- Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de

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- Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de
www.jornalistasp.org.br
Jornal UNIDADE - [email protected]
JORNAL DOS JORNALISTAS
Filiado à
Órgão mensal do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo
número 318
MAIO/2009
CAMPANHA
estamos em
A data-base da negociação salarial dos jornalistas é 1º de junho e a convenção
coletiva assinada pelo Sindicato anualmente com os patrões vence agora, dia 31
de maio. A inflação do período está estimada em 5,1% (pelo INPC), com o reajuste calculado a partir do mês de junho de 2008, quando o desempenho do setor
foi considerado ótimo, com aumento do faturamento publicitário. A campanha,
no entanto, se dará em um momento particular para a categoria, quando diversos
ramos empresariais usarão o pretexto da crise econômica, que também afeta o
Brasil, para endurecer as negociações. Pág. 3
Nova diretoria assume para
um triênio de lutas
Sonia Mele
José Augusto de Oliveira Camargo (Guto) foi reeleito como presidente, mas como ele mesmo lembrou
na solenidade de posse, houve renovação de 63% do quadro diretivo da entidade. Pág. 7
Descaso do Governo
Serra com reajustes
salariais
da TV Cultura.
Pág. 2
Lei de Imprensa foi
revogada pelo STF
e sociedade aguarda
regulamentação do setor.
Pág. 4
No Dia Mundial
da Liberdade
de Imprensa,
balanço da ONU revela
que aumentam os
obstáculos para
jornalistas.
Pág. 5
2
Editorial
UNIDADE
MAIO/2009
A Liberdade e a
Lei de Imprensa
E
m 3 de maio comemora-se o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa. A data
foi proclamada pela Assembléia Geral
das Nações Unidas, em 1993, e segundo
a própria ONU serve para “lembrar aos
governantes a necessidade de se respeitar seus compromissos com a liberdade
de imprensa e a reflexão entre os profissionais de mídia sobre questões ligadas à
liberdade e a ética profissional”. Remete
imediatamente às publicações censuradas
e jornalistas ameaçados e mesmo assassinados. São situações que acontecem em
várias partes do mundo e devem ser denunciadas e combatidas.
Mas o debate sobre a liberdade de imprensa não pode se limitar a estes temas.
Assim – e talvez não seja mera coincidência – o Supremo Tribunal Federal
julgou em 30 de abril que a Lei de Imprensa brasileira é inconstitucional. A
Lei, promulgada em 1967, realmente era
um instrumento anacrônico e já deveria
ter sido substituída há muito tempo por
outro ordenamento mais adequado ao período democrático pós-constituinte. Mas,
infelizmente, isso não foi feito pelo Congresso brasileiro e agora estamos diante
de um vácuo jurídico naquilo que diz respeito às especificidades da imprensa.
Vemos que ao contrário da necessidade de
curso universitário específico para o exercício do Jornalismo (diploma) – que também
será julgado pelo STF –, a necessidade de
uma Lei de Imprensa é amplamente reconhecida pelas empresas de comunicação,
que já publicaram editoriais afirmando ser
necessário um certo regramento neste campo. Ministros do STF, ao declararem o voto
no julgamento, salientaram a necessidade
de uma regra específica para, por exemplo,
o direito de resposta.
Neste campo, os exemplos internacionais
também são numerosos: na Itália, o Código Penal apresenta um capítulo específico
sobre crimes de imprensa; a França convive
Órgão Oficial do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo
Rua Rego Freitas, 530 - sobreloja
CEP 01220-010 - São Paulo - SP * Tel: (11) 3217-6299 - Fax: (11) 3256-7191
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com uma Lei de Imprensa desde 1881. Na
Espanha temos uma situação parecida com
a brasileira: a lei de imprensa é de 1966 (ainda da ditadura franquista, mas com suspensão das cláusulas antidemocráticas) e existe
um grande movimento dos jornalistas para
a criação de um novo ordenamento.
A sociedade de massa na qual vivemos
necessita de mecanismos legais específicos
para ordenar a indústria da comunicação.
Conforme analisam diversos pesquisadores e juristas, somente legislação específica
pode tratar de alguns temas como: a) responsabilidade civil e penal dos profissionais e empresas (harmonizando o direito
à personalidade, intimidade, vida privada,
honra e imagem das pessoas com a liberdade de imprensa); b) o direito de resposta; c) as concessões de radiodifusão, bem
como regras para o seu cancelamento e
d) a produção, divulgação e veiculação de
programação cultural e local das redes.
Em vista disto, cabe agora aos jornalistas
e às suas entidades lutarem pela aprovação
de novas leis democráticas para as lacunas
existentes em nosso ordenamento jurídico.
É importante salientar que está parado no
Congresso, desde 1997, um projeto de uma
nova Lei de Imprensa que, misteriosamente, espera sua vez para ser votado.
Uma oportunidade para aprofundar
este debate são os encontros preparatórios para a Conferência Nacional de Comunicação, que têm, obrigatoriamente,
que abordar este assunto, sob pena de
não cumprir seu papel de ser um marco
na democratização deste setor no Brasil.
Para finalizar, assinalamos um ponto da Lei
de Imprensa portuguesa que, gostaríamos,
fosse copiada aqui: “Conselho de redacção
e direito de participação dos jornalistas. 1)
Nas publicações periódicas com mais de cinco jornalistas, estes elegem um conselho de
redacção, por escrutínio secreto e segundo
regulamento por eles aprovado (Art. 23)”.
Diretoria do Sindicato
EXPEDIENTE
Diretor responsável: Wladimir Miranda
(MTb 14.639/SP)
Editor: Carlos Ferreira Lima
(MTb 15.791/SP)
Diagramação: Rubens M. Ferrari
(MTb 27.183/SP)
Depto. Comercial: Fone (11) 3217-6299
Colaborador: Eduardo Ribeiro (Moagem)
Impressão: Prol Gráfica e Editora Ltda
Fone (11) 2169-6199 Tiragem:10.000
exemplares
DIRETORIA EXECUTIVA
Presidente - José Augusto de Oliveira
Camargo (Guto); Secretário Geral - André
Luiz Cardoso Freire;
Secretário de Finanças - Kepler Fidalgo
Polamarçuk; Secretário do Interior - Alcimir
Antonio do Carmo; Secretário de Cultura
e Comunicação - Wladimir Miranda;
Secretária de Relações Sindicais
e Sociais - Evany Conceição
Francheschi Sessa;
Secretário Jurídico e de Assistência Paulo Zocchi;
Secretária de Ação e Formação
Sindical -Telé Cardim ;
Secretária de Sindicalização Márcia Regina Quintanilha.
CONSELHO DE DIRETORES
Suely Torres de Andrade, Luigi
Bongiovanni, José Aparecido dos
Santos, Cláudio Luis de Oliveira
Soares, Cândida Maria Rodrigues
Vieira, Luiz Francisco Alves
Senne, ­ Arístocles Coutinho de
Moura Lima, Rosemary Nogueira, Lílian Mary Parise
DIRETORES REGIONAIS
Bauru - Rodrigo Ferrari
Campinas - Agildo Nogueira Júnior
Oeste Paulista - Sérgio Carlos
Francisco Barbosa
Piracicaba - Martim Vieira Ferreira
Ribeirão Preto - Aureni Faustino
de Menezes
Santos - Carlos Alberto Ratton Ferreira
S. José do Rio Preto - Daniele Jammal
Sorocaba - José Antonio Rosa
Vale do Paraíba, Litoral Norte
e Mantiqueira - Edivaldo Antonio
de Almeida
COM. REG. E FISC. EXERC. PROF.
(CORFEP)
Titulares: Carlos Roberto Botelho, Douglas Amparo Mansur, Vitor Celso
Ribeiro da Silva.
Suplentes: Alan Felisberto Rodrigues ,
José Eduardo de Souza
CONSELHO FISCAL
Titulares: José Donizete Costa, Marcelo Carlos Dias dos Santos , Dulcimara
Cirino.
Suplentes: Carlos Eduardo Luccas
Castro, Simone de Marco Rodrigues.
DIRETORIAS DE BASE
Bauru: Marcelo de Souza Carlos, Ieda
Cristina Borges, Sergio Luiz Bento,
Karina Fernando Prado Grim, Flávio
Augusto Melges.
Campinas: Kátia Maria Fonseca Dias
Pinto, Hugo Arnaldo Gallo Mantellato,
Orlando Arco e Flexa Neto, Elisa Vitachi,
Fernanda de Freitas.
Oeste Paulista: Tânia Cristina Brandão,
Priscila Guidio Bachiega, Sérgio Ricardo Guzzi, Fernando Sávio Rodrigues
dos Santos, Hércules Farnesi da Costa
Cunha, Danilo Augusto Maschio Pelagio
Piracicaba: Luciana Montenegro
Carnevale, Fabrice Desmonts da Silva,
Paulo Roberto Botão, Poliana Salla Ribeiro, Ubirajara de Toledo, Vanderlei Antonio
Zampaulo.
Ribeirão Preto: Firmino Luciano Piton,
Antonio Claret Gouvea, Eduardo Augusto
Schiavoni,Tadeu Queiroz da Silva.
Santos: Eraldo José dos Santos, Glauco
Ramos Braga, Emerson Pereira Chaves,
Pedro Figueiredo Alves da Cunha, Marcelo Luciano Martins Di Renzo, Reynaldo
Salgado, Joaquim Ordonez Fernandes
Souza.
