Grande Loja do Estado de Mato Grosso do Sul

Transcrição

Grande Loja do Estado de Mato Grosso do Sul
Lançamento do livro sobre Síndrome de Down, pág. 27
2016 - ANO 24 - Nº 123
A Espera
dos Pais
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Conheço tudo
menos a mim
A
Língua
G∴ B∴ Loja Saber e Fraternidade n° 04
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Esquadro Venerável
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Azul com Filete
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Águia Bicéfala 33 Verm.
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Demolay Caval. e Maçom
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Esquadro Compasso Strass Acácia Esq. e Compasso Esquadro e Compasso
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Conjunto Completo
Coração c/ Esq. e
Comp. Azul
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Demolay Alumni
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Avental
Venerável Mestre para Grande Loja
e Grande Oriente
Mestre Maçom
Folha de Acácia
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Esquadro e Compasso
Esquadro Venerável
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Band. Brasil x Esq. e Comp.
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Com Escrita
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Esq. e Comp.
Oval Vermelho
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Prendedores
de Gravata
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Esq. e Comp. Liso Vermelho
G003 V
Ref. AV 01
Cavalaria + Demolay
PG008
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Adesivos
Diversos Modelos
Quant. Mínima 10
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Dourado
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Prateado
Chaveiros diversos modelos
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Dourado
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Esq. e Comp.
Azul Giratório
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Esq. e Comp Red.
Dourado - Verm.
Ref. CH 026 V
Chav. Acácia
Oval - Dourado
Ref. CH 028 D
Chav. Demolay
Recortado - Dourado
Ref. CH 043 D
Esq. e Comp. Trabalhado Azul
PG009 A
Demolay Esq. e Comp Vermelho
PG011 V
Canetas
Diversos modelos
Esq. e Comp. Vazado
Frat. - Lib. - Iguald.
Ref. CH 055
Liberdade, Igualdade,
Fraternidade
Eis a trilogia que governa o trabalho maçônico e constitui os fins supremos da Sublime
Instituição, segundo está explícito no Artigo 1” da Constituição do Grande Oriente do
Brasil. Incorporada aos ideais da Ordem desde meíados do século dezenove, guarda até o
dia de hoje o vigor primaveral de um brado apaixonado.
Dos seus elementos, o mais romântico - a Liberdade - carrega o fardo de
emoções vividas desde tempos antigos na luta dos povos por uma realidade mais
brilhante, quando a beleza do sol do meio-dia possa clarear os desvãos sociais onde
se escondem a opressão, a miséria e toda a coorte de vícios agregados às situações
de dependência.
Saliente-se, aí, o papel reservado aos meios de comunicação e à produção
intelectual, anteguarda no combate contra a sujeição indevida em qualquer setor
da atividade humana, principalmente nos momentos de maior tensão, quando os
interesses mais poderosos tendem a submeter tudo ao seu talante.
A Igualdade outra nobre proposta também de longínqua efetivação e sonhada desde passado remoto sofre o cataclismo da brutal pressão neoliberal, que
rompe os liames entre ricos e pobres. Almeja-se, nesta hora, a presença de um componente nivelador, que se disponha a nortear a frágil humanidade na procura de
uma verdadeira justiça social.
Não importam as discussões filosóficas sobre a igualdade, a inigualdade
e a equidade, enquanto as oportunidades não estiverem ao alcance de todos, e a
economia permanecer alheia a esse objetivo principal. A bipolaridade, forçada pela
desigual capacidade de consumo, cria um fosso que pode engolir a intelectualidade
não alienada.
Por fim, a Fraternidade. É propósito, é mandamento e é, além disso, sustentáculo do próprio conceito de Maçonaria tal como é conhecida. É o princípio,
o meio e o fim da Ordem Maçônica. Tem o sentido transcendente de lembrar a
origem comum de todas as almas que habitam a Terra e o Cosmo, e que formam a
lrmandade Universal, visualizadas pelos grandes iniciados de todas as épocas.
Síntese da “divisa tripla”, na designação citada por Alec Mellor, a Fraternidade abarca, dinamiza e ilumina os demais termos, e expressa a generosidade maçônica, que se fortalece no espírito do Maçom através da prestação do serviço desinteressado ao seu semelhante e da dedicação à Grande OBRA nas variadas missões
confiadas a sua responsabilidade.
Editorial copilado da “Revista Minerva Maçônica”
Revista Cultural do Grande Oriente do Brasil
Ano IV nº 09 - Nov/Dez/Jan 2000-2001
Brasília 31 de Janeiro de 2001
3 Editorial - Liberdade,
Igualdade, Fraternidade
5 Simbolismo
Salvador Ferreira dos Santos
6 A caminhada do aprendiz
Rafael Luiz Ceconello
7 O trabalho mais difícil do mundo
Olmair Perez Rillo
8 O poder da língua
Manoel Nerivaldo Lopes
10 À espera dos pais
Redação do Momento Espírita
12 A Iniciação Templária
Valdemar Sansão
13 A Jerusalém Celeste para
além do Vale de Lágrimas
By Jorge Ferraz
15 Os Tribunais da Santa Veheme
José Maurício Guimarães
17 Prosperidade
Antonio Felicio Netto
18 Conheço tudo, menos a mim
Pedro Cellino
21 Maçons notáveis
Valdemar Sansão
24 O legado de Jacques De Molay
Alfonso Rametta dos Santos Netto
25 Nós perante o obscurantismo
Sergio Quirino
26 A Síndrome de Down (SD)
Matéria Publicada no Jornal O Estado
Mato Grosso do Sul
28 Existem muitas maneiras de
cuidar de si mesmo...
Feng Shui
30 Maçonaria e Espiritualidade
Antônio José de Souza
32 Rito de passagem dos Cherokees
Trabalho colhido na Internet
33 O Maçom moderno
Manoel Miguel
34 Quando Deus criou as Mães
autor desconhecido
Templo do
Grau 33
dos USA
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Filiada à ABIM - Assosiação Brasileira de
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4
VEICULAÇÃO
NACIONAL
Tiragem
5000 Exemplares
Simbolismo
O
Ir∴ Salvador Ferreira dos Santos
In memória - Cad. nº 21 AMLMS
Campo Grande/MS
s símbolos são tão antigos como os
homens e foram a expressão manifesta dos primeiros lampejos, da
inteligência, que se serviu deles para
formular as primeiras idéias que se
corporificaram na mente do homem.
Os símbolos maçônicos,
derivados dos símbolos primitivos,
foram aplicados à arte de construir
desde a origem dessa mesma “arte”.
“A maçonaria” é a ciência
velada por alegorias e ilustrada por
símbolos.
“Simbolismo é a alma e vida
da maçonaria: nasceu com ela, ou
melhor, é germe de que brotou a
arvore da maçonaria e que ainda a
nutre e anima”.
“Em maçonaria, o símbolo é constante e latente em todas as
partes. Cumpre, pois, penetra pacientemente em sua significação”.
A nossa existência é uma
secessão de símbolos. As nossas
atividades, a nossa vida social é
um conjunto de convenção, é um
simbolismo. As palavras que nós
utilizamos para exprimir as nossas
idéias são meros símbolos, pois isoladamente, não raro elas nada exprimem.
De acordo com o ambiente
ou com a profissão de quem fala, os
vocábulos estão sujeitos a mudar de
significação, o sentido deles não tem
fixidez. São símbolos e, como tal,
sujeitos e interpretações.
Em todas as religiões – elas
não deixam de ser atividades humanas, se bem que de caráter espiritual – há uma parte simbólica,
justamente a de mais difícil compreensão, a menos acessível. E existe
sempre algo hermético, de que nem
todos os profanos podem alcançar.
E o esoterismo.
Quem observa atentamente, três, quatro, cinco igrejas, concluirá que numerosas coisas comuns existem nelas. São símbolos,
integram o simbolismo da religião.
Nas fachadas das igrejas católicas,
por exemplo, ao alto, há um triangulo. Que indica ele? Tradicionalismo, é o símbolo dos antigos maçons
construtores de igrejas. As colunas,
os degraus, os ogivais, a pia, os altares, as lâmpadas com azeites. Etc.,
tudo tem a sua explicação, a sua interpretação, são símbolos.
Porque o pavimento de quase todas as igrejas católicas, como
dos templos maçônicos, é um mosaico de ladrilhos pretos e brancos?
Por que, nas igrejas católicas
bem como nos templos maçônicos,
existe uma grade separando a parte
principal do restante?
Por que para penetrar-se
na parte principal, no lado oposto
a porta, é necessários subir um escada?
Há uma resposta incontraditável: esses e muitos outros pontos
de similitude são conseqüência de
terem sido os mesmos arquitetos ou
pelo menos os maçons (pedreiros)
com as mesmas concepções artísticas, os planejamentos, os construtores dos templos católicos e maçônicos. O simbolismo era um só e foi
conservado.
É deplorável mas e inobscurecível é que poucos são os Irmãos
que estudam os temas maçônicos,
que se devotam aos livros em busca
do conhecimento do simbolismo.
Se é sublime o objetivo principal da maçonaria, o altruísmo, a
solidariedade ao próximo, o devotamento fraternal aos semelhantes,
é uma grandiosidade excepcional, a
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beleza do simbolismo. O seu estudo
oferece-nos aspectos surpreendente belos e cada vez mais nos seduz,
com extraordinária, insobrepujável
capacidade de atração.
Teimamos em dizer sem
temor de contestação, poucos são
os que estudam o simbolismo da
maçonaria e muitos os que forjam
interpretações em desajuste com a
verdade.
Que concepção encantadora, o simbolismo da romã ! O
pelicano é dos mais belos símbolos maçônicos, a oferecer-nos lição
magnífica de dedicação ao próximo,
sobretudo a família que nos deve
conduzir a sacrifício extremo de
dilacerar as nossas próprias carnes,
para dar-lhes alimento.
E a pavimento de mosaicos?
Na igreja católica, ele significa que os povos de todas as raças,
sem distinção de cor, podem acolher-se no templo de Jesus Cristo,
que serão bem recebidos.
Na maçonaria há maior
amplitude: serão recebidos pessoas
de todas as raças, de todas as cores
e de quaisquer credos religiosos. Há
maior amplitude consentânea com
espírito de tolerância pregado pela
ordem.
E os ladrilhos são do mesmo e os espaços reservados para
as cores também são iguais para
fazer-nos compreender que todos
não só são bem recebidos como
considerados de proporções idênticas.
Nem a cor, nem a raça, nem
a procedência social estabeleceram
distinções entre os maçons e sim
suas virtudes, o seu saber e a nobreza
de suas ações em prol dos semelhantes, em beneficio da humanidade.
5
Muitos profanos, com o
sorriso imbecil peculiar aos ignorantes, ou por má fé, pretendem
vãmentes, escarnecer dos nossos
símbolos. Estão com os olhos vendados, impossibilitados de ver a
beleza das lendas maçônicas, do
significado de nossos símbolos.
A insânia dos nossos inimigos leva-os ao esquecimento
de que todas as religiões, todas as
atividades humanas tem seu simbolismo.
Os fanáticos, não digo os
católicos, por que sou católico,
desconhecem que muitos e muitos
símbolos existentes em nossos
templos são encontrados também
nas igrejas.
Caríssimos Irmãos, cultivemos a filosofia maçônica, estudemos com ardor para que possamos
conhecer a magnificência, e a beleza do nosso simbolismo.
A caminhada do
aprendiz
Ir∴ Rafael Luiz Ceconello
O
tema do primeiro grau maçônico
é a iniciação numa nova vida, ou
seja, o nascimento do profano na
Arte Real. Logo, o profano deve
ser iniciado nos segredos maçônicos, o que significa criar, em si, por
sua vontade e pelo seu espírito, um
homem totalmente novo, melhor e
capaz de se elevar espiritualmente,
passando a agir segundo um novo
ideal de vida.
A cerimônia de iniciação
sugere um novo nascimento que
objetiva levar o neófito a uma nova
vida, para que ele aprenda que é
preciso morrer para a vida profana,
despojando-se de tudo que brilha
enganosamente, do que traz proveitos fáceis, dos preconceitos, do
orgulho e da vaidade. Neste grau, o
maçom deve aprender a colocar em
prática o primeiro dever do iniciado: trabalhar em si mesmo.
Bem como a calar, escutar,
observar e meditar. Pois, na maçonaria operativa o aprendiz era o servidor dos mestres-de-obras, ele via
e aprendia, e silenciosamente seguia
as obras dos mestres, obedecendo-os e cuidando de seus materiais de
trabalho.
Quando a Ordem maçônica tornou-se uma corporação
regular o aprendiz devia submeterse ao perigo de provas físicas,
que no atual Rito Escocês são em
partes conservadas como um meio
de exercitar a imaginação dos iniciados, para que eles sintam que os
caminhos do saber são ásperos, íngremes e difíceis.
Atualmente, de acordo
com os ensinamentos da maçonaria especulativa, cabe ao aprendiz
maçom o trabalho de desbastar a
Pedra Bruta, isto é, desvencilhar-se
dos defeitos e das paixões, para poder concorrer à construção moral
da humanidade, que é a verdadeira
obra da maçonaria. Nosso ritual assim pontua: “Para que nos reunimos
aqui? Para erigir Templos à virtude,
e cavar masmorras ao vício”.
Assim, durante o interstício
do grau de aprendiz os irmãos devem se dedicar a esses objetivos, ou
seja, trilhar um caminho de observação e trabalho com o fito de obter o domínio de si próprio, com o
único desejo de progredir na grande
obra que empreendestes ao entrardes em nossa Ordem.
