envelhecimento músculo esquelético
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envelhecimento músculo esquelético
1 ENVELHECIMENTO MÚSCULO-ESQUELÉTICO Apoio à aula teórica ENVELHECIMENTO MÚSCULO ESQUELÉTICO Luiz E. Garcez Leme Prof. Dr. Luiz Eugênio Garcez Leme 2 Slide 2 O arquétipo do envelhecer está relacionado, nos últimos cinco mil anos, 2900 2900 A.C. A.C. às limitações que acometem o aparelho locomotor. O ideograma referente a “velho” entre os hieróglifos no ano 2900 antes de Cristo nos mostra a imagem de 2007 2007 D.C. D.C. uma pessoa arqueada, apoiada num Luiz E. Garcez Leme Luiz E. Garcez Leme bastão. Ao andarmos no Metrô de São Paulo na atualidade podemos perceber que o mesmo símbolo ainda é usado em nossos dias para definir a imagem de quem envelhece. Slide 3 Este conceito de ligação entre envelhecimento e alterações do aparelho locomotor justifica-se pela condição de que estas alterações, se bem que não sejam as de maior mortalidade são, com certeza, as que têm maior potencial de limitação às Atividades da correspondendo às envelhecimento que Vida Diária alterações mais (AVD), próprias comprometem do a Luiz E. Garcez Leme Luiz E. Garcez Leme qualidade de vida na pessoa que envelhece. Slide 4 Entre as alterações tipicamente ligadas ao envelhecimento do aparelho locomotor Alterações AlteraçõesMetabólicas Metabólicas Osteoporose Osteoporose Alterações AlteraçõesTróficas Tróficas Musculares Musculares devem ser lembradas alterações tróficas e Alterações AlteraçõesDegenerativas Degenerativas Osteoartrose Osteoartrose Envelhecimento Envelhecimento MúsculoMúsculo MúsculoEsquelético Músculo--Esquelético metabólicas, principalmente a sarcopena e a osteoporose, as alterações anátomo- Alterações Anátomo AlteraçõesInflamatórias Inflamatórias Alterações AlteraçõesAnátomoAnátomoFuncionais Anátomo--Funcionais AARe, Pés Re,Lupus, Lupus,Polimialgia Polimialgia Pés Alterações AlteraçõesTraumáticas Traumáticas Fraturas Fraturas degenarativas, representadas pela osteoartrose e pelas alterações tróficas dos pés, pelas alterações inflamatórias, Luiz E. Garcez Leme Luiz E. Garcez Leme autoimunes e traumáticas. 3 Slide 5 Estes problemas do aparelho locomotor estão ligados a alterações comuns Mudanças MudançasFisiológicas Fisiológicasdo doEnvelhecimento Envelhecimento eeEfeitos EfeitosPotenciais Potenciais envelhecimento que explicam boa parte Sistema Músculo SistemaMúsculoMúsculoEsquelético Músculo--Esquelético Sarcopenia Sarcopenia Fraqueza FraquezaMuscular Muscular Perda Perdaóssea óssea Atrofia Atrofiade detecidos tecidos fibrocartilaginosos fibrocartilaginososeesinoviais sinoviais Risco Riscode deFraturas Fraturas •Dor •Doreeinstabilidade instabilidadearticular articular Alteração Alteraçãode deequilíbrio equilíbrioeemobilidade mobilidade Diminuição Diminuiçãoda damassa massamagra magra Alterações Alteraçõesfarmacocinéticas farmacocinéticas Aumento Aumentona naporção porçãoadiposa adiposa Alterações Alteraçõesfarmacocinéticas farmacocinéticas de sua principais fisiopatologia e complicações. de suas Assim, a sarcopenia está ligada à condição de Marx: Rosen's Emergency Medicine: Marx: Rosen's Emergency Medicine: Concepts and Clinical Practice, 5th ed., Concepts and Clinical Practice, 5th ed., Copyright © 2002 Mosby, Inc Copyright © 2002 Mosby, Inc Luiz E. Garcez Leme Luiz E. Garcez Leme enfraquecimento muscular e à maior chance de queda; a perda óssea está relacionada à osteoporose e representa a outra vertente dos riscos de fratura; a atrofia de tecidos cartilaginosos e sinoviais, acompanhada por alterações cicatriciais e proliferativas