Sorocaba: Adriane Mendes, Fernanda
Oliveira Cruz, Regivaldo Alves Queiroz,
Emídio Marques, Marcelo Antunes Cau.
São José do Rio Preto: Augusto Fiorin,
Carlos Eduardo de Souza, Dulcimara Cirino,
Júlio Cezar Garcia e Nelson Gonçalves.
Vale do Paraíba, Litoral Norte e Mantiqueira: Jorge Silva, Sirlene de Santana Viana,
Fernanda Soares Andrade, Neusa Maria
de Melo, Rita de Cássia Dell’Aquila.
Diretorias Regionais:
Bauru: R. Primeiro de Agosto, 4-47, Sala
604 E. Telefax: (14) 3222.4194
Campinas: R. Dr. Quirino, 1319, 9º andar.
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Comissão de Ética: Denise Santana Fon,
José Roberto Melo, Daniel Castro, Alcides
Rocha, Flávio Tiné e Roland Marinho
Sierra (suplente), Fernando Jorge, Lúcio
França e Kenarik Boujikian Felippe e Juarez Pedro de Castro.
Conselho Editorial: Jaqueline Lemos, Nilton
Fukuda, Luiz Carlos Ramos, Laurindo (Lalo)
Leal Filho, Carlos Mello, Assis Ângelo,
Renato Yakabe e Adunias Bispo da Luz.
Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião
do jornal ou do Sindicato
Ação sindical
UNIDADE
MAIO/2009
3
Governo Serra trata
com descaso jornalistas
da TV Cultura
O descaso e o desrespeito do Governo Serra com funcionários da Fundação
Padre Anchieta, mantenedora da TV Cultura, parece não ter limites: são seguidos
calotes e não cumprimento de acordos
trabalhistas. Os jornalistas ainda aguardam o pagamento do reajuste do acordo
coletivo de dezembro de 2008, de 7,2%.
Esse procedimento não bate com lemas
alardeados pela Fundação: ‘Pela defesa e
aprimoramento integral da pessoa humana e pela formação crítica do homem para
o exercício da cidadania.’
E em vez de resolver a situação dos
funcionários, no dia 30/4, depois de uma
reunião do presidente da Fundação, Paulo Markun, foi comunicado aos jornalistas que o Codec (Conselho de Defesa dos
Capitais do Estado), da Secretaria da Fazenda, se manifestou “desfavoravelmente
à concessão do reajuste nos termos pleiteados”, a menos que seja superada “pressão orçamentária de R$ 18,617 milhões,
recursos ora disponíveis”.
O comunicado informa ainda que “havendo reajuste, mesmo assim, o aumento não poderia ultrapassar o percentual
de 6,86%”. E nesse caso, “tornar-se-ia
necessária a adoção (pela Fundação) de
providências indispensáveis à compensação em outros itens que compõem a
despesa de pessoal”.
Assim, além de limitar o reajuste em
6,86%, o índice só será concedido se hou-
ver um aumento de receita que cubra despesas correspondentes, ou uma redução
nos gastos de pessoal, o que aponta para
novas demissões. O assunto deve seguir
agora para manifestação da Secretaria de
Economia e Planejamento, responsável
pelo orçamento estadual, e, em seguida,
para a Comissão de Política Salarial, para
deliberação final.
“A posição do Codec é inadmissível.
Os jornalistas não vão aceitar esta chantagem. Iremos usar todos os recursos possíveis para garantir os direitos dos funcionários”, afirma o presidente do Sindicato,
Guto Camargo.
A Fundação deve ainda reajustes salariais retroativos a 2003. A Justiça do
Trabalho de São Paulo (de 1ª e 2ª instâncias) decidiu pelo cumprimento da
convenção coletiva e o pagamento de
10% de aumento aos jornalistas a partir daquele ano. Na época a Fundação
alegou em sua defesa que o pagamento faria com que ultrapassasse os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal,
argumentação derrubada na Justiça do
Trabalho. Em vista disso, negociou com
o Sindicato e assinou um acordo para
pagar a dívida. A Fundação honrou uma
parte, mas este ano enviou o pedido de
verba para o Codec, que ainda não se
manifestou. Com relação a esta ação, o
Sindicato já pediu o cumprimento da
sentença na Justiça.
Cresce o número de
filiados ao Sindicato
De acordo com o Ministério do Trabalho, o número de filiados a sindicatos no
Brasil cresceu 13% entre abril e dezembro
de 2008. Passou de 4,285 milhões para
4,838 milhões. Em oito meses, 553.362
trabalhadores passaram a fazer parte de
sindicatos.
No Sindicato dos Jornalistas, acompanhando esse crescimento, este ano já se
filiaram 255 profissionais. O número do
colégio eleitoral do SJSP também indica
crescimento. Passou de 3.042 em 2003
para 3.808 em 2009. A expansão da sindicalização é reflexo do aumento do número de empregos com carteira assinada
– foram abertas 1,452 milhão de vagas no
Brasil em 2008. Segundo Clemente Gaz
Lucio, diretor técnico do Dieese, o crescimento de sindicalizados da CUT foi de
244 mil filiados e aumento de 54 sindicatos associados; contra 105,5 mil pessoas e
mais 206 sindicatos da Força Sindical.
O Ministério do Trabalho chegou a esses números considerando informações
enviadas pelos próprios sindicatos ao Cadastro Nacional de Entidades Sindicais.
Ainda segundo a matéria, o número total
de trabalhadores com carteira assinada no
País, de acordo com Pnad de 2007, é de
38,578 milhões de brasileiros.
Campanha salarial
dos jornalistas
está aberta
E as empresas estão comemorando “ótimos balanços”
E
stá aberta a campanha salarial dos jornalistas de
jornais e revistas da Capital, Interior e assessorias
de imprensa em São Paulo. A data-base
da categoria é 1º de junho e a convenção
coletiva assinada pelo Sindicato com os
patrões anualmente vence em 31/5.
A inflação do período está estimada
em 5,1% (pelo INPC). E os patrões não
têm do que reclamar. A própria ANJ
(Associação Nacional dos Jornais) divulgou que os investimentos publicitários no meio jornal chegaram a R$ 3,4
milhões em 2008, um montante considerado recorde em termos absolutos.
O crescimento das receitas publicitárias
das diversas mídias brasileiras refletiu o
desempenho da economia que vem se
mantendo ascendente ao longo dos últimos anos. Esse desempenho também
deve se refletir na reivindicação de aumento real dos jornalistas.
Esse momento da campanha salarial, porém, será particular, com o
mundo envolvido em uma crise econômica que também afeta o Brasil.
Diversos ramos empresariais usam
esse pretexto para endurecer as nego-
ciações com os trabalhadores.
Mas o ramo jornalístico no País passa por “excelente período”. O reajuste
de salários dos jornalistas é calculado a
contar o mês de junho de 2008, quando
o desempenho das empresas do setor
foi considerado ótimo. Os meios de comunicação tiveram aumento de 12,83%
no faturamento publicitário. A editora
Abril, a maior do País, registrou um
crescimento de 16,8% em sua receita líquida no período. O grupo Estado, nas
palavras da própria direção, teve “um
ano muito bom, tanto financeira quanto economicamente”. O grupo Folha
anunciou um dos melhores anos de sua
história. O panorama nas demais empresas de comunicação não é diferente.
As empresas, portanto, estão bem,
enquanto as condições de trabalho dos
jornalistas estão ruins, com baixos salários, jornadas extensas e desregulamentação de direitos (PJs, frilas fixos, etc.).
Por isso, a pauta dos jornalistas inclui
ainda dezenas de itens, como valor do
piso, garantia de antecipação mensal,
adicional de republicação de material,
licença-maternidade e paternidade, entre outros pontos.
4
Profissão
UNIDADE
MAIO/2009
A
Lei de Imprensa (5.250/67) foi revogada
pelo Supremo Tribunal Federal por sete votos a quatro, na noite do dia 30/4, deixando para o Código Civil e Código Penal as
definições de processos de quem se sentir atingido pelo
trabalho jornalístico.
Com o fim da Lei de Imprensa, o direito de resposta, por exemplo, segundo os juristas, fica garantido pela
Constituição de 1988. Mas esta não detalha como se dará a
aplicação. A decisão caberá a cada juiz que analisar o caso,
sem nenhuma normatização geral.
“Agora é preciso que o Congresso vote uma nova lei
para regulamentar o assunto. Isso é urgente, até os grandes jornais já manifestaram em editoriais sua preocupação
em relação a este verdadeiro buraco na legislação”, afirma
o presidente do Sindicato dos Jornalistas, Guto Camargo.
Na mesma linha, em entrevista à Folha de S. Paulo o presidente da Fenaj, Sergio Murillo, depois de atacar a decisão do
STF, disse que o “resultado aumenta a dívida que o Congresso
tem de votar o mais rápido possível uma nova lei”. A direção
da Fenaj lembra que está pronto para ser incluído na pauta de
votação em plenário da Câmara, desde agosto de 1997, o projeto de uma nova legislação para a imprensa - cujo conteúdo
está expresso no substitutivo do ex-deputado Vilmar Rocha
(PFL-GO) ao PL 3.232/92 - mas vem sendo sistematicamente
“esquecido” pelo parlamento brasileiro há 11 anos.
Paulo Cannabrava Filho, sócio fundador e atual presidente
Fotos: Sonia Mele
Sociedade agora espera que
Congresso vote nova lei de imprensa
Sergio Murillo (acima à
esq.) ao lado de
Guto Camargo: por uma
nova lei de imprensa.