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Para que, quando do término desse trabalho de aperfeiçoamento moral, simbolizado pelo
desbastar da Pedra Bruta, tenha o
aprendiz maçom conseguido pela fé
e pelo esforço individual, transformá-la em Pedra Polida apta à construção do edifício social.
Nas palavras de Manly P.
Hall, escritor maçom: “O aprendiz
maçom precisa embelezar seu Templo. Ele precisa construir dentro
dele, por suas ações, pelo poder de
suas mãos e das ferramentas de seu
ofício, certas qualidades que tornem
possível sua iniciação nos graus
mais elevados da Loja Espiritual”.
Assim, quando atingido
esse objetivo comum, o aprendiz
pode descansar o maço e o cinzel
para empunhar outros utensílios e
ter a consciência de que o início de
seu trabalho de edificação do seu
“eu interior” foi realizado. Tendo
atingido esse ponto e feito o melhor que lhe foi possível, está em
posição de ansiar que as forças que
agem de forma misteriosa possam
considerá-lo merecedor a avançar
para o segundo grau no caminho do
engrandecimento espiritual.
6
O trabalho mais
difícil do mundo
E
Ir∴ Olmair Perez Rillo
Loja Verdadeiros Irmãos nº 669
Oriente de São Paulo/SP
ncontramos, no YouTube, um vídeo
da American Greetings relatando
uma entrevista de emprego, aqui reproduzido de forma livre, com o devido crédito ao autor.
O anuncio publicado em um
jornal de grande circulação era pouco
revelador, pois além do título “Procura-se Gerente Geral” indicava apenas
a data, o endereço do hotel no qual as
entrevistas aconteceriam e a obrigatoriedade de se chegar, pontualmente,
às oito horas da manhã, em absoluto
jejum.
Mesmo estranhando esta estranha condição, alguns candidatos
se fizeram presentes e, assim que iam
chegando, eram levados ao restaurante onde lhes foi servido um belo café
da manhã. Assim que o período de refeição terminou, seguiram para a sala
de reuniões na qual outra surpresa os
aguardava, pois lhes informaram que,
apesar de ser uma entrevista para emprego, seriam devidamente remunerados pela presença. Para facilitar os
trabalhos, todas as exigências necessárias à função seriam explicadas de
uma só vez, ficando claro que todos
poderiam interagir com o entrevistador, perguntando ou contestando
algumas das propostas.
De início foi dito que não era
um trabalho qualquer, mas um dos
mais importantes e difíceis realizados em todo o mundo. Nós decidimos chamá-lo Gerente Geral, mas as
responsabilidades e os requisitos vão
muito além do que possam imaginar,
começando pela exigência de se locomoverem, constantemente, de um
lugar ao outro. O contratado deverá, também, ter condições para trabalhar
em pé praticamente todo o tempo,
curvar-se várias vezes durante o dia,
fato que exigirá a manutenção de
um alto nível de preparo físico. Isto
acontecerá por pelo menos cento e
trinta e cinco horas semanais, ou seja,
praticamente 24 horas por dia, sete
dias na semana.
Uma vez que lhes foi permitido, um dos candidatos indagou se o
contratado teria, pelo menos, a oportunidade de poder sentar-se de tempos em tempos, no que foi esclarecido
que não haveriam muitos intervalos
disponíveis para tanto.
Diante da pergunta se isto
seria legal, o entrevistador respondeu
que sim e em nednhum momento
alguém havia reclamado de agir assim, da mesma forma que não houve
reclamações por se verem forçados a
efetuar suas refeições apenas quando
um dos associados já tivessem se alimentado. Isto valeria tanto para um
simples lanche como para as refeições
principais.
Outra coisa importante
continuou explicando, é que serão
exigidas excelentes condições físicas
e mentais para trabalhar em um ambiente absolutamente caótico, possuir
um excelente poder de negociação,
muita habilidade interpessoal, elevado índice de tolerância, além de certos
conhecimentos de medicina, finanças
e gastronomia. Terá, também, que
ficar disponível para atender o associado durante a noite, obrigatoriedade esta que exigirá, caso possua uma
vida social, desfazer-se dela. Isto fará,
ainda, com que tenha pouco tempo
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para dormir, não tenha férias, festejos
de natal ou ano novo, pois as cargas
horárias seriam aumentadas gradualmente ao longo do tempo.
Desculpe-me, mas isto é uma
crueldade, uma exploração sem limites e eu até estou achando que isto
é uma pegadinha ou uma piada de
muito mau gosto, expressou-se com
indignação outro candidato. Claro que não tem nada de
desumano, pois estas atividades, com
certeza, irão proporcionar vínculos de
união e um sentimento de felicidade
interior em poder estar prestando tais
serviços. E é exatamente por permitir
essa sensação prazerosa de bem servir,
que pagaremos absolutamente nada
pelo trabalho. Mesmo porque, se quiséssemos pagar, não teríamos como
mensurar, em termos financeiros, o
valor desta importante missão.
O que? Disseram os entrevistados quase a uma só voz. O senhor
deve estar brincando, pois não há ninguém no mundo que se prontifique a
realizar uma função tão desgastante
sem ganhar um centavo sequer para
tanto. Mas é claro que não estou de
brincadeira, e pergunto: qual seria a
posição dos senhores se eu lhes afirmar que, neste exato momento, existem milhões de pessoas desempenhando estase outras atividades
semelhantes sem reclamar pela falta
de remuneração, não com título de
Gerente Geral, mas de MÃE?
Como sempre acontece em
situações inusitadas como esta, o silencio que tomou conta da sala provocou um barulho ensurdecedor.
7
O poder da
língua
Manoel Nerivaldo Lopes
C
onta-se que certa vez um mercador
grego, rico, ofereceu um banquete
com comidas especiais. Chamou seu
escravo e ordenou-lhe que fosse ao
mercado comprar a melhor iguaria.
O escravo retornou com
belo prato. O mercador removeu o
pano e assustado disse:
-Língua ?!! Este é o prato
mais delicioso?
O escravo, sem levantar a cabeça, respondeu:
- A língua é o prato mais delicioso, sim senhor. É com a língua
que pedimos água...
...dizemos “mamãe”, fazemos
amigos, perdoamos. Com a língua
reunimos pessoas, dizemos “meu
Deus”, oramos, cantamos, dizemos
“eu te amo”...
O mercador, não muito convencido, quis testar a sabedoria de
seu escravo, e o mandou de volta ao
mercado, desta vez para trazer o pior
alimento. O escravo voltou com um
lindo prato, coberto por fino tecido.
O mercador, ansioso, retirou o pano
para conhecer o pior alimento.
-Língua, outra vez?!!, disse,
espantado.
-Sim, língua, respondeu o
escravo. É com a língua que condenamos, separamos, provocamos
intrigas e ciúmes, blasfemamos.
É com ela que expulsamos,
isolamos, enganamos nosso irmão,
xingamos pai e mãe...
Não há nada pior que a língua; não há nada melhor que a língua. Depende do modo que a usamos.
Muitos males têm sido causados por uma só palavra ou frase
proferida. Diz um ditado que “falar
é prata, calar é ouro”. Palavras ferem,
matam, magoam, semeiam dúvidas,
fazem pecar, geram ódio... e muitas
vezes quem diz o que quer, ouve o
que não quer.
Uma palavra, uma frase,
podem doer mais que a dor física. A
dor física pode cessar com um medicamento, mas a dor provocada por
uma palavra ou frase, muitas vezes
nem o tempo apaga, e, quando apagada, costuma deixar cicatrizes.
O pecado da língua é tão
sério que ocupa todo o capítulo 3 e
parte do capítulo 4 da epístola de
Tiago, no Novo Testamento.
A Bíblia nos ensina que “os
lábios do justo apascentam a muitos,
mas por falta de senso, morrem os
tolos” (Provérbios 10:21)
Jesus, censurando os fariseus, disse-lhes que “a boca fala do
Seja um consultor da
Revista Consciência
em sua cidade.
que está cheio o coração” (Mateus
12:34), e advertiu:
“Digo-vos que de toda palavra frívola que proferirem os homens, dela darão conta no dia do juízo; porque pelas tuas palavras serás
justificado e pelas tuas palavras serás condenado” (Mateus
12:36-37).
O piloto de um navio dirige-o para qualquer direção controlando um pequeno leme. Da mesma
forma um cavalo é dirigido por nós
quando lhe pomos freios na boca
Sejamos vigilantes sobre o
uso da língua, e,“deixando a mentira, fale cada um a verdade com o seu
próximo, porque somos membros
uns dos outros” (Efésios 4:25).
Que possamos usar nossa
língua para dizer o quanto amamos
nossos entes queridos e amigos; para
perdoar a quem nos ofende, para pedir perdão a quem ofendemos, para
oferecer ajuda ao necessitado, para
elogiar, para ensinar, para proclamar
a paz, para repelir a guerra, as fofocas,
as intrigas, a inveja, a maledicência..
Que nossos lábios louvem,
sempre, ao nosso Deus!
Créditos
Manoel Nerivaldo Lopes
24/05/2006
Ligue
25
63
(67) 3025- 33
-33sciencia.crom.br
(67re)vist3acon0scie2ncia8
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Campo Grande
Loja Raul Sans Matos nº 38
O Ven\ Mest\ Ir\ Silvio Elabras Haddad, da Loja Raul Sans Matos nº 38, recebeu o Ir\ Francisco de Assis Ovelar,
Sub Comandante da Polícia Militar, para proferir em uma sessão pública a palestra sobre segurança.
Presentes na Sessão o Grão-Mestre Adjunto Hugo de Oliveira, representando o Sereníssimo Grão-Mestre Ir∴
Sebastião Nogueira Faria, Delegado Geral do Grão-Mestre juntamente com delegados distritais, vários VVen\
MMest\ e IIr\ visitantes de outras Potências, Cunhadas e convidados da nossa cidade.
Loja 8 de Agosto nº 08
Foi realizada uma sessão de Elevação dos IIrs∴ Luciano Fernandes, Mauro D`Agostino Vergueiro e Wellington
Matsumoto, pelo Ven\ Mest\ Ir\ Wilson dos Anjos, que ficou agradecido da presença do Grão-Mestre Adjunto
Ir\ Hugo de Oliveira, do Delegado Distrital e Obreiro daquela Oficina e muitos IIr\ visitantes.
Grande Oriente do Mato Grosso do Sul - COMAB
Campo Grande
Loja Fraternidade e Segredo nº 02
O Ven\ Mest\ Ir\ Erno Suhre, recebeu o Eminente Grão-Mestre Ir\ Amilcar da Silva Junior, e vários IIr\ , para
assistirem a cerimônia de Reafirmação Conjugal do Ir\ Alírio de Moura Barbosa e da nossa Cunh\ Eva Faustino
da Fonseca de Moura Barbosa, esta realização aconteceu para reafirmar o Matrimônio do casal de 23 de Janeiro de
1987, parabéns ao casal qual deu um exemplo de Companheiros e Amizade nestes anos de vida conjugal.
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À espera dos pais
Redação do Momento Espírita, com base em palestra de Divaldo Pereira Franco
A dama da alta sociedade costumava desfilar, em sua carruagem de luxo, pelas ruas de São Francisco, sob
olhares de admiração e inveja.
Um dia, os jornais publicaram o falecimento de uma tia e ela, obedecendo às convenções sociais, teve que
permanecer no lar por uma semana.
Indignada por ter que ficar sete dias dentro do enorme palácio, buscou o marido, então Governador do Estado, e esse a fez lembrar-se de que poderia passar os dias brincando com o filho.
Ela gostou da idéia. Adentrou a ala esquerda do palácio, que tinha sido liberada para o pequeno príncipe,
que vivia rodeado por profissionais de diversas nacionalidades, a fim de lhe ensinarem idiomas e costumes de outros
povos.
Quando o pequeno Leland avistou a mãe, exultou de felicidade e lhe perguntou por que ela estava ali, naquele dia e hora não habituais.
Ela lhe contou o motivo e ele, feliz, lhe perguntou quantas tias ainda restavam.
Leland estava ao piano tocando uma balada que aprendera com sua babá francesa.
A mãe, impressionada, ficou ouvindo, por alguns instantes, aquela balada que lhe pareceu um tanto melancólica.
Pediu ao filho que cantasse, ele cantou. Falou-lhe para que a traduzisse e ele a traduziu.
Era a história de um menino que era levado pela sua mãe todos os dias até à praia, de onde ficavam olhando
o pai desaparecer na linha do horizonte, em seu barco pesqueiro.
Todos os dias a cena se repetia, até que um dia, o barco do pai não retornou.
A mãe conduziu o filho novamente à praia e lhe pediu que ficasse esperando, pois ela iria buscar o marido.
Adentrou no mar e o filho ficou esperando na praia, pelo pai e pela mãe, que jamais retornaram.
A balada comoveu a grande dama. Falou ao filho que era muito triste. Ele respondeu que cantava porque se
identificava com o menino da praia.
A mãe não entendeu em que consistia a semelhança e retrucou ao filho:
Você tem tudo. Não lhe falta nada. Tem mãe e pai e é herdeiro de um dos homens mais importantes deste
Estado.
Leland respondeu com melancolia: Mas o papai adentrou há muitos anos no mar dos negócios e nunca o
posso ver.
Você o seguiu e eu fiquei aqui à espera de um retorno que nunca acontece. Como você pode perceber, minha
história é muito semelhante à do menino solitário da praia.
Daquele dia em diante, a dama passou a conviver mais com o filho de onze anos a quem não conhecia e, por
esse motivo, aprendeu a amá-lo.
A convivência estreita com a mãe trouxe a Leland um brilho novo. Por algum tempo a vida lhes permitiu
desfrutar da alegria do afeto mútuo, das experiências vividas, um em companhia do outro.
