), para além da “Reabilitação do Núcleo Antigo da Vila” e “Guia e
Sinalética das Árvores da Vila”.
O “Desenvolvimento Social” inclui, por seu
turno, o “Projecto de Intervenção Social Cada
1 Val +” e ainda a criação do novo “Espaço
Internet e Multimédia”. O “Desenvolvimento
Cultural” contempla a “Instalação e
Dinamização da Biblioteca Municipal” (segundo projecto-âncora). Por último, no âmbito na “Divulgação, Animação e Promoção”
estão consagradas “Acções de Divulgação,
Promoção e Marketing” e “Acções de Animação de Rua”.
investir no concelho
Biblioteca Municipal e Espaço Internet e Multimédia abrem ao público em Setembro
muito limitado e sem
condições para dar resposta à missão da Biblioteca de hoje.
A nova Biblioteca Municipal está integrada
na Rede Nacional de
Bibliotecas Públicas e
encontra-se em fase de
abertura ao público,
prevista para Setembro
de 2009. Este espaço
de utilização colectiva,
aberto a novos valores
Aspecto do interior do edifício da nova Biblioteca
Biblioteca Municipal
Municipal
e novos usos, pretende
ser um recurso signifiInstalação e Dinamização da Biblioteca cativo para as crianças em idade escoMunicipal vêm permitir colmatar uma ca- lar, para os jovens e cidadãos em geral.
A Biblioteca Municipal deverá promover
rência do Concelho, em termos de equipamentos e serviços culturais e de apoio ao conheci- a coesão social e a autoconfiança da comento. A biblioteca existente não responde às munidade local, geradora de grandes dinecessidades actuais de desenvolvimento da nâmicas e serviços culturais inovadores.
Vila e do Concelho, constituindo um espaço Está integrada no complexo cultural das
A
Castanholas e numa zona de urbanização e
edificação recente, com grande afirmação.
A sua localização apresenta uma posição privilegiada em termos paisagísticos, nas imediações do Parque Urbano da Mata da Misericórdia.
A criação de novo Espaço Internet e
Multimédia, com a transferência e expansão
do actual Espaço Internet, para o edifício da
Biblioteca Municipal, pretende reforçar a dinâmica já existente no acesso à internet, mas
também o contacto com as novas tecnologias
de informação e comunicação, promovendo o
combate à info-exclusão.
Com a aprovação do protocolo de financiamento para a Operação de Qualificação Urbana
da Vila do Cadaval foram criadas as condições
para a instalação e abertura ao público da Biblioteca Municipal e do novo Espaço Internet
e Multimédia, com a aquisição de equipamento informático, mobiliário e o acervo bibliográfico adequado à dinamização destes espaços
de cultura, conhecimento e identidade.
Conservação e valorização da Real Fábrica do Gelo em conclusão
com
A
Real Fábrica de Gelo, classificada em
1997, como Monumento Nacional, foi já
considerada por inúmeros especialistas internacionais como «um caso único, pela originalidade das suas estruturas e pelo razoável estado de conservação”.
Este complexo fabril oitocentista é constituído
por três grandes áreas funcionais: área de elevação e distribuição da água; tanques de con-
gelação ou geleiras; poços ou
silos de armazenamento de
gelo e área de expedição.
Como explanámos em edições anteriores, o Município
do Cadaval, no intuito de conservar, salvaguardar, valorizar e divulgar a Real Fábrica
do Gelo, desenvolveu um projecto que compreende cinco
grandes acções, sendo que
as duas primeiras consistiram
na execução de projectos técnicos e em intervenções de
conservação e restauro das
estruturas arqueológicas.
A terceira acção incide na
implementação de um Centro
de Interpretação e Sinalética,
com o objectivo de definir uma leitura global de todo o complexo arqueológico, permitir a interpretação das estruturas e sistema funcional e, por último, criar
sinalética, no exterior, e painéis para o
interior do edifício dos silos.
Assim, no interior do referido edifício,
passarão a existir cinco painéis com a
função de complemento do conhecimen-
5
to difundido no exterior, e visam proporcionar
um conhecimento mais alargado sobre a
temática do fabrico do gelo nacional e internacional. Os seis painéis exteriores estão distribuídos da seguinte forma: um colocado à entrada do sítio e os outros directamente articulados com as estruturas a interpretar.
A quarta componente prende-se com intervenções ao nível dos percursos e envolvente, no
sentido de permitir uma aproximação da população ao património, sensibilizando para a diversificação e riqueza. Assenta numa rede de
percursos que articulam os diferentes espaços
entre si.
A quinta e última componente deste ambicioso
projecto consiste no desenvolvimento de um
Plano de Marketing para divulgação do Monumento Nacional, enquanto monumento nacional de características únicas, com boas condições para visitação e interpretação.
Entre outras acções, destacam-se a elaboração de painéis/outdoors, um guia desdobrável/
folheto sobre a Real Fábrica do Gelo, material
promocional/merchandising, monografia com
co-autores nacionais e internacionais, a criação de um site alusivo à Real Fábrica do Gelo,
promoção na comunicação social e reforço da
promoção nos roteiros turístico-culturais.
investir no concelho
ASFALTAGENS
Vilar
Legenda:
1 - Rua da Esperança;
2 - Largo dos Marqueses de Rio Maior;
3, 4 - Rua do Valverde;
5 - Rua do Guilhermino.
3
2
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5
Legenda:
1 - Troço Seixo/Vilar; 2, 3 - Troço Tojeira/Seixo.
Caminho R
ural Salgueirinho/P
iemonte
Rural
Salgueirinho/Piemonte
1
Alguber
1
2
3
Legenda:
1 - Rua da Corujeira; 2 - Rua das Escolas; 3 - Rua Vítor Gomes Isidoro.
2
1
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3
investir no concelho
Legenda:
1 - Rua das Amoreiras, Murteira (parte);
2 - Rua do Foro, Murteira (parte);
3 - Rua do Pastor e Beco, Murteira;
4, 5 - Rua Padre José Inácio Pereira,
Murteira (parte);
Murteira
Sobr
ena
Sobrena
Murteira
6 - Rua dos Moinhos, Casalinho;
7 - Rua Maria Eugénia, Avenal;
8, 9 - Rua Direita, Figueiros (parte).
Murteira
1
2
3
Murteira
Murteira
Casalinho
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6
Avenal
Figueir
os
igueiros
Figueir
os
igueiros
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9
Numa parceria entre a Autarquia e a “Águas do Oeste, S. A.”, foi realizada a primeira parte da repavimentação da
Rua António Henriques (1, 2) até à Quinta de Santo António (3), tendo na mesma sido utilizadas massas asfálticas
com introdução de borracha obtida a partir da reciclagem de pneus, em mais uma medida de preservação ambiental.
2
1
7
3
investir no concelho
VALORIZAÇÃO URBANÍSTICA
Legenda:
1 - Requalificação da Rua do Vale de Abrigo (em conclusão);
2 - Arranjo urbanístico das traseiras do Mercado Municipal (em execução);
3 - Passeios e asfaltagem de parque de estacionamento na Rua Boaventura Duarte;
4 - Calcet.º na Travessa das Carvalhas,
Cadaval (C/Junta de Freguesia);
5 - Calcet.º na Rua Vale Pisco, Cadaval (C/J.F.);
6 - Passeio na R. 25 de Abril, C. Sapo (C/J.F.);
7 - Calcet.º da Trav. do Crispiano, S. Salvador (C/Junta de Freguesia);
8, 9 - Calcet.º da Rua de Stª. Catarina, Peral;
10 - Calcetamento de Beco D. Emília Franca, Vermelha (C/Junta de Freguesia);
11 - Construção de passeio/estacionamento, na Rua dos Moinhos, Póvoa (C/J.F.);
12 - Calc. na Rua Santa Ana, Póvoa (C/J.F.).
Cadaval
Cadaval
Cadaval
1
2
3
Cadaval
Cadaval
C. Sapo
4
5
6
S. Salvador
Peral
Peral
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Vermelha
Póvoa
Póvoa
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11
12
8
investir no concelho
Legenda:
1 - Calcet.º de valetas/passeio e beco na
Rua da Palmeira, Figueiros (C/J.F.);
2 - Calcetamento da Travessa José
Feliciano Júnior, Figueiros (C/J.F.);
3 - Passeio na Rua do Cemitério, Figueiros
(C/Junta de Freguesia);
4 - Conclusão de troço de passeio na Rua
Principal, Figueiros (C/J.F.);
5 - Calcetamento de valetas/passeio na Rua
Marcelo Caetano, Painho (C/J.F.);
6 - Calcetamento de valeta/passeio na Tra-
vessa D. Lucília, Painho (C/J.F.);
7 - Passeio/estacionamento na Rua do
Valcarroto, Vilar (C/J.F.);
8 - Passeios na R. Pde. Serrão, Vilar (C/J.F.);
9 - Passeio e pluviais na Rua Luís de
Camões, Martim Joanes (C/J.F.).
Figueir
os
igueiros
Figueir
os
igueiros
Figueir
os
igueiros
1
2
3
Figueir
os
igueiros
Painho
Painho
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5
6
Vilar
Vilar
M. Joanes
7
8
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OUTROS TRABALHOS »»
Legenda:
1 - Rede de Esgotos e elevação na Rua
Zacarias Vivas, Sobrena;
2 - Estabilização de talude na Ribeira do
Avenal, junto à ponte do Carril, Vilar;
Vilar
Sobr
ena
Sobrena
2
1
9
3 - Construção de paredão para estabilização da Estrada Pragança/Carvalhal da
Serra (concluída).
Pragança
3
investir no concelho
»» OUTROS TRABALHOS
Legenda:
1 - Embelezamento da rotunda da Rua
N. S.ª da Conceição, no Cadaval;
2 - Separador na intersecção Av. Bom-
beiros Voluntários/Av. Dr. Franc. Sá Carneiro;
3 - Colocação de estrado em madeira na ponte do Parque de Lazer do Cadaval;
4, 5 - Remodelação e ampliação da Escola
Básica de 1.º Ciclo da Dagorda (em fase
de conclusão);
6 - Fecho de alpendre do Jardim-de-Infância do Vilar, com portas e janelas.
Cadaval
Cadaval
Cadaval
1
2
3
Dagor
da
Dagorda
Dagor
da
Dagorda
Vilar
4
5
6
Legenda:
A sinalização semafórica colocada, recentemente, nos cruzamentos de Adão
Lobo (7) e Martim Joanes (8) - regulação de
tráfego - e na Rua do Bonjardim, Vilar (9) redução de velocidade - contou com utiliza-
ção de díodos emissores de luz (LED), alimentados por painéis solares, em vez de
energia eléctrica.
A. Lobo
M. Joanes
Vilar
7
8
9
Concluída intervenção no Rio Real
9
Está concluída a intervenção no Rio Real, no
troço compreendido entre o limite com o Concelho do Bombarral e a Quinta do Gradil (ponte
baleeira). Em parceria com o Exército Português – Regimento de Engenharia n.º 1 da Pontinha e o acompanhamento técnico da
ARHTejo – Administração Regional Hidrográfica do Tejo, a Câmara Municipal efectuou um
10
investimento significativo que, a par da recolha dos efluentes por parte da “Águas
do Oeste, S.A.”, devolveu a um dos principais cursos de água do Concelho o seu
equilíbrio natural e ambiental. Estão, entretanto, a preparar-se intervenções semelhantes a realizar nos Rios Bogóta e Arnóia,
bem como na Ribeira de Santo António.
economia do concelho
Numa iniciativa conjunta com a associação LeaderOeste
Autarquia divulga apoios ao desenvolvimento rural
Para divulgar os apoios ao Desenvolvimento Rural, a Câmara Municipal, em parceria com a
LeaderOeste - Associação para o Desenvolvimento Rural, está a realizar um conjunto de sessões
de divulgação para os potenciais beneficiários. A primeira decorreu a 5 de Junho e foi dirigida às
Juntas de Freguesia do Concelho.
A
contratualização do PRODER (Programa de Desenvolvimento Rural) entre o
Ministério da Agricultura e a associação
LeaderOeste (sediada na Vila do Cadaval),
e o facto das 10 Freguesias do Concelho integrarem o território de intervenção da Estratégia de Desenvolvimento aprovada constituem uma oportunidade inegável que importa não descurar.
O mundo rural tem, hoje, uma
natureza multifuncional que vai
além da produção de bens agrícolas, incidindo também na produção de outros bens ou serviços inerentes à economia local,
ou serviços de preservação do
ambiente, do património e do espaço rural.
Reconhecem-se, assim, as potencialidades dos territórios em
todas as suas componentes - um
património físico e cultural, um
potencial endógeno de produção
e um património ambiental, com
base nas quais se pode estruturar uma base
de desenvolvimento local.
O PRODER assume, igualmente, como objectivo promover as condições de
atractividade e fixação de populações em
meio rural, através do apoio à melhoria de
redes locais de serviços básicos para as populações e à criação de microempresas.
O “Subprograma 3 – Dinamização das Zo-
nas Rurais” insere-se nos objectivos definidos no FEADER – Fundo Europeu de Desenvolvimento Rural.
Com o objectivo de divulgar os apoios ao
Desenvolvimento Rural, designadamente
para a promoção da qualidade de vida e para
a diversificação das actividades económicas
do Concelho, a Autarquia, em parceria com a
LeaderOeste, pretende realizar algumas Sessões de Divulgação, junto dos potenciais
beneficiários do Programa.
No dia 5 de Junho foi realizada uma sessão
para as Juntas de Freguesia, estando a ser
agendadas outras sessões, designadamente
para as Entidades Sociais do Concelho, sobre o domínio dos Serviços Básicos para a
população rural.
As Sessões de Divulgação do PRODER –
Subprograma 3 na área do Concelho terão
incidência sobre os seguintes domínios: Diversificação da Actividade Económica e Criação de Emprego; Serviços Básicos para a
População Rural; Conservação e Valorização
do Património e Cultura Local.
Siner
gias estratégicas para desenvolver o sector agrícola local
Sinergias
Município apoia consolidação do Cluster Agrícola do Cadaval
A
dinâmica positiva e o potencial do sector agrícola do Concelho exigem uma reflexão estratégica destinada a posicionar o
Cadaval face aos desafios e oportunidades
que o Cluster Agrícola enfrenta.
Um Cluster consiste num conjunto de empresas e outros actores, co-localizados numa
área geográfica próxima, que cooperam em
torno dum nicho funcional, estabelecendo alianças promotoras de competitividade.
A competitividade económica do Cadaval
passa pelo envolvimento do Município, das
entidades representativas do sector e das
empresas, bem como pela sinergia da estratégia de desenvolvimento do sector agrícola
com as políticas públicas em curso.
Neste contexto, a Câmara Municipal está a
promover a elaboração do Estudo de Desenvolvimento do Cluster Agrícola do Cadaval,
através de uma consultoria externa com a xão sobre a estratégia de desenvolvimento
a seguir e o papel da Autarquia, tal como o
empresa ISBS Consultancy.
O estudo tem por objectivo principal com- realizado a 26 de Junho, no auditório munipreender as oportunidades e ameaças que cipal.
o Cluster Agrícola enfrenWorkshop abordou estratégia de desenvolvimento do Cluster
ta, bem como a sua competitividade, tendo sido
desenvolvida uma análise
do sector, focalizada nas
sub-fileiras mais representativas: Pêra, Aves e
Vinho.
Neste âmbito, foram também realizadas entrevistas com cooperativas, pequenos produtores e demais entidades representativas do Cluster, bem
como workshops de refle-
11
economia do concelho
ACÇÃO
BENEFICIÁRIOS
PRAZO PARA
APRESENTAÇÃO
DE CANDIDATURAS
Informação e Promoção dos
Produtos de Qualidade
• Agrupamentos de produtores, a título individual ou em parceria, de
produtos destinados ao consumo humano.
15 de Setembro
Investimentos de Pequena Dimensão
• Pessoas singulares ou colectivas que exerçam a actividade agrícola.
15 de Setembro
•
Modernização e Capacitação das
Empresas
Modernização e Capacitação das
Empresas – Sector do Leite
Desenvolvimento de Serviços de
Aconselhamento
Gestão cinegética em Zonas de Caça
Municipal
Modernização e Capacitação das
Empresas Florestais
Melhoria Produtiva dos
Povoamentos
Protecção contra Agentes Bióticos
Nocivos
Pessoas singulares ou colectivas que exerçam a actividade
agrícola.
• Pequenas e médias empresas de transformação e/ou
comercialização de produtos agrícolas, ou empresas que tenham
menos de 750 empregados ou tenham um volume de negócios
inferior a 200 milhões de Euros.
Os beneficiários da Componente 2 devem enquadrar-se nos
Sectores de Actividade Abrangidos pelo PRODER.
15 de Setembro
• Pessoas singulares ou colectivas que exerçam a actividade agrícola.
15 de Setembro
• Entidades prestadoras do serviço de aconselhamento reconhecidas
nos termos da legislação nacional específica (Portaria nº 353/2008)
15 de Setembro
•
30 de Setembro
Entidades Gestoras de Zonas de Caça Municipal
As pessoas colectivas que se enquadrem numa das seguintes categorias:
• Microempresas (Recomendação 2003/361/CE da Comissão) com
actividade no sector florestal nomeadamente empresas de
exploração florestal, empresas transformadoras de material
lenhoso, incluindo biomassa florestal e resina;
• Pequenas e Médias Empresas (Recomendação 2003/361/CE da
Comissão) que se dediquem à colheita, concentração e
transformação de cortiça
•
•
•
•
•
•
•
Produtores florestais;
Entidades gestoras de zonas de intervenção florestal (ZIF),
Organizações de produtores florestais;
Órgãos de administração de baldios e suas associações;
Entidades gestoras de fundos de investimento imobiliário florestal;
Entidades gestoras de áreas agrupadas;
Organismos da administração local ou suas associações
representativas;
• Organismos da administração central, quando se trate de espaços
florestais sob sua gestão.
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Entidades gestoras das Zonas de Intervenção Florestal (ZIF);
Orgãos de administração de baldios e suas associações;
Entidades gestoras de áreas agrupadas;
Organizações de produtores florestais;
Entidades Gestoras de Fundos de Investimento Imobiliário
Florestal (FIIF);
Organismos da Administração Central;
Organismos da administração local e associações intermunicipais;
Produtores florestais.
Titulares de unidades de produção agrícola.
30 de Setembro
15 de Outubro
15 de Outubro
Nota: Para informações mais detalhadas e acesso ao formulário, consulte directamente o site do PRODER, http://www.proder.pt, ou ligue
para o Número Verde – 800 500 064.
12
economia do concelho
Apoio aos Potenciais
Artesãos e Unidades
Produtivas Artesanais
Sistemas de Incentivos às Empresas - Plano de concursos
Período de apresentação de
candidaturas
Sistema de Incentivo / Tipologia
SI I&DT
Projectos Individuais de I&DT
Co-Promoção de I&DT
Núcleos de I&DT
Centros de I&DT
Vale I&DT
I&DT Colectiva
Projectos Demonstradores
SI Inovação
Projectos de Inovação
Projectos de Empreendedorismo
SI Qualificação de PME
Projectos Individuais - Transportes
Projectos Individuais
Vale Inovação
Projectos Conjuntos (Outras Tipologias)
Projectos de Cooperação
Linha de Crédito Bonificada ao Sector
Agrícola, Pecuário, Florestal e Agro-Indústrias
Visa dinamizar a actividade económica
das Pequenas e Médias Empresas (PME)
do sector agrícola e pecuário e do sector
florestal e das agro-indústrias, com vista
à promoção do reforço da sua
competitividade e da sua capacidade de
exportação, criando condições para que
possam aceder a crédito bancário em condições mais favoráveis.
Tem uma dotação de 175 milhões de
euros, dos quais 75 milhões são para o
sector agrícola e pecuário e os restantes
100 milhões são para o sector florestal e
agro-indústrias.
Linha de Crédito PME Investe IV
Esta nova Linha de Crédito às PME tem
23-09-2009 a 21-10-2009
15-06-2009 a 15-09-2009
02-11-2009 a 15-01-2010
23-09-2009 a 21-10-2009
23-09-2009 a 21-10-2009
15-09-2009 a 13-10-2009
14-09-2009 a 12-10-2009
01-09-2009 a 28-09-2009
13-10-2009 a 09-11-2009
13-10-2009 a 09-11-2009
09-07-2009 a 15-10-2009
15-09-2009 a 13-10-2009
15-09-2009 a 13-10-2009
31-08-2009 a 25-09-2009
15-09-2009 a 13-10-2009
uma dotação de 400 milhões de euros,
dos quais 200 milhões de euros são destinados ao Sector Exportador e 200 milhões de euros são dirigidos às Micro e
Pequenas Empresas.
No Sector Exportador, as empresas têm
que exportar pelo menos 10 % do seu
volume de vendas, ou um valor superior a 150 mil euros, beneficiando de uma
Garantia Mútua sobre 50 % do valor de
cada financiamento.
Já as Micro e Pequenas Empresas devem apresentar resultados líquidos positivos em 2 dos últimos 4 exercícios, beneficiando de uma Garantia Mútua sobre
75 % do valor de cada financiamento.
Os valores a financiar ao abrigo desta
Linha são acumuláveis com financiamentos prestados ao abrigo das Linhas
anteriores.
13
E
xistem excelentes vantagens no que
toca ao reconhecimento do estatuto de Artesão e de Unidade Produtiva Artesanal, designadamente: acesso a
apoios e benefícios que o Estado atribua
ao artesanato (investimento na modernização das oficinas, formação, participação
em feiras, etc.), para o qual o reconhecimento do estatuto de unidade produtiva
artesanal é condição necessária; menção
do reconhecimento como artesão, ou unidade produtiva artesanal, na rotulagem,
publicidade e demais documentos comerciais de acompanhamento dos produtos,
através da utilização de símbolo, a aprovar por diploma legal; acesso regular a informação de interesse para o sector, difundida aos artesão e unidade produtivas
artesanais constantes do Registo Nacional do Artesanato.