Cannabrava (ao lado)
acredita ser necessário que
o Código de Ética dos
jornalistas seja respeitado
do conselho diretor da Associação Brasileira da Propriedade
Intelectual dos Jornalistas Profissionais – Apijor, em artigo
publicado no http://portaldoautor.org.br afirma que precisamos é de jornalismo que respeite a ética, cumpra com o
disposto no Código de Ética da categoria. “Não é preciso
regulamentar o preceito constitucional de liberdade de expressão. O que é necessidade vital é que se obedeçam às leis e
que se atue com ética. Se respeitado fosse o Código de Ética
dos jornalistas jamais teriam ocorrido casos como o da Escola Base (...). Fatos como esse ocorrem porque não há no Brasil
um Conselho Profissional dos Jornalistas para exigir que o
exercício profissional se desenvolva em respeito ao Código
de Ética, como fazem os Conselhos das demais profissões. E
é por isso que os proprietários dos meios se opõem a criação
do Conselho Federal dos Jornalistas, órgão que poderia julgálos e puni-los a cada violação da ética ou de quaisquer dispositivos legais que harmonizam as relações na sociedade.”
O julgamento da lei havia entrado na pauta do STF dia
1º/4 e posteriormente retirado. Votaram pela sua revogação total os ministros Carlos Ayres Britto, Cármen Lúcia,
Eros Grau, Cezar Peluso, Ricardo Lewandowski, Carlos
Alberto Menezes Direito e Celso de Mello. Pela revogação
com ressalvas votaram Ellen Gracie, Gilmar Mendes e Joaquim Barbosa. E contra a revogação, Marco Aurélio de
Mello. O julgamento foi motivado por uma Arguição de
Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 130,
proposta pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT).
TST garante jornada de cinco horas a
jornalistas, em qualquer tipo de empresa
Jornalista que exerce funções típicas da
profissão tem direito à jornada especial
de cinco horas, independentemente de a
empresa dedicar-se ou não à atividade jornalística. A partir desse entendimento, a
Primeira Turma do Tribunal Superior do
Trabalho acolheu recurso de ex-empregada da Editora FTD S.A e reconheceu o
direito à jornalista.
A ex-funcionária trabalhou cerca de
dez anos na FTD S.A, editora de livros
didáticos, realizando atividades de jornalista na assessoria de imprensa, onde
executava serviços técnicos como apuração de informações, entrevistas, redação,
interpretação, correção e coordenação de
matérias para publicação. A jornada de
trabalho era de segunda a sexta-feira, das
7h30 às 14h15, mas se estendia até as 21h,
em média três vezes por semana.
Após ser demitida, em outubro de
2000, a jornalista ajuizou reclamação trabalhista na 49ª Vara do Trabalho de São
Paulo (SP), pedindo, entre outras verbas,
o pagamento das horas extras excedentes
da quinta hora diária e da vigésima quinta
semanal. A jornada especial para jornalistas profissionais está prevista no artigo
303 da CLT. A sentença de primeiro grau
negou o pedido.
Não satisfeita, a jornalista entrou com
recurso no Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (SP), reiterando a pretensão. O TRT/SP rejeitou novamente o pedido, alegando que o direito à jornada de
cinco horas somente seria devido quando
a atividade fosse exercida em empresas
jornalísticas, conforme o Decreto-Lei nº
972/1969, e não em editoras de livros didáticos, como no caso.
Contudo, no julgamento do recurso de
revista, a Primeira Turma do TST trou-
xe interpretação diversa da legislação. O
ministro relator, Lelio Bentes Corrêa,
em seu voto, observa que era fato incontroverso que a ex-funcionária desempenhava funções de jornalista, conforme
expressamente consignado no acórdão
do TRT/SP. “Nessas circunstâncias, não
há como recusar à jornalista o direito à
jornada especial estabelecida em lei, ainda que a empresa se dedique a atividade
fim diversa”. O ministro destacou outras
decisões do Tribunal que se orientam
no sentido de que o que norteia as obrigações é a atividade desenvolvida pelo
profissional, sendo irrelevante o ramo da
empresa. A tese foi acolhida por unanimidade pela Primeira Turma, que determinou o retorno dos autos ao TRT para
reexaminar os pedidos.
Fonte: TST
Inscrições para o
Prêmio New Holland
de Fotojornalismo
Estão abertas até 30/6 as inscrições do
5º Prêmio New Holland de Fotojornalismo, destinado a repórteres fotográficos
profissionais do Brasil e da Argentina.
Podem ser feitas no Sindicato dos Jornalistas (sede e regionais), na Arfoc e no
www.premionewholland.com.br. Mais informações pelo telefone (41) 3018-3377.
Este prêmio está dividido em duas categorias: Campo para imagens que mostrem
práticas aplicadas na agricultura moderna, e Tecnologia, para imagens que mostrem máquinas New Holland no campo.
Serão escolhidos o primeiro e o segundo
lugar de cada categoria, em cada país. O
primeiro colocado receberá R$ 10 mil. O
segundo, R$ 3 mil. Além disso, os jurados
irão selecionar uma foto, entre todas as
inscritas, que represente a integração entre os dois países. Uma exposição itinerante com as oito fotografias vencedoras
e outras 32 escolhidas pelos jurados percorrerá cidades dos dois países.
Profissão
P
ressões, prisões, censura e
assassinatos de jornalistas
aumentam no balanço do
Dia Mundial da Liberdade
de Imprensa, lembrado dia 3/5
A Embraer, gigante brasileira fabricante e exportadora de aviões, pediu a cabeça
do repórter Julio Ottoboni, à Gazeta Mercantil, jornal para o
qual ele trabalha, porque antecipou em dezembro de 2008 que a
empresa demitiria cerca de 20% de seu efetivo. Em Bauru, o jornalista Marcio Miranda
foi demitido depois que a rádio em que
trabalhava, a Auri-Verde, fechou contrato
para transmissão das sessões do Legislativo da Câmara Municipal da cidade e o
diretor da emissora, Luiz Carlos Silvestre,
o proibiu de fazer críticas aos vereadores e
ao prefeito. Como o jornalista se recusou,
perdeu o emprego.
Pelo mundo inteiro, “assassinato e prisões são apenas maneiras manifestas de
silenciar jornalistas”, falou o secretário
geral da ONU, Ban Kin-moon, no Dia
Mundial da Liberdade de Imprensa, celebrado dia 3/5. Balanço da situação da
mídia revela obstáculos crescentes para os
profissionais. Foram 11 assassinatos neste
início de ano no mundo. “Mas prisões,
cortes de empregos e autocensura também ameaçam o setor.
Muitas vezes, os jornalistas são levados a praticar a autocensura, por medo.
Também isso é inaceitável: os jornalistas devem estar em condições de reali-
UNIDADE
MAIO/2009
em Israel, Itália e Hong Kong.
A Associação Mundial de Jornais
(WAN, em inglês) lembra que mais de
400 profissionais dos meios de comunicação foram assassinados nos últimos dez
anos - estavam investigando e desmascarando corrupção, crime organizado ou
5
receber acusações. A revista Carta Capital já denunciou que a ONG francesa
Repórteres Sem Fronteiras (RSF) recebe
financiamento do governo dos EUA. Outras reportagens internacionais apontam
a ligação da entidade aos interesses estadunidenses. No Brasil, a RSF interferiu
nos debates sobre o
PLC 079/04, que regulamentaria a profissão dos jornalistas do
País, fazendo coro ao
discurso patronal que
levou o governo Lula
a vetar o projeto.
Na matéria “O Caixa 2 das ONGs”, a
revista Carta Capital reportou o financiamento de ONGs como a RSF por poderosos ‘lobbies’ norte-americanos. Elas estariam sendo financiadas para colaborar
com campanhas dos EUA contra governos que lhe são contrários.
A interferência da RSF no debate sobre
o PLC 079/04 colaborou para fortalecer a
posição de donos dos veículos de comunicação no Brasil. Composta por free lancers,
a organização pediu ao presidente Lula o
veto ao projeto. Sem qualquer contato com
a Fenaj, a ONG francesa teve postura semelhante no debate sobre a criação do CFJ
(Conselho Federal dos Jornalistas), quando
apoiou a oposição ao projeto.
Dificuldade para trabalhar
não acaba nunca!
Eu, repórter
Verissimo
zar sua função sem serem intimidados
ou molestados”, insistiu o secretário-geral da ONU.
Ban classificou como “chocante” o número de agressões contra jornalistas em
todo o mundo. O número de 11 profissionais mortos foi revelado pelo relatório
do internacional Committee to Protect
Journalists (CPJ). Além disso, 125 estão
presos devido a suas atividades, alguns há
mais de uma década.
De acordo com o relatório anual da
organização Freedom House, este é o
sétimo ano seguido em que aumentaram as restrições à liberdade de imprensa. A organização cita casos ocorridos
Reminiscências, reminiscências... Trabalho em
jornal há mais de 40 anos, mas uma única vez
saí da redação para fazer uma reportagem. Dizem
que só o repórter é jornalista mesmo, no sentido
em que só quem está na linha de frente é soldado
mesmo – o resto é burocracia fardada. Pois fui
repórter por um dia, em 1968. O sul-africano
Christian Barnard, que meses antes fizera o primeiro transplante de coração da História, viria
participar de um congresso em Buenos Aires. Eu
fazia de tudo na redação do jornal Zero Hora,
em Porto Alegre. Até, como já contei uma vez, o
horóscopo. Quando faltavam artigos para a página de opinião eu fazia, usando pseudônimos. Certa vez dois dos meus pseudônimos polemizaram
violentamente, pois tinham opiniões radicalmente
opostas sobre determinado assunto. Eu também
fazia um guia de bares e restaurantes da cidade
incompetência dos Governos.