Fizeram uma longa viagem de navio e Leland adoeceu. A mãe fez tudo o que podia para lhe salvar a vida,
mas foi tudo em vão.
O navio retornou e Leland não pode mais contemplar a mãe com os olhos físicos.
Todavia, naquele breve tempo de convívio, o menino ensinou à mãe outros valores.
Ela construiu orfanatos e outras obras de assistência para a comunidade carente.
Leland não herdou a fortuna dos pais, mas a fortuna rende frutos até hoje, junto à sociedade daquele Estado.
Dentre elas, a Universidade Stanford. *** Não há motivo que justifique o abandono dos filhos por parte dos pais. Não há filhos que aceitem, de boa vontade e em sã consciência, trocar o afeto dos pais por qualquer outro
tesouro.
Pensemos nisso!
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A Iniciação Templária
P
Ir∴ Valdemar Sansão
São Paulo/SP
elo costume da cavalaria medieval,
aos 21 anos o jovem escudeiro era
investido como cavaleiro na presença de um nobre que o apadrinhava.
A iniciação na Ordem do Templo era
algo posterior à investidura do cavaleiro.
Não existia nenhum tipo de
investigação da vida do candidato ou
“futuro templário”, mas no momento
da solicitação do ingresso, é possível
considerar que o alto comando fazia
uma “sabatinada” do candidato, podendo até mesmo vetar o ingresso
do mesmo na Ordem.
O novo templário era admitido em uma cerimônia chamada de
“Recepção”, composta por 12 cavaleiros presididos pelo Grão-Mestre
ou seu representante legal na Ordem, que na ocasião respondia pelo
nome de “Receptor”. Essas iniciações
eram feitas em “fortalezas-conventos”, ou até mesmo em uma Igreja. A
reunião era chamada de “Capítulo”.
O jovem que desejava entrar para
a irmandade era chamado de “noviço” (quando de origem mais humilde) ou “aspirante”. Ele ficava do
lado externo do “Capítulo” e batia de
qualquer modo à porta para mostrar
que não sabia a forma correta para
ser recebido. Então o “Receptor”
perguntava a todos os presentes se
existia alguma objeção para a entrada do “aspirante” na fraternidade.
Caso não houvesse, o cerimonial
continuaria. Por três vezes eram enviados dois irmãos templários que
faziam indagações sobre as intenções do “aspirante”. Na terceira vez as
perguntas eram feitas à porta aberta,
para mostrar que o “Capitulo” aceitaria aquele que pedia ingresso.
Agora, dentro da reunião do
“Capítulo”, o “aspirante” ouvia o “Receptor” apresentar as tribulações da
vida dos “Milicianos de Cristo”, que
podem ser resumidas nos seguintes
aspectos:
• Nunca discutir as ordens de seus
superiores;
• Privar-se de descanso ou sono
quando as necessidades de batalha
se impuserem;
• Ser devoto ao Senhor e a Nossa Senhora;
• Guardar-se do pecado;
• Fazer voto de pobreza e de penitência;
• Manter-se saudável;
• Nunca matar um cristão;
• Nunca negociar com muçulmanos.
Sempre após as falas do
“Receptor”, o “aspirante” deveria dizer: “Sim Senhor, se Deus quiser”.
Após essa apresentação, o candidato era levado à Bíblia para prestar o
juramento. Antes de fazer esse ato
solene, ele declarava que não era casado ou estava noivo, que não possuía dívidas, que não participava
de nenhuma Organização similar
aos Templários, que estava em boa
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saúde, que não havia subornado nenhum templário com o objetivo de
entrar na Ordem e que não era excomungado pela Igreja.
Logo após o ato do juramento da fraternidade era colhido
do iniciado os votos de pobreza, de
castidade, de fidelidade à Igreja, aos
seus superiores e à defesa da cristandade na Palestina. Sempre ao final
de cada voto, o iniciado dizia: “Sim
Senhor, se Deus quiser”.
Depois de assumir seus
compromissos, o novo templário
era revestido com o manto branco
com a cruz rubra, característico dos
cavaleiros do Templo. Após isso o
“Receptor” garantia ao novo irmão
os benefícios da “Casa do Templo”:
pão, proteção, um teto seguro e a
salvação da alma enquanto fosse fiel
aos seus juramentos como cavaleiro. Todos então se voltavam para o
Capelão, que entoava o Salmo 133 e
fazia a oração do Espírito Santo.
Antes de encerrar a reunião,
o “Receptor” advertia o novo templário sobre os possíveis castigos em
caso de transgressão de seus votos.
A reunião era encerrada quando o
“Receptor” dizia: “Vos dissemos o
que deveis fazer e do que deveis vos
resguardar; e se não vos dissemos
tudo, é porque dizer não podemos
até que no-lo soliciteis. E que Deus
vos faça agir bem. Amém”. Assim então estava encerrada a iniciação do
novo irmão. ORA ET LABORA
Bibliografia:
CAMINO, Rizzardo da. Jacques de molay. Rio
de Janeiro: Editora Aurora, [198-].
HAYWOOD, H. L. A história da vida e da
época de Jacques DeMolay. ORDEM DeMOLAY,
1925.
Ilustração: Darren Tan
12
A Jerusalém Celeste
para além do Vale
de Lágrimas
D
Ir∴ By Jorge Ferraz
Materia colhida e enviada pelo Ir∴ Julio Cezar Rios Midon
Loja De São João - GLEMS
Campo Grande/MS
ecididamente não nos assenta bem
a boa saúde, o estado provisório qui
n’annonce rien de bon, a caricatura
da paz e de bem-estar que durante
tantos milênios de planeta ainda não
aprendemos a usar. [Gustavo Corção, “Na Casa de Saúde”]
Leiam na íntegra esta bonita crônica do Corção, que me foi
mostrada por um amigo e da qual
foi retirada a frase em epígrafe. É um
excelente material de meditação para
a Campanha da Fraternidade deste
ano; ou melhor, para nos indicar os
caminhos errados pelos quais nos
pode conduzir a Campanha da Fraternidade durante este precioso tempo quaresmal que estamos vivendo.
Eu já devo ter repetido diversas vezes o quanto eu gosto da oração
da Salve Rainha e, mais especificamente, o quanto me apraz a parte em
que suspiramos à Santíssima Virgem
entre gemidos e choros “in hac lacrimarum valle”, neste Vale de Lágrimas. Porque uma parte importante
do Cristianismo é a consciência do
Pecado Original, esta percepção de
que existe algo de intrinsecamente
errado no mundo que nos rodeia: só
assim nós podemos aspirar às coisas
mais elevadas. O Paraíso foi perdido
e, junto com esta perda, foi-nos estabelecida a radical impossibilidade de
construirmos por nós próprios um
novo Paraíso Terrestre. A esperança cristã é a de Novos Céus e Novas
Terras. É nisto que devemos ter os
olhos fitos: na Jerusalém Celeste que
(só!) se encontra para além do Vale
de Lágrimas!
A terra “maldita” por causa
do pecado é um excelente elemento
da pedagogia divina. Afinal de contas, se vivêssemos em um mundo
perfeito ser-nos-ia muito fácil deixar esmorecer o nosso desejo por
um outro mundo melhor. Após o
Pecado, foi a Misericórdia de Deus
que fez a terra produzir espinhos e
abrolhos. Se fosse dado livre curso a
Satanás, ele com certeza faria, após a
Queda, um mundo que fosse composto exclusivamente por palácios de
ouro e do qual não desejássemos jamais sair. Querer um mundo perfeito é uma utopia, é uma quimera que
nos desvia daquilo que é realmente
importante. O afã de construir um
mundo perfeito é pernicioso porque
nos distrai da nossa peregrinação
rumo à Pátria Celeste – em última
instância, a única que interessa.
E esta parece ser precisamente a tônica das Campanhas da
Fraternidade. Temos o “que a saúde
se difunda sobre a terra” do ano corrente e, olhando o histórico disponível na página da Conferência dos
Bispos, temos muitas outras cantigas se utilizando desta mesma nota.
Temos um “Levanta-te, vem para
o meio!” em 2006, um incrível “Por
uma terra sem males” em 2002, um
“Novo Milênio sem Exclusões” em
2000. A idéia subjacente (às vez mais
explícita, às vezes menos) é sempre
a mesma: deseja-se um mundo perfeito. Um mundo onde o homem
e a natureza vivam na mais perfeita
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harmonia romântica (“Fraternidade
e Vida no Planeta”, 2011), ou onde
não exista mais avareza entre as
pessoas e todas socorram generosamente às necessidades de seus semelhantes (“Vocês não podem servir a
Deus e ao Dinheiro”, 2010), ou onde
não haja mais violência entre os seres
humanos (“Fraternidade e Segurança Pública”, 2009), etc. É sempre a
mesma coisa: sempre uma cenoura
na frente do burro, sempre uma utopia inalcançável e inútil apresentada
como importante meta a ser buscada, sempre uma distração daquilo
que é verdadeiramente importante
no tempo da Quaresma.
Porque nós, cristãos, somos
chamados a coisas muito mais sublimes e infinitamente mais elevadas do
que um novo milênio sem exclusões
ou uma terra sem males: ainda que
estas coisas fossem possíveis (o que é
óbvio que não são), seriam infinitamente menores do que as coisas que
Deus nos reservou – que, como nos
diz São Paulo, são aquilo que os olhos
não viram, os ouvidos não ouviram e
o coração humano sequer imaginou.
Durante a Quaresma nós somos chamados a perseguir o Reino de Deus,
e não quimeras; que mal causam aos
fiéis brasileiros estas campanhas diabólicas que levam os homens a correrem atrás de utopias!
Contra esta insídia que desgraçadamente já há tanto tempo assola o nosso tempo quaresmal, que
primor está o texto do Gustavo Corção! Leiam-no, volto a recomendar.
13
A melhor forma de tratar o tema “saúde” na Quaresma é, precisamente, sob
a ótica da falta dela. Não meramente
através de um (obviamente legítimo)
desejo de cura, mas algo mais: como
um indicativo permanente da miséria
humana, como um espinho na carne a
não nos deixar esquecer o Vale de Lágrimas no qual estamos exilados.
Porque, afinal de contas, o verdadeiro anseio cristão é pela Jerusalém
Celeste, o anelo legítimo dos que estamos exilados é o retorno à Pátria Celeste. Nosso Senhor veio ao mundo para
nos tornar cidadãos do Céu; o nosso
dever é sair do Vale de Lágrimas, e não
transformá-lo em um lugar perfeito até
nos esquecermos de que Algo maior
nos espera para além das montanhas.
Gosto do Salmo 136, que fala
do exílio. “À margem dos rios da Babilônia nós sentamos e choramos, com
saudades de Sião”. E penso que esta temática é recorrente na história de Israel;
p.ex., quando os judeus no deserto passaram a sentir falta “das cebolas do Egito” [cf. Nm 11, 5]. Acho que isto não é
sem motivo. Há a tentação permanente
de “nos esquecermos” da nossa dignidade e da – imerecida, mas real! – glória
a que somos destinados; há a tentação
permanente de querermos ficar “por
aqui mesmo”. No referido salmo sobre
o exílio há fortes maldições contra o
esquecimento da Pátria: “Se eu me esquecer de ti, ó Jerusalém, que minha
mão direita se paralise! Que minha língua se me apegue ao paladar, se eu não
me lembrar de ti, se não puser Jerusalém acima de todas as minhas alegrias”.
Isto é uma coisa séria que merece toda
a nossa preocupação. E, levando os fiéis
católicos a se esquecerem da Jerusalém
Celeste à qual pertencem, tudo o que a
Campanha da Fraternidade consegue é
se transformar no alvo destas imprecações bíblicas. Ai daqueles que, promovendo-a, afastam de Deus o Seu povo.
SPINOZA BARUC OU BENETIDO
“[...] uma criancinha acredita
apetecer, livrementre, o leite; um menino furioso, a vingança; e o intimidado, a
fuga. Um homem embriagado também
acredita que é pela livre decisão de sua
mente que fala aquilo sobre o qual, mais
tarde, já sóbrio, preferiria ter calado.
Igualmente, o homem que diz loucuras, a mulher que fala demais, a criança e muitos outros do mesmo gênero
acreditam que assim se expressam por
uma livre decisão da mente, quando,
na verdade, não são capazes de conter
o impulso que os leva a falar. Assim, a
própria experiência ensina, não menos
claramente que a razão, que os homens
se julgam livres apenas porque são
conscientes de suas ações, mas desconhecem as causas pelas quais são determinados. Ensina também que as decisões da mente nada mais são do que os
próprios apetites: elas variam, portanto,
de acordo com a variável disposição do
corpo. Assim, cada um regula tudo de
acordo com o seu próprio afeto e, além
disso, aqueles que são afligidos por afetos opostos não sabem o que querem,
enquanto aqueles que não têm nenhum
afeto são, pelo menor impulso, arrastados de um lado para outro. Sem dúvida,
tudo isso mostra claramente que tanto
a decisão da mente, quanto o apetite e
a determinação do corpo são, por natureza, coisas simultâneas, ou melhor,
são uma só e mesma coisa, que chamamos decisão quando considerada sob
o atributo do pensamento e explicada
por si mesma, e determinação, quando
considerada sob o atributo da extensão
e deduzida das leis do movimento e do
repouso [...]” Spinoza, Ética, parte 3,
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Os Tribunais da
Santa Veheme
Exerço o livre pensamento e a busca constante da Verdade,
pois não tenho compromisso com o erro.