À semelhança do que se tem feito desde
2006, informa-se, novamente, todos os interessados que o Município do Cadaval se
encontra à disposição, através do Gabinete de Assessoria Técnica, para prestar informação, relativa ao Estatuto de Artesão
e Unidade Produtiva Artesanal, e apoio no
preenchimento dos formulários, bem como
encaminhamento dos processos para obtenção do referido estatuto.
ambiente & protecção civil
A ener
gia eólica é um dos rrecursos
ecursos e
xistentes no nosso Concelho
energia
existentes
Novas energias: um apelo do ambiente e da economia
Para percebermos a importância das energias alternativas, explicamos, nesta edição
da Revista Municipal, os tipos de energia renováveis existentes, destacando a energia
eólica, por ser um recurso energético explorado no nosso Concelho.
A
s energias renováveis são fontes
inesgotáveis de energia, obtidas a partir
de recursos da Natureza, e podem ser de
origem solar, hídrica, geotérmica ou eólica.
A Energia Solar, obtida a partir do sol, pode
ser convertida em electricidade ou em calor,
através de painéis solares fotovoltaicos ou
térmicos, para aquecimento do ambiente ou
de água; a Energia Hídrica, proveniente da
água dos rios, das marés e das ondas, pode
ser convertida em energia eléctrica, através
das barragens; a Energia Geotérmica, obtida
a partir da terra, pode ser convertida em calor
para aquecimento do ambiente ou da água;
por último, a Energia Eólica, obtida a partir
dos ventos, pode ser convertida em
electricidade através de turbinas eólicas ou
aerogeradores.
Parque Eólico da Serra de Todo-o-Mundo
Aqui bem perto de nós, temos, a operar desde Janeiro de 2005, na Serra de Todo-o-Mun-
do (zona norte do Concelho), 10 aerogeradores, em que cinco se inserem no Concelho de Caldas da Rainha e os restantes
cinco no Concelho do Cadaval.
Cada turbina gera entre 50 a 300 KW de electricidade, sendo que um gerador eólico permite acenderem-se 3 000 lâmpadas de 100
Watts cada.
A título de exemplo, um aerogerador com cerca de 2MW de potência custa cerca de 2,2
milhões de euros, produz 4 500 MW/ano e,
em termos de poupança de petróleo, são
cerca de 387 toneladas/ano (ou seja, 2 825
barris/ano). Para além disso, evita 4 275 toneladas/ano de emissões de CO2 (Dióxido
de Carbono) para a atmosfera.
Nesta perspectiva “amiga do ambiente”, aliada ao rendimento que os aerogeradores
geram para a Autarquia, encontra-se em fase
avançada a negociação para a instalação de
um novo Parque Eólico no Concelho, que irá
reunir cerca de 12 aerogeradores.
Recolha Porta-a-Porta prossegue com balanço positivo
A Reciclagem é, cada vez mais, um dado adquirido no nosso Concelho, graças ao empenho de um
cada vez maior número de munícipes mas também de empresas e instituições locais. E, claro, o
Ambiente e a Economia agradecem.
O
s Munícipes do Cadaval estão, mais
uma vez, de parabéns. A colaboração
de todas as empresas, comerciantes, escolas, lares, etc., na separação do papel/cartão, plásticos e REEE (Resíduos de Equipamentos Eléctricos e Electrónicos), para recolha porta-a-porta, foi muito importante para
o nosso Município.
Conseguimos, juntos, evitar que algum deste “lixo” fosse colocado nos contentores de
RSU (Resíduos Sólidos Urbanos) e conseguimos, também, obter uma poupança bastante considerável.
Se o total de 132 toneladas de resíduos recolhidos no ano de 2008 tivesse sido colocado nos contentores tradicionais, teria custa-
Mês
Janeiro
Fevereiro
Março
Abril
Maio
Junho
Julho
Papel/Cartão (Kg)
12.780
10.260
13.100
9.620
7.300
7.680
8.640
Plástico/Kg
1.860
2.060
4.300
3.300
3.100
1.700
4.700
REEE/Kg
Total
69.380
21.020
4.500
Total
Global
1.180
980
480
1.860
14
94.900
do ao nosso Município 5 755 euros. Já no
presente ano de 2009, só entre Janeiro e
Julho (ver tabela abaixo), o valor poupado
com a recolha porta-a-porta de perto de 95
toneladas de resíduos era já de 4.155 euros.
Assim sendo, além de termos poupado, ainda permitimos a valorização dos materiais
recicláveis, que são utilizados na produção
de novos produtos.
De sublinhar que os dados em questão se
referem somente à recolha porta-a-porta,
efectuada pela autarquia às entidades acima referenciadas, não contemplando, por
isso, a reciclagem feita directamente nos
ecopontos.
Para mais esclarecimentos sobre o Serviço de Recolha Porta-a-Porta, contacte-se
o Gabinete do Ambiente da CMC, através
do 262 690 175 (Eng.ª Ana Pintéus).
informar o munícipe
Redefinição do modelo de atendimento municipal
Balcão Único: em prol da qualidade do atendimento
processo de modernização administrativa
actualmente em curso na Câmara Municipal.
Assim, face aos novos desafios que se
colocam às autarquias e às expectativas dos cidadãos e
empresas, importa
conceber novas estruturas organizacionais, que respondam com eficácia, efiAspecto do Balcão Único Municipal, a abrir brevemente
ciência e economia
às atribuições públiquestão da qualidade “entrou na moda” cas. A redefinição do atendimento represenna Administração Pública, muitas vezes ta um passo importante no relacionamento
mais centrada nos processos de gestão da da Autarquia com os seus Munícipes e Emqualidade do que nas exigências de quali- presas.
dade dos serviços prestados.
A criação do Balcão Único Municipal pressuOs cidadãos exigem serviços de fácil aces- põe que, num só espaço físico, o Munícipe
so, rapidez, conveniência e cortesia, com possa solucionar e resolver situações tão diqualidade, e também uma administração efi- versas como sejam a obtenção de uma licencaz na resolução de problemas e eficiente ça de construção, bem como a resolução de
no uso dos recursos públicos. A constitui- questões relacionadas com os transportes
ção do Balcão Único Municipal resulta do escolares, abastecimento de água, sanea-
A
mento, entre outros. O Balcão Único terá um
horário mais alargado e uma equipa de colaboradores que irão assegurar qualidade, rapidez e eficácia no tratamento das questões
relacionadas com os serviços, através de formação adequada em contexto de trabalho,
preparando-os para o desempenho de funções-chave na imagem da Autarquia.
Considerando a importância que a melhoria
contínua hoje assume nas organizações, a
Câmara Municipal deverá caminhar para a
implementação do Sistema de Gestão da
Qualidade, sendo o Balcão Único um passo
importante para a certificação da Qualidade.
O projecto enquadra-se nos objectivos do
SAMA - Sistema de Apoios à Modernização
Administrativa previsto no “POR Mais Centro”, programa que visa tornar a administração local mais eficaz e eficiente, respectivamente na tipologia “Operações de qualificação e simplificação do atendimento dos serviços públicos aos cidadãos e empresas”.
Esta operação encontra-se prevista na
subvenção global/contratualização com a
Oeste CIM (Comunidade Intermunicipal do
Oeste), estando a ser preparada uma candidatura regional, a apresentar até ao final de 2009.
Gabinete de Consulta Jurídica do Cadaval em funcionamento
R
eabriu em Maio, com novas instalações, o Gabinete de Consulta
Jurídica do Cadaval, cujo objectivo é o
de assegurar consultas jurídicas gratuitas a pessoas com dificuldades económicas que residam no Concelho do
Cadaval ou nele exerçam actividade
profissional.
Para que o gabinete possa avaliar a situação económica dos interessados, os
mesmos deverão ser portadores de
identificação pessoal, recibo de ordenado e última declaração de IRS.
Refira-se que o Gabinete de Consulta
Jurídica funciona agora na Rua 25 de
Abril, no 1.º andar do Edifício da Central de Camionagem (próximo do Tribunal). Está aberto de segunda a sexta-feira, das 9h00 às 12h30 e das
14h00 às 16h30. Pode ainda ser
contactado pelo telefone 91 314 89 07
ou pelo e-mail [email protected].
UNIVA dá lugar a Gabinete de Insersão Profissional
A
Câmara Municipal do Cadaval, em
parceria com o IEFP - Centro de
Emprego de Torres Vedras, criou, em
Maio último, o Gabinete de Inserção
Profissional (GIP), que pretende dar
continuidade ao trabalho desenvolvido
pelo antigo Gabinete UNIVA. O seu objectivo
consiste em dar respostas ao nível de informação e orientação profissional e ainda aos
problemas de emprego da população da área
do Concelho.
O GIP presta atendimento ao público às se-
15
gundas, terças, quintas e sextas-feiras, das
9h00 às 12h30 e das 14h00 às 16h30, e
funciona ainda no 1.º piso das antigas instalações da Câmara Municipal (junto ao
Mercado Municipal). O telefone de contacto é o seguinte: 262 690 187.
história do concelho
Enquadrado na “Semana do P
atrimónio”
Património”
Museu Municipal promoveu “II Encontro de Cultura e Património”
Inserido na designada “Semana do Património”, o Museu Municipal promoveu, a 22 de Maio, no
auditório dos Paços do Concelho, o “II Encontro de Cultura e Património do Cadaval”, onde se
debateu “o património como factor de desenvolvimento local”. Deste encontro, há a reter a
importância de promover a recuperação do património, bem como o seu conhecimento e fruição.
E
lísio Summavielle, Director do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (IGESPAR),
salientou a importância das autarquias na recuperação do património, dado que, como
refere, 70% do investimento público nessa
área é feito através delas. Considera, no entanto, existir falta de mão-de-obra qualificada, sendo que apenas 10% da área da construção civil se dedica à reabilitação e recuperação do património, quando a média europeia
é de 40%. Num país com tanta falta de emprego, este trata-se, segundo ele, de «um nicho de emprego estratégico e necessário».
Nélson de Carvalho, Presidente da Câmara
Municipal de Abrantes, defendeu a importân-
cia de usar o património como elemento estratégico e como marca de identidade de um
território, tornando-o
«conhecido, atractivo,
visitado», e cujos fluxos turísticos reflectirse-ão na economia
desse território. O
autarca apresentou, de
seguida, o programa
integrado de valorização do centro histórico
de Abrantes.
Pedro Roseta, Professor Universitário e Ex-Ministro da Cultura que, em 2002, inaugurou o Museu Municipal do Cadaval, defendeu que o património cultural é um dos principais traços distintivos de um povo, para
além da língua, e tem de ser «vivo, visitável,
vivido». Deve também ser encarado como
factor de desenvolvimento, permitindo «crescer sem perder as raízes». Como explicou,
o património, ao atrair turistas, especialistas,
estudantes, entre outros, contribui, também
ele, para a criação de emprego.
De acordo com Pedro Roseta, o desenvolvimento começa na pessoa humana e depende da sua consciência do viver em comunidade. Porque, como refere, «a herança degradada, degrada os seus herdeiros».
Cadaval antigo recordado em desenhos e aguarelas
E
nquadrada também na “Semana do Património”, a exposição
temporária “Cadaval Ontem e Hoje” decorreu, por seu turno, de 18 a 28 de
Maio, no Museu Municipal do Cadaval.
A mostra foi composta por desenhos e
aguarelas alusivas ao passado da vila
do Cadaval, da autoria de Serrão de Fa-
ria, e por uma série de painéis explicativos
da evolução urbana cadavalense.
De referir também, no final do supracitado
encontro, o lançamento das “Actas do 1.º
Encontro de Cultura e Património do
Cadaval”, numa edição da autarquia
cadavalense, disponível no Pelouro da Cultura e no Museu Municipal.
16
Rogério Silva, Arquitecto e Chefe de Divisão
da Câmara Municipal do Cadaval, abordou
“A revitalização das zonas antigas das áreas urbanas do Concelho do Cadaval”, tendo
começado por mostrar à plateia diversos
edifícios particulares votados ao abandono
e degradação, e também alguns exemplos
de reparações já realizadas. Apresentou, depois, algumas propostas com vista a fazer
face a essas situações de abandono e de
degradação de edifícios.
Considerou ainda existirem, no Concelho,
uma série de potencialidades a explorar, capazes de atrair turismo ao Cadaval, sendo
necessário cativar proprietários para a necessidade de recuperar o respectivo património e, além disso, ajudar os visitantes a
descobrir esses lugares.
Guilherme Cardoso, arqueólogo da Assembleia Distrital de Lisboa, relembrou a importância histórica do Convento dos
Dominicanos, em Montejunto, tendo considerado importante ajudar os visitantes do
convento a interpretar e compreender a sua
história e a sua relevância, através de uma
exposição permanente, painéis explicativos
e demais material gráfico.
O último orador previsto, Gil Serras Pereira,
arquitecto da empresa “Diâmetro – Estudos
e Projectos”, acabaria por não poder comparecer, sendo que ao mesmo caberia apresentar o projecto de reconversão da Praça
da República da vila do Cadaval.
turismo no concelho
Iniciativa de apoio ao “Investidor em Meio R
ural”
Rural”
Dinamizar o turismo no Concelho, preservando a ruralidade
A Câmara Municipal estabeleceu, recentemente, uma parceria com a associação LeaderOeste
com vista ao desenvolvimento da iniciativa de apoio “Investidor em Meio Rural – Turismo”,
encarando o turismo como alavanca da actividade económica, capaz de gerar novas
oportunidades de negócio e a dinamização
das actividades existentes.
A
parceria firmada visa conjugar esforços de divulgação, e de subsequente
esclarecimento de dúvidas, aos potenciais investidores, de forma conjunta e devidamente articulada.
Uma das melhores formas de apostar no turismo no Concelho, ao mesmo tempo que
se preserva a ruralidade e se criam rendimentos complementares, consiste na promoção das vertentes: Turismo no Espaço Rural, Turismo de Habitação, Turismo de Natureza e Alojamento Local.
Nesse sentido, a LeaderOeste – Associação
para o Desenvolvimento Rural constituirá o
interlocutor privilegiado no que concerne ao
financiamento deste tipo de empreendimentos turísticos.
A presente parceria teve por base a necessidade premente de atrair e fixar investidores no Concelho, sendo, para tal, fundamen-
tal a criação de
uma relação de
confiança entre
a autarquia e os
potenciais investidores, baseada
não só na diversificação dos
serviços prestados, mas também na melhoria da qualidade dos mesmos.
Neste âmbito, está prevista a elaboração de
um manual detalhado dos procedimentos e
requisitos inerentes ao licenciamento, assim
como dos relativos ao financiamento. Desse
manual resultarão várias brochuras
temáticas, quer de esclarecimento, quer de
promoção destas tipologias de empreendimento turístico/alojamento e de actividades
complementares a elas associadas. Como
não poderia deixar de ser, estão também
previstas sessões de esclarecimento alusivas a esta temática.
Iniciativa “P
er
corr
er Monte(s)junto(s)” - Caminhadas rregular
egular
es por trilhos rurais
“Per
ercorr
correr
egulares
Ruralidade local continua a atrair pedestrianistas
A
iniciativa “Percorrer Monte(s)junto(s)”
continua a decorrer, permitindo dar a conhecer a nossa terra a um crescente número de pessoas, maioritariamente provenientes de fora do Concelho. Como refere Narciso Vieira, técnico de Turismo da CMC, «os
participantes ficam sempre surpreendidos
com a beleza dos nossos vales, o nosso património construído e a nossa riqueza histórica.»
O último percurso realizado foi a Rota dos
Moinhos, a 21 de Junho, assinalando o arranque de Verão. Os
pedestrianistas partiram, bem cedo, do
Vilar, e trilharam cerca de 10 Km, por
Tojeira, Pereiro, Alto
da Lagoinha, Avenal
e regresso ao Vilar.
Dia 9 de Maio realizou-se um percurso
nocturno, na Serra
de Montejunto, que
contou com 25 inscrições, mas que, devido ao tempo pouco
convidativo, contou,
17
ainda assim, com 14 caminheiros (quase todos oriundos de Lisboa, Torres Vedras e Caldas da Rainha), aos quais permitiu passar
pelos miradouros serranos e visitar locais
como o Convento dos Dominicanos, Real Fábrica do Gelo e Parque dos Castanheiros.
Por seu turno, o trilho Cadaval/Vermelha (na
foto), realizado a 5 de Abril, contou com a
adesão de cerca de 32 caminheiros que
calcorrearam 13 Km. Os participantes vieram de Caldas da Rainha, Loures, Seixal e
também de dentro do Concelho, tendo trilhado vinhedos e pomares, com o itinerário
Cadaval, Vermelha, Vale Canada, Adão Lobo
e regresso ao Cadaval.
Para inscrições ou informações adicionais,
ligue: 91 678 26 28, 262 777 888, 262 690
100 (Serviço de Turismo). Pode ainda fazê-lo pelo e-mail [email protected]. Em
alternativa, consulte calendário de percursos,
disponível no site municipal (www.cmcadaval.pt).
especial rotunda “cantar dos reis”
Embelezamento da infra-estrutura rondou os 60 mil euros
Inaugurada Rotunda dedicada ao “Cantar dos Reis”, no Cadaval
A Câmara Municipal
inaugurou, na noite de 21
de Maio, a Rotunda da
EN 115, no Cadaval, cujo
arranjo urbanístico teve
por tema o “Cantar dos
Reis”, tradição das aldeias
de Avenal e Pereiro.
A cerimónia contou com a
presença de Luís Marques,
Director Regional de
Cultura de Lisboa e Vale
do Tejo, bem como do
escultor Vítor Nogueira da
Silva, autor do monumento
ao “Cantar e Pintar dos
Reis”. Após o descerrar de
placa, cantaram-se os reis
no Cadaval…
U
m «monumento singelo mas de grande significado para o Concelho» foi
como Aristides Sécio se referiu à peça
escultórica da rotunda que acabava de inaugurar, que não só evidencia uma tradição local, como também a «arte de bem receber»
da população concelhia, nomeadamente no
que respeita às localidades que ainda prati-
cam a tradição do “Cantar e Pintar dos
Reis”, o Avenal e o Pereiro.
Vítor Nogueira da Silva, criador da peça
escultórica situada na placa central da
rotunda, explicou, por seu turno, aos
presentes, a simbologia associada ao
aspecto visual e às componentes do referido monumento. (Ver caixa da pág. 19)
O Director Regional de Cultura de Lisboa e
Vale do Tejo, Luís Marques, apelidou aquele
como um monumento simbólico de extrema
importância, dado constituir, segundo ele, o
primeiro exemplo concreto, em Portugal, de
valorização do património cultural imaterial,
numa altura em que a UNESCO atribui uma
ênfase particular a este tipo de património.
18
Uma vez descerrada a lápide inaugural, por
Luís Marques e Aristides Sécio, e após um
breve discurso dos três supracitados
intervenientes, foi tempo de passar à recriação da tradição do “Cantar de Reis”. A recriação contou com a especial presença dos
grupos “de Cantar dos Reis” do Avenal e do
Pereiro, que dedicaram uma diversidade de
rimas espontâneas à ocasião festiva e ao monumento erguido em sua homenagem, onde
não faltaram versos do próprio Presidente da
Câmara.
O momento festivo incluiu, como manda a
praxe, uma ampla mesa de diversos comes
e bebes, aberta ao público e montada na rua,
junto à rotunda inaugurada.
especial rotunda “cantar dos reis”
Aristides Sécio, Luís Marques e Vítor Nogueira da Silva, junto ao monumento ao “Cantar dos Reis”
Explicação sobre o monumento ao “Cantar dos Reis”
A intervenção caracterizou-se pela recriação e interpretação, em termos
escultóricos, do “Pintar e Cantar dos
Reis”, escultura essa da autoria do escultor Vítor Nogueira da Silva.
Foi na placa central que incidiram a maior parte dos trabalhos, com a execução
do monumento de “homenagem” ou “lembrança” ao “Pintar e Cantar dos Reis”, tradição enraizada nas aldeias do Avenal e
do Pereiro. O referido espaço foi, depois,
relvado e rodeado por algumas árvores.
A tradição baseia-se, como descreve
Vítor Silva na memória descritiva do projecto, «num grupo de homens que, na
noite 5 de Janeiro, saem para a rua munidos de uma lanterna, um balde de tinta
e pincéis e que, cantando e pintando,
anunciam a mensagem dos “Bons Reis
Magos”. Nas paredes de algumas casas,
inscrevem, através de pinturas simples
com cores predefinidas, alguns símbolos e siglas que fazem parte de um código ancestral. Digamos que esses
“graffitis” ancestrais, implantados, sobretudo, junto às portas, desejam ao dono
da casa, entre outras mensagens, votos
de felicidades para o ano que começa.»
Na materialização desta tradição, o escultor idealizou a utilização de figuras geométricas, num conjunto escultórico que,
pela sua morfologia e localização, representa a porta de entrada da vila.
O monumento é formado por um elemento branco, em forma de portal, que sugere a entrada de uma habitação, sendo
ladeado por um elemento em forma de
“L” invertido e que pretende simbolizar a
faixa de cor (neste caso, amarela), existente em muitas casas de província.
19
Em cada um dos lados do portal encontra-se um elemento volumétrico. Um deles, de
forma prismática, simboliza uma parte da
parede/plano onde se encontra inserida a
porta. No lado oposto, existe um outro que
simboliza o lambril, também amarelo, existente nas casas rurais. Na face superior
deste elemento, encontra-se colocado um
cilindro vermelho que representa o balde
ou lata de tinta utilizada para a prática pictórica do evento. Sobre a base do monumento, encontra-se um paralelepípedo
amarelo que simboliza a candeia utilizada.