O dia 3 de maio foi definido como
Dia Mundial da Liberdade de Imprensa
na Assembléia Geral da ONU, em 1993,
seguindo recomendação da 26ª Sessão da
Conferência Geral da Unesco, realizada
em 1991. A Unesco destaca em sua página
na internet a necessidade de lembrar aos
governantes a necessidade de se respeitar
os compromissos com a liberdade de imprensa e estimular a reflexão entre os profissionais de mídia sobre questões ligadas
à questão e à ética profissional.
Mesmo associações conhecidas por
se levantar contra arbitrariedades que
atingem a imprensa não estão livres de
e vez por outra inventava personalidades que os
frequentavam (o conde italiano Ettore Fanfani, o
empresário e bom vivant Aldo Gabarito) e davam
seus palpites. Quer dizer, nada menos sério e mais
longe da reportagem do que minha enclausurada
atividade jornalística na época. Mas eu falava inglês e fui o escolhido para entrevistar o Barnard.
Me botaram num avião para Buenos Aires. Junto
com um cinegrafista, o Leca, porque a matéria que
eu conseguisse também seria para a TV.
O dr. Barnard se tornara uma celebridade
mundial com seu feito. Havia uma multidão
querendo entrevistá-lo em Buenos Aires. Ele
atenderia a imprensa de uma vez só, numa
coletiva, e depois responderia a perguntas individuais – mas só uma pergunta por repórter. Entrei na fila. O Leca ficaria perto do
doutor e ligaria a câmera quando eu chegasse
lá. Fiquei pensando no que perguntar ao Barnard. O argentino atrás de mim me cutucava
com seu microfone à altura dos rins. Ouvi
uma altercação vindo do começo da fila. Um repórter desobedecera às ordens, tentara fazer uma
segunda pergunta ao cirurgião e ouvia protestos
dos colegas. Eu não conseguia pensar na pergunta
que faria ao Barnard. Tinha que ser uma única
pergunta. Uma pergunta definitiva.
- O que o senhor está achando de Buenos
Aires?
Não! Algo mais científico. Como está passando o paciente que recebeu o coração transplantado? Não! O paciente poderia já ter morrido, a
pergunta seria vista como provocação. Falar do
apartheid na África do Sul? Não, nada a ver.
Perguntar o quê?
Eu chegava cada vez mais perto do começo da
fila. O Leca me fazia sinal de positivo, estava a
postos. A ansiedade do argentino atrás de mim aumentava e as cutucadas também. Perguntar o quê?
Finalmente cheguei na frente do dr. Barnard e...
Sabe que eu não me lembro o que perguntei?
Tenho a vaga lembrança de alguma coisa como
“O senhor espera operar num brasileiro, um
dia?”, mas prefiro estar enganado. Minha única vontade era estar de volta na redação da Zero
Hora, inventando frases para o conde Fanfani ou
o Aldo Gabarito, em vez de para mim.
Desde então, só aumentou a minha admiração
por repórteres.
Texto publicado
n’O Globo de 9/4 e
reproduzido aqui com
autorização do autor,
Luis Fernando Verissimo
6
Geral
UNIDADE
MAIO/2009
O
No The Hub, na Bela Cintra, além do
acervo do instituto, haverá espaço
para pesquisa, discussão sobre novas
mídias e questões atuais relativas
aos Direitos Humanos
organizar o acervo de documentos, textos e
fotos de Vladimir Herzog que, além de jornalista, era fotógrafo, cineasta e professor da
Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP). A Fundação
Padre Anchieta, mantenedora da TV Cultura
de São Paulo, onde o jornalista foi diretor,
doou parte do material que ficará disponível
para pesquisa e consulta. A TV Brasil cedeu
material do programa “3 x 1”, do qual Ivo
participou e teve grande repercussão, ao lado
do ex-ministro Jarbas Passarinho – este defendendo o AI-5.
Fotografia era outra paixão de Vlado.
Foram recuperados mais de mil slides feitos
por ele. São fotos de família - do período
vivido em Londres e de pesquisas para seus
trabalhos como cineasta. Todo este material
já está digitalizado.
Além de perpetuar a memória de Herzog, o
instituto tem como projeto discutir os caminhos do jornalismo. E junto do Sindicato dos
Jornalistas de São Paulo será responsável pelo
Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos, instituído em 1979.
Na internet, o espaço será livre para as
pessoas se manifestarem. Sempre mantendo
aquela linha de missão do instituto, como
“espaço de reflexão e produção de informação que garanta o direito à Justiça e o direito
à vida”.
“Não podemos pensar apenas na morte de
Vladimir Herzog. Por isso a inauguração será
no aniversário dele, que estaria completando
72 anos”, diz Ivo Herzog. “O Prêmio Herzog vai celebrar a vida.” Elifas Andreato já
está trabalhando o cartaz para a premiação
de 2009. “Nos últimos quatro, cinco anos o
Prêmio deu uma revitalizada e queremos garantir que ele tenha novo impulso.” O Sindicato indicou Oswaldo Braglia para a captação
de recursos para o Prêmio.
Como parte da solenidade de inauguração
do instituto haverá nos dias 26, 27 e 28 de
junho um ciclo de debates sobre Vlado e
exibição de várias mídias, como o filme
Doramundo, que teve roteiro de Herzog.
O ministro Paulo Vanucchi, dos Direitos
Humanos, garantiu presença em uma palestra sobre Justiça e Democracia. Haverá
também uma mesa redonda com jornalistas como Caco Barcellos, Zuenir Ventura,
Ricardo Kotscho.
O instituto terá um conselho com um
representante do Sindicato, um representante da família Herzog, entidades e personalidades como Audálio Dantas, Hélio
Bicudo, Luiz Weiss, Zilá Abramo, Caco
Barcellos, entre outros. Esse conselho definirá as diretrizes do instituto, que nasce
com três objetivos. O primeiro é organizar
todo o material jornalístico (fotos, matérias) sobre Vlado. Será a principal fonte
para que pesquisadores, estudantes e profissionais em geral possam ter acesso ao material para seus trabalhos.
O segundo objetivo é promover o debate
sobre o papel do jornalista. Vlado buscava
sempre promover o jornalismo de qualidade, verdadeiro e, acima de tudo, responsável.
Dentro desta sessão temos ainda a idéia de
discutir as novas mídias - internet, blogs, etc
e como o jornalismo evolui em função da
mudança de suas ferramentas de trabalho.
E, em terceiro, ao lado do Sindicato dos
Jornalistas, organizar o Prêmio Jornalístico
Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos. “Além da cerimônia, iremos manter
um debate constante sobre quais as questões
atuais relativas aos Direitos Humanos devem ser tema deste prêmio tão importante”,
afirma Ivo.
O instituto ficará no The Hub, um espaçoso galpão de cerca de 500 m², que foi
transformado em uma espécie de escritório
coletivo. “Para conectar pessoas e ideias inovadoras, promovendo discussões e fazendo o
bem”, como é lembrado no endereço eletrônic o http://www.vladimirherzog.org/Instituto_Vladimir_Herzog/Vlado. O endereço é
Rua Bela Cintra, 409, tel.: (11) 6394-4047.
Nilvaldo Silva
Instituto
Herzog
‘ganhará
vida’
em junho
Instituto Vladimir Herzog,
um sonho de seu filho Ivo, se
tornará realidade no dia 26 de
junho em uma cerimônia na
Cinemateca, em São Paulo. É uma iniciativa
da família do jornalista, com apoio de mais
de uma dezena de instituições. Vlado faria
72 anos no dia 27 de junho, se não tivesse
sido morto em outubro de 1975 nos porões
do DOI-Codi, na Rua Tutoia, em São Paulo.
O instituto começou a se concretizar quando
a família Herzog resolveu montar uma página na internet. Muitas pessoas passaram a se
envolver e a ideia cresceu.
Segundo Ivo, o instituto terá como missão
Um dia histórico
para a Federação
dos Jornalistas das
Comunidades e Países
de Língua Portuguesa
Depois de um esforço de décadas, o
Sindicato dos Jornalistas no Estado de
São Paulo e várias entidades de representação de Brasil, Angola, Cabo Verde,
Guiné Bissau, Moçambique, Portugal,
São Tomé e Príncipe e Timor Leste
participarão da criação da Federação
dos Jornalistas nas Comunidades e Países de Língua Portuguesa - FJCPLP,
entidade que deverá ter sede em São
Paulo. A assembléia de constituição da
entidade será em Luanda, Angola, dia
1º de junho, quando serão discutidos a
aprovação dos estatutos e regimentos da
FJCPLP.
Há muito tempo vem sendo debatida a
construção de uma entidade que pudesse
reunir os jornalistas dos países de Língua Portuguesa. “No ano passado, a partir de um encontro em Angola, o tema
voltou com força e apoio necessários à
sua concretização”, afirma o presidente
do Sindicato, José Augusto de Oliveira
Camargo (Guto).
Também contribuiu para essa retomada a criação do espaço político intergovernamental denominado Comunidade
dos Países de Língua – CPLP.
A entidade nasce em um momento de
internacionalização de empresas de comunicação de Língua Portuguesa. Emissoras
de rádio e televisão brasileiras anunciam a
criação de escritórios e retransmissoras em
vários países para atender à comunidade.