Ir∴ José Maurício Guimarães
Q
uem cursou o ensino médio sabe o
que foi a Santa Veheme, também
chamada “Corte Sagrada”. Apesar
dos estudos do Grau 31 do Rito Escocês Antigo e Aceito da Maçonaria,
ninguém precisa ser maçom para conhecer bem essas coisas.
A “Liga da Corte Sagrada”, como também era conhecida,
funcionava como supremo tribunal secreto na Vestfália (região da
Alemanha, em torno das cidades
de Dortmund, Münster, Bielefeld,
e Osnabrück) durante a Idade Média, período da história da Europa
entre os séculos V e XV.
“Quanto menos as pessoas
sabem do passado e do presente,
tanto mais impreciso será o juízo
que farão sobre o futuro”, escreveu
Freud em 1927. Freud explica...
mas parece que a história tem que
se repetir, pois ninguém gosta de
estudar e refletir sobre o que acontece. Principalmente no passado
século XX e no atual e miserável
século XXI, a expiação dos erros se
dá pelas chibatadas de repetirmos
os mesmos equívocos de sempre.
Os tribunais “santas vehemes” podem não ter desaparecido. Permanecem como brasas adormecidas
sob as cinzas, aguardando a oportunidade de um sopro, uma fagulha, para incendiarem novamente a
civilização.
O primeiro tribunal Santa
Veheme começou quando ocorriam migrações e invasões dos
povos bárbaros para o território de
Roma. Qualquer semelhança com
o que hoje ocorre com a onda de
refugiados é mera coincidência.
Tribunais como esse visavam coibir, principalmente, os delitos cometidos contra a Igreja Católica, daí o termo “Santa”. Dizem
que o vocábulo “vehme” vem do
alemão e significa “condenar”; mas
não encontrei fundamentos para
essa etimologia.
O Império Romano, assim
como acontece com as culturas de
hoje, entrou em decadência entre
476 d.C. e o final do primeiro milênio. Além do declínio econômico e
cultural, o Cristianismo, enquanto
religião institucionalizada, contribuiu para a queda do Império no
Ocidente. A mudança de paradigmas, tal como hoje, abalaram todo
o sistema: os estatutos, instituições
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e formas de administrar a sociedade começaram a esfarelar. Em
muitos lugares se espalhou a criminalidade, a desordem, a liberação
desenfreada dos costumes sexuais,
a corrupção e a ilegalidade.
Foi então que a Santa
Veheme “tornou-se necessária” aos
olhos do conservadorismo radical,
pois mudanças extremas acarretam reações exageradas. O tribunal
do terror, organizado através de
um conjunto de ligas secretas, nasceu, quase que da noite para o dia,
com o intuito de reprimir as desordens dos bárbaros (os que pertencessem a outras civilizações ou
falassem outras línguas) ou as perturbações da ordem por parte dos
cidadãos. Transcorria o reinado de
Carlos Magno (Carolus Magnus
ou Charlemagne, 768 d.C. a 814
d.C.), monarca guerreiro filho de
15
Pepino, o Breve, dinastia espúria dos
mordomos do paço, cuja política era
voltada para o expansionismo militar.
Carolus não era um verdadeiro cristão, mas fingia ser (carolus
= CAROLA), bajulando a ortodoxia
religiosa. Conta-se que ele chegou em
Roma no final de novembro de 799
para atender a um pedido do Papa
Leão III que não conseguia defender
a cidade. Já era noite. Carolus foi descansar numa igreja e cochilou ajoelhado, fingindo rezar diante do altar.
De repente, por trás dele, o Papa Leão
III lhe meteu pela cabeça a coroa de
imperador romano. Surpresa! mas
certamente Carlos Magno já nutria
a ideia de se tornar imperador, pois
essa sempre fora a estratégia dos carolíngios desde a França merovíngia.
Mal coroa havia se ajeitado
no magno cocuruto de Carolus, o
Papa tratou de se ajoelhar e beijou-lhe os pés e proclamando “ave, Imperator! Ave Charlemagne”. De entre
as sombras das colunas, elevou-se o
cântico dos piedosos clérigos anunciando urbi et orbi a coroação; e os
cidadãos de Roma invadiram o templo com flores, frutas e muito incenso, aplaudindo ruidosamente: “ave,
Imperator!, ave, ave!!.
O rei dos francos tornara-se
imperador romano e rei do mundo,
Imperator Augustus (é desse modo,
meus caros watsons, que as coisas
são feitas até hoje, com pequenas
variações). Estava assentada a pedra
fundamental dos tribunais da Santa
Veheme.
Mais tarde, reza a lenda, Carlos Magno enviou um emissário ao
Papa para o aconselhamento de como
lidar com pessoas pacíficas que insistiam em recusar o batismo católico. O
Papa não respondeu, mas caminhou
lentamente até o jardim e começou
a cortar ervas daninhas e pendurá-las
para secar. O emissário retornou impressionado e contou a Carlos Magno
o que vira: “O Santo Papa cortou ervas daninhas e as pendurou para
secar”. O Imperador não dormia de
touca; captou a divina mensagem e
o recado divino do divino Papa, pois
como vocês todos sabem, o Papa “é o
porta-voz de Deus” neste que é o melhor dos mundos (... apesar de o dogma da infalibilidade Papal só ter sido
promulgado em 18 de julho de 1870).
Mesmo assim, e dessa forma, o tribunal Santa Vehme, cuja missão sagrada
consistiu em cortar ervas daninhas e
pendurá-las para secar, floresceu para
a honra e glória da Igreja pois a infalibilidade das decisões do Papa já era
mencionada desde o ano 90 depois de
Cristo, quando Clemente I teve que
intervir nos assuntos políticos de Corinto, afirmando que falava em nome
do Espírito Santo.
Os membros do tribunal secreto tinham uma tarefa celestial,
portanto monárquica. A aplicação
sumária da justiça sobre quem fosse considerado culpado de qualquer
coisa, sob qualquer pretexto, mesmo
inexistindo provas ou indícios, decorria dessa infalibilidade atribuída às luzes do Espírito Santo: “Deus
não precisa de tempo para julgar,
nem de provas”. Alguém denunciava
outrem e, ao amanhecer do dia, um
bilhete acusatório aparecia cravado
na porta do infeliz com uma caveira
desenhada. A instrução, acusação,
julgamento e leitura da sentença seguiam-se no prazo estipulado de dois
ou três dias. Depois, a fogueira ou o
cadafalso e confisco dos bens. Os julgadores tinham o título
de francos-juízes (juízes livres); sigilosos, nunca eram revelados no transcorrer sumário do “processo” os nomes dos acusadores. Para quem leu “O
Processo” de Franz Kafka a comparação no século XX cai como uma luva:
“Alguém devia ter caluniado Josef K., visto que uma manhã o
prenderam, embora ele não tivesse
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feito qualquer mal. [...] - Larguem-me, com mil diabos! - gritou K. para
os guardas que o haviam forçado a
recuar até ao guarda-roupas. Quem
vem surpreender-me ainda na cama
não pode esperar que me encontre de
terno. - Não adianta protestar - responderam os guardas que permaneciam muito calmos, mesmo quase
tristes, conseguindo por esse meio
desconcertá-lo ou de certo modo causar-lhe hesitações. - Que cerimônias
ridículas - murmurou ainda, mas
tirando um casaco de cima da cadeira, conservou-o nas mãos durante
um momento como se o submetesse
à apreciação dos guardas. Estes abanaram a cabeça. - Tem que ser terno
preto - disseram. Então, K. arremessou o casaco para o chão e exclamou,
sem ele próprio saber qual o sentido
das suas palavras: - Ainda não é a
audiência principal. Os guardas sorriram mas mantiveram a postura. Tem de ser um terno preto.”
Pois idêntico ao romance, o
tribunal Santa Veheme tomava conhecimento abstrato de todos os
crimes ou simples atos de rebeldia.
Quaisquer denúncias. Suas sentenças
eram executadas por meios secretos,
sem que ninguém soubesse quem
eram os carrascos. A execução acontecia sob invocação divina e sob os
auspícios dos Santos Apóstolos.
No moderno Kafka,
... “um dos homens pôs-lhe
as mãos no pescoço, enquanto o outro lhe enfiava profundamente uma
faca no coração e aí a rodava duas
vezes. Moribundo, K. viu ainda os
dois homens muito perto do seu rosto, com as faces quase coladas à sua,
a observarem o desfecho. ‘-Como um
cão! - disse’. Era como se a vergonha
devesse sobreviver-lhe.”
Uma vez executado, o corpo
do criminoso era pendurado numa
árvore para secar e comunicar a todos
o fato; e intimidar os incautos. Isso
16
me faz lembrar o Tiradentes que,
após o enforcamento, teve o corpo
esquartejado e espalhado pelas estradas das Minas Geraes, a cabeça
espetada no alto de um poste em
Vila Rica.
A principal pena aplicada
pelo tribunal era o enforcamento;
mas admitia-se também, conforme
a gravidade do caso, o empalamento (punição que consistia em espetar, pelo orifício natural e inferior
do corpo do condenado, uma longa estaca, deixando o infeliz dessa
maneira até a morte, conforme
descreve Houaiss). Para o caso de
bruxaria, a pena reservada às mulheres era o estupro seguido de esfolamento em vida e a fogueira. Se
a mulher estivesse grávida ou amamentando, a criança morria junto,
pois era criatura do diabo.
No fim da Idade Média, os
tribunais Santa Veheme perderam
progressivamente sua importância,
até Santo Ignácio de Loyola criar a
Ordem dos Jesuítas (Companhia
de Jesus) e, por consequência, os
tribunais da Santa Inquisição, hoje
denominada “Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé” ( http://
w w w. v a t i c a n . v a / r o m a n _
curia/congregations/cfaith/
index_po.htm ).
Peço permissão para citar
a resenha da Fnac portuguesa do
livro “Jesuítas e Inquisição, Cumplicidades e Confrontações” de
José Eduardo Franco e Célia Cristina Tavares:
“A Inquisição é um tema
explosivo. Se juntarmos os Jesuítas
à Inquisição, mais explosiva se torna a matéria de estudo. A tentação
de tomar posição, de julgar o passado, torna-se quase irrefreável,
caindo-se, muitas vezes, em apreciações simplistas. Pintamos a história a preto e branco e facilmente
nos armamos em juízes ferozes dos
nossos antepassados. O exercício
da compreensão será sempre a
melhor forma de valorizar e entender a vida que hoje desfrutamos nas nossas sociedades abertas,
cujo modelo resultou de um longo caminho, muitas vezes árduo,
marcado por dramas e tragédias,
utopias e conquistas daqueles que
vislumbraram a possibilidade de
se construir uma sociedade melhor
[...] um conhecimento complexo
em ordem à compreensão das visões mitificadas do nosso passado
e, por essa via, o libertar da predominância horripilante dos fantasmas que ainda hoje nos podem
atormentar.”
Foi a partir de meados do
século XVII que o livre pensamento começou a se organizar nas confrarias dos artífices que, cem anos
depois, fundamentariam a maçonaria. Então a indignação sobre
brutais processos de julgamento
tornou-se mais explícita. Pode-se
dizer que esses tribunais de exceção perderam força com o advento
da Maçonaria moderna.
Ainda assim, temos muito
o que aprender. E colocar em prática o rito maçônico no mundo moderno, a partir das Lojas.
Prosperidade
D
Ir∴ Antonio Felicio Netto
União e Fraternidade VI nº 6 - GOMS/COMAB
Or∴ Campo Grande/MS
o dicionário Aurélio e Dicionário
Houaiss:
Prosperidade: ( substantivo feminino ) (do latim prosperitate) refere-se à qualidade ou estado de próspero, que, por sua vez,
significa ditoso, feliz, venturoso,
bem-sucedido, afortunado (Novo
Dicionário Eletrônico Aurélio,
versão 5.0, e Dicionário Houaiss
da língua portuguesa, 2001.)..
Prosperar: (verbo intrasitivo) - Melhorar de condição. Ir\ em
aumento, crescer, desenvolver-se.
Enriquecer.
Se considerarmos o uso
da palavra no nosso cotidiano
prosperidade é utilizado com o
significado de estado ou qualidade de uma pessoa feliz, em plena
ascensão envolvendo saúde física,
mental, e principalmente financeira. Vincula-se principalmente
a pessoas que gozam de um crescente enriquecimento financeiro.
Mas fazendo uma avaliação da palavra uma pessoa próspera é aquela que vem
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melhorando a sua condição, não
somente financeira, mas está se
desenvolvendo de forma crescente, podendo ser tanto espiritual
quanto emocional ou de conhecimento.
Em nenhum momento vamos encontrar a ligação de
prosperidade com o crescimento
retendo alguma coisa, pois isso
seria ganância (ato que reter e não
disponibilizar).
A prosperidade trata-se exclusivamente da diferença
17
entre o obtido e o disponibilizado, onde as entradas são maiores
que as saídas.
Se pensarmos na questão
monetária estaríamos falando de
lucratividade (receita maior que a
despesa), mas como seria quando
tratamos a prosperidade na esfera
de conhecimento?
Uma resposta seria a troca de experiências capazes de somar no nosso intelecto de forma
a doar um pouco do que se sabe
e em contrapartida receber os conhecimentos de outra pessoa.
Partindo desse pressuposto a nossa Sublime Instituição,
sem dúvida nos proporciona um
ambiente para a prosperidade de
seus membros.
A Maçonaria na sua essência é uma sociedade que disponibiliza ao homem ferramentas para o seu crescimento, sendo
uma escola iniciática que utilizam de símbolos e alegorias para
transmitir os seus ensinamentos de forma que cabe o Maçom
identificar e tirar as suas próprias
conclusões sobre os símbolos.