A peça inclui, por fim, um passadiço, criado
perpendicularmente ao eixo horizontal do
monumento, ao longo do qual progride um
cachão de água, cujo movimento pretende
sugerir a entrada numa suposta habitação
e, em paralelismo, o da entrada na vila ao
viajante que chegue por estrada.
educação no concelho
Rescaldo do 13.º Certame Municipal das Artes e da Educação
ANIMARTE trouxe quatro dias de animação ao Cadaval
A ANIMARTE despediu-se, a 1 de Junho, com um dia especialmente dedicado aos mais
pequenos, ou não fosse Dia Mundial da Criança. Este 13.º Certame Municipal das Artes e
da Educação saldou-se positivamente, tendo cumprido o seu anual compromisso lúdico-pedagógico para com crianças, jovens, famílias e demais comunidade visitante.
O
Parque de Lazer do Cadaval voltou
a acolher uma feira anual que constitui o culminar das actividades lectivas da comunidade educativa local, ao mesmo tempo que anima, informa e sensibiliza
crianças, jovens, famílias e comunidade em
geral.
A temática escolhida para este ano, “As
novas energias”, foi exemplarmente desenvolvida por professores/educadores,
alunos, auxiliares e técnicos, tendo estado visível, durante o certame, sobre as
mais diversas formas, como sejam: canções, encenação teatral, desenhos, pinturas, trabalhos manuais diversos, painéis
explicativos, jogos didácticos, entre outros. Seguramente que a importância da
utilização das energias renováveis e da
preservação ambiental não passou despercebida aos muitos visitantes do certame.
A mensagem didáctica e informativa passou ainda por outras
áreas de interesse e relevância, como sejam: preservação
da floresta, ambiente/reciclagem, emprego, saúde, solidariedade social, cultura/património, economia local ou novas
tecnologias.
Uma vez mais, a
mostra artesanal e
des das diferentes entidades participantes.
No total, perto de 70 stands reuniram mais
de 50 expositores nesta 13.ª ANIMARTE,
englobando escolas, jardins infantis, instituições, associações, artesãos e comerciantes.
Ao nível da animação infanto-juvenil, a aposta incidiu num conjunto de jogos tradicionais,
a que se vieram juntar actividades radicais
tais como o slide e o mini-slide, que divertiram miúdos e graúdos, ou ainda os solicitados jumpers (“andas” para saltar), tiro com
arco, escolinha de condução, campeonato de
institucional propiciou ao público
visitante a oportunidade de apreciar e adquirir diversos artigos,
maioritariamente de cariz infantil e
produzidos a nível local/regional,
bem como acompanhar as activida-
futebol infantil (1.º Ciclo do Concelho do
Cadaval), pintura facial, escultura de balões
e ateliês de actividades. De realçar que as
exibições diurnas de música, dança e representação contaram com a participação activa das escolas do Concelho.
20
educação no concelho
tor. O desfile, que contemplou muita animação à mistura, tratou-se de mais um evento
promocional da APC - Associação Paraíso
das Crianças, a qual tem movido esforços
de divulgação e angariação em prol da construção de uma casa de acolhimento para cri-
Quanto à animação, a organização
optou por dedicar cada dia a uma
tipologia de público. Assim, o dia 29
constituiu o “Dia da Juventude”, dia
30 foi o “Dia da Família”, o dia 31 representou o “Dia da Comunidade” e
finalmente o dia 1, como não poderia
deixar de ser, o “Dia da Criança”.
Os espectáculos nocturnos incluíram
dois concertos rock (um dos quais
mais revivalista) e também uma noite
especial que incluiu uma passagem
de modelos de crianças e jovens locais. A apresentação do desfile coube a algumas caras conhecidas, nomeadamente Margarida Barreiras,
jornalista, e Daniel Cardoso, actor,
tendo contado, ainda, com a presença de Miguel Bugalho, também ele ac-
anças, na localidade do Peral.
De salientar que a inauguração da
ANIMARTE coube ao Director Regional da
Educação de Lisboa e Vale do Tejo, José Joaquim Leitão, e ao Presidente da Câmara Municipal do Cadaval, Aristides Sécio.
O certame incidiu, uma vez mais, na zona
oriental do Parque de Lazer do Cadaval, permitindo a concentração da oferta exposicional
da feira em três grandes espaços: um pavilhão do artesanato, um espaço aberto, de
cariz institucional e animação musical, e ainda um pavilhão da educação, no qual decorreram os diversos ateliês de actividades.
A ANIMARTE voltou a constituir uma organização da Câmara Municipal do Cadaval em
parceria com Agrupamento de Escolas do
Cadaval, Escola Secundária c/ 3.º CEB de
Montejunto, Santa Casa da Misericórdia do
Cadaval, Colégio da Vila e Centro de Saúde
do Cadaval.
(Segue acima)
21
cultura & tempos livres
Exposição, sessão solene e concerto musical estiveram em destaque
Cadaval comemorou 35 anos do “25 de Abril”
O Cadaval acolheu, de 24 a 26 de Abril, as comemorações do 35.º Aniversário do 25 de
Abril, cujo destaque foi para uma exposição e uma sessão solene alusivas à efeméride,
sendo que nesta última intervieram não só os representantes dos partidos com assento
na Assembleia Municipal como também alunos representantes das escolas concelhias.
A
s festividades tiveram início com a
abertura, logo no dia 24, da exposição dedicada aos “35 anos do 25 de
Abril” e ao “25 de
Abril no Cadaval”, a
qual esteve patente, ao longo das comemorações, no
átrio dos Paços do
Concelho, e que
contou com o apoio
do Centro de Documentação “25 de
Abril” da Universidade de Coimbra. A
organização da iniciativa coube, por
seu turno, à Câmara Municipal do
Cadaval em parceria com a Assembleia Municipal e Biblioteca Municipal.
A manhã do Dia 25 iniciou-se com o habitual
Hastear da Bandeira, junto ao edifício dos
Paços do Concelho, momento que contou,
este ano, com a presença musical da Banda
Filarmónica de Pragança e com a participação de diversos deputados da Assembleia
Municipal, para além de representantes do
executivo camarário e demais entidades locais.
Hasteada que estava a bandeira nacional, as
celebrações prosseguiram no auditório da
Câmara Municipal, através de uma sessão
solene sobre o 25 de Abril, a qual contou com
a especial presença e intervenção de representantes dos alunos do Agrupamento de Escolas do Cadaval e da Escola Secundária c/
22
3.º Ciclo de Montejunto.
Mas ainda antes da opinião juvenil sobre a
emblemática “Revolução dos Cravos”, que
incluiu a declamação de três poemas, neste
plenário tomaram também a palavra os representantes dos Grupos Políticos da
Assembleia Municipal, nomeadamente,
Ricardo Miguel (CDU), Filipe Pereira (PS) e
Vítor Pintéus (PSD), antecedidos por palavras do Presidente do referido Órgão
Deliberativo, Pedro Gaspar Rodrigues, e do
Presidente da Câmara Municipal, Aristides
Lourenço Sécio. Este momento solene constituiu, por seu turno, uma organização da
Assembleia Municipal do Cadaval. (Na separata desta edição da RM, são publicados
cultura & tempos livres
cabaria mesmo por
trazer chuva no final
da prova, participaram nesta segunda
prova, ainda assim,
um total de 100 crianças do Concelho (ver
pág. 31).
À noite, realizou-se,
no cine-auditório dos
Bombeiros Voluntários do Cadaval, um
concerto intitulado
“Quatro Vertentes da
Música Coral de
Fernando Lopes-Graça”, o qual ficou a cargo do Coro Polifónico Eborae Mvsica, proveniente de Évora. O espectáculo repartiu-se,
assim, em quatro partes da obra de Fernando
Lopes-Graça: canções regionais portuguesas, canções de romaria tradicionais, canções
de Natal tradicionais e canções heróicas, num
espectáculo bastante ovacionado pela assisos discursos dos
intervenientes nesta
sessão).
A jornada comemorativa prosseguiu à
tarde, pelas 15h00,
com a realização da
segunda prova do
“IV Campeonato
Municipal Jovem de
Atletismo”, a qual
decorreu junto à Piscina Municipal do
Cadaval. Apesar da
instabilidade
climatérica, que a-
23
tência. Recorde-se que Fernando LopesGraça constitui uma referência não apenas
ao nível da composição musical e harmonização de canções regionais portuguesas, como também enquanto fervoroso defensor da conquista da liberdade política,
económica, social e cultural em Portugal e,
naturalmente, da Revolução de 25 de Abril
de 1974.
A assinalar o encerramento das comemorações, ao fim da tarde do dia 26, realizou-se,
no Pavilhão Gimnodesportivo Municipal, a
festa de encerramento do “IV Campeonato
Concelhio de Futsal” (ver pág. 30), onde se
defrontaram, num jogo amigável, a equipa
vencedora, o CCDR Rocha Forte, e uma selecção de jogadores, feita a partir das restantes onze equipas que participaram nesta
competição, com o resultado final de 6-3, favorável à equipa de Rocha Forte. Após a realização do jogo, seguiu-se a habitual entrega de prémios, seguida de um lanche-convívio que pôs termo à celebração dos 35 anos
do “25 de Abril” no Cadaval.
cultura & tempos livres
Biblioteca Municipal dinamizou Hora do Conto 2009
Conto ecológico cativou pequenada
escritor italiano Umberto Eco, privilegiando
assim as questões ambientais, a exemplo de
outras iniciativas promovidas pela Câmara
Municipal no presente ano. Contando somente com três elementos cénicos, uma perso-
C
erca de 610 crianças dos Jardins-deInfância e Escolas de 1.º Ciclo do
Concelho participaram em mais uma
Hora do Conto da Biblioteca Municipal, actividade decorrida de 15 de Abril a 26 de Maio
e que este ano abordou o conto ecológico
“Os gnomos de Gnu”.
A possível vinda dos “gnomos de Gnu” ao
nosso planeta, para nos ajudarem a recuperar a natureza e os bons hábitos ambientais,
serviu de mote à Hora do Conto 2009, a qual
resultou em composições e desenhos muito
imaginativos, por elas realizados.
Com efeito, a Hora do Conto teve por base o
conto ecológico “Os gnomos de Gnu”, do
nagem saída directamente de uma nave espacial narrou, na primeira pessoa, a história
às crianças, que visualizavam a aventura à
medida que, através de técnicas discursivas,
esta se desenrolava.
O conto, com a duração de cerca de 40 minutos, aborda, precisamente, a história de
um planeta muito poluído que envia um ex-
Desenhos elaborados por Vânia Paulo e Micaela Félix, ambas do 4.º ano da EB1 Dagorda
Biblioteca Municipal promoveu “V Feira do Livro”
T
omando por referência a comemoração do Dia Mundial do Livro (23
de Abril), realizou-se, de 20 a 26 de
Abril, a V Feira do Livro da Biblioteca
Municipal do Cadaval, como habitualmente no espaço envolvente à instituição.
Refira-se que esta semana, consagrada à exposição, dinamização e divulga-
ção deste bem tão precioso que é o livro, contou com o apoio da livraria “Livro
do Dia” (Torres Vedras).
À semelhança das anteriores edições, foram apresentadas, nesta mostra, as últimas novidades da cena literária e também livros históricos e infantis, para além
de documentação para distribuição aos
visitantes.
24
plorador intergaláctico para descobrir um outro planeta mais limpo, de modo a que estendam os seus conhecimentos e tecnologias. Este explorador encontra, então, um
planeta muito verde chamado Gnu, onde os
seus habitantes são gnomos - os gnomos de
Gnu. Começa, assim, a narrativa ecológica,
em que o escritor, a páginas tantas, inverte
os papéis, acabando os habitantes de Gnu
por chegar à conclusão de que o melhor se-
ria serem eles a descobrir o planeta do explorador, para passar, aos respectivos habitantes, os seus conhecimentos ecológicos,
eliminando as cores escuras que aquele
planeta já tinha.
A Hora do Conto da BMC cumpre, assim, o seu objectivo anual de cativar as
crianças do Concelho, através da narração, por funcionárias da instituição bibliotecária, de histórias que aguçam o
apetite para a leitura, ao passo que estimulam a sua criatividade, animando-as e deixando-lhes uma mensagem pedagógica.
cultura & tempos livres
Ciclo de concertos ao ar livr
e, no Cadaval, atingiu a sua se
xta edição
livre,
sexta
“Tocatas de Verão” trouxeram música para apreciar
Uma refrescante brisa de cultura foi o que proporcionou a 6ª edição das
Tocatas de Verão, ciclo de concertos ao ar livre que animou a vila entre
10 e 24 de Julho, durante cinco noites de fim-de-semana. Uma iniciativa
bem acolhida pelos cadavalenses, por permitir a descoberta e a
apreciação de sonoridades mais invulgares ou ditas mais culturais...
A noite de 18 de Julho (Sábado) reservou um
Espectáculo de Música Clássica, proporcionado pela Orquestra da Tuna da Sociedade
de Santa Cecília (Aveiro), ao passo que no
dia seguinte actuou o Grupo de Metais do
Exército. Por fim, no dia 24 (sexta-feira), as
Tocatas contaram com a presença do Quarteto
de Saxofones “Arteemsax”, proveniente de
Palmela, que encerrou o ciclo de actuações
com o espectáculo “Fado do meu Tango”,
homenageando Carlos Paredes, considerado
o maior mestre da Guitarra Portuguesa, e o
grande ícone do tango argentino, Astor
Piazzolla.
Apesar da timidez do Verão, os espectáculos,
que foram, uma vez mais, de acesso gratuito,
contaram com uma afluência significativa de
público, uns quase “residentes”, outros que
vieram, pela primeira vez, assistir às Tocatas
e que, certamente, quererão voltar em futuras
edições.
Banda Filarmónica do Cadaval
Orquestra da Tuna da Sociedade de Santa Cecília
E
ste ciclo de espectáculos musicais ao
ar livre aconteceu, como tem sido
hábito, no agradável cenário oferecido
pelo auditório externo dos Paços do
Concelho (situado na retaguarda do edifício)
e voltou a contar com organização da
Câmara Municipal do Cadaval em parceria
com a Associação Filarmónica e Cultural do
Cadaval.
A abrir a série de cinco concertos, esteve,
no dia 10 de Julho (sexta-feira), o Grupo
Coral do Cadaval. A noite seguinte contou
com um Encontro de Bandas Filarmónicas,
onde marcou presença a Banda Filarmónica
da Serra D’ El Rei (Peniche), a qual celebrou
este ano o centésimo aniversário, a que se
seguiu a anfitriã e também centenária Banda
Filarmónica do Cadaval.
Grupo Coral do Cadaval
Grupo de Metais do Exército
Banda Filarmónica da Serra D’ El Rei
Quarteto de Saxofones “Arteemsax”
25
acção social & saúde
Cadaval rrecebeu
ecebeu rrepr
epr
esentações de diversos países
epresentações
Cruz Vermelha promoveu “I Festa das Nações”
A vila do Cadaval acolheu, nos dias 8 e 9 de Maio, a “I Festa das Nações da Cruz
Vermelha Portuguesa – Delegação do Cadaval”. Promover o intercâmbio cultural entre
Portugal e os países representados no evento foi o principal intuito desta festa, que teve
também um cariz de beneficência para a implantação do CASS – Centro de Atendimento
Social em Saúde, no Cadaval.
A
“I Festa das Nações” tratou-se de uma
iniciativa promovida pela Cruz Vermelha Portuguesa – Delegação do
Cadaval, no Pavilhão dos Bombeiros Voluntários do Cadaval (e avenida adjacente), que
contou com o apoio da Câmara Municipal do
Cadaval e do Alto
Comissariado
para a Imigração
e Diálogo Intercultural (ACIDI).
O evento contou,
igualmente, com
a representação
de associações
de imigrantes em
Portugal.
A iniciativa teve
por base a angariação
de fundos para a implantação, no Cadaval,
do CASS – Centro de
Atendimento Social em
Saúde da C.V.P. - Delegação do Cadaval.
Segundo Jussara Cursino, Gestora de Saúde responsável por
este projecto, pretende-se que o mesmo venha a proporcionar
atendimento nas áreas
da reabilitação física,
psicologia, nutrição, odontologia, educação
para a saúde, para além da promoção de
campanhas de rastreio de patologias.
Mas a festa teve ainda por meta reverter a
favor da aquisição, por parte da C.V.P., de
uma viatura
adaptada
para transporte de deficientes.
Para além do
cariz de beneficência, visou promover
o intercâmbio
cultural entre
Portugal e as
nações que
estiveram representadas.
Para tal, compreendeu diversas manifestações onde esteve patente a cultura de cada
país representado, em termos
gastronómicos,
exposicionais e
também ao nível
dos espectáculos de música e
dança.
No que toca à
26
gastronomia, a Festa das Nações incluiu um
espaço de prova de comidas
típicas, constituído por tasquinhas, onde
o visitante pôde travar contacto e saborear especialidades de diferentes países.
A animação
musical proporcionou
uma diversidade de actuações diurnas e
nocturnas. Música brasileira, jazz e popular portuguesa, para além de danças africanas, grupo de sevilhanas, escola de samba, dança do ventre, espectáculos infantis,
entre outras propostas, divertiram o público comparecente.
Realizaram-se também, durante o certame,
dois workshops, “Educação Intercultural para
jovens” e “Mitos e Factos sobre a Imigração”.
As referidas sessões formativas foram dinamizadas por formadores do ACIDI e decorreram no cine-auditório dos Bombeiros Voluntários do Cadaval.
acção social & saúde
Integrando o leque das tr
eze ““Autar
Autar
quias F
amiliarmente R
esponsáveis”
treze
Autarquias
Familiarmente
Responsáveis”
Cadaval distinguido pelas políticas de apoio à família
O Cadaval foi um dos treze municípios portugueses contemplados com o título
“Autarquia + Familiarmente Responsável”, atribuído pelo OAFR – Observatório das
Autarquias Familiarmente Responsáveis, em cerimónia decorrida a 8 de Julho, no auditório da Associação Nacional dos Municípios Portugueses, em Coimbra.
A
primeira edição desta iniciativa premiou, pelas suas políticas em matéria de responsabilidade familiar, as
Câmaras Municipais de Angra do Heroísmo,
Aveiro, Cadaval, Cantanhede, Évora,
Funchal, Tavira, Torres Novas, Torres Vedras,
Vila de Rei, Vila Nova de Famalicão, Vila Real
e Vila Real de Santo António.
Assim, o Observatório das Autarquias Familiarmente Responsáveis
(recentemente criado pela APFN Associação Portuguesa de Famílias
Numerosas) atribuiu, simbolicamente, uma bandeira verde (“Autarquia +
Familiarmente Responsável”) a cada um dos
supracitados municípios,
procurando, deste modo,
distinguir aqueles que investem na construção de
uma política integrada de
apoio à família e no reforço
dos apoios às famílias numerosas.
Esta selecção teve por base os resultados
de um inquérito lançado, pela APFN, aos 309
municípios portugueses, com o objectivo de
destacar as políticas de família das
autarquias em nove áreas de actuação, nomeadamente: apoio à maternidade e paternidade; apoio às famílias com necessidades
especiais; serviços básicos; educação e formação; habitação e urbanismo; transportes;
cultura, desporto, lazer e tempo livre; cooperação, relações institucionais e participação social; outras iniciativas. São ainda analisadas as boas práticas das autarquias para
com os seus funcionários autárquicos, em
matéria de conciliação entre trabalho e Família. Estas respostas ficarão disponíveis no
site www.observatorioafr.org, permitindo, a
todos os interessados, ficar a conhecer o
trabalho desenvolvido pelas autarquias vencedoras, bem como das restantes participantes.
Esta distinção constitui, para a Autarquia do
Cadaval, um incentivo redobrado à prossecução das políticas sociais e, em particular,
das respeitantes à instituição Família.
Banco Local de Voluntariado
Em pr
ol do in
esse social e ccomunitário
omunitário
prol
intter
eresse
Se é uma entidade concelhia,
apresente o seu projecto de voluntariado!
Mais informações:
Tel: 262 696 100 / Fax: 262 695 064
e-mail: [email protected]
27
27
voluntário
s
inscritos!
acção social & saúde
No ano em que o CL
AII do Cadaval comemora quarto aniversário
CLAII
Acção formativa abordou acesso dos imigrantes à Saúde
O Centro Local de Acolhimento e Integração de Imigrantes (CLAII) do Cadaval promoveu, a
20 de Maio, no auditório municipal, uma acção de formação intitulada “Saúde e Integração”,
a qual permitiu desmistificar algumas crenças relacionadas com a imigração...
E
sta iniciativa, que contou com o apoio do
Alto Comissariado para a Imigração e
Diálogo Intercultural (ACIDI), tratou-se de
uma parceria do município do Cadaval com
os municípios de Óbidos, Lourinhã e Torres
Vedras, tendo o Cadaval acolhido a primeira
sessão formativa.
A acção foi aberta à comunidade, embora se
destinasse, sobretudo, a profissionais de
instituições implicadas no processo de
integração de imigrantes, designadamente
hospitais e organismos públicos e privados
em geral.
A sessão formativa, no
Cadaval, foi dinamizada por Ricardo Rodrigues, formador da
ACIDI e psicólogo social, e permitiu, por
exemplo, desmistificar
preconceitos relacionados com a Imigração, motivados, sobretudo, por falta de
informação.
Segundo o formador,
não há uma relação
directa entre a entrada
de cidadãos estrangeiros em Portugal e o aumento do desemprego, sendo que este funciona antes por
ciclos económicos.