“Será uma oportunidade para viabilizar a
entidade e passar a discutir problemas comuns”, diz Guto Camargo.
Quem acompanha há anos o tema e
os debates em vários encontros no Brasil
e em países da CPLP é Alcimir Carmo,
secretário do Interior do Sindicato. “Temos recebido solicitação de informações,
por parte de colegas, sobre a atuação de
empresas brasileiras que já desenvolvem
trabalhos em seus países. E esse já é um
dos motivos para que os jornalistas estejam unidos na sua luta por melhores condições de trabalho!”
“Com importância cada vez maior
do Brasil no contexto mundial, é importante a existência de uma entidade que
valorize a língua portuguesa e a nossa
cultura”, afirma Guto Camargo. “A globalização também precisa ocorrer do
lado dos trabalhadores.”
Posse
7
Fotos: Sonia Mele
UNIDADE
MAIO/2009
Houve renovação de 63% do quadro diretivo do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo para o triênio 2009/2012
Nova diretoria assume desafio
com a categoria sob pressão
O
auditório Vladimir Herzog,
na Rua Regro Freitas, 530,
ficou lotado para a posse da
Chapa “Unidade, Luta e Democracia” no Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo, dia 15/4 à
noite. Liderada por José Augusto de Oliveira
Camargo, o Guto, a nova direção da entidade
que completou 72 anos assume para o triênio 2009/2012. Jornalistas, representantes de
outros sindicatos, da CUT nacional, da estadual, do Conselho Estadual dos Direitos da
Pessoa Humana, Comissão de Justiça e Paz,
do Grupo Tortura Nunca Mais, de sindicato
patronal e da Associação Paulista de Imprensa estiveram presentes.
Guto Camargo, reeleito para o cargo,
ressaltou que houve 63% de renovação no
quadro diretivo. “Temos representação em
33 redações, seis TVs e duas rádios. Estamos nas grandes regiões e grandes veículos.
Não podemos ser acusados de ser um grupo encastelado no poder. Temos um quadro
democrático. Assumimos o compromisso
público de ser representativos da sociedade
e da categoria.”
Foi um momento de confraternização, mas
a diretoria sabe que foi eleita em um período
que se mostra perturbador e ao mesmo tempo
estimulante para a categoria. Em meio à contestação da Lei de Imprensa (nº 5.250/67), do
julgamento do Recurso Extraordinário (RE)
nº 511961 que questiona a constitucionalidade
da exigência do diploma de Jornalismo para o
exercício da profissão e da organização da 1ª
Conferência Nacional de Comunicação. Com
relação às questões trabalhistas, a categoria
representação em 33
“ Temos
redações, seis TVs e duas
rádios. Estamos nas grandes
regiões e grandes veículos.
Assumimos o compromisso
público de ser representativos
da sociedade e da categoria.
Guto Camargo, presidente
”
andar junto de toda a classe
“ Queremos
trabalhadora brasileira. Gostaria de
saudar todos os jornalistas paulistas.
Gostaria de saudar os colegas da
vitoriosa greve de 1961. Este lugar
(auditório Vladimir Herzog) foi palco de
luta contra a ditadura.
O resto é luta (pelos nossos direitos)
André Freire. secretário geral
”
dar voz ao Interior. Somos quatro
“ Vamos
diretores dessa parte do Estado na Executiva
do Sindicato. Antes tinha apenas um.
Vamos lutar para unificar os pisos salariais
da Capital e do Interior. Vamos ampliar
a sindicalização no Interior.
”
Alcimir Antonio do Carmo, secretário do Interior
“
a vitória da
“ Foi
democracia
”
Márcia Quintanilha,
secretária de
Sindicalização
Nossos
direitos e conquistas estão sob
pressão cerrada.
As
empresas se sentem à vontade
para nos impor até 14 horas
diárias de trabalho. Precisamos
garantir nossos direitos.
Paulo Zocchi, secretário Jurídico
e de Assistência
”
ainda se vê pressionada pelos patrões, com
inúmeras demissões nas redações e antigos direitos ameaçados.
Como lembrou o presidente da Fenaj, Sergio Murillo, na cerimônia: “A lei do diploma
só não foi colocada em votação ainda porque
quem é contra não conseguiu maioria na Corte. E também por causa da grande mobilização nacional em favor da exigência de formação superior para exercício da profissão.”
Contra aqueles que afirmam ser a exigência
do diploma uma limitação da liberdade de expressão, o presidente da Fenaj afirma: “A lei tem
40 anos e não se aponta um cidadão que tenha
sido impedido de se expressar por causa dela.
Regulamentação não é impeditivo de liberdade
de expressão. Expressar opinião é diferente de
exercer o Jornalismo, que é uma tarefa complexa.” E finalizou: “Espero que São Paulo lidere
com a Fenaj a movimentação contra a onda de
demissões e o enfrentamento contra o processo
de precarização do trabalho dos jornalistas. Vamos resistir a mais essa tentativa de golpe.”
Como se vê, será um período de lutas. “Somos parceiros do Sindicato de São Paulo nos
movimentos sociais. Fazer sindicalismo hoje
é um grande desafio”, lembrou Rosane Bertotti, secretária Nacional de Comunicação da
CUT, que representou o presidente da entidade, Artur Henrique. “Em determinados
momentos históricos alguns setores se destacam na sociedade. Este é o momento das comunicações. Dependendo de qual tendência
tomar, a sociedade como um todo seguirá.
Esperamos que o Sindicato dos Jornalistas
ajude a formatar um novo horizonte para a
nação. A CUT conta com vocês.”
8
UNIDADE
MAIO/2009
Memória
Q
uando ele morreu, em outubro de
1982, o Unidade registrou que se
encerrava a “escola de jornalismo
Hermínio Sacchetta”, de tantos profissionais de imprensa que o ‘Velho’, como era carinhosamente chamado por muitos, formou e por
ter dedicado uma vida toda à profissão. Neste 1º de
maio, ele completaria cem anos.
Sacchetta iniciou a carreira em 1928 como revisor do Correio Paulistano e logo tornou-se redator da
revista A Cigarra. Para a militância política entrou
em 1932, no Partido Comunista. De personalidade
ágil e inquieta, logo se tornaria dirigente dos setores de organização, agitação e propaganda. Foi
um dos articuladores da greve dos Correios e Telégrafos em dezembro de 1934, caindo a partir daí
na clandestinidade. Até 1937, à frente do Comitê
Regional do partido em São Paulo, era um dos editores do jornal A Classe Operária.
Em novembro do mesmo ano, Hermínio, que
usava o codinome Paulo, em meio a uma luta
interna no partido, foi acusado de fracionismo
trotskista e expulso. Seria preso em 1938 e quase
dois anos depois, quando saiu da cadeia, tornouse dirigente do recém-fundado Partido Socialista
Revolucionário (PSR).
De 1939 a 1945 acumula os cargos de subsecretário e secretário-geral de redação da Folha da Manhã
e da Folha da Noite. Ali, convivia com os chamados “sapos de redação”, frequentadores do jornal,
dentre os quais Oswald e Mário de Andrade, além
de muitos outros que se tornariam referências no
mundo intelectual brasileiro, como Florestan Fernandes e Antonio Cândido. O futuro sociólogo recebeu sua primeira pauta das mãos de Hermínio e
Cândido tornou-se crítico literário na redação chefiada por Hermínio.
Desta época, Florestan lembraria: “Passei a ser
incluído no seu auditório de rotina e era convidado para conversar com ele em sua sala. Eram
conversas rápidas, interrompidas por sua tremenda carga de trabalho e pela variedade de assuntos
que devia enfrentar a cada momento. Daí ao cafezinho fora do jornal, às conversas mais prolongadas e à amizade, que durou até o fim de sua vida,
foi um passo.”
Depois das ‘Folhas’, Sacchetta fez parte do grupo que criaria o Jornal de São Paulo e passou pelos
Hermínio
Sacchetta,
o Velho,
faria
cem anos
por Paula Sacchetta*
Diários Associados, de onde saiu para organizar o
inovador O Tempo, jornal extremamente moderno para a época, de matérias curtas, pauta ágil e
diagramação arejada. Chefiou também o departamento de jornalismo da Rádio Bandeirantes na
segunda metade dos anos 50. Voltaria para os Diários em 1969. Em agosto daquele ano, por ter publicado manifesto de Carlos Marighella, foi preso, processado e afastado das redações por cinco
anos. Encerraria sua carreira na Folha de S. Paulo
como editor de Internacional.
Cláudio Abramo, companheiro de redação
desde o Jornal de São Paulo, recordaria: “Sacchetta
foi durante muitos e muitos anos um dos melhores e mais importantes chefes de redação que o
Jornalismo de São Paulo produziu. Homem de
princípios rígidos (...), travou sempre com a profissão de jornalista uma batalha árdua e difícil,
enfrentando ao mesmo tempo os empregadores
e a redação, que ele tentou incansavelmente moldar e domar.”
Para Noé Gertel, era “um exemplo típico da época em que o Jornalismo era exercido menos como
profissão e mais com paixão”. Enfrentou a censura
do Estado Novo e depois a da ditadura militar pós1964: “As ordens vinham por telefone: ‘Nada sobre
isso, nada sobre aquilo.’ É claro que nem sempre eu
cumpria ordens, o que causava transtornos ao jornal e a mim. (...) Vinha uma ordem: ‘Não dizer que
fulano de tal cometeu suicídio e sim que morreu
de um ataque cardíaco.’ Eu dava suicídio. E vinha
a tempestade (...). Meu argumento era um só: dava
os fatos, cumpria minha obrigação profissional”,
Sacchetta diria em entrevista à Folha de S. Paulo,
em janeiro de 1979.