Fazendo com o que o Maçom
faça uma mescla entre os ensinamentos disponibilizados com
as suas próprias experiências gerando um novo conhecimento ou
visualização de um conhecimento já existente.
Para a troca do conhecimento ofertado, a Maçonaria pede somente para que seus
membros estudem e expressem
seus sentimentos através de pequenos resumos denominados
trabalhos, proporcionando aos
demais membros a sua visão do
assunto estudado e até incentivando a um estudo mais aprofundado.
Imagine a situação de que
uma pessoa necessitar ler vinte
livros sobre vinte assuntos diferentes e realizar a síntese de cada
livro. Essa tarefa seria custosa em
relação a tempo, mas sem dúvida
ela teria um grande crescimento
intelectual, mas somente com a
sua visão sobre os assuntos.
Agora, se distribuíssemos
os vinte livros para vinte pessoas,
onde cada um realizaria a leitura
e a síntese sobre o assunto, logo
após cada um realizasse a sua
apresentação sobre o tema, estaríamos proporcionando a dezenove pessoas de forma simultânea
a troca de experiências cada um
com a sua visão de mundo e o assunto. Propiciando a prosperidade dos membros.
Esse é um dos motivos do
incentivo da Maçonaria na elaboração de trabalhos, para que
possamos trocar experiências e
consecutivamente prosperar.
Nós como Maçons devemos estar sempre focados no
crescimento intelectual, buscando através do estudo o aumento
do conhecimento e, principalmente, externando os conhecimentos adquiridos.
Sejamos prósperos, enriquecendo as nossas colunas com
a troca de experiência e conhecimento. Não vamos nos tornar um
grupo ganancioso onde que o estudos são realizados por poucos
e os demais ficam somente recebendo o conhecimento sem realizar uma devolutiva aqueles que
nos doaram seus conhecimentos.
Como sabiamente escrito
no Ritual de Apr\ M\.
"Sábio, no vocabulário
maçônico, não é aquele que juntou ciências e armazenou conhecimentos, até fazer-se uma enciclopédia viva, mas aquele que
conhece o valor e a repercussão
de cada um dos seus gestos, de
cada ideia que publica, de cada
ação que põe em prática".
Sejamos prósperos!
Conheço tudo,
menos a mim
J
Ir∴ Pedro Cellino
Loja Ordem e Progresso nº 428 - GOSP/GOB
á perdoei erros quase imperdoáveis,
tentei substituir pessoas insubstituíveis e esquecer pessoas inesquecíveis.
Já fiz coisas por impulso,
já me decepcionei com pessoas
quando nunca pensei me decepcionar, mas, também já decepcionei muitas pessoas.
Já abracei para proteger, já
dei risada quando não podia rir,
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já fiz amigos eternos, já amei e fui
amado, e não soube amar o suficiente, já fui respeitado, e muitas
vezes não soube respeitar, já gritei
e pulei de tanta felicidade, muitas
18
vezes me dei inteiro e fui correspondido, outras “quebrei a cara”
muitas vezes já chorei ouvindo
musica ou vendo fotos, já liguei
para um amigo só para escutar sua
voz.
Já me apaixonei por um
sorriso, já pensei que fosse morrer
de tanta saudade, já tive medo de
perder alguém especial (e acabei
perdendo). Mas sobrevivi e graças
ainda estou vivo.
Procuro não passar simplesmente pela vida, ou ser mais
um na multidão, e acredito que
você também não deve passar, procure viver a vida sempre com vistas
para o horizonte, procure se superar, estar além do tempo presente,
certamente entre um ponto e outro
encontrara alguém que precise da
sua ajuda, mas sem receio de errar
te digo que certamente encontraras
aquele que te ajudará na tua empreitada.
Bom mesmo é ir a luta com
determinação, abraçar a vida e viver com paixão, perder com classe
e vencer com ousadia, porque o
mundo pertence a quem se atreve.
Viver significa muito para sermos
insignificantes.
Conheço a mosca que cai
no leite, Conheço pela roupa o homem, Conheço o tédio e o deleite,
conheço a fartura e a fome, conheço a mulher pelo enfeite, conheço
o princípio e o fim, conheço pela
chama o azeite, conheço tudo, MENOS A MIM. Conheço o gibão
pela gola, conheço o rico pelo anel,
conheço o fiel pela sacola, conheço a monja pelo véu, conheço o
porco pela tripa, conheço o irmão
pela palavra, conheço o vinho pelo
tonel, conheço tudo, MENOS A
MIM. Conheço a mula e o cavalo,
conheço o carro e a carroça, conheço a galinha e o galo, conheço o
sino e a sineta, conheço a flor pelo
talo conheço Abel e Caim, conheço
o pote e o gargalo, conheço tudo,
MENOS A MIM. Conheço Príncipe, em suma, conheço o branco e o
carmim, E a morte que significa o
fim. CONHEÇO TUDO, MENOS
A MIM.
Uma pessoa vem e lhe da
um aperto de mão e te abraça, e diz
bom dia, Não perca essa oportunidade, porque Algo Maior veio na
forma do aperto da mão e do abraço, do cumprimento na manifestação carinhosa de um irmão.
Um amigo lhe evita, lhe
vira as costas e critica. Não perca
também essa oportunidade, porque quando a crítica alheia nos
agride, reconhecemos nossos pontos sensíveis.
Tão sensíveis e frágeis que
evitamos a todo custo tocá-los.
Esses pontos são lugares escuros
dentro de nós, nos quais receamos entrar e nos perder nas nossas
emoções; antes de julgar, reconheça o vazio das emoções que esse
amigo se encontra.
Uma pequena criança passa e sorri. Não perca esta oportunidade, sorria com ela porque Algo
Maior estará te sorrindo através
dela.
Você passa na rua e uma
fragrância vem de um jardim.
Pare ali por um instante
e sinta a grandiosidade de Algo
Maior, porque nela você certamente encontrará a fragrância certa
para aliviar o peso daquilo que esteja incomodando o seu espírito.
Assim, se procurarmos nas
pequenas manifestações em que
esteja presente Algo Maior, Ele
certamente nos mostrará quem é
nosso verdadeiro amigo, ou através
da criança, no ar, no éter, vem em
tudo ao nosso redor, vamos sentir,
compreender, e agradecer.
Se você puder aceitar,
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conviver e celebrar momento a
momento, a vida se tornará agradável e não existe outro recurso que
não seja a compreensão, o agradecimento, desta forma se assim procedermos, não há necessidade de
ir a qualquer templo. Então, onde
você estiver é o templo e o tempo,
e tudo o que você estiver fazendo
será motivo para refletir.
Tua luz brilha, mesmo
quando não a vês. Teu sorriso é
presente, mesmo quando o escondes. Tua palavra é precisa, mesmo
quando não as pronuncias. O amor
é teu, assim como o mundo e tudo
que nele habita. As águas escorrem
pelos seixos em busca da tua presença. A chuva por vezes forte ou
fraca é sempre para ti. O alimento
que reside em cada fruto é teu. A
bênção paira sobre ti como o sol sobre as grandes montanhas. Os bons
ventos carregam as brumas para
longe do teu mar. Estarás sempre
protegido perante todos os perigos.
A bênção é tua. Ainda que não saibas, mas ela é tua, para sempre a te
proteger, a te banhar de luz e amor
pela eternidade. Estenda tua mão
Àquele que te guia e confia, és a semente do conhecimento e não tardarás a vingar na terra farta que te é
dada a cada momento em que o teu
coração falar em nome do amor.
“O HOMEM SÁBIO NÃO
BUSCA O PRAZER, MAS A LIBERTAÇÃO DAS PREOCUPAÇÕES E SOFRIMENTOS” (Aristóteles).
Informativo CHICO DA BOTICA - Ano 5
Edição 031 - 15 Abr. 2009
Loja Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas
Maçônicas
Bibliografia:
A Bíblia Sagrada.
Aprendendo a Lidar com Gente
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Maçons notáveis
(Winston Churchill)
“Nada tenho a oferecer, senão sangue, labor,
lágrimas e suor” (Winston Churchill)
Ir\ Valdemar Sansão
São Paulo/SP
A
proibição por Obediências maçônicas aos Maçons, de qualquer discussão sobre assuntos políticos e religiosos, felizmente não impediu que homens de valor, ajudassem a modificar a face do mundo, contribuindo com sua atividade
política para a evolução racional e social da espécie humana.
A Maçonaria inglesa na Segunda Grande Guerra
A 1º de setembro de 1939, com a invasão da Polônia, pelos exércitos nazistas de Adolf Hitler, inicia-se a
Segunda Guerra Mundial, ou a Segunda Grande Guerra.
Na Inglaterra o Maçom Winston Churchill assumia a chefia do Conselho de Ministros, e na Alemanha, grupos de Maçons, em trabalho altamente secreto, combatia o nazi-fascismo. Um dos grandes nomes da
resistência, na França, foi Jacques Miterrand, Maçom, expoente da Maçonaria francesa, Grão Mestre do Grande
Oriente da França e primo de François Miterrand, que viria a ser presidente da França.
A Inglaterra, precursora dos agrupamentos maçônicos do mundo, sempre teve alta representação na
política, em geral, no Parlamento em particular, e na Corte, da qual sempre contou, em suas fileiras, com membros da família real britânica.
Embora, há muito, seja a política inglesa relativamente estratificada e calma, algumas ocasiões de crise
internacional provocaram, inclusive nas hostes maçônicas, união para enfrenta-la. E a guerra, envolvendo, diretamente as ilh as britânicas, foi uma dessas ocasiões especiais.
Em 1933, na Alemanha, o líder nazista Adolf Hitler chega ao poder. Começa a perseguição aos judeus.
Em 1939 começa a 2ª Guerra e Hitler invade a Polônia. Grã-Bretanha e França declaram guerra à Alemanha.
A História da Inglaterra, durante a Segunda Grande Guerra, é a própria história de Winston Churchill, à
frente do Gabinete Ministerial, como líder inconteste dos britânicos, no período de maiores agruras do confronto bélico com os países do Eixo, formado pela união da Alemanha, da Itália e do Japão.
Winston Churchill – Nascido em 1874 e iniciado Maçom, através da Loja “United Studholme ”nº 1591, a 24 de maio de 1901 – Companheiro a 19 de julho de 1901’
e Mestre a 25 de março de 1902 – Churchill iniciou sua carreira política aos 26 anos,
tornando-se, depois, um influente membro da Câmara dos Comuns e participante
de diversos gabinetes ministeriais. Notabilizou-se, especialmente, durante o período
compreendido entre 1936 e 1938, quando alertava a opinião pública sobre a questão
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do rearmamento alemão – após breve período de desarmamento, depois da guerra de 1914 a 1918 – e o despreparo
da Inglaterra para a guerra, que se prenunciava, protestando, violentamente, quando os gabinetes presididos por MACDONALD, BALDWIN e CHAMBERLAIN adotaram a política de ceder às ameaças de Adolf Hitler.
Após a derrota dos aliados, na Noruega, em abril e maio de 1940, Chamberlain, sem o apoio popular, foi obrigado a renunciar à chefia do Gabinete Ministerial, abrindo o caminho para Churchill, que, naquele momento, era o único
líder capaz de formar um gabinete de coligação.
A 13 de maio de 1940, portanto, ele assumia o governo, torna-se primeiro-ministro, apresentando, em seu
primeiro discurso, a sua plataforma de governo de um país que passa pelos momentos mais sombrios: a campanha de
bombardeio alemã conhecida como Batalha da Inglaterra. Tornar-se-ia, então, um dos maiores homens da História da
Inglaterra, porque, mais do que qualquer estadista do passado britânico soube dirigir e encarnar o esforço de guerra,
mantendo, com sua férrea liderança, a determinação e o ânimo do povo, nos momentos mais cruciais do confronto
bélico.
Apoiado pela fortíssima maçonaria inglesa – que também participou da resistência – e
contando com as simpatias fraternais da Maçonaria norte-americana, tão forte quanto a inglesa, ele se devotou, de corpo e alma, à concretização e preservação da Grande Aliança com
os Estados Unidos, mantendo um estreito entendimento com o presidente norte-americano
Franklin Delano Roosevelt, também Maçom – iniciado a 10 de outubro de 1911, através da
Loja “Holland” nº 8, de Manhattan – durante todo aquele período de crise – os Estados Unidos
haviam entrado na guerra, após o ataque japonês a Pearl Harbor, a 07 de dezembro de 1941 –
até a vitória final sobre os exércitos alemães, em 1945, o que traria imenso prestígio popular.
As tropas de Adolf Hitler não chegaram a invadir a Inglaterra, que ficara como o último
bastião de pé, depois da tomada da Áustria, da Polônia, de Luxemburgo, da Holanda, da Bélgica e da França, pelos alemães. Foi a partir desta que Hitler tentou tomar a Inglaterra, concentrando sua artilharia pesada em Calais, para bombardear as costas inglesas, visando, com isso, o domínio do Canal da Mancha, para que suas tropas o atravessassem.
A 11 de agosto e a 07 de setembro de 1940, foram realizados terríveis ataques aéreos a Londres, ocasionando grandes
baixas entre a população civil e enorme destruição. Não foi possível, porém, tomar o Canal, já que a mesma população
civil aliada aos pilotos da Royal Air Force, com sua bravura, impediu que isso se concretizasse. As devastações, em toda
a Inglaterra, prosseguiram até 1941, quando Hitler desistiu de invadir as ilhas.
8 de maio de 1945 - Rendição da Alemanha põe fim à guerra na Europa.
14 de agosto de 1945 - 2ª Guerra termina com rendição do Japão após as bombas atômicas em Hiroshima e
Nagasaki.
