especificação técnica de calçados de segurança

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especificação técnica de calçados de segurança
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE
CALÇADOS DE SEGURANÇA
1.
DAST nº 02/2001 – R11
11ª Revisão: 20/06/2011
OBJETIVO
Determinar a sistemática para aquisição de calçados de segurança e definir as características
técnicas dos tipos que serão utilizados pela Companhia.
2.
DESCRIÇÃO DOS CALÇADOS:
2.1.
BOTINA DE SEGURANÇA - CARACTERÍSTICAS
Códigos SIGA por números: 25071(nº33); 48937(nº34); 48938(nº35);
40447(nº36);44724(nº37); 44726(nº38); 44727(nº39); 44728(nº40);
44729(nº41); 44730(nº42); 44731(nº43); 44732(nº44); 37638(nº45);
Peso leve, antiderrapante, forma alta, de cano curto, três gomos, forro interno resistente à
tração e rasgamento em nylon furadinho, transpirável e respirável, com espuma látex em toda
parte interna (extensão da mesma), sem componentes metálicos, com biqueira de composite
que possua protetor de biqueira em borracha termoplástica em sua borda, em vaqueta macia,
curtida ao cromo, cor preta, estampa relax, não lisa, com solado em poliuretano injetado
direto no cabedal, em bidensidade, com características de resistências mecânica e elétrica
destinada a anular riscos de origem elétrica, que possam ser eliminados através de um calçado
de segurança, que ofereça proteção aos pés e tornozelos, de maneira confortável, devendo
possuir o Selo de Conforto da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT ou do Instituto
Brasileiro de Tecnologia de Couro, Calçado e Artefatos – IBTeC, mais recente, com emissão a
menos de um ano. O couro deve possuir todas as características de resistência ao rasgamento
continuado, resistência à tração e alongamento, estabelecidas nas NBR específicas. A botina
deverá possuir a marca CHESF, em alto relevo e alta freqüência, que não danifica o couro, nas
dimensões estabelecidas abaixo:
3,5 cm
1,0 cm
2.1.1.
0,7 cm
Biqueira
Peça localizada no bico do calçado, entre a gáspea e o forro, em composite, formato
anatômico, largo, com resistência mecânica e térmica para maior conforto e proteção. A
biqueira deve possuir dimensões largas, de maneira que não fique desconfortável, apertando
os dedos dos usuários quando estiverem utilizando as botinas. Deve possuir internamente
protetor de biqueira em borracha termoplástica, fixada em toda a sua borda da biqueira.
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Anexo Ib
A especificação da biqueira de composite devem obedecer aos padrões da EN 12568,
atendendo as mesmas características e dimensões adotadas pela FLECKSTEEL na biqueira de
referência 1130:
2.1.1.1 Tamanhos de biqueira e os respectivos números de calçados em que devem ser
utilizadas, conforme tabela abaixo, para maior garantia de conforto:
Tamanho biq. Flecksteel
Ref. 1130
Nº dos calçados
Biqueira
6
Calçado 33 e 34
Biqueira
7
Calçado 35 e 36
Biqueira
8
Calçado 37 e 38
Biqueira
9
Calçado 39 e 40
Biqueira 10
Calçado 41 e 42
Biqueira 11
Calçado 43 ao 46
2.1.2. Cabedal
É a parte lateral do calçado que interliga a gáspea à taloneira. O cabedal deverá ser
externamente 100% confeccionado em vaqueta macia curtida ao cromo, em flor integral, com
espessura 2,0 +/-0,2 mm, na cor preta.
Deverá possuir as resistências na tabela abaixo.
COURO VAQUETA DO CABEDAL:
Espessura:
Resistência ao Rasgamento:
Resistência ao Alongamento:
Resistência à Tração:
PH:
Cifra diferencial:
Tensão e Ruptura:
Resistência ao rasgamento Kgf:
Resistência à flexão a seco:
Resistência à flexão a úmido:
Teor de Cromo:
Teor Graxo:
1,8 mm a 2.0 mm
Mínimo de 80 N
Mínimo de 40%
Mínimo de 15 Mpa.
Mínimo de 3,5
Máximo de 0,7
150 Kgf /Cm2
Máximo 15 Kgf
Mín de 50.000 flexões sem danos visuais.