Aos cem anos, a memória de Hermínio Sacchetta
permanece viva e segue como exemplo e referência
ética e profissional para todos.
*Paula Sacchetta, neta de Hermínio, tem 21 anos, é filha
dos jornalistas Vladimir Sacchetta e Márcia Camargos e
cursa o terceiro ano de Jornalismo na ECA (USP).
Nota
Hermínio Sacchetta, associado do Sindicato desde o início, não participou da assembléia da fundação porque, na noite de 15 de abril de 1937, estava
preso pela ditadura Vargas.
INPG Corporate: um programa especialmente desenvolvido para qualificar os associados ao Sindicato dos Jornalistas de São Paulo,
fornecendo descontos especiais aos que queiram estudar no INPG – Instituto Nacional de Pós-Graduação. Os descontos abrangem
os cursos de graduação e de pós-graduação (Especialização e MBA Executivo) oferecidos nas Unidades INPG participantes. Todos os
associados e respectivos dependentes legais, possuem 20% de desconto nas mensalidades e, para matrículas em grupo (mínimo de 10
pessoas), o desconto concedido é de 30% para cada aluno. Para conhecer os cursos oferecidos pelo INPG, ligue 11 3095-8400 ou
acesse www.inpg.com.br
Mais informações sobre convênios acesse o site www.jornalistasp.org.
ou e-mail: [email protected]
Moagem
UNIDADE
MAIO/2009
9
A má notícia das últimas semanas foram as 11 demissões no Diário
de S. Paulo, mas o mesmo Diário renovou seu projeto gráfico e
está lançando agora em maio um novo jornal semanal, focado
exclusivamente em emprego. O Moagem também acompanhou a
intensa movimentação nos jornais Folha de S.Paulo, O Estado de
S.Paulo e Gazeta Mercantil, além de destacar a venda do controle
da Duetto para a Ediouro, e os lançamentos de Nova Escola Gestão
Escolar, da revista Casa Bairro e do informativo Jornalistas&Cia
Indústria Automotiva. Boa leitura!
JORNAL
Chegou às ruas de São Paulo, agora
para ficar, o Jornal Placar, que no final do
último ano circulou experimentalmente. São 16 páginas e 80 mil exemplares,
circulando gratuitamente de 2ª a 6ªfeira,
somente em São Paulo. A Abril vai novamente se valer da estrutura montada
pelo gratuito Destak em 200 pontos da
cidade (os chamados corredores AB das
zonas Sul, Norte, Leste e Oeste da capital). “Mas o jornal estará na íntegra no site
Placar”, diz o diretor de Redação Sérgio
Xavier Filho. “Será, portanto, uma forma dele circular no resto do Brasil e no
mundo”. A Redação tem Celso Miranda
como editor, dois subs, Marcos Sérgio da
Silva e Marcelo Monteiro, os repórteres
Anselmo Caparica, Carlos Frederico
Machado, Bruno Favoretto, o estagiário Lucas Bettine, o editor de Arte Alex
Borba e os designers Eduardo Ianicelli,
Everton Silva Prudêncio, Marcelo Max
Araújo e Heber Ferreira Álvares.
O
utro lançamento é o Emprego Já,
novo jornal semanal do Diário de S.Paulo,
que chega ao mercado neste dia 17 de
maio, no formato tablóide. Será um produto com vida própria, preço de capa e venda
desvinculados do Diário e que vai custar
50 centavos, com uma proporção contemplando 25% editorial e 75% comercial.
Rubia Evangelinellis é quem estará à
frente do novo jornal. No caderno de Empregos, que continuará existindo, porém
agora vinculado à Economia, Rubia será
substituída por Willian Novaes, vindo da
editoria de São Paulo. A coordenação geral
do novo jornal será da editora de Economia, Larissa Feria, com acompanhamento do editor-chefe Luiz André Alzer. O
Emprego Já chegará às bancas sempre no
domingo e ficará até o sábado seguinte. Na
esteira desse lançamento, outra mudança
importante está se consolidando no Diário: a montagem de um grande núcleo, na
Economia, que ficará sob a gestão de Larissa, e do qual farão parte tanto o novo
jornal quanto os suplementos (cadernos
Talento, Emprego e Imóveis).
C
omo nem tudo são flores por lá, pouco antes do anúncio do lançamento deste
novo jornal e das mudanças no projeto
gráfico do Diário, a empresa promoveu um
corte de 11 pessoas, nove delas jornalistas.
A principal mudança aconteceu na editoria
de Esportes, que tem agora como titular
Gilvan Ribeiro, vindo da editoria de São
Paulo. Ele entrou na vaga de Marco Aurélio Pereira, que saiu, assim como a sub
Ana Carolina Donatelli e o repórter Daniel Batista. Também deixaram o jornal
Laurimar Coelho, Neri Gonçalves, Renata Turbiani, Janaína Nunes, Manoel
Davi e Vânia Dalpoio. William Novais,
da Local, foi transferido para a Economia.
A
ndrezza Queiroga e Lourdes Rodrigues deixaram a Gazeta Mercantil para
atuar num novo projeto, por enquanto confidencial. Também saíram Marcel Salim,
do InvestNews, para a Info Money; Alexandre Staut para abrir um site de gastronomia; Marcelo Monteiro contratado pelo
Jornal Placar; Wilson Gotardello, que foi
para a revista Pequenas Empresas, Grandes
Negócios; e Leda Rosa e Érica Gomes.
D
elmo Moreira, editor-executivo,
deixou o Estadão. Com sua saída, o também editor-executivo Luiz Fernando
Rilla passou a acumular as funções de
fechar o jornal, com o apoio de Roberto
Bascchera e Marcos Gutterman. Também deixaram a empresa Maria Tereza
Marques e Marion Frank. Tereza, que
estava em sua terceira passagem por lá,
era a coordenadora editorial dos quatro
cadernos classificados; e Marion, a editora do Caderno Casa&, que agora está sob
a coordenação de Otávio Dias. Outra
mudança por lá se deu no exterior: o correspondente no Oriente Médio, Gustavo
Chacra, está agora em Nova York, onde,
paralelamente, faz um curso de pós-graduação. O Estadão, a propósito, reforçou
a cobertura de sua sucursal de Belo Horizonte, contratando Ivana Moreira, para
atuar ao lado de Eduardo Kattah. O ob-
jetivo é acompanhar mais de perto Aécio
Neves, com vistas a 2010.
C
arlos Eduardo Lins da Silva iniciou
seu segundo mandato como ombudsman
da Folha de S.Paulo. Rodrigo Rötzsch,
editor-assistente de Mundo, assumiu o lugar
da titular Claudia Antunes, que foi para o
Rio de Janeiro como repórter especial da
sucursal. Cátia Seabra, promovida, passou
a integrar o time de repórteres especiais, na
editoria de Brasil. Leandro Fortino, que foi
redator da Ilustrada e editor do Folhateen,
saiu. Adriana Kuchler, que passou nove
meses em Buenos Aires, começou como sub
da coluna de Mônica Bergamo, de onde
saiu a repórter Juliana Bianchi. Gabriela
Cupani foi para o caderno Equilíbrio para
o lugar de Amarilis Lage, que foi embora.
Janaína Lage, da sucursal Rio, venceu a
disputa interna e será a correspondente-bolsista em Nova York, a partir de junho, no
lugar de Andrea Murta, que deverá regressar a São Paulo. Cláudio Dantas Sequeira
deixou a editoria de Brasil e a empresa e foi
para Brasília, ali assumindo a cobertura de
Política e Brasil na sucursal da Istoé. Matheus Magenta, que era da Folha Online,
é o novo correspondente em Salvador. A
sucursal de Fortaleza foi extinta e a correspondente Kamila Fernandes saiu (devendo continuar morando na capital cearense)
– a vaga foi transferida para a sucursal de
Belo Horizonte, com o objetivo de reforçar
a cobertura de Aécio Neves, com vistas à
sucessão de Lula.
D
ébora Bergamasco, após rápida
passagem pelo Direto da Fonte, no Estadão, segue para o exterior, para temporada
de estudos na Universidade de Nova York
mas com tempo para eventuais frilas.
A repórter Roseli Lopes deixou o Di-
ário do Comércio e não será substituída.
REVISTA
C
hegou às bancas no último dia 13/4
a revista Nova Escola Gestão Escolar, filhote da Nova Escola (Fundação Victor
Civita, da Abril) voltada para diretores de
escolas e seus coordenadores pedagógicos.
Em função tanto da nova revista como da
reformulação do site, houve uma “dança
das cadeiras” na Redação. Paola Gentile,
que era editora de Nova Escola, assumiu
como editora responsável pela nova publicação, que conta com apenas um repórter
fixo, Gustavo Heidrich, antes no site.
Paola foi substituída pelo editor-assistente Arthur Guimarães. Para as vagas de
Gustavo e Arthur foram alocadas a repórter Thaís Gurgel e a editora Patrícia
Giuffrida. Completam a equipe do site o
editor de Arte Vilmar Oliveira e o webmaster Thiago Moura. Renata Borges,
que vem atuando em projetos eventuais na
NE há cerca de dois anos, ocupa a vaga de
editora de Arte que era de Vilmar, também como colaboradora fixa.