pode levar ao quadro de degeneração articular típico da osteoartrose com seu cortejo de dor e instabilidade articular, alterando o equilíbrio e a mobilidade. Complementarmente, as alterações nos volumes de distribuição das drogas hidrosolúveis e liposolúveis tambem representa risco potencial pela possibilidade de complicação iatrogênica, comum em idosos. Slide 6 O pico isométrico de força ocorre ao final da 3a. década (20 anos) e Sarcopenia: Sarcopenia: corresponde ao período de maior tamanho da secção transversal das fibras. Nesta ocasião as fibras de tipo II (fibras de contração rápida oxidativa-glicolítica – IIa – e fibras de contração rápida glicolítica – IIb) são Corresponde Correspondeàs àsmudanças mudançascoletivas coletivasque queocorrem ocorremno no envelhecimento envelhecimentomuscular muscular Usado refere Usadopela pela1a. 1a.vez vezem em1988, 1988,por porRosemberg, Rosemberg, refererefereseààperda perdaintrínseca intrínseca refere--se do domúsculo, músculo,relacionada relacionadaààidade, idade,da: da: •Massa, •Massa, •Força •Força(força (forçamáxima máximaexercida) exercida) •Qualidade(composição contratilidade •Qualidade(composiçãodo dotipo tipode defibra, fibra,inervação, inervação,contratilidade, contratilidade, contratilidade, , características de fadiga, metabolism características de fadiga,vascularização, vascularização,captação captaçãoeemetabolismo metabolismo da metabolismooda glicose) glicose) Rosenberg IH: Sarcopenia: Origins and relevance. . J Nutr 127:990S, 1997 Rosenberg IH: Sarcopenia: Origins andrelevance relevance. relevance. J Nutr 127:990S, 1997 CAUSAS CAUSAS ••Neurológicas Neurológicas ••Musculares Musculares ••Comportamentais Comportamentais 15 a 20% maiores do que as de tipo I ••Alterações Alteraçõestróficas tróficas ••Alterações Alteraçõesvasculares vasculares ••Acumulo de Acumulo deproteínas proteínas anômalas anômalas Luiz E. Garcez Leme Luiz E. Garcez Leme (fibras de contração lenta, oxidativas). Por volta dos 65 anos, 1/3 da força isométrica é perdida, num declínio que se acentua em idades mais avançadas.Existe uma perda maior de força nas extremidades do que nos músculos do tronco e uma perda maior nos músculos de braços e pernas. A perda de força é conseqüência na mudança no tamanho e número de fibras. 4 A perda de fibras de tipo II é maior do que as de fibras de tipo I; alem disto aos 65 anos o tamanho das fibras de tipos I e II é comparável, ao passo que aos 85 o tamanho das fibras de tipo II é a metade do tamanho das de tipo I A perda da força leva a uma diminuição na capacidade de promover um torque articular rápido necessário a atividades que requerem força moderada como recuperar o equilíbrio ao se evitar obstáculos, facilitando as quedas. Neurológicas Neurologicamente existe uma diminuição, eventualmente modulada por sinais aferentes de articulações comprometidas (inibição artrogênica) do número e tamanho dos motoneurônios maiores, do corno anterior, responsáveis pela inervação das fibras de tipo II, que. Assim, passam a ser re-inervadas por ramificações axonais dos neurônios intra-musculares. Este processo leva a perda global de fibras e unidades motoras funcionais com decréscimo relativo das fibras de tipo II em relação às de tipo I. Musculares Alterações musculares da idade incluem: Alteração da transdução da ativação muscular para a mobilização intra-celular de cálcio (desacoplamento excitaçãocontração), diminuindo a tensão muscular e aumentando a possibilidade de lesão; mutações do DNA mitocondrial intra-muscular. Diversos alterações de fatores tróficos como o hormônio de