Mín de 30.000 flexões sem danos visuais.
Mínimo de 2,5 %
De 8,0 a 12 %
2.1.3. Cadarço
Os cadarços são cordões achatados, trançados 100% em algodão trançado, que servem para
ajustar o calçado ao pé, por meio de amarração sobre a lingüeta e através de perfurações no
cabedal ou ilhoses plásticos. Deverão possuir as extremidades resinadas para facilitar o
manuseio e proteger contra o desfiamento e ter um comprimento de 1,00m a 1,30m;
2.1.4. Cano
Parte superior do cabedal, elevado até ao tornozelo, tendo a finalidade de proteger a lateral e
parte posterior do pé.
O cano deverá possuir colarinho alcochoado em vaqueta “soft”, ter altura conforme valores
estabelecidos na tabela 4 da NBR – ISO 203456 em conformidade com os números extremos
da grade. O cano deve ser confeccionado em vaqueta preta, em flor integral e curtida ao
cromo.
2.1.5. Colarinho
Proteção do tornozelo, alcochoado em espuma de poliuretano, com espessura com densidade
45 a 60, sendo a cobertura em couro vaqueta soft resistente, com 3 (três gomos).
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Anexo Ib
2.1.6. Contraforte
Reforço em material termoconformado, com base em não tecido de 1,5mm, inserido entre o
cabedal e a taloneira, com a finalidade de dar forma estável ao calçado e proteger a parte
posterior de pé. Formato anatômico.
2.1.7. Forro
Recobrimento interno da gáspea e biqueira, com a finalidade de proporcionar maior conforto
ao usuário e absorver o suor. O forro da gáspea e biqueira deverão ser confeccionados em não
tecido, resistente à tração e ao rasgamento, com espessura mínima de 1,5 a 2,0 mm. Além de
ter forro interno resistente à tração e rasgamento em nylon furadinho, transpirável e
respirável, com espuma látex em toda parte interna da botina.
2.1.8. Gáspea
Parte frontal do calçado, que cobre o metatarso e os dedos, ficando sobre a biqueira e se
ligando a lingüeta.
A gáspea deverá ser confeccionada em vaqueta preta, a mesma do cabedal, curtida ao cromo,
em flor integral, com espessura de 2,0 + - 0,2mm. Devendo ser unida à palmilha pelo
processo de costuras cruzadas, tipo Strobel.
2.1.9. Lingüeta
Lingueta em couro vaqueta “soft” confeccionada e ligada à gáspea de maneira que se ajuste
bem aos pés mais altos nessa região, botina forma alta. Tem a finalidade de proteger o pé do
contato com os cadarços.
2.1.10. Palmilha
Base interna do calçado que fica em contato com o pé, fixada ao cabedal através de costura
cruzada, tipo Strobel. Resistência à abrasão - máx. de 5%, Encolhimento máx. de 2% e
resistência à flexão – mínimo de 25.000 ciclos.
a) A palmilha de montagem deve ser confeccionada em não tecido, de 2.5 mm, com
tratamento antifungos. A botina deverá possuir internamente palmilhas de conforto
com espessura mínima de 2,5 mm. Serão duas palmilhas antimicrobianas com
espessura de 2,5mm a 3mm em E.V.A. microperfuradas (uma palmilha sobressalente).
b) A palmilha de montagem deve ser confeccionada em kevlar antiperfurante, de 2.5 mm,.
As botinas terão duas palmilhas antimicrobianas com espessura de 2,5mm a 3mm em
E.V.A. microperfuradas (uma palmilha sobressalente).
2.1.11. Salto
Parte do calçado que proporciona apoio ao calcanhar, fundido juntamente com a parte anterior
do solado, deve possuir ranhuras antiderrapantes de 4mm de espessura. O salto, fundido
monoliticamente junto com a plataforma, deverá ter altura de 30 mm, incluindo as ranhuras
antiderrapantes. Após o degrau do salto, deverá existir na plataforma do solado, uma região
plana, com aproximadamente 50 mm de comprimento, sem ranhuras ou saliências. Ângulo do
salto com o solado: 90º a 120º
2.1.12. Solado
Plataforma inferior, forma larga, externa, em poliuretano injetado direto no cabedal, em
bidensidade, formando com o salto, o solado propriamente dito. Deve possuir conformação
anatômica e estabilidade na flexão do solado, sendo dotado de ranhuras antiderrapantes, que
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impeçam a fixação de pedrinhas e propiciem melhor escoamento de água e óleos.