T
ambém foi lançado em abril o informativo Jornalistas&Cia Imprensa Automotiva, focado no segmento e dirigido
às redações de veículos especializados e
assessorias de comunicação da indústria
automobilística. Editado por Heloísa Valente, tem como editor-executivo Wilson
Baroncelli. A direção é deste colunista.
A circulação é gratuita e os interessados
podem pedir inclusão no mailing pelo email [email protected].
J
osé Eduardo Mendonça despediuse da Revista da Semana, da Abril, onde
entrou como editor do site em novembro
de 2007.
B
erg, Walterson Sardenberg Sobrinho, deixou Próxima Viagem, revista da
Editora Peixes que ajudou a lançar e onde
estava havia dez anos.
M
auro Marcelo Alves é o novo editor de Gula, no lugar de J. A. Dias Lopes
que deixou a revista.
A
driana Wilner, após cinco anos
afastada do dia-a-dia das redações, está
de volta, como redatora-chefe da Pequenas Empresas Grandes Negócios.
Thiago
Medaglia começou como
10
UNIDADE
MAIO/2009
editor-contribuinte das revistas Fut e A+,
do Lance.
Depois de quase nove anos como edi-
tor da Autoesporte, Alexandre Carvalho
deixou a publicação e foi para a CDN fazer assessoria de imprensa para a Nissan do
Brasil. Seu substituto é Carlos Guimarães.
L
eandro Beguoci, coordenador de Conteúdo do iG, está agora na Geral de Veja.
Começou a circular nos bairros paulis-
tanos de Higienópolis, Perdizes, Pacaembu,
Vila Madalena e imediações a revista mensal gratuita Casa Bairro, com 52 páginas e
25 mil exemplares. Entre os colaboradores
estão Chico Silva, Eduardo Marini, Lino
Rodrigues, Jenny Mock e Gabriela Rodrigues. Os diretores são Darcio de Jesus
e Paulo Carlos Duvivier.
TELEVISÃO
H
umberto Candill assumiu a Direção de Jornalismo do Terraviva, canal
de agronegócios do Grupo Bandeirantes,
mas continua diretor-geral da BandNews
TV e da Band Flash, provedora de conteúdo da TV Minuto, do Metrô de SP.
Eduardo Ramos, atual diretor do BandSports, assumiu a Direção de Programação do Terraviva.
Roberto Cabrini estreou como ânco-
ra do Repórter Record Especial, sob a direção de Rafael Gomide e apoio de uma
equipe de 20 profissionais. Com uma hora
de duração, o programa é semanal e vai ao
ar após o Domingo Espetacular.
A
na Paula Padrão e o SBT não chegaram a um acordo e com isso o contrato
dela com a emissora não foi renovado.
A
pós uma temporada de estudos de
dois anos em Paris, está de volta ao Brasil
o casal Vico Iasi, do Globo Rural, e Graziella Beting, que é editora-colaboradora
da revista História Viva (Duetto).
N
a TV Globo, Fátima Fazan cobre
as férias de Anderson Colombo na Chefia de Reportagem do SPTV, até junho.
J
oaquim Alessi, que apresenta o Programa do Joaquim na TV+ (Net), assumiu
também como editor-chefe de Jornalismo
da rede.
Depois de três anos como editora no
Roda Viva, Renata Hydalgo deixou a TV
Cultura e foi exercer a mesma função no
programa Vamos Correr, da ESPN Brasil,.
RÁDIO
A BandNews FM contratou Mar-
celo Duarte e Demétrio Magnoli
como colunistas. Ainda por lá, registro para a chegada do editor Edvander Silva, em substituição a João Bonetto, que deixou a rádio para tocar
projetos pessoais.
D
iego Toledo foi promovido a subeditor da sucursal SP da BBC Brasil,
em substituição a Edson Porto, que
saiu no início do ano em direção para
Época Negócios. No lugar de Diego,
como editor-assistente, foi promovido Rafael Gomez. Registro ainda
para a chegada ao escritório paulista
de Rodrigo Coelho, vindo do Cairo.
Ele substituiu Carolina Glycerio, que
saiu para coordenar a área da Comunicação do Cedac (Centro de Educação
e Documentação para Ação Comunitária), ONG de Bia Cardoso, filha do
ex-presidente FHC.
Cláudia Barcellos está de volta
ao Brasil depois de sete anos no Canadá, mas desembarcou em Brasília.
Cláudia vivia em São Paulo, onde
exerceu diversas funções na CBN. O
e-mail dela é claudiabarcellos@gmail.
com.
Erich Beting é o novo comenta-
rista da Rádio Bandeirantes (AM 840
e FM 80,9). Ele é o titular do quadro
Máquina do Esporte, dentro do programa Esporte em Debate, apresentado por Leandro Quesada. O Esporte em Debate vai ao ar de 2ª a 6ª, das
20 às 22 horas.
INTERIOR
J
oão Marcos dos Santos deixou a
Band e começou como chefe de Jornalismo da TV Record em Ribeirão Preto.
A
mir Calil passou a publicar sua coluna na Gazeta de Ribeirão, da RAC. Ele
já esteve em A Cidade e Agora Sertãozinho.
O
jornal Integração, de Campinas,
mudou-se para a rua Catharina Signori
Vicentin, 216 – Cidade Universitária.
Mudanças
na TV Brasil, de Campinas: Felipe Pereira começou como
produtor no Negócios e Oportunidades
e TVB Motor, no lugar de Patrícia Foganholo, e Paulo Fleury está como produtor no Carro, Moto e Cia, substituindo
Euro Dante – Patrícia e Euro deixaram
a emissora.
A
lessandra Stefani (repórter), Cassiano Rolim (repórter) e Hélio Fieri (cinegrafista) deixaram a TV TEM de Sorocaba.
ASSESSORIAS
e começou na Burson-Marsteller como
diretor de Atendimento para a prática de
Healthcare.
R
aul Christiano assumiu a recémcriada Assessoria Especial de Articulação
Institucional da Sabesp. O novo superintendente de Comunicação da empresa,
cargo que ele ocupava, é Adriano Stringhini, vindo da área Jurídica.
F
J
lávio Simonetti vai passar uma
temporada viajando por África, Oriente
Médio e Ásia. Os detalhes poderão ser
conferidos no blog http://proximaparada.
wordpress.com.
C
osângela Bezerra começou na Ricardo Viveiros no atendimento do Conselho Regional de Nutricionistas – 3ª Região (SP e MS).
L
egiane Zanatta deixou a Ketchum
Estratégia para assumir em Luanda, Angola, a Divisão de Comunicação do conglomerado israelense LR Group.
osé Luiz Schiavoni foi eleito presidente da Public Relations Global Network
(PRGN), rede internacional de agências,
da qual a sua S2 é integrante.
armen Barcellos é a nova titular da
Gerência de Imprensa da BM&FBovespa,
sucedendo a Fátima Lopes que deixou a
instituição, após quase 20 anos de casa.
úcio Mocsányi deixou a Diretoria
de Comunicação Corporativa da Monsanto. Sua saída e a extinção do cargo
fizeram parte de uma reestruturação que
teve como objetivo seguir o modelo que
a empresa adota nos demais países. No
novo desenho, a área de Comunicação,
que tem Cristina Rappa, como gerente,
está agora subordinada a área de Assuntos
Corporativos.
S
ilene Chiconini deixou Wal-Mart e
assumiu como gerente-geral de Comunicação e Responsabilidade Social da Votorantim Metais.
E
laine Bittencourt é a nova coordenadora de Comunicação da Rede Record, respondendo pela área de negócios
da organização.
A
driana Pimenta deixou a CDN e
viajou para temporada de estudos em San
Diego, nos Estados Unidos.
R
R
TELEGRÁFICAS
A
lfredo Nastari e Edmilson Cardial venderam a participação de 50%
que tinham na Duetto Editorial para a
sócia Ediouro, que, desse modo, assumiu
100% da empresa.
C
om um crescimento da ordem de
8,4% nas vendas e nas prestações de serviços, em relação a 2007, o Grupo Estado
faturou em 2008 R$ 1,005 bilhão. Os dividendos/juros pagos pelo grupo aos seus
acionistas foi da ordem de R$ 27,18 milhões; e foi de R$ 83,22 milhões o pagamento de tributos ao longo do período.
O
S
Jornalismo da Globo conta hoje,
em todo o Brasil, com 640 equipes de
reportagem distribuídas pelas 122 emissoras que fazem parte da rede; são, no
total, 4 mil profissionais. O Jornalismo,
sem incluir o Esporte, ocupa atualmente
5 horas diárias na grade de programação
da emissora, que tem 12 correspondentes
internacionais fixos em várias partes do
mundo, além de dezenas de colaboradores. A informação foi transmitida pelo diretor de Jornalismo, Carlos Schroder, no
encontro com a imprensa promovido pela
emissora em abril, para apresentar as novidades de 2009, ao qual compareceram
mais de cem profissionais.
Octávio Nunes deixou a Interfarma
Diário de S.Paulo lançou novo projeto gráfico, desenvolvido por Renata
Maneschy. A principal novidade é que o
F
ábio Steinberg assumiu a coordenação de conteúdo do Ethanol Summit 2009,
evento voltado para biocombustíveis, que
acontece nos dias 1, 2 e 3 de junho no Sheraton WTC, na capital paulista.
L
eticia Suzuki, supervisora de Comunicação da Nissan, deixou a empresa.