crescimento; acúmulo de proteínas anômalas; diminuição da síntese de proteínas; alterações vasculares. Comportamentais Alterações comportamentais incluem declínio da atividade física, contribuindo para a atrofia. Apenas 25% dos idosos preenche os critérios do CDC para atividade física e apenas 1 a 3% pratica atividades em nível que permita aumento da força muscular. Repouso em leito leva a perda de 1% a 1,5% da força muscular por dia. 5 Slide 7 Intervenção O exercício pode reverter a fraqueza Sarcopenia: Sarcopenia: muscular mesmo nos grandes idosos, se bem que em proporção menor que nos idosos em geral. Os melhores resultados parecem ser os obtidos por treinamento de alta intensidade para força e resistência. A força muscular pode aumentar de 50% a Luiz E. Garcez Leme Luiz E. Garcez Leme 200% com um aumento da massa muscular de 10% a 20%, possivelmente relacionada a fatores diferentes do que a hipertrofia muscular (fatores neurais?). Desproporção na recuperação da perda da musculatura e da massa óssea, podendo levar a fraturas na recuperação. A recuperação muscular nos idosos geralmente leva o dobro do tempo da perda. Terapias alternativas ao exercício como suplementação nutricional, hormônio de crescimento e testosterona têm resultados irregulares. Slide 8 60% dos idosos apresentam dores articulares Osteoporose: Osteoporose: e lombalgia. Fraturas devidas à osteoporose ocorrem em mais de Inglaterra, 150.000 com pessoas enormes na custos pessoais e materiais. As mais prevalentes são as fraturas de vértebra; 35% de todos os idosos Luiz E. Garcez Leme Luiz E. Garcez Leme terão fratura de vértebra. No entanto as mais agressivas e as relacionadas a maior mortalidade são as fraturas de quadril: 15% de todos os idosos terão fratura de quadril. Aproximadamente 16% dos homens e 30% das mulheres terão tido fratura de colo de fêmur após os 90 anos; Custos com osteoporose nos EUA são superiores a 20 bilhõesUS$/ano 6 A medida que a população envelhece, mais freqüentes e maiores se tornam as complicações relativas às fraturas: A evolução mostra que 1/3 - Morte em 1 ano; 1/3 - Limitação importante em AVDs - 50% serão institucionalizados em função disso; 1/3 – Recuperação. Complicação maior: MEDO DE CAIR Slide 9 Pode-se perceber nestas fotos a densidade óssea na juventude e na Osteoporose Osteoporose senescência. É simples perceber que a trama reduzida que acompanha mesmo o envelhecimento normal coloca os idosos com maior probabilidade de, em caso de queda, vir a sofrer fraturas. Deve-se ter presente, no entanto que, para efeito de fratura, as quedas são mais importantes Luiz E. Garcez Leme Luiz E. Garcez Leme que a osteoporose. Slide 10 Todo o metabolismo ósseo depende do balanceamento da atividade do Osteoporose Osteoporose osteoclasto que destrói o osso e do osteoblasto que o reconstrói. Esta atividade permite que o esqueleto seja “refeito” a aproximadamente Remodelação Remodelaçãoóssea óssea forças cada e deformadoras 10 anos, depende do de osso relacionadas a atividade piezelétrica. Luiz E. Garcez Leme Luiz E. Garcez Leme Na osteoporose o que se observa é uma desproporção entre a atividade do osteoclasto e a do osteoblasto, havendo maior consumo e/ou menor produção óssea. Estes dados importam também no tratamento que procura reverter este quadro de diversas maneiras. 