O solado deve atender especificações iguais as que se seguem:
a) Espessura da entressola .......................... 10 +/- 0,2 mm e densidade de 0,40g/cm3
b) Espessura do solado ............................... de 4 mm e densidade 1.0g/cm3
c) Profundidade das Ranhuras ...................... 3 +/- 0,2 mm.
d) Aderência ao cabedal ............................. 800 N.
e) Tração e alongamento do PU .................... 5,0 Mpa/400 %
f) Capacidade dielétrica .............................. 14 kV., com corrente de fuga máxima de 0,5
mA durante 1 min. de aplicação da tensão.
g) Resistência ao rasgamento continuado ....... mínimo 10N/mm de espessura
h) Abrasão ............................................... 150 mm.3
i) Absorção de energia ............................... mínimo 30 J.
j) Processo de hidrólise .............................. Após este processo o solado deve manter as
mesmas características em relação aos
valores obtidos em condições normais
2.1.13. Taloneira
Reforço externamente colocado na parte traseira do calçado, sobre o contraforte.
A taloneira deverá ser confeccionada com o mesmo couro utilizado no cabedal, em vaqueta
preta, curtida ao cromo, dando maior conforto ao usuário na parte do calcanhar.
2.2. Sapato de Segurança
Sapato em couro, com elástico frontal, sistema Strobel, solado em poliuretano bidensidade,
isolante elétrico. Confeccionado em couro vaqueta curtida ao cromo, espessura mínima 2,0
mm e máxima de 2,2 mm, solado com as mesmas características de rigidez dielétrica e
mecânica da botina isolante, colarinho acolchoado com espuma PU 15 mm D45, forro da
Gáspea e do Dorso em não-tecido de fibra curta. Palmilha de couro, costurada pelo sistema
Strobel. Biqueira frontal em composite, anatômica com espessura mínima de 2 mm, de alta
resistência mecânica e térmica para maior conforto e proteção do usuário em áreas onde há
influência de eletricidade. Palmilha de conforto em EVA meia pala. Solado bidensidade. As
características quanto à rigidez dielétrica também devem ser idênticas as da botina de
segurança.
2.3. Botas de Borracha cano longo
Toda confeccionada em PVC injetado, na cor preta, com solado antiderrapante; possuindo
forro em toda a parte interna. Devem proporcionar eficiente isolamento elétrico e ter altura de
250 mm a 350 mm
2.4. Botas de couro Cano Longo
Calçado de segurança projetado e construído em forma alta, larga e com suplemento de calce
de uso profissional para eletricista, tipo bota alta com zíper lateral, com cano em couro soft
vacum 18/20 linhas curtido ao cromo, com fole do zíper de nylon e colarinho em couro soft
vacum 10/12 linhas curtido ao cromo com acolchoado de 04 gomos. Bota confeccionada em
couro vaqueta flor 18/20 linhas, estampa relax com acabamento à base de laca de PU,
forração da gáspea em manta de não tecido agulhada com espessura de 1,5 a 2,0 mm, com
biqueira de composite resistente a impactos, com protetor de borda injetado em borracha
termoplástica, palmilha de trama de fibras especiais não metálicas de metaaramida e resinas
cerâmicas especiais resistente (antiperfurante), fixada no cabedal pelo sistema strobel, solado
de poliuretano bidensidade 100% virgem, isolante elétrico injetado diretamente no cabedal,
com sobre palmilha de EVA microperfurada dublada com tecido com tratamento
antibacteriano.
O solado também deve incluir ranhuras antiderrapantes. Após o degrau do salto, deverá existir
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Anexo Ib
na plataforma do solado, uma região plana, com aproximadamente 50 mm de comprimento,
sem ranhuras ou saliências. Ângulo do salto com o solado: 90º a 120º
O fole do zíper deve ter abertura de 80 mm no tamanho 33; 82 mm no tamanho 34; 84 mm
no tamanho 35; 86 mm no tamanho 36; 88 mm no tamanho 37; 90 mm no tamanho 38; 92
mm no tamanho 39; 94 mm no tamanho 40; 96 mm no tamanho 41; 98 mm no tamanho 42;
100 mm no tamanho 43; 102 mm no tamanho 44 e 104 mm no tamanho 45. O calçado deve
atender às normas ABNT NBR ISO 20345:2008 e NBR 12576
As biqueiras em composite da bota cano alto deverão atender ao estabelecido nos itens 2.1.1 e
2.1.1.1 desta especificação.