Foi a maior catástrofe provocada pelo homem em toda a sua longa história. Envolveu setenta e duas nações e
foi travada em todos os continentes (direta ou indiretamente). O
número de mortos superou os cinquenta milhões havendo uns vinte
e oito milhões de mutilados.
PS - Se a Primeira Guerra Mundial provocou um custo de 208 bilhões de dólares, esta provocou a impressionante
cifra de 1 trilhão e 500 bilhões de dólares, quantia que, se investida no combate à miséria humana a teria suprimido da
face da terra.
O conceito que a humanidade tinha de si mesma, nunca
voltará a ser o mesmo.
A Gazeta Maçônica
Compromisso com a Verdade
Ouça a Rádio "A Gazeta Maçônica"
e-mail: [email protected]
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Fones (11) 2605-9302 / 3486-4872
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22
Grande Loja do Estado de Mato Grosso do Sul
Cassilândia
Loja Luz de Ahknaton nº 20
A Sereníssima Grande Loja realizou na Loja Luz de Ahknaton nº 20 o 2º encontro de dirigentes de Lojas no Bolsão de
Cassilândia, estando presente IIr\ de Bataguassu, Brasilândia, Três Lagoas, Aparecida do Taboado, Cassilândia e
Chapadão do Sul, em uma explanação de trabalhos que a administração vem desenvolvendo junto a Tesouraria,
Unimed, Comissão de Ritualística e Liturgia, demonstrando assim um trabalho transparência junto a toda comunidade
maçônica, sendo recebido pelos IIr\ e CCunh\ com muita alegria em um grande e caloroso abraço fraternal.
Chapadão do Sul
Loja Obreiros da Fraternidade nº 62
Foi realizado na Loja Obreiros da Fraternidade 62, uma sessão de Iniciação dos Profanos George Richard Camargo da
Silva, Kennedy Salomão Silva e Rodrigo Manoel Fernandes Mansilha, pelo Ven∴ Mest\ Ir\ José Luiz Tomiazzi.
Estando presente o Sereníssimo Grão-Mestre Ir\ Sebastião Nogueira Faria e o Eminente Grão-Mestre Adjunto Ir\ Hugo de Oliveira e
sua comitiva composta dos IIr∴; Ex Grão-Mestre Juarez Vasconcelos , 1º Grande Vigilante Wagner Augusto Andreasi, Delegado Geral,
Valdeci Alves Batista, Grande Tesoureiro Luiz Adolar Camargo Kieling, Gerente Administrativo da Grande Loja Luiz Nogueira Sobrinho
e Ademir Batista de Oliveira setor de comunicação e vários outros superlotando o Templo de IIr\ de outras Potência da região.
Contato: Reinaldo Castro - Loja Mahatma Gandhi nº 186 - GL RS
(51) 9174-9898 - [email protected]
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23
O legado de Jacques
De Molay
J
Ir∴ Alfonso Rametta dos Santos Netto
Loja 4 de Agosto nº 269 - Or∴ Montes Claros/MG
acques De Molay foi um filho de nobres que na juventude abdicou das
boas condições que possuía, para se
alistar na Ordem Dos Pobres Cavaleiros Seguidores De Jesus Cristo e
Guardiões Do Santo Graal, popularmente denominada e conhecida
como Ordem Dos Cavaleiros Templários ou Simplesmente Ordem Dos
Templários, um grupo de soldados
patrocinados pela Igreja Católica,
que tinham como objetivo principal
de proteger os fiéis que deixavam a
Europa e seguiam para Jerusalém na
Terra Santa, para visitar os locais sagrados relacionados ao nascimento e
morte de Cristo.
Não vamos nos ater nos fatos históricos sobre De Molay, uma
vez que, existem várias e várias controvérsias e divergências quanto à
veracidade e precisão dos mesmos,
e como De Molays, já ouvimos falar por diversas vezes dentro e fora
do capitulo, sobre tais fatos; nosso
objetivo é dissertar sobre o Legado
que De Molay nos deixou enquanto
membros da ordem e enquanto cidadãos. De Molay, foi um jovem senhor com muitas qualidades e muito obstinado no que se propunha
a fazer; dentre suas maiores qualidades, podemos citar o respeito ao
próximo, aos seus pais, a busca pela
justiça, o amor ao seu Deus, o patriotismo, a lealdade e o altruísmo.
Assim, pode parecer não ser difícil
falar de um ícone secular, pois ele o
é, sua figura emblemática é utilizada
como exemplo para vários segmentos, mesmo os não maçônicos até
hoje.
Além de ter sido lembrado
por Frank Sherman Land como
maior exemplo dentre todas as figuras maçônicas já estudadas por ele,
que teria uma história que poderia
servir muito bem como pano de
fundo para o novo organismo que
ele desejará criar, a Ordem De Molay; o que não é pouco, pois poucas
pessoas e mártires ao longo da história mundial emprestaram suas
histórias para servir de exemplo às
pessoas, isso é muito comum com
os mártires relacionados ao catolicismo e que são canonizados pela
igreja; nos demais segmentos sociais e históricos não se vêem muito isso. Para nós De Molays, jovens,
cidadãos de bem, herdamos por
conseqüência, deste nobre patrono,
a obrigação de perpetuar ao longo
dos tempos os valores pregados e
praticados por ele.
Por isso nossa herança mais
valiosa, são as virtudes que nossa
ordem possui; o Amor Filial, a Reverencia Pelas Coisas Sagradas, a
Cortesia, o Companheirismo, a Fidelidade, a Pureza e o Patriotismo;
estas sete virtudes as quais muito
cultuamos em nossa ordem, foram
retiradas do exemplo que De Molay
foi e é, este é o maior legado deixado por ele e o qual temos obrigação
de transmitir a todas as gerações de
irmãos advindos depois de nós, mas
principalmente, de transformá-las
em partes de nossa vida para que no
circulo social de nosso convívio sejamos encarados como diferenciais
e não como mais um em meio a vasta multidão juvenil existente.
Ser De Molay antes de tudo
é ter a consciência de que não é um
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privilegio, mas sim é se dedicar a
um serviço social em prol de si
mesmo, da sua família e de uma sociedade melhor; é ter a consciência
de que será olhado não mais como
o jovem comum, mas como ícone
e exemplo, como líder e principalmente como referencial na vida,
assim como foi nosso patrono Jacques De Molay; assim meus irmãos,
poderíamos falar e falar aqui sobre
esta figura, contudo para nós o mais
importante é lembrar que o maior
legado deixado por ele foi exemplo,
de jovem abnegado, de amigo leal,
de bom filho, de patriota, de mantenedor de sua palavra mesmo nas
condições mais adversas, e assim teremos de ser até o fim de nossos dias
se quisermos ser vistos como jovens
e homens de bem, pois o De Molay,
é um individuo comum, esta sujeito
a todos os intempéries sociais, psicológicos e etc., que a vida pode lhe
impor e expor, contudo ele é um individuo que escolhe levar uma vida
diferente, voltada a retidão, a moral,
a abnegação, ao altruísmo e ao respeito, situação complexa se avaliarmos criteriosamente a vida cotidiana de nossa época.
Finalizo dizendo que Sejamos De Molay sim, de coração e
com orgulho, e tenhamos sempre
De Molay como nosso exemplo
e símbolo a ser seguido. Foi uma
honra poder escrever a todos vocês
e tentar de certa forma não influenciar vocês, pois vocês não precisam,
são De Molays; mas foi prazeroso
inflamar em vocês cada vez mais
este ideal e legado de nosso patrono.
Cordialmente,
24
Nós perante o
obscurantismo
E
Ir∴ Sergio Quirino
GLEMG
xistem palavras em nossos rituais,
ainda que lidas repetidamente, não
são, necessariamente, compreendidas em sua essência semântica ou
simbólica.
O obscurantismo provocado por uma venda no plano físico
produz no candidato a circunstância
de quem vive na escuridão. Essa obscuridade tem a intenção de provocar
no intelecto o estado daquele que
vive sem conhecimento, na ignorância do que se passa ao seu redor.
Mas será que a simples retirada da venda material do Maçom
realmente lhe revela a verdadeira luz?
Assim como pelo maço e
pelo cinzel procuramos o “esclarecimento” individual/pessoal, devemos
estar atentos ao “escurecimento” (do
latim obscurans) relativo ao outro/
sociedade.
O obscurantismo é um estado de espírito, que leva o homem a se
posicionar e a estimular os outros à
postura contra a razão, como ocultar
fatos, distorcer atos, manipular argumentos e o mais grave: corromper-se
pelo poder econômico.
Este é estratégico obscurantismo vicioso, que tem a exclusiva
intenção de manter uma massa de
ignorantes que possa ser manipulada
para se manter no poder.
Os Maçons devem trabalhar
como difusores da verdade, primeiramente se esclarecendo da realidade dos fatos, com razão e ética, sem
paixões ou exacerbações para que,
na ânsia de levarmos a luz a nós e aos
outros, não fiquemos cegos por sua
claridade.
Nosso país vive um momento que pode resultar em um passo
[email protected]
histórico para frente ou um nefasto
pulo para trás. Não nos esqueçamos de que, como guardiães que
somos da Liberdade, da Igualdade
e da Fraternidade, o primeiro passo
ao obscurantismo é a obscuridade.
Não podemos fechar os olhos para a
realidade que, em nosso Quadro de
Obreiros existem “os prós” e “os contras” e isso é absolutamente natural e
necessário.
Infelizmente, temos visto
atritos entre Irmãos. Na Maçonaria podemos divergir de ideias, mas
nunca de ideais. JUNTOS, combateremos a tirania. JUNTOS, combateremos a ignorância e os erros.
JUNTOS, glorificaremos o direito.
JUNTOS, glorificaremos a justiça e
a verdade.
Seja qual for o posicionamento, devemos nos lembrar de que,
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muito antes desse momento, nós já tínhamos estes Irmãos lado a lado, unidos pelos nossos São Princípios, respeitando sua liberdade religiosa e política,
indiferente do poder econômico ou do
grau de instrução a igualdade prevalece
e a fraternidade é a alma de nossa Instituição.
Se assim não agirmos, a obscuridade nos cobrirá os olhos e nossos
únicos companheiros serão o horror e
a solidão.
Como Ordem inserida e
comprometida com a humanidade, a grande missão da Maçonaria
é a luta contra o obscurantismo.
No Livro da Lei, em Mateus,
Capítulo 12, versículo 25, há uma importante reflexão: “Todo o reino dividido contra si mesmo é devastado; e
toda a cidade, ou casa, dividida contra si mesma não subsistirá”.
Este artigo foi inspirado no
livro “GRANDE DICIONÁRIO ENCICLOPÉDICO DE MAÇONARIA
E SIMBOLOGIA” do Irmão Nicola
Aslan, que na página 921, ensina: “Sistema político ou religioso contrário
ao desenvolvimento do espírito de
liberdade e do progresso intelectual
e material dos homens, que pretende manter em estado de ignorância e
de atraso, e com o qual a Maçonaria
esteve sempre em luta.”
Neste décimo ano de compartilhamento de instruções maçônicas,
mantemos a intenção primaz de fomentar os Irmãos a desenvolverem o
tema tratado e apresentarem Prancha
de Arquitetura, enriquecendo o Quarto-de-Hora-de-Estudo das Lojas.
Precisamos incentivar os
Obreiros da Arte Real ao salutar hábito da leitura como ferramenta de enlevo cultural, moral, ético e de formação
maçônica.
Fraternalmente
A Síndrome de Down
(SD)
F
Matéria Publicada no Jornal O Estado Mato Grosso do Sul
Vida Saudável (página B 8 do dia 19/05/2016)
www.oestadoonlaine.com.br
oi descoberta em 1866 por John
Langdon Down e nada mais é do
que uma alteração genética que determina algumas características físicas e cognitivas, que acontecem por
conta da presença de um cromossomo a mais, no par de número 21,
por isso também é conhecida por
trissomia 21.
A maioria das pessoas apresenta a denominada trissomia 21
simples, isto significa que um cromossomo extra está presente em todas as células do organismo, devido a
um erro na separação dos cromossomos 21 em uma das células dos pais,
um processo conhecido como disfunção cromossômica. Existem outras formas de SD como, por exemplo: mosaico, quando a trissomia
está presente somente em algumas
células, e por translocação, quando
o cromossomo 21 está unido a outro
cromossomo.
O diagnóstico da SD se realiza mediante o estudo cromossômico (cariótipo), quando se detecta a
presença de um cromossomo a mais
no par 21. As ultrassonografias realizadas durante o pré-natal podem
apontar para a possibilidade de que o
bebê nasça com Síndrome de Down
ou outras ocorrências genéticas.
A translucência nucal (medida da quantidade de líquido na
porção posterior do pescoço fetal) é
eficaz na identificação do risco materno e, em associação com dois hormônios produzidos pela placenta,
pode assegurar com boa margem de
exatidão, que uma pessoa considerada de alto risco, idade superior a 35
anos, terá uma gestação tranquila e
não há necessidade de preocupação.
Por outro lado, pode identificar pessoas com risco elevado independente de ser considerada de baixo risco,
como as gestantes jovens. Neste caso,
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ou seja, identificado o risco elevado,
a gestante deve avaliar junto com seu
médico a necessidade da realização
de outros exames para a confirmação
do diagnóstico.
Atualmente, os exames mais
comuns para diagnosticar a síndrome antes do nascimento são a: aminiocentese e a biópsia do vilo corial,
que analisam o líquido amniótico
e uma amostra da placenta, respectivamente. No entanto, ambos são
invasivos e apresentam um risco,
ainda que pequeno, e por isso devem
ser precedidos por testes acurados
de identificação do risco. Fato é que
uma criança com a Síndrome traz
muita alegria à família e exige um
pouco mais de atenção.