Segundo dados de 2007, em Portugal
existirão cerca de 436 mil estrangeiros, sendo
as comunidades mais representadas,
respectivamente: Brasil, Cabo Verde,
Ucrânia, Angola e Guiné Bissau.
Um outro mito explanado nesta acção
prende-se com a ideia de que os imigrantes
contribuem para o aumento das doenças. No
entanto, estudos revelaram existirem, entre
os imigrantes, melhores indicadores de
saúde, à chegada ao país de acolhimento,
do que a população residente. Segundo
Ricardo Rodrigues, o processo emigratório
é um processo exigente que reduz a
possibilidade dos imigrantes virem doentes.
No entanto, ser imigrante, hoje, significa estar
sujeito a um elevado número de riscos para
a saúde física e psíquica. Por isso mesmo,
os serviços de saúde têm responsabilidade
social de prevenção dos factores que
desencadeiam essas situações, devendo,
para tal, garantir um atendimento indiferenciado e promover a integração.
Como explicou, é importante que o SNS
(Sistema Nacional de Saúde) tenha uma
atenção redobrada a imigrantes em situação
irregular (sem autorização para estarem em
Portugal), não impedindo o seu acesso, mas
encaminhando-os, e começando pela
conquista de uma relação de confiança com
aqueles. Isto porque o receio de denúncia
dessas situações de irregularidade constitui
uma barreira no acesso ao SNS.
Com efeito, sendo a Saúde um elemento fundamental dos direitos humanos, os imigrantes e os seus descendentes devem ter acesso a cuidados de saúde, como forma de promover a integração e o bem-estar de toda a
população.
CLAII do Cadaval: quatro anos ao serviço do imigrante
A sessão formativa acima explanada
acontece no ano em que o CLAII - Centro Local de Acolhimento e Integração
de Imigrantes do Cadaval comemora
quatro anos de existência. O CLAII do
Cadaval constitui uma parceria entre o
ACIDI - Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural e a Câmara Municipal do Cadaval, e funciona, desde Junho de 2005, no edifício
sócio-cultural camarário. Consiste num
espaço de informação que ajuda a res-
ponder às questões que se colocam aos imigrantes que escolheram Portugal como País de
Acolhimento.
Assim, o CLAII do Cadaval presta informação sobre: Nacionalidade, Legalização, Reagrupamento Familiar, Acesso à Educação e Saúde, Retorno Voluntário, entre outros. Contactos:
Telefone: 262 690 183; E-mail:
[email protected].
28
acção social & saúde
Numa iniciativa conjunta da Câmara Municipal e instituições sociais locais
“Tasquinhas dos Avós” juntaram perto de 220 participantes
P
ara alegrar o início de Verão da população sénior institucionalizada, a Câmara
Municipal do Cadaval organizou, a 4 de Ju-
lho (sábado), em parceria com Instituições
Particulares de Solidariedade Social do
Concelho, a 6.ª edição das “Tasquinhas
dos Avós”, em Montejunto, tradicional convívio que juntou, este
ano, cerca de 220
participantes.
As “Tasquinhas dos
Avós” voltaram a proporcionar uma tarde
de Verão bem disposta, no Parque de Merendas da Serra de
Montejunto, a munícipes seniores de instituições sociais locais, tendo também sido aberta à comunidade local, num convívio que vol-
tou a incluir gastronomia e animação musical.
A confecção das ementas das tasquinhas ficou, como sempre, a cargo das instituições
concelhias participantes (S. C. da Misericórdia do Cadaval, Caritas Paroquial do Vilar e
Centros Sociais e Paroquiais de Alguber e
de Lamas), onde constou uma diversidade
de sopas, petiscos e sobremesas, tendo a
autarquia oferecido, por seu turno, sardinhas
assadas, carnes grelhadas e pão.
No que toca à animação musical, ela contou
com a actuação de Leonor Carrasqueiro,
cantora e organista, oriunda de Casais de
Montejunto.
De realçar que, este ano, a anteceder a referida animação, as “Tasquinhas dos Avós”
contaram com uma breve sessão de
sensibilização, a cargo do Enf.º Carlos Guerra do Centro de Saúde do Cadaval, sobre o
tema “Hábitos de Vida Saudável”.
Perto de 60 crianças concelhias foram a banhos
Autarquia promoveu 13.ª Colónia de Férias “Sol Amigo”
A
Câmara Municipal promoveu, de 22 a
26 de Junho, a 13.ª Colónia de Férias
“Sol Amigo”, em regime aberto.
A colónia decorreu na Praia do Baleal, mais
propriamente no chamado “Cantinho da
Baía”, e foi dirigida, prioritariamente, a crianças do Concelho com processo na Acção
Social da autarquia, embora se tenha estendido, como tem sido habitual, aos filhos dos
funcionários e colaboradores da Câmara Municipal.
Participaram, este ano, perto de 60 crianças,
com idades compreendidas entre os 5 e os
12 anos, que foram orientadas por um total
de dez monitores, ao serviço da edilidade.
A distribuição das crianças
fez-se por cinco grupos,
de acordo com a sua faixa
etária.
Para além do desfrute da
praia, a iniciativa contemplou a concretização diária de um plano de actividades lúdico-pedagógicas
e desportivas, que incluíram a entrega de presentes e prémios, proporcionando um arranque de Verão “risonho” ao grupo de
crianças participantes.
18ª Colheita de Sangue do Cadaval
Dia 7 de Novembro 2009 - Sábado
Hor
ário: 9H00/13H00 e 15H00/19H00
Horário:
Local: EEdifício
difício da Jun
ta de FFrreguesia do C
ada
val
Junta
Cada
adav
Se tem entre 18 e 65 anos e mais de 50 Kg, colabore!
(Colheita an
es)
antterior: 66 dador
dadores)
29
Pela 1ª v
ez,
aberta
todo o dia
!
desporto no Concelho
Rescaldo de IV Campeonato Concelhio de F
utsal
Futsal
Rocha Forte sagra-se campeã 2009
O Centro Cultural Desportivo e Recreativo de Rocha Forte foi o vencedor do
“IV Campeonato Concelhio de Futsal – Seniores Masculinos”, que decorreu, no Cadaval,
desde final do ano passado até finais de Abril, tendo reunido um total de 12 clubes
concelhios, numa organização do Pelouro do Desporto da Câmara Municipal do Cadaval.
A entrega da Taça de Campeão 2009 ao C.C.D.R. Rocha Forte
A entrega da Taça da Disciplina à U.A. Boiça do Louro
A
Festa de Encerramento deste quarto
campeonato aconteceu a 26 de Abril,
tendo ficado inserida nas comemorações do
25 de Abril, e nela defrontaram-se, num jogo
amigável, a equipa vencedora do mencionado campeonato, o C.C.D.R. Rocha Forte,
e uma selecção de jogadores, feita a partir
das restantes equipas participantes, com o
resultado final de 6-3 a favor da equipa de
Rocha Forte. Após a realização do jogo,
seguiu-se a habitual entrega de prémios, que
deu, depois, lugar a um lanche-convívio.
Participaram na competição, este ano, as
equipas seguintes: Adão Lobo S.C., U.A.
Boiça do Louro, C.C.D.R. Chão de Sapo,
G.D.C. Dagorda, G.R. Martimjoanense,
Montejunto Rally Clube, A.D.C.R. Painho,
A.D.C. Palhoça, A.A.C.R. Peral, S.F. 1.º De-
CLASSIFICAÇÃO FINAL
Class.
1º
2º
3º
4º
5º
6º
7º
8º
9º
10º
11º
12º
E Q U IP A
C.C.D.R. ROCHA FORTE
A.D.C.R. PAINHO
C.C.D.R. CHÃO SAPO
G.D.R. DAGORDA
G.R. MARTINJOANENSE
A.S.F 1º D. PRAGANÇA
ADÃO LOBO S.C.
A.C.D. PALHOÇA
VENTOSA A.C.
A.A.C.R. PERAL
MONTEJUNTO R.C.
U.A. BOIÇA DO LOURO
MELHOR MARCADOR
Class.
Atleta
1º
Bruno Duarte
2º
Tiago Rodrigues
3º
André Tomás
4º
Fábio Jerónimo
J
11
11
11
11
11
11
11
11
11
11
11
11
Nº Lic.
156
255
373
365
V
9
9
8
7
6
5
5
3
3
3
2
0
E
1
1
1
0
1
2
1
1
1
0
2
1
D
1
1
2
4
1
4
5
7
7
8
7
10
Clube
Martinjoanense
Chão de Sapo
Painho
Rocha Forte
M–S
75-10
53-22
56-22
38-26
37-44
43-26
30-31
15-41
22-25
23-33
21-48
20-93
Golos
21
16
15
15
30
P
28
28
25
21
19
17
16
10
10
9
6
1
zembro de Pragança, C.C.D.R. Rocha Forte
e A.C. Ventosa.
A equipa de Rocha Forte recupera, assim, o
título de campeã, perdido, em 2008, para a
equipa da Dagorda. De referir que a A.D.C.R.
Painho se posicionou em 2.º lugar com a mesma pontuação da equipa vencedora, todavia
em desvantagem no diferencial de golos marcados e sofridos.
A Taça da Disciplina coube, este ano, ao U.A.
Boiça do Louro, ao passo que Bruno Duarte,
do G.R. Martimjoanense, arrecadou o título
de melhor marcador.
Os jogos decorreram, como habitualmente,
no pavilhão gimnodesportivo municipal do
Cadaval.
TAÇA DA DISCIPLINA
C la s s .
1º
2º
3º
4º
5º
6º
7º
8º
9º
10º
11º
12º
E Q U IP A
U.A. BOIÇA DO LOURO
A.A.C.R. PERAL
ADÃO LOBO S.C.
A.C.D. PALHOÇA
C.C.D.R. ROCHA FORTE
MONTEJUNTO R.C.
A.D.C.R. PAINHO
VENTOSA A.C.
A.S.F. 1º D. PRAGANÇA
G.D.R. DAGORDA
C.C.D.R. CHÃO SAPO
G.R. MARTINJOANENSE
P ontos
3
5
12
17
21
24
25
25
26
28
39
39
desporto no Concelho
Balanço de IV Campeonato Municipal Jovem de A
tletismo
Atletismo
Crianças voltaram a “lutar” por um lugar no pódio
Encerrou, no dia 31 Maio, na vila do Cadaval, o “IV Campeonato Municipal Jovem de
Atletismo”, com a habitual prova-extra de consagração dos vencedores de cada escalão,
seguida da entrega dos prémios finais.
Uma corrida mista pôs termo a este IV Campeonato de Atletismo
F
ica, assim, concluída mais uma edição A prova-extra de
de um campeonato que, a julgar pelo consagração dos
entusiasmo, persistência e boa afluên- vencedores acia das crianças participantes, representa um conteceu dia 31
balanço muito positivo para esta realização de Maio, no Cadesportiva.
daval, tendo a
Recorde-se que esta competição infantil, or- mesma ficado,
ganizada pela Câmara Municipal do Cadaval, uma vez mais, inconsistiu num conjunto de provas de corrida tegrada no certade velocidade, realizadas em diversos locais me ANIMARTE, a
do Concelho, onde participaram crianças que se seguiu a
entre os seis e os onze anos.
entrega dos préA primeira prova decorreu dia 29 de Março, mios finais.
na localidade da Murteira (Lamas),
tendo contado com a participação de
cerca de uma centena de jovens.
A segunda prestação dos pequenos
Classificação Final por Escalões e Sexo (seis primeiros lugares)
atletas realizou-se dia 25 de Abril, na
Escalão 8/9 Anos Fem.
Escalão 6/7 Anos Fem.
Escalão 10/11 Anos Fem.
vila cadavalense, prova que ficou,
Nome / Localidade ou Escola
Nome / Localidade ou Escola
Nome / Localidade ou Escola
como habitualmente, integrada nas
1.º Juliana Gaspar - Chão Sapo
1.º Liliana Carloto - Chão Sapo
1.º Beatriz Vieira - Cadaval
Comemorações da “Revolução dos
2.º Diana Conde - Painho
2.º Mª Francisca Nunes - Vilar
2.º Ana Latas - Alguber
3.º Inês Isidoro - Rocha Forte
Cravos”, tendo reunido uma centena
3.º Maria Roque - Alguber
3.º Rita Fernandes - Cadaval
4.º Luana Frade - Chão Sapo
4.º Lisandra Nobre - Murteira
4.º Joana Machado - Cercal
de participantes.
5.º Beatriz Costa - C. Montejunto
5.º Mariana Marques -Cadaval
5.º Alexandra Isidoro - Murteira
As provas seguintes aconteceram, por
6.º Beatriz Marques - Chão Sapo
6.º Juliana Nobre - Cadaval
6.º Sofia Ribeiro - Chão Sapo
seu turno, nas sedes de freguesia de
Painho e Vilar, respectivamente a 10
Escalão 8/9 Anos Masc.
Escalão 6/7 Anos Masc.
Escalão 10/11 Anos Masc.
e 24 de Maio, tendo a primeira reuniNome / Localidade ou Escola
Nome / Localidade ou Escola
Nome / Localidade ou Escola
1.º Miguel Ribeiro - Cadaval
1.º Luís Pereira - Murteira
1.º João Lopes - Painho
do um total de 46 e a segunda 51 par2.º Hugo Vieira - Cadaval
2.º Marcelo Rego - Alguber
2.º Paulo Jerónimo - Murteira
ticipantes.
3.º João Rego - Alguber
3.º Diogo Lopes - Cadaval
3.º Tomás Pedro - Cadaval
Refira-se que no final de cada uma das
4.º Eduardo Neves - Rocha Forte
4.º Filipe Soares - Chão Sapo
4.º Rodrigo Almeida - Corujeira
provas foram atribuídas medalhas aos
5.º Diogo Braga - Cercal
5.º Tiago Nunes - Vilar
5.º Diogo Costa - Sobrena
6.º Luís Duarte - Alguber
6.º Carlos Marques - Cadaval
6.º Joel Silva - Vermelha
três primeiros classificados de cada
escalão.
»»
31
parar p’ra conversar
Mussolino Gomes
«Sou como o leão, tenho de morrer na selva»
M
ussolino Gomes nasceu
na Vermelha, tem 81
anos, é casado e agricultor no
activo. Não bastava a
singularidade do nome, este
convicto “homem da lavoura”
distingue-se ainda pela
invenção patenteada de uma
caldeira artesanal de
transformação de borras em
aguardente… Igualmente de
Qual a origem do seu nome próprio?
O meu nome próprio tem uma história interessante, porque todos os meus cinco irmãos têm
um nome da parte da mãe e outro da parte do
pai. Eu fui o primeiro filho e o meu pai queria
que eu fosse ao nome do meu avô, pai da minha mãe, e ao nome dele. O meu avô era José
e o meu pai era António; era para ser José
António! Mas um dia o meu pai disse à minha
mãe «olha, veio hoje uma coisa no jornal e o
meu filho já não se vai chamar José António.»
Era o Diário de Notícias, que trazia na primeira
página “Mussolini (...) a fazer riqueza na lavoura
italiana”. De maneira que o meu pai quis que
eu me chamasse assim, para ser também o
“homem da lavoura”. A minha mãe disse-lhe
«tu és maluco!», mas o meu pai foi ao berço,
tirou-me e foi-me registar… De maneira que a
história do meu nome não teve nada a ver com
política, mas deve-se ao facto do meu pai ser
agricultor. E chegou a ser o maior agricultor aqui
da Vermelha!
Consta-me que o senhor inventou uma
engenhoca revolucionária…
Nós tínhamos uma quantidade já grande de
vinho e estávamos no tempo das bagaceiras,
em que se aproveitavam as aguardentes todas... Eu já ajudava a acender a fornalha para
fazer as aguardentes. Depois, queimáva-se
o bagaço e vendia-se para Lisboa, para aquelas grandes casas...
Vendiam directamente?
forma artesanal, produziu
Não, vinham aqui aqueles compradores! Ainda a gente não estava a
energia a partir de dejectos de
queimar, já eles mandavam cá o
pecuária, entre outras façanhas
comissário saber quantos cascos
fazíamos. Conclusão, eu estava ali
que fazem dele um exemplo de
e pensei «isto é uma coisa muito
chata». Mete-se o bagaço, depois
inventividade e preserverança,
larga-se o vapor, destila, quando
a não perder de vista,
chega a um grau baixo despeja-se
e torna-se a encher. Tinha de ser
sobretudo, pelos mais jovens.
assim mesmo. Naquele ano houve muito vinho, tinha-se muitas
borras e então havia compradores
das aguardentes de borra, que depois eram rectificadas, eram outra vez desti- para ir para o Douro, para o vinho do Porto.
Como as quintas do Douro tinham uma granladas e faziam bebidas, licores...
de saída, precisavam de aguardente, que viA sua invenção aparece para dar despa- nham aqui buscar à lavoura do Oeste, que
eram os vinhos que não tinham saída, mas
cho às encomendas…
Sim, porque era muito chato e moroso desti- que, depois de queimados, davam umas
lar borras! Então, aparece-me um vizinho a aguardentes belíssimas! De maneira que esdizer que não sabia o que fazer às borras, tas aguardentes do Oeste eram a salvação
que não tinha quem as queimasse... Pensei, da lavoura! A gente vindimava, acabavam de
vou mas é arranjar uma engenhoca, em que ficar fermentados, vinham os comerciantes,
entre por um lado a borra e saia a aguardente compravam-nos e iam logo para as caldeiras
pelo outro. Já havia as caldeiras do vinho, transformar-se em aguardente. Como esta era
onde entrava o vinho e saía a aguardente. uma região de branco, fazia umas aguardenMas aquilo era uma massa grossa e essas tes deliciosas. Um irmão do meu pai até checaldeiras eram muito sensíveis, nem vinhos gou a pôr aqui uma caldeira que era fornecedora directa de uma quinta no norte...
turvos queimavam!...
Qual era o destino das aguardentes?
O vinho, naquele tempo, era todo queimado
32
Como se fazia o transporte?
Ia daqui para o Bombarral, em galeras de bois,
parar p’ra conversar
depois no Bombarral requisitava-se um vagão
e ia de comboio. Um vagão levava 10 cascos, à volta de 10 toneladas. E assim se escoava aquilo que havia a mais. Inspirado nisso, pensei que tinha de fazer uma engenhoca
mas que engolisse “porcaria”, porque eles só
queriam coisa fina!... Fiz várias tentativas, pois
aquilo entupia. Tive dois anos a tentar fazer...
E, por fim, descobri que afinal era simples...
Fabriquei então uma caldeira em inox, porque os tártaros das borras comem tudo...
Mesmo assim era um processo difícil…
Sim, tinha de estar um a guardar na parte de
cima, a abrir e a fechar a torneira, outro na
parte de baixo e eu a comandar… mas aquilo
quando trabalhava, trabalhava!… Eu, num dia,
despachava a quantidade de borras que no
processo antigo levava uma semana!
Depressa se espalhou essa sua invenção...
Sim, porque o problema para as adegas cooperativas, e essa gente toda, era sempre as
borras, não havia quem as comprasse, chegando até a dar cabo dos depósitos... Aparece-me aqui um daqueles comerciantes a dizer que eu tinha de lhe arranjar uma máquina
destas… Nem discutiam preço nem nada! Eu
então disse que ia arranjar-lhe uma máquina
mas que não era para divulgar. Mas, passado pouco tempo, tive de começar a fazer para
A e para B... Depois, as adegas souberam e
vieram aqui também...
ter comigo.
E ainda tinha de pagar
pela patente…
Tinha de pagar um imposto sim! Para a patente ter validade.
Pagava como, anualmente?
Sim, anualmente. Paguei durante 18 ou 20
anos! E nas minhas horas vagas da lavoura, lá
ia fazendo umas caldeiras para este e para
aquele...
Quanto tempo demorava a fazer uma caldeira?
Um mês, mais ou menos.
«A necessidade é
que me punha
dentro do assunto!»
E a matéria-prima, onde ia buscá-la?
Era aço inox que vinha de Lisboa, por encomenda… chapas de dois metros por um, era
uma coisa grande!
Que capacidade tinha essa caldeira?
Queimava cerca de 700 a 800 litros por hora.
E antes era preciso quanto tempo para fazer essa quantidade?
Era preciso um dia inteiro!
É então que resolve registar o invento…
Sim, foi o Eng.º Cardoso, que era director da
Adega da Vermelha, que me fez o croqui da
máquina e meteu os papéis para eu tratar da
patente da invenção. Porque eu não queria
que essas oficinas começassem a copiar-me
e eu ficasse para trás… É que eu fazia-o de
forma artesanal, não era...
Por quanto é que vendia uma caldeira?
Era à roda de 200 contos [1000 euros, aprox.],
mas só o material custava-me 100 contos!…
Eu nunca soube ganhar dinheiro, se soubesse, era um homem rico!.... Mas era uma máquina que, num mês, pagava-se a ela própria,
só em mão-de-obra e em andamento de trabalho...
E isto passou-se na década de 60...
Sim... Fiquei com a patente e, a certa altura,
recebi aqui uma carta de Bruxelas (porque estas coisas são registadas e depois comunicadas), a convidar-me para lá ir fazer
uma exposição do invento. Todos os inventos,
de todo o lado, iam ali. Mas não fui, porque
era preciso uma maquete e também por causa das despesas…
Tem ideia de quantas caldeiras fabricou?
Talvez umas 40 ou 50. Aquilo era artesanal,
não era...
Não lhe pagavam as despesas, era?
Não! Já me davam a oportunidade de lá ir!...