7 Slide 11 principais características da osteoporose tipo I e tipo II podem Osteoporose Osteoporose ser observados no quadro anexo. Ambas têm como principal fator desencadenate a alteração do balanço entre o osteoclasto e o osteoblasto, mediadas, entre outros motivos pela insuficiência de horm^nios sexuais masculinos ou Características Característicasda da Osteoporose Osteoporose Primária Primária CARACTERÍSTICAS CARACTERÍSTICAS IDADE IDADE RAZÃO RAZÃOFEM/MASC FEM/MASC TIPO TIPODE DEPERDA PERDAÓSSEA ÓSSEA TAXA TAXADE DEPERDA PERDAÓSSEA ÓSSEA LOCAIS LOCAISDE DEFRATURA FRATURA VALORES VALORESLABORATORIAIS LABORATORIAIS Calcio sérico Calcio sérico Fosforo Fosforosérico sérico Fosfatase Fosfatasealcalina alcalina Calcio Calciourinário urinário PTH PTH Metabolismo Metabolismode de 25(OH)d3 25(OH)d3para para 1,25(OH)2 1,25(OH)2D3 D3 Absorção de Cálcio Absorção de Cálcio TIPO TIPOII TIPO TIPOIIII 51-75 51-75 6:1 6:1 trabecular trabecular Acelerada: Acelerada:curta curta duração duração Vertebra Vertebraeerádio rádiodistal distal >70 >70 2:1 2:1 trabecular trabeculareecortical cortical Não Nãoacelerada: acelerada:longa longa duração duração Vértebra Vértebraeefemur femur normal normal normal normal normal normal(>(>se sefratura) fratura) aumentado aumentado diminuído diminuído diminuido diminuido2ária 2ária normal normal normal normal normal normal(>(>se sefratura) fratura) normal normal aumentado aumentado diminuido diminuido1ária 1ária Diminuida Diminuida Diminuida Diminuida Adaptado de Riggs et al: N. Eng. J. Med 314(21): 1676, 1986 Adaptado de Riggs et al: N. Eng. J. Med 314(21): 1676, 1986 As Luiz E. Garcez Leme Luiz E. Garcez Leme femininos. A osteoporose tipo I é mais prevalente em mulheres por volta do climatério, enquanto a de tipo II ocorre em idades mais avançadas e é mais distribuída entre homens e mulheres. Os principais fatores de risco compreendem: Fatores de Risco para a Osteoporose Idade: O principal preditor isolado para osteoporose Sexo: Mulheres têm um menor pico de massa óssea na maturidade e uma perda acelerada no climatério Raça: A osteoporose é mais prevalente em raça branca e amarela do que entre os negros História Familiar: História familiar de fraturas osteoporóticas é um fator isolado de risco Peso: Baixo peso corpóreo aumenta o risco de osteoporose. Deve-se lembrar, ainda que, além das osteoporoses primárias, acima referidas podem ocorrer osteoporoses secundárias à imobilização, uso de medicamento como corticosteróides ou doenças como a síndrome de Cushing. Slide 12 Osteoporose Osteoporose As medidas habituais de tratamento são Tratamento Tratamento da da Osteoporose Osteoporose elencadas no quadro anexo e incluem a ••Medidas Medidas nutricionais nutricionais ••Reposição Reposição de de Cálcio Cálcio ••Exercícios Exercícios físicos físicos ••Reposição Reposição hormonal hormonal ••Anabolizantes Anabolizantes reposição nutricional e hormonal, o uso ••Bisfosfonatos Bisfosfonatos de anabolizantes e os bisfosfonados. ••Calcitonina Calcitonina Tem importância fundamental a atividade ••Moduladores Moduladores de de recepção recepção hormonal hormonal física através de exercícios resistidos •PTH •PTH Luiz E. Garcez Leme Luiz E. Garcez Leme 8 Slide 13 OSTEOARTROSE QUADRO Dor progressiva e constante com evidentes fatores de piora e acompanhada de limitação funcional e de deformidade articular DIAGNÓSTICO Baseia-se no quadro clínico e no achado de alterações radiológicas: osteófitos, esclerose subcondral, cistos e perda assimétrica de espaço articular por degeneração condral. Leucograma e VHS são normais Autoanticorpos são negativos Líquido sinovial pode ter apenas com moderada leucocitose (< 2000/uL) Ressonância magnética e ultrasonografia são sensíveis, mas raramente indicados. Osteoartrose Osteoartrose Preferência Preferência de de Acometimento Acometimento C Coom muunnss 1a 1a carpo-metacarpo carpo-metacarpo