R
obson Breviglieri é o novo assessor do
gabinete do vereador Celso Jatene (PTB).
érgio Dias está de volta a São Paulo,
após período em que atuou na Veracel Celulose, pela RP1, em Eunápolis (BA).
O
UNIDADE
MAIO/2009
Esporte passou a ser tablóide”. Algumas
das mudanças gráficas se deram no logotipo, que passou a ter um fundo com as
letras vazadas em branco, e nas cabeças
das editorias, redesenhadas para explorar
a bicromia, diferente em cada uma delas.
Foi criado também um espaço com chamadas para os blogs e seções do site do
jornal, cujo visual agora acompanha o desenho do impresso.
C
ilene Victor da Silva é a nova presidente da ABJC – Associação Brasileira de
Jornalismo Científico, sucedendo Wilson
da Costa Bueno, que permanece na nova
diretoria, como diretor de Divulgação e
Publicações. Contatos com a associação podem ser feitos pela página www.abjc.org.br.
E
stão abertas pelo www.programabalboa.com as inscrições para o Programa Balboa para Jovens Jornalistas Iberoamericanos,
da Fundação Diálogos, da Espanha. São 20
bolsas e a Fundação cobre os custos de passagem e seguro-médico e dá bolsa mensal de
mil euros. Os candidatos devem ter menos
de 30 anos e um alto nível de espanhol.
O Instituto Moreira Salles lançou a
revista serrote, publicação quadrimestral
de ensaios sobre temas atuais, literatura
e artes, que tem como editores Daniel
Trench (diretor de Arte), Flávio Pinheiro, Matinas Suzuki Jr., Rodrigo Lacerda e Samuel Titan Jr..
A
Associação Brasileira de Agências de
Comunicação – Abracom completou sete
anos em abril, atingindo a marca de 310 agências filiadas, em 25 unidades da Federação.
M
arilda Varejão, atual moradora de
Petrópolis, organizou com dois amigos o
Movimento Mosela Viva, para atuar junto aos moradores do bairro, com foco em
cidadania e qualidade de vida. Marilda
([email protected]) trabalhou por
mais de duas décadas na Editora Abril.
J
úlio César Barros (não confundir
com o secretário de Redação de Veja, Júlio
César de Barros) está de volta ao Brasil,
após temporada na Irlanda, onde esteve por
mais de um ano estudando e fazendo jobs
para publicações brasileiras. Júlio trabalhou
no Diário de S.Paulo, Agora São Paulo, Folha Online, Terra e Linhas&Laudas.
R
ose Campos, da RCI System e do
projeto Ecos do Meio – Educanto o Planeta Azul, será uma das atrações do Show
entre Rosas, marcado para 5 de junho
(Dia Mundial do Meio Ambiente), às 20h,
na Casa das Rosas (av. Paulista, 37). O espetáculo, que reúne música, teatro, poesia
11
INTERNET
R
icardo Kotscho renovou com o iG e, com isso, seu blog
Balaio do Kotscho (http://colunistas.ig.com.br/ricardokotscho) fica hospedado no portal por pelo menos mais dois anos.
E
ntrou no ar o site Análise e Opinião (www.analiseopiniao.
com) idealizado e desenvolvido por Thales Guaracy, com a
proposta de aprofundar as notícias de conjuntura, empresas
e investimentos. Alguns dos colaboradores são Marcello D’
Angelo, Klaus Kleber, Clayton Netz e Ricardo Galuppo.
A
Apijor (www.autor.org.br), que defende os direitos autorais
dos jornalistas brasileiros, mudou seu formato na internet e agora
inicia sua veiculação no Twitter. A entidade lançou a comunidade
virtual Portal do Autor, que visa fortalecer a cultura do respeito
aos direitos autorais. O presidente é Paulo Cannabrava Filho.
e debate, é uma espécie de canto de amor
e preservação ao Meio Ambiente. Outras
informações pelos campos@rcisystem.
com e 11-9912-6893.
LIVROS
Thales Guaracy lançou Amor e Tem-
pestade (Suma das Letras/Objetiva), romance sobre amor, família e fidelidade
ambientado nos anos 1920, da belle époque paulistana, em que Coluna Prestes,
Marechal Rondon, Oswald de Andrade,
Lampião e Padre Cícero aparecem como
personagens.
T
ambém chegou às livrarias Ética,
Jornalismo e Nova Mídia – uma moral
provisória, de Caio Túlio Costa, inspirado
na tese de doutorado que ele defendeu na
USP no ano passado.
A
ssinado pela Panda Books, de Marcelo Duarte, já está no mercado Um livro
fechado para reforma, que tem como
tema a reforma ortográfica e é voltado
para crianças.
M
aurício Stycer é outro que está de
livro novo na praça: a História do Lance
– Projeto e prática do jornalismo esportivo
(Alameda Casa Editorial), resultado da sua
dissertação de mestrado e que conta a história do jornal fundado em outubro de 1997.
A
Aventura do Dinheiro (Publifolha),
de Oscar Pilagallo, cuja versão original
saiu há quase dez anos, está agora também disponível em edição de bolso.
T
ambém pela Publifolha, Marcelo
Leite escreveu e lançou Charles Darwin e
A
lexandre Secco criou o blog www.mediacircus.com.br,
focado em mídia e com a finalidade de trocar ideias e informações sobre o tema.
R
einaldo Canto estreou o blog, http://cantodasustentabilidade.zip.net, especializado em Sustentabilidade.
A
pós editar a revista Racing durante cinco anos, Betto
D´Elboux voltou a ser publisher e assumiu a direção e administração do Motor News, portal gerido desde o início de
março pela Beepress, de Wagner Gonzalez.
B
ob Sharp e um grupo de amigos entusiastas de automóveis criaram um blog dedicado ao tema, o AUTO Entusiastas.
O acesso é www.autoentusiastas.blogspot.com.
a Teoria da Evolução.
P
ara comemorar os dois anos do blog
Haja Saco (http://hajasaco.zip.net), Alê Duarte, Fabio Chiorino, Gilberto Amendola, Marc
Tawil e Mauricio Duarte dos Santos lançaram
Haja Saco – O livro, pela Multifoco.
A Imprensa Oficial do Estado de São
Paulo lançou, pela Coleção Aplauso, Ewerton de Castro – Minha vida na arte: memória e prática, escrito por Reni Cardoso.
P
ascalingundum! Os Eternos Demônios da Garoa é o nome do novo livro de
Assis Ângelo, escrito como parte das homenagens ao mais antigo grupo musical
em atividade ininterrupta no mundo, cuja
primeira gravação completou no último
dia 6 de maio 60 anos.
O
livro da Panda, Maioridade penal
– 18 anos de histórias da marca da cal, que
André Plihal, da ESPN-Brasil, escreveu
com o goleiro Rogério Ceni, bateu um
recorde no dia do lançamento na Livraria
Saraiva: ambos autografaram mil livros,
batendo o recorde de Jô Soares, de 848
exemplares.
12
UNIDADE
MAIO/2009
Imagem
Procurando
retratos
com alma
A
lgumas passagens, ligadas a perdas, marcaram
a carreira de Norma
Albano. A primeira foi
a morte de Tancredo Neves, quando
ela despertou, vamos dizer assim, para
a profissão e quis se tornar fotógrafa.
No ano seguinte Norma entraria no
time de fotógrafos do Grupo Estado, no meio de craques renomados
como Domício Pinheiro e Reginaldo
Manente, entre outros. Foi apresentada por um repórter de turfe, Edson
Chieregatti, ela lembra. Norma acredita que foi a primeira mulher a fotografar para o Grupo Estado, depois de
alguns frilas e de muitas ligações para
um dos chefes do departamento na
época, Jean Pierre Appy. Ela chegou
apenas com um portfólio e um crachá
(testemunha de uma breve passagem
por uma publicação de vida igualmente rápida, ‘Jornal de Notícias’, que teve
nos quadros Vidal Lannes e Eleno
Mendonça). Ela também fez fotos do
último show de Raul Seixas em São
Paulo, no Olímpia, em junho de 1989
– Raul morreria em agosto daquele
ano. Essas fotos foram parar em um
CD do astro do rock. Depois Norma
cobriu o enterro de Ayrton Senna,
em 1994. “Pedi à Lúcia, minha chefe,
para fazer a cobertura de manhã e à
tarde. Me coube ficar na Ponte da Vila
Guilherme esperando o cortejo com
o corpo do Senna passar, vindo de
Cumbica para o velório na Assembléia
Legislativa. Resolvi mudar meu posto
para a Ponte da Vila Maria e acabei fazendo um flagrante de atropelamento
na Marginal (que está nesta página).
Foi terrível. E na edição, com todos
envolvidos nessa sequência de fotos,
acabou não entrando na edição uma
foto do caminhão de Bombeiros levando o caixão do Senna e um reflexo do sol em cima...” Norma passou
por momentos de emoção e frio na
barriga, literalmente. Grávida de cinco meses de seu filho Luca, hoje com
10 anos, foi cobrir uma exposição em
Angra dos Reis (RJ). Durante fotos
aéreas com outros colegas, em um helicóptero, o piloto resolveu fazer um
looping. Faltou-lhe até o ar. Mas nada
de mal aconteceu. Hoje ela faz frilas
mais amenos, para feiras e convenções, para tranquilidade do próprio
Luca, Gabriel (13 anos) e Luisa (16) e
do marido, o ilustrador Carlinhos.

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