Porque nunca tinham tido uma patente daquelas! Fui uma espécie de filho único destas coisas. Tive encomendas que iam do Algarve até
quase ao Minho! Só aqui na zona eram as
cooperativas da Vermelha, Bombarral, Cadaval, Torres Vedras, eu sei lá, essas adegas
todas comunicavam umas às outras e vinham
Sem dúvida foi um grande contributo para
a vinicultura da época…
Sim... Uma vez, na Adega Cooperativa da
Azueira, chegaram a dizer-me «este senhor,
se a adega lhe fizesse uma estátua não fazia
favor nenhum, pois este ano ganhámos mais
dinheiro nas borras do que no vinho!»
E depois, quando cessa o fabrico?
Depois, veio a CEE, que acabou por proibir
as bagaceiras, as destilações...
Veio quebrar um bocado o negócio...
Pois, basta ver o que se passa no comércio!
Passaram a vir produtos de todo o lado e a
33
gente deixou de ter saída! E os nossos produtos têm menos apresentação, apesar de terem melhor sabor... Já antes da CEE, começou o uísque a vir da Irlanda, a ser vendido a
preço mais barato e os que estavam a vender
aguardentes mudaram todos para o uísque.
Isto criou uma crise muito grande porque a
Casa do Douro não podia negociar directamente com os comerciantes, ia-se para a Junta Nacional do Vinho (actual IVV). E o IVV
exigia aquelas qualidades que era impossível cumprir... As nossas aguardentes foram
postas à parte e depois nao havia quem as
comprasse! E eu fui-me dedicando sempre à
lavoura, não é...
Tinha muitas propriedades?
Não tinha muitas, mas tinha boas propriedades.
Quem amanhava?
Era eu, no tractor. Enquanto os outros andavam a cavar, eu passava com o tractor e revirava aquilo tudo! Diziam-me que não havia
nada que chegasse à enxada, porque o tractor dava cabo da vinha... mas, passado pouco tempo, já todos tinham tractor!...
Foi um dos primeiros a ter tractor na Vermelha, certo?
Sim, fui mesmo o primeiro. Eu tinha posto vinhas de ala larga, por causa do tractor poder
passar e lavrar. Os outros, mesmo que quisessem, não podiam! Depois, apareceram esses tractores de braços, mais maneirinhos, mas
aquilo para mim era um atraso de vida!... Agora, aquela charrua para andar dentro da vinha,
havia uma pessoa muito minha amiga, o Sr.
Maximino Carvalho, do Bombarral, também
muito engenhocas, que tinha uma oficina. Eu
chegava lá e dizia-lhe o que queria, e ele, como
parar p’ra conversar
era muito imaginativo, começou a fazer umas
charruas. Mesmo assim, era só para aqueles
que já tinham tirado a vinha velha...
A transição das enxadas para o tractor foi
importante…
Pois foi! Aqui ninguém trabalhava com tractor...
havia umas quintas que talvez tivessem... A
pequena lavoura era toda a enxada, depois os
tractores de mão foi uma coisa muito importante, pois deixou de ter de haver fartura de
mão-de-obra, porque o vinho também não valia assim muito... quando era no tempo das
cavas ou das empas é que tínhamos de ir buscar pessoal aqui e acolá...
Pagava-se mal, era?
Não, a mão-de-obra era ao preço que corria...
mas a lavoura pedia gente assim mais jeitosa... Vinham de Pombal, do Minho... Pessoas
que tinham mais humildade para aprender…
Actualmente já não tem vinha…
Já não. O meu pai é que foi o primeiro homem da Vermelha que teve Pêra Rocha....
Quando a Pêra Rocha voltou a ter saída, começaram a fazer-se pomares e então, cada
vez que ia arrancar vinha, punha logo Pêra
Rocha... A fartura do vinho foi sempre um problema, era só vendido a granel... Não havia
escoamento e havia uma grande exigência de
qualidade... O que é que interessava as adegas terem um vinho bom branco se o vinho
que se bebia era tinto e, por isso, os brancos
ficavam com uma diferença de preço dos tintos que era uma coisa louca!
Mas constou-me que as suas engenhocas
não se ficaram só pelas caldeiras...
Começaram a aparecer as pecuárias, que tinham de ter um sítio para evacuar o estrume
e então eu fui a uma pecuária, em Leiria, onde
vi que eles aproveitavam o gás desse estrume. Inspirado naquilo, fiz aqui um tanque, com
uma cobertura em lona e uma vedação…
aquilo fazia gás que era uma coisa do diabo!
Pensei logo em utilizar esse gás para aquecimento na cozinha, e em vez de andar a pôr
vides no forno, pôr ali um queimador... e foi o
que fiz! Depois, regava as árvores com aquilo, pois era um estrume bom para regar e adubar! De maneira que eu, todas as semanas,
ia buscar uma carrada de húmus. Assim, ajudava a despejar, também, a pecuária do meu
primo… Durante vinte e tal anos tive lume e
esquentador por causa do estrume...
Neste caso, teve quem copiasse a ideia?
Não, porque isto era muito chato, trabalhoso,
porque era preciso ter forma de transportar e
depois ter para onde levar o estrume, e eu tinha propriedades para o escoar…
Ora aí está uma energia alternativa!...
Pois! Ainda pus um motor a trabalhar com
esse gás, onde ligava um gerador para carregar baterias… Agora, toda a gente tem carregadores, mas na altura tinha que se ir ao
Bombarral carregar a bateria! Carregava as
minhas e também safava as pessoas amigas… e até aparelhos de rádio a bateria...
Tudo isto com gás!
va sem tocar…
O senhor é um inventor nato!
A necessidade é que me punha dentro do
assunto! Tinha de se resolver e eu resolvia.
Leva sempre o seu tempo, porque há sempre problemas… O motor trabalhava muito
bem, mas aquilo era um gás que não tinha
filtração nenhuma e acabava por ter de limpar os tubos e as entradas...
O senhor ainda estudou...
Sim, fiz o 3.º ano do curso comercial no Colégio do Contestável, que era no Sanguinhal.
E vem de uma época onde as necessidades não seriam poucas...
Olhe, na casa do meu pai, a luz eram as lanternas e os candeeiros a petróleo... Ninguém
tinha electricidade em casa, nem podia! O
meu pai tinha uma moagem, que usava um
motor a gasóleo, onde púnhamos um dínamo que carregava as baterias e nos permitia
ter luz em casa… lâmpadas de automóvel,
de doze volts, mas era logo outra coisa! Depois, o motor avariou, durante um mês e tal...
e então um tio meu (que isto vem de família)
pediu-me que arranjasse um dínamo, que ele
fazia umas pás e punha em cima da placa…
e lá carregava!
Portanto, foi também dos primeiros a ter
luz eléctrica…
Sim, a certa altura veio a SEOL, fornecedora
de electricidade, e dizem ao meu pai para não
gastar mais gasóleo e para pôr um motor eléctrico, pois eles forneciam energias baratas.
E o meu pai era um consumidor grande!
Quando os padeiros requisitavam mais farinha, quase que se trabalhava 24 sobre 24
horas! E a Vermelha foi a primeira a ter corrente eléctrica, antes dessas terras todas! O
Cadaval já tinha central, não era…
Quer dizer, o seu pai, além de agricultor,
era moleiro...
Nós eramos só transformadores do trigo em
farinha, que era requisitada pelos padeiros e
pelo particular... Tínhamos um moinho igual
ao que está no Cadaval... O inventor destes
moinhos em ferro foi o meu avô, que era de
perto de Aveiro... o meu pai foi lá cima e comprou o moinho ao meu avô... Ele era de famílias de serralheiros, era uma pessoa muito
inventiva! (...) O meu avô foi o fundador da
Orquestra de Santa Cecília [Aveiro], onde tocava violino... era um apaixonado! Tinha o violino pendurado no quarto e nunca se deita-
34
E o senhor, nunca aprendeu?
Aprendi sim, eu tocava saxofone! O meu irmão tocava acordeão… Éramos seis, todos
da Vermelha, tocávamos nos bailaricos, éramos a Orquestra Gomes… Mas era só para
me distrair, foi até ir para a tropa, mas ainda
durou uns 4 ou 5 anos.
Como ia para lá?
De bicicleta, outras vezes de cavalo.
Os seus pais faziam gosto que estudasse…
Era mais a minha mãe… Tirei o curso comercial e, por causa disso, na altura da tropa, fui
parar à Escola de Milicianos, em Tavira. Quem
quisesse, dava o nome para ir para a escola
de saúde e eu fui logo dar o nome… Eu queria era estar ao pé de casa. Porque de Tavira
aqui era um dia de viajem! E de Lisboa para a
Vermelha eram umas cinco camionetas de
carreira, nesse tempo eram 4 horas! Vim aqui
ter ao Hospital Militar da Estrela [Lisboa], e
tive ali a fazer a parte prática e a aprender
mais. Havia uma pessoa que me dispensou
um quarto, quando estive na Estrela. Depois,
acabei por ir para Otorrinolaringologia, para
ajudante dos médicos. A seguir, fomos distribuídos, e eu fui parar a Coimbra, ao Quartel
da Sofia, que tinha aquela parte de serviço de
saúde em que as aulas eram relacionadas com
o estudo do corpo humano (...).
Foi útil para si essa experiência?
Foi útil para me vir embora mais depressa,
porque, se fosse soldado em vez de miliciano,
tinha de estar dois ou três anos em vez de 10
meses!...
O senhor tem filhos?
Tenho cinco filhos e três netos.
Não vivem aqui na Vermelha?
Não, foram todos para Lisboa.
Então, nenhum seguiu a Agricultura...
Não, o meu mais velho ainda começou, mas
dizia que era muito trabalho e foi naquela altura em que a crise na Agricultura estava a
começar…
Já o senhor, não desiste da actividade…
Não, eu ainda faço os amanhos todos! Eu sou
como o leão, tenho de morrer na selva!...
Entrevista: B.F.
35
VIII Festa das Adiafas
VIII Festival Nacional do Vinho Leve
Gastr
onomia
Gastronomia
Espectáculos
Exposições
Actividades equestres
17 a 25 de Outubr
o | CAD
AVAL
Outubro
ADA
Mais Informações: www.cm-cadaval.pt
SEPARATA DA REVISTA MUNICIPAL • QUADRIMESTRAL • SÉRIE III • Nº 26 • JULHO 2009
Deliberar sobre o Concelho
Assembleia Municipal
Câmara Municipal
O órgão deliberativo do Município realizou, no período considerado
para esta separata (Março a Junho de 2009), as seguintes sessões
públicas:
No período de reuniões compreendido entre Março e Junho de 2009,
foram estes alguns dos principais assuntos apreciados pelo órgão
executivo do Município:
LOTEAMENTOS
SESSÃO ORDINÁRIA DE 26 DE JUNHO
• Aprovação, por 14 votos a favor (14 PSD), 1 voto contra (PS) e 14
abstenções (11 PS e 3 CDU), de Mapa de Pessoal da Câmara Municipal do Cadaval – Proposta de alteração;
• Aprovação, por 28 votos a favor (14 PSD, 12 PS e 3 CDU) e 1
abstenção (PS), de Mapa de controlo orçamental da receita – Alteração;
• Aprovação, por 27 votos a favor (14 PSD, 12 PS e 2 CDU) e 2
abstenções (1 PS e 1 CDU), de Mapas de ruído adaptados;
• Reprovação, considerando o disposto no n.º 8, do art.º 38.º da Lei n.º
2/2007, de 15 de Janeiro, por 13 votos a favor (13 PSD) e 16 abstenções (12 PS, 1 PSD e 3 CDU), da Contratação de empréstimo a longo
prazo para investimento – Proposta;
• Reprovação, por 17 votos a favor (13 PS, 3CDU e 1 PSD), 6 votos
contra (6 PSD) e 7 abstenções (PSD), da Moção do PS relativa à
Fusão das empresas multimunicipais Resioeste e Valorsul;
• Aprovação, por 26 votos a favor (12 PS, 11 PSD e 3 CDU) e 1
abstenção (PSD), da Moção da CDU sobre o processo de consulta
pública da avaliação de impacte ambiental do Centro de Tratamento de
Resíduos do Oeste.
SESSÃO ORDINÁRIA DE 30 DE ABRIL
• Aprovação, por 13 votos a favor (13 PSD), 2 votos contra (2 CDU) e
15 abstenções (13 PS, 1 PSD e 1 CDU), da apreciação e votação dos
documentos de prestação de contas e relatório da Gestão de 2008;
• Aprovação, por 22 votos a favor (14 PSD e 8 PS) e 7 abstenções (4
PS e 3 CDU), da 1ª Revisão ao Orçamento e 1ª Revisão às Grandes
Opções do Plano;
• Aprovação, por 13 votos a favor (13 PSD) e 17 abstenções (13 PS, 1
PSD e 3 CDU), da contratação de empréstimo a longo prazo para
investimento – adjudicação.
Neste âmbito, deferiram-se os seguintes processos:
- Processo n.º 08/2008, da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cadaval.
– Loteamento Urbano a ser edificado em Casal Cabreiro, na freguesia
de Lamas, concelho do Cadaval;
GESTÃO ADMINISTRATIVA E FINANCEIRA
• Aprovação, por maioria, da Proposta de Preços para Venda de Material Promocional do Moinho das Castanholas;
• Aprovação, por unanimidade, da Proposta de Atribuição de Preços
para Venda da publicação “Actas do 1.º Encontro de Cultura e Património do Cadaval”.
PEDIDOS DE APOIO / ATRIBUIÇÃO DE SUBSÍDIOS
• Isenção da aluna Celine Melany Moreira Neves do pagamento dos
transportes escolares no corrente ano lectivo;
• Atribuição de subsídios às seguintes entidades, para fazer face
aos custos com o fornecimento de beberetes e refeições na VII
Festa das Adiafas e VII Festival Nacional do Vinho Leve (2008):
Associação Cultural e Desportiva da Palhoça
85,00€
Montejunto Rally Clube
240,00€
Clube Atlético do Cadaval
250,00€
Núcleo Sportinguista do Cadaval
510,00€
Centro Social e Paroquial de Lamas
70,00€
Assoc. para o Desenv. Social e Cult. do Conc. do Cadaval
585,00€
Associação para o Desenvolvimento da Vermelha
675,00€
Sociedade Cultural, Desportiva e Recreativa de Figueiros
320,00€
Associação Murteirense, Cultura, Desporto e Solid. Social
685,00€
Associação Paraíso das Crianças
125,00€
Casa do Povo do Cadaval
65,00€
TOTAL 3.610,00€
»»
• À Comissão da Capela de S. Miguel, do Pereiro, no valor de 500,00
(quinhentos euros), como forma de apoio às obras da referida capela;
• Ao Centro Cultural Desportivo e Recreativo de Rocha Forte, no valor
de 500,00 (quinhentos euros), como forma de apoio a pequenas
obras no C.C.D.R. de Rocha Forte;
• À Associação para o Desenvolvimento da Vermelha, no valor de
2.500,00 (dois mil e quinhentos euros), como forma de apoio às
despesas com a construção das salas de aulas e respectivos
equipamentos;
• Ao Grupo Desportivo Cultural da Dagorda, no valor de 1.000,00
(mil euros), como forma de apoio às despesas com equipamentos;
• Isenção da aluna Tatiana Sofia Rodrigues Fernandes do pagamento
do serviço de refeições, no ano lectivo de 2008/2009;
• Atribuição de subsídios às seguintes entidades:
Clube Atlético do Cadaval
Grupo Desportivo Vilarense
Associação Desportiva, Cultura e Recreativa do Painho
Assoc. Cult. Recreativa e Desp. S. Salvador e Espinheira
Adão Lobo Sporting Clube
EDUCAÇÃO, CULTURA E TEMPOS LIVRES
• Aprovação da transferência mensal, para o Grupo Desportivo e Cultural
da Dagorda, do valor de 200,00 (duzentos euros), com efeitos a
partir do mês de Abril/2009, inclusive, até ao mês de Junho/2009, como
forma de compensação pela utilização das instalações para
funcionamento de actividades lectivas;
• Aprovação da celebração do Acordo de Colaboração entre o Município
do Cadaval e o C.C.C - Câmara Cadaval Clube, com vista à realização
da “XIII Edição da Colónia de Férias”.
APOIO A CARENCIADOS
• Apoio em materiais, até ao valor de 300,00 (trezentos euros), para
revestimento do tecto da cozinha, e substituição da janela daquela divisão, da habitação da Munícipe Adelina Maria Neves;
• Apoio em materiais, até ao valor de 750,00 (setecentos e cinquenta
euros), para reparação do telhado da habitação do Munícipe David
José Duarte;
• Apoio em materiais, até ao valor de 750,00 (setecentos e cinquenta
euros), para ajuda na construção da casa-de-banho e colocação de
mosaico e azulejo na cozinha da habitação da Munícipe Alda Rosa
Nobre Rodrigues.
6.000,00€
3.500,00€
1.000,00€
1.000,00€
500,00€
• Ao Clube Atlético do Cadaval, no valor de 300,00 (trezentos euros),
como forma de apoio às despesas com o 3.º Torneio da Páscoa;
• À Quercus, Associação Nacional de Conservação da Natureza, para
apoiar o Centro de Recuperação de Animais Selvagens de Montejunto,
no valor de 500,00 (quinhentos euros) com o objectivo de ajudar na
realização de obras de melhoria das instalações do referido Centro;
• Redução do valor do pagamento das taxas a pagar pela FRUTUS –
Estação Fruteira do Montejunto, CRL;
• À Fábrica da Igreja de Nossa Senhora da Conceição de Figueiros, no
valor de 500,00 (quinhentos euros), como forma de apoio às obras
de remodelação da casa mortuária;
• Isenção do pagamento do serviço de refeições por parte da aluna
Beatriz Alexandra Penha Figueiredo, durante o ano lectivo 2008/2009;
• À Associação Desportiva e de Melhoramentos de Avenal, no valor de
1.000,00 (mil euros), como forma de apoio às obras da colectividade;
• À Associação Cultural e Social da Tojeira, no valor de 500,00
(quinhentos euros), destinado a obras de melhoramentos no edifício-sede da colectividade;
• Ao Grupo Recreativo Martinjoanense, no valor de 500,00 (quinhentos
euros), destinado a obras de melhoramentos no edifício-sede da
colectividade;
• À Comissão da Capela “Nossa Senhora das Mercês” de Vale Canada,
no valor de 500,00 (quinhentos euros), como forma de apoio às
obras da Capela;
• Autorização do pagamento dos bilhetes dos Idosos do Concelho para
o espectáculo “Mama eu Queria”, da autoria do Grupo Gente Gira, no
valor de 931.00 (novecentos e trinta e um euros);
• Ao Grupo Desportivo Vilarense, no valor de 250.00 (duzentos e
cinquenta euros), como forma de apoio às despesas com a organização
do 6.º Concurso de Pesca Desportiva;
• Ao Grupo Desportivo Vilarense, no valor de 300.00 (trezentos euros),
como forma de apoio às despesas com a organização do 11.º Sarau de
Ginástica;
• À Casa do Povo do Concelho do Cadaval, no valor de 500,00
(quinhentos euros), como forma de apoio às despesas com a organização
do 24.º Sarau de Ginástica;
• À Fábrica da Igreja Nossa Senhora da Conceição do Cadaval, no
valor de 1.000,00 (mil euros) como forma de apoio;
• À Associação Mutualista da Freguesia do Vilar, no valor de 3.500,00
(três mil e quinhentos euros), como forma de apoio às obras de adaptação
das instalações para início de actividade daquela instituição.
DIVERSOS
• Aprovação do projecto de execução do Arranjo Urbanístico Envolvente
à ponte do Rio Arnóia, com alteração do pavimento da ponte para uma
solução de madeira;
• Aprovação da redacção de um Voto de Agradecimento à Comunidade
de Emigrantes Portugueses Oriundos do Concelho do Cadaval, residente no Canadá;
• Aprovação do público reconhecimento à D. Cecília Isidoro Ernesto,
pelo inestimável contributo de organização de um jantar de angariação
de fundos para a Associação “Paraíso das Crianças”;
• Celebração de um Protocolo de Colaboração entre os Municípios de
Bombarral e Cadaval – Implantação de um Canil/Gatil Intermunicipal;
• Aprovação do Projecto Básico de Serviço de Saúde Suplementar
Proposto pelo Núcleo da Cruz Vermelha do Cadaval;
• Aprovação do pagamento de 1.000,00 (mil euros), ao Sr. José
Lopes Duarte, a título de indemnização pelos danos causados por águas
residuais provenientes do Aterro Intermunicipal Cadaval/Bombarral;
• Aprovação da comunicação, ao Sr. Ministro do Ambiente, do
Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional, que não
obstante se considerar a urgência imposta pela decisão sobre a proposta de Fusão Resioeste/Valorsul, se verifica a necessidade de serem
auscultados os Órgãos Executivos e Deliberativos das Freguesias de
Pêro Moniz e Vilar, assim como o MPI – Movimento Pró-Informação do
Vilar, antes do assunto ser apreciado na Câmara e Assembleia Municipal do Cadaval, pelo que não será possível emitir parecer no prazo de
10 dias conforme solicitado.
DESPORTO
• Assunção do pagamento dos encargos com a participação concelhia
na 19ª Meia Maratona e Mini-Maratona de Lisboa, realizada no dia 22
de Março de 2009.