Interfalang. Interfalang. distal distal Interf. Interf. proximal proximal Bacia Bacia Joelho Joelho Coluna Coluna cervical. cervical. ee lombar lombar IInnccoom muunnss Punho Punho Metacarpofalangeanas Metacarpofalangeanas Cotovelo Cotovelo Ombro Ombro Tornozelo Tornozelo Coluna Coluna torácica torácica Luiz E. Garcez Leme Luiz E. Garcez Leme Slide 14 TRATAMENTO: Osteoartrose Osteoartrose IDADE IDADE Anos Anos 25-34 25-34 35-44 35-44 45-54 45-54 55-64 55-64 65-74 65-74 25-74 25-74 Orientação realística ao paciente HOMENS MULHERES HOMENS MULHERES Artr. Artr. Artr.radiológica radiológica Artralgia Artralgia Artr.radiológica radiológica % % 5,7 5,2 5,7 5,2 7,4 8,1 7,4 8,1 12,0 2,3 11,5 3,6 12,0 2,3 11,5 3,6 11,5 4,0 15,0 7,2 11,5 4,0 15,0 7,2 14,9 8,4 19,7 17,9 14,9 8,4 19,7 17,9 9,5 10,9 9,5 10,9 Artralgia Artralgia Tabela Tabela11--Porcentagem Porcentagemda dapopulação populaçãoamericana americanaque quereferiu referiuter tertido tidopelo pelomenos menos11mês mêsde dedor dorno no joelho joelhodiária diáriano noano anoanterior, anterior,comparada comparadacom comaaprevalência prevalênciade deosteoartrose osteoartroseradiológica. radiológica.Dados Dadosdo do Centro CentroNacional Nacionalde deEstatísticas Estatísticasde deSaúde. Saúde.Adaptado Adaptadode deHadler, Hadler,N.M. N.M.Knee Kneepain painisisthe theMalady-Not Malady-Not Ostheoartritis. Ostheoartritis.Ann. Ann.Int. Int.Med. Med.116: 116:598, 598,1992. 1992. Terapia farmacológica Analgésicos; Antiinflamatórios não hormonais; (Bloqueadores da Cox-2); Condroprotetrores; Proteção de complicações Terapêutica física Perda de peso Cirurgia Luiz E. Garcez Leme Luiz E. Garcez Leme Slide 15 estudados por Felson na coote de Framingham. Pode-se observar que fatores como peso, trauma e a prática de esportes, particularmente a partir do 2º. Quartil estão relacionados à incidência da osteoartrose. Osteoartrose Osteoartrose Fatores Fatoresde deRisco Riscopara paraOsteoartrose Osteoartrose Felson, DT; Zhang, Y; Hannan, MT; Naimark,A; Weissman, B; Alibardi, P. & Levy, D. Risk Factors for Felson, DT; Zhang, Y; Hannan, MT; Naimark,A; Weissman, B; Alibardi, P. & Levy, D. Risk Factors for Incident Radiographic Knee Osteoathritis in the Elderly. The Framinghan Study. Arthritis and Incident Radiographic Knee Rheumatism. 40: 728, 1997Osteoathritis in the Elderly. The Framinghan Study. Arthritis and Rheumatism. 40: 728, 1997 Os fatres de risco para osteoartrose foram Luiz E. Garcez Leme Luiz E. Garcez Leme 9 Slide 16 A análise das condições dos pés é de suma importância em idosos, pois Pés Pés Condições Condições das das unhas unhas onicomicose, onicomicose,onicocriptose onicocriptose Alterações Alterações da dapropriocepção propriocepção QUEDAS QUEDAS Hiperqueratose Hiperqueratose mesmo condições ligadas ao aparentemente envelhecimento, no entanto previsíveis, têm impacto na Ulcerações Ulcerações incidência de queda. O exame rotineiro dos pés é, pois, essencial Deformidades: Deformidades: dedos dedosem emmartelo, martelo,joanetes joanetes para Luiz E. Garcez Leme Luiz E. Garcez Leme os profissionais que dão atenção a idosos. Slide 17 CONSEQÜÊNCIAS DE QUEDAS • 1/3 - morte em 1 ano • 1/3 - limitação importante em avds 50% serão institucionalizados em função disso • 1/3 - recuperação Risco de Morte por queda Risco Riscode deMorte Mortepor porqueda queda 0,08 0,08 0,08 0,07 0,07 0,07 0,06 0,06 0,06 0,05 0,05 0,05 0,04 0,04 0,04 0,03 0,03 0,03 0,02 0,02 0,02 0,01 0,01 0,01 00 0 Risco iscoddeemmoortalid rtalidad adee R Risco Risco d e m o rtalid ad e Aproximadamente 16% dos homens e 30% das mulheres terão