Recentemente, uma pedagoga e pesquisadora campo-grandense,
a Ana Carla Gomes, chegou a um
resultado instigante, quando investigou a relação de zinco e alumínio no
26
http://www.digilant.com/diglant-cares-spain-collaborates-in-a-monthly-basis-with-down-madrid/
desenvolvimento cognitivo de crianças
e adolescentes.
Minerais como o zinco e o alumínio têm um papel importantíssimo
no desenvolvimento humano, principalmente o cognitivo, relativo ao processo mental de percepção, memória e
raciocínio, e o deficit ou o aumento nos
índices destes elementos podem causar
sérios transtornos. Ciente desta realidade, Ana Carla especializada em educação especial, decidiu investigar a relação
desses dois minerais com a Síndrome
de Down, um transtorno genético caracterizado pela presença de material
genético extra no cromossomo 21.
“Toda essa temática voltada
para a Síndrome de Down era uma
coisa que me interessava desde quando
entrei para a área da educação especial.
Foi amor a primeira vista. Conviver
com tantas crianças com essa condição
me levou a ter esse interesse investigatório e desejar fazer um estudo mais profundo direcionado a elas”, explica Ana
Carla. O mestrado na área de saúde e
desenvolvimento foi a oportunidade
para desenvolver a pesquisa, orientada
pela professora Lourdes Zélia Zanoni, e
os resultados foram tão surpreendentes
que se transformaram em um livro.
Segundo especialista altas taxas
de zinco e alumínio prejudicam o quadro geral da síndrome
Analisando trinta crianças portadoras da SD, pertencentes à faixa
etária de 6 a 16 anos, residentes em
Campo Grande, a pesquisadora
descobriu, contrariando a literatura consultada, uma taxa normal de
zinco nessas crianças, e um aumento
nos níveis de alumínio. “Presume-se que é a própria Síndrome que
faz com que esse índice de alumínio
venha a estar aumentado, por isso a
prevenção por meios alimentares é
essencial, com uma boa alimentação
e atividade física, que irão contribuir
para melhorar muito não só a qualidade de vida, mas também esses índices de zinco e alumínio”, comenta a
pesquisadora.
É aí que entra a questão da alimentação, que precisa de atenção mesmo quando não estamos sob a óptica da
Síndrome. “É de extrema importância
que a família que possui um filho com a
SD se atente ao preparo dos alimentos.
Não se pode cozinhar em panelas de
alumínio e deve-se ingerir os alimentos em seu estado mais natural possível,
nada de enlatados ou conservantes”, explica.
Outro dado digno de atenção
são os remédios. “Muito medicamentos
possuem níveis extremos de alumínio,
crianças e pessoas com Down devem
evitá-los”, finaliza.
O livro se chama “Síndrome de
Down: Qual a relação de zinco e alumínio no desenvolvimento cognitivo
de crianças e adolescentes” e está disponível para venda no site da editora
responsável pela publicação, a Life. Essa
pesquisa motivou Ana a cursar outra
faculdade, a de Biomedicina.
Lançamento do livro de Ana Carla Gomes "Sindrome de Down".
Qual a relação de zinco e alumínio no desenvolvimento cognitivo de crianças e adolescentes
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27
Existem muitas
maneiras de cuidar
de si mesmo...
Feng Shui
N
inguém está livre da desorganização.
A bagunça forma-se sem
que se perceba e nem sempre é visível.
A sala parece em ordem, a
cozinha também, mas basta abrir os
armários para ver que estão cheios
de inutilidades.
De acordo com o Feng Shui
Interior - uma corrente do Feng Shui
que mistura aspectos psicológicos
dos moradores com conceitos da
tradicional técnica chinesa de harmonização de ambientes - bagunça provoca cansaço e imobilidade,
faz as pessoas viverem no passado,
engorda, confunde, deprime, tira o
foco de coisas importantes, atrasa a
vida e atrapalha relacionamentos.
Para evitar tudo isso fique
atento às OITO REGRAS PARA
DOMAR A BAGUNÇA:
1. Jogue fora o jornal de anteontem.
2. Somente coloque uma
coisa nova em casa quando se livrar
de uma velha.
3. Tenha latas de lixo
espalhadas nos ambientes, use-as e
limpe-as diariamente.
4. Guarde coisas semelhantes juntas; arrume roupas no armário de acordo com a cor e fique só
com as que utiliza mesmo.
5. Toda sexta-feira é dia de
jogar papel fora.
6. Todo dia 30, por exemplo,
faça limpeza geral e use caixas de
papelão marcadas: lixo, consertos,
reciclagem, em dúvida, presentes,
doação. Após enchê-las, jogue tudo
fora.
7. Organize devagar, comece
por gavetas e armários e depois escolha um cômodo, faça tudo no seu
ritmo e observe as mudanças acontecendo na sua vida.
Vamos tentar melhorar nossa energia pessoal. Atitudes erradas
jogam energia pessoal no lixo.
Posicionar os móveis de
maneira correta, usar espelhos para
proteger a entrada da casa, colocar
sinos de vento para elevar a energia ou ter fontes d’água para acalmar o ambiente são medidas que se
tornarão ineficientes se quem vive
neste espaço não cuidar da própria
energia.
Portanto, os efeitos positivos da aplicação do Feng Shui nos
ambientes estão diretamente relacionados à contenção da perda de
energia das pessoas que moram ou
trabalham no local. O ambiente faz
a pessoa, e vice-versa.. A perda de
energia pessoal pode ser manifestada de várias formas, tais como :
* falha de memória (o famoso “branco”);
* cansaço físico, o sono
deixa se ser reparador;
* ocorrência de doenças
degenerativas e psicossomáticas.
Para economizar energia, o
crescimento pessoal, a prosperidade
e a satisfação diminuem, os talentos
não se manifestam mais por falta
de energia, o magnetismo pessoal
desaparece, medo constante de que
o outro o prejudique, aumentando
a competição, o individualismo e a
agressividade, falta proteção contra
as energias negativas e aumenta o
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28
risco de sofrer com o “vampiro energético”.
Veja uma lista de atitudes pessoais capazes de esgotar as nossas energias. Conheça cada dessas ações para
evitar a “crise energética pessoal”.
1. Maus hábitos, falta de cuidado com o corpo
Descanso, boa alimentação,
hábitos saudáveis, exercícios físicos e o
lazer são sempre colocados em segundo plano. A rotina corrida e a competitividade fazem com que haja negligência em relação a aspectos básicos para a
manutenção da saúde energética.
2. Pensamentos obsessivos
Pensar gasta energia, e todos
nós sabemos disso. Ficar remoendo
um problema cansa mais do que um
dia inteiro de trabalho físico. Quem
não tem domínio sobre seus pensamentos - mal comum ao homem ocidental-, torna-se escravo da mente e
acaba gastando a energia que poderia
ser convertida em atitudes concretas,
além de alimentar ainda mais os conflitos. Não basta estar atento ao volume de pensamentos, é preciso prestar
atenção à qualidade deles. Pensamentos positivos, éticos e elevados podem
recarregar as energias, enquanto o pessimismo consome energia e atrai mais
negatividade para nossas vidas.
3. Sentimentos tóxicos
Choques emocionais e raiva
intensa também esgotam as energias,
assim como ressentimentos e mágoas
nutridos durante anos seguidos. Não é
à toa que muitas pessoas ficam estagnadas e não são prósperas. Isso acontece
quando a energia que alimenta o prazer, o sucesso e a felicidade é gasta na
manutenção de sentimentos negativos.
Medo e culpa também gastam energia,
e a ansiedade descompassa a vida. Por
outro lado, os sentimentos positivos,
como a amizade, o amor, a confiança,
o desprendimento, a solidariedade, a
auto-estima, a alegria e o bom-humor
recarregam as energia e dão força para
empreender nossos projetos e superar
os obstáculos.
4. Fugir do presente
As energias são colocadas onde
a atenção é focada. O homem tem a
tendência de achar que no passado as
coisas eram mais fáceis: “bons tempos
aqueles!”, costumam dizer. Tanto os
saudosistas, que se apegam às lembranças do passado, quanto aqueles que não
conseguem esquecer os traumas, colocam suas energias no passado. Por outro lado, os sonhadores ou as pessoas
que vivem esperando pelo futuro, depositando nele sua felicidade e realização, deixam pouca ou nenhuma energia no presente. E é apenas no presente
que podemos construir nossas vidas.
5. Falta de perdão
Perdoar significa soltar ressentimentos, mágoas e culpas. Libertar
o que aconteceu e olhar para frente.
Quanto mais perdoamos, menos bagagem interior carregamos, gastando
menos energia ao alimentar as feridas
do passado. Mais do que uma regra
religiosa, o perdão é uma atitude inteligente daquele que busca viver bem e
quer seus caminhos livres, abertos para
a felicidade. Quem não sabe perdoar os
outros e si mesmo, fica “energeticamente obeso”,carregando fardos passados.
6. Mentira pessoal
Todos mentem ao longo da
vida, mas para sustentar as mentiras
muita energia é gasta. Somos educados para desempenhar papéis e não
para sermos nós mesmos: a mocinha
boazinha, o machão, a vítima, a mãe
extremosa, o corajoso, o pai enérgico,
o mártir e o intelectual. Quando somos
nós mesmos, a vida flui e tudo acontece
com pouquíssimo esforço.
7. Viver a vida do outro
Ninguém vive só e, por meio
dos relacionamentos interpessoais,
evoluímos e nos realizamos, mas é
preciso ter noção de limites e saber
amadurecer também nossa individualidade. Esse equilíbrio nos resguarda
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energeticamente e nos recarrega.
Quem cuida da vida do outro, sofrendo seus problemas e interferindo mais
do que é recomendável, acaba não tendo energia para construir sua própria
vida. O único prêmio, nesse caso, é a
frustração.
8. Bagunça e projetos inacabados
A bagunça afeta muito as
pessoas, causando confusão mental e
emocional. Um truque legal quando
a vida anda confusa é arrumar a casa,
os armários, gavetas, a bolsa e os documentos, além de fazer uma faxina no
que está sujo. À medida em que ordenamos e limpamos os objetos, também
colocamos em ordem nossa mente e
coração. Pode não resolver o problema,
mas dá alívio. Não terminar as tarefas
é outro “escape” de energia. Todas as
vezes que você vê, por exemplo, aquele trabalho que não concluiu, ele lhe
“diz” inconscientemente: “você não me
terminou! Você não me terminou!”
Isso gasta uma energia tremenda.. Ou
você a termina ou livre-se dela e assuma que não vai concluir o trabalho. O
importante é tomar uma atitude. O desenvolvimento do auto-conhecimento,
da disciplina e da terminação farão
com que você não invista em projetos
que não serão concluídos e que apenas
consumirão seu tempo e energia.
9. Afastamento da natureza
A natureza, nossa maior fonte
de alimento energético, também nos
limpa das energias estáticas e desarmoniosas. O homem moderno, que habita
e trabalha em locais muitas vezes doentios e desequilibrados, vê-se privado
dessa fonte maravilhosa de energia. A
competitividade, o individualismo e o
estresse das grandes cidades agravam
esse quadro e favorecem o vampirismo
energético, onde todos sugam e são sugados em suas energias vitais.
Trabalho colhido pelo
Ir∴ Djalma Blans
Loja XV de Novembro nº 50 - GLMEMS
Campo Grande/MS
29
Maçonaria e
Espiritualidade
Ir\ Antônio José de Souza
S
abemos que a Maçonaria é uma sociedade essencialmente espiritualista.
O espiritualismo é uma doutrina que
proclama a existência de Deus e da
alma, ou seja, a existência evidente de
um Criador do Universo e da parte
material do ser humano.
Por esta razão, a Maçonaria, que admite um princípio
criador do Universo, e que convencionou tratá-lo de o Grande
Arquiteto do Universo, por conseqüência, frente à alma humana,
não pode deixar de ser tratada
como tal.
E assim sendo, em todos
os seus atos, em todas as suas
reuniões, em todas as suas solenidades, atuam sob os auspícios
daquela entidade divina, a quem
os Maçons se dirigem implorando proteção, não tão somente
para os vivos, mas também para
com aqueles que partiram para o
Oriente eterno.
A Ordem Maçônica, desde sua origem, pelas suas diversas
atitudes, notabilizou-se como um
centro de irradiação espiritual,
que tem por objetivo orientar a
humanidade nos caminhos do
progresso, cuidando de forma
muito particular do desenvolvimento da mente dos seus adeptos, querendo com isto dar uma
demonstração contundente da
predominância do espírito sobre
a matéria.
Fica suficientemente claro e patente, em especial para os
irmãos dotados de uma maior
dose de sensibilidade, que não é
possível haver dúvidas em torno
da existência da parte imaterial
dos seres humanos, distinguindo
o ser imortal do corpo, formado
de matéria grosseira, conhecida
pelos sentidos humanos comuns,
tais como: visão, olfato, tato, paladar, audição.
Mas, já está comprovado
que em nosso cérebro existe um
grande acumulador que distribui
as energias através do pensamento, além de que, segundo estudos
avançados nessa área, nós teríamos milhares de pequeninas estações, as quais, ao serem conectadas pela oração, irradiariam uma
poderosa corrente que contaminaria positivamente os seres humanos. Ou seja, essa corrente, por
intermédio da prece, agiria como
estação emissora e receptora.