2
MOVIMENTOS DE PESSOAL
EDITAL Nº. 44 / 2009
(MARÇO A JUNHO 2009)
PUBLICITAÇÃO DAS TRANSFERÊNCIAS CORRENTES E DE CAPITAL
1.º Semestre de 2009
RENOVAÇÃO DE CONTRATOS DE TRABALHO A TERMO CERTO
Álvaro Joaquim Sousa Silva Pons - Assistente Operacional
Anabela dos Santos Gaspar - Técnica Superior
André Filipe Vítor Melícias - Técnico Superior
André Hermínio dos Santos Trindade - Assistente Operacional
António Cardoso - Assistente Operacional
Bruno Humberto dos Santos Rodrigues - Assistente Operacional
Carlos Alberto Duarte Faria Roque - Assistente Operacional
Carlos Alberto Rebelo Coelho - Assistente Operacional
João Carlos Marques dos Santos - Assistente Operacional
João do Nascimento da Silva Carreira - Assistente Operacional
Lívia Lucas Vieira Louro - Assistente Operacional
Luís Carlos Franklim da Silva - Assistente Operacional
Maria da Anunciação Nobre Ferreira - Assistente Operacional
Mariana Sofia Gabriel Cordeiro Ramos - Técnica Superior
Narciso José Dias Vieira - Técnico Superior
Nuno Miguel Fontes Ferreira Santos Epinânio - Técnico Superior
Paulo Jorge Rodrigues Santos - Assistente Operacional
Rita Geada Faustino - Técnica Superior
Sofia Gaspar Mendonça - Técnica Superior
Tânia Patrícia Rodrigues Paulo - Técnica Superior
Vítor Alberto Lopes Barreto - Assistente Operacional
ENTIDADE
Apas Floresta – Associação de Produtores Florestais
Adão Lobo Sporting Clube
500,00 €
Agrupamento de Escolas do Cadaval
300,00 €
Associação Cultural e Desportiva da Palhoça
Associação Cultural e Recreativa de S. Salvador e
Espinheira
Associação Desportiva, Cultural e Recreativa do Painho
Prorrogação do prazo para a Regularização dos Títulos de
Utilização dos Recursos Hídricos
85,00 €
1.000,00 €
1.000,00 €
Clube Atlético do Cadaval
6.550,00 €
Fábrica da Igreja Paroquial Nossa Senhora do Ó - Vilar
Fábrica da Igreja de Figueiros
Grupo Cultural e Recreativo de Vale Canada
Grupo Coral do Cadaval
Grupo Desportivo e Cultural da Dagorda
Grupo Desportivo Vilarense
Grupo Gente Gira
Grupo Motard Falcões do Montejunto
Montejunto Rally Clube
Núcleo da Cruz Vermelha – Cadaval
Núcleo Sportinguista do Concelho de Cadaval
Santa Casa da Misericórdia do Cadaval
Sociedade Cultural, Desportiva e Recreativa de Figueiros
Sociedade Filarmónica 1º de Dezembro
Ventosa Atlético Clube
500,00 €
500,00 €
250,00 €
1.800,00 €
600,00 €
4.400,00 €
1.500.00 €
1.000,00 €
2.240,00 €
1.626,00 €
510,00 €
1.500,00 €
320,00 €
3.000,00 €
880,00 €
EDITAL Nº. 32 / 2009
6.745,00 €
Associação Filarmónica e Cultural do Cadaval
Associação Humanitária B.V. de Cadaval
Associação Humanitária B.V. de Cadaval (Grupo de
Intervenção Permanente)
Associação Humanitária B.V. de Cadaval (Protecção Civil)
Associação Murteirense de Cultura, Desporto e
Solidariedade
Associação Musical Vilarense
Associação para o Desenvolvimento da Vermelha
Associação para o Desenvolvimento Social e Cultural do
Concelho do Cadaval
Associação Paraíso das Crianças
Câmara Cadaval Clube – Acção Social
Câmara Cadaval Clube – Actividades Protocoladas
Casa do Povo do Concelho do Cadaval
Centro Paroquial de Lamas
Centro Cultural, Desportivo e Recreativo de Rocha Forte
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
Valor
3.000,00 €
14.999,00 €
21.105,30 €
5.502,00 €
685,00 €
1.500,00 €
3.175,00 €
585,00 €
125,00 €
8.000,00 €
3.504,00 €
3.065,00 €
70,00 €
500,00 €
---------Para constar e devidos efeitos se fez o presente EDITAL e outros de igual teor que vão
ser afixados nos locais mais públicos do costume.--------------------------------------------------------------E eu, Dr.ª Ana Barata Leandro, Chefe da Divisão Administrativa e Financeira da Câmara
Municipal de Cadaval, o Subscrevi.------------------------------------------------------------------------
---------ARISTIDES LOURENÇO SÉCIO, Presidente da Câmara Municipal
de Cadaval:
---------Torna público que, por solicitação da Administração da Região
Hidrográfica do Tejo I.P. com a sede na Rua Braancamp, 7 1250-048
Lisboa, telefone nº 210101387 através de Comunicado do Conselho de
Ministros, foi divulgada a aprovação de um Decreto-Lei que prorroga até
31 de Maio de 2010, o prazo para a regularização dos títulos de utilização
de recursos hídricos, estabelecido na lei, inicialmente previsto para 31 de
Maio de 2009.--------------------------------------------------------------------------------------Para conhecimento geral se publica o presente Edital e outros de
igual teor que vão ser afixados nos lugares públicos do Concelho.----------------E eu, Dr.ª Ana Maria Almeida Barata Leandro, Chefe da Divisão
Administrativa e Financeira da Câmara Municipal de Cadaval, o subscre-
Paços do Município de Cadaval, 15 de Julho de 2009
O Presidente da Câmara,
Aristides Lourenço Sécio
Próximas Reuniões Públicas da Câmara Municipal (2009)
- Início das reuniões e período de atendimento ao público: 14.30 horas -
vi.----------------------------------------------------------------------------------------------
Freguesia de Vermelha.......................... 01 de Setembro
Freguesia de Vilar..................................13 de Outubro
Freguesia de Cadaval........................... 10 de Novembro
Freguesia de Cadaval............................09 de Dezembro
Paços do Município do Cadaval, 2 de Junho de 2009
O Presidente da Câmara,
Aristides Lourenço Sécio
NÃO RECEBO REGULARMENTE A REVISTA MUNICIPAL EM CASA. QUEIRAM ENVIAR-MA PARA O SEGUINTE ENDEREÇO:
NOME
MORADA
-
TEL.:
3
Recorte este cupão e envie-o, por carta, para o Gabinete de Informação e Relações Públicas da Câmara Municipal do Cadaval, Av. Dr. Francisco Sá Carneiro - 2550-103 CADAVAL
Aviso
Redução do Risco de Incêndio
Todos os anos, a adopção de medidas e acções especiais de prevenção contra incêndios florestais
decorre sobretudo durante o período crítico, anualmente estabelecido por portaria, com base não só
nos regimes de temperatura e precipitação nacional, mas também no histórico das ocorrências de
incêndios nas diferentes regiões do país e nas condicionantes associadas à organização dos dispositivos de prevenção e combate a incêndios florestais.
Assim, atendendo à evolução dos factores de perigosidade meteorológica de incêndio florestal no
corrente ano e ao previsível aumento do número de ocorrências, é definido atempadamente o período
crítico, assegurando a eficaz utilização dos recursos afectos à vigilância, detecção, alerta, primeira
intervenção, combate e rescaldo de incêndios florestais.
Ao abrigo da alínea s) do artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 124/2006, de 28 de Junho, republicado através
do Decreto-Lei n.º 17/2009 de 14 de Janeiro, a Portaria n.º 678/2009 de 23 de Junho define que:
1.º O período crítico no âmbito do Sistema Nacional de Defesa da Floresta Contra Incêndios, no ano
de 2008, vigora de 1 de Julho a 15 de Outubro;
2.º Durante o período crítico referido no número anterior são asseguradas medidas especiais de
prevenção contra incêndios florestais.
Assim, alertamos a população para que adopte uma atitude de Prevenção e Vigilância sempre que
inserida em Espaços Rurais ou Florestais através das seguintes medidas:
- Não fumar nem fazer lume de qualquer tipo no interior dos espaços florestais, ou nas vias que os
delimitam ou atravessam;
- Não utilizar o fogo para eliminação de resíduos de qualquer tipo durante este período;
- Durante a realização de festas e romarias, não deverão ser utilizados balões com mecha acesa nem
quaisquer outros tipos de foguetes;
- Durante os trabalhos com maquinaria e outros equipamentos que decorram da exploração florestal
ou outras, é obrigatório que as máquinas de combustão interna e externa a utilizar, onde se incluem
todo o tipo de tractores, máquinas e veículos de transporte pesados, sejam dotadas de dispositivos
de retenção de faíscas ou faúlhas e de dispositivos tapa-chamas nos tubos de escape ou chaminés,
bem como dotar os mesmos veículos com um ou dois extintores de 6Kg, de acordo com a sua massa
máxima, consoante esteja inferior ou superior a 10 000Kg;
- Sempre que veja uma coluna de fumo numa zona rural/florestal, ou que detecte um foco de incêndio,
contacte de imediato qualquer uma das entidades locais, preferencialmente os Bombeiros Voluntários, através do telefone 262 699 110, ou através do 117, uma linha gratuita e específica para receber
alertas de incêndios florestais.
O Concelho do Cadaval está dotado de uma rede de vigilantes, da qual fazem parte diversas entidades
com os seus meios de Defesa da Floresta Contra Incêndios, como os Bombeiros Voluntários do
Cadaval, a APAS Floresta - com as suas equipas de Sapadores Florestais e Brigada 3.4 em vigilância
permanente; a Associação de Caçadores - com os seus Guardas Florestais Auxiliares no terreno; e
a Guarda Nacional Republicana, com as Equipas de Protecção do Ambiente.
Estas entidades estão em coordenação com o Serviço Municipal de Protecção Civil, havendo, deste
modo, a partilha de informação necessária.
Pedimos a máxima compreensão e colaboração de todos. Quanto mais rápido actuarmos, mais
evitamos os danos e preservamos os nossos bens.
Colabore connosco. A escolha é sua, a segurança é de todos!!!
Paços do Município de Cadaval, 6 de Julho de 2009
O Presidente de Câmara,
Aristides Lourenço Sécio
Linhas úteis
Associação de Caçadores
Associação Empresarial
Biblioteca Municipal
Bombeiros Volun. do Cadaval
Câmara Municipal do Cadaval:
Geral
Edifício Sócio-cultural
Serviços Urbanos e Ambiente
Águas - Piq. Urgência
Cartório Notarial do Cadaval
Centro de Interp. Ambiental
Centro Saúde do Cadaval
Extensões do C. Saúde:
Barreiras (Peral)
Cercal
Chão do Sapo (Lamas)
Figueiros
Painho
Vermelha
Vilar
Comboios – Est. Bombarral
Comissão Prot. Crianças e Jovens
Conservatórias
CTT - Correios do Cadaval
Cruz Vermelha Portuguesa
EDP - Electricidade:
Avarias
Informações
Escolas:
Agrupamento de Escolas
E.B 2,3 Cadaval
Sec. Montejunto
Farmácias:
Central (Cadaval)
Ferreira (Figueiros)
Leomar (Vermelha)
Luso (Vilar)
Misericórdia (Cadaval)
Finanças (Repartição)
GNR - Posto do Cadaval
Juntas de Freguesia:
Alguber
Cadaval
Cercal
Figueiros
Lamas
Painho
Peral
Pêro Moniz
Vermelha
Vilar
LeaderOeste – Ass.º Desenv.º Rural
Museu Municipal
Parque de Campismo Rural
Piscina Municipal
Posto de Atendimento ao Cidadão
Rodoviárias:
Boa Viagem (Alenquer)
Estremadura (T.Vedras)
Tejo (Bombarral)
Segurança Social (Serviço Local)
Telefones – P.T. Avarias
Tribunal Judicial do Cadaval
GIP - Inserção Profissional
Veterinário Municipal
262691137
262084691
262696155
262699110
262690100
262690181
262690171
916172194
262699140
262777888
262696400
262744206
263486750
262696788
262744216
262741023
262696321
262777733
262605440
912232070
262691470
262698340
262083536
800506506
800505505
262699081
262699080
262699230
262696176
262744152
262696178
262777153
262696220
262696104
262690010
262744000
262696841
263486750
262741139
4
262695421
262744011
262695250
262691098
262695058
262771060
262691545
262691690
262777888
262691680
262690128
263730500
261334150
967449860
262696326
------16208
262699010
262690187
917568406
Atendimento
Atendimento
Presidente - Sr. Aristides Sécio
4ª feira de tarde – atendimento presencial
(por marcação prévia)
4ª feira (11.00/12.00 h) – atendimento telefónico
Vice-Presidente - Dra. Eugénia Correia:
5ª feira - Todo o dia (por marcação prévia)
Vereador - Sr. Vitor Pinto:
5ª Feira - Todo o dia (por marcação prévia)
Arquitectos (D.O.P.G.U.):
4ª feira – todo o dia (por marcação prévia)
Engenheiro João Teixeira Alves (D.O.P.M.U.):
2ª a 6ª (sem marcação)
•
•
SERVIÇOS (PAÇOS DO CONCELHO)
2ª a 6ª (08.30/16.00 h)
Serviço de Acção Social
3ª e 5ª (por marcação - 09.00/12.30 h e 14.00/16.00 h)
GIP - Gabinete de Inserção Profissional
2ª, 3ª, 5ª e 6ª (09.00/12.30 h e 14.00/16.00 h)
CMC: Av.ª Dr. Francisco Sá Carneiro, 2550-103 Cadaval - Telf. 262 690 100 - Fax: 262 695 270 - [email protected] - www.cm-cadaval.pt
SEPARATA DA REVISTA MUNICIPAL • QUADRIMESTRAL • SÉRIE III • Nº 26 • JULHO 2009
25 de Abril, 35 Anos
Suplemento Especial
Para assinalar os 35 anos sobre a Revolução de 25 de
Abril, a CMC compila, neste suplemento especial “25 de
Abril, 35 anos”, os discursos da Sessão Solene ocorrida a
25 de Abril de 2009, no auditório dos Paços do Concelho, a
qual contou com intervenções dos Senhores Representantes dos partidos com assento na Assembleia Municipal,
bem como do Senhor Presidente de Câmara e Senhor Presidente da Assembleia Municipal e ainda de um grupo de
alunos em representação das escolas concelhias. Assim,
os discursos que a seguir se publicam são da inteira responsabilidade de cada um dos intervenientes e são publicados de acordo com a ordem de intervenção.
“Quando o velho continente europeu parecia isolar, cada vez mais, este recanto
da península, orgulhosamente só, eis que nessa madrugada de 25 de Abril o sol
da Europa nasce.
Quando os ventos da história pareciam não demover cata-ventos, neste país de
evolução na continuidade, eis que um sopro de novidade varreu Portugal de
norte a sul.
E vieram os cravos vermelhos da alegria e liberdade.
Houve Abril em Portugal.”
(Extractos de artigo do jornal Notícias do Cadaval – 1974).
“ Uma manhã de esperança está diante de nós.
Depende agora de todos nós, portugueses, transformar, esse amanhã, numa
jornada gloriosa, num futuro melhor para todos nós.
O que tornou possível esta vitória foi, acima de tudo, 48 anos de luta do nosso
povo.
Os filhos fardados do nosso povo, que no 25 de Abril derrubaram o fascismo e
abriram a nossa terra a uma perspectiva luminosa, actuaram assim porque
sentiram que nosso povo não suportava mais o fascismo, que se encontrava
em plena crise.”
(Extractos de discurso de Júlio Fogaça – jornal Notícias do Cadaval -1974).
Intervenção de Pedro Gaspar Rodrigues, Presidente da
Assembleia Municipal
«Ao abrir esta sessão solene da Assembleia Municipal começo a minha intervenção por cumprimentar todos os presentes nesta sala e felicitar todos quantos
se empenharam na sua realização, nomeadamente os lideres dos grupos parlamentares aqui presentes, Senhores Ricardo Miguel, Carlos Patuleia e Vítor
Pinteus e ainda o executivo camarário, na pessoa da sua Vice-Presidente, que
nos lançou o desafio, prontamente aceite, criando também os meios logísticos
para a sua realização.
Creio ser esta a melhor maneira do plenário municipal prestar a sua homenagem
a Abril, à liberdade e à democracia.
Celebrar Abril, será, talvez, a melhor forma de homenagear todos quantos têm
contribuído para consolidar, enraizar e aperfeiçoar a democracia, reclamando
sempre por valores de qualidade, assentes na regra do respeito, da verdade, da
tolerância e do pluralismo, tentando ainda garantir a cada nova geração a
possibilidade de decidir o seu próprio destino.
A democracia só existe e fará sentido, quando se asseguram a todos, sem
excepção, a possibilidade de exercer, em absoluto, a plenitude dos seus direitos e deveres.
Devemos por isso, enquanto autarcas e cidadãos, fazer tudo o que estiver ao
nosso alcance, para proporcionar aos nossos munícipes todas as condições
para o exercício da sua cidadania.
Este acto evocatório da liberdade, deve ser, para todos nós e para todos o que
entenderem o que ela representa, uma data a ser sempre recordada, pois foi ela
que restituiu Portugal à sua identidade própria e contribuiu também para a sua
integração na Europa e no mundo civilizado, como país livre.
Recordemos a memória do tempo:
“ Em 25 de Abril foi realmente primavera.
O sol voltou a este Portugal depois de quase 50 anos de escuridão política,
mentira e opressão.
Estamos em plena revolução.
Portugal do Estado novo morreu. É agora sim um Portugal novo.
Não foi um golpe de estado este 25 de Abril, mas sim uma verdadeira revolução, se atendermos que todas as estruturas vão ser mudadas, para que os
portugueses sejam mais felizes, mais livres, mais homens.”
(Extractos do Editorial do jornal Notícias do Cadaval – 1974)
“ Meus amigos:
Acabou o medo, acabou a opressão.
Acabou a censura, acabaram as perseguições.
Liberdade, até que enfim.
Mães, filhos, esposas e maridos abraçam-se numa alegria incontida.
Não mais ao terror.
Liberdade; para a conservarmos precisamos de ter cabeça fria e moderação.
Não podemos cair nos métodos do regime agora deposto.
Saibamos ser livres e respeitar a liberdade dos nossos irmãos.
Saibamos ser portugueses.
Saibamos perdoar. Derramar sangue não é connosco. Derramar sangue não é
com a democracia.
»»
5
35
Está nas nossas mãos construir a pátria que merecemos.”
(Extractos de discurso de Mota Marques – jornal Notícias do Cadaval 1974).
atropelos que diariamente nos são presentes.
Não podemos consentir que um professor seja agredido na sua sala de aulas e
que um agente de autoridade seja permanentemente enxovalhado no seu exercício de autoridade cívica.
Não podemos assistir ao decréscimo permanente do saber e da cultura, bem
como à progressiva falta de qualidade do nosso ensino.
Não podemos assistir à insegurança das pessoas e bens, nem à violência, que
exponencialmente germina um pouco por todo o lado, e ainda a uma cada vez
maior marginalidade e aumento do crime organizado.
Temos que ostracizar e denunciar, de forma firme e sem tibiezas, a corrupção,
o compadrio e o enriquecimento ilícito, que campeiam na nossa sociedade,
tornando-se obrigatório tomar medidas drásticas e duras que, doa a quem doer,
terão de ir até às últimas consequências.
É também forçoso acabar com certas franjas de pobreza e ainda com a fome
escondida que é já, em muitas famílias, uma realidade indisfarçável a que é
necessário pôr cobro rápida e urgentemente. É um imperativo moral.
Nós, quando queremos, somos tão bons ou melhores do que os outros, só que
por vezes queremos pouco, não nos preocupamos.
Por isso temos, de vez e de forma definitiva, de deixar de ser um povo
melancólico e depressivo, sempre à espera que resolvam por nós os nossos
problemas, darmos um passo à frente e afirmarmo-nos pela auto-estima e pela
competência, explorando os nichos de excelência em que somos verdadeiramente bons, de modo a sermos competitivos em relação à Europa e ao mundo.
Temos de ser solidários, sem perder energias com o supérfluo e preocuparmo-nos com as grandes questões nacionais e os seus desígnios.
Temos de ser portugueses de alma grande e de coração ainda maior.
Só assim se cumprirá Abril verdadeiramente, em toda a sua plenitude, e só
assim fará realmente sentido comemorarmos anualmente esta data.
Viva o 25 de Abril, viva o Cadaval, viva Portugal!»
Tudo isto foi há 35 anos.
Desse tempo, tinha então 22 anos, ainda guardo de forma bem viva e marcada na
minha memória, aqueles tempos frenéticos, onde os acontecimentos se sucediam
num turbilhão de emoções, dos quais fui espectador atento e interessado.
O hoje era já amanhã. Os dias escoavam-se em poucos segundos, tal era a
voracidade dos acontecimentos.
Alguns dos aqui presentes devem lembrar-se, tão bem como eu, desses tempos indescritíveis.
As manifestações, as greves, os comícios, as discussões acaloradas nos
cafés e nas tertúlias, o aparecimento dos movimentos democráticos e partidos
políticos, os governos provisórios, os golpes e contra-golpes, o 11 de Março e
o 25 de Novembro, as filas intermináveis que se formaram, para o exercício do
voto, nas primeiras eleições livres.
Enfim, foi assim, nesta ânsia, nesta sofreguidão, que se fez Abril e a aprendizagem do acto democrático e do seu caminho em liberdade.
E aqui, neste ponto, talvez seja normal e mesmo salutar que nos questionemos
e façamos a pergunta que, por vezes, subsiste em muitas mentes, ao fim destes
anos todos: Valeu a pena?
Claro que valeu. Por tudo, não tenhamos a menor dúvida.
Além de vivermos em liberdade, onde qualquer um de nós pode expressar as
suas ideias e opiniões políticas sem medo de retaliações e sem o receio de ser
escutado pelos esbirros do regime, que operavam nas sombras como vampiros
sedentos de sangue, Portugal é hoje um país notoriamente melhor em todas as
suas vertentes, do que em Abril de 1974.
Só uma mente tortuosa e tacanha, mal formada ou saudosista de um certo
passado é que poderá afirmar o contrário.