tido fratura de colo de fêmur após os 90 anos. A evolução destes pacientes apresenta: 20 a 29 20 20aa29 29 anos anos anos 30 a 39 30 30aa39 39 anos anos anos 40 a 49 40 40aa49 49 anos anos anos 50 a 59 50 50aa59 59 anos anos anos Idade Idade Idade 60 a 69 60 60aa69 69 anos anos anos 70 a 79 80 anos e 70 70aa79 79 80 80anos anosee anos mais anos mais anos mais Risco de Morte por queda Risco Riscode deMorte Mortepor porqueda queda Datasus: Datasus:http://tabnet.datasus.gov.br/csv/A234526200_158_96_108.csv http://tabnet.datasus.gov.br/csv/A234526200_158_96_108.csv Medo de cair Luiz E. Garcez Leme Luiz E. Garcez Leme Slide 18 Luiz E. Garcez Leme Luiz E. Garcez Leme TRATAMENTO: O tratamento das fraturas, particularmente as fraturas de quadril, é, sempre que possível cirúrgico, através de síntese ou prótese. O procedimento deve ser feito no menor período de tempo possível para diminuir o risco e as condições clínicas do paciente idoso são a maior limitação ao tratamento destes pacientes. Freqüentemente a queda não é causa, mas conseqüência de doença e fragilidade. 10 Slide 19 O envelhecimento normal acompanha-se de uma diminuição em todos os órgãos e sistemas. Nesta curva cinqüentenária (30 aos 80 anos) podemos observar que, em média, aos 80 anos a função dos diferentes sistemas encontra-se na faixa de 50% do que era aos 30 anos e, mesmo em indivíduos normais, muito mais perto de limites Luiz E. Garcez Leme Luiz E. Garcez Leme de funcionalidade (30%). Slide 20 O 11 11 13 13 20.75 20.75 24.53 24.53 44 55 12 12 33 22.64 22.64 5.66 5.66 66 77 44 33 7.55 7.55 5.66 5.66 Total Total 53 53 de doenças que o paciente apresenta também é fator Distribution Distributionof ofpatients patientsaccording accordingto tothe the number numberof ofpreexisting preexistingdiseases diseases Number % Numberof of % Number affected Numberof of affected diseases patients diseases patients (n=53) (n=53) 11 77 13.21 13.21 22 33 número de complicação freqüente. Como se pode observar no quadro, em nosso meio, o paciente que procura o HC com fratura pode ter até 7 doenças associadas, na maior parte das vezes 2 a 4 doenças além da queda. 100.00 100.00 Garcia GarciaR, R,Leme LemeMD, MD,Garcez-Leme Garcez-LemeLE. LE.Evolution EvolutionofofBrazilian Brazilian elderly elderlywith withhip hipfracture fracturesecondary secondarytotoaafall. fall.Clinics. Clinics.2006 2006 Dec;61(6):539-44. Dec;61(6):539-44. Luiz E. Garcez Leme Luiz E. Garcez Leme Slide 21 As doenças mais comuns estão listadas na tabela ao lado e, como pode se ver Distribution Distributionof ofdiseases diseasesexisting existingprior priorto tofracture fracture Affected Affectedpatients patients % % compreendem o diabete, a hipertensão, a Hypertension Hypertension Diabetes Diabetesmellitus mellitus 36 36 18 18 67.92 67.92 33.96 33.96 Insuficiência Coronary Coronaryfailure failure Osteoporosis Osteoporosis 12 12 10 10 22.64 22.64 18.87 18.87 Cataract Cataract Dementia Dementia Arthrosis Arthrosis 88 77 77 15.09 15.09 13.21 13.21 13.21 13.21 Cancer Cancer Stroke Stroke Congestive Congestiveheart heartfailure failure 66 55 55 11.32 11.32 9.43 9.43 Urinary Urinarytract tractinflammation inflammation Anemia Anemia 55 44 coronária, a osteoporose, demência, artrose, condições de piora visual, etc. Preexisting Preexistingdisease disease 9.43 9.43 9.43 9.43 7.55 7.55 Garcia R, Leme MD, Garcez-Leme LE. Evolution of Brazilian elderly with Garcia R, Leme MD, Garcez-Leme LE. Evolution of Brazilian elderly with hip fracture secondary to a fall. Clinics. 2006 Dec;61(6):539-44. hip fracture secondary to a fall. Clinics. 