A medida da altura do cano deverá ser realizada conforme a norma ABNT NBR ISO
20344:2008 , atendendo a tabela abaixo:
Tamanho
do
sapato
Altura do
cano em
cm
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
46
36,4
37,2
38
38,8
39,6
40,4
41,2
42
42,8
43,6
44,4
45,2
46
46,8
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Anexo Ib
3.
DISPOSIÇÕES FINAIS
a. A parte do cabedal, da botina, que contém os furos por onde devem passar os cadarços,
deve receber reforço interno no mesmo material do cabedal, os furos não devem receber
reforços metálicos.
b. A lingüeta da botina de segurança deverá ser utilizada para gravação indelével do logotipo
ou nome do fabricante, data de fabricação (mês/ano), CA, (Certificado de Aprovação) e o
nº do lote. O tamanho pode estar gravado na lingüeta ou no solado do calçado (na
plataforma do solado).
c. O licitante melhor classificado deverá apresentar À CHESF o Certificado de Aprovação (CA),
emitido pelo Ministério do Trabalho, conforme o item 6.5 da NR-6 Equipamento de Proteção
Individual – EPI da Portaria 3214/78 do Ministério do Trabalho, certificados dos testes dos
ensaios do solado e do couro, de resistência à abrasão, de flexibilidade, resistência ao
rasgamento continuado (NBR 11055) resistência à tração e alongamento (NBR 11041),
realizados em instituições idôneas reconhecidamente capacitadas para este fim, ratificando
a eficiência e desempenho em relação à proteção oferecida pelos calçados de segurança.
d. O licitante melhor classificado deverá apresentar também à CHESF antes da assinatura do
contrato, uma amostra do calçado para verificação da área técnica, constando o nº do CA,
cópia do CA e do Selo de Conforto da ABNT ou do IBTEC recente, com emissão a menos de
uma ano.
e. Na entrega do material pelo fornecedor, não serão aceitos os calçados com mais de 3 (três)
meses de fabricação.
f.
O fornecedor deverá garantir a qualidade do calçado, inclusive que o solado não hidrolize,
por um prazo mínimo de 12 meses, a partir da data de fabricação, sob condições
adequadas de armazenagem.
g. Todas as instruções em língua estrangeira deverão ser obrigatoriamente traduzidas.
h. As ilustrações mostradas nesta especificação são unicamente representativas. Não é
necessário que os calçados de segurança tenham os formatos apresentados, mas devem,
obrigatoriamente, corresponder aos requisitos desta ET.
i.
O EPI deve atender, além dos critérios de proteção e durabilidade, aos de qualidade,
acabamento e conforto.
j.
As especificações, procedimentos e métodos de ensaio das botinas, resistências e demais
características devem estar de acordo com as normas brasileiras abaixo relacionadas e
suas alterações, além das normas internacionais aplicáveis:
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
NBR ISO 20345:2008
NBR ISO 20344:2008
NBR 12576 de 1992
NBR 11052 de 2005
NBR 13712 de 1996
NBR 11055 de 2005
NBR 11041
NBR 14737 de 2001
PT-FM/001 (DIN 53516)
NBR 14742 - 2001
MÉTODO SATRA PM/92
EN 12568
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Anexo Ib
Além do exposto, os materiais a serem fornecidos estarão sujeitos à inspeção técnica e, para
seu atendimento, serão realizados os seguintes ensaios de rotina:
•
•
•
•
•
Verificação visual;
Verificação dimensional;
Verificação das características;
Tensão aplicada;
Medição da Corrente de fuga.
Serão adotados para os ensaios não destrutivos o plano de amostragem simples normal nível
II, NQA 1,0 e para os ensaios destrutivos plano de amostragem simples normal, nível S2, NQA
6,5, de acordo com a NBR 5426. Informamos que essa amostragem é realizada por lote
apresentado e por número adquirido. Haverá, também, a destruição de um dos calçados
fornecidos pela empresa vencedora.
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