Portugal modernizou-se, criou estruturas dinâmicas e funcionais, de que o poder
local é um exemplo paradigmático, melhorou todos os seus índices de forma
qualitativa e quantitativa, isto é, europeizou-se e entrou de forma definitiva e sem
retorno na rota do progresso.
Mas, importa também aqui, é um dever de consciência falar com toda a clareza,
verdade e transparência.
Se é uma verdade indesmentível que estamos melhor do que em Abril de 1974,
caberá também dizer que poderíamos estar muito melhor. Todos nós percebemos e sentimos isso.
Passados 35 anos, ainda não foram atingidos, no todo nacional, alguns preceitos fundamentais, nomeadamente na educação, emprego, habitação, justiça ou
saúde.
Em 35 anos, na verdade mais de avanços do que recuos, ainda não atingimos
aquele patamar que todos nós ansiaríamos ou desejaríamos.
Importa que se faça um grande esforço, para que tal aconteça.
Temos que deixar a inércia em que estamos a submergir e começar a acelerar,
na velocidade certa, para que possamos considerar-nos, definitivamente, um
país mais justo, equilibrado e solidário.
Senão vejamos:
O que pensarão os nossos jovens, que se sentem frustrados e sem rumo e se
interrogam para que é que estudaram e concluíram as suas licenciaturas, se
depois têm uma dificuldade extrema na obtenção de um emprego para que estão
habilitados, ficando assim impedidos de dar o seu contributo para o país que os
formou. E depois, para sobreviverem, são muitas vezes obrigados a trabalhar
em empregos de recurso, tais como call-centers ou caixas de hipermercados,
ou então a ter de emigrar à procura das oportunidades que lhes são negadas em
Portugal.
Por isso é obrigatório que todos nós, em sintonia de esforços, de forma transversal, façamos os impossíveis para encontrar formas e caminhos de acabar com
a falta de emprego, com a injustiça social e ainda com os graves problemas na
educação e na saúde. Temos esse dever.
Não podemos alhear-nos, olhar para o lado como se não fosse nada connosco, e
de forma impávida continuar a assistir a encerramentos de empresas que, constantemente, colocam portugueses no desemprego e as famílias no desespero.
Não podemos também continuar a assistir às demoradas listas de espera para
consultas médicas e cirurgias e a ver doentes idosos e alquebrados a irem de
madrugada para as portas dos Centros de Saúde, mendigarem uma consulta a
que têm direito.
Não podemos assistir à falta de civismo, educação e disciplina e ainda aos
Intervenção de Aristides Sécio, Presidente da Câmara
Municipal
«Exmo. Senhor Presidente da Mesa da Assembleia Municipal,
Caros jovens, estudantes do nosso Concelho, que hoje participam nesta ses-
são solene,
Exmas. Senhoras e Senhores Deputados Municipais,
Exma. Senhora Vice-Presidente e Exmos. Senhores Vereadores da Câmara
Municipal,
Exmas. Senhoras e Senhores Presidentes das Juntas de Freguesia,
Exmos. Senhoras e Senhores Professores e Pais e Encarregados de Educação presentes,
Caras e Caros Munícipes,
Caros membros dos órgãos de comunicação social presentes,
Minhas Senhoras e meus Senhores,
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Começo por saudar Vossa Ex.ª, Senhor Presidente da Assembleia Municipal,
pela decisão que tomou de realizar esta sessão solene, evocando a Revolução
das forças armadas, ocorrida no dia 25 de Abril de 1974, cuja data poderá
parecer longínqua aos jovens de hoje, até porque foi algo que aconteceu ainda
no século passado, mas também poderá ser sentida como algo ainda muito
presente, para os que, como nós, viveram intensamente aquele período.
Saúdo igualmente os Senhores Deputados Municipais que, com a sua “obrigatória” presença e intervenções, farão desta sessão solene uma homenagem aos
objectivos mais nobres do 25 de Abril, protagonizados por muitos, embora o seu
verdadeiro espírito, praticado por muito poucos.
Quero saudar particularmente todos os jovens que, com a sua presença e
participação neste evento, corporizam o espírito de Abril que referi, garantindo
que o testemunho da revolução dos cravos passará de geração em geração
para que os valores da Democracia, cujos pilares fundamentais – liberdade,
igualdade e fraternidade, não sejam postos em causa, para garantia e defesa dos
valores da dignidade humana.
futebol que nunca e ainda não ganhámos o festival, talvez estes trinta e cinco
anos ainda não sejam suficientes.
Eu sei que os tempos não estão fáceis para muito de nós, que as carências são
muitas, e não se julgue que são só as materiais. Como é que está a saúde, a
justiça, o ensino, a igualdade de oportunidades, a solidariedade social do estado, o estado de direito, para onde vai a nossa cultura e a nossa capacidade
produtiva; que exemplos temos daqueles que mais deviam respeitar os valores
da Abril?
Apetece-me citar Freitas do Amaral, quando disse “Afinal esta é a prosperidade
que nos prometeram?” Onde estão os que fizeram a revolução dos cravos,
terão esquecido o POVO, rendidos à opulência, ao poder e às honrarias do
banquete revolucionário? Talvez.
Mas também sei, caros Cadavalenses, que se pugnarmos pelos bons princípios
que sempre caracterizaram a nossa Gente, estaremos a afirmar Abril; mostraremos aos jovens que a revolução de 74 valeu a pena; incutir-lhes-emos a vontade
de celebrar, ano após ano, as verdadeiras conquistas de Abril; contribuiremos para
a reafirmação da nossa identidade enquanto povo; seremos parte integrante e
indispensável na Europa, onde nos inserimos e continuaremos, apesar da
globalização, a afirmarmo-nos no mundo, como uma nação valente e imortal.
Termino, afirmando que o 25 de Abril, mais do que uma revolução, deve ser
visto como um ponto de partida para a constante e necessária emancipação do
povo, como um momento de orgulho da nossa história recente, como um legado
que só pode ser daqueles que, no dia-a-dia, sabem respeitar os valores da
democracia, um bem dos jovens que amam a sua liberdade, respeitando a
liberdade dos outros.
Vivam os jovens, viva a democracia, viva o poder autárquico, viva o Cadaval,
viva Portugal!»
Minhas Senhoras e meus Senhores.
Estas iniciativas de evocação da instalação da democracia no nosso país são
uma obrigação de todos, em especial os que viveram o antes e o depois de Abril
de 74, sendo, de forma muito especial, um compromisso que devemos honrar,
sobretudo aqueles, como a maioria de nós que aqui hoje se encontra, que sendo
autarcas têm o dever acrescentado de erguer bem alto o cravo, qual arma, à
mais emblemática revolução portuguesa.
E temos a obrigação de o fazer de forma bem vincada, porquanto sendo nós
amantes de servir a nossa comunidade, em momento algum devemos esquecer que isso só é possível porque lá atrás, há 35 anos, o nosso Povo, de forma
espontânea, soube aproveitar a oportunidade que os valorosos capitães de Abril
deram a Portugal, pondo em marcha o Movimento das Forças Armadas, naquela madrugada do dia 25 de Abril.
Não se iludam, pois, os mais bem sucedidos na política, sobretudo ao nível
autárquico, que se não tivesse tido lugar a Revolução de 74 alguma vez teriam
acesso ao poder, apesar da tradição municipalista que há muito caracteriza
Portugal, de servir o povo e a nossa terra. Estou crente que mais de 90% dos
que aqui nos encontramos, só aqui estaríamos para dar uns vivas e bater umas
palmas aos que, fazendo parte de uma elite, guiariam de alguma forma os
nossos destinos. Da maioria dos que a aqui estamos, talvez fossemos uns
poucos nomeados para um lugar de cabo chefe ou eventualmente de Presidente
de uma Junta de Freguesia, pese embora a nobreza desses cargos, mas
decerto não o seriamos por escolha dos nossos concidadãos através de eleições livres.
É por isso que ser autarca não é coisa vã; ser autarca é transportar a bandeira
da liberdade, o exercício da política de proximidade, a que traduz, no meu
entender, a melhor forma de afirmação da vontade do povo da nossa terra.
É, pois, por isso, Senhoras e Senhores, que não devemos esquecer, por um só
momento, os verdadeiros valores de Abril.
Contudo, tal lembrança não é suficiente para aqueles que, apesar de todas as
vicissitudes (as boas mas também as más do pós-74), não conheceram a
ausência da democracia e da liberdade que lhe está associada.
É normal, não podemos avaliar aquilo que não conhecemos. Daí que comemorar o 25 de Abril terá de ser muito mais do que, uma vez por ano, nos juntarmos
para quiçá com algum saudosismo, lembrar esse principal acontecimento da
nossa história recente, ocorrida já no último quartel do século passado.
Para que se possa afirmar sempre Abril de 74, já não são suficientes estes
discursos acerca do 25 de Abril (uma estopada dirão os mais jovens). Para a
sua afirmação precisamos de cultivar o melhor dessa magnífica herança; o
direito a uma habitação condigna; o direito ao trabalho; o direito a um serviço de
saúde capaz; o acesso, para todos, aos diversos níveis de ensino, para a
educação e formação do indivíduo; o direito e o dever do respeito uns pelos
outros; o direito à cultura e ao desporto; a igualdade de oportunidades para todos,
em especial entre os homens e as mulheres; uma protecção social digna desse
nome aos idosos, aos deficientes; o direito a brincar e ser feliz.
Lembro-me que, após a revolução, tinha eu 21, 22 anos, ouvi, creio que o
Professor Adriano Moreira dizer que a consolidação da Democracia só iria ter
lugar duas ou três décadas depois, lembro-me de ter achado um exagero, quão
grande era o entusiasmo que vivia naquela época, em que se dizia que o atraso
de Portugal se media pelo futebol dado ao povo e que não ganhámos até ali o
festival da canção por não termos sido um país livre. Que ironia, hoje tem mais
Intervenção de Sofia Rebelo Bento (4.º Ano), aluna
representante do 1.º Ciclo
«Antes do 25 de Abril de 1974, o nosso país vivia mergulhado na tristeza e no medo.
Durante cerca de 48 anos quem governou Portugal foi Salazar e, logo a seguir,
Marcelo Caetano, que seguiu as suas políticas, o chamado Estado Novo.
Era uma Ditadura. Não havia democracia e não se realizavam eleições livres.
As pessoas não tinham liberdade para dizer o que pensavam sobre o governo.
Havia a PIDE, uma polícia política que vigiava, prendia e torturava quem
tivesse ideias contrárias às do governo.
Havia a censura, conhecida como “ lápis azul”, que decidia o que se podia ler,
ver ou ouvir nos meios de comunicação social.
Cansados da falta de Liberdade, os militares criaram o Movimento das Forças
Armadas, que foi dirigido pelos capitães.
Os principais capitães foram:
Salgueiro Maio, Otelo Saraiva de Carvalho e Vasco Lourenço.
Apoderaram-se da rádio e da televisão para lançarem as senhas que serviram
para os capitães saberem quando avançar.
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Ministro da Finanças, assumindo, quatro anos depois, a Presidência do Conselho de Ministros, cargo que desempenhou até 1968.
Inspirado pelos ideais fascistas emergidos na Itália do pós-guerra, Salazar
instituiu, em 1933, uma Constituição, reforçando significativamente os poderes
do Governo por ele chefiado – nascia o ESTADO NOVO.
Entre 1933 e 1974, período em que vigorou o Estado Novo, Portugal foi marcado por um conjunto de acontecimentos que o afastaram da Europa democrática,
fortalecida com a derrota dos regimes fascista e nazi na 2ª Guerra Mundial.
As dificuldades geográficas portuguesas, marcadas pela localização periférica
em relação à restante Europa e a conduta política do Estado Novo, conduziram
Portugal para um isolamento político em relação às democracias mundiais, que
se multiplicaram com os processos de descolonização iniciados no pós-2ª
Guerra mundial.
Portugal protegeu-se dos ideais democráticos.
Portugal recusou a independência das suas colónias, baptizadas de Províncias
Ultramarinas a partir de 1946, mergulhando numa guerra que se arrastaria entre
1961 a 1974.
Portugal protegeu o Regime com a utilização de uma polícia política, com a
censura, com a propaganda, com a proibição dos partidos políticos e movimentos sindicais e com a criação da Mocidade e Legião Portuguesa.
Portugal viu milhares dos seus filhos a emigrar.
Portugal viu a sua economia controlada por alguns grupos industriais e financeiros.
Portugal vedou a liberdade aos Portugueses.
Em 1968, com o afastamento de Salazar e a subida ao poder de Marcelo
Caetano, uma esperança de mudança despertou os portugueses, mas pouco ou
nada mudou.
Fartos das incógnitas da guerra e das mortes, bem como do desprestígio que
essa lhes trazia, um grupo de militares cria o Movimento das Forças Armadas,
responsável pela operação militar que derrubou o Estado Novo no dia 25 de
Abril de 1974 – a revolta dos cravos.
(...)
Portugal – 1974 – Até aos nossos dias
Portugal, depois da revolta dos cravos, divide o seu percurso político em três
fases distintas:
A primeira, “pós-revolucionária”, dominada pelo início da aplicação dos processos de descolonização das Províncias Ultramarinas e pela extinção dos pilares
do Estado Novo (PIDE/DGS, Censura, Corporativismo, Mocidade e Legião
Portuguesa, Presos Políticos e Exilados). O arranque do processo de democratização da sociedade portuguesa teve períodos conturbados, principalmente
A 1.ª senha foi a canção “E depois do Adeus”, de Paulo de Carvalho, e a 2.ª
foi “Grândola Vila Morena”, de Zeca Afonso.
Não houve violência e o povo ofereceu cravos aos militares que os puseram
nos canos das armas, por isso ficou conhecida como a revolução dos cravos.
E tivemos a sorte de terem lutado para que tenhamos liberdade.»
Intervenção de alunas representantes do Ensino Secundário
«Nascemos em 1991, vários anos depois de 25 de Abril, e não vivemos os
acontecimentos que conduziram à revolta, nem experimentámos os sentimentos que levaram as pessoas a apoiar essa revolta.
Contudo, na escola aprendemos a ler e a compreender os textos que falam
sobre o assunto, e fomos ensinados a ter perspectiva crítica da realidade. Por
isso, sabemos que o 25 de Abril simboliza valores como a Democracia, a
Liberdade e a Justiça. Sabemos também, pela experiência destes dezassete
anos, que tem havido neste país, e continua a haver, acontecimentos pouco
favoráveis à Democracia, à Liberdade e à Justiça. É por isso que o nosso
discurso de hoje é curto, porque estes valores fundamentais precisam de acção,
mais do que de palavras. Para que o 25 de Abril e tudo o que ele representa
possa ser celebrado também no dia 26 e em cada dia até ao dia 24 de Abril de
cada ano seguinte, conciliando realidade e intenção. Assim, as novas gerações,
que sabem que devem acreditar nos valores de Abril, ficarão a saber que
também podem acreditar.»
Intervenção de alunos representantes dos 2.º e 3.º Ciclos
«Bom dia a todos os presentes neste auditório.
Somos alunos do 9.º ano da Escola Básica do 2.º e 3.º Ciclos do Cadaval e
pretendemos partilhar, com todos os presentes, aquilo que aprendemos sobre o
25 de Abril.
Esta apresentação terá quatro partes: a primeira, que abordará os antecedentes
do 25 de Abril; a segunda, dominada por dois poemas, um de Ary dos santos e
outro de Manuel Alegre; a terceira, dedicada à democratização e desenvolvimento de Portugal Pós-25 de Abril; a quarta e última, com a leitura de um
pequeno poema de alguém que, apesar de reformada da actividade docente,
estará sempre ligada à nossa escola, a Professora Isabel Pereira.
em 1975, mas a aprovação da Constituição, em 1976, dizia que Portugal estava
no bom caminho.
A segunda, marcada pelas dificuldades económicas, sociais e políticas de uma
jovem democracia e de uma conjuntura internacional desfavorável, que conduziu Portugal a uma forte dependência do estrangeiro, como são testemunho os
elevados empréstimos contraídos ao Fundo Monetário Internacional (FMI).
Por último, a terceira, iniciada com o processo de adesão à Comunidade
Portugal – 1910 – 1974
A jovem República nascida em 1910 e a conjuntura internacional marcada pela
1ª Grande Guerra abriram as portas à instabilidade política portuguesa, que
culminou, em 1926, com o Golpe Militar liderado pelo Marechal Gomes da
Costa e a instauração de uma Ditadura militar. É no seguimento desta mudança
política que, em 1928, surge a figura de António de Oliveira Salazar como
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Antes desse dia, Portugal viveu 48 anos de ditadura fascista. Regime caracterizado pelas perseguições, prisões, torturas, condenações e assassinatos dos
cidadãos que ousavam lutar pela liberdade e por melhores condições de vida e
trabalho.
A ditadura fascista impôs aos trabalhadores formas brutais de exploração e
sacrificou gerações de jovens em treze anos de guerras coloniais. A emigração
de centenas de milhar de portugueses, a subalimentação de grande parte da
população e o elevado analfabetismo foram outros traços marcantes deste
período. A nível internacional é bom também ter presente o apoio directo dado à
sublevação fascista em Espanha e à cooperação com a Alemanha nazi e a Itália
fascista. O tempo em que, para ter um isqueiro, era preciso licença, e mais do
que duas pessoas juntas era um comício.
Abril foi um dia e um processo: ao levantamento militar que, protagonizado pelo
glorioso Movimento das Forças Armadas, derrubou o governo fascista, sucedeu-se o levantamento popular e a aliança Povo/MFA, que derrubou o regime
fascista.
Económica Europeia, em 1985, efectivada a 1 de Janeiro de 1986, permitindo a
Portugal beneficiar de fundos comunitários que muito contribuíram para o desenvolvimento nacional, com o objectivo de se aproximar dos restantes Estados
comunitários.
O 25 de Abril foi, sem dúvida, a porta que permitiu aos portugueses atingirem os
valores do mundo ocidental, onde imperam o desenvolvimento, a igualdade, a
justiça, o pluripartidarismo e a LIBERDADE.
As esperanças dos jovens, num país em liberdade, pressupõem que a prosperidade económica seja uma realidade, pois sem ela a liberdade correrá perigo.
Os jovens pedem aos responsáveis políticos que, pelo seu exemplo, desenvolvam os ideais de liberdade, de democracia e apostem na Educação, pilar
fundamental para o desenvolvimento e preparação das novas gerações.
A liberdade é uma responsabilidade de todos e de cada um dos cidadãos, é “Um
silêncio reverente / Para a página do futuro”.
Da nossa professora Isabel Pereira
25 de Abril
Oh Liberdade!
Pássaro azul que tremia, ferido,
Em cada peito
E ao qual Abril deu asas e Sol
e p’ra voar o jeito
Dia quase perfeito
P´ró coração do povo
Que pôde, enfim,
Soltar amarras e sorrir
Por ter um país novo
E em cada ano
O pássaro de Abril
Esvoaçando vem pedir
Que o não deixem morrer
Que o não deixem fugir.
Muito obrigado.»
Daí que seja indispensável reafirmar a nossa homenagem, a nossa intensa
saudação aos Militares de Abril que, há 35 anos, nas palavras do poeta Ary dos
Santos, fizeram “nascer um país do ventre duma chaimite”.
E tudo isso foi o culminar de décadas de resistência e de combate contra a
ditadura fascista – resistência e combate que tiveram no PCP, sempre na
primeira fila da luta, o seu expoente mais importante. Aqui registamos a memória
de cadavalenses ou seus filhos adoptivos como Júlio Fogaça, Mirtil Pereira,
Bernardino Ralha ou Leonel Madeira, entre muitos outros.
Foi sob o impulso e com a experiência adquirida nesse combate sem tréguas ao
fascismo, que as massas populares ocuparam as ruas, no dia 25 de Abril,
conquistando as liberdades através do seu exercício e, assim, criando as
condições para os avanços revolucionários subsequentes.
E foi também na base dessa experiência que o movimento operário e popular
emergiu como força determinante, desde logo construindo o mais poderoso 1.º
de Maio de toda a sua história – que se revelaria decisivo na consolidação das
liberdades conquistadas – e que foi ponto de partida para um processo que,
porque teve como primeira preocupação responder aos problemas dos trabalhadores, do povo e do País, assumiu, desde os seus primeiros passos, um
inequívoco conteúdo revolucionário.
Com efeito, as primeiras medidas dos primeiros governos provisórios, impostas
pela força da luta de massas, são bem elucidativas das características revolucionárias desse processo: aumento geral dos salários e estabelecimento imediato de
um salário mínimo nacional (que, por si só, multiplicou por dois, por três, por
quatro, os salários de centenas de milhares de trabalhadores); a criação de
milhares de postos de trabalho; a criação do subsídio de desemprego; a proibição
dos despedimentos sem justa causa; o direito às férias e ao respectivo subsídio,
para todos; o aumento e alargamento das pensões e reformas...
Foi a Revolução de Abril que instaurou a liberdade de expressão, de opinião e
reunião como escreveu Sophia “Deu-nos Abril o gesto e a palavra”. Foi graças
à Revolução que se pôs fim à guerra colonial e se instituiu uma democracia
Intervenção de Ricardo Miguel, em representação da CDU
«Senhor Presidente da Assembleia Municipal de Cadaval,
Caros membros da Assembleia Municipal,
Senhores e Senhoras Presidentes de Junta de Freguesia,
Senhor Presidente da Câmara Municipal,
Senhoras Vereadoras e Senhores Vereadores,
Representantes das Instituições do Concelho,
Caros Munícipes,
Em primeiro lugar, uma saudação aos Jovens, filhos de Abril, que, aceitando o
nosso convite, vieram em muito enriquecer a nossa sessão. Uma palavra
também de agrado pela excelente intervenção do Senhor Presidente da
Assembleia Municipal.