2006 Dec;61(6):539-44. Luiz E. Garcez Leme Luiz E. Garcez Leme 11 Slide 22 Mortalidade MortalidadePerioperatória Perioperatória (1979-1984) (1979-1984) 60 60 POI POIee1PO 1PO 1PO 1POee7PO 7PO 50 50 casos/1000 casos/1000 40 40 30 30 20 20 10 10 9955 1100 0 0 9900 8855 Idade Idade 8800 7755 7700 6655 6600 5555 5500 4455 4400 00 Anesth Patient Safety Found Newsletter 3(1):9,1988 Anesth Patient Safety Found Newsletter 3(1):9,1988 Luiz E. Garcez Leme Luiz E. Garcez Leme A mortalidade pós-operatória tem relação direta com a faixa etária. No entanto o dado que mostra mais relação é a mortalidade na primeira semana e não no primeiro dia, sugerindo que as mortes, mais do que a complicações cirúrgicas devem-se a complicações relacionadas a complicações clínicas que são dependentes da fragilidade, comum nestes pacientes Slide 23 CUIDADOS PARA PREVENIR QUEDAS Assegure-se da iluminação doa ambientes - use Place % lâmpadas noturnas de Placeof offall fall Number Numberof ofsubjects subjects % bathroom 33 7.69 baixa voltagem nos bathroom 7.69 corridor 11 2.56 corridor 2.56 banheiros bedroom 11 28.21 bedroom 11 28.21 • Use materiais antiliving 44 10.26 livingroom room 10.26 derrapantes em banheiras kitchen 66 15.38 kitchen 15.38 stairs 66 15.38 stairs 15.38 e boxes backyard 22 5.13 backyard 5.13 • Colocar barras de apoio street 44 10.26 street 10.26 em banheiras e boxes. hospital room 2 5.13 hospital room 2 5.13 Total 39 100.00 Total 39 100.00 • Fixar os tapetes no piso. evite deixar rugas e falhas • Não encerar pisos descobertos. Assegure-se de que maçanetas, passadeiras e corrimões estejam firmes Utilize alarmes de falta de energia de TV, lâmpadas etc. Deixe o piso livre de obstáculos como sapatos ou brinquedos Use sapatos de sola fina e de borracha Controle a temperatura ambiente - estando fria ou quente poderá deixa-lo tonto. Conserte o mais rápido possível falhas nas escadas ou nos corrimões mantenha pisos de escadas não derrapantes. Use corrimões em corredores e passagens. Faça treinamento de força e de equilíbrio ou Tai-Chi-Chuan. Controle sua ingesta de álcool e limite o número de suas medicações (converse com seu médico) Antes de sair de sua cama sente-se na beirada por alguns minutos. • Distribution Distributionof ofpatients patientsaccording accordingto toplace placeof offall fall Garcia GarciaR, R,Leme LemeMD, MD,Garcez-Leme Garcez-LemeLE. LE.Evolution EvolutionofofBrazilian Brazilian elderly elderlywith withhip hipfracture fracturesecondary secondarytotoaafall. fall.Clinics. Clinics.2006 2006 Dec;61(6):539-44. Dec;61(6):539-44. Luiz E. Garcez Leme Luiz E. Garcez Leme • • • • • • • • • • 12 Slide 24 Em função destes dados, há 50 anos Mchael Devas e Bob Irvine iniciaram Ortopedia Ortopedia Geriátrica Geriátrica na Grã-Bretanha a estruturação de unidades diferenciadas para a atenção de idosos com afecções ortopédicas. Pode-se perceber, já há 50 anos, a proposição de medidas que, ainda hoje são revolucionárias como a cirurgia e reabilitação 1957 1957 Michael Bobby MichaelDevas Devas BobbyIrvine Irvine •Intervenções •Intervençõesprecoces, precoces,principalmente principalmentepara paraos osmais maisfrágeis frágeis •Reabilitação •Reabilitaçãoprecoce: precoce:“o “oprimeiro primeiropasso passoda darecuperação recuperaçãoééooprimeiro primeiropasso”. passo”. •Reabilitação •Reabilitaçãode deidosos idososamputados amputados •Atenção •Atençãomultidisciplinar, multidisciplinar,Assistência AssistênciaMédica MédicaeeReabilitação Reabilitação •Hospital •Hospital--Dia Dia Barton, A ; Mulley, G History of the development of geriatric medicine in the UK Barton, A ; Mulley, G