William James, considerado um dos homens mais eruditos dos Estados Unidos, afirmou
conclusivamente, após sérias pesquisas, que o cérebro humano é o
único meio para a existência da
alma e que sua constituição será
um dia alterada para poder permitir ao seu possuidor penetrar
nas áreas misteriosas do entendimento.
O mesmo autor arremata, afirmando que à medida que
o nosso ser espiritual se expande aqui na Terra e à medida que
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crescemos em idade e experiência, vamos nos tornando mais
conscientes desse incomensurável que nos cerca. Quando morremos materialmente, simplesmente ingressamos numa vida mais
completa a mais ampla.
O autêntico contato com
Deus, através do nosso pensamento, provoca em nós um grande acúmulo de carga energética. É
o caminho único para tornar realidade os princípios que norteiam
a trajetória Maçônica.
Vide o acendimento das
velas, a abertura do Livro da Lei,
a formação do Pálio, a leitura do
salmo 133, a circunambulação,
são momentos cruciantes de irradiação das energias. A porta do
Templo, ponto nevrálgico de entrada e saída de energias.
Quando abrimos as nossas sessões, as presenças não são
tão somente aquelas representadas nos corpos físicos dos Irmãos
presentes, estamos, certamente,
acompanhados de outros Irmãos
aparentemente desconhecidos,
mas que ali se fazem presentes.
Seria infantilidade e estupidez de nossa parte imaginar
que somente nós encarnados somos Livres e de Bons costumes;
somente nós temos o privilégio de
pertencer à Ordem. Os nossos Irmãos que já se foram, que pertenceram ou não à Ordem, também
se utilizam dela, da sua perfeição,
30
dos seus ensinamentos e da sua beleza para darem continuidade ao processo evolutivo, sempre inacabado, porque
a caminhada é longa e é impossível ser completado numa
única existência.
Como se dá a harmonia ou a desarmonia deste
processo energético? É muito fácil entender este aparentemente complicado processo. Vamos refletir individual e
reservadamente dentro do nosso pensamento, que é a sede
da espiritualização, noutras palavras, a nossa consciência.
Estamos diante das três Grandes Luzes da Maçonaria. O livro da lei regula nossa conduta no lar, no trabalho,
na sociedade. O esquadro, símbolo da retidão, ensina-nos
a permanecermos fiéis para com os nossos semelhantes. O
Compasso, representando a justiça, ensina-nos onde começam e onde terminam os nossos direitos.
Como está a nossa fraternidade? Como está o nosso relacionamento para com os nossos Irmãos? Como está
a nossa filantropia? É exatamente a nossa performance que
trazemos para as sessões e que ocasionará as boas ou as
más energias vibratórias. Somos nós que as portamos.
Devemos estabelecer, para maior clareza, a diferenciação entre a doutrina espiritualista e o espiritismo, crença
na comunicabilidade entre os “mortos” e os “vivos” através
da mediunidade. O espiritismo faz parte das doutrinas espiritualistas, porém, nem todos os espiritualistas são espíritos.
A Maçonaria, não sendo espírito, é conteúdo espiritualista. Melhorar o mundo é tarefa dos espiritualistas,
utilizando-se de processos psíquicos adequados. O uso de
armas, ferro e aço é coisa do passado, do tempo que imperava a força bruta. Atualmente, utilizamos armas brandas,
aquelas que penetram a alma e alteram o indivíduo, modificando-o, fazendo-o mais forte espiritualmente e tornando-o uma sentinela avançada na defesa do processo de paz.
A Maçonaria, com o seu caráter esotérico, pode,
acima de qualquer congênere, repetir os feitos de seus antepassados, quando se tornava necessário o sacrifício da
própria vida, e lutar incessantemente pela melhora moral
e espiritual da humanidade.
A vida é indestrutível. Somos viajantes na eternidade.
Que bom seria se todos os Maçons se tornassem
efetivamente espiritualizados, cultivando pensamentos
puramente positivos, mantendo realmente uma fé inabalável no Grande Arquiteto do Universo, com a convicção
de que estamos na Terra realmente numa curta passagem,
para cumprir uma etapa, dentre tantas existentes na eternidade.
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Rito de passagem dos Cherokees
Você conhece a lenda do rito de passagem da juventude dos índios Cherokees?
O pai leva o filho para a floresta durante o final da tarde, venda-lhe os olhos e deixa-o sozinho.
O filho se senta sozinho no topo de uma montanha toda a noite
e não pode remover a venda até os raios do sol brilharem no dia seguinte.
Ele não pode gritar por socorro para ninguém.
Rito de passagem dos Cherokees
Você conhece a lenda do rito de passagem da juventude dos índios Cherokees?
O pai leva o filho para a floresta durante o final da tarde, venda-lhe os olhos e deixa-o sozinho.
O filho se senta sozinho no topo de uma montanha toda a noite
e não pode remover a venda até os raios do sol brilharem no dia seguinte.
Ele não pode gritar por socorro para ninguém.
Se ele passar a noite toda lá, será considerado um homem.
Ele não pode contar a experiência aos outros meninos porque
cada um deve tornar-se homem do seu próprio modo, enfrentando o
medo do desconhecido.
O menino está naturalmente amedrontado.
Ele pode ouvir toda espécie de barulho.
Os animais selvagens podem, naturalmente, estar ao redor dele.
Talvez alguns humanos possam feri-lo.
Os insetos e cobras podem vir picá-lo.
Ele pode estar com frio, fome e sede.
O vento sopra a grama e a terra sacode os tocos, mas ele se senta
estoicamente, nunca removendo a venda.
Segundo os Cherokees, este é o único modo dele se tornar um
homem.
Finalmente...
Após a noite horrível, o sol aparece e a venda é removida.
Ele então descobre seu pai sentado na montanha perto dele.
Ele estava a noite inteira protegendo seu filho do perigo.
Nós também nunca estamos sozinhos!
Mesmo quando não percebemos Deus está olhando para nós,
‘sentado ao nosso lado’.
Quando os problemas vêm, tudo que temos a fazer é confiar que
ELE está nos protegendo.
E evite tirar a sua venda antes do amanhecer...
Moral da história:
Apenas porque você não vê Deus, não significa que Ele nao esteja
conosco.
Nós precisamos caminhar pela nossa fé, não com a nossa visão
material.
Trabalho colhido na Internet enviado pelo Ir∴ Jose Alves Fraga
Goiânia/GO
Fundação para o Estudo e Tratamento
das Deformidades Crânio-Faciais
(Funcraf), Instituição Filantrópica que
atua prioritariamente nas áreas da
Saúde, do Ensino e da Pesquisa.
Nome
Endereço
Bairro
Cidade
CEPUF
Tel.
E-Mail
Com sede na cidade de Bauru, interior do Estado de São Paulo, a Funcraf mantém subsedes
em outras cidades brasileiras. Parcerias com o Centrinho/USP e assistência a entidades
carentes de Bauru e região completam o leque de serviços desta instituição.
Centro Médico: R. 14 de Julho, 5093 - Tel. (67) 3356-3502
B. São Francisco - CEP 79011-470 - C. Grande/MS
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32
O Maçom moderno
O
Ir∴ Manoel Miguel
Loja Colunas nº 4145 - GOSP/GOB
Or∴ de São Paulo/SP
Maçom moderno entra no Templo
como se estivesse entrando para uma
reunião de um clube de homens,
cheio de regras e princípios apenas
para manter a isonomia da associação e atender o Ego hierárquico de
poder, nobreza e fama.
As sessões são normalmente
frias, onde se aflora as questões relativas à vida profana.
Na verdade, o Maçom teria que ser autoconsciente de que
Loja, vem do inglês Lodge, que quer
dizer moradia, abrigo, lar, local de
adoração e meditação. Assim, teríamos a noção clara de que estamos
adentrando ao Templo do G\ A\
D\ U\ , onde se conhece, domina
e exerce a Religião Universal, com
a máxima reverência, respeito e
comprometimento com a evolução
individual e coletiva, para o bem da
sociedade.
Teríamos a consciência de
que somos sacerdotes e reis, chamados para essa vocação celeste, ao Autor do Universo. Num local onde as
vaidades são calibradas, não havendo
margem para discórdias, contendas,
traição, inveja, etc.
É como se fôssemos os Sumos Sacerdotes, que adentram ao local sagrado, o Santo dos Santos, onde
profanos, mulheres e pessoas com
limitações físicas não são permitidos,
mas são os grandes beneficiados com
esse ato sagrado, pois, saímos de lá,
como atalaias do Altíssimo, arautos
do amor e das bênçãos do G\ A\
D\ U\ para com a sociedade, que
vive à sombra ou lampejos da Sabedoria, temos o compromisso de
abastecê-los de justiça, amor e caridade.
A nossa responsabilidade é
tão grande que, parece que optamos
por jogar a toalha e nos tornamos
um mero clube, que faz muito pouco
para a sociedade e, quando faz, quer
se aparecer de alguma forma, contradizendo nossos princípios e a máxima do amor: “O que a mão direita dá,
não o saiba a esquerda”.
Assim, estamos mais para
nos identificarmos com o povo, com
a energia do povo, e monos com o
sacerdócio para o qual fomos chamados.
Felizmente, ainda há tempo
para mudanças. Quero fazer parte
dessa mudança e ajudar a resgatar
a Maçonaria secreta e iniciática de
verdade.
Grande Loja Maçônica do Estado de São Paulo - GLESP
Olímpia
Loja Renovadora de Olímpia nº 36
A Aug\ e Resp\ Loja Simb\ Renovadora de Olímpia nº 36 comemorou 80 anos de fundação com uma sessão
magna pública, o Ven\ Mest\ Rubens Gianotto, recebeu representantes das Lojas Maçônicas; Fraternidade
Olimpiense e Acácia Olimpiense, Filhas de Jó, DeMolay, autoridades maçônicas e convidados.
A Loja Maçônica Renovadora de Olímpia foi fundada em 7 de abril de 1934 por um grupo de olimpienses, juntamente com alguns IIr\ de
Bebedouro e Barretos ela sucedeu a duas Lojas, a Centenário e a Estrela, de grupos diferentes e fundadas em 1922. Elas funcionaram até o
ano de 1929 e com a crise elas foram fechadas. E no ano de 1934, foi fundada a Aug\ e Resp\ Loja Simb\ Renovadora de Olímpia nº 36.
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33
autor desconhecido
Quando Deus criou as Mães
No dia em que o bom Deus criou as mães (e já vinha virando dia e noite há seis dias), um anjo apareceu e
disse: “Por que tanta inquietação por causa dessa criação, Senhor ?”
E o Senhor respondeu: “Você já leu as especificações dessa encomenda ? Ela tem que ser totalmente lavável, mas não pode ser de plástico; deve ter 180 partes móveis e substituíveis; funcionar à base de café e sobras de
comida; ter um colo macio que sirva para matar a fome das crianças, um beijo que tenha o dom de curar qualquer
coisa, desde perna quebrada até namoro terminado... e seis pares de mãos !”
O anjo balançou a cabeça e disse: “Seis pares, Senhor ? Parece impossível !”
“Não é esse o problema !” - disse o Senhor. “E os três pares de olhos que as mães têm que ter ?”
“O modelo padrão tem isso ?” - indagou o anjo.
O Senhor assentiu: ‘Um para ver através de portas fechadas, para quando se perguntar o que é que as
crianças estão fazendo lá dentro, embora já saiba; outro par na parte posterior da cabeça para ver o que não deveria mas precisa saber. E, naturalmente, os olhos normais capazes de fitar uma criança em apuros dizendo-lhe:
Eu te compreendo e te amo, sem proferir uma palavra !”
“Senhor,” - disse o anjo tocando-lhe levemente na manga - “é hora de dormir. Amanhã é um novo dia !”
“Não posso !” - replicou Deus... “Está quase pronta. Já tenho um modelo que se cura sozinho quando adoece, consegue alimentar uma família de seis pessoas com meio quilo de carne moída e convence uma criança de
nove anos a tomar banho !”
O anjo rodeou vagarosamente o modelo de mãe. “É muito delicada !” - suspirou.
“Mas é resistente !” - respondeu o Senhor entusiasmado. “Você não imagina o quê esta mãe pode fazer ou
suportar !”
“Ela pensa ?” - perguntou o anjo.
“Não apenas pensa, mas discute e faz acordos !” - explicou o Criador.
Finalmente, o anjo passou os dedos pelo rosto do modelo e retrucou: “Há um vazamento !”
“Não é um vazamento !” - disse Deus. “É uma lágrima !”
“E para que serve ? “ - questionou o anjo.
“Para exprimir alegrias, tristezas, desapontamentos, dor, solidão e orgulho !” - explicou o Criador.
“Vós sois um gênio !” - disse o anjo.
Mas o Senhor ficou melancólico e revelou:
“Isso apareceu assim; não fui eu quem colocou nela....”
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43cm Largura
37cm Altura
8cm Espessura
Pasta Venerável
1 Pasta Porta-Paramentos
2 Pares de Luvas
1 Avental de Aprendiz
Visão da Pasta aberta para Venerável
"Acácia 1" e "Oliveira 1", comporta um
Avental sem precisar dobrar.
Acácia 1
Pasta Mestre Maçom
Visão da Pasta aberta
para Mestre Maçom
"Acácia 2", comporta
um avental dobrado.
Acácia 2
• Medidas
42cm Largura X 29cm Altura
8cm Espessura
Pasta
Extra
Grande
EÇO
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2º Vigilante
Arquiteto
Cobridor Externo
1º Vigilante
Venerável Mestre
Bibliotecário
Orador
Mestre Harmonia
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Ref. JO 06
Ref. JO 07
Ref. JO 09
Ref. JO 10
Ref. JO 12
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Ref. JO 14

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