Mas, onde vão aprender, as novas gerações, os ideais de Abril? Um dos
momentos mais importantes da história de Portugal justifica e exige maior
aprofundamento ao nível do ensino.
O cravo é para muitos a flor da imaginação de como terá sido bom viver aqueles
tempos. Lêem, ouvem, vêem fotografias e filmes com muita gente e muita alegria.
É que para muitos de nós, para cerca de um terço da população portuguesa, a
Revolução dos Cravos aconteceu antes de termos nascido. O que torna ainda
mais necessária, cada vez mais necessária, uma pedagogia dos verdadeiros
ideais e valores do 25 de Abril. Na verdade, são por vezes distantes e difusas
as imagens que chegam desses dias e dessas horas. São estranhos os silêncios que tantas vezes envolvem esse turbilhão de momentos, actos e rostos.
Comemoramos o 35.º aniversário do Dia da Liberdade. Comemoramos a
Revolução de Abril. Comemoramos o dia e o tempo mais avançados, mais
progressistas e de maior modernidade da nossa história colectiva.
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política, o poder local democrático e a autonomia regional dos arquipélagos da
Madeira e dos Açores. Foi ela também a consagrar a igualdade de direitos do
homem e da mulher, mulheres homenageadas pela poetisa Maria Velho da
Costa, quando escreveu: “Elas gritaram à vizinha que era fascista. Elas encheram as ruas de cravos. Elas choraram no cais agarradas aos filhos que vinham
da guerra. Elas dobraram em quatro um papel que levava dentro uma cruzinha
laboriosa. Elas disseram à mãe, segure-me aqui nos cachopos, senhora, que a
gente vai de camioneta a Lisboa dizer-lhes como é. Elas estenderam roupas a
cantar, com as armas que temos na mão. Elas diziam tu às pessoas com
estudos e aos outros homens.”
Vivemos um tempo de celebração da Revolução de Abril num misto de inquietação, desilusão e de esperança. Inquietação perante a grave crise e as suas
dramáticas consequências económicas e sociais que estão a tornar cada vez
mais difícil a vida dos portugueses, particularmente dos trabalhadores e das
outras camadas populares. Inquietação redobrada quando a perspectiva que se
apresenta é a do agravamento de todos os problemas nacionais.
Desilusão porque muito de Abril se perdeu em caminhos errados que nos
afastam de Abril. É preciso dizer que muito do que depois aconteceu e agora
acontece nada tem a ver com Abril, e o seu espírito nada tem a ver com o
património de dignidade e justiça social que é perfume dos cravos de Abril.
A discriminação, a xenofobia e o racismo são a negação de Abril. O trabalho
precário e sem direitos, de sol a sol, aos domingos, sem contrato nem segurança social, com salários indignos da condição humana, não são fruto de Abril.
As desigualdades e as injustiças na distribuição da riqueza, as pensões de
miséria, a pobreza e a exclusão, a discriminação das mulheres e dos jovens,
das minorias, dos deficientes, não fazem parte do património do 25 de Abril.
Mas também esperança na possibilidade da ruptura, porque acreditamos na
força do nosso povo, na vitalidade e actualidade do nosso projecto e na possibilidade de abrir caminho a uma nova política com a luta e o voto dos trabalhadores e do povo.
Varre o país um legítimo e justo descontentamento. Descontentamento que toma a
expressão em protestos que mobilizam largos sectores da sociedade e que tem
levado para a rua milhares e milhares de trabalhadores: agricultores, operários,
funcionários públicos, professores, enfermeiros, pequenos e médios empresários.
Mas muitos portugueses não se conformam com este estado de coisas, que
continuam a afirmar convictamente, não apenas que Abril valeu a pena, mas,
acima de tudo, que continua a valer a pena lutar pelos valores e pelos ideais que
fizeram o 25 de Abril.
Como escreveu Ary : “Isto vai meus amigos isto vai
o que é preciso é ter sempre presente
que o presente é um tempo que se vai
e o futuro é o tempo resistente”.
Por isso, no momento em que assinalamos o 35.º aniversário de Abril, colocase-nos como questão essencial a necessidade de uma mudança que retome os
objectivos libertadores da Revolução de Abril; que ponha termo à subordinação
do poder político ao poder económico; que construa o tempo novo que Abril nos
mostrou ser possível: o tempo da democracia e da liberdade; do progresso e da
justiça social; da paz e da independência nacional.
Há outro caminho que nos traz tempos novos. Tempos de afirmação dos valores da democracia, liberdade, justiça social, do Estado ao serviço do povo e do
desenvolvimento do país, da soberania e independência nacionais. Tempos de
retomar Abril, de colocar Abril de novo nos caminhos da construção de uma vida
melhor.
É que, das tantas lições que aprendemos com Abril, há uma ideia que prevalece: por mais categóricos que sejam os que decretam o fim da História, a
verdade é que a História prossegue e avança – a luta de concretizar Abril, os
seus ideais de democracia e de liberdade, as suas conquistas de progresso e
justiça social.
Como escreveu Gedeão:
“ o sonho comanda a vida
Que sempre que um homem sonha
o mundo pula e avança”.
O Futuro será como os povos o construírem. Pela nossa parte, mantemos a
convicção e a confiança de que este País saberá construir o seu próprio Futuro
e serão cravos os alicerces dessa construção. Porque, lutando pelo futuro, é
por «Abril de novo» que lutamos.
Pegando nas palavras de Brecht “Porque é em frente que vamos, não é
verdade? É em frente que vamos” ou como canta Jorge Palma “enquanto
houver estrada p’ra andar, a gente não vai parar!”
Viva o 25 de Abril!»
Intervenção de Filipe Pereira, em representação do PS
«Exmo. Sr. Presidente da Assembleia Municipal do Cadaval,
Exmas. Senhoras e Senhores Deputados Municipais,
Exmo. Sr. Presidente da Câmara Municipal do Cadaval,
Exma. Senhora e Senhores Vereadores,
Exmos. Convidados civis e militares,
Minhas Senhoras e Meus Senhores,
Cadavalenses!
“A 25 de Abril de 1974, o Movimento das Forças Armadas, coroando a longa
resistência do povo português e interpretando os seus sentimentos profundos,
derrubou o regime fascista.
Libertar Portugal da ditadura, da opressão e do colonialismo representou uma
transformação revolucionária e o início de uma viragem histórica da sociedade
portuguesa (…)”
“(…) A República Portuguesa é um Estado de direito democrático, baseado na
soberania popular, no pluralismo de expressão e organização política democráti-
cas e no respeito e na garantia de efectivação dos direitos e liberdades fundamentais, que tem por objectivo a realização da democracia económica, social e cultural
e o aprofundamento da democracia participativa.” (Fim de citação da CRP)
Foi-me proposto transmitir-vos, nesta sessão solene, evocativa do 35.º aniversário do 25 de Abril, como e em que medida a revolução dos cravos influenciou
as gerações nascidas na década de 70 e seguintes (as chamadas gerações
livres) e, acrescento eu, discorrer sobre as razões que levam a que o 25 de
Abril, apesar de ser o acto fundador da nossa contemporaneidade com a Europa
e o mundo democrático, seja hoje um acontecimento cada vez mais ignorado
pelos portugueses – sobretudo as gerações mais jovens – com honrosas excepções, como as que tivemos a oportunidade de verificar aqui hoje, através da
participação nesta cerimónia dos jovens alunos das escolas, os quais felicito. E
aproveito, dado que alguns dos jovens aqui presentes leram, na sua intervenção, um poema de Abril escrito pela minha tia, Isabel Pereira, para homenageá-la por ter sido uma das pessoas que maior influência teve na minha formação
e nos valores que defendo.
Iniciei, pois, esta minha intervenção, lendo-vos algumas das referências que a
Constituição da República Portuguesa faz ao 25 de Abril e aos mais nobres
valores que lhe estão associados – liberdade e democracia.
Fi-lo com a intenção de vos ilustrar como os valores de Abril estão patentes na
nossa lei fundamental e acredito que fortemente enraizados nas nossas mais
simples acções diárias. Vivemos numa democracia representativa, onde o
povo expressa a sua vontade através da eleição de representantes, que tomam
decisões em nome daqueles que os elegeram, e em que existe o chamado
primado da lei – A lei está acima de tudo o resto.
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É um facto que as gerações mais novas, como a minha, não sabem exactamente como era viver antes do 25 de Abril de 1974; como era viver num País
sem liberdades e sem democracia; um País com os índices de desenvolvimento próprios do Terceiro Mundo, com uma população pobre, mal alimentada, a
habitar mal; uma emigração sem precedentes: mais de um milhão e meio de
portugueses em 15 anos (60-74); um País sem vias de comunicação, sem
educação, saúde e segurança social para todos; um país que alimentava uma
obsoleta guerra colonial, com consequências devastadoras, tanto sociais como
económicas e políticas.
E não temos esse conhecimento, em minha opinião, por duas ordens de razões.
Uma de ordem lógica: não vivemos, não testemunhámos esse período da
nossa história recente. Logo, não podemos senti-lo da mesma forma que o
sentem aqueles que o viveram. Mas também não temos uma consciência mais
clara, porque o nosso sistema educativo, os meios de comunicação social e a
nossa classe política não souberam ou não quiseram dar-lhe, ao longo dos
últimos 35 anos, o devido realce.
No entanto, tal não significa que o espírito de “Abril” nos seja indiferente ou que
não queiramos “viver Abril”.
Antes pelo contrário, Abril faz parte de nós.
Na verdade, “Viver” o 25 de Abril de 1974 não se resume ao facto de se ter
passado, ou não, temporalmente por esse dia.
“Viver” a revolução de Abril é viver com sentido crítico, opiniões livres, participação cívica (em qualquer das suas formas), respeito pelos outros; é ter um
genuíno sentido de justiça, de solidariedade e de humanismo; é amar a liberdade; é ser inconformista.
Estou convencido de que é assim que a maioria de nós, cidadãos criados no alvor
de Abril, “vivemos” a revolução. Diariamente, dinamicamente – difundindo e
defendendo com as nossas acções os valores da liberdade e da democracia.
No entanto, assistimos, nos últimos anos, a um acentuado desinteresse dos
jovens – e porque não dizê-lo, da população em geral – pela actividade política,
o que é preocupante. É aquilo a que alguém chamou “melancolia democrática”,
traduzida pela indiferença e a descrença perante a política.
Temos pois, todos nós, o dever de parar para pensar e interrogarmo-nos sobre
a génese dessa apatia. Porquê?
Com a democratização, a sociedade portuguesa conheceu uma profunda transformação. O país dotou-se de grandes equipamentos colectivos: auto-estradas,
saneamento básico, distribuição de electricidade e água canalizada, entre outros…
Com o decorrer dos anos, a classe política também mudou. Aos “autores
políticos”, homens e mulheres obreiros empenhados na construção de um
Portugal moderno, juntaram-se os “actores políticos”, os que viram na política
uma oportunidade pessoal.
É este segundo género que mina a credibilidade do sistema, que afasta os mais
aptos, competentes, honestos; que alimenta o clientelismo, a corrupção; que
põe em perigo a democracia.
Compete-nos a nós, aos que acreditam que estar na política é “servir” e não
“servir-se”, a responsabilidade de fazer dela um instrumento cada vez mais
nobre, e, através de uma sólida educação, despertar a consciência cívica e
moral dos nossos filhos (chaves do futuro), para a importância da continuação
da democracia em Portugal.
Aproximam-se três actos eleitorais, um dos quais (eleições autárquicas) com
influência directa na vida da nossa comunidade local.
Temos, pois, todos nós, eleitos locais, e todos aqueles que concorrerão nas
próximas eleições autárquicas, uma boa oportunidade e também a responsabilidade de contribuir para inverter a imagem negativa que impende sobre os
políticos e a forma de fazer política.
Decisivo será: utilizar uma linguagem de verdade; agir com transparência; gerir com
rigor os dinheiros públicos; assumir o compromisso de prestar contas aos eleitores
de modo permanente e não apenas quando há eleições; dar voz aos problemas das
pessoas; privilegiar o debate das ideias; respeitar os adversários…
Enfim, honrar as promessas feitas.
Se o fizermos, estaremos a contribuir para a dignificação da política, para o
reforço da relação de confiança que se quer entre eleitos e eleitores e para o
aumento dos níveis de envolvimento dos jovens concelhios na actividade
política.
A todos os outros Cadavalenses, faço aqui um apelo: votem! Votem no projecto
político que julgarem melhor, mas votem! Só assim estarão a honrar a memória
de todos aqueles que arriscaram a vida para que houvesse democracia. Não
votar é deixar morrer o espírito do 25 de Abril.
Exmo. Senhor Presidente,
Ilustres convidados,
Minhas Senhoras e Meus Senhores,
Quero concluir homenageando todos os militares de Abril, porque a eles se deve
a liberdade de que hoje legitimamente usufruímos, lendo-vos alguns fragmentos
de um texto da autoria de Fernando Salgueiro Maia, escrito pouco tempo antes
da sua morte:
“Tendo a consciência de que a guerra era injusta e sem solução, que o regime
era opressivo e sem capacidade de reconversão, que as Forças Armadas
tinham conseguido o impossível para garantir ao Poder a capacidade de diálogo
que ele recusava; só restava a sublevação, mesmo sabendo os riscos que ela
acarretava. (…)
Farto de quase 50 anos de opressão,
Farto de incompetência
Farto de fabricar carne para canhão…
Farto de ajudar meia dúzia de glutões a comer à conta do orçamento,
Farto de «lutar» por causas perdidas,
Decidi dizer «Basta!» (…)
Depois do primeiro sinal de rádio «E depois do Adeus», começámos acordando o
pessoal, que se convenceu estar perante mais uma instrução nocturna. Reunidos
na maior sala que a Unidade tinha, ao pessoal que me estava directamente
subordinado expliquei que na vida há momentos que pela sua importância nos
transcendem; assim perante o estado de negação de Liberdade e de injustiça que
tínhamos atingido, perante as nulas esperanças em melhores dias, havia que
mudar o regime, não para nos substituirmos ao regime anterior, mas para, dando
liberdade e democracia, garantir ao povo a escolha do destino colectivo.
Para desanuviar, declarei que havia várias modalidades de Estado, os liberais,
os sociais-democratas, os socialistas, mas nenhum pior que o estado a que
chegámos, pelo que urgia acabar com ele. (…)
Pelas três horas da manhã de 25 de Abril, saímos da Escola Prática de
Cavalaria …” em direcção a Lisboa.
O Resto da História, Senhor Presidente, minhas senhoras, meus senhores, já
todos vós conheceis …
Disse.»
Intervenção de Vítor Pinteus, em representação do PSD
«Sr. Presidente da Assembleia Municipal,
Sra. Deputados Municipais,
Sr. Presidente da Câmara,
Srs. Vereadores,
Srs. Presidentes de Junta de Freguesia,
Caros Jovens,
Senhoras,
Senhores,
Começo esta minha intervenção por felicitar a Mesa da Assembleia Municipal
pela realização desta Sessão Extraordinária Comemorativa do 25 de Abril.
11
»»
35
Trinta e cinco anos depois da revolução, a realização deste plenário é uma
forma de todos e cada um dos deputados prestarem a sua homenagem a Abril,
à Liberdade e à Democracia, mas também um momento para reflectirmos sobre
os direitos e deveres da sociedade e daqueles que, em seu nome e representação,
exercem o mandato político.
A liberdade, sinónimo de autonomia e independência, não é, como nos querem
fazer parecer hoje em dia, sinónimo de má educação, nem de falta de respeito
pelo próximo, nem de libertinagem, nem de egocentrismo.
A liberdade conquistada deve ser usada no estrito cumprimento de princípios de
cidadania, de participação cívica e no respeito pela liberdade do próximo, que,
como comummente de diz, começa onde a nossa acaba.
A democracia só existe realmente quando assegura a todos, sem excepção, a
possibilidade de exercerem, em absoluta plenitude, os seus direitos e deveres.
A nossa jovem democracia precisa de amadurecer, precisa de se consolidar.
Atravessamos actualmente a maior crise económica e financeira de que tenho
memória em Portugal, para a qual é preciso estarmos atentos, nomeadamente
as autarquias, pois são elas a primeira linha de resposta aos problemas reais
das pessoas, e acerca desta matéria gostaria de deixar uma observação: é
sempre melhor e mais fácil actuar sob a forma de prevenção do problema do que
acudir às complicações que surgem depois.
Mas esta crise não é só uma crise económica e financeira, é também uma crise
de valores, para a qual vos convido a reflectir em conjunto.
Ao longo dos últimos anos temos vindo a assistir, sob a forma de lei, ou por
prática consentida, a uma série de limitações de liberdade, de controlo da vida
privada, de controlo da informação e da comunicação social, que parecem
restabelecer hábitos vigentes antes do 25 de Abril.
A sociedade actual demonstra, hoje, uma forte saturação política, tanto mais que
a política invade cada vez mais a vida de cada um de nós, conduzindo a que os
nossos destinos pessoais dependam cada vez mais do Estado.
Por sua vez, o Estado tende a ser novamente um Estado-Pai, que prefere
alimentar amiúde e de forma controlada os seus filhos, do que facultar-lhes os
meios para que possam subsistir de modo independente.
E essa apetência controladora do Estado, enquanto sinónimo de poder, tem
vindo a desenvolver-se com o actual Governo que, para poder passar a sua
mensagem filtrando as críticas e empolando os elogios à sua governação,
procura atenuar o antagonismo e acelerar uma integração política.
Mas não se trata de uma integração alcançada através da satisfação dos
interesses dos cidadãos, mas de uma encenação diária que leva a que, quando
os cidadãos se aperceberem, se sintam amargurados e enganados.
Ora esta situação não abona nada nem para a imagem do país, nem dos seus
políticos, e muito menos resolve os problemas das pessoas e do país, pelo
contrário, estamos a adiar a verdadeira resolução dos problemas e a dar uma
imagem dos políticos, à sociedade, que não corresponde minimamente à realidade
nacional, e com a qual, também nós, ao nível local, somos penalizados e
etiquetados, sem que para tal tenhamos contribuído.
Senhoras e Senhores,
Caros Jovens,
Enquanto políticos e autarcas devemos fazer tudo o que está ao nosso alcance
para contrariarmos esta tendência negativista do exercício da actividade política
e proporcionar aos nossos munícipes todas as condições para o exercício da
sua cidadania de forma activa.
Este plenário tem um cariz especial para todos nós pelo facto de termos hoje
como participantes activos, jovens Cadavalenses que contribuíram para
enriquecer a sessão, e que, espero, levem hoje desta casa da democracia uma
recordação e uma experiência positiva, quem sabe a repetir num futuro próximo.
Não tenham receio de participar na política activa do vosso Concelho. Garanto-vos que é muito desafiante participar nestes centros de decisão e é ainda mais
reconfortante quando vemos que a nossa acção colectiva pode contribuir para a
melhoria de condições de vida da população do Concelho ou da comunidade
onde estamos inseridos.
Não tenho qualquer dúvida que esta sessão especial e comemorativa da
efeméride proporcionou, a estes jovens, um contacto directo com os titulares de
cargos públicos legitimamente eleitos, num exercício de cultura democrática e
salutar, que decerto contribuirá para que o Cadaval continue a ser um Concelho
onde se vive bem, com qualidade de vida, e com aquilo que temos de melhor,
que são as suas gentes.
Acreditem que foi verdadeiramente importante a vossa presença aqui hoje.
Gostaria também de agradecer ao Executivo Camarário o seu envolvimento
nesta sessão e a organização das comemorações que têm lugar até Domingo,
para a qual apelo à participação de todos.
Os meus cumprimentos, Senhor Presidente, e os meus agradecimentos pela
sua presença aqui hoje.
Para terminar e enquanto líder parlamentar do PSD, gostaria de registar que o
nosso grupo, numa decisão unânime, irá doar as suas senhas de presença para
diversas instituições do Concelho, firmando também assim um dos princípios
do nosso estado de direito democrático, o da solidariedade para com os que
mais precisam.»
12
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
Resultados das Eleições
Parlamento Europeu
7 de Junho 2009
Resultados Totais
do Concelho do
Cadaval
Total de Inscritos: 12.886
Total de Votantes: 4.883
(37.89%)
Resultados
Totais
Nacionais
Partido
PPD/PSD
33.34%
1628 votos
Total de Inscritos: 9.684 714
Total de Votantes: 3.561 502 (36,77%)
Representantes Eleitos em Portugal: 22
Partido
Resultados
PS
30.84%
1506 votos
Mandatos
PPD/PSD
31.71%
1129243 votos
8
PCP-PEV
7.82%
382 votos
PS
26.58%
946475 votos
7
CDS-PP
7.5%
366 votos
B.E.
10.73%
382011 votos
3
B.E.
PCP-PEV
10.66%
379707 votos
MEP
7.35%
359 votos
2
PCTP/MRPP
CDS-PP
8.37%
298057 votos
1.11%
54 votos
2
MEP
1.11%
54 votos
1.48%
52828 votos
MPT
PCTP/MRPP
0.8%
39 votos
1.21%
43141 votos
MPT
PPM
0.66%
23415 votos
MMS
0.61%
21636 votos
0.53%
26 votos
P.N.R.
0.47%
23 votos
P.H.
0.48%
16980 votos
P.H.
0.41%
20 votos
PPM
0.39%
13794 votos
MMS
0.37%
13039 votos
POUS
0.41%
20 votos
P.N.R.
POUS
0.14%
5101 votos
EM BRANCO
NULOS
Resultados
4.63%
164917 votos
2%
71158 votos
0.12%
6 votos
EM
BRANCO
NULOS
5.9%
288 votos
2.29%
112 votos

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