History of the development of geriatric medicine in the UK Postgraduate Medical Journal 2003;79:229-234 Postgraduate Medical Journal 2003;79:229-234 precoce, a atenção interprofissional e Luiz E. Garcez Leme Luiz E. Garcez Leme o Hospital-Dia Slide 25 O benefício deste tipo de atendimento geriátrico diferenciado pode ser observado neste gráfico de sobrevida (Kaplan-Meyer) comparando pacientes idosos com fratura de colo de fêmur com e sem acompanhamento geriátrico Michael Gdalevich; Dani Cohen ; Dina Yosef ; par Chanan Tauber Michael Gdalevich; Dani Cohen ; Dina Yosef ; par Chanan Tauber Morbidity and mortality after hip fracture: Morbidity and mortality after hip fracture: the impact of operative delay the impact of operative delay diferenciado. Issue: Issue: Volume 124, Number 5 Issue: Issue: Volume 124, Number 5 Date: June 2004 Date: June 2004 Pages: Pages: 334 - 340 Pages: Pages: 334 - 340 Luiz E. Garcez Leme Luiz E. Garcez Leme Slide 26 Este outro artigo nos dá a mesma informação baseado em razão de risco positivo e negativo de diversas condições relacionadas a cirurgia de fratura de colo de fêmur em idosos. Como se pode ver no gráfico (forest-plot) anexo a intervenção geriátrica é o único procedimento com impacto positivo estatisticamente significativo nos pacientes estudados. Vidán, Maite, Serra, José A., Moreno, Concepción, Riquelme, Gerardo & Ortiz, Javier Vidán, of Maite, Serra, José A.,Geriatric Moreno,Inter Concepción, Gerardo & Ortiz, Javier Efficacy a Comprehensive vention in Riquelme, Older Patients Hospitalized for Hip Fracture: A Randomized, Efficacy of a Comprehensive GeriatricGeriatrics Inter vention in Older Patients Hospitalized for Hip Fracture: A Randomized, Controlled Trial.ournal of the American Society 53 (9), 1476-1482. Controlled Trial.ournal of the American Geriatrics Society 53 (9), 1476-1482. Luiz E. Garcez Leme Luiz E. Garcez Leme 13 Slide 27 A presente curva de sobrevida confirma os dados do artigo anteriormente citado, mostrando a sobrevida maior em 1 ano (curva de pacientes que geriátrico diferenciado internação Vidán, Maite, Serra, José A., Moreno, Concepción, Riquelme, Gerardo & Ortiz, Javier Vidán, Maite, Serra, José A.,Geriatric Moreno,Intervention Concepción, Gerardo & Ortiz, Javier Efficacy of a Comprehensive in Riquelme, Older Patients Hospitalized for Hip Fracture: A Randomized, Efficacy of a Comprehensive GeriatricGeriatrics Intervention in Older Patients Hospitalized for Hip Fracture: A Randomized, Controlled Trial.ournal of the American Society 53 (9), 1476-1482. Controlled Trial.ournal of the American Geriatrics Society 53 (9), 1476-1482. Kaplan-Meyer) tiveram para em apoio durante cirurgia ortopédica por fratura de quadril. Luiz E. Garcez Leme Luiz E. Garcez Leme Slide 28 Os presentes dados nos dão conta que, também em cirurgias ortopédicas eletivas, em quadril e joelho, em pacientes idosos, o acompanhamento Metanálise Metanálisedo doComplicações ComplicaçõesHospitalar Hospitalarde deTodos Todosos osEstudos Estudos Intervenção IntervençãoInterprofissional InterprofissionalXXControle Controle geriátrico diferenciado tem benefícios estatisticamente tocante a comprovados complicações no no pós- operatório. Garcez Leme - Avaliação do impacto da atenção interprofis-sional em operações ortopédicas eletivas em quadril e joelho de pacientes idosos: Garcez Leme - Avaliação do impacto da atenção interprofis-sional em operações ortopédicas eletivas em quadril e joelho de pacientes idosos: Tese Livre Docência: FMUSP, 2004. Tese Livre Docência: FMUSP, 2004. Luiz E. Garcez Leme Luiz E. Garcez Leme